revista eletrônica amigos do inhotim

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1 trimestre n 8 ano 2

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1º Trimestre | Ano 3 | Edição 07

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Page 1: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

1 trimestre n 8

ano 2

Page 2: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Carta do Diretor

Caro amigo(a),

Entramos em 2013 com uma ótima notícia! O Inhotim registrou a marca de 1 milhão de visitantes desde a abertura do parque, em 2006. Esse número reflete a qualidade do nosso serviço e o compromisso que temos com você de oferecer o que existe de melhor na Arte, Botânica e Inclusão e Cidadania.

Outra importante celebração para todos nós é o aniversário de dois anos do programa Amigos do Inhotim. Com a sua colaboração, atingimos marcas impressionantes como as que você vai ler nesta primeira edição do ano da Revista Amigos do Inhotim!

Boa leitura!

Renata SallesDiretora de Projetos e Captação

Page 3: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

O que os Amigos estão dizendo por aí...

Alfredo Figueiredo e Ellen Paiva, São Paulo, Amigos do Inhotim desde fevereiro de 2013.

“Inhotim é um lugar que merece que a gente venha várias vezes durante a vida para poder reciclar, inclusive a parte emocional. As pessoas que trabalham no Instituto nos recebem muito bem, sabem tudo sobre as obras de arte e, ainda, são muito jovens! Percebo que um grande legado social do Inhotim é com as pessoas do entorno e a com as comunidades próximas”.

“um grande legado social do Inhotim é com as pessoas do entorno e a com as comunidades próximas.”

Page 4: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

João Carlos Teixeira e família, Brasília, Amigos do Inhotim desde fevereiro de 2013.

“Depois de três dias de visitação, sinto-me ainda mais feliz de ter me tornado {Amigo do Inhotim}, do qual agora sou um admirador entusiasmado. A cada dia de visita, acompanhado da minha mãe, dos meus filhos, de 3 e 5 anos, e do meu sobrinho, de 11 anos, saíamos felizes do parque como que acometidos de um otimismo na vida, no futuro. Será esse um dos poderes da arte e do zelo que ali encontramos? Muito obrigado aos responsáveis idealizadores dessa iniciativa”.

Page 5: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Luciana Mattioli, São Paulo, Amiga do Inhotim desde abril de 2012.

“O Inhotim me inspira a pensar, sonhar e refletir. É um lugar onde fico em paz e me sinto bem. É tudo que um bom amigo faz!”.

Page 6: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Artur Motta, Amigo do Inhotim desde agosto de 2012.

“Aquele que inicia uma caminhada de longa distância, não é o mesmo que a terminará vários dias e muitos quilômetros depois: a transformação é o resultado do processo de “sensibilização”.

Quem vai a Inhotim, acredito, passa pelo mesmo processo das caminhadas: o maravilhamento pela sensibilização!

Colaborar para que essas fontes de transformação não só continuem a existir, mas para que se tornem acessíveis a um número cada vez maior de pessoas é uma razão de vida.

Por esta razão sou Amigo do Inhotim e voluntário no Caminho do Sol.

Que o sonho e a beleza prevaleçam”.

Page 7: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

NA MíDIA

Era só entrar num voo da TAM e lá estava

Inhotim nas nuvens. Durante o mês de

fevereiro, os passageiros da companhia

aérea conheceram ou ficaram sabendo

mais sobre as mostras permanentes, novas

galerias e exposições que prometem agitar

Inhotim em 2013. O programa TAM nas

Nuvens revelou enigmas na obra do cubano

Carlos Garaicoa, percorreu o labirinto de

Cristina Iglesias e mergulhou na galeria

Psicoativa Tunga.

“Uma imersão no que há de mais

contemporâneo em arte”. A definição da

revista feminina Gloss colocou Inhotim

na segunda edição do ano. A matéria

recomenda um roteiro com dicas para

visitar o Instituto.

A revista KAZA, especializada em

arquitetura, chamou Inhotim de Babilônia

Arquitetônica. A publicação traz as

impressões de Bernardo Paz sobre as

principais atrações do Instituto e destaca as

conquistas de crescimento relativas a 2012.

A reportagem antecipa, com exclusividade,

futuros pavilhões e o tão aguardado projeto

de um hotel de luxo.

Na imprensa internacional, a rede inglesa

BBC Internacional produziu uma série

de reportagens sobre a ascensão de

empresários no mercado mundial de

commodities. A história de Bernardo foi

um dos destaques do segundo episódio: da

mineração à criação de Inhotim.

“ Uma imersão no que há de mais contemporâneo em arte.” Revista Gloss

Page 8: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Em janeiro passado, fui à Ilha da Madeira e Portugal, tendo visitado alguns museus e jardins botânicos. Insensivelmente, não pude deixar de fazer um paralelo com o INHOTIM, por ser uma referência que conheço.

Na Ilha da Madeira, visitei o Jardim Botânico: uma área de grande extensão com inúmeras espécies de árvores (inclusive muitas palmeiras), plantas, flores e folhagens, bem classificadas, situadas em uma região montanhosa da Ilha. O nome Madeira foi aplicado à Ilha, ao ser povoada pelos portugueses, por causa das imensas florestas que possuía, daí a importância e o acervo do Jardim. Não pude deixar de lembrar que o INHOTIM é mais bonito, com ajardinamento mais artístico e com mais espécies de palmeiras.

Na estrada de Lisboa para Óbidos, há um desvio para Carvalhal, onde existe o Jardim da Paz Buddha, criado pelo grande produtor de vinhos José Berardo: é uma imensa área rural, com inúmeras estátuas de Buda feitas de granito, mármore e terracota, tendo também uma réplica de

parte dos guerreiros de Xi an (China) e uma pequena réplica das rochas de Stonehenge (Reino Unido). No início do Jardim, está sendo montado um setor de arte contemporânea a céu aberto, com cerca de 10 estruturas de arte de grande porte, muitas ainda sem placas de identificação; identifiquei obras típicas de Alexander Calder, Louise Bourgeois e Botero. A área dos Budas é bem organizada e com muitas peças, mas torna-se monótona por abordar apenas um tema, e o setor de arte contemporânea ainda está em fase de montagem e com poucas obras. Evidentemente, o INHOTIM tem um acervo muito maior e mais diversificado.

Em Lisboa, visitei o Museu de Arte Contemporânea no Centro Cultural de Belém, montado pelo mesmo empresário José Berardo. Excelente e numeroso acervo, destacando Donald Judd, Anish Kapoor, Sol LeWitt, Robert Mangold, Manuel Ocampo, Orozco, Richard Serra, Frank Stella, James Turrel, além de Giusepe Penone e Adriana Varejão (estes últimos também expositores no INHOTIM). Na entrada do Museu, uma excelente exposição especial transitória

do Hélio Oiticica, muito visitada; na entrada da exposição, um vídeo mostrava a instalação Magic Square do Oiticica no INHOTIM.

Em maio do ano passado, em Paris, visitei o Musée de la Sculpture em Plein Air, à margem do rio Sena, próximo da Gare d Austerlitz. São dezenas de esculturas

Palavra de Amigo, por Cid Velloso*

Inhotim no panorama internacional

“Não pude deixar de lembrar que o INHOTIM é mais bonito, com ajardinamento mais artístico e com mais espécies de palmeiras.”

Page 9: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

de arte contemporânea ao ar livre, de autores pouco conhecidos por mim: Liuba Kirova, Liberáki, Michael Noble, Cardenas, Sklavos, Olivier Brice, Micha Laury, Zadkine, Patkai, Stahly, entre outros, sendo apenas Brancusi o que identifiquei. Muito interessante, especialmente na bela região à margem do Sena. INHOTIM tem um acervo muito maior, de melhor qualidade e de artistas mais consagrados.

Em 2005, eu e Roseni visitamos Storm King Art Center, situado a 90 km ao norte da cidade de Nova York. Montado em 1960 em uma área imensa, possui esculturas de grande porte espalhadas ao ar livre, fazendo-se a visita em um trenzinho. Obras de Alexander Calder, David Smith, Mark Suvero, Henry Moore, Noguchi, Richard Serra, Louise Nevelson, Andy Goldsworthy, Roy Lichtenstein, Alexander Liberman, entre outros. Um grande e excelente centro de arte, mas sem nenhuma abordagem do setor botânico; tivemos um problema: como passamos o dia na área, procuramos um local para tomar uma refeição, não encontrando nenhuma lanchonete ou restaurante, apesar de ser um local de turismo regular. O acervo de arte contemporânea pode ser comparado ao INHOTIM, mas a falta de um jardim botânico em torno e a falta de uma estrutura turística adequada foram pontos falhos no Storm King.

Não são muitos modelos similares ao INHOTIM visitados por mim, mas já é possível vislumbrar que nosso centro de arte assume uma categoria internacional de qualidade, organização e competência.

* Cid Velloso, autor do livro Doutor Viagem, é médico. Foi reitor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e presidente da Associação Médica de Minas Gerais

“Já é possível vislumbrar que nosso centro de arte assume uma categoria internacional de qualidade, organização e competência.”

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A combinação entre a mão e a argila vem dos primórdios da civilização humana. Quem vai conhecer Inhotim tem acesso a belas cerâmicas, dispostas pelas lojas do parque. Mas pouca gente sabe que ali bem perto, na Fazenda Bocaína, artesãos usam da mais genuína criatividade para fazer do barro várias peças de design arrojado.

A Cerâmica Arteminas se inspira nas antigas olarias e produz, somente para Inhotim, 1.200 objetos de decoração e de paisagismo, em cem linhas diferentes. A cerâmica também entrega utilitários para os restaurantes do parque, vasos e casas de passarinho espalhados pelo jardim botânico. As vendas externas contemplam coleções personalizadas, como as que foram produzidas para a Tok Stok em 2012.

Há quatro anos, a artista Léa Antônio Mendes Diegues começou essa pequena produção de cerâmica em Belo Horizonte. Inhotim era um dos principais clientes, e três pessoas cuidavam dos processos. As encomendas aumentaram, e a equipe foi convidada para ser vizinha do parque, apoiada como projeto social pela Diretoria de Inclusão e Cidadania. “Fizemos um edital público nas cidades próximas para selecionar e formar, por dois anos, pessoas interessadas no ofício”, diz Léa.

Hoje, a equipe conta com 22 profissionais contratados, vindos de Brumadinho,

de Betim, de Belo Horizonte e das comunidades quilombolas Sapé e Marinhos. O betinense Tiago Ribeiro da Silva, ceramista há 16 anos, atua como “olheiro” na Cerâmica Arteminas. “É uma profissão rara, sou responsável por modelar uma peça padrão a partir de um desenho para que os demais colegas repliquem a produção nas proporções corretas”, explica.

Mãos que transformam

“A equipe conta com 22 profissionais contratados, vindos de Brumadinho, de Betim, de Belo Horizonte e das comunidades quilombolas Sapé e Marinhos.”

Page 11: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

As peças são queimadas a uma temperatura de até 1.300 graus, o que as torna resistentes e prontas para o forno e o micro-ondas. Mariléia Conceição Moreira, de Marinhos, está há dois anos no projeto e trabalha no acabamento e na pintura das peças. “Não imaginava que seria tão interessante. Nosso trabalho é detalhista. O que mais gosto é de colocar as alças nas xícaras porque sei quais as peças que montei. O sentimento de realização é muito grande”, comenta.

Segundo Sálvio Calicchio, um dos designers, o projeto começa sua segunda fase: a busca da sustentabilidade do negócio. “Iniciamos uma incubadora de produção em formas, que torna o trabalho semi-industrial. As duas frentes seguirão juntas, com mais diversidade para o mercado interno, oferecendo desenhos ousados”, revela. Conheça mais sobre o projeto em www.arteminas.com.br.

Você sabia que a Cerâmica Arteminas confecciona vasos em formas de letras para a obra A origem da obra de arte da artista Marilá Dardot? Para cada vaso, o visitante tem à disposição utensílios de plantio, terra e sementes para semear suas próprias palavras.

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Arte, memória e patrimônio

Segundo Rosalba Lopes, coordenadora do Cimp, resgatar a memória permite às comunidades conhecer e valorizar suas raízes. “Um ser humano que tem sua memória valorizada, com boa leitura do mundo, de si mesmo e do lugar que ocupa, torna-se um cidadão pleno mais facilmente“, afirma.

O projeto da Diretoria de Inclusão e Cidadania foi iniciado, em 2009, pela historiadora Rita de Cássia Marques em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tornou-se viável graças às pesquisas financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que, desde o princípio, vem contribuindo para a construção do acervo e oferece formação a bolsistas de iniciação científica e do ensino médio das escolas públicas locais.

O Centro é constituído por três unidades, com destaque para o Acervo de Memória e Patrimônio Histórico-Cultural e Ambiental.

Conheça em detalhe as coleções:

História da Região de Brumadinho: recupera a história política, social e econômica do município e do Médio Vale do Paraopeba entre os séculos XVII e XXI.

Tradições Musicais e Cultura Popular: recupera e preserva as tradições populares e religiosas da região de Brumadinho, bem como o registro das manifestações cultivadas hoje, como a Festa da Colheita, o Encontro das Guardas de Congado e a Missa Conga. Uma curiosidade: foram encontradas partituras raras das bandas musicais da cidade, além de malas de couro que os músicos usavam para carregar instrumentos no lombo dos burros.

História Ambiental: abrange o uso dos recursos naturais, as características geológicas, a transformação do meio ambiente e da paisagem na região.

Memória da inserção do Inhotim em Brumadinho: registra a formação de Inhotim, as ações realizadas pelo Instituto nas comunidades e a relação entre o público, o Museu e as obras.

“O efeito mais perverso da miséria é a espoliação da memória”. A frase de Ecléa Bosi, professora e pesquisadora do Instituto de Psicologia Social e do Trabalho, sintetiza a filosofia do Centro Inhotim de Memória e Patrimônio (Cimp) em recuperar, conservar e tornar público o patrimônio histórico, cultural e ambiental de Brumadinho e do Vale do Paraopeba.

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Ele é dividido em quatro coleções de documentos históricos, escrituras, fotografias e peças antigas. Há ainda registros audiovisuais que trazem a narrativa de vida dos moradores e manifestações culturais da região.

As outras unidades em desenvolvimento são a Biblioteca e o Arquivo do Instituto Inhotim. Mesmo com grande conteúdo

recuperado, o Centro de Memória ainda não está aberto ao público. “A intenção é construir o espaço fora do Instituto, em um casario colonial a ser restaurado, para que a comunidade tenha livre acesso a ele e se aproprie das informações”, revela Rosalba.

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Há quase três anos, a doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, Rosalba Lopes, busca tornar tangível o projeto do Centro Inhotim de Memória e Patrimônio. Trata-se da constituição de um acervo que busca recuperar a memória, a história e as tradições culturais locais, fazendo delas um caminho para a promoção da cidadania.

1) Como você se encontrou com a memória?

Meu trabalho estrutura-se em dois eixos que dialogam entre si: a pesquisa e a educação. No campo da pesquisa, a metodologia de recuperação da memóriasempre esteve presente e, no doutorado, foi um importante instrumento paracompreender a relação que a esquerda brasileira estabeleceu com a democracia. No campo da educação, o trabalho com a memória me permitiu construir projetos de inclusão social com foco em alfabetização e letramento. O trabalho foi registrado no videodocumentário Janelas da Memória, premiado em 2003. Atuei por mais de 12 anos promovendo a formação de jovens e de adultos em escolas públicas e depois em universidades, como no curso de História da PUC Minas.

2) De que se constitui o entendimento da memória?

Ela é um elemento constitutivo da

identidade. Se um indivíduo tem dificuldade de acessar os elementos da sua história, ele tem problemas na constituição da identidade e, portanto, na sua autoafirmação. Projetos de inclusão social devem considerar a importância dessa dimensão, pois conhecer e valorizar a

história e a herança cultural contribui para a formação de sujeitos autônomos e, consequentemente, para a promoção da cidadania. A importância desse trabalho de recuperação de história e memória ganha destaque quando consideramos que as pessoas de baixa renda são as que têm mais dificuldade nesse campo, pois sua memória tem menos pontos de referência, muitas vezes sequer possuem fotografias de infância ou certidão de nascimento, por exemplo. São quebras importantes na identidade.

3) Qual o papel da memória no território?

A pergunta nos leva a um terreno interessante: o da relação entre a memóriaindividual e a memória coletiva. Recuperar memórias individuais contribui para recuperar a memória coletiva.

Paralelamente, existem dimensões coletivas que se expressam na memória dos indivíduos. Quando pensamos noterritório como uma dimensão coletiva da vida, o trabalho com a memória podepotencializar, entre outras coisas, a afirmação de sujeitos coletivos.

4) Por que Inhotim está resgatando a história de Brumadinho e do médio Vale do Paraopeba?

Inhotim é uma instituição rica em várias frentes, conectada com o contemporâneo e

Entrevista: Rosalba LopesMemória. O que ela diz sobre nós mesmos.

“Se um indivíduo tem dificuldade de acessar os elementos da sua história, ele tem problemas na constituição da identidade e, portanto, na sua autoafirmação.”

Page 15: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

“Recuperar as memórias individuais contribui para resgatar as memórias coletivas.”

com as relações entre ele e o tradicional. Desenvolve um trabalho vinculado ao território no qual se insere, e sua preocupação com a comunidade abrange vários aspectos, desde a empregabilidade, permitindo que as pessoas tenham um local de trabalho sem descaracterizar sua vida, até o desenvolvimento territorial, um dos eixos de ação da Diretoria de Inclusão e

Cidadania. Incluir a memória nesse trabalho de promoção da cidadania faz Inhotim, mais uma vez, ser único, pois expressa a crença de que desenvolver um território, inclusive capacitando-o a gerar renda, exige a consideração de dimensões importantes da alma humana como àquelas vinculadas à identidade.

5) Que interfaces a gestão do Centro de Memória tem com essas comunidades?

O trabalho exige que a gente mergulhe na comunidade por meio de pesquisas,registros de manifestações culturais e coletas de histórias. Quando gravo umindivíduo contando suas lembranças, entro na alma da comunidade. Isso faz

toda a diferença, pois potencializa as chances de se obter melhores resultados em iniciativas mais complexas, como a de gerar renda ou de estimular a constituição de sujeitos autônomos. Conhecer sua história ecultura nos permite também respeitar mais suas características e propor ações que tenham sintonia com sua identidade.

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De portas abertas há seis anos, Inhotim registrou, no fim do ano passado, o recorde de 1 milhão de visitantes, incluindo grupos agendados e excursões escolares. Mais de 293 mil pessoas estiveram no local de janeiro a dezembro de 2012, 19,5% a mais em relação ao mesmo período de 2011.

Para além da beleza do jardim botânico e das galerias de arte, os participantes da Rede de Empresários, em Brumadinho, compuseram esse marco: o número desses visitantes, compostos de proprietários de pousadas e restaurantes locais, cresceu de

20 para 50 em quatro anos, sendo que 24 deles são parceiros do programa Amigos do Inhotim. Segundo Juliana Oliveira, da Diretoria de Inclusão e Cidadania, a parceria é positiva para a cidade. “Ela atrai mais turistas para as empresas parceiras, que mantêm um compromisso de qualidade com o Instituto”, afirma.

Crescer também significa oportunidades de desenvolvimento local. Dos quase mil funcionários – entre próprios e terceirizados – que trabalham para deixar o parque cada vez mais atrativo, cerca de 70% é formado por moradores locais.

MArCO hIStÓrICO

“Inhotim registrou, no fim do ano passado, o recorde de 1 milhão de visitantes, incluindo grupos agendados e excursões escolares.”

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Quem visitou Inhotim no Carnaval vibrou com atividades especiais para os foliões. Em cinco dias, o Instituto recebeu o recorde de 14.624 visitantes, cerca de 1.500 pessoas a mais que no mesmo período em 2012. A terça-feira, dia de entrada gratuita, foi o dia mais alegre e movimentado, com 8.014 visitantes.

Confira as fotos dos melhores momentos!

Alalaô-ô-ô, Inhotim!

Estandartes, capas e parangolés dançam em ritmo de Carnaval! Com os adereços produzidos pelos visitantes, em homenagem à obra de Hélio Oiticica, as manifestações ambientais da intervenção Arte e Educação em Bloco agitaram o parque.

Page 18: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Delicioso café da manhã oferecido aos visitantes no Teatro do Inhotim

As crianças também se divertiram na Folia no Jardim Botânico, no espaço Tamboril, onde confeccionaram máscaras da fauna da região, utilizando resíduos como papelão e folhas desidratadas.

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Antes de soprar duas velinhas no bolo de aniversário neste mês de março, o Amigos do Inhotim agradece a participação das 3.093 pessoas que contribuíram para que os primeiros dois anos fossem um sucesso. Em pouco tempo, o programa superou iniciativas semelhantes com mais de 15 anos de atuação no mercado.

Os resultados são incríveis. Até o fim de fevereiro, foram 1.805 doações, e a arrecadação chegou aos R$ 644.930,00. Os recursos são investidos no plano anual de atividades do Instituto, em melhorias de atendimento ao público e em projetos de democratização do acesso à cultura.

O Jardim de Todos os Sentidos, um projeto piloto que já faz parte do Plano de Acessibilidade do Inhotim, é uma iniciativa 100% patrocinada pelos Amigos. O projeto tornará o Viveiro Educador acessível para as pessoas com necessidades visuais.

“Nossa meta é que Inhotim, a exemplo de outras instituições culturais no mundo, possa garantir grande parte de sua sustentabilidade por meio do envolvimento de cidadãos que se apaixonam, reconhecem a importância social, cultural e ambiental do Instituto e oferecem seu suporte. Que eles sejam multiplicadores das nossas ações e que se sintam parte desse projeto único para garantir sua perenidade”, declara Suellen

Moreira, coordenadora do Programa Amigos do Inhotim.

Se você ainda não renovou sua doação este ano, clique aqui: www.inhotim.org.br/index.php/p/v/670-743# e dê continuidade ao seu importante suporte.

ACEItA uMA FAtIA DO bOLO?

“Os resultados são incríveis. Até o fim de fevereiro, foram 1.805 doações, e a arrecadação chegou aos R$ 644.930,00.”

Page 20: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

No dia 23 de fevereiro, aconteceu, no Inhotim, o almoço anual oferecido aos Patronos e Benfeitores Máster do programa Amigos do Inhotim. Além de uma apresentação exclusiva do Coral Adulto Inhotim Encanto, os Amigos também puderam assistir a uma apresentação sobre o Instituto, saber o destino das

doações recebidas e fazer visita mediada pelas novas obras do acervo.

O evento contou com a presença do idealizador e presidente do Conselho Administrativo do Instituto, Bernardo Paz, da diretora-executiva Roseni Sena, da diretora de Arte e Programas Culturais,

Eungie Joo, do curador Rodrigo Moura, além da equipe do Programa.

Agradecemos a cada Amigo que compareceu ao almoço e a todos os que colaboram para o presente e o futuro dessa Instituição.

Almoço Anual Patronos e Benfeitores Máster Amigos do Inhotim 2013

Page 21: Revista Eletrônica Amigos do Inhotim

Arte, Botânica, Cidadania e Inclusão Social, Desenvolvimento Sustentável e Educação. Já pensou dar tudo isso de presente?

O Gift Card Amigos do Inhotim é um cartão que concede todos os benefícios do Amigos do Inhotim mediante uma doação em nome de quem você quer presentear. Você

pode usá-lo em datas especiais, como aniversários, Dia das Mães, dos Namorados ou dos Pais, entre outras. Com o Gift Card Amigos do Inhotim você presenteia com criatividade e ainda contribui para manter esse lugar único.

Para dar um Gift Card de presente, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou adquira o produto nas lojas do Inhotim.

GIFt CArD AMIGOS DO INhOtIM

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Entre os dias 29 e 31 de março, o Inhotim preparou uma programação especial para seus amigos e visitantes. A performance Imagens no Espaço traz vídeos e imagens do trabalho de Tunga que circulam em plataformas móveis pelo Inhotim, construindo uma rede de significados capaz de aproximar o público da narrativa ritual e simbólica do seu trabalho (dia 29/3, 10h-16h).

Diferentes oficinas vão fazer do público o artista, como a Construção Coletiva (31/3, 11h-12:30h), que propõe a construção

de um grande ovo coletivo, Esculturas Momentâneas (30/3, 11h30-14h30), em que esculturas serão construídas com materiais frequentemente presentes nas obras de Tunga, e Criar e Reutilizar (29/3–31/3, 10h–16h), que reflete sobre as boas práticas ambientais por meio da confecção de sacolas com materiais que seriam descartados. E ainda: peça teatral interativa Susurrus, Circuito Mata Atlântica e visitas temáticas com foco na Arte Latino-Americana. Para saber de todos os detalhes da programação de março e abril, clique na imagem ao lado.

Muitos motivos para você passar o feriado da Semana Santa no Inhotim!

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ProgramaçãoMinistério da Cultura, Governo de Minas e Inhotim apresentam:

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ExPEDIENtEConselho Administrativo

Bernardo de Mello Paz(Presidente)

Paulo de Tarso de Almeida Paiva(Vice Presidente)

Cláudio de Moura Castro

Deborah Shamash

José Carlos Carvalho

Marcos Coimbra

Roberto Brant

Diretoria

Ricardo GazelChief Executive Officer

Roseni SenaDiretora Executiva

Bruno Diniz Andrade de OliveiraDiretor Jurídico

Eungie JooDiretora de Arte e Programas Culturais

Joaquim de Araujo SilvaDiretor de Jardim botânico e de Meio Ambiente

Ronald SclaviDiretor de Comunicação

Ricardo LeiteDiretor Financeiro

Renata SallesDiretora de Projetos e Captação

Roseni SenaDiretora de Inclusão e Cidadania

Equipe Programa Amigos do Inhotim Suellen MoreiraCoordenadora

Marina RolimAnalista Administrativo

Júlia XavierPromotora

Daniela AraújoPromotora

Maria Luíza ParreirasPromotora

Marcela AguiarAssistente Administrativo Edição GeralJornalismoFotografia