retrospectiva de 2013 e expectativas para 2014. 2 cenário externo os principais motores da economia...
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Retrospectiva de 2013 e Expectativas para 2014
2
• Cenário Externo• Os principais motores da
economia mundial mostraram desaceleração– Dinamismo ainda puxado pelos
emergentes, no entanto, mesmo os países mais dinâmicos estão desacelerando.
• Manutenção de elevados déficits fiscais nos países desenvolvidos– Crise da dívida europeia ainda
não foi plenamente resolvida.
Cenário Doméstico País apresentou uma suave
recuperação do crescimento econômico Elevação do endividamento
das famílias e baixa produtividade inibem uma retomada mais forte.
Inflação ainda preocupa Ainda se encontra acima do
centro da meta (4,5%). Situação fiscal sob “relativo”
controle Gastos crescem acima da
arrecadação.
Principais Eventos de 2013
3
• Cenário Externo• Redução muito tênue ou
muito forte do déficit fiscal nos países desenvolvidos;
• Guerra no Oriente Médio;• Elevação da taxa de juros
nos Estados Unidos.
Cenário Doméstico Inflação volta a acelerar
devido à expansão dos gastos públicos em ano eleitoral e desvalorização do real;
Mercado de trabalho se deteriora, com aumento do desemprego.
Riscos para 2014
Cenário Externo
5
Crescimento Econômico em 2010-14(%)
Fonte: The Economist.
10,4
7,3
10,5
5,1 5,1
3,0
4,5
3,02,5 2,6
4,7
1,2
7,5
2,0 2,0
1,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
China Índia México Rússia EstadosUnidos
Japão Brasil Área doEuro
2010 2012 2014*
Brasil continuará a crescer menos do queos BRICS em 2014
6Fonte: IBGE e FMI. *previsão. /1:supõe um crescimento do PIB brasileiro de 2% e do RS de 6% para 2013.
Crescimento do PIB dos Países (%) /1
Países 2014 *Crescimento Acumulado (2001-2013)
Crescimento médio anual (2001-2013)
China 7,3 243,1 9,9Índia 5,1 134,8 6,8Rússia 3,0 76,5 4,5Emergentes 5,1 114,9 6,1Brasil 2,0 51,2 3,2Rio Grande do Sul 3,0 41,3 2,7Desenvolvidos 2,0 22,0 1,5
Mundo 3,6 57,4 3,5
7Fonte: Dados extraídos do artigo de Regis Bonelli e Julia Fontes, “Desafios brasileiros no longo prazo”, texto para discussão da Fundação Getúlio Vargas, maio de 2013..
Evolução da Produtividade dos Países (%)
Taxa de Crescimento da Produtividade (% ao ano)
2000 2012 2000-2012
Estados Unidos 100 100 1,3
Reino Unido 81 78 1,0
Alemanha 79 74 0,7
Argentina 35 36 1,4
Rússia 25 35 4,2
México 38 34 0,5
Chile 33 33 1,3
África do Sul 22 24 2,0
Colômbia 21 22 1,7
Brasil 19 18 1,0
China 6 17 10,4
Índia 7 10 5,1
Nível de Produtividade em relação aos EUA, em %Países
Selecionados
8
Fonte: IBGE.
Problema da Produtividade: baixa escolaridade (Nível de instrução da população brasileira com mais de 25 anos
de idade, em %)
15,7
11,9
41,8
33,5
12,713,8
21,2
28,7
8,1
12,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
Sem instrução Fundamentalincompleto
Fundamentalcompleto
Médio completo Superiorcompleto
2004 2012
9
Déficit Fiscal em 2012-13 (% do PIB)
Fonte: The Economist.
-9,8-8,3
-8,0-7,3
-7,0-4,0
-5,6-5,1
-3,3
-3,3-2,4
-3,1
-1,6-2,1
0,0-0,6
-10,0 -9,0 -8,0 -7,0 -6,0 -5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0
JAPÃO
ESPANHA
ESTADOS UNIDOS
ÍNDIA
ÁREA DO EURO
BRASIL
CHINA
RÚSSIA
2012 2013*
Cenário Doméstico
Fonte: The Economist.
Capa da revista The Economist de 2009, mostrando o Brasil com o Cristo Redentor decolando como um foguete, e a de setembro passado, indicando o oposto
Situação Econômica no Brasil Preocupa
12
Situação Econômica no Brasil• Crescimento mostrou forte desaceleração
– País apresentou uma das maiores desacelerações do crescimento do PIB (de 7,5%, em 2010, para 1%, em 2012);
– Crescimento vem sendo puxado pelo mercado interno, especialmente o consumo das famílias.
• Inflação preocupa– Embora declinando, ainda se encontra acima do centro da meta
(4,5%);
– Em outubro, o IPCA acumulado em 12 meses chegou a 5,8%.
• Diante desse cenário, aumenta a preocupação de que o país esteja a caminho de um processo conhecido como estagflação– Essa situação indesejada combina inflação elevada com estagnação
da economia;
– Protestos de rua em junho e julho passado refletem essa insatisfação da sociedade.
Indicadores de competitividade global
Fonte: Global Competitiveness Report, 2013-2014*O índice varia de 1 a 7. Quanto maior o número, melhor é a posição do país.** Entre 148 países analisados.
Indicadores ValorPosição no ranking
mundial **
Desvio de recursos públicos * 2,3 133
Qualidade da infraestrutura * 3,4 114
Inflação (% ao ano) 5,4 98
Expectativa de vida (em anos) 73,4 78
Tarifas Média de Importação (em %) 11,3 126
Importações (% do PIB) 13,0 148
Exportações (% do PIB) 11,7 145
PIB (em US$ trilhões) 2,4 7
Evolução do PIB Brasileiro e Gaúcho(em %)
Fonte: IBGE e FEE. *: Projeção
1,7 1,6
3,3
-2,8
4,7
6,5
2,7
-0,4
6,7
5,1
6,0
-1,8
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*
Brasil RS
Estiagem:PIB agrícola caiu 17,4%
Estiagem:PIB agrícola caiu 27,6%
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• Estratégia Passiva– Torcer para que o CLIMA, CÂMBIO e a BENEVOLÊNCIA do
governo federal com o estado atuem favoravelmente nos próximos anos• Parece pouco para um estado que já teve o 2º maior PIB do país e é
bem dotado de trabalhadores qualificados e empresários empreendedores.
• Estratégia Ativa– Compensar a escassez de investimentos públicos estaduais
em educação, infraestrutura e etc. com investimentos privados (PPPs);
– Utilizar os parcos recursos disponíveis para estimular setores-chave da nova economia (intensivos em tecnologia)• Entre 2000 e 2010, os produtos de alta tecnologia encolheram a sua
participação nas nossas exportações, de 1,2% para apenas 1%, na contramão do que acontece nos países desenvolvidos. Em São Paulo, eles representam 12% das exportações e no mundo, 35%.
O que se pode fazer para alterar essa situação?
Crescimento do PIB Brasileiro (em relação ao trimestre anterior, com ajuste sazonal)
Fonte: IBGE.
1,5%
-0,5%
-4,0%
-3,0%
-2,0%
-1,0%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
19
94
.III1
99
5.I
19
95
.III1
99
6.I
19
96
.III1
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7.I
19
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8.I
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.III1
99
9.I
19
99
.III2
00
0.I
20
00
.III2
00
1.I
20
01
.III2
00
2.I
20
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.III2
00
3.I
20
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.III2
00
4.I
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20
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9.I
20
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.III2
01
0.I
20
10
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11
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2.I
20
12
.III2
01
3.I
20
13
.III
Crise Mexicana
Moratória Russa
Crise do Apagão
Efeito Lula
Crise do Subprime
Fonte: IBGE. * Previsão.
Expectativa de Crescimento do PIB Brasileiro
Setores 2010 2011 2012 2013* 2014*
Agropecuária 6,3 3,9 -2,1 8,0 7,0
Indústria 10,4 1,6 -0,8 1,2 1,0
Serviços 5,5 2,7 1,9 2,2 2,0
PIB 7,5 2,7 1,0 2,2 2,0
Consumo 6,9 4,1 3,2 2,3 1,6
Gastos do Governo 4,2 1,9 3,3 2,2 2,5
Investimento 21,3 4,7 -4,0 6,5 4,0
Exportações 11,5 4,6 0,5 2,0 5,0
Importações 35,8 9,7 0,2 9,5 7,0
Ótica da Demanda
Ótica da Produção
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Inflação preocupa
• A inflação brasileira, medida pelo IPCA, continua se mantendo em um patamar elevado– Em outubro, o índice chegou a 5,84% no acumulado dos
últimos doze meses.
• Ao longo dos últimos anos, o que mais tem preocupado não são apenas os valores, mas a resistência da inflação– Em momento algum, desde agosto de 2010, e lá se vão
38 meses, ela se situou abaixo do centro da meta – de 4,5% ao ano;
– Os alimentos têm sido os grandes vilões, com seus preços aumentando muito acima da média dos demais grupos de produtos.
19
Taxa de inflação brasileira e do grupo de alimentos e bebidas (em %)*
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)*: Acumulada em 12 meses. A linha preta indica o centro da meta de inflação do Banco Central.
5,84
8,88
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
6,5
7,5
8,5
9,5
10,5
11,5
12,5
13,5
14,5
15,5
200
7.0
1
200
7.0
4
200
7.0
7
200
7.1
0
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1
200
8.0
4
200
8.0
7
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8.1
0
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201
0.0
1
201
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4
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1.0
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3.0
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3.1
0
IPCA Alimentos e Bebidas
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Inflação Acumulada em 12 MesesPreços ao Consumidor (%)
Fonte: The Economist e Bancos Centrais.*: diferença entre a inflação acumulada em 12 meses e o centro da meta.
PAÍSCentro
da metaInflação
atualDiferença *
TURQUIA 5,0 7,7 2,7BRASIL 4,5 5,8 1,3INDONÉSIA 4,5 8,3 3,8TAILÂNDIA 3,5 1,5 -2,0MÉXICO 3,0 3,4 0,4AUSTRÁLIA 3,0 2,2 -0,8CHILE 3,0 1,5 -1,5COREIA DO SUL 3,0 0,7 -2,3REINO UNIDO 2,0 2,2 0,2CANADÁ 2,0 1,1 -0,9SUÉCIA 2,0 -0,1 -2,1SUIÇA 2,0 -0,3 -2,3
21
Variação das receitas e despesas do governo federal (em %)
Fonte: Tesouro Nacional.*: Acumulada em 12 meses até outubro.
6,4
22,8
20,6
8,57,7
6,67,2
9,9
8,4
14,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
2009 2010 2011 2012 2013*
Receita Despesa
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Cenários para 2014
Cenários Política Monetária Política Fiscal Política Cambial Efeitos
1o cenário: Conservador
eleva a taxa básica de juros acima de 11% em 2014
reduz impostos, mas mantém a meta de superávit primário (3,1% do PIB) em 2014
intervém apenas para evitar grandes flutuações do câmbio
Primeiro combate a inflação para depois
pensar em crescimento
2o cenário: Heterodoxo
mantém a taxa básica em 10% até o final do ano
reduz impostos pontualmente (produtos que afetam mais a inflação), mas aumenta os gastos, reduzindo a meta de superávit primário (2% do PIB) em 2014
intervém no câmbio para que se mantenha acima de R$ 2,50/US$ 1
Prioriza crescimento no curto prazo, mas acelera a inflação
Realistaeleva a taxa básica até 11% em 2014
Cenário Heterodoxo
intervém apenas para evitar grandes flutuações do câmbio, buscando manter a cotação entre R$ 2,30 e R$ 2,50 em 2014
Não acelera o crescimento nem
reduz a inflação para o centro da meta em
2014
Desempenho doComércio Varejista
Variação % do Volume de Vendas do Comércio Varejista (acumulado em 12 meses)
Fonte: IBGE.
4,93,3
1,2
12,5
7,1
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
20
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.01
20
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20
13
.07
20
13
.09
Brasil RS
Variação % do Volume de Vendas do Comércio Varejista por Estado (Setembro
/2013)
Fonte: IBGE/PME.
Posição Unidade da FederaçãoAcumulado 12 Meses
Brasil 4,91 Acre 11,32 Mato Grosso do Sul 10,13 Rio G. do Norte 9,64 Paraíba 9,55 Maranhão 8,5
12 Rio Grande do Sul 7,116 Rio de J aneiro 5,918 São Paulo 4,319 Santa Catarina 4,223 Minas Gerais 2,4
Variação % do Volume de Vendas do Comércio Varejista - Brasil x RS (Acumulado em 12 meses)
Fonte: IBGE/PME.
Setores Brasil RSComércio Varejista Ampliado 4,9 7,1Material de construção 7,6 15,7
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
2,2 15,4
Veículos, motocicletas, partes e peças
4,3 8,5
Combustíveis e lubrificantes 6,6 7,8Tecidos, vestuário e calçados 3,6 7,7Móveis e eletrodomésticos 6,7 7,2Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
2,9 2,2
Livros, jornais, revistas e papelaria 4,4 -1,3
• Crédito– Montante equivalia a
55,5% do PIB (R$ 2,6 trilhões) em agosto/ 2013 – pico histórico
– No entanto, as taxas de juros para as pessoas físicas e jurídicas estão subindo e o endividamento das famílias está se elevando.
• Queda na Desigualdade de Renda– Forte aumento da classe
“C”• Na última década, 32
milhões de brasileiros ascenderam à classe C:
– Mostram grande propensão a consumir.
Determinantes da Expansão da DemandaEstruturais
28
• Mercado de Trabalho Aquecido– Menor taxa de desemprego (5,3% em agosto/2013);
– Criação líquida de 1,1 milhão de empregos formais em 2013 (até agosto);
– Renda real cresceu 1,7% em 2013 (até julho);
– Salário mínimo está em seu pico histórico desde os anos 1960.
• Política Cambial– Taxa de câmbio se desvalorizou
20% no ano• Tendência de maior
desvalorização nos próximos meses.
• Política Fiscal– Gastos se expandem acima da
arrecadação• Elevaram-se em 14% no acumulado do
ano até outubro, enquanto as receitas cresceram apenas 8,4%.
Determinantes da Expansão da DemandaConjunturais