revista atualidades cotripal - nº 106

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Ano IX - n° 106 - Agosto 2012 - www.cotripal.com.br revista Distribuição gratuita Sacolinha plástica: de problema à solução Receita: Petit gâteut de melado Alerta: safra de inverno corre maior risco de doenças este ano Dia de Campo Pecuário Cotripal

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Page 1: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

Ano IX - n° 106 - Agosto 2012 - www.cotripal.com.br

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Sacolinha plástica: de problema à solução

Receita:Petit gâteutde melado

Alerta: safra de inverno corre maior risco de doenças este ano

Dia de Campo Pecuário Cotripal

Page 2: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

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Sintonize!Programa Atualidades Cotripal

Rádio Sorriso FM 103.5De segunda à sexta 6h10 e 11h45 – Sábado 6h10

Cotações e preços de segunda à sexta 8h20

Rede Colinas FM 88.7Cotações e preços de segunda à sexta 8h20

Atualidades Cotripal: sábado 7h40

Rádio Sulbrasileira AM 1320Avisos: de segunda à sexta 7h05Atualidades Cotripal: sábado 11h

Rádio Blau Nunes AM 1210Atualidades Cotripal: sábado 11h40 [email protected]

02 agosto 2012

Heróis e vilõesEditorial

Gostaria de aproveitar a oportunidade para felicitar a Cotripal e seu frigorífico pela conquista do Sisbi-Poa e, também, pela belíssima exposição feita na revista do mês de junho. A matéria está muito clara e coloca de forma nítida como o Sisbi-Poa é visto.

Diego Viedo Facin, médico veterinário da Seapa/RS (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio) e do Setor de Carnes e Derivados da Cispoa (Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal).

Sugestões e comentários sobre as reportagens po-dem ser enviadas para o email: [email protected]

Ela já foi acusada, julgada e condenada como a mais perversa dentre os vilões do aquecimento global. Expulsa de diversas cidades abaixo de esconjuros, a sacolinha plástica ganha, aos poucos, a sua remissão depois que os ânimos se acalmam para dar atenção às provas. Provas, inclusive, que não apenas a inocentam dos crimes imputados como ainda indicam que ela pode figurar, a bem da verdade, na galeria dos heróis da defesa do meio ambiente.

A matéria de capa investiga essa história que mais parece romance policial, com elementos dramáticos e todo o suspense que envolve condenação precipitada, sentença injusta, reviravolta e triunfo. A sacolinha, à luz das pesquisas mais recentes, e sérias, torna-se protago-nista da minimização do impacto ambiental causado pelo transporte de produtos varejistas e destinação adequada de seus resíduos. Nesse processo cotidiano e planetário, que envolve um gigantesco volume de material com potencial poluente, essa pequena notável pode ajudar muito, caso nós façamos uso consciente das vantagens que ela oferece.

E aí está o ponto decisivo da questão. A sacolinha plástica não é a verdadeira responsável pela poluição que pode vir a causar. A respon-sabilidade é inteiramente nossa, seus usuários. Se soubermos reduzir o seu consumo, utilizando o máximo da capacidade de carga por unidade, e, em seguida, aproveitá-la para acondicionamento de lixo, substituindo os sacos que compraríamos para esse fim, então ela assume, de fato, um importante papel na rotina diária da vida moderna.

Prática, extremamente útil, e ainda com baixo impacto ambien-tal, a sacolinha vai reencontrando o seu lugar numa sociedade globaliza-da e de consumo. Resta trabalhar, e torcer, para que esta sociedade desenvolva a consciência necessária para produzir cada vez menos resíduos e, quando tiver de produzi-los, destiná-los corretamente, de forma a diminuir ao extremo os seus efeitos no planeta. Afinal, os genuínos heróis da qualidade de vida, em todas as suas dimensões, são aquelas pessoas que se preocupam em somar pequenos cuidados, aqui e ali, para que no total dos esforços a coletividade consiga atingir grandes conquistas.

COTRIPAL AGROPECUÁRIA COOPERATIVARua Herrmann Meyer, 237 - Centro - CEP: 98280-000Panambi/RS Fone: (55) 3375-9000 - Fax: (55) 3375-9088www.cotripal.com.br.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente: Germano DöwichVice-Presidente: Dair Jorge PfeiferConselheiros: Ivo Linassi, Jeferson Fensterseifer, Eliseu Dessbesell, Delmar Schmidt, Davi Keller, Roland Janke, Ari Augusto Schmidt, Gerhardo Strobel e Ernani Neumann..

CONSELHO FISCALEfetivos: José Pereira da Costa, Arnildo Carlos Markus e Carlos André Schmid.Suplentes: Tiago Sartori, Lino Carlos Breitenbach e Cirio Jacob Floss..

REVISTA ATUALIDADES COTRIPAL

EDITOR RESPONSÁVELMarco André Regis.

EXPEDIENTEComunicação e Marketing Cotripal.

DESIGN GRÁFICOCharlei Haas e Valdoir do Amaral.

EQUIPE DE REDAÇÃOGislaine WindmöllerMileni Denardin Portella - Mtb/RS 13916.

REVISÃOVinícius Dill Soares.

CONTATOMaiglon Hess - Fone:(55) 3375 9061Email: [email protected]: [email protected].

IMPRESSÃOKunde Indústrias Gráficas LtdaTiragem: 6.000 exemplares

Page 3: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

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O ano de 2012 começou ruim para agricultores e pecuaristas. A situação climática apresentada desde novembro do ano passado foi muito desfavorável para a agricultura, seja na produção de grãos como na de forragens. Mas esse tipo de problema pode acontecer outras vezes. Por parte dos criadores de gado, a preocu-pação se concentrou na falta de oferta alimentar para o rebanho. O milho apre-sentou qualidade abaixo do esperado e as pastagens estavam secas, o que interferiu na produção de carne e de leite.

Este quadro fez muitos produto-res pensarem no futuro, em como superar essas adversidades e manter a produção elevada. “Empregando técnicas de conservação de forragens, como silagem de milho no verão e feno de aveia e azevém no inverno, é possível acumular uma boa reserva de alimento para o ano seguinte. Estudos já demostraram que, quando bem feita, a silagem se conserva por mais de um ano. Isso já resolveria boa parte dos problemas”, conta Hugo Verno Markus, engenheiro agrônomo da Cotripal.

Em tempos de condições climáti-cas adversas, para diminuir a aflição, Hugo explica que alguns aspectos devem ser levados em conta para que o produtor esteja preparado para enfrentar situações como estas. Através de testes realizados no Campo Experimental da Cooperativa, é possível fazer algumas análises e adequá-las de acordo com as necessidades da propriedade. “Alguns híbridos responde-ram melhores que outros em situações de seca. O produtor escolhe em qual investir e planeja a alimentação do gado por um bom tempo”.

Para saber o quanto de alimento é preciso guardar, um cálculo matemático simples ajuda: o número do rebanho médio do ano vezes o consumo médio por

ano. O resultado é a necessidade de comi-da anual. Neste cálculo, estima-se o consumo, mas não a quantidade que se deve produzir. Leva-se em conta que exis-tem perdas durante o decorrer do ano, de qualidade ou quantidade. O cálculo tem de ser feito com acompanhamento de um técnico especializado e, para isso, o Detec da Cotripal está à disposição.

E, no final, para que essa conta dê certo, aparece uma regrinha básica, que pode ser usada em qualquer situação: o planejamento. Pensando em cada ação, as chances de acerto são maiores. Plane-jar se torna o ponto chave para alcançar os objetivos desejados e conseguir suprir as necessidades do rebanho. Este é o primei-ro passo para o sucesso da produção. “Produzir forragem não é tarefa fácil e exige uma série de decisões que só serão avaliadas mais tarde, quando aparecerem os resultados, podendo ser favoráveis ou não. Planejar antecipadamente o que se pretende fazer se torna fundamental para que essas decisões sejam mais fáceis”, lembra o agrônomo.

Hugo sugere que os melhores anos sejam aproveitados para conservar forragem, pois isso possibilita maior quan-tidade e qualidade. Quando feita dentro das práticas recomendadas, a silagem pode se conservar por muito tempo. “Quando há um bom ano no milho, há tendência de o produtor aproveitar apenas dois terços da área destinada à silagem e colher o restante para grão. Mesmo que a necessidade de alimentação esteja supri-da, é preciso cortar toda a área estipulada, visto que no próximo ano talvez o milho não tenha a mesma qualidade, o que signi-fica uma grande perda”. O Detec agronô-mico indica que, em anos de boa produ-ção, o produtor não trabalhe no limite de sua necessidade, mas que faça uma reser-

va acima do consumo médio. Isso garante alimentação para os períodos de seca até a próxima ensilagem.

Tradicionalmente, o milho tem duas tecnologias de cultivo: uma para grão e outra para silagem. Esta última é cultiva-da, geralmente, nas áreas de menor fertili-dade e nas que não há rotação de cultura, utilizando-se menos adubação e híbridos de baixa tecnologia. Fazendo isso, o produtor tem um custo por tonelada maior em função da baixa produção. Além do mais, há aumento de ração para compen-sar a baixa qualidade da silagem. O ideal é escolher os híbridos adequados e conduzir a lavoura para alto rendimento.

Outro aspecto que precisa ser levado em consideração é o escalonamen-to do plantio entre os produtores. “No interi-or da nossa região, os produtores vizinhos sempre se ajudam, já que o preparo da silagem exige muita mão de obra. Reco-mendamos que a atividade siga a mesma ordem do plantio para garantir que tudo ocorra dentro da chamada janela de corte do milho”, explica Hugo. Quando há ensila-gem antes ou depois do período indicado, acontecem problemas na qualidade do alimento. Combinar com os vizinhos a época de plantio é um ponto importante para o sucesso do trabalho.

No inverno, também se pode armazenar alimento. Neste período, há maior disponibilidade de terras e há possi-bilidade de se fazer feno ou silagem das sobras que, por ventura, ocorram. “Na verdade, todo o processo de produção de alimento exige planejamento antecipado. Isso garante maior qualidade ao produto e supre necessidades quando há condições climáticas desfavoráveis, como ocorreu este ano”, finaliza Hugo.

agosto 2012

Alimento por mais tempo

Não há como prever o futuro, mas existem maneiras de se preparar para o que ele reserva. Para que não haja falta de alimento em função das condições climáticas do ano, o produtor precisa planejar como suprir a necessidade do rebanho antecipadamente.

Pecuária

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SojaAs cotações na Bolsa de Chicago continuaram em alta, com alguns movimentos de queda. Os va-lores oscilaram positivamente de U$ 14,94 a U$ 17,57 o bushel, recuando um pouco no fim do mês, cotada a U$ 17,21 o bushel. O principal fator que influenciou na alta do grão foi o clima seco e quente que afetou as lavouras dos Estados Unidos. A falta de chuva e as precipitações ocorridas foram insuficientes para melho-rar a umidade do solo. Em alguns momentos, as incertezas sobre a economia mundial, notada-mente a Europa e a ocorrência de chuvas, pressionaram as cotações, mas não a ponto de alterar significativamente o quadro altista.A expectativa inicial era colher em torno de 87 milhões de toneladas em solo norte-americano, mas devido aos problemas climáticos, a produtividade vai ser menor. Isso reduziu substancial-mente a produção, avaliada no final do mês de julho em torno de 79 milhões de toneladas por insti-tuições privadas.Deve-se acompanhar o comportamento do clima nos próximos meses e seus efeitos na produtivi-dade para melhor avaliação das perdas. O mercado interno gaúcho acompanhou a alta da Bolsa de Chicago, mas com um mercado mais local, devido à pouca oferta e estoque reduzido no estado. A necessidade da indústria fez com que os preços ficassem acima do mercado de exportação.O preço pago ao produtor subiu de R$ 62,04 para R$ 71,04 a saca..

MilhoO mercado de milho reagiu forte devido à alta ocorrida na Bolsa de Chicago.As perdas na produtividade das lavouras de milho nos Estados Unidos são bem significativas por causa da falta de chuvas, principalmente no período da polinização do cereal. As estimativas efe-tuadas no fim de julho por instituições privadas são de perdas ao redor de 80 milhões de toneladas a menos na produção.Diante desse cenário, os preços subiram acima de U$ 8,00 o bushel. Os valores na exportação ma-is altos deram suporte aos preços no mercado interno.O preço pago ao produtor subiu de R$ 22,50 para R$ 26,04 a saca..

TrigoA alta no mercado mundial de trigo elevou os preços internamente.A exportação esteve muito ativa no mês de julho, dando mais liquidez ao mercado.A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) continuou com os leilões dos estoques públi-cos, com grande procura e disputa do grão pela indústria moageira, inclusive da região nordeste do Brasil. Os valores nos leilões saíram acima do preço mínimo estabelecido pela Conab.O preço pago ao produtor subiu de R$ 25,02 para R$ 27,00 a saca..

Dólar A cotação do dólar valorizou 1,94% no mês de julho em relação ao mês anterior, oscilando positi-vamente entre R$ 1,989 e R$ 2,047.As incertezas sobre a economia mundial continuaram deixando volátil o mercado cambial. O Banco Central continuou monitorando o mercado de câmbio, com intervenções quando este este-ve fora da banda, entre R$ 2,00 e R$ 2,10, sinalizando para que a cotação ficasse em torno de R$ 2,04.A preocupação tem sentido, pois, com o dólar depreciado, a indústria exportadora fica prejudica-da, mas se ele estiver muito alto, os preços internos acabam inflacionados.

Mercado agrícolapor João Carlos Pires

João Carlos PiresSupervisor comercial

[email protected]

Referente a julho de 2012

Leite & MercadoBaixa nos preços e alta nos insumos

O preço pago ao produtor referente ao leite entregue em junho teve uma pequena queda com relação ao mês anterior. Estimava-se uma baixa bem maior em virtude do aumento da produção, proporcionada pelo retorno das chuvas à região Sul e da recuperação das pastagens, como também pela importação de leite de países vizinhos, como Uruguai e Paraguai. Para os próximos meses, há rumores de estabilidade nos preços pagos.

O bolso do produtor, porém, sofreu fortes impactos com o valor dos insumos, como o farelo de soja, que tiveram uma alta bastante significativa em função da pouca oferta do grão no mercado. Isso aconteceu devido à seca ocorrida no Brasil e à possível redução de safra nos Estados Unidos, que também sofre com estiagem. Este quadro deixou vários produtores desestimulados.

04 agosto 2012

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Entrevista

Culinária:

06 agosto 2012

um alimento para a alma

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Cozinhar é realmente uma arte, como se ouve falar por aí? Na minha opinião, é sim. Não basta apenas ter a técnica e o conhecimento necessário para elaborar bons pratos. É indispensável que se tenha um pouco de intuição, diria até mesmo dom e coragem, para, por exemplo, adaptar ingre-dientes e combinar temperos. Mas, como tudo o que faze-mos na vida, se não houver paixão, carinho e atenção, não vai dar muito certo.

Então essa arte não está restrita aos profissionais, não é mesmo? Com certeza não. A dona de casa, nos seus afazeres corridos do cotidiano, está fazendo arte, da mesma forma que os chefs em suas cozinhas industriais. Porque, muitas vezes, ela coloca mais do que um tempero especial na receita – ou o segredinho, como muitos costu-mam chamar. Parece clichê, mas a verdade é que ela inclui amor em seus pratos e, notadamente, é a comida preferida dos filhos e do marido.

Cozinhar também é terapia. É sim. O ato de cozinhar contribui para o bem-estar e o equilíbrio emocional. É uma forma de se distrair, de relaxar, de se divertir, de alimentar a alma, de demonstrar afeto. É uma excelente oportunidade de reunir a família e de aproximar os amigos para socializar. Cozi-nhar também pode ser uma tarefa harmonizadora, que começa desde a escolha dos ingredientes até a montagem final do prato. E sem esquecer que, além dos valo-res necessários já citados, a culi-nária exige paciência, generosida-de e delicadeza. A cozinha é a peça da casa que dá sentido ao lar.

A correria diária atrapalha um pouco a tarefa de cozi-nhar? Não sei se atrapalha, mas com certeza dificulta um pouco a prática da culinária... Talvez por falta de tempo e de vontade. Quanto mais rápido e fácil for cozinhar, melhor. Muitas mães e donas de casa, que antes tinham o papel de cuidar do lar e da família, hoje ocupam espaço no mercado de trabalho, logo, a alimentação dentro de casa acabou sendo trocada por fast foods e pratos industrializados. Mas é importante lembrar que há estudos que comprovam: comer com a família pode ser uma das formas mais fáceis de evitar que adolescentes ganhem peso. A comida une as pessoas, estreita vínculos e abre espaço para o comparti-lhamento de problemas, ideias, sonhos e projetos.

Cozinha é lugar só de mulher? De maneira alguma. Os grandes chefs espalhados pelo mundo estão aí para mos-trar que homem na cozinha dá certo, sim. O que percebo, durante minhas andanças com o curso de culinária, é que muitas vezes as mulheres têm certo ciúme de suas panelas e não confiam muito no marido ou no filho para cozinhar. Por isso, elas não liberam espaço e eles acabam não se importando. Mas e o churrasco no domingo, não é tarefa

exclusiva deles? Geralmente, os homens gostam de cozi-nhar e fazem isso com muito êxito. Hoje, graças às inova-ções tecnológicas, muitas coisas mudaram e a arte de cozinhar se tornou acessível.

Que inovações você pode apontar como principais aliadas da culinária? Os inúmeros eletrodomésticos que estão aí para facilitar nossas vidas. O forno micro-ondas, por exemplo, que chegou ao Brasil na década de 1980 e hoje vem a ser um item indispensável em nossos lares. Outro exemplo: não precisamos mais sair da cozinha para assar uma carne; há fornos elétricos muito práticos e de bons tamanhos, até churrasqueiras também. Sem falar nos refrigeradores e congeladores, que permitem armazenar os alimentos por dias, semanas, e até mesmo por meses.

Explica melhor: qual é a diferença entre refrigerador e congelador? Muitos acham que servem exatamente para as mesmas coisas, mas não. Por isso é bom mesmo expli-car. O período de conservação dos alimentos varia para cada eletrodoméstico e ambos têm uma tabela que explica quanto tempo se pode congelar cada tipo. A dona de casa deve ter um cuidado especial com aquele congelador que

vem acoplado dentro da geladeira. Lá, a comida deve ficar por no máximo duas semanas – o ideal é apenas por sete dias. Caso passe disso, algum alimento pode estra-gar e também contaminar os de-mais. Por isso existe o congelador – ou o freezer – para conservar o alimento em um período mais longo. A temperatura entre eles faz toda a diferença: o refrigerador “refrigera” e não atinge uma tem-

peratura que possa manter os alimentos por muito tempo. Já o congelador pode conservar por seis meses ou até mais, e é o preferido daqueles que têm grandes quantida-des de carne ou comidas estocadas, como quem mora no interior.

Em seus cursos, você dá inúmeras dicas para evitar o desperdício alimentar. Deixe algumas para nosso lei-tor. Uma das grandes dúvidas quando se prepara um almo-ço ou jantar para muita gente é quanto à quantidade ideal de comida por pessoa. Em nossa região, há a salada de maionese, o acompanhamento perfeito do churrasco. Nesse caso, dá para cozinhar uma batata média a grande por pessoa. Já o macarrão, calcula-se 100g por pessoa e o arroz meia xícara de café para cada um. Muitas pessoas também têm o costume de cozinhar feijão e congelá-lo para comer durante a semana. A nossa dica de conservação é: congele o feijão cozido, mas não temperado, pois, depen-dendo do tempero, ele pode agilizar o processo de apodre-cimento da comida, mesmo que ela esteja congelada. Por isso, o ideal é temperar o feijão cozido no dia em que for consumi-lo, evitando o desperdício de alimento.

‘‘O ato de cozinhar contribui para o bem-estar e o equilíbrio emocional. É

uma forma de se distrair, de relaxar, de se divertir, de alimentar a alma, de

demonstrar afeto.’’

07agosto 2012

Page 8: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

Soja salva balança comercial brasilei-ra, apontam especialistas

Eraí Maggi Scheffer, conhecido como “o rei da soja”, está empolgado com a próxima safra. Vai plantar em Mato Grosso 220 mil hectares do grão, o equi-valente a mais de 200 mil campos de futebol. A cultura vai tomar espaço do algodão e das pastagens e a área planta-da vai crescer quase 24% em relação à safra anterior.

– É uma alta expressiva. Todos os agricultores estão animados – diz.

Em meio a uma das mais graves crises da economia global, os agricultores brasileiros se preparam para plantar a maior safra de todos os tempos, que pode levar o Brasil a superar os Estados Unidos e se tornar o maior produtor de soja do mundo. O motivo é o preço do grão, que nunca esteve tão alto. A soja voltou a ser o principal produto da pauta de exportação e está salvando a balança comercial do país.

Na sexta, dia 20 de julho, o preço da soja bateu US$ 17,57 por bushel na bolsa de Chicago, uma valorização de 15% desde o início do mês, quando uma forte seca atingiu as lavouras nos EUA. Antes desse rally, o recorde era de US$ 16,50 por bushel, marcado antes da que-bra do Lehman Brothers em 2008. No porto de Paranaguá – PR, a saca de 60 quilos de soja chegou a impressionantes R$ 85,00. Em Sorriso – MT, apesar de todas as deficiências logísticas, os produ-tores recebiam R$ 73,50 por saca.

– Como não importamos pratica-mente nada, a soja é superávit na veia – afirma Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria.

No primeiro semestre, as expor-tações de grão, farelo e óleo atingiram US$ 15,9 bilhões, mais de duas vezes o superávit do país, que vem minguando por causa da queda dos preços do miné-rio de ferro e da menor demanda por pro-dutos manufaturados. A participação da soja nas exportações atingiu 13,6%, ultrapassando o minério, com 12,7%.

O rally da soja é consequência de uma das piores secas da história dos Estados Unidos. Segundo Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado, a soja está na fase de floração e formação do grão nos EUA, um momento crítico para a falta de chuva. Por enquanto, qua-tro milhões de toneladas já foram perdi-das.

– Se não chover no próximo mês, as perdas serão mais severas –

aponta.Os estoques mundiais do grão já

vinham baixos desde o ano passado, quando Brasil e Argentina também tive-ram prejuízos por causa do clima. Até agora, os três maiores produtores de soja perderam juntos 21 milhões de toneladas, quase 10% da produção mundial.

– É uma quebra importante. A China continua com uma fome danada e, apesar da crise, a Europa também não deixou de comer – diz Fábio Trigueirinho, secretário-executivo da Abiove (Associa-ção Brasileira da Indústria de Óleos Vege-tais).

Como faltou produto, o preço disparou.

– O pessoal está rindo sozinho – admite Aroldo Gallasini, diretor-presi-dente da Coamo Agroindustrial Coopera-tiva, de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná.

– Em 20 dias, mudou todo o cenário para a agricultura brasileira.

SupersafraÉ nesse clima de otimismo que

os agricultores começam a plantar a safra 2012/2013 a partir de setembro. Para a Agroconsult, a área plantada de soja vai aumentar 10%, para 27,9 milhões de hectares. Se o clima não atrapalhar, a colheita pode chegar 83 milhões de tone-ladas, alta de 25% sobre a temporada 2011/2012 e volume superior aos 80 milhões de toneladas previstos pela con-sultoria para os EUA. A Safras & Mercado estima a safra 2012/2013 em 82,3 milhões de toneladas, quase igual aos 83 milhões dos americanos.

– Se o clima continuar ruim nos EUA, o Brasil pode ultrapassar e ocupar o posto de maior produtor do mundo – diz Gutierrez.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) prevê uma safra de 83 milhões de toneladas para os EUA e 78 milhões de toneladas para o Brasil. Segundo Marcos Rubin, analista da Agroconsult, o forte cresci-mento da produção de soja na safra 2012/2013 será uma consequência da perspectiva de rentabilidade do agricultor, que hoje é excelente. Além das cotações internacionais recordes, o setor também é favorecido pela desvalorização do câm-bio, que elevou os preços recebidos em reais.

– É um bom momento, não há como negar. Os custos também subiram e boa parte da safra atual já estava vendida.

Mas, sem dúvida, teremos um ritmo de crescimento chinês na próxima safra – diz Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso).

A comercialização da nova safra está acelerada. Os agricultores brasilei-ros já venderam, em média, 35% da pro-dução que não foi sequer plantada, per-centual superior à média de 10% desta época. Segundo Cleber Noronha, analis-ta do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola), esse porcentual já chega a 65% em Mato Grosso.

Nos próximos anos, EUA e Brasil devem disputar a liderança global de produção de soja no mundo, mas a ten-dência é que os brasileiros se consolidem no topo porque, mesmo sem aumentar o desmatamento, o país ainda pode elevar significativamente sua área plantada. O Brasil ainda deve produzir outros “reis da soja”, como Eraí Maggi Scheffer.

Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br

Efeitos do El Niño podem beneficiar ou prejudicar produtores

O excesso de chuvas para algu-mas regiões, associado à escassez em outras e à oscilação de temperatura, são características do El Niño que podem prejudicar ou beneficiar o agricultor, dependendo da localidade. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteo-rologia), o fenômeno climático pode apa-recer entre o fim do inverno e o início da primavera.

Para o agricultor Valter Baron, que cultiva grãos no interior do Distrito Federal, o El Niño não traz boas lembran-ças. Há nove anos, o fenômeno causou perda total na plantação de feijão.

– Ao longo de dois meses, cho-via todos os dias. O clima não deixou que nós entrássemos com as colheitadeiras para fazer a colheita do feijão, explica.

De acordo com meteorologistas, na região Centro-Oeste, os efeitos do El Niño devem ficar dentro da normalidade. Já para o sul do país, onde a estiagem castigou as plantações nos últimos meses, a previsão é de bastante chuva.

Segundo o meteorologista do Inmet, Fabrício Silva, há picos de produ-ção agrícola na região Sul associados a anos com influência do El Niño.

– A propensão à maior ocorrên-cia de chuvas na região impacta clara-mente nas produções de soja, milho, trigo da região, afirma.

08 agosto 2012

Page 9: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

Em parte das regiões Norte e Nordeste, a tendência é de menos chuva, o que pode comprometer a produção agrícola. Já o milho segunda safra deve ter aumento de produção.

De acordo com o técnico de Avaliação de Safras da Conab (Compa-nhia Nacional de Abastecimento), Eledon Oliveira, as chuvas no Centro-Oeste e no Paraná vão permitir que a soja seja plan-tada antecipadamente, o que deve possi-bilitar o plantio do milho safrinha em janei-ro e contribuir para uma boa safra no próximo ano.

Fonte: www.ruralbr.com.br

Código Florestal: multas ambientais já aplicadas devem ser revistas

Com o novo Código Florestal, as multas ambientais já aplicadas aos produ-tores precisarão ser revistas. As proprie-dades têm regras específicas, que as diferenciam por tamanho, tipo de cultivo e localização. Todos os dados têm a mesma importância para o processo de regularização.

O agricultor José Salomé é pro-dutor de milho e cana-de-açúcar em Ara-ras, no interior de São Paulo. Há pouco tempo sua propriedade foi multada pela Polícia Ambiental. Segundo os fiscais, havia uma plantação invadindo a área de preservação permanente obrigatória, o que resultou em uma multa de R$ 70 mil.

Com o novo Código, a proprie-dade de Salomé está dentro do que deter-mina a legislação, e, além disso, está isento de fazer a regularização da reserva legal, pois o local tem menos de quatro módulos fiscais.

Na nova legislação, o produtor terá que colocar sua propriedade dentro do CAR (Cadastro Ambiental Rural), uma espécie de formulário que funcionará como o RG da fazenda. Além do CAR, o produtor deve estar de acordo com o Programa de Regularização Ambiental. O prazo para esses documentos serem providenciados é de cinco anos. Com eles, nenhum produtor correrá risco de ser multado.

Fonte: www.ruralbr.com.br

Trigo: clima favorável e bom preço animam

A chuva e o frio dos últimos dias, aliados à reação no preço, animam produ-tores de trigo do noroeste do Estado, principal região produtora. No entanto, a nova instrução normativa, que aumenta o padrão de classificação do grão, surge como alerta ao exigir maior qualidade. Segundo a Emater, a cultura deverá ter

um aumento de 6,51% na área cultivada em relação à safra passada. Na maioria dos casos, a ampliação ocorre na tentati-va de amenizar prejuízos do inverno. "Aumentei a área plantada de 130 para 230 hectares. O preço está bom e o clima também está ajudando. A perspectiva é lucrar mais do que no ano passado", pro-jeta Roberto Durigon, 47 anos, agricultor de Cruz Alta. � A lavoura dele foi cultivada há cerca de 20 dias e, até agora, apresenta excelente desenvolvimento. Durigon explica que a terra úmida beneficia a germinação e o frio faz com que o trigo fique mais baixo. Com isso, a planta não corre risco de acamar – quando o vento derruba o pé de trigo, o que evita que nutrientes circulem e impede o enchimen-to dos grãos. "O perfilhamento, que é a formação de ramos laterais que mais tarde originam os grãos, também é maior, o que tende a ampliar a produtividade obtida", explica o engenheiro agrônomo Nédio Giordani, que presta assistência técnica na propriedade de Durigon. � O mercado também está aqueci-do. Segundo o presidente da Coopatrigo (Cooperativa Tritícola Regional Sãolui-zense), Paulo Pires, muitos já negociam o produto antecipadamente. O preço gira em torno dos R$ 30 pela saca de 60 qui-los. A valorização ocorre porque o trigo é balizado pela bolsa de Chicago e os Esta-dos Unidos enfrentam problemas nas safras de trigo e milho. "Isso, aliado à alta no dólar, eleva o preço. Mas ainda é cedo para avaliar como será na época da colheita", observa Michael Prudêncio, analista de mercado da Safras & Merca-do. � A cautela também é recomenda-da diante da previsão de inverno chuvoso, o que exige maior controle de pragas e pode elevar o custo de produção. Outra preocupação é a necessidade de investir mais em qualidade, uma vez que a comer-cialização da próxima safra seguirá as regras da nova instrução normativa. Eco-nomista da Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado), Tarcísio Minetto acredita que, apesar de o cenário estar aquecido, a comercializa-ção do trigo nesta safra ainda precisará de auxílio do governo, a exemplo da safra de 2011, quando produtores gaúchos conseguiram negociar o grão estocado desde outubro só a partir de fevereiro, com leilões de PEP (Prêmio de Escoa-mento de Produto) e de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). "Pelo que ocorre no mercado internacional, o preço deveria estar ainda melhor. Como tam-bém há exigência por maior qualidade, dificilmente o governo federal não terá de

intervir novamente", afirma o economista.Fonte: www.agranja.com

Brasil é campeão mundial de cresci-mento na industrialização do leite

As indústrias de laticínios brasi-leiras fizeram com que o país ocupasse o primeiro lugar no ranking de crescimento em industrialização entre os tradicionais países produtores de leite, de acordo com levantamento feito pela Associação Leite Brasil. � No período de 2007 a 2011, o ritmo de avanço da industrialização no Brasil foi de 5,5% ao ano, superando os maiores produtores mundiais: EUA – 1,5% –, Índia – 5,1% –, Rússia – 1,3% –, China – 0,9% –, Alemanha – 1,8% –, Fran-ça – 1,6% – e Nova Zelândia – 3,4% –. O estudo foi realizado com base no volume de leite entregue para os laticínios nos últimos cinco anos nos países citados. � “O país que mais se aproximou do Brasil foi a Índia, com crescimento médio anual de 5,1%. Porém, é preciso destacar que este país só industrializa 12% do total da produção de leite, enquanto no Brasil esse índice é de quase 70%”, explica Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil. � De acordo com o executivo, é importante comemorar o crescimento da industrialização no Brasil, pois mostra que o país está no caminho certo para reduzir a informalidade, que hoje repre-senta 30% do total de leite produzido. “No ano 2000, o leite informal respondia por 39%. Estamos evoluindo e a meta é che-gar próximo dos níveis de países como EUA, Nova Zelândia, França e Alema-nha”, detalha Rubez. � O ritmo mais acelerado de cres-cimento da industrialização no Brasil pode ser explicado pelo nível de investi-mento em laticínios. De acordo com a ABIA (Associação Brasileira das Indústri-as da Alimentação), em 2011 esse valor girou em torno de R$ 1,8 bilhão, represen-tando 11% no total investido na indústria da alimentação, acima dos outros seto-res. � O avanço da industrialização também refletiu no aumento do fatura-mento da indústria leiteira, que atingiu R$ 38 bilhões em 2011, 15% a mais que em 2010. Para Rubez, esse progresso impacta positivamente na qualidade do leite e beneficia não só o produtor, mas também o consumidor final. “Estamos oferecendo um produto melhor, mais seguro para o consumo e com os padrões mais próximos aos praticados em países desenvolvidos”, completa.

Fonte: www.revistalaticinios.com.br

09agosto 2012

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agosto 2012

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 1992 recebeu o nome de ECO-92, e teve como objetivo conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção do ambiente. Esse evento foi o marco que consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável, con-tribuindo para a mais ampla conscientização nas questões ambientais e sociais da humanidade.

A Agenda 21 foi o principal documento gerado na conferência e determinou a importância do comprometimen-to e da reflexão de todos os países sobre as questões socio-ambientais. O capítulo 29 dessa agenda destaca as ques-tões relacionadas à agricultura, com ênfase no desenvolvi-mento rural sustentável.

Em junho de 2012 aconteceu o evento Rio+20 e cabe uma análise da evolução e das mudanças que ocorre-ram na agricultura brasileira nesses 20 anos.

Em 1992, a área sob plantio direto foi estimada em 1,3 milhões de hectares no Brasil, ocupando aproximada-

mente 4% da área de lavouras. Em 2012, essa área é estimada em 32 milhões de hectares, ou seja, 75% da área de lavouras.

Nesses 20 anos, as produções de grãos por unidade de área – hectare –, aumentaram 44% em arroz, 72% em milho, 48% em soja e 64% em trigo.

A redução no consumo de combustíveis com a adoção do plantio direto é calculada em 66%, o que equivale a reduzir 42 litros de diesel por hectare todo o ano. Com base em 32 milhões de hectares, o agricultor deixou de consumir 1,34 bilhões de litros de diesel na produção de grãos para cada safra. Com isso, deixou de emitir 3,59 bilhões de kg de CO .2

No início da década de 1990, o consumo de 1 litro de diesel produzia aproximadamente 25 kg de arroz, milho, soja ou trigo. Vinte anos depois, se produz entre 105 e 175 kg desses grãos com o mesmo consumo de combustível. A soja, por exemplo, consumia 68,3 ml de diesel para produzir 1 kg de grãos. Hoje, o gasto é de 8,8 ml de diesel para produzir o mesmo kg de grãos.

Da mesma forma, a eficiência no uso de água pode ser demonstrada com o aumento de reten-ção no solo e na eficiência da irrigação. Em arroz, por exemplo, o consumo de água para produção de 1 kg de grãos baixou de 3.900 para 1.304 litros, nesses 20 anos. É importante destacar que a planta conso-me aproximadamente mil litros de água para a produção de 1 kg de grãos. Nesse contexto, o agricultor é o gestor da eficiência no uso dessa água, produzindo alimentos para o consumo humano.

No passado, a erosão de solos, causada por enxurradas nas áreas sob preparo convencional – arado e grade –, era de aproximadamente 20 toneladas de terra fértil por hectare, todos os anos. Hoje, 20 anos depois, o plantio direto reduziu em 96% a perda desses solos.

A atividade biológica é difícil de ser quantificada, mas é evidente com a retomada de fauna nati-va em todos os ambientes de agricultura. A adoção de boas práticas agrícolas, como o plantio direto e a não queima de palha, combinada com a consciência de preservar recursos naturais, resultou na retoma-da de cadeias tróficas mais equilibradas.

O evento Rio+20 é o momento de colocar na balança os efeitos da soma de todos os processos de eficiência adotados no uso de recursos naturais, que levam o agricultor brasileiro e todos os segmen-tos envolvidos com a produção de alimentos a assumirem, com orgulho, os resultados da evolução da agricultura nesses 20 anos. O plantio direto é o fator que mais influenciou o impacto ambiental positivo nesse período. Os agricultores, com o apoio da pesquisa, genética, indústria de insumos e de todos os segmentos envolvidos na produção de lavouras, determinaram as mudanças necessárias para o benefí-cio de toda a sociedade.

A agricultura brasileira e a Rio+20

* Dirceu Gassen, membro do CCAS (Conselho Científico para Agricultura Sustentável)

Opinião

10

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11agosto 2012

Ocorrência de chuvas/julho

Panambi

480

520

560

440

400

360

320

280

240

200

120

80

40

0Condor Belizário Esquina Beck Mambuca Gramado Pejuçara Capão Alto S. Bárbara Ajuricaba

prec

ipit

ação

(mm

)

Denio OerleckeSupervisor do Departamento

Técnico Agronô[email protected]

160

Direto do campopor Denio Oerlecke

Trigo apresenta bom desenvolvimento

230

292

228208

234

293276

223249

274

Depois de muitos meses pedindo chuva, fomos atendidos. Os índices pluvio-métricos apresentados em julho atingiram cerca de 300 milímetros em algumas locali-dades, o que é um bom número. O produtor que costuma guardar as revistas Atualida-des Cotripal pode fazer um comparativo entre os três últimos meses e este. O resul-tado é animador e faz renascer as esperan-ças.

Apesar de alguns agricultores terem relatado que houve queda de granizo durante o último final de semana do mês, não houve prejuízos nas lavouras. Em Santa Bárbara do Sul, região de atuação da Cotripal, a tragédia ocorrida foi localizada e não atingiu o meio rural.

A volta das chuvas permitiu que o trigo tivesse um bom desenvolvimento durante o mês. A maioria das lavouras se encontra hoje na fase de elongação, época em que aparecem várias doenças. Este ano, possibilitado pelas altas temperaturas e o excesso de umidade no inverno, várias lavouras já apresentam doenças como oídio, ferrugem e, principalmente, mancha foliar. Nas visitas às propriedades temos observado maior incidência nas áreas onde foi plantado trigo sobre trigo, sem rotação de cultura.

Julho também concentrou as apli-cações de nitrogênio e de fungicidas. São poucos os produtores que ainda não as fizeram. Vale ressaltar que essas atividades são importantíssimas para o bom desenvol-vimento do trigo. Sabe-se que é impossível erradicar as doenças, mas, para alcançar uma boa produtividade, o controle deve ser realizado o quanto antes.

As previsões para agosto apresen-tam temperaturas oscilantes, quase sempre acima dos 10ºC. Geadas ainda podem acontecer e, neste momento, não trazem grandes prejuízos ao trigo. Porém, se ocor-rerem a partir do dia 25 de agosto, os estra-gos podem ser maiores e preocupantes, comprometendo a qualidade e produtivida-de do grão. Para os pecuaristas, a situação climática atual é ideal. Bons volumes de chuvas e temperaturas amenas permitem que a pastagem faça um bom rebrote.

Agosto apresenta certa tranquili-dade nas atividades da lavoura, então, sugerimos ao produtor que ele faça a revi-são de máquinas. No momento de colher, a atividade precisa ser concentrada, para não perder a janela de corte. E, logo na sequên-cia, se inicia o plantio da soja. Se o produtor não se programar, um pequeno defeito em um maquinário pode causar prejuízos.

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12 agosto 2012

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13julho 2012

Agricultura

Alerta: safra de inverno corre maior risco de doenças este anoAs condições climáticas dos últimos meses favorecem o desenvolvimento de fungos. A atenção com a lavoura precisa ser redobrada e a busca de informações com técnicos especializados se torna ainda mais importante.

O final de 2011 e o início de 2012 foram marcados por uma forte estiagem. Durante cerca de sete meses, não houve chuva significativa na região de atuação da Cotripal, fazendo com que os níveis de produtividade baixassem expressivamente nas culturas de verão. Essa condição climá-tica fez com que a decomposição da palha remanescente da última safra de trigo ocorresse em menor grau, facilitando assim o aparecimento de fungos.

O estabelecimento de doenças, em qualquer cultu-ra, exige temperaturas favoráveis e umidade sobre as plan-tas. No inverno, geralmente, não há falta de água, mas exces-so. Na parte da manhã, a lavoura costuma estar molhada devido ao orvalho e, em seguida, alia-se a esse fator a eleva-ção rápida da temperatura, criando um ambiente propício a fungos.

Segundo o pesquisador e professor da UPF (Univer-sidade de Passo Fundo) Carlos Alberto Forcelini, o produtor precisa ter atenção redobrada este ano. “O verão inteiro foi muito seco e sobrou bastante palha da última safra de trigo nas lavouras. Se o trigo foi plantado na mesma área, as chan-ces de aparecer doenças, como a mancha foliar, por exemplo, são muito grandes. Os fungos causadores de manchas folia-res e giberela sobrevivem na palha de um ano para outro”. Ele explica que, em áreas onde o trigo foi semeado mais cedo, é possível observar que há maior incidência de doenças fúngi-cas, principalmente mancha foliar. “Como o inverno está alternado entre dias de frio e calor, o aparecimento das doen-ças fica ainda mais facilitado. Com a elevação da temperatura daqui para frente, as doenças tendem a aumentar rapidamen-te, então, é de suma importância que o agricultor proteja sua lavoura o quanto antes.”

Em princípio, não há novos fatores que influenciem o surgimento das doenças. O que difere, no entanto, é o apare-cimento de giberela, doença que ataca as espigas do trigo e diminui a produtividade e qualidade do grão. “Em 2011, o florescimento do trigo ocorreu em setembro, quando houve pouca chuva, por isso a giberela teve menor relevância. As previsões para 2012 indicam chuvas normais em setembro, o que significa condições mais favoráveis à doença”, explica

Forcelini.O momento agora é de total atenção por parte dos

produtores. Na fase inicial de desenvolvimento do trigo, as manchas foliares podem ter maior frequência nas lavouras, em virtude de ter origem na semente e na palhada oriunda do ano anterior. Logo em seguida, surge a ferrugem como princi-pal problema, ainda mais se as temperaturas forem elevadas.

No ano passado, tanto a produtividade quanto a qualidade do trigo foram espetaculares, apesar de ter um início de cultura bastante chuvoso e com aparecimento de doenças. Porém, o mercado não valorizou o produto, o que desanimou alguns produtores. Com a alta ocorrida nos grãos frente à possível queda de produção em países como Rússia e Estados Unidos, se espera maior rentabilidade para o pro-dutor. Forcelini disse que “imagina-se um ano mais promissor, por isso a importância do controle de doenças para obtenção de boas produtividades e lucros com o trigo”.

Para o pesquisador, a giberela pode, sim, aparecer este ano, diferente de 2011. Normalmente, o mês de setem-bro é muito chuvoso e, como as previsões indicam que haverá influência do fenômeno El Niño, as condições climáticas esta-rão ideais para o desenvolvimento dela. “Recomendamos que os produtores façam o controle da giberela aplicando fungicidas a partir do início da floração do trigo, antes que comecem as chuvas”, lembra.

Forcelini ainda ressalta a importância de se fazer uma boa aplicação e utilizar os fungicidas corretos, indicados pelos técnicos e engenheiros agrônomos da Cotripal. “A sugestão que faço é sempre começar cedo, já no perfilha-mento, para controlar o início das manchas foliares e proteger contra a ferrugem. As aplicações devem respeitar intervalos de 15 a 20 dias”, argumenta.

A safra tende a ocorrer normalmente, mas pede-se que haja observação e cuidado com a lavoura de trigo para que os efeitos das doenças sejam minimizados. “Em situa-ções como as que se apresentam esse ano, pode haver uma diferença de até 20 sacos por hectare entre uma lavoura trata-da e outra não”, conta o pesquisador. Um mau começo impli-ca em maiores perdas e gastos.

Novas pesquisas, mais tecnologiaHá muito tempo existe uma parceria entre a Coope-

rativa e a UPF visando o desenvolvimento das culturas e a resolução dos problemas da lavoura. Neste sentido, os estu-dos realizados por Forcelini e pelo Detec Cotripal estão mais focados no controle das manchas foliares e da giberela este ano. Esta última é uma doença difícil de manejar, e em 2011 não houve condição para ela se desenvolver.

No caso das manchas foliares, quando aparecem cedo, se o produtor fizer o manejo durante o perfilhamento, há um ganho de 3 a 4 sacos por hectare. É isso que se constata

atualmente, pois a situação já se repete há dois anos consecu-tivos. Esse procedimento se mostra técnica e economicamen-te viável, sendo a melhor alternativa.

Outros estudos realizados visam à combinação do controle de doenças com o uso de nitrogênio em cobertura, buscando identificar como elas podem resultar em maior produtividade para o trigo. Além disso, estudos com novos fungicidas e épocas de aplicações seguras para o produtor estão sendo desenvolvidos.

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14 agosto 2012

O Plantio Direto na Palha, lançado no Brasil como uma tecnologia revolucionária há quase 40 anos, proporcio-nou grande evolução à agricultura. Surgiu como alternativa na preparação do solo e, ao longo do tempo, conquistou espaço importante dentre o complexo de tecnologias agrícolas de produção. Ele permitiu maior retenção de nutrientes no solo a cada safra e também colaborou com o meio ambiente, reduzin-do significativamente o assoreamento dos rios e mananciais de água.

Foi com o objetivo de discutir essas questões e o futuro do sistema no Brasil que ocorreu, entre os dias 9 e 11 de julho, o 13º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, na UPF (Universidade de Passo Fundo), em Passo Fundo. Inte-grantes do Departamento Técnico Agronômico e um grupo de associados da Cotripal estiveram presentes no evento, que reuniu cerca de 600 pessoas.

Herbert Bartz, ex-presidente da Federação Brasileira do Plantio Direto na Palha, disse, durante o evento, que o siste-ma é fundamental para garantir o futuro da agricultura. “Neste tempo todo à frente da Febrapdp, um dos aprendizados que tive foi que não podemos dominar a natureza. Nós temos con-dições e capacidade de criar situações de evolução sem agre-dir o meio ambiente”, e concluiu que “as próximas gerações receberão uma herança muito bonita: aumento de produção garantida com a boa utilização do solo – sem degradação. Nós, agricultores, precisamos estar em harmonia com a nossa indústria, que é o meio ambiente”.

O agrônomo e doutor Rafael Fuentes Llanillo, pesqui-sador e integrante do comitê científico da Febrapdp, esteve presente no evento. Segundo ele, o sistema de Plantio Direto no Brasil é exemplo para o mundo inteiro. “Isso é considerado um fenômeno mundial e tem sido copiado por diversos países. As Nações Unidas, através da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), têm usado o modelo brasileiro para expansão dessa agricultura conservacionista em outras áreas do mundo”, explica Rafael.

A programação do evento esteve baseada em quatro pontos principais: “Desafios e oportunidades da diversificação da produção”, “Contribuições do Sistema Plantio Direto no manejo fitossanitário – redução dos custos de produção”, “Fertilidade biológica, física e química – manejo adequado do solo”, e o painel “Mecanização e Agricultura de Precisão”. Também foram abordados assuntos como benefícios da rota-ção de culturas, oportunidades da integração lavoura-pecuária, controle de plantas daninhas, pragas, doenças e fertilidade.

Ricardo Ralisch, agrônomo, professor da UEL (Uni-versidade Estadual de Londrina) e também integrante da Febrapdp, acredita que o desafio do Brasil não é mais realizar o plantio direto, mas observar com que qualidade ele é feito, para aperfeiçoá-lo. “No evento, chegamos ao consenso que o desafio do Sistema de Plantio Direto é ver o Brasil vendê-lo não comercialmente, mas como um ativo, uma tecnologia brasileira – até porque precisamos ganhar espaço na discus-são ambiental que está muito bipolarizada entre ruralistas e ambientalistas. Isso não agrega nada, é ruim para todos. Temos visto a possibilidade de conciliar produção e economia com conservação do meio ambiente.”

Notícia

Cotripal participa do 13º Encontro Nacional de Plantio Direto na PalhaO evento proporcionou uma série de discussões sobre o sistema e abordou a diversificação de produção, os benefícios do Plantio Direto e o uso das tecnologias.

Agrônomo Rafael Fuentes Llanillo e a jornalista Tamar Santos

Pesquisador Carlos Alberto Forcelini em sua palestra

Produtores associados da Cotripal

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O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou, no dia 26 de julho, o lançamento de uma moeda especial em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas). Cunhada em prata, a moeda comemorativa apresentará a logomarca oficial do Ano Internacional das Cooperativas e o slogan: “Cooperativas constroem um mundo melhor”. O cooperativismo reúne aproximadamente um bilhão de pes-soas em mais de 100 países, sendo responsável pela gera-ção de 100 milhões de empregos. Ao instituir o ano de 2012 como Ano Internacional das Cooperativas, a ONU visa promover o cooperativismo como instrumento de desenvol-vimento socioeconômico, redutor da pobreza.

No Brasil, existem hoje 6.586 cooperativas e apro-ximadamente dez milhões de cooperados, em 13 diferentes ramos de atuação. O lançamento de uma moeda comemo-rativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperati-vas é um reconhecimento da importância da iniciativa da ONU e também uma forma de ampliar a visibilidade e a conscientização a respeito dos benefícios do cooperativis-mo. “Esse será, com certeza, um marco entre as comemo-rações do Ano 2012, reforçando a relevante contribuição

das cooperativas para a geração de trabalho, renda e redu-ção das desigualdades sociais”, afirmou o superintendente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Rena-to Nobile.

Inicialmente, serão produzidas 3.500 unidades, podendo-se atingir o limite máximo de 10 mil moedas. Após o lançamento, previsto para outubro deste ano, as moedas poderão ser adquiridas diretamente nas regionais do Banco Central ou no site do Banco do Brasil. “A iniciativa do BC, além de valorizar o Ano Internacional das Cooperativas e assim destacar a importância do cooperativismo no país, também, de certa forma, enaltece a atuação das cooperati-vas de crédito no sentido de que elas contribuem efetiva-mente para a democratização do crédito, da inclusão finan-ceira e auxiliam para melhorar a eficiência do sistema finan-ceiro nacional, ajudando a construir um mundo melhor”, destacou o gerente do Ramo Crédito da OCB, Sílvio Giusti.

De acordo com o gestor, o lançamento da moeda “brinda este ano tão importante e histórico, e reforça ainda mais a visão convergente que o BC e a OCB comungam sobre a importância do cooperativismo e seu potencial para o crescimento e desenvolvimento socioeconômico do país”.

Notícia

Banco Central lançará moeda em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas

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16 agosto 2012

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17agosto 2012

Capa

Sacolinha plástica: de problema à soluçãoAntes condenada como uma das principais causas da poluição ambiental, a sacolinha plástica agora perdeu o status de vilã. Isso porque, além de ser 100% reciclável, estudos demonstram que ela é a alternativa menos poluente disponível hoje no mercado, servindo, inclusive, para destinação do lixo. A sacola plástica passou de problema para solução.

Em janeiro deste ano, o estado de São Paulo proibiu a distribuição gratuita de sacolas plásticas pelos varejistas. A medida visava minimizar os efeitos do plástico no meio ambiente. O consumidor que desejasse continuar utilizando-as deveria comprá-las, ou, então, optar por sacos retornáveis confeccionados a partir de lona, algodão, polipropileno e outros materiais. Em junho, porém, elas voltaram a ser distribuídas, seguindo uma nova liminar judicial.

A ideia inicial era diminuir o volume de lixo plástico que havia no meio ambiente, já que se acreditava ser esta uma das principais maneiras de tornar o Brasil ecologicamente mais sustentável. Estudos importantes, porém, apontam em outra direção e, por isso, a questão toma novo rumo. É o caso da pesquisa realizada pelo governo britânico entre 2005 e 2007, divulgada recentemente, que aponta o PEAD (polietileno de alta densidade), utilizado nas sacolinhas plásticas, como material de menor impacto ambiental para o fim que se propõe. Mais até do que as matérias-primas utilizadas para as ecobags. Segundo o relatório, as chamadas embalagens ecologicamente corretas são 200 vezes mais prejudiciais ao clima, pois emitem, durante o seu ciclo de vida, três vezes mais CO que as tradicionais. 2

As sacolas plásticas são 100% recicláveis e consomem menos energia no seu proces-so de fabricação, produzindo, assim, menos poluentes. Mas aí entra em questão um importante debate: a conscientização da população sobre o uso dessas embalagens. Bruno Rezende, publicitário e defensor ambientalista, escreveu em seu blog Coluna Zero sobre a polêmica: “O intuito de reduzir o volume de sacolas plásticas é mantido pela premissa ambiental, já que mui-tas vão parar em lixões, rios, lagos e até oceanos. Mas a sacola não tem pernas nem barbata-nas. Quem faz com que elas terminem onde não devem são os humanos. Então, se pararmos para analisar cuidadosamente, veremos que a ecobag não é nada mais que uma modinha cria-da sob uma defesa ambiental, pois o real problema está no campo da reciclagem”.

Foi pensando nisso que a Agas (Associação Gaúcha de Supermercados), o Ministério Público do Rio Grande do Sul e a Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do RS), assinaram um termo de cooperação e desenvolveram um projeto educativo intitulado “Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente”. Essa iniciativa permite que uma série de ações sejam tomadas, voltadas ao uso consciente e à redução do consumo das sacolas plásticas. A projeção é poupar cerca de 300 milhões de unidades em seis meses no varejo gaú-cho.

Segundo Têmis Limberger, coordenadora do Caoconsumidor (Centro de Apoio Opera-cional de Defesa do Consumidor) do Ministério Público estadual, a campanha foi pensada para reduzir os danos à natureza. “Nossa posição é no sentido de promover ações de consumo sus-tentável, que assegurem a proteção dos direitos do consumidor e a preservação ambiental, construídas pelos segmentos sociais”.

Quer dizer, no fim das contas, a sacola plástica ainda é a melhor solução. O que se deve, apenas, é utilizar ao máximo o potencial de cada sacolinha. Para isso, basta usar toda a sua capacidade de carga, carregando mais produtos por embalagem a fim de reduzir o seu consumo, e depois reaproveitá-la como saco de lixo.

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18 agosto 2012

As sacolas plásticas são 100% recicláveis e consomem menos ener-gia no seu processo de fabricação. Em consequência, emitem menos poluen-tes. De uma maneira ou de outra, há necessidade de consumi-las. “Vale lembrar que a sacola plástica também é um fator primordial para a saúde pública, pois ela impede, em alguns casos de lixos específicos, que os resíduos fiquem espa-lhados, contaminando o ambiente”, escreveu o blogueiro Bruno Rezende.

O resultado da pesquisa Ibope 2011 apontou que 100% das donas de casa utilizam a sacola plástica para embalar o lixo doméstico. Sem ele, a coleta seletiva ficaria inviabilizada. Utilizá-las para embalar o lixo é a recomendação dos órgãos de saúde do Brasil para que as contaminações sejam evitadas. Além disso, quando usada em cestos para lixo seco, a sacola pode ser reutiliza-da inúmeras vezes. Quando houver criatividade, é fácil fazer a reciclagem em casa.

“Se deixarmos de distribuir as sacolas plásticas aqui no Rio Grande do Sul, cada família pagaria ao menos R$ 15 por mês para a aquisição de sacos de lixo. Na prática, estaríamos transferindo a conta para o consumidor e trocando a cor do saco, de branco para preto ou azul, sem qualquer benefício ao meio ambiente”, afirma Antônio Cesa Longo, presidente da Agas. “A praticidade e a modernidade, além da falta de estrutura de coleta seletiva, descarte e recicla-gem do lixo, tornam a sacola plástica indispensável ao cotidiano dos gaúchos”, observa Longo.

Para ele, a utilização de caixas de papelão, ecobags e carrinhos de compra são alternativas eficientes, mas não soluções definitivas. O presidente do Sinplast (Sindicato das Indústrias de Material Plástico) no Rio Grande do Sul, Alfredo Schmitt, compartilha desta opinião ao argumentar que não há medida mais sustentável que as tradicionais sacolinhas. “Não existe alternativa melhor ou que não cause ônus ao consumidor. A ecobag é importada do Vietnã, gera emprego lá e desemprego aqui. Já as caixas de papelão não são apropriadas para o consumidor que carrega as compras a pé ou de ônibus. A adoção delas fica inviável no Brasil”, disse ele.

Para fazer um comparativo, as ecobags de algodão devem ser usa-das, pelo menos, 131 vezes e as de papel três vezes para equivaler à alternativa plástica. Caso isso não ocorra, os impactos causados na natureza serão bem maiores. Entretanto, segundo uma pesquisa divulgada pela Folha.com, esses números nunca são alcançados. Na média, os sacos de algodão são usados 51 vezes e os de papel apenas uma.

Reduzir é lei

Por que a sacola plástica é a melhor opção?

Sancionada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é uma importante lei criada pelo Gover-no Federal. Ela busca organizar a forma como o Brasil destina e trata seu lixo, incentivando a reciclagem, a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Ou seja, todos são responsabilizados pelos resíduos gera-dos.

Seguindo essa diretriz, no Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro assinou no dia dois de julho o decreto que regulamenta a lei estadual nº 13.272/2009, que proíbe a disponibilização de sacolas plásticas pelo varejo fora dos padrões estabelecidos pela norma nº 14.937, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-cas). De acordo com essa norma, a sacola precisa ter a espessura mínima de 0,027 milímetros e indicar, em quilogramas, a respectiva capacidade de carga. O comércio terá 180 dias para se adequar às regras.

Esse decreto vem para dar apoio à campanha criada pela Agas. A partir dela, os supermercados e o comércio em geral devem estampar selo educativo “Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente” em todas as embalagens distribuídas. Cada sacola deverá suportar, em média, 6 quilos. Para Tisiane Mordini de Siqueira, subchefe Jurídica e Legislativa da Casa Civil, essa medida só traz benefícios. “Tendo uma qualidade melhor, com mais durabilidade, a embalagem poderá ser melhor aproveitada e, em vez de o consumidor utilizar duas ou três, poderá usar uma só”. Essa ação diminui o desperdício e o uso abusivo de sacolas plásticas.

A divulgação caberá ao comércio, que terá a missão de auxiliar na conscientização da população. A Agas, por exemplo, vai desenvolver cursos e treinamentos para empacotadores e caixas. “A intenção é criar uma consciência coletiva, mostrando que a classe empresarial está alinhada à questão sustentável e preocu-pada com o meio ambiente. A educação dos consumidores passará, também, pela conscientização de todo o comércio”, afirma Zildo de Marchi, presidente da Fecomércio-RS.

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19agosto 2012

Apenas 4% do petróleo brasileiro é utilizado na produção de plástico. Desse total, somente 0,15% se destina à confecção das sacolinhas plásticas.

Em termos de sustentabilidade, para se igualar com a sacola plástica, uma de algodão precisa ser utilizada 131 vezes sem ser lavada – caso contrário, causará mais impactos ao meio ambiente que a primeira. Os sacos de papel devem ser reutilizados ao menos três vezes e as de polipropileno 11 vezes.

Uma sacolinha plástica emite 1,5 quilos de gás carbônico e outros gases tóxicos durante todo o seu ciclo de vida, incluindo produção, enquanto a de papel produz 5,53 quilos e a de algodão 271,5 quilos.

O Brasil recicla cerca de 30% do lixo que produz e 22% dos plásticos são reciclados. Desde o surgimento do plástico, cresceu a mata nativa no país.

Não aproveitar o plástico é desperdício de energia, pois ele possui o mesmo poder calorífero do diesel.

A coleta seletiva de lixo só é possível em função das sacolas plásticas.

Elas são econômicas, duráveis, resistentes, higiênicas, práticas e inertes, além de serem reutilizáveis e 100% recicláveis.

A pesquisa Ibope realizada em 2011 mostrou que 100% das sacolas plásticas são reutilizadas como saco de lixo e 71% dos brasileiros as preferem para transportar as compras.

Embalar o lixo em sacos plásticos é recomendação dos órgãos de saúde do Brasil para que se evitem contaminações.

Estudos da Agas apontam que 65% das sacolas plásticas saem dos caixas sem ter sua capacidade total utilizada e que 13% dos gaúchos levam sacolas sobressalentes para casa.

81% dos gaúchos são contra o fim imediato das sacolas plásticas nos supermercados.

A compra de sacos de lixo plásticos em São Paulo aumentou 65% após a proibição de distribuição. Se a mesma medida fosse tomada no RS, 67,5% dos gaúchos comprariam sacos de lixo, segundo estudo da Segmento Pesquisas

Há mais de 15 anos a Cotripal investe em sacolas resistentes. A distribuição ocorre em todos os pontos de venda da Cooperativa – só nos cinco supermercados, são cerca de 600 mil unidades por mês. Desde 2007, as tradicionais sacolas plásticas foram substituídas pelas oxi-biodegradáveis. Segundo Vanderlei Amorim da Silva, comprador dos supermercados, a intenção foi reduzir os impactos ao meio ambien-te. “Optamos por essa embalagem por ser uma das que têm menor impacto na natureza e o processo de degradação mais acelerado. Fomos a primeira cooperativa do Rio Grande do Sul a adotá-la. Precisa-mos estar em harmonia com a natureza para garantir uma vida mais longa e um futuro para nossos filhos. Esse é nosso principal objetivo”, explica ele.

A capacidade das sacolas oferecidas é de seis quilos. Isso permite que o cliente consiga colocar mais produtos em uma mesma embalagem. “As sacolas dos supermercados do estado deverão ter, a partir de agora, capacidade mínima de seis quilos. Nós já nos adequa-mos há bastante tempo no que diz respeito à capacidade. Esta atitude permite que o cliente leve um número menor de sacolas para casa. Quem sente essa diferença é o meio ambiente”, conta o gerente do varejo, Elmo Kläsener.

A Cooperativa vai aderir à campanha “Sacola bem utilizada ajuda o meio ambiente”, realizando treinamento para os funcionários e conscientização dos clientes. “Queremos conscientizar o cliente que ele não precisa levar duas sacolas para três produtos, que elas têm alta resistência e suportam bem a carga. Vamos beneficiar o meio ambiente reduzindo esse número”, argumenta Vanderlei.

Porque o Rio Grande do Sul não vai extinguir as sacolinhas plásticas:

O exemplo da Cotripal

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Dia de Campo Pecuário Cotripal

20 agosto 2012

No dia 12 de julho, o Frigorífico Cotripal, em parceria com os Irmãos Soldera Agropecuária e a Tortuga, promoveu o primeiro Dia de Campo Pecuário. O evento, que teve cerca de 200 participan-tes, reuniu associados da Cotripal de várias regiões do Rio Grande do Sul e estudantes de medicina veterinária da Unicruz.

O clima gelado não espantou os visitantes, que puderam assistir a palestras durante a manhã. A primeira, ministrada pelo professor e mestre em reprodução animal Luiz Felipe Kruel Borges, abordou o tema: “Ferramentas de melhoramento genético na busca de precocidade na área de corte”, e a segunda, ministrada pelo zootecnista Rodrigo Wenczenovicz, tratou do tema: “Manejo nutrici-onal em pecuária de precisão”.

Roque Andreola, gerente de indústria da Cotripal e anfitrião do evento, falou sobre a importância de se ter um bom manejo ani-mal e nutricional e apresentou o padrão ideal de carcaça que o Fri-gorífico Cotripal busca hoje. “O mercado está mais exigente com o que consome, e nós queremos transmitir essas informações ao produtor, visto que a cadeia da carne começa lá na propriedade, desde o momento do nascimento do terneiro. É lá que se inicia a busca pelo padrão ideal de carcaça”.

Ao meio dia, foi servido um saboroso almoço, com churras-co de angus e acompanhamentos. “A carne, fornecida pelo Frigorífi-co Cotripal, estava suculenta e com incrível maciez, mostra da quali-dade dos produtos oferecidos ao consumidor”, conta Roque.

Durante a tarde, os engenheiros agrônomos Dilvani e Ade-nir Soldera apresentaram sua cabanha e estratégias de produção. Os presentes puderam tirar dúvidas sobre o manejo, nutrição e raça angus utilizada por eles e visitar a propriedade dos irmãos. A agrope-cuária é exemplo de produção de gado de corte na região Noroeste do estado e a visita encerrou as atividades do Dia de Campo Pecuá-rio.

Notícia

Confira mais fotos no site: www.cotripal.com.br

Reunindo vários profissionais e produtores, o dia foi de troca de experiências e aprendizados sobre criação e carcaça ideal para animais de corte.

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21agosto 2012

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Cursos e treinamentos

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Agenda Agenda

Cursos

agosto 2012

JardinagemData: 06 a 08 de agostoLocal: Núcleo Unidos do Vale linha Caxambu, Panambi.

Data: 20 a 22 de agostoLocal: Núcleo Unidos do Campo linha Maraney, Panambi

Panificação CaseiraData: 20 a 22 de agostoLocal: Comunidade Católica Sagrado Coração de Jesus – linha Boa Vista, Panambi

Inclusão DigitalData: 27 e 28 de agostoLocal: Núcleo Amigos da Terra linha Pontãozinho, Condor.

Data: 29 e 30 de agostoLocal: Núcleo Verde Esperança linha Ramada, Condor

Manejo da terneira e da novilha leiteiraData: 27 a 29 de agostoLocal: Núcleo Otimismo linha Colônia Casch, Condor

Sucessão e gestão familiar da propriedade ruralData: 17 de julhoLocal: Afucopal (Associação dos Funcionários da Cotripal)Palestrante: Dr. Fábio Mizumoto

Saneamento rural básicoData: 5 e 6 de julhoLocal: Núcleo Unidos do Vale – linha Caxambu, Panambi

Operação de semeadeiras adubação para Sistema de Plantio Direto na PalhaData: 16 e 17 de julhoLocal: Núcleo Sempre Avante – linha Ocearu, Panambi

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23agosto 2012

Notícia

Exposição de maquetes é atração no Supermercado Cotripal Santa Bárbara do Sul

Funcionários e clientes da Cotripal visitam Gramado e Canela

O Supermercado Cotripal Santa Bár-bara do Sul realizou uma exposição chamada “Minha casa, meu lar”, em parceria com os alu-nos da Escola Municipal de Educação Infantil Amanda Viana dos Santos.

As crianças confeccionaram maque-tes, a partir de cartolinas, isopor, papéis colori-dos e mais. O objetivo da mostra é apresentar o local onde eles moram ou gostariam de residir.

Nos dias 21 e 22 de julho, um grupo 40 pessoas, entre funcionários e clientes do Supermercado e Lojas Cotripal de Santa Bárbara do Sul, estiveram visitando as cidades de Canela e Gra-mado, na serra gaúcha. A viagem, organizada pelo supervisor do Supermercado, Ronaldo Edi Machado, teve como objetivo conhe-cer as cidades turísticas e locais como a Catedral de Pedra e a

Cascata do Caracol, na cidade de Canela, e o Lago Negro e a Fábrica de Chocolates, em Gramado.

Para Ronaldo, a viagem foi inesquecível e ele já planeja a próxima. “Agora queremos organizar uma viagem no final do ano para Foz do Iguaçu. Viajar com amigos e colegas de trabalho sem-pre é mais divertido”, conta ele.

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24 agosto 2012

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Segurança alimentar

Congela, esfria ou refrigera?

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Quem vai às compras sabe bem quais são os cuidados básicos que devem ser analisados antes de comprar um alimento. Tonalidade, aroma e textura são alguns dos fatores que precisam ser levados em conta antes de, enfim, colocar a comida na mesa. Porém, não basta ter atenção somente na hora da compra e do preparo. A forma como se conserva os alimentos também é muito importante para garantir segurança alimentar.

A geladeira é o eletrodoméstico fundamental de qualquer cozinha. Por causa de toda a sua importância, ela precisa ser alvo de cuidado e atenção constantes. Mas não basta só zelar pela sua limpeza e manutenção. A forma como se organizam os alimentos lá dentro garante “vida útil” mais prolongada à comida.

Dentro desse eletrodoméstico, existe uma variação de temperatura muito grande. Há, pelo menos, duas faixas de temperatura. A zona gelada, que se localiza nas primeiras prateleiras logo abaixo do congelador, e a zona fria, que são as prateleiras do meio para baixo. Há, ainda, a gaveta para vegetais e a porta, espaços que devem receber alimentos diferentes.

Na zona gelada, o ideal é colocar os alimentos pré-cozidos gelados, carnes cozidas, saladas e pratos preparados, queijos suaves e sobras. Já a zona fria é lugar para leite, iogurtes, sucos de frutas, ovos, manteiga, margarina e gorduras para cozinhar. A gaveta para vegetais, bem abaixo, deve armazenar vegetais e frutas às baixas temperaturas. E a porta da geladeira aceita leite, bebidas leves, garrafas abertas e potes de geleia e molho.

Congelador X geladeira� O congelador da geladeira não pode ser confundido com o aparelho congelador, chamado freezer. Elisângela Wagner, culinarista, explica a diferença: “A temperatura entre eles é o que os diferencia: o refrigerador “refrigera” e não chega a uma temperatura que possa manter os alimentos por muito tempo. Já o congelador pode conservar por seis meses ou até mais.” No congelador acoplado dentro da geladeira os alimentos devem ficar por no máximo duas semanas; se passa disso, podem estragar.

agosto 2012

Degelo automático: os alimentos não precisam sair do aparelho para que ele se descongele. O processo todo dura aproxi-madamente entre seis e oito horas. Abaixo do refrigerador há uma bandeja que recebe a água descongelada

Frost-free: contém um sistema de ar circu-lante que retira a umidade contida no interi-or do aparelho. Isso evita a formação de gelo nas paredes. Não é necessário degelo e a limpeza deve ser feita apenas com a higienização do interior

Duplex: refrigerador e freezer num só ele-trodoméstico. Possuem capacidades vari-adas para o congelamento e o estoque de alimentos e funcionam independentes da refrigeração

Duas portas: o compartimento do congela-dor é separado do espaço de armazena-mento da geladeira. Nem sempre é indica-ção de ser freezer e geladeira

Entenda as diferenças entre os freezers

Antes de congelar, higienize o alimento, e o coloque em embalagens, evitando o máximo possível a permanên-cia de ar.

Embale em pequenas porções para facilitar o descon-gelamento.

Alimentos cozidos podem ser armazenados em potes de plástico e de alumínio e as carnes com embalagens plásticas atóxicas, brancas ou transparentes, e folhas de alumínio.

Coloque em cada embalagem uma etiqueta de identifi-cação, com o nome do alimento e a data que foi conge-lado. Isso facilita o controle e a localização.

Latas de bebidas e demais alimentos enlatados preci-sam ser lavados antes de ir para a geladeira.

Os ovos devem ser posicionados com o lado pontudo para baixo, pois isso faz com que a gema fique equilibra-da e o ovo fresco por mais tempo.

Carnes em peça precisam ser limpas, cortadas em porções menores e armazenadas separadamente.

Nunca deixe o freezer 100% ocupado. O ar precisa de espaço para circular e conservar os alimentos

Como congelar e armazenar

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Vida saudável

A prevenção ainda é a melhor forma de evitar ou minimizar os efeitos de alguma doença ou deficiência. Mas aceitar as pessoas como elas são se torna o passo mais importante a ser tomado.

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Ser diferente normal

A campanha que dá título a esta matéria foi criada pelo Instituto Meta Social e mostra que ter alguma deficiência não é um problema, mas faz parte da diversidade social. Quando aprendermos a conviver de maneira saudável com todas as diferen-ças existentes, aí sim estaremos em um mundo mais bonito e justo.

Porém, “a maioria dos pais não sabe, ou não quer, identificar quando seu filho tem deficiên-cia”, explica Natalia Stahlhöfer, assistente social que atua na APAE Panambi (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Segundo ela, esse ainda é o maior problema encontrado hoje no Brasil para os diagnósticos: a falta de informação e a negação por parte dos familiares. Não identificar ou não aceitar uma deficiência causa males irreparáveis às pessoas.

Inclusive, prevenir ainda é a maneira mais fácil de evitar uma deficiência, bem como acompa-nhar os primeiros meses de vida do filho atentamen-te. Detalhes fazem toda a diferença, e quando se fala em deficiências, eles são ainda mais importan-tes. “Observar o filho, suas reações e atitudes são ações que auxiliam na detecção de doenças e facilitam até mesmo o diagnóstico”, explica Tânia Maria da Silveira, fonoaudióloga e coordenadora do PAP (Programa Apaeano de Prevenção).

Esse programa, que tem apoio do Ministé-rio da Saúde e do Governo Federal, existe há sete anos e visa informar a população sobre as deficiên-cias e como fazer a sua prevenção. “São cuidados simples que, quando levados em consideração, podem fazer uma grande diferença na vida de uma pessoa”, conta Natalia. Desde que o programa foi implantado em Panambi, a procura por atendimen-tos na APAE aumentou significativamente.

O PAP é um programa com abrangência nacional e cabe a cada APAE decidir ou não pela adesão. Em Panambi, Natalia e Tânia estão visitan-do os bairros e realizando palestras sempre que solicitado. “A deficiência atinge todas as classes sociais, então, é responsabilidade de todos o auxílio na socialização”, afirma a assistente social.

Algumas medidas podem ser tomadas para prevenir uma deficiência, antes, durante e depois do nascimento. Os pais são os responsáveis pela vida que estão gerando, mas toda a família deve ajudar no desenvolvimento da criança, estimulando-a, brincando e conversando com ela. “Acompanhar o crescimento deles é a melhor prevenção. Quem busca tratamento cedo alcança melhores resulta-dos”, lembra Tânia.

agosto 2012

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27agosto 2012

Antes da gravidez – pré-concepcional- A mulher precisa procurar um médico e fazer exames de rotina, a fim de verificar as condições físicas – isso vale principalmente para mulheres menores de 18 anos e com idade superior a 35 anos- Fazer exames, como hemograma, sífilis, toxoplasmose, diabetes e tipagem sanguínea- Estar com as vacinas em dia e, seis meses antes de engravidar, se vacinar contra rubéola e tétano- Prevenir-se de doenças infecciosas

Observe o seu filhoSe o seu bebê apresentar três ou mais itens citados abaixo, procure imediatamente um médico pediatra:- Musculatura muito dura ou mole- Muito agitado- Muito quieto- Não controla a cabeça após os três meses- Não fixa o olhar nem acompanha objetos ou pessoas- Não brinca nem explora objetos- Reações de defesa ausentes depois dos seis meses- Reação exagerada, diminuída ou ausente aos sons- Não reage a mudanças de ambientes- Não reconhece os familiares- Curto período de atenção e concentração

Semana Nacional da Pessoa com DeficiênciaDesde 1964, o Movimento Apaeano promove a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência. Neste ano, ela acontece entre os dias 21 e 28 de agosto. Essa semana concentra várias atividades que envolvem todos os deficientes, pais e comunidade local. Este espaço promove a inclusão social da pessoa com deficiência, buscando fazer o compartilhamento das ações da APAE. Em cada ano há um tema diferente, que visa modernizar as ações e as ideias acerca dos trabalhos desenvolvidos.Se você quiser participar, saiba como através do telefone: (55) 3375-6089

Como prevenir deficiências:

Depois do nascimento – pós-natal- Realizar os exames neonatais – pezinho, orelhinha e olhinho- Durante o primeiro ano de vida do bebê, leve-o mensalmente ao pediatra- Amamentar o bebê no peito até os seis meses de vida e oferecer a ele, pelo menos, até os 10 meses- Não dar remédios para as crianças sem prescrição médica- Vacinar conforme a carteirinha de vacinação do bebê

No momento do parto- Dar à luz no hospital, com presença de um pediatra na sala de parto- Amamentar o bebê o quanto antes- Preferencialmente, realizar parto normal – cesarianas podem, em alguns casos, favorecer as deficiências- Exigir o teste Apgar – este exame é feito para analisar a vitalidade do recém-nascido nos primeiros 5 minutos de vida

Durante a gravidez – pré-natal- Consultar um médico obstetra pelo menos seis vezes durante a gravidez- Realizar exames periódicos- Não se automedicar – ingerir apenas remédios com prescrição médica- Ficar atenta à pressão sanguínea e infecções- Ter alimentação saudável- Não ingerir bebidas alcoólicas ou fumar- Evitar exposição a radiações – raio X- Atividades físicas exigem acompanhamento de profissionais

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Moto CB300R – 2010Dourada, 12.000 km, ótimo estadoContato: (55) 9148-8580

Del Rey – ano 1986Com direção hidráulica e ar condicionadoPlantadeira PSE8Sistema Stara SfillContato: (55) 9943-8992

S10 – ano 20044x2, ótimo estado, 15 mil km rodadosContato: (55) 9104-3981 ou 9622-2267

Parati – ano 1999Modelo 2000, troca-se por material de construçãoContato: (55) 9934-3870

Belina – ano 19901.8, a gasolina, bom estadoContato: (55) 9981-5107

Caminhonete F4000 – ano 1994Turbo, cor amarela, com carroceria gra-neleiraFiat Uno Way – ano 20101.4, 13 mil km rodados, verde, roda liga leve, ótimo estadoContato: (55) 9625-5247 ou 9939-7145

Gol G3 – ano 2000Completo, aceita-se propostaContato: (55) 9951-2861

Apolo – ano 1991Bom estadoContato: (55) 9954-1433

Eco Sport – ano 2008IPVA pago, cor preta, 1.6Contato: (55) 9183-5477

Logus – ano 1997Cor prata, IPVA pago, documentos em diaContato: (55) 9138-6518

Escort-L – ano 1993Ar quente, modelo europeu, cor bordô, 4 pneus novosContato: (55) 9125-2620 ou 9114-1210

Caçamba pedreira 4 m³Contato: (55) 9977-8801 ou 9122-6673

Caminhonete S-10 – ano 2005Cor bordo, 4x2Senic – ano 2000Completo, branco, 4 portasAstra Sedan – ano 20034 portas, completoTrilhadeiraContato: (55) 9138-9363

Trator Massey Ferguson 55XEixo alto, bom estadoContato: (55) 9154-3880 ou 9603-7768

Trator Massey Ferguson 290Pneu traseiro recapado, pneus dianteiros novos, comando hidráulico duplo, bom estadoContato: (55) 9962-6140

Trator Massey Ferguson 265 – ano 1987Ótimo estadoContato: (55) 9918-2059

Trator CBT 2600 – ano 19844x4, cabinadoEnsiladeira Geva Com repiqueContato: (55) 9936-6398

Trator Massey Ferguson 65XRodado alto, bom estadoContato: (55) 8407-2889 ou 8421-7446

Colheitadeira Clayson 135Bom estadoContato: (55) 9962-8355

Colheitadeira SLC 6200 – ano 1984Pneus recapados, totalmente revisadaContato: (55) 9132-9423

Colheitadeira Massey Ferguson 3640 – ano 1984Bom estadoContato: (55) 9993-4007

Colheitadeira Massey Ferguson 5650 – ano 2001Com caçamba, 16 pés de corte, flexível e automática com computador de bordo, cabine original de fábrica, pneus semino-vosPlantadeira Imasa MPS 1800 – ano 2004Caixa de adubo em inox, 17 linhas de trigo, 9 linhas de soja, sulcadores novos e kit para milhoContato: (55) 9625-5247 ou 9939-7145

Colheitadeira Massey Ferguson 3640 – ano 1988CabinadaContato: (55) 9689-2001 ou 9149-8245 ou 9117-7423

Caminhão Chevrolet – ano 1972Motor Mercedes BenzPalio – ano 20061.0Contato: (55) 9974-9109

Caminhão Chevrolet D60 – ano 1980Bom estado, aceita-se uma caminhonete

Fiat Strada cabine alongada no negócioContato: (55) 9957-8189

Caminhão L1620 – ano 1997Ótimo estadoContato: (55) 9118-9835

TrilhadeiraMarca Panambi, bom estadoAlambique para cachaçaCompletoContato: (55) 9131-6125

Espalhador de palhaPara colheitadeira SLC 6200Contato: (55) 3375-6305 ou 9131-6506 ou 9131-6597

Ordenhadeira WestfaliaAcompanha transferidor de leite Eletro-mac e aquecedor de água com capacida-de de 50 litros, com dois conjuntosContato: (55) 9915-0488

Resfriador 300 litros4 postes de concretoCada um com 7 metros e 400 metros de fios de cobreContato: (55) 9989-3476

Plataforma de milho – ano 1993Marca Mantovani, pagamento a combinarContato: (55) 9954-6708 ou 9671-8077

Marcador de linha GrasmecBom estado, completoContato: (55) 9186-1235

Tanque de óleoCom capacidade para 2500 litros, acom-panha mangueiraContato: (55) 9936-7538

2 pneus agrícolas18.4.30, recapadosContato: (55) 9917-9134 ou 9125-3459

Rodado largo para trator18.4.30Contato: (55) 9161-2836

Lenha em metro e tocoContato: (55) 9164-7356

Máquina de cortar carneCom moedor, serra-fita, bom estadoContato: (55) 3375-2459 ou 9983-7264

Suspensão a arPara corsa e celtaContato: (55) 9149-6729

Máquina de lavarConsul, 6 kg, novaContato: (55) 9628-8931

Classificados

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VENDE-SE

agosto 2012

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Alarme para motoPositron, seminovoContato: (55) 9146-6637

Galpão de madeiraCom 16x14 metros e zincoContato: (55) 9912-2186

Casa de alvenariaCom 146,54m², localizada na rua Carlos Gomes, terreno com 336,25m², esquina com a rua Valter Jobim, no bairro Media-neira, PanambiContato: (55) 9154-0837 ou 9112-1737 ou 3375-6245

TerrenoCom 440m², de esquina, localizado no bairro Kuhn, rua Henrique Rehn com a Borges de MedeirosContato: (55) 9937-0353

Chácara de 3 hectaresCom casa de 70 m² e 2 galpões de made-ira, localizada na Linha Ocearu, a 800m do asfalto, toda cercada, com frutíferas e plantação de pinus pronto para corte Contato: (55) 9154-3880 ou 9603-7768

Área de terraLocalizada na linha Maraney com arma-zém medindo 18x22 metrosContato: (55) 3375-0388 ou 9626-9600

3 hectares de terraLocalizado na linha SerranaContato: (55) 9183-2246

20,2 hectares de terraLocalizada na linha Raiz, Condor, com 20,2 hectaresContato: (55) 9182-4801

76 hectares de terraLocalizado na colônia Bom RetiroContato: (55) 9909-9166

10,6 hectares de terraLocalizado na linha Mambuca, Condor, com benfeitorias, água e luzContato: (55) 9637-2142 ou 9161-5354

4,3 hectares de terraLocalizado próximo ao Frigorífico Cotri-pal, linha Colônia Cash, CondorContato: (55) 9163-8490 ou (54)9122-2344

55,5 hectares de terraLocalizado em Pejuçara, com benfeitoriasContato: (55) 9624-0197

Touro zebu3 anosOrdenhadeira FockinkAcompanha uma teteiraContato: (55) 9925-5121

Filhotes de pastor alemãoCapa preta, fêmea, 4 meses, vacinadosContato: (55) 9126-7622

3 novilhasOrdenhadeira Westfalia 200Com 2 conjuntosContato: (55) 9974-9019

Vaca jerseyPrenhaContato: (55) 9182-6334

Vaca holandesaCom terneira recém-nascidaContato: (55) 9139-5331 ou 9168-5966

8 novilhasJersey com holandês, ente 8 meses e um ano e meioContato: (55) 9685-0161 ou 9149-4470

2 novilhas holandesasPrenhasContato: (55) 8402-6396

Junta de novilhas2 anos, prenhas, raça gir-leiteiraContato: (55) 9926-2943

OvelhasSanta inês e dorperContato: (55) 9963-1700

Mini vacas e mini tourosCruzamento de jersey com holandêsContato: (55) 9963-1240

5 vacas leiteirasEnsiladeira Jumil – ano 1973CarretãoTroca-se por material de construçãoContato: (55) 9993-8575 ou 9643-8154

2 novilhas holandesasPenhas de 6 meses15 novilhos aberdeen e angus8 a 12 mesesContato: (55) 9926-9261 ou 9997-1000

�25 vacas holandesasPlantadeira MP 2000Para culturas de inverno e verãoContato: (55) 9912-4451

2 novilhas com cria5 novilhas de 4 a 8 mesesTodas holandesasOrdenhadeira Westfalia 2002 conjuntosResfriador a granel 730 litros11 vacas leiteiras4 delas estão secasContato: (55) 9974-9019

Novilha holandesaNovilha jerseyPrenhas de 2 mesesContato: (55) 9182-6334

Vaca holandesa com jerseyPrenhaContato: (55) 9974-0750

10 vacas holandesasResfriador300 litrosOrdenhadeira FockinkContato: (55) 9186-1294 ou 9168-4878 ou 9194-7044

NovilhaPrenha de 7 mesesContato: (55) 9186-1216

25 vacas holandesasContato: (55) 9133-7751

COMPRA-SE.

Caminhão Mercedes BenzContato: (55) 9974-9109

Forno industrialA lenha, bom estado, para fazer bolachas e pãesContato: (55) 9188-1004

Tanque de óleo dieselContato: (55) 9639-9944

Trator Massey Ferguson 65X ou 265Em bom estado, pagamento à vistaContato: (55) 8438-0298

2 cadeirinhasPara colocar no carro, para crianças acima de 1 anoContato: (55) 8404-1083

Ensiladeira JumilContato: (55) 9114-2900

Classificador de sementes em bom estadoContato: (55) 9128-6113

PROCURA-SE.

Casal para trabalhar em tambo de leiteCom experiênciaContato: (55) 8422-3016

Casal para trabalhar em tambo de leiteNa linha 26, Ajuricaba, pede-se experiên-cia e referênciaContato: (55) 9622-8426 ou 9647-8464

Casal para trabalhar em lavoura e tambo de leite em Campo SantoContato: (55) 9657-7536

Casa para alugarCasal sem filhosContato: (55) 9108-6822

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Prata da casa

Generosidade e um sorriso no rosto

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A entrevistada deste mês, uma pequena grande mulher, tem como filoso-fia de vida o “nunca desacreditar na capacidade de ser melhor e de fazer algo melhor pelas pessoas que estão ao redor.” Ivete Schäffer começou a trabalhar na Cotripal com apenas 16 anos, e já se passaram três décadas de muito aprendizado e realizações. E o tempo, para ela, permite constan-tes desafios e um desejo diário de renovação. Leitora ávida e apaixonada pela família, Ivete investe na alegria e na fé como ingredientes de uma vida plenamente feliz.

Nome: Ivete SchäfferAniversário: 23 de janeiroIdade: 46 anosFunção: compradora da linha de bijuterias e bazar dos supermercados CotripalColaboradora da Cotripal desde: janeiro de 1982Esposo: Ivanio Barcellos

Quem é Ivete Schäffer? Sou uma pessoa generosa, humilde, sincera, honesta, ética, autêntica, sempre com a cabeça aberta a mudanças e a novas experiências.

O que a família representa para você? Minha família é meu bem maior, amo demais meus pais, e minhas irmãs são meu maior orgulho; somos cinco no total. Sou uma tia muito apegada aos sobrinhos, eles são um inestimável tesouro para mim. Viemos de uma família humilde, tivemos algumas dificuldades naturais da época, mas sempre fomos criadas com muita educação e com valores importantíssimos, como humildade e honestidade. E meu esposo é meu companheiro, me ajuda e ajuda bastante a minha família, nós nos damos muito bem e vivemos tranquilos.

Qual é o papel da fé no seu dia a dia? Sou extremamente religiosa, faço minhas orações diárias ao levantar de manhã cedo e antes de dormir. Se eu não tivesse fé e Deus comigo, seria uma pessoa incompleta.

Conte-nos como foi seu início na Cotripal. Fui contratada para ser atendente do restaurante do Supermercado Panambi. Depois, passei para a função de cardexista, uma profissão que hoje nem existe mais, devido à informatização dos controles de estoque. Aos poucos fui assumindo outras funções, mas sempre na área de compra e venda de mercadorias, até que em janeiro de 2008 me tornei compradora.

Existe algum fato marcante em sua trajetória na Cotripal que você queira dividir com a gente? Acompanhar ao longo dessas três décadas o crescimento da Cooperativa foi por si só muito marcante. Eu sou de Condor, e quando era criança vinha pra cá, e, onde hoje é o Supermercado Panambi, na época era só um banhado. Vi a construção do prédio, a inauguração, e depois vim trabalhar aqui. Vivenciar de perto as principais mudanças da Cotripal e saber que eu faço parte dessa história é muito gratifican-te.

Que lições você tira de todos esses anos de Cotripal? Aqui dentro eu aprendi a ser uma pessoa melhor, a rever minhas opiniões, a pensar antes de falar... Também aprendi a admirar e a respeitar as pessoas e conviver em grupo.

O que você mais gosta em sua área de atuação? Adoro todo o meu serviço, desde a hora de comprar, receber, conferir, dar entrada, etiquetar com preço e principalmente depois, ao ver o cliente satisfeito, comprando e usando nossas mercadorias.

Você se considera uma pessoa realizada? Me sinto muito realizada, mas sei que tenho muitas coisas para alcançar ainda, pois cada dia é um novo desafio, novas experiências, e sempre temos muito a aprender.

Quais são seus sonhos para o futuro? Tenho vontade de, mais tarde, fazer um curso relacionado à saúde e beleza. E sempre ajudar minha família no que for preciso.

Nas horas vagas, o que você costuma fazer? Gosto de fazer caminhadas com meu esposo, adoro assistir a filmes e leio muitos livros, jornais e revistas. Costumo brincar dizendo que até bula de remédio eu gosto de ler. Não sou muito de sair, prefiro ficar em casa, no aconchego do lar, com meu esposo e meu gatinho de estimação.

Deixe uma mensagem ao leitor. Gosto muito de uma mensagem da Cora Coralina, que diz o seguinte: “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir”.

agosto 2012

Page 31: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

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Compartilhe a sua receita preferida!Se você quer ver publicado aqui aquele prato especial que alguém da sua família prepara, entre em contato conosco.

Mande sua dica para [email protected] ou ligue para (55) 3375-9071

Frango ao creme de milho

Petit gâteau de melado

IngredientesPara o frango:1 peito de frango cozido e desfiadoAzeite½ cebola picada2 dentes de alho amassadosSal e pimenta-do-reino a gosto½ pote de requeijão

Gostinho de “quero mais”

Ingredientes800g de chocolate branco picado100g de manteiga400g de melado de cana300g de farinha de trigo6 ovos

Prato bom é aquele que você fica com vontade de refazê-lo, em outra oportunidade, para se deliciar novamente. As receitas escolhidas para essa edição prometem deixar o famoso gostinho de “quero mais” na boca de todo mundo que provar. A primeira escolha foi sugestão da leitora Jaqueline Silveira da Silva e a segunda traz de volta um doce muito popular por aqui, o melado. Mãos na massa!

Modo de preparoPara o frango:Em uma panela, refogue no azeite a cebola e o alho, adicione o frango e tempere a gosto. Depois, acrescente o requeijão.

Para o creme de milho:Bata no liquidificador o milho, o leite, o amido de milho e o caldo de galinha. Em uma panela, refogue a cebola e o alho no azeite, adicione a mistura do liquidificador e mexa até borbulhar.

Montagem:Disponha o frango na refratária e por cima o creme de milho. Cubra com queijo ralado e leve ao forno alto por cerca de 30 minutos, ou até dourar. Sirva com batata palha.

(receita enviada por Jaqueline Silveira da Silva)

31agosto 2012

Modo de preparoDerreta o chocolate branco e misture com a manteiga e o melado. Reserve. Na batedeira, bata os ovos até dobrarem de volume. Adicione a mistura de chocolate e mexa delicadamente. Vá acrescentando a farinha de trigo peneirada e misture com cuidado. Distribua a massa em forminhas untadas e enfarinhadas. Leve para assar em forno quente por 15 a 20 minutos, ou quando a superfície ficar firme. Desenforme ainda quente e sirva em seguida.

Para o creme de milho:1 lata de milho verde escorrida200 ml de leite1 colher de sopa de amido de milho1 tablete de caldo de galinha2 dentes de alho amassados½ cebola picadaAzeiteQueijo ralado para polvilhar

Page 32: Revista Atualidades Cotripal - nº 106

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