revista atua - março 2015

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A Revista Atua é uma publicação da Associação Comercial de São João da Boa Vista. Sua distribuição é gratuita . Contato pelo telefone (19) 3634-4310 ou pelo email [email protected]

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’editorial

Essa é a primeira edição da Revista Atua em 2015, um ano cheio de significado para nós. Essa é nossa trigêsima edição e nosso oitavo ano de vida. Um ano que promete muitas evolu-ções para nossa publicação. A primeira delas – que vocês de-vem conhecer nos próximos meses – será um projeto gráfico inteiramente novo, que vem sendo trabalhado para oferecer mais harmonia e qualidade na leitura.

Outra novidade é o novo website, onde é possível que você consulte e folheie todas as edições da Revista Atua, desde o ano de 2012. Temos como meta incluir nele todas as edições, paulatinamente, desde a número 01.

Mas, sobre essa edição, destacamos três matérias. Come-çamos pela matéria central, sobre o levantamento sócio--econômico realizado pela Prefeitura no final do ano passado. Vamos explicar o que é isso e como ele vai influir na sua vida e na administração pública nos próximos anos. Outros temas também, que irão influir na vida de todos, é a crise hídrica e como combater o crime em São João da Boa Vista.

Esperamos que você goste das pautas e interaja conosco, dando sua opinião, sugestão ou crítica, via redes sociais.

Ótima leitura e até edição de Junho!

Ana Claúdia CarvalhoEditora-chefe

Formando empresários110

O Estrangeiro104

Presidente da ACE é reeleito100

Um rio de problemas96

Culinária92

Editorial82

Galera80

Um mundo a ser explorado114

As maçãs de Steve116

90% dos alunos não sabem matemática76

Agito42

Etiqueta on-line38

A droga e o caranguejo36

Doença de Alzheimer32

Editorial24

Para que servem os pincéis de maquiagem?16

Tradições de Páscoa44

Editorial46

As belezas da Serra da Canastra56

A São João do futuro60

Editorial64

A síndrome do Ninho Vazio72Tendência para o Outono / Inverno12

Ops... erramos!

Na entrevista com Almino Affonso, no box sobre João Goulart, uma informação acabou sendo cortada erroneamente na produção. O trecho em questão faz referência ao grande comício da Central do Brasil. Desta forma, o trecho com-pleto ficaria assim “(...)Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional. No dia 13 de março de 1964, o presidente realizou comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, para defender as reformas de base propostas por seu governo. A classe média, assustada, deu apoio aos militares. Alguns dias depois do comício, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares(...)”

A Revista Atua (ano 8, número 30, Março de 2015) é uma publicação sem fins lucra-tivos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. (19) 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não podendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabi-lidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 3 mil exemplares

Diretores responsáveisAna Claúdia Carvalho | [email protected] Loup Pessanha | [email protected]

Gerente ExecutivoAnselmo Moreira | [email protected]

Jornalista responsávelMisael Mainetti - MTb. 73.171- SP | [email protected]

JornalistasAna Carolina BelchiorAntonio Luiz MagalhãesAmanda DuarteBruna MazarinFranco JuniorLuis Gustavo Gasparino

RevisãoAna Lúcia Finazzi | [email protected]

Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | [email protected]

Venda de espaços publicitáriosPatrícia Maria Rehder Coelho | [email protected]

PublicidadesAlexandre Pelegrino | [email protected]

Fotos publicitáriasJuan Landiva - (19) 9-9371-4781

Fotos sociaisDavis Carvalho - (19) 9-8210-9499

ImpressãoGrafilar - (14) 3812-5700

Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:

facebook.com/atuarevista

@atuarevistaDicas culturais118

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’caixa de entrada

Cartas para esta seção

Podem ser enviadas para o [email protected] ou por cartaà rua São João, 237, Centro, São João da BoaVista / SP. Por motivo de espaço, as cartasselecionadas para publicação poderão sofrer cortes.

Basquete “Importante que haja mais matérias sobre a crise hídrica. O que está acontecendo no esta-do de São Paulo é um crime, quem ficar calado diante desse descalabro é cúmplice. A mídia é igualmente criminosa, porque escondeu e enganou a população junto com a SABESP e o governo do estado. Agora, quem vai pagar a conta dessa omissão será a população.”Eduarda Cardoso Martins

Crise hídrica

“Fico muito feliz quando eu vejo equi-pes sanjoanenses se destacando no esporte nacional. Temos de parabe-nizar e ovacionar o time de basquete de São João por vencer a 1ª divisão do Campeonato Brasileiro Universitário. Tomara que haja mais vitórias e que São João possa ser representada em outras modalidades por um elenco tão competitivo como esse. Parabéns a todos os patrocinadores, espe-cialmente à UNIFAE que apostou e investiu nesse time”Isabela Almeida Santos

“A entrevista com Almino Affonso só re-força a minha teoria: quanto mais se sabe sobre 1964, mais nojo se tem (...)”Danilo Dias Fernandes

Pisaram na bola

“Muito fraca a reportagem sobre a coleta seletiva. Achei a matéria muito curta: quando começa a ficar interessante, acabou! Poderia abordar mais profundamen-te o tema da reciclagem ou mesmo a questão social por trás da Coopermax, que emprega muita gente. Pisaram na bola dessa vez.”Gustavo Barbosa Ferreira

Capa da edição 29 - Dezembro de 2014

Família na escola

“Achei interessantíssima a matéria sobre a relação violência x o progra-ma Escola da Família. Sou da opinião de que nas escolas as relações são continuadas. A professora, coorde-nadoras e alunos que brigam entre si estão ali no dia seguinte. Se a gen-te não tentar resolver o problema emocional deles, a questão não vai parar ali. Nesse ponto e no relativo ao tráfico de drogas, o programa parece ser muito eficiente”João Melo Sousa

Dicas valiosas para sua casa

O blog é especializado em dicas de organização, mas, em meio a suges-tões para planejar as refeições semanais da família e como organizar as correspondências, a publicitária Thaís Godinho também posta alguns projetos do it yourself como nichos de madeira com azulejo, móbile de corações e móvel para guardar discos.

Visite: www. vidaorganizada.com

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’moda

Conforto é o que oshomens procuram na modaA mudança de estação pode ser uma ótima oportunidade para renovar o guarda-roupa

Homem não se preocupa com moda!

Está aí uma frase totalmente fora de

moda. Pensando assim, algumas mar-

cas como Osklen, Lacoste, Richards,

John John, West Coast, Fideli, Aramis e

Ellos há algum tempo trazem as ten-

dências europeias para o Brasil mode-

lando, aos poucos, o estilo e também o

corpo dos brasileiros.

Atualmente, muita tecnologia é in-

vestida na confecção das roupas mas-

culinas. O algodão orgânico, a fibra de

PET, matéria prima do fio de poliéster

e até a fibra de cânhamo, retirada da

folha da Cannabis, são alguns exem-

plos do que está presente no mercado

sustentável da moda, no qual pouca

química na tintura e leveza nos cortes

garantem a mudança de padronização

dos últimos 20 anos. “A modelagem foi

mudando aos poucos e agora ela se

ajustou melhor ao corpo do homem.

Ombro caído não se usa mais e as om-

breiras de ternos e blazers são mais sutis”,

garante Marilia Pessanha, proprietária

da loja Usky, de moda masculina. Ela

explica que há duas modelagens já re-

conhecidas pelo público masculino: as

camisas e camisetas slim fit e a regular.

A primeira se ajusta mais ao corpo, o

que gerou no homem uma preocupa-

ção maior com definição muscular. Já

a opção regular é mais soltinha.

O padrão dos ternos também mu-

dou. Atualmente, toda sua composi-

ção é mais ajustada ao corpo, inclusive

dos mais gordinhos. O corte reto das

calças não é tão linear como antiga-

mente e a última tendência é a barra

mais curta, na altura do tornozelo, do-

brada para cima, ideal para homens

ousados que usem sapatos sem meia

ou mesmo bota. Ainda na linha da

sustentabilidade, hoje em dia usa-se

menos pano, em torno de 1,5m para

se confeccionar uma camisa que antes

precisava de 2m. Essa economia do

tecido faz parte da nova modelagem

com a qual o cliente já se acostumou.

Segundo Marília, “nosso cliente já sabe

o que quer, trata-se de um homem con-

temporâneo que está atento às tendên-

cias e prefere usar marca de maneira

sutil. É uma moda mais limpa”.

Ajustado à tendência - O estilo casu-

al do homem urbano é feito de mui-

ta sarja na bermuda e calça, camiseta

polo e camiseta t-shirt com mangas

mais curtas. As bermudas mostrando

joelho estão na moda há uns dois anos.

Então, esqueça aquelas abaixo do joe-

lho, pois não se confeccionam mais,

por influência do padrão europeu que

encurtou as bermudas, ajustou as cal-

Mude o estilo - A maioria das suas

peças pode ser repaginada com ajustes,

tingimentos e intervenções criativas.

Cuidado apenas para o valor do conser-

to não sair igual ou mais caro do que

comprar algo novo.

>

Foto: Divulgação

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ças e também afinou as gravatas. Hoje

há três medidas, 10cm para homens

grandes, 8cm para a intermediária e,

para os jovens e magros, a de 5cm que

apesar de enxuta se destaca nos ter-

nos. As estampas estão bem modernas,

com cores fortes, texturas em alto rele-

vo. Até discretas flores têm tido ótima

aceitação. O colorido entrou com tudo

no guarda roupa dos homens. Por mui-

to tempo o bege, caqui e marinho eram

suas únicas opções. Agora as calças je-

ans, bermudas e camisetas em verde,

laranja e amarelo consolidam a tendên-

cia e o gosto do homem que clamava

por mudança. “Há dois anos trouxemos

muitas peças coloridas sem saber se iam

ter boa aceitação. Na primeira coleção

vendemos tudo”, conta Marilia.

As listras, tão comuns nas estampas

masculinas, ficaram mais finas, discretas

e o xadrez também diminuiu seus qua-

dradinhos, tornando-os bem miúdos,

quase imperceptíveis. Cores fechadas

como azul marinho, bordô e vinho são

tendências para o inverno.

O que vem por aí - “A próxima estação

aposta em camisas com detalhes num

composé de cores fortes, prespontos,

com pé de gola e dobra do pulso sempre

num tom diferente do da camisa”, explica

Adriana Frazão, proprietária da Lords,

que contempla um público mais clássi-

co, porém antenado com as mudanças

da moda. Para ela, quando o homem

vai a uma loja, está disposto a comprar

muitas peças. Por isso a indústria de

confecção masculina investe em tecno-

logia e qualidade dos tecidos. “Quanto

maior a gramatura do fio mais confor-

tável e durável ele é. Por exemplo, roupas

masculinas costumam ser confecciona-

das com fio 80, fio 100 ou mesmo lã fria,

pois o homem dá muita atenção à quali-

dade, durabilidade e conforto.”

O homem, independente do corpo

ou idade, busca conforto e nada muito

extravagante. Porém, camisas em tons

fortes como pink, azul royal e estampa

floral adentraram as lojas. Já os acessó-

rios serão mais discretos, como escapu-

lários, cachecóis e pulseiras de couro. A

grande aposta fica por conta dos tênis

jogging, que podem ser usados por

homens e mulheres. Eles saíram direto

das pistas de corridas para o uso tanto

casual como social.

Sendo assim, a mudança de estação

pode ser uma ótima oportunidade para

renovar o guarda-roupa. O importan-

te é procurar conforto e qualidade e,

nesse ponto, investir em boas marcas é

uma escolha econômica, pois não pri-

vilegia apenas a estética da moda, mas,

sobretudo, a durabilidade da roupa. A

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madeira em forma de arteRua Cel. Ernesto de Oliveira, 374 - São João da Boa Vista/SP - (19) 3631 2159

Raul Gmeinerdesigned by

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’moda

Tendências para oOutono / Inverno 2015As tendências têm inspirações características dos anos 60 e destacam o conforto

por Iza Graça

Um jogo harmonioso de opostos e sobreposições de

peças. O Inverno 2015 vem no estilo Tropical com pe-

ças mais leves que contracenam com jaquetas, casacos

e echarpes. Formas: Fluidas e retas se equilibram com

peças mais ajustadas, tecidos leves com lãs, casacos am-

plos com calças justas ou vice versa. Cores: Os tons de

vermelho, bordô, verde, laranja, entram na brincadeira se

harmonizando com cores mais fechadas como os tons de

cinza, marrom e azul. Inspiração: arte, campo, natureza,

esporte, influencia hippie, florais e geométricos.

Brilho metalizadoMais uma lembrança de que o estilo dos anos 60 está em alta é a presença do brilho metalizado nos modelos exibidos durante os des-files de moda. A tendência do Outono inverno 2015 traz detalhes em dourado, prateado ou demais cores metalizadas, tanto em vestidos e acessórios, quanto nos calçados. Com essa dica é possível dar mais destaque para o seu visual, principalmente em eventos noturnos.

Falando nos detalhes, as botas de cano alto e médio também estão

presentes para dar um charme retrô. Muitas marcas complementaram as

peças em jeans ou de veludo com o calçado, que apareceu em peso nos

desfiles: botas e mais botas. O que acha de deixar o salto alto um pouco

de lado? Você pode combinar estilos, como uma bota de veludo ou com

detalhes metalizados. O look fica mais interessante e charmoso.

Botas de cano alto e médio

Fotos: Reprodução Internet

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’beleza

Cuidados com os cabelos secosCabelos ressecados e quebradiços? Fique tranquila, há sempre uma solução

Seus cabelos perderam o balanço,

estão sem brilho e tem embaraçado

com mais facilidade? Certamente

eles estão secos, ou pior, ressecados.

Isso pode parecer um desastre, mas

para os dois casos há vários trata-

mentos e soluções e ,em pouco tem-

po, suas madeixas estarão brilhantes

e com movimento natural, de novo.

Basta seguir as orientações e di-

cas dos profissionais. Com o tempo

seco, a exposição ao sol, coloração,

piscina e praia os fios vão sofrer mais,

mesmo. É normal e, para protegê-los,

um tratamento contínuo em casa,

com bons produtos, como protetor

solar para cabelo e máscaras ajudam

a conter os danos causados por esses

agentes externos. Contudo, o espe-

cialista alerta:“é fundamental, antes

de tudo, uma boa alimentação. Não

adianta tratar por fora, é preciso cui-

dar por dentro, também. Tomar muita

água e comer verduras ricas em sais

minerais, tais como cálcio, fósforo e fer-

ro”, orienta João, do JM cabeleireiros.

Para manter o cabelo hidratado

em casa, ele ainda indica toda a série

da Loreal Expert. Para cabelos secos

prefira usar shampoos cremosos e,

para os muito ressecados, que apre-

sentam-se quebradiços, com pontas

duplas ou elásticos, a linha Absolut

Repair da mesma série.

Já para os coloridos e expostos ao

sol, a linha Vitamino Color ajuda na

manutenção, em casa. As coleções

são compostas por shampoo, cre-

mes, óleo, máscara e leave in. Outras

marcas recomendadas pelo especia-

lista são Lowell e o lançamento super

em alta, a máscara termo ativa Uniq

One. Trata-se de um leave in um pou-

co mais caro, que funciona melhor

com a presença de calor do secador

e sol, facilitando a escova.

Hidratação caseira x salão - As

duas são necessárias mas, depen-

dendo do estado de ressecamento

do cabelo, com certeza, a de salão

será mais eficaz. Sabemos que os

fatores externos como sol, secador,

piscina, praia, tempo seco e até a

qualidade da água, colaboram para

que o cabelo perca o brilho e o ba-

lanço. Ao perceber que esses agen-

tes estão deixando seu cabelo sem

vida, com aspecto de palha, a pri-

meira medida pode ser cortar. Con-

tudo, essa não precisa ser a única

solução. Segundo João “o corte aju-

da a revitalizar o cabelo dependendo

de como estiverem as pontas, mas

em muitos casos a hidratação é que

melhora o aspecto danificado”

Logo, uma boa opção para co-

meçar, é trocar seu shampoo e con-

Consulte um especialista - “Vá a um salão

de sua confiança para que o profissional avalie

porque, às vezes, você pensa que ele está feio e

que ficará maravilhoso apenas se cortar. E pode

não ser isso. Ele pode estar precisando de um trata-

mento mais completo”, explica Cássio Rios.

Foto: Reprodução Internet

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dicionador de supermercado por

uma linha de tratamento mais com-

pleta. Por exemplo, Loreal, Lowell, Re-

vlon, Senscience, L´Anza e Kérastase.

Na sequência, Cássio Rios, co-

lorista do JM, recomenda uma boa

lavagem feita com uma aplicação

dupla de shampoo, seguida de uma

pérola (pequena porção) de condi-

cionador, que deve ser retirado com-

pletamente do cabelo.Depois, parta

para uma hidratação caseira.

Alexsandra Marcondes, especia-

lista em tratamento capilar, orienta:

“lave duas vezes com o shampoo, se-

que com a toalha para não desperdi-

çar o produto que virá e aplique uma

boa máscara, deixando agir por 10

minutos e retire por completo. Não há

necessidade de usar toca térmica.” Ou-

tra dica é, depois de aplicar a más-

cara, no último enxágue, coloque

uma tolha quente na cabeça e jogue

água por cima da toalha.

Porém, se mesmo com esses

procedimentos, seus cabelos não

recuperarem a vida, o ideal é pedir

ajuda para um cabeleireiro. Cássio

aconselha:“vá a um salão de sua con-

fiança para que o profissional avalie

porque, às vezes, você pensa que ele

está feio e que ficará maravilhoso

apenas se cortar. E pode não ser isso.

Ele pode estar precisando de um tra-

tamento mais completo.” Atualmente

há diversos tipos de tratamentos ca-

pilares adequados ao estado em que

os cabelos se encontram. Existem

tratamentos mais leves, os de mé-

dia profundidade e os mais intensos,

que atingem a estrutura dos fios re-

construindo a fibra capilar.

Fatores externos - O fator emocio-

nal, as condições externas como a

região onde mora, a água que usa

para lavar os cabelos, os hábitos

como fumar, beber e a alimenta-

ção da pessoa também são agen-

tes causadores de muitos males às

madeixas. Além disso, a coloração, a

descoloração e os produtos que se

usam em casa colaboram para um

cabelo desidratado.

Cássio explica que um cabelo de-

sidratado, geralmente, perde proteí-

na, muita queratina e aminoácidos.

Por isso, hoje em dia, existem trata-

mentos mais profundos, seja com

plástica ou cauterização. E garante

que o ideal é que um profissional

faça uma avaliação para saber de

que tipo de tratamento os cabelos

estão precisando.

Para os cabelos muito expostos

ao sol, já existem protetores solares

específicos e tratamentos para o cui-

dado antes e depois, como a linha

Solar Sublime, também da Loreal. A

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’beleza

Para que serve cadapincel de maquiagem?Preparamos um tutorial explicando a finalidade e modo correto de usar cada pincel

Os pincéis de maquiagem são fundamentais na hora de construir um make perfeito. Cada um com uma função específica,

eles proporcionam uma cobertura melhor e ajudam em uma maior fixação da maquiagem. A instrutora do curso de maquia-

gem profissional, Clara Maria Torres, desenvolveu um tutorial explicando a função dos principais pincéis que ajudam a compor

a maquiagem. Confira!

Ele tem um formato adequado para a aplicação da

maquiagem em pontos específicos do rosto, como as

olheiras e as manchinhas da pele. A aplicação deve ser

feita com leves batidas, esfumaçando todo o produto.

Mas é necessário tomar cuidado com o excesso de

produto, para não deixar o rosto com cores desiguais.

Pincel de corretivoO pincel ajuda a espalhar a base de maneira uni-

forme deixando o visual mais natural. Ele deve ser

manuseado sempre em movimentos circulares da

parte interna para a externa do rosto. Devido a sua

forma, é ótimo para ser usado na região ao redor

dos olhos. Uma dica é não colocar muito produto

no pincel, para que a base se espalhe melhor.

Pincel de base

Ele ajuda a espalhar o pó e dar acabamento na

maquiagem. Deve ser manuseado em movimentos

circulares por toda a face, principalmente nas partes

mais oleosas do rosto, como o centro da testa,

laterais do nariz e o centro do queixo. Seguindo a

mesma linha do pincel de base, não se deve usar

muito produto de uma vez só.

Pincel de pó facial

Como é um pincel grande que cobre toda a

maçã do rosto, os movimentos precisam ser

leves para não ficar marcado. O ideal é espalhar o

produto em movimentos circulares das maças do

rosto em direção às têmporas. A dica é assoprar

o pincel antes de aplicar o blush no rosto para

retirar o excesso do produto.

Pincel de blush

Pincel de sombra O pincel de sombra pode ser encontrado em duas versões, o de esponja

ou de cerdas achatadas. O formato dos pincéis se ajusta com as curva

dos olhos, facilitando a coloração. Para a aplicação da sombra, dê leves bati-

dinhas com o pincel e na hora de esfumaçar utilize movimentos circulares.

Fotos: Reprodução Internet

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São dois tipos de pincéis para passar o batom: os de cerdas finas para

o contorno dos lábios, e o com as cerdas mais grossas para o preenchi-

mento da cor. Para fazer o contorno da boca, utilize o pincel passando-o de

fora para dentro. E com o pincel mais grosso, espalhe bem o batom, pois isso

dará à boca mais sensualidade. Outra dica é quanto à conservação dos pinceis:

lave-os com shampoo e condicionador neutros ou infantis. Seque com papel toalha

e nunca guarde os pincéis sem que as cerdas estejam completamente secas. A lavagem

pode ser feita a cada 15 dias.

Pincéis de boca

Quer mais algumas dicas de maquiagem?

A sanjoanense Paula CIacco criou uma página no Facebook que serve de espaço para compartilhar um pouco do seu trabalho e várias dicas, rese-nhas, opiniões e experiências sobre diversos produtos de maquiagem e também outros assuntos relacionados à beleza e saúde.

Visite: www.facebook.com/paulaciaccomakeup

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’moda

A moda invade os consultóriosBranco da cabeça aos pés já não é um uniforme obrigatório para profissionais de saúde

Aquela antiga visão de que os profis-

sionais da saúde deveriam ter a ima-

gem austera, pouco descontraída e

distante dos pacientes, vem mudan-

do. A nova tendência agora é ousar

e promover um ambiente alegre e

humanizado nos consultórios.

Muitos profissionais estão apos-

tando em diversas estratégias para

ajudar a eliminar as barreiras entre o

profissional e o paciente, diminuindo

a tensão nos tratamentos de saúde,

como por exemplo, investindo em

decoração e em atendimento perso-

nalizados, criação de espaços espe-

ciais para crianças e muito mais.

Pensando nessa tendência, as ir-

mãs sanjoanenses Ana Cecília Navar-

ro (22 anos, Dentista) e Ana Carolina

Navarro (27 anos, Relações Públicas)

decidiram criar a Dra. Cherie, uma

marca de jalecos e toucas muito dife-

rentes do convencional. As peças são

feitas para mulheres, profissionais da

saúde, que apesar da seriedade que

o trabalho exige, não deixam de

cuidar da beleza, levando seu estilo

para os consultórios.

Os modelos fogem do padrão

molde reto. São feitos com cortes es-

truturados e cinturas ajustadas. A li-

nha para profissionais que trabalham

com pediatria é ousada, com estam-

pas coloridas e lúdicas, lacinhos e fu-

xicos, para criar um ambiente diverti-

do para as crianças.

“Desde criança, gostava de criar

modelos de roupas. Fazia vestidos de

festa para a família inteira! Quando

me formei em Odontologia em 2013,

minha grande paixão, comecei a tra-

balhar e tentei comprar jalecos mais

estilosos, mas não encontrei. Então,

resolvi resgatar meu antigo talento e

criar meus próprios modelos. Minhas

amigas e colegas de trabalho adora-

ram e me pediam para fazer para elas

também. Foi assim que surgiu a Dra.

Cherie”, diz Ana Cecilia Navarro.

Provavelmente, se você ver uma

profissional vestindo um jaleco dife-

rente, que valoriza a beleza e femini-

lidade, aqui em São João, ela estará

vestindo um Dra. Cherie. Os pacien-

tes agradecem, pois agora podem

prestigiar a originalidade e aque-

la energia boa e vibrante que só a

moda pode dar. Bem vindos ao mun-

do fashion, médicas, enfermeiras, es-

teticistas, veterinárias, odontólogas e

todas as profissionais da saúde!

Moda nos consultórios - Branco da

cabeça aos pés já não é um uniforme obriga-

tório para médicos. Essa profunda mudança

do paradigma médico/odontológico já se

alastrou pelo território nacional.

A

Foto: Divulgação

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’tendências

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Roupas / sapatos / acessórios: Cada Passinho - (19) 3631-2755Rua Benedito Araújo, 155

Fotos: Juan Landiva

Gisele veste vestido Pituchinhu´s e bota Lilica Ripilica.Ana Gabriela veste casaco, gorro, cachecol, luva e sapatilha Lilica Ripilica.

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25João Vitor veste camiseta manga longa Tommy Hilfiger, calça jeans com cinto Tigor T. Tigre e sapatenis Tip Toey Joey.

Maria Luisa veste vestido Lilica Ripilica e sandália Pampili.

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26Mariana veste blusa e short Pituchinhu´s e sapatilha Lilica Ripilica.

Mabi veste blusa, bolsa e cinto Lilica Ripilica, casaco e calça Pituchinhu´s e sapatilha Pampili.

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Guilherme veste camiseta manga longa e bermuda Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.Gabriel veste camiseta manga longa, moletom e calça jeans Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.

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Maria Eduarda veste conjunto Lilica Ripilica e sapatilha Tip Toey Joey.Lorenzzo veste camisa e calça Tigor T Tigre e sandália Tip Toey Joey.

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Mariana veste conjunto 1+1 e sapatilha Gats.Gabriel veste camiseta manga longa e calça jeans Tigor T Tigre e sapatênis Tip Toey Joey.

Mabi veste conjunto e blusa Pituchinhu´s e mocassim Bibi.

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’saúde

Doença de AlzheimerNão se conhece exatamente qual é a causa, o que se sabe é que ela desenvolve-se como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no cérebro

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurode-

generativo progressivo e fatal que se manifesta por de-

terioração cognitiva e da memória, comprometimento

progressivo das atividades de vida diária e uma varieda-

de de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações com-

portamentais. Essa doença tem maior prevalência nas

pessoas com idade mais avançada.

Estima-se que no Brasil mais de um milhão de pessoas

possuam a doença. Já no mundo, esse número passa de

35 milhões. A doença vem apresentando forte crescimen-

to no número de casos em razão do envelhecimento da

população global. Para se ter uma ideia, em 2030, serão

perto de 66 milhões de doentes e em 2050, 115 milhões

de portadores, sendo dois terços deles nos países em de-

senvolvimento. A informação correta associada à solidarie-

dade ainda são as armas mais poderosas no enfrentamen-

to dessa grave questão humana e de saúde pública.

Sintomas – O primeiro sintoma do Alzheimer é a perda de

memória, mas com a progressão, vão aparecendo sinto-

mas mais graves, como irritabilidade, falhas na linguagem,

prejuízo na capacidade de se orientar. A doença pode vir

acompanhada também de depressão, ansiedade e apatia.

Esses sintomas podem ter a sua progressão diminuída

com o trabalho da reabilitação, envolvendo fonoaudiolo-

gia, fisioterapia, terapia ocupacional e suporte psicológico

e familiar, buscando evitar e/ou retardar a perda das fun-

cionalidades e habilidades cognitivas. Além de retardar os

efeitos do Alzheimer, os exercícios físicos podem prevenir

a doença nas pessoas mais vulneráveis.

Fatores de risco - O envelhecimento é o fator de risco mais

conhecido e importante para a doença de Alzheimer. Há

também a questão do histórico na família de demência ou

de algum problema vascular. Como se sabe pouco sobre a

causa do mal, têm sido estudados outros possíveis fatores

de risco, porém com poucos resultados práticos, como ex-

posição ou ingestão de substâncias tóxicas (como álcool,

chumbo, alumínio, e solventes orgânicos), medicamentos

diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de

vida, estresse, infecções, obesidade, diabetes e até o baixo

nível de escolaridade.

Tranquilizantes e Alzheimer - O uso prolongado

de ansiolíticos e tranquilizantes por idosos pode estar

associado ao surgimento da doença, segundo o British

Medical Journal. Uma pesquisa com consumidores fre-

quentes destes remédios, da classe dos benzodiazepíni-

cos (como Rivotril, Diazepan, Lexotam, Frontal e outros)

usados para tratar distúrbios como ansiedade e insônia,

apontou que há um aumento de 51% nas chances dos

usuários desenvolverem Alzheimer.

>

Foto: Reprodução Internet

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Prevenção – Embora estejam sendo

realizadas muitas pesquisas, há pou-

co conhecimento sobre a forma de

prevenção da doença. Alguns estudos

sugerem que manter uma atividade

intelectual - como fazer palavras cru-

zadas, por exemplo - pode reduzir a

probabilidade de se adquirir a doença

de Alzheimer enquanto outros afir-

mam que ser mais escolarizado con-

fere ao paciente maiores recursos in-

telectuais para contornar as limitações

cognitivas típicas da enfermidade.

SUS - O Sistema Único de Saúde (SUS)

disponibiliza vários medicamentos

capazes de retardar o processo da

doença e minimizar os distúrbios de

humor e comportamento que sur-

gem. O objetivo do tratamento me-

dicamentoso é propiciar a estabiliza-

ção do comprometimento cognitivo,

do comportamento e da realização

das atividades da vida diária.

Apoio às famílias - Para ajudar e

capacitar familiares e cuidadores de

pacientes com Alzheimer, surgiu em

1991 a ABRAz – Associação Brasileira

de Alzheimer, que difunde conheci-

mento sobre sintomas, tratamento e

enfrentamento da doença. A iniciati-

va foi inspirada no movimento inter-

nacional iniciado pela princesa Yas-

min Aga Khan, em 1984, depois que

sua mãe - a atriz Rita Hayworth - foi

diagnosticada com a doença, con-

forme explica Izabela Murad Westin,

fisioterapeuta geriátrica.

Segundo Izabela, o principal desa-

fio que a família do doente enfrenta é

o de incluir o portador de Alzheimer

novamente na sociedade, que ainda

trata a doença com preconceito e re-

ceios. “O preconceito ainda existe, mais já

é possível notar que houve uma sensível

melhora, devido ao apoio dos meios de

comunicação, além da internet e de mui-

tos livros sobre o tema”, explicou. Para

ela, os cuidadores – sejam familiares

ou profissionais – são os mais atingidos

indiretamente pela doença. “Costumo

dizer que me preocupo mais com o cui-

dador do que o portador, pois é uma do-

ença que desgasta muito o cuidador. Por

isso, a paciência e tolerância são fatores

muito importantes”. Outro ponto de

destaque, segundo Izabela, é a neces-

sidade dos familiares adaptarem a casa

e suas rotinas, de forma que o doente

tenha o máximo conforto e segurança.

Para os interessados, ela recomen-

da o livro Você não está sozinho... nós

continuamos com você, publicado pela

ABRAz em 2013. A obra tem o objeti-

vo de informar e orientar os familiares/

cuidadores, de maneira técnica e hu-

mana, sobre como lidar com os pa-

cientes de Alzheimer. A

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A droga e o caranguejoOs celeiros de jovens acadêmicos não podem ignorar os males do álcool

’opinião

por Guilherme A. R. Franco

Anos desprovidos de muros visíveis e in-

visíveis. Os nossos limites eram o Morro

do Espia - local elevado de onde se po-

dia avistar a aproximação dos corsários,

o Mar Pequeno ou de dentro, o Valo

Grande - que era menor que o estuário

lagunar no qual se insere o Mar Peque-

no - e o Rio Ribeira de Iguape. O Valo

Grande era para ser um ínfimo canal

destinado ao deslocamento de canoas,

ligando o Rio Ribeira ao Mar “de dentro”

- mas com as forças das águas tornou-

-se imenso e suas terras assorearam o

Porto de Iguape. Fez significativo estra-

go no equilíbrio ecológico do estuário e

de quebra fechou o porto, arruinando a

economia da cidade que no século XIX

era uma das mais importantes da pro-

víncia. As calçadas de pedra assentadas

por mão de obra escrava, os casarões e

seus bem talhados beirais são testemu-

nhas que parecem se eternizar no tem-

po. Nos anos da crise da adolescência

estava em São Paulo: martelando o pia-

no. Mas no vestibular tive a lucidez de

trilhar pelo mundo jurídico, para refrigé-

rio dos ouvidos alheios. Tio Carlos, irmão

mais velho de meu avô materno, con-

tava-nos a divertida fábula da escolinha

dos bichos. Era mais ou menos assim. O

caranguejo havia ido à escola. Na hora

de marchar, andava para trás, descon-

fiado. Paciente, a professora (talvez fosse

veterinária) colocava-o de volta para a

fila. Claro que às vezes a mestra se feria

quando o crustáceo lhe aplicava umas

“dedadas”. Com muita paciência, mer-

cúrio cromo e esparadrapo, a professora

conseguia fazer o bichinho arredio mar-

char como os demais. E seguia a bela

fanfarra. Orgulhoso, o caranguejinho

voltava da escola marchando. Até que

ao chegar em casa, vendo todos andan-

do de marcha à ré, desaprendia tudo.

No dia seguinte, a mesma coisa... Na

semana dos calouros, virávamos bichos

carecas nos semáforos da cidade gran-

de. Conseguíamos algumas moedinhas

para os veteranos. As garotas, quiçá por

serem bichos com cabelos preserva-

dos, tinham mais sucesso na empreita

que terminava no bar que funcionava

(pasme!) na faculdade - as moedinhas

viravam cachaça, cerveja e uma tubaína.

Ninguém se incomodava com minha

solitária tubaína. O formato da garrafa

era o mesmo que o da droga espuman-

te e gelada. Notícias de abusos sexuais

e crimes violentos (até homicídio) nos

trotes regados a álcool nunca foram no-

vidade. Apesar de algumas faculdades

apregoarem o trote solidário, o combus-

tível da violência está nas esquinas e nas

festas. Hoje, por meio das associações

estudantis, compra-se cerveja em gran-

de quantidade e a preço de atacado. Foi

o que revelou uma pesquisa científica

da Unifesp, publicada em 2014: “Quase

90% das atléticas de universidades pú-

blicas e particulares da capital paulista

têm acordo formal com a indústria para

a venda de cervejas”. E atrás dessa in-

sidiosa parceria, vem o beber abusivo

ou em binge (diversas doses em curto

intervalo de tempo). Lembrando que

muitos dos calouros nem saíram da

adolescência e o cérebro humano só é

totalmente formado após os vinte anos

de idade, a turbinar os casos de brigas,

estupros, acidentes e dependência quí-

mica. Esse é o triste quadro de muitas

faculdades pelo país afora – e não so-

mente na capital paulista. Celeiros de

jovens acadêmicos não podem ignorar

os males da droga mais acessível aos

universitários. Ou andaremos de fasto.

Foto: Reprodução Internet

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’etiqueta

Etiqueta on-lineNo mundo virtual é importante agir como no mundo off-line, com bom senso e discrição

Nada se cria, tudo se copia. E na in-

ternet não é diferente. As interações

que as pessoas têm nas redes sociais

nada mais são do que um simulacro,

ou seja, cópias dos comportamentos

que temos no dia a dia real. Mas o su-

cesso desse ambiente virtual se deve

às maiores possibilidades que redes

como Facebook, Twitter e Instagram

oferecem. Além do anonimato, os

usuários têm a “proteção” de uma tela

no lugar do face a face. Isso dá abertu-

ra para uma série de comportamen-

tos que não são socialmente aceitos

na vida on-line. Para uma boa convi-

vência é necessário que algumas con-

dutas sejam ao menos observadas,

mesmo que não seguidas completa-

mente à risca, de acordo com a cons-

ciência de cada indivíduo.

A primeira coisa a se considerar

é o objetivo da presença do usuário

nas redes sociais. Nesse quesito vale

considerar que hoje muitas empresas

buscam informações dos candidatos

no Facebook, por exemplo. Por isso,

independente do que motiva o uso

das redes sociais, a primeira e grande

regra é o bom senso.

Por isso, na hora de postar fotos é

preciso ter cautela. Por questões de

segurança, não é recomendado lotar

a timeline com imagens da família, fi-

lhos e animais de estimação. Também

é importante observar as fotos pesso-

ais e evitar exposição desnecessária.

Outra “etiqueta” que deve ser

seguida com atenção é na hora de

compartilhar conteúdo. Fotos de

animais em situações precárias, fe-

tos e bebês com doenças raras são

apenas formas de spam que são

propagadas no Facebook.

A mesma regra vale para o fana-

tismo religioso e político. Respeito

é algo que deve se estender na vida

real e no mundo virtual. Compartilhar

conteúdo ofensivo ou postar lições de

doutrina religiosa e política não é ideal

para um ambiente on-line respeitoso.

Quando o assunto é convite para

jogos sociais, todo cuidado é pouco.

Embora esses aplicativos ofereçam re-

compensas por convidar novos ami-

gos, é preciso lembrar que nem todo

mundo gosta desses jogos. Portanto,

enviar várias solicitações pedindo

para que os amigos também joguem

ou ajuda para conseguir bonificações

não é muito bem visto nas redes so-

ciais. O ideal é identificar aqueles que

gostam de se distrair no Farmville ou

similares e interagir apenas com eles.

Já quando trata-se de marcação

de fotos, a política social pede uma

atenção especial e muito bom sen-

so. Ao tirar uma foto com um amigo,

com a concessão dele, está implícito

que outras pessoas irão ver. Portanto,

nada demais, a não ser que ele peça

o contrário ou que a foto seja em-

baraçosa. Mas, caso você o marque

na foto e ele, logo em seguida, des-

marque, procure respeitar a vontade

da pessoa. Não volte a marcá-lo na

mesma foto e, principalmente, pense

duas vezes antes de marcar a pessoa

novamente numa próxima oportuni-

dade. A mesma regra vale para marcar

pessoas em comentários ou publica-

ções no mural. Lembre-se que a par- >

Foto: Reprodução Internet

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tir do momento em que você marca

alguém, seja numa foto ou num co-

mentário, a pessoa passa a receber

notificações de todos os comentá-

rios seguintes.

Crimes - Além do bom senso na

hora de usar as redes sociais, vale

salientar que muitas atitudes po-

dem ser caracterizadas como cri-

mes. Segundo o advogado crimi-

nalista João Carlos Felipe, calúnia,

difamação, injúria, ameaça e discri-

minação são os mais comuns.

“Eles são os mais corriqueiros por

conta das ferramentas de interativida-

de que as redes sociais disponibilizam,

seja por intermédio da comunicação

direta, bem como por intermédio da

disseminação das informações posta-

das - as chamadas ‘curtidas’ e ‘com-

partilhadas’”.

O advogado explica que essas

interações são as maiores causas de

ações penais e de caráter indeniza-

tório contra o autor da mensagem e

das pessoas que a propagaram. “Po-

rém, devido ao anonimato que a rede

oferece, onde facilmente podem ser

criados perfis falsos, há enorme dificul-

dade na identificação do autor do crime,

tornando-se uma investigação comple-

xa. Por consequência, a maioria dos cri-

mes permanece sem a devida solução e

responsabilização dos autores”.

E não é só o anonimato que con-

tribui para a impunidade de crimes

da rede. Apesar de alguns avanços

na legislação, ainda não existem tipi-

ficações para os crimes cibernéticos.

“Os magistrados recorrem às analo-

gias jurídicas para adequar a conduta

delituosa do criminoso virtual à con-

duta descrita na legislação existente,

equiparando o resultado como se o

crime tivesse sido cometido no mundo

físico”, diz João Carlos. E ainda exem-

plifica: “Uma pessoa que envia uma

mensagem diretamente a outra dizen-

do que vai ‘pegá-la’, ‘acertar as contas’

ou qualquer outro escrito que seja

identificado como ameaça, teria seu

enquadramento legal com fundamento

no art. 147 do Código Penal —ameaçar

alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou

qualquer outro meio simbólico, de cau-

sar-lhe mal injusto e grave. A pena seria

detenção de um a seis meses, ou multa”.

João Carlos diz acreditar que a

chamada “Lei Carolina Dieckmann”

— Lei 12.737/12— foi um avanço,

já que protege o direito ao sigilo

das informações pessoais contidas

nos dispositivos informáticos. “Mas

ainda há muito por se fazer devido à

amplitude do ambiente digital, de-

vendo ser criada legislação específica

no intuito de coibir as violações de

direito cometidas”. A

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’agito

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’páscoa

Tradições de PáscoaA data é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais

A Páscoa (do hebraico Pessach), signifi-

cando passagem, é um evento religio-

so cristão, normalmente considerado

pelas igrejas ligadas a esta corrente

religiosa como a maior e a mais impor-

tante festa da Cristandade. Na Páscoa

os cristãos celebram a Ressurreição de

Jesus Cristo, depois da sua morte por

crucificação, que teria ocorrido nes-

ta época do ano em 30 ou 33 da Era

Comum. O termo pode referir-se tam-

bém ao período do ano canônico que

dura cerca de dois meses, desde o do-

mingo de Páscoa até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocor-

rido durante o Pessach, data em que

os judeus comemoram a libertação e

fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém exata-

mente do nome em hebraico da festa

judaica, à qual a Páscoa cristã está inti-

mamente ligada, não só pelo sentido

simbólico de “passagem”, comum às

celebrações pagãs (passagem do in-

verno para a primavera) e judaicas (da

escravatura no Egito para a liberdade

na Terra Prometida), mas também pela

posição da Páscoa no calendário.

Tradições pagãs - Na Páscoa, é co-

mum a prática de pintar-se ovos co-

zidos, decorando-os com desenhos

e formas abstratas. Em grande parte

dos países ainda é um costume co-

mum, embora que em outros, os ovos

tenham sido substítuidos por ovos de

chocolate. Este costume é uma alusão

a antigos rituais pagãos. A primave-

ra, lebres e ovos pintados com runas

eram os símbolos da fertilidade e reno-

vação a ela associados, que foi absor-

vida e misturada pelas comemorações

judaico-cristãs.

Os ovos de chocolate vieram dos

Pâtissiers franceses que recheavam

ovos de galinha, depois de esvaziados

de clara e gema, com chocolate e os

pintavam por fora. Os pais costuma-

vam esconder ovos nos jardins para

que as crianças os encontrassem na

época da Páscoa. Com melhores tec-

nologias, a partir do final do século

XIX, se difundiram os ovos totalmente

feitos de chocolate, utilizados até hoje.

Bacalhau - Na época da Idade Média,

os cristãos deveriam obedecer os dias

de jejum, excluindo de sua dieta ali-

mentar as carnes “quentes”. O bacalhau

era uma comida “fria” e seu consumo

era incentivado pelos comerciantes

nos dias de jejum. Com isso, passou a

ter forte identificação com a religiosi-

dade e a cultura do povo português.

O rigoroso calendário de jejum foi aos

poucos sendo desfeito, mas a tradição

do bacalhau se mantém forte nos pa-

íses de língua portuguesa até os dias

de hoje, principalmente na Páscoa,

uma data expressiva da cristandade.

Judas - É uma tradição vigente em

diversas comunidades católicas e orto-

doxas, a qual foi introduzida na Améri-

ca Latina pelos espanhóis e portugue-

ses. É também realizada em diversos

outros países, sempre no sábado de

Aleluia, simbolizando a morte de Ju-

das Iscariotes. Consiste em surrar um

boneco do tamanho de um homem,

forrado de serragem, trapos ou jornal,

pelas ruas de um bairro e atear fogo a

ele, normalmente ao meio-dia. A

Foto: Reprodução Internet

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46Roupas / Sapatos / Acessórios: Aquarius Modas - (19) 3623-2487 - Praça Roque Fiori, 33 Fotos: Juan Landiva

Cabelo/Maquiagem: MF Studio de Beleza - (19) 3623-1525 Locação: Pousada do Bosque - (19) 3623-4963

Ser Mãe é assumir perante Deus o dom da criação,

da doação e do amorincondicional.

Te amo todos os dias...

Page 47: Revista Atua - Março 2015

47Blusa de renda Cotton Colors, calça preta devorê Natual Class. Blusa musseline, saia poá Pontoon e sapato Confort para Aquarius Modas.

Page 48: Revista Atua - Março 2015

48Cardigan estampado Modal. Vestido marinho Pianeta para Aquarius Modas.

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49Camisa Chiffon e calça Burda. Vestido viscolycra para Aquarius Modas.

Page 50: Revista Atua - Março 2015

50 Macacão viscolycra Megadose para Aquarius Modas.

Page 51: Revista Atua - Março 2015

51 Blusa Shiffon com renda e short linho da Megadose Moda Gestante. Vestido cetim Megadose para Aquarius Modas.

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’esporte

Dance, dance, dance!Se praticada com regularidade, a dança de salão é um ótimo exercício físico

Gafieira é o espaço onde se dança

aos pares. O nome surgiu porque

nesse local eram cometidas gafes,

logo não é um estilo de dança como

todos pensam. A gafieira era geral-

mente frequentada por pessoas mais

simples, um ambiente democrático

em que gente de todo o tipo mis-

turava-se para dançar. Bolero, Cha-

-Cha-Cha, Forró, Fox Trot, Lambada,

Maxixe, Rumba, Salsa, Samba, Tango,

Valsa e Zouk são alguns dos estilos de

dança mais dançados nas gafieiras de

todo o Brasil.

Por ser um ambiente de todos,

a gafieira não segrega por idade ou

classe social e nem mesmo exclui

aqueles mais tímidos, os travados

que não sabem muito bem os pas-

sos, mas arriscam se movimentar

pelo salão. Conduzidas ou conduto-

res, damas e cavalheiros passam ho-

ras bailando sem se preocupar com a

vida corrida - e às vezes dolorida - lá

fora. Para eles, dançar é terapêutico,

faz bem para o corpo, para a mente

e para a saúde. Assim confirma Val-

nei Amadio “Dançar é muito praze-

roso. Faz bem para a cabeça, a gente

se socializa, faz novos amigos, traz os

amigos para dançarem junto. Mesmo

os que não sabem podem dançar, não

precisa dar um espetáculo de técnica

no salão, a dança é para você e isso é o

que importa.”

O professor de dança de salão,

Cleber Oliveira é também Personal

Dancer, um dançarino contratado

para ensinar e/ou acompanhar da-

mas em salões. Uma modalidade de

dançarino pessoal que vem sendo

cada vez mais procurada, tanto por

aqueles que gostam de aperfeiçoar

o que sabem, quanto por aqueles

que desejam aprender a técnica dos

vários estilos e depois fazer bonito

nos salões. Cleber conta que quando

começou a dançar, há 16 anos, havia

preconceito sobre homens dançan-

do. Mas hoje em dia esses tabus já

caíram, “a visão sobre a dança mudou

muito. Hoje tenho alunos homens bem

jovens, enchendo minhas aulas e pro-

curando aprender as técnicas para pra-

ticarem em bailes, depois”.

A arte do corpo - As danças de salão

também ganharam maior populari-

dade ao serem incentivadas por pro-

gramas como “Dança dos Famosos”

da Tv Globo, “Se ela dança, eu danço”,

do SBT e a Tv SESC, no canal a cabo

que exibe realitys de dança em sua

programação. Além disso, cresce em

toda a região o número de casas que

promovem bailes e jantares dançan-

Origem - As danças de salão surgiram

entre os nobres da Europa e principalmente

com o surgimento da dança realizada com

casais. Quando os europeus foram colonizar

as Américas, eles levaram as danças em lo-

cais fechados para essas localidades. Foram

nesses países que surgiram os tipos mais

comuns de dança de salão como gafieira,

tango, salsa, bolero e maxixe.

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Foto: Reprodução Internet

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tes. Algumas delas, em São João, são:

Clube do Rosário, Palmeiras Futebol

Clube, Sociedade Esportiva, entre

outras atividades dançantes como

as que são oferecidas pela Prefeitura,

nos fins de semana.

A dança realmente é uma arte

que, ao participar da vida das pessoas,

desperta muitas sensações renovado-

ras, como confirma Leila Krauze, que

dança há 12 anos. “Me interessei pela

dança depois que separei de meu ma-

rido. Nos bailes comecei a fazer amigos,

fiquei mais alegre e me valorizei mais. É

uma motivação para o corpo e alma.”

Esse mesmo efeito terapêutico

também acometeu Mauriene Ama-

dio, que começou a dançar depois

de sua separação: “a dança me aju-

dou a superar dores, foi uma terapia.

É um exercício completo e você sente

muito quando para.”

Para os praticantes a dança não é

uma opção apenas saudável, é uma

escolha de vida. Muitos começam

quando pequenos, outros depois

de mais velhos, ou já na terceira

idade, mas todos afirmam que nun-

ca irão parar. A professora de Ballet,

Márcia Viana, que vem de uma fa-

mília de dançarinos, diz que a dan-

ça melhora a coordenação motora,

mesmo daqueles que começam a

dançar mais tarde. E ressalta: “gos-

to de trabalhar o lúdico, a disciplina

e a vestimenta com meus alunos. No

salão estou sempre disposta a fazer

com que o outro ganhe valor dançan-

do, mesmo que não saiba os passos.”

A dança, seja ela com fim profis-

sional como para uma diversão se-

manal, praticada com técnica ou ape-

nas para chacoalhar o corpo, atende

todo mundo, não fazendo nenhum

tipo de distinção, já que cadeirantes,

pessoas com mobilidades reduzidas

ou alguma psicopatologia podem ser

incluídas nessa roda do movimento.

Atualmente existem muitos projetos

de Dançaterapia, os quais ajudam

pessoas a se expressarem de forma

criativa, promovendo uma interação

emocional, cognitiva e social.

Na opinião do professor Cleber,

não existe restrição para dançar.

Nem para com o corpo, como da

mente ou da sociedade. “Dançar é

abrir um leque de possibilidades. Além

de conhecer pessoas através das inte-

rações de salão, melhora a autoestima,

já que uma pessoa, por exemplo, fora

dos padrões corporais da mídia, quan-

do adentra uma pista de dança nada

mais importa, todo mundo aprecia o

movimento e a música. Quem dança é

muito feliz”, finaliza. A

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’viagem

As belezas da Serra da CanastraMinas Gerais é um estado brasileiro que oferece uma enorme lista de roteiros turísticos, os quais atraem por suas belezas naturais, história e gastronomia

O Parque Nacional da Serra da Canas-

tra é um dos mais importantes par-

ques nacionais brasileiros. Trata-se de

uma cadeia montanhosa localizada

no centro-sul do estado, nas proximi-

dades dos municípios de Delfinópolis,

Sacramento e São Roque de Minas.

Por ele passa o rio São Francisco, o

qual, conforme estudos recentes tem

sua nascente real e geográfica locali-

zada no município de Medeiros, Minas

Gerais. O nome Canastra foi dado em

virtude do formato de um baú.

Cachoeiras - Na Serra da Canastra, no

município de São Roque de Minas,

encontra-se a aproximadamente 1200

metros de altitude a chamada nascen-

te histórica, devidamente demarcada

para a visitação dos turistas. A água é o

fator preponderante no parque, cujas

nascentes, que chegam a centenas,

surgem em função da umidade que a

rocha fria absorve do ar, principalmen-

te no período da noite. É fascinante ver

aquele pequeno fio de água que vai

se avolumando por dentro do parque,

formando quedas de água límpida e

gerando bolsões ao longo do percurso.

A cachoeira Casca d’Anta, com

aproximadamente 186 metros de altura

é um dos principais atrativos do Parque,

saindo de um corte natural da Serra de

aproximadamente 144 metros, ou seja,

a altura da Serra chega a 330 metros. O

Rio São Francisco nasce 14 quilômetros

antes desta sua queda principal.

Vegetação exuberante - O parque

protege um cenário de rara beleza,

sua vegetação de transição entre a

“borda da Mata Atlântica” e o “início

do Cerrado”, com predominância de

Campos de Altitude que abrigam inú-

meras espécies da fauna e da flora do

cerrado, como o lobo guará, o taman-

duá-bandeira, o veado-campeiro, di-

versos gaviões e espécies ameaçadas

de extinção como o pato mergulhão

e o tatu-canastra. É uma paisagem

das mais deslumbrantes e desco-

nhecidas do Brasil. Há poucos anos

entrou nos roteiros de viagem como

lugar privilegiado para a prática de

esportes radicais, vivência ambiental

e turismo ecológico.

A região eco turística da Serra da

Canastra tem mais de 200 mil hec-

tares e abrange seis municípios: São

Roque de Minas, Vargem Bonita,

Sacramento, Delfinópolis, São João

Batista do Glória e Capitólio. A vida

rural mantém as velhas tradições da

cultura da região, como a arquitetu-

ra do século XIX, os muros de pedra

sem cimento e o carro de boi. O ho-

rário de entrada no Parque Nacional

da Serra da Canastra é até as 16h00.

Saída até as 18h00. Horários alternati-

Belezas naturais - A Serra da Canastra é pródiga

em atrativos naturais como cachoeiras e grutas além

de paisagens de tirar o fôlego. Pouco divulgada e até

pouco tempo com acesso limitado por conta das

estradas de terra, ela vem aos poucos sendo desco-

berta e valorizada pelos brasileiros.

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Foto: Reprodução Internet

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vos somente com prévia autorização

da chefia do Parque. O acesso ao Par-

que Nacional e demais atrações é por

terra. As condições de tráfego podem

ser precárias em época de chuva. In-

forme-se previamente.

Hospedagem e atrações fora do par-que - A região fora do parque também

oferece muito mais aos seus visitantes,

além de inúmeros atrativos naturais,

pois a região também se destaca pela

cultura, culinária, tradições e a recep-

tividade de seu povo. Com todos es-

ses roteiros turísticos, as cidades vizi-

nhas ao parque estão se estruturando

para atender bem aos visitantes.

Hoje em dia encontramos sim-

páticas e aconchegantes pousadas,

deliciosos restaurantes que servem

em sua maioria o melhor da comida

mineira feita no fogão à lenha.

Para quem pretende se hospedar

na Serra da Canastra indicamos as ci-

dades que abrigam ou que são vizi-

nhas ao Parque Nacional da Serra da

Canastra. O município mais procura-

do é o de São Roque de Minas, pois

é ali que ficam as principais atrações

do parque. Outra cidade muito pro-

curada é Delfinópolis, que embora

um pouco distante das portarias do

parque, possui o maior número de

cachoeiras da região e um ótimo ro-

teiro de passeio 4x4 até a portaria da

Casca D’Anta no parque. Outro bom

local para hospedagem é Vargem

Bonita MG, pois é o centro urbano

mais próximo da entrada do parque

e dá acesso à parte baixa da Casca

D’Anta. O município de Capitólio MG

é o mais afastado das portarias, mas

possui em seu território incríveis atra-

tivos naturais como grandes canions,

lindas cachoeiras, o lago de Furnas e

grandes paredões rochosos.

A cidade possui as opções de

hospedagem mais sofisticadas da

região. São João Batista do Glória é

outra boa opção para se hospedar na

região e também possui bons atrati-

vos, apesar de ficar distante das por-

tarias do Parque Nacional da Serra da

Canastra. Além das cidades, outras

boas localidades são os Distritos ou

o Arraial encontrados no entorno

da Serra da Canastra. Entre os mais

indicados estão São José do Barreiro

(SRM), Babilônia e Arraial de São João

Batista da Serra da Canastra.

Gastronomia - O principal produto

da região é o famoso queijo canastra.

Produzido há mais de duzentos anos,

ele é primo distante do queijo da Ser-

ra da Estrela, de Portugal, trazido pelos

imigrantes da época do Ciclo do Ouro.

O clima, a altitude, os pastos nativos

e as águas da Serra da Canastra dão

a esse queijo um sabor único: forte,

meio picante, denso e encorpado.

Desde maio de 2008 o queijo canastra

é patrimônio cultural imaterial brasi-

leiro, título concedido pelo IPHAN, o

Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-

tístico Nacional. O queijo vem sendo

incluído nos cardápios de restaurantes

das grandes metrópoles, como da ca-

pital paulista.As chamadas quitandas

da culinária mineira são abundantes

na região da Canastra. Uma delas é o

joão-deitado, doce originário do local,

que tem na mandioca seu principal

ingrediente além, é claro, do queijo

meia cura. É assado na folha- de- ba-

naneira, em pequenos fornos artesa-

nais de barro, sobre as brasas.

O “Velho Chico”O Rio São Francisco é um dos mais importantes rios do Brasil e de toda a América do Sul. Ele atravessa 5 estados e 521 municípios, passando pela Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, e desa-guando no Oceano Atlântico. Seu nome indígena é Opará ou Pirapitinga, mas também é carinhosamente chamado Velho Chico. Em setembro do ano passado, funcionários do Parque Nacional Serra da Canastra alertaram para a seca da principal nascen-te do São Francisco, devido ao período chuvoso atípico registrado no estado. A principal nascente ficou seca por quase três meses. Em novembro, a água voltou a correr graças ao volume expressivo de chuva registrada na região.

A

Fotos: Reprodução Internet

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TP 0011-15 ANUNCIO CAMPANHA COLECAO 2015 - EMPORIO - S JOAO BOA VISTA - 20x27,5.pdf 1 05/03/15 16:29

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’nossa cidade

A São João do futuroEstudo proposto pela Prefeitura visa preparar a cidade para encarar os desafios futuros

por Bruna Mazarin

Para definir os rumos que São João

da Boa Vista tomará nos próximos 35

anos, a Prefeitura e a Assessoria de

Planejamento, Gestão e Desenvolvi-

mento deram início a um processo

de coleta de dados para identificar

os potenciais da cidade, erros e acer-

tos da gestão e as possibilidades de

desenvolvimento. Para isso, o Conse-

lho Municipal de Desenvolvimento

(CMD) e os centros universitários do

município contrataram as empresas

Urban Systems e FGMF para que ela-

borassem um diagnóstico socioeco-

nômico de São João.

Os dados foram coletados no

segundo semestre de 2014 e ainda

contam com bases de informações

como o Instituto Brasileiro de Geo-

grafia e Estatística (IBGE). “Para sa-

bermos aonde ir, primeiro precisamos

ter a consciência de quem somos.

É necessário olhar o que fizemos de

certo e de errado. E o diagnóstico nos

trouxe essa oportunidade de autoco-

nhecimento”, justifica o prefeito Van-

derlei Borges de Carvalho.

Para a chefe da Assessoria de

Desenvolvimento, Amélia Queiroz,

esse planejamento a longo prazo

“quebra a lógica dos quatro ou oito

anos”. “Na nossa proposta a popula-

ção passa a ser uma guardiã das di-

retrizes que ela mesma estabeleceu. E

independe de ser o partido ou o can-

didato A e B, para ser eleito ele terá de

estar comprometido com aquilo que

a população escolher para ela”.

Mas os dados já mostraram que

um dos grandes desafios que a cida-

de vai enfrentar nas próximas déca-

das será conseguir um crescimento

e desenvolvimento ordenado. “Não

queremos ser uma cidade como Mogi

Guaçu, que importou mão de obra e

favelizou seus moradores. Queremos

privilegiar os sanjoanenses, capacitá-

-los, dar a eles a oportunidade de

melhores salários”. E Vanderlei com-

plementa: “Precisamos continuar cres-

cendo, mas com qualidade de vida”.

A próxima etapa contará com a

assessoria da USP Cidades na elabo-

ração de um Plano Diretor. “Pretende-

mos também envolver toda a comuni-

dade. Primeiramente faremos isso com

os alunos, por meio de trabalhos e pes-

quisas. Vamos criar neles a consciência

da importância de um planejamento

estratégico. Depois falaremos com

os pais e toda a comunidade escolar.

Também vamos atuar junto aos clubes

de serviço —Rotary, Lions etc.—, com

a Câmara de vereadores e a população

em geral. Queremos um Plano Dire-

tor o mais democrático possível, para

que isso não seja apenas mais uma

lei de gaveta, mas algo que esteja na

consciência das pessoas”, reforça o

Polo universitário - Com dois centros uni-

versitários, uma universidade e escolas técni-

cas, São João se firma como polo universitário

regional, principalmente após a instalação do

curso de medicina na cidade. No próximo ano,

a cidade ganhará ainda um novo campus do

Instituto Federal, que oferecerá três mil novas

vagas no ensino técnico. Na foto, o campus da

UNESP, com uma área de 103.738 m² que está

sendo construido no município.

Foto: Guto Moreira

Page 61: Revista Atua - Março 2015

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prefeito de São João. Segundo Lou-

renço Gimenes, arquiteto da FGMF, o

diagnóstico é uma grande ferramenta

que vai impulsionar mudanças impor-

tantes na cidade. “São João nos sur-

preendeu positivamente. Encontramos

uma cidade com grandes potenciais.

Claro que nada é perfeito e há muito

que fazer. Mas certamente seria uma ci-

dade onde eu teria uma casa no futuro”,

diz o arquiteto.Já Paulo Takito, repre-

sentante da Urban Systems, reforça a

necessidade de a cidade buscar um

desenvolvimento sustentável e pro-

mover uma parceria entre os setores

públicos e privados.

Escritório de projetos - Na hora de

pleitear verbas nas esferas estadual

e federal, muitos municípios perdem

programas importantes por falta de

projetos bem estruturados. Confor-

me explica o prefeito, a cidade usará

os dados do diagnóstico como res-

paldo na hora de elaborar projetos.

“Criamos um escritório de projetos em

São João para tê-los bem estruturados

a nível estadual e federal. Tanto que

fomos contemplados com três projetos

do Fidi [Fundo de Interesses Difusos]

em R$ 9 milhões. Isso porque fizemos

propostas bem feitas”, exemplifica.

Perfil do município - Na análise

feita pela Urban Systems foi cons-

tatado que a microrregião (MR) de

São João está no contíguo urbano

da Região Metropolitana de São

Paulo e Campinas. Isso dá ao mu-

nicípio uma posição privilegiada na

malha rodoviária paulista, com fácil

acesso ao Porto de Santos e aos ae-

roportos de Cumbica, Congonhas e

Viracopos, por exemplo.

Essa microrregião é composta por

14 municípios —Águas da Prata, Ca-

conde, Casa Branca, Divinolândia, Es-

pírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa,

Santo Antônio do Jardim, São João

da Boa Vista, São José do Rio Pardo,

São Sebastião da Grama, Tambaú, Ta-

piratiba e Vargem Grande do Sul— e

representa 0,96% da população do

Estado de São Paulo, com mais de

415,2 mil habitantes e possuí um

PIB de 0,50%. O perfil socioeconô-

mico da MR é baseado na indústria e

agricultura, sendo o café, a cana-de-

-açúcar e a laranja os principais itens

produzidos. “O diagnóstico aponta

que estamos na direção certa. Temos

um comércio que representa em torno

de 60% do PIB do município, seguido

da indústria com 35% e da agricultu-

ra com quase 3%. Ou seja, tivemos um

bom desenvolvimento em compara- >

Page 62: Revista Atua - Março 2015

62

ção com as cidades da região. E com o

lançamento do shopping só confirma-

mos esse potencial comercial”, ressalta

Vanderlei.

População - De acordo com os da-

dos da Urban Systems, São João tem

uma taxa de crescimento anual de

1,32% — com base na população de

2010 e 2014 do IBGE. Dentro da região

em que está inserido, o município é o

segundo mais populoso, com 88.477

habitantes —Poços de Caldas (MG)

aparece em primeiro lugar, com 162,4

mil habitantes. Sobre a população há

duas perspectivas de crescimento,

uma “conservadora” e uma “agressi-

va”. “Temos experimentado nos últimos

anos a segunda opção. Com esse cres-

cimento mais agressivo São João deve

chegar, em 2050, a 146 mil habitantes.

Esse é justamente o planejamento que

faremos: de que maneira chegaremos a

2050 com esse número de habitantes?”,

explica Vanderlei.

Vocação imobiliária - O diagnóstico

aponta qualidades do município que

podem desenvolver o potencial imo-

biliário. Dentre elas, o fato de ser uma

cidade do interior de São Paulo com

características “bucólicas e rurais”, mas

com comércio forte e desenvolvimen-

to industrial. “Características interiora-

nas são os principais atributos positivos

enfatizados pelos entrevistados”, revela o

estudo. Os dados ainda mostram que

a paisagem da Serra da Mantiqueira é

fator de orgulho para os moradores, o

que denota um grande potencial para

atividades turísticas.

Segundo a Urban Systems, ainda

há carência de acessos em algumas

partes como na região da Mantiquei-

ra —área nobre— e Sul da cidade, que

tornam mais difíceis a circulação de

moradores. “A região acima do distrito

industrial está fora da cidade mental

dos entrevistados pela falta de acesso e

a não utilização dela. Não há nada que

estimule o deslocamento para esse pon-

to da cidade. O distrito industrial se torna

mais isolado do restante da cidade”, re-

vela o diagnóstico.

Centralidades - Shopping, universi-

dades e hospitais. Os itens foram con-

siderados importantes pelo estudo. O

futuro shopping, por exemplo, forma-

rá uma nova centralidade comercial.

Já os dois hospitais —Santa Casa e

Unimed— e suas localizações tam-

bém proporcionam essa centralidade

na área da saúde. O fato de São João

estar se tornando um polo educacio-

nal também foi avaliado.

A presença da Unesp, Unifae, Ins-

tituto Federal de São Paulo e Unifeob

traz uma grande concentração de alu-

nos e faz com que o município expan-

da fronteiras. “Temos que transformar

São João em uma cidade universitária,

porque isso traz divisas para o municí-

pio”, afirma o prefeito.

Setor em expansão - Ao analisar os

setores industriais do município, o

diagnóstico revelou que São João

deve explorar o desenvolvimento da

indústria aeronáutica e investir em

empresas como a Inpaer, que já se es-

tabeleceu na cidade.

Íntegra - Quem tiver interesse em

visualizar todos os dados coletados

na pesquisa pode baixar a versão

completa ou os resumos do diag-

nóstico no site da Prefeitura, no link

www.saojoao.sp.gov.br

Aviação - O município está se tornando

um importante polo aeronáutico e, de

acordo com Amélia Queiroz, diretora de

Planejamento e Desenvolvimento da cida-

de, a perspectiva é de que as universidades

sustentem o desenvolvimento do polo

instalado no aeroporto local. A principal

fábrica é a Inpaer, que produz quatro mo-

delos de aviões, sendo umas das principais

industrias do setor no Brasil.

Foto: Guto Moreira

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Scarpe - (19) 3631-5287Avenida Dona Gertrudes, 327 - Centro

Looks: Espaço GirlsFotos: Juan Landiva

Cabelo/Maquiagem: MF Studio de Beleza - (19) 3623-1525Locação: Fazenda Sola Capituva - (19) 3633-4664

Júlia e Luiza calçam botas Schutz

SCARPEapresenta

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66Júlia calça bota franja Schutz

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67Luiza calça bota over the knee Schutz

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Júlia calça sandália laranja nobuck Schutz

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69Júlia calça bota Schutz

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’agito

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’psicologia

A síndrome do Ninho VazioComo encarar a saudade quando os filhos saem de casa

por Maryá Rehder Ambroso

Passam-se anos, passam-se séculos e

o tema família sempre é notabilizado.

Seja na área social, educacional ou

biológica sempre há um espaço para

se discutir esse contexto. Por um lado

a família vem como centro de aten-

ção por ser um espaço privilegiado

para arregimentação e fruição da vida

emocional de seus componentes, e

por outro, tem despertado interesse,

pois ao mesmo tempo em que sob

alguns aspectos mantém-se inaltera-

da, apresenta uma grande gama de

mudanças. Sendo a curiosidade dos

estudiosos voltada a esse ou aquele

ponto, o que não pode ser negado

é a importância da família, tanto no

nível das relações sociais nas quais

ela se insere, quanto no nível da vida

emocional de seus membros.

A história da família é longa, não

linear, feita de rupturas sucessivas

onde toda a sociedade procura acon-

dicionar a forma da família às suas ne-

cessidades. Mas essas transformações

não querem dizer que a família, tal

qual herdamos de séculos passados,

esteja efetivamente se estilhaçando

nesse novo milênio.

O que ocorre é que outra configu-

ração familiar está a caminho: a que

tenta conciliar a liberdade individual

com laços afetivos do velho lar. E den-

tro dessas diversas transições, há uma

conjuntura que persiste há gerações

e traz consigo marcas austeras para

os provedores. Trata-se da Síndrome

do ninho vazio (SNV) que consiste

em um desconforto emocional pon-

tual, vivido pelos pais ao terem a per-

cepção de que seus filhos estão se

tornando independentes e deixando

suas casas.

Sintomas como o sentimento de

tristeza, de angustia, de perda, de

solidão, de inutilidade, de vulnera-

bilidade, de desvalia, entre outros,

fazem parte desse processo de rup-

turas e a permanência de tais sin-

tomas por um período significativo

pode promover a depressão, gerar

crises de ansiedade e ocasionar psi-

cossomatizações transformando,

assim, o sofrimento em dores fisio-

lógicas antes inexistentes.

A SNV é trivial em mulheres, mas

isso não quer dizer que os homens

sejam imunes a ela. Os pais também

podem vivenciar os mesmos senti-

mentos de perda dos filhos e, por isso,

terão que se esforçar para se adapta-

rem a essa nova rotina. E para haver

a superação dessa fase dolorosa, o

primeiro passo é reconhecer que se

trata, sim, de um processo delicado,

mas que tem hora para acabar.

Assim sendo, para combatê-la é

essencial aceitar que o ciclo vital é

constituído por diversas fases e que

o período de declínio envolve perdas, >

Foto: Reprodução Internet

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onde transações familiares são comuns, seja em tarefas,

em crescimento pessoal ou na função parental. Após a

conscientização, inicia-se uma nova etapa de vida onde

os pais devem se redescobrir como indivíduos buscando

novos prazeres, afazeres e procurando estreitar a relação

amorosa com seu cônjuge. Afinal, nunca é tarde para re-

ascender a paixão. Aos filhos, cabe o diálogo e cuidados

com esses pais no intuito de consolá-los e fazer com que

eles entendam que há a possibilidade de conciliar a dis-

tância e a liberdade individual com as vantagens da soli-

dariedade, da fraternidade, da ajuda mútua, dos laços de

afeto e do amor familiar.

Porque embora o ser humano lute pela sua individua-

lidade, nunca se deve deixar cair no esquecimento de que

a casa é, cada vez mais, o centro da existência, pois é o lar

que oferece bons exemplos, um abrigo, uma proteção e

um pouco de calor humano, contrapondo-se ao mundo

duro e frio que se encontra do lado de fora do ninho.

Apego exagerado ao filho pode desencadear síndrome do ninho vazioA síndrome do ninho vazio é considerada, pelos profissionais da área, como uma crise existencial passageira. Depen-

dendo de alguns fatores, como o número de filhos e a personalidade da mulher, tudo pode ser apenas questão de se

acostumar à nova rotina. No entanto, pode haver exacerbação nos sintomas de tristeza e, nesses casos, é aconselhável

tratamento psicológico. Para que as mães não sofram com a saída dos filhos da casa, é importante que haja a prepa-

ração para a chegada da nova realidade. É importante que a mulher separe a vida dela da vida dos filhos, o máximo

possível. Faz parte disso ampliar a rede social, passear, ter atividade remuneradas ou não, mas que sejam feitas fora de

casa e que ajudam a mulher a ter outro papel que não seja o da mãe clássica.

A

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Mais de 90% dos alunosnão sabem matemáticaSegundo ONG, aprendizado adequado não corresponde a um nível avançado de domínio da disciplina, mas apenas do básico

’educação

No Brasil, mais de 90% dos estudan-

tes terminaram o ensino médio em

2013 sem o aprendizado adequado

em matemática, segundo o movi-

mento Todos pela Educação. Toman-

do por base avaliações do Ministério

da Educação, o movimento concluiu

que apenas 9,3% desses estudantes

aprenderam o conteúdo considera-

do adequado para o período. O índi-

ce é menor que o anterior, registrado

em 2011, quando 10,3% alcançaram

o coeficiente.

Além de matemática, o aprendi-

zado em português também apre-

sentou queda, na avaliação feita no

terceiro ano do ensino médio, de

2011 para 2013. O percentual de alu-

nos com nível satisfatório de apren-

dizado passou de 29,2% para 27,2%.

“É o terceiro ano consecutivo em que cai

o aprendizado em matemática e agora

caiu também o de português. É um gri-

to de socorro. O ensino médio, que é de

obrigação dos estados, está piorando

no Brasil”, avalia a diretora executiva

do Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Ausência de metas - O Brasil não tem,

oficialmente, metas claras do que

deve ser aprendido em cada nível

de ensino. O movimento Todos pela

Educação estabelece metas para que

em 2022, ano do bicentenário da in-

dependência do país, seja garantido a

todas as crianças e jovens o direito à

educação de qualidade. O movimento

estabelece também metas intermedi-

árias de aprendizado. Priscila ressalta

que o aprendizado considerado ade-

quado não corresponde a um nível

avançado de domínio da disciplina,

mas apenas do básico.

“Em matemática, são 90% não

aprendendo esse básico. Pode pa-

recer exagero, mas de certa forma

não é. Estamos negando um futuro

digno para eles, que não conseguem

ter acesso ao básico da matemática,

não conseguem avaliar um contrato

de aluguel ou projetar o que pagam

de juros em uma prestação. É o bási-

co para viver a vida”.

Melhoria - Os dados mostram que

no ensino fundamental (de obriga-

ção das prefeituras) o quinto ano foi

a única etapa que apresentou me-

lhora. Passou de 40% de alunos com

aprendizado adequado em portu-

guês, em 2011, para 45,1% na última

avaliação, e de 36,3% em matemática,

para 39,5%. No nono ano, o percen-

tual de alunos com este aprendizado

em 2013 foi 28,7% em português, aci-

ma do verificado em 2011 (27%). Em

matemática, o indicador apresentou

queda, de 16,9% para 16,4%. Pelos cri-

térios do movimento, nacionalmen-

te o país não cumpriu nenhuma das

metas intermediárias, nem mesmo

Foto: Marcelo Horn/ GERJ

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no quinto ano. No nono ano e no

ensino médio, o Brasil não cumpriu

nenhuma das metas, nem mesmo a

nível estadual.

Os números são baseados no re-

sultado da Prova Brasil e do Sistema

de Avaliação Básica (Saeb), aplicados

em 2013. Na opinião de Priscilla, os

dados mostram que nos anos iniciais

do ensino fundamental, do primeiro

ao quinto ano, o modelo de ensino

adotado pelo país mostra resultados

e merece mais investimento, mesmo

que a meta não tenha sido cumpri-

da. Isso não ocorre com os modelos

adotados nos anos finais, do sexto ao

nono ano, e no ensino médio. “É como

nadar e morrer na praia. De que adian-

ta melhorar o Fundamental 1 e chegar

ao Fundamental 2 e médio se o aluno

não aprender?”, pergunta.

Uma das diferenças, segundo ela,

é que até o quinto ano, o ensino é

mais focado e não há tantas discipli-

nas quanto até o nono ano e o ensi-

no médio. Ela defende uma reforma

de métodos de ensino, que inclua

as novas tecnologias, a internet, e

também uma revisão do currículo,

do que é ensinado em sala de aula.

“O currículo é inchado, disperso, tem

a ganância de fazer com que o aluno

aprenda tudo, enquanto, na verdade,

ele não aprende nada”.

Ainda segundo ela, o atual mo-

delo de escola e de sistema edu-

cacional não respondem mais aos

alunos e à vida do século 21. “As

intervenções atuais, quando bem im-

plementadas, têm conseguido apenas

melhoras pontuais, incrementais e

lentas. Isso ocorre porque insistimos

em melhorar um sistema que não ser-

ve mais, que está ultrapassado e cujas

transformações deveriam merecer

mais atenção dos gestores públicos”,

explica. “Se mudanças mais profun-

das não forem implementadas, infeliz-

mente continuaremos, ano após ano,

lamentando a falta de qualidade do

nosso sistema educacional.”

Referências - A Prova Brasil é um dos

componentes do Índice de Desenvol-

vimento da Educação Básica (Ideb),

considerado um importante indica-

dor de qualidade do ensino. O índice

vai até dez e é calculado de dois em

dois anos. O Ideb de 2013 foi divulga-

do pelo governo no início de Janeiro.

A meta estimada de 4,9 para anos ini-

ciais foi a única cumprida pelo país,

que obteve índice de 5,2. O Saeb é fei-

to por amostragem nas redes de ensi-

no e tem foco na gestão dos sistemas

educacionais. A

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DesentendimentoE, pelo visto, não sou só eu que não entendo nada

por Carlos Alberto Molle Júnior

Tem gente que diz que entende de tudo: psicologia, po-

lítica, coluna ou cerveja. Tem gente que acha que en-

tende de qualquer coisa: computador, dieta, segurança

pública ou direito penal. Já o Fábio Jr. e a Gretchen en-

tendem de um assunto específico (casamento) – exceto

da parte “até que a morte os separe”.

Diferentemente deles, eu não entendo nada. Não en-

tendo por que colocam manga na salada, por que tira-

ram o acento do pára, por que o Palio muda todo ano ou

por que moto estaciona em vaga de carro. Não entendo

por que todo assassino frio é calculista, por que as pes-

soas só choram copiosamente ou por que todo engano

deve ser ledo. Até em casa, relaxado no sofá e de frente

pra TV, não entendo por que as pessoas ainda brigam

nos estádios, em Jerusalém ou assistem ao Super Pop.

Tem muita coisa que não entendo, mas finjo que

entendo: o gosto por acampar, mecânico explicando

orçamento e o prazer de passar um dia pescando. Anti-

gamente, quando eu só não entendia por que não podia

voltar tarde e de geometria, era muito mais fácil.

Talvez eu nunca entenda por que um guarda-chuva

gigante pendurado no teto é obra de arte, por que o

Leandro Damião custa tão caro ou por que as pessoas

trocam curtidas e seguidores no instagram. Também é

bem provável que eu jamais entenda por que a ex-BBB

Paulinha e a Geisy Arruda saem no UOL quase todo dia,

por que mulher demora tanto pra se arrumar e por que

o Ronaldinho Gaúcho não conserta os dentes.

Dia desses, num jogo, vi uma criança fazendo birra

durante o hino nacional e não entendi por que tiraram

Educação Moral e Cívica da grade do ginásio – tá, ok,

do ensino fundamental. Mas tive a certeza de que ainda

não entendo o que é ter um filho ou ser avô.

Às vezes nem eu entendo a minha teimosia em

não passar protetor solar, exagerar na pimenta e deixar

pra entregar o texto no último dia; tampouco entendo

como a Tekpix ainda faz sucesso ou por que a Claro resol-

veu me dar atenção só depois que mudei pra Vivo.

Vinho, bolsa de valores, francês, a pontuação dos sal-

tos ornamentais e a diferença entre bege e nude são cin-

co coisas que gostaria de entender. Mas não entendo.

Agora, pensando bem, difícil mesmo é entender so-

bre beisebol, o universo e como o Renan Calheiros foi

reeleito. Mas o que simplesmente não dá para entender

é por que as pessoas falam “às direita”, escrevem “estrupo”

e insistem em tirar foto dos pés na beira da piscina pra

postar e legendar “tá ruim hoje”.

Pelo visto não sou só eu que não entendo nada. “O

que eu também não entendo” é o título de uma mú-

sica do Jota Quest. Aliás, Luan Santana, Raça Negra

e João Bosco e Vinícius já gravaram como

é complicado esse negócio de entender.

No começo do ano minha avó me per-

guntou onde eu iria brincar o Carna-

val. Ela não entende que não se fala

mais assim (da mesma maneira que

não se mostra mais o muque). Os

tempos mudaram e eu não enten-

do por quê; muito menos entendo o

porquê do porque ter tantas formas.

Não entendo nada. De nada. Nem o

que me pediram pra escrever aqui...

’opinião

Foto: Reprodução Internet

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Apelido: GaboSigno: CâncerEsporte: Futebol / BasqueteTime: Palmeiras / San Antonio SpursMania: OrganizaçãoHobby: Bicicleta, basquete e música Defeito: PerfeccionistaQualidade: AtenciosoLivro: ShakespeareFilme: Vários...Western, comédias e clássicosMúsica: Johnny Cash, Social Distortion, rock e punk rockComida favorita: Várias. Depende do dia, sou bom de garfoPerfume: Não tenho um favoritoÍdolo: Pessoas bem sucedidas em seus trabalhos e nos seus ideaisA melhor viagem: Aquela que te apresenta novos lugares e te ajuda a relaxarViagem dos sonhos: Machu PicchuSonho: Alcançar minhas metas

Gabriel Marin26 anos - Ator e apresentador

’galera’

Tarcísio Munhoz21 anos - cantor

Apelido: TarSigno: AquárioEsporte: FutebolTime: CorinthiansMania: Roer unhaHobby: Assistir filme com minha namoradaDefeito: ExigenteQualidade: HonestoLivro: O HobbitFilme: Senhor dos AnéisMúsica: SambaculêjoComida favorita: PanquecaPerfume: Coffee ManÍdolo: Ayrton SennaA melhor viagem: Madrid, em 2011Um lugar que gostaria de conhecer: TóquioSonho: Ser reconhecido pela música

Page 81: Revista Atua - Março 2015

81

Letícia Batista18 anos - auxiliar de compras

Apelido: Lee BatistaSigno: VirgemEsporte: MusculaçãoTime: São PauloMania: Ouvir músicaHobby: TreinarDefeito: Ciumenta, perfeccionista e a sinceridade que às vezes me atrapalhaQualidade: Atenciosa, alegre e detalhistaLivro: Os sete pilares da sabedoriaFilme: A culpa é das estrelasMúsica: LouvorPrato preferido: Tudo o que é saudávelPerfume: Hello Darling - white nectarine & peony - Victoria’s SecretÍdolo: DeusA melhor viagem: Rio de JaneiroUm lugar que gostaria de conhecer: Outro paísSonho: São tantos...

Nathália Gregório18 anos - estudante e apresentadora

Apelido: Kiko (por causa do tamanho das bochechas)Signo: LibraEsporte: DançaTime: São Paulo Mania: Tirar esmalte da unhaHobby: Fotografar Defeito: Sou muito teimosaQualidade: Romântica e me considero amigável, adoro ouvir as pessoasLivro: As vantagens de ser invisívelFilme: 10 coisas que eu odeio em vocêMúsica: Magic - Coldplay Comida favorita: Tudo o que é massaPerfume: 212 Ídolo: Nando Reis (é mais um amor platônico)A melhor viagem: Todas! Cada uma com seu gostinho diferenteViagem dos sonhos: Grécia e ItáliaSonho: Ser atriz, ter uma vida pessoal estabilizada ao lado de quem eu goste e dois filhos

Page 82: Revista Atua - Março 2015

82

Roupas / Sapatos / Acessórios:Glam-upRua Getúlio Vargas, 201 - (19) 3631-5446

Modelo: Carmen MagalhâesDireção: Iza GraçaFotos: Juan LandivaProdução: Patrícia RehderCabelo: Carolina MalheirosMaquiagem: Neca Costa

MODAARTE

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Casaco Huis Clos - Glam-upBrincos Vivi Correa - Glam-upObras - Carmen Magalhães

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Vestido Fyi - Glam-upJaqueta Uma - Glam-upTricô Bob Store - Glam-upBrincos Vivi Correa - Glam-upObras - Carmen Magalhães

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Macacão Uma - Glam-upParka Fyi - Glam-upTênis Fyi - Glam-upBrincos e Colar Vivi Correa - Glam-up

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Obra: Arqueologia do Desejo - Alicia Peres

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Pull azul Uma - Glam-upJaqueta Huis Clos - Glam-upBlusa verde Bob Store - Glam-upCalça Fyi - Glam-uph

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’negócios

Fonte Platina: marcatradicional, conceito inovadorConsiderada uma das melhores águas minerais, empresa volta às atividades após 40 anos

Nas aulas da escola aprendemos que

toda água potável é igual: inodora,

insípida e incolor. Mas com as águas

minerais essa afirmação deixa de ser

totalmente verdadeira. Um ótimo

exemplo é a água da Fonte Platina, que

após a paralisação da produção, por 40

anos, voltou ao mercado. “A água Pla-

tina é considerada levemente mineral,

tem sabor refrescante e perfeitamente

equilibrado, de elegante sensação aceti-

nada no palato e agradável finalização”,

define o gestor da empresa, Walter

Monici, que atua há 28 anos na área de

perfuração de poços e mineração.

A empresa começou suas ativi-

dades em 1918 e em 1935 recebeu

a Concessão de Lavra. Mas em 1975

parou de funcionar. Somente em 2006

a propriedade foi comprada pelo em-

presário de Americana, Omar Najar.

“Em 2010 iniciamos a restauração das

instalações, conseguindo novas nascen-

tes e implementando políticas ambien-

tais e documentais para seu novo iní-

cio, que ocorreu em dezembro de 2014”,

complementa Walter.

Atualmente o produto é distribu-

ído na região de Águas da Prata e São

João da Boa Vista, por uma equipe de

vendas própria. “Vendemos a custo de

fábrica para atendermos diretamente

e a um valor mais acessível. Estamos

nos preparando para estender o aten-

dimento à grande São Paulo, Campi-

nas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”,

antecipa Walter. Frente à crise hídrica

que assola a região Sudeste, conse-

quentemente a produção da água

mineral Platina foi afetada. O gestor

da empresa afirma que os reserva-

tórios subterrâneos também estão

sendo afetados pela falta de chuva.

“A falta de chuva afeta a produção de

água mineral, não só aqui como em

todas as empresas do seguimento”.

Design e elegância - A água Plati-

na não impressiona apenas por seu

paladar singular. As embalagens em

opções PET e vidro têm um design

diferenciado e trazem os ornamentos

que podem ser vistos nos prédios da

empresa. “Nossas embalagens foram

elaboradas por Lincoln Seragini, um dos

mais renomados designers, especializa-

do em desenvolvimentos de produtos no

país”, explica Walter.

O gestor da empresa ainda comen-

ta sobre a importância de se utilizar

materiais de qualidade nas embala-

gens, já que algumas embalagens de

plástico podem dar sabor desagradá-

vel à água. “Por esse motivo, utilizamos

a melhor matéria prima disponível no

mercado brasileiro”. Mas, Walter reve-

la sua preferência pelo vidro. “Alguns

apreciadores de Água —posso até me

incluir nisso— gostam do vidro, por ter

a certeza de que nada interfere no pro-

Fotos: Divulgação

Page 89: Revista Atua - Março 2015

89

duto ali reservado, além do fato de que

o vidro proporciona um glamour no pro-

duto, podendo assim acompanhar as

melhores bebidas ou refeições”.

Responsabilidade socioambiental - A

Fonte Platina ocupa uma área total de

85 hectares, dos quais 55 são cobertos

por matas nativas, inclusive com ár-

vores consideradas extintas. Em razão

disso, Walter diz que irá criar no local

uma Reserva Particular do Patrimônio

Natural (RPPN). “Toda a área da empre-

sa estará em uma extensão que jamais

poderá ser alterada, ou seja, intocada

pelo homem, preservando assim todas as

espécies da fauna e flora do local”. A em-

presa ainda firmou uma parceria com a

Prefeitura Municipal de Águas da Prata

e fornece uma estufa para que possam

ser plantadas mudas de árvores e fru-

tos nativos da região. Essas mudas são

plantadas em áreas de recuperação

das nascentes do município. “A pre-

feitura nos fornece apoio técnico e nós

fornecemos todo o processo”. Ainda está

nos planos de Walter iniciar visitações

monitoradas às áreas preservadas e ao

processo de fabricação da água. “Com

a implantação deste método e com as

adequações que precisaram ser feitas,

será feito um planejamento de visitação

pública monitorada nas instalações da

fábrica e por toda nossa área. Entende-

mos que, para o próximo ano, já teremos

condições de iniciar este trabalho”. A

Foto: Divulgação

Page 90: Revista Atua - Março 2015

90

’segurança

Violência cresce na cidadeRoubos e furtos são os grandes “vilões” da cidade

Sair de casa por alguns dias ou até mes-

mo por poucos minutos não é mais

uma opção segura. Isso porque, quase

que diariamente, boletins de ocorrên-

cia são registrados no Plantão Policial,

dando conta de furtos residenciais. Na

maioria dos casos, a descrição é quase

a mesma: “Dona Maria saiu de casa por

volta das 8h para ir ao médico. Ao retor-

nar às 10h, encontrou o imóvel revirado

e deu falta de um televisor e um DVD,

além de R$ 500 em dinheiro”. O exemplo

acima demonstra apenas um suposto

caso, que na verdade é um modus ope-

randi do crime cada vez mais comum

em São João da Boa Vista.

Ano atípico - 2014 terminou com te-

mor em bairros como o Recanto do

Lago, em que, por diversas vezes, várias

casas foram alvos de furto no mesmo

dia e quase que no mesmo horário. Este

ano não começou diferente e a situa-

ção se manteve. Outro fato incomum e

considerado como “atípico” pelas auto-

ridades policiais são os roubos. Entre o

final do ano passado e o início de 2015

diversos crimes deste tipo ocorreram... E

de todas as maneiras. Foi assalto a mão

armada em casa de comerciante chinês,

a postos de combustíveis, a empresária

que retirou dinheiro no banco e voltou

para o escritório e até a um trabalhador

que parou para comer salgado e aca-

bou sendo roubado. Só para se ter uma

ideia, o número de roubos no comércio

aumentou mais de 160% em janeiro de

2015 comparado ao mesmo período

em 2014. As ocorrências registradas pas-

saram de oito para 21 neste ano.

Explicações - As explicações sobre o

aumento destes crimes em São João da

Boa Vista estão na ponta da língua das

autoridades policias: “É um fato anor-

mal”, “Isso é algo que saiu fora do comum”

ou “É um fato atípico na cidade”, são as

frases mais ditas. Determinar as cau-

sas da violência ainda é uma questão

sujeita a debate, porém, uma expli-

cação para esta situação pode ser a

migração da criminalidade para o

interior do Estado de São Paulo. O

Carandiru foi fechado definitivamente

há mais de dez anos e penitenciárias

passaram a ser abertas pelo interior

paulista. Com isso, explicam especia-

listas em segurança pública, os crimi-

nosos deixaram a capital e passaram a

habitar cidades menores, próximas às

unidades inauguradas. Em contraparti-

da, o Governo do Estado de São Paulo

não aumentou o efetivo, bem como o

número de policiais nos municípios in-

terioranos deixando, então, os PMs de

mãos atadas e com armamentos infe-

riores aos dos bandidos.

Interior - Na última década, a proporção

de homicídios nas Regiões Metropoli-

Falta de pessoal - Não é só a Polícia

Militar que passa por dificuldades. No caso da

Polícia Civil a situação é ainda mais grave. Se-

gundo os próprios agentes, a cidade deveria

contar com 67 policiais, sendo que hoje, conta

com apenas 17. Paulo Afonso Bicudo, diretor

da Deinter 9, informou, em recente entrevista,

que há perto de mil investigadores em fase

final de concurso, cerca de 300 escrivães e

um concurso de delegado travado por muitos

mandados de segurança.

Foto: Foto: Edson Lopes Jr./ A2D

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91

tanas do país apresentou taxa negativa

de crescimento, enquanto as taxas ob-

servadas no interior seguiram em ritmo

positivo. O fenômeno foi constatado

inicialmente no livro Mapa da Violência

2011 – Os Jovens do Brasil – do sociólogo

Julio Jacobo Waiselfisz, que estuda a cri-

minalidade brasileira há mais de dezoito

anos. Segundo o autor, os homicídios

se espalham simplesmente onde a pre-

sença do Estado, na área de segurança

pública, é menor. Nas regiões metro-

politanas houve, ao longo desses anos,

um maior esforço por parte do poder

público em combater a violência, com

investimentos em armamento, pessoal

e inteligência. Segundo o autor, esse é o

motivo do decréscimo das taxas de mor-

tes por assassinato nas regiões metropo-

litanas e a expanção interior.

Morte de PM - Exemplo disso ocorreu

no dia 30 de outubro do ano passado,

quando o Cabo Alaor Branco Junior foi

morto por criminosos que tentavam as-

saltar dois carros fortes, na estrada que

liga Casa Branca a Aguaí.

Em seu enterro, que ocorreu no dia

31 de outubro, o então eleito deputa-

do federal Major Olímpio Gomes (PDT)

comparou a região com a Faixa de Gaza.

Segundo ele, a situação só irá mudar e a

PM só conseguirá combater a criminali-

dade de igual para a igual, quando mais

policiais forem colocados nas ruas e seus

armamentos forem modernizados.

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Operações - A Polícia Militar

ampliou as operações preventivas

na cidade, visando evitar novos

crimes. Porém, ela também sofre

com o mesmo problema da Polícia

Civil: seu efetivo é pequeno.

A

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’culinária por Carlos Eduardo Pradella Filho (Comidaria 19-3056-4388)

Spaghetti alla carbonara

Ingredientes• 70 gr de spaghetti “grano duro”

• 75 gr de pancetta ou bacon defumado

• 01 cebola

• 15 ml vinho branco seco

• 120 ml de creme leite fresco

• 01 gema de ovo

• Azeite q.b

• Parmesão ralado q.b

• Sal q.b

• Pimenta do reino branca q.b

Modo de preparoPara a massa, siga as instruções de cozimento na emba-

lagem da massa escolhida. Para o molho, em uma frigi-

deira bem aquecida, derrame um fio de azeite de oliva.

Adicione o bacon até que doure levemente e comece a

soltar gordura. Junte a cebola cortada bem fininha e deixe

toda a mistura caramelizar. Adicione então o vinho bran-

co – que irá “deglacear” o bacon e a cebola. Finalize com

o creme de leite fresco deixando o molho reduzir (cerca

de dois minutos). Adicione a massa, o sal, a pimenta e o

parmesão ralado. Finalize o prato com mais parmesão e a

gema de ovo crua.

Modo de preparoPor muito tempo, discutiu-se sobre qual povo teria inven-

tado os spaghetti e as massas em geral: os chineses, os

árabes ou os italianos. A origem até recentemente admiti-

da era árabe, na forma do spaghetti seco, a chamada Itrjia,

que entrou na Europa quando da dominação árabe na

Sicília. Outra teoria sobre a chegada na Itália do spaghetti

atribui essa feito a Marco Polo, que teria trazido essa novi-

dade na volta de sua viagem à China, entre 1271 e 1295.

Foto: Juan Landiva

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’culinária

Torta (ou bolo) mescladaIngredientesPara a massa:

• 04 ovos

• 02 xícaras de açúcar

• 02 e 1/2 xícaras de farinha de trigo

• 01 colher de fermento em pó

• 01 xícara de leite morno

Para o recheio:

• 01 litro de leite

• 01 xícara de creme de leite

• 01 lata de leite condensado

• 03 gemas

• 03 colheres de maisena

Para a cobertura:

• 02 xícaras de açúcar

• 01 xícara de água

• 03 claras

• 03 colheres (sopa) de achocolatado em pó

• 03 colheres (sopa) de açúcar

• 01 colher (café) de manteiga ou margarina

• 01 xícara (café) de leite

Modo de preparoPara a massa, bata bem os ovos e o açúcar por três minutos. Em

seguida acrescente os demais ingredientes. Asse em forma re-

donda, em forno pré-aquecido, a 180°, por cerca de 40 minutos.

Desenforme ainda quente. Para o recheio, leve ao fogo todos

os ingredientes e deixe formar um creme, desligue o fogo e

acrescente o creme de leite.

Corte o bolo no meio e adicione esse recheio. Para a cobertura,

queime o açúcar em ponto de caramelo e coloque a água.

Deixe ferver até ficar em ponto de fio. Bata as claras em neve

e derrame aos poucos a calda quente, até formar consistência.

Cubra a torta com uma camada bem farta.

Para a segunda cobertura, leve todos os ingredientes ao fogo e

deixe ferver por 5 minutos. Jogue sobre a torta fazendo movi-

mentos circulares. Sirva a torta bem gelada

Foto: Juan Landiva

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’crise hídrica

Um rio de problemasChuvas retornam, mas a situação continua sendo crítica

Embora as chuvas tenham voltado

com mais intensidade, o volume ainda

não foi, nem de perto, suficiente para

sanar o problema da crise hídrica. Os

reservatórios ainda estão em níveis

críticos e diversas cidades continuam

sofrendo com racionamento de água.

Mesmo tendo sido notado há muito

tempo pela população, apenas recen-

temente a Companhia de Saneamen-

to Básico de São Paulo (Sabesp) admi-

tiu a falta d’água e os racionamentos.

Paulo Massato, atual diretor metro-

politano da Sabesp, chegou a afirmar,

em um áudio que vazou à impressa,

a necessidade de avisar a população

para sair de São Paulo. “Saiam de São

Paulo porque aqui não tem água; não

vai ter água para banho, para limpeza

da casa. Quem puder compra garrafa,

água mineral. Quem não puder, vai to-

mar banho na casa da mãe, lá em San-

tos, Ubatuba, Águas de São Pedro, sei lá,

aqui não vai ter”, disse na conversa.

Em janeiro, Massato reiterou que

seria possível chegar a um rodízio

“drástico” na região metropolitana de

São Paulo, de cinco dias por semana,

sem água. Porém, apenas três dias

depois das declarações do diretor, Ge-

raldo Alckmin, governador do Estado,

negou ter tomado qualquer decisão

sobre o rodízio de água na região Me-

tropolitana de São Paulo. Depois, em

fevereiro, Alckmin confirmou não des-

cartar a hipótese de haver um rodízio.

Para tentar driblar a crise hídrica, a

Companhia lançou, no final do mês de

janeiro, um edital para a execução da

interligação entre as represas Jaguari

—bacia do Paraíba do Sul— e Atibai-

nha —bacia do Sistema Cantareira.

Segundo a assessoria de comunicação

da Sabesp, o projeto tem como intuito

captar água na represa Jaguari e fazer a

transferência para a represa Atibainha.

“Com vazão média prevista de 5.130 li-

tros por segundo e a máxima de 8.500

litros por segundo, o sistema também

permitirá a transferência de água no

sentido contrário, da represa Atibainha

para a Jaguari”, informou a Companhia.

A previsão é de que a transferência

esteja pronta em 18 meses, quando

a água passará a ser captada em dois

trechos distintos, com uma adutora de

13,5 km de extensão e outra adutora

em túnel com 6,5 km de extensão. “En-

tre os dois trechos haverá uma estrutura

de transição —tubo-túnel. O sistema

será composto, ainda, por uma estação

elevatória [de bombeamento], subesta-

ção elétrica e demais dispositivos”, escla-

rece a Sabesp. Já o bombeamento no

sentido inverso deve funcionar dentro

de pouco mais de dois anos e meio.

As causas - Patricia Vieira, coordena-

dora técnica da Somar Meteorologia,

avalia que vários fatores ocasionaram a

crise. Segundo ela, estaríamos passan-

Racionamento - O pior cenário pos-

sível seria a necessidade da realização de

racionamento de água. Esssa escasse de

água podeir alevar a cenários mais graves,

como revoltas e manifestações violêntas

por parte da população, como ocorreu em

Itu. Na foto, distribuição de água em praça

pública, Itu, dezembro de 2014.

Foto: Mídia NINJA

>

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98

do por um “pico” em um ciclo atmosfé-

rico natural muito longo, chamado de

Oscilação Decadal do Pacífico (ODP).

“Esse ciclo demora de 30 a 40 anos para

se repetir e estamos justamente na cha-

mada ‘fase fria’, que na prática quer di-

zer menos chuva no Brasil. Como nosso

tempo de vida não permite que vivencie-

mos este ciclo muitas vezes —como, por

exemplo, o El Niño que dura de 12 a 18

meses—, ficamos sem referência. Esta-

mos passando por uma situação análo-

ga ao final da década de 60”.

A coordenadora ainda diz que

deve ser levado em conta o número

de bloqueios atmosféricos durante o

verão nos últimos anos. “Um bloqueio

atmosférico acontece quando as fren-

tes frias que se formam no Polo Sul não

conseguem fazer o seu caminho natural

pelo Centro-Sul do Brasil. Em média, te-

mos uma frente fria ao longo de todo o

ano a cada cinco ou sete dias, mas na

situação de bloqueio, este sistema en-

fraquece e vai para o oceano sem antes

passar pelo continente”.

O atual padrão atmosférico favore-

ce as chamadas chuvas de verão, que

acontecem no fim de tarde depois de

um dia de calor. Mas por mais fortes

que sejam, não repõem a água no solo

da mesma forma que dias chuvosos.

Além disso, por conta dos bloqueios,

os ventos sopraram do quadrante nor-

te por muito tempo, trazendo ar quen-

te para a região. Combinando com a

radiação solar que é mais intensa nesta

época do ano, temos tido muito calor

e solo seco. Assim, mesmo que ocorra

uma pancada de chuva, ela evapora

muito rápido e não consegue infiltrar

nos lençois freáticos. A própria taxa de

evaporação nas represas e reservató-

rios aumenta muito em dias quentes.

Alexandre Nascimento, meteoro-

logista da Climatempo, considera a

situação hídrica do país “muito grave”.

“Na década de 50, o Brasil vivenciou algo

semelhante, mas como a quantidade de

pessoas —abastecimento— e depen-

dência energética eram muito diferentes,

talvez a crise atual seja mesmo a maior”.

De acordo com a coordenadora

técnica do Somar, não há previsão de

normalização das chuvas. “Simulações

climáticas até indicam precipitação den-

tro da média entre fevereiro e o início de

março, no interior paulista, e dentro a

acima da média no litoral e Vale do Ri-

beira. Mas isso não quer dizer chuva bem

distribuída”. Ela reforça que o nível dos

reservatórios está muito baixo, o que

demanda chuva acima da média para

repor o que foi consumido durante

2014 e início de 2015. “Não é qualquer

chuva que repõe o nível dos reservató-

rios. Teríamos que ter chuvas contínuas,

durando vários dias seguidos, e tempe-

raturas baixas para uma boa reposição.

Ainda temos que levar em consideração

a temperatura do ar e, por consequência,

a demanda de água por parte da popu-

lação —dias mais quentes aumentam o

consumo. E tudo leva a crer que fechare-

mos o verão com temperaturas acima

da média”. Já para Alexandre, a nor-

malização só acontecerá em 2016. “Ao

longo deste ano ainda teremos irregula-

ridade. Ao que tudo indica a virada de

2015-2016 ainda deve ser complicada,

devido à grande dependência de chuva

forte e constante para reverter o quadro

muito deficitário”, complementa.

O cenário é complicado, apontam especialistas

A ambientalista Marussia Whately, dirigente do projeto Água São Paulo, do Ins-

tituto Socioambiental (ISA), explica que o que aconteceu em 2014, na prática,

foi uma negação da crise hídrica por parte do Governo do Estado. “É preciso

instalar um Comitê de Crise. Temos de falar e explicar que se trata de uma crise sem

precedentes. O mais natural seria o governador do Estado de São Paulo puxar isso,

mas se ele não puxar, a sociedade civil tem de fazê-lo”.

Marussia explica que, nesse sentido, foi criada no ano passado a Aliança

pela Água, uma iniciativa reúne 30 ONGs, visando tentar propor soluções e

cobrar providências do poder público. Ela também dispara contra o Governo

Federal, comentando que o Ministério do Meio Ambiente está omisso em re-

lação aos recursos hídricos. “A Agência Nacional de Águas transformou-se num

mero órgão que faz a outorga, já que ficou enfraquecido nesse processo de cons-

trução de Belo Monte.”

Mas, alguns discordam. “É importante que fique claro que a responsabilidade

pela crise d´água não é da população”, afirma Edson Aparecido da Silva, sociólo-

go e coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental. O especia-

lista é um dos muitos que não possuem dúvida alguma de que o verdadeiro

motivo para a crise hídrica em São Paulo não é a falta de consciência da po-

pulação no uso d’água — que de fato existe — , mas sim porque os sucessivos

governadores que passaram pelo Palácio dos Bandeirantes não tomaram as

medidas necessárias. “Estamos enfrentando essa crise porque o governo não fez

no tempo certo as obras que deveriam ter sido feitas. Ele não iniciou uma campa-

nha de redução de consumo com a antecedência devida”, acrescenta.

A

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100

Presidente da ACE é reeleitoAntonio Baesso Júnior faz balanço positivo do primeiro mandato e fala sobre a nova gestão

’entrevista

por Antonio Luiz Magalhães

O empresário Antonio Baesso Júnior

foi reeleito presidente da Associação

Comercial e Empresarial de São João

da Boa Vista. Reconduzido ao cargo

por aclamação, em 24 de janeiro, Ba-

esso, cuja posse oficial ocorreu em

6 de março, considera a abertura da

subsede da ACE no DER uma das prin-

cipais realizações do mandato. “A sub-

sede era algo que os comerciantes da

parte alta cobravam há muito tempo

e nós conseguimos atender aos asso-

ciados de uma região importante para

São João da Boa Vista”, afirma. Na en-

trevista a seguir, o presidente destaca

outras iniciativas de sua gestão, como

a reativação do Projeto Empreender, o

sucesso da Parada de Natal, as campa-

nhas “Limpe Seu Nome” e “São João da

Boa Mesa”, de grande aceitação entre

associados e população. Ele também

ressalta a apresentação do Diagnós-

tico Socioeconômico e Urbano, que

aponta o comércio como principal

atividade econômica do município,

e fala dos constantes investimentos

da entidade na melhoria da presta-

ção de serviços aos sócios. Sobre

as perspectivas para 2015, adverte:

“será um ano de pés no chão, de revisar

custos e de não contar com grandes

aumentos de receitas, mas sim de oti-

mizar o que se tem”.

Seu primeiro mandato encerrou-se em dezembro de 2014, com uma sé-rie de ações que certamente o leva-ram a ser reeleito. Então, qual o ba-lanço a fazer deste período? Eu faço

um balanço positivo da gestão que se

encerra. Mas algo importantíssimo foi,

sem dúvida, a inauguração da subse-

de no DER, uma reivindicação antiga

dos associados, que nos cobravam há

muito tempo.

Como é a relação da sede da ACE com a subsede na parte alta? Nós te-

mos, na subsede, praticamente todos

os produtos ofertados na sede, exceto

os serviços de Junta Comercial e Cer-

tificação Digital, para os quais conta-

mos com funcionários específicos.

Em termos de inovação, o que foi feito no primeiro mandato? Na pri-

meira gestão investimos bastante nos

produtos da ACE. Por exemplo, o ACE

crédito, um cartão de vale-alimen-

tação sem custo para o associado. A

gente vê pelos dissídios coletivos que

praticamente todas as categorias têm

cesta básica ou vale refeição, então

trouxemos uma forma de ajudar nos-

sos associados. Outros produtos que

trabalhamos foram o Serviço de Recu-

peração de Crédito (SRC) e o Serviço

Central de Proteção ao Crédito (SCPC),

Posse - O empresário Antonio Baesso Junior,

reeleito no dia 24 de Janeiro presidente da

Associação Comercial e Empresarial (ACE),

tomou posse no cargo no dia 06 de Março, en-

cabeçando chapa única para dirigir a entidade

no biênio 2015/2016. O presidente reeleito

já sinalizou que para este novo biênio a ACE

dará continuidade a uma gestão de produtos e

serviços voltada aos seus associados.

Foto: Davis Carvalho

Page 101: Revista Atua - Março 2015

101

que são a parte de recuperação e ne-

gativação de crédito. Nestes dois anos

tivemos uma recuperação de quase

R$ 600 mil para os nossos associados,

mesmo tendo sido 2014 um ano não

tão bom quanto esperávamos. Além

disso, instituímos a parte jurídica den-

tro do SRC/SCPC e hoje temos uma

advogada que dá todo o suporte refe-

rente às cobranças. Firmamos parceria

com as instituições de ensino supe-

rior, em cursos de pós-graduação. É

uma formação imprescindível para

gerentes e administradores.

Qual a perspectiva para o comércio em 2015, na cidade? 2015 será um

ano de pés no chão, de revisar custos

e de não contar com grandes aumen-

tos de receitas, mas sim de otimizar

o que se tem. Conforme indicam as

projeções dos economistas, talvez o

país enfrente uma pequena recessão

no primeiro trimestre. Nesses meses

o comerciante deve investir em pro-

moções para tentar compensar o que

foi perdido no Natal. Também vai ser

um ano com muitos feriados, e isso

impacta bastante o comércio.

Com a economia retraída surge a dificuldade de conceder crédito, pelo custo e por conta do alto ris-co de inadimplência. O que a ACE recomenda aos associados, neste momento? Nos últimos dois anos a

ACE investiu pesadamente em cur-

sos em parceria com o SENAC, com

ênfase em análise de crédito, orien-

tando o empresário a conceder cré-

dito bom e consciente. Nossa meta

é continuar esses cursos, por isso já

começamos a primeira campanha

do mês de março, que é a “Limpe

seu Nome”. Ela é realizada desde

2013 e terá duas edições em 2015:

uma neste mês e outra em setem-

bro. A campanha é uma forma de

reabilitar o consumidor para que ele

volte a comprar no nosso comércio.

Há novidades no Projeto Empre-ender, que estimula boas práticas

2015 será um ano de pé no chão, de revisar custos e de não contar com grandes aumentos de receitas, mas

sim de otimizar o que se tem.

>

Page 102: Revista Atua - Março 2015

102

de gestão em diversos segmentos do comércio? Desde o ano passado

voltamos com o Projeto Empreen-

der, uma parceria ACE e SEBRAE. Esse

projeto foi resgatado e, para nossa

satisfação, hoje reúne cinco núcleos

ativos que apresentam excelentes

resultados: imobiliárias, turismo, ofi-

cinas mecânicas, beleza e um núcleo

setorial no DER. É bom lembrar que o

primeiro núcleo foi o de alimentação

fora do lar, que deixou sua marca com

o “São João da Boa Mesa”, um sucesso

que iremos repetir este ano. Ao con-

trário do que muitos pensam, a ideia

dos núcleos não tem nada a ver com

formação de preço. O objetivo é es-

timular a troca de experiências entre

os integrantes e promover a capaci-

tação através da oferta de cursos, pa-

lestras e participação em feiras. Tornar

a prestação de serviços cada vez me-

lhor: este é o foco do Empreender.

O Diagnóstico Socioeconômico e Ur-bano de São João da Boa Vista é um estudo realizado por duas das mais conceituadas empresas de pesqui-sas do país, encomendado pela ACE, investidores, empresários locais e Prefeitura. Especificamente para o comércio, o que representa esse es-tudo? A ACE foi uma das patrocina-

doras do Diagnóstico e eu participei

da pesquisa como entrevistado. A

partir desse levantamento podere-

mos mensurar tecnicamente aquilo

que achávamos sobre determinadas

setores. Muitas vezes nós éramos con-

sultados por empresas com interesse

em investir na cidade e não tínhamos

informações precisas. Se o comércio

representa 60% da economia local,

esse levantamento vai nos ajudar a

fomentar ainda mais esse segmen-

to, principalmente em benefício do

micro e do pequeno empreendedor.

Outro aspecto revelado pelo estudo

– que nós já sabíamos, mas não tínha-

mos dados oficiais para comprovar –

é que São João realmente se posicio-

na como polo de comércio regional.

A Parada de Natal, que atrai cada vez mais público, se transformou em um evento de caráter regional? Pelas

informações que obtivemos a Parada

de Natal de São João já é considerado

o maior evento natalino do interior do

Estado de São Paulo. Não só a Parada,

mas a decoração da cidade hoje atrai

muita gente. Atingimos um público

de mais de 45 mil pessoas nas duas

Paradas de 2014, e esse número fabu-

loso movimentou a cidade e ajudou a

aumentar o faturamento dos lojistas.

A Parada de Natal é tão importante

que, quando terminou a última apre-

sentação, já iniciamos o planejamen-

to da Parada de 2015.

Qual a expectativa da ACE quanto à instalação de um Shopping Center na cidade? Ano passado fomos con-

vidados pelo pessoal da EBM (incor-

poradora responsável pelo Shopping)

para conhecermos a sede da empre-

sa, em Goiânia, e o projeto do Shop-

ping. A proposta é bastante sólida e

acredito que isso venha fortalecer o

comércio, e não o contrário. Aliás, é

importante frisar que nós, comercian-

tes locais, devemos enxergar a vinda

do Shopping como uma oportunida-

de. De forma nenhuma o comercian-

te pode pensar no Shopping como

um problema. Já entramos em conta-

to com os investidores e solicitamos

parceria para que nossos associados

possam garantir espaços comerciais

no Shopping, que será um empreen-

dimento regional.

Algo importantíssimo foi, sem dúvida, a inauguração da subsede no DER, uma

reivindicação antiga dos associados, que nos cobravam há muito tempo.

Entidade centenária

A atual Associação Comercial e Empresarial de São João da Boa Vista, foi funda-

da em Janeiro de 1911, sob o nome de Associação Comercial e Industrial, com

objetivo principal representar o comércio e indústria do município. No entanto,

existem pouquíssimos documentos sobre esse período.

Após alguns anos de criação ela foi declarada inativa e, somente em 13 de Ju-

lho de 1943, por intermédio do empresário sanjoanense Roberto Balestrim, re-

tomou suas atividades reunindo todos os comerciantes e industriais da cidade.

Nesses pouco mais de cem anos, já passaram pela ACE dezenove presidentes

e 34 diretorias.

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104

O EstrangeiroA busca da liberdade e a compreensão do mundo

’cultura

por Francisco de Assis Martins Bezerra

Albert Camus (foto ao lado), escritor

franco-argelino e Nobel de Literatura

de 1957, publicou este romance em

1942. Viveu a maior parte de sua vida

na Argélia, colônia francesa, e foi tes-

temunha da ambiguidade de ser con-

siderado um francês colonizador e ao

mesmo tempo um “pied-noir/pé-pre-

to”, como eram chamados os franceses

argelinos. Um sentimento de duplo

afastamento. Meursault é o estrangei-

ro, o personagem criado por Camus. É

um funcionário de escritório, que leva

uma vida apática, esvaziada e estranha

a tudo, ou “estrangeira”.

O Estrangeiro mostra a vida de um

homem - como a de qualquer outro -

que, ao se ver sem nenhuma fé ou ide-

ologia para auxiliá-lo a compreender o

mundo, encontra-se verdadeiramente

livre. Ambientado na Argélia, retrata

um homem que é indiferente a um

mundo que não o entende. Sempre

incomodado com o calor, única coi-

sa que realmente lhe afeta, Meursault

com nada se importa, nada o emocio-

na, “tanto faz” é o que sempre diz.

Nunca conseguira arrepender-se

verdadeiramente de nada, estava sem-

pre dominado pelo que ia acontecer,

por hoje ou por amanhã.

Ao surgir uma oportunidade de

um emprego em Paris, pondera, ao

recusar: “Paris é uma cidade suja. Há

pombos e pátios escuros. As pessoas

têm a pele branca”. A narrativa começa

com o recebimento de um telegrama

em que é informado da morte de sua

mãe em um asilo. Por não ter recursos

financeiros suficientes para mantê-la

em sua casa e por total falta de afini-

dades, nada mais tinham a dizer um

ao outro, concorda com o seu inter-

namento. Age mecanicamente e sem

demonstrar qualquer emoção. Com-

parece ao enterro e depois vai à praia

e ao cinema com a namorada. Era um

domingo, dia triste e monótono.

Em seguida, envolve-se em uma

confusão criada por um amigo (bateu

em sua namorada) e seus cunhados

árabes. Sente-se perseguido pelos

árabes que “olhavam-nos em silêncio,

mas à maneira deles, como se fôssemos

pedras ou árvores mortas”.

Como que por acaso e sem qual-

quer premeditação, assassina friamen-

te, na praia, o cunhado árabe do seu

amigo. Esse assassinato e seus desdo-

bramentos são a essência do romance.

A gratuidade, a indiferença e o acaso

trágico são temas marcantes nesta

obra. Preso, é levado a julgamento.

Alega, ao ser interrogado, que o matou

“por causa do sol”. Nada tinha a dizer.

Todo o aparato judicial mostra-se

mais preocupado com a sua “insensi-

bilidade” demonstrada no enterro da

mãe do que com o árabe morto. A

imprensa local, por falta de notícias,

resolve dar uma ampla cobertura ao

caso, até então considerado sem im-

portância. O julgamento ocorre à sua

revelia, parece que ele não existe.

Constata Meursault: “de algum modo,

pareciam tratar desse caso à margem de

mim. Tudo se desenrolava sem a minha

intervenção. Acertavam o meu destino,

sem pedir uma opinião. De vez em quan-

Foto: Reprodução Internet

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105

do, tinha vontade de interromper todo

mundo e dizer: ‘Mas afinal quem é o

acusado? É importante ser o acusado. E

tenho algo a dizer. Mas, pensando bem,

nada tinha a dizer”.

Condenado à morte, recebe a vi-

sita do capelão. Recusa-se a recebê-lo

por não acreditar em Deus. Na prisão,

aguardando a execução, sente não ter

nenhuma esperança, impossível de

suportar em um homem. Perde-se a

noção do tempo. Para ele um único

dia de vida equivale a 100 anos na pri-

são. Perto da morte sente-se liberado

de tudo e pronto a reviver tudo “eu me

abria pela primeira vez à terna indiferen-

ça do mundo. Por senti-lo tão parecido

comigo, tão fraternal, enfim, senti que

tinha sido feliz e que ainda o era. Para

que tudo se consumasse, para que me

sentisse menos só, faltava-me desejar

que houvesse muitos espectadores no

dia de minha execução e que me rece-

bessem com gritos de ódio”. Passados

mais de setenta anos de sua publica-

ção, O Estrangeiro mostra-se atual e

nos remete aos recentes ataques ocor-

ridos na França, pois, deve-se lembrar

que nada acontece sem um passado.

E coincidentemente é Camus um fran-

cês de origem argelina, fato esse que

está na essência das análises sobre a

relação, hoje, entre os franceses e os

outros cinco milhões de franceses de

origem africana e suas consequências

na construção de uma sociedade mul-

ticultural e multirracial.

Alexandra Loras, consulesa da Fran-

ça em São Paulo, ao analisar a questão,

em entrevista ao jornal Folha de São

Paulo, observa que: “A pátria mãe fran-

cesa parece ter esquecido os 400 anos de

escravidão e 300 de colonização – e hoje

não quer assumir esses filhos. Eu me co-

loco entre eles”, já que é filha de pai da

Gâmbia (oeste da África).

O filme A Batalha de Argel, ao cap-

turar as tensas relações entre a França

e a Argélia, na luta pela independência,

mostra que os policiais franceses rara-

mente chamam os argelinos pelo nome,

preferem “árabe sujo”. Hoje, há franceses

inclinados ao sonho de expulsar seus

concidadãos muçulmanos. No caso a

sua seleção de futebol perderia vários

dos seus melhores craques. Fatos como

a chacina parisiense repetem-se a toda

hora, provocados pelo fanatismo, pela

revolta, pela insanidade, pela desgraça. E

pelo terror de Estado, afirma Mino Carta,

em artigo na revista Carta Capital.

Na mesmice globalizada, tanto

para os “estrangeiros” de Camus como

para os “excluídos” da sociedade, im-

peram a ignorância e a indiferença,

camufladas pela banalidade. A

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O olhar faz a fotoBoas fotos não dependem de equipamentos, o que conta é a sensibilidade

’fotografia

Comprar o filme, fotografar e mandar

revelar. Era assim até pouco tempo

na hora de registrar momentos im-

portantes. Mas, com o advento das

câmeras digitais, hoje o mercado

dispõe de uma infinidade de máqui-

nas profissionais, com aparatos que

conseguem congelar até o bater das

asas de um beija-flor.

Porém, para obter bons resultados,

não são necessários equipamentos

caros, tampouco ser um profissional

com anos de experiência. Com um

aparelho de celular é possível conse-

guir ótimas fotos e transpor recursos

usados nas mais sofisticadas câmeras

digitais. “O que define a qualidade de

uma foto não é a máquina, mas sim o

olhar de quem fotografa. Uma pessoa

com um olhar sensível e apurado con-

seguirá transformar uma foto de uma

cybershot em um excelente trabalho.

Contudo, uma pessoa sem visão de fo-

tografia pode ter o melhor equipamento

e dominar as técnicas e, mesmo assim,

não conseguir bons resultados”, afirma

o fotojornalista, Nilton Queiroz.

Ele diz que com um equipamen-

to profissional os recursos ajudam no

produto final, mas o essencial é domi-

nar bem os meios que tem em mãos.

“Claro que com um celular haverá algu-

mas limitações, mas dentro daquelas

ferramentas que ele disponibiliza é pos-

sível fazer ótimas imagens. Não é o equi-

pamento que define um bom trabalho”.

Nilton comenta sobre Henri Car-

tier-Bresson, considerado o pai do

fotojornalismo, que usava recursos

não tão sofisticados e mesmo assim

fez seu nome na história da fotografia.

“Até hoje ele é reconhecido por seu traba-

lho. Temos outro exemplo recente, que é

o de Sebastião Salgado, um renomado

fotógrafo brasileiro. Ele usa equipamen- >

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tos bons, mas o que ele faz dificilmente

alguém faria com a mesma câmera ou

uma de qualidade superior”. E ainda

cita uma frase de Sebastião Salgado:

“Ele sempre diz que você faz a foto com

sua bagagem cultural, com a história de

vida. É preciso ter um repertório”.

Iniciantes - E para quem quer come-

çar a fotografar e não tem equipa-

mentos profissionais, Nilton dá dicas.

“Com uma câmera básica se consegue

boas fotos selecionando o fundo. Ao

fotografar uma pessoa, por exemplo,

observe se ao fundo não tem uma to-

mada, algum elemento que estrague

a composição. Evite também o uso da

chamada grande angular. As máqui-

nas, por mais simples, têm o recurso T

[tele] e W [white]. Quando a pessoa fo-

tografa na ferramenta T, que é a grande

angular, muito de perto, o rosto da pes-

soa fica deformado”.

Outra dica do fotojornalista é o

chamado terço de ouro. A regra dos

terços é uma técnica muito usada na

fotografia para dar maior destaque ao

assunto e deixar a foto mais interes-

sante. Consiste, basicamente, em di-

vidir a foto em nove partes, traçando

duas linhas verticais e duas horizon-

tais. Muitas câmeras já vêm com essa

grade para facilitar na hora de fotogra-

far. “A ideia é que os assuntos principais

fiquem exatamente onde essas linhas se

cruzam, levando assim mais destaque

do que o resto da imagem. Quando a

foto é tirada levando em conta essa re-

gra, fica muito mais interessante do que

se o assunto estivesse centralizado”.

Luz - Vale ainda dar uma atenção es-

pecial à luminosidade, afinal, fotogra-

fia nada mais é do que escrever com a

luz. Sobre isso, Nilton diz que a regra é

geral independente do equipamento.

“É preciso evitar que a luz fique atrás do

fotografado. A luz mais forte, do sol, da

janela, tem que estar atrás do fotógrafo”.

Já quanto ao flash, Nilton não re-

comenda que seja usado. “Só como úl-

timo recurso, para fotografar uma festi-

nha de aniversário. Caso contrário, não.

Para aflorar o olhar da fotografia o ideal

é trabalhar com a luz natural. Com um

isopor e um papel branco ou laminado

dá para controlar a luz, rebate-la para

onde você quer. É um recurso barato e

que vai treinar o olhar do fotógrafo”.

Mas ele faz uma ressalva: “Não são

regras monolíticas que não podem ser

quebradas. Muito pelo contrário. Podem

ser quebradas. Tudo é uma questão de

experiência e experimentação. Com a

câmera digital você vê na hora como

ficou. Então a melhor forma de ter um

repertório é fotografar muito. Faça uma

foto contra a luz, depois outra com a luz

bem colocada”.

Para o fotojornalista, também é

importante o contexto da foto. Se-

gundo ele, o ideal é criar uma histó-

ria, uma sequência, dar um propósito

para a imagem. “Não é fotografar por

fotografar”, conclui.

O nascimento do fotojornalismo

A fotografia já foi encarada quase unicamente como o registo visual da verdade. Foi nesta condição que foi adotada

pela imprensa. Hoje, já se chegou à noção de que a fotografia pode representar e apontar a realidade, mas não registrá-la

nem ser o seu espelho fiel. A fotografia muitas

vezes é incapaz de oferecer determinadas

informações, é ai que tem de ser complemen-

tada com textos que orientem a construção

de sentido para a mensagem. Nesse sentido,

nasce o foto jornalismo.

Em 1947, o francês Cartier-Bresson (foto ao

lado), fundou a agência fotográfica Magnum e

inaugurou a era moderna do fotojornalismo.

Revistas como a Life, Vogue e Harper’s Bazaar

contrataram-no para viajar o mundo e registrar

imagens únicas.

A

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’empreendedorismo

Formando empresáriosTreinamento transforma empreendedores em empresários de sucesso

O Empretec é um produto criado pela

ONU e aplicado no Brasil única e ex-

clusivamente, desde 1992, pelo Se-

brae. Trata-se de um seminário com

metodologia vivencial, ou seja, a pes-

soa que se propõe a fazê-lo entrará

em contato com experiências teóricas

e práticas no que se refere a empreen-

dedorismo de sucesso.

Voltado para o aprendizado de

pessoas adultas, o empreteco, como

é chamada a pessoa que faz o semi-

nário, tem acesso a uma teoria desen-

volvida por pesquisas encomendadas

pela ONU, das quais resultaram os 30

comportamentos comuns em pesso-

as de sucesso. Durante o seminário, o

participante conhecerá esses compor-

tamentos a fim de fazer uma autoaná-

lise para potencializar suas caracterís-

ticas já identificadas com o método e

aprender a desenvolver outras.

Segundo Carlos Eduardo Brandi-

no, gerente regional do Sebrae-SP, “o

seminário é pensado para quem tem

empresa ou para quem tem intenção

de empreender, de montar a própria

empresa.” Para tanto, sua estrutura

compõe-se de um processo seleti-

vo. A primeira orientação básica para

quem tem interesse de conhecer so-

bre o seminário é assistir à palestra de

apresentação que, além de gratuita,

possibilita à pessoa conhecer mais

sobre o Empretec e sua metodologia.

Além disso, ela é critério base para

passar para as outras etapas.

Depois de interessado o candida-

to precisa preencher um questionário

que gerará uma pontuação. As 40 pes-

soas mais bem pontuadas vão para a

terceira etapa, uma entrevista com a

psicóloga. Só assim estará apto a fazer

o seminário durante uma semana.

Os critérios de seleção vão avaliar

o empresário ou a pessoa que quer

empreender, e não a empresa. Sendo

assim, é imprescindível que a pessoa

esteja em um momento propício para

participar, já que só é permitido fazer

o seminário uma única vez. Brandino

aconselha “se a pessoa não estiver num

bom momento da vida é melhor não fa-

zer, pois o seminário envolve alguns mo-

mentos de pressão, de estresse, de expo-

sição e se a pessoa não conseguir lidar

com essas situações e quiser desistir, não

haverá possibilidade de entrar em outra

turma ou fazer depois, é uma única vez

na vida, por isso a pessoa precisa estar

disposta e pronta.”

Processo vivencial - O que diferencia

a pessoa que tem sucesso nos negó-

cios de outra que quebra? Essa foi a

pergunta da ONU para três continen-

tes e as respostas vieram em forma

de uma metodologia desenvolvida

Apoio - Segundo Carlos Eduardo Brandino,

gerente do SEBRAE, a missão da entidade

é apoiar o empreendedorismo para o país

continuar se desenvolvendo. Para ele , o

Empretec vem nessa linha, “proporcionando o

amadurecimento de características empreen-

dedoras e aumentando a competitividade e as

chances de permanência no mercado”

Foto: Divulgação

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para ajudar empreendedores a habi-

litar-se para o sucesso. Disposta em

10 características a metodologia do

Empretec apresenta 30 padrões de

comportamentos comuns em pes-

soas de sucesso e, durante o seminá-

rio, o empreteco potencializa esses

comportamentos a fim de garantir

o seu sucesso pessoal. Nos EUA não

é vergonhoso um empreendedor

quebrar duas vezes antes de obter

sucesso, porém no Brasil associamos

quebrar a fracassar e muitas vezes

não tentamos de novo. O que o Em-

pretec faz é capacitar a pessoa para

enfrentar diversas situações através

de autoconfiança e autoanálise.

Conforme reforça Brandino “a

missão do Sebrae é apoiar o empreen-

dedorismo. Nós acreditamos que nosso

país vai continuar se desenvolvendo se a

gente conseguir com que mais pessoas

empreendam, o Empretec é uma gran-

de ferramenta de auxílio às pessoas que

querem empreender.”

Atualmente, o Brasil é um dos pa-

íses que mais empreendem no mun-

do, porém é um dos que apresentam

maior burocracia para abertura e fe-

chamento de empresas. O Empretec

vem justamente vencer essas barreiras

e ajudar os futuros empreendedores a

empreender, com maior chance de

sucesso. Quem já passou pelo proces-

so garante que o seminário é um divi-

sor de águas na vida empresarial, assim

como Fábio Vaz de Lima, empresário

em São João, “O Empretec me ajudou na

empresa a maximizar os resultados, po-

tencializar os pontos fortes, enxergar os

pontos fracos, a ter metas claras, tangí-

veis e mensuráveis. É um curso para vida,

não é modismo ou tendência. Fazer ne-

gócios com outro empreteco é diferente,

te dá muito mais credibilidade e seguran-

ça. Nos tornamos uma família”

Além de ampliar a capacidade de

reestruturar sua empresa e planejar

com mais assertividade suas metas,

dentre vários outros benefícios, o Em-

pretec norteia precisamente a neces-

sidade do empreendedor. Nesse ca-

minho, até as habilidades pessoais são

reavaliadas e fortalecidas.

Assim aconteceu com Ana Cláudia,

proprietária da Art´Ervas, que percebeu

uma transformação na sua vida depois

do seminário. “Vou levar os ensinamen-

tos do Empretec para o resto da minha

vida. Ao longo do curso pude me conhe-

cer melhor, aperfeiçoar meus pontos for-

tes e melhorar meus pontos fracos. Con-

segui despertar minhas características

empreendedoras, e o mais importante,

atingi um equilíbrio na minha vida pes-

soal e profissional.” A

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’tecnologia

Um mundo a ser exploradoRede social brasileira já tem mais de 90 mil usuários e quer se tornar a maior do país

Em tempos de Facebook, Tinder e

WhatsApp quase ninguém imagi-

nava que uma nova rede social pu-

desse surgir e que, além de tudo,

ela fosse brasileira.

Desenvolvida em apenas dois

meses pelo baiano Felipe Leite No-

vaes, de 21 anos, na cidade de Feira

de Santana, a Viibez já tem 93 mil

usuários inscritos, em pouco mais

de cinco meses de atividade.

O principal motivo de criá-la,

assim como descreve o idealizador

da rede social, foi estar “saturado

das já existentes”. Na Viibez, nome

dado com o intuito de comparti-

lhar momentos, é possível postar

frases, fotos, vídeos, localizações,

links, emotions, criar páginas, gru-

pos, álbuns, adicionar jogos, fazer

novas amizades, conversar em tem-

po real com seus amigos e mandar

fotos pelo chat.

Diferencial - Tudo isso pode lem-

brar algo parecido com o que já é

encontrado em outras páginas na

internet, mas Felipe afirma, de pei-

to cheio e com muita convicção: “a

Viibez é um mundo a ser explorado”.

O principal diferencial, de acor-

do com Felipe, é o ‘Modo explorar’,

onde os membros podem verificar

o conteúdo viral que quiser, sem

precisar aguardar por que algum

amigo compartilhe ou envie. Outro

diferencial é o modo “Fazer amiza-

des”, em que é possível ver mem-

bros online que estejam por perto.

Na Viibez é possível personalizar o

perfil também como cor dos links e

plano de fundo. “Isso é apenas o co-

meço, pois ainda tem muito mais no-

vidades por vir”, prevê o idealizador.

2015 - Com a rede já estabilizada

e com alta procura de novos usuá-

rios, a expectativa de Felipe Nova-

es é de que, dentro dos próximos

quatro anos, a Viibez alcance um

milhão de adeptos. “2015 será um ano

de ascensão para o Viibez, pois serão

reveladas muitas funções exclusivas e

serão lançados Apps para todas as pla-

taformas”, revelou o criador.

Ainda de acordo com Felipe, a

meta agora é encontrar um investidor

O criador - O jovem Felipe Novaes, de

20 anos, resolveu desenvolver o site para

poder tornar mais fácil a acessibilidade das

pessoas e para que elas explorem mais

facilmente as informações que estão sendo

publicadas por lá. A rede social já atingiu

90 mil membros, principalmente nos esta-

dos de São Paulo e Minas Gerais.

para turbinar a divulgação e aumentar

o número de funcionários.

Brasileiro - Felipe Leite Novaes tran-

cou a matrícula em Ciência da Com-

putação para se dedicar exclusiva-

mente à rede social. Com isso, agora

tem a única rede social totalmente

brasileira. O criador, além de se sentir

orgulhoso, sabe também que “é uma

grande responsabilidade”.

Crie sua conta - Para se conectar à

Viibez basta entrar na página da rede

social (www.viibez.com) e realizar um

rápido e breve cadastro. Depois disso,

Felipe aconselha: “compartilhe sua vii-

bez, compartilhe seus momentos”. A

Fotos: Reprodução Internet

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’pílulas de viagem

As maçãs de SteveSteve entende de maçãs, mas Steve entende muito mais de gente

por Lauro Augusto Borges

Steve é um produtor de maçãs. Mais: Steve produz

várias qualidades de maçãs. Mais ainda: Steve produz ma-

çãs e tem quitandas próprias que vendem suas maçãs no

mundo inteiro. Steve refuta o termo quitanda; ele prefere

Loja da Maçã. Obcecado pela excelência, Steve investe pe-

sado em pesquisas. Não passa ano sem que ele surpreenda

o mercado. Ora cria novas espécies de maçãs, ora aprimo-

ra os atributos das já criadas. Steve gosta de filosofar: “As

pessoas não sabem quais maçãs querem, até que mostremos

tipos diferentes a elas”. Steve entende de maçãs, mas Steve

entende muito mais de gente.

A empresa de Steve fica longe daqui, num outro país.

Nosso reino até produz algumas maçãs de Steve, mas as se-

mentes vêm da terra dele. No portfólio macieiro de Steve,

as campeãs de vendas são a maçã C e a maçã S. Ele pou-

co explica a nomenclatura das suas frutas. Deduzo que o

C é de comum e o S é de super. Minha dedução vale nada

perto das convicções de Steve. As maçãs C e S têm sabor e

tamanho muito parecidos. A modelo S, pela aparência mais

robusta e polpa mais sumarenta, custa mais que a C. A dife-

rença de preço nem é tanta, mas Steve encasquetou que os

reinos menos afortunados iriam cair de amores pela maçã C.

Steve é um gênio, mas até os gênios se enganam. Os mise-

ráveis rejeitaram a maçã C de Steve.

●●●

Orual, nativo do Reino das Bananas, é um pobretão in-

conformado. Sua birra tem a ver com o desapreço de Steve

pelo seu torrão natal. As maçãs novidadeiras só chegam à

ilha de Bananal muitos meses após o lançamento na me-

trópole de Steve. Os rompantes de impaciência de Orual

beiram a insanidade. Mal tendo dinheiro pra comprar jiló na

feira, ele voou para a Grande Maçã no intento inabalável de

possuir a maçã S. O time de Steve é bem treinado para con-

ter a turba de maltrapilhos ousados. O sotaque bananeiro

entrega a origem e a Orual só é ofertada a maçã C. Se os

quitandeiros são bem amestrados, Orual é um jeca teimoso.

Na Grande Maçã, o caipira faz um périplo desesperado

e passa por todas as lojas de Steve. Nada da S e tudo da C.

—Cê é o cacete! Eu quero a porra da esse!

O desabafo vigoroso sai no seu exótico dialeto aborí-

gine. O brado ecoa até os ouvidos de um conterrâneo de

Orual, infiltrado no exército de Steve, que se sensibiliza com

o lamento. O irmão-bugre acusa:

—A loja do Parque Central funciona vinte e quatro horas.

Apareça lá zero hora que, na madrugada, chega uma carga ex-

tra de maçãs S. No frio, antes do amanhecer, podemos vender a

S aos descamisados dos trópicos.

Na sua distante hospedagem, Orual toma o trem das

onze (Evoé!, Adoniran), viaja sessenta minutos no vagão va-

zio e, da Grande Estação, caminha mais sessenta minutos

sob uma hostil temperatura polar para, glória!, finalmen-

te receber a maçã S dos branquelos assalariados de Ste-

ve. Com a maçã cobiçada na mochila, Orual vagueia pela

grande cidade na companhia de artistas, bêbados e putas.

Ele tem que matar o tempo até às seis da manhã, horário

do primeiro trem de retorno.

Por alguma razão, ali, insignificante entre os arranha-

-céus, mal agasalhado, faminto e molambento, Orual amal-

diçoou aquele casal desobediente do Jardim do Éden.

Em tempo - se alguém ainda tem dúvidas dos tons au-

tobiográficos, o signatário do texto confessa sua busca

desavergonhada por um iPhone 5S, no outono de 2013.

E, convenhamos, truquinho manjado esse de grafar o

nome de trás pra frente.

Foto: Reprodução Internet

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por Hélinho Fonseca’dicas

Trouxemos para essa edição da Revista Atua grandes lançamentos musicais, como o trabalho de Diogo Nogueira e Ha-milton de Holanda, que apresentam uma obra singular; uma fantástica mistura de afrosamba, choro e jazz. Para leitura, destacamos a impactante obra de Stephen King, O Iluminado, que conta a história de um garotinho clarividente, Danny, e sua família, no assustador Overlook Hotel.

Nossa recomendação no campo da sétima arte também não poderia ser mais inquietante, JFK: A pergunta que não quer calar, de Oliver Stone. O filme gera muita controvérsia e aponta que o assassinato de J. F. Kennedy não foi obra de um homem só, de um “louco solitário”, mas sim obra de gente do alto escalão, da máfia que lucrava com a guerra fria e a Guerra do Vietnã, naqueles anos. Para quem ainda não viu, é imperdível.

Paula Fernandes:Encontros Pelo Caminho - CD

CD com grandes duetos de sucesso da carreira de Paula Fernandes, além de duetos inéditos. Repertório incluindo os sucessos, como Não Precisa, com

Victor e Leo, Caminhoneiro, com Dominguinhos, entre outros duetos inéditos como You’re Still The One, com Shania Twain e Brazil, com Frank Sinatra.

O Iluminado - Livro

O romance, magistralmente levado ao cinema por Stanley Kubrick, continua apaixonando (e aterrorizando) novas gerações de leitores. A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Danny Torrance é capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado e as respostas podem estar guardadas na imponência assustadora do hotel Overlook.

Diogo Nogueira e Hamilton de HolandaBossa Negra - CD

Bossa Negra é o encontro despretensioso de dois dos maiores expoentes da nova geração da música brasileira, inspirado nos Afrosambas de Baden e Vinicius. De um lado, Diogo Nogueira, filho do grande João Nogueira; do outro, o instrumentista Hamilton de Holanda, nascido na tradição do Choro, que traz em seus dedos a sofisticação despojada de Tom Jobim, numa leitura sempre brasileira do Jazz.

JFK: A pergunta que não quer calar - DVD

A obra é uma produção de Oliver Stone que defende a tese de que assassinato do presidente JFK fora uma conspiração envolvendo a CIA e a própria cúpula do

governo americano. O suspense policial se baseia no livro JFK: na trilha dos assassi-nos, escrito pelo ex-promotor americano Jim Garrison, que apresentou elementos,

documentos e testemunhas que derrubam a tese do assassino solitário.

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’opinião

Ser ou não serPara o Dr. Arnaldo Hecht, meu companheiro de enigmas

por Clineida Junqueira Jacomini

Não; não me refiro à famosa frase e di-

lema de Hamlet; sou mais tupiniquim,

nunca peguei numa caveira, não sou

da nobreza e vivo num lugar quente,

aliás, ficando mais caliente ultima-

mente no clima e nas manifestações

populares. É que estava outro dia cor-

tando e tingindo meu cabelo e fiquei,

pasmem, mais de 40 minutos parada,

sem fazer nada! Sempre carrego comi-

go revistas de passatempos (inteligen-

tes!), mas não queria sujar as hastes de

meus óculos; então fiquei assim, para-

díssima! Sempre me tive em conta de

preguiçosa; adoro não ter compromis-

sos, nem afazeres chatos; ter tempo

para mim mesma... mas agora tenho

que reconhecer que não sou propria-

mente assim ociosa: estou sempre

ocupada com alguma coisa útil. Ou

fazendo crochê, ou lendo, ou escre-

vendo, ou assistindo a bons filmes, ou

fundindo a cuca (não a verde do Sítio)

com grifogramas, palavras cruzadas (e

das mais difíceis) etc.

Com a idade e os dias avançando

inexoravelmente, estou sempre pen-

sando, agora mais que nunca, que

estou perdendo esse tempo precioso

que ainda me resta se não estou fazen-

do algo de útil a mim e ao próximo.

Dizem os povos orientais, mais

afeitos à meditação, espiritualidade e

atividades mentais que devemos ficar

algum tempo sem fazer nada, com a

mente aberta para que novas idéias

apareçam e se instalem , meditando e

ascendendo a outros e elevados pla-

nos. Os ocidentais também parecem

ter chegado a essa sábia conclusão.

Domenico De Masi já quis provar isso

em seu Ócio Criativo. Empresas têm

feito experiências nesse sentido que

dão certo. Isso tem até nome: período

sabático, uma folga para crescimento

pessoal e até um rendimento extra

para a empresa. Afinal, a pessoa está

parada de outras funções, obrigações

e horários, mas não deixa de pensar,

criar, elaborar, trabalhando, enfim. O

que seria o certo e o ideal? Acabei de

ler uma frase de Xenofanes, um filósofo

grego, pré-socrático: “Verdades claras e

perfeitas nenhum homem as vê nem co-

nhece. Tudo é questão de opinião”.

Uma querida amiga a quem não

via há mais de 18 anos me causou cer-

ta preocupação. Ela anda com remor-

so de estar cansada; e cansada de fazer

o bem à sua comunidade, coisa que

sempre fez. Disse a ela que chega uma

hora de parar... E sem remorso! Tudo

tem hora e vez nos ensina os livros de

Eclesiastes e Provérbios. O contrário

também se vê, infelizmente: pesso-

as, inúmeras, que não estão “nem aí”

como dizem na gíria, com

os problemas alheios.

Num mesmo instante

vi dois exemplos dis-

so em minha cidade que, apesar de se

chamar Águas da Prata, também sofre

com o calor, a falta de chuvas e em

consequência, com o abastecimento

desse precioso líquido. Pois eu vi um

lindo carro importado, o que indica

altas posses de seu dono, ultrapassan-

do 2 caminhões num lugar proibido,

de visão limitada, não pensando nem

em obedecer às regras, nem no que

poderia acontecer com outros moto-

ristas e pedestres. Virando a esquina

já fiquei mais indignada ainda ao ver

uma outra pessoa varrendo a calçada

com a água da mangueira! Sem a be-

néfica e útil vassoura! Isso me dói no

coração! Nasci para obedecer e irei

morrer fazendo isso.

Uma ressalva: só não gosto de

usar o cinto de segurança que me se-

gura de um modo incômodo e abusi-

vo dada à minha saliente frente. Fico

engasgada com ele, passando até

mal, mesmo. Mas obedeço quando

vejo o guarda de trânsito! Afinal, sou

humana e não anjo!

Foto: Reprodução Internet

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’anunciantes

Confira a lista das empresas que anunciaram nesta edição. Com isso, essa página serve como um guia rápido para consultas:

Anhanguera EducacionalRua Getúlio Vargas, 552Fone: 19 3631.6565

Aquarius ModasPraça Roque Fiori, 33Fone: 19 3623.2487

ArezzoAv. Dona Gertrudes, 38 - CentroFone: 19 3623.3503www.arezzo.com.br

Athenas ImóveisR. Dr. Teofilo R. de Andrade, 278Fone: 19 3631.4040

Auto BetiRodovia SP-342 – São João / Águas da Prata – Km 229Fone: 19 3622.3811

Bar do RussoRua 14 de Julho, 741 Fone: 19 3623.2107

Bellíssima Fashion ShoesAv. Dona Gertrudes, 165 Fone: 19 3631-5929

Cada PassinhoRua Benedito Araújo, 155Fone: 19 3631.2755

Celso e Zilene CabelereirosRua Antonio Machado, 221Fone: 19 3622.2457

Center LuzAv. Dr. Durval Nicolau, 523Fone: 19 3633.7978

ChocopanRua Ademar de Barros, 696Fone: 19 3631.4429

ClerPraça Cel. José Pires, 11AFone: 19 3623.4606

Coca-colawww.cocacola.com.br

Conforto com ClasseRua Benedito Araújo, 125Fone: 19 3623.1801

Depósito VanzelaRua Henrique Martarello, 761Fone: 19 3633.3022

Doce FestRua Henrique C. de Vasconcellos, 1658

Fone: 19 3631.1433

Donni Artesanato e RelojoariaPraça Cel. José Pires, 28Fone: 19 36233.109

Dr. Tomás de AquinoAv. Tereziano Valim, 300 Fone: 19 3623.3482

Dr. Josuel AzariasAv. Tereziano Valim, 266 - Centro

Dr. Luis RamosRua Dr. Teófilo Ribeiro de Andra-de, 308 - CentroFone: 19 3623.5021

Eco JardimRua Dino Renan Gianelli, 46 – Vila Santa AdéliaFone: 19 9.8440.6875 / 9.9550.8011

Empório da SerraAv. Dr. Durval Nicolau, 956Fone: 19 3631.5515

Empório Porto BelloAv. Dr. Durval Nicolau, 944Fone: 19 3633.5557

Farmácia Art’ ErvasRua Cel. Ernesto de Oliveira, 99 - Fone: 19 3623.4112www.artervas.com.br

Central de ProjetosFone: 19 9.8958.8934 / 9.8202.2413www.centraldeprojetos1.com.br

Flor do CedroRua Cel. Ernesto de Oliveira, 374 - Fone: 19 3631 2159

ForguaçuAv. Senador Marcus Freire, 730 Fone: 19 3623.3563 / 19 3623.3563

Fortes Estética & BelezaRua Carlos Chagas, 110Fone: 19 3633.3563

Glam UpRua Getúlio Vargas, 201 -CentroFone: 19 3631.5446

Hering StoreSão João da Boa Vista / São José do Rio Pardowww.hering.com.br

Inova ImóveisRua Dom Pedro II, 165 – CentroFone: 19 3631.0263 / 3056.3977

KNN IdiomasRua Victor Dias, 125 – CentroFone: 19 3633.1500

Lina BoutiqueAv. Dona Gertrudes, 126Fone: 19 3623.1308

Love BrandsRua Getúlio Vargas, 199 - CentroFone: 19 3635.1559

Luis Figueredo – QuiropraxiaRua 14 de Julho – Vila ConradoFone: 19 3623.4484

Madeiras TavaresRua Henrique C. de Vasconcellos, 1804Fone: 19 3623.4777

Mais Saúde Santa CasaRua Conselheiro A. Prado, 301Fone: 19 3634.4444

Market ExpressRua Benedito Araújo, 125 – Sala 05Fone: (19) 3631-3719

Mínimo DetalheRua Prudente de Moraes, 28Fone: 19 3633.4612

Mr BeerRua Santo Antonio, 32Fone: 19 3623.3299

OriginaleRua Saldanha Marinho, 454 - Cen-tro Fone: 19 3623.4930 / 3623.5018 / 3631.1821

Fabiano Sant´ Anna / Papai do CéuFone: 19 3622.3509 / 3631.7613

PatyduRua Cel Ernesto de Oliveira, 153 – BarrinhaÁguas da PrataFone: 19 3642.2157

PurificRua Getúlio Vargas, 283 - CentroFone: 19 3633.2350

Rabo D SaiaRua Capitão Bronze, 11 - CentroFone: 19 9.9824.3700

Regina PresentesPraça Gov. Armando S. Oliveira, 65 - Centro Fone: 19 3623.3631

Saúde dos PésAv. Dona Gertrudes, 333 – CentroRua Vitor Dias, 64 – CentroFone: 19 3633.6372

ScarpeAv. Dona Gertrudes, 327Fone: 19 3631.5287

SequóiaAv. João Batista Bernardes, 1150 - Jd. Boa VistaFone: 19 3633.3197www.sequoia.imb.br

SicrediAv. Dr. Oscar Pirajá Martins, 657Fone: 19 3631.4744www.sicredi.com.br

Sleep CenterAv. Rodrigues Alves, 416Fone: 19 3631.0552

SognareRua Quatorze de Julho, 510Fone: 19 3633.2446www.sognare.com.br

Solar Fazenda CapituvaSP-344 São João / Vargem Grande - saída Km 226,5Estrada da Glória - CapituvaFone: 19 3633.4664www.fazendacapituva.com.br

UnifeobRua Gal. Osório, 433Av. Dr. Otávio Bastos, s/n°Jd. Nova São JoãoFone: 19 3634.3300/ 19 3634.3200www.unifeob.edu.br

UnivaciAv. Oscar Pirajá Martins, 951Fone: 19 3623.6677

Zer0800Av. Dona Gertrudes, 242Fone: 19 3623.2022Rua Stevan Vaz de Lima, 09Fone: 19 3623.4909

Zero%Rua Carlos Gomes, 212 Fone: 19 3631.5698

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