revista da câmaramunicipal de são miguel nº 2 - maio de ... · e a nossa equipa – é trabalhar...

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São Miguel Revista da Câmara Municipal de são miguel Nº 2 - MAIO de 2 018 Distribuição gratuita Editor: Alfa-Comunicações Com nova pedalada ANIVERSÁRIO Município brinda pelos 20 anos EMPREENDEDORISMO “Pré-Fabricados” têm blocos de qualidade COOPERAÇÃO Luxemburguesa ONG’s CVED e PSF - dinamizam juventude SEGURANÇA Polícia com melhores condições de trabalho CULTURA Casa das Artes fomenta produção artística

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Page 1: Revista da CâmaraMunicipal de são miguel Nº 2 - MAIO de ... · e a Nossa Equipa – é trabalhar e contribuir, activamente, na construção deste Concelho e na melhoria do bem-estar

São MiguelRevista da CâmaraMunicipal de são miguelNº 2 - MAIO de 2018Distribuição gratuitaEditor: Alfa-Comunicações

Com nova pedalada

ANIVERSÁRIOMunicípio brinda

pelos 20 anos

EMPREENDEDORISMO “Pré-Fabricados” têm blocos de qualidade

COOPERAÇÃO Luxemburguesa ONG’s CVED e PSF - dinamizam juventude

SEGURANÇA Polícia com melhores condições de trabalho CULTURA

Casa das Artes fomenta produção artística

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06 ENTREVISTA

Presidente Herménio

Fernandes “Estamos com uma nova e

melhor pedalada”

16 20 ANOS

Poder Local brinda pela nova largada

20 REALIZAÇÕES

Selos qualitativos

do mandato

27 EMPREENDEDORISMO

“Pré-Fabricados”

produz blocos de qualidade

29 SEGURANÇA

Polícia com melhores condições de trabalho

30 CULTURA

Casa das Artes impulsiona

produção artística

35 TURISMO

Cinco Aldeias Turísticas

a caminho

SUMÁRIO

Ficha TécnicaPropriedade: Câmara Municipal de São Miguel – Caixa Postal: C.P. Nº 04 – Cidade da Calheta (Veneza) – Ilha de Santiago – República de Cabo Verde – Telefones: PBX: (+238) 2731004/10.05 – Facebook: www.facebook.com/EmFrenteSaoMiguel/ – Website: www.cmsm.cv Produção e Edição: Alfa-Comunicações, Ldª – Caixa Postal nº 690 – Cidadela – Cidade da Praia – República de Cabo Verde – Telefone: (+238) 2628677 – E-mail: [email protected] – Website: www.alfa.cv – Fotografias: Alfa-Comunicações e Câmara Municipal de São Miguel | Design e Paginação: Alfa-Comunicações | Impressão e Acabamento: IMPRESS | Tiragem: 2000 exemplares | Periodicidade: Semestral | Distribuição: Gratuita

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5São Miguel | Nº2 | Maio 2018

O Nosso/Vosso amado concelho atravessa uma fase mui-to boa do seu desenvolvimento, graças a uma parceria es-tratégica muito bem conseguida com o Governo de Cabo Verde mas existe, igualmente, um grande engajamento de outros parceiros no quadro da cooperação descentralizada e um compromisso forte na construção do Concelho por parte da sociedade micaelense, empresários e a nossa diáspora.

A transformação em curso em todos os domínios é igual-mente fruto de uma visão arrojada e clara sobre o que quer-emos ser no futuro. A nossa meta é garantir um município desenvolvido nos próximos 10 anos. Garantir um município moderno, competitivo, educador e com qualidade de vida.

Há um casamento feliz entre a nossa visão e a do Gover-no para o desenvolvimento deste Concelho em particular e do país no geral. O engajmento do Governo de Cabo Verde tem-nos permitido concretizar projectos estruturantes na criação de uma verdadeira cidade e na qualificação do nos-so território em matéria de requalificação urbana e da frente marítima, no desencravamento das localidades, na melhoria do saneamento do meio e da iluminação pública nas várias comunidades do Concelho, e contribuindo deste modo para alavancagem do comércio local.

Na educação, saúde, abastecimento de água, cultura e desporto, bem como na modernização administrativa e em-poderamento das comunidades estamos a marcar o ritmo. O crescimento do concelho e a dinamização das comunidades tanto no plano social como económico é visível. A valorização do interior do Concelho, além de melhorar a qualidade de vida dos nossos concidadãos, irá incrimentar o turismo no meio rural. Este é o caminho para a inclusão económica de todos os nossos concidadãos.

No que diz respeito ao nosso papel, todos os investimentos públicos que estamos a fazer visam garantir a melhoria do ambiente geral no Município, a criação de um ecossistema favoravel à atracção de novos investimentos estrangeiros e dos nossos emigrantes, o desenvolvimento das PME, a mel-horia do ambiente de negócios, oportunidades de emprego, geração de rendas e, consequentemente, garantir uma re-dução acentuada da pobreza.

A propósito, o nosso maior objectivo e a nossa maior alegria é quando um munícipe conquista um emprego digno e dura-douro. Não podia ser diferente, já que, o que nos move – Nós e a Nossa Equipa – é trabalhar e contribuir, activamente, na construção deste Concelho e na melhoria do bem-estar e da elevação do padrão da qualidade de vida das suas gentes, e, também, de quem trabalha e visita o nosso Município. En-tendemos que, um munícipe no desemprego não pode con-tribuir para a construção do Concelho. Estando na pobreza, não pode, também, dar o seu quinhão para o desenvolvimen-to de São Miguel.

O micalense – qualquer que ele seja! -, só pode contribuir, de facto, para o crescimento e desenvolvimento inclusivo, sustentável e sustentado do Concelho, quando está a desen-volver uma actividade económica que lhe permita aceder ao rendimento e cuidar da sua vida e dos que o rodeiam. Quere-mos que as pessoas tenham autonomia e não sejam depen-dentes do Estado. É por isso que estamos focados em ouvir, conhecer e perceber a essência das pessoas, contribuindo para a transformação das suas ideias em projectos. E isso está a surtir efeitos!

Nestes menos de dois anos de governação, registamos a grata constatação de que os micaelenses estão a acompan-har a mudança que estamos a imprimir com o surgimento de iniciativas próprias – nos mais diversos domínios e a alin-havarem os seus próprios projectos, esconjurando, assim, a dependência e o assistencialismo face ao poder político. Os micaelenses residentes e não residentes estão cada vez mais confiantes no futuro do Município. E é disso mesmo – e de muitas outras boas-práticas e conquistas! -, que a Nossa/Vossa Revista faz eco nesta sua Segunda Edição. É para isso que serve a Política

Votos de uma excelente leitura!

Herménio Celso Fernandes

Presidente da Câmara Municipal de São Miguel

EDITORIAL

São Miguel está a mudar

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6 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ENTREVISTA

Como está São Miguel? Está bem e recomenda-se. É um ex-celente Município para viver, visitar e voltar sempre...

Porquê?Porque, hoje, é um Município mais atractivo e mais competitivo para atrair investimentos em vários secto-res...

...quais em concreto? Nomeadamente, na agricultura, agro-turismo e agro-indústria, pescas, pe-

cuária e indútrias várias. Somos um Município ligado a diversos concelhos desta Região... Aliás, temos vocação para sermos um Município-Platafor-ma para prestação de serviços aos diversos concelhos do interior de Santiago – e não só! Neste momento, a partir de São Miguel é feita a dis-tribuição de energia eléctrica para os demais concelhos de Santiago Norte. Vamos receber em 2021 um grande investimento...

De que se trata?

A segunda unidade de produção de água para abastecer toda a Região Norte de Santiago. Temos, também, condições para desenvolvermos um sistema de transportes inter-urbanos para toda a Região Norte. Estamos a oito-dez minutos de Santa Catari-na, a sete de Santa Cruz e a 17 do Tarrafal, ou seja, somos um Município que, pela sua localização geográfica, constitui uma vantagem comparativa em relação aos demais. Este Municí-pio recomenda-se, ainda, porque es-tamos a criar qualidade de vida para

Dezenas de obras concluídas – e outras tantas em curso! -, visível melhoria do bem-estar e elevação do padrão da qualidade de vida dos munícipes, corte de isolamento das comunidades, info-inclusão, fomento de auto-emprego, entre muitas mais. “Estamos num bom momento, com uma elevada auto-estima e com uma nova e melhor pedalada”, garante Herménio Celso Fernandes, Edil de São Miguel - e o mais jovem dos 22 de Cabo Verde -, revelando que a sua maior satisfação “é garantir rendimentos às pessoas e às famílias”, já que o seu “Município está de boa saúde e recomenda-se!”.

“Estamos com elevada auto-estima e com uma nova pedalada”

Presidente da Câmara Municipal, Herménio Fernandes

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7São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ENTREVISTA

as nossas populações.

Combate à pobrezaEm concreto, o que estão fazendo para a propalada melhoria da quali-dade de vida?Veja toda a requalificação urbana que estamos a fazer, o desencravamento das localidades... Quando falamos do desencravamento, referimo-nos às estradas, mas, também, à energia e às comunicações. Presentemente, es-tamos a ligar a Barragem de Flamen-gos a Cutelo Gomes, que é uma zona importante da Ribeira de São Miguel e que, também vai receber uma impor-tante estrada de penetração com im-pacto importante no desenvolvimento da economia desta comunidade.

Temos um potencial enorme para o desenvolvimento do agro-turismo na Ribeira de São Miguel, pelo que, uma das condições cimeiras é o seu desencravamento, tanto a nível de es-tradas, como no domínio da electrici-dade e de comunicações. Para fechar esta Ribeira (São Miguel) com cem por cento de electrificação, estamos a concluir as obras de Aguadinha, Lém de Oliveira e Cutelo Gomes. Garanti-mos, também, o acesso à localidade de Mondu Buá (em São Miguel). No final de Março, lançámos um grande projecto de inclusão sócio-económica para as mulheres desta ribeira.

Beneficia quantas pessoas?Directamente, 49 mulheres e, indirec-tamente, 557. É um projecto inovador que contemplará produção agrícola em escala. Vamos testar, numa pri-meira fase, várias espécies. Aquele que melhor se adaptar à realidade da Ribeira, vai ser o produto-charneira...

...o que quer dizer com isso?Que é aquele que será cultivado e de-senvolvido em escala pelas 49 benefi-ciárias directas do projecto.

Quem são os financiadores?Conta com o alto patrocínio do Go-verno de Cabo Verde através do Mi-

nistério da Família e Inclusão Social. O caminho para empoderar as mu-lheres e para garantir a autonomia das pessoas é através da promoção do auto-emprego. Este projecto é de auto-emprego e permite às famílias aumentarem os seus rendimentos, dando um forte combate à pobreza, que ainda aflige boa parte destas mu-lheres.

Município-Charneira Quer ser um Município-tampão. As condições de base já estão cria-das?Estamos a criar.

E por onde passa?Por um forte investimento na Cidade. Se conseguirmos pôr a sua economia a crescer duas a três vezes mais do que acontece agora, com as novas centralidades que estamos a criar, com a requalifcação da frente maríti-ma que estamos a imprimir, este Con-celho vai-se transformar num pólo dinâmico de desenvolvimento. Além disso, temos as nossas ribeiras com alto potencial de produção agrícola...

...quais são?Ribeiras de Flamengos, Chã Pa Riba/Ribeireta, Canto Grande e Principal. Em duas dessas ribeiras temos bar-ragens, ou seja, instrumentos de mo-bilização de água: Flamengos e Prin-cipal. A par disso, praticamente todas as localidades do interior têm uma forte vocação agrícola e agro-pecuá-ria ligadas ao turismo. Há um conjunto de actividades que podemos desen-volver no meio rural para potenciar o turismo.

Pensam no turismo residencial?Temos no nosso Programa de Gover-no Local a transformação das resi-dências semi-abandonadas em “hos-tels”, ou seja, casas para receberem turistas. Queremos criar actividades económicas para as pessoas que re-sidem nas comunidades abrangidas pelas Áreas Protegidas da Serra Ma-

lagueta... Quais são?Aguadinha, Mato Correia, Xáxa, Gon-gom e Ribeira de Principal. Mas, no limite dessas zonas, há outras com potencialidades para o desenvolvi-mento do agro-turismo. Afora isso, temos, também, potencialidades para a agro-indústria. É por isso que apos-tamos fortemente na diversificação da economia local.

Diversificação da economia Por onde passa a diversificação da vossa economia?Pela valorização de todo esse poten-cial de que dispomos, criando condi-ções para investimentos em sectores económicos. São Miguel está numa fase muito boa do seu desenvolvi-mento, fruto de uma grande parceria da Câmara com o Governo central, que, aliás, acontece em todos os mu-nicípios do País. Isto tem-nos permi-tido concretizar projectos importantes que alavancarão a economia local.

Como assim?A requalificação do Centro Histórico do Porto da Calheta – que é a nos-sa maior obra e marca do mandato! -, além de beneficiar e valorizar a parte baixa, contempla toda a orla marítima. Vamos criar uma cidade sustentável com bem-estar e qualidade de vida...

...e virada para o mar! Com certeza! Se no passado, as pes-soas davam costas ao mar, estamos a incentivá-las a virarem-se para o azul do Oceano Atlântico, onde há muita riqueza e economias virgens por ex-plorar. A propósito: batalhamos para um cais de pesca com muita urgência.

Para quê?Estamos a prever, num futuro não muito longínquo, a transformação deste Município num grande pólo de produção agrícola. Haverá exceden-tes, que serão consumidos nos dife-

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ENTREVISTA

rentes mercados da ilha de Santiago e nos mercados turísticos do Sal e da Boa Vista. Vamos, também, alcançar a ilha do Maio, que está a descolar. Aliás, de todos os concelhos de San-tiago, São Miguel é o Município mais próximo do Maio. Aliás, mantinham, num passado não muito longínquo, uma tradição de es-treita ligação marítima – e não só! Havia. Vamos retomá-la, reavivando o antigamente. Uma outra nossa preo-cupação é pôr as pessoas a trabalhar; a produzir.

“Pôr as pessoas a traba-lhar...” De que segredo dispõe “para pôr as pessoas a trabalhar”?Criando as condições; o ambiente para tal. Todos os investimentos públi-cos que estamos a fazer visam a cria-ção de negócios, oportunidades de emprego, geração de rendas e, con-sequentemente, combater a pobreza. O nosso maior objectivo e a nossa maior alegria é quando uma pessoa conseguir um emprego. Mais do que investimentos, é eles darem frutos.

Com vista à melhor organização do comércio local, vamos construir três mercadinhos...

Onde ficarão? Em Ponta Verde, Achada Pizarra e Achada Bolanha. Paralelamente, va-mos pôr o de Achada do Monte a fun-cionar.

Qual foi o segredo para tirar as ven-dedeiras das ruas? Diálogo; muito diálogo. Temos dia-logado e conseguido uma grande abertura e colaboração, tanto das vendedeiras, como dos munícipes. Já compreenderam a nossa visão e polí-tica em relação a estas questões.

“Casamento feliz com o Governo” Qual é então a vossa política para esse sector? As nossas medidas e acções não são para empobrecer este Município. São para empoderar, criando oportunida-des de emprego, riquezas e felicidade para todos. Não temos nenhum plano para colocar as pessoas no desem-

prego. Tudo o que estamos a fazer é para elevar a auto-estima e criar uma nova atitude nas pessoas. Isso permi-te-nos acelerar o processo de desen-volvimento do Concelho. O comércio, num Município como o nosso, é fun-damental para garantir rendimentos às pessoas e às famílias. É via pro-moção do emprego que desenvol-veremos este Concelho. O comércio local bem organizado atrai o turismo, mas mais: os nossos investimentos também estão a chegar às áreas da cultura e das indústrias criativas.

Aponte exemplos.A nível do artesanato, temos produ-ções locais de alta qualidade. Quando visitamos os municípios com os quais temos cooperação e/ou geminação, sempre oferecemos produtos “made in” São Miguel. São tidos em alta co-tação e a qualidade é realçada pelos nossos parceiros. As suas deslocações ao exterior contemplam contactos com os emigrantes? Sempre! Encontramos neles uma grande confiança no nosso Município. Eles fazem parte da nossa agenda e contamos com eles para a construção

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ENTREVISTA

do Concelho. Eles são importantíssi-mos. Estamos a criar todas as con-dições para que invistam e haja um desenvolvimento sustentado. Aliás, estão a investir cá todos os dias. Fe-lizmente, agora, temos um casamento feliz com o Governo, que tem um pro-grama de requalificação para todas as cidades e aglomerados populacio-nais, e que, também, coincide com a nossa Plataforma.

Fomento de cooperativas Fala no aumento da produção agro-industrial. Como estão no sector da conservação e da transforma-ção de produtos?Regredimos. Já tivemos pequenas in-dústrias, nomeadamente em Hortelã, que produziam doces, compotas, en-tre outros.

Há esforços para a reactivação?O que frustrou este projecto foi a falta de organização da Associação local, que devia ser transformada numa Cooperativa. Aliás, é esta a visão que estamos a trazer agora: organizar e formar os líderes associativos no sen-tido de evoluirmos do filantrópico para o empresarial. O fomento das coope-rativas é que vai marcar a diferença e fazer a transformação que queremos.

Aponta a necessidade de um cais de pesca. Isso não é da competên-cia do Governo central?Certo. Como não temos andado a dor-mir, já pedimos ao Ministério das Fi-nanças, para, através do Banco Mun-dial, se fazer os estudos. Só avança quando os estudos confirmarem que é viável, atendendo a que requer um esforço financeiro grande. Nós não te-mos dúvidas de que é viável, mas são necessários estudos científicos. Este País já construiu elefantes brancos que baste...

Qual é a abertura do Governo?

Total.

Formação Profissional Como está a iniciativa e o espírito empresarial do micaelense?Por natureza, é empreendedor. Os dados confirmam isso. Somos o Mu-nicípio do País com a maior taxa do sub-emprego. Isso dá-nos duas leitu-ras importantes...

Quais? A primeira: que o poder público tem a obrigação de trabalhar para organizar essas pessoas que produzem, que trabalham, mas que têm baixo rendi-mentos e não têm protecção social. Segunda: que temos de transformar esses pequenos produtores em em-presários. Muitas dessas pessoas que estão no sub-emprego, trabalham na agro-pecuária e na construção civil – por conta de outrém -, não gozando de protecção social. No nosso Con-celho, ninguém cruza os braços, mas temos de qualificar as actividades, já que o grosso dessa gente trabalha em situação precária.

O que estão fazendo para reverter a situação?Estamos a investir forte na formação-profissional – que é nossa responsa-bilidade -, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Associação Comercial, Agrí-cola e Industrial do Interior de Santia-go (ACAISA), a Pró-Empresa, o CER-MI (Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial), os bancos comerciais, as associações de micro-finanças, entre outras instituições que laboram nesta matéria. Temos, ainda, a nossa Incubadora DNA-São Miguel que, também, está a fazer um óptimo trabalho. Não temos dúvidas de que, dentro de pouco tempo, heverá resul-tados. Esta Câmara está muito foca-lizada na dinamização da economia local, através do empreendedorismo e da formação para que quem traba-lha nessa área, o faça numa lógica empresarial.

Alteração do perfil económico Qual a justificação para essa vossa aposta?Para que as pessoas sejam autóno-mas e/ou, pelo menos, dependam o menos possível das instituições públi-cas e das chuvas. Este povo tem mais memória de secas do que de chuvas correntes. Queremos e esperamos que chova todos os anos, mas temos de nos preparar para que, quando houver seca, não haja aflições se-melhantes às vividas presentemente. Estamos numa região de África, onde chove pouco. Mesmo assim, a maio-ria desses países não fala de secas. Criaram novas formas de produzir. O que estamos a fazer em São Miguel é alterar o perfil económico das pes-soas.

Homens e mulheres: comparativa-mente, quem é mais ousado?Os homens! A maior empresa de Santiago Norte é de cá: a Indústria Carvalho. A par dela, temos uma boa dinâmica na construção civil e na agro-pecuária. Em face disso, o gran-de desafio é empoderar as mulheres para que possam produzir mais e me-lhor em ordem a usufruírem de uma melhor remuneração.

Como vamos de info-inclusão, ou seja, acesso à Internet?Passamos de um ponto de acesso li-vre (gratuito) defronte à Câmara para toda a parte Sul da Cidade de Calhe-ta, assim como Ponta Verde e o Liceu. É a verdadeira promoção da info-in-clusão e da sociedade digital. Tudo isso, aliado à melhoria das habitações - incluindo a construção de mais de 500 casas de banho -, e saneamento em todas as comunidades, vai ter um forte impacto na melhoria da qualida-de de vida e no combate à pobreza.

“Trabalhar dois em um!”

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10 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ENTREVISTA

No Acto Solene da celebração dos 20 anos da criação do Concelho voltou a contrariar a ideia de que São Miguel é o Município mais po-bre do País. Qual a sua tese?Não estamos aqui para aprofundar a pobreza. Estamos cá para retirar as pessoas da pobreza e erradicá-la do nosso Concelho.

E é possível?Em primeiro lugar, depende da lide-rança e a nossa liderança tem esta visão e está a trabalhar neste sentido.

Como avalia a implementação da Plataforma Eleitoral sufragada pe-los micaelenses a 4 de Setembro de 2016?(Risos). Temos pessoas com respon-sabilidades que quando nos visitam dizem-nos: “Vocês estão a fazer dois mandatos em um!”.

O que isso significa?Que imprimimos uma nova velocida-de e maior dinâmica na governação deste Município.

A que se deve esta nova pedalada? À grande equipa que temos. Temos um colectivo de vereadores, dirigen-tes e colaboradores fantásticos que, felizmente, compreenderam o que queremos para o Concelho. Esta

visão é partilhada, não é apenas do Presidente. Isso facilita todo o pro-cesso. Por outro lado, os munícipes também estão a assumir esta nossa visão. É por isso e outras coisas mais que o Município está de boa saúde e recomenda-se! Com toda a humilda-de, vamos continuar a trabalhar com todos e com a mesma abertura e dis-ponibilidade de sempre.

“Aqui não há penúria” Como estão de situação social?Estamos a melhorar.

Neste ano de seca severa (a nível nacional), o que São Miguel tem fei-to ou está fazendo para amortecer os impactos?Além do Plano de Emergência, que está a funcionar bem, criámos vários postos de trabalho...

Quantos?Mais de 600. A par disso, todos os in-vestimentos que estamos fazendo na requalificação urbana e reabilitação habitacional, assim como na frente marítima e na melhoria das acessibi-lidades, entre outras, foram financia-dos pelo Governo, através do Fundos do Turismo, do Ambiente e do de Ma-nutenção Rodoviária. Assim, apesar

da seca, não temos uma situação de aflição. Conseguimos driblar com me-didas oportunas, fazendo com que as famílias tenham acesso a rendimen-tos.

Como estão de abastecimento de água?Há uma melhoria significativa. Porém, com as secas, alguns caudais baixa-ram e os furos faliram. Passamos a fazer o abastecimento com água au-to-transportada.

Há situação de penúria?Não! Aqui não há penúria, nem para os animais, quanto mais para as pes-soas. Nós jogámos na antecipação. Adquirimos um mini-auto-tanque que hoje abastece as comunidades pelo menos três vezes por semana. Com a inauguração, ainda neste semestre, do sistema de abastecimento de Pilão Cão, Mato Correia, Espinho Branco e Achada Espinho Branco, os morado-res terão acesso à água de qualidade durante as 24 horas do dia. Essse sis-tema foi financiado pelo MCA (“Mille-nium Challenge Account”) em 28 mil contos e a água será produzida pelo Dessalinizador de Ponta Verde.

Nova rede eléctrica para Calheta O que dizer da electrificação?Com a conclusão do projecto da Ri-beira de São Miguel, Cutelo Gomes, Lém de Oliveira e Aguadinha, só fica descoberta a zona de Cobon pelo que estamos com uma taxa de electrifica-ção de perto de 94 por cento.

Energias limpas está na agenda? Está. A zona de Xáxa dispõe de um sistema híbrido: eólico e solar. Gon-gom vai, também, beneficiar de um sistema semelhante. Estamos a tra-balhar com o Fundo das Nações Uni-das para o Ambiente para podermos fechar o anel ainda este ano. Porém, há uma outra novidade...Qual?

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11São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ENTREVISTA Estamos a remodelar e a ampliar toda a rede eléctrica da Cidade. A grande novidade é que a Câmara vai investir 20 mil contos para electrificar a Aveni-da Principal – de “Casa Para Todos” até Ponta Verde -, com toda a rede subterrânea e postes metálicos. Com a asfaltagem vai tornar-se numa das avenidas mais bonitas do interior de Santiago.

Motivação dos recursos humanos Como vamos de transporte esco-lar?Somos o Município mais bem servi-do. Temos quatro autocarros e va-mos a todas as localidades com vias carroçáveis. Pagamos aos privados o transporte dos alunos das comu-nidades onde não há estradas apro-priadas para os nossos autocarros, designadamente: Aguadinha, Ribei-reta, Monte Bode, Torril, Casa Branca e Cutelo Gomes. Só em combustível, estes autocarros gastam quase 400 contos/mês.

O que ganhou o Pré-Escolar? Temos um parque de jardins infantis completamente renovado. Todavia, reclamam por melhorias os de Agua-dinha e Monte Bode que ainda não estão em condições como gostaría-mos que estivessem. Neste domínio, a grande novidade prende-se com os investimentos feitos nas monitoras e nas cozinheiras.

Que tipo de investimentos foram esses?Aumentámos o salário das monitoras em cerca de 27%; antes essa questão dos salários foi motivo de uma grande briga. Havia monitoras que não ga-nhavam o salário mínimo. Hoje, todas as nossas cozinheiras beneficiam de protecção social. Os agentes sanitá-rios também passaram a ser cober-tos pelo sistema de protecção social. Aliás, temos feito investimentos im-portantíssimos nos nossos funcioná-rios e colaboradores.

Com que propósito? Eles é que são o motor; eles é que fazem tudo isto acontecer. Queremos trabalhadores cada vez mais compro-

metidos e motivados de modo a reali-zarmos o Programa que temos.

Gelo para pescadores e peixeiras O que dizer das pescas?Os pescadores podem sorrir...

Porquê?Porque, dentro em breve, vão entrar em funcionamento duas unidades de produção de gelo.

Onde ficam?Na Casa dos Pescadores (no Porto da Calheta). Vai permitir uma maior cap-tura, pois, passam a dispôr de espaço para armazenagem e não terem que vender o pescado ao desbarato. A par disso, também vamos investir na dis-ponibilização de mais equipamentos e acessórios para a pesca na referi-da Casa dos Pescadores. No entan-to, recordo que já exista desde o ano passado um espaço gerido por duas jovens, financiado por nós no marco da nossa política de auto-emprego.

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ENTREVISTA

Temos o compromisso de construir-mos um arrastadouro até ao final do mandato. Ainda este ano vamos investir na melhoria da indústria de construção de pequenas embarca-ções juntamente com o Senhor Ar-lindo. O estaleiro já está financiado pelo Fundo do Ambiente e funciona-rá como uma pequena escola. Duas embarcações serão entregues a pes-cadores de Achada do Monte ainda neste semestre.

Que novas tem para as peixeiras?Vamos disponibilizá-las arcas frigorífi-cas. Por outro lado, em parceria com o Ministério da Família e Inclusão So-cial, muitas delas passam a beneficiar do Rendimento de Inclusão, uma vez que muitas estavam com o negócio em queda. Há, também, o micro-cré-dito, através do fundo que o Governo disponibilizou ao sector das micro-fi-nanças para o qual podem recorrer. “O momento é...agora!”

Há novidades para a Diáspora?Brevemente, teremos o nosso Par-que Empresarial que vai situar-se em Baciu, depois de Jamaica. Estamos,

também, no processo de transmissão dos terrenos do Estado para o Muni-cípio. Deste modo, vamos poder dis-ponibilizar espaços para construções e novos investimentos com maior celeridade. Todo o investimento que estamos a fazer na orla marítima dis-ponibiliza espaços para o surgimento de novos empreendimentos turísticos. Em todos os encontros que tenho tido com eles, relembro-lhes, sempre, que o momento para investirem é agora.

Que impacto teve o Balcão Único? É o primeiro ponto de contacto com os nossos serviços. A nossa prestação de serviços melhorou em toda a linha. Hoje, prestamos um serviço diferente, de melhor qualidade, com transparên-cia e com maior comodidade. Trouxe-mos serviços que dantes não existiam no Concelho, nomeadamente, os da Direcção Nacional das Receitas do Estado (DNRE), da Provedoria da Justiça, entre vários outros. Presen-temente, quando chegam à Câmara Municipal, não precisam andar de de-partamento em departamento. Num único espaço, tratam de tudo e em menos tempo. Também vamos levar

o Balcão Único às delegações muni-cipais.

“Aqui não há partidarização” A modos de remate, o que diz aos micaelenses? Deixo-lhes uma mensagem de muita confiança. Para continuarem a acredi-tar e a trabalhar em prol do desenvol-vimento de São Miguel. Que não há espaço para desânimo. Que nós con-tinuamos e continuaremos esperança-dos e engajados. Que a preocupação deles para com o Município tem-nos ajudado muito no cumprimento das metas e na criação de condições para que todos – mas, mesmo todos! –, sem a excepção de ninguém, tenham a oportunidade de participar activa-mente no desenvolvimente deste nos-so querido e amado Concelho.

Já agora: qual é a marca da sua go-vernação?Trabalhar e trabalhar sempre, com todos. Somos uma Câmara que não discrimina ninguém, onde todos são tratados em pé de igualdade, desig-nadamente: nos recrutamentos, na atribuição dos apoios sociais, no ren-dimento de inclusão, na reabilitação e/ou construção das habitações, no acesso à água e energia e na forma-ção professional. Na nossa Câmara, há igualdade de oportunidade para todos.

Para nós, quem vier à Câmara pedir apoio e/ou solicitar quaisquer servi-ços que seja, é sempre um cidadão. E devemos estar sempre ao dispor dele. Não pode ser tratado como verde ou amarelo ou como estranho. Temos que ser neutros. A Administra-ção Pública, enquanto organismo do Estado, tem que ser neutra. Aqui não há partidarização. Ou seja: nem por parte de quem nos suporta, nem por banda dos que nos fazem oposição. As regras são claras para todos: a Administração Pública deve estar ao serviço de todos.

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13São Miguel | Nº2 | Maio 2018

BALANÇO Síntese das acções realizadas nos dois anos de mandato

Resultante da política de descentralização do Gov-erno foi possível levar a cabo um conjunto de in-vestimentos no Município com impactos positivos na dinamização do comércio local, atracação de novos investimentos, infra-estruturação, requalifi-cação urbana, melhoria da qualidade de vida e do ambiente geral no Município.

Assim, destacam-se os principais in-vestimentos feitos e em curso:

Modernização Administrativa - Instalação do Balcão Único na Câ-

mara Municipal;- Criação da Delegação Municipal de

Ribeira São Miguel;- Reabilitação e instalação da Delega-

ção Municipal de Achada Monte;- Ligação da Câmara Municipal à Fi-

bra Ótica; e - Disponibilização do “Service Center”

(Linha Verde: 800 2008).

Infraestruturas:- Construção da Placa desportiva de

Pedra Barros;- Reabilitação do Polidesportivo de Fla-

mengos; - Reabilitação do Polivalente Municipal;- Reabilitação do Polidesportivo de

Ponta Verde;- Reabilitação do anexo do Polivalente

para albergar o Centro de Educação Ambiental (em curso);

- Reabilitação do anexo do Polivalente para albergar a Casa das Artes (em curso);

- Construção do Centro Histórico de Achada Portinho (em curso);

- Construção do Miradouro de Ponta Verde (em curso);

- Reabilitação dos Paços do Concelho (em curso);

- Reabilitação do Polidesportivo de Achada Monte (em curso);

- Construção da estrada de acesso ao Liceu “Olegário Tavares” e a Ponta Magimá;

- Reabilitação do Polidesportivo de Achada Bolanha (em curso);

- Construção da Praça de Achada Bo-lanha;

- Reabilitação da Escola “Velhinho Ro-drigues”;

- Reconstrução do Parque Infantil de Veneza;

- Construção do Parque Infantil de Pon-ta Verde (em curso);

- Reabilitação dos Jardins Infantis de Ponta Verde, Ribeira de Principal, Cutelo Gomes, Mato Correia, Achada do Monte e Monte Bode;

- Reabilitação das casas de banho dos Jardins Infantis de Flamengos e Pilão Cão; e

- Reabilitação de casa de banho e impermeabilização do tecto do ex-Centro da Juventude, onde, actual-mente, funciona o Jardim Infantil de Veneza.

Requalificação urbana- Requalificação do Porto de Calheta

(em curso);- Requalificação de Achada Batalha

(Largo da Residência Oficial); - Requalificação de Achada Batalha

Oeste (Rua de Sr. Marino e Sr. Tóy); - Requalificação de Cutelo Miranda;- Requalificação de Galeão;- Requalificação de Ponta Verde

(acessos a Pontinha, Polivalente, Barreira e entrada de Ponta Verde);

- Requalificação das ruas de Veneza Baixo, acesso ao Estádio Municipal e construção de passeios em Fonte Bedja e Achada Pizara;

- Construção do Parque de Estaciona-mento no Largo Pão Quente;

- Construção de passeios e sinaliza-ção das vias principais da Cidade de Calheta (a Capital do Concelho);

- Requalificação da Vila de Achada do Monte (em curso);

- Requalificação da via principal de Achada Bolanha e construção de espaços verdes;

- Requalificação de Achada Pizarra (em curso); e

- Requalificação da Orla Marítima de Ponta Calhetona e Ponta Verde.

Melhorias de Acesso- Calcetamento em Casa Branca; - Abertura de acesso à Escola de Cute-lo Gomes;

- Construção de muros em Achada Bar-ril a Cruz de Cutelo Gomes;

- Calcetamento da estrada que liga Bar-ragem de Flamengos a Cutelo Gomes (em curso);

- Manutenção das estradas municipais e caminhos vicinais nas localidades de Xáxa, Gongom, Garçote, Sema, Cute-lo de Saltos, Varanda, Monte Pousada, Lém de Oliveira, Monte Bode, Ribeire-ta, Cruz Nova de Flamengos, Aguadi-nha e todas as vias de acesso das lo-calidades da Ribeira de São Miguel; e

- Inserção de cantoneiros nas estradas de Varanda, Monte Pousada, Palha Carga, Espinho Branco e Mato Correia.

Habitação- Construção das habitações para o

realojamento das famílias que resi-diam na Albufeira da Barragem de Flamengos;

- Construção de 14 habitações (de raiz) para as famílias mais vulneráveis;

- Construção de 14 casas de banho para as pessoas de terceira idade;

- Apoios a mais de quatro centenas de famílias na reabilitação das suas ha-bitações (cobertura, portas, janelas, pintura, melhoria da fachada e pavi-mentação) nas localidades de Achada Bolanha, Achada Batalha, Flamengos, Ponta Verde, Veneza, Achada Espi-nho Branco, Ribeira São Miguel, Pilão Cão, Ribeira de Principal, Cutelo Mi-randa e Achada Pizarra;

- Ligação à rede de esgotos a 44 famí-lias; e

- Ligação à energia elétrica a 21 famílias.

Eletrificação- Eletrificação de Cutelo Mendes e Gar-

çote;

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14 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

- Eletrificação Rural em Cutelo Gomes, Lém de Oliveira e Aguadinha (em cur-so);

- Eletrificação do furo de Ribeira de Casa Branca;

- Remodelação e ampliação da Rede de Energia Elétrica e Iluminação Pública em Achada Portinho, Porto Calheta, Galeão, Manguinho, Cutelo Miranda, Veneza e Ponta Verde; e

- Melhoria da Rede de Iluminação Públi-ca em Achada Bolanha.

Postos de Trabalho- As obras em curso no Município, no-meadamente: as de requalificação urbana, reabilitação das habitações e jardins infantis, limpeza dos acessos, das localidades, caminho vicinais, en-tre outros, têm gerado, mensalmente, centenas de postos de trabalho no Mu-nicípio; e

- Durante o ano de 2017 contabilizá-mos um total de mil 366 postos de trabalho, resultantes desses investi-mentos e da implementação do Pla-

no de Emergência para a Mitigação da Seca.

Execução OrçamentalAs receitas totais, excluindo os em-préstimos bancários, ascenderam aos 237.719.204$00 (duzentos e trinta e sete milhões, setecentos e dezanove mil, du-zentos e quarto escudos), correspon-dente a um aumento de 30.060.899$00 (trinta milhões, sessenta mil, oitocentos e noventa e nove escudos) relativamen-te ao ano de 2016.

BALANÇO

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EFEMÉRIDE

A Sessão Solene do 29 de Setembro – de tripla evocação: 20 anos da criação do Concelho, e dias do Santo Padroeiro e do Município – contou com a represen-tação do Governo, na pessoa do (então) Ministro das Finanças, Olavo Correia.

Na cerimónia que decorreu no Salão Nobre do Paços do Concelho, o Edil Herménio Fernandes radiografou o per-curso feito, enquadrou o estado presen-te e projectou a caminhada a ser feita.

“O Poder Local está a viver uma nova largada, com um novo capítulo marca-do por um ambiente saudável e trans-parente e de cooperação no relaciona-mento entre as câmaras e o Governo”, avaliou Fernandes, sustentando que, com a disponibilização de mais recur-sos financeiros, a Câmara pôde me-lhorar, significativamente, a sua capa-cidade de resposta na requalificação urbana e da frente marítima, assim

como na modernização administrativa e na satisfação das demandas sociais.

Na avaliação do Edil, toda esta altera-ção se deve à mudança de Governo que o País alcançou a 20 de Março de 2016.

A verdade dos números São Miguel, a par daquilo que o País está a viver, conhece “uma profunda mudança”, tanto a nível do tecido pro-dutivo, como no aspecto social.

“Os dados oficiais do INE (Instituto Na-cional de Estatística) atestam a mudan-ça em curso. De 2007 a 2015, o Municí-pio reduziu a pobreza em 13 por cento (%). Em 2015, detinha apenas 29% da sua população activa ocupada para, em 2016, passarmos a 53%. Conseguimos, ainda, a redução do desemprego em 1%, ou seja, passamos de 6% para 5%

e estamos no grupo dos quatro municí-pios com menor taxa de desemprego”, ilustra Fernandes, reconhecendo, toda-via, que há importantes desafios a ultra-passar, com destaque para o combate ao sub-emprego, à economia informal, ao desemprego jovem e à pobreza, que “ainda afectam uma parte significativa da nossa população”.

Alterar o quadro actual – prossegue - exige uma nova atitude, sobretudo de quem tem as responsabilidades de lide-rança.

“É para isso que estamos a trabalhar e contamos com todos para esta de-safiante, tortuosa, mas entusiasta em-preitada de construir um futuro dife-rente para as nossas crianças, jovens, mulheres e toda a nossa população”, manifesta, concluindo com os votos de “boas festas do Município, muita saúde, vida longa e muitos sucessos”.

O 29 de Setembro serviu para evocar o vigésimo aniversário do Concelho, a par dos dias do Santo Padroeiro e do Município. Na ocasião, o Edil Herménio Fernandes lançou um olhar à caminhada feita, considerando que se está a viver “um novo capítulo, marcado por um ambiente saudável” no relacionamento entre os poderes local e nacional.

Poder Local vive uma nova largadaEdil exalta 20 anos do Município e sentencia

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17São Miguel | Nº2 | Maio 2018

EFEMÉRIDE

No entendimento de Correia, os pode-res local e central, a par dos privados, estão “condenados” a entenderem-se e a trabalharem juntos, visando o de-senvolvimento inclusivo, sustentado e sustentável de São Miguel, um Con-celho “com todas as condições” e po-tencialidades.

“O desenvolvimento do Município é uma tarefa de todos; não é uma tarefa partidária. É um desafio comunitário e nacional”, argumenta Olavo Correia.

Além da aposta “nas potencialidades” existentes – advoga o governante – deve-se incidir naquilo que de “mais importante” existe no Município: a sua juventude.

No que ao Governo compete, Ola-vo Correia promete “facilitar toda a tramitação”, de modo a que as em-presas tenham condições para em-preender e inovar, criando condições de financiamento para investimentos nos sectores do turismo, agricultura e pesca.

O Ministro entende que a agricultura “não pode continuar a ser feita numa base de informalidade, de subsistên-cia e meramente familiar”. E avança receitas: “Cabe aos poderes local e central empoderar essas pessoas para que possam sair da informalida-

de, gerando emprego para si e seus semelhantes”.

Correia desafia os jovens a serem ousados e empreendedores, apos-tando igualmente na sua qualificação e no investimento nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), vi-sando a modernização das potenciais áreas de desenvolvimento.

Escoamento de produtos Ciente de que a transformação e con-servação dos produtos agro-pecuá-rios e das pescas, entre outros, a par do escoamento para as outras ilhas – com destaque para as mais turísticas -, padecem de constrangimentos vá-

rios, o Ministro Olavo Correia admite que “o Estado tem de garantir estas condições”.

Para tanto, defende que também é preciso aumentar a produtividade do sector agrícola e apostar na certifica-ção de modo a que os produtos sejam colocados no mercado turístico com reconhecida qualidade.

Olavo Correia sustenta que São Mi-guel tem “todas as condições para estar na linha da frente” e elogiou a “extraordinária dinâmica” registada, graças aos contratos-programas e transferências feitas pelo Executivo no marco do Fundo Rodoviário, do Ambiente e do Turismo, entre outros.

O desenvolvimento de São Miguel passa pela valorização e aproveitamento das suas potencialidades, quais sejam: agricultura, pesca, turismo e ecoturismo. A sugestão é do Ministro das Finanças, Olavo Correia, que representou o Executivo e prestigiou o Acto Central dos 20 anos da criação do Concelho.

Ministro Olavo Correia aponta pilares de desenvolvimento

Governo prestigia vigésimo aniversário do Município

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EFEMÉRIDE

Edil Herménio Fernandes e o Cardeal Dom Arlindo Furtado, que Presidiu a Missa em Honra a São Miguel, a 29SET2018

A Sessão Solene aconteceu a 28 de Se-tembro – véspera dos dias do Município e do Santo Padroeiro: Nhu São Miguel -, no Salão Paroquial da Freguesia de São Miguel, na Cidade de Calheta.

Participaram na Cerimónia, o Ministro das Finanças, Olavo Correia – em re-presentação do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva -, Eleitos Mu-nicipais, Responsáveis dos Serviços Desconcentrados do Estado, Repre-sentantes das Confissões Religiosas e vários convidados.

Como recordar é viver, ficam para a memória futura e histórica, alguns dos momentos registados neste memorá-vel dia de celebração, reflexão, comu-nhão e partilha.

Os 20 anos da elevação de São Miguel a Concelho foram assinalados com pompa, cir-cunstância e realizações di-versas.

Celebrações do Vigésimo Aniversário do Concelho

Para recordar, viver e...brindar

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Vila MorganaVila Morgana

Vila Morgana é um complexo turístico ideal para quem queira desfrutar os seus momentos de conforto e relaxamento num ambiente caracterizado por uma harmoniosa combinação entre o natural e o tradicional.Baseado neste conceito, muito apreciado por aqueles que fogem do stress dos centros urbanos, Vila Morgana não só proporciona aos seus clientes um turismo de sol e da praia, como também a oportunidade de disfrutarem da ruralidade e hospitalidade da região de São Miguel, interior da ilha de Santiago. Da Vila Morgana fazem parte um conjunto de lindas casas brancas, restaurante e bar, discoteca, piscina e uma praia de mar privativa de areia negra. O espaço circundante é totalmente verde e protegido.Além dos serviços de hospedagem, restaurante e bar, o complexo turístico dispõe de uma sala de conferências com capacidade para 60 pessoas e também presta serviços para festas de casamentos, baptizados, aniversários e vários outros eventos.

Vila Morgana is the ideal tourism complex for those who want to enjoy moments of comfort and relaxation in an environment characterized by a harmonious combination between the natural and the traditional.Based on this concept, which is very popular among those wanting to get away from the stress of urban centers, Vila Morgana offers guests, not only sun and beach tourism, but also the opportunity to enjoy the rurality and hospitality of São Miguel, on Santiago Island.Vila Morgana is made up of a group of beautiful white houses, a restaurant and bar, a discotheque, a swimming pool and a private black sand beach. The surrounding space is completely green and protected.In addition to accommodation, restaurant and bar services, the tourism complex has a conference room with capacity for 60 people and also provides services for wedding, baptism, and birthday parties and various other events.

Hotel Vila Morgana Ponta Calhetona – São Miguel, Ilha de Santiago, Cabo Verde Tel.: +238 273 16 28; Mov.: +238 996 93 56; Email: [email protected]

www.villamorgana.com

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ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

Arranjos Urbanísticos e Construção do Miradouro de Ponta Verde

Requalificação Urbana de Achada Batalha

Primeiro-Ministro e Presidente da CMSM felizes por honrar o compromisso com as comunidades de Cutelo Gomes e Aguadinha

A preocupação do Edil Herménio Fer-nandes e equipa é a de que o desen-volvimento seja inclusivo, sustentado e sustentável, pelo que, um “esforço titânico e gigantesco” está sendo fei-ta para que todas as comunidades recebam as marcas da caminhada

“nesse tempo novo e de virada” que o Concelho abraçou.

A requalificação de Achada Batalha - que contemplou o calcetamento de todas as ruas, introdução de pas-seios, criação de espaços verdes e

A marca dos 20 anos da criação do Município de São Miguel foi, sem sombra de dúvidas, a inauguração de di-versas obras e a colocação de primeiras pedras para o começo de várias outras.

Obras marcam celebrações dos 20 anos

Apostado na “mudança de cara”

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21São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

de lazer -, a entrega de habitações sociais familiares – em diversas zonas, sendo que algumas delas foram cons-truídas de raiz -, inauguração de jardins infantis e de Delegações Municipais (de Achada do Monte e de São Miguel), são, apenas, algumas das várias obras erguidas nestes menos de dois anos de gestão de Herménio Fernandes.

“É para isso que fomos eleitos”, vin-ca o Edil, justificando a sua actua-ção com o empenho “na melhoria e garantia da qualidade de vida e do bem-estar dos moradores de todos os pontos de São Miguel”.

E é isso mesmo que provam, re-marcam e selam as imagens

Delegação Municipal de Achada do Monte

Inauguração da Eletrificação de Cutelo Gomes e Aguadinha

Descerramento da Placa da Delegação Municipal da Ribeira de São Miguel

Delegação Municipal da Ribeira de São Miguel

Jardim Infantil de Principal

Criação de Espaços Verdes está na agenda da Câmara

Festividades do Dia do Município: cerimónia da entrega de troféus

Olavo Correia em Achada do Monte

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ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

A infância, adolescência e juventude figuram, também, no rol das princi-pais preocupações da Autarquia de São Miguel. Como o futuro a eles pertence, é crucial e recomendável cumprir à risca a sabedoria popular: “É de pequeno que se torce o pepi-no”, complementado com um outro adágio: “Homem formado vale por dois”.

O Edil Herménio Fernandes destaca que “é mais um compromisso honra-do”, tendente a garantir um transpor-te escolar eficiente, seguro e confor-tável para os alunos.

E...já vão quatro. É isso mesmo! A Câmara já dispõe de uma rota de quatro autocarros para o transporte escolar.

Transporte escolar reforça frotaCompromissos honrados

Baptismo oficial da viatuara doada pela CVTelecom

Entrega do donativo da CVTelecom Alunos prometem notas máximas nos finais dos trimestres

Baptismo do Autocarro doado pela Câmara de Viana do Alentejo (Portugal)

Edil e Presidente da CVTelecom

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23São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

“Por outro lado, visa minimizar as des-pesas das famílias na educação dos seus filhos e garantir que ninguém fi-que fora do sistema escolar, por não ter como custear as deslocações à escola”, realça.

Das aquisições mais recentes, mere-cem destaques as unidades consegui-das no marco da parceria com a CVMó-vel (zero quilómetros), e a semi-nova doada pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo (Portugal).

Os beneficiados agradecem e prome-tem retribuir...com resultados. Tradu-zido por miúdos: notas máximas nos finais dos trimestres.

Saindo do transporte escolar, que já “é um compromisso materializado, há várias outras realizações, com destaque para as obras físicas, que emergem nos diversos cantos de São Miguel, transformando o Muni-cípio “num verdadeiro canteiro em obras”.

É só conferir as imagens, que, para alguns entendidos, somente uma de-las, “vale mais que cem palavras”.

Autocarros financiado pelas ONG´s Luxemburguesas

Transporte escolar Aspecto da inauguração do Parque Infantil de Veneza

Inauguração do Parque Infantil de Veneza Um dos autocarros do Transporte Escolar Bênção do Transporte Escolar

Transporte escolar

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ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

São Miguel foi palco do VI Encontro Técnico da Rede Temática Proteção Civil das Cidades da UCCLA (União das Cidades-Capitais de Língua Portuguesa). O lema do evento foi: “Capacitar para melhor agir”.

Inauguração da Estrada Barragem de Flamengos a Cutelo Gomes

Câmara Municipal e FINERTEC–Energia e Ambiente, analisam a hipótese de montagem de uma central solar no Concelho.

Casa de Pesca

De olho na criação de postos de trabalho e fomento do auto-emprego, jovens micaelenses receberam “kits” para começarem os seus negócios. A acção conta com a parceria do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional).

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25São Miguel | Nº2 | Maio 2018

ACONTECIMENTOS E REALIZAÇÕES

Câmara Municipal capacita agentes de Fiscalização, reforçando a equipa com cinco novos elementos. Esse Serviço já dispõe de estrutura própria, baseada em Achada Portinho, ao lado do Espaço Jovem.

A Câmara Municipal e a Pró-Empresa apresentaram “’Star Up’ Jovem e Fomento ao Micro-Empreendedorismo” aos potenciais empreendedores e investidores micaelenses.

20 de Janeiro (Dia dos Heróis Nacionais) foi celebrado com a colocação da primeira pedra para a requalificação de Achada Pizarra, drenagem de Covão de Coelho e requalificação de Ponta Verde.

Câmara Municipal e o Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI) rubricaram um Protocolo de Cooperação, visando, entre outros, a disponibilização de 20 bolsas de estudo/ano aos jovens micaelenses. Nota de marca: cada bolsa beneficia de uma redução de 50 por cento das propinas.

O Dia da Liberdade e Democracia (13 de Janeiro) foi assinalado com uma Sessão Solene no Salão Nobre do Paços do Concelho.

A Câmara de São Miguel, a Comis-são Regional de Parceiros de San-tiago Norte, a Cooperativa de Pes-cadores, Peixeiras e Armadores de Santiago e o Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas assinalaram o Dia do Pescador (5 de Fevereiro) num acto central, cujo ponto alto foi a homenagem ao ex-Presidente da Associação dos Pescadores e Peixeiras de Calheta, falecido recentemente, assim como aos pescadores de-saparecidos no mar.O evento contou, entre outras, com as presenças do Edil Her-ménio Fernandes e do Secretário de Estado-Adjunto da Economia Marítima, Paulo Veiga.

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A Vereadora de Formação, Empreen-dedorismo, Emprego e Género, Celisa Alves, considera que os micaelenses “são bastante empreendedores”, uma vez que, praticamente, “todo o mundo faz alguma coisa”. Portanto, o grande desafio é formalizar essas actividades.

“A política de empreendedorismo está a avançar em bom ritmo no Conce-lho. Adoptámos uma nova filosofia de empreender para criar emprego. E isso está a despertar a atenção dos jovens para este sector. Já temos vá-rias empresas criadas por jovens – e a funcionar! -, gerando vários postos de trabalho. Vamos continuar neste caminho, porque está a dar óptimos resultados”, vinca.

Para este ano, a Autarquia traça como prioridade a formação e elaboração de projectos viáveis, capazes de criar novos postos de trabalho.

“A nossa meta é gerar, pelo menos, 15 micros e pequenas empresas por ano, e, desta forma, criar centenas de postos de trabalho. No primeiro ano do manda-to, financiámos 12 micro-empresas que já estão a trabalhar. Ajudámos mais de três dezenas a elaborar projectos e na procura de financiamentos”, frisa Alves.

Uma outra aposta é formalizar as mi-cro-empresas que já estavam a fun-cionar no modelo informal - há vários anos -, de forma a contribuírem para o aumento do índice de desenvolvimen-to do Município. Em 2017, mais de 70 empreendedores foram formalizados.

Reduzir as assimetrias Conforme Celisa Alves, em São Mi-guel há mais homens empreendedo-res do que mulheres. Isso porque a camada feminina está, de um modo geral, ligada à economia informal.

“Estamos a trabalhar muito para com-bater esta assimetria. Neste sentido, já promovemos algumas acções de for-mação para as mulheres, designada-mente, a nível de corte e costura e ar-tesanato. São formações práticas, onde as formandas saem aptas para produzir algo para o seu negócio”, explica.

Celisa Alves adianta que os sectores predominantes são artesanato, trans-formação de produtos agro-alimentares e pesca. “Já estamos a trabalhar para ter jovens empreendedores nos outros sectores, nomeadamente, guia turís-tico, hotelaria e restauração. Vamos arrancar brevemente com formações

nessas áreas porque são sectores ren-táveis que precisam ser melhor explora-dos no concelho”, conclui Celisa Alves.

EMPREENDEDORISMO

A edilidade elege a capaci-tação dos jovens para o au-to-emprego como uma das prioridades para este manda-to. Por isso, já financiou vári-os projectos e tem ajudado os jovens na elaboração de projectos viáveis e na procu-ra de financiamentos. A nossa meta é gerar, pelo menos, 15 micros e pequenas empresas por ano.

Autarquia capacita jovens para auto-emprego

Jovens em acção de formação

Assinatura do protocolo com jovens empreendedores

Entrega de diplomas aos jovens

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O técnico de construção civil, José Jú-lio Moreno, “Julinho”, é um jovem em-preendedor, filho do Concelho de São Miguel, que aposta na produção de diversos tipos de blocos e pré-fabrica-dos para a construção civil e obras pú-blicas. Julinho abriu, há um ano, uma fábrica de pré-fabricados, em Ponta Verde, na Cidade de Calheta, onde produz, diariamente, mais de mil e 500 blocos e emprega dez jovens.

“Começámos a produzir apenas blo-cos normais de 40 centímetros (cm) de comprimento. Mas constatamos que os construtores do Concelho iam pro-curar blocos lisos de 50 cm, em Santa Catarina, pensando que é um tipo de material mais vantajoso. Por isso, tive-mos que fazer um esforço para atender a tendência do mercado. Depois que passamos a produzir blocos de 50cm, a procura aumentou e os nossos clien-tes estão satisfeitos com o produto. Mais: dialogamos frequentemente com eles no sentido de melhorar cada vez mais a demanda”, revela.

“Julinho” adianta que, futuramente, ten-ciona produzir diversos tipos de estrutu-ras pré-fabricadas, prontas para serem

montadas no local da obra. “Ainda es-tamos a produzir, essencialmente, blo-cos, mas o nosso plano futuro é fabricar vigas, lancis e pavimentos de betão ar-mados para ruas, etc.”, anuncia.

Promoção da economia local O jovem empreendedor afirma que o seu grande foco é promover a econo-mia local e o desenvolvimento de São Miguel. “Apostamos fortemente na mão-de-obra e matéria-prima locais. Compramos areia mecânica numa britadeira do Concelho e já estamos a garantir emprego directo a dez jovens. Queremos empregar mais. Por isso, apelamos os empreiteiros e proprie-tários de obras em São Miguel para comprarem os nossos blocos, porque, assim, estão, também, a promover a economia do nosso Município”, desa-fia.

“Julinho” acredita que São Miguel “tem tudo para se desenvolver”, caso os jo-vens forem empreendedores e não fi-carem apenas à espera do Estado ou da Câmara Municipal.

O jovem empreendedor José Júlio Moreno viu na produção de blocos e outros tipos de pré-fabricados uma oportuni-dade de negócio capaz de gerar empregos e dinamizar a economia de São Miguel. Em Janeiro de 2017, montou a fábrica “Pré-Fabricados”, na localidade de Ponta Verde, com capacidade actual para produzir mil e 500 blocos diári-os. E garante emprego directo a dez jovens.

“Pré-Fabricados” produz blocos de qualidade para servir o Concelho

Aspecto da produção de blocos

Produção de pavimentos

Trabalhando na fábrica

EMPREENDEDORISMO

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28 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

O Vereador Daniel Gonçalves con-sidera que a situação do Ambiente e Protecção Civil no Concelho tem registado “melhorias consideráveis”, nos últimos tempos, graças a uma for-te aposta na requalificação urbana.

“Desde a entrada desta nova equipa camarária temos priorizado a criação de áreas verdes e de lazer. Apos-támos na substituição das acácias dentro da zona urbana por espécies de árvores ornamentais que já estão a crescer a um bom ritmo e, a seu tempo, darão uma outra imagem de verde na Cidade de Calheta”, salien-ta Gonçalves.

Município limpo O saneamento é uma das áreas mais sensíveis do Município. Graças a uma forte aposta da edilidade na elimina-ção dos principais focos de lixo na Ci-dade de Calheta – a Capital - e nas outras localidades, São Miguel está

entre os concelhos mais limpos da Região de Santiago Norte.

“Havia locais que estavam a ser usa-dos pela população como lixeiras selvagens. Estamos a combater isso com o reforço da colocação de con-tentores e pontos de recolhas. Com o novo camião de recolha de lixo, o Município passou a estar melhor ser-vido”, assegura Gonçalves.

O vereador reconhece que, ainda, há algum trabalho de sensibilização a fa-zer junto das comunidades de modo a que as pessoas tenham um comporta-mento cívico adequado, isto é, não dei-tar o lixo no chão de qualquer maneira.

Em relação ao funcionamento da Li-xeira Municipal, Gonçalves garante que a situação está controlada. “Es-tamos a aguardar a entrada em fun-cionamento do Aterro Sanitário de Santiago para desactivarmos a nossa Lixeira Municipal”, anuncia.

A criação de espaços verdes e de lazer, a eliminação de focos de lixo e a realização de obras de calcetamentos, têm sido, a par da formação dos Bombeiros Municipais, uma das principais apostas do pelouro do Ambiente e Protecção Civil da Autarquia. Graças a isso, São Miguel está entre os concelhos mais limpos e seguros da Região de Santiago Norte.

Município com maisespaços verdes

AMBIENTE

No domínio da Protecção Civil, o desafio passa pelo reforço desse serviço com mais equipamentos e mais efectivos.

“Já temos um serviço instalado, mas o número de efectivos é insuficiente. Queremos ter uma corporação com pelo menos dez efectivos munidos de equipamentos e formação adequada para garan-

tir turnos durante as 24 horas do dia”, manifesta o vereador Daniel Gonçalves.

Para tanto, assegura que edilida-de vai enquadrar, paulatinamente, nos serviços da Protecção Civil, os jovens que participaram nas acções de formação promovidas pela Câmara Municipal com o apoio dos seus parceiros.

Protecção Civil operacional

Aposta na criação de espaços verdes

Limpeza da Cidade

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29São Miguel | Nº2 | Maio 2018

SEGURANÇA

O Comandante Alberto Delgado conside-ra que São Miguel é um Concelho segu-ro e tranquilo, uma vez que o índice da criminalidade - em todos os níveis! -, tem baixado consideravelmente nos últimos tempos.

Delgado explica que isso deve-se, essen-cialmente, à colaboração da população e às acções preventivas da PN. “Temos uma população pacífica e com alto nível de educação e civismo, o que é bom para a ordem e a segurança públicas”, desta-ca Delgado.

Alberto Delgado avança que a Esquadra de São Miguel é uma das que menos crimes regista na Região de Santiago Norte. “As queixas que registamos com mais frequências são casos de injúria, difamação e violência doméstica (VBG).

Temos apostado no policiamento de pro-ximidade com visitas de aconselhamento nas comunidades, realização de pales-tras nas escolas no âmbito do ‘Programa Escola Segura’”, revela Delgado.

Ganhos As condições de trabalho da PN “melho-raram bastante” com a inauguração da nova Esquadra e a chegada de mais uma viatura.

“Em termos de instalações e mobilidade, podemos dizer que estamos bem servi-dos. Actualmente, contamos com duas viaturas, o que nos permite responder às chamadas em tempo oportuno. Dis-pomos, também, de um novo e amplo espaço, que oferece melhores condições para receber e atender as pessoas que

vêm à Esquadra tratar os seus assuntos”, regozija-se Delgado.

Mais agentes Conforme Alberto Delgado, a Corporação Policial conta com apenas 19 agentes, insuficientes para darem cobertura num Concelho que possui muitas comunida-des dispersas.

“Precisamos de, pelo menos, mais oito efectivos. A Câmara já nos disponibilizou um espaço na Delegação Municipal da Achada do Monte para instalarmos um Posto Policial na Zona Norte. Só vamos poder ter agentes fixos naquele posto com a chegada de mais elementos. Por enquanto, vamos continuar a fazer ron-das, três vezes por dia, sobretudo nas horas de ponta”, conclui Delgado.

A Polícia Nacional (PN) viu as suas condições de trabalhado mel-horadas com a inauguração da nova Esquadra e oferta de uma nova viatura operacional. O Comandante Alberto Delgado gar-ante que a PN em São Miguel passa a dispor de melhores meios para servir a população. Entretanto, reclama que é preciso re-forçar o número de efectivos.

Acto de entrega da nova Esquadra Poli-cial de Calheta de São Miguel

A nova Esquadra oferece melhores con-dições de trabalho e acolhimento

Viatura doada no âmbito das festivida-des dos 20 anos do Município

Polícia com nova Esquadra e melhores condições

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30 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

A Câmara tem estado a promover ac-ções de formação em diferentes verten-tes culturais, designadamente música, teatro, dança e pintura com jovens de diferentes localidades. O objectivo do Pelouro da Cultura é, segundo o verea-dor Natalino Tavares, formar e formali-zar tudo o que é cultura no Município.

A nível Municipal, foi criada uma estrutu-ra formal de acção para minimizar e/ou eliminar o hábito de fazer simplesmente por prazer, sem ter um padrão desejá-vel. As escolas de formação consegui-ram ganhar candidaturas de acesso à Bolsa de Cultura junto do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, refor-çando, assim, o desejo da Edilidade em dotar os grupos culturais de uma visão empresarial de modo a encararem as suas actividades como oportunidades de negócios.

“Estamos a criar postos de trabalhos através da formalização da cultura. Temos mais de 30 jovens ganhando,

mensalmente, com esta medida de for-ma descentralizada”, congratula-se o Vereador.

CD/DVD a caminhoUma outra importante iniciativa da Câ-mara Municipal é a Casa de Artes cuja construção já se encontra na fase final. Esse espaço que está a ser montado no remodelado edifício anexo ao Poli-valente de Achada Portinho, vai permitir uma produção artística nos mais varia-dos domínios.

“Todos os artistas, principalmente os artesãos, vão ter um espaço para pro-duzir e expor os seus produtos. É um projecto totalmente da Câmara, com o apoio de parceiros como o Governo. Vai ser uma referência para o Conce-lho”, perspectiva Tavares.

Uma outra novidade: o CD/DVD “Ba-tuku São Miguel” já está gravado e será lançado brevemente. Todos os 11

grupos de batucadeiras do Município tiveram a oportunidade de gravar uma música cada.

São Miguel vai ter uma “Casa de Artes”, um espaço de produção das mais diversas manifestações artísticas. Ela vai funcionar no edifício anexo ao Polivalente de Achada Portinho e pretende ser uma referência para o Concelho.

Casa de Artes impulsiona produção artística

CULTURA

José Duarte (“Néni”) é um artista plástico, natural de Achada do Monte (São Miguel). Aos 32 anos, o seu “maior sonho” é expor o seu trabalho em vários países estrangeiros.

Desde criança que tem talento e paixão pela arte. Isso fez dele um artista multifacetado. Em 2008, para apurar ainda mais os seus

dotes artísticos, fez uma forma-ção de quatro meses na Escola Internacional de Artes em São Vicente.

“Neni” trabalha com a pintura, reciclagem, artesanato, cerâmi-ca, serigrafia, entre outros. Já realizou e/ou participou em várias exposições individuais e colecti-vas, inclusive em São Vicente.

“Néni” sonha expor no estrangeiro

Gravação CD/DVD das Batucadeiras

Um momento das Festas do Município

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31São Miguel | Nº2 | Maio 2018

DESPORTO

Durante o ano de 2017, a Autar-quia apoiou os clubes com ma-teriais desportivos e foram dis-ponibilizados 150 contos a cada equipa da primeira divisão, sendo de registar o nascimento de mais duas equipas federadas de futebol no Concelho: Nova Esperança e ADEC.

O Município ganhou mais duas esco-las de Andebol, nomeadamente uma em Flamengos e outra em Bolanha. A par disso, foi fundada uma equi-pa de basquetebol que é totalmente apoiada pela Câmara.

“Temos uma equipa de andebol que conseguiu chegar à final do cam-peonato nacional, tendo ficado em segundo lugar. A nossa equipa de futebol - a AJAC -, sagrou-se Cam-peã Regional de Santiago Norte. No ciclismo, ficámos em terceiro lugar no campeonato nacional”, congra-tula-se o Vereador do Desporto, Na-talino Tavares, acrescentando que, ainda no atletismo, São Miguel é Bi-campeã Nacional nos 100, 1.500 e 3.000 metros.

Formações e incentivosO Pelouro do Desporto vem apostando na formação de treinadores, árbitros de futsal, andebol e monitores em várias modalidades.

“Por outro lado, estamos a construir dois pólos desportivos: em Bolanha e Acha-da Monte”, adianta Natalino Tavares.

A autarquia também disponibilizou qua-se quatro mil contos para apoiar os monitores das associações desportivas e culturais através da Cooperação Lu-xemburguesa. Desse montante, dois milhões, 892 mil escudos são destina-dos à gratificação dos monitores e 958 mil, 175 escudos vão para o apoio às associações em materiais e equipa-mentos. Nesse âmbito, 47 monitores das diferentes localidades do Conce-lho receberão, durante 21 meses, uma gratificação mensal de acordo com o horário de colaboração com as escolas, clubes e associações.

Desporto AdaptadoA CMSM está, ainda, disponível e in-

teressada em ver instalada no Municí-pio a sede da Associação Regional de Desporto Adaptado de Santiago Norte (ARDASN) criada recentemente como forma de inclusão desportiva e social dos portadores de deficiência.

São Miguel conta, actualmente, com perto de dez atletas para-olímpicos que participam nas competições nacionais, orientados pelo representante local da ARDASN, Adozindo Furtado.

A Câmara Municipal de São Miguel (CMSM) tem apostado na formação como forma de profissionalizar o desporto e afastar o amadorismo na abordagem das actividades desportivas. Aliás, o Município já se afirmou no atletismo - a nível nacional - e caminha, no mesmo sentido, nas outras modalidades.

Atletismo em São Miguel Ciclismo

Andebol no Polivalente de Flamengos

Interior do Polivalente de Flamengos

Na linha de frente do desporto nacional

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32 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

SOCIAL

Só no ano de 2017, 14 famílias be-neficiaram de habitação no marco do programa “São Miguel Valoriza”, criado por esta Edilidade. Ainda, no quadro deste programa centenas de famílias receberam ao longo do ano auxílios para a melhoria das suas ha-bitações, com ênfase para a substitui-ção de tecto/cobertura, construção de casas de banho e ligação à rede de energia eléctrica e água.

De acordo com o Vereador da Educa-ção, Família e Inclusão Social, Fran-cisco Cabral, a maior aposta continua a ser a reabilitação e construção de casas de raiz para as famílias a par da educação.

“Temos uma perspectiva de reabilitar 80 habitações familiares em 2018. Também estamos a investir nas ca-sas-de-banho, sobretudo para as pessoas da terceira idade”, anuncia Francisco Cabral.

Na área da educação, várias escolas e jardins infantis do Concelho recebe-

ram intervenções e melhorias como modo de, segundo Ca-bral, aumentar a qualidade do ensino e da educação em São Miguel.

“A nossa meta é, até o final deste mandato, ter todas as escolas recu-peradas e equipadas, não só em ter-

mos de infraestrutura, como também, a nível de uma maior qualificação da classe docente. Estamos a trabalhar afincadamente nestes domínios”, destaca o Vereador.

A habitação social é uma das prioridades da Câmara Municipal de São Miguel. Só em 2017, um total de 14 famílias beneficiaram de habitação no quadro do Programa “São Miguel Valoriza” criado pela Edilidade. Para este ano, a perspectiva é reabilitar 80 habitações.

Até ao final do ano

80 habitações familiares serão reabilitadas

Fonte: INE

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SOCIALRendimento Social de Inclusão já marchaAtravés do Ministério da Família e Inclu-são Social, a CMSM está a implemen-tar o Programa de Rendimento Social e Inclusão (RSI) no valor de 442 contos, direcionado às famílias, principalmente as chefiadas por mulheres, sendo que, nesta primeira fase, 80 famílias já be-neficiaram de apoio às suas actividades geradoras de rendimento.

No que diz respeito à juventude, a Au-tarquia está a implementar, entre outros projectos, um plano social de formação profissional dos jovens que conta com a parceria do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e de es-colas de outros Municípios. “Muitos dos jovens formados já estão a trabalhar em diversas áreas”, conclui o Vereador.

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34 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

PERFIL

Natural de São Miguel, Sidney Zêgo é um artista multifacetado, que se diz ca-paz de desenvolver quase todo o tipo de arte que seja feita com as mãos. Tudo o que sabe fazer veio de menino a partir do desenho.

“Quando sabemos desenhar, temos a curiosidade de experimentar ou-tras coisas”, destaca, para revelar que perspectiva “uma estrutura mais bem organizada, com funcionários em cada área”, para dar uma melhor resposta à demanda.

A sua capacidade de se adaptar a vá-rias tarefas foi desenvolvendo, graças, também, ao seu empenho, curiosidade e amor à arte. “Em cada período de fé-rias, ia a uma oficina diferente ocupar o meu tempo, porque gosto muito de tudo o que envolve a arte”, adianta.

Depois, para apurar os seus dotes, fez uma formação em Educação Artística no Instituto Universitário de Educação (IUE), na Assomada (Santa Catarina de Santiago).

Há seis meses, Sidney resolveu criar a empresa “Zego’s Arte e Confecções”, que labora “em tudo o que seja arte”. Nesse meio tempo, o empreendimento já realizou vários trabalhos e a deman-da tem sido “muito grande”.

Costura, diversos tipos de pintura ar-tística, decoração de interiores, carpin-taria, ferragem, trabalhos de cerâmica, são, entre outras, algumas das áreas de actuação.

“Fazemos letreiros para automóveis, placas de publicidade luminosas, enfim, um pouco de tudo”, vinca Sidney Zêgo.

Apostar na formação A “Zego’s Arte e Confecções” trabalha por encomenda, mas, muitas vezes, as solicitações são maiores do que o po-der de resposta. “Somos três na empre-sa. Fazemos um grande esforço para poder responder a todos os pedidos e satisfazer, atempadamente, os nossos clientes”, garante.

Para que, num futuro próximo, a em-presa tenha mais funcionários capaci-tados, Sidney Zêgo tem apostado na formação, transmitindo o seu conheci-mento em diversos campos da arte.

“Temos muitos jovens que querem aprender. A par da empresa, temos uma Escola de Formação - a ‘Arte na Mão’ -, com cerca de 20 formandos. Foi financiada pelo Banco da Cultura”, re-marca.

Querendo ser uma referência em São Miguel, Sidney Zêgo deseja empregar mais pessoas, sobretudo jovens.

Sidney Zêgo tem aptidão para trabalhar em quase tudo o que seja arte feito com as mãos. Aos 36 anos, criou, recentemente, a “Zego’s Arte e Confecções”, a empresa que pretende ser uma referência em São Miguel.

Sidney quer ser uma referência

Dono da “Zego’s Arte e Confecções”

Decoração e recuperação de sofás Pintura da fachada de uma casaUniforme do Jardim Infantil “Nova Es-trela, de Ponta Verde

Recuperação de imagens da Igreja

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35São Miguel | Nº2 | Maio 2018

O Vereador de Economia, Desenvolvi-mento Rural e Fiscalização, Salvador Cruz, afirma que São Miguel tem fortes potenciais para o turismo rural e de sol e praia. Para se tirar melhor proveito das potencialidades existentes, Salva-dor Cruz adianta que a Edilidade vai apostar na criação de cinco aldeias tu-rísticas.

“Na zona urbana, vamos apostar na criação das aldeias turísticas no Por-to de Calheta, Avenida de Veneza e Aldeias dos Rabelados (em Espinho Branco). Aliás, o projecto já foi apresen-tado à Câmara do Turismo”, frisa.

Cruz avança que, na Zona do Porto, para além do reforço dos serviços de dormidas e restauração, vai ser criado um ponto de informação turística e o desenvolvimento de acções visando a melhoria de condições para a prática de desportos náuticos, nomeadamente, a pesca, o mergulhos e regatas. A nível cultural, várias actividades vão ser, tam-bém, desenvolvidas na Rua Pedonal, sobretudo aos fins de semana.

“Porto é o centro histórico, onde fun-cionavam os serviços administrativos e ficavam as residências das altas per-sonalidades que estavam ligados ao comércio. A baía recebia os pequenos veleiros que faziam trocas comerciais entre Calheta e a ilha do Maio. Por isso, vamos incentivar os moradores a reabilitarem as suas casas, salva-guardando o aspecto arquitectónico no sentido de aproveitarmos todo esse mosaico habitacional como potencial turístico”, vinca.

No meio rural, a Autarquia vai criar al-deias turísticas em Xáxa e Gongon, assim como, junto à albufeira da barra-gem de Flamengos, onde não vão faltar serviços de dormidas, actividades de recreio na Albufeira, restaurantes, entre outros.

Conforme Salvador Cruz, o Município vai apostar na sinalização turística, criação de miradouros e melhoria das

condições de estradas de acessos e caminhos vicinais.

Desafios Aumentar o número de camas, elabo-ração de um mapa turístico próprio, formação de guias e obtenção de se-los de qualidade turística são, entre outros, alguns dos principais desafios que a Autarquia traça para os próximos tempos.

“Muitos turistas que passam pelo Par-que Natural de Serra Malagueta, Xáxa e Gongon, vão dormir nos outros con-celhos. Isso demonstra que temos que qualificar os nossos serviços para tirar-mos melhor proveito deste sector. É por isso que temos apostado, fortemente, na requalificação urbana, melhoria do saneamento e organização do trânsito para tornarmos a nossa cidade-capital mais atractiva”, remata Salvador Cruz.

TURISMO

A criação de aldeias turísticas, formação de guias, assim como melhoria das vias de acesso e caminhos vicinais são as principais apostas da Autarquia de São Miguel com vista a dinamização do turismo.

Autarquia focada na criação de aldeias turísticas

Vista do Porto da Calheta Praia de Manguinho Sete Ribeiras

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36 São Miguel | Nº2 | Maio 2018

O foco da Cooperação Luxemburgue-sa em São Miguel tem sido a juventude pelo que o Espaço Jovem faz parte do projecto “Melhoramento das Condições de Vida dos Jovens de São Miguel” no âmbito do qual vêm sendo levadas a cabo actividades em vários domínios, destacando-se o financiamento do transporte escolar e do trabalho junto das associações juvenis.

Segundo Mohamed Camará, coordena-dor do Espaço Jovem, diversas associa-ções juvenis também beneficiaram de formações nas áreas de contabilidade, associativismo e elaboração e monta-gem de projectos, realizadas em parce-ria com a Plataforma das Organizações Não-Governamentais. Assim, com o objectivo de capacitar os formadores, o Espaço Jovem pôde dispor de sete pro-fessores nas áreas de música, dança e

teatro contratados para o efeito.

“Capacitámos os responsáveis e distri-buímos materiais para as associações desenvolverem os seus trabalhos de melhor forma”, explica, Mohamed Ca-mará, justificando que várias associa-ções dispunham de monitores que pre-cisavam ser habilitados.

Reorganização das associações juvenis Para além das formações e dos dois autocarros, o Espaço Aberto também trabalhou na reorganização das asso-ciações juvenis.

“Reorganizámos as associações e es-tamos na fase de legalização de novas agremiações. O objectivo é criar siner-

gias para os jovens trabalharem em concertação com o Espaço Jovem”, ga-rante Mohamed Camará.

Em parceria com o Centro de Saúde da Calheta, o projecto ainda promove cam-panhas contra o alcoolismo, a droga e a gravidez precoce.

Para Mohamed Camará, São Miguel é uma sociedade aberta e disposta a tra-balhar. “As pessoas são muito conscien-tes da sua realidade. Por isso, merecem apoio, porque valorizam o esforço que lhe é disponibilizado”, conclui.

O projecto “Melhoramento das Condi-ções de Vida dos Jovens de São Mi-guel”, cuja duração é de 30 meses, ter-mina em Junho de 2018 e, dependendo do seu sucesso, será alargado a outras áreas importantes como a Agricultura.

COOPERAÇÃO

Em São Miguel, a juventude é um dos vários domínios de intervenção da Cooperação Luxemburguesa. Entre as diversas acções levadas a cabo, destacam-se a aquisição de dois autocarros para o transporte escolar e o apoio às agremiações desportivas. Estas acções totalizam um montante de 30 mil contos, financiados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Europeus - Direcção da Cooperação Luxemburguesa (75 por cento - %); pelas ONG´s (Organizações Não-Governamentais) “Cap-Vert Espoir et Développement” (CVED) e “Pharmaciens Sans Frontières (PSF) - Luxembourg” (14,34%) e pela Câmara Municipal de São Miguel (10,65%).

ONG´s CVED e PSF dinamizam juventude

Fachada principal do Espaço Jovem Espaço Jovem

Parceria com Luxemburgo

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37São Miguel | Nº2 | Maio 2018

No quadro do projecto “Amélioration des conditions des vie des jeunnes de São Miguel”, financiado pelas Organi-zações Não-Governamentais (ONG´s) Luxemburguesas CVED e PSF, o Pre-sidente da Câmara Municipal, Hermé-nio Fernandes, acompanhado do Ve-reador Anildo Tavares e do consultor Mohamed Kadè Camara, estiveram em missão de trabalho ao Grão-Duca-do Luxemburgo (na Europa), de 25 de Abril a 5 de Maio, para a prestação de contas, apresentação dos resultados do Projecto e submeter outros para fi-nanciamento.

Herménio Fernandes considera esta missão de “grande importância”, uma vez que “é muito importante mostrar aos parceiros os resultados do Projec-to, o impacto da sua implementação na

melhoria das condições e da qualidade de vida” das pessoas de São Miguel.

Porém, Fernandes, entende que o mais “importante em tudo isso” é justifi-car perante os parceiros “onde e como cada centavo recebido” foi empregue.

“A prestação de contas é algo que deve fazer escola em todas as acções realizadas. É por isso que, esta Edili-dade, tem tido esta preocupação em primeira linha, até porque, credibiliza cada vez mais a nossa Instituição e reforça a confiança de quem financia os projectos”, vinca o Autarca, remar-cando que “a missão foi muito profícua para o Município, resultante de impor-tantes contactos feitos, que visam o reforço e o alargamento da Coopera-ção da Comunidade Micaelense com a Luxemburguesa”.

Resultados concretos Como resultado missão, e no quadro desta parceria com as ONG´s CVED e PSF, o Município vai beneficiar, nos próximos tempos, em financiamentos que rondam os oitos mil contos, des-

tinados, entre outros, a serem empre-gues na aquisição de equipamentos informáticos para os espaços jovens de Flamengos, Achada do Monte e de Ribeira Principal; construção de dois parques infantis, sendo uma, na Cida-de da Calheta e outra em Achada Bo-lanha, assim como, os “Fitness Park” de Ponta Calhetona e de Achada do Monte.

Fazem ainda parte da lista, o Centro de Desenvolvimento Comunitário de Gon-gon; a realização das Semanas Munici-pal da Juventude, da Luta Contra o Ál-cool e Outras Drogas, e da Luta contra o VIH/Sida e da Gravidez Precoce.

O financiamento para os Equipamen-tos Desportivos; o Equipamento de Gravação de Som para os Jovens de Gongon; e os Equipamentos de Pro-jecção e TV Plasma para o Espaço Jovem de Achada Portinho fecha o rol dos contemplados.

A implementação deste Projecto tem tido um impacto significativo na melho-ria da qualidade de vida da população micaelense.

A mais recente deslocação do Edil Herménio Fernandes ao Grão-Ducado do Luxemburgo “foi muito profícua” para São Miguel, em virtude de “importantes contactos feitos”, visando o reforço e o alargamento da Cooperação da Comunidade Micaelense com a

Luxemburguesa.

Missão a Luxemburgo “foi muito profícua” para São Miguel

Visita da ONG´s LUX a São Miguel Autocarros financiado pelas ONG´s Visita a Luxemburgo

COOPERAÇÃO

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BARÓMETRO

Valeu a pena a criação do Concelho de São Miguel?

Maria Nilda Achada Espinho Branco -Claro que sim! O Município está a evoluir e tem capacidade de ser autónomo. As coisas estão a mudar em Espinho Branco. Antes, pagávamos mil e 300 escudos de transporte escolar e, agora, baixou para 600. Tenho dois filhos e pagava dois mil e 600 escudos por mês; passei a pagar mil e 200. Se não tivéssemos o transporte da Câmara, os nossos filhos estariam a passar fome ou teriam que deixar de ir à escola por falta de condições financeiras. Com a ajuda Câmara, o desempenho escolar dos meninos está a melhorar.

João Miguel Ramos Pilão Cão-Justificou-se, sim. Com a elevação a Concelho, teve mais autonomia para se desenvolver. Foram criados, ultimamente, vários postos de trabalho pela Câmara Municipal, com muitas pessoas em-pregadas nas obras que estão sendo realizadas. A população de São Miguel está mais unida e tudo ficou mais fácil, porque Tarrafal fica longe. Tem havido apoio para os jovens, sobretudo em termos de formação profissional, cultura e desporto.

Clara Emília Achada Batalha-Sim. Falta fazer muita coisa, mas há muito trabalho feito, sobretudo em termos de habitação social para os mais necessitados. Eu sou uma das beneficiadas com a remodelação de casas. Antes, vivia em más-condições, principalmente na época das chuvas, altura em que a minha casa ficava cheia de água. O tecto de um dos quartos já tinha desabado. Tive apoio da Câmara e, agora, eu e o meu filho, que precisa de cuidados especiais, vivemos melhor. Outrora, São Miguel era um Concelho muito pobre, mas começou a desenvolver-se. Estou muito contente com o nosso Presidente de Câmara.

Isabela Fernandes Calheta-Digo com todo o orgulho: valeu a pena! Está-se a construir um novo São Miguel, com os olhos postos nos mais pobres. Falo por experiência própria... Sou muito grata pelo trabalho que fizeram na minha casa e em muitas outras no Concelho. A minha casa era uma construção antiga e veio a ruir-se. Foi remodelada e as condições melhoraram muito. São Miguel mudou bastante, graças ao trabalho esforçado deste novo Presidente. Tem-se feito trabalho em todas as ruas, há mais empre-go e oportunidades. Há mais desenvolvimento.

Gilson Silva Flamengos -Sou, em boa medida, a favor da criação do Município. Há instituições mais perto das pessoas, nomeadamente, com uma presença próxima dos Serviços das Finanças, através do Balcão Único. É assim que deve ser: as instituições têm e devem estar descentralizadas. São Miguel já melhorou muito, mas é preciso muita coisa ainda, principalmente, nas periferias.

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ETC. Um caderno plural, com

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A plural supplement with reports, feature articles, chronicles, always with a live-ly and timely approach.

DESAFIO Artigos sobre os des-

porto nas suas mais va-riadas modalidades e vertentes.

Articles on sports in va-rious forms and aspects.

B.I. A cultura tratada com

esmero que o leitor me-rece. Sem outro igual em Cabo Verde.

Culture treated with the care the reader deserves. No other equal in Cape Verde.

CIÊNCIA O único do género em

Cabo Verde, virado para a ciência e investigação.

The only of its kind in Cape Verde, focused on science and research.

Tel.: (+238) 262 86 77 [email protected] www.anacao.cv

JORNAL INDEPENDENTE

An independent and up-to-date newspaper, where nothing is taboo, with topics on politics, economy, culture, sports, opinion, among others. A journalism done with rigor, where the adversary principle is sacred. A news-paper, above all, with content.

Um jornal independente e actual, onde nada é tabu, com temas de política, economia, cultura, desporto, opinião, entre outros. Um jornalismo feito com rigor, onde o princípio do con-traditório é sagrado. Um jornal, acima de tudo, com conteúdo.

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Edição especial 5 de julho

Special edition July 5th

Page 40: Revista da CâmaraMunicipal de são miguel Nº 2 - MAIO de ... · e a Nossa Equipa – é trabalhar e contribuir, activamente, na construção deste Concelho e na melhoria do bem-estar