revista bem estar ah relaxa 06/02/2011

32

Upload: fernanda-caprio

Post on 21-Jun-2015

1.331 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Fonte: Entrevista de Alexandre Caprio

TRANSCRIPT

Editorial

Pensamentos

Grande parte do nosso esforço como indivíduos destasociedade contemporânea se resume a reprogramar nossamente para enfrentar crenças limitadoras que nos foramsendo incutidas ao longo da vida. Uma dessas crenças, naverdade uma falsa concepção, é confundir ócio compreguiça, descompromisso. Quem nunca se sentiu culpadopor deixar uma pilha de trabalho por fazer para “não fazernada”? Na reportagem de capa desta semana, a repórterGisele Bortoleto ouve de especialistas em corpo e cérebrocomo dotar de qualidade este “não fazer nada”. Sãoatividades simples, recreativas, que dão descanso para océrebro para você enfrentar recarregado, ainda com maisvigor, aquela pilha de trabalho lá atrás. Ora, até o dicionáriose refere a ócio como lazer. Não sinta culpa de se desligardo mundo de vez em quando. O “nada” às vezes é tudo.

24Na Tailândiae no Laos,paísesvizinhos umdo outro, façaum roteiroexótico queinclui osmais belostemplosbudistas doplaneta,praiasirresistíveise comidasbemdiferentes

20Aos 37 anos, Rodrigo Faro vive o melhor momento de suacarreira como apresentador da Record: ‘Não quero novela’

17Neurocirurgião e coach ensina como podemos viver emharmonia com as leis imutáveis que regem o universo

Poesia

Estrela e Flor

Como pude amar-te tanto?

O poeta vem lembrar-me

Tu és uma estrela a brilhar no céu

Sou flores mergulhadas em

sonhos

Nos ramais da hera

Pois a vida é feita

De reentrâncias e saliências

Não há palavras que expressem

A beleza de uma estrela

E a beleza de uma flor

As palavras são tão poucas

Para ternuras tão belas

Não poderão projetar-se

Na singeleza de um leito

Se um resplandece em estrela

Outro em fragrância se revela

Não te iludas, porém,

Se descobrires em ti, força efascínio

Pois a flor tem beleza e fragrância

Mas também tem pétalas e

espinhos

Não há versos sem poesiaAdorno que enfeita o destino

Julgamos dominar-nos... o que

somos?

Impossível dominar o que

sentimosMargarida Góngora Mantovani

“Se desejas ver, ouça; ouvir é um degrau para avisão.” (São Bernardo de Clairvaux)

“Esperança é o sentimento de não ser permanenteo que estamos sentindo.” (Jean Kerr)

“Aquele que não pode perdoar destrói a ponte sobrea qual ele mesmo deve passar.” (George Herbert)

Agência O Globo

Turismo

Luiza Dantas/Divulgação

Televisão

Hélio Tuzi

Não sinta culpapor se ‘desligar’

Eduardo Carlos da Silva

página 2 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Curso de Meditação

no CEBB Campinas

Turma 1: dia 12

Turma 2: dia 26

Vagas limitadas

Duração: seis horas

Investimento: R$ 80

Com as instrutoras Denise

Barranco e Teresa Bessil

Informações e inscrições:

(11) 9949-2769

GrupodeEstudos em

Psicopatologia

EmRioPreto

Na Acirp (rua Silva Jardim, 3.099)

12 encontros (um sábado por mês)

Início no dia 12 de fevereiro:

revisão/entrevista, às 9h30

Inscrição: R$ 50

Investimento: 11 pagamentos

de R$ 50. Informações e

inscrições: (17) 3016-6340

e 8133-9119Curso de Desenvolvimento

em Psicoterapia Psicanalítica

Teoria e Técnica Psicanalística

Público alvo: médicos

e psicólogos

Duração: um ano

Um fim de semana por mês

Informações e inscrição: (17)

3232-6331 e 3233-7107 e

[email protected]

Agenda 12 e16 de

fevereiro

Iníciodia 12 defevereiro

Início emmarço

PÉS EM ORDEMPARA O VERÃO

Beleza

As notas para a

agenda podem ser

enviadas para Gisele

Bortoleto no e-mail

gisele.bortoleto@

diarioweb.com.br

ou pelo fone

(17) 2139-2084

Agência Estado

Verão convida a uma tempo-rada de desfiles de pés de foraem sandálias e sapatos abertos.Mas deixá-los expostos sem cui-dados induz a pele ao resseca-mento e, nos piores casos, a ra-chaduras, e esse desleixo acabacom qualquer look.

As regiões do calcanhar eda lateral do dedão são os prin-cipais alvos e merecem atençãoredobrada. “A exposição ao solfaz com que a pele perca sua hi-dratação natural, os pés in-chem e fiquem apertados noscalçados. A longo prazo, essequadro ainda pode incluir ca-

los”, alerta a dermatologistaMarcella Delcourt, da Socieda-de Brasileira de CirurgiaDermatológica. E o sol não é oúnico vilão. “Além do calor, apredisposição a andar descalçofavorece o ressecamento e o apa-recimento de micoses.”

Se os pés apresentarem aspe-rezas e calosidades - e a pele es-tiver com uma textura grossa -,o primeiro passo é investir nu-ma boa esfoliação. Mas não po-de exagerar. De acordo com apodóloga Camila Santos, do ate-liê de beleza Arti Salus, afrequência não deve ultrapas-sar duas vezes por semana. “Es-foliar significa retirar as célu-

las mortas da pele mecanica-mente. Em exagero, a limpezapode retirar a proteção naturalda pele, o que pode piorar a as-pereza”, diz.

Nada de lixas

O uso de lixas, outra atitu-de muito comum no trato dospés em casa, é condenada pe-los especialistas. “Lixar ospés ou cortar a pele endureci-da com uma gilete só vai esti-mular o aparecimento deuma nova, com o mesmo as-pecto. O ideal é usar esfolian-tes que contenham hidratan-tes”, diz Marcella.

Para hidratar mais intensi-vamente, não basta passar omesmo creme de corpo nospés, já que essa área do corponecessita de cuidado específi-co. “Os cremes para os pés sãomais espessos e têm ingredien-tes potentes, como óleos emo-lientes e manteigas”, diz apodóloga. Produtos que con-têm ativos refrescantes tam-bém são boas pedidas. Outradica é aplicar o hidratante emmomentos estratégicos dodia: após o banho, quando apele vai absorver melhor osativos, ou antes de dormir, pa-ra o creme agir sem a interfe-rência do calçado. �

Para hidratar, não basta passar o mesmo creme de corpo,

já que seu ‘pisante’ necessita de cuidados específicos

DIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefe

Fabrício [email protected]

Editora-executivaRita Magalhães

[email protected]

CoordenaçãoLigia [email protected]

Editor de Bem-Estar e TV

Igor [email protected]

Editora de TurismoCecília Demian

[email protected]

Editor de Arte

César A. Belisá[email protected]

Diretora SuperintendenteRosana Polachini

[email protected]

Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa

DiagramaçãoClaudia Paixão e Cristiane

Magalhães

Tratamento de Imagens

Humberto Pereira,Silvio Coleti e Luis Antonio

Matérias:Agência Estado

Agência O GloboTV Press

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 3

...e dedique um tempo do seu dia a atividades prazerosas

para evitar uma sobrecarga do cérebro, recomendam

especialistas. O ócio, ao contrário do que se pensa,

pode melhorar seu rendimento

Gisele [email protected]

Se seu rendimentono trabalho já não é maiso mesmo, nem sua capacida-de de concentração, se já nãonem consegue encontrar solu-ções simples para problemas com-plexos como fazia antes e, pormais que trabalhe, no lugar deconseguir dar conta do recado, oserviço só se acumula, saiba que,em vez de aumentar o ritmo e fi-car 10 ou 12 horas por dia ralan-do na empresa e levando serviçopara casa, você precisa fazer exata-mente o contrário.

A resposta para esses proble-mas, segundo especialistas emcorpo e cérebro, pode estar emdar uma pausa nas atividades es-tressantes e optar por atividadescomo ir ao cinema, fazer uma ca-minhada, conversar com amigos,ouvir uma música ou simples-mente ficar deitado com as per-nas para o ar.

Se o cérebro humano fica liga-do apenas nas demandas do dia adia, sem uma folga, nem que se-

jam algunsminutos paraatividades prazerosas,há uma sobrecarga, de acordocom o neurocientista Ivan Iz-quierdo, da Pontifícia Universi-dade Católica (PUC) do Rio Gran-de do Sul.

É importantíssimo, neste ca-so, que equacionemos ativida-des de trabalho e lazer. Mas, me-lhor do que ficar simplesmenteà toa e ver um filme na TV ou nocinema, passear para curtir e des-cobrir coisas novas, conversarcom os amigos e com as crianças(filhos, sobrinhos, netos). “Co-mo dizia uma senhora sueca,mãe de um grande amigo meu:sentir cheiros, ver as cores e, fun-

damentalmente, ouvir os sons”,afirma Izquierdo.

Quandousamos océrebro ape-nas para o trabalho, o rendimentocai. Isso acontece, segundo oneurocirurgião, porque talvez nãoequacionemoscorretamenteas ati-vidades que exigem grande con-centração e lazer. “Não há muitosestudos funcionais sobre isso, masa percepção de quem padece doproblema é óbvia. O rendimentocai se não alteramos trabalho e la-zer ou com a prática de um ho-bby”, diz o especialista.

É difícilavaliar o que é

considerado exata-menteuma sobrecarga pa-

ra o cérebro, mas, para Izquier-do, embora não haja tantos gêniospara fazer um estudo comparativocom mortais comuns (ele tem 73anos e diz só ter conhecido um atéagora, Luis Federico Leloir, prê-mio Nobel de Química, em 1970),o mais provável é que os grandespensadores, gênios ou não, sabiamdistribuir seu tempo melhor queos outros, intercalando com as de-mandas diárias atividades nãoobrigatórias.

O fisiatra Carlos Alberto IssaMusse, chefe do Serviço de Fisia-tria e Reabilitação do HospitalSão Lucas e professor da Facul-

dade de Medicina daPUC do Rio Grande do

Sul, afirma que a sobrecar-ga, hoje, pode ser atribuída

ao nível de exigência da socie-dade moderna e competitiva.

Você pode nem se dar conta dis-so mas, diante dessa nova ordem,os resultados são problemas orgâ-nicos como dores difusas pelocorpo e distúrbio do sono.

Todaessasobrecargapodepro-vocar uma mialgia tensional, queocorre quando uma pessoa não re-laxa, não se dedica a uma ativida-dede lazere fica semprepreocupa-da em tomar decisões. “Essas pos-turas não permitem que tenha-mos momentos de relaxamento ede descanso, que são importantespara que o organismo se regene-re”, afirma o especialista.

Musse afirma que é funda-mental termos um sono de quali-dade para relaxar o corpo físico etirar o cérebro da atividade do fo-co para que se prepare para en-frentar o dia seguinte.

Existe até mesmo um termopara definir os reflexos muitas ve-zes de exigência da sociedade mo-derna: a síndrome de burnout

Comportamento

O trabalho pesou?Saia de fininho...

página 4 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

(do inglês “to burn out”, quei-mar por completo), também cha-mada de síndrome do esgotamen-to profissional, assim denomina-da pelo psicanalista norte-ameri-cano Herbert Freudenberger,após constatá-la em si mesmo, noinício dos anos 1970.

Os sintomas dessa síndromesão variados: dores de cabeça, ton-turas, tremores, falta de ar, oscila-ções de humor, distúrbios do so-no, incapacidade de concentra-ção e problemas digestivos.

Um dos maiores defensoresda teoria de que o cérebro precisade uma pausa para funcionar me-lhor é o sociólogo italiano Dome-nico de Masi. A tese dele é que nasociedade chamada pós-indus-trial o homem não precisariamais esgotar-se de tanto traba-lhar, oito, 10 horas por dia enfur-nado em um escritório.

Segundo ele, o avanço da tec-nologianospermiteaproveitarme-lhor o tempo livre com o estabele-cimento de uma rotina equilibra-dae fazercom que lazer, trabalhoeestudo se cruzem de maneira tãoharmoniosa que a pessoa não con-siga distinguir exatamente de qualdelesestáseocupandoemdetermi-nado momento. Pela tese dele,ócio não é caracterizado por mo-mentos inertes, mas pela ocupaçãodo tempo de forma gratificante.

AdefesadeMasié que,mesmocom toda a tecnologia disponível,continuamos trabalhando como

operários de uma fábrica de linhademontagem do século18. Temoshorárioparaacordar,chegaraotra-balho, horário para comer, horáriopara voltar ao trabalho, para sair,para dormir. Temos funções acumprir,procedimentosburocráti-cos e que a empresa é um sistemaque,comfrequência,produzinfeli-cidade e medo.

Para a psicóloga cognitivo-comportamental Mara Lúcia Ma-dureira, as pessoas que mantêm ocorpo e o cérebro ocupados apenaspor demandas cotidianas atingi-ram a condição de autômatos, per-deramanoçãodoverdadeiromoti-vo do trabalho e da existência eadotaram um modo de vida empo-brecedor da capacidade criativa,que em geral se manifesta quandoa mente está desocupada.

“Oserhumanonasceinteligen-te, dotado da capacidade de pen-sar, produzir ideias e realizá-las”,afirma. “Robotizar a vida equivalea abortar o direito ao lazer, prazer,descontração e ao descanso.”

Dessaforma,Maratambémde-fende que dediquemos uma partedo nosso dia para não fazer nada.“A ociosidade é fundamental paramanter o equilíbrio entre o gastode energia e a reposição das ener-gias”, diz. O ócio relaxante favore-ceamanifestaçãodeideiasinovado-ras, soluções mais eficazes para osproblemas e a aquisição de novosconhecimentos, imprescindíveis auma vida satisfatória e feliz.

Aprendaaadministraro tempo,organize-seeprogrameas atividadesdiáriaspriorizandoalgumashoraspara oócio

O trabalhoéum meiodegarantir qualidade de vida, desesentir realizadoesocialmenteprodutivo, nãouma formade escravização,nema razão daexistência.Quantomais tempo fordedicadoà leitura, aoestudo eaconhecimentos,melhores osresultadosprofissionais, maiora compreensãodesi, dosoutroseda vidaem geral

Leia, estude, aprendasempre, enão sepreocupecomcoisas triviais. Fofoca,inveja, culpa, arrependimentonuncaservirampara melhorara vidadeninguém. Portanto,nãoperturbesua mente nemadeoutraspessoascomquestõesdessa natureza

Sonhe, divague, planejeedesfruteas férias. Usecadamomentoociosoparaentregar-seaodeleite deesvaziar amente, visualizecoisasesituaçõesque vocêdeseja alcançar esinta comose jáas tivessealcançado

Aprenda técnicasderelaxamento, alongamento emeditação. Faça caminhadas,brinque.Dêmais importânciaàsquestõesdivinas,contemplea vidaeanatureza.Amplieoalcance dos sentidos

Faça coisasprazerosas,uma refeição emfamília ouentreamigos, cultivar plantas,cuidar deum bichodeestimação, fazer trabalhosmanuais, pedalar, pescar, sairparadançar ou ir ao cinema

Durante obanho, sinta atemperaturadaágua emcontatocomapele, o cheiro dosabonetee xampus, a texturadasbuchas. Faça dessemomentouma festa desensações.Ao deitar, façaseucorpopesar sobre o colchão,relaxe todos os músculos,sintao lençol sobre seucorpo

Valorize ohumor. Nãodesperdicenenhumaoportunidadedesorrir,gargalhar ebrincar com as

situaçõesda vida �

Fonte: Mara Lúcia Madureira,

psicóloga

Tranquilize-se

Reser-var na agen-

da algumashoras durante a

semana para cui-dar de si mesmo é a

receita do fisiatra Car-los Alberto Issa Musse

para garantir uma melho-ria na saúde física e men-

tal. Assim como você anotaos compromissos com tercei-

ros, anote também que tem umcompromisso com você mesmo.

A sobrecarga de atividadesmuda o desempenho profissio-nal, sentimental e cognitivo. “Apessoa que não tem tempo parasi fica com irritabilidade e malhumorada e o lazer é importante

para melhorar esse quadro”, afir-ma o médico.

Ele recomenda então que aspessoas reservem pelo menos 120minutos por semana para algumaatividade preferida como ler umlivro, ver um filme ou até mesmosentar e conversar com a famíliacom o celular desligado e desco-nectado da internet.

Alémdisso, segundo ele, é fun-damental desenvolver alguma ati-vidade física para a saúde do cor-po. “Dedicar pelo menos outros120 minutos do seu tempo duran-te a semana também é ótimo parareduzir o estresse e melhorar a ca-pacidade cardiovascular”, afirma.Parece muito, mas dá menos de20 minutos por dia. (GB)

Cuide de você

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 5

O seu cérebro vai tentar convencê-lo a repetir padrões de comportamento, mesmo

que eles resultem em erro. Cabe a você persistir e tomar direções diferentes

Gisele [email protected]

Já reparou que muitos denós ficamos batendo sempre namesma tecla e tendemos a repe-tir determinados modelos decomportamento, mesmo quan-do esses nos levam a “quebrar acara” e nos causam sofrimento?

Para a psicóloga cognitivo-comportamental Irene AraújoCorrêa, as pessoas repetem pa-drões por recompensas (muitasvezes por ganhos secundários),por previsibilidade ou por difi-culdades em ampliar opções.Repetem aqueles padrões quelhes trazem sofrimento, muitasvezes por não se julgarem capa-

zes de mudar, por se senti-rem mais seguras (uma mu-dança pode piorar aindamais o que já é ruim) ouaté mesmo por terem difi-culdades em encontrar al-

ternativas às escolhas atuais.Algumas pessoas não se in-

comodam em repetir padrões,quando esses não causam insa-tisfação, frustração ou perdasimediatas. Acomodam-se a umestilo de vida no qual tentamcriar justificativas às suas açõese suas consequências.

Muitas pessoas chegam atémesmo a apostar numa repeti-ção dos padrões como uma re-sistência esperançosa de obterum resultado diferente, provan-do a elas mesmas e aos outrosque não estavam erradas antes.O físico Albert Einstein(1879-1955), conhecido por de-senvolver a teoria da relativida-de, tem uma frase para descre-ver a tentativa: “Insanidade éfazer sempre a mesma coisa eesperar resultados diferentes”.

As repetições de padrões seestabelecem como resultadodas vivências da pessoa, de sua

interação com o ambiente e daformação emocional. Por isso,há um entrelaçamento dos pa-drões com a maneira como apessoa vê as situações que seapresentam. As reações são au-tomáticas e uma visão clara so-bre elas é mais difícil.

Geralmente, os padrões sãopercebidos e avaliados por suasconsequências. É quando se ad-quire a consciência de que as re-petições estão interferindo emsua vida de maneira negativaou causando muitas frustra-ções e enganos. Há pessoas quenão identificam as repetiçõescomo algo que esteja interferin-do em sua vida de maneira ne-gativa. Atribuem seus resulta-dos à ação de outras pessoas ouprocuram fugas aparentementeseguras para não enfrentar a ne-cessidade de mudança.

Para mudar esses padrões,segundo Irene Corrêa, é preci-

so identificá-los e discriminá-los. Ao tomar consciência deque determinado comporta-mento está interferindo em suavida e nos resultados que espe-ra, a tendência é o desejar mu-dar a causa, mas é preciso dar oprimeiro passo. Outro passo im-portante para mudança de pa-drões é verificar se a situaçãoatual é semelhante a outras dopassado. Como a pessoa se com-portou? Quais os resultados eas consequências?

Observe, relembre e compa-re fatos ocorridos no passadocom a realidade da situaçãoatual. É semelhante? “A mu-dança será possível quando seconscientizar que a situaçãoatual, apesar de semelhante, éuma nova oportunidade paramudar as coisas”, diz Irene. Épreciso compreender que o con-texto não é o mesmo e suasações podem ser diferentes.

Atitude

‘TODO DIA ELA FAZTUDO SEMPRE IGUAL...’

página 6 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Para a psicóloga cognitivo-comportamental Mara LúciaMadureira, o problema vem delá atrás, porque existe um pa-drão de aprendizagem na infân-cia e o cérebro registra essa ex-periência. Depois, toda vez quevocê estiver diante de uma si-tuação semelhante, por meiode um processo de identifica-ção, o cérebro recorre ao regis-tro mais parecido. Esse proces-so é inconsciente. Você sim-plesmente internaliza esse mo-do e na idade adulta nem sabeo que está fazendo.

Você percebe que está repe-tindo esses padrões pelasconsequências. Quando o resul-tado é bom, tudo bem. O pro-blema é que nem sempre é as-sim. “Por que os outros fazem edá certo e só comigo dá erra-do?”, você se questiona. Por-que é o que você faz que gera es-sa consequência.

Mara Lúcia diz que é preci-so compreender onde esse com-portamento foi aprendido, des-construir esse padrão e cons-truir um novo e mais eficaz. Sóque prepare-se! Quando come-çar a colocar em prática sua no-va estratégia, seu cérebro tenta-rá lhe mostrar que essa mudan-ça dará muito trabalho, que se-rá difícil, que não funcionará,para que você desista.

Isso porque, depois de vá-rias repetições daquele compor-tamento, seu cérebro já automa-tizou e adquiriu o status de “sufi-cientemente habilitado” e vocêjá não pensa mais, faz aquilo au-tomaticamente.

O psicólogo cognitivo-com-portamental Rubens Caratta afir-

ma que esses padrões surgemem algum momento da vida daspessoas e podem ter sido atéúteis em algum momento. Mastendemos a repetir as mesmas so-luções e aí reside o distúrbio.

“Na medida em que nos co-locamos a avaliar nossos pensa-mentos, os sentimentos se tor-nam mais suscetíveis de mu-dança e junto com eles os nos-sos comportamentos, que osrefletem”, diz. A chave para amudança é a persistência,porque, sendo um hábito, eleestá instalado e a nossa ten-dência é de repetir as coisasque nos são familiares.

O psicoterapeuta cogniti-vo-comportamental AlexandreCaprio garante que as pessoastendem a repetir o comporta-mento muitas vezes porquetêm o estímulo e não abremmão dele. É como no caso do ví-cio, em que a pessoa sabe quevai ter problemas físicos, quepode viver menos, mas tem umganho que acaba se sobrepon-do ao conhecimento que elatem do dano e prefere conser-var o prazer atual que o vícioproporciona do que ter de refor-mular toda uma rede de costu-mes e ter um ganho que não po-de predeterminar.

Esses padrões que nos fa-zem repetir o comportamento,segundo Caprio, são adquiri-dos durante nosso desenvolvi-mento, na cultura onde esta-mos inseridos, no ambiente, nanossa educação e, muitas vezes,de traços que nossos pais e nos-sa família nos transferiram,amigos ou grupos sociais.

É preciso enxertar se a repe-

tição desses padrões está le-vando a perdas que podemser físicas ou mesmo sociais ea intensidade delas. “O pro-blema é que muitas vezes apessoa coloca a culpa não naspróprias atitudes, mas no ou-tro”, afirma Caprio. Achaque foi o outro que mudou, asociedade que não ajuda, asorte que não está conspiran-do a favor ou Deus que faltoucom algum tipo de força, masnunca nós mesmos.

De acordo ainda com o psi-coterapeuta, é sempre mais cô-modo encontrar culpados doque se esforçar para mudar.Quando alguém está em umemprego, não quer passar pormudanças ou situações de tur-bulência. As pessoas procuramsempre fazer o menor nível deesforço possível e quando têmde mudar um hábito ou umaconduta, se questionam, e o or-gulho não deixa admitir que es-tavam erradas.

Assuma a absolutaresponsabilidade por seuscomportamentos. Sealguma coisa não estádando certo, é que algumacoisa errada você fez

Abra uma janela paraa compreensão e procuresaber o que deve fazer paramelhorar. Se não temcondições de fazer issosozinho, procure a ajuda deoutras pessoas. Pode serum psicólogo ou alguémem quem você confie e quetenha habilidade paraajudar

Coloque em prática.Esta é a pior parte, maisdifícil até do que admitir ereconhecer porquedesistimos muito fácil.Tenha em mente que seucérebro vai tentar dizer queo comportamento antigoestava certo e que ascoisas novas que você estáfazendo não se aplicampara o seu caso, natentativa de fazê-lo desistirpara que ele não tenha degastar energia. Persista

Fonte: Mara Lúcia Madureira,

psicóloga

cognitivo-comportamental

Para ficar ‘afinado’Saiba que é possível aprender

com os erros e mudar a qualquermomento, apesar de não ser umatarefa fácil. O psicoterapeuta Ale-xandre Caprio explica que o serhumano é como um violino, queafina e desafina o tempo todo. En-tão, sempre temos opção de mu-dar. Sabemos, muitas vezes, qualé o caminho certo para seguir nos-sa vida, mas insistimos em seguiro trajeto mais fácil. Para mudar ésimples: é só uma questão de es-forço, e ter em mente o que vocêquer para sua vida.

O psicoterapeuta norte-ameri-cano Stanley Rosner percebeu aolongodos anosque umas dasques-tõesquemaisangustiavamseuspa-cientes era a repetição de compor-tamentos. Ele e a escritora PatríciaHermes se uniram então para es-crevero livro“O CiclodaAuto-Sa-botagem”(ed.Record)comoobje-tivo de fazer com que as pessoaspossam se libertar de determina-das formas de agir e começar umprocesso de transformação.

No livro, diversos casos clíni-cos são relatados para que as pes-soas possam entender, assim co-mo os pacientes de Rosner perce-beram que as repetições de com-portamento que vemos com tantaclareza na vida dos outros tam-bém estão presentes em nossas vi-das. Entre elas estão um homemque casa sempre com mulheresde personalidades parecidas eque nunca o satisfazem; uma mu-lher traumatizada com a opressãoque viveu por ser filha de um paiextremamente autoritário se casacom um homem muito semelhan-te, com quem mantém um rela-cionamento igualmente sufocan-te; um homem que reclama denunca ter o trabalho reconhecido

pelo chefe e passa a ter o mesmocomportamento com os funcioná-rios que gerencia.

No livro, o médico diz que oque vemos com tanta clareza nooutro oculta-se de nós mesmos eé importante tentar descobrir acausa, quase irracional, deste ci-clo fechado e obsoleto: “Talvezporque nossos comportamentosrepetitivos estejam enraizados, se-jam instintivos”, diz o autor.

Stanley Rosner diz ainda no li-vro que agir sempre da mesma for-ma pode ser um hábito que nãotrazgrandesproblemas,comoman-tersempreamesma rotinaantesdesair para trabalhar. No entanto, emalgumasatitudesdiantedavidasãoverdadeiras autossabotagens. “Nossabotamos por termos medo deabandonar uma forma já conheci-da de agir para encarar uma situa-çãonovaedesconhecida,quepode-mos não saber como lidar.”

A psicóloga Irene AraújoCorrêa diz que mudar não é umatarefa fácil. Nem sempre a pessoatem a força emocional suficientepara compreender seus padrões derepetição. O que acontece é que apessoa não consegue ver uma saí-dadiferenteda conhecida,daquelaque ela está habituada a produzir.Modificaçõesprofundaspodemge-rar muito medo e resistência, poisestabelecem uma nova ordem eexigem que a pessoa se sinta capazde identificar padrões automáticosde comportamento. “O importan-te é perceber que ela não está jul-gando a si, mas ao seu comporta-mento”, diz. Com essa isenção esem pressa, a pessoa pode mudar oolhar sobre sua vida e transformarcadamomentoemumanovapossi-bilidade para estabelecer recom-pensas emocionais. � (GB)

Bata emoutra tecla

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 7

Aprenda a lidar com a perda. Toda partida representa um recomeço... para ambos os lados

Gisele [email protected]

Juliana, uma adolescente deBrasília de 13 anos, está estudan-do em um colégio particular deRio Preto e conquistou um gran-de número de amigos. Mas a pas-sagem dela pela cidade está comos dias contados. Ela vai se mu-dar com a mãe, que ocupa um al-to cargo em Brasília.

O clima já é de tristeza entreos colegas que se afeiçoaram aela. Todos sabem que dentro dedois meses haverá a inevitável se-paração. A adolescente vai paraa Capital da República, onde cer-tamente será cercada de boasoportunidades e o colégio ondeestuda atualmente também vaiseguir sua rotina. Mesmo assim,os amigos mais próximos já co-meçam a ficar tristes.

O escritor e consultor Eugê-nio Mussak compara a escola aum entreposto de emoções. Nocolégio, encontramos amigos eprofessores, nos afeiçoamos econstruímos um mundo muitoseguro ao nosso redor. Aí, de re-pente, chega o final do ano e mu-da tudo. O foco passa a ser a sen-sação de vazio, de perda, de de-samparo, de desassossego. En-tão começa um novo ciclo, co-nhecemos novas pessoas e esseciclo se fecha novamente.

Meninos e meninas, segundoele, de certa forma estão se prepa-rando para uma situação que irãoenfrentarpelorestodavida:encon-tros, afinidades, desencontros e se-parações.Masnão podemosesque-cerquecadaumdenóstemumca-minho a seguir e tem de fazer suaparte. A vida não para enquantochoramos as nossas perdas.

Nossa vida é um conjunto demudanças e nenhum de nós estálivre de sofrer com as perdas.Quantas vezes trabalhamos num

lugar, nos apegamos à causa, aoambiente, às pessoas. Somos colo-cados em contato com os outrose atraídos a eles por semelhan-ças, valores, afinidades, afetos einteresses. E, de uma hora paraoutra, somos afastados delas pe-los destinos particulares.

Todos nós já tivemos e aindateremos Julianas em nossas vi-das. Pessoas importantes masque se foram, tiveram de seguirseus destinos. Fazer amigos, en-volver-se com alguém e criar la-ços humanos no trabalho ou terrelações amorosas são riscos gran-des em nossas vidas. Provavel-mente, irão ocorrer separações eelas nos fazem sofrer.

O consultor lembra que é im-possível alguma conquista semtermos ao mesmo tempo uma per-da. Quando fazemos uma coisa,temos de renunciar à outra.

Quando você escolhe algu-ma coisa - uma profissão, a pes-soa com que vai compartilhar a

vida, um prato no restauranteou a roupa que vai vestir - pres-supõem-se renúncias.

A dificuldade para lidar comtudo isso, na opinião de Mussak,faz parte do estado mental das pes-soas porque em princípio não es-tamos preparados para as perdas.A sociedade ocidental modernaprepara os jovens para os ganhos,para as vitórias, para as conquis-tas, o sucesso na profissão, e nãonos prepara para essas “perdas”.

O sentimento da perda é umaconstante em nossa vida. Esta-mos sempre tendo de nos afastarde alguma coisa e por isso temosa dificuldade de nos separar da-queles com quem criamos um elode afeto. Porque temos a sensaçãode que o afeto será perdido quan-do na verdade ele apenas se dis-tanciou. Temos de aprender coma existência deles e não com suapresença física, porque não pode-remos estar ao seu lado sempre.

O budismo prega o desapego

porque nada é definitivo, tudo étransitório. Você tem de se desa-pegar e esta é uma das partes maisdifíceis da doutrina.

Para a psicóloga Gisele LélisVilela de Oliveira, o sentimentode perda vivenciado nessas situa-ções resulta da relação afetiva queexistia entre as pessoas, o grau deintimidade. “Na verdade, essesentimento diz respeito ao modocomo o relacionamento se deu, asatividades que fizeram juntos, ahistória que esse par estabeleceudurante o tempo de relaciona-mento”, afirma.

Esse sentimento de perda, se-gundo ela, se dá devido aos mo-mentos que as pessoas vivencia-ram juntas, as experiências adqui-ridas, que não serão mais possí-veis. Há uma perda social.

Há uma necessidade impos-ta pela vida de que se redesenheos relacionamentos, reformatan-do assim a vida em função dasausências. “A lógica da vida é es-

sa”, diz. Durante todo tempo, avida vai assumindo novos dese-nhos em função da presença ouausência de pessoas com as quaisestabelecemos nossa convivên-cia. O autoconhecimento é algoque pode ajudar muito, pois elepoderá oferecer suporte emocio-nal e afetivo suficientes para en-frentar as perdas de modo geral,com isso a pessoa irá aprender acanalizar seu amor também paraoutras pessoas.

A psicóloga cognitivo-com-portamental Mara Lúcia Madu-reira afirma que sofremos com asseparações porque temos a pre-sunção de acreditar que não pode-mos passar por certos sofrimen-tos e que nossa vida deveria serprevisível. “São poucas as pessoasque permanecem na nossa vida.Fica apenas o aprendizado”, diz.Nada impede de vivenciarmos es-ses vínculos, apesar da distância.Lamentamos as separações, masfazemos muito pouco para resga-tar esses vínculos.

O sentimento de perda comas partidas vai existir em todas asfases da nossa vida. Para a psicólo-ga Silvana Parreira de Jesus, preci-samos ter em mente que nossa vi-da é um entra e sai constante depessoas. Cada um tem um cami-nho para trilhar. “Cada um vaibuscar um roteiro diferente”, diz.

Essa tristeza quando nosdesligamos de alguém é nor-mal. É um processo de mudan-ça. O tempo, segundo Silvana,acaba mostrando que essa mu-dança foi necessária. O impor-tante é aprender a trabalhar es-se sentimento dentro de você.

Para a terapeuta Silvia Lux,precisamos sempre dar aberturapara construir novos relaciona-mentos, conhecer novas pessoas eaprender a lidar com esse momen-to porque nada é eterno. As sepa-rações fazem parte da vida. �

Força interior

Vida que seguewww.sxc.hu/Divulgação

página 8 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Opensamento positivo, seguido de umaaçãopositiva, pode ajudá-lo a cumprir

umobjetivo, mas tudo tem seu tempo, por isso, aprenda aser tolerante

paraenfrentar oprincipal vilão do ‘ciclodos desejos’: a frustração

Gisele [email protected]

Uma pergunta que muitagente faz é se o pensamento po-sitivo funciona.

O neurocientista Ivan Iz-quierdo afirma que o pensa-mento positivo ajuda porque apessoa se sente melhor e podeaté auxiliá-la na cura de algu-ma doença, apesar de não exis-tir nenhuma base neuronal quecomprove isso.

Mas a questão não é saber seo pensamento positivo funcio-na ou não e sim saber o que real-mente traz resultados para nos-sas vidas.

A conquista de um objetivo,de uma meta, pode ser até trai-çoeira, uma vez que pode levaruma pessoa a cair no ciclo de de-sejo e frustração, definido pelofilósofo alemão Arthur Schope-nhauer (1788-1860) resumida-mente como: “desejamos, con-seguimos, nos entediamos, per-cebemos que a vida segue seucurso de sempre e partimos pa-ra outro anseio”. Considerado o“filósofo do pessimismo”, eleafirmava que os objetivos nãopassam de simples modos demaquiar a dor de viver e a faltade sentido na vida e, quandoatingimos nossos objetivos,eles deixam de ter importância.

Para sair desse ciclo, é preci-so deixar de dar tanto valor aosdesejos cotidianos e aceitar quesofrer não só faz parte da vida

como dá sentido a ela. O desa-fio da nossa existência, para o fi-lósofo, era aprender a lidarcom o sofrimento.

Alguns podem até acharque esse ponto de vista deixa avida mais difícil, mas não. Háquem afirme que pessoas pessi-mistas se cobram menos, en-quanto que a autoajuda com ba-se no otimismo pode, para al-guns, ter efeito justamente con-trário. Mas Izquierdo lembratambém que o pensamento ne-gativo leva a pessoa para baixo.

Existem nas prateleiras daslivrarias uma infinidade de títu-los de livros que nos ensinamnormas de conduta para ser-mos mais felizes e que pode-mos conquistar qualquer objeti-vo com esforço. “Eu sou, eu pos-so, eu consigo, eu realizo...”nos ensinam a pensar. Váriaspessoas até conseguem isso. Oproblema é que algumas, quan-do descobrem que nem sempreé assim, entram em pânico oucaem em depressão.

O psiquiatra e psicoterapeu-ta Wilson Daher, professor daFaculdade de Medicina de RioPreto (Famerp), explica queexiste uma concepção do que éideal e do que é real. O ideal é oque está na nossa cabeça e, narealidade, encontramos situa-ções que diferem do que consi-deramos ideal.

“O que não se deve fazer éachar que o pensamento positi-vo é uma força mágica que deto-

na uma situação de sucesso”,afirma. O pensamento positivoé uma força psíquica que nosimpulsiona a trabalhar de umaforma mais energizada paraconquistar o que idealizamos,embora a realidade nem sem-pre seja assim, mas devemospensar no impossível para al-cançar o possível.

“Devemos nos regozijar enos alegrar com o sucesso master tolerância também às frus-trações que temos diante da rea-lidade, as pedras do caminho”,diz ainda Daher.

O que acontece com algu-mas pessoas segundo ele é que,se por acaso fracassam, se frus-tram ante a expectativa que ti-nham de determinado objetivoou meta. Você pode então terduas atitudes: reconhecer queé humano, tolerar e ver o quepode fazer para superar o obstá-culo ou, pelo contrário, acharque não pode errar, responsabi-lizar Deus e o mundo, desener-gizar seu psiquismo e se tornaralvo de novos fracassos.

“A chave é compreenderque você é humano. Acertar émuito bom, mas devemos com-preender que diante do erro de-vemos compreender e não re-troceder”, diz o psiquiatra.

Quando não consegue atin-gir um objetivo, muita genteentra em pânico e depressãopor se julgar um fracassado.Mas é diferente de você fracas-sar diante de uma possibilida-

de que você enxerga e ser umfracassado. O fracasso diantede uma perspectiva não pode setornar uma ameaça.

“O pensamento positivonão pode ser encarado como es-tá escrito nos livros de autoaju-da em geral, que sinalizamquestões gerais e não pessoais”,explica Daher. Esse pensamen-to positivo deve ser acompanha-do de uma ação positiva que po-de dar certo ou não”, afirma. Senão der certo, podemos encararisso como fracasso ocasional.

A psicóloga clínica e organi-zacional Ingrid Bérgamo afir-ma que não podemos esquecerque em toda nossa vida tere-mos barreiras. “Quando temosuma expectativa positiva de al-guma coisa, desejamos queaconteça e não contamos comaquilo que não acontece”, diz.E quando ocorre essa barreira,ficamos intolerantes, angustia-das, nervosas, e culpando Deuse o mundo porque não sabemoslidar com as frustrações.

Temos de nos preparar tan-to para o acontecimento espera-do, quanto para a frustração.Não nos preparamos para essafrustração e a busca de mitosfaz com que sempre fiquemosligados no pensamento positi-vo e que tudo vai acontecer se agente desejar. “Não é bem as-sim. Podemos desejar muito,mas o acontecimento não vemquando nós queremos e simquando é preciso”, diz.

Atitude

Enquantoaconquistanão vem, paciência!

Sonhe, deseje, tenha

expectativas. Todos nós

precisamos sonhar e é

isso que nos mantêm

vivos. Mas é preciso

também se preparar para

os não-acontecimentos

na hora em que você

quiser. Então aprenda a

lidar com as frustrações e

tire o melhor proveito de

cada situação

Tenha pensamentos

positivos, tenha fé,

acredite e vá atrás das

coisas, mas seja

tolerante com os

acontecimentos

Tenha em mente que

pensamento positivo não

é uma força mágica que

aciona uma perspectiva

de sucesso. Ele é uma

força psíquica que nos

impulsiona a trabalhar de

forma mais energizada

para conquistar o que

idealizamos e que deve

sempre estar

acompanhado de uma

ação positiva que pode ou

não dar certo

Aprenda a lidar com

a realidade. Reconheça

que você é humano e que

pode errar. Acertar é

muito bom, compreenda

que diante do erro não

devemos retroceder, veja

o que pode fazer diante

do obstáculo �

Fonte: Wilson Daher, psiquiatra e

psicoterapeuta, e Ingrid

Bergamo, psicóloga

Dicas

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 9

Cirurgião detalha a Síndrome do Intestino

Irritável, problema de hipersensibilidade do

órgão e responsável por profundos desconfortos

Cecília [email protected]

Com muita paciência e mui-ta disciplina, a secretáriaM.A.C., 38 anos, conta que temconseguido levar uma vida nor-mal, apesar de conviver comuma síndrome muito incômo-da. Trata-se da Síndrome do In-testino Irritável (SII), ou do có-lon irritável, como também édenominada entre os médicos,um desconforto que pode pro-vocar desde constipação a diar-reias, em virtude de umasensibilização exacerbada dotrato intestinal.

Na rotina de M., muitos dosalimentos considerados saudá-veis são totalmente proibidosem sua dieta, pois dependendodo que consome, seu intestinoreage de forma inesperada. E lhecausando bastante desconforto.

Para o cirurgião geral e colo-proctologista João Gomes Neti-nho, professor da Faculdade deMedicina de Rio Preto, umgrande número de portadoresdos sintomas da SII não procu-ra atendimento médico e por is-so acredita-se que a doença pos-sa ser subdimensionada. “Os es-tudos mostram uma ampla va-riação regional da incidênciada SII. A maioria demonstra

uma prevalência de 10% a 20%dos pacientes com SII nosEUA e Europa e 9% a 18% naAmérica Latina. Um estudorealizado recentemente no Bra-sil detectou prevalência de16%, mas quando os dados fo-ram reanalisados utilizando cri-térios mais atuais, estaprevalência aumentou para24,7%. Isso quer dizer que a ca-da 100 brasileiros, 24,7 têm aSII”, afirma.

A síndrome ocorre mais nasmulheres numa proporção de 2a 4 mulheres para cada homem,e afeta mais adultos jovens,com menos de 50 anos. Até po-de antes ou depois desta faixaetária, entretanto, a incidênciaapós os 60 anos sofre uma que-da razoável.

Acompanhe a entrevistaconcedida por Netinho sobrecomo a Síndrome do IntestinoIrritável pode afetar a vida dosportadores.

Revista Bem-Estar - O queacontece no organismo dequem sofre com a Síndromedo Intestino Irritável, umasensibilização ao longo dotempo?

João Gomes Netinho - Atécerto ponto é exatamente issoque ocorre. As pessoas com Sín-drome do Intestino Irritável

Saúde

Sensíveldemais

página 10 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

(SII) têm uma hipersensibilida-de visceral. Ocorre uma sensibi-lidade exagerada no intestino.Por exemplo, uma determina-da quantidade de gases no intes-tino em uma pessoa sem essasíndrome provocaria um levedesconforto, mas nesses pacien-tes essa mesma quantidade degás causará um desconfortoacentuado ou até uma dor abdo-minal intensa. Alguns testes jádemonstram que as pessoascom a SII têm sensibilidade au-mentada em outros segmentosdo corpo. Por exemplo, umapessoa normal pode aguentarpor a mão em um balde comágua gelada por cerca de cincoou mais minutos, já um pacien-te com a SII não aguenta maisde dois minutos.

Bem-Estar - O que levauma pessoa a ter a Síndromedo Intestino Irritável?

Netinho - Não se sabe exata-mente. Mas nos últimos anos, oavanço do conhecimento daneurofisiologia e a melhor ava-liação das respostas cerebraispor meio da tomografia compu-tadorizada e da ressonânciamagnética propiciaram umamelhor compreensão da etiopa-togenia e fisiopatologia da SII.A fisiopatologia da SII é extre-mamente complexa, porque,conceitualmente, explicações

devem ser encontradas para si-nais e sintomas que, ao mesmotempo, não têm substrato orgâ-nico estrutural evidente parajustificá-los e podem se apre-sentar com alterações clínicastão opostas como diarreia econstipação sistematicamenteacompanhadas de dor abdomi-nal. Atualmente, os mecanis-mos propostos contemplam va-riáveis genéticas e ambientais.

Bem-Estar - Quais sãos osprincipais sintomas?

Netinho - Os principais sin-tomas são bem definidos: dorou desconforto abdominal, as-sociado a uma alteração do há-bito intestinal, que pode serconstipação intestinal (intesti-no preso) ou diarreia ou aindaalternadamente: ora constipa-ção, ora diarreia. Este quadronão precisa ser constante, masdeve ocorrer em pelo menostrês dias por mês nos últimostrês meses, com início pelo me-nos há seis meses. Pode-seacrescentar ainda, para refor-çar o diagnóstico, que os sinto-mas dolorosos são aliviadoscom as evacuações; no início,está associado com mudançana frequência das evacuações ecom mudança na forma/aparên-cia das fezes.

Bem-Estar - Como é pos-sível combater os sintomas

por meio da mudança da die-ta alimentar?

Netinho - A natureza exatada relação entre o alimento e ocomportamento intestinal écontroversa, mas inquestioná-vel. Há muitos relatos publica-dos mostrando a reatividade dointestino aos alimentos em ge-ral. Sem dúvida, alguns compo-nentes da dieta podem exacer-bar os sintomas da SII. A intole-rância alimentar é bem reco-nhecida. Os grupos de alimen-tos mais citados são: os que con-têm lactose, sorbitol e frutose;as gorduras; os que aumentama produção de gases intestinais,como feijão, couve, repolho,lentilha, uva; e os possíveis exa-cerbadores (álcool, cafeína, fu-mo, chocolate, tomate, carboi-dratos, bebidas gasosas, gomade mascar). Os pacientes de-vem evitar os alimentos quenão toleram ou exacerbam ossintomas.

Bem-Estar - Em geral, há al-gum vínculo com a genética,ou é mesmo a alimentação aúnica responsável pelo desen-cadeamento do processo?

Netinho - Há vínculo com agenética e interação ambiental.Certos alimentos contribuempara agravar os sintomas e de-vem ser descartados pelos pa-cientes. Um fato interessante é

a observação de que a SII pare-ce não se constituir um estadopermanente no indivíduo. Al-guns estudos identificam que,a cada ano, aproximadamente10% dos pacientes obtêm me-lhora ao passo que um númeroprovavelmente equivalente tor-na-se sintomático. A doença namaioria das vezes pode ser con-trolada com terapia medica-mentosa adequada, cuidadosdietéticos e psicossociais. Cos-tuma-se dizer que quando nãose sabe a causa não se sabe acura. Mas pode-se controlar.

Bem-Estar - Há cura ou sócontrole? Se sim, como?

Netinho - Na maioria das ve-zes, consegue-se alívio dos sin-tomas com tratamento medica-mentoso, psíquico e cuidadosdietéticos, além de reeducaçãosobre comportamentos saudá-veis de estilo de vida.

Bem-Estar - Qual o risco delevar ao câncer de intestino?

Netinho - Zero. Não há ris-co de essa doença evoluir paracâncer de intestino. No entan-to, por se tratar de doença crô-nica que compromete seriamen-te a qualidade de vida desses pa-cientes, pode passar pela ideiadeles de que são portadores decâncer. Cabe ao médico tirar es-sa ideia da cabeça do paciente,caso contrário, ele não irá apre-sentar evolução favorável.

Critérios mais usados para o

diagnóstico da Síndrome do

Intestino Irritável

Dor ou desconforto por 12

semanas nos últimos 12 meses,

associado a pelo menos 2 dos 3

sintomas seguintes

Alívio com defecação

Fezes amolecidas ou mais

frequentes

Fezes endurecidas ou

menos frequentes

Sintomas cumulativos

que contribuem para odiagnóstico

Frequência anormal deevacuação (mais que 3 por dia oumenos que 3 por semana)

Formato anormal das fezes(grumosa/endurecida ouamolecida/aquosa)

Passagem fecal anormal(esforço, urgência ou sensaçãode esvaziamento retal incompleto)

Passagem de muco

Sensação de gases ou dedistensão abdominal

Causas mais frequentes

Motilidade anormal dointestino delgado durante o jejum,

contrações exageradas depois daingestão de alimentos gordurososou em resposta ao estresse

Hipersensibilidade dosreceptores nervosos da paredeintestinal à falta de oxigênio,distensão, conteúdo fecal,infecção e alterações psicológicas

Níveis elevados deneurotransmissores (como aserotonina, por exemplo) nosangue e no intestino grosso

Infecções e processosinflamatórios

Depressão e ansiedade

Fonte : Da reportagem

Saiba mais

Cuide bemdo intestino

O estilo de vida desre-grado de algumas pes-soas pode ser responsávelpor boa parte dos descon-fortos à saúde. “O seden-tarismo e a obesidade in-terferem na saúde em ge-ral, em qualquer área,desde coração, intestinoaté próstata”, lembra ourologista Carlos Vero-na, do Instituto de Urolo-gia e Nefrologia de RioPreto (Iun).

O médico observa nocaso que quem sofre coma gordura visceral, locali-zada ao redor das alçasdo intestino, certamenteterá problemas na fase deenvelhecimento, umavez que o problema podeinterferir na produção detestosterona.

A circunferência abdo-minal máxima para ho-mens e mulheres é algoque ainda gera questiona-mentos no mundo médi-co. De forma geral, a maio-ria dos profissionais noBrasil estabelece como li-mites os 94 centímetrospara eles e 88 centímetrospara elas. De acordo coma Associação Brasileira pa-ra o Estudo da Obesidadee da Síndrome Metabóli-ca (Abeso), as medidas ser-vem para nortear um diag-nóstico. Porém, não adian-ta se prender só a este nú-mero e pensar que só issobasta para ser considera-do saudável.

Verona reforça que areeducação alimentar é aúnica solução, pois só aoadotar um novo estilo devida é que se pode alcan-çar índices de saúde im-portantes para a vida.“Além disso, uma boa me-dida a ser adotada, de ma-neira geral, é a prática daatividade física, que me-lhora toda a condição ge-ral do organismo e pro-porciona liberação de en-dorfina, que melhora ohumor e a disposição ge-ral”, explica. � (CD)

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 11

Novos estudos investigam as

razões biológicas que levam

homens e mulheres a trair

Gisele [email protected]

A traição conjugal, tão eter-na quanto o amor e o sexo, ain-da provoca dor e separação.Mas alguém sabe dizer exata-mente o que leva algumas pes-soas a enganarem seus compa-nheiros, enquanto outras conse-guem resistir à tentação?

Nos últimos anos, uma sé-rie de explicações biológicastem aparecido para justificar ainfidelidade. Os cientistas estu-dam desde fatores biológicosque influenciam a estabilidadematrimonial até a resposta psi-cológica para a questão.

As conclusões sugeremque, enquanto algumas pes-soas são naturalmente maisresistentes à traição, outraspodem treinar para protegerseus relacionamentos.

O professor de inglês TimSpector, investigador do Hos-pital St. Thomas’s, em Lon-dres, estudou duplas de mulhe-res gêmeas e afirma que seuma delas tivesse um históricode infidelidade, as chances dea irmã apresentar o mesmocomportamento seriam de55%, maior do que a média demulheres que traem seus par-ceiros, que é de 23%. Ele tam-bém relata que a infidelidade

não é somente regulada pelosgenes, mas também é influen-ciada pelo comportamento so-cial: como desejo de aventuraou outras necessidades relacio-nadas com a personalidade.

O biológogo sueco HasseWalum, do Instituto Karo-linska, pesquisou recentemen-te 552 pares de gêmeos para es-tudar o gene relacionado a umhormônio que regula a químicado cérebro, a vasopressina. Aconclusão é que homens quepossuem uma variação nesse ge-ne têm menos chances de se ca-

sar - e, quando se casam, cor-rem mais risco de ter proble-mas de relacionamento e mu-lheres infelizes.

A pesquisa mostrou aindaque os homens que têm duas có-pias da variação genética en-frentaram crises em seus rela-cionamentos no ano passado -o dobro do número dos que

não possuem a variação. Ape-sar de ser chamado de “gene dafidelidade”, o pesquisador con-sidera impróprio o termo, umavez que a pesquisa não era foca-da na infidelidade e sim na esta-bilidade do casamento.

O biólogo afirma que é difí-cil usar essa informação paraprever um comportamento fu-

turo do homem. Eles queremagora conduzir uma pesquisa si-miliar com mulheres.

Outro estudo científico pu-blicado pela revista britânica“Nature”, afirma que alterando-se um único gene pode-se regu-lar o comportamento notoria-mente promíscuo de roedoresem companheiros fiéis e

Relacionamento

TENTAÇÃO ÀLUZ DA CIÊNCIA

ww

w.s

xc.h

u/

Divu

lgação

página 12 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

monogâmicos. Não sabemos po-rém se no ser humano tambémfunciona assim, pois o compor-tamento sexual e sentimentalhumano é moldado pelainteração entre complexos fato-res ambientais e culturais comnão apenas um, mas possivel-mente diversos genes.

Existem também estudosque sugerem que nosso cérebropode ser treinado para resistiràs tentações. O psicólogo JohbLydon, da Universidade Mc-Gill, em Montreal, no Canadá,estuda como as pessoas envolvi-das em um relacionamento rea-gem quando encaram a possibi-lidade da traição.

Homens e mulheres casa-dos eram convidados a avaliar acapacidade de atração de pes-soas do sexo oposto por meiode fotografias. As pessoas maisatraentes receberam as melho-res notas. Posteriormente, fo-ram exibidas fotos similares pa-ra que os entrevistados respon-dessem se tinham interesse em

conhecer os retratados. Nessasituação, os participantes de-ram às fotos notas menores doque na primeira vez.

Quando tinham interesseem alguém que poderia estra-gar sua relação, pareciam ins-tintivamente dizer a si mes-mos: “Ele não é tão alto”.Lydon diz que, quanto maiscomprometida uma pessoa for,menos atração encontrará empessoas que podem ameaçarseu relacionamento.

Algumas pesquisas da mes-ma universidade canadensemostraram certas diferençasem como reagimos a uma possi-bilidade de traição, de acordocom o sexo. Em estudos envol-vendo 300 homens e mulheresheterossexuais, metade dosparticipantes preferiu trairimaginando uma conversa ínti-ma com alguém atraente. A ou-tra metade imaginou apenasum encontro rotineiro. De-pois, o estudo pedia para com-pletar espaços em branco em

palavras que sugeriam lealda-de e traição. Sem contar paraos participantes, as palavrasfragmentadas eram um testepsicológico para revelar senti-mentos inconscientes sobrecomprometimento. Palavrascruzadas semelhantes são usa-das para estudar os sentimen-tos subconscientes sobre pre-conceito e estereótipos.

Nenhum padrão apareceunos participantes que imagina-ram um encontro rotineiro. Fo-ram encontradas diferenças en-tre os homens e as mulheresque se entusiasmaram com afantasia intimista. Nesse grupo,os homens completaram os es-paços com outras letras, forman-do palavras diferentes. Mas asmulheres que se imaginaramflertando, na maioria, escreve-ram corretamente as palavras“leal” e “traição”, sugerindoque o exercício tocou o incons-ciente sobre o envolvimento.

Os pesquisadores garan-tem que isso não define neces-

sariamente o comportamentono mundo real. Mas a signifi-cativa diferença leva a pensarque as mulheres podem terdesenvolvido um sistema dealerta para ameaças a seus re-lacionamentos.

Outros estudos confirmamas diferenças em como homense mulheres reagem a tais amea-ças. Atores e atrizes atraentesforam convidados a flertar comos participantes numa sala deespera. Mais tarde, os partici-pantes foram perguntados so-bre seus relacionamentos, parti-cularmente como reagiriam aum mau comportamento doparceiro, como chegar atrasadoou esquecer de telefonar.

Os homens que tinham aca-bado de flertar perdoaram me-nos o hipotético mau comporta-mento da companheira, suge-rindo que a atriz atraente os fezesquecer de seus relacionamen-tos. As mulheres foram mais ge-nerosas para perdoar, sugerin-do que o flerte fez despertar ne-

las um sentido de proteção.A pergunta que os cientis-

tas querem responder é se umapessoa pode ser treinada pararesistir à tentação. Em outroestudo, um grupo de estudan-tes envolvidos em relaciona-mentos foi convidado a imagi-nar um flerte com uma mulheratraente durante uma semanaem que a namorada estivessefora. Pediu-se a alguns doshomens para criarem um pla-no de contingência comple-tando a frase “quando ela seaproximar de mim, eu vou...para proteger minha rela-ção”. Pelo fato do teste nãopoder trazer uma mulher deverdade para agir como sedu-tora, foi criado um jogo derealidade virtual no qualdois de quatro quartos in-cluíam imagens de mulheresatraentes. Os homens dispos-tos a resistir à sedução ronda-vam esses quartos 25% dotempo; para os outros, o índi-ce foi de 62%. �

Especialistas que convivem em seusconsultórios com casos de traição de seuspacientes garantem que são vários os fato-res que levam uma pessoa a trair seu par,desde questões culturais, carências, insa-tisfação em relação a desejos e expectati-vas com o parceiro, vingança, à busca pe-lo novo, o estímulo provocado pela sensa-ção de perigo ou mesmo de poder. Masqualquer que seja o motivo, embora nãoexista fórmula para um relacionamentofeliz e sem traições, certamente a saídapassa pelo diálogo.

Para a psicóloga Maria Rita D’Ange-lo Seixas, doutora em psicologia, e coor-denadora da Escola de Sociodrama Fami-liar Sistêmico, o que garante um vínculomais profundo é o diálogo, é você saber epoder conversar sobre as suas dificulda-des. É preciso conversar com clareza esinceridade sobre as coisas que os doisnão estão gostando. “Senão, o lixo vai pa-ra debaixo do tapete e, passado um tem-po, começa a incomodar”, explica. O diá-logo é a única forma, na opinião da psicó-loga, para que o casal possa chegar a umvínculo estável.

Segundo Maria Rita, é possível escre-ver um tratado sobre os motivos que le-vam um parceiro ou uma parceira atrair, mas garante que a infidelidade

nem sempre quer dizer falta de amor pe-lo outro. “Muitas vezes, ela decorre danecessidade de ser mais valorizado pelooutro”, diz.

Mas a traição não acontece apenaspor problemas ligados à vida conjugal.“Às vezes, são coisas que a pessoa traz dainfância, uma insegurança muito gran-de, e quer mostrar que ainda é capaz deconquistar alguém”, diz, Existem aindaaqueles que se deixam apanhar para mos-trar que alguma coisa no vínculo não es-tá boa. “São pessoas que não conseguemconversar sobre suas dificuldades e agemde forma a que o outro perceba que algu-ma coisa no vínculo não está boa e temde ser refeita. Mas essa é uma forma peri-gosa, porque pode não ter volta.”

Antonio Carlos Amador Pereira, psi-coterapeuta e professor da PontifíciaUniversidade Católica (PUC) de SãoPaulo, diz que o fato de um casal ter afi-nidades contribui para o casamento.Mas para uma relação durar, as pessoastêm de ter fundamentalmente disponibi-lidade para o diálogo e aceitar as diferen-ças. “Você não pode esperar que alguémseja como você, que goste das mesmascoisas e que faça o que você quer. Esse ti-po de relação tende a ter problemas”,diz. É fundamental as pessoas saberem

dialogar com sinceridade e regularida-de. Uma relação pode durar muito tem-po se ela for renegociada sistematica-mente. E hoje em dia mais do que nun-ca, porque a mulher pode se colocarnum plano de igualdade com o homeme as cobranças entre as partes são muitograndes com relação à afetividade.

As chances de essa relação durar edar certo podem aumentar se as pessoasrenegociarem suas relações. “Não existeessa coisa do ‘felizes para sempre’”, dizAmador. Quando você casa, as pessoascontinuam mudando e, hoje em dia,existe uma porção de coisas que vão fa-zendo com que as pessoas mudem e épreciso que você acompanhe o outro, eviceversa, nestas mudanças. Isto signifi-ca que é preciso, além de diálogo, ter to-lerância. “Hoje, ou as pessoas aprendema conversar, ou não vão muito longe”,diz. “Na primeira frustração que hou-ver, irão se separar porque não sabemdialogar”, explica.

A falta de diálogo para acertar os pon-tos, entre outras coisas, segundo o profes-sor da PUC, pode levar uma pessoa atrair. É possível até mesmo que alguémgoste de duas pessoas, mas isso não signi-fica que ela vá se permitir ter uma rela-ção porque isso é problemático para to-

do mundo.O assunto é tratado pelo psicólogo no

livro “Ou Ela, Ou Eu” (ed. Harbra), escri-to pelo psicólogo em parceria com SilviaRicardo, que trata de relacionamentos ex-traconjugais e situações analisadas doponto de vista da mulher.

Segundo Amador Pereira, uma dasdesculpas usadas para a traição é a ques-tão cultural do gênero de que para o ho-mem, tradicionamente, é possível termais de uma mulher ou simplesmenteum sexo casual.

Mas a mulher também trai às vezesquando sente falta de atenção no relacio-namento e até mesmo por vingança deuma traição. Existem casos também, em-bora mais raros, em que as mulheres, damesma forma que eles, traem em buscado sexo casual.

Mas qualquer que seja o motivo, deacordo ainda com o psicólogo, é precisoque haja diálogo. O que não pode é al-guém se sentir lesado na relação. É preci-so expor o que está sentindo. abrir espa-ço para o outro e procurar uma soluçãoque pode ser uma separação em casos ex-tremos ou uma mudança na relação. “Oque não pode é você assinar um contratoe achar que ele vai ser renovado indefini-damente”, afirma. (GB)

Diálogo funciona como ‘vacina’ à traição

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 13

Especialistas em

comportamento explicam que

as mulheres precisam conter

a ansiedade se o homem não

liga no dia seguinte.

Para garantir um segundo

encontro, é preciso

equilibrar razão e emoção

Gisele [email protected]

Vocês saíram ontem. Nos-sa, foi perfeito. Você sentiuque existe uma sintonia entreos dois e quer sair com elemais vezes, só que ele prome-teu ligar e até agora nada. Oque fazer?

Calma. Se ele não ligar jáno dia seguinte, não fique arra-sada nem arranque os cabelos.A psicóloga clínica Kátia Ri-cardi de Abreu garante que oshomens não colocam no rela-cionamento a dois a mesmaatenção que as mulheres. Elesdistribuem seu tempo e suaenergia com outras coisas agra-dáveis e, assim, seu “timing”para uma ligação acaba sendodiferente, uma vez que seus in-teresses ficam mais diluídos.

“Quando o interesse é gran-de, eles ligam sim. Pode nãoser no dia seguinte, mas de al-guma forma, eles vão procurar

a pessoa que despertou interes-se”, afirma Kátia. Tudo vai de-pender de como foi o encontroanterior.

Se ele ainda não ligou e, nadespedida, não ficou combina-do quem ligaria, é melhor espe-rar um pouco, quem sabe ele li-ga. Caso isso não aconteça eseu interesse seja muito gran-de, não há problemas em ligar,desde que não haja cobrançasna comunicação, do tipo: “nos-sa, você nem me ligou”.

A mulher inteligente assu-me que está ligando porquequer: “Senti sua falta e estouligando para dizer ‘oi’, sabercomo você está.” O que vairolar daí para frente pode si-nalizar se haverá ou não umoutro encontro.

Kátia diz ainda que os ho-mens geralmente são mais ra-cionais no início do relaciona-mento e as mulheres, maisemocionais e impulsivas. Paragarantir um encontro, é bom

Sexo

Ele não está tão afim de você. Será?

página 14 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

saber equilibrar razão e emoção.Trabalhar a ansiedade tam-

bém é muito importante. Fazeroutras coisas, distrair-se, buscarcoisas interessantes para não fi-car pensando e esperando aágua jorrar de uma única e incer-ta fonte. O que garante o próxi-mo encontro é a qualidade da co-municação que foi estabelecidano último encontro.

Cada olhar, cada gesto, cadasorriso, cada palavra pode sermarcante e determinar se have-rá ou não uma próxima vez. “Co-branças, nunca. Mostre seu inte-resse, mas toque a vida adiante”,diz Kátia.

A psicóloga Tina Zampieri, te-rapeuta de casais, afirma que a re-clamação de que o homem não li-ga depois do primeiro encontro éuma queixa que tem sido muitofrequente no consultório. Mas oshomens também reclamam que is-so acontece porque as mulheres ospressionam - se eles não as convi-dam para o sexo, algo parece estarerrado. O resultado é que eles aca-bam convidando, mas para tudopor aí mesmo.

As mulheres argumentam, se-gundo Tina, que se elas não to-mam essa iniciativa, outras o fa-zem, e elas perdem a oportunida-de de uma conquista que poderiaser duradoura. Engano. Essa co-brança feita pelas mulheres logoapós o primeiro encontro é retrata-da no filme “Como Perder Um Ho-mem Em 10 Dias”.

Mas o que realmente afugentaum homem do segundo encon-tro e de um possível compromis-so? Há autores que fazem listasde posturas “afugentadoras depretendentes”. Entram nessa lis-ta as que “vão um passo atrás damoda”, as que “falam muito”, asmuito “condescendentes” (quevivem só para agradar seu par-ceiro), as “vazias” (que somentefalam de roupas, dietas, festas) eas “em busca do altar”.

O excesso ou a falta de ansieda-de também, segundo Tina, podelevar a um descompasso. Uma pes-soa com ideia fixa pode ainda nãoconseguir viver o momento.

Tina diz que uma pessoa des-conectada da do parceiro dificil-mente irá estar com ele no ou-tro dia. “Há pessoas que achamque um belo corpo garante a re-lação. Pode chamar a atenção,mas não ser suficiente para dar

continuidade”, explica.Mas ele não ligou, apesar de pa-

recer que correu tudo bem. Devoligar? “Se der vontade, ligue. Maso que vale é a ponderação, a sensi-bilidade. Se sentir que vale a pena,arrisque”, responde a terapeuta.

Alguns homens confessam nosconsultórios que ligar no dia se-guinte ou para uma segunda saídaseria dar bandeira ou arriscado, jáque ela poderia entender comocompromisso. “Claro, já foi o tem-po em que um homem poderiaquerer comprometer-se para ga-rantir a cama”, diz Tina. Ela com-plementa ainda que os homensafirmam que “a oferta é maior quea procura e hoje se você não aceitair logo para a cama no primeiro en-contro, corre o risco de ser taxadode vários nomes”.

Os homens também se quei-xam de que sexo é importante mes-mo, mas está longe de ser tudo narelação. Boa parte dos solteiros dehoje também já viveu uma relaçãoduradoura, está escaldada, e boaparte não sabe se quer mesmo en-trar em outra relação. Após uma fa-se de euforia da separação (tododia alguém novo) de duração variá-vel, a pessoa que não trata seustraumas (das relações anteriores,de antes disso), pode viver assimpor muito tempo.

Para a psicóloga Suzy Mosna,hoje, com toda a tecnologia (inter-net, celular), as informações che-gam muito rápido e todos têmmuita pressa. “Sexo tem de seragora. Não pode haver tantas co-branças neste sentido e acabar nãovalorizando o importante: o diálo-go, a comunicação, o conhecer ooutro através das ideias e pensa-mentos”, diz. Em relacionamentonão é assim. Tem de dar tempo,deixar acontecer. “Vejo muitos re-lacionamentos que não seguempor ansiedade e insegurança”, diz.

Segundo ela, talvez por váriosmotivos não haja interesse, masmuitas vezes a insegurança e a ti-midez é que atrapalham. “Não per-mita que a experiência ruim comum homem a torne desconfiadado seguinte. Todos os homensnão são iguais. Não perca temporeclamando. Cuidado com a ansie-dade. Não seja o que não é”, diz.

Fale das coisas que conhece,da sua experiência, das viagens,dos restaurantes, do que conquis-tou, de livros, do que realmentegosta. Seja agradável. Seja vocêmesma. �

Eles não vão ligar denovose...

Tem mulher que já vai muitoalém e começa a falar do futurodo relacionamento logo nocomeço. Você não pode fazerisso. Só se for muito bonita. Aídá para encarar”

Diego da Silva Ferreira, 25anos, coordenador de

merchandising

“Quando elas ficamfalando de ex-namorados nãovolto a ligar. Parece que elaestá querendo compromissosério. Só volto a ligar quandoela fala de assuntosinteressantes”

Fernando Augusto FernandesJúnior, 19 anos, atendente

“Não gosto quando ela émuito melosa ou quando pega nopé. Também não gosto nem umpouco de mulher que já comece ademonstrar ciúme epossessividade. Aí coloco pracorrer mesmo”

Kelrison Lopes dos Santos, 27anos, professor de dança

“Tenho horror de mulhermuito fácil, que se entreguemuito facilmente. Se ela secomporta de maneira mais difícile se mostra segura de si, vai tervantagem em relação às que sãomais fáceis”

Rafael Polachini, 20 anos,analista de crédito

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 15

Dermatologista paulistana indica os cuidados e tratamentos para adotar durante o verão

Agência Estado

A dermatologista RenataDomingues fala de alguns dosproblemas estéticos e de saúdemais frequentes nesta época eindica os tratamentos maisadequados.

Pergunta - Quais os tiposde manchas mais comuns noverão?

Renata Domingues - A pti-ríase versicolor consiste emmanchas brancas que, às vezes,se agrupam, formando man-chas maiores. Podem assumiruma cor acastanhada, daí o no-me versicolor. Surgem comfrequência no pescoço, troncoe face. Não é contagiosa. O tra-tamento é à base de medica-mentos antifúngicos, sempreprescritos pelo médico. Já as pe-quenas sardas brancas (leuco-dermia solar), causadas pela ex-posição repetitiva ao sol ao lon-go de muitos anos, atingemprincipalmente os braços e per-nas. A prevenção é o melhor ca-minho nesses casos, mas umaopção de tratamento é o uso donitrogênio líquido. O médicofaz um teste prévio para avaliara resposta do paciente, poisnem todos apresentam o mes-mo resultado. Deve-se tratarapós o verão. Sarda é o nomepopular da melanose solar. Po-de surgir por predisposição ge-nética em indivíduos claros,mas, na grande maioria dos ca-sos, ocorre por efeito cumulati-vo da radiação solar. É presentemais frequentemente na face,ombro e colo. O uso de filtro so-lar de amplo espectro impedeque piorem. Para removê-las,pode-se lançar mão de clareado-res, peelings ou laser. O trata-mento varia de acordo com o ti-po de pele e a extensão das sar-das. Os melasmas, associadosaos hormônios femininos, po-dem se agravar com a exposi-ção solar, com uso de anticon-

cepcionais e durante a gravi-dez. Ocorre de maneira simétri-ca na testa, no nariz e nas ma-çãs do rosto. Faz surgir man-chas escurecidas nessas re-giões. Tem maior incidênciaentre as mulheres em idade fér-til, especialmente acima dos 25anos, e é mais comum em pes-soas de fototipo mais alto, ou se-ja, aquelas mais morenas. Omais indicado é a prevenção,por isso, evite exposição prolon-gada ao sol, use protetor solaradequadamente e proteja o ros-to com chapéu. O uso de prote-tor solar é indispensável paraevitar que novas manchas apa-reçam. Além da proteção, o tra-tamento é composto por subs-tâncias que promovem o clarea-mento da pele, como o ácidoglicólico.

Pergunta - Como hidratar

a pele corretamente depoisdo sol?

Renata - Ingerindo bastan-te água e aplicando emolientestópicos. Os hidratantes à basede ureia, por exemplo, são mui-to bons, mas, se a pele estiverqueimada, podem irritar e cau-sar coceira.

Pergunta - Quais as cau-sas das micoses de pele e deunha?

Renata - As micoses de pelesão infecções superficiais. Ocor-rem quando as condições am-bientais - calor, umidade, pou-ca luz e presença de matéria or-gânica - favorecem o crescimen-to de fungos. As micoses super-ficiais que atingem pele eunhas em geral não trazemmaiores riscos para a saúde, oque não quer dizer que dispen-sem atenção. Uma micose co-

meça como um problema estéti-co que, de imediato, afeta a vi-da social. Coceira, inflamaçãoou escamação da pele e defor-mação nas unhas são sintomascomuns. Se não for tratada ade-quadamente, pode causar dor eincômodo. Nos pés, por exem-plo, a micose é a porta de entra-da para infecções bacterianas, oque piora o quadro. O descon-forto chega a interferir no an-dar, causando problemas orto-pédicos. Os diabéticos devemter um cuidado especial, poissão particularmente suscetíveisa ferimentos e infecções graves.O automedicamento costumaser desastroso, pois o fungo ficaainda mais resistente, dificul-tando a cura. Alguns tipos demicose podem ser tratados empoucos dias, com o uso de cre-mes antifúngicos.

Pergunta - Como comba-ter estrias e a temida celu-lite?

Renata - As estrias podemser tratadas com uma associa-ção de técnicas e, geralmente,assim se alcança uma boa res-posta. Podem ser combinados adermoabrasão, peeling quími-co com ácidos, subcision, luzpulsada e laser não ablativo. Pa-ra celulite, carboxiterapia, mas-sagens redutoras, manthus (ul-trasson) e Power Shape.

Pergunta - Para quem queracabar com os pelos das per-nas e amenizar pequenos va-sos vermelhos, o laser é omais indicado?

Renata - Para eliminar ospelos, sim, o laser é a única al-ternativa definitiva. Já para osvasos, o laser funciona bem pa-ra os pequenos, mas não é a úni-ca opção. A esclerose dos vasosainda é a principal alternativa.

Pergunta - No caso de ac-ne e pele oleosa, quais os cui-dados que se deve ter no sol?

Renata - Para a acne, o indi-cado é usar filtro solar oil free.Já as pessoas com pele muitooleosa ou com espinhas devemevitar produtos de base oleosae, se necessário, usar filtros ououtras substâncias que sejamoil free ou não comedogênicas.

Pergunta - Para quem temintolerância ao sol ou mesmodeseja um bronze rápido, sãoseguros os sprays chamadosde Magic Tan?

Renata - Sim, são segu-ros. Funcionam como umtingimento.

Pergunta - Pessoas de pe-le muito clara devem usarqual fator de proteção solar?

Renata - O fator mínimo pa-ra qualquer tipo de pele é oFPS 15, mas, quanto mais claraa pele, maior deve ser o FPS. Sea pessoa for muito branquinhamesmo, pode usar protetorcom FPS 40. �

Dicas

Proteção nos dias quenteswww.sxc.hu/Divulgação

página 16 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Em muitas situações, vivemos em estado de ilusão, porque não conseguimos

enxergar além do horizonte, devido a nossa miopia comportamental

Eduardo Carlos da SilvaNeurocirurgião e coach

No planeta em que vive-mos, desde o aparecimento dohomem, foram e são criadasmuitas regras e leis com a finali-dade de definir direitos e deve-res. Elas governam o nosso pla-neta, nosso universo e a nósmesmos, mesmo se não nos da-mos conta ou atenção. Algu-mas das leis que regem o Uni-verso são: da gravidade, domagnetismo, da eletricidade,da natureza, da compaixão, daverdade, do movimento, do li-vre arbítrio, da causa e efeito,da sabedoria, da justiça, da ilu-são, do tempo, da vibração, daenergia, da luz, da natureza, doequilíbrio, da relatividade, dapolaridade, da transmutação,do ritmo, da vida.

A lei da energia mostra quetudo é impulso de energia. Ba-seado na física quântica, a ener-gia não pode ser criada ou des-truída, mas transformada. Aenergia se move na matéria. Osmateriais como o carro, compu-tador, mesa, comida, o corposão compostos de 99,99% deenergia. Tudo o que queremosjá existe em uma forma.

A lei da transmutação daenergia se apresenta em cons-tante estado de movimentação.Promove a transmutação den-tro e fora da forma. Tudo emnosso mundo esta em constan-te mudança, nada é estático. Su-cesso passado não é garantia nofuturo. A imagem mental mate-rializa em resultados na vida.

A lei da vibração revela quetudo no universo esta em cons-tante vibração. Tudo vibra, na-da permanece estático. Assimcomo ondas sonoras podem pe-netrar objetos sólidos, pensa-mentos podem adentrar notempo e no espaço ao enviar vi-

brações ou impulsos de ener-gia. Tudo no universo físico,antes de se manifestar, tem iní-cio na mente.

A lei da relatividade diz quetudo em nosso mundo físico setorna real pela relação ou com-paração com alguma coisa. Aluz só existe quando compara-do com o escuro, o quente como frio. Nada é bom ou mau atéser comparado.

A lei da polaridade ouoposto indica que tudo no uni-verso tem o seu oposto. O mas-culino contrapõe o feminino,o alto com o baixo, o magrocom o gordo, a ignorância coma sabedoria.

A lei do ritmo diz que todaenergia no universo move comoum pêndulo. Tudo está em cons-tante movimento, flui e reflui,avança e recua, sobe e desce,cresce e morre. A noite segue o

dia. O ritmo é a compensação.A lei da causa e efeito revela

que tudo que é emitido para ouniverso retorna. Toda causatem um efeito, e todo efeito é re-sultado de uma causa. Esta lei su-gere que o universo está sempreem movimento. Quando mudao pensamento, muda o resulta-do. Colhemos o que plantamos.

A lei da geração dá início atoda a criação. Esta lei se mani-festa após um período de gesta-ção ou incubação. Prescinde domacho e da fêmea, do positivoe negativo. Plantas não pode-riam existir sem sementes. Aosemear, o possível resultado oua forma da planta já está conti-da na semente. Toda forma físi-ca foi antes criada na mente.

Em muitas situações, vive-mos em estado de ilusão, por-que não conseguimos enxergaralém do horizonte, devido a

nossa miopia comportamental.Nossos pensamentos nos limi-tam e sabotam avançar, crescere progredir devido as barreirasemocionais autoimpostas. Im-pedem descortinarmos o véuda ignorância, ao despender-mos muita energia na batalhaentre o bem e o mal. Quandonão atuamos com sabedoria,perdemos a possibilidade de co-nexão com a fonte.

Os homens podem burlar asleis humanas, mas jamais asuniversais. No íntimo e na so-berba da ignorância, não enten-dem que as leis universais sãoconstantes e imutáveis, inde-pendente de gostarmos ou não.Para vivermos em harmoniacom as leis do universo, temosque compreender, respeitar eaceitar os seus princípios, por-que estas leis que governam asnossas vidas são infalíveis. �

Leis do Universo

www.sxc.hu/ Divulgação

Thomaz Vita Neto

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 17

Bruna Linzmeyer se encanta com a agilidade folhetinesca de ‘Insensato Coração’

TVPress

É claro que estrear na tevê em“Afinal, O Que Querem as Mulhe-res?”, da Globo, trouxe prestígio aBruna Linzmeyer. Mas é em “In-sensato Coração” que a catarinenseaprende a trabalhar o tom realista,típico dos folhetins da emissora. Epor isso mesmo a experiência temumgostodeestreia.Napeledaestu-dante Leila da novela das nove, aatriz experimenta um improviso eagilidade bem diferentes do que vi-venciou na época em que dedicouquatro meses aos seis capítulos dasérie de Luiz Fernando Carvalho.“Poderfazertudocomcalmaetem-po foi fundamental para que eu co-meçasse nessa carreira e tive sortede fazer isso com o Luiz. Mas a lin-guagem de uma novela tambémme agrada bastante por ser cotidia-na, mais rápida. Tudo é instantâ-neo”, vibra.

Na história, Leila é uma jovemcheia de conflitos em torno de suavida amorosa e sexual. Para piorar,a mãe Eunice, de Deborah Evelyn,temtodasuaemoçãodominadape-la morte da irmã Luciana, de Fer-nanda Machado, deixando as fi-lhas de lado. Uma situação que semantém até meados de fevereiro,quando a novela muda de fase. Noprimeiro momento, Leila é a típicaadolescente que não sabe o quequerenemdiferenciaocertodoer-rado. Mas, depois, o jogo vira e elase mostra uma estudante de modadecidida e que tem certeza daquiloque pode ou não fazê-la feliz. “Sãoformas diferentes de gesticular, sevestir, andar... Eu vejo a Leila co-mo várias personagens em umasó”, valoriza.

Em “Afinal, O Que Querem asMulheres?”,Brunacontoucomdi-versas características pontuais dis-tantes das que estava acostumadaque favoreciam a composição darussinha “maluca” Tatiana. Como,por exemplo, o sotaque e o jeito ex-

cessivamente agudo de falar. Ago-ra, a proximidade com a realidadeaoseuredor,nolugardeajudar,tal-vez seja uma das grandes dificulda-desqueBrunaenfrenta.“Émaisdi-fícil lidar com a criação de algo quevocê já viveu, ainda que parcial-mente. Até porque não pode ser euali, preciso criar mesmo algo. Emcima de coisas que são, sim, próxi-masaomeucotidiano.Ouaumco-tidiano que eu já vivi”, filosofa.

Para encontrar o melhor cami-nho, Bruna não esconde que voltae meia recorre às lições aprendidasnaépocaemquese preparou paraasérie. Principalmente ao workshopdemáscaras.TantoqueentreoNa-tal e o “réveillon”, ela esteve na Itá-lia e aproveitou para procurar algu-mas peças. E encontrou. Além dis-so, as aulas de canto com AgnesMoço, iniciadasparao trabalhoem“Afinal, O Que Querem as Mulhe-res?”, ainda ganham espaço naagendacheiadegravaçõesda nove-la. “É mais uma paixão que me se-duziu.E que eu não sei aonde podeme levar. Aliás, eu preciso saber?”,indaga, esbanjando vivacidade emsua fala.

Por enquanto, Bruna aindanãoouvemuitoscomentáriosares-peito de seu trabalho na novela deGilberto Braga e Ricardo Linha-res. “As pessoas ainda me paramporcausadaTatiana”,explica.Masgarante que está preparada para arepercussão de uma novela das no-ve. Sem qualquer ar pretensioso ouarrogante. Apenas realista e trans-parente. “Tudo o que fiz até hojeme trouxe ao lugar que ocupo. Se-ria até hipocrisia dizer que é umproblema ser uma pessoa pública.Estouprontaparaoquevier”,argu-menta. “Ainda tenho muito aaprender.Estarprontanãoquerdi-zerqueeusei tudo.Massimquees-tou aberta para encarar o que vier”,completa.

“Insensato Coração” - Globo -

Segunda a sábado, às 21h.

Perfil

A HORA É AGORA

Nascida em Corupá, no inte-rior de Santa Catarina, Brunase mudou aos 16 anos para SãoPaulo. Na época, a intenção eratentar a carreira de modelo.Mas foram as aulas de Teatroque conquistaram a menina.No início, a motivação era ape-nas por aprender algo novo,mas tomou uma proporção dife-rente com o passar do tempo.Até que surgiu a possibilidadede fazer um teste para “Afinal,O Que Querem as Mulheres?”e Bruna arriscou. Passou e, apartir daí, sua vida deu um giro

de 180 graus. “Nunca tinhapensado em fazer disso umaprofissão. Achei que eu ia mon-tar uma peça com alguns ami-gos e só. Mas aprendi a me en-tregar e fui completamente se-duzida pela arte”, derrete-se.

Foi depois desse teste e desua aprovação que apareceu achance de integrar o elenco de“Insensato Coração”. E, coinci-dentemente, Bruna foi escala-da para interpretar uma adoles-cente de Santa Catarina. As gra-vações começaram em outu-bro, antes mesmo da estreia da

série, que só ocorreu em novem-bro. Agora, trabalhando emuma obra aberta, a possibilida-de de se ver no ar enquanto gra-va as cenas de Leila até é umavantagem. Mas que Bruna nãovaloriza tanto assim. “A meni-na que eu comecei a interpretarno início de outubro não émais a mesma do texto que ho-je eu leio. E eu não sou mais amesma atriz, tenho outras pro-priedades agora. Não sei se mever no ar ajuda mais que a pró-pria evolução da personagem eminha também”, pondera. �

Chance no momento certo

A ligação de Bruna com amúsica começou mais cedo,através da dança. A atriz fezcinco anos de balé clássico

Bruna atualmente mora noRio de Janeiro e garante queaproveita seu tempo livre emcursos e outras formas deaprender coisas novas.Alguns deles na Escola de ArtesVisuais do Parque Lage, naZona Sul carioca

Bruna escreve algunstextos, mas ainda não sabe ondeesse hábito pode levá-la. “Eudeixo as coisas acontecerem”,desconversa

Na segunda fase de“Insensato Coração”, Leiladeve se envolver com André,personagem de Lázaro Ramos.“Me falaram isso quandocomeçaram os trabalhos, masainda não recebi nadaescrito”, garante

‘Ainda tenho muito o

que aprender. Estou

aberta para encarar o

que vier’, diz atriz

InstantâneasLuiza Dantas/Divulgação

TV - página 18 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Em famíliaPedro Neschiling está de volta à tevê no seriado“Aline”, da Globo. Segundo ele, foi uma honrater sua mãe, a atriz Lucélia Santos, em uma par-ticipação no episódio “Aline e as Sogras”. “Nãoé a primeira vez que gravo com ela. Já fizemosuma participação como mãe e filho em Casos eAcasos. Mas agora foi muito mais legal e inten-so. Ela se deu bem com todo mundo”, vibra. Noepisódio, a atriz aparece ao mesmo tempo com aoutra sogra da personagem de Maria Flor paraperturbar a vida da menina.

Sagacidade femininaO canal Space exibe o especial “Mulheres Deteti-ves” na próxima quarta, dia 16 de fevereiro, apartir das 15h45. A programação traz três fil-mes com mulheres que se destacam na investiga-ção criminal. O primeiro será “Cálculo Mortal”,com Sandra Bullock. Em seguida, o longa “Rou-bando Vidas”, com Angelina Jolie. E encerran-do, “Instinto Secreto”, protagonizado por DemiMoore, conclui a programação.

PolíticoO ator Ary Fontoura está no elenco de “Morde e As-sopra”, próxima novela das 19h da Globo. Ele será oprefeito Isaías, que está sempre focado em se manterem cargos políticos. A cidade que ele administra seencontra parada por falta de verbas. Com isso, ele setorna aliado de Júlia, personagem da protagonistaAdriana Esteves, que vive uma paleontóloga. Ele aju-da na escavação da fazenda de Abner, papel de Mar-cos Pasquim.

Mão armadaO “Megafilm”, da TNT , exibe hoje, às 22h, o filme“O Procurado”. A produção é inspirada em uma his-tória em quadrinho, e tem Angelina Jolie no elenco.Ela vira a cabeça do protagonista Wesley Gibson, vi-vido por James McAvoy. Armada, ela revela que eleé o herdeiro de um talentoso assassino, membro deuma irmandade secreta de matadores.

Na modaA maquiadora Andrea Ulsenheimer, famosa por par-ticipar de editoriais das revistas “Vogue”, “Nova” e“Marie Claire”, entrou no time de colaboradores do“Esquadrão da Moda”, do SBT. Ela é uma profissio-nal conhecida no mundo da moda e seu trabalhosempre marca presença em eventos como o “SãoPaulo Fashion Week” e “Fashion Rio”.

PrincipaisFernanda Torres e Andréa Beltrão são as protagonis-tas de “Tapas e Beijos”, seriado da Globo que aindanão possui data e horário definidos na emissora. Ahistória se passa em uma loja de vestidos de noivas,no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Osatores Fernanda de Freitas, Flávio Migliaccio e Vla-dimir Brichta também estão confirmados no elenco.A obra tem texto de Cláudio Paiva e direção de Mau-rício Farias.

Apoio internacionalA Globo começa a gravar essa semana cenas de “Cor-del Encantado” na França. Para isso, a emissora con-ta com o apoio de produtoras locais. Vários figuran-tes franceses farão participações nas cenas, que en-tram no ar durante os primeiros capítulos da novatrama. A produção tem previsão de estreia em abril,no lugar de “Araguaia”.

AtarefadoO novo filme de Selton Mello, “O Palhaço”, já estáem fase de finalização. O lançamento está previstopara agosto em todo Brasil. O longa tem Selton co-mo ator, diretor e roteirista.

InvestimentoA sede do SBT na cidade de Porto Alegre terá um es-túdio avançado para a transmissão em alta defini-ção. Engenheiros japoneses da Toshiba estiveramno local para a realização de ajustes. O prédio já pos-sui, em funcionamento, equipamentos modernos decaptação, edição e exibição, o que permite a grava-ção de conteúdo em cartões de memória.

Cantores em açãoOs cinco artistas que concorrem na categoria “Me-lhor Álbum do Ano” se apresentam ao vivo na edi-ção 2011 do Grammy. Os cantores Eminem, ArcadeFire, Lady Antebellum, Lady Gaga e Katy Perry es-tão entre as atrações musicais confirmadas na ceri-mônia que tem transmissão ao vivo pelo canal de te-vê por assinatura TNT no domingo, dia 13 de feve-reiro, a partir das 23h. Justin Bieber, B.o.B, Usher eJaden Smith, Bruno Mars e Rihanna também seapresentam na premiação.

Nas últimasA produção do “Supernanny” está parada no SBT.Novas gravações não foram feitas e não existem ex-pectativas para uma nova temporada. A possibili-dade é que o programa continue no ar somentecom reprises.

Gordo ganha espaçoO programa “Legendários”, da Record, vai dar maisespaço para João Gordo. A ideia é que a paresenta-dor passe a fazer suas entrevistas na casa das celebri-dades, de uma forma mais descontraída. O progra-ma voltou a ser exibido ao vivo esta semana.

DiversificadaAatrizLilianaCastro,quevivea tímidaFilomenaem“Ri-beirão do Tempo” tem outros interesses artísticos. A atrizafirma que, iniciou a carreira aos cinco anos de idade, e co-menta seu gosto pela variedade na hora de escolher seuspersonagens. “Gostaria de fazer um homem no teatro por-quelá temcomoassumireviverumpapelmasculino,mes-mo sendo mulher. No dia que eu falar que já fiz de tudo,mudo de profissão”, afirma. �

ZappingTV Press

Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação

Luiza Dantas/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 19 - TV

Sucesso à frente dos programas ‘O Melhor do Brasil’ e ‘Ídolos’, Rodrigo Faro vive melhor fase da carreira

TV Press

Rodrigo Faro exibe um pi-que invejável como apresenta-dor. Canta, dança, conversa einterage com a plateia em umritmo pouco comum na televi-são. Fora dos palcos, o ator, can-tor e apresentador paulistanode 37 anos mantém uma dispo-sição idêntica. E fala do traba-lho com uma satisfação que dei-xa evidente a felicidade com osrumos de sua carreira, apósuma trajetória de 12 anos comoator. “Descobri no palco, comoapresentador, um prazer incrí-vel de me relacionar com as pes-soas. Não sinto saudade de fa-zer novela. O que quero paraminha vida, o foco que estabe-leci daqui para frente, é apre-sentar”, assegura Rodrigo,contratado da Record desde2008, onde apresenta o “OMelhor do Brasil” e o “Ído-los”, dois programas de desta-que da emissora.

O interesse pela carreira deapresentador, no entanto, émuito mais antigo. Ao longodos 10 anos em que trabalhouna Globo, Rodrigo perdeu ascontas de quantas vezes tentouchegar ao comando de um pro-grama. E é por isso que, hoje,ele descarta a possibilidade desair da Record, onde teve essaoportunidade. “Jamais abando-naria a emissora que me deu agrande chance que sempre bus-quei e nunca tive na Globo.Não é só virar as costas e ir em-bora. Acho que não seria justo,nem como profissional nem co-mo pessoa de caráter”, argu-menta o apresentador, que tam-bém tem planos de estrear nocinema pela Record Filmes.“Existe um projeto bem em-brionário, mas o problema ago-ra é ter tempo porque a minha

agenda está de chorar. Mas obom é que a conta está engor-dando. Esse é o alento”, brinca.

Pergunta - Você está naRecord há quase três anos,apresenta dois dos progra-mas de maior sucesso daemissora e tem contrato assi-nado por mais sete anos. Járealizou todos os sonhos desua carreira?

Rodrigo Faro - Nem no meumelhor sonho eu imaginavaque isso tudo fosse acontecerem tão pouco tempo. Sonhavamuito menor. Queria fazermeu programa, conquistarmeu espaço devagarzinho e serreconhecido, mas nunca nessavelocidade e grandiosidade. Oque fica disso tudo é a minha es-sência. Quem me conhece daépoca em que fazia papéis peque-nos na Globo e teatro para 10 es-pectadores, sabe que sou exata-mente a mesma pessoa. Com a de-cência, humildade e respeito aosprofissionais, sejam da imprensa,a tia do cafezinho, a moça da lim-peza ou o diretor mais importanteda Record. É legal ser querido e is-so não tem preço. Estou satisfeitodemais.

Pergunta - Após construiruma carreira de ator, cantor eapresentador, qual é sua am-bição agora?

Faro - Ter saúde para aguen-tar o tranco. É muito pesado.Fico semanas sem ter um do-mingo livre. E uma coisa queme preocupa muito são as mi-nhas filhas. Para onde vou euas levo. É corrido porque tenhofeito muitas gravações, even-tos, comerciais, campanhas,sou mestre de cerimônias, faço“merchandising” em outrosprogramas... É uma loucura. Ca-da dia tem algo diferente parafazer. E os dias de descanso sãocada vez mais curtos.

Pergunta - Você gostaria

Entrevista

Menino dos olhos‘Não sinto saudades de

fazer novela. O que

quero para minha vida,

o foco que estabeleci

daqui para frente, é

apresentar’, diz Faro,

feliz na Record: ‘Jamais

abandonaria a emissora

que me deu a chance

que sempre busquei e

nunca tive na Globo’

Luiza Dantas/Divulgação

TV - página 20 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

de fazer de “O Melhor do Bra-sil” um programa ao vivo?

Faro - O problema do meuprograma é que ele é muito gran-de. São cinco horas. Se parar parapensar, cada quadro do “O Me-lhor do Brasil” é quase um outroprograma independente. Levonove horas para gravar tudo. Equem já foi lá acompanhar sabeque eu gravo como se fosse ao vi-vo. Só paro se quebrar alguma coi-sa. Ficaria muito difícil fazer is-so ao vivo. É um dia inteiro degravação.

Pergunta - Um dos gran-des sucessos do programa éo quadro “Dança, Gatinho”,em que você se caracterizacomo um cantor famoso dife-rente a cada semana. Como éesse processo?

Faro - É tudo feito com mui-to cuidado. Escolhemos umpersonagem, eu estudo, pesqui-so na internet e ensaio a dança.Só depois começo a combinaros trejeitos da pessoa com a mi-nha imagem no espelho. Nun-ca olho enquanto estou me ca-racterizando e, quando acaba,sempre tomo um susto. A carac-terização é perfeita. Depois usomeu trabalho de ator para com-por esses personagens. Mas nãofaço sucesso sozinho. Eu sou aponta de um iceberg. Existeuma base de quase 50 pessoastrabalhando nisso comigo.

Pergunta - Você sente fal-ta de explorar esse lado atorem novelas?

Faro - Não sinto saudadesde fazer novela. O que quero pa-ra minha vida, o foco que esta-beleci daqui para frente, é apre-sentar. Até pelo retorno que es-tou tendo. O público me rece-beu de braços abertos e vem medando uma audiência e um cari-nho que nunca imaginei rece-ber em tão pouco tempo comocomunicador. Minha ideia écrescer cada vez mais, aumen-tar meu público. Mas isso nãome impede de fazer uma parti-cipação vez ou outra em umanovela. Não preciso abandonara carreira de ator ou cantor.Sempre que tiver a possibilida-de de uma participação, vou es-tar disponível.

Pergunta - Mas alguma coi-sa o faria mudar de ideia? Vi-ver um protagonista, porexemplo?

Faro - Não. Eu descobri nopalco, como apresentador, umprazer incrível de me relacio-nar com as pessoas. O que sinto

em estar com a plateia ao co-mandar um programa é algoque não quero deixar. “O Me-lhor do Brasil” é um programaque fala para todo mundo, semexceção. Do rico ao pobre, dojovem ao idoso. É muito bomter o retorno de todo o tipo depúblico. Por isso que não pen-so, de verdade, em voltar aatuar. Nem que fosse protago-nista. A ideia é me firmar cadavez mais como comunicador eapresentador.

Pergunta - No ano passa-do surgiram muitos boatosde que você havia sido sonda-do pelo SBT. Isso chegou aacontecer?

Faro - É tudo história. Umavez eu fui a uma festa e umapessoa veio me perguntar seera verdade que o Silvio San-tos tinha me oferecido R$ 3 mi-lhões. Eu falei “Peraí, quan-do? Onde?”. Acho que foi sóespeculação. Pelo menos nãochegou a mim. Só que foi umassunto muito comentado naimprensa.

Pergunta - Mas vocêaceitaria?

Faro - Não. Jamais abando-naria a emissora que me deu agrande chance que sempre bus-quei e nunca tive na Globo.Não é só virar as costas e ir em-bora. A Record me deu doisdos programas de maior au-diência da emissora hoje. Achoque não seria justo, nem comoprofissional ou pessoa de cará-ter. É muito legal ler que oSBT tem interesse ou que a Glo-bo quer que você volte, masmeu foco agora é aqui. Tenhopraticamente sete anos de con-trato com a Record e a gente de-ve prorrogar por mais uns ani-nhos. É sinal de que o trabalho

está sendo bem aceito e tenhosido prestigiado pela emissora.

Pergunta - Como foi essabusca pela apresentação deum programa na Globo?

Faro - Corri muito atrás dis-so lá. Muito mesmo. Eu ia apre-sentar o “Fama”. Cheguei a gra-var o piloto do programa. Aíeles falaram: “não, aqui você éator”. Eu falei “então tá bom.Beleza”. Agora, por incrívelque pareça, estou apresentandoo “Ídolos”, que é um programamuito parecido com o “Fama”.A audiência do “Ídolos” no Riode Janeiro foi impressionante.Ficamos em primeiro lugar deponta a ponta. E, com o “O Me-lhor do Brasil”, conseguimosultrapassar duas vezes a au-diência do “Jornal Nacional”e de “Passione”. É muito le-gal. Me ligaram falando queeu estava à frente da noveladas oito no Rio. Eu falei“oi?”. Nem acreditei.

Pergunta - O “Ídolos” é umformato importado. Qual ésua liberdade na realizaçãodo programa?

Faro - Eu nem quis ver oRyan Seacrest, apresentador do“American Idol”. Claro que euvia o programa, mas quando en-trava o Ryan eu não queria ver.Ele é bom para caramba, maseu não queria copiar o cara.Uma coisa que eu quis trazerpara o “Ídolos” era o humor doapresentador. Não só o humordo sem-noção, mas o humorbrincando com os candidatosna fila. A gente ligava a câmarae deixava eu improvisar. Tudoo que eu fazia ia para o ar. To-das as minhas loucuras. Depoiseu assistia e falava “meu Deus,foi ao ar”. Isso que é legal.

“O Melhor do Brasil” - Record -Sábados, às 18h30

“ZYB Bom” (Band, 1987)

- apresentador

“Antônio Alves, Taxista”

(SBT, 1996) - Dário

“A Indomada” (Globo,

1997) - Beraldo

“Malhação” (Globo, 1998)

- Bruno

“Suave Veneno” (Globo,

1999) - Zenildo

“O Cravo e a Rosa”

(Globo, 2000) - Heitor

“A Padroeira” (Globo,

2001) - Faustino

“A Casa das Sete

Mulheres” (Globo, 2003) -

Joaquim

“Chocolate com Pimenta”(Globo, 2003) - Guilherme

“Cabocla” (Globo, 2004) -Augusto

“Alma Gêmea” (Globo,2005) - Zacarias

“América” (Globo, 2005) -Neto

“O Profeta” (Globo, 2006)- Tainha

“Chamas da Vida”(Record, 2008) - TenenteWallace

“Ídolos” (Record, 2008,2009 e 2010) - apresentador

“O Melhor do Brasil”(Record, de 2008 a 2011) -

apresentador �

Apesar de não ter planos devoltar às novelas, não é raro queRodrigo Faro seja visto fazendoparticipações nos folhetins da Re-cord. No ano passado, o ator eapresentador atuou como ele mes-mo em alguns capítulos de “Ri-beirão do Tempo” e de “Bela, AFeia”. E ele garante que, depoisde encarar a dura rotina à frentede “O Melhor o Brasil”, partici-par de novelas se tornou uma tare-fa muito mais simples. “Para gra-var o programa, fico em pé deuma hora da tarde às onze da noi-te dançando, improvisando eapresentando. É uma loucura. De-pois disso, acho até moleza fazeruma cena de novela”, compara.

A carreira de cantor tambémnão é deixada totalmente paratrás. Tanto que Rodrigo tem umamúsica gravada na trilha sonorade “Ribeirão do Tempo”. A can-ção, intitulada “Por quê?”, é oprincipal tema romântico da tra-

ma de Marcílio Moraes. “Eu já ti-nha ouvido a música, gravei, mos-traram para o pessoal da novela eeles gostaram. Fiquei muito felizpor ter entrado na trilha, mas foitotalmente sem querer”, conta.

Hora da recompensa

Em março de 2011, RodrigoFaro receberá das mãos de SilvioSantos o Troféu Imprensa de Me-lhor Apresentador. E ele conside-ra que o prêmio, criado em 1961para apontar os principais desta-ques da televisão a cada ano, seráo principal reconhecimento desua carreira. “Acho que vai ser amaior emoção profissional da mi-nha vida, só comparada ao dia emque estreei na Record. Aindamais recebendo o troféu do Sil-vio, que é, sempre foi e vai ser omelhor apresentador”, derrete-seRodrigo, que desbancou Faustãoe Luciano Huck na disputa.

Trajetória televisiva

Rodrigo Faro

como o Heitor

de ‘O Cravo e a

Rosa’, de

2000: ator não

sente falta de

fazer novela

Com

Tarcísio

Filho em

cena de

‘Chocolate

com

Pimenta’,

levada ao

ar em 2003

Fotos: Divulgação

Pelos velhos tempos

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 21 - TV

MALHAÇÃO - 17H15

Ti-Ti-Ti - 19H30

ARAGUAIA - 18H00

Segunda-feira - Gabriela confessaa Clotilde que perdeu o bebê. Val-quíria rompe com Luti. Ariclenesarma um plano para atrair Suelenao seu ateliê. Renato conta paraIsabel que seu casamento é umacordo. Francis avisa que Luísasumiu e Edgar a procura. Julinhonão atende uma ligação de Tha-les. Edgar encontra Luísa paralisa-da de medo e a leva para sua ca-sa. Breno sugere que Thaísa oacompanhe ao médico. Stéfanyprocura Jorgito e propõe que osdois se unam. Jacques vai ao ate-liê de Jaqueline. Suelen chega aoateliê de Valentim.Terça-feira - Thales procura Juli-nho e o cabeleireiro fica irritadocom a insistência. Eduardo confir-

ma o diagnóstico do médico deBreno e Thaísa se desespera. Ari-clenes publica no site de Valen-tim o vídeo de Suelen acusandoJacques de plágio. Renato dá umcarro para Marcela, mas ela recu-sa por ciúmes de Isabel. Luísanão se conforma por Edgar se mu-dar para um hotel. Luti descobreque Camila terminou com Ângelo.Edgar vai para o mesmo hotel deAmanda. Luísa procura Marcela eimplora por perdão.Quarta-feira - Marcela não perdoaLuísa e Renato a expulsa da man-são. Luísa sofre um acidente decarro. Luti beija Camila e se decla-ra para ela. Edgar passa a noitecom Amanda e, quando acorda,recebe a notícia de que Luísa se

acidentou. Jacques procura Ja-queline, mas ela o despreza. Ed-gar descobre que Luísa nunca es-teve grávida. Luísa apresenta gra-videz psicológica e o médico avi-sa que ela precisa de cuidados.Jacques concede uma entrevistaa Adriano, assumindo ter clonadoo vestido de Valentim para defen-der Jaqueline de uma feitiçaria.Quinta-feira - Jaqueline lê a entre-vista de Jacques e fica furiosa.Luísa sai do hospital e volta paraa casa de Edgar. Clotilde simulauma crise de ciúme com Jacquesno ateliê de Jaqueline. Pedro fla-gra Luti beijando Camila. Edgarvolta para casa para cuidar de Luí-sa. Pedro chega em casa e se de-para com Gabriela fazendo as ma-

las. Luti leva Camila à casa de Su-zana e encontra Valquíria. Rosá-rio procura emprego no ateliê deJaqueline e a estilista pede queela seja sua espiã. Giancarlo ar-ma um plano para impedir que Re-nato e Marcela se separem.Sexta-feira - Gabriela conta paraPedro que não está grávida e elea manda embora de casa. Jac-ques encena uma briga com Clotil-de e Rosário acredita. Ariclenespede a ajuda de Jaqueline paralimpar o nome de Valentim. Rena-to faz diversos desenhos de Mar-cela enquanto ela dorme e montaum álbum. Massa combina comThales uma festa surpresa de ani-versário para Jaqueline. Mario co-menta que Jaqueline está fazen-

do aniversário e Ariclenes resolvelhe dar um presente especial. Luí-sa acredita que perdeu o neném epromete se vingar de Marcela.Sábado - Luísa ameaça Marcela.Jaqueline fica encantada com suafesta surpresa. Renato invade amansão Sampaio atrás de Luísa erevela que ela foi à editora amea-çar Marcela. Eduardo chega aoaniversário de Jaqueline e Thaísase anima. Ariclenes pede a Xuxa irao aniversário de Jaqueline e elasdançam “Ilariê”. A estilista decideajudar Ariclenes depois do presen-te que recebeu. Amanda ameaçacontar que Jacques copiou o vesti-do de Valentim. Thales se declarapara Julinho. Edgar leva Luísa pa-ra uma clínica psiquiátrica.

Segunda-feira - Beatriz confirma

as suspeitas de Mariquita sobre a

explosão da mina e Padre Emílio

pensa em como contar a verdade

para Cirso. Max conta para a filha

que viu Estela no quarto de Vitor.

Pimpinela implica com Neca e se

recusa a contar para onde vai via-

jar. Nancy aconselha Janaína a se

desculpar com Fred. Estela sofre

ao ouvir Ruriá falar sobre as

consequências de gerar um filho

de Solano. Janaína chega à casa

de shows e vê Marly se insinuan-

do para Fred. Amélia acredita que

Max esconde algo sobre o desapa-

recimento de Mariquita.

Terça-feira - Janaína discute com

Fred, que expulsa Marly da casa

de shows. Solano encontra Mari-

quita no posto médico. Manuela e

Amélia estranham o fato de Max

não ter comentado com elas que

encontrou Mariquita e a levou ao

posto médico. Ricardo diz a Sola-

no que Mariquita apresenta si-

nais do mal de Alzheimer. Lenita

comenta com Pimpinela que ele

precisa mudar o visual para tentar

conquistar Nancy. Mariquita dá

uma touca de bebê para Estela.

Manuela ouve Mariquita contar a

Solano que acredita que Max foi o

responsável pela explosão da mi-

na de cristal.

Quarta-feira - Fred e Janaína se re-

conciliam. Max insinua a Amélia

que Vitor está tendo um romance

com Estela. Ruriá vê o presente

que Mariquita deu a Estela e se in-

comoda. Amélia pergunta o quelevou Manuela a convidar Estelapara trabalhar com ela no catálo-go. Solano e Padre Emílio conver-sam sobre o acidente na mina eresolvem investigar para desco-brir provas contra Max. Aspásiaencontra uma antiga caixa ondeAntoninha guardava suas cartas.Estela sonha com Solano. Ruriápergunta a Mariquita se ela deu atouca para Estela porque a netaestá grávida.Quinta-feira - Estela confirma suagravidez para Ruriá. Amélia contapara Manuela o que sabe sobreas falcatruas de Max. Mariquitaacorda no momento em que Maxse aproxima com uma almofada.Max resolve apagar seus arquivosdo computador e salvá-los em um

pen drive. Solano pede paraGenão tomar conta da estância.Fred explica a Bruno como se mon-ta um telescópio. Solano proíbeMax de se aproximar de suas ter-ras. Marly chega à operadora e sesurpreende ao encontrar Janaína.Sexta-feira - Manuela convenceLurdinha a lhe dar a chave do es-critório do pai e encontra umacaixa escondida com alguns do-cumentos. Janaína propõe queMarly fique com o salão de bele-za e esqueça o seu armazém.Marly faz uma proposta para Bea-triz pelo salão de beleza. Janaí-na e Marly fazem as pazes e fa-lam mal de Bento. Esmeraldadescobre que Tavinho é o seu ad-mirador secreto. Depois de um ri-tual para proteger seu filho, Este-

la sente uma forte dor. Solano re-cebe outro telefonema de um ho-mem dizendo que tem informa-ções sobre seu avô.Sábado - Max vê Amélia ao telefo-ne e exige saber com quem ela es-tá falando. Manuela ajuda Améliaa se encontrar com Vitor e driblara segurança de Veloso. Lenita in-centiva a união de Nancy e Pimpi-nela. Janaína desconfia de quesua irmã esteja mentindo sobresua viagem. Manuela escondeAmélia no porta-malas para levá-la ao encontro de Vitor. Terê avisaa Vitor para esperar por Amélia noquarto. Estela conta para Ruriá oque aconteceu e o índio teme pe-la vida de sua neta. Manuela sesurpreende ao ver o carro de Max,que se aproxima dela.

Segunda-feira - Vera incentiva Te-reza a falar com João. O carro dePedro para no meio da estrada eele e Catarina são obrigados a dor-mir em um hotel. Tereza fica irrita-da com Odilon por chegar atrasa-do e falar para suas colegas queeles vão se casar. Raquel fica fu-riosa ao descobrir que seu namo-rado viajou com a sua rival. Vera fi-ca curiosa para saber aonde Tere-za foi com João. Raquel conta pa-ra Lúcio que Catarina e Pedro fo-ram procurar Artur, deixando-o fu-rioso. Pedro e Catarina ficam sur-presos ao descobrir que Artur es-tá internado.

Terça-feira - Maicon convence Ba-

bi a aceitar um convite para jantar

com ele. Dodói fica desolado com

os elogios que Duda recebe dos

meninos do colégio. Artur conta

para Pedro e Catarina por que es-

tá internado. Dodói lamenta ao

ver Duda conversando com Ra-

fael. Artur diz a Catarina e Pedro

que só vai contar quem agrediu

Fred na frente de todos no colé-

gio. Catarina se desculpa com Pe-

dro por ter duvidado de seu irmão.

Catarina diz a Pedro que sonhou

em ficar sozinha com ele e os

dois se olham apaixonados.

Quarta-feira - Pedro e Catarina se

hospedam em um hotel. Pedro e

Catarina se beijam antes de en-

trar em seus respectivos quartos.

Cláudia fica furiosa com as fotos

de Duda e fala com Roberto que

vai proibi-la de ser modelo. Theo

discute com Lorelai e termina o

namoro com ela. Duda fica revolta-

da com a decisão de Cláudia. Ani-

ta agarra Maicon no vestiário e

culpa o goleiro quando Anísio che-

ga. João manda um buquê de flo-

res para Tereza e Vera fica curio-

sa para ler o cartão. Catarina e Pe-

dro chegam com Artur no colégio.

Quinta-feira - Artur fica intimidado

com o olhar de Lúcio, mas Catari-

na e Pedro não percebem. Maicon

teme a atitude de Anísio por cau-

sa da simulação de Anita. Artur fa-

la com Tereza e pede para contar

o que aconteceu com Fred. Todos

no colégio reagem atônitos à reve-

lação de Artur sobre o culpado no

acidente de Fred e Tereza resolve

dispensar os alunos. Raquel beija

Pedro na frente de Catarina. Ra-

quel demonstra acreditar que não

houve nada entre Pedro e Catari-

na durante a viagem. Catarina ter-

mina o namoro com Lúcio.

Sexta-feira - Lúcio acusa Pedro deter influenciado Catarina a termi-nar com ele. Pedro acusa Lúciode saber da inocência de seu ir-mão durante todo o tempo. Cláu-dia exige da agência de modelosque todas as fotos que Duda for ti-rar sejam autorizadas por ela ante-cipadamente. Duda volta para ca-sa revoltada com a mãe, mas lo-go recebe outra proposta de traba-lho. Theo e Lorelai se reconciliam.Theo conversa com o irmão sobreo problema de Artur. Raquel as-susta Catarina com seu carro etenta convencê-la a entrar paradar uma volta e conversar.

Resumo das novelas

GLOBO

TV - página 22 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

Segunda-feira - Rosa dá em cima

de Sérgio. O rapaz fica nervoso

porque é virgem e tenta inventar

uma desculpa para ir embora. Tito

transa com Filó. Beatriz diz a Laris-

sa que vai confrontar Nicolau so-

bre o que ele disse. Joca vai falar

com Arminda e aguarda ser cha-

mado. Iara pede para falar com

Virgílio. Bruno sai da sala de Ar-

minda e é arrogante com Joca. Jo-

ca fala com Arminda sobre Bruno

e ela diz que ele veio fazer amea-

ças. Iara fala para Virgílio que es-

tá na hora de pedir a grana alta.

Terça-feira - Querêncio chega à

prefeitura e Virgínia diz que a che-

fe de gabinete é invocada. Guilher-

me tenta conversar com Newton.

Karina diz a Zuleide que planeja

enviar as fotos a Filomena. Rosa

pergunta a André e Sônia se Sér-

gio é gay. Romeu e Alfredo conver-

sam sobre o novo prefeito. Ro-

meu pergunta se Alfredo sabe so-

bre o programa de TV do jumento.

Bruno conta a Querêncio sobre a

obra do resort. Virginia os inter-

rompe para mostrar o programa

de Ari na tevê. Patrícia tenta con-

versar com Lincon, que a interrom-

pe para ver tevê.

Quarta- feira - Ar i cr i t ica

Querêncio. Lincon diz que não vai

ao casamento de André. Teixeira

conta a Querêncio que sua heran-

ça pode estar ameaçada se ele

continuar apoiando Arminda. Léia

pergunta o que Joca acha sobre

Sancha ser chefe de gabinete. Jo-

ca se encontra com Arminda. Ele

conta que não pode confiar mais

na mãe e ela concorda. Bruno e

Teixeira comemoram a suspen-

são das obras do resort. Patrícia

diz a Virgínia que já podem reali-

zar o casamento de seus filhos.

Quinta-feira - Virgínia e Patrícia

acertam os últimos detalhes docasamento. Joca diz a Armindaque acha que Flores está por trásde todos os crimes da cidade eque ele não está sozinho. Bruno,Teixeira, Célia, Querêncio e Armin-da conversam sobre o resort. Zu-leide conta a Karina sobre o en-contro com Nasinho. Zuleide en-contra Nasinho no caminho de ca-sa e ele a convida para ir até o Agi-to. Eles conversam e conseguemse entender. Iara propõe a Filóque ela se torne uma instrutorade saltos. Tito chama Filó para sal-tar com ele, se aproxima e dá umbeijo nela.

Sexta-feira - Karina diz que querparticipar da revolução que Floresestá preparando. Lincon se arre-pende, chama o filho para umaconversa e pede que ele tenha cui-dado com Ajuricaba. Flores diz aSereno que pretende explodir aprefeitura. Jorge propõe aos ope-rários irem para cidade fazer umapasseata. Karina diz a Zuleideque mandou as fotos para Filome-na. Virgílio recebe a encomendade Filó e põe no quarto dela. Filóchega à prefeitura e Sancha diz aela que o pai foi até o canteiro ten-tar resolver a situação com osoperários.

Segunda-feira - Eunice conta para

Wanda e Raul que Léo desviou di-

nheiro da firma. Nelson acerta

com Raul o lançamento do carro

da empresa de Vitória. Eunice pen-

sa em processar Pedro. Dalva cele-

bra o noivado de Norma. Raul fala

com Léo sobre o roubo no aparta-

mento de Pedro. Carol, Marina e Bi-

bi chegam ao coquetel de lança-

mento dos móveis feitos por An-

dré. Eunice ameaça abandonar Zu-

leica se ela ajudar Pedro. Leila con-

ta para a mãe por que foi ao aparta-

mento de Luciana com Cadu. Nor-

ma se arruma para encontrar Léo.

Léo sofre um acidente com a moto

e fica desacordado.

Terça-feira - Pedro sente seus pés

e se emociona ao lado de Raul. Bi-

bi flagra Patrick se insinuando pa-

ra Alice. Léo tenta dopar Norma.

Raul e Wanda se beijam. Carol e

André vão ao bar de Gabino. Léo

encontra o esconderijo e rouba os

dólares. Norma encontra uma lata

vazia e questiona Silveira, que se

desespera e a acusa de ter rouba-

do seu dinheiro. Léo foge da cháca-

ra, mas Norma o vê e vai atrás de-

le. Silveira fala para seu advogado

que Norma o roubou e tem um in-

farto. Léo chega ao seu quarto no

hotel e Norma aparece atrás dele.

Quarta-feira - Léo conta seu plano

para Norma e entra em um ônibus

para Florianópolis. Norma volta pa-

ra casa e fica perplexa ao ver Go-

mes acompanhado de policiais.Norma é presa pelo roubo. Carolconfidencia a André que não podeter filhos e ele a consola. Léo en-trega o dinheiro a Afrânio para co-meçar o negócio com caça-ní-queis. Júlio ouve Leila e Cecíliaconversando e se enfurece ao des-cobrir o que aconteceu no aparta-mento de Luciana. Raul conta paraMarina sobre a melhora de Pedro.Norma é levada para a cela e co-nhece Florinda.Quinta-feira - Carol afirma a Aliceque vai conquistar André. Andrédescobre que o erro na construçãoda mesa enviada para Martins foide Aquiles e se demite. Alice en-contra André e descobre que elese demitiu. Vitória recebe a notícia

de que terão que cancelar o lança-mento do carro na Europa e liga pa-ra Raul. Norma fica aflita quandoRubens diz que, se não tiver nenhu-ma pista de Léo, ela terá que pa-gar pelo roubo. Pedro recebe umbuquê de flores de Marina. Andrévai ao escritório de Marina.Sexta-feira - André fecha contratocom Marina. Wanda incentiva Pe-dro a procurar Marina. Norma pe-de para falar com Dalva, que seprontifica a ajudá-la com um advo-gado. Um advogado contratadopor Dalva procura Norma e pedeque ela assine uma procuraçãoem seu nome. Celso se encontracom Dalva e eles pensam o que fa-rão quando pegarem o dinheiro deNorma. Neném descobre o motivo

por que Leila saiu de casa. Pedro li-ga para Marina, mas desliga antesde ela atender. Raul encontra Wan-da desacordada em sua cama.Sábado - Neném fofoca sobre Leilapara uma amiga. Dalva finge preo-cupação com Norma. Afonso se in-teressa por Leila, que fica apreen-siva. Leila lamenta não ter sentidonada com o beijo de Afonso. Andrée Carol se beijam. Marina comentacom Vitória sobre o telefonema dePedro. Léo leva Zeca para casa efala sobre os caça-níqueis. Raul fi-ca abalado ao lado da cama deWanda no hospital. Natalie é con-vencida por Antenor a posar paraas fotos, mesmo sem ter assinadoo contrato. Irene chega de surpre-sa ao hospital para ver Pedro.

Resumo das novelas

DESTAQUES DOS CANAIS POR ASSINATURA

RIBEIRÃO DO TEMPO - 22H15

INSENSATO CORAÇÃO - 21H00

RECORD

TAPANA PANTERA(GNT, hoje, 19h)

OGNT exibe, neste domingo,o

documentário “A VerdadeSobre a

Maconha”,onde opsicólogo John

Marsdenanalisa detalhadamentea

drogamaisutilizada nomundo. Ele

pesquisasuas origens, os

malefíciosdecorrentesdo usoda

drogaecomoseupotencial

medicinal vem sendo

explorado.Armada(Viva, hoje,

19h)Maisumsucesso daGlobo

voltaaoar nocanal Viva. Neste

domingoestreiaoseriado “A

Justiceira”. Lançadoem 1997,a

produçãoéprotagonizada porMaluMadere contaahistória de uma

organização internacional na luta

contrao crime.Malu interpreta

Diana,uma ex-policial que tem seufilhosequestrado por traficantes.

TRAGÉDIAS(Discovery, hoje, 21h)

ODiscovery Channel apresenta,

nestedomingo, oespecial “Águas

Mortais”, a produçãoaborda o tema

das inundações naAmérica Latina.

Oprograma tratada sequênciade

tempestadesextremasque se

desenrolaram nocontinentenos

últimosanose busca respostas

paraas causasdesseseventosque

vêmafetandoa região.

RITMOCUBANO(Megapix, amanhã,1h55)

OMegapix exibe, nesta segunda,o

longa“A Cidade Perdida”. Lançado

em2005,o filmemarcouaestreiadoator AndyGarcia nadireção. EmHavana,o donodeum famosoclubeépreso durantea transiçãodoregimedeBatista paraaditaduramarxistadeFidel Castro. Noelenco,DustinHoffman, Inés SastreeBillMurray.

SANGUE FRIO(A&E, terça, 17h)

O A&E exibe episódios inéditosda série “ComportamentoCriminoso”, que analisa o perfilde pessoas que já cometeramum crime, independentementeda gravidade e repercussão.Nesta terça, o programa enfocao assassinato do músico JohnLennon pelo psicopata MarkDavid Chapman. O canal obteve

uma entrevista exclusiva com oassassino.

ANTIGUIDADES(TheHistoryChannel,

quinta,17h)O forte aspecto religioso daEtiópia étemado episódio dasérie “CidadesOcultas”, que oThe HistoryChannelexibenesta quarta. Em “ATerraSantaSecreta - Etiópia”, oapresentador DonWildmanvisitauma igrejaortodoxa doséculoVIesculpidaàmão.

NA MULTIDÃO(TNT, sábado, 12h50)

Asolidão na cidademais populosadomundoé omotedo filme“EncontroseDesencontros”, deSofiaCoppola, queoTNT exibe

nestesábado. Na trama,um astrodecadente vai parao Japão paragravar umcomercial de tevê eencontrauma jovem bela, atraenteesolitária. Destaqueparaa inspiradatrilha sonoraeparaas atuaçõesdeBillMurray eScarlett Johansson.

UIVOS(TelecinePremium,sábado, 22h)

OTelecine Premiumexibe, nestesábado, o longa “O Lobisomem”,de2010.Ambientadona Inglaterravitoriana, Lawrence Talbot retorna aocastelodeseu pai, ondeseapaixonapela belaGwenConliffe.Mas, apósser mordidopor umlobisomem, Lawrencepassa a vivera terrívelmaldição.Noelenco,BenicioDel Toro, Anthony HopkinseEmilyBlunt.

GLOBO

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 23 - TV

Num só roteiro,

conheça os templos

e a natureza da

Tailândia e do Laos

Turismo

IRMÃOSIRMÃOSSIAMESESSIAMESES

Fotos: Agência O Globo

A ideia que se

tem da Tailândia é

impregnada pelos templos, as

imagens da natureza, a cor do

mar azul-turquesa, as falésias

e as cavernas rochosas

Agência O Globo

O país, que há seis anos foiatingido por um tsunami que de-vastou quase todo o seu litoral,resgatou o turismo não apenaspelas belezas naturais, mas tam-bém pela riqueza de sua cultura.

E mais: virou parada estraté-gica para viajantes que seguempara regiões mais remotas da

Ásia, como o Laos, onde fica a ci-dade de Luang Prabang, Patri-mônio da Humanidade e um re-duto exótico do comunismo.

Com voos curtos, fáceis e dis-poníveis, você não vai querer via-jar mais de 24 horas para trazerna mala lembranças de um sópaís. Assim, que tal unir um des-tino badalado a um vizinho pou-co conhecido?

Ásia

Visita aos vizinhos

Templo de Wat Arun,

que se pode visitar

num passeio de barco

pelo rio Chao Phraya

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 25 - TURISMO

Os santuários mais famosos são o Grande Palácio e o Wat

Phra Kaeo, conhecido como o Templo do Buda de Esmeralda

O roteiro pelos dois paísespróximos (Tailândia e Laos),mas de características bem pró-prias, tem de começar por Bang-coc. A capital da Tailândia encan-ta pelo choque de sensações.

No horizonte, prédios altíssi-mos ‘brigam’ com os telhadosesca-lonados das construções antigas.Nasruas,ocaosdotrânsitocontras-ta com a calma dos templos budis-tas. Estes, aliás, se multiplicam nu-ma espécie de oásis da cidade, aolongo do rio Chao Phraya.

Pegar um dos barcos quetrafegam pelo rio e descer nosprincipais templos exige ape-nas uma câmera fotográfica epouco dinheiro no bolso.

Ao longo do rio, há dezenas deparadas nas suas margens, indica-das em qualquer mapa da cidade.Os turistas podem comprar ingres-sos na hora e entrar nos barcos emqualquer um destes pontos.

Dependendo da distância per-corrida, os ingressos variam de 9baht (R$ 0,50) a 27 bath (R$ 1,50).Antesdeembarcar,valeapenacon-feriros ‘quitutes’vendidosnaentra-da de alguma dessas estações aquá-

ticas: tartarugas, saposecobrasma-rinhasvivas sãoexpostos embaciascom água, para as pessoas prepara-rem como comida em casa.

Para entender a importânciados templos, um pouco do con-texto histórico: Bangcoc tornou-se a capital da Tailândia após aproclamação do general ChaoPhraya Chakri como novo rei,com o nome de Rama 1º.

Com ele, iniciou-se a dinastiaque governa o país até os dias dehoje. Rama 1º chegou ao podercom a destituição do governo deseu antecessor, o também generalPhraya Taksin, gerada por diver-sos desentendimentos entre o mo-narca e seus ministros.

Nesse período, a capital dopaís era a cidade de Thonburi, ho-je anexada a Bangcoc. Taksin foi oresponsávelporexpulsarosbirma-neses que tinham dominado boaparte do país em 1765, quando ex-tinguiram o Reino do Sião.

Assim,ossantuáriosmaisfamo-sos no caminho ao longo do rio sãoo Grande Palácio e o Wat PhraKaeo, mais conhecido como oTemplo do Buda de Esmeralda.

Eles formam um complexo cujaconstrução começou em 1782, paramarcar a fundação da nova capitale servir de moradia para o novo reie para o lendário e único Buda deEsmeralda (embora ele seja feito dejade, e sua roupa, confeccionadacom fios de ouro).

O monumento do Buda deEsmeralda (Phra Kaeo), de 65cm, fica numa capela real ligei-ramente elevada sobre uma va-randa de mármore, rodeada deestátuas de elefantes.

Rama 1º foi o responsável porlevaroBudaparaaTailândia.Aes-tátua, até 1782, estava em Vientia-ne, a capital do Laos, onde perma-neceu por 215 anos, após ter sidoencontrada na Índia e mantida noCamboja durante o século 15.

Aimportânciadobudaeadeci-são de criar o Wat Phra Kaeo tam-bém para abrigá-lo deve-se à cren-ça de o ídolo ter dado sorte ao paísdurante esse momento histórico.

O Buda de Esmeralda até hojeéconsiderado oprotetordaTailân-dia.SomenteoreidoCamboja-Ra-ma 9º, na atualidade - tem permis-são para tocar a estatueta.

Ásia

Ao longo dorio, um oásis

de templos

Cachoeira emCachoeira em

Kuang Si: rios MekongKuang Si: rios Mekong

e Nam Khan enfeitame Nam Khan enfeitam

paisagem nos arredorespaisagem nos arredores

de Luang Prabangde Luang Prabang

Templo no complexo do Grande Palácio e Wat Phra Kaeo:

construção iniciada em 1782 para abrigar o Buda de Esmeralda

Outro templo que surpreendepela beleza e magnitude é o WatArun. Ele é todo ornamentadocom pequenos pedaços de porcela-na.Vistodelonge, suaprincipalca-racterística é o conjunto de prangs- quatro torres nas extremidadescercando outra maior ao centro.

Esta torre principal tem79 me-trosdealtura(equivalenteaumpré-diode26andares)eumaescadaex-tremamente íngreme. Evite olharpara baixo! O Wat Arun é visitadopelos fiéis mais fervorosos e pelosviajantes em busca de aventura.

A viagem pelo rio é diverti-da, mas quem quiser evitar aágua pode fazer o percurso en-tre os templos em tuk-tuks - ostradicionais carrinhos de trêsrodas da Tailândia usados co-mo transporte público.

O trajeto não demora mais de15 minutos: é fundamental nego-ciar o preço antes. Os motoristascostumamoferecerviagensporape-nas 40 baht (pouco mais de R$ 2),mas em troca, pedem uma ‘ajudi-nha’ do passageiro.

Funciona assim: ele leva o tu-rista para o local pedido e, na vol-ta, pede que você entre em algu-mas lojas e finja que vai compraralgum objeto. A viagem acaba de-morando mais de uma hora, maso motorista garante sua comis-são. Para quem não está compressa, pode virar até um diverti-do - e inofensivo - passeio pela

‘malandragem tailandesa’.Para quem se interessa pela

culináriaepeloestilodevidatailan-deses, nada como ir a um dos mer-cados espalhados pela cidade.

OChatuchak é omaior merca-do de Bangcoc. Fica no norte dacidade, no distrito que tem o mes-mo nome. Funciona todo fim desemana, das 7h às 18h. É formadopor 6 mil estábulos, do tamanhode cinco campos de futebol. Lá,os turistas encontram desde fru-tas e verduras até antiguidades eroupas de segunda mão.

Há ainda os mercados flutuan-tes como o de Damnoen Saduak,um labirinto de canais com cente-nas de jangadas onde comerciantes- sobretudo mulheres vestidas emtradicionaisroupasde fazendeiras -negociam frutas,verduras e tempe-

ros vindos direto das fazendas.Situado a dois quilômetros

do Centro de Bangcoc, funcio-na todos os dias, das 4h às 11h.A forma mais simples de che-gar lá é de tuk-tuk.

Quem costuma frequentar osmercados de madrugada, para ga-rantirousodeingredientes frescos,são Duangporn Songvisava, a chefBo, e Dylan Jones, um australianoque fez carreira em Londres antesde mudar para a Tailândia.

Eles são os donos do Bo.Lan,um dos restaurantes mais famososde Bangcoc, pouco mais depois deum ano de abrir. O Bo.lan temuma comida tailandesa autênticacom um toque sofisticado, e repre-senta uma mudança nas opçõesculináriasquecostumavamserofe-recidas na capital da Tailândia. �

Com pedaços de porcelana

Panteão Real no complexo do Grande Palácio e Wat Phra Kaeo:

monumentos estão ligados à fundação da dinastia que governa o país

Interior de

santuário em

Wat Arun:

ornamentação

com porcelana

Tuk-tuk: táxi de três rodas mais usado para passear

em Bangcoc também é encontrado no Laos

Monge em

templo no

complexo do

Grande

Palácio e Wat

Phra Kaeo

Rua de Bangcoc

vista a partir de

tuk-tuk: motorista

pode pedir que você

entre numa loja e

finja interesse

Temperoseespeciarias nomercado Phousi, em LuangPrabang: patrimônio

daHumanidade fica apouco menos deuma hora devoo deBangcoc

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 27 - TURISMO

Ásia

Phi Phi LehPhi Phi Lehsofre com a famasofre com a fama

Vista de uma das

falésias da Baía

Railay: acesso

só por barco

Nesta ilha, fica a paradisíaca Maya,

onde foi rodado o filme ‘A praia’,

com Leonardo DiCaprio

Antes de conhecer um contra-ponto à Tailândia no menos agita-do Laos, vá para o sul de Bangcoc,para conhecer as praias tailande-sas em duas experiências tambémcontrastantes: um refúgio queatrai jovens de todo o mundo que-rendo ter a mesma experiência defuga vivida pelo personagem deLeonardo DiCaprio em ‘A praia’,e as agitadas ilhas numa das quaiso filme foi de fato rodado.

O passeio começa em Krabi,na costa do Golfo da Tailândia.SaindodeBangcoc, é possívelvoarpara lá numa das companhias aé-reas low-cost da região, como aAsia Airlines e a Tiger Airways.Os voos custam cerca de 1.450bahts(apenasR$80),edurampou-co mais de uma hora.

De lá, vá para a Baía Railay,cujo acesso só é feito por barco.Cercada por falésias e grutas queguardam inúmeros mitos, comoda deusa que protege os pescado-res dos perigos do mar, Railay ain-da é pouco afetada pelo turismo.

Nas duas principais praias,Ton Say e Phranang Beach, é pos-sível ver macacos em bandos oualimentando filhotes.

A baía também é conhecidapor ser um dos melhores locaisda Ásia para escaladas. Há cursospara crianças e adultos que du-ram até três dias. Quem não gos-

ta de esportes radicais pode optarpelos passeios de caiaque, para ex-plorar as cavernas.

Railay é muito frequentadapor jovens da Austrália e Nova

Zelândia. Ao contrário de outrasáreas de praia da Tailândia, nãohá muita vida noturna. A exceçãofica por conta do estabelecimentochamado The Last Bar.

Num platô montado sobre omar, os viajantes experimentamdrinques, as excelentes cervejaslocais (Singha e Chang) e nargui-lé ou shisha (um cachimbo deágua de origem árabe), sentadosem almofadões. Entre as atraçõesoferecidas pela casa, destaca-seum show de malabarismo com fo-go de tirar o fôlego.

Railay fica a apenas duas horasde barco das ilhas Koh Phi Phi, asmais badaladas da Tailândia. Elasse tornaram tristemente conheci-das por ter sido locais muito afeta-dos pelo tsunami de 2004.

Mas com exceção das placasque apontam para as rotas de fu-ga em caso de ondas gigantes, a re-gião não possui vestígios da des-truição. Bares, restaurantes, sa-lões de massagem, casas de câm-bio e lojas de mergulho se aglo-meram nas ruas do Centro e cha-mam a atenção logo na chegada.

Phi Phi Don é a ilha maismovimentada, e onde está a

maioria dos hotéis e pousadas. JáPhi Phi Leh é a ilha onde fica apraia de Maya, e onde foi - aí sim- rodado o filme ‘A praia’.

Apesar de mais reservada, PhiPhiLeh sofre coma quantidade deturistasqueinvademaáreaparaco-nhecer a locação hollywoodiana.Catamarãs com alto-falantes nãodãosossegoparaquemquerapenasum banho de mar.

Por isso, uma das praias maisrecomendadasparaquemdesejare-laxar é a Long Beach, a meia horade caminhada do centro de PhiPhiDon.Épossível fazerumamas-sagem embaixo de um bangalô debambu com vista para o mar, ou-vindoobarulhodasondas,porape-nas 275 baht (R$ 15).

Outra opção é aproveitar o si-lêncio do fundo do mar num mer-gulho. Phi Phi é considerada umadasmelhoresregiõesdomundopa-raoesporte.Osmergulhadores fre-quentemente deparam com tarta-rugas, tubarões, moreias e enor-mes cardumes multicoloridos. Nopasseio,queduracercadecincoho-ras, os turistas fazem dois mergu-lhos e almoçam típica comida tai-landesa dentro das embarcações.

Iguarias tailandesas

Massagem

em Phi Phi:

um bom

programa

para depois

do banho

de mar

Malabarismo

com fogo no

The Last Bar:

uma exceção

na noite

tranquila

de Railay

Redutodeturistas,édifícilencontrarmo-radoresdas ilhasquenãotrabalhemnosetor.Phi Phi tem restaurantes de todos os tipos,como de massa italiana, hambúrgueres ame-ricanose tacos mexicanos.É uma opção paraquem sente a necessidade variar o cardápiodas iguarias tailandesas. Mas há quem recla-me que isso tira a autenticidade da região.

Nesse caso, uma boa pedida é o restau-rante Pum (o nome é este mesmo), na vilade Ton Say. Os pratos são rápidos e saboro-sos, e ainda podem ser aprendidos numa es-colinha de culinária que funciona bem pró-ximo ao estabelecimento. Nada mau incluir

no seu caderninho de receitas especialida-des do país como o Pad Thai (macarrão dearroz frito com ovo, molho de peixe, brotodefeijão,pimenta e carneagosto), curries decamarão, frango e carne de boi, além de so-pas como a Tom Yum (feita com pimenta,capim-limão,molhodepeixe,cogumelos,ca-marão, suco de limão e erva-cidreira).

Depois de dois pontos com climatão diferente sob o sol, é a hora de voltarpara Bangcoc - e de lá, conhecer um so-brevivente das guerras que incendia-ram a Indochina durante a Guerra Fria,que hoje respira tranquilidade.

Um passeio pelas praias da Tailân-dia é uma oportunidade de experimen-tar uma autêntica criação do país quetornou-se produto de exportação: a mas-sagem tailandesa.

Ela intercala o alongamento com técni-cas clássicas de pressão das massagensorientais. Os movimentos de torção e alon-gamento utilizam o corpo como alavanca(semelhante ao que acontece com ioga). Jáa pressão é feita com membros como pés,cotovelos, joelhos, mãos e polegares.

A intenção do procedimento é ativar oschamados canais ‘sen’ pontos do corpo por

onde, segundo a medicina tailandesa, circulaa energia vital. A massagem é praticada hámais de 2,5 mil anos e teria surgido naregiãoque hoje compreende a Índia e o Nepal.

Salões de massagem estão espalhadospor todo o centro da vila de Ton Say - e sãoum bom programa para depois do banho demar. Em geral, eles oferecem quatro tiposde massagem: a tailandesa tradicional, nospés, no rosto e com óleo. Os preços variamde aproximadamente 235 bahts (R$ 13) a385bahts (R$21)porumahora.Osestabele-cimentos funcionam das 9h às 22h, e aindaoferecem pedicure e manicure. �

Praia Phranang,

na Baía Railay:

local buscado por

jovens da Oceania

Ative pontos de energia

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 29 - TURISMO

Este é o

destino mais

concorrido

do Laos e foi

declarado

patrimônio da

Humanidade

pela Unesco,

em 1995

De volta para Bangcoc, os viajantespodem seguir para o Laos, um dos últi-mos redutos comunistas do mundo. Lá,o destino mais concorrido é Luang Pra-bang, cidade declarada patrimônio daHumanidade pela Unesco, em 1995.

O vôo de Bangcoc a Luang Prabangdura pouco menos de uma hora, e é ope-rado pela Bangcoc Airways e pela LaoAirlines. Os preços não são baratos co-mo os de companhias low cost euro-peias (as passagens ida e volta saem em

torno 12.800 bahts, ou R$ 700), mas háaviões fazendo essa rota quase todos osdias, e a compra de passagens pode serfeita pela internet ou telefone.

Luang Prabang, com 16 mil habitan-tes, tem um clima de cidadezinha do in-terior. As ruas não são pavimentadas, ebicicletas rodam por toda parte.

Nas vilas mais afastadas, os laocia-nos observam os turistas com olharescuriosos mas sempre sorridentes. Trin-ta e dois templos budistas enfeitam as

ruas, harmonizando-se com as constru-ções de arquitetura dos antigos coloniza-dores franceses. O passado europeu tam-bém pode ser percebido pela presençade inúmeros restaurantes que oferecemdeliciosas baguetes, croque monsieurs evinhos franceses.

Luang Prabang fica entre dois rios -Mekong e Nam Khan - que não apenassão fonte de sustento para a população,como enfeitam ainda mais a região for-mada por montanhas e florestas.

As cachoeiras de Kuang Si impres-sionam pelo tom azul e a força das que-das d’água. O passeio até lá é feito detuk-tuk (o veículo de três rodas tambémé encontrado no Laos) e demora cercade meia hora.

No fim do dia, vale a pena subir atéo Monte Phousi, que tem vista para am-bos os rios e fica na parte antiga deLuang Prabang, para um programa ine-vitável em todas as viagens: contemplaro pôr do sol.

Ásia

LuangPrabangtem32 templos earquitetura francesa

Morning Alms:

monges ganham

oferendas após

a primeira reza

TURISMO - página 30 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO

COMO CHEGAR

Bangcoc: As empresas aéreas AirFrance, a Emirates e a Qatar Airways têmvoos com saída do Rio de Janeiro e deSão Paulo, a partir de R$ 3.364. Preços,com taxas, pesquisados para o final defevereiro.

Baía Railay: Há voos diretos entreBangcoc e Krabi. O trecho de ida, emvalor promocional, custa US$ 26,40. Idae volta, com taxas, a partir de US$ 79,96.

Luang Prabang: A Bangkok Airwaysvoa da capital tailandesa para LuangPrabang por US$ 380.

BANGCOC

PASSEIOS

Grande Palácio e complexo de WatPhra Kaeo: Aberto das 8h30m às15h30m. Phra Lan Road. Entrada: 200baht (R$ 10). www.palaces.thai.net/

Templo de Wat Arun: Das 7h às

17h. Entrada: 20 baht (R$ 1). Arun Amarin

Road. www.wataroun.org.

Passeio de barco pelo rio Chao

Phraya: www.chaophrayaexpressboat.

com

BAÍA RAILAY

PASSEIOS

Escaladas: A King Climbers oferece

cursos de metade de um dia a três dias.

www.railay.com.

Passeio decaiaque: Lojas de turismo

oferecem tours.Opasseio das8h30màs16h

custaem tornode 1.382baht (R$ 75).

PHI PHI

PASSEIOS

Mergulho: Há dezenas de lojas com

instrutores em Ton Say. Os passeios

duram cinco horas e incluem dois

mergulhos. Preços em torno

de 3.315 baht (R$ 180).

LAOS

PASSEIOS

Cachoeiras: A viagem até as

cachoeiras de Kuang Si custa cerca de

38.000 kips, a moeda local (apenas R$

8). Quem preferir pode contratar um guia

numa das lojas de turismo - o trajeto

costuma estar incluído no pacote. O preço

varia de 400.000 kips (R$ 85) a 470.000

kips (R$ 100) por dia.

Morning alms: A cerimônia acontece

todo dia a partir das 6h. O ideal é se

posicionar em qualquer ponto da rua

Sakharin. Os budistas costumam pedir

que as pessoas evitem se aglomerar com

câmeras em cima dos religiosos e façam

silêncio �

Outro programa imperdível noLaos é assistir à cerimônia MorningAlms,emquemoradores locaisofere-cem comida - sobretudo o típico sti-cky rice, aquele arroz grudadinhoque comemos em restaurantes de co-mida thai - para cerca de 300 mongesque deixam os monastérios, após aprimeira reza do dia.

Ajoelhadas em esteiras de bam-bu, as pessoas são orientadas a não to-caros religiosos e apermaneceremsi-lêncio. Além desta cerimônia, queacontece bem cedo, é possível ver osmonges circulando pela cidade emseus robes laranjas e feições serenas.

O Laos teve seu primeiro reinolocal, o Lan Xang, no século 14. LanXang dominou o país até o século18, quando a Tailândia tomou con-trole de boa parte do seu território.

Em 1893, a França assumiu oprotetorado do Laos, formando as-sim a Indochina, que incluía ain-da o Vietnã e o Camboja.

Na 2ª Guerra Mundial, o Japãoocupou a Indochina francesa. Quan-dooinvasor foi derrotado, nacionalis-tas declararam o Laos independente,mas as tropas francesas reocuparam aregião.Apenas em 1949 o antigo colo-nizadoraceitoufazerdopaísumEsta-do associado à República Francesa.

Em 1954, após a derrota francesapara os comunistas vietnamitas, oLaos se tornou independente.

O país sofreu diversos golpes deEstado. Na Guerra do Vietnã, foi du-ramente bombardeado, apesar denão estar envolvido diretamente noconfronto. Alvo de toneladas debombas, o Laos foi considerado opaís mais bombardeado da históriadas guerras modernas.

O sítio arqueológico conhecidocomo Planície dos Jarros, próximo àcidade de Phonsavan, no norte, émuito visitado por viajantes interes-sadosnesse período da história. Nele,há crateras escavadas pelas bombas,minasainda nãodetonadas, e uma ca-verna onde mais de 400 pessoas mor-reram após um bombardeio.

Em 1975, após a queda do Vietnãdo Sul, foi implantada a RepúblicaDemocrática Popular do Laos. Opaísdependeu fortemente da ajuda russa,por meio do Vietnã, até o colapso daUnião Soviética em 1991 - daí as ban-deirinhas com foice e martelo em al-gumas casas. Na década de 1990, oPartido Comunista abandonou a cen-tralização da economia. E o Laosabandonou o passado de conflitos pa-ra começar a atrair viajantes.

Bancar o marajá noLaos é fácil, pelo menosna hora de passear: vocêpode agendar passeios deelefantes em qualqueruma das dezenas de loji-nhas de turismo no cen-tro de Luang Prabang. Ovalor depende do trajeto edo tempo de passeio.

Para quem estiver inte-ressado em conhecer umpouco mais sobre os ani-mais, há uma ‘Vila dosElefantes’ a 15 quilôme-tros da cidade: um imen-so sítio com animais resga-tados de campos de traba-lhos no país.

Passeio de elefante:

serviço oferecido em

dezenas de lojas

Moradoras de Luang Prabang: visitantes

atraem curiosidade e simpatia

Detalhe de um templo

no Laos: pura arte

Programe a viagem

A cerimônia doMorning Alms

Sentindo-seum marajá

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 / página 31 - TURISMO

Paulo Coelho

DIÁLOGOS COMO MESTRE (2)

Escritor

Se o homem entende que é digno daquilo pelo qual lutou tanto, transforma-se

num instrumento de Deus, ajuda a Alma do Mundo, e entende porque está aqui

A Lenda Pessoal(Continuo reproduzindo

aqui alguns trechos de conver-sas com meu mestre, no perío-do de 1982 a 1986)

- O que é a Lenda Pessoal?- É a sua bênção, o caminho

que Deus escolheu para vocêaqui na Terra. Sempre que umhomem faz aquilo que lhe dá en-tusiasmo, está seguindo sua len-da. Acontece que nem todostêm coragem de enfrentar-secom os próprios sonhos.

- Por que razão?- Existem quatro obstáculos.

O primeiro: ele escuta, desdecriança, que tudo o que desejouviver é impossível. Cresce comessa ideia, e à medida que acu-mula anos, acumula também ca-madas de preconceitos, medos,culpas. Chega um momento emque sua Lenda Pessoal está tãoenterrada em sua alma que nãoconsegue mais vê-la. Mas elapermanece ali.

“Se ele tem coragem de de-senterrar seus sonhos, então en-frenta o segundo obstáculo: oamor. Já sabe o que deseja fazer,mas pensa que irá ferir aquelesque estão à sua volta, se largartudo para seguir seus sonhos.Não entende que o amor é um

impulso extra, e não algo que oimpede de seguir adiante. Nãoentende que aqueles que real-mente lhe desejam bem estãotorcendo para que seja feliz, e es-tão prontos para acompanhá-los nesta aventura.”

“Depois de aceitar que oamor é um estímulo, o homemestá diante do terceiro obstácu-lo: o medo das derrotas que iráencontrar em seu caminho.Um homem que luta pelo seusonho sofre muito mais quan-do algo não dá certo, porquenão tem a famosa desculpa:“ah, na verdade eu não queriabem isso...” Ele quer, sabe queali está apostando tudo, e sabetambém que o caminho da Len-da Pessoal é tão difícil comoqualquer outro caminho – coma diferença que nesta jornadaestá o seu coração. Então, umguerreiro da luz precisa estarpreparado para ter paciêncianos momentos difíceis, e saberque o universo está conspiran-do a seu favor, mesmo que elenão entenda.

- As derrotas são necessá-rias?

- Necessárias ou não, elasacontecem. Quando começa alutar por seus sonhos, o homem

não tem experiência, e cometemuitos erros. Mas o segredo davida é cair sete vezes, e levantar-se oito vezes.

- Por que é tão importante vi-ver a Lenda Pessoal, se vamossofrer mais que os outros?

- Porque, depois de supera-da as derrotas – e sempre as su-peramos – nos sentimos commuito mais euforia e confiança.No silêncio do coração, sabe-mos que estamos sendo dignosdo milagre da vida. Cada dia, ca-da hora, é parte do Bom Comba-te. Passamos a viver com entu-siasmo e prazer. O sofrimentomuito intenso e inesperado ter-mina passando mais rápido queo sofrimento aparentemente to-lerável: este se arrasta por anos,e vai corroendo nossa alma semque percebamos o que está acon-tecendo – até que um dia já nãopodemos nos livrar da amargu-ra, e ela nos acompanha o restode nossas vidas.

- E qual é o quarto obstáculo?- Depois de desenterrar seu

sonho, usar a força do amor pa-ra apoiá-lo, passar muitos anosconvivendo com as cicatrizes,o homem nota – do dia para anoite – que o que sempre dese-jou está ali, a sua espera, talvez

no dia seguinte. Então vem oquarto obstáculo: o medo derealizar o sonho pelo qual lu-tou toda a sua vida.

- Isso não faz o menor sentido.- Oscar Wilde dizia: “a

gente sempre destrói aquiloque mais ama”. E é verdade.A simples possibilidade deconseguir o que deseja fazcom que a alma do homem co-mum encha-se de culpa. Eleolha a sua volta e vê que mui-tos não conseguiram, e entãoacha que não merece. Esquecetudo o que superou, tudo quesofreu, tudo que teve que re-nunciar para chegar até ondechegou. Conheço muita genteque, ao ter a Lenda Pessoal aoalcance da mão, fez uma sériede bobagens e terminou semchegar até seu objetivo – quan-do faltava apenas um passo.

“Este é o mais perigoso dosobstáculos, porque tem uma cer-ta aura de santidade: renunciarà alegria e à conquista. Mas se ohomem entende que é digno da-quilo pelo qual lutou tanto, en-tão ele se transforma num ins-trumento de Deus, ajuda a Al-ma do Mundo, e entende por-que está aqui”. �

(continua na próxima semana)

página 32 / São José do Rio Preto, 6 de fevereiro de 2011 DIÁRIO DA REGIÃO