revista educação física

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Órgão Oficial do CONFEF ISSN 2238-8656 Ano XII • n o 48 • junho - 2013 Educação Física amplia seu leque de atuação profissional Estamos entre as cinco profissões que mais aparecem nas equipes do NASF CREFs investem em programas de formação com palestras gratuitas Revista Educação Física ganha Prêmio Lions de Comunicação

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N° 48 - Educação Física pode atuar também nas equipes do Núcleo de Saúde da Família (NASF)

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Ano

XII

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Educação Física amplia seu leque

de atuação profissional

Estamos entre as cinco profissões que mais

aparecem nas equipes do NASF

CREFs investem em programas de formação com palestras gratuitas

Revista Educação Física ganha Prêmio Lions

de Comunicação

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Sociedade Brasileira de Medicina

do Exercício e do Esporte

SBMEE- 05/2013.

São Paulo,06 de março de 2013.

A Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), órgão científico ligado à Associação Médica Brasileira (AMB) e responsável por estabelecer as diretrizes na sua área de atuação, entende que a prática regular de exercícios físicos beneficia o sistema cardiovascular, respiratório e musculoesquelético e é um importante promotor de saúde diminuindo a ocorrência e minimizando os efeitos das chamadas doenças cronico-degenerativas como obesidade, diabetes tipo II, doença arterial coronariana, hipertensão arterial, osteoartrose e osteoporose, dentre outras.Entretanto, é importante salientar a necessidade de uma avaliação médica pré-participação no exercício e no esporte (APPEE) realizada preferencialmente por médico titulado em medicina do exercício e do esporte principalmente nos indivíduos com mais de 35 anos de idade ou em quaisquer outras faixas etárias caso existam antecedentes pessoais ou familiares de doença cardiovascular, metabólica e/ou osteoarticular. A APPEE visa garantir a segurança do praticante de exercícios prevenindo a piora de determinadas doenças além de estabelecer de forma segura quais as atividades mais adequadas e as possíveis restrições.

Entendemos também que tendo recebido as orientações do já citado especialista, o praticante de exercícios, seja em academias convencionais ou nas chamadas "academias ao ar livre" deve estar sob a orientação do profissional de Educação Física visando a supervisão e adequada execução dos movimentos realizados.

Atenciosamente,

Dr. Jomar Brito Souza

Presidente - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte

Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 278 / 7º andar – sala 05 - São Paulo – SP fone: (11) 3106-7544 / fax: (11) 3106 8611 - CNPJ 30.504.005/0001-12

www.medicinadoesporte.org.br / [email protected]

Page 3: Revista Educação Física

Palavra do Presidente

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“A história da humanidade tem sido relatada pela sucessão de crises que periodicamente assolam as diversas sociedades.

Na sabedoria chinesa, a expressão ‘crise’ é constituída por dois ideogramas: o primeiro significa ‘dificuldade’ e o segundo ‘oportunidade’. Para os chineses, as pessoas ou sociedades, quando estão diante de uma crise, e sempre estão, ou optam por se envolverem na ‘dificuldade’ que esta crise oferece ou buscam a ‘oportunidade’ nem sempre à vista. Esta tem sido a forma com que as socie-dades se deparam diante das crises históricas periódicas, se vitimizando e se aprofundando nestas crises ou sendo maior que elas, ultrapassando-as com um fortalecimento dialético.

A sucessão de crises que caracteriza a contemporaneidade tem levado as sociedades a enfrentá-las com seus mecanismos disponíveis. Nestas reações é possível se distinguir dois tipos de procedimentos visíveis utilizados pela so-ciedade: a) o próprio processo civilizatório, que gradualmente vai interferindo

e transformando o contexto sócio político; b) a emissão de documentos (manifestos, cartas, declarações, agendas, etc), os quais sempre se apresentam com propostas de ações e intervenções destas crises.

Finalmente, foi possível perceber que a Educação Física e o esporte contemporâneo recebem profundas modi-ficações consequentes do processo histórico que percorreram e que, atualmente, para estar com os passos certos com o momento histórico que compreende um contexto em continua mutação, precisam estar consoantes com um referencial ético, o qual se inicia com a Ética do Direito de Todos à Educação Física e ao Esporte”. (Manoel José Gomes Tubino - Boletim FIEP 2005 extraído do artigo: “O esporte, a Educação Física e os valores – Por uma ética nas atividades físicas e esportivas”)

O Sistema CONFEF/CREFs está inserido nesta história. Criando as oportunidades e produzindo e elaborando documentos que vão se transformando em referência e orientadores não só para consecução do direito de todos à Educação Física e ao esporte, mas que tenham o direito de terem os serviços prestados por Profissional de Edu-cação Física.

São avanços e conquistas com os quais a história vai sendo construída. Os desafios são superados com as opor-tunidades e a revista transcreve a trajetória e o trabalho inovador de muitos que legitimam a Profissão.

Boa leitura

Jorge Steinhilber

CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF

Page 4: Revista Educação Física

www.confef.org.br

Conselho Editorial

João Batista Andreotti Gomes TojalLaércio Elias PereiraLamartine Pereira DaCostaSérgio Kudsi Sartori Vera Lúcia de Menezes Costa

Produção Gráfica, Editorial e EditoraçãoDIMMER Comunicações In te gra das

Jornalista responsável Maria Socorro e Silva - DRT/PB1135/97

CREF1 / RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito SantoRua Adolfo Mota, 104 – TijucaRio de Janeiro – RJ – CEP 20540-100Tel.: (21) 2569-6629 – 2569-7375 – 2569-7611Telefax: (21) [email protected] – www.cref1.org.br

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CREF14 / GO-TO – Estados de Goiás e TocantinsRua Dr. Olinto Manso Pereira, 673 / 01 – Ed. Antônio João Sebba – Setor Sul – Goiânia – GO – CEP 74080-100Tel: (62) 3229-2202 – Telefax: (62) [email protected] – www.cref14.org.br

Page 5: Revista Educação Física

PresidenteJorge Steinhilber1º Vice-Presidente João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice Presidente Marino Tessari1º Secretário Almir Adolfo Gruhn2º Secretário Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro Sérgio Kudsi Sartori2º Tesoureiro Marcelo Ferreira Miranda

ConselheirosAngelo Luis de Souza VargasAntônio Ricardo Catunda de OliveiraCarlos Alberto Camilo NacimentoCarlos Alberto Oliveira GarciaElisabete LaurindoEmerson Silami GarciaGeorgios Stylianos HatzidakisJanine Aparecida ViniskiJeane Arlete Marques CazelatoLúcio Rogério Gomes dos SantosLuisa Parente Ribeiro R de CarvalhoMárcia Regina Aversani LourençoRoberto Jorge SaadSebastião GobbiSolange Guerra BuenoTeófilo Jacir de FariaTharcisio Anchieta da SilvaValéria Sales dos Santos E SilvaWagner Domingos Fernandes GomesWalfrido José Amaral

Presidentes de CREFsAndré Dias de Oliveira Fernandes (CREF1/RJ-ES)

Eduardo Merino (CREF2/RS)

Eloir Edílson Simm (CREF3/SC)

Flavio Delmanto (CREF4/SP)

Antônio de Pádua Muniz Soares (CREF5/CE-MA-PI)

Claudio Augusto Boschi (CREF6/MG)

Cristina Queiroz Mazzini Calegaro (CREF7/DF)

Jean Carlo Azevedo da Silva (CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR)

Antonio Eduardo Branco (CREF9/PR)

Francisco Borges de Araújo (CREF10/PB-RN)

Ubiratam Brito de Mello (CREF11/MS-MT)

Nadja Regueira Harrop (CREF12/PE-AL)

Paulo César Vieira Lima (CREF13/BA-SE)

Rubens dos Santos Silva (CREF14/GO-TO)

CONFEFRua do Ouvidor, 121 – 7º andar -CentroCEP 20040-030 – Rio de Janeiro – RJTels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / [email protected]

Periodicidade: trimestralTiragem: 203.000Distribuição gratuita

Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF

4 Criatividade além da didática

8 150 anos do nascimento de Pierre de Coubertin

9 Fundação tênis recebe a Medalha Coubertin

10 Entrega da Medalha Manoel Tubino

11 Revista ganha Lions de Comunicação

12 Hidroginástica - benefícios da terapia aquática

13 Frente Parlamentar de Educação Física é instalada em Porto Alegre

14 Um bom exemplo de academias de rua

15 Presidente da FIEP ganha título de cidadáo de Foz do Iguaçu

16 Um Profissional de EF à frente da CBAt 18 Justiça determina registro para Professores

de Educação Física em São Paulo

2o Novos horizontes para o Profissional de Educação Física

24 Professores da FIEP fecham calendário de cursos no Brasil

26 Apresentamos o TMR

28 Profissionais de EF marcam presença em congresso de Medicina do Esporte

29 Saúde Baseada em Evidências

30 CREF9 promove encontro de Coordenadores de cursos de Educação Física

31 Apresentamos o campeão mundial de kung fu

32 Crefs investem em formação

34 Espaço do leitor

36 Panoramas

40 Agenda

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Muitos profissionais de Educação Física espalhados pelo Brasil fazem da escola e das aulas uma verdadeira experiência, muitas delas levadas pelos alunos para o resto da vida como inesquecíveis pela forma de aplicação, pelo inusitado da práti-ca e pelo envolvimento e resultados dos alunos após a vivência. Para esses professores, a regra é sair do lugar comum.

Esta é a terceira edição da Revista Educação Física que damos conti-nuidade ao projeto iniciado na edição n° 46 destinando um espaço para experiências e projetos inusitados de Educação Física aplicados em escolas do ensino fundamental e média. Para esta edição trazemos o projeto de dança desenvolvido em uma escola do interior de Minas Gerais que esti-mulou alunos adolescentes e com problemas de aprendizagem e métodos a se envolverem em um apresentação fora dos muros escolares e um outro que quebrou preconceitos ao levar estudantes a investirem tempo e estudo em um projeto de soltar pipas na escola.

O principal critério de escolha foi a forma diferente de ministrar as aulas de Educação Física, bem como os resultados apresentados. Quem saber o seu não estará nas próximas edições?

Criatividade além da didática

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Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 5Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 5

Dançando e estudando

Contrariando a lógica da maioria de que o jeito mais apropriado para lidar com várias turmas de alunos heterogêneos era investir em uma boa “bola no pé”, a Professora Márcia Maria Almeida Figueiredo [CREF 000646-G/MG], que dá aulas há mais de 20 anos, apostou no novo, no diferente, para manter seus alunos envolvidos e interessados nas suas aulas. Pouca gente acreditou quando ela resolveu incentivar uma turma de adolescentes – quase todos do gênero masculino – a treinaram Break Dance para uma apre-sentação fora da escola. A experiência foi vivenciada na Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, localizada no município de Ipatinga (MG).

“Muitos eram repetentes na série, alguns em fase de alfabetização e com grandes dificuldades de relacionamentos entre eles e com os demais professores e funcionários da escola. Eu, como professora da turma, tam-bém vivia vários problemas, no entanto, eram alunos carinhosos, e a maio-ria deles muito ativos, mas eu precisava descobrir o que poderia motivá--los e encantá-los para a prática da Educação Física, e não apenas a ‘rolar bola’”, conta.

Muitos profissionais de Educação Física espalhados pelo Brasil fazem da escola e das aulas uma verdadeira experiência, muitas delas levadas pelos alunos para o resto da vida como inesquecíveis pela forma de aplicação.

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Tudo começou com a realização da Mostra Cultural, projeto desenvol-vido na rede municipal de ensino sempre no mês de novembro de cada ano. No evento, as turmas apresentam um trabalho desenvolvido pelos alunos. “Percebi que o Break Dance chamava atenção deles e resolvi orga-nizar um estudo sobre o assunto”, informa a Professora.

Márcia Maria conta que se juntou com a professora de inglês - por ser uma dança de origem americana - apresentou o material para a coordena-ção/direção da escola, e teve a ideia aprovada. “Lancei o projeto para os alunos e a aceitação foi esplendorosa”, comemora a Profissional que levou um dançarino para falar sobre o assunto, depois apresentou o filme “Se ela dança eu danço 3” – que trata de dança de rua em Nova York - com o objetivo de motivar os alunos a realizarem o projeto. “Ao vê-los assistirem o filme, percebi o quanto estavam gostando da ideia e que esta poderia ser uma alternativa prazerosa para todos”, avalia.

A turma foi dividida em dançarinos, produtores de um vídeo e de um mural a ser apresentado na Mostra Cultural. O trabalho fez tanto sucesso que chamou a atenção dos demais alunos, que não perdiam a chance de vê-los ensaiar.

Na avaliação da Professora, os alunos perceberam o quanto podem ser bons quando se determinam a ser. “Houve uma grande melhora na auto estima e no relacionamento com a comunidade escolar, pois se sentiram parte do grupo, foram destaque em alguma atividade, sutilmente perce-beram que poderiam ser reconhecidos por esse talento, assim ficaram um pouco mais motivados para os variados espaços escolares”, finaliza.

Vamos empinar/soltar pipa na escola?

O projeto “Vamos empinar/soltar pipa na escola?” foi desenvolvido pelo Professor Leandro Rodrigo Santos de Souza [CREF 091676-G/SP] na Escola Estadual Heidi Alves Lazzarini, instituição localizada na Zona Sul da cidade de São Paulo em uma região conhecida como Capão Redondo, no bairro Parque Cláudia, que, segundo Leandro, não possui muitas alternati-vas de locais para lazer e prática de atividades corporais, a não ser as ruas. A unidade escolar em questão atende as séries do Ensino Fundamental.

Foi nessa realidade que o Professor encarou o desafio de fazer a moleca-da se movimentar em torno de um projeto diferente. Para começar, escolheu as quatro turmas de terceiros anos e programou tudo para um trimestre leti-vo. Mas, por que soltar pipas? “Um dos principais objetivos do planejamento da disciplina Educação Física é o desenvolvimento de projetos que auxiliem os alunos a identificarem as manifestações corporais que são desenvolvidas dentro e fora da escola, ou seja, possibilitando os alunos fazerem uma leitura crítica, com análise e reflexão das atividades desenvolvidas, sejam as práti-cas corporais locais e/ou de outras culturas”, explica Leandro.

Na prática, o Professor queria uma atividade que chamasse a atenção dos estudantes. Foi então que, ao caminhar pelas ruas próximas da escola, ele percebeu que os fios que compõem as redes elétricas e de telefonia es-tavam cheios de pipas/papagaios, rabiolas, linhas, tênis e outras coisinhas enroscadas na fiação. “No próprio muro da escola há um grafite onde o desenho mostra uma criança soltando/empinando pipa”, destaca.

Essa observação o levou a inquirir os alunos sobre o assunto e, para surpresa do Professor, soltar pipa era uma das atividades que nunca tinha sido realizadas na escola. Ele detectou uma resistência dos estudantes que

“Muitos eram repetentes na série, alguns em fase de

alfabetização e com grandes dificuldades de relacionamentos

entre eles e com os demais professores e funcionários da

escola. Eu, como professora da turma, também vivia vários

problemas, no entanto, eram alunos carinhosos, e a maioria

deles muito ativos, mas eu precisava descobrir o que poderia

motivá-los e encantá-los para a prática da Educação Física, e não

apenas a rolar bola”

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acreditavam ser brincadeira de rua e exclusiva de meninos. Resolveu tra-balhar além da manifestação corporal, a questão do preconceito. Antes de partir para a prática foi realizada uma pesquisa teórica sobre a origem das pipas, apresentação de vídeos e debates com base em textos sobre prática e também abordando questões de segurança.

Depois disso, é chegado o grande dia de iniciar a parte prática do projeto. Com tesouras, papel, cola e varetas na mão, os alunos não viam a hora de começarem a montar as pipas. “Eu como Professor fiquei surpreso com o envolvimento dos alunos e alunas durante a confecção, onde todos se ajudaram”, comenta Leandro.

A fase de confecção durou dois dias. No terceiro, todos se dirigiram para a quadra da escola para, finalmente, começar a aula de Educação Física mais diferente que a escola já viu, com vários alunos soltando pipas e muito felizes, principalmente os que nunca tinham vivenciado tal experi-ência. A empolgação foi tanta que os estudantes sugeriram voltar à escola no final de semana para continuar com a “brincadeira”.

Finalizada a experiência, o Professor concluiu que, muito mais que no-tas ou conceitos, o projeto foi além e auxiliou os estudantes a questiona-rem os preconceitos (pipa é coisa de menino) taxados como “corretos” na sociedade em que vivem. “Através dos questionamentos e das reflexões propostas nas aulas, foi possível dar novos significados à manifestação que compõe a cultura corporal de movimento”, finaliza Leandro.

Empolgado pelo envolvimento e resultados positivos dos alunos no projeto das pipas, o Professor planeja para esse ano, duas novidades tão inusitadas quanto. “Vou trabalhar em um projeto chamado de Futebol de Rua vai à Esco-la e o outro é Bafo, que Jogo é Esse?”. Vamos aguardar as novidades.

Envie sua experiência

Caro Professor de Educação Física, queremos saber sobre suas expe-riências inusitadas e bem sucedidas envolvendo seus alunos nas aulas de Educação Física. Se você tem algum projeto cujos desenvolvimento e re-sultados são interessantes, conte para nós da Revista Educação Física. As histórias mais interessantes serão publicadas nas próximas edições. Para envio dos relatos, favor mandar e-mail para [email protected].

Na prática, o Professor queria uma atividade que chamasse a atenção dos estudantes. Foi então que, ao caminhar pelas ruas próximas da escola, ele percebeu que os fios que compõem as redes elétricas e de telefonia estavam cheios de pipas/papagaios, rabiolas, linhas, tênis e outras coisinhas...

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Apaixonado pelo esporte, Pierre de Coubertin começou a criar asso-ciações esportivas de alunos, tornando-se posteriormente secretário-geral da Federação Nacional das Escolas de Esporte (FNEE). Organizou escolas esportivas variadas. Coubertin teve como objetivo revitalizar a juventude de forma a reduzir por um lado a sobrecarga da mente (cognição) e, por outro, aumentar a atividade física.

A ideia de internacionalizar os Jogos Olímpicos nasce do entusiasmo de Coubertin em relação ao legado grego. Por um lado, ele desejava pro-mover o esporte rapidamente por toda a França, e, por outro, ele queria colocar em prática o entendimento entre os povos e servir à paz mundial. Isto tudo, graças à regularidade da realização de eventos esportivos inter-nacionais que reuniriam a juventude do mundo.

A fim de eliminar as barreiras nacionais que impediam intercâmbios esportivos internacionais, Coubertin, como secretário-geral da FNEE, or-ganizou um congresso internacional para a harmonização dos termos do amadorismo em Paris, em junho de 1894.

Em 23 de junho de 1894, Coubertin funda o Comitê Olímpico Interna-cional (COI) de acordo com um plano de desenvolvimento preciso. Os pri-meiros Jogos Olímpicos modernos foram realizados em Atenas, em 1896.

Como representante do país anfitrião, o grego, Dimitrios Vikelas tor-nou-se o primeiro presidente do COI, e Coubertin secretário-geral. Em 1896, Coubertin assumiu a presidência como representante do país-sede da segunda edição dos Jogos Olímpicos, realizados em Paris, em 1900. Ele foi reeleito várias vezes até que deixou o cargo em 1925.

Ideias específicas sobre a educação de adolescentes iriam surgir em seguida com a trilogia sobre a educação dos jovens no século XX. Além de suas propostas sobre a educação do corpo (1906), ele deu importân-cia também para educação intelectual e edificação da mente (1915). Em 1920, ele resumiu em “Pedagogia Esportiva” seu conceito geral sobre este assunto.

Em 1906, ele fundou a Sociedade de Esportes Populares graças à massa de assalariados franceses. Esta sociedade, devido à difusão de uma série de testes esportivos, popularizou a ideia do cidadão de mente e corpo saudável. Foi adicionado a esta campanha o discurso de que instalações esportivas para comunidade era uma necessidade humana.

Pierre de Coubertin 150º aniversário de seu nascimentoFundador do Movimento Olímpico e restaurador dos Jogos Olímpicos modernos. Nascido em 01/01/1863 em Paris, morreu em 02/09/1937 em Genebra.

Outra iniciativa de Coubertin foi a fundação da União Pedagógica Universal que permitiu a difusão de uma nova forma de cultura geral, abrangendo cultura no sentido lato do termo. Para ele, o interesse em história era uma con-dição necessária para todos os outros tipos de conhecimento, um fato que ele sublinhou em 1925/26, com a publicação do livro História Universal em quatro volumes.

Tendo também iniciado, em 1926, um escri-tório internacional de educação em Lausanne, Coubertin difundiu suas ideias educacionais e esportivas com a Carta da Reforma do Esporte em 1930.

Coubertin grava para posteridade suas ideias, planos e visões em 1.100 revisões e artigos de jornal, cerca de 50 folhetos e 34 livros, totalizan-do cerca de 14.000 páginas impressas. Morreu em Genebra, em 1937, após ter dado sua vida e fortuna para seus planos filantrópicos.Os livros de história referem-se a Coubertin como um ho-mem Olímpico, porém devem se recordar da figura do reformador educacional que ele era.

OBS - Este texto foi editado a partir do ori-ginal escrito por Norbert Müller, Presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin.

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Page 11: Revista Educação Física

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Projeto esportivo social desenvolvido em São Paulo e no Rio Grande do Sul desde 2008 que atende mais de mil crianças e jovens é o primeiro em âmbito nacional a ter a certificação

Fundação Tênis recebe certificação Coubertin

A Fundação Tênis - Organização Não Governamental sem fins lucrativos - tem mais de um motivo para comemorar as últimas conquistas. Além dos resultados visíveis entre os mais de mil jovens e crianças envolvidos no projeto de educação olímpica, fechou o ano passado como a primeira instituição brasileira a receber a “Certificação Coubertin” concedida pelo Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin (CBPC).

A certificação foi consequência das ações do Comitê a partir de seus parâmetros e da parceria com a Fundação Tê-nis. O primeiro passo para esse projeto se concretizar foi a capacitação dos professores e monitores da Fundação. Essa capacitação (que acontece de forma continuada) tem como objetivo dar subsídios teóricos e práticos sobre valores olím-picos para a equipe de trabalho. O programa conta também com a colaboração do Grupo de Estudos Olímpicos e Ciências da Saúde (FEFID-PUCRS) que desenvolve pesquisas sobre di-ferentes aspectos do projeto, dando suporte para que os ob-jetivos estabelecidos pelas instituições envolvidas possam ser efetivamente atendidos.

A Fundação Tênis se mantém com a colaboração de em-presas, instituições privadas e públicas e pessoas físicas. Atua desde o ano 2000 com o objetivo de fazer com que, segundo descrição em seu site “por meio da prática sistemática e dis-ciplinada do tênis, crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade social resgatem valores de cidadania e se pre-parem para ingressar no mercado de trabalho, seja por meio

de cursos profissionalizantes, seja pela realização de estágios. Todas as atividades são desenvolvidas com base na Educação Olímpica”. É considerada desde 2008 Entidades de Utilidade Pública Federal, concedido pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça.

Mais sobre o CBPC

Fundado em 2006, o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin é o 31° criado em nível internacional e está filiado ao Comitê Internacional Pierre de Coubertin. Sua atual sede no Brasil é a Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FEFID--PUCRS).

Dentre os objetivos do CBPC está o de difundir e divulgar os princípios do olimpismo, idealizados por Pierre de Cou-bertin de liberdade, união dos povos, fair play, fraternidade e esporte para todos. O ensinamento desses princípios se dá através da educação olímpica que se enquadra dentro da rela-ção entre os paradigmas socioculturais e educacionais, porém sua classificação como modelo educacional está centrada no desenvolvimento da pessoa.

Assim, a tarefa da educação olímpica é estabelecer como os valores do esporte e do olimpismo podem ser promovidos na prática. E é nesse sentido que o CBPC atua.

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Page 12: Revista Educação Física

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A homenagem fecha o ciclo de comemorações referentes aos 90 anos da FIEP Mundial que, desde o último mês de janeiro, já foi entregue a profissionais de 30 países.

Uma solenidade realizada no Rio de Janeiro de entrega da Medalha Prof. Manoel Tubino a amigos, familiares e instituições marcou o encerra-mento das atividades em homenagem aos 90 anos de atividades da FIEP Mundial, iniciadas em janeiro de 2013 durante o Congresso Internacional realizado em Foz do Iguaçu. Também foram entregues diplomas alusivos ao aniversário da Federação.

A noite foi marcada pela emoção dos presentes ao relembrarem mo-mentos de convivência com Tubino, ex Presidente da FIEP. A mesa esteve composta pelo atual Presidente da FIEP Almir Gruhn; pelo Conselheiro Fe-deral Teófilo Faria (representando Cláudio Boschi); pelo Delegado Interna-cional da FIEP Rui Proença Garcia; pelo Presidente do CONFEF Jorge Stei-nhilber; pela viúva Vera Menezes Costa; pelo Conselheiro e amigo pessoal do homenageado João Batista Tojal. O mestre de cerimônias da noite foi o Delegado da FIEP Mundial, Paulo Ernesto Antonelli.

“Dr. Tubino, por certo, continua sendo a pessoa mais importante da Educação Física e o será por muito tempo. Por todo legado que deixou, a homenagem é muito mais que merecida”, destacou Antonelli.

Dentre as intituições homenageadas estava o Curso de Educação Física de Volta Redonda (hoje Escola de Educação Física Veiga de Almeida), o primeiro não público do Rio de Janeiro, criado em 1971 pelo Prof. Manoel Tubino, que também foi seu primeiro Diretor.

Entrega da Medalha Manoel Tubino

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Page 13: Revista Educação Física

Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 11

A nossa Revista Educação Física - publicação trimestral do CONFEF - foi mais uma vez agra-ciada com um prêmio pela sua qualidade jorna-lística. Dessa vez o reconhecimento veio pelas quatro edições de 2012, que ganharam o Prêmio Lions de Comunicação concedido pelo tradicio-nal Lions Club do Rio de Janeiro.

A Solenidade foi realizada na sede da Confe-deração Nacional do Comércio (CNC) no Rio de Janeiro, onde foram entregues a medalha Lions e o Certificado de Mérito. A premiação foi re-alizada pela Associação Internacional de Lions Clubes - Distrito LC-1 e refere-se aos destaques do ano 2012/2013.

O prêmio Lions é anual e homenageia pes-soas, empresas e entidades que se destacam no Rio de Janeiro nos segmentos de Cultura, Comu-nicação, Empresa Cidadã e Jovem Cientista.

A indicação da Revista Educação Física par-tiu do Lions Copacabana e foi reconhecida e acatada pela Governadora do Distrito LC-1 do Lions Internacional, Selma Aragão.

Um pouco de história

A primeira edição da Revista Educação Física foi lançada no ano de 2001 com a denominação Revista do CONFEF. De lá para cá já se vão mais de 11 anos de informações relevantes desse veí-culo de comunicação que conta a história, traje-tória e conquistas da nossa profissão.

Ao longo desses anos, recebemos outros prêmios importantes. Destacamos aqui o último Top FIEP Brasil 2011/2012 com o 1° lugar na ca-tegoria revista.

Revista Educação Física ganha Prêmio Lions de Comunicação

A medalha e certificado foram entregues em

solenidade realizada no último mês de

março na Confederação Nacional do

Comércio, no Rio de Janeiro.

Entrega da Medalha Manoel Tubino

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A hidroterapia é uma modalidade de atividade física que tem crescido muito nos últimos anos, sendo cada vez mais indicada para todas as faixas etárias e diversos tipos de pato-logias. O ambiente da hidroginástica passou de piscinas adap-tadas para esta prática, para locais especialmente criados para esta atividade.

Como atividade física, temos o Profissional de Educação Física com especialização nesta área como o agente de pres-crição, aplicação e acompanhamento das mais diferentes atividades de hidroginástica, que normalmente buscam ofe-recer ao praticante uma melhora na qualidade de vida pelo aumento de força muscular, capacidades cardiorrespiratórias entre outras, todas realizadas no ambiente hídrico, com todas as vantagens que ele proporciona, como diminuição do peso corporal, menor impacto articular e maior resistência na exe-cução de movimentos. Pode ser aplicado em grupos, respei-tando objetivos, faixa etária e patologias ou individualmente, e essa qualidade da atividade feita em grupo é característica da hidroginástica.

A terapia aquática envolve não somente a questão de me-lhora de condições físicas, mas sim a recuperação da capa-cidade de realizar atividades físicas ou mesmo atividades de vida diária. É indicada para pacientes que tenham sido aco-metidos por diversos tipos de patologias, sejam elas traumá-ticas, ortopédicas, neurológicas, reumatológicas, posturais e outras onde o meio hídrico se torna interessante para melho-ria destas. Existe a aplicação em grupos, mas normalmente é feita em caráter individual, pela necessidade de cuidados es-peciais que o paciente deve ter como em casos neurológicos, por exemplo, onde temos uma total dependência do paciente com seu terapeuta, desde sua entrada na piscina, atividades e saída da água. O agente de aplicação da Terapia aquática pode ser o Profissional de Educação Física, que tenha especia-lização ou Fisioterapeutas que realizam a Fisioterapia Aquáti-ca, onde toda uma enorme gama de ferramentas e recursos da fisioterapia é transformado e adaptado para o meio aquático. Os resultados desse trabalho são extremamente satisfatórios e cada vez mais reconhecidos pelo público a quem é direciona-do e pelos diversos profissionais da saúde.

Em função do crescimento, seja da Hidroginástica ou Terapia Aquática, os projetos de piscinas especiais e mate-riais dirigidos para esta atividade têm sido objeto de pes-quisa e melhoria constante. Temos piscinas cada vez me-lhores, com rampas que permitem pessoas de mais idade ou limitações de movimento entrarem na água, até mesmo

com cadeiras de rodas, elevadores para limitações maiores de movimentos, fundos móveis que permitem a alteração de profundidade conforme o objetivo proposto, visores laterais para treinos de marcha, barras nas paredes para alongamentos, bicicletas e esteiras ergométricas que po-dem ficar submersas, controles de temperatura e limpeza da água, cada vez mais independentes.

O grande problema que ainda impede o maior crescimen-to dessas modalidades é que o custo para instalação de um centro aquático e a manutenção do mesmo, sejam custos ope-racionais, ou o famoso “Custo Brasil”, com enorme quantida-de de impostos envolvidos, muitas vezes inviabiliza a criação dos mesmos.

A formação dos profissionais que se dirigem para estas modalidades também melhorou muito, sendo para os Profis-sionais de Educação Física, necessários cursos de especializa-ção em treinamento esportivo específico em hidroginástica, estágios em centros especializados e, atualização constante. Para os Fisioterapeutas, a linha de formação segue o mesmo caminho, sendo que a especialização se dá em caráter de re-abilitação de patologias, sendo muitas vezes necessária a es-pecialização específica, ou seja, especialista em neurologia, geriatria e as mais diversas. O Profissional de Educação Física buscando performance e o Fisioterapeuta reabilitando.

Temos nos centros acadêmicos os locais onde as melhores instalações existem, piscinas de última geração com projetos e equipamentos especiais, além de treinamento teórico e prático dos alunos. E aqui no Sul contamos com um dos maiores nomes da Fisioterapia Aquática e Hidroginástica do país na formação de nossos alunos, minha querida amiga Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta, Flávia Martinez [CREF 002486-G/RS].

O presente destas modalidades já é muito bom e o futuro, promissor. Não podemos nunca esquecer que nossa mais remo-ta experiência de vida, de extremo conforto e segurança, é de vida dentro de um meio hídrico no útero materno. E essa expe-riência muitas vezes é resgatada no trabalho em meio hídrico.

* Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta | Especialis-ta em Ciências do Movimento UFRGS | Membro da Socie-dade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE) | Mem-bro da Sociedade de Fisioterapia do Vale dos Sinos (SFVS) | Presidente do Regional sul da SONAFE | Proprietário da Equipe César Abs de Fisioterapia Esportiva | Fisioterapeuta do Grêmio Náutico União.

Hidroginástica-Terapia AquáticaHidroginástica-Terapia AquáticaPorCésar Abs da Cruz de Agosto [CREF 001078-G/RS]*

Dê sua opinião sobre esse assunto. Envie email para: [email protected]

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Dentre os objetivos está trabalhar para que seja obrigatória a presença de um Profissional de Educação Física para atender as séries iniciais a partir de 2016 quando será obrigatório o ingresso de crianças a partir dos quatro anos nas escolas

O Salão Ana Terra, na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, foi palco no último dia 17 de abril, do lançamento da Frente Parlamentar da Educação Física e Desporto, presidi-da pelo vereador e Conselheiro Federal do CONFEF Professor Garcia [CREF 000002-G/RS]. O objetivo principal da Frente é aproximar a sociedade dos esportes e profissionais da área.

Segundo o Prof. Garcia, a Frente irá se encarregar de questões como a Copa do Mundo, as diversas construções esportivas, a Educação Física Escolar e as alterações na LDB. “É essencial que nos envolvamos nestas temáticas, para que Porto Alegre esteja à frente de questões fundamentais para a saúde de sua população”, destacou.

Ao destacar a importância da Frente, Garcia lembrou que, com alteração da LDB, a partir de 2016 será obrigatório o

ingresso de crianças a partir de quatro anos nas escolas. “Va-mos trabalhar para que também seja obrigatória a presença de um Profissional de Educação Física para atender as séries iniciais. Nesse contexto, a Frente assume um papel importan-te de incentivar e possibilitar diversas construções esportivas”, afirmou o vereador.

Na ocasião do lançamento da Frente, o Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, afirmou que a criação de fren-tes no legislativo é fundamental para que os parlamen-tares possam compreender a importância do Profissional de Educação Física. “É necessário que se entenda que o esporte em si pode ser até fatal, causando lesões irrever-síveis. Ele se torna salutar quando bem orientado, ou seja, com a participação de um Profissional de Educação Físi-ca”, afirmou.

Presente também, o Presidente do CREF2/RS, Eduardo Merino [CREF 004493-G/RS], lembrou que existem deman-das muito antigas, como a Educação Física Escolar, as quais a Frente deve se debruçar. “Os centros comunitários também devem estar entre suas prioridades”.

Frente Parlamentar da Educação Física e Desporto é instalada em Porto Alegre

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Lá, não são admitidos estagiários como monitores, mas so-mente profissionais de Educação Física com habilitação em ba-charelado, que passam constantemente por cursos de capacita-ção e atualização.

Um bom exemplo de como associar equipamentos públicos em locais de fácil acesso e a orientação correta de profissionais vem de São José dos Campos, cidade do interior de São Paulo. Lá, o programa de academias de rua não admite atendimento de estagiários e mantém 240 profissionais de Educação Física (bacharéis) no atendimento direto aos frequentadores das academias ao ar livre. E não para por aí, além de atender quase 108 mil pessoas dos 12 aos 90 anos, o benefício se estende também a pessoas com deficiência, aliando saúde e inclusão.

Lá, o programa é intitulado “Cidade em Movimento e foi criado para incentivar e orientar de forma correta a prática esportiva de atividades nas 107 academias ao ar livre instaladas na cidade. Cada uma delas tem dez equipamentos de ginástica: surf, remo, alongador, rotação vertical e dupla diagonal, pressão de pernas, multiexercitador, esqui e simulador de caminhada e cavalgada. E em absolutamente todas, a orientação é feita por monitores que são profissionais de Educação Física, que estão disponíveis de segunda a sexta-feira das 7h às 10h e das 17h às 20h e aos sábados das 7h às 10h.

Faz parte do programa a atualização constante dos profissionais através de palestras e cursos de capacitação com o cunho multidisciplinar, que são programados semanalmente com profissionais de destaque da região. “Esta ação visa dotar o Profissional de Educação Física do necessário conheci-mento interdisciplinar que lhe permita inferir e entender as necessidades inerentes ao contexto no qual este se insere”, explica o chefe de divisão do programa, Luiz Carlos Giudice de Andrade.

Esta ação visa dotar o Profissional de Educação Física

do necessário conhecimento interdisciplinar que lhe

permita inferir e entender as necessidades inerentes ao

contexto no qual este se insere

São José dos Campos (SP) São José dos Campos (SP) e suas academias de rua

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Presidente da FIEP recebeu a homenagem pelo que tem feito pelo esporte e pelo Município, ao lado de autoridades e familiares

O Professor Almir Adolfo Gruhn, Presidente da Federação Internacio-nal de Educação Física (FIEP) foi honrado com o título de Cidadão Honorá-rio de Foz do Iguaçu (PR). A cerimônia ocorreu no plenário da Câmara de Vereadores do Município.

Autoridades e familiares do homenageado estiveram presentes na ceri-mônia. O Professor recebeu o título das mãos dos vereadores Rudinei de Moura, autor da proposta, e do presidente da Câmara de Vereadores de Foz, José Carlos Neves da Silva (Zé Carlos).

“É uma grande honra para mim e minha família poder receber este títu-lo. Em 99 anos de Foz do Iguaçu, sou o primeiro Professor de Educação Fí-sica a receber este título. Isso é uma valorização da classe dos professores e não é uma conquista somente minha, mas também de todos os profes-

Almir Gruhn recebe título de cidadão de Foz do Iguaçu

sores de Educação Física de nossa cidade”, disse Almir Gruhn na ocasião.

Nascido na cidade de Crissiumal, no interior do Rio Grande do Sul, em 1955, está em Foz do Iguaçu há 28 anos. Desde 1986 realiza o Con-gresso Internacional de Educação Física, onde já participaram mais de 60 mil pessoas de diversos países.

O autor da proposta, vereador Rudinei de Moura, falou da importância de conceder o tí-tulo. “Nada mais justo do que uma homenagem como essa para uma pessoa que tem feito tanto pelo esporte, em tempos em que o esporte infe-lizmente, por vários políticos, tem entrado em degradação”, afirmou o vereador.

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O Profissional de Educação Física, José Antonio Martins Fernandes [CREF 003440-G/SP], mais conhecido como “To-ninho” acaba de assumir a Presidência da Confederação Bra-sileira de Atletismo (CBAt) para o triênio 2013/2016.

Graduado e devidamente registrado, ele demostra espe-cial preocupação com a importância da graduação na vida dos atletas. “A formação acadêmica é fundamental não só para os atletas como para todas as pessoas que militam nas mais diversas funções e profissões. A carreira de um atleta, no entanto, é curta. Portanto, ele precisa estar bem preparado para dar continuidade à sua vida após o tempo obrigá-lo a se aposentar precocemente. Estudar, agregar informações, se qualificar permanentemente é fundamental”, enfatiza.

Toninho conta que todos os presidentes anteriores a ele à frente da CBAt tiveram preocupação mais do que especial para

com os profissionais de Educação Física. “A categoria é parte de-cisiva dentro da filosofia de massificar o esporte como arma pro-pulsora de cidadania e, também, forjar atletas de grande nível”, destaca. Enquanto entidade, a CBAt luta pelo reconhecimento da Profissão cuja participação é fundamental ao pleno desen-volvimento de uma política esportiva eficaz para o nosso País.

Uma das suas preocupações à frente da Entidade diz res-peito à qualificação e capacitação dos associados. Recente-mente foi criado o Instituto Nacional de Atletismo (INAT) que, através de intercâmbios, possibilitará aos treinadores cursos de extensão, aperfeiçoamento técnico e de pós-graduação, além de simpósios e congressos. Uma das bandeiras da atual gestão é a valorização do esporte nacional, das federações, dos atletas e dos profissionais de Educação Física. “Queremos a massificação do esporte enquanto arma propulsora de saú-de, educação, cultura e inserção social”, disse.

Incentivar as escolas e os Profissionais de Educação Física que atuam no ensino escolar a ministrarem o atletismo é parte preponderante dos objetivos da Confederação.

Defensor de bandeiras como formação acadêmica e investimento na descoberta de talentos nas escolas, novo Presidente da CBAt tem três anos de desafios à frente da Confederação.

Um Profissional de Educação Física à frente da CBAt

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Educação começa na base

Incentivar as escolas e os profissionais de Educação Física que atuam no ensino escolar a ministrarem o atletismo é parte preponderante dos objetivos da CBAt que está convicta de que na escola encontra-se um verdadeiro celeiro de valores. Referendando isso, a Confederação desenvolve o programa Atletismo Escolar.

“Vale ressaltar que a IAAF – Associação Internacional das Federações de Atletismo – tomou tal iniciativa no início do milênio, repercutindo o modelo do Mini Atletismo, desen-volvendo uma programação distinta da categoria adulta e devidamente adequado a crianças e adolescentes. Ressalte--se a realização dos Jogos Escolares da Juventude, conside-rado o maior evento estudantil esportivo do Brasil”, enfatiza Toninho.

O Mini Atletismo, citado por ele, é um projeto elaborado por especialista da IAAF destinado a crianças, a partir dos sete anos de idade. A proposta é orientar de forma minuciosa como deve ser a abordagem, para que o Atletismo – no dizer dos autores – seja atraente, acessível e instrutivo. A meta é formar o esporte base - o mais praticado em escolas de todo o mundo - por atletas federados ou não. Nada mais correto, já que o Atletismo é, reconhecidamente, o mais nobre dos esportes olímpicos.

Os Jogos Escolares da Juventude são uma competição de abrangência nacional que reúne milhares de alunos atletas de instituições de ensino públicas e privadas, tida como re-ferência internacional. Os números chegam a mais de dois milhões de participantes, envolvendo 3.900 cidades. A CBAt apoia integralmente os Jogos, que são organizados pelo Co-mitê Olímpico Brasileiro.

Incentivar as escolas e os profissionais de Educação Física que atuam no ensino escolar a ministrarem o Atletismo é parte preponderante dos objetivos da CBAt que está convicta de que na escola encontra-se um verdadeiro celeiro de valores.

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Justiça determina que professores de São Paulo devem ser registrados

CREF4/SP empenha-se pelo cumprimento do artigo 217 da Constitui-ção Federal que diz: Art. 217 – “É dever do Estado fomentar práticas des-portivas formais e não-formais, como direito de cada um”. (Dinamizada por profissionais de Educação Física - Luta do Sistema CONFEF/CREFs)

O comunicado 787 publicado no Diário Oficial da Cidade, no último dia 03 de junho, pela Secre-taria de Educação do Município de São Paulo determina que todos os professores da disciplina Edu-cação Física da Educação Básica em atuação na rede municipal de ensino devem, obrigatoriamente, providenciar até o dia 1° de setembro, o registro no Sistema CONFEF/CREFs. O comunicado é um cumprimento à decisão judicial da Ação Civil Pública proposta pelo CREF4/SP contra o Município.

O CREF4/PS em harmonia com a luta do Sistema CONFEF/CREFs de-fende o direito dos alunos à Educação Física Escolar, em todas as séries e

ciclos da educação, ministrada por profissionais de Educação Física por ser estes que possibilitam a aquisição dos valores e o desenvolvimento

psicofísico de forma segura.

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No âmbito estadual, em cumprimento à decisão judicial da Ação Civil Pública (Processo nº 0000238-13.2012.4.03.6100 - 9ª Vara da Justiça Federal) proposta pelo CREF4/SP contra o Estado de São Paulo foi determinado que todos os docen-tes da disciplina de Educação Física da Educação Básica em atuação na Rede Pública Estadual deverão obter, obrigato-riamente, o registro profissional no Sistema CONFEF/CREFs.

O Estado de São Paulo, em cumprimento à decisão judicial, estendeu a obrigatoriedade do registro a todos os professores já efetivos e contratados da Rede Publica Estadual, inclusive aqueles admitidos antes da publicação da Lei Federal n. 9.696/98.

A regra vale também para profissionais que atuam na educação básica de mais de 150 prefeituras municipais. As medidas visam a regularização do quadro de profissionais na Educação Básica.

Em Santos

O Município de Santos (SP) reconheceu a obrigatoriedade do Registro Profissional de todos os professores de Edu-cação Física da Rede Pública de Ensino Municipal. A sentença, proferida na Ação Civil Pública proposta pelo CREF4/SP, foi publicada recentemente. Santos segue o mesmo caminho do Estado e Município de São Paulo.

Com o reconhecimento da obrigatoriedade do Registro Profissional nas ações propostas pelo CREF4/SP, ficou de-terminado, dentre outros pontos, que o Poder Público deverá exigir registro de todos os novos professores de Educação Física da Educação Básica da Rede Pública de Ensino.

O que dizem os Comunicados

Município de São Paulo• Todos os ocupantes de cargo/função de Professor de Ensino Fundamental II e Médio – Educação Física deverão

apresentar o registro ou requerimento de registro no sistema CONFEF/CREFs até o dia 01 de setembro de 2013, ao Di-retor de Escola da respectiva unidade escolar;

• Caberá ao Diretor de Escola proceder ao cadastramento do registro no sistema Escola On Line/EOL no período de 04/06 a 01/09/2013.”

Estado de São Paulo• Todos os docentes da disciplina de Educação Física da Educação Básica em atuação na Rede Pública Estadual da

Educação de São Paulo deverão obter, obrigatoriamente, o devido registro profissional na Sistema CONFEF/CREFs, de acordo com o Artigo 1° da Lei 9.696/98, devendo apresentar prova do registro ao diretor da unidade escolar.

• Fica obstado ao Estado de São Paulo impedir ou embaraçar a fiscalização do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo – CREF4/SP nas dependências das escolas da Rede Pública Estadual da Educação de São Paulo.

Município de Santos• O Poder Público deverá exigir registro de todos os novos professores de Educação Física da Educação Básica da

Rede Pública de Ensino.

• Os editais dos futuros concursos deverão exigir expressamente como requisito para posse o registro profissional do candidato no Sistema CONFEF/CREFs.

• O Poder Publico está obrigado a exigir o registro profissional de todos os Professores de Educação Física da rede pública de ensino contratados antes da propositura da ação, inclusive das contratações feitas antes da publicação da Lei Federal n. 9.696/98, ou seja, de todos os professores de Educação Física da Rede Pública.”

Veja os comunicados na íntegra em confef.com/55Sugerimos também a leitura da Carta Brasileira de Educação Física no menu Documentos do CONFEF, disponível no site do CONFEF

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A primeira delas, publicada no último dia 22 de agosto do ano passado inclui o Profissional de Educação Física na tabela de Serviços Especializados do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) para atuação no servi-ço de atenção Psicossocial do Ministério da Saúde, destinada a tratamento para pessoas com sofrimento ou transtorno men-tal e com necessidades decorrentes do uso do crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. A outra, datada de 11 de março de 2013, que cria uma terceira modalidade de equipe do Núcleo de Saúde da Família (NASF 3), consolida, através de documento legal, a nossa atuação fazendo com que a Educação Física se configure entre as cin-

co profissões que mais aparecem nas equipes do NASF. Sem dúvidas, ampliar a atuação profissional é algo muito positivo, mas na prática, o que isto significa?

Quem responde é um dos profissionais que mais lutaram pela inclusão da Educação Física no NASF e Mestre em Edu-cação Física e Sociedade, Alexandre Rosa [CREF 052922-G/SP], “Primeiro, o NASF constitui-se como a principal porta de entrada dos profissionais de Educação Física no SUS. Com a criação da terceira modalidade isto será ampliado. Segundo, exige uma preocupação ainda maior com a preparação e for-mação profissional para os princípios do SUS”, esclarece.

Ampliando os horizontes da profissão

Duas conquistas recentes que ampliam a atuação do Profissional de Educação Física merecem ser divulgadas e comemoradas pela categoria. Elas referendam uma nova fase em que Profissional atua também nas equipes de Saúde da Família e da Atenção Psicossocial do Ministério da Saúde

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REVISTA Educação Física - Essa conquista significa uma ampliação da atuação do Profissio-nal, classicamente visto pela sociedade somente como professor ou preparador físico?

ALEXANDRE - A Educação Física consolidou ao longo do século vinte uma atuação na esco-la, no esporte e no mercado das academias de ginástica que vendem as práticas corporais e a atividade física como serviços. No século 21 o campo da saúde pública surge como o novo es-paço a ser ocupado. Mas para isto é necessário que o currículo supere os pressupostos teóricos tradicionalmente bem distantes dos princípios do SUS, tal como acontece em boa parte dos cursos das demais áreas da saúde. A formação especí-fica não pode ser demarcada pela disputa em torno das atribuições e limitações da atuação de licenciados fora da escola (atenção primária em saúde) e dos bacharéis em programas educacio-nais dentro da escola (Programa Saúde a Escola).

REVISTA Educação Física – Mas as práticas e saberes em saúde da Educação Física se apoiam em alguns pressupostos...

ALEXANDRE - Pressupostos que necessitam ser superados, tais como: Tradição subalterna ao modelo médico hegemônico que estrutura as práticas educativas nas instituições de ensino; Carência de formação interdisciplinar no nível de graduação orientada para a Saúde (e não pela doença); Não capacita profissionais para atuar em promoção da saúde e sim na prevenção e tra-tamento de doenças; Discurso sobre saúde des-conectado do serviço em saúde; Pouca presença nas equipes multiprofissionais do SUS.

REVISTA Educação Física - Qual a importância de um Profissional de Educação Física na equipe?

ALEXANDRE - Com a chamada “transição epi-demiológica”, o foco da saúde pública no Brasil e no mundo voltou-se para a Atenção Básica (ou primária) em Saúde e para a promoção da saú-de, ou seja, aos poucos o hospital que pode ser definido como o palácio da doença vai deixando de ser o principal espaço de produção de saúde, ao menos na política de saúde que vem sendo adotada pelo Ministério da saúde nos últimos anos. Com a atenção voltada para a promoção da saúde vai ganhando maior espaço aquelas profissões que trabalham no escopo da preven-ção, da educação e da recuperação da saúde, onde podemos localizar a Educação Física. É de conhecimento público que a inatividade físi-ca tem sido apontada na literatura com um dos principais motivos para o aumento de peso da população, cerca de 50% dos brasileiros estão acima do peso. O excesso de peso e a obesida-de são apontadas como a principal causa para agravos e doenças crônicas não transmissíveis, as chamadas DCNT’s. Portanto, 70% da mor-bimortalidade atual está relacionada às DCNT’s, doenças que podem ser evitadas com a adoção de hábitos saudáveis e práticas corporais e ativi-dade física regulares. E é aí que os profissionais de Educação Física aparecem com força.

REVISTA Educação Física - Para o Sr., que esteve à frente desse processo, o que significa essa conquista?

ALEXANDRE - Até a publicação da Portaria 3124/12, a identidade da Educação Física na es-

“A Educação Física consolidou ao longo do século vinte uma atuação na escola, no esporte e no mercado das academias de ginástica que vendem as práticas corporais e a atividade física como serviços. No século 21 o campo da saúde pública surge como o novo espaço a ser ocupado.”

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trutura do SUS era bastante confusa. O CBO – Código Brasileiro de Ocupações - utilizado espe-cificamente no cadastramento de profissionais e procedimentos do SUS contemplava um espectro que reconhecia desde o Professor de Educação Física do ensino fundamental, passando pelo pro-fessor de nível superior até os treinadores de fu-tebol, preparadores físicos, ludomotricistas entre outros. No entanto, a Educação Física é uma das 14 profissões de nível superior reconhecidas pelo Conselho Nacional de Saúde desde 1997.

Com a edição da nova Portaria, isto foi corrigi-do, identificando exclusivamente o Profissional/Professor de Educação Física. Pode parecer sim-ples, mas tal tarefa demandou muitas pesquisas sobre os procedimentos e a legislação, além de muitas horas de reuniões com as equipes multi-profissionais para que elas compreendessem os dilemas da formação e atuação profissional da Educação Física.

Há no Ministério da Saúde, apesar de poucos, alguns profissionais de Educação Física atuando em posições importantes na gestão das políticas de saúde. Especialmente na Secretaria de Vigi-lância em Saúde (SVS), temos uma graduada em Educação Física que prefere agir muitas vezes dissimuladamente aos debates sobre a formação e atuação do Profissional de Educação Física no SUS, impedindo e ou menosprezando a entrada de demandas específicas da área. Essa é uma ati-tude que deve ser condenada. Vale ressaltar que é uma prerrogativa constitucional do Ministério da Saúde estimular os cursos que compõem o grande campo da saúde - são 14 ao todo - para que se adequem às demandas da saúde pública brasileira. Veja os médicos, por exemplo, que são implacáveis na defesa dos interesses da profissão, inclusive muitas vezes se colocando acima do bem e do mal. Não penso que seja esta a postura que a Educação Física deva adotar, mas considero a posição da colega que atua na SVS arrogante e

prepotente e que não contribui para a superação das fragilidades da Educação Física como núcleo de saberes em saúde.

REVISTA Educação Física - O Sr. fala que é preciso que o currículo supere os pressupos-tos teóricos tradicionalmente bem distantes dos princípios do SUS. O que isso significa?

ALEXANDRE - Eu penso que precisamos resolver os problemas passo a passo. E para mim o prin-cipal problema está no currículo de graduação tanto para bacharéis quanto para licenciados. É preciso que as grades reflitam as necessidades sociais, especialmente do SUS, como:1) Criação de disciplinas na graduação sobre pro-moção da saúde, epidemiologia, planejamento e gestão em saúde, saúde pública, SUS;2) Estágios e residências em saúde;3) Especialização, mestrado acadêmico e profis-sional em saúde coletiva e saúde pública, além de doutorado;4) Estimular a convivência já na graduação, com equipes multiprofissionais em saúde. 5) Participação nos Programas PET e Pró-Saú-de em conjunto com outros cursos da área de saúde e secretarias de saúde dos Estados e Municípios.

Profissionais de Educação Física no NASF desde 2008

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consoli-dação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. Já neste primeiro momento, os pro-fissionais de Educação Física foram incluídos no rol de profissões que compõem as equipes do NASF.

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A portaria que instituiu o NASF previa a formação de apenas dois ti-pos de NASF, o 1 e o 2. Com a publicação da Portaria 3.124, de 28 de dezembro de 2012, o Ministério da Saúde criou uma terceira modalidade de conformação de equipe: o NASF 3, abrindo a possibilidade de qualquer Município do Brasil faça implantação de equipes NASF, desde que tenha ao menos uma equipe de Saúde da Família, o que na prática universaliza o NASF nos territórios brasileiros.

Quem pode fazer parte das equipes de Saúde da Família

Todos os egressos dos cursos de bacharelado da área de saúde. Com relação à Educação Física, profissão reconhecida também como perten-cente à área de saúde, através das resoluções 218-97 e 287-98 do Conselho Nacional de Saúde, existe a figura dos profissionais com direito adquirido.

Atualmente a formação apropriada e adequada em termos de conhe-cimento são os egressos dos cursos de bacharelado em Educação Física calcados na resolução CNE 07/2004, de acordo com as diretrizes curricula-res nacionais. Evidentemente o egresso de curso de licenciatura que tenha concluído também o bacharelado estaria legalmente apto para compor as equipes de saúde.

A fim de dirimir qualquer dúvida, quanto aos profissionais de Educação Física, o Sistema CONFEF/CREFs estabeleceu as categorias para interven-ção dos profissionais de Educação Física: bacharel; licenciado; licenciado/bacharel. Consequentemente os portadores de cédula de identidade cuja categoria for bacharel ou os portadores de cédula de identidade cuja ca-tegoria seja licenciado/bacharel estão aptos, são portadores dos conheci-mentos para intervenção segura e estão legalmente habilitados para com-por as equipes de saúde da família (NASF) e outras da área de saúde.

Segundo a Coordenadora do Progra-ma Academia Carioca, Junia Cardoso, no Rio de Janeiro, os 90 profissionais de Educacão Física que atuam nas 146 unidades do NASF estão inseridos no Programa Academia Carioca que atua com um leque diverso de atividades e participa das equipes multidisciplinares compostas por profissionais da saúde em um trabalho preventivo e combati-vo preferencialmente a diabeticos, hi-pertensos e pessoas acima do peso. O trabalho vai desde visitas domiciliares até discussões com médicos sobre o processo terapêutico aplicado a cada paciente. Os resultados são: 97% dos hipertensos controlados e queda signi-ficativa no uso de medicamentos.

A Profissional Fernada Azambuja [CREF018550-G/RJ] atua na Clínica da Família Maria Sebastiana na Ilha do Governador - RJ

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O trabalho foi iniciado em 2008 e ano a ano os 26 Estados da federação receberam cursos e demais atividades desse projeto que tem calendário programado até 2017.

O projeto Professores de Educação Física Sem Fronteiras da FIEP fe-chou, em 2013, um ciclo iniciado no Brasil no ano de 2008. Ao longo desses seis anos percorreram todo o país ministrando cursos gratuitos para mais de 15 mil profissionais e acadêmicos. Nesse período, foram mais de 50 mil quilômetros entre via aérea e terrestre, passando pelos 26 estados e o Distrito Federal, onde, dentre as demais atividades, homenageou mais de 300 entidades e profissionais, ex-delegados da FIEP e pioneiros da Edu-cação Física.

A partir de 2014, com o crescimento e algumas alterações, o projeto evolui e terá dois grupos para poder atender melhor os profissionais com viagens pelo Brasil e exterior, sempre com a Coordenação Geral da FIEP do Brasil - Almir Adolfo Gruhn [CREF 00001-G/PR] e Vilson Bagatini [CREF 000009-G/RS] - que destacam que o projeto foi inicialmente planejado para 10 anos (2007 a 2017).

O Projeto dos Professores de Educação Física Sem Fronteiras da FIEP no Brasil foi criado em 2007, quando ocorreu a organização da primeira viagem de intercambio na América Central. Na época contou com a par-ticipação de 14 professores que visitaram Guatemala, El Salvador, Nicará-gua, Honduras, Costa Rica e Panamá. Através de uma ação voluntária os professores realizam intercâmbios levando a diversas regiões do Brasil e do mundo cursos de atualização, possibilitando a qualificação para uma Educação Física de qualidade.

Para coroar o fechamento das atividades no território nacional foram lançados selos comemorativos.

Professores de Educação Física Sem Fronteiras da FIEP fecham 2013 com cursos ministrados em todo o Brasil

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Objetivos do Professores Sem Fronteiras da FIEP

• Visitar todos os Estados e o DF do Brasil, os países das Américas Sul e Central e em viagens especiais os outros continentes;

• Em cada região/local, visitar instituições de formação, órgãos esportivos e instalações esportivas públicas e privadas;

• Reunir-se com os representantes locais da FIEP e outros profissionais; • Realizar trocas de informações com os profissionais de Educação Física e conhecer o sistema esportivo da

região; • Conhecer a cultura, folclore e pontos turísticos;• Divulgar o Manifesto Mundial da FIEP e o Sistema CONFEF/CREFs e seus documentos, como o Código de Ética

do Profissional de Educação Física; • Proferir palestras para os profissionais e acadêmicos de Educação Física e realizar minicursos; • Levar material de divulgação sobre a FIEP e trabalhar pela valorização da Educação Física, levando aos cida-

dãos o entendimento de seus direitos quando o assunto for exercícios físicos, esportivos e de recreação e lazer; • Divulgar os eventos da FIEP; • Coletar conteúdos para o livro dos Professores de Educação Física Sem Fronteiras e para os próximos livros da

FIEP e homenagear instituições, pioneiros da FIEP e profissionais.

Calendário dos próximos intercâmbios até 2017

• 10º Intercâmbio - 2014 – América do Sul: (Bolívia;,Peru, Equador, Bogotá e Colômbia)• 11º Intercâmbio – 2015 – Especial Volta ao Mundo (março a julho – 30 países)• 12º Intercâmbio – 2016 – Especial Cidade do Rio de Janeiro (durante os Jogos Olímpicos)• 13º Intercâmbio – 2017 – Especial países Africanos, ou em Portugal / Espanha.

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Brasileiro foi convidado a apresentar ferramenta de comba-te à obesidade infanto-juvenil no Congresso Mundial de Pre-venção da Obesidade que será realizado em dezembro na cida-de de Los Angeles (EUA).

A proposta é bonita e o propósito mais ainda. Combater e prevenir um problema atual e muito mais sério do que se imagina: a obesidade infanto--juvenil e suas nefastas consequências e doenças oportunistas associadas como diabetes, hipertensão e artrite. Como ferramentas, a música e movi-mento ritmado. Assim pode ser resumido o TMR (Treinamento Multifuncio-nal Ritmado) desenvolvido pelo Profissional provisionado Eduardo Raupp [CREFF 005652-P/RS] que será apresentado no Congresso Mundial de Pre-venção da Obesidade que será realizado em dezembro na cidade de Los Angeles (EUA). Detalhe, Raupp foi convidado pela organização do evento.

O motivo do convite é todo o histórico de títulos e resultados envolven-do o TRM ao longo dos últimos 17 anos em países como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Croácia, Suécia, Noruega, Inglaterra, Suíça e Alemanha. No Brasil está em fase de implantação um projeto piloto nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo o projeto, serão beneficiados setores da educação, saúde, es-porte, cultura e direitos humanos. Dentre os esportes envolvidos estão fu-tebol, futsal, vôlei, basquete, handball e tênis. Os objetivos no Brasil visam motivar professores e alunos proporcionando a prática consciente de ativi-dades educativas esportivas recreativas e competitivas; atender, em caráter preventivo, crianças e adolescentes para o desenvolvimento de suas poten-cialidades; propiciar a crianças e adolescentes acesso a atividades educati-vas e culturais que contribuam para seu crescimento pessoal e social, bem como a formação de hábitos saudáveis através da prática esportiva.

A proposta é bonita e o propósito mais ainda. Combater e prevenir um problema atual e muito mais sério do que se imagina: a obesidade infanto-juvenil e suas nefastas consequências e doenças oportunistas associadas como diabetes, hipertensão e artrite

Música, movimento e Treinamento Multifuncional Ritmado

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Conversamos com Eduardo Raupp sobre a ferramenta TMR, seus bene-fícios, diferenciais e resultados.

REVISTA Educação Física - O que o senhor apresentará no Congresso Mundial de Prevenção da Obesidade?

RAUPP - Será ministrada aula prática do programa TMR para médicos, estudantes, pesquisadores e cientistas na área de esportes, endocrinolo-gia, cardiologia, hematologia, oncologia e representantes governamentais na área da saúde provenientes de todo o mundo. Serão apresentados os resultados científicos palpáveis que comprovam e validam a aplicação do Programa de Treinamento Multifuncional Ritmado dentro do sistema pú-blico de ensino.

REVISTA Educação Física - Do que trata o seu trabalho?

RAUPP - Implantar formas de ensinar a prática de atividades físicas e es-portivas para crianças e adolescentes, com a introdução de música e do movimento ritmado como ferramenta metodológica motivacional, promo-vendo o desenvolvimento continuo da psicomotricidade, individualmente ou em grupos esportivos recreativos e competitivos, para uma melhor qua-lidade de vida, combatendo e prevenindo a obesidade infanto-juvenil e as doenças oportunistas como a diabetes, hipertensão, artrite etc. - através do esporte na atividade física escolar.

REVISTA Educação Física - Quando esse trabalho começou?

RAUPP - Em meados de 1996 quando me transferi para a Europa. Após ganhar o Campeonato Mundial de Ginástica Aeróbica Desportiva, me dei conta que os adolescentes e adultos europeus estavam muito desconecta-

dos em realizar movimentos esportivos rudimen-tares ou simples transições e combinações core-ográficas executadas em uma aula de ginástica aeróbica tradicional. Me dei conta que devido à evolução tecnológica para obter resultados esté-ticos satisfatórios, o gosto pela pratica da ativida-de física foi diminuindo ano após ano e que isso poderia ser um grande obstáculo para a saúde de futuras gerações.

REVISTA Educação Física - Quais os diferenciais com relação a outros programas que tratam do mesmo tema?

RAUPP - A música agregada ao ensinamento motiva professores a ensinarem e os estudantes /atletas a aprenderem e executarem atividades físicas recreativas e competitivas com maior en-tusiasmo, vigor físico e qualidade técnica, otimi-zando de forma positiva todos os resultados pro-postos pelo programa seja na prática individual ou em grupo. Agregar a música no processo de aprendizagem minimiza os níveis de stress e vio-lência em grupos de vulnerabilidade social.

Música, movimento e Treinamento Multifuncional Ritmado

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O 25° Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte, realizado entre os dias 15 e 18 de maio na cida-de de Salvador (BA) registrou um destaque para a categoria: um expressivo número de participantes foi de Profissionais de Educação Física. O evento foi organizado pela Sociedade Bra-sileira de Medicina do Esporte.

O Conselheiro Federal Marcelo Miranda [CREF 000002-G/MS] participou do evento e encontrou-se com o presidente da Sociedade, Dr. Samir Salim Daher que, na ocasião, declarou ser consciente da importância do Profissional de Educação Fí-sica e manifestou interesse em aproximação na realização do próximo evento e para ações conjuntas.

“Percebi o destaque que foi dado à importância que todos deram à pratica de exercícios físicos orientados, bem como vários palestrantes destacaram a importância da Educação Fí-sica na escola, inclusive falaram da necessidade do médico do esporte cobrar aulas regulares nas escolas, principalmente na palestra “Criança e esporte”, proferida pela médica Vanessa Resende (SP)”, destaca Marcelo Miranda.

Além da presença de profissionais de Educação Física como participantes, destacamos também o espaço conquis-tado pelos colegas como palestrantes, dentre eles Andrea Ri-bas Scherer [CREF 002153-G/RS], Clarcson Plácido Concei-

ção dos Santos [CREF 000922-G/BA], Eduardo Luis de Góes Fontes [CREF 002204-G/BA], José Geraldo Fagundes da Silva [CREF 000564-G/BA], Marcelo Affonso de Carvalho [CREF 000151-G/BA], Marcos Lopes Santos [CREF 001996-P/BA], Marcos Temístocles Cerqueira de Araújo [CREF 000897-G/BA] e Valter Abrantes Pereira da Silva [CREF 000432-G/BA].

Destaque para a palestra: “Análise do quadro de medalhas da Olimpíada de Londres” proferida pelo Dr. João Ricardo Turra Magni (RS). Médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e ex-tesou-reiro do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE). Ele fez uma relação entre número de medalhas e PIB por habitan-te e propôs uma regionalização das políticas públicas para o esporte no Brasil. Antes da apresentação dele, o Conselheiro Marcelo Miranda entregou material escrito pelo Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, e publicado na revista do CONFEF. Na ocasião, ele ficou surpreso de saber que o COI não esta-belece ranqueamento utilizado pela mídia, inclusive citou a informação na sua palestra.

Outra palestra a destacar foi “Avaliação pré-participação no exercício e no esporte: uma visão da Medicina do Esporte”, pro-ferida pelo antigo presidente da Sociedade Brasileira de Medici-na Estética (SBME), Dr. José Kawazoe Lazzoli (RJ). Na ocasião, foi apresentada a ele a nota técnica elaborada pelo CONFEF.

Congresso de Medicina tem participação expressiva de Profissionais de Educação Física

Além dos participantes, registramos um bom número de Profissionais entre os palestrantes. Destaque para a importância da Educação Física na escola, enfatizado durante as palestras.

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O número de acessos ao portal Saúde Baseada em Evi-dências do Ministério da Saúde por profissionais de Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs atingiu o quin-to lugar entre os treze conselhos ligados à saúde que podem acessar o portal, no último levantamento realizado entre mar-ço de 2012 e janeiro de 2013. De acordo com os dados da Secretaria de Gestão do Trabalho e de Educação na Saúde, responsável pelos números durante o período citado, foram realizados um total de 63.430 acessos.

O portal, criado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior (Capes/MEC), foi lançado pelo Governo Federal em 2012 e completou um ano no último dia 29 de maio. Seu principal objetivo é disponibilizar informações baseadas em evidencias em saúde, para contribuir na melhoraria da atuação dos pro-fissionais das 14 profissões da Área da Saúde - dentre elas, a Educação Física.

Chamamos atenção para a importância de se registrar e divulgar os conteúdos. Para o Representante do CONFEF no Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde, Marino Tes-

sari [CREF 000007-G/SC], é preciso incentivar a procura pelo portal entre os profissionais. “O acesso é muito importante para melhorar a atuação dos profissionais a partir das evidên-cias em suas áreas de atuação”, ressalta. Ele diz ainda que, quem tiver, pode enviar sugestões de assuntos e editoras para que o portal melhore a cada dia. Estas podem ser enviadas para [email protected].

No último mês de março, a convite do Fórum, o coordena-dor geral de ações técnicas de educação na saúde do Ministério da Saúde, Dr. Aldiney José Doreto, participou da reunião ordiná-ria do Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde.

Atenção na hora de acessar o Portal

Para acessar, basta entrar em www.confef.org.br e clicar na janela Saúde Baseada em Evidências (menu do lado in-ferior à direita). Chamamos sua atenção ao acessar o portal, para, na hora de digitar o número do seu CREF, ignorar quais-quer zeros à esquerda bem com letras e traços. O sistema de acesso só aceita números e zeros que ficam à direita.

Um mundo de conhecimentos à sua disposição

Um mundo de conhecimentos à sua disposição

Reunião ordinária do Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde - Março/2013

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Foram abordadas as novas oportunidades de atu-ação do Profissional de Educação Física que servirão de base para que os coordenadores participantes usem as informações para rever a grade curricular visando atender as novas demandas, em especial as áreas de promoção da saúde.

O Conselho Regional de Educação Física do Paraná (CREF9/PR) realizou nos dias 26 e 27 de abril, em Curitiba, o 5º Encontro dos Coordenadores dos Cursos de Educação Física do Paraná, que teve como objetivo discutir assuntos que norteiam o mercado e as atividades dos profissionais de Educação Física. O evento contou com a participação de co-ordenadores de curso de mais de 30 instituições paranaenses.

A primeira palestra da sexta-feira, 26/04, foi ministrada pelo Conselheiro Rony Tschoeke [CREF 004979-G/PR] com o tema “Bem-Estar: Um Mercado Emergente”. Ele apresentou aos coordenadores exemplos de programas que estão sendo realizados em prol da saúde e do bem-estar nas empresas, na qual a atuação do Profissional de Educação Física é de extre-ma importância.

Em seguida, o Presidente do CREF9/PR, Antonio Eduar-do Branco [CREF 000009-G/PR] falou sobre a atuação do Sistema CONFEF/CREFs e sua integração com as Instituições de Ensino Superior. Na sequência, o Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber [CREF 000002-G/RJ], apresentou o tema “Diretrizes Curriculares da Educação Física: Bacharelado e

Licenciatura”. Seguiu-se uma rica discussão sobre as nor-matizações do sistema CONFEF/CREFs, e a questão do ciclo olímpico em relação à contratação de técnicos estrangeiros e a respectiva convalidação de seus diplomas. Juntamente com as determinações do Ministério do trabalho e as resoluções do CONFEF. O primeiro dia encerrou com a reunião do CON-DIESEF - Conselho dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior de Educação Física.

No sábado, 27/04, a programação foi aberta com a pre-sença do assessor jurídico do CREF9/PR, Steeve Beloni Dias, que apresentou esclarecimentos aos coordenadores dos cur-sos sobre a base legal que rege o exercício da profissão de Educação Física e esclareceu dúvidas dos presentes. Os Pre-sidentes do CREF9/PR e do CONFEF também participaram e puderam esclarecer dúvidas dos coordenadores.

O Conselheiro Marcelo Hagebock [CREF 010101-G/PR], que atua no Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, apre-sentou as oportunidades de atuação para o Profissional de Educação Física na área da Saúde, junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e na Academia da Saúde. De acordo com Hage-bok, há muitas possibilidades de atuação.

A área da saúde também foi foco de Alexandre Machado [CREF 052922-G/SP], que já integrou o Ministério da Saúde. Ele explanou sobre a atuação do Profissional de Educação Física na área da saúde e sugeriu formas das Universidades prepararem melhor os seus acadêmicos para esta área.

CREF9/PR promove 5º Encontro de Coordenadores de Educação Física

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Ele é Profissional de Educação Física, especialista em Treinamento Desportivo, luta desde os oito anos de idade e, aos trancos conquistou o Campeonato Mundial da modalida-de no final do ano passado. Muito prazer, Daniel Paes.

O Kung Fu é um esporte ainda pouco conhecido no Brasil. Tanto a imprensa como o público em geral desconhece os atletas da modalidade e suas conquistas. Uma das queixas mais recorrentes dos atletas é que as portas para o esporte ainda estão fechadas e muitos só conseguem com-petir com os próprios recursos. Isso não impede méritos como o de Daniel Galvão Paes [CREF 034235-G/SP], atual campeão mundial de Kung Fu. O título veio do campeonato realizado na Malásia em 2012.

Profissional de Educação Física com especialização em Treinamento Desportivo, Daniel ressalta a importância de ter investido no curso su-perior como uma forma de melhorar seu desempenho. “O desejo em aprender mais sobre o esporte e a decisão em seguir uma carreira sólida como profissional dessa área levou-me à Educação Física e posteriormente especialização em Treinamento Desportivo com objetivos de agregar o conhecimento científico para o desenvolvimento do Kung Fu praticado no Brasil”, diz.

A decisão partiu da vontade de fazer diferente dos professores e pensar em uma metodologia de treinamento que não fosse intuitiva e apenas es-truturada a ensinar movimentos pré-determinados como uma cartilha. “A Educação Física foi fundamental para a construção desse conhecimento cientifico e houve um grande progresso tanto em meu desempenho técni-co como no aproveitamento de meus alunos durante as aulas”, ressalta.

Daniel conta que a partir daí nasceram novas perspectivas que estavam além do aprendizado do Kung Fu. “Havia a preocupação no âmbito da saú-

Apresentamos o campeão mundial de Kung Fu. Conhece?

de, na prescrição de atividades físicas com cargas e intensidades adequadas aos diferentes objetivos dos alunos. Atualmente muitas pessoas procuram academias, buscam métodos para a manutenção da saúde e melhora do condicionamento físico, penso que somente um Profissional preparado terá condição de acompanhar esses beneficiados e oferecer um serviço capaz de conduzir com se-gurança às metas de cada indivíduo”, diz.

Sua história no esporteA trajetória de Daniel no esporte começou

cedo. Ele pratica artes marciais desde os oito anos de idade, quando iniciou os treinamentos com a Hap Ki Do - arte marcial coreana. Essa foi a porta para se aperfeiçoar em diversos estilos de luta. “Desde essa época procurei me aperfeiçoar em diversos estilos de luta, pois sempre fui curioso para aprender cada movimento de artes marciais que me despertassem atenção”, conta o cam-peão. Entre as modalidades praticadas na infância e adolescência estão Boxe, Hap Ki Do, Tae Kwon do, Karatê, Jiu Jitsu e finalmente o Kung Fu que é hoje, sua grande paixão.

A primeira medalha veio em 1993. De lá para cá Daniel conquistou quatro Campeonatos Pau-listas, dois Campeonatos Brasileiros, Mundialito 2003, Campeonato Internacional dos Estados Uni-dos em 2010 e o Mundial em 2012 na Malásia.

Prof. Daniel Paes

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Ciclo do Conhecimento (SP) e Seminários Regio-nais (SC) são duas boas iniciativas de investimento na formação. O objetivo é levar conhecimento, com temas atuais a profissionais registrados. Tudo isso gratuitamente. Inscrições pelos sites dos Conselhos.

Os profissionais de Educação Física registrados nos CREFs Santa Catarina e São Paulo contam com uma nova forma de reciclar conhecimentos, ter contato com renomados nomes da área e ainda fazer networking. Em Santa Catarina a inicia-tiva chama-se Seminários Regionais, em São Paulo é o Ciclo de Conhecimento. Em ambos os casos trata-se de um pro-grama de palestras gratuitas que tem como objetivo principal gerar oportunidades de reflexão, trocar experiências e ampliar o campo do saber dos participantes.

“Nós do CREF São Paulo damos uma oportunidade a to-dos os profissionais registrados para que se desenvolvam em

vários assuntos da nossa área. Como ela é muito vasta, o mer-cado de trabalho é grande, a intervenção do Profissional no mercado seria impossível, fora isso, a formação que é dada no Ensino Médio e nas universidades não atende os 108 campos de atuação da Educação Física. Por isso criamos o Ciclo de Conhecimento”, explica o Presidente do CREF4, Flávio Del-manto [CREF 000002-G/SP].

Para o Presidente do CREF Santa Catarina, Eloir Edílson Simm [CREF 000251-G/SC], “com os Seminários, o Conselho vai se aproximar ainda mais dos profissionais de Educação Física e discutir o fortalecimento da Educação Física Escolar e a promoção da qualidade de vida. A proposta é promover a qualificação e o aperfeiçoamento dos profissionais que atu-am em diferentes espaços de intervenção profissional, bem como levantar propostas para que os temas abordados sejam fortalecidos e principalmente criar um espaço para a reflexão, incentivo, difusão e discussão dos assuntos”, explicou.

CREFs de Santa Catarina e São Paulo também investem na formação continuada do Profissional

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Ciclo do Conhecimento é sucesso entre profissionais em SP

O Ciclo funciona semanalmente aos sábados, das 8h30 às 18h, depen-dendo do tema abordado, na própria sede do CREF. A inscrição, gratuita para profissionais registrados, é realizada através do site. As vagas são limi-tadas e, segundo Delmanto, a procura é muito grande.

A escolha dos temas abordados é feita com base nas carências profis-sionais detectadas. Temas como “O Profissional de Educação Física e o Mundo do Marketing Esportivo” ou “Pilates: Conceito e Aplicabilidade da Saúde à Performance” já estiveram na pauta. “Desde o início do projeto realizamos um trabalho de atualização através dos assuntos que considera-mos mais relevantes”, destaca o Presidente.

Para ministrar as palestras são convidados profissionais especializados e com algum destaque no mercado de trabalho na área de Educação Físi-ca. Atualmente, a maioria dos palestrantes é de São Paulo, mas, Delmanto avisa que o objetivo é trazer também professores de fora do Estado.

Aos que desejam participar dos próximos eventos, a inscrição é fei-ta através do site do CREF4 (www.crefsp.org.br). Os interessados deverão contribuir com 2 kg de alimento não perecível entregues no ato do creden-ciamento no evento para doação a uma entidade filantrópica. Em todas as palestras são fornecidos certificados de participação.

Seminário atrai mais de 700 profissionais em sua primeira versão

Os Seminários Regionais têm como objetivo promover a qualifica-ção e o aperfeiçoamento dos profissionais de Educação Física que atu-am em diferentes espaços de intervenção profissional. Desde o come-ço, a proposta é cruzar o Estado de Santa Catarina de ponta a ponta, integrar profissionais de Educação Física e debater sobre a profissão, além de levantar propostas para que os temas abordados sejam forta-lecidos e principalmente criar um espaço para a reflexão, incentivo, difusão e discussão dos assuntos.

Ao todo serão 18 cidades-sede, abrangendo as 36 Secretarias de De-senvolvimento Regional de Santa Catarina. Os eventos são voltados para profissionais de Educação Física das Redes Municipal, Estadual e Particular de Ensino, além dos profissionais que atuam na Promoção da Saúde e da Qualidade de Vida das populações locais.

Iniciado no dia 07 de maio nas cidades de Videira, Rio do Sul e Lages, em sua estreia, atingiu mais de 700 pessoas. A programação vai até o dia 29 de agosto e as inscrições devem ser feitas pelo www.crefsc.org.br.

Os profissionais de Educação Física registrados nos CREFs Santa Catarina e São Paulo contam com uma nova forma de reciclar conhecimentos, ter contato com renomados nomes da área e ainda fazer networking.

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E-mails para: [email protected] Cartas para: R. do Ouvidor 121, 7º andar, Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-030

Sobre as novidades da Revista Educação Física

A Revista ficou mais dinâmica e convidativa para leitura. Excelente espaço para atualização de como anda a EF Brasil. Para-béns!

Willian Mendes Costa [CREF 000522G/GO]

Academias Populares, um alerta!

Segundo noticiário jornalístico Capixaba, infelizmente, uma senhora faleceu no dia (24/04/2013), no município de Serra (ES), durante a prática de atividade em academia popular!

A classe profissional de educadores físicos [o termo correto é Profissional de Educação Física], constituída legalmente e repre-sentada pelo sistema CONFEF/CREF, acumula em seu poder o dever de fiscalizar e orientar, práticas de exercícios físicos no Brasil. Sabemos ser recomendação do CONFEF, para a prática segura e correta de exercícios físicos, a manutenção de presença física, permanente, de profissionais de Educação Física habilitados.

Certamente, a presença de profissionais de Educação Física no local, não necessariamente a salvaria, mas, seguramente teria dado dignidade à morte da pessoa em questão, acometida neste caso, por algum mal súbito, relacionado ao quadro de hipertensão arterial que a mesma apresentava. Como atitude mínima, esta pessoa teria sido amparada e submetida aos primeiros socorros, até a chegada de pessoal especializado (SAMU). (...)

Senhores responsáveis por setores públicos, relacionados com atividades físicas, em especial, ACADEMIAS POPULARES, as-sumam as responsabilidades legais, assim como, nas propostas de implantação e manutenção desses espaços, sejam coerentes à ciência. Colocamos à disposição nossa ajuda e conhecimento, para o desenvolvimento de um trabalho sério e dentro de padrões legais e científicos. Nós, profissionais de Educação Física habilitados, assim como, outras classes de profissionais de saúde, pode-mos ajudar muito na melhoria da qualidade de vida da população, por intermédio de práticas de exercícios físicos alicerçadas em bases científicas.

Luiz Carlos Chiesa [CREF 000069-G/ES]

Uma nova preocupação: a Educação Física

Desde os meus 16 anos pratico algum tipo de luta. Na faculdade de Educação Física da UFRJ vivia dentro do ginásio de lutas. Com grandes mestres aprendi que a luta pode ser um ótimo meio de se educar jovens e crianças e de realizar a tal inclusão social. (...) Nunca fui expoente em nenhuma, porém extrai de cada uma conhecimentos e aprendizagens que levo para minha vida. Na luta aprendi a respeitar, ter disciplina e principalmente...não usá-la de forma inadequada.

Aproveitando a moda do “vale tudo”, nome que deu origem às lutas atualmente conhecidas como MMA (Mix de Artes Mar-ciais), a rede Globo importa um programa que pode, a médio e longo prazo, demolir tudo que os grandes mestres das lutas con-seguiram em anos. Na casa intitulada “TUF” o que se vê é o oposto que qualquer luta deve trazer para seus praticantes. É uma sequência de exemplos negativos (...). Nos colégios, normalmente as crianças repetem o que seus ídolos fazem (...) agora elas já começam a imitar o Anderson Silva, só que o resultado será diferente. A Educação Física precisa discutir o assunto.

Ricardo Oliveira da Silva - [CREF 01822-G/RJ]

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Muito além do Convencional

Parabéns pela reportagem “Muito além do Convencional” da Revista Educação Física de março de 2013. Gostaria de contatar o professor Augusto Rena, pois queria saber mais sobre o projeto de incluir os esportes radicais em suas aulas de Educação Física na escola.

Dimitri Wuo Pereira [CREF 099020-G/SP]

Educação Física Escolar

Como é bom saber que o CONFEF está empenhado em nossas causas, professores de Educação Física Escolar, ainda temos muitos profissionais que não são registrados, pois não entendem qual o verdadeiro objetivo e o que vai melhorar na profissão fazendo parte dos CREFs. Acredito que ainda temos muitas coisas e situações a discutir. Só para ilustrar no Estado de Santa Catarina para completar carga horária qualquer professor pode dar aula de Educação Física.

Edenilson José Prudêncio [CREF 002425-G/SC]

Pêsames à População Mineira

Nossos pêsames à população de Minas Gerais, já que numa época em que se procura dar às nossas crianças melhores condições para o seu desenvolvimento intelectual, social e emocional, com uma estimulação que proporcione a elas sentir-se valorizadas, canalizando sua agressividade para o desenvolvimento de habilidades, o estabelecimento de relaciona-mentos sociais estáveis e positivos, melhorando suas percepções e capacidade de concen-tração para que possam ter melhores condições para o aprendizado escolar; a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais promulgou a Resolução SEE Nº 2.253/2013 que cerceia todas essas estimulações que deveriam ser oferecidas a nossas crianças, na medida em que estabeleceu que as aulas de educação física, exatamente a área do profissional qualificado para esse tipo de estimulação, sejam ministradas pelos já sobrecarregados professores re-gentes, que além de sobrecarregados não foram qualificados para esse tipo de estimulação tão imprescindível para o desenvolvimento de nossas crianças.

Apesar de que a Lei Federal 9696, de 1º de Setembro de 1998, estabeleça que compete ao Profissional formado em Educação Física ministrar as aulas dessa disciplina no âmbito escolar e apesar de que o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece, no Inciso IV do Artigo 16 do Capítulo II, relativo ao Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, que “o direito à liberdade compreende o direito a brincar, praticar esportes e divertir-se”, a Secreta-ria de Estado da Educação de Minas Gerais insiste em ignorar a legislação Federal pertinen-te, desrespeitando as crianças mineiras, usurpando seu direito à liberdade e cerceando seu desenvolvimento pleno, ao promulgar e manter a Resolução SEE Nº 2.253/2013 que denigre a administração pública mineira e macula nosso senso de liberdade.

Se para Tancredo Neves “Liberdade é o outro nome de Minas”, para nossas crianças brincar, praticar esportes e divertir-se sob orientação qualificada é o caminho mais seguro para o seu desenvolvimento e para a sua liberdade.

Pedro Américo de Souza Sobrinho – [CREF 000053-G/MG]

Concurso literário

Na matéria Resultado do Concurso Literário na página 10 da edição 47, as fotos dos segundo e terceiro lugares foram trocadas. Assim, para ficar correto, basta subir a terceira foto e descer a segunda. Ainda no mesmo texto, quem ganhou o concurso literário ainda na graduação com o tema “Ética e Exercício Profissional” foi Marcos Paulo de Oliveira Santos, que ficou em segundo lugar no Concurso literário e não em terceiro como a matéria trouxe.

ERRATA

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Audiência pública debate criação de Lei de Incentivo ao Esporte no Paraná

A Assembleia Legislativa do Paraná realizou, no começo do mês de abril, uma audiência pública para debater a criação de uma Lei de Incentivo ao Esporte no Estado do Paraná.

O CREF9/PR, que apoia a criação da Lei, esteve presente. A proposta original do projeto, de autoria dos parlamentares André Bueno, Ney Leprevost e dos ex-deputados Reini Pereira e César Silvestri, diz que as empresas poderiam destinar entre 0,01% e 3% do ICMS para projetos esportivos, selecionados por uma comissão encabeçada pelas secretarias de Estado do Esporte e da Fazenda.

Na ocasião, o Presidente do CREF9/PR, Antonio Eduardo Branco [CREF 000009-G/PR], disse que “se o Estado não puder passar toda a isenção de ICMS de imediato, que seja sugerido uma gradação: no primeiro ano de vigência da lei que seja 1%; no segundo ano que seja 2% e, no terceiro, 3%. Chegando aos 3% necessários à implantação da Lei de incentivo, além da destinação aos atletas ou projetos de talentos esportivos, que seja também criada a escola de treinadores de alto nível, pois com isso teremos o esporte que o Paraná sempre sonhou.”

Fonte: CREF9/PR

Audiência em Campo Grande discute número de aulas de Educação Física nas escolas municipais

O CREF11/MS-MT participou no último dia 14/05, de uma Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande pela Comissão Permanente de Educação e Desportos. O objetivo foi discutir sobre o número de aulas de Educação Física em todos os níveis nas escolas municipais de Campo Grande. O Conselheiro Silvio Lobo [CREF 000543-G/MS], esteve representando o CREF11 na audiência. “Foi apresentado um pré-projeto que fixa em três aulas práticas semanais. O Conselho ficou com cópia da minuta e vamos analisar o conteúdo e fazer alterações, caso sejam necessárias. Nós pretendemos aumentar essa carga horária. Isso vai refletir nas futuras gerações com uma mudança de comportamento e com o incentivo de hábitos mais saudáveis”, explica Silvio Lobo. De acordo com o Conselheiro a ideia é que seja realizada uma nova audiência para se discutir as alterações na proposta, que deverá ser protocolada na Câmara como Projeto de Lei.

Fonte: CREF11/MS-MT

CREF5 implanta PROGRAMA CREF ITINERANTE

Desde o último mês de abril que o CREF5/CE-PI–MA implantou o programa denominado “CREF Itinerante”. A finalidade é aproximar o CREF5 dos profissionais de Educação Física, as empresas prestadoras de serviço na área de atividades físicas desportivas e similares, que se encontram localizadas nas regiões distantes da sede regional e de suas seccionais.

O programa conta com a participação dos profissionais registrados das regiões a serem visitadas, que, através da interação via site do Conselho, indicam as demandas da região. De acordo com essas demandas, o CREF oferta cursos que vão suprir as necessidades e interesses dos profissionais da região contemplada.

Os dois principais objetivos do programa são: 1. Garantir à sociedade que os serviços prestados na área da atividade física, esportiva e similares nos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão, sejam de fatos exercidos por profissionais de Educação Física habilitado pelo Sistema CONFEF/CREFS e que as empresas prestadoras de serviços na área de atividade físicas esportivas e similares estejam devidamente credenciadas garantindo qualidade e segurança no serviço prestado ao usuário; 2. Facilitar o acesso dos profissionais e empresas prestadoras de serviço na área de atividades físicas, desportivas e similares aos serviços administrativos do CREF5 /CE-PI-MA.

Fonte: CREF5/CE-PI-MA

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“Operação Intensiva” movimenta CREF 12

Desde fevereiro que o projeto intitulado “Operação Intensiva” está em prática em Maceió/AL. Criado pelo Departamento de Fiscalização do CREF12/ PE-AL a operação tem como objetivo regularizar as empresas prestadoras de serviço na área de atividade física, esportiva, recreativa e similares, bem como verificar a situação das pessoas que estão em projetos sociais atuando em atividades privativas da Profissional de Educação Física em Pernambuco e Alagoas. E, no caso de confirmação de irregularidade, notificar o exercício ilegal da Profissão.

São três equipes que realizaram simultaneamente ações de fiscalização em escolas, academias, clubes e outros locais de intervenção do Profissional de Educação Física. Fazem parte do Departamento de Fiscalização do CREF12, a Chefe de Fiscali-zação Rosângela Albuquerque [CREF 000404-G/PE], o Assessor Técnico de Fiscalização André Souza [CREF 002443-G/PE] e os Agentes de Fiscalização Nilluzia Arruda [CREF 004223-G/PE], Rebekka Kretzschmar [CREF 003456-G/PE] e Antônio Neto [CREF 000925-G/AL].

O CREF alerta que o sucesso do projeto depende em grande parte da colaboração dos profissionais de Educação Física, empresas e da própria sociedade, denunciando as irregularidades.

Fonte: CREF12/PE-AL

Vigilância Sanitária, Polícia Militar e CREF13/BA-SE deflagram operação e notificam academias

A Seccional Sergipe do CREF13 em parceria com a Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Finanças e 7º Batalhão de Polícia Militar deflagraram, no início do mês de maio, a “Operação Serigy” nos municípios de Lagarto e Itabaiana. Vinte esta-belecimentos foram visitados nos dois municípios. Os que estavam sem registro foram notificados e terão um prazo de 30 dias para regularizarem sua situação junto à seccional Sergipe e à Vigilância Sanitária. Caso isso não aconteça, serão impedidos de funcionar até a efetiva regularização.

As principais irregularidades constatadas nos estabelecimentos registrados foram ausência do responsável técnico e fraude em estágio. As visitas foram realizadas por agentes de Orientação e Fiscalização do CREF acompanhados pelos fiscais sanita-ristas e policiais militares.

Fonte: Lagartense.com

Justiça Federal suspende licitação de Ginástica Laboral do TRT a pedido do CREF 7/DF

O Juiz da 22ª Vara Federal do Distrito Federal concedeu liminar requerida pelo CREF7, para suspender o Pregão Eletrônico nº 005/2013, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), que previa a concorrência de profissionais e empresas do ramo de Fisioterapia para prestarem serviços de Ginástica Laboral aos funcionários do TRT10, sem sequer incluir a possibi-lidade de contratação de profissionais e empresas de Educação Física.

O CREF7/DF argumentou que a legislação prevê que a Ginástica Laboral é atividade privativa do Profissional de Educação Física e não de Fisioterapeutas como previa o documento com as regras da concorrência. O juiz acatou a solicitação e argu-mentação do CREF7 para que a licitação fosse suspensa até decisão final do processo judicial, que agora deve ser submetido ao Ministério Público Federal para que se manifeste. Enquanto o caso não for apreciado e a decisão publicada, nada acontece em relação ao processo. Vamos aguardar!

Fonte: CREF7/DF

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CREF3 fiscaliza 33 estabelecimentos

Trinta e três estabelecimentos foram visitados pelo CREF3/SC entre os dias 15 e 19 /04 nas Secretarias de Desenvolvimen-to Regional (SDR) de Campos Novos, Curitibanos e Timbó. Foram encontrados seis estabelecimentos sem registro junto ao CREF3/SC na SDR de Timbó e outros três na SDR de Campos Novos e Curitibanos. As principais irregularidades constatadas foram: ausência do responsável técnico e acadêmicos sem termo de compromisso de estágio.

A supervisora de atividades fins do CREF3/SC Cristiane Lindner Giorgi [CREF 010363-G/SC] alerta que “o estágio em aca-demias, clubes e federações é permitido somente aos acadêmicos do Curso de Bacharelado em Educação Física a partir da me-tade do Curso, o que corresponde à quinta fase e deve ser supervisionado por um Profissional de Educação Física devidamente habilitado e registrado. A efetivação do estágio se dá através da apresentação do Termo de Compromisso de Estágio firmado entre o Acadêmico, Instituição de Ensino Superior e Estabelecimento”, destaca.

Fonte: CREF3/SC

AL de Rondônia institui Semana Estadual do Profissional de Educação Física

A Seccional Roraima do CREF8 propôs e a Presidência da Assembleia Legislativa de Rondônia acatou, votou e aprovou a Lei que institui a Semana Estadual do Profissional de Educação Física.

De acordo com o texto publicado no Diário Oficial do Estado, ficou instituído que a comemoração será anual e sempre na primeira semana do mês de setembro em referência ao 1º de setembro que é o Dia do Profissional de Educação Física. Foi determinado também que a data passe a constar no calendário oficial e pedagógico do Estado.

Esse ano, o primeiro após a publicação da lei, a Semana está marcada para ser comemorada entre os dias 29 de agosto a 1° de setembro.

Publicada no Diário Oficial do Estado de Rondônia ANO XXIX Porto Velho-RO – Sexta-feira, 28 de setembro de 2012 N° 2069 CADERNO PRINCIPAL.

Fonte: CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR

Prefeitura de Salto do Céu (MT) exige registro em concurso

Os candidatos à vaga de Profissional de Educação Física na Prefeitura de Salto do Céu (MT) deverão ter registro no Conse-lho, conforme indica nova retificação do edital.

A correção se deu em resposta ao ofício do CREF11/MS-MT que solicitou a mudança. De acordo com a retificação assinada pelo presidente da Comissão Organizadora da seleção, Mauto Teixeira Espindola, “fica esclarecido que para concorrer ao cargo de Professor de Educação Física do edital 001/2013 da prefeitura de Salto do Céu, o candidato deve possuir ensino superior na área e registro no Conselho de Classe.”

Oficio do CREF11/MS-MT nº 284/2013

Fonte: CREF11/MS-MT

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CREF2/RS move ação contra o Estado e exige contratação de Profissionais de Educação Física

Uma ação civil pública foi ajuizada na Justiça Federal, em Porto Alegre, contestando a falta de professores sem formação para ministrar aulas de práticas desportivas para alunos de 1ª a 5ª séries e exigindo que o Estado contrate Profissionais de Edu-cação Física.

De acordo com o Presidente do CREF2, Eduardo Merino [CREF 004493-G/RS], a expectativa é qualificar o ensino e evitar doenças ligadas à falta de exercícios. “Dados epidemiológicos mostram aumento do sedentarismo e obesidade infantil. É im-portante utilizar bem o horário de atividade, não como recreação. Acreditamos que essa ação trará benefícios em termos de saúde”, destaca.

O Conselho estima que 300 mil crianças são atendidas por professores não habilitados na disciplina no Estado.

Ação Civil Pública Nº 5015130-79.2013.404.7100/RS

Fonte: CREF2/RS

Justiça determina a exigência do registro de técnicos em jogos escolares no Rio Grande do Norte

A 1ª Vara da Fazenda Pública do Rio Grande do Norte determinou que o Estado, através da Secretaria de Educação e Cultura (SEEC), exija os registros dos profissionais que atuarão nos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERN’s) e do Campeonato de Es-colas Estaduais e Municipais (CEEM’s). A determinação é resultado de solicitação feita pelo CREF10, seccional Rio Grande do Norte.

Ainda de acordo com a determinação, os profissionais devem ser graduados em Educação Física, ter registro no CONFEF/CREF e pertencer legalmente ao quadro funcional do estabelecimento de ensino que o inscreveu. O CREF/RN enviará representantes aos eventos para que sejam feitas fiscalizações.

O exercício da função de um profissional registrado está prevista no art.23 do Regulamento Geral do JERN’s 2013 e no art.22 do Regulamento Geral do CEEM’s 2013, porém a ação reforça essa obrigatoriedade.

Fonte: Tribuna do Norte

Ministério Público emite parecer favorável ao CREF5

A Procuradoria da República no Estado do Piauí considerou abusivo e ilegal o edital do concurso público para contratação de professores de Educação Física em que o requisito de escolaridade mínima era estar cursando o 5° período da Licenciatura Plena. A contestação partiu do CREF5, que conseguiu parecer favorável emitido pelo Ministério Público.

Segue a decisão da Procuradoria: “Se a função principal dos novos contratados é exercer o magistério, mesmo que em ca-ráter de urgência e por tempo determinado, deverão ser observadas todas as normas regulamentadoras da profissão. No caso em comento, quais sejam, a Graduação em curso de Nível Superior e a inscrição no respectivo Conselho de Classe”.

Mandato de segurança N° 1392-81.4.01.4000 impetrado pelo CREF5

Fonte: CREF5/CE-MA-PI

Lei municipal institui Semana da Educação Olímpica em Caicó (RN)

Desde o último dia 13 de maio de 2013, foi instituída nas Escolas Municipais de Caicó (RN), a Semana da Educação Olím-pica. De acordo com a Lei 4.576/2013, que incluiu o evento no calendário das escolas do município, a Semana deverá ser rea-lizada no dia 23 de junho, quando é comemorado o Dia Olímpico, sempre observando o caráter multicultural que caracteriza o esporte. Assim, devem ser priorizadas atividades que “apresentem valores de modo a educar, engajar e influenciar crianças e jovens para o desenvolvimento social e do comportamento ético em prol da cidadania e da comunidade”, traz o texto da Lei.

Lei Nº 4.576 / 2013, de 13 de maio de 2013

Fonte: CREF10/PB-RN

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Simpósio Internacional de PilatesDatas: 02 a 04 de agosto de 2013 Local: Intercity Hotel - Caxias do Sul (RS) Informações | Inscrições: www.pilatesclassico.com.br/simposio

XVII COMBRACE/V CONICEDatas: 02 a 07 de agosto de 2013 Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília (DF)Informações | Inscrições: (51) 3308-5838 - [email protected]

2º Congresso de Educação Física da FIEP/AM 2013Datas: 14 a 17 de agostoLocal: Faculdade de Ciências Agrárias – Campus UFAM – Manaus (AM)Informações | Inscrições: www.fiepam.com.br

10º ENAF - BHDatas: 15 a 18 de agostoLocal: Belo Horizonte (MG)Informações | Inscrições: www.enaf.com.br

Brasília Capital FitnessDatas: 15 a 18 de AgostoLocal: Brasília (DF)Informações | Inscrições: www.bsbfitness.com.br

V Congresso Centro-Oeste de Ciências do Esporte (CONCOCE)Datas: 03 a 06 de setembro de 2013 Local: Dourados (MS) Informações | Inscrições: [email protected] ou [email protected]

14º IHRSA Fitness BrasilDatas: 05 a 07 de Setembro de 2013Local: Transamérica Expocenter – São Paulo (SP)Informações | Inscrições: www.fitnessbrasil.com.br

3° Encontro de Estudantes e Profissionais de Educação Física de SantosDatas: 12 a 14 de setembro de 2013Local: Santos (SP)Informações e Inscrições: www.fiepsantos.com.br

3° Congresso Brasileiro de Ciência do ExercícioDatas: 13 a 15 de setembro de 2013Local: CEAFI - Goiânia (GO)Informações e Inscrições: www.cbrace.com.br

3º ENAF - ManausDatas: 27 a 29 de setembroLocal: Manaus (AM)Informações | Inscrições: www.enaf.com.br

8° Congresso de Educação Física da FIEP - SergipeDatas: 03 a 06 de outubroLocal: Aracaju (SE)Informações | Inscrições: [email protected]

36º Simpósio Internacional de Ciências do EsporteDatas: 4 a 5 de outubroLocal: São Paulo/SPInscrições | Informações: www.simposiocelafiscs.org.br 17º Meeting Balneário CamboriúDatas: 11 a 13 de outubroLocal: Balneário Camboriú/SCInformações | Inscrições: www.korppus.com.br

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Cédula de IdentIdade ProfIssIonal: tenha sempre com você!

Mostre a todos que você é uM Profissional de educação física. não esqueça sua cédula de identidade Profissional eM casa!

resolução disponível eM confef.com/19

Todo Profissional de Educação Física deve portar sua cédula de identidade Profissional enquanto estiver trabalhando.

resolução conFeF nº 233/2012

Dispõe sobre a obrigatoriedade dos Profissionais de Educação Física portarem as respectivas Cédulas de Identificação Profissional emitidas

pelo Sistema CONFEF/CREFs

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, no uso de suas atribuições estatutárias, conforme dispõe o inciso IX, do art. 43 do Estatuto do CONFEF, e;

CONSIDERANDO os art. 11 e 12 da Resolução CONFEF nº 206/2010, que versa sobre o Estatuto do CONFEF;

CONSIDERANDO os incisos XV e XXI do art. 6º e os incisos VI e VIII do art. 9º, ambos da Resolução CONFEF nº 056/2003, que dispõe sobre o Código de Ética do Profissional de Educação Física;

CONSIDERANDO que a identificação do Profissional se fará mediante a Cédula de Identidade Profissional;

CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CONFEF, em reunião ordinária, de 03 de agosto de 2012;

RESOLVE:

Art. 1º - O porte da Cédula de Identidade Profissional é obrigatório durante o exercício das atividades privativas dos Profissionais de Educação Física, constituindo prova de identidade civil para todos os fins legais.

Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, revogando as disposições em contrário.

Jorge steinhilberPresidenteCREF 000002-G/RJ

dou. nº 179, seção 1, pág. 254, de 14 de setembro de 2012.

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O Profissional de Educação Física tem um conselho para você:

www.confef.org.brCONFEF

Sistema CONFEF/CREFsConselhos Federal e Regionais de EDUCAÇÃO FÍSICA

por um Brasil justo e saudável

Aceite as

diferenças!Aceite as

diferenças!

Aceitar as diferenças e compreender que elas fazem parte da vida são caminhos para o desenvolvimento da cultura da paz e da solidariedade. As atividades físicas

e esportivas orientadas por Profissional de Educação Física colaboram na formação cidadã dos jovens e na promoção do bem-estar da população.