resumo público monitoramento da flora, fauna e social ... public… · secundárias 40.300 4...
TRANSCRIPT
Resumo Público Monitoramento da Flora, Fauna e Social
Exploração de Manejo Florestal Sustentável
UPA 24
OUTUBRO 2012
INTRODUÇÃO
O presente resumo tem como objetivo disponibilizar dados referentes ao
monitoramento da flora, fauna e social da exploração através do manejo florestal sustentável,
da UPA 24 localizada na Fazenda Florestal Santa Maria, de propriedade da Florestal Santa Maria
S/A. Ele é composto por três partes independentes, cada uma com metodologias de coleta de
dados distintas.
O POA da UPA 24, foi devidamente aprovado e autorizado através da autorização de
exploração florestal de nº 953/2010 emitida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do
Estado de Mato Grosso – SEMA/MT.
Este resumo está baseado nos relatórios trimestrais protocolados junto a SEMA–MT.
INFORMAÇÕES GERAIS
Matriz
Nome: FLORESTAL SANTA MARIA S/A.
Endereço: Rua Augusta, 2.883, 6º andar conjunto 62, Bairro Cerqueira Cesar – CEP 01413-100.
Cidade e Estado: São Paulo – SP.
CNPJ.: 06.066.768/0001-44
Telefone/Fax: (11) 3082-3002
Email: [email protected]
Filial
Nome: FLORESTAL SANTA MARIA S/A.
Endereço: Fazenda Florestal Santa Maria, Zona Rural – CEP 78.335-000.
Cidade e Estado: Colniza – MT.
CNPJ.: 06.066.768/0002-25
I.E.: 13.256.526-9
Telefone/Fax: (66) 3571-1111
Email: [email protected]
Identificação da Propriedade Rural:
Denominação: FAZENDA FLORESTAL SANTA MARIA
Localização: Zona Rural
Município/UF: Colniza – MT.
Coordenadas Geográficas da Sede: 09º 17’ 13,06” S e 059º 19’ 07,98” W.
Matricula: Nº 73. 958, do Livro nº 2 – NQ do 6º Serviço Notarial e Registro de Imóveis da
Terceira Circunscrição Imobiliária de Cuiabá – MT
Croqui de Acesso: EM ANEXO
Responsável Técnico
Nome: JHONATHAN JOSÉ BORELLA
Endereço: AVENIDA CARMINDO DE CAMPOS, N° 146
GALERIA CENTRO CARMINDO, SALA N° 02.
BAIRRO: BOSQUE DA SAÚDE
CIDADE: CUIABÁ – MT
CREA CONFEA Nº: 120253979-3
Identificação do Representante Legal:
SAVANA - ASSESSORIA E PROJETOS FLORESTAIS LTDA.
Endereço: AVENIDA CARMINDO DE CAMPOS, N° 146
GALERIA CENTRO CARMINDO, SALA N° 02.
BAIRRO: BOSQUE DA SAÚDE
CIDADE: CUIABÁ – MTCNPJ: 10.295.637/0001-06
Eng. Florestal: DIOGO REZENDE DE ALMEIDA
CREA: 120260418-8
RG: 1192410-1 SJ/MT e CPF: 707.424.991-20
Engo. Florestal: JHONATHAN JOSÉ BORELLA
CREA: 120253979-3
RG: 1275558-3 SSP/MT e CPF: 002.439.371-13
APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS
Período das atividades.
Conforme proposto no cronograma apresentado a SEMA – MT, as atividades de
implantação de infraestrutura, exploração, transporte e monitoramento das atividades
ocorreram nos períodos de 01/junho/2010 a 30/novembro/2010 e de 01/junho/2011 a
31/agosto/2011, e que foram objeto dos Relatórios Técnicos Trimestrais apresentados a SEMA
– MT.
Construção de estradas
A construção das estradas primárias e secundárias foi feita por tratores de esteira e para
o trabalho de acabamento e corte de valetas de drenagem foi utilizada motoniveladora. Nos
córregos e/ou igarapés que apresentam maior leito foram construídas pontes e, em cursos
hídricos com menor largura, foram utilizados troncos ocos para construção de bueiros, evitando
o barramento da água e mantendo as estradas em bom estado de conservação. As estradas
primárias, que já estavam construídas em função de exploração de UPAs anteriores, passaram
por um processo de manutenção visando a exploração da UPA em questão. Tal estrada conta
com 6 (seis) metros de largura e é utilizada para acesso e transporte da matéria-prima
explorada.
As estradas abertas na UPA 25 estão representadas pela figura conforme figura abaixo.
Figura 1: Estradas primárias e secundárias da UPA 24
As Estradas Secundárias possuem largura média de 4 metros e proporcionam acesso às
camionetes, máquinas e caminhões nas áreas de exploração. Durante o quarto trimestre de
exploração ocorreu um re-planejamento em relação às estradas primárias e secundárias
originalmente previstas, especificamente a construção da estrada secundária entre a UPA 24,
em exploração, e a UPA 25, em processo de Inventário Florestal 100%, além da construção de
trechos internos à UT 08 permitindo o escoamento da produção por estrada primária já
existente.
Segue abaixo o quadro de áreas abertas para construção de estradas na UPA 24.
Tabela 1: Total de áreas abertas para estradas na UPA 24
Estradas Comprimento
(m) Largura (m) Área (m
2) Área (ha)
Primárias 11.500 6 69.000 6,90
Secundárias 40.300 4 161.200 16,12
TOTAL 51.800 230.200 23,02
A tabela acima servirá para calcular percentual de área de infraestrutura da UPA 24.
Abate das Árvores
A primeira etapa do Abate das Árvores é a confecção da Ficha de Corte e Mapa de
Exploração que irão orientar na localização e direcionamento dos indivíduos.
Através dos dados do Censo 100% elabora-se a Ficha de Corte contendo as seguintes
informações:
Onde:
UT – Unidade de Trabalho;
FX – Faixa;
No ÁRV – Número do indivíduo
ESPÉCIE – Nome vulgar do Indivíduo
DAP – Diâmetro a altura de peito
Dist y – Distancia que se encontra o indivíduo dentro da UT (de 0 a 500 metros)
L – Lado que se encontra o indivíduo em relação à picada dentro da faixa
(esquerdo ou direito)
OK= ABATE 1= FINO 2= OCA 3= IDENTIFICAÇÃO INCORRETA 4= NÃO ENCONTRADA 5=OUTROS
UT FX Nº ÁRV ESPÉCIE DAP Dist Y L Dist X Pic Corte Abatido por Observações
Dist x – Distancia que se encontra o individuo dentro da faixa (de 0 a 25 metros)
Pic – Observação do Piqueteiro (Ok, 1, 2, 4 ou 5)
Corte – Observação do Apontador (Ok, 1, 2, 4 ou 5)
Abatido por – Nome do motosserrista que abateu o individuo; e
Observações – Informações que possam auxiliar o escritório na digitação dos
dados ou na elaboração de mapas de arraste.
As espécies de corte sem interesse comercial não foram abatidas, pois não existia
mercado consumidor para as mesmas na região, ou então, seu mercado estava desaquecido e
sua demanda muito baixa. Portanto, essas espécies não foram incluídas na Ficha de Corte, e são
apresentadas na tabela abaixo.
Tabela 2: Nome popular e nome científico das espécies de valor comercial.
Após confecção da Ficha de Corte, é feito o piqueteamento com função de limpar as
picadas feitas pela equipe do Inventário Florestal e orientar os motosserristas com relação a
localização dos indivíduos de interesse comercial que constam na relação.
NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO
Amapá Chrysophyllum sp
Amescla Trattinickia sp
Angelim Saia Parkia sp
Bajao Parkia sp
Cajú-da-Mata Anacardium sp
Carne de Vaca Euplassa sp
Caroba Jacaranda copaia
Catuaba Qualea sp
Caucho Castilla sp
Chichá Sterculia sp
Fava Orelha de Macaco Enterolobium sp
Faveiro Pterodon pubescens
Matá-Matá Eschweilera sp
Morcegueira Trattinickia sp
Pau Sangue Pterocarpus sp
Sorveira Couma sp
Tamarindo Martiodendron sp
Tamboril Enterolobium contortisiliquum
Tento Ormosia sp
Ucuúba Virola sp
O piqueteiro coloca piquetes (FOTO 1) nas faixas para indicar a localização dos
indivíduos e anota os dados na Ficha de Corte que será repassada para os motosserristas.
Foto 1: Piquete indicando localização da árvore de corte
No abate das árvores de corte, os motosserristas utilizaram a seguinte metodologia:
Conferir na Ficha de Corte se o indivíduo encontrado está na relação das árvores de interesse
comercial. Caso a árvore esteja na relação dos indivíduos solicitados para abate, é feita a
observação na área de abrangência da queda para certificar que a mesma não danificou árvores
proibidas de corte.
Então o operador executa o corte de abate na altura de toco de no máximo 60 cm,
direcionando a mesma para não danificar árvores proibidas de corte e auxiliar na operação de
arraste. Caso haja catana ou cupim que impeça essa altura máxima o operador abate a mesma
na menor altura possível, sempre visando à segurança do funcionário como princípio
fundamental.
O abate das árvores contou com 6 equipes compostas por um motosserrista e um
ajudante (apontador) cada.
O apontador tem por função auxiliar o operador de motosserra a carregar os
equipamentos como galão de gasolina, lima e garrafa d’água, além de anotar as informações
referentes ao corte para garantir a cadeia de custódia.
As informações feitas pelos apontadores na Ficha de Corte serão inseridas no sistema e
com isso será elaborada uma relação de árvores Cortadas no Mato que auxiliará a operação de
arraste.
Após abate da árvore, a plaqueta de identificação (verde) é dividida em três partes
sendo uma pregada no toco, outra pregada no fuste e a terceira encaminhada ao escritório da
fazenda para controle da cadeia de custódia.
Foto 2: Parte da placa de identificação da árvore cortada presa no toco
Os motosseristas foram orientados a abaterem os indivíduos plaqueteados para corte e
de interesse comercial conforme Ficha de Corte.
Segue abaixo as espécies de interesse comercial que foram abatidas na UPA 24.
Tabela 3: Espécies abatidas na exploração da UPA 24
NOME POPULAR NOME CIENTIFICO
Abiu Pouteria sp
Abiurana Pouteria sp
Angelim Hymenolobium sp
Caixeta Simarouba amara
Cambará Vochysia sp
Canela Ocotea sp
Cedro-Rosa Cedrela odorata
Cumaru Dipteryx sp
Cupiúba Goupia glabra
Fava-bolacha Vatairea sp
Fava-orelha-de-macaco Enterolobium sp
Freijo Cordia goeldiana
Garapeira Apuleia sp
Ipê Tabebuia sp
Jatobá Hymenaea sp
Jequitibá Cariniana sp
Maçaranduba Manilkara sp
Mirindiba Buchenavia sp
Muiracatiara Astronium sp
Oiticica Clarisia racemosa
Parajú Manilkara sp
Peroba Aspidosperma sp
Roxinho Peltogyne catingae
Sucupira Diplotropis sp
Tauari Couratari sp
Os operadores de motosserra foram instruídos a não abaterem árvores localizadas nas
APP s, espécies proibidas de corte como a copaíba, remanescentes, árvores raras e porta
semente, além das árvores de corte sem interesse comercial.
Abertura das esplanadas
Durante o processo de abate, analise da dispersão de indivíduos, e volumetria existente
por faixa optamos pelo re-planejamento das esplanadas visando obter maiores condições de
receber a quantidade de toras arrastadas em sua área de abrangência.
O critério para a alocação das esplanadas foi o seguinte: máximo de 500 m3 com casca,
ou 8 faixas de 50x500m de abrangência por esplanada e preservação das Áreas de Preservação
Permanente. Dessa forma a esplanada consegue suportar um volume alto e evita-se que o
trator Skidder faça arrastes muito longos, evitando assim grandes impactos ambientais no
arraste das toras e desgaste dos maquinários.
Após novo planejamento das esplanadas foi confeccionado mapas de orientação para
abertura das mesmas. A abertura se deu com trator de esteira onde um identificador de posse
do mapa faz a locação da esplanada com fitas e posteriormente é feito a abertura da mesma.
Na tabela abaixo estão descritas as esplanadas abertas no quarto trimestre de operação,
assim como as respectivas coordenadas geográficas do centro da esplanada e suas dimensões.
Observa-se que algumas esplanadas tiveram de ser aumentadas devido ao excesso de
madeira, e outras puderam ser abertas com um tamanho menor que o planejado. Não obstante
a área média das esplanadas apresentou um tamanho satisfatório de 391 m2, menor do que a
área máxima permitida, que é de 500 m2. Assim obteve-se uma redução no impacto sobre a
floresta e dentro dos limites legais.
Considerando as esplanadas de toda a UPA, temos a seguinte área ocupada por esse
tipo de infraestrutura.
Tabela 4: Área aberta para esplanadas na UPA 24
Esplanadas Quantidade Área Média (m2) Área Total (m2)
1° Trimestre 100 491 49.100,00
2° Trimestre 32 474 15.168,00
3° Trimestre 44 391 17.204,00
4° Trimestre 40 391 15.640,00
Total 216 97.112,00
Foto 3: Esplanada No 180
Foto 4: Esplanada No 186
Considerando que a área liquida da UPA é de 3.588,4010 hectares, e utilizando as áreas
de infraestrutura da tabela 03 e da tabela 07, temos o seguinte percentual de área destinado à
infraestrutura.
Tabela 5: Área total de infraestrutura.
Infraestrutura Área (m2) Área (ha) Percentual da Área Liq. UPA (%)
Estradas 230.200 23,02 0,64
Esplanadas 97.112 9,7112 0,27
Total 327.312 32,7312 0,91
Assim, temos 0,91% da área líquida da UPA 24 ocupada por infraestrutura de
exploração, inferior aos 2% permitidos.
Arraste das toras
Para realizar as atividades do arraste dos indivíduos foram utilizadas três equipes
compostas, cada uma delas, de:
1 trator Skidder;
1 rabicheiro;
1 repicador; e
2 medidores.
O rabicheiro faz o reconhecimento da área e com o auxilio do Mapa de Exploração
juntamente com a relação das árvores Cortadas em campo, determina o trajeto a ser
percorrido pelo trator de forma a garantir o mínimo impacto possível sobre a floresta e menor
desgaste da máquina.
Os operadores de Skidders e rabicheiros são instruídos a respeitarem as Áreas de
Preservação Permanente (APP) e para tanto contam com a ajuda do Mapa de Exploração.
Assim que o Skidder chega com o fuste na esplanada o mesmo é medido, repicado e
seus dados são anotados no Romaneio de Esplanada.
Cadeia de custódia
Para garantir a procedência de seu produto a Florestal Santa Maria conta com a
seguinte metodologia de cadeia de custódia:
Primeiro a árvore abatida é anotada na Ficha de Corte e seu fuste e toco são
identificados com parte da placa de abate enquanto a terceira é encaminhada ao escritório,
conforme figura abaixo:
Figura 6: Identificação do toco e fuste no abate
Em seguida esse fuste é arrastado até a esplanada, medido, repicado e cada tora recebe
uma letra e uma plaqueta (branca) com seu número que é anotado no Romaneio de Esplanada
e vinculado ao número da árvore (placa verde), conforme figura abaixo.
324
324
324
12
12
12
Figura 7: Repique e medição na esplanada no controle da Cadeia de Custódia
Dessa forma é possível fazer o rastreamento de cada tora e descobrir de qual UT, Faixa e
coordenada ela saiu. Esse processo garante a cadeia de custodia e certifica a procedência legal
do produto.
Assim que a tora é medida e repicada, a mesma é empilhada na esplanada e está pronta
para o carregamento.
F S M F S M F S M
Figura 8: Carregamento de caminhões
O Romaneio de Esplanada é enviado ao escritório, digitado e inserido no sistema,
possibilitando a emissão de Notas Fiscais e Guias Florestais.
Carregamento de toras e baldeio para Esplanadão
Toda a tora que chega a esplanada é repicada, medida e romaneada imediatamente. Em
seguida ela é empilhada do sentido perpendicular a estrada pronta para ser carregada.
A Florestal Santa Maria conta com duas Pás-carregadeira para executar o carregamento
das toras que serão levadas até o Esplanadão, onde haverá o descarregamento e controle das
mesmas por um romaneador da Fazenda.
Assim, as toras ficam empilhadas e separadas por espécies no Esplanadão, aguardando
o embarque para seus clientes.
Esse sistema de Baldeio permite que as esplanadas no mato possam manter seu
tamanho máximo, pois não há necessidade de separar as toras por espécie nelas. Além disso,
garante que todo o produto seja retirado da floresta antes das chuvas, que irão dificultar o
transporte.
Volume explorado na UPA 24
Conforme citado no item Cadeia de Custódia, toda a árvore abatida é anotada e inserida
no sistema, assim é possível saber quantos metros cúbicos de madeira foram abatidos no
período.
Figura 9: Controle de árvores abatidas – Demonstração
Nr.
ÁrvoreFaixa UT Posição Y Posição X Coord. Y Coord X Espécie
Qtd.
TorasAbatida Moto serrista DATA
Espécie
Esplanada
12 1 1 165 24 9004146 246907 Muiracatiara 4 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 MUIRACATIARA
17 1 1 198 15 9004113 246916 Muiracatiara 4 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 MUIRACATIARA
18 1 1 219 43 9004092 246888 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
20 1 1 251 41 9004060 246890 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
22 1 1 280 31 9004031 246900 Muiracatiara 4 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 MUIRACATIARA
23 1 1 286 27 9004025 246904 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
24 1 1 298 24 9004013 246907 Tauari 3 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 TAUARI
28 1 1 310 24 9004001 246907 Tauari 3 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 TAUARI
34 1 1 351 10 9003960 246921 Muiracatiara 4 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 MUIRACATIARA
35 1 1 398 5 9003913 246926 Itauba 1 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 ITAÚBA
36 1 1 398 7 9003913 246924 Tauari 4 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 TAUARI
42 2 1 294 15 9004017 246866 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
43 2 1 280 24 9004031 246857 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
45 2 1 255 24 9004056 246857 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
46 2 1 253 5 9004058 246876 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 ANGELIM
49 2 1 158 10 9004153 246871 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
51 2 1 130 5 9004181 246876 Oiticica 3 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
52 2 1 127 3 9004184 246878 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
56 2 1 117 24 9004194 246857 Oiticica 2 Sim NEOSMAN M. FERNANDES 01/06/2010 OITICICA
62 3 1 42 35 9004270 246796 Angelim 3 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 ANGELIM
63 3 1 44 40 9004268 246791 Parajú 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 PARAJÚ
74 3 1 240 44 9004072 246787 Oiticica 3 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 OITICICA
75 3 1 248 24 9004064 246807 Oiticica 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 OITICICA
79 4 1 495 40 9003817 246740 Oiticica 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 OITICICA
80 4 1 490 47 9003822 246733 Oiticica 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 OITICICA
86 4 1 148 6 9004164 246775 Ipê 4 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 IPÊ
90 5 1 347 30 9003965 246701 Jequitiba 3 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 JEQUITIBA
97 6 1 422 10 9003890 246670 Angelim 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 ANGELIM
98 6 1 424 49 9003888 246631 Jequitiba 2 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 JEQUITIBA
99 6 1 390 35 9003922 246646 Jequitiba 3 Sim DANIEL P. DOS SANTOS 01/06/2010 JEQUITIBA
105 7 1 55 45 9004257 246586 Tauari 3 Sim GLEITON GONÇALVES 01/06/2010 TAUARI
108 7 1 80 37 9004232 246594 Itauba 3 Sim GLEITON GONÇALVES 01/06/2010 ITAÚBA
109 7 1 130 35 9004182 246596 Muiracatiara 3 Sim GLEITON GONÇALVES 01/06/2010 MUIRACATIARA
113 7 1 172 44 9004140 246587 Jequitiba 3 Sim GLEITON GONÇALVES 01/06/2010 JEQUITIBA
116 7 1 155 15 9004157 246616 Tauari 3 Sim GLEITON GONÇALVES 01/06/2010 TAUARI
Tabela 6: Volumes autorizados e colhidos na UPA 24
NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO TOTAL AUTORIZADO TOTAL ABATIDO
Abiu Pouteria sp 4.067,69 1.865,55
Abiurana Pouteria sp 1.234,67 893,30
Angelim Hymenolobium sp 4.794,21 4.729,72
Caixeta Simarouba amara 2.158,19 1.727,20
Cambará Vochysia sp 559,70 467,29
Canela Ocotea sp 936,58 456,81
Cedro-Rosa Cedrela odorata 560,13 447,23
Cumaru Dipteryx sp 1.653,00 1.498,62
Cupiúba Goupia glabra 2.368,51 1.634,87
Fava-bolacha Vatairea sp 1.221,89 33,16
Fava-orelha-de-macaco Enterolobium sp 721,92 721,92
Freijó Cordia goeldiana 603,44 86,79
Garapeira Apuleia sp 835,73 750,19
Ipê Tabebuia sp 7.420,88 7.420,88
Itaúba Mezilaurus itauba 1.070,36 1.070,36
Jatobá Hymenaea sp 4.682,55 4.203,49
Jequitibá Cariniana sp 11.513,23 1.447,64
Maçaranduba Manilkara sp 4.469,75 4.166,95
Mirindiba Buchenavia sp 2.499,75 552,20
Muiracatiara Astronium sp 5.875,13 4.551,67
Oiticica Clarisia racemosa 3.183,22 3.172,38
Parajú Manilkara sp 841,24 479,83
Peroba Aspidosperma sp 621,41 366,58
Roxinho Peltogyne catingae 1.215,49 398,35
Sucupira Diplotropis sp 522,78 522,69
Tauari Couratari sp 10.216,72 10.172,29
TOTAIS 75.848,17 53.837,96
Infraestrutura
Toda a estrutura de acomodação dos trabalhadores foi implantada de acordo com NR 24
e NR 31 e já foram detalhadas em relatório anterior.
Monitoramento da exploração florestal
O monitoramento foi feito pela equipe treinada na Fazenda Floresta Santa Maria, sob
orientação do Engenheiro Responsável, com objetivo de otimizar a produção, buscando evitar o
desperdício, e minimizar os impactos na floresta.
Proteção Florestal
Para garantir a proteção da propriedade com relação a incêndios iniciados em áreas
vizinhas, a Florestal Santa Maria promoveu a manutenção de seus aceiros utilizando para isso
trator esteira.
Há um sistema permanente de monitoramento das divisas que visa identificar e
combater invasões, roubo de madeira e incêndios.
Cuidados com a floresta
Em todas as etapas da exploração o cuidado com as Áreas de Preservação Permanente
tais como beira de rios e nascentes é contemplada. Para tanto é feito pré-planejamento de
abertura de estradas, esplanadas e manutenção de bueiros a fim de desobstruir o fluxo de
água.
Caça e Pesca
É proibida a caça e pesca na área da fazenda e para garantir isso existem oito bases de
apoio onde residem funcionários da empresa instruídos a monitorarem a área diariamente.
CONCLUSÃO
As estradas foram executadas de maneira planejada e sofreram alterações quando o re-
planejamento teve por objetivo a proteção dos recursos naturais.
Árvores autorizadas ao abate, mas sem viabilidade econômica não foram exploradas,
proporcionando a floresta um menor grau de intervenção.
A identificação da localização da árvore e avaliação da sua sanidade e qualidade feita
pelo piqueteiro e motosserrista permite uma padronização das operações e garante que
apenas toras com alto aproveitamento serão derrubas e arrastadas evitando o desperdício de
matéria-prima florestal.
O romaneio e a cadeia de custódia permitem o fiel controle do “caminho” realizado
pelas árvores, permitindo o rastreamento de qualquer tora até o toco da árvore abatida.
Assim, as atividades descritas acima garantem a obtenção de benefícios econômicos e
sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentabilidade do ecossistema objeto do manejo.
Para concluir, o total volume autorizado foi de 104.676,5905 m3, sendo de 29,171 por
hectare.
Tomando como base que a área líquida da UPA 24 é de 3.588,4006 hectares, e
subtraindo-se as espécies não exploradas, obtemos um total de 75.848,17 m3 de volume
autorizado, e 21.137 m3 por hectare. O resultado do volume extraído foi de 53.837,96 m3
sendo de 15,003 me por hectare.
Partindo do volume total geral autorizado obtemos um aproveitamento de 51,14 %.
Quando utilizamos somente as espécies autorizadas o aproveitamento é de 71,0 %.
MONITORAMENTO SOCIAL Introdução A Avaliação de Impacto Social é uma ferramenta interna da FSM com o intuito de subsidiar as
ações sociais da empresa. O escopo selecionado foi baseado na relevância das partes para a
AMF. Os detalhes da execução dessa avaliação bem com seus resultados e próximos passos
estão descritos abaixo.
Objetivos
Executar um breve diagnóstico social das comunidades adjacentes e trabalhadores
Levantar a situação das condições de trabalho nas bases operacionais da UMF
Levantar impactos negativos ou positivos do manejo florestal sustentável da FSM
Coletar coordenadas para a elaboração de um mapa social e de uso da terra
Escopo
Comunidades adjacentes do assentamento Perseverança Pacutinga, dentro de um raio
de 10 km, moradores das linhas 6, 8, 10, 12 e Moreru. Essas linhas compõem a malha
viária de acesso à fazenda, sendo que as linhas 8 e 10 são rotas de caminhões que saem
da UMF.
Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves
Colaboradores do EMF e terceirizados.
Instituição de ensino presente na linha rota de caminhões.
Métodos
Comunidades adjacentes
Foram aplicadas entrevistas estruturadas (Anexo 1) com moradores das linhas 6, 8, 10, 12 e
Moreru num raio de até 10 km das fronteiras da fazenda. Todas as respostas foram anotadas
abaixo das perguntas e coletadas as coordenadas da sede (residência). Todas as comunidades
adjacentes foram entrevistadas durante os meses de julho e agosto.
Colaboradores
Os questionários (Anexo 2) foram aplicados com todos os trabalhadores presentes nos
alojamentos das bases 2 e 4. Todos os colaboradores foram entrevistados durante o mês de
setembro.
Tratamento de dados
Os dados foram compilados e tratados de forma que gerassem as informações mais relevantes
para traçar um perfil socioeconômico dos vizinhos bem como aquelas que servirão de base para
a condução de ações sociais na região.
Resultados
Comunidades adjacentes
Foram entrevistadas 63 residentes das linhas 6, 8, 10, 12 e Moreru. As linhas 10, 12 e parte da 8
estão inseridas dentro do Projeto de Assentamento Perseverança Pacutinga, sendo que a 10 e a
12 fazem fronteira com as bordas da AMF. Uma pequena porção da linha Moreru está inserida
dentro do Projeto de Assentamento 1º de Maio. As informações relevantes estão descritas nas
tabelas abaixo.
A maioria dos entrevistados reside na linha 12 conforme descrito na tabela 1. A linha 6 é uma
linha de difícil acesso e pouco povoada, tendo somente 3 casas dentro do raio de 10 km da
AMF.
Tabela 1. Porcentagens de indivíduos entrevistados por linha.
Linha Porcentagem %
6 5
8 21
10 26
12 32
Moreru 16
Os dados abaixo se referem a pequenos indicadores socioeconômicos para traçar um breve per
perfil das comunidades vizinhas. Os dados analisados foram selecionados de acordo com a sua
relevância para as futuras ações socioeducativas da FSM. São eles: educação, uso da terra,
meios de locomoção, acesso a eletricidade, meios de comunicação e acesso à água.
Esses dados refletem um entorno essencialmente dependente da pecuária (Tabela 3) e carente
de educação. Nota-se que pouquíssimos entrevistados possuem o Ensino Médio completo
(Tabela 2). Na zona rural o transporte público e precário e o principal meio de locomoção da
região é a moto (Tabela 4). Há 3 anos atrás a zona rural ganhou eletricidade e com isso todas as
linhas possuem energia elétrica via cabo, com exceção da linha 6 (Tabela 5). A comunicação nas
linhas também é precária. Apesar de a grande maioria possuir TV, rádio e celular (Tabela 7),
este último é deficiente em termos de sinal, segundo relatos dos entrevistados. O acesso à água
é por meio de poço (Tabela 7) sendo que nenhum entrevistado relatou depender da malha
hídrica da AMF para seu consumo e abastecimento.
Tabela 2. Porcentagens dos níveis de escolaridade de acordo com as linhas.
Tabela 3. Porcentagens dos tipos de uso da terra por linha.
Uso da Terra 6 8 10 12 Moreru
Gado de corte
66% 62% 25% 50% 78%
Gado de leite
33% 15% 69% 35% 0
Café 0 15% 6% 5% 11%
Outras 0 8% 0 10% 11%
Tabela 4. Porcentagens dos meios de locomoção de acordo com as linhas.
Meios de locomoção
6 8 10 12 Moreru
Moto 33% 77% 75% 90% 55%
Outros 67% 23% 25% 10% 45%
Tabela 5. Tipos de acesso à energia elétrica nas linhas.
Eletricidade 6 8 10 12 Moreru
Cabo 0 100% 100% 100% 100%
Placa solar 33% 0 0 0 0
Não possui 67% 0 0 0 0
Tabela 6. Porcentagens dos meios de comunicação que os residentes das linhas mais têm acesso.
Educação 6 8 10 12 Moreru
Analfabeto 0 38% 12% 10% 11%
EF incompleto 100% 54% 69% 75% 67%
EF completo 0 0 12% 5% 22%
EM completo 0 8% 7% 10% 0
Comunicação 6 8 10 12 Moreru
TV/Rádio 50% 54% 88% 55% 100%
Tabela 7. Porcentagens dos meios de abastecimento de água na residência dos entrevistados.
Dados contextualizados relevantes para a EMF
Adiante se encontram dados coletados nas entrevistas que são importantes para ações
socioeducativas a serem desenvolvidas pelo EMF. A comunicação com a empresa é um deles,
para que se possa utilizar do melhor veículo para envolver a comunidade em cursos,
capacitações e palestras. Conforme a Tabela 8, o principal meio de comunicação é o contato
pessoal, seja com caseiros das bases (nas linhas mais distantes da sede) ou na própria sede.
Ainda assim, muitos entrevistados principalmente na linha 8, não se comunicam com a EMF.
Para estabelecer um canal de comunicação eficaz com os vizinhos e a escola presente na linha
10, foi disponibilizado o resumo público do plano de manejo contendo o endereço físico,
eletrônico e telefone de contato.
Outros dados relevantes são: coleta de PFNM – mais precisamente castanha, impactos
positivos e negativos do manejo da FSM (Tabela 10) e interesse em cursos e capacitações
(Tabela 11).
Celular 50% 92% 100% 70% 44%
Fixo 0 0 0 0 0
Internet 0 0 12% 0 0
Acesso a água
6 8 10 12 Moreru
Poço artesiano
0 31% 25% 20% 22%
Poço 67% 61% 75% 80% 22%
Mina 33% 8% 0 0 56%
Tabela 8. Meios de comunicação mais utilizados entre as comunidades adjacentes e o EMF.
Durante as entrevistas foi apurado que 100% dos entrevistados não realizam coleta de PFNM e
não possuem conhecimento de nenhuma associação extrativista. No entanto, a grande maioria
(80%) demonstrou interesse em coletar castanha caso fosse organizado.
Durante a avaliação os entrevistados eram questionados quanto aos possíveis impactos
positivos e negativos sobre a atividade de manejo florestal que eram percebidos por eles. A
finalidade desses resultados é manter e/ou potencializar os impactos positivos e monitorar os
negativos para que eles sejam minimizados e, quando possível, evitados. Ressaltamos que os
impactos negativos mencionados nesse relatório são inevitáveis durante a operação.
Uma instituição importante que relatou os impactos positivos do manejo da Fazenda foi a
Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves. A professora entrevistada citou como
principais: disponibilidade e abertura para ajudar, doações de material, mobilidade e
possibilidade de visitas pedagógicas na AMF.
Comunicação com a FSM
6 8 10 12 Moreru
Pessoalmente na sede 0 8% 69% 20% 0
Por telefone 0 0 6% 0 0
Com caseiros de base 100% 0 0 30% 100%
Com funcionários 0 23% 6% 20% 0
Não me comunico 0 69% 19% 30% 0
Tabela 9. Tabela contendo impactos positivos e negativos percebidos pelos vizinhos.
Impactos Positivos Impactos Negativos
Geração de empregos
Manutenção de estradas e pontes
Segurança contra invasões
Ajuda com mobilidade
Participação na cadeia produtiva da cidade
Proteção contra incêndios
Preservação da natureza
Doação de material para festas das linhas e reforma da escola
Ajuda em caso de emergências
Trânsito de caminhões
Risco de tombamento de toras
A grande maioria (78%) dos entrevistados demonstrou interesse em participar de ações
educativas a serem desenvolvidas pelo EMF. O quadro abaixo contém as principais sugestões
de curso/capacitações nas quais os entrevistados gostariam de estar envolvidos.
Tabela 10. Sugestões de cursos e capacitações levantadas com os entrevistados.
Sugestões de Cursos e Capacitações
Cultivo de hortas e pomar
Melhoramentos na criação de porcos, galinhas e gado
Combate a incêndio
Noções básicas de informática
Coleta de castanha
Figuras 1 e 2. Momentos de entrevistas com as comunidades locais.
2 1
1
Colaboradores
Neste levantamento 47 colaboradores foram entrevistados durante o mês de setembro. Os
dados coletados referentes ao cargo que ocupam na AMF (Tabela 11), local de residência
(Tabela 13) escolaridade (Tabela 12), conhecimento das normas de segurança e saúde no
trabalho (Tabela 14), satisfação com instalações (Tabela 16), entendimento do sistema de
remuneração (Tabela 17) e cursos realizados (Tabela 18) se encontram descritos abaixo.
Alguns caseiros, supervisores e motoristas terceirizados não foram entrevistados, logo seus
dados não foram computados.
Tabela 11. Cargo ocupado pelos entrevistados.
Cargo Número Porcentagem
Ajudante de Cozinha 1 2%
Apontador 2 4%
Assistente Administrativo 1 2%
Auxiliar Administrativo 2 4%
Auxiliar de Escritório 1 2%
Auxiliar de Skidder 4 8%
Auxiliar de Motosserrista 2 4%
Caseiro 2 6%
Comprador 1 2%
Cozinheira 2 4%
Identificador 2 4%
Medidor 5 11%
Operador de Motosserra 7 16%
Operador de Pá Carregadeira 4 8%
Operador de Moto niveladora 1 2%
Operador de Skidder 2 4%
Picadeiro 1 2%
Romaneador 6 13%
Técnico de Segurança no Trabalho
1 2%
TOTAL 47 100%
A FSM possui uma grande importância na geração de emprego e renda local. A grande maioria
(98%) reside na cidade de Colniza, seja na zona urbana (66%) ou na zona rural (32%).
Tabela 12. Local de residência.
Local Número Porcentagens
Zona Urbana de Conilza 31 66%
Zona Rural de Colniza 15 32%
Outros locais 1 2%
TOTAL 47 100%
Sessenta e cinco por cento (65%) dos colaboradores não completaram o Ensino Fundamental.
Somente um colaborador entrevistado se declarou analfabeto e respectivamente 10% e 21%
completaram o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Tabela 13. Escolaridade dos entrevistados.
Escolaridade Número Porcentagens
Analfabeto 1 2%
Fundamental incompleto
30 65%
Fundamental completo
5 10%
Médio completo 10 21%
Técnico 1 2%
TOTAL 47 100%
A maioria dos colaboradores (64%) declarou possuir conhecimento das normas de segurança
no trabalho. Tal dado é um feedback importante para avaliar as ações educativas de prevenção
de acidentes e normas de segurança e saúde no trabalho.
Tabela 14. Conhecimento sobre as normas de saúde e segurança no trabalho.
Conhecimento das normas Número Porcentagens
Sim 30 64%
Não 17 36%
TOTAL 47 100%
Quarenta e um colaboradores (87%) responderam estarem satisfeitos com a infraestrutura do
alojamento, enquanto que somente 6 demonstraram insatisfação. Todos os colaboradores
foram convidados a sugerir melhorias, as quais foram listadas na tabela 19.
Tabela 15. Satisfação com a infraestrutura do alojamento.
Satisfação com alojamento
Número Porcentagens
Satisfeito 41 87%
Não satisfeito 6 13%
TOTAL 47 100%
Com relação ao entendimento sobre o sistema de remuneração, a maioria (53%) declarou não
entender o desconto de impostos, horas-extras, sindicatos e outras questões referentes aos
seus holerites.
Tabela 16. Entendimento dos colaboradores sobre o sistema de remuneração no qual estão inseridos.
Remuneração Número Porcentagens
Sim 22 47%
Não 25 53%
TOTAL 47 100%
A justificativa desse resultado é explicada com as inovações que os colaboradores estão aos
poucos compreendendo. A FSM assinou este ano um acordo coletivo com o Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Madeiras de Juína e Região – STIMAJUR, como parte do
compromisso da empresa com os princípios e critérios do FSC. Neste acordo foram incluídos
itens como jornada de trabalho, hora-extra, feriados, banco de horas, dentre outros. Estes
itens, até então desconhecidos pelos trabalhadores, ainda estão em processo de entendimento
por parte dos colaboradores, sendo sua total compreensão um processo pedagógico que leva
certo tempo.
Durante o ano de 2012, para atender aos princípios e critérios do FSC, a FSM promoveu uma
série de cursos e capacitações aos seus colaboradores, descrita na tabela 20. Além disso, devido
à demanda do SESI Juína, com o qual temos parceria, não foi possível realizar o curso de
primeiros socorros até a elaboração deste documento. No entanto, o curso já está agendado
para 5 e 6 de novembro.
Tabela 17. Cursos oferecidos pela FSM aos colaboradores.
Cursos, Capacitações e Diálogos oferecidos aos colaboradores da AMF
Instituição/Palestrante
Brigada de incêndio florestal Máxima Assessoria
Exploração de Impacto Reduzido – Técnicas de Arraste IFT
Exploração de Impacto Reduzido – Técnicas de Corte e Segurança
IFT
Exploração de Impacto Reduzido – Abertura e Planejamento de estradas
IFT
Princípios e Critérios do FSC Marta Lisli Giannichi
CIPATR Éder Dias da Silva
Saúde e Segurança no Trabalho – Diálogos de Segurança Éder Dias da Silva
Primeiros socorros (a ser realizado) SESI - Juína
Durante as entrevistas os colaboradores fizeram algumas sugestões de melhorias para a
infraestrutura dos alojamentos. São elas:
Ventilador no teto
Mais tanques para lavar a roupa
Mais vaso sanitário nos banheiros
Mais espaço nos alojamentos
Afastar a fossa para aliviar mau cheiro
Cortina nos quartos
Além da Avaliação de Impacto Social, os colaboradores possuem um mecanismo de
comunicação direta com a gerência, para atender suas dúvidas e queixas. Caixas de sugestão
estão disponíveis nos alojamentos e semanalmente elas são recolhidas, registradas e suas
respostas devidamente encaminhadas.
3 4
5 6
Figuras 3 a 6. Colaboradores participando no curso de Exploração de Impacto Reduzido, promovido pelo IFT.
Figura 7. Colaboradores que participaram do treinamento Prevenção e Combate a Incêndio
7
Conclusões Com esse relatório é possível concluir os rumos dos trabalhos da FSM a serem desenvolvidos no âmbito social. As ações educativas a serem desenvolvidas com os colaboradores já estão previstas para 2013 (Tabela 18). Além disso, a FSM dará início a uma série de atividades educativas também envolvendo a comunidade, organizando visitas pedagógicas à AMF.
ITEM EVENTOCARGA
HORÁRIAPROGRAMAÇÃO INSTITUIÇÃO
1Operação e manutenção de motosserra 40h MARÇO DE 2013 Senar-MT
2Manutenção de Tratores Agrícolas 40h MAIO DE 2013 Senar-MT
3Qualidade de vida no Trabalho (QVT).
Segurança e Saúde no Trabalho Rural16h DEZEMBRO DE 2013 Senar-MT
4Relacionamento interpessoal 20h FEVEREIRO DE 2013 Senar-MT
5Manejo Florestal 40h MAIO DE 2013 Senar-MT
6Segurança no Trabalho - NR-31 24h JUNHO DE 2013 Senar-MT
7Operação e manutenção de Pá
Carregadeira16h ABRIL DE 2013 Atitude Cursos
8Planejamento de arraste e arraste
(Exploração de Impacto Reduzido - EIR)30h JUNHO DE 2013 IFT
9Planejamento e construção de
infraestrutura30h JUNHO DE 2013 IFT
10Técnicas especiais de corte e segurança
no manejo florestal30h JUNHO DE 2013 IFT
11Operação e manutenção de moto-
niveladora (Patrol)40h ABRIL DE 2013 Atitude Cursos
12 Primeiros socorros08h
NOVEMBRO DE 2012SESI - Juína
Tabela 18. Cronograma de cursos a serem realizados em 2013.
Croqui do Entorno
1. Elaboração e Revisão Marta Lisli Giannichi – Gestora de Projetos Marcelo Martins Lunardelli – Diretor de Planejamento
Figura 8. Croqui da região do entorno. A linha tracejada em vermelho representa o raio selecionado para a aplicação da Avaliação de Impacto Social e os pontos em azul representam cada casa entrevistada.
ANEXO 1 AVALIAÇÃO DE IMPACTO SOCIAL - 2012 Elaboradora: MARTA LISLI GIANNICHI Cargo: Gestora de Projeto Apresentação: Meu nome é Marta, e eu trabalho na FSM e sou responsável por essa conversa entre os vizinhos e a empresa. A FSM está em processo de melhoria do manejo e precisamos saber da comunidade vizinha como que é a relação de vocês com a florestal. Vou fazer algumas perguntas sobre suas atividades e sua relação com a empresa. Tudo que a gente perguntar é sempre com o objetivo de melhorar o manejo e as comunidades em volta e essa entrevista será mantida com a gente.
1. Nome: 2. Idade: 3. Chefe de família: Sim ( ) Não ( ) 4. Quantas pessoas moram na casa: 5. Filhos na escola: 6. Sexo: M ( ) F ( ) 7. Escolaridade: 8. Linha/Localidade:_________________________ Coordenadas GPS: 9. Há quanto tempo vive aqui: 10. Principal atividade rural: 11. Atividade complementar: Sim ( ) Não ( ) Qual? 12. Meios de comunicação: Telefone ( ) Rádio ( ) TV ( ) Celular ( ) Internet ( ) 13. Meios de locomoção: Moto ( ) Caminhão ( ) Caminhonete ( ) Cavalo ( ) 14. Acesso a água: Encanamento ( ) Poço ( ) Poço artesiano ( ) 15. Eletricidade: Gerador ( ) Cabo ( ) Manejo Florestal Santa Maria 16. O manejo da FSM interfere na sua vida? Como? 17. E na sua rotina, no dia-a-dia? 18. Você acha que a FSM ajuda aqui nas linhas? Como? 19. Já aconteceu/acontece de o manejo causar algum problema na sua rotina ou
propriedade? Como foi? 20. Como você se comunica com a FSM? 21. Você entra na FSM para coletar produtos da floresta, como castanha, frutos etc? Existe
alguma associação de extrativistas aqui na região? 22. Você sente a necessidade de ser incluído em capacitações e ações de educação que a
FSM possa desenvolver com a comunidade? Quais seriam? 23. Como você faz se deseja saber mais informações sobre a FSM? Existe alguma
informação que você queira saber?
ANEXO 2 AVALIAÇÃO DE IMPACTO SOCIAL - 2012 Elaborador: MARTA LISLI GIANNICHI Cargo: Gestora de Projeto Aplicadores: Marta Lisli Giannichi e Éder Dias da Silva Apresentação: Como parte da certificação FSC é necessário se fazer uma avaliação dos reflexos do trabalho tanto no dia-a-dia quanto na sociedade local. Com esses dados, se fará um monitoramento anual desses parâmetros. Objetivo: Coletar informações junto aos trabalhadores sobre questões pertinentes ao manejo da FSM e suas relações.
1. Nome: 2. Idade: 3. Cargo: 4. Safrista ( ) Fixo ( ) 5. Escolaridade: 6. Linha/Localidade da residência: 7. Experiência anterior nessa atividade: 8. Houve capacitações/cursos este ano? Em Quais você participou? 9. Você faz parte do sindicato? 10. Já houve algum tipo de problema com o sindicato? 11. Quem é o seu supervisor? 12. Você se reporta a ele em caso de possíveis dúvidas/queixas/reclamações? 13. Já houve casos que suas queixas não foram resolvidas/encaminhadas? 14. Você conhece as normas de segurança no trabalho (NR 31)? 15. Você entende o sistema de remuneração? 16. Você está satisfeito com as refeições? Tem sugestões de melhoria? 17. Você está satisfeito com o alojamento? Melhoraria algo? 18. Você gostaria de receber mais capacitações/treinamentos? Quais? 19. Todas as regras com relação a horas de descanso, folga está clara? 20. Na sua opinião, tem algo a sugerir, acrescentar ou mudaria ?
Plano de Monitoramento e Proteção de Fauna
Introdução
A fauna é de fundamental importância para a manutenção da dinâmica da floresta e na
recuperação de ecossistemas que sofreram algum tipo de distúrbio em sua cobertura vegetal.
Ela contribui ativamente para a dispersão de sementes e para a manutenção da cadeia trófica.
Os dois grupos mais eficientes em monitoramentos de fauna são os mamíferos e as aves.
Ambos os grupos possuem espécies de fácil visualização e identificação e o papel que eles
desempenham na manutenção dos processos ecológicos e na dispersão de sementes os tornam
eficientes bio-indicadores (Almeida & Almeida, 1998).
Sendo assim, numa área de manejo florestal sustentável é fundamental que a fauna local seja
monitorada de maneira contínua e eficiente.
A Fazenda Florestal Santa Maria optou por realizar um monitoramento de fauna ativo e
constante, com a colaboração de quem transita pela área de manejo florestal. Com esses dados
será possível ter uma ideia da movimentação da fauna e das espécies presentes dentro das
imediações da Fazenda.
Ações mais aprofundadas de monitoramento de fauna, como a participação de Universidades,
estão em fase de estudo de viabilidade.
Objetivo
Apresentar a metodologia para monitoramento e proteção de fauna e descrever os resultados
coletados.
Monitoramento e medidas de proteção de fauna
Identificação de animais
Os colaboradores participantes da operação florestal e caseiros são instruídos a
reportarem aos seus supervisores a ocorrência de animais tanto nas estradas primárias
e secundárias e também na área de operação;
Os supervisores preenchem uma ficha de observação de animais baseando-se tanto nos
relatos dos trabalhadores quanto em suas próprias observações;
As fichas contem os seguintes campos: nome popular, local 1, data e hora de quando o
animal foi visto, além de possíveis observações extras;
Após preenchimento pelos supervisores, as fichas são encaminhadas à sede para
entrada de dados;
Os dados serão analisados conforme vão adquirindo robustez para que as devidas
medidas sejam tomadas;
Tal procedimento permite o monitoramento constante da fauna e a compilação desses
dados fornece ferramentas para que padrões de distribuição e locais preferenciais sejam
conhecidos e as devidas medidas de proteção sejam tomadas;
O grupo de trabalho responsável pelo censo também preenche a ficha de
monitoramento durante suas atividades, atentando-se especialmente a árvores ocas,
possíveis abrigos e a presença de filhotes indicando áreas de reprodução.
Medidas de proteção de fauna ameaçada
Árvores ocas que possam ter ninhos e outros tipos de abrigo e sítios de reprodução
animal serão protegidos durante a operação;
A presença de filhotes é sempre informada para sítios de reprodução possam ser
documentados.
Os colaboradores são orientados quanto à presença de fauna vulnerável ou ameaçada
na FSM, que são:
1 Em 21 de outubro de 2012 foram instaladas placas de marcação de quilometragem (a partir da sede) nas estradas
primárias da propriedade para facilitar o monitoramento de fauna.
Onça-pintada Anta Tamanduá-bandeira Macaco Aranha Tatu-canastra Ariranha Gavião-real
Resultados computados nos meses de setembro e outubro de 2012
Durante os meses de setembro e outubro, a grande maioria das visualizações (61%)
ocorreu nas estradas principais que ligam as bases, alojamentos e a UPAs já exploradas
(23, 24 e 25) (Tabela 1). O local com o segundo maior registro de visualizações foi a
região das UPAs já exploradas. Esse dado é importante pois revela que a fauna
presente nesta área continua se movimentando provavelmente porque há
disponibilidade de alimento e o habitat continua fornecendo as funções ecológicas
necessárias para a viabilidade das populações. A tabela 2 contém as principais
espécies que foram visualizadas pelos nossos colaboradores na AMF.
Tabela 19. Porcentagens de visualizações de espécies de acordo com o local.
Tabela 20. Principais espécies visualizadas pelos colaboradores.
Local de observação Porcentagens
UPAs já exploradas 29% Estradas 61%
Sede 2% Próximo ao alojamento 4%
Principais espécies visualizadas
Mutum Onça-pintada Onça-preta
Tamanduá-bandeira Veado mateiro Macaco Aranha Bicho-preguiça
Cachorro-do-mato Cateto Anta Irara
Referencias Bibliográficas
DE ALMEIDA, A. F. & DE ALMEIDA, A. (1998). Monitoramento de fauna e de seus habitats em áreas florestadas. SÉRIE TÉCNICA IPEF. v. 12, n. 31, p. 85-92.