revista europa em foco #2

42
UMA ANÁLISE SO- BRE AS ATUAÇÕES DA DUPLA BRASILEI- RA DO MILAN E MAIS ÓTIMAS ANÁLISESE SOBRE: GANSO NOCERINO KROOS BALOTELLI E MUITO MAIS!

Upload: joao-pedro-almeida

Post on 10-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Segunda edição da Revista Europa em Foco

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Europa em Foco #2

UMA ANÁLISE SO-BRE AS ATUAÇÕES DA DUPLA BRASILEI-RA DO MILAN

E MAISÓTIMAS ANÁLISESE SOBRE:

GANSONOCERINOKROOSBALOTELLIE MUITO MAIS!

Page 2: Revista Europa em Foco #2

ÍNDICE

AGRADECIMENTOSQuero agradecer à equipe do blog Conexão Inglaterra e a Rodrigo Moraes, por nos permitirem postar seus textos aqui. Além deles, ainda há a equipe normal, formada por João Pedro Almeida (criador e diagramador), Luis Felipe Mendes e Eduardo Rocha (colaboradores)

A volta do ídolo maior.................................. .................. 4Para onde vai Rene Adler?............................................... 6A decepção mais cara de Wenger ...................................7Nocerino ............................................................................8Kaká ..................................................................................10Ganso.................................................................................12Espaço Premier League...................................................14Prince Boateng ................................................................20Os brasileiros do Milan ..................................................22Toni Kroos .......................................................................27Lampard ...........................................................................30Balanço da Juventus ....................................................... 32Balotelli ............................................................................36

Page 3: Revista Europa em Foco #2

CARO LEITOR,Gostaria de dizer algumas palavras nesta edição da revista. Pri-meiramente, gostaria de agradecer a sua leitura e frisar que, com certeza, não irá se arrepender dela. E gostaria de falar que não participei dos textos dessa edição da revista, mas, contra o reló-gio, diagramei esta em 2 horas, quando levei 15 dias na primeira edição. Foi uma batalha e espero estar 100% na próxima edição da revista. Portanto, peço para que perdoem eventuais erros de revisão. Enfim, é esse o meu recado.

Atualmente, existem várias revistas digitais Brasil afora, mas a revista “Europa em Foco” é um projeto pioneiro, por tratar ape-nas do futebol europeu e por sua dinâmica, bom humor e ma-térias únicas. Além disso, é de graça e não é preciso sair de casa para tê-la.

Para bom usufruto da revista digital, é sugerido que leia em tela cheia, o que é possível apenas clicando em qualquer lugar do retângulo no qual a revista está contida. Caso já tenha feito isso, é possível dar ainda mais zoom clicando em qualquer lugar da revista. Para passar as páginas, basta clicar no botar com uma seta, que simula o folhear de uma verdadeira revista. Em baixo, a revista dispõe de um menu com miniaturas de todas páginas e suas respectivas numerações.

Eu, juntamente com toda a equipe, lhe desejo boa leitura.

Atenciosamente, João Pedro Almeida (criador da revista)

Page 4: Revista Europa em Foco #2

A VOLTA DO ÍDOLO MAIORPor Luis Felipe Mendes

No Arsenal, Henry pode voltar como jogador de lado, repetindo o seu posicionamento do Barcelona. O francês, até mesmo, pode recu-perar a vaga como centroavante, porém, a grande fase vivida por Van Persie dificultaria o retorno do ídolo.

A melhor opção, neste momento, é criar uma dupla de ataque. Os dois jogadores já atuaram pelos lados, mas conquistaram a torcida dos Gunners pelo centro. Deste modo, uma formação com os dois juntos na frente é o ideal.

Com a dupla, o Arsenal ganha, e Gervinho perde. O marfinense, as-sim como outras opções de pontas (Arshavin, Walcott, Ryo), perderá espaço no grupo. O esquema atual

O Arsenal deve, nos próximos dias, fechar a contratação, por emprés-timo do ídolo Thierry Henry. O veterano atacante volta a Londres após uma passagem pelo Barcelo-na e o futebol dos Estados Unidos. O tempo no Emirates será curto, mas o artilheiro ainda pode ajudar os Gunners na sua volta à Premier League, trazendo de volta a con-fiança.

Com a volta de Henry, uma du-pla de ataque respeitável surge em Londres. O francês chega para ser o companheiro de Van Persie. O jogador holandês vive o melhor momento de sua carreira, enquan-to o veterano retorna ao lugar em que conquistou reconhecimento mundial.

Page 5: Revista Europa em Foco #2

“Ele tem um talento excepcional e é muito inteligente. Ainda, ele tem mui-ta categoria e qualidade. Quando Van Persie e Henry jogarem juntos, estare-mos muito bem”.

Arsène Wenger, técnico do Arsenaldeve dar espaço para um clássico 4-4-2, com dois homens abertos pelos lados e dois meio-campistas centrais.

Nesta formação, os antes pontas podem ainda funcionar, porém, Rosicky, Benayoun e Arshavin en-tram com mais força na disputa. No centro, o clube terá vários no-mes para escolher. Ramsey, Arte-ta, Song, além de mais alguns do departamento médico (Wilshere e Diaby por exemplo), são opções. O clube, assim como vários da Ingla-terra, sofrerá com a Copa das Na-ções africanas, mas, neste momen-to, o torcedor dos Gunners só pensa no ataque.

No entanto, a maior mudança com a chegada do francês não está na parte tática, mas no espírito do clu-be.

A volta de Henry, além de acres-centar qualidade a um ataque cha-mado Van Persie, renova o ânimo do torcedor, que assistiu aos desta-ques do clube saírem por falta de competitividade.

O atacante francês não coloca o time entre os melhores do mundo, mas traz de volta a ideia deixada para trás de um Arsenal vencedor e imbatível. Se o futebol não apare-cer, a memória, com certeza, retor-nará.

Page 6: Revista Europa em Foco #2

Para onde vai Rene Adler?Por Luis Felipe Mendes

Após brilhar, no Le-verkusen e na seleção, o goleiro foi do céu ao in-ferno com a reserva em seu time.

Mas afinal, qual será seu próximo destino?

Da titularidade na seleção alemã à reserva no Bayer Leverkusen em um ano. Essa é a trajetória de Rene Adler, goleiro mais cobiçado no momento no país. Jogador com um histórico de contusões direta-mente proporcional ao talento que mostra debaixo das traves, Adler já foi sondado no Schalke 04 e no Hamburg, clubes que encontram dificuldades na posição, e pode-rá assinar contrato com uma das duas equipes durante a janela de transferências de inverno. Os As-pirinas, contentes com Bernd Leno e ávidos para fazer caixa, não co-locariam muitos obstáculos para a realização do negócio.

Os Aspirinas, contentes com Bernd Leno e ávidos para fazer caixa, não colocariam muitos obstáculos para a realização do negócio.

Outra possibilidade é uma trans-ferência para o exterior. Adler cer-tamente cairia bem em equipes como o Milan, que há anos sofre com a instabilidade de Christian Abbiati, ou mesmo no Manchester City, como sombra para o às vezes contestado Joe Hart, que falhou em momentos importantes na Liga dos Campeões. De qualquer forma, é inegável que ele teve uma queda brusca na carreira.

Page 7: Revista Europa em Foco #2

WENGER E SUA DECEPÇÃO MAIS CARAPor Daniel Martins

A trajetória de Àrsene Wenger pelo Arsenal é marcada pela contrata-ção de jovens jogadores com bom potencial para crescimento. Com isso, os times mais recentes dos Gunners são formados por atletas sem grande experiência, mas com qualidade suficiente para fazer o clube permanecer na briga por competições europeias, e por vezes até o título, mesmo com investi-mento inferior mediante aos rivais.

São raros os momentos em que o manager francês esteve disposto a pagar uma grande quantia em di-nheiro para trazer algum jogador. E justamente uma das principais contratações pode deixar o clube no próximo período de transferên-cia sem deixar em Londres muita saudade, gols e nenhum título.

O russo Andrey Arshavin foi con tratado do Zenit, em 2009. O valor pago de 12 milhões de libras pre-tendia trazer um atleta que desta-

cou-se em conquistas nacionais pelo time russo e da então Copa da Uefa 2007/08 – hoje Liga Europa. Mas a realidade na Inglaterra foi outra.

Arshavin teve momentos de desta-que com boas atuações pelo time de Wenger, principalmente nos quatro gols marcados no empate contra o Liverpool, em Anfield, em 2009, pouco depois de sua chegada. Mas partida como aquelas foram poucas. A instabilidade marcou – ou está marcando – a passagem do russo pelo Arsenal, com média de pouco mais de um gol a cada qua-tro partidas.

A possibilidade de retorno de Ar-shavin para o Zenit pode acontecer, principalmente pelo interesse do Arsenal em Podolski. Caso acon-teça, será a decepção mais cara de Wenger, tão criticado por apostar em promessas.

Page 8: Revista Europa em Foco #2

BEM VINDA NOVAMENTE, CAMISA 22. BEM VINDO NOCERINO

Por Rodrigo MoraesSua contratação aconteceu no últi-mo dia da janela de transferências de verão, antes do início da tempo-rada 2011/2012. Com pouca pom-pa e circunstância, ao contrário do que acontecera com seu colega de Azzurra, Alberto Aquilani (o Aquaman) apresentado no mesmo dia 07 de setembro, em uma entre-vista coletiva em Milanello, com a presença de Ariedo Braida, o ho-mem das negociações rossoneri.

Antonio chegou para ser, a princí-pio, reserva de Gennaro Gattuso, o lendário cão de guarda milanista. Entretanto, Rino Gattuso sofreu uma lesão no olho esquerdo que, além de ter dado a ele um visual irado de Pirata, o tirou de ativida-

de até o final do ano (Gattuso re-tornou aos treinos no começo de dezembro mas, por conta de outra lesão, agora no nariz, ele só retor-na no amistoso contra o PSG, no dia 04 de Janeiro). Com as baixas de Ambrosini e Flamini, Nocerino ganhou chances de começar como titular em quase todas as partidas nesta metade de temporada.

Em princípio, e novamente por conta de Aquilani, Nocerino era escalado pelo técnico Allegri pelo lado direito, no trio de volantes. Ele não apresentou bom rendimento e cometeu muitas faltas. Entretanto, Aquilani foi pior ainda, e perdeu a vaga muitas vezes para il profes-sore Seedorf. Com preferência em

Page 9: Revista Europa em Foco #2

Gattuso e seu visual Jack Sparrow

atuar pelo lado direito, houve a inversão de la-dos, passando Noceri-no para o lado esquerdo do campo onde, enfim, ele demonstraria que foi uma contratação certei-ra.

Na sétima rodada, o primeiro gol de Noce-rino com a camisa 22 do Milan. Exatamente contra seu ex-clube, o Palermo. Aliás, Antonio foi formado na Juven-tus, passou por Avelli-no, Genoa, Catanzaro, Crotone, Messina (não é o time da irmã do Mes-si), Piacenza, Juventus e

e permaneceu por 3 temporadas no Paler-mo. Todavia, o melhor de Nocerino ainda esta-va por vir.

Duas rodadas depois, contra o Parma, de Se-bastian Giovinco, o atu-al camisa 22 rossonero marcou nada menos do que 3 gols na partida, fechando o placar em 4 X 1 para o Milan. Desde então, foram mais 2 gols marcados na Serie A, em 14 partidas jogadas pelo “Nocerinho”, ape-lido dado pela impren-sa italiana. Detalhe que Nocerino havia mar-cado 6 gols apenas na temporada 2006/2007, quando jogava pelo Pia-cenza, na Serie B. Pelo Palermo, em 2010/2011, ele havia marcado 4 gols na temporada inteira.

Unindo grinta, boa mar-cação, um bom passe para um jogador de des-truição, uma barba que deixa De Rossi e o pró-prio Gattuso cheio de orgulho, o lugar de titu-

lar foi garantido. Ainda, com uma fi-nalização de matar o Pedalada Boy Robi-nho de inveja, Noce-rino se tornou peça importante no Milan versão 2011/2012 de Allegri. E pensar que o Mister X, anuncia-do por Galliani, era o Aquaman.

Page 10: Revista Europa em Foco #2

O QUE KAKÁ PODE GANHARCOM UMA TRANSFERÊNCIAPor Luis Felipe Mendes

Indo para o PSG, o craque pode ter coi-sas que não tinha no Real Madrid. Veja uma lista desses fato-res que podem levar Kaká a tomar uma decisão.

UMA CONCORRÊNCIA MENOR PELA POSIÇÃO

Pode até ser um pensamento pequeno, mas Kaká está em fase de recupe-ração na carreira e ter nomes como Özil e Di Maria como os concorren-tes principais pela titularidade é um desafio complicado para alguém que não vem conseguindo manter-se longe das lesões.

No PSG, Kaká teria um lugar garantido na equipe de Carlo Ancelotti. Se tiver problemas físicos, provavelmente retornará diretamente ao time ti-tular cada vez que se recuperar. Nada melhor que ritmo de jogo para que o jogador tente voltar ao nível que o consagrou.

Page 11: Revista Europa em Foco #2

UM COMANDANTE MAIS QUE CONHE-CIDO

A chegada de Carlo Ancelotti para o PSG é certamente um fator que pode ajudar no convencimento de Kaká. Não há outro treinador que te-nha tirado tanto do brasileiro em sua carreira.

No auge de Kaká, no Milan da década passada, ele tinha total liberdade para atuar em uma posição híbrida entre um articulador e um segundo atacante. Ancelotti sabe que Kaká pode ser o grande líder técnico de um time de ponta e, se conseguir trazê-lo, pode montar um PSG que atue para ressaltar as qualidades da nova contratação.

UM FUTURO PROMISSOR

A possível contratação de Kaká passa longe de ser uma ação isolada do PSG. Há um plano para um futuro promissor no clube francês, com grandes reforços chegando e a possibilidade da equipe transformar-se em uma das mais poderosas do continente.

Se Kaká optar pela transferência, pode ser o grande comandante desse processo de transformação, algo que poderia recuperar totalmente a sua carreira

Page 12: Revista Europa em Foco #2

PROJETANDO O FUTURO ROSSONERO DE GANSO

Por Luis Felipe Mendes

Segundo a imprensa italiana, Paulo Henrique Ganso seria um dos alvos do Milan para a próxima janela de transferências. Mas será que o meia está pronto para concretizar seu sonho de atuar na Europa? O que ele pode acres-centar ao atual campeão italiano?

Um toqUe de mágicaO Milan é uma equipe bem estruturada tatica-mente, entrosada, com um padrão de jogo bem definido. Seu meio-cam-po, porém, não é dos mais criativos. Enquanto o ata-que tem o toque de im-proviso e genialidade de Ibrahimovic, a articula-ção fica a cargo de Kevin--Prince Boateng.

O ganês cresceu muito de produção nos últimos meses, mas ainda assim não é um jogador genial (vem fazendo excelentes partidas, mas não está no nível dos outros que por ali jogavam pelo Milan como Kaká, Seedorf, Rui Costa entre outros...). É dedicado, tem passe cor-reto, movimenta-se com

intensidade e finaliza bem de longa distân-cia. A criatividade, porém, não está entre suas qualidades.

Se Ganso for para o Milan e conseguir re-petir com camisa rossonera o nível de seus melhores momentos no Brasil, dará ao setor criativo da equipe esse ‘toque de mágica’, ca-paz de desestruturar toda a defesa adversá-ria com um passe que ninguém imagina.

Page 13: Revista Europa em Foco #2

É PReciSo coRReRSó que a fase recente de Ganso não permite uma projeção totalmente positiva de um possível futuro em Milão. As atuações apagadas e pouco participativas de seus últimos meses são um indicativo preocupante de uma tendência de queda de seu futebol.

Talvez o problema mais grave apresentado nesse período é a displiscên-cia de Ganso quando não tem a bola em seu pé. Uma das críticas mais frequentes que o camisa 10 recebe é que ele simplesmente para de correr quando a posse de bola é do adversário, participando pouco do esforço para o desarme.

Em um cenário como o do futebol italiano, que valoriza a consistência defensiva como alicerce para a construção de uma grande equipe, dificil-mente Ganso terá vantagem sobre o dedicado Boateng se continuar com essa atitude.

RiScoS PaRa o FUtURoMudanças são sempre arriscadas. No caso de Ganso, não é diferente. Ele é um jogador de inquestionável talento e em início de carreira, mas pas-sa por uma fase ruim. Sair agora tornaria sua adaptação ao exterior mais difícil, o que colocaria em risco outros objetivos.

Se Ganso chegar em Milão e apresentar o futebol dos últimos seis meses, seu destino será o banco de reservas de San Siro. Dificilmente isso não se refletirá em sua posição dentro da Seleção Brasileira. Quem não joga, não tem espaço com a camisa amarela. A transferência, portanto, coloca-ria em perigo a posição de Ganso como o ‘articulador do futuro’ do time de Mano Menezes.

Page 14: Revista Europa em Foco #2

O MELHOR CAMPEONATO DO MUNDOOs ingredientes que fazem do Campeonato Inglês, para muitos, o melhor campeonato do planeta

Por Daniel MartinsMuito se fala sobre o nível dos cam-peonatos pelo mundo. Geralmente com uma certa dose de generalismo e superficialidade, as competições europeias são tratadas por muitos brasileiros tendo dois ou três times, no máximo, que revezam-se no di-reito de serem os campeões e com resultados óbvios, dos grandes ba-tendo os pequenos.

No último Campeonato Brasileiro, o grande trunfo da competição foi a emoção. Muitas vezes essa justifi-cativa encobria partidas com nível técnico baixo. O fato do clube que seria o campeão brasileiro - Corin-thians - perder para o então lanter-

na América/MG, que também ba-teria o Fluminense, no Rio de Ja-neiro. Ou então, o Flamengo, quar-to melhor do nacional não vencer o Figueirense, no Engenhão. Enfim, diversos exemplos que mostram a mesma realidade. No Brasil, nos acostumamos a recorrer ao chavão que não existe no mundo um cam-peonato com o mesmo equilíbrio e emoção.

Deste ponto de vista, os principais campeonatos europeus, como Es-panhol, Alemão, Italiano, Inglês, e em um patamar abaixo, Francês e Português, são tratados sendo me-nos interessantes, pois os campe-

Page 15: Revista Europa em Foco #2

natos europeus, como Espanhol, Alemão, Italiano, Inglês, e em um patamar abaixo, Francês e Portu-guês, são tratados sendo menos in-teressantes, pois os campeões são os mesmos por anos consecutivos e as partidas tem resultados mais lógicos.E, neste final de semana, com o últi-mo dia de 2011 e primeiro de 2012, o Campeonato Inglês escancara o quão errado está essa suposição. Nesta temporada - fato que já havia ocorrido em outras - o equilíbrio entre os times está grande e o nível técnico continua alto.

No sábado, o Blackburn superou o poderoso Manchester United, por 3 a 2, em Old Trafford, no aniver-sário de 70 anos de Alex Ferguson. O jogo, claro, teve os Diabos Ver-melhos como protagonista, mas mostrou também que o último co-locado, agora penúltimo, teve seus méritos para o resultado. No pri-meiro tempo, o time do contesta-do Steve Kean conseguiu manter a posse de bola em diversos momen-tos e não foi extremamente pressio-nado. Na segunda etapa, o United melhorou, empatou, mas mesmo assim perdeu a partida para o Bla-ckburn, três vezes campeão do In-glês, que já havia empatado com o Liverpool, em Anfield, na rodada

No domingo, foi a vez do Man-chester City não vencer. O Sun-derland, seis vezes campeão inglês, foi corajoso e com ótima partida do meio Sessegnon conquistou a vitória, no Stadium of Light, em gol marcado aos 47’ do 2º tempo pelo sul-coreano Ji Dong-Won (impedido). O City teve boas oportunidades para fazer seu gol, geralmente esbarrando em falta de pontaria dos atacantes.

Com os resultados, os rivais de Manchester estão empatados com 45 pontos, em 19 jogos. O Totte-nham, com uma partida a menos, tem 39 pontos. Arsenal, após pés-simo início de competição, é o quarto, com 36. A quinta posição é do Chelsea, derrotado em casa para o Aston Villa (10º colocado), com 34. Liverpool e Newcastle aparecem na sequência.

Deste modo, o Campeonato Inglês entra em sua segunda fase. Diver-sas equipes perderão jogadores importantes para seleções na Copa Africana de Nações, nos meses de janeiro e fevereiro. A competição está aberta para todos os objeti-vos, com uma certeza, aliando o equilíbrio e ótimos jogos, afinal é possível se jogar bem e não ser previsível.

Page 16: Revista Europa em Foco #2

A DEMISSÃO DE FERGUSON E A CULTURA BRASILEIRA

Por Eduardo RiosAno passado vivemos a eliminação do Manchester United da UEFA Champions League. Pra muitos uma catástrofe, um absurdo, o fim do mundo. E pior que o fim do mundo: Algumas pessoas defenderam, mais uma vez, a saída de Sir Alex Ferguson do comando dos Red Devils - Jorna-listas, torcedores brasileiros, e alguns “sabemtudo” do mundo da bola.

O argumento que surgiu, depois da eliminação do clube na Champions, foi de que o United precisa de uma renovação no comando, pois onde já se viu um treinador durar 25 anos no comando de um clube (Sim, algumas pessoas afirmaram isso de maneira pejorativa).

O fato do Brasil passar por uma revo-lução no futebol (o futebol europeu está começando a dominar o público brasileiro - e todos os que acompa-nham futebol europeu fazem parte disso (me incluo, claro)) traz a tona uma série de comentários e “imbe-cilidades” da cultura brasileira para com o futebol. Ou seja, técnico que perde tem que cair.

Isso se torna ainda mais absurdo quando o técnico em questão é Alex Ferguson. Não entrarei em detalhes da história do escocês no Manchester United, mas alguns fatos devem ser lembrados:

Não foi a primeira vez na história do futebol do Manchester United que o clube caiu na primeira fase da competição mais importan-te do mundo. Aliás, a última foi há apenas cinco anos. Onde Alex Ferguson, na ocasião, também fora questionado.

Page 17: Revista Europa em Foco #2

A questão é: Depois daquela eli-minação na fase de grupos, em 2005/06, Ferguson alcançou as se-mi-finais em 2006/07, o título em 2007/08, a final em 2008/09, as quartas em 2009/10 e novamente a final na temporada passada. Agora, me diga, quem é que pode dizer que isso não acontecerá novamente?

Tomando outro assunto: Renova-ção. Muitos defendem a saída de Ferguson para renovar o United. Oras, essas pessoas não devem acompanhar em nada o United. Particularmente esse ano (e eu atri-buo a má campanha na Champions por isso), o clube passa por uma renovação drástica e necessária. Ferguson está renovando o United e, naturalmente, os resultados po-dem não aparecer - apesar disso ele é vice-colocado na Premier League e deverá brigar pelo título (campa-nha horrível, né?).

Soma-se a isso o grande número de lesões que o clube tem nesta tempo-rada: Chicharito fora até 2012/13, Vidic (saiu machucado na fatídica partida) também. Fora Berbatov, Owen, Cleverley, Rafael e Fábio, que estão no departamento médico e prejudicam demais a estrutura tá-tica do United. Ferguson, há alguns jogos, utiliza o jovem e recém che-gado Phil Jones no meio campo por conta da falta de opção e, particu-larmente na partida contra o Basel, teve de escalar Park como atacante, já que Welbeck não tinha condições físicas para jogar 90 minutos, pois retornava de lesão.

Aos “brasileirinhos” que defendem a demissão de treinadores: Não ten-tem mudar a cultura dos outros pa-íses. Você tem que tentar mudar a nossa. Ela está errada. A nossa, não a deles.

Chicharito e Vidic são as duas grandes baixar por lesão do técnico

Page 18: Revista Europa em Foco #2

O ANO DE SUCESSOS E INSTABILIDADE DE VILLAS-BOAS

Por Daniel Martins

O ano de 2011 certamente foi o mais importante na carreira do por-tuguês André Villas-Boas. Após as conquistas do Campeonato Nacio-nal e da Liga Europa com um fute-bol muito superior aos adversários pelo Porto, o treinador foi contra-tado para assumir o Chelsea, ten-do além de um currículo recente com títulos, grande semelhança de modo de trabalho do compatriota José Mourinho.

Assim como Guus Hiddink, o atual treinador do Real Madrid foram os últimos a gozar de prestígio da di-reção e torcida do Chelsea – mesmo Mourinho tendo sido demitido por Abramovich. A chegada de Villas--

Boas ao Chelsea pode ser consi-derada como a de um importante jogador, afinal foram precisos 15 milhões de libras para tirá-lo de Portugal - 8 milhões a menos do que a principal contratação entre os atletas para esta temporada, o espa-nhol Juan Mata.

A trajetória de Villas-Boas pelo Chelsea, cercada de expectativa, teve desde o início pontos altos e baixos. Nas primeiras cinco parti-das pelo Campeonato Inglês foram duas vitórias, dois empates e a der-rota para o Manchester United, por 3x1, com um raro gol de Fernando Torres para os londrinos, este um dos principais problemas para o

Page 19: Revista Europa em Foco #2

Os últimos jogos do Chelsea resumem um pouco da campanha neste ano. Depois de quebrar a invencibilidade do Manchester City, empates com os fracos Wigan e Fulham, além do bom resultado por 1 a 1, contra o Totte-nham, em White Hart Lane. E para fechar o ano uma derrota para o Aston Villa, em Stamford Bridge, por 3 a 1.

Ao contrário da velocidade em que as coisas acontecem na vida do treina-dor de 34 anos, desta vez o título da Premier League não deve se concre-tizar e não demonstra força para conquistar a inédita Champions League. Porém, a base está sendo montada para a próxima temporada, com a fina-lidade de ter um time menos instável do que o ano de Villas-Boas.

Page 20: Revista Europa em Foco #2

A COROA ROUBADA DO PRÍNCIPE Por Rodrigo Moraes

A CAF (Confederation of Afri-can Football), presidida pelo ili-badíssimo (ou não) Issa Hayatou, anunciou hoje os vencedores do CAF Awards, prêmio dado aos melhores jogadores africanos em atividade no futebol. A cerimônia aconteceu no Banquet Hall (suges-tivo, não), em Accra. Tudo muito legal, muito bonito com danças, comidas, bebidas, propinas e algu-ma coisa de futebol.

O que surpreendeu, na verdade, foram os finalistas para o principal prêmio da noite, o mais importan-te de todos, o “ 2011- Player of the Year”. A lista contava com Seydou Keitá, do Barcelona, Andre Ayew, atacante do Olympique de Mar-seille, e Yayá Touré, meia do Man-chester City. Sentiu a falta de al-guém? é, eu também.

O vencedor do prêmio foi Yayá Touré, que teve um bom ano jo-gando pelos Citizens, marcando, inclusive, o gol do título da FA Cup, primeiro título do Manches-ter City após virar um time das arábias. Parabéns ao marfinense.

Entretanto, essa premiação teve um cheiro de retaliação ao, de fato, melhor jogador africano em atividade no mundo: Prince Boa-teng. Não se deixe enganar, pois o irmão dele, Jerome Boateng, é que tem cidadania alemã, defendendo a tricampeã mundial, inclusive, contra a seleção de Gana, do Prin-ce, no Mundial da África do Sul.

O provável motivo desta retalia-ção teria sido a aposentadoria de Kevin Prince Boateng da seleção nacional de Gana.

Yaya Touré, com uma roupa, no mínimo, dfiferente, ao ganhar o prêmio

Page 21: Revista Europa em Foco #2

Afirmando que não poderia con-ciliar atuações em alto nível, tanto pela sua seleção nacional quanto pelo clube que defende, o Milan, Prince enviou uma carta pedindo dispensa da Seleção, optando pela defesa da camisa rossonera. Isso aconteceu em novembro deste ano.

Não se discute a qualidade técni-ca de Yayá Touré, pois o mesmo é titular em sua equipe. Mas núme-ros e títulos falta por si. Na tem-porada 2010/2011, sua primeira no Milan, Boateng tornou-se titu-lar absoluto, jogando como tre-quartista, armando o time. Mar-cou 3 gols e foi campeão italiano. Já em 2011, em maio, marcou o gol que deu o título da SuperCo-pa da Itália, contra a Internazio-nale.

Na temporada 2011/2012, Prince foi promovido a King de Mila-nello, quando em partida con-tra o Lecce, entrou no segundo tempo, marcou uma tripletta que ajudou o time de Milão a virar o jogo. Contra o Barcelona, marcou um dos gols mais lindos da UCL 2011/2012. Já tem 6 gols anotados nessa temporada.

A coroa foi roubada de Prince, e por motivos políticos. Ainda mais quando o segundo lugar do prêmio, Keitá, jogou em todas as partidas de 2011 até o momento, cerca de 10 minutos.

Page 22: Revista Europa em Foco #2

MILAN E OS ATACANTES AQUÉM DAS EXPECTATIVAS

Por Luis Felipe Mendes

Sempre que alguém tenta fazer uma lista dos atacantes brasileiros que es-tão em destaque na Europa, Pato, Hulk e Robinho aparecem. Só que, dife-rentemente do atacante do Porto, os jogadores milaneses surgiram como grandes promessas, nomes que chegariam ao posto de melhor do mundo. O tempo passou, e a dupla do Milan perdeu o encanto de outrora, ficando aquém do esperado.

Page 23: Revista Europa em Foco #2

PATO, O SUCESSOR DA 9

Pato apareceu diante do Palmei-ras, deixando um gol, dando passe para outro de Iarley. Meses depois, o jovem fazia embaixadinhas com o ombro no Mundial de clubes, mar-cando na semifinal. Na temporada seguinte, o atacante treinava na Itá-lia, esperando a idade para atuar no Calcio.

Em alguns jogos do Milan, Alexan-dre já justificava o seu investimento, com gols decisivos e talento indis-cutível. No entanto, com o tempo, o brasileiro perdeu espaço no time, caindo de rendimento, sofrendo com lesões, deixando a desejar para os fãs rossoneri.

Atualmente, Pato é reserva no time de Allegri. Sem as mesmas atua-ções de outras temporadas, sofren-do com um corpo que não acompa-nha, o atacante já não corresponde às expectativas do início de sua car-reira. Na seleção, o camisa 9 perdeu espa-

ço para Leandro Damião e Fred, como centroavante principal. No Milan, Pato atua esporadicamente, mas alterna boas atuações com “su-miços” dentro de campo.

Contra o Barça, Pato mostrou o mo-tivo de tantas expectativas ligadas ao seu nome. Com uma arrancada do meio campo, o jogador deixou para trás todos os defensores do maior time do mundo. Porém, no Calcio, Pato já passou jogos inteiros sem chegar perto do gol, sem mos-trar reação.

VALE A PENA MANTER

Alexandre Pato caiu em desgraça com o público brasileiro pelo seu desempenho com a camisa amarela da Seleção. Seu excessivo número de lesões cria desconfianças para os torcedores do Milan. Os excelentes números do atacante, porém, dão um indício que se desfazer dele não vale a pena.

Page 24: Revista Europa em Foco #2

São 137 jogos, com 60 gols marca-dos. Portanto, tem média de 0,44 gol por jogo. Se não é espetacular, é muito boa. Andriy Shevchenko, segundo maior artilheiro da histó-ria do Milan com 175 gols em 322 jogos, tem média de 0,54 gol por jogo, pouco mais que Pato.

O terceiro maior artilheiro do clu-be é Gianni Rivera, com 164 gols em 658 jogos, média de 0,25 gol por jogo. O sexto é Filippo Inza-ghi, com 125 gols em 294 partidas, média de 0,42 gol por jogo. Média parecia com Pato. E, nesse caso, há outra semelhança: Pato costuma marcar contra adversários grandes. Algo que Pippo se acostumou a fa-zer durante a carreira.

Marcou em jogos contra o Real Madrid (2 vezes no Santiago Ber-nabeu na UCL 2009/2010), Barce-lona (1 gol no Camp Nou na UCL 2011/2012) e contra a arquirrival Internazionale (5 jogos oficiais e 3 gols). Novamente: não é um joga-dor brilhante, mas tem uma efici-ência interessante ao time.

É bom lembrar também que Pato tem 22 anos, o que lhe dá ainda muito tempo para jogar e aumentar as marcas que possui. Mantendo a sua média de gols e de jogos por

temporada, Pato chegaria aos mes-mos 175 gols do ucraniano quan-do estiver com 30 anos – ou seja, daqui oito temporadas. A marca seria alcançada com 76 jogos a mais do que Shevchenko, porém mais novo, já que foi ao clube ros-sonero com menos idade.

Pato poderia melhorar ainda mais sua marca se conseguir ter menos lesões e, consequentemente, jo-gar mais. Dificilmente o camisa 7 será um dos melhores do mundo a partir do que se viu até aqui, o que gera uma certa frustração em quem o viu surgir no Internacio-nal, em 2007, sendo um garoto prodígio. Ainda assim, pode ser um jogador histórico do Milan e pode ser importante para a Seleção também.

A não ser que a proposta do Paris Saint-Germain seja de fato algo fora do normal, o Milan não deve-ria deixar Pato sair. Embora jogue menos do que poderia, é um joga-dor eficiente e que pode ser funda-mental para o time.

Page 25: Revista Europa em Foco #2

ROBINHO, O TALENTO DA VILA

boa movimentação, mas, mesmo quando atua ao lado de Ibra, não é mais “o rei das pedaladas”.

A CHANCE AINDA EXISTE

As lesões, a vida extracampo, a falta de raça são fatores que atra-palham as atuações dos atacantes brasileiros no Milan, porém, em alguns momentos, a falta de gana parece ser o fator decisivo para o desperdício de talento da dupla milanesa. Pela falta de futebol dos brasileiros, o Milan busca mais um atacante, insistindo em Tévez, ape-sar dos percalços impostos pelo City.

Neste momento, Pato precisa su-perar os problemas físicos, reto-mando o futebol do menino que ousou levar a bola com o ombro em um Mundial de Clubes. Com suas arrancadas e o seu faro de gol,

Robinho encantou o Brasil com suas pedaladas à frente de Rogério. Logo, o mundo já via o menino da Vila mostrando seu talento ao lado dos galácticos merengues. Porém, após perder espaço no Real, o pro-missor atacante partiu para Ingla-terra, mês não obteve sucesso. No Milan, o “representante do fute-bol arte brasileiro” deixou de atuar como um homem de frente.

Como meia, Robinho não parte mais para cima da marcação, não encanta por seus dribles inespera-dos. Na Europa, aos poucos, o ex--santista perdeu a “magia” de seu futebol, sendo apenas mais um no grupo milanês.

Quem assiste ao meia Robinho ainda enxerga habilidade com a bola, mas não consegue encontrar a mesma ousadia dos tempos de Vila. O brasileiro recebe, toca, tem

Page 26: Revista Europa em Foco #2

o atacante pode ser mais do que é atualmente.

Robinho não precisa retomar as pedaladas da época santista, mas, como meia, pode ser mais ousado, mais criativo. Atuando pelos lados ou como ponta no losango de Allegri, a característica ofensiva do já veterano atle-ta não pode ficar para trás. Se o tempo fez a memória esquecer a ousadia dentro do campo, basta olhar para a Vila Belmiro novamente para relem-brar.

Pato e Robinho são bons jogadores, mas estão em um nível aquém daque-le projetado no início de suas carreiras. Em um grande europeu, líder do Italiano, os brasileiros ainda tem tempo para retomar o futebol que deixa-ram pelo caminho.

Page 27: Revista Europa em Foco #2

O CRAQUE DA 39Por Luis Felipe Mendes

Ponto de equilíbrio, referência no meio, motorzinho. Expressões que no futebol podem ter signi-ficados parecidos ou diferentes, dependendo do contexto em que forem ditas e de quem forem os personagens envolvidos. Usadas para caracterizar joga-dores mais cerebrais, no primei-ro caso, com poder de liderança técnica no segundo, ou dinâmi-

cos no terceiro, todas elas se aplicam a um nome que vem fazendo uma temporada espetacular, embora pouco reconhecida até aqui. Trata-se de Toni Kroos, do Bayern Munique, jogador mais importante do time bávaro nessa primeira metade da temporada.

É possível que Kroos não seja o melhor do time em nenhum aspecto. Afi-nal de contas, o meia de 21 anos não faz tantos gols quanto Mario Gómez, não é tão driblador e espetacular quanto Frank Ribéry ou Arjen Robben, não lidera o time no meio como o machucado Bastian Schweinsteiger e não chega ao ataque com tanta agressividade quanto Thomas Müller. Os mais apressados, ao ver a temporada passada, chegaram a vaticinar que ele jamais seria o craque que aparentou ser no Mundial Sub-17 de 2007, quando levou uma limitada Alemanha nas costas até a terceira colocação jogando um futebol espetacular.

Pois bem, Kroos cresceu. Entre todas as opções ofensivas do time, é o único que sabe atuar em praticamente todas as funções no meio-campo, com igual eficiência. Seja como segundo volante, ou meia centralizado, ou

Page 28: Revista Europa em Foco #2

mesmo extremo pela esquerda, quando Ribéry não pode atuar. “Ah, mas isso faz dele um coringa, e coringas geralmente são reservas quando todo o time joga, certo?”, errado. Envergando a camisa 39, o meia já era titular, antes mesmo da lesão de Robben. Havia barrado o irregular, mas badaladíssimo Tho-mas Müller dentro de campo, jo-gando bola e mostrando que pode ser realmente importante para o time.

Dentro de campo, Kroos é pratica-mente um líder silencioso. Após a lesão de Schweinsteiger, virou se-gundo volante e é o condutor do time no meio. Extremamente técni-co, carimba quase todas as jogadas ofensivas da equipe, participando da saída de bola, aparecendo no ata-que para tabelar e fazendo os costu-meiros lançamentos preciosos, um dos pontos fortes de seu jogo, além de chutar bem de fora da área. Mais do que isso, é o responsável pelas bolas paradas do time e leva peri-go frequentemente aos adversários cobrando escanteios ou faltas pró-ximas à área com muita precisão.

Os números atestam esse cresci-mento. Ao todo, Kroos já fez três gols e deu nove assistências na tem-

porada, sendo dois destes gols e quatro destas assistências na Liga dos Campeões, competição onde tem sido ainda mais importante do que na Bundesliga e da qual figura na lista dos melhores jogadores até o momento. Atuando como meia centralizado na maioria das vezes, fez um partidaço na vitória por 3 a 2 sobre o Napoli em Munique, além de ter sido importante nos triunfos sobre Manchester City e Villarreal, determinantes para a classificação dos bávaros no primeiro lugar da chave com 13 pontos ganhos.

Além disso, o meio-campista ga-nhou espaço na seleção alemã e teve papel determinante em várias partidas, como no amistoso contra o Brasil, em que sofreu um pênalti e fez uma assistência na vitória alemã por 3 a 2 e só não foi o melhor em campo porque Mario Götze tam-bém estava em ação.

As explicações para esse cresci-mento passam, certamente, pela efetivação de Jupp Heynckes no comando técnico da equipe. Expe-riente, Heynckes é a antítese de seu antecessor, Louis van Gaal, e não se comporta como uma Primadona, ouvindo os jogadores e buscando o melhor rendimento de cada um

Page 29: Revista Europa em Foco #2

sem imposições absolutas. Quan-do chegou ao Bayern, notou que Kroos estava acima do peso e pediu ao jogador, que já havia sido seu comandado no Bayer Leverkusen, para que ele fizesse um regime. Foi atendido, e a re-compensa tem sido vista dentro das quatro linhas, com o já citado desempenho.

Aos bávaros, fica a certeza de que o investimento feito para tirar Kroos do Hamsa Rostock, quando o meia tinha apenas 16 anos e já

prometia muito, terá o seu retorno futebolístico. Afinal, o ex-12° joga-dor da equipe em 2010/11 tornou-se titular e, como costuma se contun-dir muito menos que os companhei-ros, a tendência é que tenha cada vez mais minutos em campo e, con-sequentemente, espaço para crescer ainda mais. Melhor para o futebol alemão, que agora tem mais uma jo-vem e excelente opção para o meio--campo da seleção, e não apenas mais um garoto promissor, como foi na Copa do Mundo de 2010.

Page 30: Revista Europa em Foco #2

SUPER FRANK LAMPARD, O SUB-VALORIZADO

Por Luis Felipe MendesA fase é péssima. O gol marcado diante do Wolves na última rodada da Premier Lea-gue, foi um oásis para o que vinha jogando Frank Lampard. Mas também lhe ga-rantiu a vice arti-lharia do Chelsea na competição nacional e na temporada, com 8 tentos em 18 jogos, atrás apenas de Sturridge (9 na PL e 10 na temporada).

No total da temporada, foram 9 em 23. Apenas 4 abaixo do número total de gols marcados na tempo-rada passada, onde o meia sofreu uma lesão que o afastou durante grande parte dos jogos.

Com isso, Frank Lampard tem boas chances de manter ou se aproximar de sua média de pelo menos 20 gols por temporada, ul-trapassada em todas as tempora-

das entre 2005/2006 e 2009/2010, além da temporada 2004/2005 onde marcou 19. Isso sem contar os tentos pelo En-glish Team.

Super Frankie Lampard é uma Lenda do Chelsea Football Club,

isso ninguém pode negar. Verdade também que o inglês não vive boa fase em Londres e muitos acreditam que a chave para a reformulação do elenco é se livrar de alguns meda-lhões.

Lampard amargou alguns jogos no banco de reservas, mesmo insatis-feito o meio-campista não reclamou publicamente ou tentou armar um “montinho” contra o jovem treina-dor português, mostrando o bom caráter do ídolo Blue, que sempre se importou com o Chelsea.

Page 31: Revista Europa em Foco #2

Uma rápida comparação entre outros dois jogadores de classe mundial vai mostrar por que Lampard é adorado em Londres e uma Lenda Viva em Stamford Bridge.

Frank Lampard: 33 anos, 532 jogos, 178 gols, 114 assistências.

Steven Gerrard: 31 anos, 558 jogos, 142 gols, 83 assistências.

Xavi Hernández: 31 anos, 558 jogos, 63 gols, 70 assistências.

Page 32: Revista Europa em Foco #2

BALANÇO BIANCONERO DE INVERNOPor João Caniço

Positivo e promissor. Este é o ba-lanço realista que deve ser feito da primeira metade da temporada bianconera. Sem entrar em euforias e ambições desmedidas não me pa-rece de todo exagerado afirmar que sim, esta Juventus é efectivamente candidata à conquista doscudetto por tudo aquilo que demonstrou até ao momento. Favorita não será certamente, esse papel parece reser-vado ao campeão em título, AC Mi-lan, com a vecchia signora a poder considerar-se um outsider de peso que, ao mínimo deslize dos rosso-neri, poderá assumir a liderança da competição, ainda para mais com a equipa de Allegri envolvida em for-ça na disputa da Champions, factor que poderá equilibrar a contenda, devido ao natural desgaste sofrido caso atinja fases mais avançadas da prova. Não convém minimizar para já Udinese e Lazio que têm efectu-ado provas dignas de registo, como a reduzida diferença pontual para o duo da frente bem o demonstra. No entanto, é expectável que a pouca profundidade dos plantéis friulani e biancocelesti não lhes permita lutar de igual contra o poderio bianco-nero e rossonero, acabando muito

naturalmente por se contentarem com a luta por um lugar na Liga dos Campeões, atentos certamente à recuperação pontual que Inter, Napoli e Roma possam vir a ence-tar.

Centremo-nos agora na análise à Juventus. Após duas temporadas desastrosas em termos desportivos e financeiros tornou-se essencial um novo recomeço em 2011/12. Antonio Conte, antigo jogador e referência do clube nas últimas duas décadas, foi o escolhido para treinar a equipa, valor seguro ao qual se somou a imponência de um novo e moderno estádio que tem funcionado como 12º jogador no apoio inexcedível a uma squa-drareformulada com várias con-tratações de grande qualidade que não se tardaram a afirmar como peças nucleares, casos de Pirlo, Li-chtsteiner, Vidal e Vucinic, titula-res indiscutíveis no novo 4*3*3 de Conte, juntando-se aos ressurgidos Buffon, Barzagli, Pepe e, em parti-cular, ao craque Marchisio (talvez a principal figura da época juventina até ao momento).

Page 33: Revista Europa em Foco #2

Após começo precário como cen-tral, Chiellini foi desviado para a posição de origem, lateral-esquer-do, voltando de imediato às boas prestações, abrindo espaço para a entrada no onze de Bonucci, ain-da algo verde mas sem compro-meter por aí além e com potencial para se afirmar como referência na posição. Matri tem sido a opção prioritária para a frente de ataque e, depois de uma sequência con-cretizadora, parece andar longe das redes adversárias. E assim te-mos aquilo que podemos chamar o onze-base de Antonio Conte, uma equipa madura, consistente, organizada, que impõe um jogo positivo e ofensivo, praticando fu-tebol a toda a largura do terreno, valendo-se acima de tudo da enor-me complementaridade de atribu-tos técnicos e físicos do seu trio de centrocampistas (Pirlo, o cerebral;

Marchisio, o versátil e Vidal, o di-nâmico), sem esquecer a perseve-rança de Pepe, o virtuosismo de Vucinic, a força de Lichtsteiner, a garra de Chiellini, a segurança de Buffon, a solidez de Barzagli, a ab-negação de Matri e a impetuosida-de de Bonucci.

É certo e sabido que é extremamen-te redutor falar apenas do onze ti-tular numa equipa de futebol. São necessárias alternativas de qualida-de e, felizmente, a Juventus possui algumas delas no seu plantel. Os extremos Giaccherini e Estigarri-bia têm correspondido sempre que chamados à acção. Quagliarella parece totalmente recuperado da grave lesão que sofreu há cerca de um ano e assume-se como a princi-pal alternativa para a frente de ata-que, sem esquecer o mito Del Pie-ro, ainda com força e talento para

Page 34: Revista Europa em Foco #2

ajudar a equipa. De Ceglie perdeu a titularidade na lateral-esquerda, mas é sempre opção a ter em linha de conta, tal como Pazienza para o meio-campo ou Storari para a ba-liza. Depois, surgem as desilusões. Krasic e Elia à cabeça. No papel se-riam os titulares nas faixas ofensi-vas. As suas prestações explicam a razão da pouca utilização. Alguém percebeu a razão do resgate do pas-se de Motta? Ainda não actuou um único minuto. Os jovens Sorensen e Marrone também pouco mais jo-garam. Não seria de bom tom ce-dê-los por empréstimo na segunda metade da temporada de forma a poderem evoluir? Outra questão pertinente é a permanência do ve-terano Grosso no plantel enquanto Ziegler foi cedido ao Fenerbahçe. E o que dizer então de Amauri, Ia-quinta e Toni? Antes sequer de se equacionar o reforço do plantel no mercado de Janeiro já se deveriam ter resolvido estes quatro casos de jogadores excedentários que aufe-rem ordenados bem acima da mé-dia.

Por falar em reforços torna-se prioritário dotar a equipa de mais soluções em vários sectores. Com a utilização de três centrocampis-tas sobra apenas Pazienza como opção efectiva e apenas para o vértice mais recuado, tornando-se assim essencial a contratação de um médio de transição que possa funcionar como alternativa a Mar-chisio e Vidal. Em final de contra-to com a Fiorentina e com enorme disponibilidade para sair tem sido veiculado com insistência o nome de Montolivo, centrocampista ver-sátil e titular na nazionale. Como opção o colombiano Guarin, rele-gado ultimamente para a condição de suplente no FC Porto, fortíssi-mo fisicamente e detentor de for-te remate. Chiellini parece de pe-dra e cal na lateral esquerda, com De Ceglie como opção. Posto isto, surgem apenas Barzagli e Bonucci como elementos válidos no eixo da defesa, não sendo de estranhar as notícias que dão conta da iminen-te contratação de Cáceres, defesa uruguaio que já passou pela Juven-

Page 35: Revista Europa em Foco #2

tus na temporada 2009/10 empres-tado pelo Barcelona. A confirmar--se a contratação junto do Sevilha, seria não apenas uma alternativa a considerar para a posição de central, como também para a lateral direita. Finalmente, para a frente de ataque tem sido especulado o nome de Bor-riello, suplente na Roma e que terá alegadamente recusado transferir-se para avecchia signora em Agosto de 2010. Não é um jogador que aprecie particularmente, tem algumas carac-terísticas interessantes, mas a confir-mar-se a situação descrita na frase anterior não se deveria sequer equa-cionar a sua vinda para Turim. Se há Matri, Quagliarella e Del Piero, mais Vucinic que pode perfeitamente ali-nhar como ponta-de-lança não seria mais consentâneo passar a contar com Iaquinta, que está em final de contrato e sempre envergou a maglia bianconera com todo o profissiona-lismo, do que ponderar a contrata-ção de alguém como Borriello?

Há 62 anos que a Juventus não con-cluía as primeiras 16 jornadas do campeonato sem qualquer derrota, o que comprova a solidez e maturi-dade dos comandados de Conte. No entanto, o elevado número de igua-dades, 7, impede a formação juven-tina de se destacar na liderança da

tabela classificativa. Se formos analisar friamente em termos es-tatísticos reparamos que 34 pontos são pecúlio escasso para o futebol apresentado. A moral desce ainda mais quando comparamos com os desempenhos pós-Calciocaos. Ranieri conseguiu 32 e 33 pontos em 2007 e 2008 respectivamente, enquanto que Ferrara e Del Neri se ficaram pelos 30 nas tempora-das seguintes. Pequenas diferenças que poderiam desmotivar de ime-diato os mais pessimistas. Convém ressalvar que a Juventus já actuou como visitante no Meazza perante o Inter, no Olímpico frente à Lazio e à Roma, no San Paolo contra o Napoli e no Friuli com a Udinese como oponente. Tudo isto sem co-nhecer o amargo sabor da derrota e sabendo de antemão que terá o fervoroso apoio dos tifosi bianco-neri nas partidas da segunda vol-ta perante as equipas mais fortes da competição. Falta aqui apenas o Milan, naquela que será a saída mais complicada da segunda meta-de da temporada. Jogo do ano e/ou do título?

Page 36: Revista Europa em Foco #2

O MENINO PROBLEMA DE MANCHESTER

Por Eduardo RochaBalotelli e suas peripécias, menino problema?

Parece que Balotelli não evolui nunca, em relação a seu comportamento, anos passam e continua o mesmo. Mas vale aquela antiga máxima. “Que-ro que apenas jogue futebol, não quero que seja meu genro, o que ele faz fora do campo é problema dele”.

Tire suas próprias conclusões, daqui em diante alguns fatos e histórias suas:

- Balotelli veste camisa do Milan em programa de TV (na época ele atuava na Inter de Milão) Durante a gravação de um programa humorístico na Itália da emissora Canale 5, um repórter entregou uma camisa do Milan personalizada ao atacante, com seu nome e o número 45, o mesmo que ele leva na Inter. A princípio, ele a segurou à frente do peito com um grande sorriso. Depois, sem saber que seguia sendo filmado, Balotelli chegou a vestir o uniforme. A polêmica começou quando o repórter do programa televisivo foi entre-gar o “prêmio” de Tapiro d’Oro (Anta de Ouro, em italiano), dado justa-mente pelas polêmicas envolvendo Balotelli, que mesmo sem lesão tem ficado fora da lista de convocados de José Mourinho desde a partida de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, ante o Chelsea, na semana anterior.

De acordo com a imprensa italiana, Balotelli chegou recentemente até a cantar o hino do Milan no vestiário da Inter, o que ele negou na entrevis-ta ao programa. O jogador, apesar das especulações, também descartou ser torcedor do clube cujo dono é o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi.

Page 37: Revista Europa em Foco #2

- Ex-jogador da Inter, Balotelli canta hino do Milan antes de ser operado

Operado com sucesso de uma lesão no joelho direito na última quarta--feira, o atacante Mario Balotelli divertiu os jornalistas que foram ao Hospital Hospital Policlínico San Matteo, em Pavia, na Itália. Antes da intervenção cirúrgica, o atacante, que foi revelado nas categorias do In-ter de Milão antes de se transferir para o Manchester City, foi na janela e gritou “Força, Milan!”. Ainda de acordo com jornal “Corriere Dello Sport”, ele teria cantado o hino do clube rossonero no momento que era levado para mesa de cirurgia

- Balotelli é detido ao invadir presídio feminino na Itália

Eram quatro da tarde [de sexta-feira] quando vimos um carro de alta cilindrada atravessar a porta da prisão com dois homens dentro. Após alguns minutos percebemos que um deles era Balotelli, explicou à Ga-zzetta dello Sport um dos funcionários da penitenciária. Eles pareciam assustados. Disseram que viram o portão aberto e decidiram entrar, sem imaginar que para visitar uma reclusa seria necessária uma autorização especial, acrescentou.

Page 38: Revista Europa em Foco #2

- Balotelli e Boateng trocam socos em treino do Manchester CityO italiano Mario Balotelli e o alemão Jerome Boateng trocaram agres-sões no treinamento. De acordo com o diário inglês “The Guardian”, o atacante se irritou com uma provocação feita pelo defensor e foi tirar satisfação com o companheiro de time.

- Balotelli manda recado a Mourinho“precisa aprender boas maneiras e respeito”

- Balotelli é acusado de jogar dardos em juvenis do Manches-ter City

Segundo a reportagem, Balotelli jogou os dardos da janela do primeiro andar da concentração do City em direção ao campo de treinamento, onde estavam os juvenis. O motivo? Estaria aborrecido e resolveu se di-vertir. O incidente chegou aos ouvidos do técnico da seleção italiana, Ce-sare Prandelli, que já havia deixado o atacante fora da última convocação da Azzurra.

Page 39: Revista Europa em Foco #2

- Jogadores do City pregam peça em Balotelli: carro cheio de peixes podres

O polêmico atacante Mario Balotelli, do Manchester City, sofreu nas mãos dos companheiros e pagou pelas recentes confusões dentro e fora de campo. O italiano foi entrar em seu carro, um Maserati, teve uma sur-presa desagradável: uma mochila recheada de peixes.A peça foi pregada pelos outros atletas do City, e o cheiro ficou acumula-do por duas semanas, o tempo da viagem para os Estados Unidos. Uma fonte disse ao jornal britânico “Metro” que Balotelli prometeu vingança.- O cheiro o deixou mal. Era revoltante. Tinha moscas no carro e tinha peixe podre em todo o assento de couro. Ele não tem idéia de quem é o responsável pela brincadeira. Mas isso não vai parar, de qualquer modo. Ele está formulando planos agora - relatou.

- Balotelli briga com Kolarov durante treinoOs dois jogadores foram flagrados discutindo de forma áspera e troca-ram empurrões. O novo conflito só aumenta a fama de “bad boy” de Balotelli na Inglater-ra. O jornal Daily Mail, aliás, utiliza a expressão no título da reportagem em que relata a briga com Kolarov e lembra outros casos envolvendo o atacante, como a sua discussão com Rio Ferdinand durante a semifinal da Copa da Inglaterra da temporada passada, contra o Manchester Uni-ted.

- Balotelli se diverte com iPad em jogo da Itália e irrita o téc-nico da seleçãoo jogador, que estava no banco de reservas, ignorou a partida, preferindo brincar com um iPad, o que irritou o treinador Cesare Prandelli.A indiferença continuou quando o técnico mandou os jogadores do banco para o trabalho de aquecimento. Segundo a imprensa italiana, Balotelli se exercitava em ritmo pouco animador, como se estivesse de-safiando Prandelli. Após o jogo, os companheiros de seleção defenderam Balotelli, assegurando que seu comportamento tem mudado com o pas-sar do tempo.

Page 40: Revista Europa em Foco #2

- Flagrado com líderes da máfia italiana, Balotelli terá que se explicarA ordem para que Balotelli se apresente partiu depois do surgimento de uma foto do atleta ao lado de dois homens ligados ao crime na região.O atacante alega que a visita ao local, conhecido pelas atividades ilegais e pelo constante consumo de drogas, teria acontecido pela curiosidade em conhecer os problemas sociais da periferia depois de assistir ao filme “Gomorra”, que trata da máfia e da violência em Nápoles e em Caserta, na Itália.- Pedi para visitar esses locais que estão fora dos itinerários turísticos por-que sabia que existe outra realidade. Quis vê-la pessoalmente para tentar entender os graves problemas que ouço falar da periferia de Nápoles. Em pouco tempo eu mesmo pedi para irmos embora porque me disseram que a situação no local era perigosa - disse.

- Balotelli vira ícone folclórico e terá boneco gigante quei-mado em festaAtacante vira unanimidade entre moradores de cidadezinha inglesa e ganha destaque em festa que é comemorada desde 1605Moradores da cidade de Edenbridge, na Inglaterra, criaram um boneco gigante do atacante Mario Balotelli, do Manchester City, para ser queima-do na “Noite de Guy Fawkes” ou “Noite das Fogueiras”, uma festa tradi-cional no país, celebrada anualmente no dia 5 de novembro desde 1605. Neste dia, são disparados fogos em todo o país em memória de um acon-tecimento curioso.

- Pedido da MãeA mãe do Balotelli o mandou ir comprar produtos de limpeza, e depois de 5 horas ele voltou para a casa sem os produtos de limpeza, mas com uma mesa de tênis de mesa e uma cama elástica.

- Balotelli é flagrado traindo a namorada com uma atriz por-nôPor essa o atacante Mario Balotelli, do Manchester City, não esperava. O jogador, que namora a modelo Rafaella Fico – que também já teve caso com Cristiano Ronaldo -, foi flagrado em um encontro com a atriz por-

Page 41: Revista Europa em Foco #2

teriam se conhecido em uma casa noturna, enquanto Rafaella estava na Itália trabalhando. Na ocasião, Balotelli teria afirmado que não tem na-morada, mas a loira garante que não quer nada sério, pois “não quer ser apenas uma mulher na vida de um jogador de futebol”.abaixo a imagem:

- Balotelli construirá pista de corrida no jar-dim de casa O atacante Balotelli é um dos homens com a vida mais movimentada do mundo. Um dia trai a namorada com uma atriz pornô, em outro solta fogos e quase queima a própria casa… de vez en-quanto parece que até bate uma bolinha jogando por “um tal” Manchester City. A nova aventura do italia-no será nas pistas. O joga-dor construirá uma pista de corrida de quadricíclos no jardim da própria casa.

- O segundo melhor do mundo“O único jogador que eu vejo ligeiramente acima de mim é o Messi. Todos os outros são inferiores”. Detalhe pro ‘ligeiramente’. Pouco importa pra ele se o Messi faz 3 gols por jogo. Continua sendo pouca coisa melhor.

- Balotelli é flagrado comprando revista pornô com a namora-daO atacante Balotelli, do Manchester City, resolveu aprontar mais uma tra-vessura e foi flagrado comprando uma revista pornô ao lado da namora-da, a modelo Raffaella Fico. Os editores da revista aproveitaram a situação

Page 42: Revista Europa em Foco #2

situação para ganhar notoriedade e divulgaram a “notícia” no site oficial da publicação. Um detalhe espetacular da revista é a chamada para a musa do mês de outubro: “É Halloween, a façaela gritar!”

- Após tiros com arma de brinquedo, Balotelli leva ‘dura’ da po-lícia em MilãoAtacante e mais três amigos, a bordo de um Audi R8 preto, são denuncia-dos após brincadeira de mau gosto neste domingo

- Balotelli doa R$ 2,5 mil a sem-teto após ganhar R$ 65 mil no cassinoAcostumado a protagonizar polêmicas dentro e fora de campo, desta vez Mario Balotelli apareceu por sua generosidade. Segundo o The Sun, o ata-cante do Manchester City doou o equivalente a R$ 2,5 mil a um sem-teto que encontrou na saída do “Cassino 235”, em Manchester, após ganhar R$ 65 mil.“Balotelli ganha cerca de R$ 250 mil por semana e, de acordo com fontes, costuma doar dinheiro para pessoas que vivem nas ruas.”