revista brasileira de educação física e esporte, v. 29, supl. 8, 2015

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Revista Brasileira de Educação Física e Esporte Brazilian Journal of Physical Education and Sport São Paulo v.29 Suplemento n.8 outubro 2015 e-ISSN 1881-4690 2 e 3 de outubro de 2015 Escola de Educação Física e Esporte - USP São Paulo, SP - Brasil Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo

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Revista Brasileira de Educação Física e EsporteBrazilian Journal of Physical Education and Sport

São Paulo v.29 Suplemento n.8 outubro 2015

e-ISSN 1881-4690

2 e 3 de outubro de 2015

Escola de Educação Física e Esporte - USP

São Paulo, SP - Brasil

Escola de Educação Física e EsporteUniversidade de São Paulo

Coordenação Geral

Comissão Científi ca

Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP) - PresidenteMyrian Nunomura (EEFERP-USP)Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP)Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP)

Kizzy Antualpa (EEFE-USP e Metrocamp) - Presidente Maurício Santos Oliveira (UFES) - Presidente Myrian Nunomura (EEFERP-USP)Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP)Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP)Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP)Letícia Queiroz Lima (UNESP-Rio Claro)

Comissão Organizadora

Amanda Wirges (EEFE-USP)Bruno Pinheiro (EEFE-USP)Daniela Bento Soares (FEF-UNICAMP)Douglas Silva (FEF-UNICAMP)Fernanda Raffi Menegaldo (FEF-UNICAMP) Helaine Cristina Lima (FPG)Iago Richard dos Santos (EEFE-USP)Jessica Shizuka Yahiro da Silva Oliveira (FEF-UNICAMP)Kamau Monteiro (EEFERP-USP)Laura Ribeiro Tostes (FEF-UNICAMP)Lígia Bahu (EEFE-USP)Maria Gabriela Fuga (FEF-UNICAMP)Marina Aggio Murbach (UNESP-Rio Claro)Mateus Henrique de Oliveira (FCA-UNICAMP)Nathalia Moreira (EACH-USP)Pâmela Pires (EEFE-USP)Raísa Valvassori (EEFE-USP)Renata Angélica Barbosa (FCA-UNICAMP)Tamiris Lima Patrício (FEF-UNICAMP)Valéria de Souza Ruiz (FCA-UNICAMP)Vitor Ricci Costa (EEFERP-USP)William Santana (EEFE-USP)Yuji Yamaguti (EEFE-USP)

Pareceristas

Artemis Soares (UFAM)Carlos Araújo (UFP - Portugal)Ieda Parra Barbosa-Rinaldi (UEM/PR)João Oliva (UFRGS)Maria Luisa Bellotto (FEF-UNICAMP)Rossana Benck (UnB)Márcia Aversani (UNOPAR)Paulo Carrara (FMU e EEFE-USP) Priscila Regina Lopes (UFVJM)Eunice Lebre (UP - Portugal)João Luís Campos Pereira da Cruz Viana (Instituto Universitário da Maia)Lígia Andréa P. Gonçalves (UNIPAR/PR)Roberta Cortez Gaio (UNISAL)Regina Maria Rovigati Simões (UFTM)Mariana Harumi Cruz Tsukamoto (EACH-USP)Th ais Cevada d’Almeida (UERJ)Ivana Montandon Soares Aleixo (UFMG)Silvia Deutsch (UNESP - Rio Claro)Márcia Aversani (UNOPAR)Elizabeth Paoliello (UNICAMP)

Apoio Acadêmico-Científi co

Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica da USP - GYMNUSPGrupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica da UNESP-Rio Claro - GEPPEGINGrupo de Pesquisa em Ginástica do Laboratório de Experiências e Pesquisas em Ginástica - LEPEGI-FCA-UNICAMPGrupo de Pesquisa em Ginástica FEF/UNICAMP

Apoio Científi co

Science of Gymnastics JournalRevista Brasileira de Educação Física e Esporte - EEFE-USP

Objetivos

No IV SIGARC pretendemos discutir, compartilhar e difundir os saberes entre treinadores, acadêmicos e demais pessoas envolvidas com a Ginástica competitiva. Com esse intuito, especialistas nacionais e internacionais expressivos debaterão diversos temas relacionados à Ginástica Artística e Ginástica Rítmica com os participantes.

O encontro é uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos e que será concretizada na forma de apresentações de pôsteres, workshops e conferências.

Esperamos que o público participante se atualize sobre temas na GA e GR, criem network para futuras colaborações e parcerias e compartilhar experiências práticas com seus pares.

Programação

2/10 (sexta-feira)

12h Inscrição dos participantes e retirada dos materiais Local: EEFE-USP

13h Palestra “Th e enhancement of gymnastics performance: where to start and what should be included? How do physiology, biomechanics and psychology interact in this process.”* Monèm Jemni (Department of Sport Science, College of Arts and Sciences, Qatar University, Qatar)

14h às 17h30 Atividades Simultâneas Workshop de Ginástica Artística “Biomechanics in competitive artistic gymnastics.”** Keith Russel (Comitê Científi co da Federação Internacional de Ginástica)

Mini-Curso Ginástica Rítmica “Artist quality in rhythmic gymnastics.”** Monique Loquet (University of Rennes 2 - France). Local: Quadras EEFE e salão D ou CEPEUSP

19h30 Cerimônia de Abertura “Homenagens a professores, técnicos, atletas e árbitros que contribuiram com a Ginástica Brasileira.” Local: Auditório István Jancsó (Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária)

20h30 Conferência de Abertura “An overview of the coach education initiatives and Brazil’s participation in them.”** Hardy Fink (Federação Internacional de Ginástica) Mediação: Michele Viviene Carbinatto (EEFE-USP) Local: Auditório István Jancsó (Rua da Biblioteca, s/n, Cidade Universitária)

*palestra será proferida em inglês, sem tradução.**palestra com tradução simultânea.

3/10 (sábado)

8h30 Mesas-Redondas simultâneas Ginástica Artística I “Th e Soviet coach in NZ: examining cross-cultural expectations in gymnastics.” ** Roslyn Kerr (Lincoln University - Christchurch - New Zealand) “Coming of age in WAG: an ecological perspective of factors contributing to career prolongation.”** Natalie Barker and Astrid Schubing (Department of Food and Nutrition, and Sport Science, University of Gothenburg - Sweden) Mediação: Prof. Dr. Marco Antonio Coelho Bortoleto (FEF-UNICAMP) Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

Ginástica Rítmica I “Gestão esportiva na GR.” Anita Kleman (Clube Grêmio Náutico União) e Anna Danielyan (Associação Recreativa Sadia) “Gestão esportiva nas Olimpíadas RIO 2016.” Letícia Barros (Coordenadora Técnica da Ginástica Rítmica da Confederação Brasileira de Ginástica; Coordenadora da Organização da Ginástica Rítmica para RIO2016) Mediação: Profa. Dnda. Kizzy Antualpa (EEFE-USP e Metrocamp) Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

10h30 Intervalo

11h Mesa-Redonda simultânea Ginástica Artística II “Bolsa Atleta.” Mosiah Rodrigues (Ministério do Esporte) “Arbitragem na GA.” Rodrigo Caron (Federação Paulista de Ginástica) Mediação: Profa. Dra. Laurita Marconi Schiavon (FEF-UNICAMP) Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE

Ginástica Rítmica II “Promoting artistic quality in rhythmic gymnastics, a didactic analysis from high performance to school practice.”** Monique Loquet (University of Rennes 2 - France)

“Ginástica rítmica de alto rendimento desportivo.” Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho (Universidade do Porto - Portugal) Mediação: Profa. Dra. Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP) Local: Salão A da EEFE-USP

12h Almoço

14h Atividades simultâneas Mini Curso GA II Mini Curso GR II “Composição coreográfi ca e dança criativa”. Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho (Universidade do Porto - Portugal) Local: Salão A da EEFE-USP

15h30 Intervalo

16h Sessão de Pôsteres / Exposição Fotográfi ca Local: Hall de Entrada EEFE-USP

18h às 19h Encontro paralelo Docentes de Ginástica do Brasil Local: Sala de aula da EEFE-USP

19h30 Avaliação do Evento Local: Auditório Prof. Dr. José Geraldo Massucato (Bloco B) - EEFE-USP

20h Conferência de Encerramento “Cautions of competitive gymnastics.”** Keith Russel (Comitê Científi co da Federação Internacional de Ginástica) Mediação: Profa. Dra. Myrian Nunomura (EEFERP-USP)

21h Coquetel fi nal para todos os participantes. Local: Salão A da EEFE-USP

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8 •

e-ISSN 1981-4690Sumário

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 29, outubro 2015. Suplemento n. 8. IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Apresentação

Ensaios

The enhancement of gymnastics performance: where to start and what should be included? How do physiology, biomechanics and psychology interact in this process. JEMNI, Monèn

An overview of the coach education initiatives and Brazil’s participation in them. FINK, Hardy

The Soviet coach in NZ: examining cross-cultural expectations in gymnastics. KERR, Roslyn

Coming of age in wag: an ecological perspective of factors contributing to career prolongation. SCHUBRING, Astrid; BARKER-RUCHTI, Natalie; KERR, Roslyn; CERVIN, Georgia; NUNOMURA, Myrian

Ginástica rítmica de alto rendimento. CARVALHO, Maria de Lurdes Tristão Ávila O profi ssional de Educação Física e Esporte. CARBINATTO, Michele Viviene

Resumos

Sociocultural Ginástica Artística Ginástica Rítmica Outros

Biodinâmica Ginástica Artística Ginástica Rítmica Outros

Comportamental Ginástica Artística Ginástica Rítmica Outros

Índice de Autores dos Resumos

Os artigos apresentados são de responsabilidade dos Autores; os resumos foram aprovados pelos Revisores do Seminário.

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17

19

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R.1R.9R.11

R.15R.21R.29

R.29R.41R.57

R.63

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:7 • 7

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Ap

rese

nta

ção

O IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC) é um evento acadêmico-científico que inclui apresentações em formato de conferências, mesas-redondas e exposição de trabalhos científi cos.

Em vista da aproximação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, cabe ressaltar a expansão internacional do esporte de competição no Brasil, em particular, das modalidades de Ginástica Artística (GA) e Ginástica Rítmica (GR). O presente evento fomenta um momento de apresentações, de refl exões e de compartilhamento de informações e conhecimento cientifi co e tecnológico que viabilize a continuidade do processo de desenvolvimento dessas modalidades no país.

A repercussão da primeira edição deste evento, realizado na cidade do Rio de Janeiro em 2007, na ocasião dos Jogos Pan-Americanos, foi evidente, pois potencializou o intercâmbio entre instituições, pesquisadores, treinadores, federações e demais envolvidos na GA e GR.

Na segunda edição, em 2010, realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o número de participantes do evento triplicou. Cresceu, também, o número de palestrantes internacionais expressivos, assim como de profissionais de destaque nas modalidades no âmbito nacional.

A terceira edição, em 2012, foi realizada na cidade de Rio Claro – SP, na Universidade Estadual Paulista “Julia de Mesquita Filho” (Unesp), e também com o propósito fi rme de discutir os avanços no âmbito científi co-acadêmico dessas modalidades olímpicas.

Ressaltamos que os proponentes e organizadores deste evento, por meio de seus grupos de pesquisa: Grupo de Pesquisa em Ginástica (FEF- UNICAMP); Laboratório de Pesquisas e experiências em

Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP); Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica (GEPPEGIN – Unesp) e Grupo de Estudos e Pesquisas em Ginástica da USP (GYMNUSP), vem ocupando posições de destaque no estudo em ginástica e seus desdobramentos, tanto no cenário regional, nacional e também internacional.

Assim, as três universidades públicas do Estado de São Paulo, voltam a reunir seus esforços para concretizar mais uma edição do SIGARC, dessa vez coordenada pela USP. E, então, assumem o compromisso de contribuir na produção do conhecimento científico da área, e manter a tendência revelada no estudo de Oliveira e colaboradores.

Em outras palavras, estamos diante de mais uma oportunidade para prestigiar os trabalhos em ginástica no país e do exterior. E, por conseguinte, criar aproximações entre estudantes, pesquisadores, técnicos, professores e árbitros das modalidades em prol do desenvolvimento da ginástica!

Saudações Ginásticas!

Prof. Dra. Michele Viviene Carbinatto(EEFE-USP)

Profa. Dra. Myrian Nunomura (EEFERP-USP)

Profa. Dra. Eliana de Toledo (FCA-UNICAMP)

Profa. Dra. Laurita Marconi Schiavon(FEF-UNICAMP)

Prof. Dr. Marco Antonio Coelho Bortoleto(FEF-UNICAMP)

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

The enhancement of gymnastics performance: where to start and what should be included?How do physiology, biomechanics and psychology interact in this process

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Although scientists have been actively investigating several variables infl uencing artistic gymnastics performers and performances, the number of publications and citations are still scares by margin compared to other sports. Each one from a separate side enhancing the state of the art scientifi cally based literature in an attempt to promoting this sport. However, not much has been published within a cross-collaboration attempts between different experts. The objective of this editorial is to give an insight into how physiology, biomechanics and psychology interact with each other in order to contribute

Monèm JEMNICollege of Arts and Sciences, Qatar University, Doah, Qatar

Introduction

The physiologists’ contribution Based on the fact that humans react differently under

different conditions and regimes, exercise physiologists aim to understand how human systems work under these conditions. Such conditions have various impacts stress levels, arousal states, hormonal regulation that directly affect muscle physiology, force production and changes the neural control of the movement pattern2. The impact of a “stress/situation” differs between the context of a gymnastics training and/or competition. The way the gymnast interacts with the external environment (coach, team mates, spectators and even the apparatus) changes according to the situation and subsequently infl uences

to a better understanding of gymnastics performance. The coaching processes, the pedagogies and performance analysis would be under scrutiny as an entire picture in an attempt to consider real-sporting context. This full picture would certainly assist the end-users to fully expand their expertise and to apply a modern strategy into the make off future champions. The physiologists’ points of view will be developed in this context in order to wrap-up the interaction concept. Note that other points of views could be found in The Science of Gymnastics, Chapter 41.

the quality of his/her performance. The “environment” in which gymnasts perform is very special because of the specifi cities of the apparatus and with major safety concern associated to it. Equipment engineers have contributed to the immense gymnastics’ evolution from the 70s to nowadays. Coaches, gymnasts, medical staff, physiologists, biomechanists and psychologists interacted with manufacturers, each from their respective point of view in order to improve, not only the safety of the practitioners but also to insure a parallel evolution of the equipment that equal the increasing gymnastic diffi culties. Here some evidence-based of these interactions.

Interaction between physiologists & psychologists: growth and development versus individual and group personality

How many times have you heard about confl icts between a coach and a gymnast? How many times have you heard about a very talented gymnast who made a huge success at junior level but disappeared / burnt-out after few years? How many times have you heard

about severe injuries in gymnasts? Have you ever tried to understand why?

The history of gymnastics provides several examples of clashes between gymnasts and their coaches. However, it has been shown that most of these issues occur around

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Interaction between physiologists & biomechanists: growth and development versus technique and skills design

Working with younger gymnasts has a crucial advantage from a technical versus body composition point of view. Young gymnasts are typically lighter and shorter than older gymnasts. This slender physique has biomechanical advantages in performing high risk acrobatic skills common to contemporary gymnastics. It is widely accepted that the short stature and reduced weight, typically observed in elite gymnasts, offers less inertia to the angular momentum dominant in gymnastics performance4. Coaches consider the pre-puberty phase as an important period of action; in fact gymnasts are very receptive to “technical learning” and strength and power gain during this period. It is also well known that puberty is associated not only with morphological and hormonal transformations but also with an increase of the maximal power5-6.

It has been proven that the high level of stress imposed by huge training volume and conditioning has an impact on menarche, bone heath and growth and development1,7-10. Thus, young children become potentially at greater risk of different types of injuries. It is therefore, very important to understand all these issues when working with young gymnasts. Key elements that physiology provides in order to avoid these heath risks are: overload and progression, individual response, readiness and periodisation. A very clear and progressive periodisation of the training seasons taking into account all the above is necessary to avoid burnout. In addition, few tests could also be performed in the laboratory or on

the “gym” to assess the progress of the gymnasts before raising the load stimulus versus stage and readiness.

Physiologists have demonstrated that gymnasts (mainly females artistic and rhythmic) are prone to an increased risk of eating disorders and mineral defi ciencies with a remaining issue: if they eat enough, what do they eat!?11-13. In addition, many gymnasts and coaches are at risk of severe behavior in an attempt to maintain a lean body size; including extreme dieting, dehydration by the use of diuretics, punishment and food deprivation by the coach if gymnasts put some weight on, etc. Evidence showed that inappropriate diet leads to a decreased performance and an increased risk of injuries and some severe health issues14. In order to prevent such issues, physiology provides tools to monitor gymnasts’ health and body composition via standardized tests and blood / saliva analysis. Regular medical and psychological exams are indeed recommended, particularly at high level and could be of a great support in many diffi cult cases.

One of the main areas where biomechanists, coaches and physiologists interact effectively is the “invention/design of new skills”. It is thanks to the collaborative work of these trios, that gymnastics has seen an extraordinary expansion of the technical repertoire. There is evidence of work that has been previously performed using computer simulators in order to address the required biomechanical variables, in particular for high aerial acrobatic elements on the high bar, parallel and uneven bars and vault15-22.

adolescence and could have been avoided if coaches had wider range of knowledge and manoeuvres about this sensitive period. Indeed, teenagers undergo, various physiological changes which directly affect their mood and psychology. Heredity, maturity, gender, nutrition, rest, sleep, level of fi tness, illness/injury, motivation and environmental conditions infl uence the response of a gymnast to training stimulus. Obviously, each gymnast’s response is different to another. Male gymnasts generally reach their peak of performance in their early twenties, whereas female gymnasts tend to reach their peak in their mid-to-late teens BALE & GOODWAY3. Working with different age groups is indeed one of the biggest challenges for a coach. Each age group has different “group psychology”, “group personality” and also “group fi tness” which might be totally different to the respective individual components. In fact, the “individual personality” merges within the group’s personality to create a “trend”. In the mean time,

some individuals might have stronger roles/status than others in each of the above “groupings”. The coach has to understand all these “group components / psychology” while considering the individual variables. There are many coaches who succeeded in working with younger age groups but completely failed with older gymnasts and vice versa. Shall we end up by believing in common sense that says: “oh, this coach is born to work with children”!?

For these reasons, one of the principles of training to fastidiously apply is individualization. A wise coach should detect individual responses and formulate appropriate reactions for each athlete. However, there are many cases when coaching a team makes individualizing a practical impossibility. Consulting sport psychologists can resolve major clashes and retrieve situations. Few high level gymnasts have indeed seen their career ending because of the lack of collaboration between coaches, psychologists and physiologists.

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sSome of these studies have been published but others kept “secret”. Also, some of these simulations have been successful but some others did not show any applications23-26. A close link with the physiologists is a key point in order to guarantee the success of the “new designed element”. Body composition modeling versus gravity and motion laws is indeed very important to consider in order to guaranteeing a successful new skill.

As a conclusion, gymnastics’ improvement depends not only on a better understanding of the skills’ performance, but also on the technical progress, the thorough understanding of the performer physiologically and psychologically and surely on the collaboration between scientists and manufacturers in innovating material and equipment.

References1. Jemni M. The science of gymnastics. London: Routledge; 2011.2. Mikulas S. Evolution du niveau de l’état fonctionnel de l’analyseur vestibulaire en gymnastique sportive (garçons). In: Ganzin

M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifi ques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP. 1994.3. Bale P, Goodway J. The anthropometric and performance variables of elite and recreational female gymnasts. N Zealand J Sports

Med. 1987;63-66.4. Faria IE, Faria EW. Relationship of the anthropometric and physical characteristics of male junior gymnasts to performance. J

Sports Med Phys Fitness. 1989;29:369-78.5. Bedu M, Fellmann N, Spielvogel H, Falgairette G, Van Praagh E, Coudert J. Force-velocity and 30s Wingate tests in boys at high

and low altitudes. J Appl Physiol. 1991;70:1031-7.6. Falgairette G, Bedu M, Fellmann N, Van Praagh E, Coudert J. Bio-energetic profi le in 144 boys aged from 6 to 15 years with

special reference to sexual maturation. Eur J Appl Physiol. 1991;62:151-6.7. Jemni M, Friemel F, Le Chevalier JM, Origas M. Heart rate and blood lactate concentration analysis during a high level men’s

gymnastics competition. J Strength Cond Res. 2000;14:389-94.8. Sands WA, Hofman MG, Nattiv A. Menstruation, disordered eating behavior, and stature: a comparison of female gymnasts and

their mothers. Int Sport J. 2002;6:1-13.9. Theodoropoulou A, Markou KB, Vagenakis GA, et al. Delayed but normally progressed puberty is more pronounced in artistic

compared with rhythmic elite gymnasts due to the intensity of training. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90:6022-7.10. Courteix D, Rieth N, Thomas T, et al. Preserved bone health in adolescent elite rhythmic gymnasts despite hypoleptinemia.

Horm Res. 2007;68:20-7.11. Lindholm C, Hagenfeldt K, Hagman U. A nutrition study in juvenile elite gymnasts. Acta Paediatr. 1995;84:273-7.12. Filaire E, Lac C. Nutritional status and body composition of juvenile elite female gymnasts. J Sports Med Phys Fitness. 2002;42:65-70.13. Jankauskienė R, Kardelis K. Body image and weight reduction attempts among adolescent girls involved in physical activity.

Medicina (Kaunas). 2005;41:796-801.14. Benardot D. Nutrition for gymnasts. In: Marshall NT, editor. The athlete wellness book. Indianapolis: USA Gymnastics; 1999. p.1-28.15. Holvoet P, Lacouture P, Duboy J. Practical use of airborne simulation in a release-regrasp skill on the high bar. J Appl Biomech.

2002;18:332-44.16. Mkaouer B, Jemni M, Amara SM, et al. Analyse des paramètres déterminants de la performance lors du grand jeté lancer-rattraper

en GR. Proceedings of the 5th International Conference of the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques et Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet, Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.

17. Sands WA, Jemni M, Stone M, McNeal J, Smith SL, Piacentini T. Kinematics of vault board behaviours: a preliminay comparison. Proceedings of the 5th International Conference of the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques et Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet, Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.

18. Yeadon MR, King MA, Hiley MJ. Computer simulation of gymnastics skills. Proceedings of the 5th International Conference of the Association Française pour la Recherche en Activités Gymniques et Acrobatiques (AFRAGA); 2005 Apr 11-13; Hammamet, Tunisia. Hammamet: AFRAGA; 2005.

19. Sands W, McNeal J, Stone M, Russell E, Jemni M. Flexibility enhancement with vibration: acute and long-term. Med Sci Sports Exerc. 2006;38:720-5.

20. Sands WA, Stone M, McNeal J, et al. A pilot study to measure force development during a simulated Maltese Cross for gymnastics still rings. XXIV International Symposium on Biomechanics in Sports (ISBS); 2006 July 14-18; Salzburg, Austria. Salzburg: ISBS; 2006.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

ADRESS

Monèm JemniDepartment of Sport ScienceCollege of Arts and Sciences

Qatar UniversityP.O. Box: 2713Doha - QATAR

e-mail: [email protected]

21. Hars M, Holvoet P, Barbier F, Gillet C, Lepoutre FX. Study of impulses during a walkover backward on the balance beam in women gymnasts. Proceedings of the 1st Scientifi c Symposium of the Asian Gymnastics Union; 2008 Nov 14; Doha, Qatar. Doha: Aspire Academy; 2008.

22. Mkaouer B, Jemni M, Amara S, Tabka Z. Kinematics study of jump in backward rotation. Proceedings of the 1st Scientifi c Symposium of the Asian Gymnastics Union; 2008 Nov 14; Doha, Qatar. Doha: Aspire Academy; 2008.

23. Know YH, Fortney VL, Shin IS. Analysis of Yurchenko vaults performed by female gymnasts during the 1988 Seoul Olympic Games. Int J Sport Biomech. 1990;2:157-77.

24. Milev N. Analyse cinématique comparative du double salto arrière tendu avec et sans vrille (360°) à la barre fi xe. In: Ganzin M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifi ques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.115-24.

25. Petrov V. Modèle expérimental d’exécution du double salto avant groupe avec reprise de barre à la barre fi xe. In: Ganzin M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifi ques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.135-41.

26. Petrov V. Technique et méthode d’exécution d’un salto avant jambes écartées à partir d’un grand tour jusqu’à la reprise de la barre en suspension arrière. In: Ganzin M, editor. Gymnastique artistique et GRS: communications scientifi ques et techniques d’experts étrangers. Paris: INSEP; 1994. p.169-75.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

An overview of the coach education initiativesand Brazil’s participation in them

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The Academy Program has the goal to provide lesser developed as well as highly developed gymnastics countries with a common knowledge base for the development of high performance gymnasts. The information is scientifi cally based on the growth and development characteristics of the developing child: it is athlete centered; and it provides examples of what is considered “best world practice”.

Over time, the FIG Academy Program has included all of the gymnastics sports and in the past few years was enhanced with a comprehensive FIG Age Group Development and Competition Program.

Hardy FINKInternational Gymnastics Federation (FIG)

ENDEREÇO

Hardy FinkInternational Gymnastics Federation - FIG

Avenue de la Gare, 12630 1001 - Laussanne - SWITZERLAND

e-mail: hfi [email protected]

The Age Group Development and Competition Program includes a testing and monitoring and development program for physical abilities and technical skills as well as a complete two-stream multi-level competition program with modifi ed rules for age-group gymnasts and compulsory exercises for all ages.

The FIG has now organized nearly 300 coach education events in seventy-five countries with participants from 125 member federations.

Brazil was one of the early hosts of and participants in the academy program but the continued interest seems to have abated. Nevertheless, some of the most active experts for the FIG Academy Program are Brazilians.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:15-16 • 15

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

The Soviet coach in NZ: examining cross-cultural expectations in gymnastics

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In the 1990s, the former Soviet Union (FSU) was described as experiencing a ‘brain drain’, as many professionals migrated from the FSU to the West1. One type of migrant professional was the gymnastics coach, with many Western countries eager to employ coaches from the highly successful Soviet gymnastics system2. Previous studies have found that FSU migrants encounter signifi cantly different sociocultural expectations in their new countries (see for example, HUTCHISON3; REMENNICK4; SHOR5). However, there has been surprisingly little attention to the experiences of migrant sports coaches within sporting literature6-7. This presentation presents analyses of interviews with a selection of gymnastic coaches from the FSU who have migrated to New Zealand, focusing on how they came to arrive in New Zealand and their experiences of coaching in New Zealand.

Semi-structured life story interviews were conducted with six coaches who migrated from the FSU to New Zealand and became employed by clubs as full-time gymnastics coaches. Interviewees included two women, two men and one married couple. All were born in the FSU, considered Russian their native tongue and identifi ed themselves as Russian (two were born in what is now Uzbekistan). Participants were identifi ed through the researcher’s previous gymnastics research.

Interview questions covered coaching experiences in the FSU and New Zealand, reasons for migrating and how migration occurred. Interviews were conducted in English throughout 2013 and 2014. Interviewees chose the interview location. Each interview took approximately one hour, was tape recorded and fully transcribed. The author coded the data following BRAUN and CLARKE’s8 six step process. Transcripts were read repeatedly, initial codes developed and themes then identifi ed.

One of the most signifi cant fi ndings was the role that social capital played in facilitating migration. Social capital refers to the ability for an individual to secure benefi ts through their connections with others9. In this study, migration was seen by all the participants as a benefi t that they received owing to their personal social connections. Indeed, all the interviewed migrants came to New Zealand as a result of hearing of, and/

Roslyn KERRLincoln University, New Zealand

or being recommended for, an appropriate coaching job through someone that they already knew, usually another coach from the FSU. This fi nding is signifi cant for Western gymnastics clubs seeking to employ gymnastics coaches, who often advertise for coaches using internet employment sites yet may benefi t from utilizing gymnastics coaching networks.

The study also found that coaches were particularly struck by a number of differences between the FSU and New Zealand. Specifi cally, coaches focused on the role of the state in sport, parents’ role/s in children’s sport, the role of sport in a child’s life, as well as children’s work-ethic and physical movement skills. All these factors combined together to emphasize the signifi cant difference between working in a socialist, state-funded institution and a capitalist system where parents pay fees to clubs who then pay coaches. This meant that coaches needed to shift from thinking of gymnasts as products of the state, who would likely receive signifi cant fi nancial rewards if successful, to thinking of gymnasts as consumers who paid clubs for coaching.

All the coaches in the study described how they had adapted their coaching style to suit the New Zealand environment. In line with the need for coaches to reconceptualize gymnasts as consumers rather than products, various changes were reported. These included changing from terse instruction to ‘soft’ speaking, using constant reassurance and utilizing games. However, the coaches found that these efforts were only partially successful. The experience of these coaches, overall, was one of a marked challenge to practices which had previously resulted in considerable coaching success. In large measure, they attributed this to sociocultural differences in how children could be treated in a training environment. In the FSU, both coaches and children (gymnasts) are products of a national system designed to produce successful competitors, whereas in New Zealand, private training clubs exist with the dual focus of producing success and providing a well-rounded childhood experience. Thus, coaches migrating to New Zealand from the FSU were challenged to produce both successful gymnasts and well-rounded children, which was very different from their previous experience.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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saio

s References1. Moody A. Reexamining brain drain from the former Soviet Union. Nonproliferation Rev. 1996;3:92-97. 2. Girginov V, Sandanski I. From participants to competitors: the transformation of British gymnastics and the role of the Eastern

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schools. Sch Sci Math. 2006;106:74-83. 4. Remennick L. Survival of the fi ttest: Russian immigrant teachers speak about their professional adjustment in Israel. Int Migr.

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ENDEREÇO

Roslyn KerrLincoln University

7th Floor ForbesPO Box 85084

Lincoln 7647 - Christchurch - NEW ZEALANDe-mail: [email protected]

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Coming of age in wag: an ecological perspective of factors contributing to career prolongation

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Women’s artistic gymnastics (WAG) has been characterised as a sport of short careers. In recent years, however, a considerable number of elite gymnasts have extended their careers into their twenties. Taking the international presence of ‘older’ gymnasts at the highest level of sport as a starting

Astrid SCHUBRINGUniversity of Gothenburg, Sweden

Natalie BARKER-RUCHTI University of Gothenburg, Sweden

Roslyn KERR Lincoln University, New Zealand

Georgia CERVIN University of Western Australia, Australia

Myrian NUNOMURA University of Sao Paulo, Brazil

Introduction

While there is a large body of literature on athlete development and athletic career pathways, most studies focus either on training issues, physical dispositions and/or psychological skills. As a consequence, they miss an integrative approach. Further, much of this research adopts a predictive design and is thus unable to provide evidence of how long-term successful careers are actually being developed. To counter these shortcomings,

Theoretical and methodological approach

point, the research project ‘Coming of Age: Towards Best Practice in Women’s Artistic Gymnastics’ investigates the causes and effects of this trend1. Central to this research is the question of which factors actually allow elite gymnasts to prolong their careers?

we adopt BRONFENBRENNER’S2 theory of ecological systems. This theory proposes that individuals learn and develop in interaction with factors situated in nested contextual systems (micro-, meso-, exo-, macrosystem), and in relation to historical contexts (chrono-system). For the purpose of our research, the theory supports the retrospective examination of factors that allowed successful career development in WAG.

Research methodsWe draw on data from the ‘Coming of Age’ research

project, namely biographical interview material that was provided by an international sample of 10 gymnasts who have been or are currently competing at the highest level and are older than 20 years of age, fi ve coaches

and two judges. Using a thematic analysis, we identifi ed different layers of infl uence and grouped these using Bronfenbrenner’ theoretical model. Several themes emerged as more dominant than others and received further analytic exploration.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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Conclusion

References

The fi ndings challenge the common belief that WAG success depends on a young and slender body, early entrance and peaking, intensive training and stringent coach control. They particularly reject the assumption that pubertal development ends WAG careers. Instead, the results demonstrate how puberty has the potential

to act a positive transition that allows gymnasts to become autonomous, which in turn positively develops relationships and training, and health and performance. Certainly, for the gymnasts of our study, the increased autonomy signifi cantly extended careers and produced long-term competitive success.

1. Kerr R, Barker-Ruchti N, Schubring A, Cervin G, Nunomura M. Coming of age: towards best practice is women’s artistic gymnastics. Canterbury: Lincoln University; 2015. (LEaP Research Report, 37).

2. Bronfenbrenner U. Th e ecology of human development: experiments by nature and design. Harvard: Harvard University Press; 1979.

ENDEREÇO

Astrid SchubringUniversity of Gothenburg

R. Läroverksgatan 7405 30 - Gothenburg - SWEDEN

e-mail: [email protected]

The factors that infl uence gymnasts to prolong their careers are complex and interact in dynamic and diverse ways. However, fi ve aspects could be identifi ed as critical for successful career continuation: a) athletes fi tting the idealised WAG physique; b) an equal coach-gymnast relationship; c) fl exible career development models; d) an opening up of age- and performance-related beliefs; and e) changes in sporting regulations. Importantly, these

aspects (esp. a-d) developed as gymnasts transitioned through puberty and in several cases, experienced periods of refl ection because of timeouts from WAG. As an outcome, gymnasts developed self-, body- and performance autonomy, which allowed them to direct the relationships with their coaches and their training. As a result, gymnasts were increasingly able to control their health and career pathways.

Findings

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:19-22 • 19

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Ginástica rítmica de alto rendimento desportivo

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Maria de Lurdes Tristão Ávila CARVALHOFaculdade de Desporto, Universidade do Porto

O trabalho realizado em conjuntos teve como princi-pais objetivos analisar as características antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino, o início da atividade desportiva e anos de prática das ginastas de Elite de conjuntos de Ginástica Rítmica e analisar, em função do desempenho em competição, o conteúdo dos exercícios de competição desses conjuntos contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer da performance dos conjuntos de excelência em GR. Analisar a composição coreográfi ca de conjuntos de Elite.

Foram analisadas as características de 84 ginastas de conjuntos que participaram nas Taças do Mundo de GR de Portimão em 2009 e 2010 e analisado o conteúdo de 126 exercícios de competição de conjuntos de 28 países que submeteram as cartas de competição durante quatro Taças do Mundo de GR em Portimão (2007 a 2010). Para a análise das características das ginastas foi calculado o índice de massa corporal, massa gorda e massa magra, as duas últimas estimadas a partir de pregas cutâneas e perímetros corporais. A informação relativa à idade da menarca das ginastas assim como a idade de início do treino em GR, anos de prática e volume de horas de treino (diário e semanal) foi recolhida apartir de questio-nário. Para a análise do conteúdo dos exercícios, todos os elementos de difi culdade corporal, de aparelho e espe-cífi cos de conjuntos registrados nas fi chas técnicas dos conjuntos fornecidas nas competições foram analisadas.

A partir dos resultados referentes à caracterização das ginastas de elite de conjuntos de GR, consideramos que não são as características antropométricas, da composição

Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos

corporal e da idade da menarca as que se apresentam substancialmente relevantes na explicação do sucesso em competição destas ginastas. No entanto, concluímos que essas características são comuns às ginastas de elevado nível de desempenho. O elevado volume de horas de treino semanal (cerca de 42 horas) explicou 42% do sucesso em competição. A iniciação precoce em GR (aos seis anos de idade) e o elevado número de anos de prática são signifi cativamente relevantes no alcance do patamar de excelência em conjuntos de GR.

A idade da menarca observada nas ginastas foi signi-fi cativamente mais tardia nas ginastas mais velhas pelo maior número de anos de treino em GR que antecede-ram o aparecimento da menarca. Os resultados referen-tes à análise do conteúdo dos exercícios permitiu-nos considerar como consistente o padrão das composições dos exercícios de competição de elevado nível de de-sempenho desportivo. Estes incluem: maior número e complexidade na utilização de elementos de difi culdade em troca, difi culdades em equilíbrio executadas na sua maioria com elevada amplitude e executadas com dife-rentes apoios de forma dinâmica, difi culdades em salto maioritariamente executados com rotação, difi culdades em rotação executadas na sua maioria com elevada complexidade técnica, maior utilização de critérios asso-ciados aos lançamentos (explicando 6% do sucesso em competição) em detrimento de critérios associados às receções, maior utilização de colaborações com perda de contato visual com o aparelho durante o voo explicando 16,5% do sucesso em competição.

Análise do conteúdo dos exercícios de competição individual

O trabalho realizado através de exercícios individuais teve como principal objetivo analisar o conteúdo das difi culdades dos exercícios de competição das ginastas de elite individual de Ginástica Rítmica de acordo com o desempenho em competição e aparelhos de competição. A informação quan-titativa adquirida a partir desta análise permite caracterizar a composição dos exercícios de competição das ginastas e portanto é possível identifi car as tendências da estruturação

do desempenho, perceber como é interpretado o Código de Pontuação e conhecer estratégias utilizadas nessas com-posições. Os dados da pesquisa foram recolhidos a partir das folhas ofi ciais de difi culdade dos exercícios fornecidas nas competições. Analisamos o conteúdo de 288 exercícios de competição de ginastas de elite individuais nos quatro aparelhos (arco, bola, maças e fi ta) nas Taças do Mundo de Lisboa em 2013 e 2014. As ginastas foram divididas em

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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ios três subgrupos de acordo com o ranking nas competições

analisadas: Grupo 1: 1º a 8º posição (Ginastas fi nalistas); Grupo 2: 9º a 22º posição (2ª parte do ranking); Grupo 3: 23ª a 36º posição (3ª parte do ranking).

Os resultados referentes a análise das quatro difi cul-dades (difi culdades corporais, maestrias, combinação de passos de dança e elementos dinâmicos com rotação e lançamento) permitiu-nos verifi car que não foram encon-tradas diferenças signifi cativas nas ginastas dos diferentes rankings analisados. Deste modo, concluímos que as gi-nastas de elite apresentam as folhas ofi ciais de difi culdade com características semelhantes, no entanto, o número de difi culdades validadas pelos juízes e a nota alcançada através dos critérios de execução avaliados (faltas técnicas e artísticas) traduzem o ranking das ginastas nas competições.

Algumas informações adquiridas e algumas diferen-ças nos rankings analisados sem signifi cado estatístico, merecem destaque. Relativamente às difi culdades cor-porais verifi camos a utilização de 25 diferentes tipos de saltos, 21 tipos de equilíbrios e 27 tipos de rotações nos exercícios analisados. As ginastas da 3ª parte do ranking apresentaram menores valores nas rotações. Além disso, estas ginastas mostraram menor número de difi culdades múltiplas que as fi nalistas e ginastas da 2ª parte do ranking.

O maior valor de saltos e menor valor de equilíbrios encontram-se nos exercícios de fi ta em todos os grupos analisados. As combinações de difi culdades mistas mais utilizadas são: equilíbrio + equilíbrio; rotação + rotação e rotação + equilíbrio. Por fi m, observamos que o grupo das ginastas fi nalistas apresentou o menor número de difi culda-des realizadas com uma onda de corpo e/ou uma rotação adicional como forma de bonifi cação da difi culdade.

O maior número de passos de dança e de elementos do grupo fundamental do aparelho associados aos passos de dança estão presentes nos exercícios de fi ta e maças. As ginastas de todos os grupos analisados realizaram o maior número de mestrias do aparelho nos exercícios de arco e bola. Portanto, concluímos que as ginastas têm investido mais em passos de dança e menos em mestria nos exercícios de fi ta e maças e o contrário ocorre nos exercícios de arco e bola.

Acerca da maestria de aparelho, verifi camos 6 dife-rentes tipos de combinações de bases e critérios como requisitos desta difi culdade. No entanto, a combinação mais utilizada em todos os grupos analisados foi de 1 base e 2 critérios. Além disso, notamos que a maior parte das mestrias de aparelho das fi nalistas e ginastas da 2ª parte do ranking são realizadas com elementos do grupo não fundamental do aparelho, e com elementos do grupo fundamental do aparelho nas ginastas da 3ª parte do ranking.

Através da análise dos elementos dinâmicos com rotação e lançamento foi possível verifi car que o maior número de rotações é realizado nos exercícios de fi ta e maças, o maior número de critérios adicionais são observados nos exercícios de arco e maças, contudo, o critério adicional rotação do corpo apresentou valores equivalentes em todos os aparelhos. O maior e o me-nor número de critérios adicionais de lançamento do aparelho foram encontrados nos exercícios de maças e bola, respectivamente. Assim como o maior e o menor número de critérios adicionais de receção do aparelho foram encontrados nos exercícios de bola e fi ta, res-pectivamente.

Ajuízamento

Em competição de alto rendimento, muitas vezes as diferenças entre as concorrentes são tão pequenas, que pequenos desvios sistemáticos das juízes e/ ou pequenos pormenores da estrutura do exercício, podem interferir na posição fi nal do ranking, pelo que a nossa análise incide sobre o ajuizamento e o conteúdo estrutural do exercício. O trabalho realizado sobre o ajuizamento teve como principais objetivos: 1) caracterizar as juízes inter-nacionais de Ginástica Rítmica (GR), oriundas de todas as partes do mundo, com as suas culturas próprias e co-nhecer a perspetiva do avaliador relativa à objetividade na aplicação das regras e as suas orientações para promover a evolução da modalidade; 2) analisar a confi abilidade e validade do ajuizamento de Difi culdade (D)(Score fi nal); e 3) a precisão no ajuizamento da Difi culdade (scores

atribuídos por cada juiz a cada elemento de difi culdade). O trabalho realizado sobre o conteúdo dos exercícios teve como principais objetivos: 1) fazer uma análise das tendências de desenvolvimento da modalidade em geral e da carga dos exercícios em especial; 2) Identifi car as características estruturais na composição dos exercícios, a diversidade e variedade de utilização dos diferentes elementos técnicos.

Foi analisada toda a atividade das quatro juízes de difi culdade, bem como o conteúdo da composição, re-portada nas cartas de Competição usadas nos exercícios individuais durante o Campeonato do Mundo Kiev 2013, de acordo com: 1) posição no ranking (1ª parte , 2ª parte e 3ª parte); e 2) aparelho (Arco, Bola, Maças e Fita). Isto, inclui um total de 1152 cartas de Competição, respetivas

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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iosa 288 exercícios. Responderam a um questionário, com-

posto por 15 questões agrupadas em duas categorias: 1) Informações pessoais, formação académica, formação e experiencia profi ssional; e 2) objetividade na avaliação da GR e propostas de alteração de regras com vista ao enriquecimento da modalidade, 162 juízes internacionais de ginástica rítmica, provenientes dos cinco continentes.

A partir dos resultados referentes ao ajuizamento, constatamos que, as juízes internacionais têm em média 43,4 anos de idade, (mínimo 22 - máximo 68), 98,8% são do sexo feminino, com habilitações académicas de grau superior (Licenciatura-49,3%, mestrado-31,4%, Doutoramento-9,4%). Tem larga experiencia de ajuiza-mento (mais de dois ciclos Olímpicos) e são na maioria treinadores de GR.

A maioria das juízes (64,8%) propõem alterações nos critérios de avaliação e nas exigências de Composição limitando a repetição de elementos de difi culdade nos diferentes aparelhos, com vista ao enriquecimento da varie-dade e diversidade dos exercícios. Destacaram com menor objetividade na avaliação os grupos de Mestria, Passos Rítmicos e elementos de risco, na difi culdade corporal e o grupo de faltas artísticas na execução, com incidência nos itens de Unidade na Composição e Música Movimento.

Podemos considerar que existe índices elevados de validade e confi abilidade no ajuizamento das ginastas com melhores e piores resultados desportivos(1ª e 3ª parte do ranking). O mesmo não se verifi ca nas ginastas de nível médio (2ª parte do ranking).

O aparelho não é uma causa de variabilidade no ajui-zamento, já que, não se verifi cam diferenças de validade e confi abilidade quando analisados os scores fi nais nos diferentes aparelhos.

As quatro juízes de difi culdade de GR discordam na sua avaliação em 40% dos casos analisados. Verifica-se discordância na avaliação entre as quatro juízes, nos diferentes grupos de difi culdade, quer quando se considera

os diferentes aparelhos, quer quando se considera as três partes do Ranking. É na segunda parte do ranking que se verifi ca maior desacordo e nos aparelhos Arco e Maças. Os critérios de avaliação para cada um dos grupos de difi culdade, revelam-se precisos na avaliação dos saltos e equilíbrios. O mesmo não acontece nos restantes grupos, onde sobressai os grupos de difi culdade de Mestria e elementos de risco, onde se identifi ca falta de precisão na avaliação, em todos os aparelhos e em todas as partes do ranking.

Os resultados referentes à análise do conteúdo dos exercícios permitiu-nos considerar que nas diferentes composições, são utilizados elementos de difi culdade corporal similares com variedade limitada. Os elemen-tos preferidos e com maior número de repetições são: “pivot” em atitude, “pivot” a agarrar a perna atras e rotação em “penché”; equilíbrio perna livre em elevação superior, em diferentes posições; tronco à horizontal ou abaixo da horizontal sem ajuda; Salto “jeté en tournant” com e sem fl exão do tronco. Os elementos com mais valor são os elementos de risco e Rotações e representam 50% do valor total da composição. Representam uma evolução signifi cativa no coefi ciente de difi culdade dos exercícios. As difi culdades de equilíbrio foi a categoria menos utilizada. As principais diferenças na composi-ção dos exercícios quando analisadas as três partes do ranking e que determinam o sucesso em competição são: 1) O número de rotações na planta do pé ou outra parte do corpo, rotações “fouette” e difi culdades mistas; 2) o valor de saltos, rotações, elementos de risco e difi culda-des mistas. Não encontramos diferenças signifi cativas de número e valor dos Passos Rítmicos e Mestrias.

Finalmente, estes estudos providenciam informações importantes sobre o conteúdo dos exercícios de GR no que respeita a: a) possíveis alterações do código de pontuação, que favoreçam a precisão no ajuizamento e a variedade e diversidade das composições; b) processo de treino e performance individual das ginastas.

Bibliografi a recomendada

Leandro C, Ávila-Carvalho L, Sierra-Palmeiro E, Bobo-Arce M. Accuracy in judgment the diffi culty score in elite rhythmic gymnastics individual routines. Sci Gymnastics J. Forthcoming 2015.Batista Santos A, Lemos ME, Lebre E, Ávila Carvalho L. (2015). Active and passive lower limb fl exibility in hight level. Rhytmic Gymnastics. Sci Gymnastics J. 2015;7:55-66.Leandro C, Ávila-Carvalho L, Sierra-Palmeiro E, Bobo-Arce M. What do rhythmic gymnastics judges think about their code of points? In: Radmann A, Hedenborg S, Tsolakidis E, editors. Book of abstracts of the 20th Annual Congress of the European College of Sport Science. Malmo: ECSS; 2015. p.569.Ávila-Carvalho L, Klentrou P, Palomero ML, Lebre E. Anthropometric profi les and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age. Sci Sports J. 2013;28:172-80.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

ENDEREÇO

Lurdes Ávila CarvalhoFaculdade de DesportoUniversidade do Porto

R. Dr. Plácido Costa, 914200-450 - Porto - PORTUGAL

e-mail: [email protected]

Ávila-Carvalho L, Klentrou P, Lebre E. Handling, throws, catches and collaborations in elite group rhythmic gymnastics. Sci Gym-nastics J. 2012;4:37-47.Ávila-Carvalho L, Klentrou P, Palomero ML, Lebre E. Analysis of the technical content of elite rhythmic gymnastics group routines. Open Sports Sci J. 2012;5:146-53.Ávila-Carvalho L, Lebre E. Dança na educação física: princípios metodológicos. In: Monteiro E, Alves MJ, editores. Livro de atas do Seminário Internacional Descobrir a dança/ Descobrir através da dança. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana; 2011. p.307-19.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:23-24 • 23

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

O profi ssional de Educaçaõ Física e Esporte

Ensaios

É comum na área da Educação Física e do Esporte persistir o fato de que as experiências anteriores na modalidade esportiva sejam suficientes como conhecimento para trabalhar como técnico da modalidade.

A experiência prévia em um esporte traz conhecimentos valiosos na atuação profi ssional, mas é preciso questionar casos em que o técnico se restringe a essa experiência e não busca outras fontes para complementar sua sapiência na modalidade em questão.

É neste sentido que defendemos que a formação profi ssional não se restringe à aplicação da vivência acumulada na carreira esportiva, mas, à gestão de situações-problemas advindos da realidade de sua atuação. É preciso que os profi ssionais tenham o “talento artístico profi ssional”1, e que sejam capazes de lidar com situações únicas, incertas e confl ituosas de um ginásio, muitas vezes completamente diferentes da vivida.

Não obstante, ter sido um atleta não é situação “sine qua non” para a atuação, pois o “know-how” de um técnico esportivo2 poderá ser adquirido por um conjunto de fatores, como o ensino formal (ensino superior; pós-graduação, dentre outros); o ensino informal (canais específi cos no “youtube”, blogs, comunidades de prática, conversa entre pares) e não-formal (como a participação de cursos, congressos e encontros, como o IV SIGARC).

Soma-se a isso o fato das constantes mudanças que ocorrem nas modalidades esportivas, inclusas a ginástica artística e rítmica: novos equipamentos ofi ciais e auxiliares, novas tecnologias para o acesso e registro de treinos e/ou competições, novos elementos e combinações de elementos ginásticos, novas metodologias de treinamento, dentre outros.

O importante é que o profi ssional apresente um estado contínuo e constante de curiosidade ingênua3,

Michele Viviene CARBINATTOEscola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo

consolidada apenas com a refl exão constante das ações, é o olhar para a própria ação de maneira particular e à distância, para melhor entendermos o que fi zemos, estamos fazendo e faremos4.

A ref lexão não deve ser considerada como conhecimento “puro”, mas um conhecimento impregnado por conotações, valores, cenários da própria experiência vital daquele que refl ete. Refl etir é, enquanto ação consciente, a imersão em seu próprio mundo, e possibilita desfazer de dúvidas e falsas justifi cativas. O ato de refl etir proporciona, também, segurança na escolha das opções e, então, maiores possibilidades de realizações.

É neste sentido que o profi ssional não deve perder de vista que sua formação é um processo ininterrupto, pois não é possível fundamentá-la em um curso específi co. A formação precisa perdurar e acompanhar todos os dias da atuação. Portanto, não basta uma refl exão superfi cial, é preciso um movimento em que a prática e as experiências possam elucidar as construções teóricas e, as teorias, por sua vez, sejam a possibilidade para a superação dos problemas da prática.

O profi ssional deve associar, de maneira consistente, o contexto e o entorno com as preocupações resultantes da coerência interna da área da Educação Física e do Esporte. É preciso trabalhar os princípios de um conhecimento pertinente e de um ensino preocupado com a condição humana.

E, o caminho a ser trilhado para isso exige5: a) o enfrentamento de nossas incertezas; b) a aprendizagem do sentir, do ver e do ouvir; c) uma educação para nos tornarmos pessoas compreensíveis e sensíveis, ações ausentes no ensino escolar atual; d) o encontro com o real; e, e) o estabelecimento de uma ética centrada no ser humano, entendido esse humano ao mesmo tempo como indivíduo, sociedade e espécie.

Apoio

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico.

24 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:23-24

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Ensaios Referências

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mento complexo. In: Bento JO, Tani G, Prista A. Desporto e educação física em português. Porto: Universidade do Porto; 2010.

ENDEREÇO

Michele V. CarbinattoEscola de Educação Física e Esporte - USP

Av. Prof. Mello Moraes, 6505508-030 - São Paulo - SP - BRASIL

e-mail: [email protected]

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.1-R.7 • R.1

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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CHRONOLOGICAL TABLE ABOUT ELEMENTS FOR POMMEL HORSE PERFORMANCE IN MEN’S ARTISTIC GYMNASTICSNAKASONE M. [email protected] Biwak0 Seikei Sport College

INSPIRAÇÃO COMO MOTIVAÇÃO E MODELO NA NARRATIVA DE UMA GINASTA OLÍMPICA BRASILEIRAPEREZ CR, QUINTILIO NK. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

001

002

Currently, more than 100 elements on the Pommel Horse (PH) have been recorded in the Gymnastics Code of Points. However, we wonder by whom, when or where these various elements are performed. The purpose of this study was to collate data elements on the PH in men’s artistic gymnastics and to suggest new elements in the future. The method of study was undertaken by bibliographic analysis. This article refers mainly to journals that were published by the Japan Gymnastic Association, and a list that was made regarding the occurrence of new elements on PH in men’s artistic gymnastics. From the analysis, the author gatherd data regarding various elememts that were performed. For example, A other travel forward in cross support to other end (3/3) was performed by MAGYAR.Z in the 1972 Olympic. Flair was performed by TOMAS.K in the 1976 Olympics. Flair through handstand dismounts was performed by KORLEV.Y in the 1981 World Championships. Another example, scissor forward with 1/4 turn through handstand on 1 pommel, lower to support with straddle legs was performed by Li Ning in the 1984 Olympics. In recent years, Reverse Stöckli straddle through handstand, 3/3 travel (forward - backward), 360° to fl air was performed by BSNARI.A in the 2011 European championships. Any side support 1/1 spindle with hand support to the other side and return (maximum 2 fl airs or circles) was performed by EICHORN.W, Travel 3/3 over both pommels with 1⁄2 spindle was performed by NIN REYES.A and on the leather, from cross support, Russian Wendeswing with 360° over both pommels was performance by VAMMEN.H in World championshipsin in the 2014. In conclusion, developments of PH elements are greatly infl uenced by rules of the era and improved skills of men’s gymnastics. As a result, we have to pay attention to changes to the Men’s Code of Points. In the near future, directions of new occurring elements on the PH may add twists to the existing elements.

Key words: Pommel horse; New elements.

Os Jogos Olímpicos é a atividade de mais visibilidade do contexto esportivo, representando o maior evento sociocultural do planeta. Para nós, o maior legado que os Jogos Olímpicos podem deixar para a sociedade é o atleta. Ele representa os valores olímpicos, que são um tipo de código de conduta para guiar atitudes e ações de todos os envolvidos com as atividades olímpicas. A inspiração é apontada como um dos valores olímpicos juntamente com a coragem, a excelência, a amizade, a igualdade, a determinação e o respeito. É a consideração do sensível, a incorporação dos planos afetivos e intuitivos necessários para a realização de uma tarefa que pode ser imposta por uma estímulo externo ou interno, resultante de uma ação sistemática e não esotérica. O objetivo deste trabalho é apresentar o valor inspiração presente na narrativa biográfi ca da atleta Tatiana Figueiredo que participou dos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984), cuja narrativa manifestou espontaneamente esse valor. A narrativa biográfi ca inclui as histórias de vida que são uma forma particular de história oral e um instrumento para a captura e organização da memória que interessa ao pesquisador. Na sua narrativa encontramos esse elemento que caracterizou sua iniciação esportiva, optando pela ginástica artística ao assistir uma competição na qual estava presente a atleta Nadia Comaneci, bem como, na sua carreira de treinadora, em que é uma referência e modelo. Para ela, a inspiração representa um incentivo às novas gerações para prática do desporto, não só na reprodução de gestos técnicos, mas na superação das difi culdades, dando ao esporte e a vida uma possibilidade ilimitada. Assim, o valor inspiração favorece o entendimento de como o ser humano se mobiliza na busca de seus objetivos e o desempenho do atleta pode ser um fator estimulante não apenas para os novos atletas, mas para sociedade como um todo.

Palavras-chave: Jogos olímpicos; Valores olímpicos; Narrativa biográfi ca; Inspiração.Apoio: CNPq.

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VERA CASLAVSKA: UM ELEMENTO DE CONFLITO NOS JOGOS OLÍMPICOS DO MÉXICO 1968ROSINA D, RUBIO K. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

Os Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México marcaram de forma especial a história do esporte: por ser a primeira olimpíada no continente latino-americano, formado por países que compunham o bloco do terceiro mundo, conforme a dinâmica política, econômica e cultural posta na década de 1960; a mídia, particularmente a televisiva, que nesse Jogos se mostrou como uma ferramenta de projeção mundial dos atletas e de seus feitos; a especifi cidade dos acontecimentos do ano de 1968 (destaca-se a organização e manifestações do movimento estudantil, a primavera de Praga e o movimento negro dos EUA) que, pelo manifesto de atletas, se fi zeram presente nos pódios da pista de atletismo e do ginásio onde aconteceram as competições de Ginástica Artística. A atitude desses atletas colocou mais uma vez a prova o fi o tênue entre política e movimento olímpico reavivando essa discussão de forma impar no cenário da historiografi a olímpica. A partir disso tomamos o exemplo da atleta, da Ginástica Artística, da Thecolosvakia, Vera Caslavska; que no momento de sua quarta premiação divide o pódio com uma atleta da União Soviética quando na execução do hino nacional soviético a atleta theca se vira, demonstrando o seu repúdio e indignação pela invasão de seu país pelos soviéticos. Mesmo consciente das punições previstas pelo COI, que vigoraram para os atletas negros americanos dos Estados Unidos, a atleta theca fez uso do pódio para dar visibilidade ao confl ito político entre thecolosvakia e União Soviética com uma atitude, considerada pelo COI, de desrespeito aos símbolos nacionais (bandeira e hino do país) e antidesportiva em relação a atleta soviética. A não punição da atleta da ginástica artística se deve a formação de um imaginário, no qual, a mulher não é símbolo de força política. Sua imagem esta relacionada a graça e a delicadeza reforçada pelas características da modalidade; e sua atitude considerada pelo COI como algo inofensivo que vem de uma criança que não sabe o que faz.

Palavras-chave: Esporte; Política; Ginástica artística; Olimpismo.Apoio: CAPES.

Em se tratando de ginástica artística, é inegável a soberania dos Estados Unidos ao longo dos anos, consolidando-se como principal equipe da atualidade, com atletas de alto níveis, medalhistas olímpicos, cujas apresentações inovam-se e aprimoram-se, atingindo pontuações cada vez mais altas e um nível de excelência que inspira equipes de outras nacionalidades. Nos últimos anos, a equipe americana alcançou grandes conquistas, dentre elas o ouro olímpico por equipes nos Jogos Olímpicos de Londres (2012), trazendo apresentações que fi caram marcadas não somente pelo rigor formal e técnico da execução das acrobacias, mas também pelo alto nível de exigência e difi culdade de cada uma dessas técnicas. Diante desse panorama, o objetivo deste trabalho é analisar a evolução histórica olímpica da equipe americana de ginástica artística, reunindo dados como: quantidade de medalhas conquistadas; ginastas recordistas e aparelhos de maior destaque. Nosso corpus de análise compreende as apresentações feitas desde 1948, data em que os Estados Unidos obtiveram a primeira medalha na ginástica artística, durante os Jogos Olímpicos de Londres, até a última medalha obtida pela equipe, também em Londres, nos Jogos Olímpicos de 2012. Com base nos resultados obtidas nessa primeira análise, selecionaremos as duas ginastas de maior destaque e, em seguida, será escolhido um dos aparelhos em que ambas atuaram, a fi m de traçar uma análise comparativa entre as técnicas, execuções e nível de difi culdade presente em cada uma das apresentações. Como conclusão, buscar-se-á identifi car o cerne da evolução histórica da ginástica olímpica americana, explicitando os principais aspectos que se transformaram ao longo dos anos e a consolidaram como verdadeira referência desportiva dessa modalidade.

Palavras-chave: Ginástica artística; Estados Unidos; Olimpíadas; Evolução.

ANÁLISE HISTÓRICA DA EQUIPE FEMININA NORTE AMERICANA DE GINÁSTICA ARTÍSTICA EM COMPETIÇÕES OLÍMPICASBARBOSA DA SILVA S. [email protected] Universidade de Franca

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Em 2008 as Secretarias Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME) e a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo, sentindo a necessidade da retomada da prática da modalidade Ginástica Artística (GA), nas Escolas Municipais, Centro Educacionais Unifi cados (CEU) e Clubes Municipais(CM), se uniram no planejamento de estratégias de incentivo aos professores de Educação Física das escolas,dos CEUs e CMA SME iniciou o Projeto Olimpíadas Estudantis(OE) em 2007, com competições em diversas modalidades esportivas para difundir o esporte na escola. Para a GA especifi camente realizou formação de atualização em arbitragem, atualização pedagógica com o preparo de material de apoio,(DVD com as séries obrigatórias). A SEME criou o Projeto denominado:¨PRATIQUE, CRIE E VIVA A GINÁSTICA ARTÍSTICA, que foi idealizado pelas Professoras Nilma Alonso e Corine Sampaio, da SEME e contou com o apoio da SME, Profa. Maria Alice Zirmmermann, coordenadora das OE. O conteúdo do curso: História da GA, apresentação dos aparelhos, iniciação ao preparo físico adequado, aos movimentos acrobáticos,adaptação das aulas dos CM para as aulas nas escolas. Em 2009 o conteúdo foi aprimorado: “Desenvolvendo a GA da Iniciação ao Encaminhamento para o Alto Nível do Esporte”.Participaram 107 professores de SME e SEME, os Festivais Regionalizados participaram 700 crianças, dos CM, dos CEUS e das Escolas Municipais, realizamos o primeiro Campeonato de GA: Desafi o de G.A.Simultaneamente o projeto OE da SME ampliou a participação dos profs.,dos alunos nas competições regionais e Finais Municipais.Em 2014 nas OE a GA contou com 3.058 participações, no Festival Geral de GA na Virada Esportiva-SEME participaram 576 crianças,no Desafi o de GA da SEME somou-se 510 participações. Com ampla formação tanto na SME, como nos CM, a GA pode retornar ao cenário esportivo da cidade, estimulando vários professores e alunos a vivenciar, aprender, relembrar e principalmente voltar a praticar a modalidade.

Palavras-chave: Prática escolar; Clubes; Formação docente.

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A RETOMADA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NA CIDADE DE SÃO PAULOZIMMERMANN MA, SAMPAIO CM. [email protected] Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação - SP

Grupo de Estudos Olímpicos (GEO-EEFE-USP)

A HISTÓRIA DA GINÁSTICA NO VALE DO TAQUARI - RSDICK TR, OTSUKA MM. [email protected] Centro Universitário UNIVATES

A ginástica artística (GA) e a ginástica de trampolim (GT) são modalidades esportivas difundidas em diversos locais do mundo, reconhecida por seus movimentos técnicos que a destacam no meio esportivo. Analisando a representatividade destas modalidades surgiu o problema de pesquisa que descreveu o processo de inserção e desenvolvimento da GA e GT no Vale do Taquari - RS, considerando os fatores culturais que infl uenciaram este processo. O estudo foi de corte qualitativo e os instrumentos de coleta de dados foram as análises documentais e as entrevistas aos gestores e professores das instituições pioneiras na instalação da modalidade na região: Sociedade Ginástica Estrela (SOGES), Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT) e Centro Universitário Univates (UNIVATES). A análise de dados foi realizada de acordo com o método denominado triangulação de dados que considera informações de três meios para a categorização de análises. O estudo possibilitou datar o surgimento da GA no Vale do Taquari em meados de 1907 com a criação do Turnverein Estrela, por imigrantes alemães que ajudaram a colonizar a região de Teutônia. O Turnverein foi criado com o intuito de manter as tradições e cultura do povo alemão e manter seu caráter de sociedade mesmo longe de sua pátria mãe. Em decorrência de fatores externos teve seu nome alterado para Sociedade Ginástica Estrela, e por momentos interrompeu a prática da GA. Até meados de 2000 a SOGES era a única escola que oferecia a GA, nesta época o CEAT integrou a modalidade às suas atividades extracurriculares e neste contexto a Ginástica de Trampolim. Em 2007 surgiu na UNIVATES um novo local para a prática com uma estrutura física que contempla a GA e a GT. O quadro da GA e GT alterou-se bastante com o decorrer dos anos, perdeu o caráter germânico que foi o fator de sua instalação e evoluiu, passando de um local de prática para um cenário que possui várias escolas atualmente, difundindo as modalidades pela região e tornando-as conhecidas.

Palavras-chave: Ginástica artística; Ginástica de trampolim; Cultura; Escolas de ginástica.

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A ginástica é um movimento que já existe á milhares de anos e se reportava aos cuidados em saúde, como formação do corpo e manutenção do mesmo. Na Alemanha, o movimento ginástico surgiu pelo idealismo do Sr. Johann Friedrich Ludwig Christoph Jahn, que inseriu termo Turnen dentro do contexto ginástico e criou um método baseado no militarismo e amor a pátria. Com a marcante presença das comunidades alemãs no RS, pesquisamos a relação da carga cultural trazida por eles de sua pátria mãe e as implicações da introdução desta cultura em um novo contexto, é um relato de experiência visualizado em uma Sociedade de Ginástica localizado em Estrela –RS. Com o movimento migratório os alemães chegaram ao RS e criaram colônias, onde pregavam seu estilo de vida e as tradições de sua pátria mãe. Entre as tradições que trouxeram consigo estava a prática da ginástica de Jahn. Imigrantes alemães vindos de Porto Alegre em meados de 1848 povoaram as margens do rio Taquari e fundaram a colônia de Teutônia. Com a povoação da colônia e o cultivo das tradições foi criado em 1907 o Turnverein Estrella, com o intuito de manter vivas as tradições, a língua e convívio na comunidade. A ginástica praticada no Turnverein e a própria organização da sociedade deixou resquícios muito marcantes na sociedade da região, a língua materna, a organização social ainda é presente e deixa claro que a colonização e suas práticas foram muito importantes para a formação da identidade do povo. O Turnverein era o ponto de encontro das famílias e evoluiu dentro do contexto histórico, sobreviveu as difi culdades como as Guerras Mundiais, as restrições á língua e á cultura alemã durante este período e conseguiu manter-se ativa até os dias atuais, e mantendo a prática da ginástica por todo este período, houveram algumas interrupções que não interferiram no restante das atividades e sempre retornavam.

Palavras-chave: Ginástica artística; Turnverein; Cultura alemã; Colonização.

A Ginástica Artística (GA), esporte em ascensão no Brasil, enfrenta muitas barreiras que retardam o seu desenvolvimento, como a difi culdade de investimento, falta de incentivo por parte do Estado e a baixa procura de praticantes e espectadores. Essas barreiras estão inseridas tanto dentro da própria concepção da GA enquanto esporte, quanto do contexto brasileiro em relação ao esporte. Assim o presente estudo tem como objetivo compreender a GA no Brasil enquanto um fenômeno esportivo e compreender algumas das limitações impostas sobre a modalidade através de uma revisão de literatura pautada em conceitos, como os de habitus, campo e capital simbólico de Pierre Bourdieu. Com esses conceitos conseguimos: caracterizar o esporte dentro de um campo, ou seja o meio que ela está inserido; perceber os elementos que o constituem enquanto uma modalidade - praticantes, técnicos, espectadores e instituições; e o que ele representa para a sociedade - expectativas, objetivos e signifi cado. A revisão de literatura nos permitiu analisar elementos históricos e sociológicos para o melhor entendimento do objeto estudado. Ao relacionar o movimento ginástico europeu com a ginástica moderna percebemos uma ressignifi cação do esporte. Essa mudança aconteceu após a revolução industrial, com o início do esporte moderno e com a institucionalização da modalidade. Regras e competições tornaram-se a base da ginástica e assim surgiu a ideia de espetáculo. A partir deste trabalho conseguimos caracterizar o esporte na atual conjuntura da sociedade, como elitizado e carente dos agentes que o compõem. A GA, então, passou por ressignifi cações ao longo de sua existência e, no Brasil, ainda encontramos difi culdades em popularizá-la entre praticantes, patrocinadores e espectadores. Também concluímos que o simples aumento de oferta para a prática da modalidade não resultaria diretamente em um aumento de sua popularidade, pois seria preciso um maior interesse de todos os agentes quase que simultaneamente.

Palavras-chave: História do esporte; Sociologia do esporte.

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A GINÁSTICA ARTÍSTICA NO BRASIL: UMA ANÁLISE SÓCIO HISTÓRICATEIXEIRA MC. [email protected] Spinfl ip

A IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO RS E O CONTEXTO GINÁSTICODICK TR, OTSUKA [email protected] Centro Universitário UNIVATES

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A Educação Física consta no ambiente escolar desde 1851, com a reforma Couto Ferraz. Hoje se fundamenta como A ginástica artística feminina é um esporte que explora uma ampla diversidade de habilidades corporais, em que a competição consiste na apresentação de séries de movimentos em cada aparelho - salto sobre a mesa, paralelas assimétricas, trave de equilíbrio e solo. As competições têm como guia central o Código de Pontuação, que são as diretrizes que regulamentam o esporte e orientam os árbitros nas avaliações das séries das ginastas. Esse instrumento foi criado e é atualizado, continuamente, pelo comitê técnico da Federação Internacional de Ginástica, seguindo-se os ciclos olímpicos. As mudanças no Código de Pontuação sempre causam grande impacto na comunidade desse esporte, pois infl uenciam o formato de suas expressões, as séries apresentadas na competição, e, consequentemente, todo o treinamento dos ginastas nessa modalidade. Considerando a importância desse instrumento, dedicamo-nos a analisar as alterações no Código de Pontuação de Ginástica Artística Feminina, e investigamos os seus efeitos, tendências e implicações no treinamento esportivo da modalidade. A metodologia utilizada foi a análise documental do Código de Pontuação do ciclo 2001-2004 e do ciclo 2013-2016 e revisão bibliográfi ca sobre as consequências de suas alterações. Concluímos que as modifi cações nesse instrumento de avaliação mostram que a Federação Internacional de Ginástica vem buscando manter a atratividade e espetacularização do esporte, em que é necessário o equilíbrio entre elementos artísticos e acrobáticos. No entanto, a integridade e a longevidade da carreira do ginasta sofrem diretamente os efeitos dessas alterações. Assim, entendemos que a participação de técnicos envolvidos no treinamento deve se fazer mais evidente na defi nição e decisões das alterações no regulamento da modalidade.

Palavras-chave: Evolução na ginástica; Regulamentos; Treinamento esportivo; Esporte espetáculo.

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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS CÓDIGOS DE PONTUAÇÃO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA DO CICLO 2001-2004 E 2013-2016MOLINARI CI, ARAUJO HM, NUNOMURA M. [email protected] Academia Brasileira de Treinadores

PANORAMA DA FORMAÇÃO DE BASE NA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA NO BRASILMOLINARI CI, NUNOMURA [email protected] Circocan

O treinamento esportivo da ginástica artística feminina (GAF) visa preparar a atleta para exibir o máximo de difi culdade nos elementos de suas séries e com excelente execução técnica. As características competitivas dessa modalidade implicam em um longo processo de treinamento, que vem sendo abordadas por meio de uma especialização precoce na formação do atleta. Outro fator que induz a um treinamento mais extenso é a regulamentação proposta pela Confederação Brasileira de Ginástica e pelas federações, necessário para cumprir todas as exigências técnicas, e, assim, apresentar resultados signifi cativos dentro do âmbito nacional, para futuramente integrar a seleção brasileira. A categoria pré-infantil e infantil da GAF é composta por meninas de 09 a 11 anos de idade e representa o treinamento de base. Como essa fase da formação do ginasta é um grande alicerce para o alto nível de rendimento, orientamos essa pesquisa a partir do seguinte questionamento: como os treinadores brasileiros de GAF realizam o treinamento nas categorias pré-infantil e infantil? A pesquisa será de natureza qualitativa descritiva e analisará o treinamento das categorias pré-infantil e infantil por meio do discurso dos treinadores. Os sujeitos da pesquisa serão selecionados de acordo com a sua experiência na modalidade, no mínimo 5 anos atuando como técnico, e participação em campeonatos brasileiros e de torneio nacional nos últimos do anos, nas categorias A ou B. Esperamos determinar o nível de compreensão geral dos treinadores sobre essa fase de treinamento em relação à formação do ginasta e traçar um panorama do cenário nacional dessa categoria no Brasil, apontando suas qualidades e fragilidades.

Palavras-chave: Formação de técnicos; Treinamento esportivo; Alto rendimento; Iniciação esportiva.

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Este relato de experiência apresenta como foi a implantação e o desenvolvimento da Ginástica Artística (GA) no município de Chapecó-SC. O trabalho iniciou no ano de 2006 com a iniciativa pessoal da professora Márcia de Quadros Martins, que na ocasião apresentou um projeto à Prefeitura Municipal de Chapecó (PMC). As aulas iniciaram no ginásio de esportes da Universidade Comunitária da Região de Chapecó-Unochapecó, de forma gratuita e contava com 15 alunos com idade entre 7 e 10 anos. Devido ao crescimento e aos bons resultados obtidos, houve empenho na busca de recursos, em 2009, foi criada a Associação de Ginástica Olímpica de Chapecó - AGOCH que passa a receber um pequeno recurso da PMC. Novas turmas foram criadas a cada ano e os atletas mais experientes, foram para a equipe participar das competições ofi ciais. Mesmo treinando em aparelhos adaptados e nas competições utilizando os aparelhos ofi ciais, conseguiu-se bons resultados, que impulsionaram novos investimentos. No ano de 2012 a Federação de Ginástica de Santa Catarina-FGSC, através do Projeto Ginasta do Futuro do Ministério do Esporte, em acordo fi rmado com PMC, enviou uniformes e aparelhos novos, sendo que ainda aguarda-se a chegada de outros, já que o espaço destinado a GA foi ampliado. A coordenação técnica é da professora Márcia, auxiliam nas escolinhas dois atletas, acadêmicos de Educação Física, que tem bolsa de estudos integral, sendo que um deles contratado da PMC. A escolinha atende 70 crianças, com idades de 5 a 13 anos, organizadas em 06 turmas. A equipe de competição feminina está organizada com 10 alunas com idades de 13 a 19 anos, que treinam 3 horas por dia, quatro vezes por semana. Os resultados nas competições vem sendo melhores a cada ano, obtendo os vitórias em torneio e competições de rendimento. Percebe-se muitas necessidades de melhorias nos equipamentos, espaço físico e na contratação de profi ssionais, porém acredita-se que é possível desenvolver um trabalho comprometido com a modalidade.

Palavras-chave: Ginástica artística; Iniciação esportiva; Rendimento; História.

Há uma distinção entre os conceitos de nacionalismo e patriotismo. O nacionalismo é tido como uma ideologia política que está ligada a alguns fatores, como por exemplo, às origens da soberania popular. Assim, pode ser entendido como um movimento político social que visa uma organização que se fundamenta na coesão social, a identidade coletiva e a cultura das nações. E é por meio do nacionalismo que advém o patriotismo, revelando-se como uma forma de sentimento, pois o mesmo é mais postulado do que verifi cado. As manifestações patrióticas e nacionalistas são comumente vividas no esporte, especialmente em eventos internacionais. Nesse contexto, essa pesquisa objetiva diagnosticar as formas de manifestação coletivas patrióticas dos torcedores (público) na Copa do Mundo de Ginástica Artística - São Paulo - 2015, especifi camente o dia 03 de maio, dia cujas provas havia destaques brasileiros. Utilizando-se da pesquisa documental, analisou-se de forma videográfi ca todo o evento nesse dia. Concluiu-se que muitas foram às formas voluntárias de demonstração patriótica coletiva, dentre elas: a composição de uma grande bandeira brasileira na arquibancada (de forma voluntária); grande número de pessoas cantando o hino nacional, inclusive continuando a cantá-lo após a música instrumental ter parado; muitos vestindo a camiseta azul do maior patrocinador das equipes brasileiras de GA que é nacional (Caixa Econômica Federal); aplausos aos ginastas brasileiros em diferentes momentos da competição. De maneira geral, constatou-se que mesmo havendo uma insatisfação popular em relação à atual situação político-econômica do Brasil, veiculada por vários meios de comunicação, por meio do esporte retoma-se ou vive-se o orgulho nacional por meio do patriotismo, como uma expressão e um sentimento coletivo e por meio do nacionalismo, de forma indireta, já que o evento fora patrocinado por um Banco de cunho nacional que representa os alicerces nacionalistas do Estado-nação brasileiro.

Palavras-chave: Nacionalismo; Sentimento; Estado-nação; Cultura.

AS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DO PATRIOTISMO NA COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA - SÃO PAULO 2015GOMES MA, GUIOTI TT, TOLEDO [email protected] UNICAMP

Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-UNICAMP)

O SURGIMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC:ENTRE QUEDAS, EQUILÍBRIOS E SUPERAÇÕESMARTINS MQ, FRANCISCHI VG.profvanessa@unochapecó.edu.br Universidade Comunitária da Região de Chapecó-UNOCHAPECÓ

Prefeitura Municipal de ChapecóAssociação de Ginástica Olímpica de Chapecó-AGOCH

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A atuação em arbitragem requer preparação específi ca, o que limita a participação do público em geral. A federação internacional de ginastica (FIG) determina que somente árbitros com qualifi cação internacional possam exercer função em copas do mundo. As bancas de arbitragem forma adaptadas (quantidade reduzida de árbitros) nas preliminares e banca completa na fi nal, com no máximo um árbitro de cada país na banca de execução. A função de cada árbitro foi determinada em sorteio, uma hora antes do inicio da competição. Cada país deve indicar um ou mais árbitros, de acordo com o número de ginastas inscritos. Sorteado para atuar na linha de salto masculino, a função exercida foi apreciar os desvios dos ginastas do eixo da mesa, em linhas demarcadas no próprio colchão de aterrissagem. Entretanto, com o decorrer das aterrissagens dos ginastas, foi observado que o colchão demarcado se deslocava, distanciando-se da mesa de salto e do correto eixo longitudinal. Assim sendo, foi necessário comunicar a pausa da competição ao arbitro chefe, inclusive entre os dois saltos do mesmo ginasta. Convém salientar que os equipamentos utilizados nesta competição são ofi ciais, como também o nível de competitividade, onde falhas mínimas no aparelho podem interferir no resultado fi nal. A função de arrumar o colchão de salto foi dividida pelo árbitro e pelo câmera da FIG. Deveria haver mais auxiliares com conhecimento sobre o sistema de competição, que saberiam o momento correto de atuar para não atrapalhar o ginasta. É importante destacar que a aparelhagem será do mesmo fabricante durante os jogos olímpicos no Brasil. Este relato tem como fi nalidade divulgar a experiência do autor na condição de árbitro na copa do mundo de Ginástica Artística de 2015, na cidade de São Paulo.

Palavras-chave: Competição; Regras; Aparelhos.

ARBITRAGEM NA COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA DE SÃO PAULO 2015CARRARA [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

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CIRCUITO 3 ESTAÇÕES DE GINÁSTICA RÍTMICAPAZ B, PIRES V, ROSA JP, PAZ JRL. [email protected] Universidade Norte do Paraná

RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA GINÁSTICA RÍTMICA NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOMESQUITA RM. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

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O “Circuito 3 Estações de Ginástica Rítmica” é um evento realizado anualmente em Florianópolis-SC desde 2012, sob a responsabilidade da Associação Esportiva e Social de Florianópolis – ASTEL e do Colégio Catarinense. O objetivo principal do evento é proporcionar uma disputa saudável entre as participantes, buscando sempre atingir o maior número de ginastas praticantes de Ginástica Rítmica, além de difundir e desenvolver cada vez mais a modalidade em todos os seus ambientes e níveis de prática. A motivação para criação do mesmo foi proporcionar às ginastas não federadas oportunidade de participar de um torneio com competidoras de nível técnico semelhante e regulamento adaptado, sem descaracterizar a modalidade. O evento é composto por duas etapas individuais onde as categorias são divididas em Pré-infantil (nove e 10 anos), Infantil (11 e 12 anos), Juvenil (13 a 15 anos) e Adulto (acima de 16 anos). Em cada etapa a ginasta apresenta uma serie com diferentes aparelhos. Ambas com premiações por categoria e por aparelho. Na segunda etapa acontece também a premiação do individual geral, onde soma-se as notas das duas etapas para referendar a ginasta campeã geral. Este circuito foi planejado pensando nas expectativas e motivações das ginastas em suas rotinas de treinamento, que mesmo em um processo de formação, sem objetivo do alto rendimento, são incentivadas pelo brilho e graciosidade das apresentações da Ginástica Rítmica. Desde sua primeira edição já participaram aproximadamente 300 ginastas, 30 profi ssionais, 40 acadêmicos de Educação Física e cerca de 10 instituições, entre elas clubes, escolas e fundações municipais de esportes. Para a 4ª edição do evento em 2015, a expectativa é de grande envolvimento da comunidade gímnica e uma vez mais oportunizar as crianças vivências no âmbito esportivo. Assim, o evento proporciona mais que experiências no contexto competitivo, pois busca promover um espaço de troca de experiências, amizade e diversão.

Palavras-chave: Competição; Iniciação esportiva; Ginastas; Ginástica rítmica.

O marco inicial da história da Ginástica Rítmica (GR) na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFEUSP) foi o desenvolvimento da disciplina de Ginástica Feminina (GF) ministrada pelas professoras Stella Guérios e Astrid Schulman. A partir de 1975 a professora Renata Stark, sucessora de Schulman, introduziu GR no conteúdo programático da disciplina de GF. Além disso, em 1976, organizou e treinou um grupo de alunas da licenciatura da EEFUSP para o Campeonato Brasileiro de GR realizado pela CBG. A convite de Stark, em 1977, Rosa Maria Mesquita ex-aluna e ex-ginasta inicia sua trajetória acadêmica na EEFEUSP, colaborando no desenvolvimento das atividades da disciplina de GF, juntamente com demais auxiliares. Desta data em diante, paulatinamente assumiu a disciplina de GF e os grupos mirim, juvenil e adulto de GR do Serviço de Extensão a Comunidade (SEC), inicialmente como treinadora e posteriormente como coordenadora. A partir da década de 80, a disciplina de GF foi extinta do currículo de graduação, sendo substituída pela disciplina de Ginástica Rítmica Desportiva até o ano de 1996. Sob a chancela da EEFEUSP e responsabilidade organizacional da professora Mesquita, o professor Assakura e auxiliares, da Universidade de Kokushikan, desenvolveram cursos GRD feminina e masculina no Brasil, em 1982 e 1983. Assim, a partir destes cursos Mesquita assume também a disciplina de GRD para a turma masculina. No ano de 1997, a disciplina de GRD passa para o Departamento de Esportes e não é mais oferecida. De 1977 a 1996, foram desenvolvidas atividades docentes como dissertação de mestrado, pesquisas e artigos científi cos com temas relativos à GRD, cursos de GRD em nível nacional e internacional, curso de GRD com professores da Rússia e Bulgária, bem como participações dos grupos de GRD em competições e apresentações estaduais e no Chile, apresentações de GR por alunos e alunas do curso de graduação, realização do I Torneio Universitário Paulista de GR.

Palavras-chave: Histórico; Universidade; Disciplina; GR masculina.

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HISTÓRIA DO TORNEIO UNIVERSITÁRIO PAULISTA (TUP)MESQUITA RM, TIBEAU CP, LIMA CLL. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

O Torneio Universitário Paulista (TUP) foi um evento pioneiro na GR de competição, teve sua origem e chancelaria na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFEUSP). Professoras da disciplina de Ginástica Feminina bem como treinadoras e ginastas do grupo de GRD do Serviço de Extensão à Comunidade tiveram um importante papel na sua idealização e realização. Este evento foi criado com o objetivo de promover a Ginástica Rítmica de competição no meio universitário e oportunizar as alunas da graduação dos cursos de Educação Física a experiência de treinar e poder competir em provas individuais e de conjunto desta modalidade esportiva. Assim, por meio desta vivencia teriam mais subsídios teóricos e práticos para trabalharem e difundirem esse esporte como meio educativo e como fi m desportivo em escolas, clubes e centros esportivos. O I TUP foi Idealizado em 1980 e realizado pela primeira vez em dezembro de 1981, na cidade de São Paulo, no ginásio de esportes Paulo Machado de Carvalho, com o apoio da Coordenadoria de Esportes e Recreação da Secretaria de Esporte e Turismo do Estado de São Paulo. Neste primeiro torneio, com a fi nalidade de fundamentar o trabalho na GR, o regulamento técnico estabelecia que os grupos universitários participantes deveriam executar uma série à mãos livres com elementos totalmente obrigatórios, elaborada pela entidade patrocinadora (EEFEUSP), e poderiam também inscrever suas ginastas em provas individuais livres com aparelhos. A série obrigatória a mãos livres em conjunto foi totalmente transcrita, a música gravada em fi ta K7 e entregues a cada equipe participante. Encontros realizados entre a entidade patrocinadora e as demais participantes deu oportunidade para a aprendizagem na prática. Em novembro de 1981, foi realizado um curso de arbitragem de GR patrocinado pela Coordenadoria de Esportes e Recreação da Secretaria de Esporte e Turismo do Estado de São Paulo com a fi nalidade de habilitar árbitros para o evento. É importante lembrar que, em função das regras do Código de Pontuação vigentes na época, os conjuntos eram formados por 6 ginastas e o acompanhamento musical deveria ser feito por um só instrumento. Desta forma, 3 pianistas, importantes nos trabalhos das equipes, faziam arranjos necessários para a composição musical das séries, que eram gravadas em fi tas K7 para treinos e competições. Além disso, a área de competição era demarcada com fi ta adesiva e não havia tapete para a pratica. O I TUP contou com a participação de onze entidades universitárias: USP, UNESP, NÁUTICO MOGIANO, OSEC(UNISA), UNIMEP, PUC CAMPINAS, UMEC, FIG, FEFISA e ESEF. No cerimonial de encerramento, a execução simultânea da série obrigatória a mãos livres por todos os grupos participantes foi uma demonstração de união e confraternização entre todas as entidades universitárias. Outras seis edições do TUP foram realizadas: II TUP-1982 promovido pela Faculdade de Educação Física do Clube Náutico Mogiano; IIIº TUP-1983 sediado pela Universidade Metodista de Piracicaba; o IVº TUP-1984 realizado pela Faculdade Integrada de Educação Física de Guarulhos; o Vº TUP-1985 aconteceu na Faculdade de Educação Física de Santo André e, o VIº e último TUP promovido pela UNESP Rio Claro, em dezembro de 1986. Devido à diversidade da execução técnica das ginastas individuais, evidenciada a partir do primeiro TUP até a sua 4ª edição, foi implementado no regulamento do 5º TUP, em 1985, duas categorias distintas a categoria A para ginastas iniciantes e a categoria B tanto para as ginastas que já haviam conquistado premiação nos eventos anteriores ao 5º TUP quanto para aquelas que já eram federadas. O Torneio Universitário Paulista (TUP) propiciou dessa maneira uma oportunidade a mais de experiência e aprendizagem da GR que foi fundamental para a ampliação do grupo de profi ssionais que atuam até hoje junto a esta modalidade desportiva quer seja esta atuação no âmbito escolar ou desportivo, como pesquisadoras, professoras universitárias, treinadoras ou árbitros.

Palavras-chave: Histórico; Universidade; Disciplina; GR torneio.

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GINÁSTICA DE TRAMPOLIM NA CIDADE DE CAMPINAS: UM INÍCIO A PARTIR DA GINÁSTICA ARTÍSTICAFERRANTE AS, ANTUALPA KF. [email protected] Faculdade Metrocamp

A GINÁSTICA COMO TEMA DOS ESTÁGIOS CURRICULARES DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICAPAZ B, PIRES V, PAZ JRL. [email protected] Universidade Norte do Paraná

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A Ginástica de Trampolim (GTR) é uma das grandes ramifi cações da Ginástica, bem como uma das três modalidades gímnicas pertencentes aos Jogos Olímpicos. Caracterizada por ser praticada por atletas do sexo feminino e masculino, e ser composta de acrobacias aéreas realizadas em diferentes tipos de aparelhos, é uma modalidade que está em grande ascensão no mundo, apesar de ainda ser pouco difundida quando comparada com outras modalidades esportivas. Buscando contribuir para sua a democratização, este estudo teve como objetivo apresentar o processo de surgimento da GTR na cidade de Campinas (SP), a partir de uma modalidade de destaque em seu quadro esportivo, a Ginástica Artística (GA). O estudo, realizado em Agosto de 2014, contou com oito entrevistados (dois técnicos, quatro atletas e dois ex-atletas) e se baseou no método de História Oral. Para a coleta de dados foi elaborado um roteiro de entrevista, organizado em seis diferentes temas. Tais temas abrangeram as difi culdades e realizações durante o processo de estruturação da GTR na cidade, até os dias atuais. A análise dos depoimentos dos entrevistados mostrou que a trajetória da GTR em Campinas teve um início, indiretamente pautado, nos trabalhos voltados à GA desde 1986. Seu surgimento, em meados do ano 2000, esteve vinculado com as precárias condições em que os materiais para a prática da GA se encontravam, o que de fato instigou a busca por uma nova alternativa de atividade para a população. A partir dos relatos foi possível perceber a importância da GA durante os primeiros passos da GTR na cidade de Campinas, o que não só proporcionou o início de uma nova modalidade, mas agregou conquistas, tanto em ações físicas (espaço físico, materiais, viagens nacionais e internacionais, títulos), como no ensino e treinamento dos elementos corporais da GTR. A aproximação entre as duas modalidades viabilizou novos desafi os, e vem resultando em diversos capítulos na construção histórica de Ginástica de Trampolim na cidade.

Palavras-chave: Democratização; Trajetória; Surgimento; História oral.

Para que a ginástica se garanta como conteúdo de ensino nas aulas de Educação Física, é necessário que na formação de professores seja proposto espaços de discussões pedagógicas efetivas sobre o tema. Para tal, este estudo identifi cou o impacto das disciplinas de ginástica de um curso de formação em seus estágios supervisionados. Foram analisados documentos de registro dos estágios das 5a, 6a, 7a, e 8a fases no intuito de verifi car quantos trabalhos e como a ginástica era tratada nas práticas pedagógicas. O curso pesquisado possui 4 disciplinas de Ginástica: Bases teórico metodológico da ginástica (2a fase), Ginástica escolar (4a fase), Ginástica Rítmica (7a fase) e Ginástica artística (8a fase), que buscam uma refl exão pedagógica na contextualização de princípios para e no campo educativo. Nos estágios do curso cada dupla de acadêmicos escolhe um tema para as intervenções e deste emerge uma pesquisa sobre a docência, que aprofunda teoricamente o tema. Até o momento 510 alunos concluíram os estágios, destes 184 acadêmicos utilizaram a ginástica em suas propostas. No estágio da 5a fase - educação infantil - foram 50 trabalhos que refl etiram a exploração do movimento, materiais alternativos, e construção de materiais. Além destas, na 6a fase, 76 trabalhos trataram especifi camente da Ginástica rítmica, artística, de academia, e acrobática, no ensino fundamental. O ensino médio no estágio da 7a fase acresce à estas temáticas os alongamentos, a ginástica como atividade física, e ginástica e a saúde. No último estágio, a ginástica foi tema de 24 práticas pedagógicas em espaços como asilos, ONG, centros sociais urbanos e APAES. Conclui-se que há um impacto efetivo dos conteúdos das disciplinas de ginástica nos estágios do curso e que ginástica é discutida por diferentes perspectivas pelos acadêmicos, favorecendo sua exploração e benefícios nos espaços educativos. Sugere-se outro estudo que identifi que como estes trabalhos são aproveitados pelos campos após os estágios.

Palavras-chave: Formação inicial; Estágios; Professor de Educação Física; Prática pedagógica; ginástica.

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A GINÁSTICA NA FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA: ENTRE A INICIAÇÃO ESPORTIVA E A DIVERSIDADE DA CULTURA GINÁSTICATUCUNDUVA BBP, MOLINARI CI. [email protected] Universidade Estadual de Maringá e Circocan

A ginástica possui um espaço restrito no currículo da formação inicial em Educação Física, tendo em vista a pluralidade de suas modalidades esportivas e o conjunto de saberes gímnicos que integram os fundamentos dessa área profi ssional. Nesse contexto, o docente que atua com a(s) disciplina(s) de ginástica tem que fazer opções sobre o que e como irá abordar esse universo da ginástica, sempre priorizando refl exões sobre o porquê dessas decisões, afi nal, isso infl uenciará as perspectivas de atuação do profi ssional e sua capacidade de promover a cultura ginástica como um todo. Nesse trabalho realizamos uma discussão sobre uma difi culdade que os docentes apresentam: como promover a capacitação para trabalhar com a iniciação esportiva e ainda abordar a diversidade da cultura ginástica, sendo que ambos demandam muito tempo? Para isso, combinamos à revisão de literatura dois relatos de experiência: o relato de uma técnica de ginástica artística feminina (GAF) de alto rendimento sobre a sua atuação na formação continuada de profi ssionais em Educação Física; e o relato de um docente da formação inicial em Educação Física sobre o desenvolvimento das disciplinas de ginástica realizadas em três instituições de ensino superior diferentes. A pesquisa nos mostrou que se optarmos pela formação voltada para a iniciação esportiva, restringiremos demais as possibilidades reais de atuação profi ssional e a difusão plural da ginástica. No entanto, um problema encontrado é que a noção dos fundamentos técnico-pedagógicos da ginástica é superfi cial em muitos casos. Indicamos que deve haver uma maior qualifi cação e aprofundamento nesses fundamentos, relacionando-os aos aspectos históricos, sociais e culturais da ginástica, pois isso permitirá ao profi ssional introduzir a prática esportiva com efetividade e sem hiatos com a iniciação esportiva. Aliado a isso, deve haver opções de aprofundamento técnico-desportivo na forma de extensão e pesquisa, gerando demanda para atuação nesse segmento.

Palavras-chave: Docência; Formação técnica; Disciplina; Ensino superior; Formação profi ssional.

A ginástica é um dos elementos da cultura corporal que está presente na vida do homem desde a pré-história. Destarte, a sua história confunde-se com a origem da Educação Física, já que ela era utilizada como referência a todo tipo de atividade física sistematizada. Entretanto, a partir de 1800, ela ganhou uma conotação voltada à prática do exercício físico, e o seu universo de abrangência dilatou-se, podendo, hoje, ser categorizadaem cinco áreas: condicionamento físico, competição, fi sioterápica, conscientização corporal e demonstração. Neste contexto, a presente composição indagou-se sobre as modalidades de ginástica presentes nas concepções dos discentes dos cursos de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC – Brasil), Faculdade de Educação Física e Desporto (Moçambique) e da Universidade Pablo de Olavide (UPO – Espanha), visando desvendar os fatores relacionados à formação que estariam impossibilitando a legitimação dessa modalidade no campo educacional. Para atingir o objetivo supradito, aplicamos um questionário padronizado e, para a análise, percorremos três etapas: segmentação, identifi cação das unidades de signifi cado e agrupamento em subcategorias; construção de núcleos temáticos emergentes; interpretação dos dados. Constatamos que as modalidades conhecidas pela pluralidade são as retratadas pela mídia, pois, nos depoimentos dos discentes das três instituições, as ginásticas de competição apareceram em primeiro lugar, seguidas das ginásticas de condicionamento físico. As categorias de ginásticas fi sioterápicas e ginásticas de conscientização corporal apareceram, em número signifi cativo, somente na UFSC, e os únicos que mencionaram a ginástica geral foram os discentes da UPO. À vista disso, concluímos que além dos currículos estarem fracionando o conhecimento das disciplinas ginásticas, a associação entre o esporte e mídia inviabiliza que os acadêmicos vislumbrem as possibilidades de trabalho com a ginástica na escola.

Palavras-chave: Formação inicial; Licenciatura; Ginásticas; Escola

OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DA GINÁSTICA: UM ESTUDO DA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICAMACAMO AJ, BONETTI A, RIBEIRO ER, LLUCH AC, LOUREIRO VAFB, FREITAS CLR. [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina

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Antigamente para ser integrante da trupe do circo deveria estar dentro de uma família tradicional. Com o passar dos anos essa confi guração foi sendo modifi cada, e atualmente a composição da trupe é bastante eclética. Os circos percorriam longas distâncias em caravanas, levando culturas diferentes para quem vivia em locais mais remotos, assim como a cultura do circo, por meio das caravanas, que traziam muitas vezes além do picadeiro e dos artistas, animais para compor seu número. Com a fi nalidade de enaltecer o espetáculo, mesmo que isso custasse, por exemplo, a liberdade do animal e o total empenho do artistatleta nas apresentações. Na atualidade as apresentações de grandes circos são em teatros, não são menos imponentes, possui propagandas nas mídias, o que acaba criando uma legião de fãs, seja pela impulsão da mídia ou simplesmente por um modismo, reinventados, como acrobacias de solo/aéreas, pirâmides humanas. Através desse novo modo de práticas de circo, os integrantes não precisam estar vivendo com outros participantes, podendo um indivíduo fazer parte de uma academia de circo quando esse já participou de competições de ginástica artística. Assim abriram-se portas de entrada para atletas que não são frutos originalmente de famílias circenses, e isso mostra que o incentivo a essas práticas circenses também está ligada no gosto pela arte. Os profi ssionais que trabalham com o ensino das práticas circenses muitas vezes não são integrantes originais do circo, muitos vêm da ginástica. Sendo associado ao mundo fi tness, só que agora não mais em um espetáculo com lona e picadeiro, mas sim em confortáveis academias que possuem várias vertentes do circo como a acro-yoga, acro-pilates, sendo estes valores muitas vezes atribuídos pela espetacularização de algumas atividades que permeiam o circo, como é caso da Ginástica artística que é transmitida pela mídia que acaba alimentando o desejo em vários indivíduos, que não tem o intuito de competir.

Palavras-chave: Midia; Aceitação; Sociedade; Resistencia; Transformação.

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A GINÁSTICA ESTÁ NO CIRCOGUIMARÃES LM, FERREIRA MR, MARTINS JL. [email protected] Universidade Federal do Paraná

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ANÁLISE DAS CAPACIDADES MOTORAS DETERMINANTES PARA A IDENTIFICAÇÃO DE TALENTOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICARAMOS RA, ALEIXO IMS. [email protected] Universidade Federal de Minas Gerais

PREVALÊNCIA DE LESÕES NA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA DE ALTO RENDIMENTO: PRÉ-INFANTIL AO ADULTOLUNARDI M, LINK A, VAZ MA, MELO MO, OLIVA JC, GOULART NBA. [email protected] Universidade de Caxias do Sul

Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UCS;UFRGS;UNIVASF)Grupo de Pesquisas em Biomecanica e Cinesiologia (GPBIC-UFRGS)

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A Ginástica Artística é uma modalidade ensinada e praticada em diversos contextos. É composta de uma enorme variedade de habilidades e de elementos técnicos que exigem muito das capacidades motoras e psicológicas dos praticantes, e estas precisam ser constantemente desenvolvidas. As capacidades motoras são foco das Ciências do Esporte, que vem avançando com o aumento de estudos que buscam a otimização do desempenho. O presente trabalho visa verifi car as capacidades motoras determinantes para ingresso em uma equipe iniciante de Ginástica Artística do Minas Tênis Clube. Como foco central foram analisados os testes de seleção dos anos de 2012 e 2013 para equipes iniciantes de Ginástica Artística masculina e feminina do clube, os exercícios relacionados nos testes e os resultados das crianças aprovadas. A partir da análise dos testes, amparada pela literatura científi ca, foi possível concluir que a capacidade motora determinante para o ingresso nas equipes iniciantes do Minas Tênis Clube é a força muscular. A média das crianças do sexo feminino no teste de Abdominal no Espaldar foi de 18,8, enquanto a média das crianças do sexo masculino foi de 18 abdominais. No teste de Impulsão Horizontal a média foi de 1,37 m para o sexo feminino e 1,49 m para o sexo masculino. O teste de Corrida 20 m apresentou média de 4,40 s para o sexo feminino e 4,06 s para o sexo masculino. E o teste de Flexão de Braço, média de 5,20 para o sexo feminino e 7,75 para o sexo masculino. Esse estudo auxiliará na identifi cação de crianças do curso de Ginástica Artística do referido clube com potencial para ingressar na equipe.

Palavras-chave: Seleção; Aptidão física; Força; Teste.

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de lesões entre as categorias do alto rendimento da GA. Participaram do estudo 79 atletas masculinos de GA, sendo 18 da categoria pré-infantil (8 a 11 anos), 33 da categoria infantil (12 a 14 anos), 7 da categoria juvenil (15 a 17 anos) e 21 da categoria adulta (acima de 18 anos) durante os respectivos Campeonatos Brasileiros. Por meio de um questionário de avaliação do histórico de lesões, foram adquiridos os dados de identifi cação, além do tipo de lesão que possuem ou já possuíram, o local anatômico lesionado e em que aparelho ginástico a lesão ocorreu. As lesões na categoria adulta são 26,27% pelo excesso de treinamento, sendo 36,59% infl amações, na juvenil 37,50% das lesões são no cavalo com alças, sendo 50,00% fraturas. Nas categorias pré-infantil e infantil foram encontrados 64,29% e 42,47% das lesões no solo sendo 50,00% e 20,90% entorses, respectivamente. Os riscos de lesões podem estar relacionados a diversos fatores, além de estarem interligados com a categoria, pois quanto mais elevada (adulto), maior a exigência técnica dos exercícios durante os treinamentos e/ou competições. Nota-se que os riscos e os tipos de lesão na GA parecem ser proporcionais ao nível de habilidade dos ginastas. Pode-se concluir que nas categorias: pré-infantil e infantil há uma maior predominância de lesões no solo, com prevalência de entorses, na juvenil há uma maior predominância de lesões no cavalo com alças, com prevalência de fraturas. E na adulta há uma maior predominância de lesões pelo excesso de treinamento, com prevalência de infl amações. Acredita-se que o ensino da forma correta e controlada do movimento, bem como a utilização de exercícios para fortalecimento das musculaturas mais exigidas em cada categoria, e constantes avaliações a fi m de evitar possíveis desequilíbrios nas musculaturas agonista/antagonistas são estratégias importantes na prevenção e minimização das lesões.

Palavras-chave: Categorias; Morbidade referida; Local anatômico; Aparelho ginástico.

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AVALIAÇÃO DAS ETAPAS DE EXECUÇÃO DO ELEMENTO KIPE NAS PARALELAS ASSIMÉTRICASLINK A, LUNARDI M, MELO MO, GOULART NBA. [email protected] Universidade de Caxias do Sul

Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UCS;UFRGS;UNIVASF) Grupo de Pesquisas em Biomecânica e Cinesiologia (GPBIC-UFRGS)

O presente estudo buscou analisar as etapas de execução do elemento kipe de pernas unidas terminando ao apoio facial, de forma a ilustrar uma linha cronológica de aprendizado. Foram analisadas 50 fi lmagens por meio do programa KINOVEA, com 12 atletas femininas de ginástica artística, com idade entre 9 e 18 anos, com 4,83±2,25 anos de prática no esporte, e que competem em Campeonatos Nacionais e Torneios Estaduais de Ginástica Artística. O kipe pode ser dividido em 4 etapas: 1. Balanço da entrada de kipe: Iniciada sobre um trampolim, salto com pernas unidas e estendidas, alongamento do corpo todo à frente - 16,7% das atletas se encontravam nesta etapa com idade média de 10,5±2,12 anos; 2. Levar as pernas ao barrote: trazer os tornozelos para a barra com pernas em posição carpada – 41,7% das atletas conseguiam executar esta etapa, com idade média de 12,8±3,17 anos; 3. Puxar o corpo para cima da barra terminando em apoio facial: utilizando a impulsão e principalmente a força abdominal e de membros superiores puxar o barrote na altura entre o quadril e os joelhos – 25% se encontravam nesta etapa, com idade média de 13,3±1,52 anos; 4. Lançamento a vertical com a chegada à barra: assim que ocorre a puxada, a atleta já se encontra em posição vertical na barra, a mesma deve se impulsionar para trás e para cima na tentativa de chegar à parada de mãos (180°) – apenas 16,7% já se encontram neste nível, com idade média de 17,5±0,7. Acredita-se que o ensino da técnica correta e a utilização de exercícios na preparação física, adequados para cada etapa do desenvolvimento gímnico, sejam os principais fatores de sucesso para o aprendizado deste elemento. A diferença de mais de 4 anos entre as etapas 3 e 4, aponta para necessidade de um enfoque maior no refi namento da técnica e uma diversifi cação e ampliação dos exercícios de força e pedagógicos para que assim seja alcançado o resultado desejado com maior antecedência.

Palavras-chave: Aprendizagem; Habilidades gímnicas; Treinamento; Técnica.

Worldwide trainers ask if there is a rotation scheme, which improves the gymnastics performance and / or facilitate the learning of the elements with longitudinal rotations. Although there are some research on it, they did not attempt to verify a total scheme, but merely to see the relationship between two elements, the Round-off and the direction of the pirouette or four elements, extended vertical jump with full turn, Round-off, direction of the pirouette and handstand with one turn rotation. In this study we analyse the appreciation of the experts N=140 coaches from different levels of expertise and from different countries (ARG, BOL, BRA, CHI, ECU, GER, PER, URU) with 12.1 ± 8.5 years of experience regarding how gymnasts should execute 27 different elements in 5 male apparatus. We chose these elements, because we wanted to have movements with rotation in upright stance, upside down and in combination with transversal rotation. Through a questionnaire for coaches, we tried to verify if there are differences, coincidences or even immovable rules in the rotation scheme that gymnasts use (or should use). The answers were typologized with three categories of rotational preference which: unilateral consistent twister, bilateral consistent twister and inconsistent twister. The study aimed to answer several questions: 1. Do coaches agree on how the rotation scheme should be in gymnastics?; 2. How do coaches (former gymnasts) determined which way to turn?; 3. Does the preferred use of a hand or a foot infl uence on the direction of rotation?; 4. Does the personal rotation scheme infl uence on the concept of appropriate rotation scheme?; 5. Do the national practices infl uence the rotation scheme?; 6. Are there differences in appreciation between coaches at different levels?; 7. Are unambiguous rules among the elements? The results are manifold and cannot be summarized in a couple of sentences.

Palavras-chave: Laterality; Rotational preference; Artistic gymnastics.

LATERALITY IN ARTISTIC GYMNASTICS BESSI F. [email protected] University of Freiburg - Germany

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.15-R-19 • R.17

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A Copa do Mundo (CM) de Ginástica Artística (GA) é um campeonato internacional que contempla apenas a competição “Final por aparelhos” (CIII), classifi cando os ginastas em etapas e estabelecendo-se também um ranking anual. A CM tem sido bastante destacada pela mídia, no entanto, não é possível comparar o nível de competitividade da CM ao de Campeonatos Mundiais ou Jogos Olímpicos (JO), nos quais as principais potências da modalidade participam. Esta pesquisa documental pretende investigar a relação entre ginastas fi nalistas por aparelho da Ginástica Artística Feminina (GAF) em JO e a participação das mesmas em etapas da CM como possível preparação para os JO. Assim, foram analisados dois tipos de documentação: 1. Resultados da GAF nas diferentes etapas da CM nos anos de 2010 a 2012; 2. Resultados da GAF dos JO de Londres (2012). Cinco foram os países que conquistaram medalhas nos JO de 2012. Destes, 80% (4) participaram de pelo menos uma etapa das CM analisadas. Com relação às atletas fi nalistas em JO, observou-se um padrão semelhante entre as participantes dos aparelhos Salto e Solo. Nesses aparelhos, 50% das atletas participaram de pelo menos uma etapa de CM com medalha no respectivo aparelho das fi nais dos JO; 12% participaram sem medalhas; 13% participaram em outro aparelho e; 25% não participaram de etapas de CM. Em relação às Barras Assimétricas, a correlação entre as atletas fi nalistas e medalhistas em CM foi 75% e 25% não participaram da CM. Por fi m, a Trave de Equilíbrio apresentou a menor relação entre o número de fi nalistas medalhistas em CM neste aparelho (25%), além, de um aumento considerável no número de atletas não participantes em CM (37%). Desta forma, observou-se que a CM tem sido utilizada, por países medalhistas em JO, como forma de avaliação, preparação e aquisição de experiência internacional de seus ginastas, especialmente observado nos aparelhos Salto, Solo e Assimétricas.

Palavras-chave: Ginástica; Competição; Resultados; Periodização.

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A COPA DO MUNDO DE GINASTICA ARTÍSTICA COMO PREPARAÇÃO DE GINASTAS MEDALHISTAS DE JOGOS OLÍMPICOSLIMA LBQ, MURBACH MA, SCHIAVON LM. [email protected] UNESP

Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica (GEPPEGIN-UNESP)

EFEITOS DE 3 MESES DE INTERRUPÇÃO NO TREINO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA COM CRIANÇAS INICIANTES EM TÉCNICAS BÁSICAS DE SOLONOGUEIRA RD, SANTOS FCP. br.fl [email protected] Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - UNILESTE

A Ginástica Artística vem recebendo destaque cada vez maior no cenário esportivo nacional, sendo ela caracterizada pela busca da perfeição técnica na execução de seus movimentos. As técnicas de solo são consideradas a base para o processo de aprendizagem dos outros aparelhos, pois proporcionam aos ginastas mais domínio do corpo nas rotações, velocidade, fl exibilidade, força e postura. A prática de exercícios físicos causa adaptações ao organismo e o destreino, seja ele ocasionado por lesão, férias ou outro motivo, resulta em perdas morfológicas dessas alterações, mas sua interferência na técnica não está completamente elucidada. Assim sendo, o objetivo desse estudo foi analisar os efeitos do destreinamento pelo período de 3 meses no domínio de 5 técnicas básicas de acrobacia de solo da ginástica artística em ginastas iniciantes de uma academia do Estado de Minas Gerais. Participaram do estudo 11 crianças, de 7 a 13 anos de idade (idade média = 9,09 ± 2,02) e com tempo médio de prática de 17,55 ±15,10 meses, em um período de destreino de 3 meses. Foi realizada a fi lmagem das técnicas, as quais foram analisadas e pontuadas em uma escala de 0 a 3 pontos, em dois momentos: nas três últimas semanas de novembro e nas três primeiras semanas de março do ano seguinte, após férias de fi m de ano. As técnicas avaliadas foram: rolamentos para frente grupado e afastado, rolamento para trás grupado e afastado e a estrela. As médias da soma dos pontos obtidos pelos ginastas foram comparadas através do teste t de Student (p > 0,05). A média geral da pontuação dos ginastas avaliados (de 0 a 3) foi de 1,93 ±0,31 antes das férias e de 1,85 ±0,31 na avaliação pós-férias. Dessa forma os resultados apontaram que esse período de destreinamento não foi sufi ciente para que ocorresse uma signifi cante alteração no nível técnico dos ginastas nas cinco acrobacias básicas de solo, logo, conclui-se que, para o grupo estudado, o período de férias não interfere no seu desenvolvimento técnico.

Palavras-chave: Ginástica artística; Destreinamento; Técnica; Iniciantes.

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A cada ciclo olímpico, a Ginástica Artística (GA) altera suas regras em busca do equilíbrio entre esporte e arte. Nos últimos anos, observamos o aumento na complexidade dos elementos apresentados pelos ginastas elevando as demandas físicas, técnicas, psicológicas e, também, táticas sobre os atletas. A diferença entre os ginastas campeões é estabelecida em décimos e, até mesmo, milésimos de ponto. Isso sinaliza a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e multidimensional no processo de formação em longo prazo. Em busca de incrementar a difi culdade dos elementos e aprimorar a execução em busca da perfeição, os ginastas são submetidos a sessões longas de treinamento, as quais levam o seu corpo ao limite. Nesse contexto, os cuidados com a alimentação se tornam essenciais para o desenvolvimento desses atletas e adquire a atenção de todos os envolvidos com a modalidade. Sabemos que uma boa alimentação é fundamental para lograr bons resultados nos treinamento e nas competições e, acima de tudo, manter a saúde do ginasta. Por isso, esse estudo tem o objetivo de avaliar e analisar os hábitos alimentares e o uso de suplementos na GA Masculina. Metodologicamente optamos por um estudo descritivo-exploratório no qual utilizaremos um Questionário de Frequência Alimentar, o qual será aplicado com atletas de alto rendimento na modalidade no Brasil. Consideramos que as informações que serão coletadas nesse estudo podem trazer luz para essa problemática e, assim, contribuir com o cotidiano de treinamentos no ginásio. O estudo está em fase de desenvolvimento, o que nos impede de divulgar os seus resultados no momento.

Palavras-chave: Treinamento; Nutrição esportiva; Recursos ergogênicos; Dietas.

A Ginastica Artística é uma modalidade esportiva que abrange e combina gestos biomecânicos de alta complexidade que dependem de capacidades físicas específi cas, como a fl exibilidade. Devido à intensidade e duração dos treinamentos, o corpo das atletas é submetido a uma sobrecarga física, gerando estresse articular. Para atingir determinados movimentos, as ginastas devem realizar uma amplitude muito maior do que a considerada normal, gerando portando hiperfl exibilidade, que pode estar associada aos riscos de lesões articulares. Quatro atletas de Ginástica Artística da equipe de competições da Universidade Federal do Paraná foram submetidas à avaliação da amplitude de movimento, utilizando o método da goniometria e, após análise quantitativa e comparando com a literatura, os valores apresentados se mostraram fora do padrão. Os movimentos que apresentaram maior discrepância de amplitude articular (quando comparado aos valores normais de referência) foram: fl exão e extensão dorso lombar; fl exão e extensão de cintura escapular; fl exão, extensão e abdução de quadril e fl exão plantar. Já em relação a rotação interna de cintura escapular, houve amplitude muito inferior em relação aos valores de referência. Esses valores se mostraram alterados pelas quatro atletas. Como descrito no estudo, para que a maioria das posturas desse esporte sejam alcançadas, é necessário maior fl exibilidade/amplitude de movimento de seu praticante, gerando desequilíbrio osteomuscular e acarretando em fatores passíveis de lesões.

Palavras-chave: Ginástica artística; Hiperfl exibilidade; Goniometria; Lesões.

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RELAÇÃO DA AMPLITUDE ARTICULAR E RISCOS DE LESÕES EM ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁHEUER S, TAVARES ET. [email protected] Universidade Federal do Paraná

HÁBITOS ALIMENTARES E O USO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINAOLIVEIRA MA, OLIVEIRA MS. [email protected] Universidade Federal do Espirito Santo

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Na modalidade Ginástica Artística Masculina (GAM) o ginasta deve apresentar exercícios que demonstrem sua força (tanto força rápida e máxima quanto força resistente), sobretudo nos membros superiores. Avaliações físicas de ginastas incluem testes de força resistente, força máxima e força rápida (defi nida pela força em função do tempo). Poucos trabalhos foram encontrados sobre esta temática, embora a força seja uma capacidade de suma importância na performance da modalidade. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar os níveis de força no ombro de ginastas de alto rendimento. A amostra contou com 14 ginastas de elite do Brasil, do sexo masculino. Quanto ao teste isocinético, foram realizados movimentos de adução e abdução de ombro com os braços estendidos nas velocidades 60º/s e 120º/s (no modo concêntrico/concêntrico), semelhante ao elemento crucifi xo realizado no aparelho Argolas). Tal protocolo buscou avaliar os ginastas em uma situação de produção de força que fosse o mais específi ca possível ao contexto prático da modalidade, tendo em vista que existem exercícios no aparelho Argolas que, apesar de exigir do ginasta uma produção de altos níveis de força, o coloca tanto em situações dinâmicas quanto isométricas. Os resultados servem como base para caracterizar alguns parâmetros sobre a força de membros superiores de ginastas, possibilitando compreender os níveis necessários que estes precisam apresentar para realizar certos exercícios.

Palavras-chave: Ginástica; Força; Dinamômetro.

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CARACTERIZAÇÃO DA FORÇA DO OMBRO DE GINASTAS EM TESTES ISOCINÉTICOSVIEIRA G, CARRARA P, MASCARIN M, ANDRADE M, MOCHIZUKI L. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP

UNIFESP

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APTIDÃO FÍSICA E PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA DA REGIÃO METROPOLITANA CURITIBASALAMUNES ACC, STADNIK AMW. [email protected] Universidade Tecnológica Federal do Paraná

COMPARAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA DE ADOLESCENTES PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICAMARRONI PCT, YAMAMURA RAMH, ELIAS RMG. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

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A ginástica rítmica é um esporte complexo, que exige habilidade em diferentes valências motoras, tornando necessária uma seleção específi ca de talentos, numa idade precoce. Na região metropolitana de Curitiba, foram encontradas equipes de treinamento e competição da modalidade, e indagou-se se as ginastas destes centros esportivos apresentavam possível aptidão para o esporte. Este estudo avaliou 37 ginastas ingressantes no ano de 2013 a quatro equipes de ginástica rítmica da região, todas as atletas com idade de seis a 12 anos. Foram aplicados quatro testes desenvolvidos na Bulgária: um de força abdominal, um de fl exibilidade de membros inferiores e dois de antropometria. O desempenho foi calculado levando em consideração o esperado para as diferentes idades estudadas. Cada teste gerou uma pontuação de zero a 50, totalizando um máximo de 200 pontos por ginasta. Para ser considerada apta ao esporte, esta deveria alcançar, no mínimo, 100 pontos. Proporcionalmente, foi considerado como aceitável, ao menos, 25 pontos em cada teste. No teste de estatura, 48,6% da amostra obteve pontuação acima de 25. No índice de Manuvier, 51,35% teve valores antropométricos considerados adequados. Nenhuma ginasta desempenhou o teste de força abdominal de forma satisfatória. Já no teste de fl exibilidade, 75,68% da amostra pontuou acima de 25. Na somatória dos testes, apenas 21,6% das ginastas obtiveram pontuação satisfatória. A partir destes resultados, o estudo concluiu que a fl exibilidade de membros inferiores pode ter sido a principal forma de detecção de talentos das equipes de competição avaliadas. Os índices antropométricos possivelmente não foram mensurados na seleção, uma vez que apenas a metade das ginastas, aproximadamente, apresentou estatura e índice de Manuvier considerados ideais. O desempenho das ginastas foi bastante abaixo do esperado no teste de força abdominal, o que indicou a provável ausência deste teste para o ingresso de atletas nos centros de treinamento.

Palavras-chave: Esporte; Treinamento; Flexibilidade; Força.

O presente estudo tem como objetivo comparar a aptidão física de adolescentes praticantes e não praticantes de ginástica rítmica na região de Maringá (PR. A pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo. A população da pesquisa foi composta de 22 adolescentes entre 12 e 15 anos, divididas em dois grupos. O primeiro foi composto por oito meninas não praticantes de ginástica rítmica,pertencentes a um colégio estadual do município de Sarandi (PR). O segundo foi composto por quatorze atletas da equipe juvenil de ginástica rítmica na cidade de Maringá que estavam treinando há pelo menos cinco meses. Todas as participantes do estudo possuíam autorização dos pais para a pesquisa através de Termo de Consentimento Livre Esclarecido. O instrumento de avaliação foi a bateria de medidas e testes do PROESP-BR, que avalia a aptidão física de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. As adolescentes foram classifi cadas seguindo os critérios de referência do PROESP-BR. Foi encontrado um grande número de adolescentes com baixo peso. No teste de abdominal (por minuto) as ginastas tiveram um desempenho superior ao das não praticantes. No teste de fl exibilidade todas as avaliadas praticantes de ginástica tiveram uma “boa aptidão”, porém no teste de envergadura 100% da amostra obteve resultados inferiores. O mesmo aconteceu para o teste de resistência cardiorrespiratória (teste de 6 minutos). Segundo os dados obtidos foi possível concluir que a prática de ginástica rítmica, neste grupo, parece infl uenciar na fl exibilidade e força abdominal de adolescentes, porém é necessária uma maior atenção ao índice de massa corpórea e no condicionamento cardiorrespiratório das praticantes da modalidade em questão.

Palavras-chave: Aptidão; Ginástica rítmica; PROESP-BR; Avaliação física.

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TREINAMENTO A LONGO PRAZO APLICADO À GINÁSTICA RÍTMICASANTOS LF. [email protected] USP

A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte que encanta pessoas no mundo todo pela sua beleza e plasticidade. No Brasil, o esporte vem crescendo e conquistando bons resultados dentro do continente, no entanto, ainda são encontradas muitas difi culdades para seu desenvolvimento. Essa difi culdade pode ser refl exo de uma defi ciência de um programa de treinamento a longo prazo (TLP) bem planejado e estruturado que possa auxiliar na detecção, seleção e promoção de talentos esportivos para a modalidade. O treinamento a longo prazo adequado com cargas lógicas e progressivas, somado ao processo de detecção, seleção e promoção de talentos, fornece condições adequadas para o indivíduo alcançar um elevado desempenho na modalidade. Através da revisão de trabalhos a respeito de TLP e do modelo Canadense de TLP aplicado à ginástica de uma forma geral, foi possível formular uma proposta de TLP aplicado a GR, realizando uma adaptação desse modelo. Essa proposta é formada por oito etapas que deverão ser desenvolvidas no decorrer da vida das atletas, e procuram associar as capacidades físicas, psicológicas, técnicas e táticas exigidas pela modalidade, às características maturacionais das atletas desde o seu início no esporte até o alto rendimento. As crianças devem passar por todas as etapas conforme sua faixa etária e seu desenvolvimento, havendo aqueles que vão progredir sequencialmente através das etapas do TLP e aqueles que em determinado momento não conseguirão mais acompanhar o processo. Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo apresentar cada uma dessas etapas, acreditando que as mesmas possam servir de base para que os técnicos da modalidade consigam organizar seu treinamento.

Palavras-chave: Treinamento a longo prazo; Ginástica rítmica; Treinamento esportivo.

Para entender os aspectos biológicos do desempenho é essencial analisar as implicações genéticas, e para este efeito, o polimorfi smo I/D da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) vem sendo alvo de estudos recentes acerca do tema biologia molecular e desempenho esportivo, e tem sido sugerido para infl uenciar as variações do músculo esquelético. O objetivo do estudo foi comparar a distribuição do genótipo I/D da ECA em praticantes e não praticantes de Ginástica Rítmica (GR). A amostra foi composta por 31 indivíduos do sexo feminino, divididos em dois grupos: praticantes de GR (grupo experimental) e não praticantes (grupo controle), com média de idade 16,7 ±1,54; 18,6 ±1,15 anos, respectivamente. Para a observação do gene da ECA foi coletada uma amostra de saliva epitélio bucal, com a utilização de Swab para posterior análise do gene. Os indivíduos foram genotipados para o polimorfi smo da ECA e classifi cados em DD, ID e II, por meio das técnicas de Reação em Cadeia de Polimerase e Polimorfi smo do Comprimento de Fragmentos de Restrição, com enzima de restrição após extração do DNA. Objetivando verifi car o perfi l dos indivíduos aplicou-se a estatística descritiva, e para a análise inferencial utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis, com signifi cância p<0,05. Em relação à distribuição da frequência do genótipo da ECA, a presença do genótipo ID foi 26,3% nas ginastas, sendo o mais frequente o genótipo DD 57,9% e o menos frequente o genótipo II 15,8%. O Grupo Controle apresentou 8,3% do genótipo II, 91,7% DD, e nenhum participante apresentou o genótipo ID. Observou-se tendência de maior frequência do genótipo da ECA no Grupo Experimental comparado ao Grupo Controle, porém, não apresentaram diferenças signifi cativas entre os grupos. Verifi cou-se a predominância do genótipo DD no grupo das ginastas, o que não nos permite conclusões em relação a um parâmetro, mas se observa uma tendência às atletas de GR a determinadas características genéticas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Enzima conversora de angiotensina; Atletas de elite.

POLIMORFISMO GENÉTICO I/D DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA DE ATLETAS BRASILEIRAS DE GINÁSTICA RÍTMICAZANINI D, SAAVEDRA FJF. [email protected] Universidade do Oeste de Santa Catarina

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.21-R.26 • R.23

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Para atingir as adaptações ideais, além de controlar as cargas de treinamento, é necessário que haja um equilíbrio entre os estímulos estressores do treinamento e a recuperação, possibilitando que alterações psicofi siológicas ocorram de maneira adequada. A ginástica rítmica é caracterizada por elevados volumes de treinamento e calendário competitivo peculiar, o que reforça a importância de um monitoramento preciso e frequente das variáveis envolvidas no treinamento desta modalidade. Dessa forma, este estudo teve como objetivo descrever e analisar o comportamento da carga interna de treinamento e níveis de recuperação das atletas da seleção brasileira de ginástica rítmica durante preparação para os Jogos Panamericanos de 2015. A amostra deste estudo foi composta por seis ginastas integrantes da seleção brasileira de conjuntos de ginástica rítmica no ano de 2015. Foram monitoradas sete semanas de treinamento, sendo uma do período preparatório básico (PPB) e seis do específi co (PPE). Diariamente, antes da sessão de treinamento, as atletas responderam à escala de Qualidade Total de Recuperação e ao fi nal de cada sessão, responderam à escala de Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) da sessão. A carga de treinamento foi obtida através do produto da PSE da sessão pela duração da sessão em minutos. Foram utilizados seguintes testes estatísticos: Shapiro-Wilk, Levene e ANOVA de medidas repetidas com post-hoc de Tuckey. A análise estatística foi feita através dos softwares SPSS 20.0 e Statistca 8.0 e o nível de signifi cância adotado foi p<0,05. A semana do PPB apresentou carga de treinamento signifi cativamente menor do que as semanas 2, 3, 4 e 6 do PPE. Os níveis de recuperação do PPE foram ligeiramente mais baixos do que do PPB, mas não apresentaram diferença estatisticamente signifi cativas. Conclui-se que as cargas de treinamento apresentaram um comportamento crescente ao longo das semanas analisadas e a recuperação se manteve praticamente constante.

Palavras-chave: Carga de treinamento; Recuperação; GR; PSE da sessão.

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MONITORAMENTO DO TREINAMENTO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA RÍTMICA DURANTE PREPARAÇÃO PARA OS JOGOS PANAMERICANOSDEBIEN PB, MILOSKI B, BARA FILHO MG. [email protected] Universidade Federal de Juiz de Fora

Grupo de Estudos em Controle da Carga de Treinamento (GECCAT-UFJF)

DIFERENÇA DE FLEXIBILIDADE ENTRE OS MEMBROS INFERIORES DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICASALAMUNES ACC, STADNIK AMW. [email protected] Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Estudos mostram alta prevalência de escoliose em atletas de ginástica rítmica (GR), sem explorar sua causa. A GR busca a perfeição dos movimentos, sendo frequente a execução das séries de competição apenas com o lado do corpo melhor desenvolvido. Com isso, acreditou-se que o trabalho desigual de alongamento entre os lados do corpo poderia ser uma das causas de tal desvio postural. O objetivo do estudo foi comparar a fl exibilidade de membros inferiores direito e esquerdo de atletas de GR. Foram testadas 28 ginastas com idade 12,71±2,19 anos. Com o auxílio de um goniômetro, foi registrada a angulação da articulação do quadril na posição de spacat, que consiste no afastamento anteroposterior dos membros inferiores. A posição foi executada em suspensão, para que os membros pudessem alcançar um ângulo maior que 180°, apoiando num espaldar a região do calcâneo, à frente, e, num banco sueco, a perna, atrás. Com o software Minitab, aplicou-se o teste t pareado de duas formas: comparando o spacat com membro direito à frente (SD) com o esquerdo (SE) e comparando o membro mais fl exível (SM) com o de menor angulação (SP). Entre SD e SE, não houve diferença estatística (p=0,168), com médias 192,32°±12,68 e 189,21°±10,73, respectivamente. Entre SM E SP, foi registrada diferença estatística (p=0,000), com médias de 195,89°±11,25 e 185,64°±10,00, respectivamente. A partir disso, conclui-se que há, provavelmente, uma diferença no trabalho unilateral da fl exibilidade de membros inferiores, que resultou numa diferença de cerca de 10° entre SM e SP. Acredita-se que não tenha sido verifi cada diferença entre SD e SE porque cada ginasta teria maior facilidade com um membro, tornando improvável um único lado ser o melhor para a maioria. Com isso, é possível que a fl exibilidade desigual entre os membros seja a causa da escoliose. Sugere-se a elaboração de estudos mais aprofundados sobre o assunto e uma maior preocupação em treinamentos compensatórios, visando à saúde das atletas.

Palavras-chave: Alongamento; Escoliose; Esporte; Treinamento.

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A prática desta modalidade competitiva se por volta dos 5 anos de idade. O treinamento exige o desenvolvimento de altos índices nos níveis de fl exibilidade ativa e passiva de inúmeras articulações corporais, porém principalmente das estruturas ósseas e musculares da coluna vertebral. A lordose lombar é uma curva no plano sagital da coluna lombar com vértice anterior, a Scoliosis Research Society (SRS) estipulou como ângulos fi siológicos o intervalo entre 31º e 79º, portanto o diagnóstico de hiperlordose lombar é estabelecido quando se identifi ca uma curva com um ângulo superior ao fi siológico. A hiperlordose lombar é atribuída à retração de cadeias musculares importantes do nosso corpo, que podem causar alterações ósseas, articulares e também à nível dos núcleos pulposos. Neste estudo foi realizada uma pesquisa de campo experimental, com corte transversal que buscou investigar a correlação entre o treinamento de alto rendimento e a incidência de hiperlordose lombar em atletas de ginástica rítmica. A amostra foi composta por 16 ginastas de alto rendimento pertencentes da cidade de Fortaleza/CE. Foi realizada uma avaliação fi sioterápica postural no início da prática desportiva (6 anos), na qual detectamos que 100% das mesmas não tinham hiperlordose postural. A mesma avaliação foi repetida após 7 anos de treinamento (13 anos de idade) quando as atletas se encontravam na categoria juvenil. Foi detectado que 87,5% (14 ginastas) apresentaram hiperlordose lombar postural. Como conclusão pudemos observar que existe uma relação direta entre o treinamento da modalidade e o desenvolvimento deste desvio postural.

Palavras-chave: Coluna vertebral; Hiperlordose; Ginástica rítmica; Treinamento.Apoio: Estácio FIC/CE

Com o aumento de incentivo às politicas esportivas, e a crescente população carente em nosso país, o número de projetos voltados para a área esportiva vem aumentando consideravelmente. Projetos sociais são, antes de tudo, um exercício de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição de barreiras e preconceitos em benefício do outro. Portanto o objetivo geral foi investigar como ocorre a avaliação do desenvolvimento físico, psicológico e nutricional das praticantes de Ginástica Rítmica em Projetos Sociais. Foi realizada uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa, o instrumento foi um questionário composto por 11 questões. Os participantes foram educadores/acadêmicos responsáveis por 4 projetos sociais na cidade de Fortaleza/CE, que ao todo atendiam 184 crianças. Todos os projetos afi rmaram realizar avaliações nas suas alunas. Os projetos A, B e C realizam testes físicos periodicamente, já o projeto D respondeu que já havia realizado, mas não de forma periódica. Todos afi rmaram que a condição física (talento desportivo) não é determinante para a permanência da criança no projeto. Em relação a avaliação psicológica, apenas o projeto A realizava com a ajuda de equipe especializada, e os demais projetos, apenas se a criança apresentasse algum problema seria direcionada para profi ssionais responsáveis, e, desta maneira o perfi l psicológico não poderia ser determinante para a permanência das alunas nos projetos. Porém nos projetos A e C eram realizadas dinâmicas relacionais para verifi car o entrosamento das alunas e sua capacidade de sociabilização. Em nenhum dos projetos foi relatada avaliação da condição nutricional. Como conclusão percebemos que a avaliação nos projetos sociais onde a GR é a prática comum não tem um suporte que possibilite aos educadores elaborarem instrumentos avaliativos mais complexos e integradores.

Palavras-chave: Ginástica Rítmica; Avaliação; Projetos; TreinamentoApoio: Estácio FIC/CE

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A QUESTÃO DA AVALIAÇÃO NOS PROJETOS SOCIAIS DE GRAGOSTINI BR. [email protected] Centro Universitário Estácio FIC/CE

Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

CORRELAÇÃO ENTRE O TREINAMENTO E A INCIDÊNCIA DA HIPERLORDOSE LOMBAR POSTURAL EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICAAGOSTINI BR. [email protected] Centro Universitário Estácio FIC/CE

Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

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A ginástica rítmica (GR) é resultado de uma sistematização e cientifi zação do movimento ginástico, que foi infl uenciado por várias correntes e escolas gímnicas. Caracteriza-se como uma modalidade especifi camente feminina em competições ofi ciais, que nos encanta pelo fato de aliar o movimento expressivo do corpo com a técnica da utilização ou não de aparelhos característicos, (corda, arco, bola, maças e fi ta) somados com a interpretação de uma música. Esses movimentos se encontram descritos no código de pontuação da modalidade publicado pela Federação Internacional de Ginástica, e sofrem mudanças a cada ciclo olímpico. Esta pesquisa teve por objetivo investigar as mudanças dos elementos corporais de difi culdade ocorridas no código de pontuação da GR de 1977 a 2016, visando compreender como se deu o processo de alteração destes movimentos. Para atender o objetivo proposto, utilizamos análise documental com base em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico, no nosso caso os códigos de pontuação de ginástica rítmica. Analisamos as mudanças ocorridas nas difi culdades corporais de saltos, equilíbrios, pivots, fl exibilidades/ondas existentes nas dez edições dos códigos. Constatou-se que ocorreram mudanças signifi cativas quanto à quantidade, nível e valor dos elementos corporais, frequência de aparição e características dos elementos. Muitas dessas alterações exigiram das ginastas capacidades físicas extras para executar os movimentos com perfeição e consequentemente obtenção de notas melhores, destacando-se das demais atletas. Percebemos uma recente preocupação com a saúde das ginastas o que pode ter infl uenciado nas mudanças ocorridas no código de pontuação, tanto nas difi culdades quanto nas regras.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Mudanças; Difi culdades corporais.

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A EVOLUÇÃO DOS ELEMENTOS CORPORAIS DA GINÁSTICA RÍTMICA DE ACORDO COM O CÓDIGO DE PONTUAÇÃOCOSTA CR, LOURENÇO MRA, RINALDI IPB. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

ANÁLISE BIOMECÂNICA DOS ELEMENTOS CORPORAIS DA GINÁSTICA RÍTMICASILVA DS, OLIVEIRA VS, SUSUKI F, GAIO RC. [email protected] Universidade Nove de Julho

Grupo de Pesquisa em Pedagogia do Movimento (GPM-UNINOVE)

Uma série de ginástica rítmica possui uma duração determinada e para executá-la com perfeição a ginasta deve estar preparada fi sicamente e psicologicamente, para manter o desempenho e obter sucesso, pois os movimentos em uma apresentação, seja de individual ou de conjunto, devem ser únicos e o erro pode trazer consequências negativas. Assim, esse estudo tem como objetivo mensurar como os aspectos biomecânicos contribuem para a melhora da performance de atletas de ginástica rítmica. A pesquisa é de natureza descritiva. Inicialmente a ginasta recebe marcações em pontos anatômicos específi cos (pescoço, tronco, quadril, joelho, tornozelo, ombro, cotovelo e punho), constituídas de marcas esféricas refl exivas adesivas de 19 mm de diâmetro. Em seguida, para a fi lmagem, será utilizada uma câmera de vídeo digital (JVC e/ou Panassonic), com capacidade ≥ a 30 Hz, com fi lmagem de 60 quadros por segundo, apoiadas em tripés, a uma distância determinada das ginastas que será estabelecida no local de coleta e colocada a uma altura que permita que a mesma fi que centralizada com o foco e que entre as câmeras e a ginasta forme um ângulo de 90º. O campo de fi lmagem das câmeras será ajustado de maneira a conter todo o movimento. Os cálculos de todas as variáveis cinemáticas serão feitos utilizando o programa Skill Spector, utilizando-se, fundamentalmente, como entrada as coordenadas tridimensionais dos pontos anatômicos marcados na ginasta que são as variáveis de saída do programa. As ginastas realizam os elementos corporais fundamentais (saltos, equilíbrios e rotações) e os mesmos serão analisados com o intuito de melhorar a performance, visando a melhor técnica em competições. O referido estudo está em andamento e somente a escolha dos movimentos, bem com as análises quanto as articulações (tipos e movimentos) e os músculos (fase de ação, grupos e agonistas) envolvidos dos movimentos foram realizadas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Performance; Análise biomecânica; Treinamento.Apoio: FAPIC/UNINOVE

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A ginástica rítmica é uma modalidade esportiva que requer alto grau de fl exibilidade em virtude da exigência dos elementos corporais específi cos. O objetivo do presente estudo foi comparar e apresentar os níveis de fl exibilidade de sete ginastas da categoria juvenil antes e depois de uma sessão de treinamento, assim como relacionar tais níveis com a percepção de esforço. As ginastas foram avaliadas no momento pré e pós treinamento utilizando o Flexímetro da marca Sanny e a Escala Modifi cada de Borg, nas variáveis: “Hiperextensão de Coluna”, “Pencheé” direita e esquerda e “Mundial” direita e esquerda. De acordo com os resultados alcançados verifi cou-se um aumento signifi cativo na variável “Mundial” direita (p<0,05), este grau de signifi cância não foi encontrado nas demais variáveis avaliadas nesse estudo. Consideramos que outros fatores devem ser analisados para a obtenção de um resultado mais concreto e signifi cativo sobre o aumento ou diminuição da fl exibilidade quando comparadas às avaliações no início e fi nal de uma sessão de treinamento.

Palavras-chave: Avaliação; Ginastas; Treinamento; Mobilidade articular.

GINÁSTICA RÍTMICA: NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE PRÉ E PÓS TREINAMENTOANDRADE WB, LOURENÇO MRA, BARAZETTI L, AGUIAR [email protected] Universidade Norte do Paraná

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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UMA ANÁLISE NOS CÓDIGOS DE PONTUAÇÃO DOS ELEMENTOS DE FLEXIBILIDADE NA GINÁSTICA ARTÍSTICA E NA GINÁSTICA RÍTMICAMASSARO I, PIZZOL V, TOLEDO E. [email protected] Faculdade de Ciências Aplicadas- FCA-UNICAMP

Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginásticas (LAPEGI-UNICAMP)

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É perceptível maior incidência de elementos de fl exibilidade, em séries de Ginástica Rítmica (GR) se comparadas às de Ginástica Artística (GA) de solo, devido às diferentes exigências das modalidades, apesar de conter elementos de fl exibilidade idênticos nesses esportes gímnicos com valorações distintas. Objetivou-se nessa pesquisa de caráter documental, identifi car os elementos de fl exibilidade semelhantes e analisar suas pontuações nos respectivos Códigos de Pontuação - CPs (FIG, 2015a; FIG, 2015b). Constatou-se que apesar da GR e da GA terem elementos de fl exibilidade semelhantes, a GR possui em seu CP uma maior diversidade e quantidade de elementos corporais que utilizam maior amplitude articular e já na GA, essa maior diversidade e quantidade reside nos elementos acrobáticos (exigindo mais a capacidade física força). Com uma análise mais precisa dos elementos semelhantes, diagnosticou-se que o elemento Butterfl y, na GA vale 0.30, e na GR vale 0.50; O elemento Salto Anel (Ring Jump), vale na GA 0.20, e na GR 0.40; E o Giro Simples em Attittude e o Giro do Escorpião, ambos valem na GA 0.20, e na GR 0.30. Concluímos que a prevalência de elementos de fl exibilidade ocorre mais na GR, em relação à GA, por alguns fatores: a) maior quantidade e diversidade de elementos que possuem maior amplitude articular, com grande variabilidade de valoração; b) as combinações de fl exibilidade e força em elementos ginásticos são mais fáceis de serem executadas na GA (que é uma modalidade que exige mais a capacidade física força), portanto, na GR valem mais e são mais usadas, e como na GA são executadas com maior facilidade, acabam valendo menos; c) na GA há maior valoração e exigências de quantidade de elementos acrobáticos, que em sua maioria, não utilizam grande amplitude articular.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginástica artística; Flexibilidade; Código de pontuação.

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GINÁSTICA ARTÍSTICA: DO PRAZER DO LÚDICO À PRESSÃO DO RENDIMENTOCOSTA AR, MULLER J, FLOR [email protected] NEFEF-Universidade Federal de Santa Catarina

ALTERAÇÕES NOS ESTADOS DE ÂNIMO INFANTIS EM ATIVIDADES NO TABLADO DE SOLO E EM APARELHOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICASILVA AO, CASTRO BS, NEVES SAF, SANTOS FCP.br.fl [email protected] Centro Universitário do Leste de Minas Gerais -UNILESTE

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A Ginástica Artística enquanto modalidade competitiva apresenta um grau de difi culdade elevado e é conhecida por envolver horas de treinamento árduo, dedicação e busca da perfeição em cada elemento. São comuns críticas à especialização de crianças na modalidade, sem respeitar seu processo biológico, psicológico e fi siológico. O objetivo do presente estudo é verifi car a visão dos treinadores da Ginástica Artística sobre a idade considerada ideal para especializar a modalidade e ideais metodologias a serem utilizadas na iniciação ao treinamento da Ginástica Artística. Foram entrevistados dez treinadores do estado de Santa Catarina, que trabalham com a modalidade visando rendimento em eventos da Federação de Ginástica de Santa Catarina. Esta é uma investigação qualitativa, com característica descritiva onde aplicamos um questionário aberto, para o tratamento de dados, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Constatou-se que os treinadores utilizam metodologias de treinamento específi cas para crianças de seis a oito anos, buscando atingir muitas vezes apenas as exigências das competições. Em geral, os treinadores sabem dos malefícios em iniciar treinos sistematizados em tenra idade, alegam o riscos de lesões e também sobre a especialização precoce e como consequências disso o abandono da modalidade e desmotivação em continuar com os treinos. As cobranças por resultados estão fazendo com que os treinadores sigam uma linha metodológica de treino, baseada apenas nas exigências de Federações e estes mesmo sabendo da importância do trabalho lúdico e que desperte maior prazer da criança, acabam não introduzindo aos treinamentos e a criança passa a acreditar que a satisfação é apenas chegar ao pódio, sem reconhecer os reais benefícios que a prática esportiva pode trazer, se bem trabalhada. Os treinadores e demais envolvidos no esporte não devem poupar esforços para proteger seus atletas, para prolongar sua participação e principalmente, sua experiência esportiva.

Palavras-chave: Rendimento; Iniciação esportiva; Crianças; Ginástica artística

Todo esporte provoca alterações fi siológicas, psicológicas, cognitivas e sociais em seus praticantes. Muito pouco se sabe sobre os efeitos psicológicos do uso de equipamentos em um treino de ginástica artística. O presente estudo procurou identifi car alterações nos estados de ânimo em crianças praticantes de ginástica artística comparando atividades em aparelhos com outras realizadas apenas no solo, objetivando descobrir o papel dos aparelhos como fator motivador da prática. Estados de ânimo são considerados como o tônus afetivo do ser humano, tendo a capacidade de alterar a forma como o mesmo percebe as experiências reais, ampliando ou reduzindo seus impactos. Eles são gerados por uma ação externa que faz com que os as pessoas sintam ou não satisfação em realizar certa atividade física, sendo essa sensação duradoura. O experimento foi realizado coletando os estados de ânimo dos ginastas através da Lista de Estados de Ânimo Reduzida e Ilustrada de Volp (2000) antes e após duas aulas de uma hora de duração cada: uma utilizando aparelhos (paralelas simétricas e assimétricas, trave de equilíbrio, mesa de saltos, mini trampolim e cogumelo) e outra apenas no tablado de solo. A amostra foi composta de doze crianças na faixa etária de 8 a 12 anos, praticantes de ginástica artística há pelo menos um ano, devidamente autorizadas pelos pais. Os dados foram tratados, após teste de normalidade de Shapiro Wilk, pelo teste t de Student pareado (p ≥ 0,05). Os resultados mostraram que, dos sete estados de ânimo positivos da lista, houve aumento estatisticamente signifi cativo em quatro após a aula com aparelhos e em apenas um na aula de ginástica no solo. Os sete estados de ânimo negativos não apresentaram alterações estatisticamente signifi cativas em nenhuma as aulas. Concluiu-se que o uso dos aparelhos da ginástica artística foi fator determinante para o aumento dos estados de ânimo positivos de seus praticantes, podendo ser considerado como fator motivador.

Palavras-chave: Estados de ânimo; Ginástica artística; Solo; Aparelhos.

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A ELABORAÇÃO DE VÍDEOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO NA GINÁSTICA ARTÍSTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICAMIRANDA RCF, LIMA LR, RESENDE FF, NUNES MO, FANTINATO RM. [email protected] Universidade Federal de Uberlândia

O presente trabalho teve como objetivo desenvolver e aplicar uma proposta de utilização de vídeos como estratégia de ensino-aprendizagem visando ao aprofundamento e análise dos sistemas de ajuda na Ginástica Artística. Os vídeos foram elaborados coletivamente com a participação dos alunos e alunas do curso de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia/ MG sob a supervisão da docente responsável pela disciplina. O enfoque dos vídeos estava pautado na análise biomecânica quanto ao posicionamento dos diferentes segmentos corporais durante a realização dos fundamentos, tanto no solo como nos diferentes aparelhos, os eixos, planos e direções, apontando o sistema de ajuda utilizado, além das principais ações a serem realizadas pelo docente no processo. Entendemos que o trabalho possibilitou aos futuros professores uma visão mais ampla e criteriosa dos fundamentos, suas variações, possibilidades metodológicas e especifi cidades. Defendemos também que o avanço da pedagogia do esporte depende fundamentalmente do reconhecimento da centralidade do sujeito praticante, seus objetivos, interesses e características. Além disso, enfatizamos a relevância do papel do professor como mediador ao possibilitar a valorização de uma cultura de segurança nas aulas, minimizando possíveis quedas, lesões ou situações indesejáveis que contribuam para a desmotivação ou mesmo prejudiquem o desenvolvimento pleno dos alunos. Concluímos que o trabalho realizado oportunizou a aprendizagem signifi cativa através da vivência de uma estratégia de ensino inovadora e enriquecedora no contexto da formação de professores de Educação Física, chamando os discentes a assumirem um papel central nas aulas, por meio do diálogo, do trabalho colaborativo e comprometido, não somente como meros espectadores, mas como sujeitos críticos que produzem conhecimentos, reconhecem suas limitações e valorizam a diversidade no coletivo.

Palavras-chave: Educação superior; Pedagogia; Biomecânica; Metodologia.

A Ginástica Artística Feminina (GAF) é um esporte que passou por mudanças ao longo de sua história e nos últimos anos tem apresentado uma grande evolução no Brasil. É uma modalidade que chama a atenção pela elevada complexidade dos movimentos executados, desenvolvendo em seus praticantes uma destacável aptidão física, porém geram preocupações quanto aos riscos do treinamento intensivo as quais as ginastas são submetidas em uma idade pré-púbere. Ao observar características do processo de formação de ginastas na GAF levantaram-se os seguintes questionamentos: porque a GAF especializa meninas tão novas? Será que a especialização precoce é prejudicial às ginastas? O fenômeno da especialização precoce fez-se recorrente no mundo esportivo, mas a efi ciência do mesmo no processo de formação de atletas vitoriosos começa a ser contestada nas últimas décadas. Visto que o envolvimento de crianças no esporte é um fenômeno que tem crescido, a preocupação de desenvolver o esporte para esse público tornou-se relevante. Diante deste cenário torna-se importante estudar o processo de formação das ginastas, e o presente estudo possui como objetivo identifi car as principais difi culdades do desenvolvimento da modalidade quanto à formação de atletas de alto-rendimento ao analisar as características do treinamento da GAF, em especial o fenômeno da especialização precoce. Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfi ca com o intuito de reunir estudos sobre a GAF, sobre treinamento desportivo e sobre especialização precoce. Também realizou-se uma pesquisa documental a fi m de reunir documentos da GAF que permitiu descrever o funcionamento da modalidade no Brasil. Esse estudo pretende servir de auxilio para profi ssionais de Educação Física que procuram entender mais sobre a GAF, através da apresentação do desenvolvimento da modalidade no país, tendo em vista que ainda existem poucos estudos que abordem a modalidade como temática.

Palavras-chave: Ginástica artística; Treinamento desportivo; Especialização esportiva precoce.Apoio: SAE- UNICAMP

FORMAÇÃO DE GINASTAS: O CASO DA ESPECIALIZAÇÃO PRECOCESIERRA MF, BENELI LM, MONTAGNER PC. mfl [email protected] UNICAMP

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.31

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O presente estudo tem como objetivo verifi car se a Ginástica Artística exerce infl uencia na melhora do equilíbrio dinâmico e estático em crianças de 6 a 10 anos. Sua relevância está em mostrar a Ginástica Artística (GA) como uma modalidade esportiva que trás benefícios ao seu praticante, aumentando as possibilidades de aplicação desse esporte que é tão rico para o desenvolvimento da criança e pouco explorado nesse aspecto. Um segundo ponto a ser ressaltado é a falta de estudos e publicações sobre a GA, o que difi culta o aprimoramento de profi ssionais interessados em atuar na modalidade. A metodologia utilizada tem como base uma pesquisa de campo, onde a amostra foi composta por 28 crianças do sexo feminino, sendo 14 praticantes de Ginástica Artística (Grupo Experimental) e 14 que não praticam nenhuma atividade física regular, fora a Educação Física Escolar (Grupo Controle). Todas foram submetidas a um pré-teste e um pós-teste (após três meses) seguindo o protocolo do teste Bruininks - Oseretsky. O resultado obtido sobre as amostras do pré-teste e do pós-teste do grupo experimental apresentou probabilidade média de 98,41%, superior à signifi cância referenciada de 95,00% usada no teste “t” de Student, comprovando a signifi cativa melhora do grupo experimental. Já o resultado obtido sobre as amostras do pré-teste e do pós-teste do grupo controle, apresentou probabilidade média de 38,29%, muito inferior a signifi cância referenciada de 95,00% usada no teste “t” de Student, comprovando não haver signifi cante melhora no grupo de controle. Desta maneira, foi constatado e comprovado a signifi cativa melhora do grupo experimental face ao grupo controle.

Palavras-chave: Ginástica artística; Equilíbrio dinâmico; Equilíbrio estático; Crianças.

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A INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA SOBRE O EQUILÍBRIO EM CRIANÇASANDRADE TVC, MARTINS C, ALVES MP. [email protected] UniFOA

DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR EM ATLETAS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININAFERREIRA LP, BENDA RN, MARINHO NFS, SILVA PCR, BRITO WS. [email protected] Universidade Federal de Minas Gerais

Grupo de Estudo em Desenvolvimento e Aprendizagem Motora (GEDAM-UFMG)

A infância é considerada uma fase de grandes mudanças, quando a criança desenvolve habilidades motoras fundamentais que serão importantes para o efetivo desempenho de habilidades especializadas. A prática esportiva na infância tem sido considerada benéfi ca para o desenvolvimento motor, porém críticas são levantadas quando crianças são requeridas a apresentar um desempenho motor de alto rendimento. Portanto, este estudo teve por objetivo diagnosticar o nível de desenvolvimento motor em atletas da modalidade de Ginástica Artística Feminina (GAF). A amostra foi constituída por 11 atletas de rendimento da GAF, com faixa etária de 6 a 10 anos de idade com tempo de prática correspondente a 20 horas semanais. O nível de desenvolvimento motor foi avaliado através do Test of Gross Motor Development (TGMD-2). As medidas foram compostas pela soma dos escores padrão, cociente motor grosso e percentil do cociente motor. Os resultados indicaram que 9,09% das atletas se encontraram com nível de desenvolvimento abaixo da média; 36,36% na média; 9,09% acima da média; 18,18% superior à média e 27,27% muito superior à média. Os resultados permitem inferir que o treinamento em GAF se mostra efi ciente no que diz respeito ao nível de desenvolvimento motor, visto que estudos recentes têm encontrado atrasos motores em crianças da mesma faixa etária. Diferente do que tradicionalmente se preconiza, a prática esportiva competitiva precoce é prejudicial ao desenvolvimento motor, observou-se neste estudo desempenho na média ou acima da média da maioria absoluta das atletas. Tal resultado por ser explicado pela prática da Ginástica agir como estímulo necessário ao desenvolvimento motor num contexto atual em que as atividades de lazer sedentário são preferidas pelas crianças. Estudos futuros devem ser feitos com crianças que não estão inseridas em um contexto de alto rendimento da GAF com a fi nalidade de comparar o efeito do nível de habilidade em GA no desenvolvimento de habilidades básicas.

Palavras-chave: Esporte; Habilidade motora; Criança; Prática.

R.32 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40

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A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade usualmente ensinada e treinada em diferentes contextos de prática, revelando-se extremamente rica no processo de formação educativa. Por defi nição, a GA se baseia num conjunto de exercícios corporais sistematizados que envolvem o balançar, saltar, apoiar, girar, dentre outros movimentos, considerados “naturais” do ser humano, podendo ser praticada nos âmbitos do lazer, participação, educacional e de alto rendimento. Assim como qualquer outra modalidade esportiva, a GA é um instrumento pelo qual se trabalha a formação social, humana e pessoal do praticante, papel do desporto considerado importantíssimo na missão de fomentar valores e princípios no praticante. O objetivo do presente trabalho é verifi car, por meio da literatura e relato de experiência, as vantagens e desvantagens da utilização de modelos de ensino específi cos da GA, como meios facilitadores no amplo processo de ensino/aprendizagem da modalidade. O esporte para crianças e jovens é um campo de aprendizagens, de formas construtivas, autônomas e de perspectiva de vida. A partir da pesquisa realizada estes dados foram obtidos, reunidos e contextualizados com outras informações já disponíveis na literatura. Ao analisar os diversos modelos de ensino na GA foi possível apontar por meio da experiência prática obtida ao longo da vida profi ssional, que, durante a intervenção didático-pedagógica, são necessários estudos do processo de ensino-aprendizagem, especifi camente sobre a natureza dos métodos de ensino. Cabe ao professor saber identifi car as vantagens e desvantagens de cada método, sendo fundamental qualifi car o processo de ensino-aprendizagem, de modo a tornar as experiências de aprendizagem atrativas e signifi cativas, servindo, assim, aos seus propósitos enquanto meio de formação geral e de formação desportiva, em particular, facilitando e otimizando desta forma a formação do praticante.

Palavras-chave: Ginástica artística; Modelos de ensino; Infância e adolescência; Processos pedagógicos de ensino.

Na ginástica artística, um padrão de corpo com baixa gordura é cobrado das atletas, podendo acarretar uma busca incessante por esse ideal e, consequentemente, imagem corporal negativa e adoção de comportamentos alimentares inadequados. Dessa forma, o objetivo foi verifi car a prevalência de insatisfação corporal e de comportamentos de risco para transtornos alimentares em meninas atletas de ginástica artística. A amostra foi constituída por 244 atletas, que foram divididas em dois grupos: atletas de base (n=207) e de alto rendimento (n=37), de acordo com a carga de treinamento semanal. As jovens tinham idade entre 10 e 18 anos (média de 12,67±1,87) e treinavam na cidade de Três Rios-RJ. O Body Shape Questionnaire (BSQ) foi utilizado para a avaliação da insatisfação corporal, e as ginastas foram consideradas como: livres de insatisfação (BSQ<80) ou insatisfeitas (BSQ≥80). O Eating Attitudes Test-26 (EAT-26) foi utilizado para o rastreio de comportamentos de risco para transtorno alimentar, classifi cando as ginastas como: com comportamento alimentar adequado (EAT<20) ou inadequado (EAT≥20). A partir dos resultados do BSQ, verifi cou-se que 25,1% (n=52) e 16,2% (n=6) das atletas de base e de alto rendimento, respectivamente, estavam insatisfeitas. Quanto ao EAT-26, a prevalência de comportamentos de risco para transtornos alimentares foi de 45,9% (n=17) para as ginastas de alto rendimento e 32,9% (n=68) para as de base. Conclui-se que as atletas de alto rendimento apresentaram menor insatisfação corporal, possivelmente devido ao fato de que o treinamento intenso contribui para a aproximação do ideal corporal socialmente aceito para o sexo feminino (magreza). Entretanto, esse grupo apresentou maior comportamento de risco para transtornos alimentares, o que merece atenção por parte dos treinadores. A avaliação dessas variável é de extrema importância já que a insatisfação com a imagem corporal é considerada fator de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares.

Palavras-chave: Imagem corporal; Maturação somática; Estirão de crescimento; Adolescentes.

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INSATISFAÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNO ALIMENTAR EM ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICANEVES CM, MEIRELES JFF, CARVALHO PHC, FERREIRA MEC. [email protected] Universidade Federal de Juiz de Fora

Grupo de Estudos Corpo e Diversidade

MODELOS DE ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICAVIANA LVR, ALEIXO IMS. [email protected] Universidade Federal de Minas Gerais

Grupo de Estudos Sociologia e Pedagogia do Esporte GESPE-UFMG

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.33

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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São recentes estudos que associam a imagem corporal à maturação biológica em jovens atletas. Em se tratando da ginástica artística, essa avaliação é relevante devido à crença do senso comum de que esse esporte pode comprometer o crescimento em estatura. Dessa forma, o objetivo foi verifi car a prevalência de insatisfação corporal em meninas atletas de ginástica artística de diferentes estágios maturacionais. A amostra foi constituída por 244 atletas de ginástica artística. As jovens tinham idade entre 10 e 18 anos (média de 12,67±1,87) e treinavam na cidade de Três Rios-RJ durante o período de coleta de dados. O Body Shape Questionnaire foi utilizado para a avaliação da insatisfação corporal, e as ginastas foram consideradas como: livres de insatisfação (BSQ<80) e insatisfeitas (BSQ≥80). Foram coletados dados de estatura, massa corporal e altura tronco encefálica a fi m de mensurar o estágio maturacional das atletas, classifi cando-as em: pré, durante e pós estirão de crescimento. A partir dos resultados, verifi cou-se que a maioria das ginastas estavam no período pré estirão de crescimento (75%; n=183), enquanto que 24,6% (n=60) e 0,4% (n=1) foram classifi cadas como durante e pós estirão, respectivamente. Com relação à prevalência de insatisfação corporal entre os grupos, verifi cou-se que, 20,8% (n=38) das ginastas pré estirão de crescimento estavam insatisfeitas com seu corpo. Já entre aquelas durante o estirão, esse percentual foi de 33,3%(n=20). Não houve insatisfação corporal na categoria de pós estirão de crescimento. Conclui-se que as atletas durante estirão de crescimento tiveram um maior percentual de insatisfação corporal, mesmo não sendo o grupo com maior número amostral. Ao avaliar a insatisfação corporal em atletas de ginástica artística, deve-se considerar a maturação somática devido às implicações na saúde psicológica da atleta.

Palavras-chave: Imagem corporal; Maturação somática; Estirão de crescimento; Adolescentes.

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INSATISFAÇÃO CORPORAL EM DIFERENTES ESTÁGIOS MATURACIONAIS DE ATLETAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICANEVES CM, MEIRELES JFF, CARVALHO PHC, FERREIRA MEC. [email protected] Universidade Federal de Juiz de Fora

Grupo de Estudos Corpo e Diversidade

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA PARA O INÍCIO DA PRÁTICA DE GINÁSTICA ARTÍSTICACOSTA VR, NUNOMURA M. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto - USP

Grupo de Estudos e Pesquisa em Aspectos Socioculturais e Pedagógicos do Esporte (GEPESPE-RP)

No esporte a motivação é essencial para o início da prática. Existem fatores extrínsecos e intrínsecos que favorecem a iniciação esportiva. Acredita-se que os fatores extrínsecos sejam mais infl uentes sobre as crianças. Dentre esses podemos citar a família como um dos fatores mais importantes. Quando tratamos de um esporte ainda pouco popular como a Ginástica Artística (GA), é fundamental identifi car quais motivos que levam à iniciação. Acreditamos que a compreensão da relevância do papel da família auxiliaria no delineamento de estratégias para atrair e ampliar a participação na prática de GA. O objetivo do estudo foi identifi car e analisar como a família infl uencia a iniciação na GA. Fizeram parte do estudo crianças de 7 a 10 anos, do sexo feminino e masculino, iniciantes na GA. Para a coleta de dados realizamos a entrevista semiestruturada, para o tratamento dos dados, utilizamos a técnica de “Análise de Conteúdo”. Verifi camos que a família está diretamente relacionada com a motivação das crianças para o início da prática da GA: “Os meus pais me incentivaram” (G15). Identifi camos a relação positiva na maneira como a família infl uencia nos objetivos esportivos das crianças: “A minha mãe e meu pai eles gostam bastante que eu faço ginástica.” (G15). Pais-atletas geralmente apoiam os fi lhos a se tornarem atletas: “Minha mãe falou pra eu fazer ginástica porque quando ela era pequena ela treinava também.” (G2). Identifi camos que os irmãos mais velhos costumam despertar a curiosidade das crianças: “A ginástica artística é porque meu irmão, já fazia” (G21). Podemos concluir que comportamentos e características das crianças serão infl uenciados a partir de inter-relações primárias que acontecem no ambiente familiar. Os familiares devem participar ativamente e contribuir na prática esportiva dos fi lhos. Contudo, eles devem compreender que tanto excessos quanto descasos podem infl uenciar negativamente no processo de motivação na prática esportiva.

Palavras-chave: Pedagogia do esporte; Iniciação esportiva; Formação esportiva; Motivação e esporte.

R.34 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40

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Um esforço considerável tem sido feito para desenvolver e entender o aspecto mental da Ginástica Artística durante os últimos anos, este esforço baseia-se em dois pontos fundamentais: primeiramente o grande número de atletas que participam do esporte de competição e segundo, no continuo debate sobre a infl uência dos fatores mentais no rendimento esportivo. O objetivo desse estudo foi de investigar a infl uência psicológica praticantes de ginástica artística em um centro de treinamento em Farroupilha, Rio Grande do Sul. A metodologia empregada foi de cunho qualitativo, com a aplicação de um questionário de análise psicológica. Participaram do estudo doze ginastas com um mínimo de três anos de prática, com idades entre nove a treze anos de idade. As atividades de treinamento ocorrem com uma periodicidade de três vezes por semana, realizadas na cidade de Farroupilha. O questionário foi aplicado no próprio local de treinamento, em um único dia logo após a sessão de aula. Entre os principais resultados, observamos que no quesito a “importância da prática da ginástica artística na sua vida”, 3 meninas afi rmam que com a ginástica artística houve mudança de hábitos, 6 pelo simples fato de gostar e 3 pelo aprendizado que a ginástica artística proporciona à elas. Através dos resultados foi possível observar que, grande parte das ginastas do estudo começam na ginástica artística por infl uência de amigas e outras pelo encanto ao ver apresentações. A prática da ginástica artística traz muitas mudanças para a vida delas, como por exemplo, a dedicação para o treinamento e rotinas.

Palavras-chave: Ginástica artística; Esporte; Psicologia; Rendimento.

Esta pesquisa foi desenvolvida com o intuito de averiguar e comparar os níveis de comportamento motor de alunos do Ensino Fundamental frente a atividades acrobáticas em práticas de Ginástica Geral. Esta avaliação ocorreu no projeto de Ginástica Geral da disciplina de Ginástica Escolar do curso de Educação Física Licenciatura da Faculdade da Serra Gaúcha, localizada em Caxias do Sul. As atividades foram realizadas no período de um mês, com três encontros para ensaios e prática das atividades de Ginástica, com crianças e adolescentes de cinco a quatorze anos de idade, que foram convidadas em cinco diferentes escolas da rede pública e privada de Caxias do Sul, totalizando 28 participantes. Os alunos foram divididos em duas turmas (uma turma com alunos de seis a nove anos e outra com alunos de dez a quatorze anos), e organizada uma coreografi a envolvendo elementos de dança, expressão corporal, manuseio de materiais e cinco elementos acrobáticos para a apresentação fi nal dentro do Festival de Ginástica Geral de 2011. Analisando os resultados da pesquisa, a turma com alunos de menor faixa etária teve melhor desempenho motor na realização das atividades acrobáticas, tanto nas atividades de ensaio quanto na apresentação do Festival, enquanto a turma de maior faixa etária, apresentou maiores difi culdades nas execuções dos ensaios e também na apresentação, onde os mesmos tiveram melhor desempenho nos elementos rítmico-expressivos. Concluiu-se que as atividades de Ginástica devem ser estimuladas tanto nos anos iniciais do Ensino Fundamental quanto nos anos fi nais, pois a Ginástica deve fazer parte da cultura corporal desde a infância até a adolescência, ofertando novas experiências e permitindo que os alunos tenham contato com novas aprendizagens e modalidades, como a Ginástica Geral.

Palavras-chave: Comportamento motor; Ginástica artística; Cultura corporal; Educação física.

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO MOTOR DE ALUNOS NA GINÁSTICA ARTÍSTICAFINCO M. mateusfi [email protected] Faculdade da Serra Gaúcha

A INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA EM PRATICANTES DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FINCO M, POLLI T, VARGAS C, GUERRA N, GIRARDI R, BRANDALISE S.mateusfi [email protected] Faculdade da Serra Gaúcha

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Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.29-R.40 • R.35

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O presente estudo teve por objetivo identifi car as temáticas existentes entre os artigos de cunho teórico sobre a Ginástica Artística (GA). Para isto, realizou-se a busca dos artigos, utilizando procedimentos de revisão sistemática através do Google Acadêmico, além das bases de dados EBSCO, Medline, Scielo, SportDiscus, ScienceDirect, tendo como critério de inclusão: Conter a palavra Ginástica Artística; Textos completos publicados disponíveis; Artigos de cunho teórico e Período de publicação de 2000 a 2014. Foram utilizadas as combinações “Ginástica Artística” OR “Ginástica Olímpica”; separadamente; como marcador de “Qualquer lugar do artigo” em todas as bases supracitadas. Como resultados foram encontrados 14 estudos teóricos que utilizavam como metodologia: ensaio teórico (2 estudos), revisão bibliográfi ca (2 estudos) e estudos de revisão (10 estudos). As temáticas apresentadas como objetos de estudos relacionaram-se respectivamente aos aspectos maturacionais, formação de atletas, estatura, periodização de treinamento, nutrição, gênero, código de pontuação, resultados de competições, puberdade, evolução histórica da GA, a GA no ambiente escolar, apresentação artística, panorama GA brasileira e lesões. Diante deste cenário de discussões a respeito da GA, pôde-se perceber a variedade e dispersão dos temas geradores destas pesquisas. Essas características, podem de certo modo, indicar questões ainda pouco discutidas entre os pesquisadores. Entretanto, se tratando de um esporte com literaturas ainda pouco difundidas no ambiente acadêmico, pode ser apresentada como um ponto de partida para novas pesquisas, contribuindo para a formação e informação de profi ssionais interessados na área.

Palavras-chave: Ginástica artística; Produção científi ca; Estudos teóricos.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE ESTUDOS TEÓRICOS SOBRE A GINÁSTICA ARTÍSTICABARROS TES, RAMOS V, KUHN F, BRASIL VZ, GODTSFRIEDT J, SOUZA JR, GODA C, CONTI BC. [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina

Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física (LAPEF-CEFID-UDESC) Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE-UFSC)

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ESTUDOS SOBRE A GINÁSTICA ARTÍSTICA: ANÁLISE DAS METODOLOGIAS UTILIZADASBARROS TES, RAMOS, V, KUHN F, BRASIL VZ, GODTSFRIEDT J, SOUZA JR, GODA C, CONTI [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina

Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física (LAPEF-CEFID-UDESC) Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE-UFSC)

O objetivo deste estudo foi analisar os tipos de metodologias utilizadas em estudos nacionais e internacionais sobre a Ginástica Artística (GA) no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014. O levantamento foi realizado no Google Acadêmico, além das bases de dados Nacionais e Internacionais como EBSCO, Medline, Scielo, SportDiscus, ScienceDirect, tendo como critério de inclusão: Textos completos publicados disponíveis; Artigos originais e Período de publicação de 2000 a 2014. Foram utilizadas as combinações “Ginástica Artística” OR “Ginástica Olímpica”; “Artistic Gymnastics” OR “Olympic Gymnastics”; “Gimnasia Artística” OR “Gimnasia Olímpica” separadamente; como marcador “Qualquer lugar do artigo”, em todas as bases supracitadas. Foram encontrados 275 estudos de acordo com os critérios estabelecidos a priori. Referente às metodologias mais utilizadas, obteve destaque estudos com abordagem quantitativa de pesquisa (240). A respeito do tipo de instrumento utilizado por estes estudos, obteve destaque baterias de testes e análise de vídeos. Em contra partida, os estudos de cunho qualitativos (35), apresentaram a utilização de entrevistas e análise de conteúdo. A partir da análise realizada percebeu-se a preponderância de estudos com o foco na biomecânica dos elementos ginásticos especifi camente nos aparelhos: Mesa de salto (24); Barra fi xa (23); Paralelas assimétricas (17). Diante deste cenário de investigação, foi possível perceber temas de investigação bem defi nidos, com ênfase na performance técnica dos elementos ginásticos. No entanto, existe preocupação por parte de alguns pesquisadores com relação à formação e qualifi cação dos profi ssionais, para atuar no ensino desta modalidade. Apesar de estas pesquisas apresentarem temas em menores proporções investigativas, nacionalmente esta preocupação tem sido apontada a mais de uma década, e ainda indicam preocupações e necessidades de estudos que apontem rumos para a formação qualifi cada destes profi ssionais.

Palavras-chave: Ginástica artística; Metodologias de pesquisa; Formação profi ssional..

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Esta pesquisa teve como objetivo analisar o emprego das Superfícies Elásticas (SpE) durante o processo de treinamento da Ginástica Artística Feminina (GAF), a partir de um estudo de caso no Clube Campineiro de Regatas e Natação (CCRN), de Campinas-SP. Trata-se de um estudo descritivo, realizado por peio de observação direta com registro em diário de campo (15 sessões) e entrevistas semi-estruturadas junto às quatro treinadoras.Observamos que embora o CCRN tenha signifi cativa tradição na modalidade, com resultados competitivos expressivos no âmbito estadual, seu ginásio de GAF dispõe de apenas dois equipamentos elásticos (Tumble Track; Trampolim Acrobático), além do praticável de solo. Constatamos que as SpE não são utilizadas com frequência, pois são incorporadas no treinamento de uma à duas vezes na semana, e apenas as ginastas que estão lesionadas usam quase todos os dias para substituir ou complementar o treino de solo. E quando usadas, as SpE são utilizadas para elementos acrobáticos do solo, educativos para salto e paralela, além de saltos ginásticos e sequências acrobáticas.Parece-nos que a falta de formação sobre tendências contemporâneas de treino com uso das SpE contribui para seu pouco uso durante os treinamentos. O alto custo dos equipamentos, muitas vezes importados uma vez que a tecnologia nacional não oferece qualidade similar, foi apontado como a maior difi culdade para equipar o ginásio.Constatamos também que o uso dessas tecnologias é difi cultado devido a necessidade de conciliar três equipes - de distintas categorias - em um mesmo espaço de treino e período. De modo geral, embora se reconheça a contribuição das SpE no treinamento da GAF, como aparelhos auxiliares especialmente para o treino acrobático das ginastas, é necessário a aquisição de novos equipamentos e formação específi ca para as treinadoras, uma vez que todas elas foram qualifi cadas no mesmo ginásio onde ainda há escassa cultura no uso das SpE como meio para o treinamento da GAF.

Palavras-chave: Treinamento; Ginástica; Superfícies elásticas; Acrobacias.Apoio: PIBIC/CNPQ

É defendido pelos teóricos da Pedagogia do Esporte que a competição para crianças e adolescentes deve ser inserida de forma gradual e permitir o cultivo de valores, a afi rmação de competências e capacidades e a possibilidade de avaliar-se, sobretudo para que a formação esportiva seja concebida para o longo prazo. Por meio da pesquisa qualitativa do tipo documental, analisamos os regulamentos estaduais da GAF de São Paulo nas categorias: Pré-Infantil (PI); Infantil (I); Juvenil (J) e Adulto (A) para verifi car se coadunam com os preceitos teóricos. Os resultados detectados foram: a) Crianças de 7 anos podem participar da competição estadual, altamente sistematizada. Tal fato pode induzir a especialização precoce; b) As adaptações nos aparelhos nas diferentes categorias são mínimas, apenas a altura da mesa de salto é signifi cativamente modifi cada, ou seja, desde a mais tenra idade, a atleta compete nos equipamentos ofi ciais; c) As rotinas obrigatórias a serem apresentadas pelas ginastas no PI e I possuem pouca diversidade o que implica num direcionamento muito direto do tipo de elemento a ser aprendido. No J e A as séries livres apresentam adaptações no valor dos elementos no nível B, geralmente com valor superior do código ofi cial; d) Com exceção do nível C do PI, as penalidades e deduções são altamente detalhadas no componente artístico. Em todos, há signifi cativa perda de pontos na não execução de elementos. É preciso atentar para a estética da modalidade, mas há excessiva cobrança, sobretudo nas faixas etárias menores; e) Todos os atletas recebem certifi cado e medalha (quer seja como primeiras colocações, quer seja como de participação). Acreditamos que o regulamento ainda pode ser reorganizado para melhor atender as características da faixa etária e o que preconiza a PE, visto que, apesar da premiação ser ampla, os regulamentos parecem levar a uma especialização precoce de elementos, sobretudo pela pouca variação das sérias propostas.

Palavras-chave: Esporte; Competição; Ginástica; Ginástica artística; Regulamento esportivo.

TREINAMENTO EM GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA: AS SUPERFÍCIES ELÁSTICAS COMO RECURSO PEDAGÓGICO SORDI ICE, BORTOLETO [email protected] UNICAMP

Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG)-FEF-UNICAMP

ANÁLISE DOS REGULAMENTOS DE COMPETIÇÃO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININASILVA PP, SANTANA WF, CARBINATTO [email protected] USP

Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

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É nítido o crescimento do esporte no âmbito da sociedade, sendo cada vez mais expressivo o número de crianças e adolescentes que acessam programas esportivos estruturados. Dentre os componentes inerentes a formação esportiva do jovem atleta, está a competição, foco de nosso estudo que, no caso da Ginástica Artística (GA), é comum a inserção em tenra idade. Portanto, pautados na metodologia de pesquisa qualitativa, de cunho documental, analisamos características dos regulamentos das competições estaduais de GA masculina de São Paulo nas categorias pré-infantil (PI), infantil (I), juvenil(J) e adulto (A) no sentido de verifi car se há um processo coerente entre as competições em prol da formação do atleta em longo prazo. Como resultados encontramos: a) As categorias são pautadas nas idades cronológicas, sendo a menor delas com início aos 9 anos o que pode induzir a especialização precoce na modalidade. A categoria A é permitida a partir dos 15 anos. b) Apesar de considerarmos importante a liberdade na composição da série do ginasta, notamos que há uma preocupação em diversifi cá-las quando a mesma é obrigatória. Esta obrigação pode, inclusive, auxiliar a constituição de treinos de jovens técnicos; c) É oferecida premiação a todos os ginastas, sendo essas diferenciadas em troféus para as equipes, medalhas aos três primeiros colocados e certifi cado de participação. Destacamos que para a categoria PI são premiados com medalhas os 10 primeiros colocados e na categoria I os seis primeiros, fato importante para o aspecto motivacional dos sujeitos; d) poucas adaptações aos aparelhos nas diferentes categorias e, desde o PI o ginasta compete em todos aqueles, o que exige uma alta demanda de aulas/treinos para realizar as séries em cada um deles e, por fi m, e) no PI e I já há perda signifi cativa de pontos quando do não cumprimento de cada elemento da série e no juvenil e adulto, aplicam-se regras da federação internacional, demasiado para o nível de competição e faixas etárias.

Palavras-chave: Esporte; Competição; Ginástica; Ginástica artística; Regulamento esportivo.

ANÁLISE DOS REGULAMENTOS DE COMPETIÇÃO EM GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINASANTANA WF, SILVA PP, CARBINATTO [email protected] USP

Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

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COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA NA GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA: ENCAMINHAMENTOS PRÁTICOSMARTINS GA, SILVA PP, CARBINATTO MV. [email protected] USP

Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade cuja apresentação dos componentes físicos e técnicos estão uníssonos ao componente estético. Especialmente nas apresentações nos aparelhos solo e trave, a composição da coreografi a é essencial para harmonizar os elementos e demonstrar segurança e postura na execução. A inserção de aulas de dança, sobretudo do balé clássico, é defendido como auxiliador naquele processo. Por meio da pesquisa documental realizada por vídeos ofi ciais da federação da modalidade, apontamos neste trabalho os elementos do balé utilizados pelas atletas participantes da Copa do Mundo de GAF Etapa Belga (2013), no intuito de identifi car os elementos mais frequentes em cada um dos aparatos. Como resultados encontramos que no solo os elementos mais utilizados foram o salto ciseaux, o passé e o chassé e na trave o salto ciseaux, o passé e o jeté. Levando em consideração que décimos na pontuação das ginastas fazem muita diferença os exercícios que fazem consonância com o balé, podem ser também, de caráter decisivo. As deduções ou falhas nos componentes artísticos e observados pelo painel de jurados na banca de execução voltam-se à análise do alinhamento corporal, segurança e estabilidade, falta de habilidade em atuar como um personagem, a falta de criatividade nos movimentos e transições, falta de habilidade em seguir movimentos e transições, falta de habilidade em seguir as batidas musicais, ritmo e compasso, dentre outros. Essas características são facilmente observadas e vivenciadas em aulas de dança, sobretudo, no balé clássico. Analisar os elementos do balé mais utilizados pelas ginastas de alto rendimento, pois estes poderão balizar as composições coreográfi cas e a organização do treinamento de ginastas brasileiras, em quaisquer níveis de prática.

Palavras-chave: Ginástica; Coreografi a; Balé; Ginástica artística.

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CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA A INSERÇÃO DE CRIANÇAS EM CAMPEONATOS DE GINÁSTICA ARTÍSTICARUIZ V, TOLEDO [email protected] Faculdade de Ciências Aplicadas-UNICAMP

Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP)

A INFLUÊNCIA DOS PAIS SOBRE O TREINAMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA EM CATEGORIAS DE BASESIQUEIRA TL, BORTOLETO MAC [email protected] UNICAMP

Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG)-FEF-UNICAMP

A Ginástica Artística (GA) é uma modalidade esportiva que vem ganhando mais adeptos nas últimas duas décadas, principalmente devido aos destaques brasileiros em nível internacional. Porém, há uma grande preocupação de acadêmicos da Pedagogia do Esporte com o desenvolvimento das crianças, dado a inserção precoce ao ambiente competitivo (PAES, 2007; BENTO, 2006; SCAGLIA, 2004; NISTA-PICCOLO e TOLEDO, 2014), com treinamentos que possuem como base o regulamento ofi cial determinado pela Federação Internacional de Ginástica (FIG, 2015), desrespeitando um adequado desenvolvimento infantil. Diante desse diagnóstico ainda vigente, realizou-se a pesquisa intitulada “A interferência das normativas do Código de Pontuação (CP) da Ginástica Artística na iniciação esportiva de crianças à modalidade: Um olhar pedagógico”, tendo como um dos objetivos identifi car quais os critérios utilizados por técnicos de GA para inserir crianças praticantes em eventos organizados pelas Federações. A pesquisa, de cunho exploratório, utilizou a técnica do questionário, tendo uma amostra de 21 técnicos de GA que lecionam em instituições esportivas do estado de São Paulo, para categorias de base e de treinamento, e a Análise de Conteúdo de Bardin (1977) para interpretação dos dados. Concluiu-se que as exigências do CP e, consequentemente, o nível técnico de habilidades são os principais critérios para que as crianças participem de campeonatos federados, avançando para um nível de difi culdade superior, independente da faixa etária. Assim, de maneira geral, há ainda uma supremacia da execução de habilidades específi cas de alta complexidade como critério determinante para a inserção da criança ao ambiente competitivo, o que parece não ter avançado muito na área. No entanto, há de se ressaltar a presença de outros critérios que vem sendo adotados, em sintonia com as prerrogativas da Pedagogia do Esporte, que abrangem outras ações e comportamentos que respeitam o melhor desenvolvimento integral infantil.

Palavras-chave: Ginástica artística; Código de pontuação; Iniciação esportiva; Inserção precoce em campeonatos.Apoio: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científi ca (PIBIC)

Conselho Nacional de Desenvolvimento - CNPq

Esta pesquisa teve como objetivo analisar a infl uência de pais/responsáveis no treinamento da Ginástica Artística em categorias de base (pré-infantil e infantil) do sexo feminino. Foi aplicado um questionário semiestruturado a 29 pais/responsáveis (sendo 19 validados) e a cinco treinadoras de dois clubes da Região Metropolitana de Campinas-SP. Os dados foram tratados por meio de Estatística Descritiva, com suporte do programa Excel. Pudemos observar que os pais/responsáveis acreditam infl uenciar nos suporte na recuperação de lesões, e que a maioria acredita que deva atuar motivando para permanência na prática. Quanto ao motivo do ingresso na modalidade, relataram a importância da prática esportiva, e, em quantidade menor, a busca o fomento ao convívio social e a melhora da saúde. Alguns sujeitos acreditam que é de sua responsabilidade controlar a segurança, o apoio psicológico, a organizar da alimentação e acompanhar os fi lhos em competições e treinamentos. A maioria eles afi rmou acompanhar as competições porém não aos treinamentos, coincidindo inclusive com a opinião das treinadoras. Pretendemos expandir o estudo no futuro para um maior número de clubes e, por conseguinte, de sujeitos.

Palavras-chave: Ginástica de competição; Treinamento esportivo; Psicologia do esporte; Suporte familiar.

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MOTIVATION AND ARTISTIC GYMNASTICS AT SCHOOL: THE TEACHER’S PERSPECTIVELOPES P, OLIVEIRA MS, NUNOMURA M. [email protected] Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Sports idols can favor popularity and adherence to the sport practice. In the case of Artistic Gymnastics (AG), athletes like Arthur Zanetti and Daiane dos Santos gained notoriety in our society and seem to contribute to attract new athletes to this sport in Brazil. However, these novice gymnasts will need to be continually motivated as there are favorable and unfavorable factors surrounding this sport phenomenon. In order to discuss these factors, this study aimed to identify within the teachers the aspects that favor or disfavor the motivation to practice AG at schools. As methodological procedure, we opted for a fi eld survey in which we conducted semi-structured interviews with professionals who teach AG as after school activities on the outskirts of São Paulo city. The data treatment followed the guidelines of Content Analysis proposed by Bardin (2006). The results indicate the prevalence of unfavorable factors in relation to the favorable ones. The lack of progress in the sport, absence of goals and objectives, excess of school activities, little participation in events, and the lack of parental encouragement were mentioned by the coaches as unfavorable motivational factors. Among the favorable aspects, the coaches pointed out the AG infrastructure at school with good equipment and apparatus, the good results achieved in competitive events and festivals, and the quality of the work carried out in the gym. We observed that teachers do not have the habit of questioning their students about their reasons that attracted them to AG. Most of them only inquiry the gymnasts when there’s evident problem in relation to motivation. We believe that the physical education teachers need to know, refl ect, and act upon the unfavorable factors in order to decrease the rate of dropout of this sport practice. We highlight that knowing the favorable factors would contribute positively to the motivation, as the teacher may meet the students’ desires and needs.

Palavras-chave: Motivation; Gymnast; Extracurricular activity; Sport at School.

VISITA TÉCNICA À COPA DO MUNDO DE GINÁSTICA ARTÍSTICA EM SÃO PAULOSOARES DB, SEMIONATTO AF, CARVALHO BLP. [email protected] Faculdade de Jaguariúna

No dia 3 de maio de 2015 ocorreu a segunda parte das competições fi nais da etapa brasileira da Copa do Mundo de Ginástica Artística (GA). O evento possibilitou ao público em geral a oportunidade de assistir ao vivo a uma competição de alto nível deste esporte. Especialmente, para estudantes de graduação em Educação Física, esta vivência in loco é fundamental para o entendimento do esporte em sua abrangência. A fi m de aproveitar a oportunidade, a Faculdade de Jaguariúna (FAJ), através de seus docentes, organizou uma visita técnica para os alunos do terceiro semestre matriculados na disciplina “Metodologia de Ensino de Ginástica Artística e Rítmica”. O objetivo da visita foi propiciar um momento de experiência, que “algo os tocasse, abrisse os olhos e os ouvidos”. Ao todo 21 alunos puderam vivenciar as explicações teóricas sobre as competições de GA, como a composição de notas e os aparelhos ofi ciais. Isto é importante, pois, na realidade esportiva brasileira, é difícil entender a dimensão de um campeonato como esse apenas pelas informações divulgadas pela mídia, pois estas são raras e incompletas. Os meios de comunicação de massa tem a tendência de divulgar a GA como sendo um esporte espetáculo e elitizado e, por esse motivo, normalmente são transmitidos apenas grandes eventos e em situações em que os atletas brasileiros competem, muitas vezes sem que sejam televisionados na íntegra. Desta forma, os estudantes puderam acompanhar os momentos de aquecimento, entrada dos árbitros, performances, divulgação das notas, manifestações da torcida e premiações, detectando assim as características de formalidade da ginástica e relações entre ginastas, técnicos e torcida. A reação dos alunos ao evento foi positiva e atendeu as expectativas das docentes, de que os alunos se sentissem próximos e contagiados por esse esporte e dispostos a estudá-lo e divulgá-lo em suas futuras aulas e para amigos e familiares.

Palavras-chave: Formação; Ensino superior; Educação física; Experiência.

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O presente estudo de revisão tem como objetivo analisar a modalidade Ginástica Artística (GA) como possibilidade de prática na vida adulta, sem o foco na competição. A GA é uma modalidade esportiva que encanta por seu caráter espetacular e pela grande destreza dos ginastas ao executarem as habilidades. A prática em alto nível, forma competitiva e voltada ao rendimento, tem como fi nalidade a busca pela perfeição dos movimentos através do domínio corporal, combinando diversas capacidades físicas e habilidades. Apesar da dimensão mais conhecida da GA ser a competitiva, não podemos ignorar seu potencial como prática formativa ou de lazer, uma vez que além de desenvolver de maneira substancial o aspecto físico, também trabalha a coragem, responsabilidade e disciplina, além de proporcionar aos indivíduos experiências motoras diferenciadas em virtude dos aparelhos utilizados e habilidades envolvidas. Existe uma vasta oferta de atividades físicas (AF) para os indivíduos adultos, no entanto, devido à falta de motivação e interesse, algumas atividades podem se tornar pouco atrativas, levando à desistência da prática e, consequentemente, à inatividade e ao sedentarismo. Estudos mostram que pessoas na idade adulta buscam atividades como a musculação, corrida, futebol e ginástica (de academia) principalmente pela saúde e estética, e os motivos para o abandono mais frequentes das atividades seriam a falta de motivação, tempo e problemas fi nanceiros. Neste cenário, a GA não competitiva, pode surgir como uma opção de prática interessante, por proporcionar diferentes desafi os e ampla variação de situações de aprendizagem. Sabemos que existem outras alternativas disponíveis no mercado, mas em uma realidade na qual temas como a promoção da saúde e a busca pela qualidade de vida parecem ser preocupações reais, torna-se interessante ampliar o máximo possível a gama de AF e práticas corporais com as quais os indivíduos possam se interessar e se envolver, de forma consistente e duradoura.

Palavras-chave: Práticas corporais; Qualidade de vida; Promoção da saúde; Motivação.

A Ginástica artística (GA) pode ser vista como ginástica recreativa ou de alto rendimento. Ela é ótima ferramenta para o desenvolvimento motor, cognitivo e social. Contudo, é necessário criar meios para adequar as atividades, considerando as possibilidades e limitações, relacionando com a idade cronológica, fi siológica e emocional da criança na modalidade. Observamos que em vários clubes que contam com a GA no âmbito recreacional há difi culdade na divisão das turmas, desde a iniciação até a especialização. Erros na diferenciação entre crianças ocasionam desistências. Entretanto, ao observar e vivenciar esses problemas quanto à formação da GA a nível recreacional, propomos subdivisões que atendessem os requisitos de idade cronológica, idade biológica e motora. Inicialmente, o clube em que desempenhamos o trabalho fornecia aulas para crianças acima de 6 anos e sem diferenciação quanto a experiência prévia com a modalidade. Por esse motivo, decidimos encontrar uma estratégia para intervir neste quadro e buscar uma melhora qualitativa e quantitativa nas turmas de GA. A primeira intervenção se deu pela criação de uma turma inicial de ginástica artística, intitulada ginástica baby que atenderia crianças entre 4 a 6 anos de idade. A segunda intervenção deu-se com a triagem de crianças acima de 6 anos sem experiência prévia as colocando nas turmas de ginástica baby. A terceira intervenção foi modifi car nossa estratégia anterior subdividindo as turmas em ginástica baby I e II e GA I e II. Os resultados mostraram que as crianças se mostraram mais motivadas à prática de modalidade, facilitação do ensino e a aprendizagem, diminuição signifi cativa no número de desistências para cerca de 2%, um aumento considerável quanto ao número de adeptos à prática da modalidade, cerca de 40%. Concluímos assim, que a subdivisão entre níveis e faixas etárias é fundamental para o desenvolvimento da GA em clubes de nível recreacional.

Palavras-chave: Aprendizagem; Pedagogia; Metodologia da ginástica; Formação humana.

A IMPORTÂNCIA DA DIFERENCIAÇÃO ENTRE IDADE BIOLÓGICA, CRONOLÓGICA E MOTORA NO DESENVOLVIMENTO DA GINÁSTICA ARTÍSTICACAJUEIRO MOB. [email protected] Clube Atlético São Paulo

A GINÁSTICA ARTÍSTICA COMO POSSIBILIDADE DE PRÁTICA NA VIDA ADULTACAVALHIERI ACM, TSUKAMOTO MHC. [email protected] Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP

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ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA RELACIONADA A GINÁSTICA RÍTMICA NA BASE DE DADOS LILACSSAMPAIO GBS, KRAESKI AC, FARIAS GO. [email protected] Universidade Federal de Santa Catarina

Núcleo de Pesquisa em Pedagogia do Esporte (NUPPE)Laboratório de Pedagogia do Esporte (LAPE) - FSC

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS NO ENSINO DE MOVIMENTOS GINÁSTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE GINÁSTICA RÍTMICA EM RONDÔNIAOLIVEIRA JC, TOURINHO EK, FREIRE IA, SCHMITT NT. [email protected] Secretaria Municipal de Educação - SEMED

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A Ginástica Rítmica (GR) é considerada uma modalidade esportiva completa, que combina, de forma muito harmônica técnicas corporais e dos aparelhos característicos do esporte: corda, arco, bola, maças e fi ta, considerando a GR dirigida ao desenvolvimento físico, artístico e expressivo a partir da interação entre música e atividade gímnica. O objetivo do estudo foi analisar a produção científi ca relacionada à GR no bancos de dados: LILACS. Utilizou-se o descritor “ginastica” , considerou-se estudos realizados entre 2006 e 2014. Os critérios de inclusão foram os artigos em português, com as palavras Ginástica Rítmica no título e os critérios de exclusão os estudos de Monografi as, Teses e Dissertações. Inicialmente foram listados 188 estudos, após a retirada dos artigos que não atendiam aos critérios fi zeram parte do estudo 13 artigos. Os artigos foram organizados por aspectos: Biopsicossocial: estudos relacionados ao contexto biológico, psicológico bem como social/ Escolar: que tratem de questões do âmbito escolar/ Morfofi siológico e Esportivo: assuntos ligados às questões específi cas das atletas e do desporto. Verifi cou-se que (69%) enquadrou-se no aspecto Morfofi siológico e Esportivo, apenas 7% abordam a ginástica rítmica escolar, e o aspecto biopsicossocial apareceu em 23% dos artigos. Os estudos sobre aspectos Morfofi siológicos e Esportivos, apresentam na sua maioria temas relacionados a treinamento, avaliações, investigações quantitativas e fatores ligados à competição. Os trabalhos ligados ao aspecto biopsicossocial mostram uma preocupação especial com o feedback e imagem corporal e o único estudo do aspecto Escolar foi publicado em 2010. Um número considerável de pesquisas foi realizado nos anos (4) 2014 e (4) 2012, mostrando que o interesse em publicações relacionadas a esta modalidade vêm sendo uma crescente.

Palavras-chave: Ginástica; Ginástica rítmica; Esporte; Revisão.

As escolinhas de iniciação esportivas exercem papel importante na formação do cidadão consciente, crítico, participativo e favorece às diversas manifestações corporais. Nesse sentido, a questão metodológica é considerada variável fundamental no processo ensino aprendizagem no alcance dos objetivos. A tendência atual do ensino efi caz aproxima-se de estratégias vinculadas a formação da autonomia do aluno e refl exão crítica, orientadas por participação ativa no processo. Signifi ca ações pedagógicas que envolvam o planejamento e sistematização de atividades vinculadas à fi nalidade pretendedida. O presente relato descreve a estratégia metodológica utilizada para ministrar os conteúdos de Corporeidade, Técnica de Movimento, Ritmo, Força e Flexibilidade. A experiência foi realizada em duas escolas municipais, Projeto Piloto de GR na cidade de Porto Velho/RO, com cem crianças, faixa etária de 5 a 10 anos. Os movimentos corporais trabalhados na modalidade foram: a) Croquete; b) Espacato; c) Vela; d) Ponte; e) Deslocamentos; f) Saltos; g) Saltitos. Estratégia de trabalho: a) Execução dos movimentos; b) Exposição dialogal, visual e comentários; c) Tarefa para casa: cadernos individuais, ginasta era orientada para realizar atividades; d) Conteúdo das Tarefas: Ginastas não alfabetizadas: desenhar o movimento indicado; Ginastas alfabetizadas: desenhar, escrever o nome, efetuar descrição do movimento. Da experiência verifi cou-se resultados em curto prazo (manifestação de interesse sobre os conteúdos, envolvimento dos pais/responsáveis); médio prazo (aspectos positivos relacionados à higiene pessoal, cumprimento de tarefas, assimilação dos movimentos, nomenclatura). Constatou efeitos positivos no contexto escolar formal (melhoria da escrita e interpretação). O planejamento cuidadoso das atividades foi fator importante para os resultados obtidos. Conclui que as estratégias de ensino, como afi rma a literatura, permanece sendo elemento signifi cativo no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginastas; Planejamento; Estratégias metodológicas.

R.42 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56

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GINÁSTICA RÍTMICA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: EM EXPERIÊNCIA EM PORTO VELHO - RONDÔNIAOLIVEIRA JC, TOURINHO EK, FREIRE IA, SCHMITT NT. [email protected] Secretaria Municipal de Educação - SEMED

Durante a experiência vivenciada no projeto Jovem Promessa de Ginástica Rítmica (GR) - Centro de Excelência Caixa, desenvolvido na cidade de Porto Velho, estado de Rondônia, deparou-se com certo desconhecimento por parte da população em geral sobre a referida modalidade esportiva. Daí, a motivação para conhecer até que ponto ocorre à inserção da GR ou dos movimentos corporais relativos à modalidade esportiva nas escolas e em particular, nas aulas de Educação Física. O estudo teve como objetivo identifi car os conhecimentos, o interesse e as difi culdades dos professores de Educação Física na inclusão da prática educativa da GR nas aulas de Educação Física Escolar. Realizou-se uma pesquisa descritiva com seis profi ssionais lotados em escolas públicas da cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia, que atendem aos alunos do Ensino Fundamental do 3º ao 6º ano, na disciplina Educação Física. Utilizou-se entrevista semi-estruturada como instrumento de coleta de dados. Constatou-se que todos os profi ssionais possuem formação na área de atuação. Os mesmos afi rmaram que seus conhecimentos sobre a Ginástica Rítmica foram obtidos durante o curso de graduação em Educação Física e que não atuam com a modalidade por não terem aprofundado os conhecimentos sobre o tema após a formação inicial; manifestaram desinteresse e desconhecimento da modalidade. Difi culdades apontadas para o trabalho com GR: falta de espaço físico adequado, difi culdade na aquisição de aparelhos e receptividade negativa por parte da clientela a inclusão de conteúdos novos/diferentes. Conclui-se que a GR ou seus movimentos corporais específi cos não está inclusa nas aulas de Educação Física Escolar ofertada pelos profi ssionais investigados apesar de constar como conteúdo na Matriz Curricular de Educação Física do Estado de Rondônia. Faz-se necessário ampliar a amostra estudada a fi m de conhecer melhor a realidade local.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Educação física escolar; Professor.

A ginástica rítmica, fundamentada na expressividade artística, requer movimentos de diferentes tipos e difi culdades. O manejo de aparelhos próprios da modalidade requer força, energia, fl exibilidade, agilidade, destreza e resistência, é por estas razões que a nutrição de quem a pratica se torna um fator indispensável para que estas faculdades sejam alcançadas com totalidade. O presente estudo tem o objetivo de avaliar a qualidade alimentar de atletas praticantes de ginástica rítmica de duas cidades do interior de São Paulo. A amostra foi constituída por 41 atletas do sexo feminino, de idades compreendidas entre 6 a 16 anos. Para o conhecimento da qualidade da ingestão alimentar das atletas foi solicitado o preenchimento de registros alimentares de 3 dias (2 dias da semana e 1 de fi nal de semana). Os dados foram analisados pelo método semi-quantitativo: Índice de Qualidade Alimentar (AMED), onde scores apontavam a qualidade alimentar classifi cadas através dos conceitos: bom, regular e ruim. Os resultados revelaram que 24 atletas receberam a pontuação ruim para a qualidade alimentar e 17 pontuaram como regular e nenhuma atleta demonstrou boa qualidade alimentar. Indifi cou-se o baixo consumo de frutas, vegetais e cereais integrais, e um elevado consumo de embutidos e carnes vermelhas em relação a outras fontes de proteínas como o feijão e peixes. Conclui-se que os hábitos alimentares e dietéticos das atletas são insufi cientes em nutrientes importantes para o desempenho esportivo e o crescimento saudável, ressaltando a necessidade de uma reeducação nutricional adaptada à modalidade e ao estilo de vida destas atletas, além de mais informações aos pais e/ou responsáveis pela alimentação destas atletas-crianças.

Palavras-chave: Nutrição; Hábitos alimentares; Ginástica rítmica.

HÁBITOS ALIMENTARES DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA BELLOTTO ML, SANTOS CB, MARTINS FS, SILVA GRS. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.43

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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A ginástica rítmica é uma modalidade que exige baixo peso corporal o que pode levar a quem pratica a buscar um perfi l ideal de composição corporal por diversos métodos, saudáveis ou não. Sabendo que as praticas alimentares tem um papel importantíssimo para que este objetivo seja alcançado, e ao se tratar de atletas ainda crianças/jovens que dependem de seus pais para realizarem sua alimentação, o presente estudo objetivou avaliar se o conhecimento sobre nutrição dos pais de atletas de ginástica rítmica, que poderia infl uenciar na qualidade alimentar das atletas, sofre a infl uencia de variáveis como: classe social, nível educacional e faixa etária. Foram avaliados 36 pais de atletas através de um questionário socioeconômico e uma Escala de Conhecimento Nutricional (ECN) adaptada de Scagliusi para a população brasileira. Os resultados apontaram que 13,9% (n=5) dos entrevistados apresentaram baixo score de conhecimento nutricional, 66,7% (n=24) moderado e 19,4% (n=7) alto conhecimento nutricional. Verifi cou-se a diferença signifi cativa na pontuação sobre a ECN, assim os pais de classe mais alta esentaram maior pontuação de conhecimento nutricional em relação aos pais de atletas de classe média e baixa (P=0,002). Não foram verifi cadas diferenças signifi cativas quando comparada a ECN aos níveis educacionais e faixas etárias. No entanto, verifi cou-se maior grau de conhecimento sobre nutrição entre os sujeitos com maior poder aquisitivo.

Palavras-chave: Pais de atletas; Ginástica rítmica; Conhecimento nutricional.

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CONHECIMENTO NUTRICIONAL DE PAIS DE ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICABADARÓ R, PRATA AC, SOUZA V, BELLOTTO ML. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

FATORES ESTRESSANTES NA ARBITRAGEM DE GINÁSTICA RÍTMICADEBIEN PB, DEBIEN JBP, FERREIRA RM, COSTA VT. [email protected] Universidade Federal de Minas Gerais

Laboratório de Psicologia do Esporte (LAPES-UFMG)

O estresse é vivenciado pelos árbitros esportivos de diversas modalidades e pode ser associado às diferentes demandas que estes profi ssionais sofrem. O elevado grau de subjetividade presente no julgamento na ginástica rítmica (GR) e o fato de ter que aplicar as exigências das regras em um espaço de tempo reduzido, fazem com que inúmeras vezes, no desempenho da sua função, os árbitros passem por difi culdades relacionadas à objetividade das suas decisões, que podem ser fatores causadores de estresse, comprometendo a percepção do árbitro em seu julgamento e, consequentemente, o resultado das atletas e competições. Com isso, o objetivo deste estudo foi identifi car e classifi car, de forma específi ca, as variáveis estressantes relacionadas à atividade de árbitros de GR. A amostra foi composta por 10 árbitros brasileiros de GR, de nível internacional, integrantes do quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Ginástica no ciclo 2009-2012. Os instrumentos utilizados nesse estudo foram: fi cha de identifi cação e roteiro de entrevista semiestruturada, validada pela técnica de expert-rating e baseado na concepção do estresse enquanto produto tridimensional da inter-relação pessoa-ambiente. As entrevistas foram gravadas, realizadas individualmente e pela mesma pesquisadora. A análise dos dados seguiu os passos de transcrição, organização e interpretação das Meaning Units (MU’s). As transcrições geraram 256 MU’s que foram classifi cadas dentro de três categorias: estresse social (125 MU’s), estresse biológico (33 MU’s) e estresse psicológico (98 MU’s). Os principais fatores estressantes foram: relacionamento com os outros árbitros, cansaço e difi culdades do julgamento. Conclui-se que os fatores de estresse que estão envolvidos na atuação dos árbitros de GR, podem ser mapeados em três grandes blocos (social, biológico e psicológico) e cada uma destes é composta por fatores específi cos que se interagem e se relacionam no aparecimento do estresse nestes profi ssionais.

Palavras-chave: Estresse; Árbitro; Esporte; GR.Apoio: FAPEMIG

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Yordanka Zarkova foi atleta durante 12 anos do RSG Levski, de Sofi a (Bulgária), ganhou diversas competições nacionais e internacionais e tornou-se treinadora da modalidade. Atualmente atua na Ginástica Rítmica e na Ginástica Estética de Grupo. Diante a experiência na Ginástica Rítmica, a AGIMAR (Associação de Ginástica de Maringá e Região) a convidou para contribuir com o desenvolvimento da equipe. A Associação possui treinamento de Ginástica Rítmica desde 2004, e é composta por uma média de 50 ginastas divididas nas categorias pré-infantil, infantil, juvenil e adulto. Este relato pretende apresentar a sistematização e as contribuições da visita no treinamento das atletas de Ginástica Rítmica a partir das intervenções feitas no período de 08 a 15 de março de 2015. Nos dois primeiros dias Zarkova observou os treinos, intervindo apenas para a melhoria das composições coreográfi cas. No terceiro dia, a técnica iniciou com aquecimento e alongamento das ginastas, trabalhando exercícios de fortalecimento, fl exibilidade e depois as coreografi as priorizando a relação música e movimento nas séries. O quarto dia foi específi co para as coreografi as tendo como foco as difi culdades corporais. No quinto e sexto dia além das atividades de aptidão física o trabalho voltou-se aos passos de dança e maestrias. No último dia, as equipes foram divididas para o treino de fl exibilidade e força, fi nalizando o encontro com os reajustes necessários nas séries. Foram notáveis as contribuições de Yordanka Zarkova para a equipe da AGIMAR, nos aspectos técnicos das atletas, nas composições coreográfi cas e para as técnicas da equipe, que também obtiveram grande aprendizado a partir da intervenção da búlgara, com exercícios e elementos técnicos até então desconhecidos. Dessa forma, destacamos a importância de valorizar a troca de saberes entre os diferentes países de forma que o objetivo fi nal seja o avanço e aperfeiçoamento das modalidades competitivas, nesse caso a ginástica rítmica.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Técnica búlgara; Associação de Ginástica; Aperfeiçoamento.

O artigo trata da Ginástica Rítmica (GR), um esporte eminentemente feminino, cujas exigências relativas aos aspectos de ritmo, força, fl exibilidade, coordenação e equilíbrio, entre outras valências físicas, são elevadas. Por outro lado, um esporte que apresenta alta capacidade de desenvolvimento pessoal, social, corporal e intelectual, especialmente porque evoca a necessidade da expressividade humana, sendo bem mais que uma série de movimentos e exercícios acompanhados de música. Neste sentido, a ênfase desta pesquisa foi a de estudar, por meio da análise de diferentes protocolos de avaliação de praticantes da modalidade, e partindo deste estudo, desenvolver um protocolo de avaliação para as crianças de um centro nacional de iniciação esportiva. Para tanto, inicialmente foi feita uma pesquisa documental na base de dados da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UNICAMP, USP, Biblioteca Virtual em Saúde e em livros da área. Após a análise dos estudos encontrados, verifi cou-se dois fatores em especial: a predominância de pesquisas a respeito dos aspectos físicos desenvolvidos pela modalidade e, em relação ao grupo de sujeitos pesquisados, era especialmente voltado aos atletas de alto nível ou grupos esperando-se atingir o alto nível e descobrir talentos esportivos. Isso evidenciou a carência de estudos aproximados à realidade das crianças em fase de aprendizagem. O centro nacional de iniciação esportiva, projeto investigado neste estudo, apresenta dois fortes objetivos: a descoberta de novos talentos esportivos e a democratização da GR. Portanto, o protocolo desenvolvido a partir deste estudo, é um produto que tem como fi nalidade considerar esses dois objetivos, os aspectos físicos fundamentais voltados à necessidade de descobrir novos talentos e, ao mesmo tempo, as demais contribuições que essa prática esportiva favorece, como por exemplo, benefi ciar o estreitamento do vínculo entre professor e aluno, uma vez que explora as dimensões afetivo-sociais.

Palavras-chave: Centros de treinamento; Aspectos físicos; Democratização do esporte; Descoberta de talentos.Apoio: Fundação Araucária

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ANÁLISE DE PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO DE PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICADAL NEGRO L, STADNIK AMW, ROTTA CV, ULBRICHT L, SALAMUNES ACC. [email protected] Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Grupo de Pesquisa Qualidade de Vida: Saúde e Trabalho (QVSAT)

CONTRIBUIÇÕES DA BÚLGARA YORDANKA ZARKOVA NO TREINAMENTO DE GINÁSTICA RÍTMICA EM UMA EQUIPE DA CIDADE DE MARINGÁ-PRCOSTA CR, PIRES AF, MIRANDA ACM. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

Abordagens Sócio Culturais em Educação Física

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56 • R.45

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A fl exibilidade foi o tema tratado neste artigo, já que esta é uma capacidade física fundamental para a ginástica rítmica (GR). O objetivo proposto promoveu uma inter-relação entre a teoria, através das produções científi cas identifi cadas na literatura, e a prática, com as informações relatadas pelas treinadoras envolvidas nesta pesquisa. O estudo assumiu o caráter descritivo exploratória de cunho qualitativo, já que forneceu informações detalhadas sobre um tema, instituições e ou comunidade. A metodologia se constituiu em três fases distintas. A primeira uma revisão sistemática sobre a temática, sendo consideradas as produções científi cas publicadas entre os anos 1980 e 2014 nos bancos de dados: Portal Capes, Bireme, Ebsco e Google Acadêmico. Já na segunda, foi a aplicação de questionários com 22 treinadoras participantes da 1ª etapa dos Jogos Escolares da Juventude Brasileiros (para atletas com idade entre 12 e 14 anos) realizados no ano de 2014 em Londrina-PR. A terceira objetivou o cruzamento dos dados coletados na revisão e nos questionários. Os estudos selecionados na revisão sistemática sobre a forma de desenvolvimento da fl exibilidade na GR indicaram os métodos ativo, passivo, estático e o conceito Mulligan. No entanto, as treinadoras evidenciaram, apenas, os métodos ativo e passivo, além da técnica dos 3S. Sobre os instrumentos de avaliação o teste de Ilia Vankov, o fl exiteste e a fotogrametria foram indicados em ambos os segmentos, tanto na revisão como nos questionários. Contudo, o teste de sentar e alcançar, a construção de uma bateria de teste pelo próprio autor, o goniômetro e o fl exímetro foram os instrumentos descritos e utilizados apenas nos trabalhos da revisão. É evidente a importância desta capacidade física na GR, tornando o seu desenvolvimento imprescindível em todas as sessões de treinamento. Percebemos uma limitação referente a avaliação da fl exibilidade, já que esta se torna fundamental para um efetivo trabalho efi ciente da modalidade.

Palavras-chave: Capacidade física; Treinamento; Teste; Ginasta.

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MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE NA GINÁSTICA RÍTMICAPAZ B, LOURENÇO MRA. [email protected] Universidade Norte do Paraná

ESQUEMA CORPORAL DE MENINAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE GINASTICA RÍTMICAFELIX MTLR, PALOMARES BRA. [email protected] Estácio - Fic

Introdução: A imagem corporal representa o estado das relações do meio com o organismo. A incessante combinação de atitudes e posturas com o mundo exterior geram acomodação e organização perceptiva e mental, que correspondem ao aspecto fundamental da função muscular que assegura a mobilidade, o equilíbrio corporal e a estrutura de uma ação coordenada. Objetivo: Comparar o esquema corporal de crianças praticantes e não praticantes de Ginastica Rítmica (GR). Metodologia: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal onde se aplicou o teste de esquema corporal desenvolvido por Rosa Neto (2002). O teste consiste na criança imitar o examinador que fará 20 movimentos de mãos e braços, que foram classifi cados de acordo com o número de acerto, sendo 7 a 12 acertos idade motora de 3 anos, 13 a 16 acertos idade motora de 4 anos e 17 a 20 acertos idade motora de 5 anos. Foram avaliadas 20 meninas de 5 anos, sendo 10 praticantes de GR à no mínimo 6 meses e 10 não praticantes de nenhum esporte. Resultados: Das crianças que não praticavam GR, 30% (3) apresentaram idade motora de 3 anos; 50% (5) idade motora de 4 anos; e 20% (2) idade motora de 5 anos. Já com as crianças praticantes de GR obtivemos 20%(2) com idade motora 4 anos; e 80% (8) com idade motora de 5 anos. Conclusão: Através dos resultados obtidos pudemos observar que as crianças praticantes de GR obtiveram resultados muito mais positivos, principalmente quando comparados com suas idades cronológicas. Podemos justifi car isso devido a GR possibilitar melhoria do tônus, da postura e do equilíbrio corporal, elementos essenciais para os refl exos do comportamento e do gestos corporais que são componentes essenciais para a construção do esquema corporal.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Esquema corporal; Crianças..

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Introdução: A ordem e a duração são os dois grandes elementos da organização temporal, a primeira são as sucessões e mudanças que ocorrem num período estabelecido, e a segunda são as variações de intervalo que separa dois pontos. A compreensão desses elementos por meio do ser humano acontece por meio da dimensão sensorial, lógica e convencional que quando associados a memória e a codifi cação de informação proporcionam a organização temporal. Objetivo: Comparar a estrutura espaço temporal de crianças praticantes e não praticantes de Ginastica Rítmica (GR). Metodologia: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e transversal onde se aplicou o teste de estrutura espaço temporal desenvolvido por Rosa Neto (2002). O teste consiste na criança reproduzir sons executados atrás de golpes sobre a mesa. Os resultados são classifi cados de acordo com o número de acerto, sendo 6 a 13 acertos idade motora (IM) de 6 anos, 14 a 18 acertos IM de 7 anos, 19 a 23 acertos IM de 8 anos, 24 a 26 acertos IM de 9 anos, 27 a 31 acertos IM de 10 anos, e 32 a 40 acertos IM de 11 anos. Foram avaliadas 40 meninas de 5 anos a 10 anos, sendo 20 praticantes de GR à no mínimo 6 meses e 20 não praticantes de nenhum esporte. Resultados: Das crianças que praticavam GR, 20% (4) apresentaram idade motora (IM) de 6 anos; 10% (2) apresentaram IM de 7 anos; 30% (6) IM de 9 anos; e 40% (8) IM de 11 anos. Enquanto as crianças não praticantes foram 30% (6) IM de 6 anos; 30% (6) IM de 7 anos; 20% (4) IM de 8 anos; 10 % (2) IM de 9 anos; e 10% (2) IM de 11 anos. Conclusão: Através dos resultados obtidos pudemos observar que as crianças praticantes de GR apresentaram resultados mais compatíveis com suas idades cronológicas, consequência provável dos constantes trabalhos rítmicos desenvolvidos nas aulas, que proporcionam o aprimoramento da compreensão de ordem, duração e memorização.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Organização temporal; Crianças.

A ginástica Rítmica é uma modalidade que exige alto grau de qualidades físicas e psicológicas. A ansiedade é considerada o aspecto psicológico que mais afeta o rendimento competitivo dos atletas. Portanto o presente estudo teve como objetivo verifi car a ansiedade pré-competitiva em atletas de Ginástica Rítmica. Foi utilizado o instrumento Escala de ansiedade pré-competitiva CSAI-2, considerada uma medida multidimensional do estado de ansiedade pré-competitivo que engloba 22 itens. A escala foi aplicada em três períodos diferentes: a) 30 dias antes; b) 15 dias antes; c) 1 dia antes da competição. Participaram da pesquisa 6 ginastas, de 13 a 16 anos, todas titulares participantes do 57º Jogos Regionais 2013. Os resultados apontaram em relação a ansiedade cognitiva que as atletas, como visto na questão 1 (Estou preocupado (a) com esta prova), estavam ansiosas 30 dias antes da competição, e estatisticamente houve diferença entre os períodos, afi rmando que 30 dias antes o nível de ansiedade cognitiva estava mais alto que 15 dias antes. Na ansiedade somática, o resultado da questão 13 (O meu coração bate muito depressa) mostra que esse sintoma foi sentido 30 dias antes da competição entre as variáveis, porem estatisticamente os resultados não mostraram diferença entre os níveis de ansiedade somática, comprovando que ela se manteve por todo o período pré-competitivo. Analisando os níveis de autoconfi ança, os resultados mostraram que as atletas, como visto da questão 5 (Sinto-me autoconfi ante) apresentaram um nível alto 1 dia antes da competição, entretanto o resultado estatístico não mostrou diferença entre os períodos pré-competitivos. Foi observado que as atletas mostram sintomas de ansiedade 30 dias antes, e que pelos resultados estatísticos, que não mostrou diferença entre os períodos, ela se manteve por todo o período pré-competitivo. Isso ressalta a importância de um trabalho psicológico prévio com atletas para o alcance de um bom rendimento competitivo.

Palavras-chave: Ansiedade; Pré-competitiva; Ginástica Rítmica.

A ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICAMORAIS FR, ARANTES JP. [email protected] Faculdade do Clube Náutico Mogiano

ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MENINAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE GINÁSTICA RÍTMICAFELIX MTLR, PALOMARES [email protected] Estácio - Fic

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Considerando a modalidade olímpica ginástica rítmica (GR) e a modalidade não esportiva dança do ventre iniciamos um portal de conexão entre as duas atividades buscando integrar bailarinas de dança do ventre ao universo da ginástica com intuito de analisar as adaptações e o desenvolvimento motor, pois ambas possuem semelhanças de interpretação musical conciliando a utilização do corpo com movimentos característicos de graça, beleza e harmonia e o uso de indumentárias em seu desenvolvimento coreográfi co. O objetivo deste trabalho foi analisar a adaptação do movimento humano e o comportamento motor no aprendizado de elementos básicos da ginástica rítmica para mulheres praticantes da dança do ventre. Cinco participantes com idade entre 16 e 48 anos com experiência em dança do ventre de três anos, foram convidadas a vivenciar a proposta de iniciação aos estudos de GR realizados em 10 encontros. Foram inseridos no processo pedagógico os elementos da ginástica: saltos, rotações, saltitos e equilíbrio estático bem como a apresentação do aparelho corda, ensinados de forma gradativa em formato de coreografi a. Estabeleceu-se uma meta mínima de execução dos movimentos obrigatórios desta pesquisa para cada encontro para analisar o processo de adaptação, os gestuais típicos coligados a prática da dança do ventre e a fusão para ginástica rítmica. No processo de adaptação prática foi possível notar que as participantes mantiveram características gestuais provenientes da dança do ventre o que não comprometeu a execução da coreografi a de GR proposta nesta pesquisa. O processo pedagógico gradativo foi essencial para mantê-las em um ambiente ao qual já estavam habituadas executando a transição com respeito a seus limites favorecendo a iniciação.

Palavras-chave: Dança do ventre; Ginástica.

ANÁLISE DE MOVIMENTOS NA INICIAÇÃO DA GINÁSTICA RÍTMICA PARA MULHERES PRATICANTES DE DANÇA DO VENTRECARDOSO EA, FREITAS FB, SILVA LJ, ANTUALPA KF. [email protected] Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

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A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA NA GINASTICA RITMICA (GR)TIBALDI J, COSTA AR, KRETICOSKI JS, BRAGA FH, BONATI IL, SANCHEZ [email protected] Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade que encanta pessoas em todo o mundo. A sincronia perfeita do corpo com o aparelho e em combinação com a música fascina a todos os que assistem. Esta sincronia existente faz com que o aparelho seja um prolongamento do corpo e vice-versa, por isso exige-se a prática das habilidades técnicas desde a tenra idade. Devido a complexidade de algumas habilidades, o ensino ocorre tradicionalmente pela prática em partes. A GR vem sendo valorizada signifi cativamente no Brasil, pois utiliza a arte do movimento, do ritmo, da música, da criatividade e a capacidade física do praticante.Desta forma, este estudo tem como objetivo analisar a estruturação do processo de aprendizagem na GR e verifi car o impacto deste processo no desenvolvimento das capacidades por meio da elaboração e execução da coreografi a.O grupo contou com 06 estudantes da faculdade Metrocamp de Campinas, com faixa etária de 18 a 25 anos, homens e mulheres. Durante quatro semanas, os voluntários tiveram encontros de uma hora de duração, duas vezes por semana, com o material bola. Para elaboração da coreografi a foram selecionados elementos específi cos da modalidade, pré estabelecidos pelo código de pontuação. Durante as intervenções, tentamos executar saltos como de extensão simples, alguns tipos de equilíbrios, elementos de fl exibilidade, ondas e o manejo com o aparelho bola, para elaboração da coreografi a. Pudemos observar que os homens tiveram mais difi culdade no que diz respeito à fl exibilidade e ritmo, e na coordenação dos movimentos da GR com a música. Já as mulheres tiveram difi culdades no manejo do aparelho bola. Ambos tiveram difi culdade com os saltos e giros selecionados para a coreografi a. A partir da análise dos resultados deste estudo, conclui-se que o grupo apresentou uma evolução signifi cativa da coordenação motora, já que conseguirão melhor o manuseio do aparelho e alia-lo a execução dos elementos corporais pré estabelecidos.

Palavras-chave: Bola; Manuseio; Habilidades técnicas; Coreografi a.

R.48 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.41-R.56

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A proposta do trabalho é proporcionar possibilidades para um público que nunca vivenciaram a gr, por se tratar de uma modalidade que se incia desde a infância terminando antes dos 30 anos. A ginastica rítmica (GR) caracteriza - se por ser um esporte que associa movimentos corporais sincronizados. Esta modalidade possui um caráter altamente técnico, gestual e expressivo (FIG, 2001). Beleza, elasticidade, habilidade, graciosidade, agilidade, expressão artística e ritmo. O presente estudo tem como fi nalidade a elaboração de uma coreografi a, utilizando movimentos básicos da ginástica rítmica na categoria mãos livres, dança e com adaptações da ginástica geral, proporcionando facilidades nos movimentos e trazendo mais próximos da consciência corporal de cada participante, sempre respeitando suas limitações. Realizamos um total de 22 encontros com as alunas que se dispuseram a participar da coreografi a. No primeiro momento focamos em conhecer o público que iríamos trabalhar, sendo apresentados movimentos básicos. Abordamos o contexto histórico da modalidade e apresentamos as possibilidades para realização da coreografi a. No segundo momento conversamos com o grupo sobre dúvidas da proposta do trabalho, defi nindo o grupo de 7 meninas ,iniciando a sequência coregráfi ca e inserindo os movimentos obrigatórios contidos nas regras para este trabalho .no terceiro momento concluímos a coregrafi a .os resultados durante o desenvolvimento do trabalho apontam que o ensino da ginastica rítmica adaptada á realidade dos adultos, é possível enquanto uma prática corporal que nos permite pensar no trabalho em grupo ,pautada em ações inclusivas, democráticas, em foco na interação social.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Adaptada.

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade praticada ofi cialmente por mulheres. É caracterizada pelo início precoce, tendo as crianças como seu público-alvo. Apesar de atender crianças, esta modalidade é ainda pouco conhecida pela população. Ainda que de pequeno porte, o acesso da população aos materiais ainda é restrito, provavelmente em decorrência do custo e do vínculo da iniciação com materiais ofi ciais. Entretanto, a iniciação na GR deve estar pautada na criação livre e espontânea, e na utilização do lúdico e de materiais não ofi ciais. Os aparelhos alternativos, são então uma alternativa, por serem construídos manualmente, com materiais de fácil acesso e preço reduzido, não necessariamente atendendo pesos e medidas ofi ciais. Desta forma este trabalho tem o objetivo de buscar alternativas para desenvolver a GR através da elaboração de uma coreografi a com a construção e utilização de materiais alternativos. Neste trabalho foram confeccionados os aparelhos fi ta e bola como aparelhos alternativos. A coreografi a, foi elaborada e executada por universitários, sem experiência prévia com a modalidade. A utilização de materiais alternativos não prejudicou a elaboração nem a beleza da coreografi a, pois foram construídos para serem semelhantes aos ofi ciais, com algumas observações a serem consideradas em sua utilização, mas sem prejuízos aparentes aos que executam os movimentos. Para validarmos a experiência com os aparelhos alternativos elaboramos toda a coreografi a de acordo com as regras da modalidade, utilizando formações diferentes, elementos corporais e do aparelho. Com essa experiência faz se possível a divulgação de informações importantes e válidas para alcançar o objetivo principal do presente trabalho, que podem ser facilmente utilizadas por todos os públicos que tenham interesse na modalidade.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Aparelhos alternativos; Lúdico; Escola; Divulgação.

GINASTICA RÍTMICA UMA REALIDADE POSSÍVEL AOS ADULTOS SILVA CB, COELHO A, SANTOS [email protected] Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

ENSINANDO A GINÁSTICA RÍTMICA POR MATERIAIS ALTERNATIVOSLUZ LSM, NORONHA I, CAROLINI K, TORRES J, JULIO E, ANTUALPA [email protected] Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

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Percebemos na atualidade o evidente crescimento do esporte como fenômeno mundial. Por conta desta evolução, pais e fi lhos fi cam muitas vezes indecisos sobre qual esporte praticar, quando iniciar e quando competir. A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte no qual executamos movimentos corporais junto à música e o manejo de aparelhos, como: Arco, Bola, Fita, Corda e Maças. Requer um alto nível de desenvolvimento das capacidades físicas e tem como objetivo a perfeição técnica da execução de movimentos complexos junto aos aparelhos. Com o aumento dos programas de esportes juvenis, inúmeras crianças buscam a prática da GR através de clubes, colégios e escolas especializadas. Com isso, a maioria dos treinos e competições direcionados as crianças, é feita com base nos modelos de programas de competição de adultos. Assim, por meio de uma revisão de literatura, o presente estudo tem como objetivo verifi car porque ocorre a especialização precoce na GR. O processo de preparação esportiva tem como principal objetivo consolidar a funcionalidade do atleta ao longo prazo e atingir o desempenho na modalidade em idades superiores. Cada modalidade tem seu ideal de idade para iniciar sua prática e na GR acredita-se que seja necessária a especialização precoce, pois é o período ideal de desenvolvimento de capacidades coordenativas e da fl exibilidade, além das vantagens biomecânicas de proporções corporais. A especialização precoce ocorre devido à própria natureza da modalidade, à idade de participação em eventos ofi ciais e ao tempo de preparação necessário para que as ginastas apresentem condições para competir. Por conta disso as competições precoces são de preocupação da própria entidade que coordena a modalidade no Brasil e no Mundo. Mas, infelizmente, esta preocupação não é sufi ciente, já que existem campeonatos federados, na qual a participação de crianças é permitida a partir dos 9 anos de idade e a competição é regrada e inspirada nos moldes das categorias superiores.

Palavras-chave: Ginástica; Especialização; Infância; Esporte.

ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE: UM MAL NECESSÁRIO PARA A GINÁSTICA RÍTMICA?MINCIOTTI AN, SALIM [email protected] Universidade Municipal de São Caetano do Sul

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ELEMENTOS DO BALÉ CLÁSSICO NAS SÉRIES DE GINÁSTICA RÍTMICA DE ALTO RENDIMENTO: UM ESTUDO DE CASOSPALATO ACF, TOLEDO E, ANTUALPA KF, CARBINATTO MV. [email protected] UFTM

GYMNUSP; LAPEGI-UNICAMP Há séculos o balé está presente em nossa sociedade como dança clássica a ser apreciada como arte e, devido sua plasticidade, estética, variação e padronização de movimentos, infl uencia outros fenômenos, dentre eles, esportes como o nado sincronizado, a patinação artística e as ginásticas. Nesta última manifestação, a Ginástica Rítmica (GR) é a que mais evidencia essa relação, o que pode ser também constatado em seu atual Código de Pontuação. Nesse contexto, essa pesquisa objetivou apresentar a frequência dos elementos do balé nas rotinas das fi nalistas individuais da Copa do Mundo de GR (2013)- Kiev - Ucrânia por meio de uma pesquisa de cunho documental (análise de vídeos). Foram avaliadas 16 séries (quatro de cada aparelho: maças, arco, bola e fi ta) e, no geral, as ginastas realizam entre 12 a 27 elementos de balé em cada uma das séries, sendo os mais frequentes: a) o passé, o grand battement e o jeté em tournant nos aparelhos maças e arco; b) o jeté em tournant, grand battement, passe/chassé e coupé no aparelho bola; e, por fi m, c) na fi ta, o passe, pirouette passée e jeté em tournant. Constamos também uma hegemonia dos países do leste europeu, com destaque para as russas, que não por coincidência, são países que possuem tradição no Balé e o utilizam sobremaneira na preparação corporal das ginastas. Acreditamos que ao analisar a frequência e os conteúdos de balé mais utilizados pelas ginastas de alto rendimento podemos identifi car estratégias de composição coreográfi ca e indícios de exercícios para o treinamento da iniciação ao alto rendimento.

Palavras-chave: Balé; Dança clássica; Ginástica rítmica; Educação física; Esporte; Ginástica.

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GINÁSTICA RÍTMICA COM ALUNOS UNIVERSITÁRIOS, SERÁ QUE ROLA?PAIATO I, MELO R, RIOS N, ANTUALPA [email protected] Faculdade Metropolitana de Campinas - METROCAMP

CRIATIVIDADE NA GINÁSTICA RÍTMICA: PERCEPÇÃO DE TÉCNICOS E ÁRBITROS DA MODALIDADETREVISAN PRTC, SCHWARTZ GM. [email protected] UNESP

Laboratório de Estudos do Lazer (LEL)

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade de ginástica competitiva que alia a expressão corporal (beleza e plasticidade) e manejo de aparelhos com a música, sem perder o caráter esportivo. É uma prática integradora e diferenciada que pode contemplar jovens e adultos, e ser estendida aos universitários. Competições como os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) já contemplam a modalidade GR e incentivam a participação dos estudantes nas atividades esportivas em instituições de ensino superior, aliando o estudo com a prática dos esportes. Dessa forma, este trabalho buscou iniciar o jovem universitário na vivência da Ginástica Rítmica. Para isso, elaborou-se uma intervenção com cinco universitárias com faixa etária média de 20,4 anos, alunas do primeiro semestre do curso de graduação em Educação Física. No fi nal, realizamos um questionário para verifi car a aceitação das universitárias na prática da mesma. A intervenção contou com encontros semanais, que visavam preparar o grupo para a apresentação no festival da Instituição de Ensino Superior (IES). Estas abordaram elementos corporais, o manejo do aparelho arco, e a montagem da coreografi a. Houve pontos negativos e positivos. Um ponto positivo foi que as voluntárias já praticavam a dança, situação que favoreceu em vários aspectos no ensino dos elementos corporais da modalidade. Apesar disso, notou-se difi culdade no manejo do aparelho. Constamos pelo questionário que a prática da modalidade ginastica rítmica foi aceita pelas universitárias. Esta intervenção despertou nas voluntárias o interesse pela modalidade. Tal situação permite a refl exão: será possível, num futuro, inserir a IES nos jogos universitários da modalidade?

Palavras-chave: Jogos Universitários (JUBs).

A criatividade é uma capacidade almejada entre esportistas e pode se tornar um fator importante no desenvolvimento de diversas modalidades esportivas, incluindo a Ginástica Rítmica, foco desse estudo. Nesse esporte, até mesmo por sua subjetividade, a criatividade se torna um fator complexo no julgamento do desempenho das atletas. Sendo assim, este estudo de natureza qualitativa, teve por objetivo investigar os aspectos percebidos acerca da criatividade para o julgamento de performances de ginástica rítmica, em âmbito competitivo. Para tanto, o estudo aliou pesquisa bibliográfi ca e pesquisa exploratória desenvolvida por entrevista semiestruturada com árbitros de ginástica rítmica, bem como com técnicos de equipes do estado de São Paulo selecionadas para campeonatos nacionais de Ginástica Rítmica entre 2013 e 2015. A amostra intencional, selecionada por conveniência, foi composta por 10 sujeitos: 4 árbitros nacionais e 6 técnicos da modalidade. Os resultados evidenciaram a diversidade de vivências corporais com a dança (3), com a música (2), o aprimoramento das técnicas (3), a expressão corporal (3) e a qualidade artística dos movimentos (2) como aspectos que ao serem incorporadas aos passos de dança e no manejo dos aparelhos, facilitam a execução de performances mais criativas na percepção dos técnicos entrevistados. Entre os árbitros, a criatividade é percebida nos passos de dança (3), no manejo dos aparelhos (2) e na originalidade e inovação das maestrias (1), na relação ginasta-música-aparelho (2) atendendo às exigências do código de pontuação de forma artística e harmônica (2). Assim, salienta-se a criatividade como um diferencial na composição das séries, no atendimento às exigências de variedade de formas no uso dos elementos técnicos fundamentais, no manejo dos aparelhos, na validação das maestrias e nos aportes artísticos da performance, bem como, a necessidade de novos estudos visando enriquecer em âmbito acadêmico essa temática.

Palavras-chave: Criatividade; Ginástica; Julgamento; Treinamento.Apoio: CAPES

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AUTOPERCEPÇÃO DE IMAGEM EM ATLETAS DE GINÁSTICA RÍTMICA DA CIDADE DE MARINGÁ-PRSILVA DO, COSTA CR, PIRES AF, MIRANDA ACM. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

Dimensões da formação, intervenção e escola na educação física

Os padrões estéticos culturalmente estabelecidos podem levar à insatisfação com a imagem corporal, um fenômeno complexo e multifacetado, construído a partir de aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais e que pode ser ainda infl uenciado e modifi cado de acordo com o meio no qual se encontra o sujeito. Destarte, o ambiente esportivo pode ser potencializador de tal insatisfação, haja vista que em algumas modalidades a estética corporal tem papel crucial, como é o caso da ginástica rítmica (GR), que estima pelo baixo peso corporal de suas atletas, tornando-as fortes candidatas a representarem um grupo de risco. Este cenário nos levou a analisar a satisfação da autopercepção da imagem corporal de jovens atletas de ginástica rítmica da cidade de Maringá-PR. Foram avaliadas 5 ginastas com idade média de 15 anos. Utilizou-se como instrumento a escala de fi guras de Stunkard, bem como a amostra de altura, peso e cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC). Foi possível constatar que das 5 atletas pesquisadas, 3 demonstraram insatisfação corporal baixa enquanto 2 apontaram maior insatisfação (sendo que uma delas idealiza uma silhueta menor do que a sua real e, a outra, uma menor). Contudo, apesar dos baixos índices de insatisfação das 3 atletas supracitadas, duas delas demonstraram superestimar o seu tamanho corporal. Todas as atletas pesquisadas se mostraram insatisfeitas com sua imagem corporal, seja em maior ou menor grau. Tais resultados apontam uma distorção de imagem, processo relativamente comum frente à realidade esportiva específi ca da GR, na qual as ginastas mundialmente destacadas se caracterizam por determinado biotipo e padrão estético que servem como ponto de referência e espelhamento para as praticantes da modalidade. Alerta-se para o aumento dos riscos nessa busca pelo corpo ideal, fazendo-se necessário um acompanhamento psicológico e nutricional, para que se possa manter o rendimento esportivo sem perder a qualidade de vida.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; autoimagem; educação física; estética corporal.

COMPARAÇÃO DAS DIMENSÕES DA ESCALA DE LIDERANÇA DO DESPORTO ENTRE TÉCNICAS DE GINÁSTICA RÍTMICA DE MARINGÁCOSTA CR, SILVA KA, MIRANDA ACM. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

Liderança é um processo de comportamento que visa infl uenciar os indivíduos e grupos afi m de que atinjam objetivos determinados. Neste estudo, analisamos as dimensões da Escala de Liderança no Desporto entre técnicas de ginástica rítmica de duas equipes. A amostra foi composta por quatro técnicas, duas técnicas da equipe 1 e duas técnicas da equipe 2. Os dados foram coletados de forma individual por meio da Escala de Liderança no Desporto (LeadershipScale for Sports) e a análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva. Obtivemos como resultado, que o Comportamento de Reforço se destacou entre todos os sujeitos e que as dimensões Treino-Instrução e Comportamento Suporte Social apresentou índices de destaque entre as técnicas da equipe 1; já o índice de dimensão autocrático obteve índices próximos entre as participantes. A partir desses resultados, concluímos que o Comportamento de Reforço se destacou entre todos os sujeitos da pesquisa por entenderem que é importante para a atleta o reforço positivo, reconhecendo seus esforços e bom desempenho. A equipe 1 apresentou resultados signifi cativos quanto à dimensão Treino-instrução haja vista que, à medida que progride o desenvolvimento das atletas (em anos de prática da modalidade), maiores são as exigências técnicas para a qualidade de execução da performance na ginástica rítmica. Com relação a dimensão autocrática essa apresentou níveis semelhantes entre os mesmos grupos, demonstrando assim que o perfi l autocrático é uma dimensão presente na modalidade e que faz parte da atuação dos técnicos de ginástica rítmica principalmente no alto rendimento. Dessa forma, podemos perceber que avaliar o perfi l de liderança dos técnicos de ginásticas competitivas, contribui para o desenvolvimento dos atletas e das modalidades, entendendo que mesmo existindo perfi s diferentes no aspecto de liderança, estes certamente estarão ligados aos resultados conquistados por nossos atletas.

Palavras-chave: Ginástica competitiva; Treinadoras; Liderança no esporte; Perfi l de liderança.

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Durante a gestação o corpo feminino sofre intensa transformação como resposta às demandas próprias dessa fase, neste período difi culdades relacionadas à execução de um trabalho ou exercício são comuns. A mulher como profi ssional de educação física, trabalha com o corpo e ao mesmo tempo está suscetível ao período gestacional, neste contexto, a Ginástica Rítmica modalidade esportiva de alta difi culdade técnica necessita de uma participação contínua da técnica junto a suas atletas. O objetivo deste estudo foi analisar a atuação das técnicas de ginástica rítmica durante o período gestacional. Estudo descritivo de abordagem qualitativa em que foram entrevistadas seis técnicas com idade média de 29 anos. Utilizou-se um questionário semi-estruturado on-line, de auto-preenchimento. Verifi cou-se que as técnicas graduaram-se entre 2004-2008, 67% especialistas e 100% foram ginastas e trabalham com a modalidade em média de 12,5 anos. A maioria das técnicas (83%) possui apenas um fi lho e desses 100% nasceram de cesárea. Todas afi rmaram que não reduziram o tempo de treino durante a gravidez e sentiram-se apenas cansadas e com difi culdade em fi car em pé nas ultimas semanas de gestação. Durante os treinos, apenas uma relatou medo de ser atingida na barriga pelos aparelhos da modalidade e difi culdades em demonstrar e auxiliar alguns exercícios e 83% permaneceu na quadra junto às atletas entre 36 a 39 semanas da gestação. Os resultados apontam que a gestação, mesmo com suas alterações fi siológicas, não é um fator limitante na participação das técnicas de ginástica nos treinamentos e montagem de coreografi a junto a suas atletas, porém pode limitar a participação de campeonatos distantes de sua cidade, devido o deslocamento. O reconhecimento que as técnicas mesmo em gestação podem continuar suas atividades normalmente, valorizam a boa relação entre técnicas e atletas, potencializando o desenvolvimento da modalidade e formação das ginastas.

Palavras-chave: Gravidez; Treinamento em ginástica; Educação física; Enfermagem.

O presente estudo tem como objetivo elencar os elementos pré-acrobáticos ensinados na iniciação, por treinadoras de ginástica rítmica, bem como, identifi car quais foram os elementos pré-acrobáticos executados em um torneio regional da modalidade. Em um primeiro momento foi aplicado um questionário com questões abertas e fechadas para 23 treinadoras de ginástica rítmica participantes do Congresso Nacional de Esporte Escolar organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, no ano de 2013 na cidade de Londrina-PR. Já no segundo momento foram identifi cados, por meio de observação, os elementos pré-acrobáticos presentes nas coreografi as das ginastas participantes do Torneio Elisabeth Laffranchi, evento realizado anualmente pela Federação Paranaense de Ginástica para ginastas iniciantes. Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratória de caráter descritiva. Os resultados indicam que os rolamentos para frente, para trás e lateral e as reversões para frente, para trás e lateral (estrela), são os pré-acrobáticos mais ensinados pelas treinadoras nas rotinas de aula/treinamentos. Os mesmos elementos foram os únicos executados nas coreografi as do torneio observado, sendo os rolamentos para frente e para trás e a reversão lateral (estrela) os que mais apareceram em, respectivamente, 100%, 94% e 91,30% das séries, seguidos da reversão para frente e para trás com 21,30% e 20%, respectivamente. Pode-se apontar os rolamentos e as reversões como os pré-acrobáticos mais ensinados por elas em suas rotinas profi ssionais de aula e/ou treinamento e mais executados por ginastas iniciantes em uma competição específi ca da modalidade, havendo assim uma estreita relação entre o que é ensinado para o que é executado.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Pré-acrobático; Composição coreográfi ca; Ensino/aprendizagem.

A UTILIZAÇÃO DOS ELEMENTOS PRÉ-ACROBÁTICOS NA GINÁSTICA RÍTMICABROLESI ML, LOURENÇO MRA, PAZ B. [email protected] Universidade Norte do Paraná

A INFLUÊNCIA DO PERÍODO GESTACIONAL EM TÉCNICAS DE GINÁSTICA RÍTMICAANTUNES MB, MIRANDA ACM, COSTA CR, PELLOSO SM. [email protected] Universidade Estadual de Maringá

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DESENVOLVIMENTO DO CÓDIGO DE PONTUAÇÃO DA GINÁSTICA RÍTMICASILVA NNO, SOARES SRB, DEUTSCH S. [email protected] Departamento de Educação Física - Instituto de Biociências - UNESP - Rio Claro

GEPPEGIN-UNESP

A UNIFICAÇÃO DOS GÊNEROS MASCULINO E FEMININO NA GINÁSTICA RÍTMICACOSTA YL, CALEJON LF, ANTUALPA KF. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

O código de pontuação da ginástica rítmica é alterado a cada ciclo olímpico, visando melhorar o esporte, o desempenho das atletas e a arbitragem. Do ciclo de 2009-12 para o ciclo de 2013-16 ocorreram diversas mudanças nas regras de avaliação, execução, difi culdades e artístico. O estudo visa apresentar as alterações do código de pontuação da Ginástica Rítmica entre os ciclos 2009-12 e 2013-16. Foi feito o levantamento de informações com base nos códigos de pontuação utilizados nos dois ciclos. Os resultados foram analisados com base nos grupos corporais, manejos, artístico e execução. Nos manejos, cada aparelho continha seus próprios critérios com valores específi cos, podendo assim criar situações com alto valor de difi culdade. Neste ciclo transformaram-se em maestria, que são manejos extraordinários com a fi nalidade de incentivar o trabalho do aparelho durante as séries. A nota das ginastas era de no máximo ate 30.00 pontos - soma de três notas, Execução, Artístico e Difi culdade, valendo 10.00 pontos cada grupo de nota. Agora a arbitragem está dividida em Difi culdade e Execução, pontuação máxima 20.00 pontos, somando 10.00 pontos de cada grupo. No ciclo 2013-2016, os grupos corporais são reestruturados em equilíbrios, saltos e rotações. O conceito de fl exibilidade foi modifi cado, para equilíbrio ou rotação. A ginasta pode realizar uma onda ou rotação do corpo para aumentar o valor da difi culdade realizada. Na composição das coreografi as são favorecidas séries mais dinâmicas e expressivas, com a inserção dos passos de dança. O riscos se mantiveram. Pequenos erros e deslizes são tolerados. Os descontos feitos são de acordo com os erros apresentados valorizando as ginastas que executam a série com maior limpeza e de acordo com o código de pontuação. No novo código a ginasta e seu treinamento é mais valorizado, dando condições pra que não seja tão punida nos erros decorrentes da série. Estudos futuros abordarão a análise de códigos de outros ciclos.

Palavras-chave: Arbitragem; Ginástica; Alteração; Evolução.Apoio: PROEX

A ginástica Rítmica (GR) enquanto modalidade exclusivamente feminina surge no começo do século XIX com algumas infl uências, das artes cênicas, pedagogia, dança e de elementos do ballet clássico. A GR masculina é uma modalidade que surgiu por volta da década de 1950, ao fi nal da II Guerra Mundial, desenvolvida por professores japoneses passaram a utilizar exercícios com objetivos de promover a saúde e a autoestima do seu país, utilizando a música e alguns aparelhos de pequeno porte. Ainda que a GR masculina tenha se consolidado em diversos países, entre eles: Japão, Canadá, Austrália e outros, e também já tenha um regulamento criado pela Confederação Japonesa de Ginástica, esta modalidade ainda não é aceita pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) em suas atividades por motivos que ainda não são claros, mas podem estar relacionados à preservação de sua origem. Tendo como base essas informações, nosso intuito é buscar as diferenças e as semelhanças entre a GR Masculina e a GR Feminina e identifi car se há a possibilidade de uni-las em uma mesma coreografi a, criando um grupo misto e possibilitando a inserção de uma maneira de realizar a modalidade. Foram selecionados voluntários de ambos os gêneros, com idades entre 16 e 37 anos praticantes de atividade físicas regulares como: Capoeira, Musculação, Vôlei e Pilates. Levamos em conta a capacidade física de cada pessoa na elaboração da coreografi a, familiarizando e adequando os movimentos cotidianos em termo das atividades, para os movimentos da modalidade. Ainda que nossa ênfase estivesse situada na união entre as duas modalidades não foi possível elaborar uma coreografi a trazendo elementos de ambas devido a imprevistos relacionados aos voluntários. A coreografi a foi embasada, então, apenas na GR Feminina. Assim podemos afi rmar que é possível trabalhar com ambos os gêneros em uma mesma coreografi a, desde que ela seja planejada através das limitações e diferenças entre os praticantes.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Gêneros; Unifi cação; Coreografi a.

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OBSERVAÇÕES DAS DETERMINAÇÕES DO CÓDIGO DE PONTUAÇÃO NA ESCOLHA DAS MUSICAS DE GINASTAS BRASILEIRAS DE GINÁSTICA RÍTMICAOLIVEIRA MH, TOLEDO E, ANTUALPA KF, CARBINATTO MV. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

Laboratório de Pesquisas e Experiências em Ginástica (LAPEGI-FCA-UNICAMP)

A UTILIZAÇÃO DOS APARELHOS DA GINÁSTICA RÍTMICA NAS FANFARRAS DA CIDADE DE PETROLINA (PE): UM ESTUDO PRELIMINARCAMPOS IRA, SA GR, MEDRADO JUNIOR JSM, MARQUES DS, GOULART NBA. [email protected] Universidade Federal do Vale do São Francisco

Grupo de Pesquisa e Estudos em Ginásticas (GPEGIN-UNIVASF)

Desde 2013 o Código de Pontuação de Ginástica Rítmica determinou que as atletas da modalidade poderiam realizar uma das quatro rotinas individuais e uma das rotinas do conjunto com músicas cantadas. A mudança motivou essa pesquisa que objetivou diagnosticar se as ginastas da seleção brasileira de GR aderiram a essa mudança, e caso sim, qual o perfi l da música utilizada. Assim, realizou-se uma pesquisa documental a partir de imagens videográfi cas. A amostra foi composta por todas as 4 séries de cada uma das 8 ginastas de GR selecionadas, 2 séries de conjunto adulto e 2 séries de conjunto júnior, todas em 2014. A análise de dados foi quantitativa e qualitativa. Com relação ao perfi l das músicas cantadas utilizadas pelas ginastas, diagnosticou-se que: Natalia Gaudio com “Eu sei que vou te amar”; Morgana Gmach com “Proud Mary”; Andressa Jardim com “Gas Gas”; Angélica Kvieczynski com “Magalenha”; Emanuelle Lima com “Hurt”; Stephany Gonçalves com “Hotel Nacional”; Mayra Siñeriz com “Hips don’t lie”; e Ana Paula Ribeiro não usou nenhuma música cantada em suas séries. No conjunto adulto, a equipe utilizou “Que nem jiló”, no 10 maças. Por último, o conjunto júnior utilizou “Maria, Maria”, no 5 arcos. Concluiu-se que praticamente todas as ginastas da prova individual (com exceção de uma) acolheram a mudança do Código, optando por uma série com música cantada. E todos os conjuntos da seleção também seguiram essa mudança. Com relação ao perfi l das músicas, constatou-se que as ginastas brasileiras que competem no individual optaram por músicas mais conhecidas internacionalmente, tornando a série mais atrativa para o público (e para árbitros) por causa do reconhecimento que a própria música possui. Também houve uma prevalência de músicas internacionais em detrimento das nacionais, apesar de toda a diversidade de estilos e ritmos musicais existentes no país (mesmo com reconhecimento internacional). Já nos conjuntos concluiu-se que há uma maior valorização das músicas nacionais.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Música; Musicalidade; Imagens videografi cas; Seleção brasileira; Apontamentos.

As fanfarras representam grupos culturais que desenvolvem apresentações artísticas competitivas e/ou demonstrativas em caráter cívico. Nas coreografi as das fanfarras são utilizados elementos do teatro, danças e das ginásticas rítmica (GR) e artística, com intuito de enriquecer esteticamente a composição. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi identifi car os elementos dos aparelhos da GR utilizados em fanfarras da cidade de Petrolina (PE), bem como identifi car os meios utilizados para a aprendizagem dos movimentos, visto que a região não dispõe de ambientes que ofertem o ensino das ginásticas. A amostra foi composta por quatro integrantes de fanfarras da região, sendo um Mór, dois Coreógrafos e uma Baliza. O questionário era composto por ilustrações dos grupos fundamentais dos aparelhos de acordo com o código internacional. Os participantes respondiam SIM ou NÃO quanto à presença dos elementos em suas coreografi as, bem como as formas utilizadas para aprendizagem. Foram identifi cados os seguintes elementos: Corda - série de saltitos, escapadas, rotações; Bola - quicadas; rolamento no corpo e no solo, lançamento e recuperação; Arco- rolamento no corpo e no solo; rotações ao redor de uma parte do corpo, lançamento e recuperação; Fita - serpentinas, espirais, passagem por dentro do desenho, lançamento e recuperação; Maças- pequenos círculos; movimentos assimétricos; pequenos lançamentos. As formas de aprendizagem citadas foram: vídeos de GR na internet, observação da coreografi a de outros grupos, treinos com os colegas e por conta própria. Este estudo identifi cou a presença de movimentos dos aparelhos da GR na composição de fanfarras, ilustrando um exemplo de utilização não esportiva destes elementos. Além disso, pode-se identifi car outras formas de aprendizagem, além do ensino formal em escolinhas de ginástica, como a utilização de vídeos na internet e o compartilhamento de experiências motoras entre colegas.

Palavras-chave: Elementos; Ginásticas; Coreografi as; Nordeste.

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QUEM QUER BRINCAR DE GINÁSTICA PÕE O DEDO AQUI QUE JÁ VAI FECHAR!MARTINS IC, GAIO RC. [email protected] Universidade Metodista de Piracicaba/SP

Práticas educativas e relações sociais no espaço escolar e não escolar - UNIMEP

FACILITAÇÃO E LUDICIDADE NA APRENDIZAGEM DA GINÁSTICA RÍTMICAPINTO CA, BERGAMO A, ANDRADE SD. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

Este trabalho é um relato decorrente da experiência das duas professoras/pesquisadoras no ensino de disciplinas de formação inicial e continuada em Educação Física relativas aos temas abordados, ou seja, a ginástica e os jogos e as brincadeiras. Nesse processo de ensino pode-se identifi car nas proposições de práticas educativas realizadas pelos discentes que havia difi culdade em elencar brincadeiras que permitissem a ampliação do repertório motor observando as habilidades que se pretendia desenvolver. Tal condição era decorrente de não se observar as habilidades mais praticadas pela maioria dos participantes durante a maior parte do jogo mas, ao contrário, ao se apresentar o que se considerava era a habilidade que levasse ao objetivo fi nal da brincadeira a qual, nem sempre, era a que tinha maior possibilidade de desenvolvimento. Considerando tais aspectos, este trabalho teve enquanto objetivo identifi car as habilidades motoras fundamentais da Ginástica Rítmica e da Artísticas, presentes nas brincadeiras tradicionais infantis. Para tal forma analisadas dez brincadeiras inter-relacionando às atividades as habilidades motoras que possuíam maior possibilidade de desenvolvimento. Pretende-se com esta proposta contribuir ao melhor entendimento das práticas educativas que considerem os jogos e brincadeiras enquanto estratégias para o ensino das modalidades ginásticas na infância.

Palavras-chave: Brincadeiras tradicionais; Habilidades motoras; Práticas educativas; Criança; Ginástica rítmica.

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade gímnica competitiva, orientada por um código de pontuação internacional que, auxilia os atletas e treinadores quanto aos elementos e seus símbolos, assim como as exigências e valores. Como uma modalidade individual ou em conjunto de até 5 ginastas, deve-se sempre ser muito bem elaborada pelos movimentos complexos e graciosos da modalidade, sabendo disso, a importância da ludicidade ao ensinar e uma boa relação aluno-professor são imprescindíveis para melhores resultados. No âmbito escolar a GR torna-se benvinda pelo fator motivacional, introduzindo ambos os gêneros na modalidade, dando-lhes a chance de conhecerem e praticarem uma modalidade que possa proporcionar estímulos distintos. Para isso, o propósito deste trabalho está centrado na aprendizagem da GR e suas possíveis adaptações para facilitar o ensino. A coreografi a foi proposta para meninas de 7 a 11 anos, estudantes que não fazem parte de nenhum grupo de dança. Os ensaios foram realizados durante a semana, totalizando 5, uma hora e meia por ensaio. A letra da música foi entregue impressa as integrantes do grupo a fi m de facilitar a aprendizagem. As integrantes demonstraram difi culdade em se organizarem quanto às sequencias propostas, no elemento giro, e ao realizarem fl exão lateral do tronco, porém, demonstraram interesse e comprometimento. Concluímos ao fi nal deste trabalho que exercitando a ludicidade e exercícios adequados para a idade das integrantes, conseguimos observar um bom resultado e uma boa apresentação fi nal.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Motivação; Aprendizagem.

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EXPRESSÃO CORPORAL E COREOGRAFIA TEMÁTICA NA GINÁSTICA RÍTMICA: COMO DESENVOLVER O TRABALHO COM ADOLESCENTESNEVES MP, NUCCI TB, PAULINO M. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A expressão corporal é uma manifestação de sentimentos ou de sensações por meio de movimentos da máquina chamada “corpo”. Ela engloba, portanto, sensibilidade e conscientização, marcadas por uma particularidade especial, o que chamamos de estilo pessoal. Sendo assim, no campo da Ginástica Rítmica (GR), a expressão corporal, que traz consigo o toque inerente de criatividade e graciosidade, é um elemento fundamental para as questões técnicas e táticas da modalidade. Na GR, a relação esporte-estética está muito presente, já que a sutileza e beleza da encenação artística é tão importante quanto a perfeição de movimentos do corpo e manipulação dos elementos obrigatórios. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma coreografi a temática com três adolescentes de 15 e 16 anos de uma unidade educacional de Campinas, por consequência dotada de expressão corporal. O presente trabalho buscou unir o conhecimento e consciência corporal de meninas já engajadas em atividades de dança na escola e introduzí-las na Ginástica Rítmica, bem como tornar possível a execução de uma coreografi a com tema defi nido para este grupo. Dentre os desafi os encontrados estava aliar a identidade corporal das dançarinas, de forma a não tolher a individualidade e personalidade de cada uma. Para a execução da coreografi a, foram realizados ensaios semanais de uma hora, ao longo de dois meses. O grupo procurou mostrar às alunas a correta execução de elementos da ginástica. E o manuseio da fi ta – aparelho escolhido ara compor a apresentação - de forma pedagógica e cadenciada. O grupo notou que a introdução das alunas à Ginástica Rítmica foi bastante tranquila, muito por conta do conhecimento técnico das estudantes com a dança e também a liberdade em aprender, já que estavam em estágio de iniciação na ginástica. A questão temática foi abordada durante a coreografi a com movimentos e gestos, que defi niram com êxito a proposta pré-defi nida.

Palavras-chave: Expressão corporal; Temática; Coreografi a; Adolescentes; Dança; Ginástica rítmica.

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IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

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GINÁSTICA: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NAS TESES DE DOUTORADOTANNÚS FMS, SIMÕES RR. [email protected] Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade e Pedagogia do Movimento (NUCORPO)

O ESTADO DA ARTE NAS DISSERTAÇÕES DE MESTRADO DA EDUCAÇÃO E DA EDUCAÇÃO FÍSICA: O CASO DA GINÁSTICATANNÚS FMS, SIMÕES RR. [email protected] Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Corporeidade e Pedagogia do Movimento (NUCORPO)

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Ginástica é o conhecimento mais antigo da área da Educação Física. Ao longo dos tempos apresentou valores, crenças, objetivos e utilidades que foram se modifi cando e se adequando de acordo com as diferentes épocas e culturas. Apesar disto, há poucos registros de como este tema vem sendo estudado e socializado. O objetivo do trabalho é identifi car, analisar e sistematizar a produção cientifi ca sobre Ginástica nas teses de doutorado nos últimos quinze anos. Inicialmente fi zemos um levantamento online no site da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e encontramos 1162 programas de doutorado, sendo que 11 continham teses sobre o tema Ginástica. Nestes, foram encontradas 18 teses, sendo 13 na área da Educação Física, duas na Educação, uma na Engenharia, uma na Psicologia e uma em Alimentos e Nutrição. A maior concentração está na região Sudeste (11), seguida da região Sul (6) e Centro-Oeste (1). A partir da análise das produções, com base na Analise de Conteúdo proposta por Moraes (1999), foram identifi cadas cinco unidades de análise: Ginástica da FIG (6); Ginástica e formação profi ssional (6); Hidroginástica (3); Ginástica Laboral (2) e Ginástica na escola (1). Diante dos resultados, concluímos que a Ginástica é uma área muito vasta, porém vem sendo pouco explorada nas teses de doutorado. É necessária maior abordagem desta nas produções científi cas, principalmente na área escolar, além de ser necessária a descentralização destas produções. O estudo indica que a baixa produção do tema em nível de doutorado pode comprometer a continuidade, a formação e a atuação profi ssional especifi camente na Ginástica.

Palavras-chave: Pós-graduação; Tese; Doutorado; Ginástica.Apoio: FAPEMIG

O conhecimento científi co se caracteriza por envolver uma atitude investigativa que busca revelar e compreender fatos que ainda não são vistos claramente, enquanto que as produções acadêmicas são ferramentas utilizadas na produção e disseminação do conhecimento científi co. Considerando que a Ginástica, apesar de ser considerada histórica na área da Educação Física, ainda tem pouca produção bibliográfi ca. A proposta do trabalho é apresentar o estado da arte das dissertações de mestrado da área da Educação e da Educação Física entre 2000 e 2014, sobre a Ginástica. Para o desenvolvimento da investigação foi feito um levantamento online no site da CAPES para identifi car os programas existentes. Foram encontrados 158 programas e nestes identifi cados 27 que possuíam dissertações com o tema proposto. Na análise dos programas, verifi camos que existiam 75 dissertações, sendo 60 da Educação Física e 15 da Educação, com maior concentração na região Sudeste-33, seguida da região Sul-31, a CentroOeste-7 e regiões Nordeste e Norte com duas cada uma. Na análise de cada uma das dissertações, com base em Moraes(1999), encontramos nove unidades de análise: Ginástica de competição-24; Ginástica na escola-12; Ginástica de academia-11; Ginástica laboral-7; Ginástica nos cursos de Educação Física-5; História da ginástica-5; Hidroginástica-4; Ginástica e qualidade de vida-4; Ginástica de demonstração-3. Diante dos resultados percebemos que a Ginástica é uma área vasta, porém pouco explorada nas dissertações de mestrado, demonstrando que há certa negligência com este tema. É essencial que ocorra uma mudança de paradigma da visão unicamente prática para a produção científi ca e pedagógica, como também a descentralização. Concluímos que os programas de pós-graduação ainda não se apropriaram de modo signifi cativo da ginástica enquanto uma área do conhecimento com múltiplas vertentes de estudo, e que talvez quando isto acontecer ela conseguirá maior abrangência, revertendo o quadro aqui encontrado.

Palavras-chave: Pós-graduação; Dissertação; Mestrado; Ginástica.Apoio: FAPEMIG

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TORNANDO POSSÍVEL A UNIÃO ENTRE AS MODALIDADES DA GINÁSTICA RÍTMICA E ARTÍSTICATORSANI AG, BESSA AR, SENOI JR, ANTUALPA KF. [email protected] Faculdades Metropolitana de Campinas - METROCAMP

A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade competitiva, praticada por mulheres e pode ser realizada individualmente ou em conjunto. Os movimentos são realizados fl uentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios (corda, o arco, a bola, as maças e a fi ta). A Ginástica Artística Feminina (GAF), assim como a GR, é uma modalidade olímpica. É praticada individualmente, mas também tem competições por equipe, e é realizada em aparelhos de grande porte (barras paralelas simétricas, trave de equilíbrio, salto sobre a mesa e solo). Ambas são pautadas no inicio precoce, que visa além do desenvolvimento motor, o esportivo, social e psicológico. Nestas são trabalhados os elementos corporais, capacidades físicas e os aspectos pedagógicos. Elaboramos uma coreografi a que possibilite o desenvolvimento da GR e GAF em conjunto, com a utilização do aparelho fi ta. De acordo com os elementos corporais solicitados, teremos embasamento para construção da mesma. Aceitaram participar do presente trabalho sete ginastas (GAF), com idade entre 8 e 17 anos, com aproximadamente de dois a seis anos de prática. Para a elaboração da coreografi a foram realizados quatro encontros, buscando apresentar os elementos que seriam utilizados, as particularidades sobre as modalidades GAF e GR, e métodos de adaptação das mesmas, para a coreografi a. Foi utilizado o aparelho fi ta e a avaliação foi processual. Através desta, foi possível observar que após os encontros as ginastas se adaptaram ao aparelho, e a alguns elementos específi cos da GR (colaboração). O objetivo proposto foi alcançado, já que foi possível unir as duas modalidades em uma coreografi a, mesmo havendo um grau de difi culdade exigido no aparelho. Pode-se perceber que existem algumas características comuns entre ambas, o que facilitou a adaptação das ginastas.

Palavras-chave: Ginástica rítmica; Ginástica artística; União; Coreografi a.

Nos programas curriculares dos cursos de licenciatura de Educação Física um dos conteúdos a ser abordado nas disciplinas que envolvem as ginásticas esportivas são os conteúdos de Ginástica Para Todos (GPT. Foi realizada uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória, que teve como principal objetivo investigar como foi a percepção dos acadêmicos em participar do III Festival de Ginástica Geral de uma IES de ensino superior. Participaram desta pesquisa 130 acadêmicos, que responderam a um instrumento composto de 8 perguntas objetivas. Como resultados identifi camos que: apenas 20% dos participantes já haviam sido ginastas de outra modalidade regulamentada pela FIG; 81,53% nunca haviam participado anteriormente de qualquer tipo de festival de GPT; 69,23% acharam a experiência agradável e participariam novamente. Dentre os aspectos considerados mais interessantes dentro do processo 32,30% disseram que a possibilidade de criar sequências/trechos coreográfi cos com sua identidade, 19,23% destacaram a possibilidade de interação com os colegas; 9,23% as descobertas de suas potencialidades físicas e psicológicas, 17,69% a descoberta de suas fragilidades físicas e psicológicas; 8,46% a possibilidade de liberdade para a escolha de músicas, estilo musical e aparelhos e 13,07% a possibilidade de desenvolver sua criatividade. Também 66,15% consideraram essa prática pedagógica essencial para sua formação; 35,38% afi rmaram que os os conteúdos da GG teriam infl uência direta em sua futura prática; 66,15% que o processo de elaboração coreográfi ca e a apresentação proporcionaram maiores momentos de aprendizagem e superação e 94,61% afi rmaram que os acadêmicos, quando futuros professores consideram importante inserir este tipo de evento na escola no seu planejamento. Portanto, desta forma concluímos que a participação dos acadêmicos nos Festivais de GG é uma prática pedagógica inovadora, inclusiva e que proporciona a aprendizagem de diversas habilidades e competências

Palavras-chave: Ginástica para todos; Coreografi a; Educação; Festivais.Apoio: Estácio FIC/CE

FESTIVAL DE GINÁSTICA NO ENSINO SUPERIOR: AS PERCEPÇÕES DOS ACADÊMICOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA AGOSTINI BR, ROCHA MT. [email protected] Centro Universitário Estácio FIC/CE

Grupo de Pesquisas do Centro de Treinamento de Ginástica Estácio FIC/CE

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A infância é o período no qual a criança está se desenvolvendo em todas as dimensões, seja motora, física, afetiva, social ou cognitiva. A qualidade das experiências vivenciadas pelas crianças determinará, em certa medida, o adulto no qual ela se tornará. Tendo em vista os múltiplos fatores que podem interferir no desempenho motor da vida diária em crianças, este estudo objetiva verifi car a infl uência da prática de atividades gímnicas no desenvolvimento do equilíbrio estático e dinâmico em crianças de 4 a 6 anos. Foram avaliadas 14 crianças de ambos os gêneros alunos da Escola de Iniciação Gímnica (USCS). Após a avaliação inicial, com base no protocolo de testes de equilíbrio estático e dinâmico desenvolvido por Lefevre, as crianças realizaram a prática gímnica duas vezes por semana com uma hora de duração por três meses. Para cada teste observou-se o sucesso ou insucesso comparando-se as duas avaliações. A taxa inicial de sucessos nos testes de equilíbrio foi de 59% em todas as idades e gêneros, inferior ao padrão de 75%. Os resultados preliminares evidenciaram que as crianças ingressantes necessitariam de uma maior intervenção do professor. Após três meses de prática gímnica, com a reavaliação, observamos que a taxa de sucessos foi de 92%. Os resultados da reavaliação evidenciaram que a intervenção do professor foi bastante efi caz, pois quando comparamos a avaliação dos alunos ingressantes com a reavaliação, houve um expressivo aumento no valor do percentual dos testes, independente das crianças terem alcançado o patamar de 75%, elas na sua grande maioria, estão bem acima do proposto, demonstrando efetivo trabalho formativo pedagógico. As diferentes experiências na infância possuem um papel de grande importância. É nela que por meio de vivências e execuções de movimentos diversos, a criança conhecerá a limitação do seu próprio corpo.

Palavras-chave: Ginástica; Criança; Desenvolvimento Motor; Intervenção.

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ATIVIDADES GÍMNICAS: UMA PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOSMINCIOTTI AN. [email protected] Universidade Municipal de São Caetano do Sul

ANÁLISE DO OFERECIMENTO DAS MODALIDADES GINÁSTICA ARTÍSTICA E GINÁSTICA RÍTMICA NA CIDADE DE CAMPINAS - SPSOARES DB, FALASCHI TV, PATRÍCIO TL, MENEGALDO FR. [email protected] UNICAMP

Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG-UNICAMP)

Os clubes possuem importante papel no cenário esportivo nacional, principalmente quando pensamos nas modalidades gímnicas, uma vez que são instituições historicamente tradicionais tanto para o início como para o desenvolvimento esportivo, atuando na divulgação e na formação de atletas. Assim, se revelam como um setor de importância expressiva para a prática da Ginástica Artística (GA) e Ginástica Rítmica (GR). Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo investigar a quantidade de clubes da cidade de Campinas-SP que oferecem GA e GR, a fi m de conhecer a oferta de aulas disponíveis. Para isso, utilizamos o Método Estatístico, que nos permite comprovar as relações dos fenômenos entre si e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou signifi cado. Foi realizada uma pesquisa de campo a partir de contato telefônico com a Secretaria de Esporte ou Secretaria Geral dos 25 clubes afi liados a Associação dos Clubes de Campinas e Região (APESEC). Nos casos em que o contato telefônico não foi possível por falta de atendimento, houve a consulta do site ofi cial da instituição. Em 1 caso, não houveram informações disponíveis. Os resultados mostraram que apenas 7 clubes oferecem a modalidade GA (29,16%), 3 clubes oferecem GR (12,5%), e apenas 3 (12,5%) oferecem as duas disciplinas. Em contraponto a estes resultados, indicamos que 17 clubes (70,83%) afi rmaram oferecer outras modalidades ginásticas, sendo presentes em 15 deles as “ginásticas de academia”. Estes dados indicam que as modalidades GA e GR mostram-se, atualmente, enfraquecidas do ponto de vista do oferecimento dessas modalidades pelos clubes, que em outro momento foram os grandes responsáveis pela disseminação dessas práticas em cenário municipal, o que retrata um frágil quadro de desenvolvimento da ginástica nestes ambientes.

Palavras-chave: Clube; Esporte; Formação; Difusão.

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A presente pesquisa teve como objetivo mapear as produções acadêmicas dos Programas de Pós-graduação em Educação Física (EF) das três universidades estaduais paulistas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), referentes à Ginástica Artística (GA) e à Ginástica Rítmica (GR), com foco no contexto competitivo dessas modalidades. As instituições referidas estão entre as mais importantes instituições de ensino, pesquisa e extensão do Brasil e do mundo, segundo diferentes parâmetros de avaliação. A pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil teve seu primeiro programa nos níveis de mestrado e doutorado implantados na USP em 1977/1989 respectivamente, em 1988/1993 na Unicamp, seguida da Unesp em 1991/2001. Por meio de uma pesquisa documental, foram analisadas as teses e dissertações concluídas desde o início dos referidos pro-gramas até 2014. Foram utilizadas duas bases de dados: 1- Bibliotecas Virtuais das três universidades; 2- Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico (CNPq) para análise dos currículos dos docentes de Ginástica das referidas universidades. Vinte e quatro trabalhos enquadraram-se nos critérios estabelecidos e foram classifi cados em “especialização esportiva”, “iniciação esportiva” ou “ambos”. Em sua vertente competitiva, produções relacionadas à modalidade GA (58,3%) foram superiores à GR (41,6%). Observou-se a predominância de trabalhos na vertente da especialização esportiva, com 66,6% (10 de GA e 6 de GR), 16,6% de iniciação esportiva e 16,6% de ambos (2 de GA e 2 de GR cada). Passados 38 anos desde o primeiro curso de pós-graduação stricto sensu em EF das três univer-sidades nota-se um considerável número de produções no campo de Ginástica, porém um número reduzido em relação ao contexto competitivo da GA e da GR, principalmente no que se refere à fase de iniciação esportiva nas modalidades.

Palavras-chave: Ginástica; Pesquisa; Ensino superior; Universidade.

Este trabalho teve como objetivo investigar quais os saberes gímnicos (Barbosa-Rinaldi; Souza, 2008) são abordados nas disciplinas que tratam da ginástica, nos cursos de Bacharelado, dos Institutos de Ensino Superior (IES), da cidade de Vitória/ES, e averiguar se esses saberes são apreendidos pelos estudantes de Educação Física. A pesquisa foi realizada em duas IES e, metodologicamente, foi organizada com a análise dos planos de aulas das disciplinas que tratam da ginástica e a aplicação de um questionário estruturado para os alunos dos últimos anos da formação inicial. Participaram deste estudo 51 estudantes. Como resultados da análise documental e dos questionários respondidos foram gerados gráfi cos para a comparação do que foi encontrado nos planos de aulas e nos questionários de cada disciplina, separadas por IES. Como resultados preliminares temos alguns dados a serem apresentados, uma vez que a pesquisa está em fase de fi nalização. Pudemos encontrar 3 disciplinas oferecidas aos graduandos pela IE 1, dessas 2 são obrigatórias e 1 é optativa. Analisando os dados tivemos o total de 10 saberes contemplados no cruzamento da análise documental com os questionários obtendo-se o percentual acima de 70% apontados em ambos gráfi cos. Todos esses saberes demonstram coerência com a proposta de formação inicial para se trabalhar com a ginástica, no campo de atuação do Bacharel em Educação Física, como por exemplo: conhecimentos técnicos (normas de segurança, especifi cidade dos movimentos, processos pedagógicos) das modalidades gímnicas. Na IE 2 são oferecidas 2 disciplinas de caráter obrigatório e foi obtido o total de 7 saberes contemplados com percentual acima de 70%. Nesse caso, vemos um índice menor de conhecimentos estudados, porém deve-se levar em consideração que esse curso tem uma disciplina a menos na grade curricular. Ainda temos pela frente o aprofundamento da análise dos dados e a discussão teórica dos resultados, com base na produção acadêmica sobre o tema.

Palavras-chave: Educação física; Ginástica; Ginástica e formação inicial; Formação de docentes em educação física,Apoio: PPG/UFES

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A ABORDAGEM DO CONHECIMENTO GINÁSTICA NOS CURSOS DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA CIDADE DE VITÓRIA/ESSILVA PCC, DIAS FS. [email protected] Centro de Educação Física e Desportos - Universidade Federal do Espírito Santo

Laboratório de Ginástica (LABGIN)

UNESP - UNICAMP - USP: A PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE GINÁSTICA ARTÍSTICA E RÍTMICA DE COMPETIÇÃO NA PÓS-GRADUAÇÃOLIMA LBQ, MURBACH MA, BORTOLETO MAC, NUNOMURA M, SCHIAVON LM. [email protected] UNESP

Grupo de Estudos e Pesquisas Pedagógicas em Ginástica (GEPPEGIN-UNESP)

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.57-R.62 • R.61

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Desde o ano de 2010, o Programa de Extensão “Laboratório de Ginástica - LABGIN”, alocado no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tem como propósito atender a comunidade universitária e do seu entorno por meio de atividades esportivas e de lazer relacionadas à prática da Ginástica. Atualmente, o Programa abarca dois projetos, os quais: Escolinha de Iniciação à Ginástica e Grupo Ginástico LABGIN. Um dos principais objetivos do Programa LABGIN é oferecer, para além das aulas curriculares obrigatórias e optativas, vivências de ensino-aprendizado da Ginástica nos cursos de formação inicial em Educação Física do CEFD/UFES. Concomitantemente, primamos atender a comunidade por meio de aulas gratuitas de iniciação à Ginástica, em suas distintas manifestações, contemplando as ginásticas de competição e de demonstração. Nesse contexto, as ginásticas competitivas são desenvolvidas dentro da perspectiva formativa sob a base fi losófi ca de FUN, FITNESS, FUNDAMENTALS e FRIENDSHIP. Trata-se de uma abordagem que contempla jogos e brincadeiras com ênfase nos componentes físicos e técnicos que irão subsidiar o ensino dos elementos característicos dessas modalidades. Nas aulas, temos como premissa o estabelecimento de um ambiente motivador e cooperativo no qual valorizamos tanto a individualidade da criança quanto do grupo como um todo. Consideramos que a organização das aulas, em um ambiente prazeroso com ênfase nos padrões básicos de movimento, permite que os alunos, sejam eles habilidosos ou não, desenvolvam as suas potencialidades nos fatores relativos ao seu condicionamento físico, aspectos técnicos, artísticos e atitudinais. Destacamos que as cobranças no que se refere à precisão técnica e perfeição dos movimentos são relativizadas, pois o foco está em oportunizar uma grande diversidade de experiências motoras sem esquecer os aspectos que concernem à segurança.

Palavras-chave: Formação inicial; Extensão universitária; Fundamentos da ginástica.Apoio: Pró-Reitoria de Extensão UFES

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AS GINÁSTICAS DE COMPETIÇÃO NO PROGRAMA DE EXTENSÃO LABGINSILVA YTG, NEVES LNS, SOUZA APD, IYAMA RS, SILVA PCC, OLIVEIRA MS. [email protected] Universidade Federal do Espírito Santo

GYMNUSP: ESCOLA DE GINÁSTICABAHU LZ, YAMAGUTI EY, SILVA PP, CARBINATTO MV. [email protected] USP

Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

Ao longo da história, o termo “ginástica” foi utilizado como referência a todo tipo de exercício físico e seus objetivos variavam entre o utilitarismo, a sobrevivência, as lutas armadas, a saúde, desenvolvimento da moral, a estética e a educação. Com a criação da Federação Internacional de Ginástica (FIG), órgão que controla e regula as principais manifestações da ginástica em seu viés esportivo, as modalidades adquiriram notório status na sociedade. Neste trabalho, objetivamos apresentar nossa experiência no Projeto de Cultura e Extensão da Escola de Educação Física e Esporte da USP intitulado “GYMNUSP: Escola de Ginástica”. Pautado nos ensinamentos do FIG Academy “Foundations of Gymnastics”, o Projeto atende crianças de 6 a 12 anos em um encontro semanal com duração de uma hora e quinze minutos, no qual se prioriza a vivência de forma lúdica e divertida de elementos ginásticos com ou sem aparelhos de pequeno e grande porte. O praticante realiza uma ampla variedade de movimentos, em diversas situações, como elevações, voos, suspensões, rotações e inversões, além da interação com objetos, materiais. Essa rica experiência aumenta o repertório motor da criança, auxiliando-a em situações cotidianas e até mesmo na prática outras modalidades esportivas. Não obstante, duas alunas de graduação atuam como monitoras e, assim, são incentivadas a proporem atividades e discutirem situações de aulas práticas. O Projeto pode ser considerado gerador de conhecimento e experiências importantes para a formação de futuros treinadores e professores na área, pois permite compreender a base comum de todas as modalidades de ginástica consolidadas e organizadas pela FIG, dentre elas a ginástica artística e rítmica.

Palavras-chave: Ginástica; Esporte; Fundamentos das ginástica; Extensão universitária.

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A Ginástica para Todos (GPT) é uma modalidade reconhecida pela Federação Internacional de Ginástica e intenta divulgar e permitir a prática das manifestações ginásticas a diferentes pessoas e sob diferentes fi ns- competitivo, lazer, dentre outros. Uma das formas de sua manifestação se dá pela composição de coreografi as que são apresentadas, geralmente, em festivais. No Brasil, a Confederação Brasileira de Ginástica organiza um festival de GPT, chamado GymBrasil. O objetivo deste trabalho foi analisar as coreografi as apresentadas na última edição do GymBrasil e observar as infl uências das modalidades de GA e GR. Por meio da pesquisa documental, com análise videográfi ca, observamos 27 coreografi as de 15 grupos de diferentes regiões do país. Os dados foram analisados numa abordagem quantitativa, focando-se a frequência e tipologia de elementos característicos da GA e da GR. Diagnosticou-se que há uma grande incidência dos elementos acrobáticos (de menor complexidade), realizados tanto da GR como na GA, como estrelas (em 20 coreografi as), e parada de mãos (10 coreografi as). Há acrobacias com maior complexidade, como reversões para frente (14 coreografi as), reversões para trás (9 coreografi as), fl ics (9 coreografi as), rodantes (8 coreografi as), estrela sem mãos (3 coreografi as), mais característicos da GA. Também detectamos elementos que podem ser relacionados à GA e à GR, como os saltos grupados (4 coreografi as) e estendidos (2 coreografi a), saltos jeté (5 coreografi as), giros (5 coreografi as), rolamentos para frente (15 coreografi as), rolamentos para trás (6 coreografi as) e equilíbrios (12 coreografi as). Especifi camente em relação à GR, identifi camos o manejo de aparelhos ofi ciais, como fi tas (5 coreografi as), arcos (4 coreografi as) e cordas (1 coreografi a), e as colaborações (características das provas de conjunto da GR) também muito presentes (15 coreografi as). Observamos infl uência signifi cativa dos elementos da GA e GR nas composições.

Palavras-chave: Ginástica para todos; Ginástica artística; Ginástica rítmica.

INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA ARTÍSTICA E RÍTMICA NAS COREOGRAFIAS DE GINÁSTICA PARA TODOS DO V FESTIVAL GYMBRASILSCARABELIM MLA, TOLEDO E, CARBINATTO [email protected] UNICAMP

LAPEGI-GYMNUSPGrupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica - GYMNUSP

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Autor, número do resumo, paginação

AGOSTINI BR. 37, 38, 101 AGUIAR AF. 41 ALEIXO IMS. 22, 49 ALVES MP. 47 ANDRADE M. 30 ANDRADE SD. 95 ANDRADE TVC. 47 ANDRADE WB. 41 ANTUALPA KF. 17, 79, 82, 84, 85, 92, 94, 100 ANTUNES MB. 89 ARANTES JP. 78 ARAÚJO HM. 9

BADARÓ R. 71 BAHU LZ. 107 BARA FILHO MG. 35 BARAZETTI L. 41 BARBOSA DA SILVA S. 4 BARROS TES. 55, 56 BELLOTTO ML. 70, 71 BENDA RN. 48 BENELI LM. 46 BERGAMO A. 95 BESSA AR. 100 BESSI F. 25 BONATI IL. 80 BONETTI A. 20 BORTOLETO MAC. 57, 62, 104 BRAGA FH. 80 BRANDALISE S. 53 BRASIL VZ. 55, 56 BRITO WS. 48 BROLESI ML. 90

CAJUEIRO MOB. 66 CALEJON LF. 92 CAMPOS IRA. 93 CARBINATTO MV. 58, 59, 60, 84, 94, 107, 108 CARDOSO EA. 79 CAROLINI K. 82 CARRARA P. 13, 30 CARVALHO BLP. 64 CARVALHO PHC. 50, 51 CASTRO BS. 44 CAVALHIERI ACM. 65

R24, R58R26R15, R32R31R19 R55 R31 R26R11, R47, R48, R49, R50, R53, R54, R58R52 R46R5

R43 R61 R23 R26 R2 R35 R42, R43 R31 R30 R55 R58 R16 R47 R12 R36, R38, R60 R47 R34 R35 R31 R52

R39 R53 R54 R36, R37, R49, R54, R61, R62 R47 R48 R7, R19 R39 R32, R33 R29 R39

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COELHO A. 81 CONTI BC. 55, 56 COSTA AR. 43, 80 COSTA CR. 39, 73, 87, 88, 89 COSTA VR. 52 COSTA VT. 72 COSTA YL. 92

DAL NEGRO L. 74 DEBIEN JBP. 72 DEBIEN PB. 35, 72 DEUTSCH S. 91 DIAS FS. 105 DICK TR. 6, 7

ELIAS RMG. 32

FALASCHI TV. 103 FANTINATO RM. 45 FARIAS GO. 67 FELIX MTLR. 76, 77 FERRANTE AS. 17 FERREIRA LP. 48 FERREIRA MEC. 50, 51 FERREIRA MR. 21 FERREIRA RM. 72 FINCO M. 53, 54 FLOR K. 43 FRANCISCHI VG. 11 FREIRE IA. 68, 69 FREITAS CLR. 20 FREITAS FB. 79

GAIO RC. 40, 96 GIRARDI R. 53 GODA C. 55, 56 GODTSFRIEDT J. 55, 56 GOMES MA. 12 GOULART NBA. 23, 24, 93 GUERRA N. 53 GUIMARÃES LM. 21 GUIOTI TT. 12

HEUER S. 29

Autor, número do resumo, paginação

R48 R35 R29, R47 R25, R44, R51, R52 R33 R43 R53

R44 R43 R23, R43R53R60R3, R4

R21

R59R30R41R45, R46R11R31R32, R33R13R43R34R29R6R41, R42R12R47

R25, R55R34R35R35R6R15, R16, R54R34R13R6

R18

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68 • R.65

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Índ

ice

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os R

esu

mos

Autor, número do resumo

IYAMA RS. 106

JULIO E. 82

KRAESKI AC. 67 KRETICOSKI JS. 80 KUHN F. 55, 56

LIMA CLL. 16 LIMA LBQ. 26, 104 LIMA LR. 45 LINK A. 23, 24 LLUCH AC. 20 LOPES P. 63 LOUREIRO VAFB. 20 LOURENÇO MRA. 39, 41, 75, 90 LUNARDI M. 23, 24 LUZ LSM. 82

MACAMO AJ. 20 MARINHO NFS. 48 MARQUES DS. 93 MARRONI PCT. 32 MARTINS C. 47 MARTINS FS. 70 MARTINS GA. 60 MARTINS IC. 96 MARTINS JL. 21 MARTINS MQ. 11 MASCARIN M. 30 MASSARO I. 42 MEDRADO JUNIOR JSM. 93MEIRELES JFF. 50, 51 MELO MO. 23, 24 MELO R. 85 MENEGALDO FR. 103 MESQUITA RM. 15, 16 MILOSKI B. 35 MINCIOTTI AN. 83, 102 MIRANDA ACM. 73, 87, 88, 89 MIRANDA RCF. 45 MOCHIZUKI L. 30 MOLINARI CI. 9, 10, 19 MONTAGNER PC. 46 MORAIS FR. 78

R61

R48

R41R47R35

R10R17, R60R30R15, R16R12R39R12R25, R26, R45, R52R15, R16R48

R12R31R54R21R31R42R37R55R13R6R19R27R54R32, R33R15, R16R50R59R9, R10R23R49, R59R45, R51, R52R30R19R5, R12R30R46

Autor, número do resumo, paginação

R.66 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

Autor, número do resumo, paginação

Índ

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mos

MULLER J. 43 MURBACH MA. 26, 104 NAKASONE M. 1 NEVES CM. 50, 51 NEVES LNS. 106 NEVES MP. 97 NEVES SAF. 44 NOGUEIRA RD. 27 NORONHA I. 82 NUCCI TB. 97 NUNES MO. 45 NUNOMURA M. 9, 10, 52, 63, 104 OLIVA JC. 23 OLIVEIRA JC. 68, 69 OLIVEIRA MA. 28 OLIVEIRA MH. 94 OLIVEIRA MS. 28, 63, 106 OLIVEIRA VS. 40 OTSUKA MM. 6, 7 PAIATO I. 85 PALOMARES BRA. 76, 77 PATRÍCIO TL. 103 PAULINO M. 97 PAZ B. 14, 18, 75, 90 PAZ JRL. 14, 18 PELLOSO SM. 89 PEREZ CR. 2 PINTO CA. 95 PIRES AF. 73, 87 PIRES V. 14, 18 PIZZOL V. 42 POLLI T. 53 PRATA AC. 71 QUINTILIO NK. 2 RAMOS RA. 22 RAMOS V. 55, 56 RESENDE FF. 45 RIBEIRO ER. 20 RINALDI IPB. 39 RIOS N. 85

R29R17, R60

R1R32, R33R61R56R29R17R48R56R30R5, R33, R39, R60

R15R41, R42 R18R54R18, R39, R61R25R3, R4

R50R45, R46R59R56R9, R11, R45, R52R9, R11R52R1R55R44, R51R9, R11R27R34R43

R1

R15R35R30R12R25R50

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68 • R.67

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

ROCHA MT. 101 ROSA JP. 14 ROSINA D. 3 ROTTA CV. 74 RUBIO K. 3 RUIZ V. 61 SA GR. 93 SAAVEDRA FJF. 34 SALAMUNES ACC. 31, 36, 74 SALIM JLH. 83 SAMPAIO CM. 5 SAMPAIO GBS. 67 SANCHEZ V. 80 SANTANA WF. 58, 59 SANTOS CB. 70 SANTOS D. 81 SANTOS FCP. 27, 44 SANTOS LF. 33 SCARABELIM MLA. 108 SCHIAVON LM. 26, 104 SCHMITT NT. 68, 69 SCHWARTZ GM. 86SEMIONATTO AF. 64 SENOI JR. 100 SIERRA MF. 46 SILVA AO. 44 SILVA CB. 81 SILVA DO. 87 SILVA DS. 40 SILVA GRS. 70 SILVA KA. 88 SILVA LJ. 79 SILVA NNO. 91 SILVA PCC. 105, 106 SILVA PCR. 48 SILVA PP. 58, 59, 60, 107 SILVA YTG. 106, SIMÕES RR. 98, 99 SIQUEIRA TL. 62 SOARES DB. 64, 103 SOARES SRB. 91 SORDI ICE. 57 SOUZA APD. 106, SOUZA JR. 55, 56

R58R9R2R44R2R38

R54R22R21, R23, R44R49R3R41R47R38R42R48R17, R29R22R62R17, R60R41, R42R50R39R58R30R29R48R51R25R42R51R47R53R60, R61R31R36, R37, R61R61R57R38R39, R59R53R36R61R35

Autor, número do resumo, paginação

Índ

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R.68 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Nov;29 Supl 8:R.63-R.68

IV Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC)

R43R49R21, R23, R44R25

R57R18R4R47R10R6, R.27, R38, R49, R54, R62R48R58R41, R42R50R39R12

R44

R34R15R32R19

R61R21

R22R3

SOUZA V. 71 SPALATO ACF. 84 STADNIK AMW. 31, 36, 74 SUSUKI F. 40

TANNÚS FMS. 98, 99 TAVARES ET. 29 TEIXEIRA MC. 8 TIBALDI J. 80 TIBEAU CP. 16 TOLEDO E. 12, 42, 61, 84, 94, 108 TORRES J. 82, TORSANI AG. 100 TOURINHO EK. 68, 69 TREVISAN PRTC. 86 TSUKAMOTO MHC. 65 TUCUNDUVA BBP. 19

ULBRICHT L. 74 VARGAS C. 53 VAZ MA. 23 VIANA LVR. 49 VIEIRA G. 30

YAMAGUTI EY. 107 YAMAMURA RAMH. 32 ZANINI D. 34 ZIMMERMANN MA. 5

Autor, número do resumo, paginação

Índ

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