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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Novembro/2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice Draw
Ano 4 | N° 16 |Novembro 2010
Revista
Artigo | Dica | Tutorial | e muito mais...
Como nós:Oferecemos suporte técnico especializado e treinamento de qualidade para Software Livre
Comunidade BrOffice.orgMarca presença na VII Conferência Latino
Americana de Software Livre
Comitê para Democratização da
InternetMostra o panorama atual da
Inclusão Digital no Brasil
Escritório aberto:Modelo de monografia para evitar dores de cabeça na hora de finalizar a dissertação
Saiba como:TJDFT desenvolveu sistema que automatiza geração de documentos

Edição Especial | Outubro | 20102| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista
índice || entrevista
TJDFT desenvolve sistema de controlede processos BrOffice e outrastecnologias livres
05
| artigo
Inclusão Digital: Uma etapa com osdias contados?
09
| novas tecnologias
BrOffice: ferramenta de construçãopara novas tecnologias
12
| dicas rápidas
Dicas rápidas 14
| como nós ...
... damos suporte técnico 16
| reportagem
Fundo de Pensão SERPROS migra paraUbuntu Linux e BrOffice
18
Contagem regressiva paraLatinoware 2010
23
| cultura
Redblade - Episódio 06: Acidente 25
Dica de Filme: Jogo de espiões 27
| escritório aberto
Escritório aberto 33
| escritório aberto
Resumo do mês 46
| tutorial
Expressões regulares no BrOffice 28
| dicas
Aplicação prática do BrOffice Calc 35
Desenhando diagramas no BrOfficeDraw facilmente com a extensãoDiagram
37
O Navegador 40
Diagramando um folder com BrOffice Draw 43

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Novembro/2010
| editorial
stamos fechando essa edição da revista em meio ao alvoroço
dos preparativos para um dos maiores eventos de tecnologia do
país, a Conferência Latino Americana de Software Livre, conhecida
como Latinoware. Outro assunto que vem ocupando as mentes e
redações no Brasil é a sucessão presidencial e o que o resultado
pode afetar nos mais variados setores. Em nosso caso, o que
importa mesmo é que o País possa continuar investindo e
apostando em soluções nacionais, que inclua digitalmente todas as
pessoas.
Voltando a falar sobre a Latinoware, a comunidade BrOffice.org vai
marcar sua presença apresentando palestras e ficando à disposição
para sanar dúvidas sobre a comunidade e a suite livre mais usada
no mundo.
Às vésperas do lançamento da versão estável do LibreOffice,
previsto para o mês de novembro, essa será uma grande chance de
falar com representantes, no Brasil, da The Document Foundation.
Na matéria de capa mais um case vitorioso de migração para
BrOffice. O Fundo de Pensão fundado pelo Serpro, Serviço Federal
de Processamento de Dados, fez a opção de migrar todas as suas
máquinas para Ubuntu e BrOffice. Estamos contando tudo sobre os
preparativos, sobre as resistências, sobre o treinamento e mudança
de comportamento do usuário.
Um artigo escrito a seis mãos, pelo pessoal do CDI Campinas,
Comitê para Democratização da Internet, André, Helena e Patrícia,
nos traz um panorama da Inclusão Digital no Brasil com números
que demonstram que o país pode atingir o seu objetivo em 2017.
Mas será que a tarefa de Inclusão Digital estaria cumprida? É a
reflexão que o artigo faz.
Na seção Como Nós, algumas dicas sobre suporte técnico para
ferramentas livres, sobretudo, o BrOffice. E por falar em dicas, a
edição está repleta de dicas e um tutorial muito interessante sobre
expressões regulares no BrOffice. O autor do tutorial dispensa
comentários. Julio Neves é um reconhecido especialista em shell
script e um colaborador da comunidade BrOffice.org.
Boa leitura!!
EE
Colaboradores desta edição Redação:André Luís BordignonCarlisson GaldinoCésar BrodHelena WhiteJulio NevesLuiz OliveiraPatrícia NobrePedro CiríacoRochele Prass
Dicas | Dicas Rápidas | Tutorial:Cícero Pinho CunhaClóvis Tristão – TraduçãoLuiz OliveiraMarcelo MassaoRenata MarquesRubens QueirozRui Ogawa
Diagramação:Duilio NetoEliane DomingosRenata MarquesRui Ogawa
Revisão:Clóvis TristãoFátima ContiLuiz OliveiraRenata MarquesRicardo Pontes
Capa:Duilio Neto
Edição:Luiz Oliveira [email protected]
Revisora responsável:Vera Lúcia Cavalcante [email protected]
Jornalista responsável:Luiz Oliveira – Mtb.31064
Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho | [email protected]
Coordenadora Revista BrOffice.org:Eliane Domingos de [email protected]
Escreva para a Revista BrOffice.org:[email protected]
Edições anteriores: www.broffice.org/revistaO conteúdo assinado e as imagens que o integram são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião da revista BrOffice.org e de seus responsáveis. Todos os direitos sobre as imagens são reservados a seus respectivos proprietários
O que é o BrOfficeÉ o produto, ferramenta de escritório multiplataforma, livre, em bom português, desenvolvido sob os termos da licença LGPL, composto por editor de texto, planilha de cálculo, apresentação, matemático e banco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalha para a difusão do SL/CA no País.
DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice, editor de texto, planilha eletrônica, apresentação e, diagramação. A reprodução do material contido nesta revista é permitida desde que se incluam os créditos aos autores e a frase: “Reproduzido da Revista BrOffice.org – www.broffice.org/revista em local visível.
O BrOffice.org declara não ter interesse de propriedade nas imagens. Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivos autores/proprietários.
O conteúdo da Revista Broffice.org está protegido sob a licença Crea-tive Commons BY-NC-SA, disponível no www.creativecommons.org.br. Esta licença não se aplica a nenhuma imagem exibida na revista, e para utilização delas obtenha autorização junto ao respectivo autor.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Novembro/2010
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Conhecendo os colaboradores |
Conhecendoalgunscolaboradores

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Novembro/2010
entrevista |
TJDFT desenvolve sistema de TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando controle de processos usando
BrOffice e outras tecnologias livresBrOffice e outras tecnologias livres
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Por Rochele Prass
Marco A. S. Reis - Especialista em sistemas ditribuídos, é arquiteto de software no TJDFT onde
desenvolve frameworks para os sistemas internos, além de ser professor de linguagem de
programação. Seus principais interesses envolvem inteligência artificial e processamento de
linguagem natural.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT está implantando um sistema de controle de processos,
a partir de uma solução que utiliza o BrOffice em um dos módulos centrais do sistema de controle de processos jurídicos, o
SISTJWEB. Ao todo, o projeto atende a 110 usuários. O desenvolvimento contou com 20 profissionais, entre
programadores, analistas e gerentes de projeto.
Conforme explica Marcos Reis, da Subsecretaria de Desenvolvimento de Sistemas do órgão, a ideia surgiu da necessidade
de atualização dos sistemas do tribunal para a plataforma web e da necessidade de automatizar esse processo. Ele explica
que os usuários estão, tradicionalmente, acostumados a simplesmente abrir um programa e editar o seu texto.
Entretanto, pondera, em uma organização como o TJDFT, em que circulam milhões de textos – todos de altíssima
importância, gerar manualmente todos esses documentos demanda um esforço muito grande. “Se houvesse a
possibilidade de automatizar esta atividade haveria um ganho muito grande tanto na produtividade quanto na padronização
dos documentos”, diz. Para se ter uma ideia, com a tecnologia desenvolvida, o órgão produz atualmente uma média de 500
atos por dia, o que dá um volume de aproximadamente 10 mil documentos por mês.
A suíte de escritório aberta foi escolhida para esta finalidade, justamente por ser compatível com tecnologias abertas e com
formatos utilizados na internet. Isso porque possui uma interface de programação (API), que se chama Uno (de Universal
Network Objects), permitindo que os desenvolvedores utilizem todas as funcionalidades da ferramenta dentro de um
sistema. Assim, o sistema poderia criar um documento de texto, adicionar novas linhas, formatar parágrafos, criar tabelas,
mudar o estilo da fonte e todas as demais opções disponíveis sem que o usuário precise abrir a ferramenta. Na entrevista a
seguir, Marco Reis detalha o projeto:

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Novembro/2010
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TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista |
Pode detalhar o funcionamento da solução?
A geração de “Atos Processuais” é uma das
funcionalidades principais do SISTJWEB, o sistema de
controle de processos jurídicos utilizado no TJDFT. Pode-
se dizer que é o “coração” do sistema. O BrOffice é
utilizado por meio de acesso via Sockets para fazer a
mesclagem dos documentos, substituição dos parâmetros
e, finalmente a geração de um PDF para ser assinado
digitalmente.
Este serviço deve estar on-line 24 horas e 7 dias por
semana. A alta disponibilidade é conseguida utilizando
diversos servidores virtualizados para responder às
centenas de requisições diárias. Para realizar o
balanceamento da carga entre os servidores, foi criado
um componente que é responsável por dividir as diversas
requisições (são centenas de documentos gerados
diariamente). Quando algum dos servidores fica
indisponível, a equipe de suporte é notificada por e-mail.
Por se tratar de um ponto crítico do tribunal, foi criada
uma ferramenta para monitoramento e gerenciamento do
status dos servidores, que não podem parar.
Nos últimos 10 anos, tivemos a Nos últimos 10 anos, tivemos a
popularização da internet e os popularização da internet e os
aplicativos deveriam ser migrados aplicativos deveriam ser migrados
para esse novo cenário, livrando o para esse novo cenário, livrando o usuário da necessidade de ter o usuário da necessidade de ter o
software instalado em cada software instalado em cada
computador. computador.
Como funciona, neste caso, a certificação digital e
qual a sua importância para a segurança das
informações contidas nos documentos?
A certificação digital é essencial para este tipo de
documento, já que os atos gerados fazem parte de
processos judiciais. Cada usuário possui um token
(espécie de pen drive que contém um certificado digital
com valor jurídico, emitido por uma autoridade
certificadora). No sistema, o usuário seleciona os
documentos que deseja assinar, e clica no respectivo
botão de assinatura. Neste momento, a aplicação usa a
suíte de escritório para gerar o documento final,
encaminha para um applet Java que lê o certificado do
token e solicita a respectiva senha do usuário. O
documento assinado é, então, encaminhado de volta para
o servidor que armazena este documento em um servidor
de arquivos.
Quais foram as necessidades e solicitações de
usuários que motivaram o desenvolvimento do
sistema? Poderia citar exemplos de situações e
dificuldades que eles enfrentavam antes da
implementação?
Os sistemas legados tinham limitações técnicas e
funcionais, demandando muito esforço para manutenção.
Num primeiro esforço de migração, uma parte desses
sistemas foi migrada para Visual Basic, passando do
antigo terminal utilizado nos anos 1980 para o desktop
que durou toda a década de 1990. Nos últimos 10 anos,
tivemos a popularização da internet e os aplicativos
deveriam ser migrados para esse novo cenário, livrando o
usuário da necessidade de ter o software instalado em
cada computador. Por se tratar de um tribunal, a geração
de documentos jurídicos é a principal funcionalidade dos
sistemas internos. Tais documentos possuem cabeçalhos
e rodapés pré-definidos, além de existirem modelos para
cada tipo de ato (Ofício, Mandados, Decisões etc),
mudando apenas o teor deste documento. Além disso, os
modelos deveriam funcionar como espécies de malas
diretas, em que parâmetros poderiam ser definidos (como
número e classe do processo, nome das partes, data da
distribuição etc) e seriam substituídos no momento da
assinatura digital do ato. Este é o papel da suíte.
Quais são as funcionalidades que a tecnologia
permite e de que modo melhoram o dia a dia dos
usuários?
A solução consiste basicamente em um editor de textos
web que serve como interface com o usuário. Após
digitado o texto - uma decisão do juiz, por exemplo, a
aplicação envia esses dados em formato HTML para que
o BrOffice formate o documento com o seu respectivo
modelo e adicione os demais componentes como
cabeçalho e rodapé. Uma vez que o documento esteja
pronto, é gerado um PDF que será assinado digitalmente.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Novembro/2010
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TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista |
Em que fase da implementação o projeto encontra-se
atualmente?
Após implantação da solução nos juízos da Vara de
Execuções Penais (VEP) e da Vara de Execuções Penais
e Medidas Alternativas (VEPEMA), como projeto-piloto,
está sendo avaliada estrategicamente a expansão do
sistema para os juizados especiais de Fazenda Pública
ou para as Varas Criminais, o que deve representar um
crescimento de cerca de 25% na quantidade de usuários,
já num primeiro momento.
Quais são as metas e prazos?
A meta é a expansão do sistema para todo o TJDFT, tanto
na primeira quanto na segunda instância. O prazo para a
expansão, no que tange à 1ª Instância, ainda aguarda
definição por parte da Corregedoria da Justiça. Quanto à
2ª Instância, o prazo previsto é Janeiro/2012.
Quanto tempo de desenvolvimento?
Foram sete meses de desenvolvimento até a implantação
do piloto nos juízos da Vara de Execuções Penais VEP e
da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas
VEPEMA. Com a ampliação de escopo decorrente da
implementação de novas funcionalidades, visando à
expansão do sistema, o desenvolvimento é constante,
inclusive atendendo à determinação da Administração
Superior do TJDFT de que toda nova necessidade seja
implementada no âmbito do SISTJWEB.
Pode explicar o tipo de informação que circula nos
“atos processuais”, bem como a importância da
preservação desses dados para o andamento dos
trabalhos do órgão?
As informações constantes dos atos processuais são, em
grande parte, despachos, decisões, sentenças judiciais,
mandatos de prisão e soltura, proferidas pelos órgãos do
Poder Judiciário, tratando-se de informação crítica,
imprescindível à operacionalidade da instituição.
Trata-se de uma aplicação crítica... Pode dar um
exemplo de problemas que não podem ocorrer de
forma alguma e que prejuízos trariam às atividades do
órgão?
Uma vez assinados, os documentos não podem ser
alterados. Isso é garantido a partir da própria assinatura
que possui não só o PDF, como também os dados do
certificado emitido por autoridade certificadora. O ato
judicial é a materialização da atividade-fim da instituição,
ou seja, representa, de fato, o produto esperado pelo
cliente do TJDFT. Nesse sentido, a indisponibilidade dos
serviços responsáveis pela geração e assinatura dos
atos, em última análise, impediria a prestação da
atividade jurisdicional por parte do magistrado, frustrando,
assim, os anseios de toda a sociedade. Basta pensar em
uma situação em que o magistrado não pode emitir um
mandado de prisão urgente porque o sistema está fora do
ar. Da mesma forma, não é aceitável que alguém continue
preso porque o sistema não permite a emissão de um ato
que possibilite a liberdade.
Está sendo avaliada Está sendo avaliada
estrategicamente a expansão estrategicamente a expansão
do sistema para os juizados do sistema para os juizados
especiais de Fazenda Pública especiais de Fazenda Pública
ou para as Varas Criminais, o ou para as Varas Criminais, o
que deve representar um que deve representar um
crescimento de cerca de 25% crescimento de cerca de 25%
na quantidade de usuários, já na quantidade de usuários, já
num primeiro momento.num primeiro momento.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Novembro/2010
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TJDFT desenvolve sistema de controle de processos usando BrOffice e outras tecnologias livres| Por Rochele Prass
entrevista |
Dentre as soluções tecnológicas possíveis para esta
demanda, quais foram as razões da equipe de TI
buscar soluções em software livre?
A economia de recursos é certamente importante, uma
vez que estamos tratando de orçamento público. Nesse
sentido, a plataforma Java se mostrou aderente às
necessidades do tribunal. Além da economia,
escalabilidade (a possibilidade de crescimento do número
de usuários atendidos) e segurança, a linguagem Java é
relativamente fácil de aprender e tem boa produtividade.
O mais importante é que hoje temos produtos grátis com
a mesma qualidade dos concorrentes pagos.
Conseguimos atender aos clientes com soluções criativas
e elegantes sem precisar pagar por licenças, muitas
vezes com preços proibitivos, principalmente em se
tratando de Brasil.
Existe uma estimativa de economia em recursos
financeiros através do uso de software livre?
O ambiente de desenvolvimento do TJDFT é
essencialmente constituído de ferramentas livres, como
Eclipse, iReport e Tomcat, mas não há um estudo formal
sobre os recursos economizados com essa iniciativa.
Houve dificuldades técnicas para tal
desenvolvimento? Quais e como foram superadas?
A maior dificuldade foi a escalabilidade, pois no início do
projeto foi definido apenas um servidor BrOffice, que era
acessado via rede para fazer a geração dos documentos.
Com o passar do tempo, aumentou muito a quantidade de
usuários que preparavam e assinavam documentos
simultaneamente. Isso tornou necessário um controle
maior dos servidores, com balanceamento de carga e
controle de erros caso algum processo estivesse fora do
ar. Hoje o sistema está no ar, em produção com seis
servidores BrOffice dedicados apenas para o sistema
SISTJWEB.
No que se refere aos usuários, quais são os
procedimentos adotados?
Há necessidade de treinamento no uso do sistema
SISTJWEB. Esse treinamento inclui o módulo de Atos,
que possui as funcionalidades de preparação, remessa,
alteração e assinatura desses documentos. O BrOffice é
utilizado de forma absolutamente transparente para o
usuário final.
Existe intenção de compartilhar a tecnologia
desenvolvida com outros órgãos ou disponibilizá-la
para demandas semelhantes de outras instituições?
Outros tribunais já utilizam produtos desenvolvidos pelo
TJDFT. Normalmente, nossos sistemas são requisitados
através de pedidos formais feitos à administração do
TJDFT.
Padrões abertos de documentos, como o ODF, são
uma saída para instituições que precisam preservar
arquivos por longos períodos ficando disponíveis
para consulta e edição posterior?
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão da
administração pública responsável pelo planejamento do
judiciário, publicou portarias indicando a intenção de
utilizar cada vez mais soluções abertas.
Quanto tempo é necessário guardar os documentos
digitais segundo a legislação?
Existe uma tabela de temporalidade e o período
obrigatório de armazenamento varia de acordo com cada
tipo de documento.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Novembro/2010
Por André Luís Bordignon, Helena White e Patrícia Nobre
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artigo |
Inclusão Digital:
Umaetapacomos diascontados?
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s dados da última pesquisa
TIC Domicílios 2009, que chegou a
sua 5ª edição, mostram a evolução da
posse e uso das tecnologias de informação
e comunicação no Brasil. Ela nos dá uma
visão ampla da situação da inclusão digital
no país. Olhando para os números,
podemos perceber que 27% dos domicílios
já possuem acesso à internet e 34%
possuem computador. Mas, não podemos
olhar somente os números: precisamos
ainda analisar a tendência desse
crescimento.
Em 2005, tínhamos 13% de domicílios com acesso à
internet; em 2006, 14%; em 2007, 17%; em 2008, 20%; e em
2009, 27%, considerando somente a área urbana. Na área
rural, de acordo com a pesquisa, 24% dos domicílios têm
acesso à rede mundial de computadores. Com isso,
podemos calcular o crescimento. Fazendo um exercício de
previsão com a taxa média de 16%, podemos supor que o
acesso à internet pode atingir o índice de 90% de domicílios
em 2017, o que seria espetacular.
No entanto, será que a tarefa de Inclusão Digital estaria
cumprida com essa taxa de acesso? Para responder a essa
questão, precisamos definir o que é inclusão digital. Já existe
um consenso de que a inclusão digital é o acesso a toda
infraestrutura para qualquer pessoa poder usar computador e
internet, além da oportunidade para obter conhecimentos
básicos para manuseá-lo. Porém, consideramos essa
definição muito limitada e apresentaremos a seguir os
motivos.
“”
O
Fazendo um exercício de previsão com a taxa médiade 16%, podemos supor que o acesso à internet pode
atingir o índice de 90% de domicílios em 2017

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Novembro/2010
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Não podemos simplesmente pensar o tecnológico e
esquecer o aspecto pedagógico de como se apropriar da
tecnologia. É a educação e a conscientização que irão
mostrar os caminhos para que essa apropriação se dê de
maneira que o usuário a utilize como ferramenta para se
emancipar, e não se subordine a ela, utilizando-a
simplesmente como receptor de ideias, como acontece
com a televisão. O mercado vaticina que o próprio avanço
da economia trará, inevitavelmente, a inclusão dos
excluídos digitalmente. Se deixarmos o mercado tomar
conta do processo, teremos novamente o poder
hegemônico dominando, expandindo e consolidando os
monopólios informacionais, subordinado à dinâmica
empresarial do lucro.
O professor Sérgio Amadeu já nos alertou: “O mercado,
as forças da oferta, primeiro pensam em vender e ampliar
as vendas de seus produtos e serviços. Dificilmente a
inserção social ocorrerá como uma externalidade positiva
do cruzamento das curvas da oferta e da demanda
produzidas pelas forças de mercado ou, também, por um
ato voluntário e consciente do empresariado sério e
altruísta”.
A Internet nos proporciona ferramentas que aumentam o
poder da democracia. Ela possibilita que qualquer pessoa
possa publicar suas ideias e disponibilizar na rede.
Podemos acompanhar mais de perto as ações de nossos
governantes. Existem inúmeras possibilidades para ler
conteúdo, e não somente alguns poucos canais abertos
como na televisão. Explorar essas alternativas e opções
da Internet é garantir seu uso democrático.
Além disso, por essa característica de ser extremamente
democrática, a internet pode levar a caminhos não tão
emancipadores como podemos sonhar. Sem uma
proposta pedagógica clara de apropriação dessa
tecnologia, podemos subutilizá-la e corremos o risco de
não retirar o máximo dessa ferramenta para a construção
da cidadania.
Que fique claro aqui que não é uma defesa de visão
única, mas sim da apresentação das várias opções para
que o usuário possa tomar a sua decisão sobre qual
caminho seguir.
O local de acesso é um fator importante para
conscientizar o usuário de como utilizar a rede. A
pesquisa que citamos anteriormente mostra que 48% do
acesso à internet se dá através das casas das pessoas,
seguido pelos centros públicos de acesso pago, as lan
houses, que ficam com 45% dessa fatia. Os centros
públicos ficam com 4% dos números.
Portanto, percebemos que a escola e os centros públicos
de acesso gratuito (telecentros) somam juntos 18%, o que
é muito pouco. Nesses espaços, deveria haver um projeto
pedagógico para a conscientização sobre o acesso.
Temos visto muitos projetos excelentes, mas,
infelizmente, percebemos que ainda não são a maioria.
Quando se fala em inclusão digital, são propostas de
acesso à tecnologia sem um acompanhamento
pedagógico que eduque a sua utilização de uma maneira
crítica e consciente. Se continuarmos nessa visão limitada
para a inclusão digital, teremos novamente uma
tecnologia sendo utilizada para controle social, e não para
a construção da cidadania.
Existem inúmeras possibilidades para ler conteúdo, e não somente alguns poucos
canais abertos como na televisão. Explorar essas alternativas e opções da Internet é garantir seu uso democrático
Inclusão Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por André Luís Bordignon, Helena White e Patrícia Nobre
artigo |
Local de acesso individual à Internet
Em casa 50%
Centro público de acesso pago 44%
Na casa de outra pessoa 26%
No trabalho 22%
Na escola 14%
Centro público de acesso gratuito 4%
Não podemos simplesmente
pensar o tecnológico e esquecer o
aspecto pedagógico de
como se apropriar da tecnologia
O local de acessoé um fator
importante para conscientizar o
usuário de como utilizar a rede
“ “
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Novembro/2010
Ao analisarmos a tendência de avanço do acesso ao
computador e à internet, percebemos que o maior
potencial de crescimento é nas classes sociais que
usaram acessos públicos. Somando ao projeto de
abertura de 3 mil telecentros que o Governo Federal
acaba de lançar, temos hoje uma grande oportunidade de
trabalho. Teremos muito mais gente acessando. O que
temos que garantir é a qualidade desses acessos.
Se continuarmos nessa visão limitadapara a inclusão digital, teremos
novamente uma tecnologia sendoutilizada para controle social, e não
para a construção da cidadania
Para concluir, apresentamos aqui uma definição mais
ampla, ainda em construção, do que seria a inclusão
digital: é a disponibilidade de acesso à rede mundial de
computadores a todos aqueles que, com a utilização
dessa tecnologia, possam desempenhar qualquer
atividade para a promoção humana, bem como acesso à
formação para esse acesso.
Teremos muito mais gente acessando – temos é que garantir a qualidade
desses acessos
Formação essa, crítica e consciente, que contemple não
somente a habilidade técnica para o acesso, mas a
formação de uma consciência crítica para esse acesso,
de forma que a emancipação do ser humano seja o
principal objetivo. Quem sabe, num futuro não tão
distante, o povo possa se apropriar dessa tecnologia
transformando-a conforme suas escolhas para a
construção efetiva da cidadania?
Inclusão Digital: Uma etapa com os dias contados? | Por André Luís Bordignon, Helena White e Patrícia Nobre
artigo |
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”
Referências
1. Análise dos Resultados da TIC Domicílios 2009: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2009/analise-tic-domicilios2009.pdf
2. Inclusão Digital, Software Livre E Globalização Contra Hegemônica:

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Novembro/2010
Por Rochele Prass
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novas tecnologias |
BrOffice:BrOffice:
ferramenta de ferramenta de
construção construção
para novas para novas
tecnologiastecnologias
Novas formas de interagir com a máquina é um dos
tantos novos caminhos e desafios da informática. Há
muito já não faz parte do universo da ficção científica
aparelhos que podem ser comandados pela voz ou pelo
toque na tela, sem o uso de periféricos. O que pouca
gente sabe é que, com um mínimo de recursos,
conhecimento e muito software livre, é possível construir
aparelhos semelhantes em casa mesmo – e em pouco
tempo.
É isso que mostram os desenvolvedores da tela
multitoque, projeto apresentado aos visitantes do fisl11.
Apesar de a tecnologia empregada ser diferente do já
popular touch screen (encontrado em vários aparelhos de
telefone), o princípio é o mesmo. “É possível fazer essas
coisas sem ter uma indústria gigantesca e proprietária”,
diz Gerson Tessler, que desenvolveu o projeto junto com
um colega. Ao construir a tela multitoque, Gerson conta
que uma das preocupações era empregar tecnologias
livres em cada um dos detalhes.
Assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=F7dLiKt0dc0
E o BrOffice está lá em cada pedaço da telona interativa,
para quem puder ver. Isso porque o Draw foi usado pelos
desenvolvedores como ferramenta de CAD para criar todo
o design do projeto - desde a construção da estrutura da
tela, quanto o projeto eletrônico. No Draw, foram
especificadas dimensões e tamanhos, orientando como
deveriam ser realizados os cortes em madeiras e outros
materiais para a construção da estrutura.
Além disso, todo o cálculo óptico da tela compilante, que
conta com um sistema de captura e exibição de imagens,
determinando os resultados do toque na, foi realizado
pelo BrOffice Draw. “Eu me senti mais confortável, com
muito mais velocidade e produtividade”, diz Gerson ao
falar sobre a escolha do Draw para a tarefa.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Novembro/2010
Da decisão sobre fazer até a apresentação da tela que
impressionou milhares de visitantes no fisl11, foram
apenas 3 meses e meio (entre finais de semana e
madrugadas), conta Gerson. No período, foram
desenvolvidas todas as aplicações de demonstração,
desenho e construção da tela.
A ideia de construir algo do tipo, entretanto, é um pouco
mais antiga: já fazia parte dos planos de Gerson desde a
clássica apresentação da telona sensível ao toque feita
por Jeff Han na TDE. Em seguida, ele passou a integrar
um grupo internacional que se dedica ao estudo e
desenvolvimento de soluções de informática focadas em
interfaces naturais, o NUI Group - natural user interface
Group.
Ao falar sobre tendências tecnológicas, Gerson explica: “A
interface multitoque traz de volta ao ser humano o que é
natural para ele: interagir com as mãos”. O desenvolvedor
cita como exemplo uma das primeiras reações de uma
criança em frente a um computador: colocar a mão na tela
para que a máquina tenha alguma reação.
Outra preocupação que a dupla teve foi de tornar o
projeto colaborativo e multidisciplinar: “desenvolver esse
tipo de tecnologia não é só software, envolve hardware,
envolve química, engenharia, eletrônica”, diz Gerson. Os
desenvolvedores, que se dedicam à arquitetura do design
de aplicações e de interfaces do gênero, também já
desenvolveram uma vitrine e um piso multitoque.
BrOffice : ferramenta de construção para novas tecnologias | Por Rochele Prass
novas tecnologias |
Gerson Tessler apresenta a criação aos visitantes do fisl11
Projeto chamou atenção de participantes e visitantes do fisl11

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
dica rápida |
Vamos utilizar o Slackbuilds para nos ajudar nessa tarefa.
Primeiro baixe dois arquivos a partir do repositório do
Slackbuilds:
Arquivo 01:
ftp://ftp.broffice.org/stable/3.2.1/BrOOo_3.2.1_Linux_x86-
64_install-rpm-wJRE_pt-BR.tar.gz
Arquivo 02:
http://slackbuilds.org/slackbuilds/13.1/office/broffice.org.tar.
gz
O arquivo número 01 é o fonte e no arquivo número 02
contém o script de instalação. Os comandos abaixo tem
que ser executados como root. Descompacte o arquivo
broffice.org.tar.gz com o comando:
# tar -zxvf broffice.org.tar.gz
Entre no diretório “broffice.org”. Copie o arquivo fonte, nú-
mero 01, para dentro desse diretório “broffice.org”.
Agora é só executar o script:
#./broffice.org.SlackBuild
Isso vai gerar um pacote para o Slackware que estará no
diretório /tmp:
#installpkg /tmp/broffice.org-3.2.1_pt_BR-x86_64-
1_SBo.tgz
Pronto. Tudo estará funcionando perfeitamente, inclusive já
com o Vero instalado.
Referências:
http://slackbuilds.org/repository/13.1/office/broffice.org/
http://www.slackware.com/
http://broffice.org/download
Instalando o BrOffice no Slackware64 13.1
Tradução e adaptação – Clóvis Tristão
Adicionar uma pitada de cor para fragmentos de código em
um documento do Writer pode torná-lo mais fácil de ler.
Mas colorir o código à mão é uma proposta bastante
assustadora, especialmente se o documento contiver
centenas de linhas.
Figura 1: Colorindo um código bash no Writer
Felizmente, existe uma extensão para isso: COOoder [1] é
uma extensão que pode colorir automaticamente o código
em várias linguagens de programação. A Figura 1 mostra a
extensão em ação.
Colorindo códigos com a extensão COOoder no BrOffice Writer
Instale a extensão, selecione o fragmento de código que
você deseja colorir, pressione o botão COOoder na barra
de ferramentas ou escolha
Ferramentas | Suplementos | COOoder)
selecione o idioma desejado e pressione OK
COOoder baseia-se na GeSHi [2] sintaxe de marcação.
Assim, a extensão pode lidar com todos os idiomas
suportados pelo GeSHi. Isso inclui HTML, JavaScript,
Python, Java, PHP, SQL, OpenOffice.org Basic, e muitos
outros.
Referências:
[1] http://extensions.services.openoffice.org/en/project/coooder
[2] http://qbnz.com/highlighter/
Fonte: Linux Today
Autor: Dmitri Popov

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Novembro/2010
Por Renata Marques
dica rápida |
Sabe aquele formulário que seus funcionários preenchem
na mão e que você sofre para entender a letra? Ou aquele
outro que é um arquivo de texto e que seu usuário
desarruma todo durante o preenchimento? Resolva isso
criando um formulário PDF. Veja como é fácil.
Crie um arquivo no BrOffice Writer. Digite os campos do
formulário. Se quiser, pode utilizar uma tabela para auxiliar
na formatação.
Vá no menu Exibir > Barra de Ferramentas > Controle de
Formulários.
Utilizando essa barra de ferramentas, insira os campos de
formulário mais adequados a cada tipo de campo.
Você pode tirar as bordas dos campos, clicando no campo,
em seguida no ícone controle da barra de ferramenta de
formulários e localizando a opção borda.
Por Marcelo Massao
Em muitas situações, precisamos trabalhar com
documentos ou planilhas que exigem a exibição de
números por extenso. Ex.: R$ 13,00 (treze reais). Existe no
BrOffice uma extensão que permite fazer esta operação de
maneira simples e rápida.
Em primeiro lugar, faça o download em
http://www.openoffice.org.br/files/BrOo_Extenso.oxt e em
seguida em Ferramentas – Gerenciador de Extensões.
Após, localize onde e extensão foi salva e a adicione.
Números por extenso.
Depois de instalada, a extensão será exibida na barra
superior estando pronta para ser utilizada.
Exporte o arquivo como PDF e pronto! Veja como ficou.
Para navegar entre os campos durante o preenchimento, a
tecla tab é super bem-vinda!
Para aplicar o recurso, basta selecionar o número e clicar
no botão e o resultado será a exibição por
extenso do número selecionado.
Criando um formulário com BrOffice

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
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como nós ... |
...damos suporte técnico
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Uma das críticas feitas ao modelo de negócios com Open
Source é a suposta falta de suporte técnico. Para alguns
entusiastas, no entanto, não é bem assim.
Em recente artigo publicado na Internet[1], Rodrigo
Robles, desenvolvedor de sistemas, diz o seguinte sobre
o assunto: “É paradoxal, mas para alguns softwares
comerciais o suporte é pior que o de seus concorrentes
de fonte aberto. Mesmo você pagando pelo suporte,
alguns problemas podem não ser resolvidos pelo
fornecedor. No caso dos softwares de fonte aberto é fácil
ter acesso a comunidade de desenvolvedores e obter
respostas técnicas às questões mais complexas.
Empresas de segurança já comprovaram que as
empresas produtoras de softwares de fonte fechado
demoram para fazer correções de falhas de segurança,
porquê esta ação implica em custo que não lhes traz
benefícios imediatos.”
Polêmicas à parte, a comunidade BrOffice.org, desde o
início, se preocupou com essa questão e passou a
oferecer várias formas de suporte para o usuário e
também para as corporações.
Projeto Documentação [2]
Esse projeto tem o objetivo de fornecer apostilas e
tutoriais produzidos pela equipe de documentação do
BrOffice, ou vindas de contribuições da comunidade.
Inclui tanto documentos originais quanto versões
traduzidas para o português a partir de documentos em
inglês, italiano, francês e espanhol. O grande destaque
desse projeto está no incentivo para que usuários
experientes colaborem enviando documentos para serem
compartilhados.
Caso você deseje colaborar, entre em contato com o
coordenador do projeto, Gustavo Pacheco, através do e-
mail gbpacheco_em_openoffice.org. Você pode auxiliar o
Projeto de Documentação através da tradução de
documentos, do desenvolvimento de material informativo
e da documentação de cases.
Uma lista de perguntas frequentes também está
disponível no portal BrOffice.org[3]. E por falar em lista,
uma das maneiras mais proveitosas de se conseguir uma
ajuda ou de ajudar alguém com alguma dúvida de

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Novembro/2010
BrOffice é participando das movimentadas listas de
usuários[4] e de desenvolvimento[5]. É através dessas
listas de discussão que os usuários e desenvolvedores
trocam informações, experiências, dúvidas e soluções.
Uma outra forma de conseguir ajuda nos momentos mais
difíceis é usar o sistema Rau-tu[6] e a coluna Dicas-l
BrOffice.org[7], projetos mantidos pela Unicamp. O Rau-
Tu é um sistema de perguntas e respostas que abrange
diversas áreas de conhecimento, denominadas tópicos.
Todas as perguntas já formuladas - e suas respectivas
respostas - ficam armazenadas na base de dados do
sistema. Assim, você pode fazer uma busca para saber
se já há uma resposta para a sua dúvida. Caso a busca
não solucione suas dúvidas, basta inserir uma nova
pergunta. Em pouco tempo, algum colaborador irá
respondê-la. Para formular perguntas, assim como
acessar o repositório de perguntas e respostas, não é
necessário se cadastrar. Se você já utiliza o BrOffice e
tem alguma experiência com ele, pode ajudar outros
usuários que encontram dificuldade, inscrevendo-se como
colaborador no Sistema Rau-tu[7].
O objetivo da coluna Dicas-L BrOffice.org é fornecer
semanalmente artigos relacionados ao BrOffice, trazendo
curiosidades da ferramenta, dicas de uso e técnicas
diversas para auxiliar o usuário. Os dois projetos são
mantidos pelo entusiasta Rubens Queiroz.
Suporte Comercial:
Até aqui o usuário doméstico pode ficar satisfeito e
encontrar tudo que precisa para aproveitar as facilidades
da suíte livre mais usada no mundo. Entretanto, quando
se trata de ambiente corporativo as coisas mudam de
figura. Para Anita Sobreira, Analista de TI das Casas
André Luiz, da cidade de Guarulhos, uma entidade sem
fins lucrativos que cuida de pessoas com necessidades
especiais, uma migração eficiente passa pelo
convencimento do Presidente da Empresa ou Instituição.
Ela se diz bastante convencida sobre o aumento da
produtividade a partir da migração para Linux e BrOffice.
Por esse motivo está escrevendo um projeto que
pretende apresentar ao presidente da entidade.
Outro caso bastante interessante é de uma academia de
artes marciais, em Campinas, cidade do interior do
Estado de São Paulo, com apenas dois computadores. O
sócio proprietário, Professor Leandro Romano, não
pensou duas vezes, quando lhe foi apresentada a solução
como nós ... |...damos suporte técnico | Por Luiz Oliveira
[1] Uso de Sistemas de Fonte Aberto no Ambiente Corporativohttp://twixar.com/vRLdC
[2] http://broffice.org/docs
[3] http://broffice.org/broo/?q=faq_principal
[6] http://www.rau-tu.unicamp.br/openoffice/
[7] http://www.dicas-l.com.br/broffice/
[4]Usuários Descrição: Esta lista é onde os usuários trocam experiências, compartilham conhecimento e discutem os mais diversos assuntos relacionados ao programa e à comunidade BrOffice.Para assinar, envie um e-mail para: [email protected] cancelar a assinatura, envie um e-mail para: [email protected] postar mensagens, envie um e-mail para: [email protected]ê também pode ver o arquivo da lista, organizado por períodos de tempo, ou então fazer uma busca sobre um assunto específico.
[5]Dev Descrição: Lista destinada a troca de informações entre a equipe de desenvolvimento do BrOffice.org. Assuntos relativos a tradução do programa, compilação, criação de pacotes são discutidos aqui.Para assinar, envie um e-mail para: [email protected] cancelar a assinatura, envie um e-mail para: [email protected] postar mensagens, envie um e-mail para: [email protected]ê também pode ver o arquivo da lista, organizado por períodos de tempo, ou então fazer uma busca sobre um assunto específico.
Linux Ubuntu e BrOffice. Inicialmente, o principal
argumento da empresa contratada para fornecer os
equipamentos e softwares para a academia foi a
economia e a segurança oferecida pelos softwares de
códigos abertos. O Professor Leandro confessa que não
conhecia nem o Ubuntu nem o BrOffice, mas se diz
satisfeito com a solução e não pretende trocar tão cedo.
Ressalta ainda que se sente mais seguro em relação à
navegação na internet uma vez que não consegue
“monitorar” os sites que os funcionários entram.
Mas nem tudo foi perfeito no início. Segundo o Professor,
as principais dificuldades foram com formatação de textos
e planilhas e também com inserção de senhas em
arquivos sigilosos. Por esse motivo, a Academia Punho
da Pantera, mesmo com apenas dois computadores,
decidiu ter suporte técnico especializado para não correr
riscos desnecessários.
Algumas grandes empresas que já migraram para
BrOffice, como é o caso da Petrobrás, SERPROS e
PetroS, pediram ajuda especializada dos consultores da
BrOffice.org, sobretudo para soluções em áreas criticas e
também para treinamentos e suporte técnico programado.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
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reportagem |
Quando o assunto é migração de
plataformas ou até mesmo mudança
de tecnologias, a estratégia, o
planejamento e o treinamento podem
ser fundamentais para o resultado
final. Há estratégias, chamadas de
verticais, baseadas em uma ordem da
direção da empresa, de cima para
baixo, uma imposição, o que, às
vezes, causa um certo
constrangimento, uma reclamação
generalizada pelos corredores da
empresa, aumentando o ruído na
“rádio peão”, mas tudo isso por causa
do medo do novo.
Esse medo é natural no ser humano como comprova
estudos de neurociência. Em artigo para a Revista
BrOffice.org, edição 12, “A Neurociência e a Arte de
Superar Mudanças”, o médico Rogério Luz Coelho sugere
que as respostas parecem residir no modo como funciona
o nosso cérebro. Ele nos fala sobre “sinapses” e
“plasticidade neuronal”, palavras complicadas que
significam recursos do cérebro para nos ajudar a adaptar
a novas formas de pensar, viver e ver a vida . Ou seja,
acabar com os efeitos colaterais das resistências naturais
às novidades.
Há empresas, no entanto, que preferem ter a participação
dos funcionários na etapa de planejamento diminuindo,
com isso, o impacto que causaria a decisão feita de
surpresa. O SERPROS preferiu o caminho do meio.
Houve uma decisão da direção devidamente aprovada
pelo Conselho Deliberativo, um estabelecimento de metas
e um incentivo financeiro.
A ideia de fazer uma migração para software livre já
estava no conselho da Instituição, mas a resistência era
muito forte a começar pela área de Tecnologia da
Informação e Suporte Técnico. Participação ativa e
comprometimento da direção, treinamento adequado e
potencialização do recurso humano, através da
valorização profissional do funcionário, são aspectos
fundamentais desse projeto do SERPROS.
* Armando Frid, Diretor Presidente da SERPROS.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 19 Novembro/2010
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Na tomada de decisões estratégicas, nas empresas, o
risco precisa ser calculado. Não há espaços para
aventuras. Uma das coisas que deve ser motivo de
preocupação do Gestor de uma empresa é o custo de
informática, ainda mais em nossos dias que o software
está embutido em quase tudo. E para poder acompanhar
essas contas é preciso formação adequada. Essa é a
opinião do Diretor Presidente do SERPROS, Armando
Frid, que chamou para si a responsabilidade de migrar
85% das máquinas do Fundo de Pensão que dirige. No
caso específico do BrOffice, a migração será de 100%.
Com bastante segurança e firmeza misturada com sua
tranquilidade peculiar na fala e nos gestos comedidos,
Armando Frid explica que a principal motivação para a
decisão é sua longevidade na área de informática. “Sou
da época em que o software era livre ainda, não custava
caro, a gente comprava o hardware e o software vinha
junto com a máquina.” Além disso, Armando lembra que
acompanhou o surgimento do Software Livre no final do
século passado e quando começou a ser uma realidade
dentro das organizações.
Funcionário do Serviço Federal de Processamento de
Dados – SERPRO, uma empresa pública, vinculada ao
Ministério da Fazenda, cujo negócio é a prestação de
serviços em Tecnologia da Informação e Comunicações
para o setor público, e considerada uma das maiores
organizações do setor, na América Latina, além de
fundadora e principal patrocinadora do fundo de pensão,
SERPROS, Armando trouxe consigo a experiência de ter
comandado as primeiras áreas que incorporaram o Linux
e também o OpenOffice.org. Ele lembra que estava na
área de logística e gestão de pessoas quando lançou o
desafio de modernizar a área de informática comprando
novos equipamentos. Entretanto, deixou claro que só
receberia máquinas novas quem estivesse disposto a
trabalhar com Linux. Com essa estratégia conseguiu
atingir uma meta de 70%.
Já na direção do SERPROS, Armando Frid resolve tirar
do papel o projeto que estava no Conselho Administrativo
e aprová-lo, replicando o modelo já vivenciado no Serpro.
Em sua opinião, a questão não é necessariamente
econômica, uma vez que não há necessidade de trocar a
versão do sistema operacional Windows ou do MS Office.
Entretanto, ressalta, que caso não efetue a troca desses
softwares proprietários acaba perdendo o suporte nas
versões antigas. O fato é que a troca de hardware iria ser
feita de qualquer jeito para não aumentar os custos com
manutenção. A economia, segundo Armando, está na
possibilidade de trocar o hardware utilizando Software
Livre.
Outra coisa importante, na opinião dele, é que a maioria
dos gestores atuais assumiu que as pessoas sabem, por
isso não se preocupam com treinamentos. Mas a
realidade é que cada vez é menor o conhecimento
daquilo que essas pessoas estão usando. “Na verdade,
se a gente pegar um profissional do mercado, ele usa 5%,
uma pontinha do Iceberg, dos programas oferecidos em
suítes para escritórios, por exemplo”, diz Armando. Ele
lembra também que nem sempre foi assim. No início da
revolução tecnológica e digital as empresas gastavam
boa parte do orçamento com treinamentos e cursos. Mas
com o passar do tempo os gestores começaram a
assumir que os funcionários sabiam desenvolver os
trabalhos com as ferramentas, e o pior, segundo ele, os
próprios trabalhadores começaram a pensar que sabiam.
O desafio é encarado como uma oportunidade de voltar a
treinar as pessoas com o objetivo de interromper o atual
ciclo de “empobrecimento” no que diz respeito ao
resultado do trabalho com softwares, por puro
desconhecimento da ferramenta. “O treinamento tem sido
uma oportunidade para mudança de paradigmas, para as
pessoas pensarem em software não enquanto custo, mas
enquanto conhecimento, aprendizado, possibilidade de
expandir os horizontes como profissionais”, diz Armando.
A parceria com a BrOffice.org foi acertada, segundo
Armando, a julgar pelos constantes elogios que tem
recebido, além do fato que o SERPROS acaba cumprindo
um importante papel social que é o incentivo à
comunidade que desenvolve Softwares Livres no Brasil,
combatendo a evasão de divisas, criando um “círculo
virtuoso” através das possibilidades de potencialização
das pessoas. “Dá para perceber que após as primeiras
aulas há outro olhar em relação ao que está sendo
proposto e um olhar de quem quebrou paradigmas, de
quem superou suas resistências”, comemora.
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Fundo de Pensão SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
“As pessoas mudam as organizações, mas as organizações também mudam as pessoas”
O caminho do meio na decisão de migração

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Novembro/2010
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Quando se refere à importância estratégica, Armando Frid
diz que dentro do universo de entidades de previdência
privada, o SERPROS está sendo pioneiro, um modelo, e
com isso está divulgando a experiência, apesar de ser
uma empresa relativamente pequena no setor. Avalia
ainda que parte da estratégia ultrapassa as fronteiras da
empresa que preside à medida que fomenta o mercado
aumentando a oferta de profissionais capacitados e
preparados para novos desafios.
O critério adotado na empresa na hora da decisão foi ter
presente que haveria resistências e isso deveria ser
encarado como uma coisa normal. Antes de tudo, o
relacionamento entre a empresa e os empregados, devia
ser profissional. Pensando assim, a direção tratou de
estabelecer alguns critérios para incentivar o cumprimento
da meta, através de um programa de distribuição de
renda em função de resultados do empregado. Na opinião
de Armando, quando a organização decide que quer a
mudança, deve também criar elementos que motive mais
as pessoas; a direção deve se envolver, estar presente na
mudança, ser a primeira a adotar a nova tecnologia,
liderar o processo, enfim. Considera esse relacionamento
como uma via de mão de dupla. “As pessoas mudam as
organizações, mas as organizações também mudam as
pessoas”, conclui.
O SERPROS é uma entidade fechada de previdência complementar
que tem como finalidade básica instituir e executar planos empresariais
de benefícios previdenciários para os participantes empregados de
suas patrocinadoras.
O Serpro - Serviço Federal de Processamento de Dados, empresa
pública vinculada ao Ministério da Fazenda, fundou o Instituto SERPRO
de Seguridade Social, em 01/10/1977. A partir de 1998 tornou-se
SERPROS Fundo Multipatrocinado, estando autorizado a administrar
planos para outras patrocinadoras e participantes, além de sua
patrocinadora instituidora, o Serpro.
Atualmente a entidade possui duas patrocinadoras: o Serpro e o próprio
SERPROS, possibilitando aos empregados das duas empresas serem
participantes dos planos de benefícios oferecidos.
Com mais de 30 anos dedicados ao bem-estar dos participantes, o
SERPROS é responsável por administrar o futuro de cerca de 30.000
vidas, entre participantes, beneficiários e designados.
Missão, Visão e Política de Qualidade.
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Fundo de Pensão SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
O setor de informática do SERPROS conta, atualmente,
com sete pessoas, sendo três delas para suporte técnico
e três para desenvolvimento de sistemas, além da
gerência do setor. Este departamento é quem viabiliza, na
prática, a mudança exigida pela empresa. Mas, por
incrível que pareça era um dos setores mais resistentes à
mudança. As dificuldades e resistências eram tantas que
o projeto acabou sendo esquecido. A argumentação
contrária ia desde a falta de suporte especializado ao
Linux na hora da implantação à dificuldade de tirar o
software proprietário dos usuários. “Antes de aceitar o
software livre aceitamos a imposição da diretoria”, lembra
Mônica Exaltação Lasneau, Gerente de Informações e
Sistemas. Ela diz ainda que as resistências começaram a
se quebrar quando a diretoria estabeleceu a meta de 85%
dentro do Plano de Participação por Desempenho – PPD,
o que na prática significava um dinheiro extra; um
incentivo mais que convincente.
“Software Livre é muito mais que economia, é uma questão de cidadania”
O treinamento acabou mostrando que o Ubuntu Linux e
BrOffice não é pior, nem melhor, apenas diferente. A
participação no Fórum Internacional de Software Livre -
Fisl, evento organizado e realizado pelo Projeto Software
Livre Brasil e pela Associação Software Livre.Org – ASL,
considerado o maior encontro de comunidades de
software livre da América Latina e um dos maiores do
mundo, ajudou a equipe de informática a entender um
pouco o significado dessa ideia por trás da adoção do
Software Livre. Mônica Lasneau conta que, no Fisl, ela
pode entender que a questão do software livre é muito
mais do que simplesmente uma economia, mas uma
questão de cidadania. Se recorda de uma palestra de
Inclusão Digital em comunidades ribeirinhas no interior do
estado do Amazonas e conclui que seria impossível fazer
isso utilizando software proprietário. A partir daí, a equipe
de informática entendeu que era um caminho sem volta e
começou o trabalho. Um estudo sobre a viabilidade
técnica foi feito com o objetivo de colocar todos os
sistemas rodando no Linux. A realidade era que todos os
softwares e sistemas da empresa tinham sido feitos para
rodar no Windows.
Área de Suporte Técnico, a última trincheira
Mônica Lasneau Mônica Lasneau Gerente de Gerente de Informações e Informações e Sistemas do Sistemas do SERPROSSERPROS

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Novembro/2010
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No início, a solução encontrada para rodar grande parte
desses sistemas foi o Wine, uma implementação livre
das bibliotecas do Windows no Linux, não sendo portanto
um emulador, pois ele não faz nenhuma emulação para
executar softwares para Windows. Entretanto, não foi
possível rodar o principal sistema da empresa,
desenvolvido especificamente para o sistema
previdenciário. Então, a saída foi rodá-lo no Ubuntu Linux
com o Virtual Box, uma máquina virtual caracterizada por
simular um sistema operacional dentro de outro já em
execução. O aspecto negativo dessa solução, segundo
Mônica Lasneau, é que há um aumento significativo de
máquinas para administrar e dar suporte com a mesma
quantidade de pessoas no setor.
A equipe de informática seguiu com o objetivo proposto
pela organização, mas se deparou com outra dificuldade.
A atualização das máquinas para versões mais recentes
do Linux e BrOffice foi feita manualmente, o que, segundo
Mônica é um fator que sobrecarrega a equipe dado o
número reduzido de funcionários.
Atualmente 80% das máquinas já foram migradas para
Ubuntu e 100% para BrOffice. Até o final deste ano, será
tirado o pacote Office proprietário de todas as máquinas.
As aulas foram ministradas dentro do auditório do
SERPROS. “Em todas as áreas temos pessoas com pós
graduação e cursos de extensão”, explica Vânia.
Entretanto, a situação no setor de Gestão, como em
outros setores, também era de resistência. Havia na
empresa um quadro de 70 funcionários, quatro estagiários
e dois jovens do CAMP Mangueira – uma entidade sem
fins econômicos que tem como objetivo contribuir para a
formação socioeducativa de adolescentes e jovens
visando capacitá-los para o mercado de trabalho. Vânia
conta que no setor de Gestão tinha uma funcionária muito
resistente à mudança e sua alegação era que utilizava
recursos indisponíveis, em outros programas. Tudo isso
reforçava a ideia de que havia a necessidade de um
treinamento amplo, geral e irrestrito.
Como a direção estava muito empenhada no
cumprimento da meta, todos os projetos de treinamento
foram aprovados e com isso a empresa toda deve ser
capacitada para trabalhar com Ubuntu Linux e BrOffice.
Para se ter uma ideia disso, de 2009 para 2010, só na
área responsável pelo parque tecnológico, pela
atualização de sistemas e suporte técnico, o valor de
investimento em treinamentos dobrou.
Para tentar captar os resultados e também fazer um
planejamento para o próximo ano, Vânia, pretende se
reunir com cada participante das turmas para saber o que
acharam dos cursos, quais foram os benefícios, e se
houve lacunas a ser preenchidas. Segundo ela, essas
lacunas vão permitir fazer uma programação mais
acertada em 2011.
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Fundo de Pensão SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
O setor de Gestão de pessoas ou administração de
recursos humanos cuida da associação de habilidades e
métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com
objetivo de administrar os comportamentos internos e
potencializar o capital humano. Para a Gerente de Gestão
de Pessoas do SERPROS, Vânia Ferreira L. dos Santos,
uma das razões da existência do setor é desenvolver
habilidades e conhecimentos em toda a força de trabalho.
A decisão da empresa estabelecendo uma meta de 85%
de implantação de Software Livre nas máquinas do
SERPROS, decididamente, passava pelo setor de Gestão
de Pessoas. Tradicionalmente, o setor incentiva os
funcionários a buscar especializações, através de
programa de treinamento continuado, que os ajudem em
suas tarefas diárias. Como exemplo, Vânia cita duas
turmas de MBA – Master of Business Administration,
formadas através do IDEAS, Instituto de Desenvolvimento
e Estudos Aplicados à Seguridade, uma sociedade civil,
sem fins lucrativos, constituído para ser um centro de
pesquisa na área de seguridade no país, com destaque
especial para o segmento de previdência complementar.
Treinamento:ingrediente essencial em
todo processo de migração
Gestão de pessoas
A partir do estabelecimento das metas pelo Diretor
Presidente, Armando Frid, respaldado pelo Conselho do
SERPROS, a Gerente de Gestão de Pessoas, Vânia
Ferreira L. dos Santos, procurou logo uma forma de minar
a enorme resistência pela adoção do Ubuntu Linux e
BrOffice.
Vânia FerreiraVânia FerreiraGerente de Gestão Gerente de Gestão de Pessoas do de Pessoas do SERPROSSERPROS

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Novembro/2010
Além de despertar o interesse até dos usuários mais re-
sistentes à mudança, com o treinamento, as pessoas co-
meçaram a agir como multiplicadoras, comentando, fa-
lando bem do Ubuntu e BrOffice para os funcionários que
ainda não tinham passado pelo treinamento, a ponto de
surgir um questionamento na empresa a partir de tanto
barulho: “Que mágica é essa que a instrutora está fazen-
do que já está convertendo a cabeça das pessoas para a
nova realidade?”. A resposta de Eliane Domingos é objeti-
va: “Não se trata de mágica, mas de mostrar, efetivamen-
te, que a ferramenta funciona, que ela é tão boa quanto,
ou até melhor que a opção proprietária”. “A partir do trei-
namento em ferramentas livres os usuários se dão conta
que não sabem nem 10% dos recursos disponíveis em
suítes para escritórios, seja livre ou proprietária. Isso por-
que nunca passaram por treinamentos”, comenta Eliane,
que conclui ainda, a partir desse dado, que esse tipo de
treinamento proporciona aos usuários um melhor aprovei-
tamento dos recursos, acelerando e aumentando a produ-
tividade no trabalho cotidiano. Outra observação feita por
Eliane Domingos sobre o treinamento em Ubuntu Linux, a
partir de depoimentos dos próprios usuários, é que alguns
recursos do Ubuntu não existem nem no Windows 7, o
mais recente Sistema Operacional da Microsoft, o que
motivou ainda mais as solicitações de instalação nos
desktops.
“O que é isso?” A pergunta foi feita por um usuário que
viu, estarrecido, pela primeira vez na vida, o Ubuntu
Linux. A resposta da instrutora foi incisiva: “Este será o
seu Sistema Operacional”. Outro usuário apareceu do
nada na sala de treinamento querendo falar urgente com
a instrutora. Era um dos mais resistentes e resolveu ar-
gumentar os seus motivos para não mudar “de jeito ne-
nhum” para o BrOffice. Ele era um usuário avançado de
editor de planilhas e não poderia ficar sem o Excel. Eliane
Domingos explicou para ele que as funcionalidades da
suíte proprietária existiam também no Calc do BrOffice e
ele acabou convencido disso após o treinamento.
Além do treinamento básico, está previsto um treinamento
avançado do Calc ministrado por Olivier Hallot contem-
plando funcionários de áreas específicas do SERPROS,
notadamente do setor financeiro. Há interesse também
por um curso de Writer avançado. Analisando o estágio
atual da migração no SERPROS, Eliane Domingos afirma
que até agora tudo tem dado certo e arrisca a dizer que
para o sucesso absoluto da migração haja necessidade
de uma consultoria para ajudar na automatização do pro-
cesso de atualização para novas versões evitando o tra-
balho manual de máquina em máquina e um treinamento
específico para o pessoal do suporte técnico focado no
Linux avançado.
Fundo de Pensão SERPROS migra para Ubuntu Linux e BrOffice | Por Luiz Oliveira
reportagem |
A maneira encontrada por Vânia foi oferecer um
treinamento para os funcionários. Com esse objetivo em
mente entrou em contato com a ONG BrOffice.org e
marcou uma primeira reunião. Os consultores, Eliane
Domingos e Olivier Hallot, ouviram quais as necessidades
da empresa e a partir disso elaboraram orçamentos de
treinamento avançado de Ubuntu para o pessoal de
suporte técnico e treinamento de Ubuntu e BrOffice para
desktop.
No inicio do treinamento houve a necessidade de
padronizar a instalação do BrOffice para a versão mais
recente da suíte. Na opinião de Eliane Domingos,
instrutora nessa fase inicial de treinamento, essa ação era
importante, uma vez que em muitas máquinas a versão
instalada era a 2.0.4, uma versão que não contemplava
uma série de benefícios e outras tantas novas
funcionalidades presentes na versão 3.2.1 do BrOffice. No
primeiro dia de cada uma das duas primeiras turmas, os
funcionários ouviram do Diretor Presidente, Armando Frid,
algumas palavras sobre a importância da adoção de
software livre e os motivos que levaram o SERPROS a
tomar essa decisão, muito além da simples economia
com pagamentos de licença de uso de software
proprietário.
O efeito do treinamento foi imediato. Embora a decisão
fosse irrevogável, os departamentos tinham a prerrogativa
de solicitação junto ao setor de suporte. “O que me
assustou profundamente foi que os usuários em
treinamento, começaram a pedir a instalação do Ubuntu e
BrOffice para o suporte técnico, aumentando muito a
demanda do setor”, revela Eliane Domingos.
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SERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, Bianca SERPROS: Antonio Paulo, Elizabeth Moitinho, Bianca
Andrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle Bteshe Andrade, Eliane Domingos (BrOffice.org), Danielle Bteshe
e Vania Ferreira.e Vania Ferreira.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Novembro/2010
Por César Brod
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reportagem |
Keynotes alinhados, grade concluída, palestrantes definidos. Você tem todos os motivos para estar em Foz do Iguaçu entre
os dias 10 e 13 de novembro próximos. Mas no que consiste a construção de um evento deste tamanho? Qual o trabalho
para se chegar até aqui? É uma observação constante de tudo o que está acontecendo no mundo da tecnologia, em
especial do software livre. É ir mantendo e estabelecendo novos contatos com potenciais palestrantes, que vou conhecendo
em outros eventos dos quais participo no mundo inteiro. Principalmente, é manter os olhos e ouvidos abertos às sugestões
e, necessariamente, ter que dizer muitas vezes “não". Esse posicionamento incômodo é necessário para quem coordena o
temário do Latinoware pela terceira vez.
Agora vou contar um pouco da minha trajetória na Latinoware. Tudo começou em 2003, quando eu organizei o primeiro
Congresso Internacional Software Livre Brasil, em Curitiba. Lá conheci o Marcos Siríaco e o Paulo Roberto Falcão da Itaipu
Binacional, o Julian Fagotti da Celepar e mais uma série de outras pessoas que pensavam em organizar um grande evento
latino-americano de software livre. Eu estava no meio de uma pesquisa que fazia para o ministério de apoio ao
desenvolvimento da Finlândia onde justamente levantava o que existia de projetos em software livre na América Latina e
tinha muitos contatos com as próprias pessoas que faziam parte da minha pesquisa ou me auxiliavam com ela. Boa parte
dessas pessoas viraram palestrantes da primeira Latinoware, em 2004.
De lá para cá a conferência cresceu muito. Mas, a principal diferença em termos de organização do temário talvez tenha
sido o fato de que, em 2004, tínhamos que buscar os palestrantes e em 2010 temos que selecionar dentre uma oferta
imensa de pessoas que querem vir à Latinoware, graças à importância e à visibilidade conquistadas pelo evento.
Contagemregressiva
para

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Novembro/2010
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Só como exemplo, tivemos a oferta de 250 palestras
vindas pela chamada de trabalhos, a maioria delas de
excelente qualidade. Tínhamos reservado o espaço para
20 e, afinal, abrimos para quase 40 palestras vindas desta
chamada. Com isto, claro, tivemos que negar uma série
de outras propostas. Daria para fazer umas cinco
Latinowares com todas as pessoas que se prontificaram
para participar. Sinceramente, espero que possamos dar
espaço a todas elas em eventos futuros e, publicamente,
peço desculpas por não haver espaço para todas. Em
muitos momentos - acho que a maioria deles - a seleção
entre A ou B foi muito dolorosa. Foi como se tivéssemos
que formar de novo os Beatles e ter que escolher ou o
John Lennon ou o Paul McArtney. Gostaria de passar o
tempo inteiro no workshop de saúde eletrônica para
países emergentes, mas ao mesmo tempo não quero
perder as palestras sobre multimídia e as novas
tecnologias para jogos e dispositivos móveis, além de
acompanhar a olimpíada de robótica. Também quero ouvir
tudo o que está no evento sobre redes sociais, governo
eletrônico e, claro, acessibilidade. Eu quero ler de novo
nas avaliações que é muito difícil de escolher entre uma
palestra e outra para os participantes do congresso. Foi
assim para nós que tivemos que selecioná-las.
Mesmo assim, faço duas recomendações para os
participantes na hora de selecionar as atividades na
Latinoware. A primeira é "tenha foco". Se você está se
iniciando no mundo do software livre, reserve um tempo
para o minicurso Linux de A a Z e busque as palestras
mais voltadas para aquilo que você tem necessidade no
dia a dia: edição gráfica, produção de textos, etc. Se você
é um programador PHP, Python, Java, etc, há uma série
de palestras específicas nestas linguagens. Se você está
interessado em multimídia, a Latinoware aborda a
produção de áudio, vídeo, modelagem 3D e muitas outras
coisas. Se o seu interesse é o mundo dos negócios com
software livre, não perca as palestras do pessoal do
Gartner Group, os estudos de casos e as rodadas de
negócios. Se você é da área da saúde, grude-se no
workshop internacional de saúde para economias
emergentes. Enfim, olhe a grade, selecione suas
palestras preferidas e siga a sua própria trilha. A segunda
recomendação é "divirta-se". A liberdade é, antes de mais
nada, algo prazeroso. Deixe um espaço para circular pelo
evento, visitar a feira e os estandes, conversar com as
pessoas e tirar fotos com o Maddog! Aproveita que ele
não cobra. Esperamos você em Foz do Iguaçu!
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Contagem regressiva para o Latinoware 2010 | Por Cesar Brod
reportagem |
Participação da Comunidade BrOffice.org
Por Luiz Oliveira
Este ano a presença da BrOffice.org no Latinoware está mais intensa. E não é para menos, pois a comunidade tem muito
a dizer a julgar pelos últimos acontecimentos. A BrOffice.org é uma das principais apoiadoras e patrocinadoras da The
Document Foundation, tendo um dos seus diretores, Olivier Hallot, no Conselho da TDF. Será uma oportunidade para
sanar algumas dúvidas sobre o LibreOffice e a relação intrínseca desse produto universal com o BrOffice, a suíte de
escritórios localizada para o português do Brasil. Além disso, estão previstas várias apresentações com assuntos
relevantes feitas por membros da comunidade BrOffice.org.
Olivier Hallot vai falar sobre o case da Petrobras. Uma das maiores migrações para BrOffice que se tem notícia. Foram 90
mil máquinas, afetando cerca de 100 mil funcionários.
Claudio Filho, coordenador geral da comunidade BrOffice.org, apresenta as estratégias de marketing para países em
desenvolvimento – com foco no caso da BrOffice.org.
William Colen, um dos principais responsáveis do bem sucedido Corretor Ortográfico para BrOffice.org – CoGrOO, vai
falar sobre programabilidade do BrOffice. No Minicurso de três horas, William vai explicar que o BrOffice oferece uma rica
interface de programação, permitindo desde a criação de aplicativos que façam uso dos seus recursos para executar
alguma tarefa, até o desenvolvimento de sofisticadas extensões que incrementam as funcionalidades dessa suíte de
escritório. Neste curso, William pretende exercitar a criação de diversos tipos de extensões Java para o BrOffice usando o
plug-in para o NetBeans.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Novembro/2010
Por Cárlisson Galdino
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cultura |
imagem
Sem controle por apenas uma fração de segundo, mas
uma fração de segundo às vezes é tempo demais. O
carro desliza de lado e reencontra o trilho invisível do
asfalto. Ao virar para o lado oposto tentando desviar de
um carro estacionado (é, estou sendo irônico com o
“estacionado”), perde novamente o contato e bate de
lado. O impacto não é nada sutil.
- Todos estão bem? - O professor pergunta.
- Vamos embora daqui, professor!
- Mas esta porcaria não quer mais pegar!
Richard fala para sairmos todos do carro. Especialmente
para Jörg, que está entre ele e a porta possível de se
abrir. É que o carro simplesmente colou na massa de
carros que havia. Jörg e eu saímos quase ao mesmo
tempo. Até para que o professor e Richard consigam
também deixar o veículo.
A cena é aterradora. Acho que nem é meio-dia ainda.
Tudo parado, ou nem tudo. Tudo que deveria estar em
movimento está parado e o que deveria estar parado se
move. Carros e motos batidos nesse entroncamento. Não
há mais barulho de motores por aqui. Gritos ainda são
comuns, mas não de maneira contínua. Vez ou outra
ouvimos um grito distante, ou o som inconfundível de
mais uma batida de carro.
Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos. Redblade narra a jornada de
um grupo de aventureiros por países devastados. A história acontece no mesmo mundo que
Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas tem uma abordagem diferente...
Episódio 06: Acidente
Carros só correm
Mortos, parados
É a regra do mundo
Mas não levam a sério
Caminham os que morrem
Carros largados
Aqui é, no fundo
Estranho cemitério

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Novembro/2010
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Carros destruídos... E um bocado de zumbis. Realmente
é sorte a gente estar num cruzamento largo. Quer dizer,
não sei até que ponto é sorte. Tem muito carro destruído
e não sei como conseguimos chegar até aqui. Já foi uma
vitória, com certeza. Vitória parcial e talvez insignificante:
parece que ainda estamos no meio da cidade. E os
zumbis...
- Get a car! Right now! - O Richard fala. Ou foi “catch a
car”? Ou foi outra coisa? De um jeito ou de outro, a
mensagem é clara. O professor Álvaro corre para o outro
lado da rua e eu o acompanho.
Ele tem uma boa visão! Nos dois sentidos! Do outro lado
da rua há uns dez carros estacionados. Desta vez, sem
ironia. Um deles está bem atrativo, num caminho sem
zumbis, e corremos até ele. À meia distância já se nota os
vidros abertos. O professor entra e eu fico de sentinela.
- As chaves! As chaves!
- Não estão aí?
- Estão! É que temos tempo de sobra a perder! - O
professor responde enquanto continua a procurar.
Debaixo do banco, no porta-luvas...
Um grupo de zumbis se aproxima vindo do prédio. O que
é aquilo? Corro até lá antes que eles cheguem.
Abençoados sejam esses mortos que caminham por
serem tão lentos! Será que teremos salvação?
- Professor! - Ele abre um sorriso enquanto pega o
chaveiro da minha mão.
Sim, um chaveiro, carteira e uma pasta estavam jogados
ali, quase na entrada do edifício. Que sorte! Certamente o
dono...A
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Redblade - Episódio 06: Acidente | Por Cárlisson Galdino
cultura |
Bacharel em Ciência da Computação e pós-graduado em Produção de Software com Ênfase em
Software Livre. Membro da Academia Arapiraquense de Letras e Artes, é autor do Cordel do
Software Livre, do Cordel do GNU/Linux, do Cordel do BrOffice e do Cordel da Pirataria. Líder,
vocalista e baixista da banda Infinnita. http://bardo.cyaneus.netCárlisson Galdino
- Puta merda! Não é deste!
O professor sai e vamos para o carro vizinho.
- Também não!
- Professor? Não temos...
- Rá! Deixa-me em paz! Concentração... Concentração...
Olho para o outro lado da rua e então percebo por qual
razão Richard não veio nos dar cobertura: ele está
abrindo a rota de fuga. Simplesmente foi embora pela rua.
O que Jörg está fazendo? Tirando alguma coisa do carro
onde estávamos?
- É este!
Não espero. Mergulho no carro e o professor acelera.
- Jörg!
Ele larga o extintor de incêndio que acabara de retirar e
pega seu arco e suas flechas antes de entrar também no
carro. Continuamos o caminho. Onde está...
- Dort! - Jörg aponta mais à frente e lá está Richard, com
a espada translúcida desferindo golpes a uma velocidade
vertiginosa.
Uma mistura de Kali e Shiva, um dançarino da morte.
Uma imagem bela e assustadora. Dá medo e ao mesmo
tempo não consigo tirar os olhos da cena, tentar entender
os movimentos que derrubam tantos zumbis numa
velocidade tão alta.
- Come on! - O professor grita enquanto Jörg abre a porta
de trás.
Richard entra no carro e partimos novamente.
Impressionante é que, derrubando zumbis nesse curto
espaço de tempo, ele avançara um quarteirão inteiro!
E que alegria! Em poucos minutos deixamos a área
urbana. Ainda há carros batidos e zumbis, mas numa
proporção incomparavelmente menor. Paris, lá vamos
nós!

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Novembro/2010
Por Luiz Oliveira
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Uma história interessante. Uma crítica feroz aos
desmandos da CIA mostrando a falta de humanidade,
num mundo onde o capitalismo é para lá de selvagem.
Para manter uma aparente neutralidade, diante da prisão
de um ex agente pelo exército chinês que o acusa de ser
um espião norte americano, diretores da CIA resolvem
abandonar o seu sempre fiel soldado Tom Bishop (Brad
Pitt) e ainda decidem levantar provas contra ele com o
objetivo de justificar o abandono. Acontece que os
chineses não estão para brincadeiras e resolvem que irão
matá-lo no dia seguinte. A única esperança de Tom é seu
antigo chefe, Nathan Muir (Robert Redford) que descobre
a intenção da CIA ao ser interrogado. Todo o filme
desenrola-se durante a interrogação e Muir recorda que
sempre foi muito duro com seu pupilo falando coisas do
tipo: “guarde dinheiro para que você tenha uma vida
tranquila quando se aposentar”, ou “se você fizer coisas
erradas por não concordar com as regras eu não vou
salvá-lo”. Será que ele dizia isso do fundo do coração?
Será que mudaria de ideia, faltando um dia para se
aposentar?
Outra coisa digna de nota é o que Muir pensa sobre as
relações com as mulheres e especificamente a relação
amorosa de Tom com uma mulher que acabou sendo o
motivo da separação dos amigos.
O filme é, sobretudo, emocionante porque revela
sentimentos passados vistos numa perspectiva
renovadora. Uma oportunidade para melhorar, para rever
antigos conceitos. Mostra temperamentos diferentes, que
na prática, não são, por si só, desqualificadores para
pessoas cujas funções são semelhantes. Também revela
a frieza e, até certo ponto, a ingratidão que algumas
instituições dispensam aos funcionários cujas vidas
foram, praticamente toda dedicada ao trabalho.
Vale a pena notar que, embora os agentes tenham toda a
tecnologia de ponta em seu favor, como satélites,
computadores e os mais avançados softwares, detalhes
como observação visual, capacidade de análise e
interpretação da situação e inteligência emocional se
destacam e salvam vidas.
Dica de Filme
Jogo de espiõesJogo de espiões
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 28 Novembro/2010
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Apesar de não ter nada a ver com Shell, todos os
"shelleiros" usam o BrOffice.
Como vocês já sabem o básico de Expressões
Regulares, vou inserir esta seção como uma colher de
chá - ou será colher de Shell?
Obviamente, não mostrarei tudo novamente, mas
somente as diferenças que já testei entre as sintaxes das
Expressões Regulares do Shell e do BrOffice, dando
ênfase para as surras que tomei para descobrir essas
diferenças.
As surras foram maiores, porque à época não se achava
documentação sobre o uso de Expressões Regulares no
BrOffice. Atualmente, existe um bom manual em
http://wiki.services.openoffice.org/wiki/Documentation/Ho
w_Tos/Regular_Expressions_in_Writer,
Com as recentes mudanças do OpenOffice.org para o
LibreOffice, em breve será lançada a versão RC -
Release Candidate do LibreOffice, as expressões
regulares serão adicionadas a engine como um novo
modelo , conforme o link: Wiki TDF
Dito isso, vamos ao que interessa.
Por Julio Neves
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tutorial |
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Expressões regulares no BrOffice
Onde usar Expressões Regulares no BrOffice
Você pode usar Expressões Regulares nas seguintes situações:
No Writer:
Editar → Localizar e Substituir;
Editar → Alterações → Aceitar ou Rejeitar → Tab Filtro
No Calc:
Editar → Localizar e Substituir;
Dados → Filtro → Filtro Padrão & Filtro Avançado;
Algumas funções como SOMASE, PROCURAR e outras
As caixas de diálogos que aparecem quando você usa os
comandos acima, geralmente têm uma opção para usar
Expressões Regulares (que normalmente está desligada).
Por exemplo:

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 29 Novembro/2010
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Existem diferenças de sintaxe com as Expressões
Regulares que aprendemos, e também existem
diferenças na lógica de aplicação. Essas são mais chatas
para os veteranos de Expressões Regulares sob o Shell,
pois é necessário uma mudança na forma de raciocinar.
Vejam estes casos:
Havia notado um erro no meu livro, mas esqueci de
anotar o número da página. Quando fui fazer a alteração,
a única coisa que me lembrava era que o erro estava em
uma variável do Shell. O que fiz? Montei uma Expressão
Regular começando por cifrão ($) e casando letras
maiúsculas, algarismos e sublinhados (_), e estes
algarismos não podiam suceder o cifrão ($). Era assim:
$[A-Z_]+[0-9A-Z_]*
Mas, apesar de certa, a Expressão Regular não
funcionava pois casava com as variáveis em minusculas
também. Demorei muito para descobrir que o check
button "Diferenciar maiúsculas de minúsculas" é que
decide quanto à caixa das letras (veja a figura anterior).
Um outro problema de diferença de lógica, é que no
BrOffice as Expressões Regulares dividem o texto a ser
pesquisado em porções e examinam cada porção
separadamente
No Writer, o texto é dividido em parágrafos e o que define
um parágrafo é a porção de texto entre um enter ou um
hard enter () (caractere não imprimível obtido com
<SHIFT>+<ENTER> também chamado de new line) e
outro desses.
Assim sendo, mesmo que a palavra parece esteja sendo
exibida no início de uma linha, a expressão ^parece não
irá localizá-la, pois parece somente aparenta estar no
início da linha, mas se alterarmos o tamanho da fonte, por
exemplo, a palavra não necessariamente estará mais lá
situada.
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Expressões regulares no BrOffice | Por Julio Neves
tutorial |
Diferenças lógicas de uso
Por outro lado, a Expressão Regular daqui.*ali, não irá
casar o texto formado pelo daqui em um parágrafo até o ali em outro. Normalmente os parágrafos são tratados
individualmente.
Além disso, o Writer considera cada célula de tabela e
quadro separadamente. Os quadros são examinados
após todos os textos e células de tabela terem sido
examinados
Na caixa de diálogo Localizar e Substituir, as Expressões
Regulares devem ser usadas somente no box "Procurar
por". Elas não podem ser usadas no "Substituir por:"
porque Expressões Regulares casam com textos e
portanto o que deve ser substituído é o texto e não a
Expressão Regular.
Diferenças de sintaxe
A partir de agora, veremos as diferenças de sintaxe entre
o que aprendemos nas Expressões Regulares do Bash e
as que veremos do BrOffice.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 30 Novembro/2010
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Âncoras
Como já vimos existe uma diferença na lógica de uso das
Âncoras pois no Bash os meta caracteres de início (^) e
de fim ($), procuram respectivamente os textos que os
sucedem ou precedem no início ou no fim de uma linha.
No BrOffice, esta procura é feita no início ou no fim de um
parágrafo.
Para procurar palavras que terminam por texto:
No Bash fazemos: texto\b;
No BrOffice fazemos: texto\>.
Exemplos:
A Expressão Regular [a-z]+e\> neste exemplo, foi usada
para procuramos por uma ou mais letras ([a-z]+),
terminando com a letra (e\>).
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Expressões regulares no BrOffice | Por Julio Neves
tutorial |
Quase todos os meta caracteres Representante têm uso
idêntico ao seus congêneres sob o Bash, porém nem tudo
neste mundo é perfeito, porque mesmo que poucas, ainda
existem algumas diferenças de uso.
Sob o Bash, todos os caracteres dentro de uma lista ([])
são tratados como literais, exceto o circunflexo que é
tratado como um negador da lista (e assim mesmo
quando ele é o seu primeiro elemento). Sob o BrOffice
usamos a contra barra (\) em uma lista para "escapar"
alguns alguns meta caracteres e também para formar
códigos hexadecimais.
Somente os caracteres, abre colchetes (]), hífen (-) e
contra barra (\) devem ser "escapados" no interior de uma
lista, já que nesse ambiente, seus significados são
especiais.
Por exemplo a Expressão Regular [[\]a-z] casa um abre
colchetes ([), ou um fecha colchetas (]), ou uma letra
minúscula. [\\] casa com uma contra barra literal, [\t] casa
com a letra 't'. Para casarmos um <TAB>, devemos fazer:
[\x0009] que é a representação ASCII em hexadecimal do
<TAB>.
Todos os outros caracteres são tratados pelos seus
valores normais, não precisando mais nenhum artifício.
Podemos também citar um caso que já
foi reportado ao BrOffice.org para
correção. O alternativo ou ou (|) pode
atrapalhar o início (^). Assim, pensando
no mengão, se procurarmos ^vermelho|
preto, o BrOffice.org devolverá as
ocorrências de vermelho iniciando
parágrafos ou preto em qualquer lugar.
Contudo se fizermos: vermelho|^preto
serão devolvidos o vermelho e o
^preto, ambos em qualquer lugar, desta
forma não reconhecendo o
metacaractere ^ como a Âncora que
marca o início de um parágrafo.
Podemos também citar um caso que já foi reportado ao
BrOffice.org para correção. O alternativo ou ou (|) pode
atrapalhar o início (^). Assim, pensando no mengão, se
procurarmos ^vermelho|preto, o BrOffice.org devolverá
as ocorrências de vermelho iniciando parágrafos ou
preto em qualquer lugar. Contudo se fizermos: vermelho|
^preto serão devolvidos o vermelho e o ^preto, ambos
em qualquer lugar, desta forma não reconhecendo o
metacaractere ^ como a Âncora que marca o início de um
parágrafo.
Ué, mas não íamos falar sobre as diferenças de sintaxe?
Sim, mas é bom frisar bastante este conceito de
parágrafo porque isso algumas vezes me dá uma
derrubada.
Dentre as Âncoras, as únicas diferenças de sintaxe que
existem no uso de Expressões Regulares no Bash e no
BrOffice estão nos meta caracteres que definem as
bordas. As contra barras (\) que são meta caracteres
(escape), assumem, na pesquisa uma função diferente
quando seguidas por um menor (\<) ou um maior (\>).
Vejamos:
Para procurar palavras que começam por texto:
No Bash fazemos: \btexto;
No BrOffice fazemos: \<texto.
Representantes
AA
TT
EE
NN
ÇÇ
ÃÃ
OO
Usando Classes de Caracteres
POSIX, surge um caso que também já
foi reportado, isso porque uma classe
como [[:alpha:]], deveria casar com
qualquer algarismo decimal, mas isso
não se verifica.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 31 Novembro/2010
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Usando Classes de Caracteres POSIX, surge um caso
que também já foi reportado, isso porque uma classe
como [[:alpha:]], deveria casar com qualquer algarismo
decimal, mas isso não se verifica.
Pelo site do BrOffice, este fato reportado funcionaria se
fizéssemos [:digit:], o que de cara já te traz algumas
restrições, como exemplo suponha que eu queira procurar
em um arquivo todas as letras minúsculas e todos os
algarismos decimais. Nesse caso, sob o BrOffice, não
poderia usar Classes de Caracteres POSIX. No Bash
faríamos [[:lower:][:digit:]] porém isso no BrOffice é
impossível, pois em virtude dos colchetes ([]) mais
externos, ele encararia isso como uma lista formada todos
os caracteres internos a esses colchetes ([]) e não como
duas classes.
Da mesma forma, também não funcionaria [a-z[:digit:]],
nem [[:lower:]0-9]. A saída seria usarmos uma lista de
caracteres, mas assim mesmo, veja só isso:
Expressões regulares no BrOffice | Por Julio Neves
tutorial |
Aqui não há o que temer nem acrescentar. Os
Quantificadores do BrOffice se comportam da mesma
forma que os do Bash. Poupe seu fôlego para a seção
seguinte.
Viu! Neste caso as letras acentuadas não casaram com o
nosso padrão.
Por outro lado, pela facilidade que tenho no uso de
Expressões Regulares, venho há muito tempo testando-
as no BrOffice, e não sei se por erro meu, mas até à
versão que estou escrevendo este documento (3.1.1),
não consegui casar [:digit:] nenhuma vez. Veja:
Quantificadores
Duas observações:
Usando a classe [:alpha:], conseguimos casar as letras
acentuadas;
A classe [:digit:] não funfou!
Resumindo: essa facilidade ainda está em fase de
consolidação e por isso sempre que posso usar as listas
convencionais (como no caso de algarismo), não penso
duas vezes, uso-as.
Aqui que a porca torce o rabo! Nesta classe de meta
caracteres existem diferenças substancias no uso de
Expressões Regulares, a começar pelo que já vimos, de
uma Âncora sucedendo um ou (|). Recapitulando:
Se procurarmos ^vermelho|preto, o BrOffice devolverá
as ocorrências de vermelho iniciando parágrafos ou
preto em qualquer lugar. Contudo se fizermos: vermelho|
^preto serão devolvidos o vermelho e o ^preto, ambos
em qualquer lugar, desta forma não reconhecendo o meta
caractere ^ como a Âncora que marca o início de um
parágrafo.
Vamos ver como funcionam os grupos e os retrovisores:
Como já sabemos os grupos são criados com o uso de
parênteses. Os textos casados (veja bem, são os textos
e não as Expressões Regulares) ficam guardados e
podem ser recuperados dentro da mesma Expressão
Regular. No exemplo a seguir, procuramos por duas
palavras iguais, separadas por um hífen (-). Veja:
Outros
A Expressão Regular era a seguinte:
\<([a-z]+)-\1\>
Onde:
\< e \> Formam a borda esquerda e direita do texto,
respectivamente;
([a-z]+) Define uma ou mais letras seguidas
(palavra) dentro de um grupo;
-\1 O hífen seguido do texto casado pelo grupo.
Até agora não mudou nada do que foi dito sobre
Expressões Regulares no Bash e tudo funcionou às mil
maravilhas. Mas se você prestar a atenção, o que fizemos
foi clicar em um dos botões de localizar. A diferença
começa quando desejamos usar o texto casado para
substituir alguma coisa.
Vamos aproveitar este exemplo para trocar bate-bate por bater:

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 32 Novembro/2010
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Repare que na caixa "Substituir por" eu usei $1r, ou seja,
o texto casado não é mais o \1, agora é o $1.
Eu odeio mesóclises e tinha o seguinte texto:
Expressões regulares no BrOffice | Por Julio Neves
tutorial |
\t Quando fora de uma lista equivale a um <TAB>. Como já foi dito, dentro de uma lista, o <TAB> deve ser usado com seu código hexadecimal [\x0009].
Então para trocar todos os <TAB> por espaços em branco, ponha na caixa "Procurar por" um \t e na caixa "Substituir por" um espaço em branco;
\n Casa com um hard enter ou new line () (formado por um <SHIFT>+<ENTER>).
Suponhamos que você tenha vermelho seguido de um hard enter e na linha seguinte preto, se na caixa "Procurar por" colocar vermelho\npreto e na caixa "Substituir por" colocar vermelho-e-preto, após a substituição, o hard enter terá morrido, sobrando vermelho-e-preto. O mesmo poderia ter sido feito, colocando nas caixas \n e -e-, respectivamente;
$ Casa com uma marca de parágrafo ().
Diferentemente do hard enter, não podemos definir na caixa "Procurar por" a cadeia no início da linha seguinte um uma Expressão Regular que case com ela. Assim sendo, não poderíamos agir como no exemplo anterior, preenchendo as caixas com vermelho\npreto e com vermelho-e-preto respectivamente, porém funcionaria se as caixas fossem preenchidas com $ e com -e-.
\x Quando temos um \xNNNN, onde NNNN é um algarismo hexadecimais [0 9A Fa-f] ‑ ‑ na caixa "Procurar por", o BrOffice localizará (e eventualmente trocará) o caractere definido pelo código hexadecimal formado por NNNN. Se este código estiver na caixa "Substituir por", será tratado como um literal.
Isso me lembra um macete de edição que uso. Ao longo de um texto grande, escrevemos diversos ordinais como 2ª. Isso pode ser feito em Inserir → Caractere especial, mas fazer isso um monte de vezes num texto, enche o saco. Como faço? Para fazer 2ª, como disse, escrevo 2.a. e assim vou fazendo com todos os ordinais até terminar de escrever o documento.
Ao final, coloco na caixa "Procurar por" a Expressão Regular ([0-9])\.a\., e na caixa "Substituir por" coloco um $1ª,ou seja, o texto que casou com o grupo (um algarismo) seguido do ordinal. Em seguida clico em "Substituir todos". Repito mais uma vez esta operação para substituir os ordinais masculinos como em 12º
Vou terminar este texto com uma dica que demorei muito para descobrir. Ela é muito útil quando se copia um texto de um navegador e se cola no BrOffice. Normalmente o nove texto fica com um monte de hard enter, não é?
Como vocês viram ainda existem algumas coisas a serem acertadas e outras a serem feitas, mas o concorrente direto do BrOffice, o MS Office, nem sonha ter Expressões Regulares. Creio que essas pequenas alterações e incrementos sejam sanados com a nova versão (bastante modificada), descrita em http://userguide.icu-project.org/strings/regexp.
Este dar-se-ia estava me torturando, então troquei-o
usando uma Expressão Regular em que eu montava 3
grupos separados por hífen (-). Então, o primeiro ($1)
recebeu dar, o segundo ($2) recebeu se e o terceiro ($3)
recebeu ia. Colocando-os na ordem que eu queria ($1$3-
$2), veio:
Esta sintaxe pode parecer estranha, mas não é, ela é
semelhante a usada na linguagem Perl.
Duas observações sobre o uso de cifrão ($) para
substituir texto:
Se no seu texto tem um valor 123,45 e você desejar
substitui-lo por R$123,45, você deverá colocar na caixa
"Substituir por" R\$123,45, veja:
O primeiro grupo casou tudo até a vírgula (,) e o segundo
ficou com o resto do número. Na substituição, o primeiro
cifrão foi precedido por uma contra barra (\$) para
especificar que era um literal
O $0 na caixa "Substituir por" substitui por todo o texto
casado.
A contra barra (\) nas Expressões Regulares do
BrOffice.org também tem suas peculiaridades:

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 33 Novembro/2010
O que ha em comum entre todos os cursos de graduação
e pós-graduação? A tal da monografia! Se você está
procurando uma força para sua monografia, utilize esse
modelo super interessante, baseado na norma ABNT
14724.
Download:Monografia
Por Pedro Ciríaco
Falando em dinheiro, o modelo Cálculo de Cédulas
oferece uma maneira fácil de calcular o número de
cédulas e moedas a partir de qualquer valor inserido.
Facilita bastante, por exemplo, se você fará diversos
pagamentos em dinheiro. Poderá sacar e separar o
dinheiro corretamente.
Download: Cédulas
Você acha complicado pedir aumento ao seu chefe? O
Escritório Aberto traz um modelo de pedido de aumento
para facilitar a sua vida.
Download: Carta
O balanço financeiro de uma empresa, geralmente
sinônimo de muito trabalho, pode ser facilitado com a
utilização desse modelo. Ele traz tudo detalhado e todos
os cálculos são automáticos. E o melhor: por ser um
documento aberto você pode personalizar à sua
realidade!
Download: Balanço Financeiro
Ao
Viv
o B
r
escritório aberto |
O Projeto Escritório Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice totalmente
gratuitos, prontos para usar e excelentes para o aprendizado. Assim, futuros usuários contarão com
aplicações práticas para demonstração dos diversos usos do BrOffice por meio de exemplos utilizáveis.
Trata-se de arquivos de uso diário, enviados por colaboradores e que servem perfeitamente às nossas
necessidades, todos licenciados pela GPL.
Contribua para o Escritório Aberto enviando seus modelos para [email protected]
Antes de enviar, observe as instruções para adição da licença no seu modelo em http://www.broffice.org/escritorio_aberto/adicionando_licenca_a_um_arquivo
Maiores informações em http://www.broffice.org/escritorio_aberto
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Edição Especial | Outubro | 201034| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 35 Novembro/2010
Por Cícero Pinho Rocha
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dica |
Férias! Neste período acabamos por descuidar da saúde
comendo, às vezes, um pouco mais que o necessário.
Para poder controlar, sobretudo, seu peso, apresentamos
uma solução do controle do seu IMC, utilizando o Calc. O
usuário irá digitar sua massa (em quilogramas – Kg), sua
altura (em metros – m). Neste tutorial iremos desenvolver
uma aplicação que irá resolver este problema.
Para começar precisamos entender o cálculo do IMC:
O cálculo é dado pela massa dividido pela altura ao
quadrado:
A classificação se dará a partir do resultado da fórmula acima:
Resultado Classificação
Imc < 20 Desnutrição
20 = < imc < 25 Peso Normal
25 = < imc < 30 Sobrepeso
Imc >= 30 Obesidade
Im c=ma s s a
altura2
A classificação se dará a partir do resultado da fórmula acima:
A partir da compreensão do apresentado acima iremos
agora desenvolver nossa solução.
(Sistema Operacional utilizado: Ubuntu 10.04)
Passo 01 – Clique em Aplicativos > Escritório > BrOffice
3.2 Calc;
Passo 02 – Na célula A1 digite a palavra Altura;
Passo 03 – Na célula A2 digite a palavra Massa;
Passo 04 – Na célula A3 digite a palavra Imc;
Passo 05 – Na célula A4 digite a palavra Classificação;
Você terá um layout como na imagem abaixo;
Dando seguimento a nossa aplicação precisamos
“preparar” os demais campos para receber os dados, e os
campos para mostrar as informações oriundas do
processamento de dados inseridos na planilha.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 36 Novembro/2010
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Passo 06 – Selecione a célula B1, clicando sobre a
mesma;
Passo 07 – Com a célula B1 selecionada, clique no menu
Dados > Validade;
a) Na tela que surgir localize a opção “Permitir”, e
modifique o valor para Número decimal;
b) No campo Dados, escolha a opção Entre;
c) Irá surgir os campos Mínimos e Máximo. No no campo
Mínimo digite o valor 0,5 e no campo Máximo 2,4.
Significa que a aplicação irá verificar a altura de uma
pessoa com 50 centímetros no mínimo e no máximo 2,4
metros;
d) Localize a aba Alerta de erro, marque a opção “Mostrar
mensagem de erro quando forem inseridos valores
inválidos”;
e) No campo Ação, selecione a opção parar;
f) No campo título digite “Erro” e no campo Mensagem de
Erro digite “Valor inválido”, ou seja, se você digitar
qualquer valor fora da faixa que escolhemos aparecerá
uma mensagem na tela;
g) Feito tudo isto clique em OK;
Passo 08 – Selecione a célula B2, clicando em cima dela;
Passo 09 – Com a célula B2 selecionada, clique em
Dados > Validade;
a) Na tela que surgir localize a opção “Permitir”, e
modifique o valor para Número decimal;
b) No campo Dados, escolha a opção Entre;
c) Irá surgir os campos Mínimos e Máximo, no campo
mínimo digite o valor 20 e no campo máximo 300.
Significa que a aplicação irá verificar a massa de uma
pessoa com 20kg no mínimo e, no máximo 300kg;
d) Idem aos itens de D a G, do Passo 08
Feito isto preparamos a nossa aplicação para receber os
dados e realizar os cálculos;
Passo 10 – Selecione a célula B3, clicando sobre a
mesma. Após selecionar digite a seguinte fórmula:
= B2/(B1*B1)
Ou seja, irá dividir a massa pela altura ao quadrado;
Passo 11 – Na célula B4, você irá utilizar alguns
comandos lógicos booleanos (SE e E), para mostrar as
mensagens relativas à classificação. Portanto, digite a
fórmula abaixo:
=SE(B3<20;"DESNUTRIÇÃO";SE(E(B3>=20;B3<25);"PE
SO
NORMAL";SE(E(B3>=25;B3<30);"SOBREPESO";"OBEDI
DADE")))
Ao terminar de digitar pressione enter.
Aplicação prática do BrOffice.org Calc | Por Cícero Pinho Rocha
dica |
Pronto! Agora é só testar sua aplicação digitando os
valores desejados.
Para testar digite na célula B1 o valor 1,71; na célula B2 o
valor 80. Qual foi o resultado nas células B3 e B4? 27,36
e SOBREPESO, respectivamente?
Acertou! A sua
aplicação esta correta.
Agora salve com o
nome que quiser.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 37 Novembro/2010
Por Rui Ogawa
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dica |
Quem nunca precisou desenhar um diagrama e acabou
perdendo um tempo as vezes precioso, “brigando” com as
formas do Draw? Existe uma extensão que possibilita
criar diagramas simples e de forma muito rápida.
A extensão Diagram é desenvolvida e mantida pelo
OxygenOffice Professional Team. Na página não há
muitas informações a respeito nem screenshots, de forma
que fiquei meio cético com relação às funcionalidades.
Para instalar a extensão, basta ir até o endereço:http://extensions.services.openoffice.org/e-
files/4303/0/Diagrams.oxt e salvá-la em algum lugar de sua
preferência.
Abra o BrOffice Draw e vá até [Ferramentas] >
[Gerenciador de extensão].
Clique no botão [Adicionar...].
Desenhando diagramas no Desenhando diagramas no BrOffice Draw facilmente com BrOffice Draw facilmente com
a extensão Diagrama extensão Diagram
Ph
plo
vem
e

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 38 Novembro/2010
Navegue até o local onde você salvou a extensão,
selecione-a e clique em [Abrir].
Uma janela com os tipos de diagramas disponíveis
surgirá. É possível selecionar diagramas dos tipos
Fluxograma, Diagrama de Venn, Diagrama de Pirâmide e
Diagramas de Ciclos.
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Desenhando diagramas no BrOffice Draw facilmente com a extensão Diagram | Rui Ogawa
dica |
Você poderá verificar a extensão sendo instalada.
Após a instalação, a extensão aparecerá na janela do
Gerenciador de Extensões.
Para adicionar um diagrama, vá em [Inserir] > [Diagrams].Selecione um deles e clique em [Ok]. No caso, estou
selecionando [Organization Chart].

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 39 Novembro/2010
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Ao selecionar um shape e clicar em [Add shape], um novo shape é adicionado respeitando a hierarquia do do fluxograma.
Você pode posicioná-lo abaixo [Underling] ou ao lado [Associate]. Note que também é possível escolher a cor clicando na
caixa de seleção de seleção de cores, situada na esquerda da barra.
Os comportamentos dos outros tipos de diagramas são semelhantes e extremamente fáceis de manusear. Basta praticar um
pouco e você perceberá que esta extensão pode lhe ajudar muito em seus trabalhos.
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dica |Desenhando diagramas no BrOffice Draw facilmente com a extensão Diagram | Rui Ogawa
Rui Ogawa - Graduado como Tecnólogo em Gerenciamento de Redes de Computadores pela UNIC - Universidade de Cuiabá em
2007. Funcionário público estadual pela UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso desde 2003. Usuário Linux desde 1999,
começou com Red Hat e atualmente usa Debian nos servidores e Ubuntu no desktop. Trabalha na administração de redes utilizando
soluções livres com foco na virtualização. Participa de várias comunidades do ecosistema Software Livre, principalmente o
BrOffice.org. Acredita no compartilhamento do conhecimento, na descentralização do poder e na atuação em rede.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 40 Novembro/2010
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dica |
O NavegadorO Navegador
Por Rubens Queiroz
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Como podemos ver na figura ao lado, o navegador exibe links para os
diversos elementos que podem compor um documento de texto: títulos,
tabelas, quadros de texto, figuras, objetos OLE, marcadores, seções,
hiperlinks, referências, índices, anotações e objetos de desenho.
Em nosso documento de exemplo, podemos ver pela tela do navegador
que nem todos os elementos foram usados.
Para saber quais elementos existem no documento, procure pelo
caractere “+” ao lado do nome do elemento. Ao posicionar o mouse sobre
um elemento vazio, será exibida a mensagem “0 objetos”. No nosso
exemplo, o documento não possui nenhum objeto de desenho. Ao
posicionar o mouse sobre esta região, aparece a mensagem “0 Objetos
de desenho”.
Um recurso extremamente útil, principalmente quando se trabalha com documentos
longos, com muitas imagens, tabelas, notas de rodapé e outros elementos, é o
Navegador
Para visualizá-lo, a partir do menu Exibir, selecione a opção Navegador.
O navegador pode ser também invocado pressionando a tecla F5.
A tela do navegador geralmente aparece no lado esquerdo do editor, mas pode ser
posicionada livremente, onde for mais conveniente.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 41 Novembro/2010
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O navegador somente poderá ser utilizado plenamente em
documentos bem estruturados, em que o autor faça um projeto de
seu documento, dividindo-o em seções. Da mesma forma, o
navegador só poderá ser usado com vantagem em documentos
que façam uso correto de folhas de estilo, em que cada elemento do
documento seja identificado de forma correta.
Documentos longos, em que as seções não são assinaladas
corretamente utilizando o estilo apropriado, são um pesadelo para
qualquer autor.
Vamos então analisar com mais detalhes as funções do navegador.
O nosso documento de exemplo contém 33 páginas e está dividido
em várias seções, utilizando notas de rodapé, referências a
hyperlinks e algumas figuras. Primeiramente, vamos ver como o
documento foi estruturado em seções.
Ao expandir a seção de Títulos, clicando sobre o sinal “+”, vemos
que o documento é composto de dez tópicos. Expandindo ainda
mais o tópico 2, vemos que este item está estruturado em três
níveis. Ao clicar sobre qualquer um dos tópicos, somos
imediatamente conduzidos à seção correspondente do documento.
Embora este documento de exemplo não seja muito grande, este é
um recurso que economiza bastante tempo, pois podemos nos
dirigir de forma quase imediata a qualquer parte do documento que
quisermos. Uma outra vantagem é podermos visualizar o
documento como um todo, o que nos dá uma visão global dos
assuntos abordados e facilita muito em possíveis reorganizações
dos tópicos.
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O Navegador | Por Rubens Queiroz
dica |
Podemos também visualizar outros elementos do documento, como por exemplo, os hyperlinks que foram inseridos.
Ao clicar sobre o primeiro link do navegador, http://www.odfalliance.org, o navegador nos posiciona imediatamente na
seção do documento em que o link foi inserido. O mesmo pode ser feito com as figuras e todos os demais elementos do
documento, facilitando a tarefa de localizar figuras, marcadores, tabelas, etc.
O navegador também possui no topo da janela, ícones gráficos por meio dos quais podemos realizar as mesmas funções
que desempenhamos ao clicar diretamente sobre os itens no corpo da tela.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 42 Novembro/2010
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O Navegador | Por Rubens Queiroz
dica |
O ícone no canto superior esquerdo, pemite que
ativemos ou desativemos a caixa de listagem,
deixando visível apenas a parte superior do
navegador. Para usuários experimentados do
navegador, pode ser mais conveniente deixar a caixa
de listagem minimizada, para reduzir o espaço
ocupado por esta ferramenta.
O navegador, embora essencial, não é um recurso
de uso frequente, e pode ser mais conveniente
invocá-lo apenas quando necessário, por meio do
atalho de teclado (F5).
Finalmente, cabe lembrar mais uma vez que um bom
uso dos recursos do navegador requer um bom
projeto de seu documento, o que, por sua vez, exige
que se invista algum tempo no aprendizado do uso
de estilos em seus documentos.
Rubens Queiroz - Engenheiro eletricista, trabalha no Centro de Computação da Unicamp desde 1988. Grande experiência em
sistemas operacionais Unix e derivados, protocolos TCP/IP e aplicativos, tecnologias Web, desenvolvimento de intranets. Mantém
diversos sites Web, entre os quais o Dicas-L, voltado para profissionais de Informática ( http://www.Dicas-L.unicamp.br), IDPH
(http://www.idph.net), com foco no desenvolvimento do potencial humano. Aprendendo Inglês para desenvolvimento da habilidade de
inglês para leitura e Contando Histórias.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 43 Novembro/2010
Por Renata Marques
dica |
Diagramando um folder
com BrOffice Draw
Você já deve saber que a revista BrOffice.org é toda
diagramada utilizando o Draw. Nós podemos aproveitar
essa flexibilidade de diagramação que o Draw oferece
para criar folders. Uma grande utilidade é a geração de
guias rápidos para usuários de sistemas.
Aprenda como fazer e use para a finalidade que sua
imaginação permitir!
Abra um novo arquivo no Draw, vá em Formatar > Página
e escolha a orientação Paisagem.
Se sua borda padrão estiver configurada para outro valor
qualquer, deve-se considerar este valor, mas negativo.
Exemplo: Se a borda for 2,5cm, a posição do objeto deve
ser -2,5cm.
Ainda nessa mesma aba, altere o tamanho do retângulo
para 9,9cm de largura e 21cm de altura. Observação:
9,9cm = 29,7 cm (largura da folha) dividido por 3
(quantidade de áreas em que estamos dividindo o folder).
Para alterar o tamanho livremente, é necessário que a
opção “Manter proporção” esteja desmarcada.
Clique novamente com o botão direito e agora escolha a
opção Área. Na aba de mesmo nome, escolha a opção
Preenchimento > Nenhum.Através da barra de desenho, crie um retângulo de
tamanho qualquer.
Clique com o botão direito sobre o mesmo e escolha a
opção Posição e Tamanho (ou pressione a tecla F4). Na
aba Posição e Tamanho, altere a posição (tanto X como
Y) para -1,00cm.
O valor -1,00cm não é aleatório. É a posição do objeto em
relação à margem do documento. Como a margem
padrão é de 1cm, precisamos posicioná-lo 1cm antes da
margem, para que o retângulo fique encostado na borda
do papel.
bh
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fica

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 44 Novembro/2010
Faça uma cópia do retângulo, selecionando o mesmo e
indo no menu Editar > Copiar e em seguida Editar > Colar
(ou através dos famosos atalhos Ctrl C e Ctrl V).
Clique com o botão direito no novo retângulo, selecione a
opção Posição e Tamanho e altere a posição para
X=8,90cm e Y=-1,00cm.
Vá novamente em Editar > Colar (ou pressione Ctrl V
novamente) para termos um terceiro retângulo. A posição
desse novo retângulo deve ser X=18,80cm e Y=-1,00cm.
Observe que ao tentar alterar o tamanho ou a posição, o
ponteiro do mouse é alterado, indicando a impossibilidade
de realizar a ação.
Diagramando um folder com o BrOffice.org Draw | Por Renata Marques
dica |
Selecione os três
retângulos, clicando
sobre a borda com a
tecla Shift pressionada
(ou através do atalho
Ctrl A). Clique com o
botão direito e escolha
a opção Combinar.
Após combinar os objetos, clique mais uma vez com o
botão direito, escolha a opção Posição e tamanho
novamente e marque a opção Proteger > Posição.
Isso evitará que a divisão que você criou possa ser
movida acidentalmente durante a criação do conteúdo do
folder.
Página 6 Página 1ou
capa
Página 5
Página 2 Página 3 Página 4Página 2
Você pode adicionar a numeração das páginas para
facilitar a diagramação e orientar o usuário na leitura,
inserindo caixas de texto no canto inferior da página.
Dica: Deixe a primeira página sem numeração, pois
será a capa do folder.
5 6
2 3 4
Mais uma vez clique com o botão direito e agora escolha
a opção Linha. Altere a cor da linha para cinza claro, pois
a linha servirá apenas para separar cada página e guiar a
dobragem do folder.
Se desejar ter um aproveitamento melhor da área, você
pode diminuir a borda para 0,5cm ou tirá-la por completo,
caso sua impressora permita imprimir sem borda. Com
isso, delimitamos a área de cada uma das “páginas” no
folder. Na hora de adicionar o conteúdo, observe a ordem
das páginas.

| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 45 Novembro/2010
resumo do mês |
BrOffice.org disponibiliza servidor para BrOffice.org disponibiliza servidor para TDFTDF
A ideia é apoiar efetivamente a The
Document Foundation colaborando
em uma área crítica, a infraestrutura.
Como a BrOffice.org participou da
formação inicial da TDF, sabia sobre a
estrutura necessária para acomodar a
infra para suportar a demanda pelo
LibreOffice.
CoGrOO – Comunidade em fase de testeCoGrOO – Comunidade em fase de teste
Novo portal terá como objetivo
oferecer para a comunidade de
usuários do Corretor Gramatical do
BrOffice uma ferramenta de
desenvolvimento colaborativo.
O projeto foi inspirado no Dicollect, embora este seja
voltado para o verificador ortográfico. A expectativa da
equipe do CoGrOO Comunidade é que, no futuro, todo
usuário poderá usar ferramentas online para desenvolver
novas regras e complementar o dicionário do CoGrOO,
posteriormente colocando essas contribuições sob
avaliação da comunidade, e caso seja positiva, a
contribuição passará a fazer parte do CoGrOO
ODF Plugfest: Tornando as ferramenODF Plugfest: Tornando as ferramen--tas de escritório interoperáveis tas de escritório interoperáveis
Este foi um evento organizado pelos governos federal e
regional e a comunidade da Bélgica, realizado no mês
de outubro em Bruxelas. Trata-se de uma série contínua
de eventos, reunindo fornecedores e interessados em
ODF. O objetivo é conseguir o máximo de
interoperabilidade, executando testes baseados em
laboratórios e discutir novas características e propostas
da especificação ODF. Representantes de várias suítes
de escritórios marcaram presença, entre os quais, o
principal porta voz da The Document Foudantion, que
desenvolve o LibreOffice, Cor Nouws, que garantiu “que
o LibreOffice pretende ser um membro atuante na
comunidade internacional do ODF”.
Go-oo junta forças com LibreOfficeGo-oo junta forças com LibreOffice
A notícia veio através de uma nota do próprio portal do
Go-oo (em inglês). Desde o lançamento da The
Document Foundation e LibreOffice a Go-oo se
manifestou favorável ao projeto. Agora eles reforçam o
apoio.
Abaixo uma tradução livre da nota:
"Os objetivos e filosofia do projeto Go-oo são muito
parecidos com os da The Document Foundation e
LibreOffice. Estamos, portanto, apoiando o LibreOffice
desde a sua criação. Atualmente, estamos migrando
para a infraestrutura da TDF e a maioria dos nossos
patches estão em processo de fusão e farão parte do
LibreOffice. Indo adiante, o projeto Go-oo será
descontinuado em favor do LibreOffice."
Colaboradores do OpenOffice.org Colaboradores do OpenOffice.org deixam a comunidade em favor do deixam a comunidade em favor do LibreOffice.LibreOffice.
O anúncio da adesão ao LibreOffice e,
consequentemente, à The Document Foundation foi feito
através de carta aberta, por email, postado na lista de
línguas nativas, uma lista de discussão interna do projeto
OpenOffice.org.
Entre os colaboradores, que são na maior parte, da
comunidade OpenOffice.org da Alemanha, há tradutores,
outros que atuam nos projetos de marketing, de controle
de qualidade e em desenvolvimento do produto. Eles irão
se juntar aos apoiadores da The Document Foundation,
fundada em setembro, para dar continuidade ao projeto
OpenOffice.org, agora com o nome de LibreOffice.