revista do universitário 3

44
REVISTA DO www.revistadouniversitario.com 3 # 3 Distribuição Gratuita www.revistadouniversitario.com ENTREVISTA Dra. Maria Luisa Soliani Primeira mulher a dirigir a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública FEIRA DE FORMANDOS E UNIVERSITÁRIOS 2010 CARREIRA, FORMAÇÃO E FORMATURA PRÉ-SAL O ouro negro, verde e amarelo FORMATURA Mercado em expansão na Bahia PROMOÇÃO QUIZ FFU 2010 CONCORRA A 01 NOTEBOOK! VITRINE DE CARREIRAS Gastronomia E MUITO MAIS: 40 ANOS DE INTERNET, SUA FESTA, CONTE SUA HISTÓRIA E SAIBA MAIS! MARÇO DE 2010 - Nº 3

Upload: revista-universitario

Post on 06-Mar-2016

250 views

Category:

Documents


17 download

DESCRIPTION

Uma revista voltada para o universitário com informação de qualidade sobre formatura, carreira e formação.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista do Universitário 3

RE

VIS

TA

DO

www.revistadouniversitario.com

#3 DistribuiçãoGratuita

RE

VIS

TA

DO

www.revistadouniversitario.com

#3 DistribuiçãoGratuita

RE

VIS

TA

DO

www.revistadouniversitario.com

#3 DistribuiçãoGratuita

ENTREVISTA

Dra. Maria Luisa SolianiPrimeira mulher a dirigir a Escola Bahiana

de Medicina e Saúde Pública

FEIRA DE FORMANDOSE UNIVERSITÁRIOS 2010CARREIRA, FORMAÇÃOE FORMATURA

PRÉ-SALO ouro negro,verde e amarelo

FORMATURAMercado emexpansão na Bahia

PROMOÇÃO

QUIZ FFU 2010CONCORRA A

01 NOTEBOOK!

VITRINE DE CARREIRASGastronomia

E MUITO MAIS: 40 ANOS DE INTERNET, SUA FESTA, CONTE SUA HISTÓRIA E SAIBA MAIS!

MA

O D

E 2

010 -

3

Page 2: Revista do Universitário 3

2

Page 3: Revista do Universitário 3

3

Page 4: Revista do Universitário 3

Que bom estarmos juntos mais uma vez, reafi rmando o nosso compromisso de tra-zer, para você, informações sobre CARREIRA, FORMA-ÇÃO E FORMATURA.

Uma boa FORMAÇÃO é fundamental para uma CARREIRA de sucesso. Ao longo de seus estudos, o universitário busca agregar valor ao seu currículo e, naturalmente, aumentar os seus conhecimentos. Associado a isso, bate no peito uma ansiedade à medida que o curso avança e se aproxima do fi nal. No último semestre, domina a euforia de comemo-rar a tão sonhada FORMATURA. É um momento muito importante por que coroa, muitas vezes, os sacrifícios de toda uma vida. Nesse momento, me refi ro aos pais. Heróis de carne e osso, eles nos protegeram, se sacrifi caram e nos propiciaram as condições de saborear essa vitória. Certa ocasião, o grande orador e fi lósofo romano Cícero disse: “Nenhum dever é mais importante do que a grati-dão”. Concordo com ele. Sejam gratos!

Agradeçam pela vida, pelas oportunidades. Bus-quem sempre fazer o bem. Sejam sonhadores e executores de seus sonhos! Tudo que hoje existe, um dia foi apenas o sonho de alguém. Saibam que o mundo é dos sonhadores! Saibam que sempre existirão obstáculos em suas vidas, mas acredi-tem em vocês mesmos, vençam os obstáculos e verão o quanto vale a pena sonhar. Como dizia uma professora minha: “O rio desliza em busca de seu objetivo: o mar. Indiferente aos obstáculos, ele segue em frente, ele vence, ele chega lá”. Desejo-lhes uma vida de vitórias. Sejam vencedores!

Que o amor de Deus inunde os vossos corações!

Forte abraço,

[email protected]

Diretora Geral

Fátima Reis

Diretor de redação

Paulo Assunção

Diagramação e arte

Ricardo Modesto

Jornalista

Yula Verde

Web design

Lucas Vilas Boas

Fotografi a

Fábio Menezes

Stúdio Samuel Cerqueira

Produtor de vídeo

Leo Braga

Cabelo e Maquiagem

Ruth e Milson

Espaço Beleza

Capa

Dra Maria Luisa Soliani

Diretora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública

Impressão

Tiposet

Tiragem

10.000 exemplares

Publicação

Trimestral

Colaboradores

Italo Caput, Vanessa Veloso, Saiure Reis, Cida dos Anjos,

André Reis e Gil Carvalho.

Distribuição

Gratuita nas Universidades, Faculdades, Centros Universitários e EAD de

Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Itabuna.

Agradecimentos

Carlos Pinheiro, Edmilson Rios, Victor Dias, Priscyla Caldas, José Linhares,

Elisângela, Consuelo, Ruth, Milson, Soledade, Roberta, Cristiane Arcuri,

Sandra Reis, Joe Franklin, Patrícia Rebouças, Ana Portuguesa, Dra Maria

Luisa Soliani, Luiza Kruschewsky Ribeiro, Regina Carvalho, Juliana Maia,

Helaine Shindler, Sheila Ribeiro, Maria Rita, Lucas Vilas Boas, Samuel

Cerqueira, Leonor Cerqueira, Robson Santos, Fábio Meneses, Italo Caput,

Vanessa Veloso, Saiure Reis, Cida dos Anjos, André Reis, Flávia Calheira, Ana

Bandarra, Odimyr Bandarra, Bárbara Cavalcante, Sandra Magalhães, Monique

Abdon, Antônio, Serge, Márcio, Alex, Luciano, Otávio Santana, Caio Marques,

Cristiano Furtado, a toda equipe Ekaaty Linux, Nívia Visco, Victor Carvalho,

Denis Gama, Iuri Veríssimo e todos as pessoas que acreditam nesse projeto.

Todos os direitos desta revista são reservados a Shamah Grupo Reis Ltda.

CNPJ: 09.129.730/0001-61

Esta publicação não se responsabiliza por conceitos

ou opiniões emitidas em artigos assinados.

www.revistadouniversitario.com

[email protected]

71 3495-4815 / 9618-6499 / 9127-9704

CARTA AO LEITOR

Vençam osobstáculos!Fátima Reis

Presidente

RE

VIS

TA

DO

Page 5: Revista do Universitário 3

5

Page 6: Revista do Universitário 3

SumárioNA ÁREA

8 - Engenharia da Computação

COMUNIDADES10 - LinguÁgil: Misturando

Linguagens e Agilidade

ESPECIAL12 - Internet: 40 anos

ENTREVISTA14 - Dra. Maria Luisa Carvalho

Soliani

VITRINE DE CARREIRAS18 - Gastronomia

FEIRA DE FORMANDOS 200921 - Feira de Formandos e

Universitários

FORMATURA26 - Mercado em expansão na

BahiaSUA FESTA

30 - Formatura de Medicina – UESC 2009

ACONTECE32 - Pré-sal: O ouro negro,

verde e amarelo

SAIBA MAIS!38 - ENEM

CONTE SUA HISTÓRIA40 - Flavia Calheira

18

30

14

32

Page 7: Revista do Universitário 3

7

Page 8: Revista do Universitário 3

8

Engenharia da ComputaçãoNA ÁREA

Hoje em dia todos conhecem o Linux. O sistema operacional cujo kernel foi desenvolvido pelo fi n-landês Linus Torvalds se consagrou pela sua es-tabilidade, gratuidade e por ter ousado desafi ar a poderosa Microsoft.

O que talvez nem todos saibam é que existe uma distribuição Linux brasileira chamada Ekaaty Linux. O nome Ekaaty vem da junção de duas palavras tupis, Eka, que signifi ca Busca e ATY, que signifi -ca união. O que, provavelmente, menos pessoas ainda têm conhecimento é que esse projeto, criado em janeiro de 2006 por um grupo de ex-adminis-tradores da Comunidade Fedora Brasil, possui um núcleo de desenvolvimento na Faculdade Área 1.

Liderados pelo estudante de Engenharia da Computação e pioneiro do projeto, Cristiano Fur-tado, a equipe do Ekaaty Linux Desktop tem o prazer de anunciar a quarta versão da distribui-ção. Como todas as anteriores, essa nova ver-são homenageia uma tribo indígena brasileira – desta vez, a Yanomami. Para chegar ao Ekaaty Linux Yanomami, foram necessários oito meses de pesquisas, migrações e correções para se ob-ter a atual estabilidade e efi ciência.

Segundo Caio Marques, estudante de Enge-nharia da Computação da Faculdade Área 1, grandes melhorias foram realizadas em relação à versão anterior. “O objetivo principal dessa versão foi prover um sistema enxuto, com baixo consumo de recursos”, completa Caio.

Outro ponto que a equipe do Ekaaty Linux tem orgulho em destacar é a velocidade do seu su-porte. “Nunca precisamos de mais de 48 horas para responder ou ajudar um usuário com pro-blemas”, informa Cristiano. Como o próprio Eka-aty, o suporte a usuário é inteiramente gratuito.

À exemplo de outras distribuições Linux, o Ekaaty Linux é um sistema desktop completo. Repleto de

aplicações para o uso diário, seja ele pessoal ou profi ssional, o usuário do Ekaaty Linux possui a sua disposição editores de textos, planilhas, navegador Web, editor de imagem, mensageiro eletrônico e muito mais. “Tudo isso em um ambiente de traba-lho bonito e fácil de usar”, destaca Otávio Santana, outro integrante da equipe Ekaaty/Área 1.

Oferecido em 2 versões (Desktop e Educacio-nal), o Ekaaty Linux tem conquistado a confi ança de muitos usuários que apreciam sua versatilida-de e suporte personalizado e possibilitado que a equipe de alunos da Faculdade Área 1 abri-lhantem sua experiência acadêmica ao trabalhar com algumas das mais modernas tecnologias da atualidade na área de Sistemas Operacionais.

Ekaaty Linux lança quarta versão: Yanomami

Yanomami

Yanomami é uma das tribos indígenas mais primitivas da América do Sul, e que teve pou-co contato com o homem branco no Brasil. Até hoje eles mantêm vivos os seus costu-mes, língua e tradições, e vivem como uma grande família, sob um mesmo teto, formando uma união para o bem comum.

“Esse é o espírito que direciona o trabalho da equipe do Ekaaty Linux. Uma distribuição feita por brasileiros para brasileiros”, afi rma Cristia-no Furtado. “Nossa motivação é trabalhar em prol dos usuários do Ekaaty, formando assim uma grande comunidade que se apóia mutua-mente. Por isso, convidamos todos, para que, junto conosco, participem do desenvolvimento e suporte das próximas versões e fortaleçam a ideologia inicial do projeto: a ‘Busca por União’ (Ekaaty)”, fi naliza Cristiano.

Ekaaty Educacional

Desde sua concepção, o Ekaaty Linux estabele-ceu como prioridade atingir o público das escolas, faculdades e telecentros. A própria Área 1 utiliza o Ekaaty em quase todas as suas máquinas.

O Ekaaty Educacional, um subprojeto específi co voltado para ambientes educacionais tem o intui-to de divulgar o software livre e a sua aplicação no âmbito acadêmico, possibilitando aos usuá-

Page 9: Revista do Universitário 3

9

ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

rios - neste caso professores e alunos - melho-rias e inovações nas metodologias utilizadas no dia-a-dia da sala de aula.

A versão disponível para esta fi nalidade, Ekaaty Acadêmico, é voltada a alunos de 5ª a 8ª série e jovens que estejam cursando faculdades ou cur-sos técnicos, capacitando-os a conhecer e a tra-

O que há de novo?

● O agente de confi guração pós-instalação do Ekaaty foi melhorado. Agora o Firstboot permite, além da costumeira confi guração das contas de usuários do sistema, a possibilidade de confi guração de autenticação de rede via Samba, Kerberos, LDAP e outros. Também é possível agora confi gurar os repositórios de softwares de acordo com suas necessidades já na primeira inicialização.

● A inicialização do sistema nunca esteve tão rápida. Em pouco mais de 20 segundos é possível ter o ambiente de trabalho carregado e totalmente funcional.

● A distribuição adota nesta versão, em defi nitivo, o KDE 4 como ambiente gráfi co principal. O tema padrão do Ekaaty, baseado no engine QT/GTK QtCurve, está mais polido e permite uma excelente integração dos aplicativos com o ambiente de trabalho, fornecendo uma aparência uniforme aos widgets de diferentes toolkits.

● Os modems 3G mais comuns agora são suportados e, automaticamente, reconhecidos ao serem conectados. Além disso, é possível fazer o controle dos gastos com a conexão através do KPPP.

● Também foi aprimorada a camada de compatibilidade com os repositórios do Fedora e RPMFusion, provendo melhor controle sobre as atualizações e segurança ao sistema.

Veja a relação completa de novidades em:

http://www.ekaaty.org/v4/index.php/recursos/ekaaty-desktop/notas-da-versao

balhar com ferramentas livres, além de preparar esses estudantes para o mercado de trabalho.

A equipe do Ekaaty informa que em breve será lan-çada uma versão Infantil dirigida para crianças de 3 a 13 anos, com acompanhamento pedagógico. A idéia dessa versão é melhorar o aprendizado das crianças a partir da utilização de softwares livres.

Saiba mais:

http://www.ekaaty.org/v4/

• Equipe Ekaty Linux marcando presença na Feira de Formandos 2009.

Page 10: Revista do Universitário 3

10

No mundo do desenvolvimento de software, as lin-guagens de programação (LP) são às vezes trata-das como religião ou futebol. Ou seja, discutir sobre elas pode causar brigas! Os “JAVAnezes” sentem-se superiores aos “PHPistas”, são menosprezados pelos “RUBYstas” e se unem com todos os outros contra os “.NETianos”, vistos por eles como repre-sentantes do “lado negro da força”. Os tradicionais “COBOLeiros”, “FORTRANianos” e “NATURALis-tas” defendem a robustez e estabilidade dos seus Mainframes, ao passo que os “VBeiros” e DEL-PHYanos são rápidos em construir programas “for Windows” com suas interfaces gráfi cas cheias de fi rulas e “muito melhores” do que essa “tela preta e verde” dos computadores de grande porte. Por sua vez, os defensores do C/C++ é que são os caras, pois nelas foram criadas todas as demais lingua-gens de programação, além do kernel do LINUX.

Os grupos de usuários (comunidades virtuais de adeptos de uma determinada tecnologia) repetem esse comportamento e, como resultado, vivem a fazer propaganda do quanto a sua linguagem é melhor do que a do outro. É Java x PHP x Ruby x .NET x COBOL x FORTRAN x NATURAL x VB x Delphi x C/C++ x “A próxima linguagem do momen-to”. Resumindo, é todo mundo contra todo mundo.

O fato é que existem, e a cada dia surgem novas, centenas de linguagens de programação para to-dos os gostos e necessidades. Diferentes propósi-tos, paradigmas, sintaxes e ferramentas. A verdade é que há espaço para todas elas. Na vida de um desenvolvedor de software, queira ele ou não, o mesmo vai se deparar com várias linguagens de programação. Escalabilidade, desempenho, porta-bilidade, facilidade de escrita, fl exibilidade, robus-tez, disponibilidade e qualidade de documentação. São muitas as variáveis a serem analisadas antes de se escolher a melhor linguagem para atender as necessidades de um cliente.

Em nossa opinião, ao invés de perder tempo discutindo qual linguagem é a melhor, o que se deve buscar é fortalecer a lógica de programação e conhecer, mesmo que superfi cialmente, quais os problemas cada linguagem busca melhor re-solver para, então, poder escolher a linguagem mais adequada a um determinado problema real. Se você só conhece, e pretende continuar assim, uma única linguagem, vai tentar utilizá-la, a qual-quer custo, em todas as situações, muitas vezes dando voltas e voltas para chegar a um resultado satisfatório. Vale o ditado: para quem só conhece martelo, tudo parecer ser um prego.

O LinguÁgil

O LinguÁgil é um evento criado pensando em modifi car este cenário. Lideres de quatro das principais

comunidades de tecnologia da Bahia se uniram em torno desse projeto cujo objetivo é discutir aberta-mente as vantagens e desvantagens de cada lingua-gem. Tudo num esquema sadio de “Coopetição”.

Por enquanto, apóiam esse projeto os grupos de usuários JavaBahia, PHPBahia e RailsBahia, re-presentantes das respectivas linguagens, e o Agi-leBahia, que busca discutir as melhores formas de desenvolver software com base nas chamadas Metodologias Ágeis, um movimento mundial criado a partir do Manifesto Ágil. Está aí a razão do nome: LinguÁgil - Misturando Linguagens e Agilidade.

A edição 2009 contou com participação de sete palestrantes de renome nacional além de repre-sentantes locais. Em nosso site (www.linguagil.com.br), é possível ter acesso gratuito a todas as informações sobre o evento, ver e baixar os slides e vídeos das palestras apresentadas.

Em nova iniciativa para promover o evento e sua proposta, começamos o movimento LinguÁgil nas Universidades. Esse movimento busca dis-cutir o tema e divulgar o projeto “in loco” com os professores e os alunos de cada instituição, apresentar os grupos de usuários e, quem sabe, agregar novos colaboradores. Aliás, foi num des-ses encontros que conhecemos o pessoal da

LinguÁgilMisturando Linguagens

e Agilidade

COMUNIDADES

Page 11: Revista do Universitário 3

11

Se você tem interesse em patrocinar, apoiar ou colaborar de alguma forma, nosso e-mail de contato é [email protected].

Saiba mais em:

http://www.linguagil.com.br/

http://javabahia.blogspot.com/

http://br.groups.yahoo.com/group/agile-bahia/

http://agilemanifesto.org/

http://www.phpba.com.br/

http://bahiaonrails.blogspot.com/

INTERNET: 40 ANOS

Revista do Universitário, aos quais sinceramente agradecemos o espaço.

O perfi l do profi ssional de informática está mu-dando. As empresas necessitam cada vez menos de “especialistas” e mais de “especialistas gene-ralistas”, pois a dinâmica do mundo atual nos obriga a responder rapidamente a mudanças. Para aqueles que são da área ou se interessam pelo tema, recomendamos fortemente assistir ao vídeo Manifesto 2.0 em nosso site (link Vídeos). Manter-se atualizado é um desafi o constante em nossa área. Participar de grupos de usuários e eventos direcionados é uma excelente forma de ampliar conhecimentos, trocar experiências e fortalecer nossa rede de relacionamentos.

Já estamos trabalhando no LinguÁgil 2010, previsto para o segundo semestre deste ano. Estamos dis-cutindo duração, formato, grade de palestras, nome dos palestrantes e pensando em algumas novida-des bem interessantes. Gostaríamos muito de agre-

gar novas LP e comunidades de Software Livre. Se você faz parte de algum grupo e tem interesse em se juntar ao projeto, será muito bem vindo!

Bons códigos!

Alex Duarte Luciano Borges Serge Rehem Márcio Albuquerque

Page 12: Revista do Universitário 3

12

Nós a utilizamos diariamente. Seja para bater papo, consultar o horário do cinema ou pagar as contas, ela está sempre facilitando as coisas e ampliando os nossos horizontes. É claro que es-tamos falando da Internet. Essa jovem senhora completou 40 anos em 2009 e, provavelmente, você não mandou nem um cartão virtual parabe-nizando... ;-)

As origens da Internet remontam à década de 60. Sua criação foi uma resposta a uma necessidade militar: desenvolver uma rede capaz de assegu-rar a comunicação entre os membros do governo americano, mesmo em situações de grave abalo à infra-estrutura de telecomunicações do país. Não podemos esquecer que era época da Guer-ra Fria e os americanos temiam um ataque nu-clear soviético. Através da então chamada ARPA (Advanced Research Project Agency), o governo fi nanciou o trabalho de uma série de pesquisa-dores em universidades americanas com vistas a construir essa rede.

A tecnologia que orientou os esforços dos pes-quisadores que desenvolveram a Internet nas-ceu na mente de um homem chamado Leonard Kleinrock. Em 1961, quando era um doutorando de Engenharia Elétrica e Ciências da Compu-tação do MIT, ele propôs uma nova abordagem para a transmissão de informações digitais, a co-mutação por pacotes. Com essa tecnologia, a mensagem que se deseja transmitir é quebrada em uma série de pedaços menores (chamados de pacotes), transmitidas pela rede para um des-tinatário e remontadas no destino fi nal. A grande sacada dessa tecnologia é permitir que cada pa-cote chegue ao destino através de um caminho próprio, independente dos demais.

Em 1964, um cientista da RAND (um think tank privado que foi criado para desenvolver pesqui-sas e análises para as forças armadas ameri-canas) começou a trabalhar com as idéias de

Internet: 40 anos

ESPECIAL

Kleinrock com vistas a atingir o objetivo proposto pela ARPA. Seu nome é Paul Baran e o seu tra-balho foi publicado em uma série de artigos na publicação “On Distributed Communications” do RAND Institute. Nestes artigos está o framework conceitual da Internet.

Nesse momento, os princípios já eram bem só-lidos, mas era necessário testar os conceitos em um protótipo real. Coube a Kleinrock liderar um time de pesquisadores da UCLA (University of California at Los Angeles) na construção dos primeiros equipamentos da Internet. Os precur-sores dos modernos roteadores eram, então, chamados de Processadores de Mensagens de Interface (IMP). Em 29 de outubro de 1969, os dois primeiros nós da ARPAnet, nome pela qual era conhecida a precursora da Internet, trocaram seus primeiros pacotes. No laboratório da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da UCLA e na sede da SRI International, um centro de pes-quisa ligado à universidade de Stanford, também na Califórnia, os cientistas vibraram com o feito.

Em 1972, a ARPAnet era uma rede fechada for-mada por somente 15 nós. Nos meados da déca-da de 70, novas redes de comutação por pacotes começaram a surgir, especialmente dentro de universidades e centros de pesquisa. Nesse mo-mento, a ARPA, agora renomeada como DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), começa a patrocinar estudos para interconectar redes. Surge o conceito de Internet ou, em tra-dução livre, uma rede de redes. Esses estudos levaram ao desenvolvimento dos três principais protocolos da Internet: o TCP, UDP e o IP.

No Brasil, a Internet desembarca em 1988 interli-gando um conjunto de universidades do Brasil e dos Estados Unidos. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) é criada em 1989 com o objetivo de interligar as universidades públicas brasileiras. Em 2000, a RNP evolui para interligar mais de 300 universidades e institutos de pesquisa no Brasil.

Internet Comercial

Antes restrita ao mundo acadêmico, em 1988, a Internet começa a se abrir para o interesse co-mercial. O primeiro serviço oferecido com base

Page 13: Revista do Universitário 3

13

na Internet foi um serviço de e-mail operado por uma antiga empresa de telecomunicações cha-mada MCI Communications. Era o ano de 1989.

Na década de 90, a ARPAnet chega ao fi m e sur-ge a grande aplicação da Internet: a World Wide Web, ou simplesmente Web. Criada pelo cientis-ta inglês Tim Berners-Lee entre 1989 e 1991, a Web foi fundamental na popularização da Inter-net. Justamente quando os primeiros provedores de acesso começaram a oferecer seus serviços, a facilidade de uso das aplicações web atrai o usuário comum para a rede. Atualmente, a web funciona como uma plataforma sobre a qual está sendo construída toda uma infra-estrutura de serviços on line.

Enquanto isso, no Brasil, em 1995, o governo brasileiro permite que provedores comerciais interliguem-se ao backbone da RNP e passem a oferecer serviços para o público em geral. O restante da história, muito provavelmente é co-nhecido. Nos anos 2000, todos nós assistimos o crescimento explosivo da Internet e vimos o caráter multimídia que ela ganhou. Atualmente, a Internet é acessada por mais 1,7 bilhão de pes-soas, 171 países estão a ela conectados e o Bra-sil é o 5º maior país em número de usuários.

O futuro

Redes sociais, mundos virtuais, convergência de mídias. A Internet segue evoluindo em ritmo aluci-nante. Novos protocolos e tecnologias de desen-volvimento têm possibilitado a criação de aplica-ções cada vez mais surpreendentes (quem não se maravilha com o Google Maps, por exemplo?). Empresas como o Google investem na visão de trazer para a nuvem, como se diz atualmente, to-dos os dados e aplicações antes armazenados e manipulados no computador pessoal.

Com a adoção da versão 6 do protocolo IP, será possível ter um endereço único para cada objeto físico do planeta. Parece loucura, mas a Internet de objetos tem sido experimentada em labora-tórios e permitirá que os mais loucos devaneios da fi cção científi ca se tornem realidade.

Enfi m, cada vez mais a atividade econômica e a interação social serão infl uenciadas e amplifi ca-das pela Internet. Saber utilizá-la para manter-se atualizado e superar obstáculos profi ssionais é um diferencial no mundo atual. Se cuide, pois essa jovem senhora está cheia de gás e acom-panhá-la vai exigir um preparo constante. Do contrário, certamente ela te deixará para trás.

INTERNET: 40 ANOS

Para saber mais:

http://www.rnp.br/

http://www.rand.org/pubs/research_memoranda/RM3767/

http://www.cs.ucla.edu/~lk/internet_history.html

http://www.isoc.org/internet/history/brief.shtml

Page 14: Revista do Universitário 3

14

RU: Como a Sra. avalia a formação dos pro-

fi ssionais de saúde da Bahia quando

comparada com lugares mais desenvol-

vidos, como Rio de Janeiro e São Paulo?

Em que podemos melhorar?

ML: A formação de profi ssionais de saúde na Bahia pode ser comparada, em termos de quali-dade, com a que ocorre em outros grandes centros do país. Como em qualquer lugar, você encontrará algumas pouquíssimas instituições de excelência, oferecendo um ensino de alta qualidade, formando profi ssionais que se equiparam, em termos de co-nhecimento, habilidades e competências, com os melhores do Brasil. Por outro lado, a grande maio-ria dos cursos é de qualidade mediana e até mes-mo de baixa qualidade. De qualquer maneira, em todo o Brasil, como aqui na Bahia, há maior oferta de vagas na área de saúde do que necessidade de profi ssionais para atender à população Em vez de aumentar o número de cursos, precisamos quali-fi car melhor os professores, não só exigindo que possuam mestrado e doutorado, mas fazendo com que as instituições de ensino ofereçam uma forma-ção e um acompanhamento didático-pedagógico permanente ao seu corpo docente.

ENTREVISTA

Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani

Ela é natural de São Paulo e em 1978 ingressou como

professora de Psiquiatria e Psicologia Médica da

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Médica

formada pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (PUC), com residência na Universidade de São

Paulo (USP), em Psiquiatria, a Dra. Maria Luisa Soliani

tem ainda formação em Psicodrama e mestrado em

Teoria Psicanalítica, pela Universidade Federal do

Rio de Janeiro (UFRJ). Já em seu 3º mandato, foi a

primeira mulher a dirigir a Escola Bahiana de Medicina

e Saúde Pública, além de ser Coodenadora Geral

da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das

Ciências, mantenedora da Escola.

Page 15: Revista do Universitário 3

15

DRA. MARIA LUISA CARVALHO SOLIANI

RU: Para combater a proliferação irresponsá-

vel de cursos superiores de Medicina foi

sugerida a criação de um exame nacional

para que os médicos possam exercer sua

profi ssão, semelhante àquele ao qual os

advogados precisam se submeter. O que

acha da idéia?

ML: Acho uma péssima idéia e compartilho essa posição com a Associação Brasileira de Educação Médica, as associações médicas e os conselhos re-gionais de medicina, com exceção do de São Paulo. O que devemos fazer é não permitir a abertura de nenhuma nova escola de Medicina no país, por me-lhor que seja seu projeto político-pedagógico. Nós temos mais escolas de medicina do que os Estados Unidos, com 126 escolas para mais de 300 milhões de habitantes, e que a China, com 150 escolas para mais de 1,3 bilhão de habitantes. Nós já temos 176, para 190 milhões de habitantes. O MEC (Ministério da Educação) tem instrumentos de avaliação que permitem um acompanhamento da qualidade das escolas. O problema do Brasil não é o número de médicos, porque temos muito mais do que o reco-mendado pela Organização Mundial, de um médico para cada 1000 habitantes. Nosso problema é que esses médicos não estão nas áreas mais pobres e mais distantes por falta de uma política de carreira pública para médicos, como existe, por exemplo, para juízes e promotores. Fazer um exame só ao fi nal, depois que um aluno e sua família investiram dinheiro e tempo - 6 anos no mínimo para se formar - e não poder clinicar, jogará essas pessoas, já adul-tas, de forma irresponsável, a meu ver, no mundo do trabalho, sem que eles tenham qualifi cação para qualquer outra coisa. É muito melhor avaliar os futu-ros médicos durante todo o processo de formação e também avaliar suas escolas.

RU: Salvador é reconhecida como uma ci-

dade carente de bons serviços médicos

para a população mais pobre. A Escola

Bahiana de Medicina e Saúde Pública

possui alguma iniciativa social voltada

para esse público?

ML: É importante falar um pouco sobre o Siste-ma Único de Saúde – o famoso SUS. Estamos acostumados a criticá-lo por conta das inúme-ras defi ciências ainda existentes. É verdade que precisamos melhorar muito, mas o SUS é um

sistema admirado no mundo todo. Todos os bra-sileiros têm direito a ele, ao contrário do sistema americano que deixa de fora quase 50 milhões de pessoas, que não têm direito a nada. Mesmo quem tem plano de saúde se benefi cia do SUS. A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública é conveniada com o SUS e oferece assistência à comunidade nas áreas de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Terapia Ocu-pacional, Bioimagem e Laboratório de Patologia Clínica, nas Unidades de Brotas, do Cabula-Beiru e de Pau da Lima, realizando, em 2009, 156.571 consultas e procedimentos e 377.293 exames complementares. São serviços de qualidade, com infra-estrutura e equipamentos adequados, ten-do como característica principal serem docente-assistenciais, isto é, realizados por professores e alunos, portanto, são atendimentos muito bem feitos para que os alunos possam aprender com eles a forma correta de pensar e agir. Além disso, fazemos atendimentos totalmente gratuitos, cerca de 28.032, só no ano de 2009.

RU: Muitos pacientes reclamam que, com o

avanço das técnicas para identifi car o

diagnóstico, o médico tem se tornado

mais distante e menos acessível. O avanço

acelerado da tecnologia, na medicina, tem

modifi cado a relação médico-paciente?

ML: Este fenômeno acabou despertando na for-mação médica o objetivo de repensar os currículos das escolas de medicina, dando mais ênfase à re-lação médico-paciente. Saber ouvir com atenção e delicadeza, interessar-se pelos medos, frustrações e fragilidades da pessoa que procura ajuda, saber tocar o paciente nos momentos em que este ne-cessita de apoio, saber esclarecer de forma com-preensível, e não com termos difíceis e técnicos, os possíveis diagnósticos e possibilidades de trata-mento, levando em consideração o que o paciente pensa a respeito e fazendo com ele uma aliança em busca da melhor solução que, às vezes, pode ser simplesmente uma palavra de conforto e de compreensão. Na década de 50, um médico in-glês, chamado Ballint, dizia que a droga mais po-tente utilizada num tratamento é o próprio médico e que pouco se conhece sobre ela, como se conhece sobre outras drogas ou procedimentos. Portanto, quanto mais o médico se conhece, quanto melhor se relaciona com seu paciente, quanto mais o ouve,

Page 16: Revista do Universitário 3

16

conhece sua história e faz um bom exame clínico, menos precisa de exames que dependem de alta tecnologia, só pedindo os necessários para confi r-mar o diagnóstico. É claro que os grandes avanços tecnológicos da medicina são importantíssimos, mas a tecnologia sozinha nunca poderá substituir os efeitos benéfi cos da relação que se estabelece entre o médico e seu paciente.

RU: Com o advento da Internet, o paciente

passou a se informar com mais facilida-

de sobre suas doenças e o tratamento

receitado pelos médicos. Em sua opi-

nião, quais os prós e os contras desse

fenômeno?

ML: A possibilidade de pesquisar sobre as doenças deu elementos ao paciente para poder perguntar e discutir com seu médico sobre seus sintomas, suas preocupações, as conseqüências de um determi-nado diagnóstico e mesmo as alternativas de trata-mento. Isso é muito bom, pois leva a um diálogo que pode ser esclarecedor e melhorar a relação médico-paciente. Por outro lado, pode despertar fantasias no paciente em relação ao que está sentindo e, de-pendendo do seu perfi l, levá-lo a acreditar que está com uma determinada doença que, em absoluto, não corresponde à realidade. Em outros casos, pode fazer com que o paciente entre numa disputa com o médico, testando seus conhecimentos, impe-dindo que se desenvolva uma relação de confi ança. Além disso, nem sempre as informações acessadas pelo paciente são confi áveis, sendo imprescindível conversar com o médico a respeito, para separar o que é cientifi camente comprovado e tem relevância, daquilo que não tem valor científi co.

RU: Com o avanço da Engenharia Genética, os

pesquisadores têm se defrontado com no-

vas e importantes questões éticas. Como

esses temas são tratados na Bahiana?

Existe um esforço especial na abordagem

da Bioética?

ML: Hoje temos que enfrentar questões que há 10 anos nem sequer existiam. Todos os cursos da Bahiana têm em seu currículo disciplinas específi -cas voltadas para a Ética e a Bioética, mas o tema é também tratado de forma transversal, interdisci-plinar, isto é, a discussão se dá em todo currículo, nas mais diversas disciplinas, de forma integrada.

RU: Quais as principais qualidades que um

profi ssional de saúde deve desenvolver

para cumprir bem o seu papel e se desta-

car na sua área?

ML: O profi ssional de saúde deve desenvolver a capacidade de escutar, entender e confortar o seu paciente. É preciso, também, ser curioso e se preocupar com sua educação continuada, pois ele não poderá nunca mais parar de estudar. O conhecimento técnico-científi co, na área da saúde, multiplica-se com rapidez extraordinária. Por isso, um profi ssional precisa ter disposição não só para fazer uma pós-graduação, como também para atu-alizar-se permanentemente. O profi ssional precisa saber onde e como procurar este conhecimento, ter acesso às últimas pesquisas e lê-las com espíri-to crítico, separando, dentro de uma massa imensa de artigos, o que é realmente relevante. Mas eu acredito que o que fará a grande diferença entre dois profi ssionais igualmente capacitados, nos aspectos técnico e científi co, será a qualidade da relação que estabelecerá com seu paciente. É ela, sem dúvida, que o fará destacar-se na sua área.

RU: Quais os principais desafi os do profi s-

sional de saúde nos dias atuais?

ML: Conseguir atualizar-se de forma contínua, enfrentando as difi culdades do mercado de tra-balho, a necessidade de múltiplos empregos para obter uma renda sufi ciente, sem deixar se contaminar pelas condições adversas, não abrin-do mão jamais do seu sonho (que o levou a bus-car uma formação na área da saúde) de cuidar das pessoas para diminuir o sofrimento delas.

RU: Fale um pouco sobre os programas de

pós-graduação oferecidos pela Bahia-

na. Em quais linhas de pesquisa a ins-

tituição se destaca no cenário estadual

e nacional?

ML: A Escola oferece vários cursos de especializa-ção e dois programas de mestrado e doutorado: o Mestrado e o Doutorado em Medicina e Saúde Hu-mana, com áreas de concentração em Clínica Médi-ca, Virologia Humana e Neurociências, aberto para profi ssionais de todas as áreas da saúde e o Mes-trado Profi ssionalizante em Odontologia. Também incluídas no programa de pós-graduação, encontra-mos as especializações que visam treinamento em

ENTREVISTA

Page 17: Revista do Universitário 3

17

serviço sob a forma de residência. Entre as linhas de pesquisa de maior destaque, tanto nacional como internacional, estão as da área de concentração em virologia humana, que tratam do vírus da AIDS (HIV) e do HTLV, um parente do HIV, ainda pouco conhe-cido e relegado pelas políticas públicas. A Escola possui, inclusive, um Centro Integrativo e Multidis-ciplinar de Atendimento ao Portador de HTLV e He-patites Virais, que é referência no estado da Bahia e no Brasil. A Escola Bahiana, apesar de não ser uma universidade e, portanto, não ter obrigatoriedade de realizar pesquisas, destaca-se, no cenário nacional, entre as poucas instituições que fazem pesquisa e têm programas de mestrado e doutorado na área da Saúde. No Nordeste temos somente 11 instituições oferecendo esse tipo de programa, sendo a Bahia-na a única instituição privada. Em Odontologia exis-tem 09 instituições, sendo somente duas privadas, a nossa Escola e uma universidade.

RU: Para fi nalizar, por que ser aluno da

Bahiana?

ML: Porque a Bahiana é uma escola ao mesmo tempo tradicional e em constante processo de transformação, buscando inovar na forma de ver e exercitar o processo de ensino-aprendizagem. As mudanças nos projetos político-pedagógicos e nas metodologias de ensino, que se tornaram ativas,

tirando o aluno da posição de um mero observa-dor numa sala de aula, com dezenas de alunos, para um trabalho em pequenos grupos, tornaram o dia a dia da escola mais criativo e o aprendizado mais prazeroso e produtivo. Além disso, o Núcleo de Atenção Psicopedagógico que atende também aos alunos e professores, dando acompanhamen-to pedagógico e psicológico, é hoje uma referência nacional nesse tipo de trabalho. Na Bahiana cada estudante é tratado de forma individualizada e nun-ca é deixado sozinho, sendo sempre acompanha-do e apoiado durante seu processo de formação, não só pelos seus professores e coordenadores, como também pelos pedagogos e psicopedago-gos. Por ser uma instituição vocacionada para a saúde e reconhecida nacional e internacionalmen-te pela qualidade do seu ensino, os alunos e egres-sos têm maior facilidade em fazer intercâmbios no Brasil e no exterior, sendo muito bem posicionados nos mais variados e concorridos concursos, como, por exemplo, os exames para residências, para mestrados e doutorados, para bolsas de iniciação científi ca e, também em concursos para vagas pro-fi ssionais. Para quem tem interesse por pesquisa, a Bahiana oferece, anualmente, em torno de 40 bolsas próprias para iniciação científi ca, além de possuir uma cota de 55 bolsas em convênio com a FAPESB, devido à alta qualidade dos seus pesqui-sadores e dos projetos apresentados.

DRA. MARIA LUISA CARVALHO SOLIANI

Monumento do Profº Humberto de Castro Lima (1924-2008) – Foi Diretor-executivo do IBOPC e Coordenador Geral da Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências,mantenedora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.

www.bahiana.edu.br

Page 18: Revista do Universitário 3

De acordo com dados do novo levantamento es-tatístico do Ministério da Educação, dos 423 cur-sos universitários hoje disponíveis no mercado, a Gastronomia está entre os dez primeiros em que a procura mais cresceu nos últimos cinco anos. Ainda segundo a pesquisa, 98% dos alunos que se formam têm emprego garantido. Por isso, o Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia, oferecido pela Estácio/FIB, tanto abrange disci-plinas de gestão, como os fundamentos básicos das cozinhas internacional clássica, contempo-rânea e regional.

VITRINE DE CARREIRAS

Curso de

Gastronomia da

Estácio FIB é o

primeiro da Bahia

Gastronomia A Estácio/FIB é a primeira faculdade de gastro-nomia oferecida ao público da Bahia. O curso, que começou em 2008, é constituído de cinco semestres, totalizando 2 mil horas. O Centro Gastronômico é constituído de um laborató-rio, com bancadas para grupos de cinco alu-nos, duas cozinhas industriais, um laboratório de análise sensorial (em grupo ou em boxes individuais) e um espaço de restaurante para eventos.

O curso superior de Tecnologia em Gastronomia oferece formação para os que pretendem exer-cer cargos de Gestores na área, numa abor-dagem geral dos estudos históricos e sociais ligados a alimentos e bebidas; dos fundamen-tos sobre o planejamento de empreendimentos relacionados à área de bares e restaurantes; do dimensionamento de estruturas físicas compatí-veis, equipamentos e utensílios específi cos; da gestão de pessoas e dos negócios; de inova-ções tecnológicas do setor e do conhecimento e controle de riscos biológicos, físicos e químicos, inerentes à produção de alimentos. Todo esse conhecimento irá proporcionar a qualifi cação necessária para atuação nos diversos equipa-mentos de alimentação.

Page 19: Revista do Universitário 3

19

Page 20: Revista do Universitário 3

20

As bases teóricas, em qualquer ramo do saber, sustentam cientifi camente as experiências em-píricas. Isso vale, especialmente, no mundo da culinária. Depois da descoberta do “como fazer o fogo”, a alimentação do homem evoluiu até que a ciência pudesse explicar e reproduzir reações repetidas sem mais entendimentos.

As práticas, através de aulas laboratoriais, visi-tas técnicas e outras, ratifi cam e comprovam os ensinamentos teóricos e proporcionam o desen-volvimento de habilidades necessárias às com-petências exigidas na profi ssão. Pela natureza da atividade gastronômica, “o fazer” é vivenciado exaustivamente no curso.

No 2º semestre de 2009, por exemplo, os alunos do 3º semestre matutino, organizaram o 1º Estácio Gourmet. Convidaram o Chef Internacional Ra-fael Barros, patissier que veio à Sal-vador ministrar um curso de 30 horas a palestrar sobre Confeitaria Interna-cional, além de ensinar uma receita especial de macarons para uma pla-téia de cerca de 100 pessoas.

Restaurante não é

só gastronomia, mas

sim um complexo de

serviços para atrair e

atender o cliente com

excelência. O Chef

é, sem dúvida, muito

importante e pode ser

o maior atrativo. No

entanto, se não houver

controle e comando, a

própria sobrevivência

da empresa poderá

fi car comprometida.

VITRINE DE CARREIRAS GASTRONOMIA

Para saber mais:

http://www.fi b.br/

Page 21: Revista do Universitário 3

21

Page 22: Revista do Universitário 3

22

Formatura, festa, formação e carreira. Um ciclo natural na vida dos estudantes, mas que requer cuidado e planejamento, para fazer as melhores escolhas.

Pensando nesse conjunto de fatores é que a Reis Produções criou, em 2008, a Feira de For-mandos. Um evento inovador, que reúne tudo que um universitário precisa para celebrar sua formatura, para crescer profi ssionalmente e para começar com o pé direito sua carreira. Para isso, além dos expositores, os três dias da Feira são movimentados por muitas palestras e ofi cinas.

A Feira de Formandos e Universitários inova mais uma vez na edição de 2010. Além de manter a proposta de reunir, em um único evento, atrati-vos para estudantes de diversos perfi s, o público também vai desfrutar de um espaço mais agra-dável e dinâmico. Os visitantes poderão passear, no mesmo andar, por uma ala voltada apenas para os expositores de Formação e Carreira, e,

FEIRA DE FORMANDOS 2009

Feira de Formandos e Universitários

por outro espaço, onde fi carão concentradas as exposições de Formatura e Festa.

Nesta terceira edição o tema será “Brasil, o país que queremos”, por isso não faltarão ações de conscientização por um mundo melhor, que vão desde ações sociais, com a arrecadação de ali-mentos nas palestras e ofi cinas, até ações am-bientais, com a distribuição de sementes de Pau Brasil e instruções sobre reciclagem.

E como toda conquista tem que ser comemora-da com festa, a Feira também vai reunir atrativos culturais, com apresentações de teatro, bandas, dança, cinema e artes plásticas.

Com tanta variedade você não pode fi car de fora. A Feira de Formandos e Universitários acontece-rá de 16 a 18 de julho, no Centro de Convenções das 14h às 20h.

Mais informações: www.feiradeformandos.com.br.

Os organizadores Fátima Reis e Paulo com Dr. Saul Quadros - Presidente da OAB/BA

Page 23: Revista do Universitário 3

23

Homenageado e palestrante: Prof. Jorge Portugal

Expositores

Banda Trama 3 Homenageado: Vice-Prefeito de Salvador Dr. Edvaldo Brito

Painel: Ética na Profi ssão (Yula Verde, Dr. Alexandre Medeiros, Antônio Medeiros e Álvaro Nonato)

Feira deFormandos e

Universitários 2010. Não deixe de ir!

Page 24: Revista do Universitário 3

24

FEIRA DE FORMANDOS 2009

Expositores

Palestrante: Prof. Maria Ângela

Troupe Dance

Ricardo Chaves

Homenageado: José Linhares

Homenageado 2009: Dr. Luis Henrique Dias Tavares

Homenageado: Prof. Hélio Rocha

Page 25: Revista do Universitário 3

25

Homenageado: José Linhares

Page 26: Revista do Universitário 3

26

FORMATURA

Mercado em expansão na BahiaO mercado de Formaturas em nossa cidade cresceu demais nos últimos 15 anos. Acompa-nhando a estabilidade econômica e a populariza-ção do ensino superior, o número de empresas atuando no setor se multiplicou de forma signi-fi cativa durante esse período. Ao mesmo tempo em que o aumento da concorrência benefi cia os estudantes, é preciso ter muito cuidado na hora de escolher os fornecedores que realizarão o so-nho da sua formatura.

O valor investido numa formatura é considerável. Com aluguel do espaço, assessoria, foto e fi lma-gem, decoração e uma série de outros serviços necessários, muitos milhares de reais serão gas-tos. À parte o valor fi nanceiro envolvido, toda a expectativa criada pelos amigos e familiares exige que alguns critérios sejam observados an-tes de assinar os contratos. Caso contrário, um momento que deveria ser inesquecível pode se tornar algo que nunca gostaríamos de lembrar.

Organizando uma formatura

Tudo começa com a escolha da co-missão de formatura. Devem ser es-colhidos, de forma democrática, aque-les estudantes que possuem senso de organização, liderança e respon-sabilidade. Outro ponto que vale ser destacado: os membros da comissão devem se comprometer a serem pa-cientes e estarem disponíveis para a turma. Pessoas extremamente ocu-padas, que dividem seu tempo entre mil compromissos não tem condições de estar à frente de uma empreitada desgastante como a organização de uma formatura.

Escolhida a comissão, o próximo passo é esco-lher muito bem a empresa organizadora da forma-tura. Podemos considerar esse o fornecedor mais importante de todos, pois ele será um interme-diário para todos os demais. Antes da explosão do ensino superior particular, não haviam tantas opções de fornecedores para esse tipo de servi-ço. O mercado naquela época era dominado por, praticamente, duas empresas. Hoje existe um nú-mero muito maior de empresas oferecendo esse serviço, portanto escolher se tornou bem mais di-fícil. Fundamental antes de assinar o contrato com a empresa organizadora é levantar o máximo de informações sobre ela. Algumas dicas são:

● Conversar com amigos em busca de saber se a empresa em questão já organizou uma for-matura de algum conhecido;

● Verifi car a situação da empresa nos órgãos de defesa do consumidor;

● Ir a alguma formatura organizada pela empre-sa, de maneira a ter um conhecimento prático do seu trabalho.

Muita atenção com empresas que cobram muito barato! Essa pode ser uma tática para “fi sgar” a turma. Depois de assinado o contrato, algu-mas empresas usam da prática de aumentar as mensalidades alegando que os custos sofreram reajustes. De fato os custos podem subir, mas é importante ter em mente que vivemos em um país cuja infl ação está sob controle. Aumentos exagerados somente são justifi cados no caso de redução do tamanho da turma que participará dos eventos de formatura. Qualidade tem custo, portanto desconfi em das pechinchas.

Gra

u 10

For

mat

uras

Page 27: Revista do Universitário 3

27

MERCADO EM EXPANSÃO NA BAHIA

Se possível, a comissão deve discutir com a em-presa o formato do evento e juntos elaborarem uma lista de itens a serem orçados. Com essa lista em mãos será mais fácil comparar os orçamentos das diferentes empresas que concorrem pela organiza-ção da formatura. Exija o nome dos fornecedores e levante informações no mercado sobre eles. É natural que alguns itens de custo apresentem uma diferença nos valores. Exemplo: existem fotógrafos para todo tipo de bolso e gosto.

Com os orçamentos em mãos, a comissão deve discutir com a turma qual a melhor opção. Escolhi-da a empresa organizadora, elabora-se o contrato e, mais uma vez, discute-se com a o restante da turma a aprovação das cláusulas do mesmo. É preciso paciência, mas somente assim não have-rá alegações e desentendimentos mais adiante.

Assinado o contrato, a comissão deve exigir da empresa organizadora um plano de trabalho re-sumido do que ela pretende fazer. Esse roteiro deve especifi car as atividades, datas e prazos. A comissão deve participar, sempre que necessário, dessas atividades. Algumas formaturas começam a serem organizadas com muita antecedência. É importante que a comissão fi que atenta à evo-lução do mercado durante esse longo período. Novidades podem surgir, fornecedores podem sair do mercado e adaptações serão necessárias quando situações assim acontecerem.

Como fi nanciar a festança? Fora o dinheiro que, certamente, será desembolsado pelos estudantes, existem algumas opções que podem diminuir as despesas. Rifas, doações de patrono e paraninfo e homenageados podem ajudar bastante.

Segue abaixo um exemplo de roteiro de organi-zação de formatura:

2 anos e meio antes

● Formar a comissão de formatura

● Elaborar o estatuto e a ATA da turma

● Verifi car quantas pessoas terão interesse em participar da formatura

● Analisar empresas organizadoras de eventos no mercado

● Ir a solenidades e festas promovidas pelas em-presas que tiveram mais interesse

● Pesquisar bandas e DJs

2 anos antes

● Defi nir em conjunto a empresa organizadora

● Assinar o contrato de prestação de serviço

1 ano e meio antes

● Pesquise locais para viagem de formatura (cru-zeiros, hotéis-fazenda, litorais, dentre outros)

1 ano antes

● Agendar locais e horários de locação dos espa-ços e casas de eventos

● Fechar o pacote de viagens, buffet, foto, vídeo e banda

● Começar a organizar a lista com nomes dos colegas formandos para envio para a criação do convite

● Organizar os textos que serão ditos para Deus, Pais, Mestres e Sempre presentes

● Defi nir o tamanho e as cores do convite

● Defi nir a cor dos trajes das damas e cavalheiros

6 meses antes

● Tirar foto da turma e individual para convite,

● Decidir o modelo do convite,

● Convidar o Patrono/Patronesse e Paraninfo/Paraninfa

● Defi nir a cor da decoração.

Cer

imon

ial A

na B

anda

rra

Convite

Estação Design

Page 28: Revista do Universitário 3

28

5 meses antes

● Escolher o traje e selecionar as fotos que se-rão usadas para Slide Show, e organização da confraternização para gravação do clipe que será exibido após a entrada dos formandos

● Finalizar o convite com o designer da empresa responsável pelos convites

FORMATURA MERCADO EM EXPANSÃO NA BAHIA

Algumas empresas de formatura:

● Caco de Telha Formaturas

● Cadu Formaturas

● Grau 10 Formaturas

● Gradus Formaturas

● Orttis Formaturas

● Prisma Formaturas

● Terceiro Grau

● Terceira Via

● Vitrine Algumas empresas de convite:

● Bossa i Nova

● Estação Design

● Perfi l 3 Design

● NUD

● Via 3

3 meses antes

● Gravar as placas dos homenageados

● Escolher as músicas que farão parte da sole-nidade

● Defi nir os efeitos especiais

● Comprar o kit boate (perucas, colares, neon, dentre outros) e lembranças

2 meses antes

● Fechar o número total de formandos que real-mente irão participar da solenidade e Baile

45 dias antes

● Distribuir os convites

● Elaborar o mapa das mesas (para as formatu-ras com baile)

● Defi nir os últimos detalhes da decoração

● Realizar os reajustes fi nais dos trajes

● Agendar o dia da Formanda ou Formando em um salão de beleza

● Ensaio geral

● Ajustar ar becas

● Verifi car o clipe de exibição para solenidade

● Ajustes fi nais no texto dos oradores

Vestidos - Cheville

Organização - Grau 10 Formaturas

Page 29: Revista do Universitário 3

29

Page 30: Revista do Universitário 3

30

SUA FESTA

Formatura de Medicina 2009 da Universidade Estadual de Santa Cruz - Ilhéus

Organizada e fotografada pela Terceira Via Formaturas

Convite Via3

Buffet Marlene Marinho

Solenidade no 15/02/2010 no auditória da UESC

Baile 16/02/2010 no Espaço de Eventos Boca du Mar

Page 31: Revista do Universitário 3

31

FORMATURA DE MEDICINA – UESC 2009

Page 32: Revista do Universitário 3

32

País do futebol. Do carnaval. Da Amazônia, do Pantanal. País do futuro. Todos esses epítetos são atribuídos ao Brasil e são bastante familiares aos brasileiros. Agora, o que você acha de gigan-te latino da OPEP?

Estranho? Saiba que com a descoberta das mega reservas da camada pré-sal, o Brasil pode vir a se tornar um grande exportador de Petróleo e, natu-ralmente, pleitear uma posição na famosa Organi-zação dos Países Exportadores de Petróleo, mais famoso e poderoso cartel do mundo, responsável por defi nir a política petrolífera global.

Mas, antes de falar de futuro, façamos uma pe-quena pausa para falar da história do Pré-Sal. Há 200 milhões de anos, durante a era Mesozóica, o planeta Terra não era dividido nos continentes que conhecemos hoje. Havia uma única porção de terra, chamada Pangéia, cercada por um úni-co oceano, Pantalassa. Foram as correntes de convecção do manto terrestre as responsáveis pelo processo de divisão dessa grande massa de terra. Durante o longo período que foi ne-cessário para se formar o Oceano Atlântico, um conjunto de camadas geológicas foi formado. A camada pré-sal é uma dessas camadas e possui esse nome por estar recoberta por uma camada salina formada durante uma fase do processo de divisão de Gondwana (a parte de Pangéia cons-tituída pelas atuais América do Sul e África) onde o mar era raso e o clima árido.

Os campos petrolíferos do pré-sal brasileiro se situam numa faixa do litoral que se estende do Espírito Santo até Santa Catarina. Somente o petróleo confi rmado em 3 poços nessa região catapultaram as reservas comprovadas brasilei-ras de 14 para 33 bilhões de barris de petróleo. Se as melhores estimativas da Petrobrás forem

confi rmadas, e existem boas chances de que isso ocorra, as reservas petrolíferas do Brasil po-dem alcançar 100 bilhões de barris. Para se ter uma idéia do que isso representa, o Brasil pas-saria a ser dono da 5ª maior reserva petrolífera do mundo (atualmente ocupa a 12ª posição no ranking das maiores reservas).

O desafi o

Os prognósticos são empolgantes, mas os obs-táculos são colossais. A extração do petróleo da camada Pré-Sal exigirá aperfeiçoamento da tec-nologia atualmente existente para operações em águas ultraprofundas (existem reservas situadas a até 8000 m de profundidade, contando lâmina d’água e camada rochosa). A Petrobrás, através do seu centro de pesquisa e desenvolvimento – CENPES, está desenvolvendo uma série de novas tecnologias que visam superar essas di-fi culdades. Graças a essas iniciativas, em 2007, foram perfurados poços a 7000 m de profundi-dade na região de Tupi (superando com folga o recorde anterior de 4.343 m em Roncador). Em setembro de 2008, no campo de Jubarte, locali-zado na Bacia de Campos, a Petrobrás iniciou a extração de petróleo do Pré-sal.

Extrair petróleo de profundidades abismais não é apenas um desafi o técnico, mas envolve uma cuidadosa análise de viabilidade e engenharia fi -nanceira. Com as difi culdades, vêm custos maio-res. Ao contrário de países que possuem reservas localizadas em terra, os países, como o Brasil, que prospectam óleo em alto mar necessitam de maiores investimentos para explorar suas reser-vas. Com a tecnologia atual, a Petrobrás afi rma que, com o barril a um mínimo de US$ 35,00, é compensador explorar o Pré-sal. Ou seja, tão importante quanto os avanços da engenharia, se tornam essenciais as discussões sobre as fontes dos recursos fi nanceiros que tornarão a gigantes-ca empreitada possível. É nesse cenário que se insere a questão do marco regulatório.

Concessão VS Partilha

Embora seja uma empresa extremamente rentável e com uma impressionante capacidade de gera-ção de caixa, a Petrobrás não conseguirá, sozi-

ACONTECE

Pré-sal: O ouro negro, verde e amarelo

Page 33: Revista do Universitário 3

33

nha, fazer frente à necessidade de investimentos demandada pelo Pré-Sal. Tanto que, atualmente, a Petrobrás solicita ao Congresso Nacional uma autorização para levantar cerca de US$ 50 bi junto a banco de investimentos nacionais e estrangeiros. O governo entrará com mais US$ 25 bi.

Desde 1997, a prospecção de petróleo no Brasil é regulada pela Lei do Petróleo. Essa lei pôs fi m ao monopólio estatal do petróleo nas atividades de exploração, produção, refi no e transporte do petróleo brasileiro. Para isso, o atual marco re-

gulatório institui o modelo de Concessão, onde o Estado concede o direito de exploração de uma determinada riqueza natural a um ente privado, desde que este obedeça às condições impostas na legislação e, naturalmente, recolha os impos-tos e taxas devidas. Para se tornar um conces-sionário, o empresário normalmente adquire o seu direito em um leilão.

Apesar de sempre ter angariado críticas, espe-cialmente dos políticos de partidos de esquerda e nacionalistas, esse modelo tem servido aos interesses do Brasil desde a sua instituição e, certamente, contribuiu com o aumento da produ-ção de óleo no país. Porém, com a descoberta do Pré-sal surgiram dúvidas a respeito de sua adequação à nova realidade. Sindicatos, movi-mentos sociais e o atual governo argumentam que conceder a exploração das mega reservas do Pré-sal à iniciativa privada não atendem aos interesses estratégicos do Brasil, pois privatiza-riam grande parte da riqueza gerada com a ex-ploração dessas reservas.

No embalo desse novo movimento “O Petróleo é nosso”, o governo brasileiro propôs a altera-ção do marco regulatório. No novo marco, o modelo deixaria de ser Concessão e passaria

PRÉ-SAL: O OURO NEGRO, VERDE E AMARELO

Extrair petróleo de profundidades

abismais não é apenas um desafi o técnico, mas envolve uma cuidadosa análise de viabilidade e

engenharia fi nanceira.

Page 34: Revista do Universitário 3

34

a ser o de Partilha. Nesse regime, estabelece-se uma espécie de sociedade entre a União e um empresário. Nessa sociedade, a União entra com os blocos de exploração (regiões onde existe indicativo de existência de petró-leo) e o empresário assume todos os riscos da exploração, (arcando com todos os custos associados, somente sendo reembolsado caso a exploração seja comercialmente possível) em troca de um percentual do lucro decorrente da operação. Ganha o direito de se associar à União o ente privado que lhe oferecer o maior percentual de lucro. Caso não tenha êxito na operação, a União fi ca isenta de qualquer pre-juízo. Além disso, na proposta apresentada ao Congresso Nacional, a Petrobrás gozaria de privilégios na cessão dos blocos bem como possuirá uma cota mínima de 30% em cada iniciativa de exploração.

Não é de admirar que o setor privado não gos-te nem um pouco dessa nova proposta. Embora alguns radicais defendam até a reestatização da Petrobrás (atualmente ela é uma empresa de ca-pital misto) e a volta da antiga Lei do Petróleo de 1953, o governo sabe que precisa atrair o capital privado se deseja imprimir um ritmo adequado de exploração e diluir os riscos associados.

Petrosal

Entre os projetos relacionados ao novo marco re-gulatório proposto pelo governo Lula está a cria-ção de uma nova estatal para gerenciar os proje-tos de exploração do Pré-sal segundo as regras do modelo de partilha. O nome dessa estatal será Petrosal. Um das suas principais missões é, atuando dentro do consórcio de exploração, controlar os custos operacionais de maneira a maximizar o retorno da União.

Os partidos de oposição questionam a necessi-dade de uma nova empresa estatal. O governo contra argumenta que, como ela não terá função operacional na exploração das reservas, ela terá uma estrutura enxuta. Por sua vez, os empresá-rios temem que ela possua poderes exagerados na formação dos consórcios. A discussão é boa e, embora a criação da Petrosal já tenha sido aprovada na Câmara dos Deputados, é no Se-nado que o governo espera encontrar as maio-

res resistências, pois nessa Casa a maioria do governo é frágil (vide fi m da CPMF).

E a Agência Nacional do Petróleo? Criada para regular a operação das empresas segundo a Lei do Petróleo de 1997, seu papel com a possível criação da Petrosal tem sido objeto de dúvidas.

O governo garante que ela seguirá existindo, inclusive com novas atribuições. Fato é que as antigas reservas brasileiras seguirão sendo ex-ploradas segundo o regime de concessão.

Esperanças, fundo soberano eexperiências bem sucedidas

Nem bem o petróleo do Pré-sal começou a jor-rar, uma onda de euforia e ufanismo inundou o inconsciente nacional. Como é normal acontecer nessas situações, os políticos foram os primei-ros a capitalizar sobre a alvissareira novidade. O presidente Lula, tal qual um novo Getúlio Vargas, lidera o cordão do “Brasil Grande”. A ministra Dilma Rousseff chegou a chorar ao dizer que “o Pré-sal abrirá as portas da felicidade material e espiritual para os brasileiros”.

Discursos a parte, o caminho é longo, mas o otimismo é justifi cado. O mundo possui alguns exemplos em que a riqueza gerada com a explo-

ACONTECE

O mundo possui alguns exemplos em que a riqueza

gerada com a exploração do petróleo foi um indutor para o

desenvolvimento das nações que

o possuem.

Page 35: Revista do Universitário 3

35

ração do petróleo foi um indutor para o desenvol-vimento das nações que o possuem. Na década de 70, a Noruega descobriu as maiores jazidas per capita de petróleo do mundo. O petróleo extraído do Mar do Norte e do Mar da Noruega torna a Noruega o sétimo maior exportador do mundo e representa 25% da PIB do país.

A Noruega é o país de melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo. Ou seja, segundo a ONU, qualidade de vida como a da Noruega não existe. O Brasil tem se espelhado na Noruega quando pensa na utilização dos re-cursos do Pré-sal para melhorar a vida de seu povo. Fala-se muito em empregar o dinheiro do Pré-sal na melhoria da educação brasileira. É sem dúvida uma boa estratégia. Sabe-se que uma boa educação tem sido o principal ativo de nações infi nitamente mais pobres em recursos naturais que o Brasil, mas que tem apresenta-do desempenho econômico impressionante. Os maiores exemplos são os Tigres Asiáticos.

Para fi nanciar essa revolução educacional, o Brasil deseja criar, a exemplo da Noruega, um Fundo Soberano. Uma espécie de poupança, um Fundo Soberano visa preservar as riquezas de um país para as próximas gerações. O racio-cínio é simples: parte das riquezas arrecadadas pelo governo é destinada ao fundo, tal qual uma poupança. Dessa forma, acabando-se o petró-leo, existe uma grande reserva fi nanceira capaz de realizar novos investimentos para o bem co-mum do país que o possui. Na Noruega, somen-te os rendimentos dos investimentos do capital do Fundo são utilizados pelo governo. O prin-cipal permanece intacto. Em agosto de 2009,

a Noruega chegou a afi rmar que, através do investimento do dinheiro do seu Fundo Sobera-no, possui 1% do capital de todas as empresas, negociadas em bolsa, do mundo. Estima-se que o valor de mercado do fundo norueguês é de incríveis US$ 400 bi.

Maldição do Petróleo

Infelizmente, a história da Noruega não é a re-gra. A grande maioria dos países exportadores de petróleo possui uma população pobre, uma brutal desigualdade social, governos corruptos e totalitários e vivem as voltas com guerras e con-vulsões sociais.

O volume de riqueza gerado pelo petróleo, quan-do mal gerida, tem sido causa de muito sofrimen-to. Países como Angola e Nigéria são grandes exportadores de petróleo, porém estão entre os mais pobres do mundo. A pobreza, naturalmente, não decorre do petróleo, mas da usurpação dos seus benefícios por parte de uma elite que ocu-pa todos os espaços e oportunidades dentro da atividade econômica desses países.

Os países que sustentam sua economia quase inteiramente sobre a indústria petrolífera, criam uma dependência que pode criar graves proble-mas econômicos quando o valor do barril do pe-tróleo cai drasticamente. Por sua vez, problemas econômicos, invariavelmente, são seguidos de problemas políticos e sociais.

Segundo o presidente Lula, a maldição do petró-leo não acometerá o Brasil que seguirá investindo em seu programa de energias limpas e renová-

PRÉ-SAL: O OURO NEGRO, VERDE E AMARELO

Page 36: Revista do Universitário 3

36

veis, evitando assim que sua matriz energética se torne dependente do petróleo. Isso seria um grande retrocesso para o Brasil, dono de uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta.

De fato, o Pré-sal encontra um Brasil industria-lizado, com forte vocação agrícola e um desen-volvido setor de serviços. No plano político, a democracia é percebida pelos brasileiros como uma conquista de valor inestimável e o país con-ta com uma imprensa livre e vigilante. Resta-nos manter o fi rme propósito de fi scalizar os agentes públicos e exigir, cada vez mais, o fortalecimento das instituições e o combate à corrupção. Fazen-do isso, certamente, o Pré-sal trará muitas ale-grias ao povo brasileiro.

Oportunidades

Em 1997, a atividade petrolífera representava menos de 3% do PIB brasileiro. Com o fi m do monopólio do petróleo, os investimentos se mul-tiplicaram graças ao capital privado. Atualmente o setor corresponde a 10% da economia brasi-leira e até 2020, com a exploração do Pré-sal, a expectativa é que esse percentual dobrará.

A cadeia produtiva do petróleo é uma das mais complexas. Para retirar o óleo das rochas do Pré-sal praticamente tudo é necessário. De uniformes para os operários até gigantescas plataformas petrolíferas, passando por serviços e profi ssionais especializados, a odisséia de explorar as águas ultraprofundas gerará uma demanda sem paralelo na história da economia brasileira. Alguém terá de suprir essas demandas e as empresas já começa-ram a realizar seus investimentos.

Com os investimentos virão as oportunidades de empregos e negócios. Seja diretamente na Petrobrás ou em empresas fornecedoras de produtos e serviços, o Pré-sal movimentará a economia como um todo. A decisão política de incentivar a indústria nacional já produz resul-tados animadores em setores econômicos ou-trora estagnados, como é o caso da indústria naval. Enormes plataformas estão sendo construídas no país gerando milhares de empregos para engenheiros, administrado-

ACONTECE PRÉ-SAL: O OURO NEGRO, VERDE E AMARELO

Para saber mais:

http://www2.petrobras.com.br/presal/perguntas-respostas/

http://www.prominp.com.br/

res e operários especializados. Enfi m, é correto afi rmar que mesmo antes do petróleo do Pré-sal vir à superfície, o aumento da atividade econômi-ca já refl ete o seu potencial.

Alguns profi ssionais terão maior facilidade de se posicionar nesse mercado, como é o caso das categorias citadas acima, porém a demanda será praticamente universal. Serão necessários biólogos para estudos de impacto ambiental e iniciativas de preservação compensatória. Ana-listas de sistemas, sem dúvida, serão deman-dados para cuidar da enorme massa de dados e informações que serão gerados e trocados entre todos os membros dessa constelação de empresas. E nem falamos em geólogos, geofísi-cos e outras profi ssões tradicionalmente ligadas à atividade petrolífera. Segundo o planejamento estratégico da Petrobrás, 207.000 novas vagas serão abertas até 2013. No setor inteiro, fala-se em quase 700.000 empregos.

Para facilitar o encontro da sua vaga nesse mer-cado é natural que você, estudante universitá-rio, busque alinhar a sua especialização com as necessidades desse setor. Uma pós-graduação em áreas que sejam do interesse das empre-sas que operam nesse mercado facilita muito as coisas. Iniciativas como o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petró-leo e Gás Natural) promovem cursos especí-fi cos para o setor. Seu Programa Nacional de Qualifi cação Profi ssional articula os esforços de 80 instituições de ensino em 17 estados do Bra-sil na formação de profi ssionais. Nesses cursos, são preparados profi ssionais para mais de 175 categorias demandadas pelo setor de Petróleo e Gás. Sem dúvida é uma ótima porta de en-trada para esse mercado. Naturalmente que a qualifi cação não garantirá o emprego tão de-sejado. Conhecer a cadeia produtiva e as em-presas que a compõe é fundamental para você saiba para onde enviar o seu currículo.

Page 37: Revista do Universitário 3

37

Page 38: Revista do Universitário 3

38

Antes de discorrer sobre o tema é fundamental entender um pouco a sua história. O ENEM - Exa-me Nacional de Ensino Médio surge em 1998 com a proposta de avaliar a qualidade do ensino mé-dio no Brasil, bem como o próprio aluno, através da aplicação de uma prova anual padronizada, ou seja, uma prova nacional. Muito diferente da maioria dos vestibulares, em que cada disciplina tem seu próprio caderno, no caso da prova do Enem não há essa diferenciação. Mesmo porque a idéia é priorizar a interdisciplinaridade, a avalia-ção de competências, não apenas de conteúdo.

A proposta na sua concepção tinha, também, o propósito de fazer uma radiografi a generalizada da formação dos estudantes do ensino médio no Brasil. É bem verdade que no inicio o exame aparece, somente, como auto-avaliação ou um grande “simulado”, já que a obrigatoriedade é desconsiderada pelo Governo (inclusive o novo ENEM) e pelas principais universidades brasilei-ras que não adotavam o ENEM como mecanis-mo de acesso. Fato este que não atraiu, na épo-ca, a atenção dos estudantes. Para se ter uma idéia, em 2004, quando foi criado o PROUNI, a procura pelo exame passou de 100.000 pessoas (em 1998) para mais de três milhões de inscritos, o que representou um aumento considerável.

Outro fato relevante a destacar é que o ENEM nasce sob o signo da desconfi ança, seja por grande parte da comunidade acadêmica, seja por alguns movi-mentos sociais, a exemplo do movimento estudantil. Por compreenderem que este tipo de avaliação não seria capaz de acarretar modifi cações estruturais nas escolas brasileiras, sobretudo nas redes ofi ciais de ensino, o exame era entendido como um jogo de cena por parte do Governo para mascarar a triste realidade da educação pública no Brasil.

É certo que a conquista deste novo modelo de ava-liação como elemento determinante para o ingresso dos estudantes nas universidades (públicas e par-ticulares), constitui uma inovação necessária e es-

SAIBA MAIS!

perada por muitos educadores e, de certa maneira, pela sociedade, visto que há uma tentativa, no novo modelo, de democratizar as oportunidades de aces-so às vagas públicas federais, até por que se trata de uma prova nacional e o estudante tem o direito de escolher qual universidade cursar no território nacional. O PROUNI também contribuiu muito na procura pelo Exame, servindo, inclusive, como força auxiliar, pois, concede bolsa integral para aqueles que estudaram nas escolas públicas e se encon-tram em situação de adversidade econômica.

É visível que a importância do ENEM cresceu, signifi -cativamente, nesses últimos 11 anos. Há um esforço do Governo atual em fortalecer o projeto tornando-o um sistema completo de avaliação para, quem sabe, no futuro, superar a cultura estabelecida nas redes, de base tradicionalista. O próprio vestibular é um método atrasado de avaliar o estudante brasileiro. Inclusive, a última proposta do Ministro da Educa-ção, Fernando Haddad, foi transformar o ENEM num substituto para o vestibular, uniformizando o currículo do Ensino Médio pelo país através da utilização dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Muitas universidades públicas aderiram ao Exa-me para o vestibular de 2010. Aqui na Bahia, por exemplo, todas aderiram, inclusive, o IFBA (Ex-CEFET) destinando 50% de suas vagas para aqueles que fi zeram o ENEM. Recentemente o Reitor da UFBA, Naomar Almeida, assinou um convênio com a Universidade de Coimbra onde os alunos que conseguirem entrar na Instituição pelo Exame Nacional do Ensino Médio poderão fazer intercâmbio nesta universidade.

O aumento qualitativo e quantitativo do ENEM não signifi ca, porém, que o ensino público no Brasil é de excelência. Não resta dúvida que melhorou um pou-co, no entanto, ainda falta muita coisa. É de suma importância priorizar as estruturas escolares, melho-rar os salários dos profi ssionais da educação e dar mais condições para que o aluno carente possa per-manecer estudando. Pensar o ensino fundamental não como um projeto de faz-de-conta, mas como um instrumento de consolidação do saber. E as universi-dades como centros de produção e reprodução des-ses saberes a serviço da sociedade brasileira. Ainda precisamos muito repensar o ensino e a escola brasi-leira. Só assim estaremos dando passos mais consis-tentes para o futuro. Apesar de tudo, se me pergunta-rem sobre o ENEM, eu diria: façam o ENEM.

ENEMPor Denis de Carvalho Silva Gama,

professor de Sociologia e Presidente

da ONG Pierre Bourdieu

Page 39: Revista do Universitário 3

39

Page 40: Revista do Universitário 3

40

Sou Flavia Calheira, tenho 22 anos e acabo de concluir o curso de Comunicação Social – Publi-cidade e Propaganda da Unifacs.

Sempre quis fazer comunicação e, apesar de existirem cursos dessa área em Feira de Santana (minha cidade natal), optei por estudar em Salva-dor, pois o mercado desse segmento é maior na capital. Um dos problemas da mudança de cidade é que no novo ambiente você não conhece mui-tas pessoas. Na publicidade, conhecer pessoas e ter indicações é fundamental. Então, para driblar esse problema, foi preciso buscar oportunidades.

A faculdade me proporcionou uma boa base teóri-ca, mas teoria não basta. Para entrar no mercado de trabalho, ter experiência (mesmo que mínima) é essencial. Minha prática também começou na Unifacs: estagiei voluntariamente na Versa – Agência Experimental do curso de Publicidade e Propaganda, que permite a resolução de casos reais, sob a orientação de um professor. A Versa abriu as portas do mercado de trabalho para mim; a indicação de uma das professoras coordenado-ras me levou à Mezo, agência de marketing onde trabalho até hoje, como redatora publicitária.

Uma dica para quem ainda está estudando: apro-veitem todos os recursos que a faculdade oferece. E outra: não pensem apenas na remuneração de um estágio, mas também – e principalmente - nas experiências que ele proporcionará.

CONTE SUA HISTÓRIA“A faculdade me

proporcionou uma boa

base teórica, mas teoria

não basta. Para entrar no

mercado de trabalho, ter

experiência é essencial.”Por Flávia Calheira

Page 41: Revista do Universitário 3

41

Você também tem uma históriainteressante para contar?mande sua história para

[email protected]!

Você pode estar em nossa próxima edição!

:) !

Page 42: Revista do Universitário 3

42

CHEVILLE

www.cheville.com.br

COPIADORA UNIVERSITÁRIA

www.copiadorauniversitaria.com.br

CRAVO E CANELA

www.cravoecanelaconfeitaria.com.br

FEIRA DE FORMANDOS E UNIVERSITÁRIOS

www.feiradeformandos.com.br

GRAFICA TIPOSET

grafi [email protected]

GRAU 10 FORMATURAS

[email protected]

LEGO PRODUCOES

www.legoproducoes.com.br

LFG

www.lfg.com.br

ONG PIERRE BOURDIEU

www.ongpierrebourdieu.com.br

REDE

www.portalrede.com.br

REIS PRODUÇÕES

www.reisproducoes.com

STÚDIO SAMUEL CERQUEIRA

www.studiosamuelcerqueira.com.br

SUPORTE EVENTOS

www.suporteventos.com.br

TERCEIRA VIA

www.terceiraviaformaturas.com.br

Aoooonde?Apoio:

Varjão&Associadosc o m u n i c a ç ã o

Page 43: Revista do Universitário 3

43

Page 44: Revista do Universitário 3

44