revista espaco saude

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www.revistaespacosaude.com.br | Saúde, tecnologia e bem-estar para São Carlos e Região Ano I | N o 2 | março de 2012 Revista Emagrecimento Veja relato de processo que foi acompanhado por equipe multidisciplinar. Parkinson A dificuldade do parkinsoniano em realizar tarefas simultâneas Mundo Surdo Como vivem as pessoas que não ouvem e seus familiares.

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Revista Espaço Saúde [Ano 1, n. 2, Marco 2012] - Saúde, tecnologia e bem-estar para São Carlos e Região www.revistaespacosaude.com.br

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Page 1: Revista Espaco Saude

www.revistaespacosaude.com.br | Saúde, tecnologia e bem-estar para São Carlos e Região

Ano I | No 2 | março de 2012Revista

EmagrecimentoVeja relato de processo que foi acompanhado por equipe multidisciplinar.

ParkinsonA dificuldade do parkinsoniano em realizar tarefas simultâneas

Mundo SurdoComo vivem as pessoas que não ouvem e seus familiares.

Page 2: Revista Espaco Saude

Rua Miguel Petroni, 2240 . São Carlos - SP

Representante:

Acessibilidade e Qualidade de Vida

Page 3: Revista Espaco Saude

Revista espaço saúde 1

Frases e anúncios assim estão se tornando cada vez

mais comuns na mídia como estratégia que certos pro-

fissionais de saúde encontram para atingir o público e

aumentar sua cartela de clientes. Atingir, chamar a aten-

ção, despertar a curiosidade e estimular a ação. A isso

podemos chamar de publicidade que é um dos veículos

mais rápidos e eficazes para transmitir a informação de

um produto ou prestação de serviços ao consumidor.

Este por sua vez, tem o direito de se informar, seja em

revistas, comerciais ou na internet, através de conteúdos

que possam suprir suas dúvidas na hora de optar por um

tratamento na área de saúde.

E como fica nosso papel como profissionais de saúde,

ao tentarmos mostrar a sociedade o que podemos ofe-

recer, mesmo sendo nossas profissões de enorme impor-

tância social e carregada de responsabilidades? Como

não transformarmos a arte de curar, ou a arte de melho-

rar o bem estar físico da população sem que haja o risco

de tornar nossos consultórios em “mercados de peixe”,

afinal somos profissionais da saúde ou comerciantes?

Já que usufruímos da legalidade para se beneficiar da

publicidade, o momento é de mostrar-nos ao mundo,

porém sem infringir o que se pauta como infração ética.

Para regularizar e evitar abusos, os conselhos profis-

sionais possuem códigos de ética e segundo a fiscal do

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, seccio-

nal São Carlos, Dra. Aldryn Rita da Silva Barros, os conse-

lhos de classe estão cada vez mais atentos aos profissio-

nais que violam os princípios éticos da comunicação. As

denúncias são cada vez mais frequentes com o aumento

significativo do uso de propaganda agressiva e ilegal,

tanto que a Justiça proíbe sites de compras coletivas de

anunciar tratamentos odontológicos. Em novembro de

2011 a 4ª. CONEO do Conselho Federal de Odontologia

debateu a atualização de Código de ética Odontológica

que está em vigência há 10 anos. Teremos um novo Có-

digo de Ética mais atual adaptado ao crescimento tecno-

lógico e novas características sociais.

Comportamento ético é aquele que é aceito como

bom e certo, em oposição ao mau e errado. Segundo

Chiavenato (1999), Albert Schweitzer, famoso médico

humanitarista, definia ética como “a nossa preocupação

com o bom comportamento. É sentir a obrigação de

considerar não apenas nosso bem estar mas, sobretudo

o dos outros seres humanos” .

E é justamente nesse ínterim que o veículo editorial

precisa exercer um papel importante, que é o de veri-

ficar se as informações enviadas para publicação estão

dentro das normas de cada conselho de classe, além de

possuir um corpo editorial preparado para revista se os

artigos publicados estão devidamente baseados em evi-

dências científicas. Mesmo que as punições legais sejam

atribuídas ao profissional, o veículo de mídia que não

tem essa preocupação também perde em credibilidade,

afugentando assim anunciantes éticos que não querem

sua imagem vinculada a uma mídia anti ética. Além dis-

so, a perda total de credibilidade de seus leitores.

O aprofundamento da análise de trabalho de saúde,

à luz dos dispositivos legais citados e face à concepção

correta de marketing e, em especial do Marketing em

Saúde, tem como objetivo básico, colocar à disposição

da população informações verídicas de uma assistência

à saúde, voltada para a melhoria da qualidade de vida

desta. E, num Estado que ainda não privilegia a educação,

onde a grande parte das pessoas carece de discernimen-

to, é muito fácil ludibriar esta massa com promessas ab-

surdas e fórmulas mirabolantes. Cabe também a nós pro-

fissionais de saúde, o dever de vigiarmos e denunciarmos

aos órgãos competentes as infrações daqueles que não

cumprem as regras, para além de manter o respeito e

credibilidade da nossa profissão, garantindo que a popu-

lação fique menos exposta aos vendedores de milagres.

Ética médica e Publicidade

José Luiz L. SánchezCirurgião dentista, graduado, mestre e doutor pela Unicamp, é prof de cursos de Pós-graduação e ex-prof. Titular da Unip-Campinas.

Técnicas revolucionárias de emagrecimento. Pacotes combo na clínica de cirurgia plástica. Faça tantos implantes odontológicos e pague somente tantos. Sessões de osteopatia vendidas com 85% de desconto em sites de compra coletiva.

Page 4: Revista Espaco Saude

7 Avanços na Implantodontia: cirurgia virtualmente guiada

10 Terapia fotodinâmica no tratamento do carcinoma basocelular

12 22 de março: Dia Mundial da Água

14 A criança surda: caminho para a linguagem

20 Educação aos surdos

26 Cláudia Cury: Como eliminei 40 quilos de forma saudável

28 A realização de tarefas simultâneas na doença de Parkinson

CAPA OUTROS TEMAS

A Revista Espaço Saúde tem como objetivo aproximar o público de São Carlos e região de temas relevantes nas áreas de saúde, bem--estar, sustentabilidade e meio-ambiente. Na revista são publicados artigos de profissionais da área de saúde e matérias jornalísti-cas. Também divulgamos artigos de pesquisadores, buscando, dessa forma, levar ao conhecimento do público o que de mais avan-çado está sendo feito dentro dos centros de pesquisa. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. Esta publicação foi idealizada por Marcos Jacobovitz e Diagrama Editorial. Jornalista Responsável MTb 33.863. Tiragem: 5 mil exemplares. A Revista Espaço Saúde é publicada pela Diagrama Editorial, R. XV de Novembro, 2190, Sala 8, CEP 13564-220, São Carlos. Para publicação de artigos ou anúncios: Fale Conosco (16) 3413-9142 | [email protected]. Site www.revistaespacosaude.com.br.

Revista Espaço Saúde • Ano I | Número 2 | março, 2012.

O QUE VOCÊ ENCONTRA NA REVISTA ESPAÇO SAÚDE

8 A importância das gorduras de boa qualidade para a nossa saúde

22 A dor e seus aspectos emocionais

25 Odontologia hospitalar

30 A voz diz muito sobre cada um de nós

32 Laser e beleza

4 Espaço do Leitor e Eventos6 Notícias33 Dicas de saúde35 Indicador Profissional

Page 5: Revista Espaco Saude

S u a F a r m á c i a d e M a n i p u l a ç ã o

3374-2451Rua José Bonifácio, 1071, Centro

3366-4356Rua Larga (esq. Travessa 9), Vl. Prado

Page 6: Revista Espaco Saude

4 Revista espaço saúde

• AMPLA SALA DE MUSCULAÇÃO

• SALAS DE GINÁSTICA (BODY SYSTEMS) E BIKE INDOOR CLIMATIZADAS

• AULAS DE PILATES COM BOLA

• ESPAÇO KIDS COM MONITORIA

• AMPLO ESTACIONAMENTO

• ATENDIMENTO DE QUALIDADE

3306 9990

Rua Antonio Blanco, 169

T E L E F O N E

E N D E R E Ç O

▶ 12o Congresso Brasileiro de Alergia e Imuno-logia em PediatriaEntre 28 e 30 de abril de 2012, em São Paulo.www.alergoped2012.com.br▶ XIII Congresso Brasileiro de Oncologia Pedi-átrica.O evento será realizado entre os dias 17 e 20 de Abril de 2012, na Cidade de Natal/RN.

▶ VIII Jornada de Gerontologia: A Arte de Enve-lhecer: em busca de um envelhecimento ativo, saudável e feliz.Data: 24 de março de 2012Local: anfiteatro no bloco E (4o andar) , na Uni-versidade Santa Cecília (Santos/SP).Inscrição via e-mail até o dia 20/03/[email protected]

março abril

eventos

Senhores, quero parabenizá-los pela excelen-te revista que lançaram.Os senhores foram muito felizes na escolha de um dos primeiros entrevistados que é o Dr. Sérgio Pripas; médico brilhante de ética e mo-ral ilibadas.Aliás, todas as matérias estão ótimas, pois apesar de serem científicas, trazem a forma coloquial na escrita, e assim, esta Revista ter-mina por abranger todas as classes sociais.Só senti a ausência de algo relacionado à mú-sica erudita (que é saúde para o cérebro), e espaço para o leitor.De qualquer maneira, temos que levar em consideração essa iniciativa, e por ser a pri-meira Revista a ser lançada nestes moldes em São Carlos, penso que estão no caminho certo.Agradeço, ensejando que esta primeira Revis-ta, seja o começo de uma boa referência de outras que virão.Atenciosamente,

Nicete Campos

Olá!Gostaria de parabenizar pela edição da revista Espaço Saúde!Precisamos de mais conteúdos como estes pra nossa cidade!Abraços

Claudia Cury

A revista ficou excelente! Parabéns!

Michele Toso

Boa tarde,Vi a revista.Parabéns gostei muito, sucesso.

Cristiane Periotto

Bom dia! Sou estudante de enfermagem aqui em São Paulo. Muito interessantes as matérias. Já usei muitas para realização de trabalhos na faculdade. Parabéns!!!

Daniela

Escreva para nós! [email protected]ÇO DO LEITOR

Page 7: Revista Espaco Saude

4 Revista espaço saúde

• AMPLA SALA DE MUSCULAÇÃO

• SALAS DE GINÁSTICA (BODY SYSTEMS) E BIKE INDOOR CLIMATIZADAS

• AULAS DE PILATES COM BOLA

• ESPAÇO KIDS COM MONITORIA

• AMPLO ESTACIONAMENTO

• ATENDIMENTO DE QUALIDADE

3306 9990

Rua Antonio Blanco, 169

T E L E F O N E

E N D E R E Ç O

Page 8: Revista Espaco Saude

6 Revista espaço saúde

NOTÍCIASCasos graves de dengue diminuíram 97% no país.

O Ministério da Saúde promoveu uma reunião de avaliação do Programa Nacional de Controle da Dengue nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nesta quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro (RJ). Na ocasião, o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, apresentou dados atuali-zados da doença no Brasil. Entre 1º de janeiro e 18 de fevereiro deste ano foram registrados 57.267 casos da doença no país contra 166.016 no mes-mo período do ano passado – uma redução de 66%. Em relação aos casos graves, foi verificada uma queda ainda maior nas ocorrências – de 97%

–, que passaram de 2.787, em 2011, para 93 casos, este ano.

Saúde cria índice para avaliar qualidade do SUS.

O acesso e a qualidade dos serviços de saúde do país agora serão avaliados de forma mais transpa-rente. O Ministério da Saúde lançou o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS 2012), ferramenta que avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção (básica, especia-lizada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência). O índice verificou como está a infra-estrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população.

Governo promete mais verbas para estados e municípios que tirarem notas altas na avaliação do SUS.

O Governo Federal vai usar os resultados do o Ín-dice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), como critério para concessão de verba ex-tra a estados e municípios. Criado pelo Ministério da Saúde, o índice mede a oferta e a qualidade dos serviços da rede pública de saúde. “O IDSUS é um indicador para avaliar a melhoria da ‘fotografia’ de hoje com a dos próximos três anos. Quem melho-rar o desempenho, merece receber mais incenti-vos”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Saúde Pública é tema da Campanha da Fraternidade.

A Campanha enumera desafios a serem enfrenta-dos pelo sistema, especialmente com relação ao acesso e o financiamento. “São significativos as conquistas verificadas nas últimas décadas, como a redução da mortalidade infantil, a erradicação de doenças infecto-parasitárias e o tratamento da aids, que conta com um sistema elogiado interna-cionalmente”. A Campanha pretende sensibilizar a sociedade e as autoridades sobre os problemas que o setor ainda enfrenta.

Unidades de saúde de São Carlos emitem cartão SUS.

Mais de 25 unidades de saúde de São Carlos, en-tre UBS’s e USF’s, estão realizando o cadastro para emissão do novo Cartão Nacional de Saúde, o cartão SUS. A Prefeitura descentralizou o atendi-mento para oferecer mais conforto e qualidade ao serviço prestado à população.O cartão SUS será obrigatório para todo o cidadão, inclusive para as pessoas que utilizam planos pri-vados. A medida é uma determinação do Ministé-rio da Saúde, que a partir deste mês de março pas-sará a exigir a apresentação do cartão em alguns procedimentos.

São Carlos passa a emitir Carteira internacional de Vacinação

A partir de 1º de março, a Prefeitura de São Car-los passou a emitir o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Antes apenas portos e aeroportos emitiam o documento, obrigatório para algumas viagens ao exterior.

Page 9: Revista Espaco Saude

6 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 7

Dr. Oswaldo Spina NetoGraduado na FORP-USP, Ribeirão Preto. CRO:92.470

Vários são os motivos que levam um indiví-duo à perda dental, dentre os quais se des-tacam a doença periodontal (problemas de

gengiva), a cárie dentária e traumatismos locais.A recolocação de dentes perdidos com ele-

mentos artificiais ancorados no osso não é algo propriamente novo. Existem achados arqueológi-cos que mostram que os egípcios antigos e povos da América do Sul já tentavam a substituição de dentes perdidos com substitutos de madeira e marfim.

No século dezoito antes de Cristo, os dentes perdidos algumas vezes foram substituídos por dentes extraídos de outras pessoas. As tentativas de implantes foram provavelmente procedimentos delicados devido à baixa taxa de sucesso e a forte reação imune dos indivíduos que recebiam esse tipo de tratamento.

Nos últimos anos, a ciên-cia dos implantes dentários e a terapia protética passaram por grande progresso na subs-tituição de dentes perdidos, e hoje é possível oferecer um tratamento com alto nível de sucesso, baseado em um pla-nejamento fundamentado em evidências científicas e, com o auxílio de ferra-mentas ultramodernas como por exemplo a nave-gação virtual em 3-D nos exames de tomografia computadorizada.

Na técnica virtualmente guiada o diagnóstico e planejamento são realizados com auxílio de uma tomografia computadorizada processada por um software, onde se planeja em ambiente 3-D a ci-rurgia. Depois uma guia cirúrgica é confeccionada a partir de um processo de prototipagem eletrôni-ca, o que permite a realização da cirurgia de ma-

neira minimamente invasiva. As guias estabilizam a instalação dos implantes controlando sua angu-

lação e profundidade, reduzin-do o risco de danos a estruturas anatômicas importantes.

Entre as principais vanta-gens da técnica estão: o tempo de cirurgia, que é muito mais rápida; a enorme redução na agressividade da cirurgia, não havendo necessidade de cortes na gengiva, nem exposição do osso, uma vez que a guia indica exatamente onde vai ser insta-lado o implante e, a qualidade

do pós-operatório, reduzindo inchaço e dor, com inexistência de pontos e de sangramento.

Os avanços tecnológicos na área de implantodontia

têm aumentado a previsibilidade e qualidade dos

tratamentos, trazendo mais conforto aos

pacientes.

odontologia

Avanços na ImplantodontiaCirurgia Virtualmente Guiada

Guia Cirúrgica prototipada para MaXiLa.

Page 10: Revista Espaco Saude

8 Revista espaço saúde

Com a globalização, observamos uma transi-ção econômica que tem promovido mudan-ças na produção alimentícia, que têm colabo-

rado com o aumento no consumo de dietas ricas em gorduras pela população. O problema disso é que, quando associamos uma alimentação ruim ao se-dentarismo, ocorre um desequilíbrio energético que leva ao acúmulo de gordura corporal, contribuindo para o aumento dos casos de obesidade e de doen-ças associadas a ela como aterosclerose, hiperten-são arterial, diabetes mellitus tipo 2 entre outras.

Neste sentido, as famosas “dietas milagrosas” são as principais estratégias utilizadas pela popula-ção para emagrecer. Sabemos como é difícil man-ter dietas restritivas por longos períodos e que os principais vilões são as gorduras (ácidos graxos). Realmente, elas têm um elevado valor energético, mas, analisando suas funções, notamos que alguns tipos de gordura, quando ingeridas na quantidade adequada, são benéficas para nossa saúde. Elas funcionam como fonte de energia para que todas as células possam funcionar adequadamente, for-mam componentes de membranas importantes, são isolantes térmicos, ajudam na absorção de vi-taminas lipossolúveis, são fontes para produção de hormônios, controlam determinadas doenças, etc.

Portanto, é a qualidade da gordura que consu-mimos em quantidade maior que a recomendada, que pode ter um impacto negativo sobre a saúde.

Existem vários tipos de gorduras e muitas pes-soas não conhecem a diferença entre elas. Alguns alimentos possuem maior teor de gordura saturada chamada também de gordura “ruim”. Esse tipo de

gordura de baixa qualidade é encontrado nas car-nes vermelhas, laticínios do tipo integral, manteiga, pele de frango, carnes gordas, bolos, doces, bata-tas fritas entre outros e seu excesso está associado ao desenvolvimento da placa de ateroma, que se forma dentro das artérias pois propicia o aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL) além de suprimir o sistema imunológico.

Há alimentos que possuem um teor de gordura de alta qualidade. Esse tipo de ácido graxo é classi-ficado como gordura insaturada e caracteriza-se por ser líquida em temperatura ambiente. Geralmente estão presentes em alimentos de origem vegetal e podem ser mono ou poli-insaturada. Dentre os ali-mentos ricos em gordura monoinsaturada estão o abacate, a azeitona, o amendoim, o azeite, a canola, a amêndoa e o avelã. Já a gordura poliinsaturada é encontrada nos peixes, nozes e óleos vegetais, como o de girassol. Essas gorduras também englobam as gorduras essenciais que, como o próprio nome diz, são essenciais para o funcionamento geral do orga-nismo. Não somos capazes de produzir esse tipo de gordura, portanto, devemos obtê-la na alimentação. Elas são conhecidas como ômega 3 (presente em óleos vegetais, sementes e nozes) e ômega 6 (pre-sente em peixes gordurosos, óleos vegetais e nozes).

Existem também as famosas gorduras trans, pre-sentes nas bolachas recheadas, margarinas, pães, bolos, massas folhadas, etc. São óleos vegetais insa-turados que passam por um processo industrial de-nominado hidrogenação. Nesse processo, a gordura que era líquida, passa a ser sólida em temperatura ambiente e, então, se comporta como ácido graxo

nUtRiÇÃo

a importância das gorduras de boa qualidade para a nossa saúde

Page 11: Revista Espaco Saude

8 Revista espaço saúde

Fernanda Oliveira DuarteFormada pela Universidade Federal de São Carlos em Ciências Biológicas.Doutora em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal de São Carlos.

saturado, representando um perigo para a saúde. Em contra-partida, tem-se falado muito sobre o óleo de coco e de seus benefícios à saúde. De acordo com estudos recentes, seu consumo é capaz de prevenir algumas doenças além de melhorar a absorção dos nutrientes, o que leva ao aumento das defesas do organismo. Ele também age no combate de fungos, como a candidíase, e parasitas, como a giárdia, regu-la a função intestinal, combate a fadiga crônica e a fibromialgia além de ajudar no controle do diabetes, já que não estimula a liberação de insulina.

Devemos, entretanto, tomar cuidado pois os be-nefícios estão no óleo de coco virgem, que é obtido a partir de cocos frescos e úmidos. A versão refina-da é extraída a partir do coco seco, sem umidade, e não consegue manter suas propriedades benéficas. Alguns profissionais da área da saúde têm sugerido que a gordura de coco é capaz de gerar calor e quei-mar calorias, favorecendo a perda de peso, sendo indicado também para o controle de triglicérides e do LDL, além de sua característica anti-inflamatória. Contudo, devemos tomar cuidado com o consumo deste óleo em cápsulas, pois mais estudos precisam ser realizados para comprovar sua eficácia e benefí-cios à saúde.

Portanto, uma maneira fácil para as pessoas me-lhorarem a composição de gordura de suas dietas é trocando alimentos ricos em gorduras de baixa qualidade por aqueles de alta qualidade. Além dis-so, alimentos ricos em gorduras e óleos, são essen-ciais para uma dieta saudável tanto para crianças como para adultos. Uma maior consciência, acom-panhada de motivação para selecionar as melhores opções de gordura e alimentos saudáveis, associa-da a uma vida fisicamente ativa, irá ter um impacto positivo e significativo para a saúde de todos.

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Page 12: Revista Espaco Saude

10 Revista espaço saúde

O grupo de Biofotônica do

Instituto de Física de São Carlos está muito à frente nas pesquisas no país e exterior, contando com financiadores

como o BNDES e a FINEP

doenças. O grupo de Biofotônica liderado pelos professores Vanderlei Salvador Bagnato e Cristina Kurachi está muito à frente nas pesquisas no país e exterior, contando com financiadores como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), além

da associação da universidade com empresas como a MM Op-tics (São Carlos-SP) e a indústria farmacêutica PDT Pharma (Cra-vinhos-SP). Desta parceria surgiu o projeto “TFD Brasil” que visa o tratamento de mais de 5000 pa-cientes por meio da implementa-ção de 100 centros colaboradores em diferentes cidades do Brasil, disponibilizando o tratamento do carcinoma basocelular (CBC) sem custos para o paciente.

A técnica de Terapia Fotodinâmica é de fácil aplicação e treinamento para os profissionais en-volvidos. Possui ainda a vantagem de apresentar

o câncer de pele do tipo não-melanoma é o mais freqüente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos re-

gistrados no país. Estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer) para 2012 apontam mais de 134.000 novos casos deste tipo de câncer no país.

O tratamento geralmente é o cirúrgico e devido aos altos cus-tos e mobilização de importante infraestrutura hospitalar, é atu-almente um problema de saúde pública, representando grande desafio tecnológico. A solução do problema deverá estar associada à pesquisa e desenvolvimento científico que viabilize mais rápi-da e eficientemente a eliminação de lesões. O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos desenvolve pesquisas e equipamentos na área da Terapia Fotodinâmica (TFD) há mais de uma déca-da para o tratamento desta e de diversas outras

A Terapia Fotodinâmica é uma importante técnica no tratamento do câncer de pele

Terapia fotodinâmica no tratamento do carcinoma basocelular

PesqUisa&saúde

Page 13: Revista Espaco Saude

10 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 11

possuir duas ponteiras em uma mesma platafor-ma: a do fotodiagnóstico e a do tratamento.

Fundamentos: A terapia fotodinâmica (TFD ou do inglês PDT - Photodynamic Therapy) é uma modalidade terapêutica que nos últimos anos tem sido usada para o tratamento de várias condições dermatológicas e em especial, para tratamento do câncer de pele. Essa terapia baseia-se na uti-lização da luz no espectro visível, principalmente na região do vermelho, que é absorvida por uma substância fotossensível previamente aplicada ou fotossensibilizador, o qual apresenta maior afini-dade por tecidos neoplásicos. O Pharma M-ALA é um pró-farmaco que é convertido enzimatica-mente em protoporfirina IX (PpIX) in situ, no ciclo bioquímico de formação do grupamento HEME.

Depois da absorção da luz a PpIX passa do es-tado fundamental a um estado excitado e pode participar de dois tipos de reações: formação de radicais livres (mecanismo tipo I), como peróxido de hidrogênio (H

2O

2), radical superóxido (O

2•-)

e radical hidroxila (•OH), capazes de oxidar uma grande variedade de biomoléculas, e formação do oxigênio singleto (1O

2) pelo mecanismo do tipo II,

o qual é uma forma altamente reativa de oxigênio considerado o principal mediador do dano foto-químico causado à célula,

Conclusão: O uso desta técnica demonstra com sucesso ser opção de escolha para o trata-mento de lesões do tipo carcinoma basocelular, apresentando excelente resultado estético e altas taxas de cura, a um custo bem inferior em compa-ração às demais técnicas.

reduzidas alterações anátomo-funcionais e estéti-cas, o que contribui com a qualidade de vida do paciente tratado (Fig. 01). Nosso maior parceiro clínico é o Departamento de Pele do Hospital Fun-dação Amaral Carvalho (Jaú-SP), com a equipe da dermatologista Dra. Ana Gabriela Salvio. Uma vez que a incidência do câncer de pele é progressiva, é necessário adotar novas técnicas para seu diag-nóstico e tratamento precoce.

O medicamento é um creme contendo o ácido aminolevulinato de metila (PHARMA M-ALA 20%), sintetizado pela PDT Pharma, cujo insumo farma-cêutico possui aprovação da ANVISA para estudos clínicos e o medicamento está sendo testado para conquistar a aprovação para comercialização. O equipamento também aprovado pela ANVISA é o LINCE, produzido pela MM Optics e se destaca por

Vanderlei Salvador Bagnato (Professor, Ph.D.); Cristina Kurachi (Professor, Ph.D.); Natalia Mayumi Inada (Ph.D.); Dora Patrícia Ramirez (M.D.); José Dirceu Vollet-Filho (Ph.D.); Clóvis Grecco (M.Sc.)

b

a

CBC antes da tFd (imagem a); completa eliminação da le-

são após duas sessões de tFd (imagem B).

Page 14: Revista Espaco Saude

12 Revista espaço saúde

22 de março: Dia Mundial da Água

saúde PúbliCa

a água é um bem insubstituível e essencial para a vida no planeta – isso ninguém con-testa; também é bastante generalizado o

temor com a falta de água; mais especificamente, paira sobre nós um espectro: em um futuro pró-ximo enfrentaremos uma verdadeira guerra em busca de água potável, provavelmente em busca de água potabilizável.

Poucos sabem que aos 22 de março é comemo-rado o Dia Mundial da Água, data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1992. Essa data é destinada à discussão sobre os diversos te-mas relacionados a este insubstituível bem natural.

O Brasil é o mais privilegiado país no que res-peita à água, pois 11,6% de toda a água doce

disponível no planeta é aqui encontrada. Vale lembrar que isso está fortemente ligado ao fato de o Brasil possuir duas riquezas ímpares: o maior rio do mundo – o Amazonas – e um dos maiores reservatórios de água subterrânea do planeta – o Sistema Aquífero Guarani.

Afinal, por qual motivo a ONU teve a preocu-pação de criar um Dia para a água se dois terços do planeta Terra são formados exatamente por esse precioso líquido? A razão é que desse enor-me total de água, um porcentual muito pequeno, apenas cerca de 0,008 % é água doce. Ademais, grande parte das coleções de água – rios, lagos e represas – tem sido poluída, contaminada e de-gradada pela ação predatória do homem.

Água é Fonte de Vida

Por Rosane d’andrea

Page 15: Revista Espaco Saude

12 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 13

Angela Di Bernardo DantasEngenheira civil formada pela USP. Mestre, Doutora e pós-doutorado pela USP em Tratamento de Água.

apenas com água. Cuidado com o que diz a cultura popular: basta limpar com açúcar. Verdade? Não.

“O correto é usar água corrente mesmo. O açúcar é muito abrasivo tanto para a cerâmica quanto para

a vela. No caso de uso de filtro com vela, convém que ela seja substituída a cada seis meses, até porque não custa caro”, es-clarece Angela.

Uma curiosidade: a maio-ria das pessoas tem o “famoso” hábito de tirar a água do filtro e colocar na geladeira. Quem jamais fez isso? A especialis-ta explica que essa prática é arriscada. Por quê? “Porque após a passagem por alguns tipos de filtros, o cloro é elimi-nado da água. Se você beber a

água na hora, tudo bem mas, a partir do momen-to que a água vai para a geladeira, ela fica estoca-da e sujeita à contaminação”.

A melhor solução, diz Angela, é usar o purifica-dor de água com refrigeração, pelo fato de filtrar e servir água gelada ao mesmo tempo, sem ne-cessidade de armazenamento. Neste caso, o único cuidado é, a cada seis meses, substituir o cartucho com carvão ativado.

Para comemorar o Dia Internacional da Água não faltam sugestões: não jogar lixo nos rios e la-gos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc.); reutilizar a água em diversas situações; res-peitar as regiões de mananciais e divulgar esses conhecimentos para amigos, parentes e outras pessoas.

A água e a Natureza agradecem!

Quando o assunto é água, a engenheira ci-vil Angela Di Bernardo Dantas – mestre, doutora e com pós-doutorado em Tratamento de Água pela Escola de Engenharia de São Carlos da Uni-versidade de São Paulo – faz questão de explicar que te-órica e tecnicamente, toda e qualquer água, esteja em que condições estiver, pode ser potabilizada, mas a custos proibitivos. “A preocupação dos técnicos não é com a tec-nologia de potabilização, mas com o custo dessa tecnologia de tratamento”. Complementa dizendo que o tratamento da água de rios ou lagos poluídos e, mais ainda, se contamina-dos – requer a incorporação de técnicas adicionais de tratamento na Estação de Tratamento de Água, o que aumenta os custos de produção de água potável. “São Carlos encon-tra-se em situação privilegiada, pois um dos rios do qual é coletada água para abastecimento da cidade, o Ribeirão do Feijão, possui água de boa qualidade, pelo fato de ele estar em área de prote-ção ambiental (APA).”

Segundo a especialista, para manter a quali-dade da água na hora do consumo, são necessá-rios alguns cuidados básicos e simples que todos precisam ter. Primeiro, é bom salientar que a água que chega até sua casa é clorada. “A função do cloro é inativar bactérias e outros microrganismos para prevenir a transmissão de doenças”. A caixa de água é uma das perigosas fontes de recontami-nação, portanto deve ser cuidadosamente limpa a cada seis meses e ela deve estar sempre bem tampada. Também é preciso haver muito cuidado com a manutenção dos filtros ou purificadores de água porque no que tange à higiene, todo cuida-do é pouco.

Para quem prefere consumir água mineral ven-dida em garrafas ou galões, é fundamental que seja feita a limpeza exterior desses recipientes com álcool, sem esquecer a “torneirinha”, se for o caso. No caso de serem usados filtros de cerâmica, ou filtros com vela, a limpeza deve sempre ser feita

“São Carlos encontra-se em situação

privilegiada, pois um dos rios do qual é coletada água para

abastecimento da cidade, o Ribeirão do Feijão, possui água de

boa qualidade, pelo fato de ele estar em área de proteção ambiental.”

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Marta M

orgado

da para as empresas vocacionadas na reabilitação auditiva dos surdos, que veem na família o elo principal. Estas tendem a reforçar a felicidade dos pais na oralização de um vocabulário limitado em detrimento da capacidade da criança em usar a língua de sinais livremente e se comunicar sem problemas e sem limitações. Em nenhuma parte se fala do desenvolvimento cognitivo e linguísti-co natural e do acesso à aprendizagem. Parecem acreditar que só através da fala e da audição a criança terá acesso ao mundo. A língua de sinais só é mencionada para as crianças surdas que não tiverem sucesso na reabilitação áudio-oral.

Os pais, por estarem vivendo uma fase crítica, facilmente seguem as orientações dos médicos. Entretanto, ambos são ouvintes. Partilham a mes-ma “cultura ouvinte” e assim entendem-se melhor uns com os outros do que com a comunidade surda que possui uma cultura e uma língua bem diferentes.

Os médicos veem a criança surda como um ser deficiente que precisa de reabilitação e não como um ser diferente que tem acesso ao mundo através de uma língua própria. A maioria dos pais não são informados acerca da importância do desenvolvi-mento cognitivo nos primeiros anos e da capacida-de e potencialidades da criança surda. Concentram-

A criança surdaCaminho para a linguagem

lidando com a surdez

até saberem que o filho é surdo, os pais pen-sam estar interagindo de forma natural e que o bebê compreende. Se a mãe diz palavras

doces e sorri, o bebê não compreende as palavras, mas sim o sorriso como algo positivo. O recém-nas-cido é ainda um organismo em contínua transfor-mação, que necessita ser estimulado para desenvol-ver a inteligência e o conhecimento do mundo.

No momento em que os pais descobrem que o filho é surdo, o ambiente familiar é invadido por um choque profundo. São os médicos que infor-mam que o filho é surdo e logo os pais esperam deles “milagres”, achando que o papel do médico é “salvar o seu filho daquela tragédia”, “restaurar a audição perdida”, confiando-lhes a sua sorte.

Os hospitais contam normalmente com uma equipe de intervenção precoce, composta por técnicos da audição e da fala, como: otorrinola-ringologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. É esta equipe que recebe os pais após o diagnóstico. Aconselhando sempre acompanhamento fonoau-diológico o mais cedo possível. O futuro da crian-ça fica exposto a várias alternativas, dependendo do resultados do audiograma, há a hipótese do uso de prótese auditiva, possibilidade de se colo-car um implante coclear...

Os médicos, cumprindo a sua função, quan-do diagnosticam uma criança diferente, carac-terizam-na por aquilo que não consegue fazer, ou seja, muito será dito sobre as dificuldades na aprendizagem da língua oral e pouco sobre a faci-lidade da aquisição da língua de sinais.

A grande maioria dos pais é então encaminha-

edUCaÇÃo

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14 Revista espaço saúde

-se, em vez disso, no problema e nas limitações da criança - procurando, por isso, ajuda médica.

Enquanto a sociedade encarar a criança surda como deficiente que necessita de reabilitação e que a escola ideal seria a escola-clínica, a criança surda nunca será vista como uma pessoa plena, ca-paz de pensar e sentir de igual modo, pois será sem-pre vista como alguém a quem falta alguma coisa.

Os adultos surdos sentem-se responsáveis pe-las crianças surdas, defendendo que a criança sur-da lhes pertence, por necessitar desenvolver a sua língua natural e estar envolvida no seu ambiente lingüístico, sem preconceitos. A comunidade sur-da, sentindo-se excluída na orientação da criança surda, opõe-se, por isso, aos médicos. A comuni-dade surda protesta de uma forma que deixa os pais confusos face à “exclusão” inversa no que diz respeito ao desenvolvimento linguístico desta criança. Os pais, ao decidir o melhor para o seu filho, quando ainda estão em fase de recuperação e aceitação daquela criança diferente, escolhem a solução do “tratamento” dada pelo médico.

Nenhum adulto surdo integra a equipe mé-dica multidisciplinar. Geralmente, os pais não conhecem adultos surdos que sirvam de modelo para o seu filho. São raros os pais que são orienta-dos para procurá-los numa associação de surdos,

Marta M

orgado

Dr. Regynaldo Zavaglia NetoCROSP 58314Especialista em OrtodontiaMestre e Doutor

Ortodontista

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16 Revista espaço saúde

bibliografia consultada

Ahlgren, I., et alii (1994), Bilingualism in Deaf Education, Ed. Signum,

Hamburgo.

Botelho, P. (2002), Linguagem e Letramento na Educação dos Surdos:

Ideologias e Práticas Pedagógicas, Autêntica Ed, Belo Horizonte.

Lane, H. (1997), A Máscara da Benevolência: A Comunidade Surda

Amordaçada, Piaget, Lisboa.

Mariana MartinsLicenciatura em Linguística pela Faculdade de Letras de Lisboa, pós-graduação em Educação de Crianças e Jovens Surdos e mes-trados em Educação de Surdos e Língua Gestual Portuguesa (LGP)

Marta Morgado (surda)Licenciada em Educação de Infância pela Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich. Especializada em LGP e Surdez pela Faculdade de Letras de Lisboa. Mestre em Educação

de Surdos e Língua Gestual Portuguesa pela Universidade Católica Portuguesa. Professora de surdos especializada em aquisição da linguagem.

o seio da comunidade surda, pois esta opção não implica qualquer tratamento. Assim, são cada vez em menor número as crianças que são encami-nhadas à sua comunidade natural.

escolha educativa

A reabilitação áudio-oral é assunto de foro clínico, mas para consegui-la, é necessário retirar muitas horas da carga escolar. Os pais, que estão ainda de “luto” porque têm uma criança com um problema, que não ouve nem fala, não são escla-recidos a tempo para o fato de que, antes de con-seguir ouvir e falar oralmente, é fundamental es-timular o seu desenvolvimento cognitivo através da língua de sinais, sem deixar a “escola” para trás. Ora, este tipo de desenvolvimento já não está nas mãos dos médicos, mas sim dos seus pares surdos.

A educação oralista demonstrou grandes fa-lhas no sucesso escolar dos alunos surdos em todo o seu passado histórico. Apesar disso, os médicos e muitos professores ainda acreditam que o método oralista é o melhor para as crianças surdas, mesmo conhecendo as investigações que provam o suces-so do modelo bilíngue e a utilidade da língua de si-nais no acesso da criança à escolaridade. Os médi-cos e muitos professores aceitam a língua de sinais apenas como um recurso ou um apoio em último caso, ou seja, no caso em que a oralidade falha.

De forma geral, os pais escolhem entre dois caminhos quase opostos para educar o seu filho: por um lado o contato com a língua de sinais, em escolas de surdos, desenvolvendo as duas línguas em paralelo, a socialização natural e o aprendi-zado, ou por outro lado, a integração em escolas regulares, com a principal preocupação de esti-mular a audição e a fala, independentemente das dificuldades que a criança possa sentir na comu-nicação com os colegas ouvintes ou mesmo no acesso ao conhecimento.

Há que ter em conta que a criança surda ne-cessita de uma língua que seja naturalmente ad-quirida, e que esta língua é utilizada por muitos indivíduos surdos que formam um grupo linguís-tico e cultural com os mesmos direitos que os ou-tros cidadãos. Não se pode esquecer que a língua utilizada pelos surdos é de fato uma língua com

o mesmo estatuto linguístico das línguas orais. As crianças surdas tem assim o direito de adqui-rir a linguagem de sinais da mesma forma que as crianças ouvintes adquirem a linguagem oral.

Os pais devem ser apoiados com o máximo de recursos para poder dispor da língua de sinais na vida daquela criança. Os surdos adultos, para além da importância que desempenham na vida da criança surda enquanto modelos, tem ainda um papel importante: o de ajudar os pais a perce-berem melhor o que é ser surdo.

Trazendo estas afirmações para a questão do surdo, percebe-se que os problemas comunicati-vos e cognitivos da criança surda não tem origem na criança, mas sim no meio social em que ela está inserida, que frequentemente não é adequado, ou seja, não utiliza uma língua que esta criança tenha condições de adquirir de forma espontânea, a língua de sinais.

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20 Revista espaço saúde

Você alguma vez já se deparou com pes-soas utilizando as mãos para conversar? Acredita que conversar com as mãos seja

possível? Pois bem, essa maneira diferente de comunicar-se também é uma língua. Cada movi-mento feito pelas mãos pode ser comparado às palavras que os ouvintes utilizam ao falar. Os surdos* utilizam como forma de comunicação e interação a Lín-gua de Sinais. No Brasil, temos a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e, por meio dela, os surdos brasileiros têm acesso ao conhecimento, podem tro-car informações, expressar suas opiniões e senti-mentos. A LIBRAS é 2ª língua oficial do nosso país, regulamentada pela lei nº. 10.436/02. Existem

edUCaÇÃo

*Vamos utilizar neste artigo o termo surdo, entendendo a surdez não como uma deficiência, mas em função de uma diferença: a língua! Enquanto nós ouvintes temos uma língua que é oral-auditiva (falamos e ouvi-mos), os surdos se utilizam de uma língua que é visuo-gestual (veem e falam com as mãos).

também, ouvintes que se interessam pela Cultura Surda e aprendem a LIBRAS para interagir com os surdos.

No dia 23 de abril comemoramos o Dia Na-cional da Educação de Surdos, na perspectiva de

analisar o passado, para enten-der como chegamos até aqui e para onde queremos caminhar.

Na antiguidade, os surdos eram percebidos com piedade e compaixão. Por diversas vezes, eram abandonados e até mes-mo sacrificados. Até o século XV tinha-se a idéia de que os surdos não poderiam ser educa-

dos, e viviam, portanto, à margem da sociedade, e consequentemente, de qualquer processo educa-tivo. Só a partir do século XVI é que se têm notícias

Educação aos surdos

No Projeto “Escola Bilíngue”, em São

Carlos, as aulas e seus respectivos conteúdos

são ministrados por meio da Língua Brasileira de Sinais.

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20 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 21

Josiane C. dos Santos Professora Projeto Bilíngue – Ed. Infantil.

Júlia C. de A. AlmeidaPedagoga. Professora Projeto Bilíngue – Ensino Fundamental

Michele TosoFonoaudióloga. Intérprete de Libras Proje-to Bilíngue

Na UFSCar, também encontramos uma iniciati-va muito interessante para os surdos adultos que já concluíram o Ensino Médio. Trata-se de oficina de língua portuguesa como segunda língua, ten-do a LIBRAS como língua de instrução.

Há ainda alguns desafios, dentre eles: a inser-ção dos surdos no ensino superior, habilitação vei-cular e formação de profissionais como professo-res e intérpretes de LIBRAS. Mas, diante do desejo, mobilização e dedicação de surdos, profissionais diversos, familiares, amigos e pesquisadores tais desafios têm se transformado em conquistas!

Dando continuidade aos nossos projetos, nos-sos esforços estarão mais uma vez focados em nosso objetivo maior: Educação de Qualidade aos surdos!

dos primeiros educadores de pessoas com surdez. A partir daí muitas propostas foram criadas

para a educação de surdos. Existem, por isso, dife-rentes grupos de surdos que foram submetidos a um ou a outro método. Há surdos que usam mais a fala, ouvem um pouco com aparelho auditivo, fazem leitura labial; outros são usuários da Língua de Sinais; outros ainda que combinam duas ou mais formas de comunicação..

Hoje, os estudos têm apontado que a proposta mais adequada para o ensino dos surdos é o Bilin-guismo, que prevê que a Língua de Sinais seja ofe-recida à criança surda o mais cedo possível, como 1ª língua e a língua portuguesa é ensinada como segunda língua, na forma escrita e/ou oral.

No nosso país, já temos iniciativas neste sen-tido e na nossa cidade também! Sim, hoje São Carlos escreve um trecho muito significativo na história da educação de seus alunos com surdez.

No Projeto “Escola Bilíngue”, vinculado à Secre-taria Municipal de Educação de São Carlos, as au-las e seus respectivos conteúdos são ministrados por meio da Língua Brasileira de Sinais. Contamos com intérprete de Libras e professores bilíngues. O projeto abrange a Educação Infantil e o Ensino Fundamental (1º a 9º ano).

A Língua de Sinais auxilia não apenas na comu-nicação da pessoa surda, mas é um suporte para todo o seu desenvolvimento: cognitivo, emocio-nal e social. Isto pode ser comprovado não somen-te pelas pesquisas, que têm crescido muito nesta área, mas também pelas vivências e experiências relatadas:

“A falta de uma educação diferenciada, bilíngue, em meu período escolar, me levou a fazer leituras la-biais, tive grandes dificuldades de aprendizado, pois além de cansativo, os professores falavam muito rá-pido, alguns praticamente ignoravam a existência de aluno surdo na sala de aula. Sem a escola bilín-gue, com certeza as crianças surdas dos dias atuais sofreriam as mesmas dificuldades.” (surdo, 36 anos).

“Antes o meu neto não queria ir pra escola, me dava trabalho. Agora ele fica sentadinho lá espe-rando a perua. Ele vai feliz pra escola. Olha, ele se encontrou na escola! Eu só tenho que agradecer mesmo!” (avó de um aluno surdo do projeto “Es-cola Bilíngue).

tente soletrar seu nome em libRas:

Fonte: aprendolibras.blogspot.com

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de do fenômeno doloroso faz com que a dor deva ser compreendida de forma multifatorial, e trata-da de modo multidisciplinar.

RES Como a dor pode ser classificada?Cláudia Gigante Ferraz A dor pode ser classificada em aguda ou crônica. A dor aguda tem função de alerta, segue-se a lesão tecidual e, geralmente, de-saparece com a resolução do processo patológico. A fisiopatologia é bem compreendida, o diagnós-tico etiológico não é difícil e o controle é adequa-do. Em alguns casos, em que o controle do proces-so patológico não é satisfatório, a dor aguda pode tornar-se dor crônica. A dor crônica não tem a fun-ção biológica do alerta, gera estresse físico, emo-cional, econômico e social. É de diagnóstico e tra-tamento mais difíceis. Pode ser considerada como aquela que persiste a processos patológicos crô-nicos, que causam dor contínua ou recorrente em intervalos de meses ou anos. Há na literatura a uti-lização do período de 6 meses como critério para definição.

RES Poderia falar sobre o tratamento e controle da dor crônica?Cláudia Gigante Ferraz A experiência clínica revela que, em várias situações, a dor crônica não é ade-quadamente controlada porque, frequentemente, muitos dos componentes que não são do sistema neural, deixam de ser enfocados ou tratados. Essa abordagem multifatorial da dor pode dificultar o entendimento que o profissional da área de saú-de pode ter sobre as diferentes formas de enfren-tamento da dor do seu próprio paciente. É preciso conhecer a forma como o paciente lida com esta dor, como ele a absorve, compreende-a e se com-porta diante dela, e quais são os recursos inter-nos que utiliza diante deste sofrimento. Sabemos

Revista Espaço Saúde Como poderíamos compre-ender a dor hoje? Cláudia Gigante Ferraz Desde a década de oitenta a dor vem sendo compreendida como um fenôme-no sensitivo, complexo e multifatorial, cuja inter-pretação não depende apenas do fator biológico. Aspectos culturais, etários, de gêneros, e princi-palmente emocionais, interferem na interpreta-ção do fenômeno doloroso e modificam o com-portamento de dor do indivíduo, não apenas no terreno afetivo, como também no campo endo-crinológico e motor. Segundo a definição apoiada pela International Association for the Study of Pain

– IASP (Associação Internacional para o Estudo da Dor), dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou po-tencial ou descrita em termos de dano. De acordo com esta definição, dor não é frequentemente re-lacionada a uma lesão. É um processo perceptivo puramente individual, dependente de um proces-samento neural específico e das respostas emo-cionais advindas deste processamento. Trata-se de uma interpretação do fenômeno doloroso que pode evocar emoções e fantasias, muitas vezes in-capacitantes, e traduzir sofrimento. A subjetivida-

a doR e seUs asPeCtos eMoCionais

entReVista

Cláudia Gigante FerrazPsicóloga, psicanalista, mes-trado em filosofia e metodolo-gia das ciências pela UFSCAR, Prof. do Curso de Psicologia da UNICEP, foi prof. e vice-coorde-nadora do Curso de Psicotera-pia deOrientação Psicanalítica

do Departamento de Medicina da UFSCAR e psicóloga da Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da FMUSUP do Ambulatório de Dor da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da FMUSP.

22 Revista espaço saúde

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a importância para um clínico que atende aquele que sofre de dor crônica de escutar, não só o sofri-mento corporal do paciente, mas também as per-turbações psicológicas que ele evoca. No entanto, sabemos das dificuldades desta tarefa, inclusive da compreensão e convivência com essa comple-xidade emocional. Daí a necessidade das interlo-cuções entre neurologistas, anestesistas, fisiatras, fisioterapeutas, acupunturistas, psicólogos e psi-canalistas no tratamento da dor crônica. Prática multiprofissional que visa abarcar a complexida-de que é a avaliação e o tratamento da dor, espe-cialmente, a crônica.

RES Como psicanalista qual a sua experiência no tratamento de pessoas com dor crônica?Cláudia Gigante Ferraz Durante anos trabalhei no Ambulatório de Dor da Clínica Neurológica da Di-visão de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo HCFMUSP, chefiado pelo Prof. Dr. Manoel Ja-cobson Teixeira, e tive a oportunidade de me de-parar com pacientes com dores crônicas tais como, cefaléias, fibromialgia, dores neuropáticas, lesão por esforço repetitivo, dor fantasma, dor de toco, dor oncológica, dor toráxica, dor abdominal, lom-balgia, dor pós-lamectomia, dor pélvica e outras de menores proporções. É fundamental que não nos ocupemos somente das repercussões emo-cionais que acarretam a dor crônica, mas também da sua gênese. A princípio, a dor corporal perten-ce exclusivamente ao domínio da neurofisiologia e só afeta o psiquismo quando se reflete na pes-soa do sofredor. Como se houvesse de um lado, o fenômeno doloroso, que se explica pela transmis-são da mensagem nociceptiva no seio do sistema nervoso, e do outro as inevitáveis consequências psicológicas e sociais que uma dor crônica acarre-ta. Portanto, haveria a dor crônica, e somente de-pois seus prolongamentos emocionais. Ora, todos que vivem uma dor crônica e puderam fazer uma investigação junto a um profissional especializa-do em dor e saúde mental tiveram a oportunida-de de perceber o quanto a sua dor está relaciona-da a seu modo de existir e de lidar com as coisas da vida e com o outro. A dor é uma percepção e, portanto, subjetiva. Mas, como ela se encontra em

22 Revista espaço saúde

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cada um de nós? Qual o lugar que ocupa na nos-sa subjetividade? Como cada um de nós que senti-mos dor nos posicionamos diante dela? Essas são algumas das questões que trabalho com meus pa-cientes.

RES Qual a importância de um psicólogo ou psica-nalista no tratamento da dor crônica?Cláudia Gigante Ferraz Um conceito freudiano mui-to usado na saúde é o de ganho primário e se-cundário e que podem ser perfeitamente identi-ficados nos pacientes com dor crônica. Os ganhos primários referem-se aos ganhos inconscientes com a dor corporal, e os ganhos secundários aos ganhos conscientes. A dor crônica, compreendida atualmente como doença, pode trazer isenção de responsabilidades de se cuidar ou de cuidar dos outros, por uma condição psicológica de depen-dência e regressão. Falar de inconsciente signifi-ca falar de um mundo desconhecido. E os ganhos primários podem operar em casos de evitar situa-ções de retorno a um trabalho que exigirá do do-ente com dor crônica aquilo ele não pode mais dar sem estar consciente disto. Os ganhos secundá-rios podem estar relacionados a benefícios finan-ceiros, no caso de auxílio-doença do sistema pre-videnciário. Outros problemas aparecem quando a causa da lesão se dá na empresa empregadora ou por erro médico. Isso dificulta uma boa respos-ta ao tratamento e essas alianças terapêuticas pre-cisam ser trabalhadas e elaboradas. Existem várias maneiras de responder ao processo doloroso crô-nico e algumas pessoas percebem e sentem as restrições da dor de forma amplificada ou aderem excessivamente às medicações para diminuí-la. Amplificam, deste modo, a intensidade das quei-xas e isso é reforçado por uma ou mais pessoas do seu círculo familiar. Por isso, devemos abordar tal aspecto no tratamento e estarmos atentos a isso. Além disso, os quadros de dor, como sabemos, vêm acompanhados de ansiedades e depressões que, apesar de esperadas, devem ser cuidadosa-mente avaliadas para uma abordagem terapêu-tica adequada, uma vez que todo esse conjunto causa imenso sofrimento àquele que sente dor e àqueles que o cercam. Daí a importância de um

psicólogo ou psicanalista envolvido com a temá-tica da dor para desenvolver um possível diagnós-tico e uma direção de tratamento com estes pa-cientes.

RES Uma abordagem terapêutica pode melhorar a qualidade de vida do paciente com dor?Cláudia Gigante Ferraz O manejo clínico permite uma melhora rápida no quadro da dor e ainda vai modificando o modo de se lidar com ela. Leva a uma melhor adaptação, altera sua percepção, me-lhora o desempenho e a inserção psicossocial. As intervenções de base psicanalítica têm com prin-cipal indicação quando há presença de somati-zação ou o componente emocional motivando o surgimento dos sintomas dolorosos. A queixa de dor pode ser utilizada como um pedido de aju-da para que sofrimentos muito intensos na histó-ria de vida daquela pessoa - tais como situações de perda, violência sexual, moral, ou física - pos-sam ser resolvidos com o processo psicoterápico. Representa, portanto, uma possibilidade de ana-lisar e elaborar conflitos inconscientes associados ao lugar de sofredor e de incapaz ocupado pelo paciente.

RES Como a família pode auxiliar no tratamento do paciente com dor crônica?Cláudia Gigante Ferraz Cabe à família reconhecer a dor do paciente, mas não reforçar os comporta-mentos regredidos e os ganhos secundários. Deve evitar fazer pelo seu ente querido, atividades que ele poderia desenvolver, (mesmo com certo sofri-mento), identificando-se assim com o sofredor e reforçando os ganhos inconscientes. Apostamos que nosso paciente possa encontrar outras ma-neiras para enfrentar a dor, deslocando-se do lu-gar de doente e direcionando-se para uma rela-ção mais saudável consigo mesmo e com a vida. Para concluir, frente ao exposto: dor crônica deve ser tratada de modo multidisciplinar, contando também com a colaboração da família e do pró-prio paciente. Gostaria de agradecer a oportunidade de falar so-bre um assunto que considero relevante para a saúde física e mental.

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do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bu-comaxilofacial da Casa de Saúde e Maternidade de São Carlos, o importante é salientar que nem todas as necessidades de atendimento desses pacientes são primordialmente realizadas em hospitais. Po-rém, quando os pacientes se encontram em situ-ações debilitantes, o ambiente hospitalar é o mais adequado. Outro segmento desse ramo da odonto-logia seria o acompanhamento daqueles pacientes acamados, que normalmente não fazem o acompa-nhamento periódico ao consultório odontológico.

“Importante salientar que em alguns casos espe-cíficos temos a alternativa de fazer a sedação do pa-ciente em clínicas, que contem com centro cirúrgi-co, sala de recuperação e sempre supervisionados por um médico anestesista” ressalta o Dr. de Luca.

Cercados de todos estes cuidados e com re-sultados promissores, a opção odontologia hos-pitalar pode ser considerada peça fundamental e forte aliada à saúde bucal em indivíduos que por diversas limitações não tinham acesso a consultó-rios para buscar este tipo de terapia.

o tratamento odontológico em ambiente hospitalar e sob anestesia geral pode pare-cer estranho ou agressivo demais a muitas

pessoas. Entretanto, procedimento desta natu-reza vem se tornando cada vez mais frequentes graças às vantagens relacionadas à segurança e resultados obtidos.

Pacientes que apresentam extensa limitação física, mental, emocional ou médica que impeçam o tratamento em consultórios ou ambulatórios po-dem se beneficiar desta modalidade de tratamento.

Com o passar do tempo, a deficiência de higie-nização oral e a falta de tratamentos dentários em indivíduos portadores de doenças sistêmicas (con-gênitas ou adquiridas), pacientes que sofreram traumatismos bucomaxilofacial e para aqueles que necessitam cirurgias reconstrutivas, podem desen-cadear diversos problemas locais ou sistêmicos agra-vando ainda mais o já debilitado estado de saúde.

Tratar a saúde oral integralmente em hospital envolvendo várias especialidades na área odonto-lógica é vantajoso. Nesse tipo de atendimento, o profissional e sua equipe sentem-se mais seguros para a realização dos procedimentos necessários em centro cirúrgico, amparados ainda por médi-cos anestesistas responsáveis pela anestesia geral ou sedação, controle a ansiedade e monitoramen-to de sinais vitais. A terapia multidisciplinar é as-sim chave para bons resultados

Segundo o Dr. Daniel Nastri de Luca, que é chefe

Dr. Daniel Nastri de LucaFormado pela Faculdade de Odontologia de Mogi das Cruzes-UMC, especialista Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.

odontologia

Odontologia hospitalar

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26 Revista espaço saúde

saúde

lantes do Peso onde aprendeu muito. Sempre sem usar remédios, aliou outras alternativas. “Senti a necessidade de uma atividade física, então come-cei com caminhadas diárias. Ganhei do meu pai uma esteira, para os dias que não tivesse tempo ou não pudesse sair de casa, porque meus filhos eram pequenos e “rolava” muita culpa na cabeça nessa hora”, relembra. Nos três anos seguintes, foi para a academia e até hoje faz musculação três vezes por semana.

Cláudia aconselha a nunca deixar de aliar a ree-ducação alimentar à prática regular de exercícios fí-sicos. Ambas supervisionadas por profissionais que conduzem o processo de maneira segura e saudável.

Em 2009, Cláudia deparou-se com hipotireoi-dismo que ocorre quando a glândula tireóide não produz hormônio tireoidiano em quantidades suficientes. Entre diversos sintomas da doença, os principais foram o aumento de peso e a depressão. Com isso, Cláudia que já era adepta dos exercícios, intensificou as atividades físicas com orientação de um preparador físico e, com a ajuda da nutri-cionista fez a dieta funcional, que tem a função de corrigir hábitos para reequilibrar o organismo.

Faz parte da dieta funcional o consumo de alimentos orgânicos, a redução drástica de bebi-da alcoólica e itens industrializados, assim como os alimentos que contém glúten e leite. O uso de

de acordo com o título deste artigo, qual o porquê de usar o termo “eliminei” em vez de “perdi”? Você já parou para pensar que

tudo o que é perdido pode ser reencontrado?.Com essas palavras, Cláudia Cury, radialista,

jornalista profissional e apresentadora do progra-mas Cultura Mix da TV+, desde o início da entre-vista, além de relatar o seu desafio em emagrecer de forma saudável, mostra também seu senso de humor e alto astral.

Com a ajuda de uma equipe multidisciplinar for-mada por nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e preparador físico Cláudia ganhou uma nova vida desde que iniciou seu processo de emagrecimento, sempre com o objetivo de chegar ao seu peso ideal sem, todavia, fazer uso de medicamentos.

Tudo começou no Dia dos Namorados, em 2001, quando ganhou de presente do marido um cartão de uma nutricionista (um vale consulta!).

“Eu tinha duas opções: chorar, porque realmente estava bem longe do peso ideal ou encarar o de-safio. Decidi encarar o desafio, até porque chorar não ia adiantar nada”, conta.

Nos primeiros cinco anos, contou com a ajuda fundamental da nutricionista. Aprendeu a comer corretamente, fez um planejamento nutricional, praticamente uma reeducação alimentar ao lon-go dos anos. Também passou pelo programa Vigi-

Cláudia Cury: Como eliminei 40 quilos de forma saudável

Por Rosane d’andréa

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26 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 27

adoçante não é recomendável, a proposta desse programa alimentar é utilizar o açúcar das frutas ou demerara, por exemplo, fazer o suco com a fru-ta pura sem água e sem açúcar. “No meu caso, em quatro meses meu problema com a tireóide esta-va normalizado, porque se trata de uma doença autoimune e a eliminação do glúten e do leite do meu cardápio, foi fundamental, aliando a prática de corrida e musculação que, neste período, foram diárias, inclusive nos finais-de-semana”, explica.

Cláudia Cury relembra que vem de uma famí-lia com tendência à obesidade, mas que podemos

“driblar” a genética. Basta querer. Ter força de von-tade, viver intensamente, ter autoconfiança, ra-ciocínio claro, ser feliz e, acima de tudo, manter o foco no que se quer. “Com essa atitude, digo pros meus filhos, que também lutam contra obesidade, que eles são capazes de mudar e ter saúde através da boa alimentação e da prática de esporte ou de exercícios.”

Apesar dos problemas que passou, esta mu-lher forte e guerreira não se abalou ou pensou em desistir. “As ferramentas estão todas aí. Cabe a cada um procurar a sua maneira de viver bem cada momento. Você tem que ter prazer naquilo que faz. Transformar sua dieta, suas atividades fí-sicas em coisas prazerosas”, declara.

“Uma das coisas que me motivou foi ver meu marido Elder muito envolvido com corrida de rua. No início eu o acompanhava, filmava, fazia maté-rias pra TV. Eu pensava que jamais pudesse correr também. Mais uma vez entrou em cena minha vontade de vencer este desafio!”

Nessa longa caminhada, o lado espiritual tam-bém foi importante. Quando teve a depressão, Cláudia fortaleceu a meditação. A espiritualidade sempre foi seu ponto forte. Também se apoiou na Bíblia, na prática de yoga e, também, em livros de filosofias orientais. Cláudia resume que em 2009 foi o ano de “se reerguer” e 2011 o ano de seu “re-encontro”.

Atualmente, com 41 anos, Cláudia é adepta de caminhadas, vôlei, corrida de rua, adora peda-lar e participa de vários encontros entre ciclistas. Hoje se alimenta corretamente, sempre a cada três horas. “Sempre tenho uma fruta, barrinha de cereais comigo para não passar grandes períodos

sem comer nada, nos dias em que tenho gravação de programas ou um dia cheio, dependendo da minha agenda”, afirma. Acorda bem cedo, deixa as crianças na escola, vai para academia, e, apesar da correria da vida moderna, consegue se dedicar ao trabalho, marido, filhos, casa e ainda estar em forma.

Afirma que “essa incorporação de uma nova mentalidade e novos hábitos, que são para sem-pre, me tornam ainda mais feliz! Hoje, pra mim, fa-zer atividade física e me alimentar com qualidade é como tomar banho, escovar os dentes , trabalhar, amar…

Palavras dos especialistas

Zilda F. Rafael Abbud, Nutricionista: “A Cláudia

procurou-me para fazer um programa de reeducação

alimentar. Ela estava acima do seu peso ideal e seu

objetivo era eliminar o excesso de forma saudável. A

nutrição na verdade foi somente um vetor, todavia, o

desempenho e conquista foram mérito dela. Sua for-

ça e determinação sempre foram marcantes em todos

os momentos difíceis da sua vida. Acredito que hoje,

ela aprendeu a lidar com a disciplina, manter força de

vontade e a mente aberta para experimentar novos

sabores.”

Lucas Peres Rodrigues, Fisioterapeuta: “No caso da

Cláudia, a fisioterapia auxiliou na recuperação após as

atividades físicas e na prevenção de lesões, evitando

que dores a impedissem de continuar os exercícios.

Além disso, como a estrutura do corpo mudou bastan-

te, novas posturas e controle motores tiveram de ser

modificados à nova (e ótima) realidade funcional dela.”

Page 30: Revista Espaco Saude

28 Revista espaço saúde

bros inferiores, principalmente em relação ao iniciar o andar). As alterações motoras são mais evidentes e significativas no início da doença, no entanto com sua progressão a cognição também é comprometida.

Para um tratamento adequado é importante que o diagnóstico seja realizado adequadamente, descartando possibilidades de síndromes parkin-sonianas que apresentam sinais e sintomas simila-res à doença de Parkinson como, por exemplo, por efeito colateral de alguns medicamentos ou sinais e sintomas de outras doenças como é o caso da demência por corpúsculo de Lewy. O tratamento da doença de Parkinson pode ser farmacológico, não farmacológico e cirúrgico. O ideal é que a ava-

A doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa crônica e progressiva, descrita por James Parkinson em 1817.

Sua incidência aumenta com a idade, tendo iní-cio em média aos 55 anos, sendo mais comum em homens. A doença de Parkinson compromete estruturas do cérebro responsáveis pela produção dos movimentos voluntários e controle dos ajus-tes posturais associados com movimentos volun-tários. Os principais sinais e sintomas são: tremor em repouso, rigidez, bradicinesia (lentidão do movimento), postura em flexão, diminuição dos reflexos posturais (instabilidade postural e alte-ração na marcha) e fenômeno do congelamento (dificuldade de iniciar o movimento com os mem-

A realização de tarefas simultâneas na doença de Parkinson

teRCeiRa idade

Page 31: Revista Espaco Saude

28 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 29

Sheila de Melo BorgesDocente do Curso de Graduação em Gerontologia UFSCar.Fisioterapeuta pela Unisanta, Doutoranda em Psiquiatria pela FMUSP e Mestre em Gerontolo-gia pela UNICAMP.

A realização de tarefas simultâneas é prejudicada com o envelhecimento e principalmente

na presença de doenças que afetam

a motricidade e a cognição como a

doença de Parkinson.

ção é importante para o aprendizado, inclusive para o aprendizado motor. Devemos estar prepa-rados para lidar com as adversidades do ambiente e por isso o treino com tarefa dupla vem ganhan-do destaque.

Vale ressaltar que faz parte da senescência (en-velhecimento fisiológico) a dificuldade dos idosos em realizar movimentos automáticos quando comparados com a população jovem. Este pro-cesso é prejudicado consideravelmente em do-enças neurodegenerativas, como na doença de Parkinson. Nesse sentido, observamos que é mais difícil a realização de tarefa dupla tanto em idosos saudáveis quanto em idosos com algum compro-metimento motor e/ou cognitivo, sendo o maior

o prejuízo em idosos com o envelhecimento considerado patológico.

Geralmente, a realização da tarefa dupla é mais difícil que a realização das tarefas isoladas. Pesquisas têm demonstrado que com o treinamento, a in-terferência negativa da tarefa dupla durante atividades fun-cionais diminui consideravel-mente e, portanto o desempe-nho na tarefa dupla melhora.

O paradigma da tarefa dupla é importante por fazer parte da vida das pessoas sendo que o seu treinamento deve ser realizado no processo de tratamento da doença de Parkinson. É fundamen-tal, no entanto, a especialização e reciclagem dos profissionais que atuam na área para uma tera-pêutica mais adequada e eficiente no tratamento de pessoas com doença de Parkinson.

liação e o tratamento sejam realizados por uma equipe multi/interdisciplinar (enfermeiro, fisiote-rapeuta, fonoaudiólogo, gerontólogo, médico, psi-cólogo, terapeuta ocupacional, etc). O tratamento da doença de Parkinson pode ser individual ou em grupo, mas os objetivos do tratamento devem levar em consideração a particularidade de cada paciente e quanto mais preco-ce for o diagnóstico e a busca pelo tratamento, melhor será a qualidade de vida dos pa-cientes e seus familiares e/ou cuidadores. Tão importante quanto possibilitar mais anos de vida às pessoas com doença de Parkinson, é permitir que os anos sejam vividos com digni-dade e com o máximo de fun-cionalidade e engajamento em atividades do cotidiano.

Atualmente, uma das intervenções não-far-macológicas para o controle das alterações mo-toras e instabilidade postural é o treino funcional realizado com tarefas simultâneas (tarefa dupla) associadas ao treino. A realização de tarefas si-multâneas, como olhar uma vitrine no shopping, segurar sacolas de compras, ouvir música e con-versar enquanto anda faz parte do nosso cotidia-no.

Nos últimos anos a associação de uma ou mais tarefas (tarefa dupla) aos exercícios em atividades funcionais (ex: equilíbrio e marcha) vem ganhan-do destaque na literatura científica nacional e internacional. Segundo especialistas no assunto, este treino é importante em paciente com doença de Parkinson por ser a atenção e a seleção das ta-refas aspectos básicos da cognição. Sem atenção não é possível gerenciar os estímulos ambientais, não é possível aprender algo novo, ou seja, a aten-

Page 32: Revista Espaco Saude

30 Revista espaço saúde

fonoaUdiologia

a voz é o som produzido na laringe (gargan-ta) e articulado pela boca, lábios e língua. É como uma impressão digital, cada um tem

a sua, é uma forma de identidade. Seu cuidado é importante principalmente para pessoas que a utilizam como instrumento de trabalho: profes-sores, locutores, artistas, jornalistas, cantores, ven-dedores, entre outros.

Devemos ficar atentos para alguns sinais de alteração vocal como rouquidão; enfraquecimen-to ou perda da voz; cansaço vocal no fim do dia

de trabalho; falhas (quebras) na voz; esforço para falar; dor ou incômodo na garganta; respiração curta enquanto fala; dentre outros.

O fonoaudiólogo juntamente com o médico Otorrinolaringologista auxilia no diagnóstico e re-aliza o tratamento da voz: “O trabalho da fonoaudi-óloga além de melhorar consideravelmente minha voz, auxiliou-me e orientou-me a modificar minha postura, respiração e alimentação; trazendo-me be-nefícios e melhoria na qualidade de vida.” (profes-sora, 32 anos)

A voz diz muito sobre cada um de nós

saúde vocal: como posso cuidar da minha voz?

• Ingeriráguaaolongododia.Aáguahidratatodoo

organismo,inclusivearegiãodotratovocal(todoo

caminhoporondeavozpassa).

• Ter uma alimentação saudável. Amaçã é umaboa

opção,pois limpaosresíduosdotratovocal,permi-

tindoumavozmaislimpaeforte.Alimentoscítricos,

comolaranjaelimãotambémajudamaeliminarse-

creções.

• Evitaraingestãodealimentosderivadosdeleiteantes

deocasiõesemquevocêteráqueutilizarmuitoavoz.

Estesalimentosdeixamasalivamaisespessa(grossa)

eavoz temdificuldadepara sair,eentãoacabamos

por“forçá-la”.

• Evite gritar, falarmuito alto ou sussurrar, ou ainda

tentar imitarumavozquenãoésua.Estescompor-

tamentosexigemmuitodaspregasvocaiseelaspo-

demsemachucar.

• Evite cigarro. Ele irrita a região laríngea e aumenta

consideravelmenteachancedecâncerde laringee

pulmão.

• Oconsumoabusivodoálcooléprejudicialparaavoz,

poistemefeitoanalgésico.Causa,portanto,momen-

taneamente,sensaçãodealívio,oquefazcomquea

pessoanãosintadesconfortoaofalar,mascomotér-

minodessasensaçãoaqualidadevocalpodepiorar.

• Evitefalarduranteexercíciosfísicos.Oesforçoduran-

te os exercícios juntamente com a fala sobrecarre-

gamosmúsculosdalaringe.

• Caso você tenha problemas gastrointestinais, tais

comorefluxoougastrite,evitealimentoscondimen-

tados. O líquido ácido do refluxo pode alcançar a

regiãoondeficamaspregasvocaisdeixando-asirri-

tadas.

• Evitepigarrear. Se istoestáacontecendocomvocê

podemos pensar em secreção (catarro) acumulada

nalaringeporfaltadehidratação,pelapresençade

refluxoouporresfriados/alergias.

• Estejaatentoàsuaqualidadedesono,aocansaçoe

estresse.Sãofatoresqueinfluenciamasaúdevocal.

Page 33: Revista Espaco Saude

30 Revista espaço saúde

Michele TosoFonoaudióloga Clínica e Educacional

Mariana Zerbetto FabrícioFonoaudióloga Clínica

Maria Grazia Guillen MayerFonoaudióloga Mestre e Doutoranda em Educa-ção Especial

“O própolis e gengibre fazem bem para a voz”. O pró-

polis e o gengibre têm um efeito bactericida, isso é

comprovado. Só que, por outro lado, eles anestesiam

a prega vocal.

“Chá e gargarejo de folhas de romã ajudam”. Não há

comprovações científicas.

“O mel é excelente para voz.” O mel proporciona uma

sensação de alívio. No caso das infecções é bastante

indicado e não tem a propriedade de anestesia.

“O uso de pastilhas aliviam”. Use-as a partir de indicação

médica. Há pastilhas que trazem apenas um alívio mo-

mentâneo, o que preocupa, pois tendo a sensação de

melhora acabamos por forçar mais a voz.

“Gargarejo com vinagre ou limão são indicados”. Tanto

o limão, quanto o vinagre, se usados a longo prazo,

prejudicam a mucosa do trato vocal e descalcificam os

dentes (erosão dental)

“Água e sal: gargarejo indicado”. Sim! Mas cuidado caso

você tenha problemas de pressão alta.

Mitos e verdades sobre a voz

Page 34: Revista Espaco Saude

32 Revista espaço saúde

Dr Moyses Costa LemosCRM: 97578, Dermatologis-ta, formado em Medicina pela USP de Ribeirão Preto, fez Residência Médica de Dermatologia Geral no Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto, também Residência de Cirurgia

Dermatológica pela Unesp de Botucatu e Mestre em Biotecnolo-gia pela Universidade Federal de São Carlos.

estrias, estimulando o rejuvenescimento pela for-mação do colágeno de dentro para fora.

Além disso, existem tratamentos consagrados com laser para vasos, manchas e para depilação que permitem melhorar o aspecto global da face e de outras áreas corporais.

Como qualquer tratamento na pele, o profis-sional mais adequado para realizá-lo é o médico dermatologista, antes de realizar qualquer pro-cedimento verifique seu profissional no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (www.sbd.org.br).

Há Séculos o homem tenta prolongar a jo-vialidade. Exemplo disto são os relatos do explorador Ponce de Leon na sua busca

pela fonte da juventude. Atualmente, com as ino-vações tecnológicas, os tratamentos específicos estão ao alcance de todos.

Destaca-se atualmente na área da Dermatolo-gia o uso do laser fracionado que trata as marcas de expressão, estrias e cicatrizes da acne e pós ci-rúrgicas. Desta forma através da estimulação do colágeno há uma melhora da elasticidade e do viço da pele.

São dois os tipos de laser fracionados: ablativo e não ablativo.

No laser fracionado ablativo apenas uma fração da pele é atingida. São feitas micro perfurações na pele e a cicatrização leva a produção do colágeno. As áreas que não foram lesadas promovem uma recuperação rápida de aproximadamente 7 dias. O equipamento trata rugas, manchas solares, cicatri-zes cirúrgicas e de acne, reduz os poros e melhora o tônus e textura da pele.

O laser fracionado não-ablativo age no tecido profundo da pele, combatendo cicatrizes de acne,

estÉtiCa&saúde

LASER E BELEZA

Page 35: Revista Espaco Saude

32 Revista espaço saúde

Dicas de Saúde

A importância da água

sentir sede já é sinal de que está faltando água no organismo.

beber água é fundamental para proteger o sistema imunológico e evitar a desidratação.

quando não bebemos água o suficiente, nosso metabolismo fica lento, envelhecemos precocemente e nosso sistema imunológico fica comprometido (t. Rocha)”

Cerca de 85% do nosso corpo é feito de água, e precisamos desse líquido para todas as nossas funções vitais. a comunicação entre as células dentro do nosso organismo é feita através da água.

a hidratação não precisa vir somente da água. sucos de fruta, chás gelados, água de coco, legumes, verduras e sopas ajudam a suprir as necessidades corporais de líquido (tâmara Mazaracki).

Verificar a cor da urina é uma boa forma de saber se o corpo está corretamente hidratado. a urina precisa estar bem clara, quase transparente. (tércio Rocha)

Fontes:

http://www.jvaonline.com.br/novo_site/ler_noticia.php?id=88296

Verificar a cor do suor também é uma boa forma de saber se o corpo está corretamente hidratado. tércio Rocha explica: quem usa camisetas brancas e quando sua fica com aquelas marcas amareladas embaixo das axilas precisa beber mais água, já que isso é sinal de que algumas substâncias, como a uréia, estão muito concentradas no organismo.

durante a atividade física, o corpo produz suor para reduzir a temperatura corporal. nesse processo, há uma grande perda de água no organismo. quem pratica atividades físicas intensas como a corrida pode perder até três quilos de líquido durante a prática. o ideal é tomar um copo de água de 15 a 20 minutos antes da atividade física e, durante os exercícios, beber pequenos goles a cada 10 a 15 minutos. (t. Mazaracki)

Dor de cabeça, irritabilidade, coceira na pele, cansaço e náuseas ou vômitos... podem ser resultantes da falta de água no organismo, sinais de desidratação.

Revista espaço saúde 33

Page 36: Revista Espaco Saude

Adalgisa R. CimattiCRP 06-70589sala 51Psicologia ClínicaHipnoterapiaMusicoterapiaFone 3374-4977Fone 9792-9528

Adriana Amaral DiogoCREFITO 93.572-Fsala 08Fisioterapia VascularFone 3116-1674 Fone 8134-4898

Alessandra Ruiz BassoCREFITO 45.102-Fsala 103Fisioterapia e EstéticaFone 3116-1154

Ana Flávia CarvalhoCRO 73.351sala 23Cirurgia Bucomaxilo FacialFone 3371-7603

Andressa M. MartinsCROSP 88.267sala 62Prótese EstéticaFone 3361-7900

Denílson CogoCRO 7.704sala 94Prótese Dentária ComputadorizadaFone 3412-6572

Fábio Moreira MartinsCROSP 80.353sala 62ImplantodontiaFone 3361-7900

Fábio Vallin AntunesCRO 33.232sala 23PeriodontistaFone 3371-7603

Glaucy A. PerinCRP 06/13.998sala 123Psicologia ClínicaPsicoterapiaFone 9159-3564

Isabeth da Fonseca EstevãoCRM 37.600sala 23HematologistaFone 3374-1055

Janaína Tibério GomesCROSP 95.406sala 161OrtodontiaFone 3368-6989

José Luiz Lopes Sanchez CROSP 58.751sala 161Prótese / ImplanteFone 3368-6989

Júlio Cesar NagliatiCRM 54279sala 113HomeopatiaAcupunturaFone 3372-7489

Marcos JacobovitzCROSP 42.225sala 164Tratamento de CanalFone 3364-3310

Monike TsutsumiCRFA 11.916sala 124FonoaudiologiaFone 3412-8291

Oswaldo Spina NetoCROSP 92.470sala 144ImplantodontiaFone 3307-7743

Regina SchultzCREFITO 16.164-Fsala 81Fisio-Dermato Funcional EstéticaFone 3116-9646

Tatiana C. F. NagliatiCRP 06/99.230sala 113PsicologiaFone 3372-0916

Vera Lúcia EndoCRM 53.380sala 83DermatologiaFone 3374-4558

Vera Beatriz GualtieriCRM 35.247sala 123HomeopatiaFone 3376-9899

Medical CenterRua Maestro João Sepe, 900

(próximo à Santa Casa)

Page 37: Revista Espaco Saude

indiCadoR PRofissional

ACupuNTuRA

Leila Estevão da Silva Cacciacarro LincolnCRP 06/98636Acupuntura/psicólogaR. Maestro João Seppe, 866Tel: 3413-6440/3374-8556

[email protected]

ACupuNTuRA E ESTéTiCA

Glauco J. Monteiro SentomeCRBM 6032Massagem Termoterapêutica (Migun)R. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ 3374-9506www.qualidadevida.psc.br

CiRuRGiA pLáSTiCA

Tiago Alves BarbosaCRM 97598 Cirurgião PlásticoR. Dona Alexandrina, 1887Tel: 3371-2282/[email protected]

CiRuRGiA VASCuLAR

Carolina D. Pedrazzani Lemos  CRM 107779Cirurgiã VascularR. Dona Alexandrina, 1887Tel: 3371-2282/ [email protected]

CLiNiCO GERAL

Maria Alba Porto BiancoCRM 097879Endocrinologista e MetabolistaRua Vitor Manoel de Souza Lima, 671Tel. [email protected]@uol.com.br

DERMATOLOGiA

Moysés Costa Lemos CRM 97578 DermatologistaR. Dona Alexandrina, 1887Tel: 3371-2282/[email protected]

ESTETiCiSTA

Elizandra CarvalhoEsteticistaRua Vitor Manoel de Souza Lima, 671Tel: 3372-4965/[email protected]

FiSiOTERApiA

Ariane MarcelloCrefito 150281-FHidroterapia/PilatesR. Antonio Guaratine, 80Tel: 3415-6055/9220-6438

[email protected]

FiSiOTERApiA

Fernanda Carolina CarisaniCrefito 143194-FEstética/AcupunturaR. Antonio Guaratine, 80Tel: 3415-6055/[email protected]

FONOAuDióLOGA

Lívia Maria GuimarãesCRF 12672Fonoaudióloga – Esteticista FacialEspecialista em Distúrbios da Comuni-caçãoR. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ 3376-1129www.qualidadevida.psc.br

NuTRiCiONiSTA

Keylla A. BotelhoCRN-3: 29564Nutrição ClínicaR. Vitor Manoel de Souza Lima, 671Tel: 3372-4965/[email protected]

ODONTOLOGiA

Ana Flávia Mendes de CarvalhoCRO 73351Bucomaxilo facialCirurgia e ImplantodontiaRua Maestro João Seppe, 900, sala 23Tel: 3371-7603

ODONTOLOGiA

Cléber Racy AbbudCROSP 25976Próteses, implantes e cirurgias. Sedação com óxido nitrosoR. Major José Inácio, 1738Tel: [email protected]

ODONTOLOGiA

Marcos JacobovitzCROSP 42225Endodontia, Cirurgia Parendodôntica, Tratamento de Traumatismos DentaisR. Maestro João Seppe, 900. Sala 164. Ed. Medical Center. Tel: 3364-3310/8132-0505

ODONTOLOGiA

Augusto Sousa SilvaCROSP 86059Dentista - Cirurgias - Implantes Osteoin-tegradosRua Nove de Julho, 2130Tel: 3371-0251/ [email protected]

Page 38: Revista Espaco Saude

indiCadoR PRofissional

pSiCOLOGiA

Thalita Conti CRP 06/101177Psicoterapeuta Corporal em formaçãoR. Maestro João Seppe, 866Tel: 3413-6440/3374-8556

pSiCOLOGiA

Maria Cecília MartinsCRP 06/84622Psicóloga ClínicaR. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ [email protected]

pSiCOLOGiA

Francine Náthalie F. R. PintoCRP 06/100429Psicóloga ClínicaR. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ 3376-1129www.qualidadevida.psc.br

pSiCOLOGiA

Juliana Araújo CacíagliCRP 06/102505Psicóloga – PsicoterapeutaR. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ [email protected]

TERApiA COMpORTAMENTAL

Graziela VanniCRP 06/68515Especialista em Terapia Cognitiva Com-portamentalR. Dom Pedro II, 2066Tel: 3374-7534/ [email protected]

pSiCOLOGiA CLíNiCA

Fabiana EsbaileCRP 06/98966Rua Vitor Manuel de Souza Lima, 671Tel: 3372-4965/[email protected]

pSiCOpEDAGOGA

Patrícia A. RanieriPsicopedagogaRua XV de Novembro, 1340, salas 6 e 7Tel: [email protected]

pSiCOLOGiA

Mariana FranchimCRP 0696277PsicólogaR. Episcopal, 1796Tel: [email protected]

pSiCOpEDAGOGiA

Cláudia Saidel CortezPedagoga/PsicopedagogaR. Episcopal, 1796Tel: [email protected]

pSiCOTERApiA

Cláudia Gigante FerrazCRP 33923Psicoterapia/PsicanáliseR. São Sebastião, 2319Tel: 3371-1188/3372-8869/[email protected]

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Gabriela Prado Crosp 92759Clínica Geral, Especialista Estética e CanalR. Passeio dos Ipês, 300, apto 303Tel: [email protected]

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Regynaldo ZavagliaCrosp 58.314R. Conde do Pinhal, 2380Tel: [email protected]

ORTOpEDiA E TRAuMATOLOGiA

Omar Ferreira MiguelCRM 115093Ortopedia e TraumatologiaCirurgia do QuadrilRua XV de Novembro, 972Tel: 3372-3262

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pEDAGOGiA/pSiCOpEDAGOGiA

Érika Regina BregagnoloPedagoga/PsicopedagogaR. Episcopal, 1796Tel: 3501-4894 / [email protected]

pODOLOGiA

Cleunice Ap Zago Antonio Pé diabético/podologia esportivaMulticlin-SaúdeR.Teixeira de Barros, 1374Tel: 3116-0612/ 9116-3517

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