revista farroupilha - março e abril - 2013
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Revista Farroupilha - Março e Abril - 2013TRANSCRIPT
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Excelência e inovação marcam os 155 anos da ABE de 1858
2 Revista Farroupilha n° 106
Expediente: Nº 106 – Março e Abril de 2013 Revista Bimestral do Colégio Farroupilha
Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker
Diretora Pedagógica do Farroupilha Marícia Ferri Jornalista Responsável Cláudia Oliveira MTB 8138 Coordenação Geral Tiago Schmitz Comunicação e Marketing [email protected] Diagramação Design de Maria www.designdemaria.com.br Revisão Textual Laboratório de Português
Capa Aluna: Paula Nunes Paglioli, do 5º ano E do Ensino Fundamental.
Ouvidoria Farroupilha [email protected] (51) 3382 1889 Tiragem 1.500 exemplares Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br
Devido à implantação do Projeto Sustentabilidade Farroupilha, estamos reduzindo a tiragem bimestral da revista de 4.000 para 1.500 exemplares impressos em papel reciclato, conforme comunicado enviado aos leitores. Desta forma, diminuímos o consumo de papel e de outros insumos decorrentes desta publicação. Ressaltamos que a versão online desta e de edições anteriores da revista estão disponíveis no site: www.colegiofarroupilha.com.br
PALAVRA DO PRESIDENTE
Manter-se em sintonia com as demandas da contemporaneidade na área educacional é um desafio permanente para a Associação Benefi-cente e Educacional de 1858. Nesses 155 anos, completados em 21 de março, nosso trabalho mantém-se fiel à missão de educar para formar cidadãos competentes, éticos e transformadores. Dedicamo-nos, dia após dia, à implantação de um projeto que busca a excelência educati-va, alicerçada pelos pilares da tradição, da disciplina e da inovação.
Ao nosso lado, contamos com a participação valorosa de homens e mulheres com forte representatividade nos segmentos de mercado em que atuam e que dedicam, como conselheiros da ABE de 1858, uma visão estratégica e inovadora para a consolidação de um modelo de educação que prima por valores como o bom relacionamento, a busca pela excelência, a disciplina, a organização, a eficiência, o empreende-dorismo e o compromisso com a sustentabilidade. Em parceria com a equipe pedagógica, liderada pela diretora Marícia Ferri, desenvolvemos um modelo de gestão compartilhada, baseada na valorização das com-petências de cada professor e/ou colaborador, que resulta em um pro-cesso de ensino-aprendizagem cada vez mais qualificado.
Para marcar essa trajetória pioneira da mantenedora do Colégio Far-roupilha, que comemora 127 anos no mesmo dia da fundação da ABE de 1858, lançamos o livro “O passar dos tempos e a educação – A ex-celência na história do Colégio Farroupilha”, viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e que será distribuído em bibliotecas municipais de todo o Brasil. Momentos importantes e de pioneirismo vividos pelo Farroupilha, como a criação da primeira turma mista de alunos do Bra-sil, a implantação do primeiro Jardim de Infância do Estado e a parceria inédita com a Universidade de Cambridge são destaques da publicação. Depoimentos de ex-alunos, diretores e professores dão vida ao livro, que traça um paralelo entre a evolução do ensino básico no Rio Grande do Sul e as transformações do Colégio Farroupilha ao longo de muitas décadas.
Com a união de todos, seguiremos em frente para fazer do Colégio Far-roupilha um colégio único, em permanente destaque.
Fernando Carlos BeckerPresidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858
Educação com Inovação é marca da ABE de 1858
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SumáRIO
Espaço do LeitorA fundação da “Knabenschule”
Fique por DentroAgentes da Cultura e da Inovação
Cuidar é BásicoSaúde, aprendizagem e convivência são focos do programa
SaúdeCampanha de vacinação da Gripe H1N1 e de prevenção à Dengue
DestaquesAmbiente agradável facilita o aprendizado
PedagógicoEstímulo permanente ao aprendizado experencial
EspecialLivro resgata 150 anos de tradição e inovação na educação
A Voz do AlunoNova diretoria toma posse no GEF
Nossa ComunidadeRelação de parceria e confiança com a família se traduz em benefícios
IdiomasPrograma de liderança no Canadá
DireçãoGestão compartilhada define os rumos da instituição
FarroupitoABE 155 anos e Colégio Farroupilha 127 anos ao nosso lado
Túnel do TempoParcerias em prol do ensino
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4 Revista Farroupilha n° 1064 Revista Farroupilha n° 106
ESPAçO DO LEITOR
Uma das ruas que ladeiam o Colégio Farroupilha é
a Luiz Voelcker, nome de meu avô. Ele veio ao Brasil
em 1884, com o nome de Ludwig August Voelcker,
naturalizando-se anos depois.
Sempre estivemos ligados, de uma forma ou outra,
à ABE de 1858. O avô de minha mãe, Elsa, Wilhelm
Döpfner, que veio ao Brasil em 1854, foi um dos pri-
meiros sócios do “Deutscher Hilfsverein”, sociedade
benefi cente alemã que mais tarde foi denominada
“Associação Benefi cente e Educacional de 1858”. O
“Deutscher Hilfsverein”, fundado em 21 de março
de 1858, destinava-se, entre outras atividades, a
prestar auxílio a imigrantes alemães.
Meu avô Luiz Voelcker empenhou-se muito em prol
desta Associação. Participou também ativamente na
fundação do Hospital Moinhos de Vento, tendo infl u-
ência decisiva na escolha da localização e na confi gu-
ração do entorno.
Em 1928, o “Hilfsverein” adquiriu uma área no atual
bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. Por ocasião do
loteamento, a diretoria decidiu homenagear pessoas
de destaque na sociedade portoalegrense, dando
seus nomes às principais ruas. Assim, temos hoje a
Rua Luiz Voelcker.
Vários descendentes de Luiz Voelcker foram alunos
do Colégio mantido pelo “Deutscher Hilfsverein”.
Meu pai, Charles Voelcker, frequentou a “Knabens-
chule” (colégio para meninos), entre 1898 e 1904. A
escola funcionava desde 1895, na Rua São Raphael,
hoje Avenida Alberto Bins. Sua esposa, Elsa Graf Voel-
cker, minha mãe, foi aluna da “Deutsche Töchterschu-
le” (escola para meninas), que desde 1901, também
localizava-se na Rua São Raphael.
Charles e Elsa tiveram dois fi lhos. Meu irmão Hans
Gerd, mais velho, frequentou a “Hilsfereinschule”
de 1928 a 1934, e eu, Goetz Rugard, de 1931 a 1936.
Nos primeiros meses de 1931, as aulas eram minis-
tradas numa sala da Comunidade Evangélica, na Rua
Senhor dos Passos. Quando estas classes foram trans-
feridas para o Casarão da Rua São Raphael, passei a
estudar em uma das quatro salas novas, construídas
nos fundos do prédio principal. Na cobertura, havia
um terraço exclusivo para as meninas desfrutarem na
hora do recreio. Entre os dois conjuntos de salas ha-
via um bebedouro e na parede acima dele, estava
afi xado, em letras de bronze, o provérbio latino Non
scolae sed discimus, que signifi ca: Não estudamos
para a escola e, sim, para a vida.
Os meninos passavam o recreio no pátio, onde uma
frondosa paineira oferecia sombra nos dias de calor.
Na época, o diretor do Colégio era Hans Kramer
(1929-1939), um pedagogo muito benquisto e em-
preendedor. Durante vários anos organizou, em
conjunto com pais de alunos, o que denominou de
“Leipziger Messe”, Feira de Leipizig, uma quermesse
anual com barraquinhas, tômbolas e outras ativida-
des lúdicas. Tinha a fi nalidade de angariar fundos para
melhorias no Colégio e a instituição de bolsas de estu-
do. Eram dois dias de animação nas antigas dependên-
cias da Sogipa, que se localizava na Avenida Alberto
Bins. Kramer também organizou a publicação de “Das
Band”, um pequeno jornal mensal que trazia textos de
professores e as melhores redações dos alunos.
Não se deve deixar de mencionar também dois do-
centes que já se destacavam nos tempos da “Hilfs-
vereinschule” e que continuaram ativos por muitos
anos no Colégio Farroupilha: Wilma Gerlach Funke,
que começou como professora em 1927 e chegou
à diretora do curso primário e o professor Friedrich
Nicklas, que lecionou inglês de 1932 a 1968.
A fundação da “Knabenschule”Por Goetz R. Ludwig Voelcker, associado jubilado da AbE de 1858
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Meus dois fi lhos também frequentaram o Colégio
Farroupilha: Christian, de 1966 a 1977, e Ingo Luiz,
de 1968 a 1978.
Os fi lhos de Christian seguem a tradição: Gabriel
Medaglia Voelcker entrou para o Berçário em 1994
e completou o Ensino Médio em 2009; Ana Caro-
lina Medaglia Voelcker começou no Berçário em
1999 e está no último ano do Ensino Médio.
Karola Bettina Voelcker, falecida mãe de meus fi lhos,
fez o curso de Técnico em Contabilidade na Escola
Técnica do Comércio Farroupilha, em 1954. Minha
atual esposa, Gisela Schmeling Voelcker, estudou no
Velho Casarão, de 1952 a 1960.
Outros parentes da família Voelcker também fre-
quentaram a “Hilfsvereinschule” e, mais tarde, o Co-
légio Farroupilha: tia, primos e sobrinhos.
Hans Kramer (o quinto da esquerda para a direita), diretor entre 1929-1939, organizou a Feira de Leipizig.
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como instalar o leitor de QR code no seu celularInventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodifi car a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, emhttp://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.
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c riatividade, experiência, colaboração, novos mo-
delos mentais, século XXI, inovação e mudança. Conceitos
trabalhados durante a Semana de Formação Docente, rea-
lizada de 18 a 22 de fevereiro, vão nortear os trabalhos dos
professores ao longo deste ano. Para oxigenar e capacitar
os docentes, estão previstas atividades com a Perestroika,
escola de criatividade, apresentada ao público durante o
evento. O objetivo é estimular o aprendizado experiencial,
aquele que pode ser aplicado ao cotidiano e cujos valores
se perpetuam pelo resto da vida. “A formação continuada
é uma exigência para atuarmos na escola do século XXI.
Nosso trabalho está pautado em diretrizes importantes,
como seriedade, comprometimento, solidariedade, ética,
respeito e transparência”, enfatiza a diretora pedagógica,
Marícia Ferri.
Construção coletiva dos professores, a Revista Locus, apre-
sentada durante a Semana de Formação Docente contem-
pla temáticas, como: inclusão, avaliação, sustentabilidade
e tecnologia educacional. “O compartilhamento dos sabe-
res, relacionado ao conceito da inteligência coletiva pre-
coniza a aprendizagem desse tempo”, destacou a assesso-
ra pedagógica, Márcia Beck Terres.
FIQuE POR DENTRO
culturaAgentes
e dada Inovação
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Aula mais atrativa
Para tornar as aulas mais interessantes e estimular
a participação dos alunos, os professores podem
utilizar recursos inovadores, como a facilitação
gráfi ca. A ferramenta foi apresentada aos
docentes por Luciane Bergue, proprietária da
empresa Via Mosaico. “A linguagem visual é uma
linguagem universal. A facilitação é um processo
de visualização e representação de ideias e de
suas relações, ela mapeia um signifi cado ao
mesmo tempo em que trabalha a fl exibilidade
criativa na linguagem visual”, explica. Um mural
com a temática trabalhada, que será utilizada
para resgatar as discussões do seminário ao longo
de 2013, foi elaborado pelos professores.
Agentes
e dadaculturacultura
Agentes
culturaInovação
Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 5) e assista ao vídeo do workshop da Perestroika na Semana de Formação Docente, veiculado no YouTube.
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No entanto, tanto os pais quanto os fi lhos concor-
dam que o modelo de ensino precisa passar por
reformulações para que a escola atinja o modelo
ideal, composto por bons professores, recursos
de conveniência e estrutura adequada. “A pes-
quisa evidenciou a credibilidade que o Farroupi-
lha tem no mercado e a nossa responsabilidade
em ampliar o padrão de qualidade educacional”,
enfatiza a professora Ana Marcon. “O Colégio Far-
roupilha é uma instituição de qualidade com uma
marca consolidada na sociedade e queremos am-
pliar cada vez mais sua colocação no mercado
educacional, promovendo aos nossos alunos ex-
periências no Brasil e no exterior, colocando-os
sempre em uma posição destacada”, acrescenta a
diretora pedagógica, Marícia Ferri.
“A instituição que conseguir realizar essa mudan-
ça gradual e planejada, que conquista a confi an-
ça dos pais e repassa um modelo inovador para
os alunos sairá na frente”, alerta Thaís Reali, dire-
tora da empresa Reali, responsável pela elabora-
ção da pesquisa.
Novo modelo de educaçãoOs resultados de uma pesquisa qualitativa, feita no ano passado pela empresa Reali Estratégia & Marketing, com pais e alunos de instituições de ensino da rede particular de Porto Alegre, está sendo usada pelo Colégio Farroupilha para traçar novas ações pedagógicas e de relacionamento com a comunidade educativa e com o mercado. Desenvolvido ao longo de dois meses, o estudo apresentado durante o primeiro dia da Semana de Formação Docente constatou que o conceito de escola para os pais é visto como uma extensão da família enquanto que, para os estudantes, o signifi cado de aprendizagem não está relacionado ao sentimento de prazer.
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cuIDAR é báSIcO
Saúde, aprendizagem e convivência são
focos do programaSensível aos problemas das atuais gerações, o Farroupilha realiza há três anos o programa Cuidar é Básico. O projeto tem como foco a promoção de hábitos saudáveis e qualidade de vida em todos os níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Além de ações voltadas para a promoção da saúde, o programa ganhou neste ano atividades que contemplam mais dois eixos temáticos: a convivência, com foco para as relações de integração, respeito e bullying; e a aprendizagem, com ênfase para os métodos de estudo.
Acompanhe as atividades previstas por cada nível de ensino para os eixos temáticos:
EduCAçãO InFAntIl
SAúdE:• Promover ações de saúde através de projetos, para que
as crianças possam compreender a realidade na sua complexidade e enriquecer sua percepção sobre ela;
• Acompanhamento diário das turmas; levantamento das necessidades, orientações e intervenções;
• Atividades relacionadas à alimentação saudável e aos cuidados com o corpo;
• Preparo de culinárias na sala de aula; envio de cardápio com sugestões de lanche saudável, calendário de frutas por turma;
• Estímulo à realização de atividades físicas;• Atividades de integração com as crianças, familiares e equipe
da Educação Infantil;• Parceria com o Centro de Saúde Escolar nos projetos
desenvolvidos nas turmas;• Participação dos pais dos alunos em atividades voltadas
para a saúde;• Campanhas desenvolvidas pelas turmas;• Atividades de cunho ecológico: separação do lixo nas salas,
reaproveitamento de materiais reciclados, atividades com sucatas, horta e canteiros nos espaços da Educação Infantil; recanto dos bichinhos; cuidado com os animais;
• Encontros e palestras com as famílias.
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AprEndIzAgEM:• Estímulo à pesquisa na sala de aula através de
projetos;• Orientações sobre a construção da autonomia no
início da vida escolar e a formação de hábitos de estudo;
• Entendimento da importância do brincar nas mais variadas formas para o desenvolvimento da criança;
• Saídas de estudo no Jardim de Infância;• Reuniões pedagógicas com pais para apresentação
da proposta da escola e projetos desenvolvidos ao longo do ano;
• Encontros individuais entre pais, professores e equipe, palestras para as famílias;
• Orientações às famílias com relação a importância da rotina, organização do tempo e do espaço para a aprendizagem;
• Formação continuada dos professores.
COnvIvênCIA:• Entrevista inicial com pais e professores;• Apresentação e retomada do Código de
Convivência da escola;• Acolhimento e acompanhamento dos alunos e
suas famílias durante o processo de adaptação;• Projetos desenvolvidos nas turmas enfatizando a
construção dos valores; • Acompanhamento das turmas, levantamento das
necessidades, orientações e intervenções.• Construção de regras e combinações nas turmas;
rodas de conversas e assembleias escolares; • Projetos de transição: passagem do Maternal II
para o Nível 1 do Jardim; passagem do Nível 3 para o 1º ano do Ensino Fundamental;
• Realização de encontros com as famílias dentro do Programa Cuidar é Básico;
• Encontro com as famílias na Sede Campestre com o objetivo de fortalecer os vínculos entre os membros da comunidade escolar;
• Participação das famílias na escola em datas festivas, como o dia das mães, dia dos pais e confraternização de final de ano.
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AnOS InICIAISSAúdE:• Atividades relacionadas a hábitos saudáveis desenvolvidas pelos professores titulares em
parceria com os especializados;• Participação dos profissionais da equipe do Centro de Saúde Escolar em projetos
relacionados a hábitos saudáveis;• Informar aos alunos sobre hábitos saudáveis que auxiliam nos cuidados com o próprio
corpo e na qualidade de vida;• Orientação quanto à articulação deste eixo com o plano de estudos de cada ano de ensino;• Promoção de encontro com as famílias e com os alunos sobre esta temática;• Acompanhamento e orientação às famílias sobre a importância de hábitos saudáveis para
a aprendizagem da criança.
AprEndIzAgEM:• Realização de oficinas em conjunto com professores, intituladas “Aprendendo a
Aprender”;• Orientação aos alunos visando uma melhor organização do tempo e espaço de estudo;• Orientar sobre atitudes de cuidado com o próprio material e com a preservação do
ambiente escolar, mantendo-o limpo e organizado;• Publicação de dicas e orientações de estudos no Portal do Aluno;• Divulgação de pequenos textos, através do site do Colégio, sobre a importância
e a necessidade da aquisição ou da mudança de alguns hábitos para melhor aproveitamento escolar;
• Promoção de encontro sobre a temática.
COnvIvênCIA:• Recepção e acolhimento dos alunos novos;• Acompanhamento e integração dos alunos novos e daqueles que trocaram de turma ou
de turno;• Escolha de “padrinhos” para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental;• Observação e intervenção nas turmas com foco na convivência e na prevenção do
bullying entre os alunos;• Entrada nas turmas para apresentar o Código de Convivência através de atividades
adequadas para cada faixa etária;• Assembléias com os alunos para resolução de problemas e conflitos;• Participação dos alunos em jogos e brincadeiras que estimulem a cooperação, o respeito,
a solidariedade e a resolução de conflitos, baseado no treinamento de habilidades sociais;• Realização de entrevista com as famílias para a coleta de informações sobre os alunos
que ingressaram em 2013;• Realização de encontro das famílias (Convescote) na sede campestre, visando o
fortalecimento de vínculos entre a comunidade escolar;• Promoção de encontro sobre o papel dos cuidadores em relação às redes sociais
(prevenção ao ciberbullying).
cuIDAR é báSIcO
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AnOS FInAIS
SAúdE:• Realização de atividades visando
a qualidade de vida e as escolhas saudáveis (oficinas de sexualidade e prevenção ao uso de drogas);
• Realização de palestra sobre sustentabilidade humana para os pais.
AprEndIzAgEM:• Realização de palestra musicada sobre
motivação para os estudos para alunos de 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental;
• Oficinas sobre programação de horários e oficinas sobre métodos de estudos com os alunos;
• Publicação de dicas e orientações de estudos no Portal do Aluno;
• Organização e acompanhamento ao longo do ano de mural de tarefas da turma;
• Realização de palestras sobre estudo e aprendizagem com profissional da área de Neurociências para as famílias;
• Promoção de reuniões com os pais para repassar dicas sobre como orientar os filhos nos estudos.
COnvIvênCIA:• Acolhida e acompanhamento dos alunos
novos, atividades de integração, escolha de padrinhos e madrinhas;
• Realização de palestras e oficinas, apresentação de vídeos e trabalhos interdisciplinares sobre convivência e bullying em todas as turmas;
• Aplicação de questionários e pesquisas para avaliar as relações e o clima em sala de aula;
• Trabalho de preparação para a escolha dos representantes de turma (reflexão sobre o papel da liderança e da turma para o sucesso do trabalho);
• Promoção de assembleias escolares como espaço de comunicação e de aprendizagem de questões referentes ao grupo;
• Realização de palestra sobre convivência, bullying e as relações familiares para todos os pais e alunos.
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EnSInO MédIO
SAúdE:• Realização de jogos e dinâmicas envolvendo a percepção corporal para os alunos;• Promoção de caminhadas ecológicas durante as saídas de campo;• Troca de experiências e informações sobre saúde em palestras e seminários; • Propor momentos de orientação específica para a saúde dos estudantes durante
as aulas de Educação Física;• Realização de dinâmicas referentes à sexualidade e à prevenção ao uso de
drogas;• Promoção de seminários e debates com leituras de textos e livros, apreciação de
peças de teatro e filmes que promovam a saúde.
AprEndIzAgEM:• Orientação de estudos aos pais com envio de e-mails e cartas e publicação de
pequenos textos no site da escola;• Realização de palestra sobre orientações e reflexão sobre o estudo;• Promoção de atividades de orientação de estudos nas salas de aula: encontros,
dinâmicas de grupo, textos, desafios, atendimentos individuais de alunos e/ou pais;• Orientação de estudos por disciplina: qual a melhor forma de estudar a sua disciplina;• Realização de oficinas sobre exercícios, tabelas e vivências para os alunos.
COnvIvênCIA:• Acolhida dos novos alunos com dinâmicas de grupos, tour pela escola e atividade de
integração com toda a turma nas salas de aula;• Entrevistas individuais e em grupos com pais e alunos para a realização de conversas,
reflexões, esclarecimentos e informações sobre rotinas ou sentimentos que afligem no momento;
• Realização da atividade “Conhecendo meu grupo”, voltada aos alunos com a promoção de dinâmicas de grupo;
• Escolha do representante de turma: oportunidade para instigar a reflexão e o debate sobre liderança: participação e responsabilidade grupal, tipos de líderes, processo eleitoral;
• Relacionamento interpessoal na escola e aprendizagem: retomada junto aos alunos das relações do grupo, professores e colaboradores;
• Construção de mural da turma com fotos, gravuras, pinturas, palavras que expressem a relação do grupo e/ou suas características;
• Promoção de integração na sede campestre entre as turmas, com realização de dinâmicas de grupo;
• Realização de encontro de alunos no Galpão para conhecimento mútuo e realização de dinâmicas de grupo.
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REENcONTROS
RelembRandoa época do Colégio
n em mesmo a chuva e o frio desmotivaram uma
turma de colegas da turma 3C, que se formou em 1996
no Colégio a se reencontrar no Bar do Zé na noite de 16
de março. Além de colocar as novidades em dia, o gru-
po aproveitou para comer o prensado e conhecer as no-
vidades realizadas durante as férias no Farroupilha. Eles
visitaram as salas adesivadas, as áreas de convivência e os
novos serviços: Saúde no Copo e Livraria e Cafeteria Casa
do Estudante.
As primeiras a chegar foram as amigas Adriana Lacerda
Antunes e Cristiane Ughini. Adriana foi a responsável pela
organização do reencontro. Ela conta que se reúne uma
vez por mês com as colegas do Colégio, e que o assunto
do encontro sempre foi a pauta. “Comentávamos de reu-
nir o pessoal, mas nunca ninguém se mexia. Então, resol-
vi organizar e criei um grupo em uma rede social, onde
consegui juntar 28 ex-colegas”, disse Adriana, que entrou
no 4º ano no Farroupilha. Cristiane estava ansiosa com o
reencontro: chegou a sonhar com o momento um dia an-
tes. “No sonho, éramos todos pequenos. Faz tanto tempo
que não nos vemos que não sei se vou reconhecer as pes-
soas”, brincou. As duas relembraram os jogos de basque-
te na quadra do Colégio, onde Adriana quebrou o dedo
e Cristiane raspou o queixo. A amizade, que começou na
infância, dura até hoje, e Adriana fez questão de ressaltar
isso ao dizer que é madrinha de casamento de Cristiane.
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gripe h1n1 e combater a denguePor Simone napoleão, médica do Centro de Saúde Escolar do Colégio Farroupilha
é a melhor forma de evitar a
Gripe h1n1
A Gripe A é uma doença respiratória aguda, alta-
mente contagiosa, causada por vírus, que determina
complicações frequentes, como amigdalites, otites e
pneumonias. Febre repentina e acima de 38ºC, tosse,
dores de cabeça, nas articulações e músculos, dificul-
dade respiratória e, em alguns casos, diarreia são os
sintomas da Gripe H1N1. Tosse ou espirro e contato
com secreções respiratórias de pessoas infectadas são
formas de contágio.
Redobre os cuidados, adotando as medidas de prevenção ao contágio:• Lave as mãos com frequência, utilizando
bastante água e sabão, principalmente depois de assoar, tossir ou espirrar.
• Cubra a boca com lenço descartável quando tossir ou espirrar.
• Use sempre lenços de papel e coloque-os imediatamente no lixo.
• Evite contato próximo com pessoas que apresentem os sintomas da gripe.
• Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies.
• Ao perceber os sintomas da doença, procure um médico.
• Não utilize medicamentos sem orientação médica.
• Evite aglomerações e ambientes fechados.• Mantenha o seu ambiente sempre
arejado e iluminado.• Tenha hábitos saudáveis como
alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.
• Fique atento ao calendário de vacinações e vacine-se!
Prevenção
SAúDE
14 Revista Farroupilha n° 106
O Centro de Saúde Escolar do Colégio Farrou-
pilha recomenda que a prevenção é a melhor forma
de cuidar da saúde. Por isso, a escola realiza campa-
nhas de prevenção e de vacinação todos os anos. En-
tre os dias 08 e 10 de abril, serão oferecidas as vacinas
para Gripe (Sazonal e H1N1), Hepatite A, Meningo C,
Tétano, HPV, entre outras, com descontos especiais
para alunos, familiares, professores e colaborado-
res. A ação é desenvolvida em parceria com o Hos-
pital Moinhos de Vento.
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Dengue
É uma doença infecciosa causada por um arbovírus (exis-
tem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1,
DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áre-
as tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As
epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou ime-
diatamente após períodos chuvosos.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre por meio da picada do mosquito fêmea
Aedes aegypti infectado. Uma vez infectado, o homem demo-
ra de 4 a 10 dias para apresentar os sintomas da dengue.
Quais os sintomas?
Dengue Clássica
• Febre alta com início súbito;
• Forte dor de cabeça;
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento
dos mesmos;
• Perda do paladar e apetite;
• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo,
principalmente no tórax e membros superiores;
• Náuseas e vômitos;
• Tonturas;
• Extremo cansaço;
• Moleza e dor no corpo;
• Muitas dores nos ossos e nas articulações.
Dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da
dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre
e começam a surgir os sinais de alerta:
• Dores abdominais fortes e contínuas;
• Vômitos persistentes;
• Pele pálida, fria e úmida;
• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas;
• Manchas vermelhas na pele;
• Sonolência, agitação e confusão mental;
• Sede excessiva e boca seca;
• Pulso rápido e fraco;
• Dificuldade respiratória;
• Perda de consciência.
Como tratar?
Não existe tratamento específico para dengue, apenas
tratamentos que aliviam os sintomas. Deve-se ingerir
muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros,
etc. Os sintomas podem ser tratados com dipirona ou
paracetamol. Não devem ser usados medicamentos
à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios,
como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco
de hemorragias.
Lembre-se: O Centro de Saúde do Colégio está à dis-
posição para esclarecimentos e orientações no horá-
rio das 7h30 às 19h30, pelo telefone 51 3382.1825 ou
e-mail: [email protected]
Para combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença, basta tomar alguns cuidados, como:• Colocar o lixo em saco plástico e
manter a lixeira bem fechada;• Não jogar o lixo em terrenos baldios; • Manter a caixa d’água sempre
fechada com tampa adequada; • Remover folhas, galhos e tudo o que
possa impedir a água de escorrer pelas calhas;
• Não deixar a água da chuva se acumular em qualquer tipo de superfície;
• Lavar todas as semanas, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenamento de água;
• Encher de areia até a borda os pratos das plantas;
• Se tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água uma vez por semana e lave o vaso por dentro com escova e sabão;
• Guarde as garrafas sempre de cabeça para baixo;
• Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os sem água em local coberto e abrigado da chuva.
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16 Revista Farroupilha n° 105
DESTAQuES
16 Revista Farroupilha n° 106
Escola bonita é um espaço limpo e bem planejado,
no qual se intervém de maneira a favorecer sempre o
aprendizado, fazendo com que as pessoas possam se
sentir confortáveis e consigam reconhecê-lo como um
lugar que lhes pertence. Pensando desta forma, a dire-
ção do Farroupilha, em sintonia com os conselheiros e
a presidência da ABE de 1858, promoveu uma série de
melhorias no Colégio durante as férias. Várias delas, in-
clusive, sugeridas pelos próprios alunos durante o Far-
roupilha Day, realizado no ano passado. Tudo para que
os alunos fizessem da escola a sua segunda casa.
A revitalização e modernização dos espaços incluiu os
Laboratórios de Ensino; o auditório principal; as salas
de aulas, que foram adesivadas e ganharam projetores
interativos, nova iluminação e armários com senhas; a
criação de áreas de convivência e espaços de leitura; a
instalação de ar condicionado em todo o 3º andar, e a
implantação da Central de Relacionamento para as fa-
mílias. O Boulevard Farroupilha ganhou como parceiros
a Casa do Estudante e o Saúde no Copo.
Confira a seguir os depoimentos da comunidade escolar
sobre as melhorias
“Mudou muito e para melhor. Estou encantada. A gente não consegue
expressar em palavras o que vi na minha época, o que acompanhei no ano
passado e o que presenciei este ano. A gente vê que tem vida aqui dentro.
Além dessas mudanças no visual, investiram em tecnologia. Quando a
gente tem que pagar a mensalidade do colégio, paga com gosto”.
Pâmela Padilha, ex-aluna e mãe de Lauren, dos Anos Finais
“Fantásticas as mudanças que foram feitas em tão pouco tempo. Os funcionários se esforçaram muito e a gente sente carinho e felicidade em perceber que tudo isso foi feito para nós. Essas mudanças contribuem para o nosso aprendizado porque nos faz ter mais motivação, mais ideias criativas com tantas coisas diferentes ao nosso redor, como os projetores interativos. Como adoro ler, gostei muito também das mudanças que foram feitas na Biblioteca”.Lauren, 6º ano C.
Ambiente agradável facilita o aprendizado
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“Comentei com o meu filho que ficou muito bonita a Casa do Estudante e que agora temos ótimas opções de lanches, como os servidos pela Saúde no Copo. Meu filho já comentou do novo sistema de projeção da sala de aula. O ambiente novo favorece o bem-estar e entusiasma tanto as famílias quanto os alunos”Karen Lexau Krás Borges, farmacêutica, mãe de Manfred, da 3ª série do Ensino Médio, e de Thomas, ex-aluno.
“Tudo na escola é aprendizado. A preocupação do Colégio com a acolhida é muito
importante porque transparece o carinho que a instituição nutre pelos nossos filhos. A
entrada de novos parceiros facilita a vida dos pais e nos deixa mais tranquilos ao sabermos
que nossas crianças têm mais opções de lanches saudáveis e de serviços de qualidade”Alexandre Peixoto, engenheiro, pai da Helena (4E) e de
Laís (do Nível I da Educação Infantil).
Ambiente agradável facilita o aprendizado
18 Revista Farroupilha n° 105
PEDAGÓGIcO
18 Revista Farroupilha n° 106
Estímulo permanente ao aprendizado experiencialPor Joice Welter Ramos e Márcia Beck Terres, Assessoria Pedagógica do Colégio Farroupilha.
Uma das propostas centrais realizadas durante a Semana de
Formação Docente do Colégio Farroupilha foi o workshop
O aluno do século XXI e o aprendizado experiencial, com par-
ceria da Perestroika, uma escola de criatividade. Além da
contribuição com visão transformadora e com o conheci-
mento sobre tendências globais futuras, referentes à edu-
cação, ao fluxo de informação, revoluções digitais, dentre
outras, a atividade proporcionou aos docentes experi-
mentação, simulações, problematizações e relativização
de conceitos. Na perspectiva do aluno da contemporanei-
dade, o professor foi incentivado a refletir sobre seu papel
enquanto educador e a ressignificar suas práticas.
Outra estratégia utilizada no encontro foi a Facilitação Grá-
fica, em que ideias como inteligência coletiva, mudança de
era, co-criação, visão de futuro foram representadas como
uma possibilidade de tradução do workshop.
Atualmente, a perspectiva da colaboração não é tão so-
mente um indicador no processo da aprendizagem, mas
um elemento característico da contemporaneidade, quan-
do há uma associação direta com a finalidade da inteligên-
cia coletiva. Tais conceitos ampliam as relações entre os
sujeitos deste tempo e são essenciais na composição das
metas estratégicas da escola. A visão deixa de ser restritiva
para ser transformadora.
A instituição escola tem, cada vez mais, fronteiras perme-
áveis de integração com as demandas do mundo, em que
a pluralidade dos espaços, tempos, linguagens e recursos
interferem diretamente na relação com o conhecimento.
Tais indicadores de percepção externa, interligados a uma
cultura corporativa – reveladora de um posicionamento e
identidade pedagógica – asseguram o mapeamento de
processos educacionais que são utilizados para diagnóstico
A integração dos saberes surge, hoje, como uma das principais implicações pedagógicas do nosso tempo, exigindo a adoção de uma visão sistêmica da estru-turação curricular, considerando que no espaço escolar coexistem sistemas abertos, complexos e interativos, onde é permanente a circulação da informação. Nessa ideia, se concebe o espaço esco-lar como um lugar de intersecção de saberes, que, fundamentados em uma construção disciplinar, com vista à problematização, à comunicação e à ação, lhes dá sentido. (...) Uma prática integra-dora é, desse modo, favorável ao entendimento da realidade, ao seu funcionamento, aos seus de-limitadores e suas inter-relações, atribuindo maior significação ao processo de ensinar e aprender. O diálogo, a pesquisa, a experi-ência prática do aluno, a intera-ção e a inovação ganham impor-tante espaço numa perspectiva de totalidade.
Plano de Estudos – Colégio Far-roupilha, 2013, p.24
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Facilitação Gráfica produzida por Luciane Berguer – Semana de formação Docente 2013 – Colégio Farroupilha
e consequente articulação e coordenação de ações, que se
destacam pela qualificação de seu desempenho.
Tais ideias perpetuam-se na história da Associação Bene-
ficente e Educacional de 1858, que sempre primou dessas
tratativas em consonância com o tempo vivido. Fala-se do
investimento em seu corpo docente e do pioneirismo e da
inovação em iniciativas educacionais.
O trabalho desenvolvido junto aos professores no início
do ano fomentou o compartilhamento de informações,
de conhecimento e de experiências. A utilização de dife-
rentes linguagens marcou a interface da aprendizagem or-
ganizacional vislumbrando a integração de processos que
buscam aprimoramento sistemático com parâmetros nos
critérios de excelência.
Considerar esses dados no processo contínuo de formação
docente implica legitimar a proposta pedagógica do Co-
légio, criando um ambiente onde as aspirações são com-
partilhadas, onde a representatividade é valorizada e onde
o conhecimento é redimensionado em uma perspectiva
funcional e científica. Professores assumem um papel pro-
tagônico no campo de atuação sendo ativos participantes
da cultura do planejamento. Na perspectiva institucional, a
investigação e a análise de tendências futuras, a promoção
da autoavaliação e a mobilização dos envolvidos estabe-
lecem um fluxo de ações que, preservando o caráter de
reciprocidade nas relações, resultam estrategicamente em
desdobramentos férteis para delinear caminhos de capaci-
tação e formação.
O estabelecimento da ambiência de aprendizagem , com
espaços presenciais e virtuais para o aprendizado indivi-
dual, coletivo e institucional, contribui para a evolução dos
processos educacionais focalizando o ensino, a aprendiza-
gem, o currículo e todos os envolvidos no sistema escolar.
Tal movimento preconiza a cultura da Instituição, em que
simultaneamente à implementação de mudanças e apri-
moramento, difunde sua Missão, Visão e Valores.
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20 Revista Farroupilha n° 105
ESPEcIAL
Livro resgata 150 anos de tradição e inovação na educaçãoUm resgate da história de mais de 150 anos de tradição e inovação na educação é apresentado no livro “O passar dos tempos e a educação – a excelência na história do Colégio Farroupilha”. Alusiva aos 155 anos da Associação Beneficente e Educacional de 1858 e aos 127 anos do Colégio Farroupilha, a obra organizada pela historiadora e pesquisadora, Naida Menezes, foi lançada durante coquetel no dia 21 de março, data de aniversário de fundação da mantenedora e da escola.
Com patrocínio da Gerdau, através da Lei de Incentivo à
Cultura, em 187 páginas, a pesquisa traça um paralelo en-
tre a evolução do ensino básico no Rio Grande do Sul e o
esforço e a dedicação mantidos pela ABE de 1858 para sin-
tonizar a educação com as demandas da sociedade. Perce-
be-se na obra que, ao longo de toda a sua história, a man-
tenedora do Colégio Farroupilha mantém o compromisso
de perpetuar os valores e as ideias de uma pujante história
em prol da excelência educativa, alicerçada nos pilares de
tradição, disciplina e inovação.
“O livro nos comprova que formar cidadãos competentes
e comprometidos com a sociedade em que estamos inse-
ridos sempre foi a missão de nossa instituição desde a sua
origem. Cabe a nós, nos dias atuais, assumir o compromisso
de perpetuar tão bela trajetória e continuar fazendo histó-
ria, mantendo-nos em constante aprendizado e assumin-
do o compromisso de manter firme um projeto educativo
comprometido com a formação cidadã e transformadora e
com a excelência educativa”, atesta o presidente da ABE de
1858, Fernando Carlos Becker, ao assinar a apresentação da
obra, que será distribuída para bibliotecas de escolas mu-
nicipais de todo o Brasil.
Dividido em dois capítulos, “O passar dos tempos e a edu-
cação – a excelência na história do Colégio Farroupilha”
contrasta a história da mantenedora do Colégio Farroupi-
lha com momentos marcantes do cenário brasileiro, como
20 Revista Farroupilha n° 106
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a época da ditadura militar, e do panorama internacional
vivido na década de 30 e 40, quando o nazismo ultrapas-
sava as fronteiras da Alemanha. “Em momento algum, a
escola se ateve a dogmas, à religião ou a ideologias. A ABE
de 1858 sempre se manteve fiel ao apoio de imigrantes e
descendentes alemães e ao sentimento de carinho nutrido
por eles para com a pátria-mãe. O que hoje se fala em res-
ponsabilidade social e individual, que é o cidadão não pen-
sar somente na sua qualidade de vida, mas também na da
sua comunidade, já existia em 1858, quando um grupo de
alemães se reuniu e fundou a associação tendo como foco
a educação de crianças e jovens e o preparo delas para o
contexto profissional e para a vida”, explica Naida.
21
Memórias e sentimentos retratados no livro Fontes orais, como o ilustre ex-aluno Jorge Gerdau
Johannpeter, fotografias, livros de registro, livros de
notas, atas, ofícios, cartas e cadernos escolares enri-
quecem o segundo capítulo. O leitor também reco-
nhece na obra a presença de memórias e sentimentos
em relação à escola narrados por alunos, professores e
diretores do educandário que, na década de 30, trou-
xe um novo olhar sobre a educação ao ser a primeira
escola do Brasil a manter turmas mistas de meninos e
meninas na então sede do Casarão, localizada na Ave-
nida Alberto Bins, onde hoje está instalado o Hotel
Plaza São Rafael.
22 Revista Farroupilha n° 105
ESPEcIAL
22 Revista Farroupilha n° 106
Comprometimento com as demandas da sociedade
A assistência médica e hospitalar voltada ao atendimento
dos imigrantes e descendentes de alemães era uma das
carências percebidas pela ABE de 1858 no início do sécu-
lo XX. O serviço da Santa Casa, principal instituição de
saúde na época, era considerado ineficiente e inadequa-
do. Um grupo, que reunia pessoas de várias instituições,
dentre elas a ABE de 1858, foi formado para encontrar
uma solução. Conselheiros que hoje estão envolvidos
com a associação contribuíram para a fundação do Hos-
pital Moinhos de Vento. “Toda essa bagagem que a escola
carrega faz a diferença porque, a partir de experiências
anteriores, o colégio consegue se movimentar muito bem
neste contexto contemporâneo”, analisa Naida.
Inovação na educaçãoO olhar inovador na área educacional, refletida nos es-
paços do Colégio Farroupilha, é marca da ABE de 1858.
Sensível às necessidades das famílias alemães, nas quais
as mulheres participavam da jornada de trabalho no
comércio porto-alegrense ao lado dos maridos, a ins-
tituição foi responsável, em 1904, pela implantação do
primeiro Jardim de Infância do Rio Grande do Sul, consi-
derado o terceiro do país na época.
A instituição marcou história na década de 20, sendo a
primeira na Capital a adotar o ecumenismo nas aulas
de religião. Em 1929, foram unidas definitivamente a Es-
cola de Meninos e a Escola de Meninas, outra inovação
para a época.
A qualidade do corpo docente é percebida desde o iní-
cio da trajetória do educandário. “Havia professores que
eram mais do que simples repassadores de conteúdos.
Eram mestres fantásticos, contadores de histórias natos
que marcaram gerações”, relembra a historiadora.
Enquanto muitas escolas da Capital utilizavam apenas
recursos didáticos para o processo de ensino-aprendiza-
gem, o Farroupilha trouxe a ciência para a sala de aula.
“A escola foi pioneira em inaugurar, no início da década
de 70, os primeiros laboratórios que serviriam de instru-
mento de estudo e pesquisa para alunos e professores.
“O livro traz conhecimento e inspiração, narrando a tra-
jetória de uma instituição educativa gaúcha que desde
1858 forma cidadãos competentes, responsáveis e éticos,
tendo como pilares a disciplina, a inovação e a tradição”,
enfatiza a pesquisadora. O papel do professor mudou
ao longo do tempo. Hoje, os docentes têm a missão de
orientar, instigar e questionar o aluno, confirmando, des-
se modo, dia após dia, o comprometimento do Colégio
para com a excelência da aprendizagem.
Ensino aplicado ao dia a diaA necessidade de profissionais habilitados para atuar no
comércio porto-alegrense fez com que, em 1949, o Colé-
gio criasse um curso comercial de contabilidade. O idea-
lizador dessa ideia foi Sven Robert Schulze, que também
foi o primeiro diretor. “Meu pai conversou com pessoas
amigas, com colegas, e criaram a Escola Técnica de Co-
mércio Farroupilha, com professores que eram profissio-
nais de cada área: meu pai dava aula de Mecanografia.
Depois, tinha Merceologia, Matemática, Contabilidade
Industrial, tinha tudo que era tipo de Contabilidade”, re-
lembra a ex-professora de Artes, Ingrid Schulze.
Além das aulas de Português e Língua Estrangeira, Ci-
ências Humanas e Exatas, a aprendizagem de alunos e
alunas era complementado com visitas às grandes em-
presas. Aliás, todos os professores de disciplinas técnicas
trabalhavam durante o dia em grandes fábricas e corpo-
rações e ensinavam aos alunos a partir das suas próprias
experiências. “Se você não estava bem, o professor logo
23 23
percebia isso”, recorda o empresário e ex-aluno, Jorge
Gerdau, ao falar da relação estreita que a turma manti-
nha com os docentes.
Impulsionando a economia de Porto AlegreO nascimento do bairro Três Figueiras foi impulsionado
pela inauguração do novo prédio do Colégio Farroupi-
lha em 1962. A instituição, recorda Naida, acabou mar-
cando a história de Porto Alegre, com mudanças refle-
tidas especialmente na questão urbana e na economia.
“O meio de transporte popular era o bonde, na qual a
linha acabava na Avenida Protásio Alves. Além de novas
formas de mobilidade urbana, a escola teve o poder de
desenvolver um dos bairros mais valorizados da capital
gaúcha”, destaca a historiadora.
Esporte como aliado na educaçãoO investimento no esporte de competição, feito pela As-
sociação Beneficente e Educacional de 1858 e pelo Co-
légio Farroupilha, representa a crença na atividade física
como ferramenta de educação para a vida. O trabalho
de equipe na busca de objetivos, a competitividade, o
empenho, a persistência, o treinamento e a criatividade
são vivências que, certamente, ajudarão os alunos na
construção de seu futuro.
Percebendo que o esporte é um forte aliado no desenvol-
vimento dos alunos, a ABE de 1858 firmou parceria com a
Sogipa para a realização de atividades e eventos esportivos
para a comunidade escolar. Essa ligação incluiu, inclusive, o
repasse de recursos financeiros, por parte da ABE de 1858,
para a construção de espaços na Sogipa. “O Colégio cuida-
va da educação como um todo, mas dava atenção à vida
esportiva também, que é interessante no processo, dentro
de um conceito global de educação”, ressalta o conselhei-
ro e ex-aluno, Jorge Gerdau Johannpeter. “Numa das ex-
cursões da escola para o Clube dos Caçadores, em Novo
Hamburgo, uma criança havia caído em um açudezinho
e estava morrendo afogada. Como eu sabia nadar muito
bem, pulei na água e tirei essa criança. Eu tinha uns doze
anos. Mais tarde, reuniu o Colégio todo e eu ganhei uma ho-
menagem”, recorda Gerdau.
Era comum, desde a década de 30, os alunos de o Farrou-
pilha destacarem-se em campeonatos intercolegiais. Em
1952, o Colégio foi a primeira instituição de ensino a par-
ticipar dos Primeiros Jogos Estudantis de Porto Alegre. Os
diversos títulos conquistados por nossas equipes são resul-
tado do talento de nossos alunos aplicado dentro de um
trabalho bem estruturado.
24 Revista Farroupilha n° 105
Liberdade para criarAo longo de toda a sua história, a ABE de 1858 priorizou
a sua escala de valores, baseada no respeito, na honesti-
dade, na prática da cidadania, na relação livre e aberta
mantida com o corpo docente. Essa liberdade para criar foi
percebida pela historiadora e pesquisadora ao longo da
elaboração do livro. Nos seis meses em que se dedicou à
obra, Naida teve acesso a todos os documentos que com-
punham o acervo da ABE de 1858 e do Colégio, bem como
a total colaboração de dirigentes e colaboradores. “Para
um livro ser bom e podermos contar uma boa história,
não podemos engessar a estrutura. Precisamos contar
com um grupo colaborativo para fazer um trabalho com
bons resultados. Tinha capítulos que brotaram da pes-
quisa, a partir das evidências que foram surgindo, como
o intertítulo “Elementos culturais e simbólicos: detalhes
do calendário escolar”, que consta no segundo capítulo”,
exemplifica Naida, ao frisar que o processo de criação foi
respeitado e contribuiu para que a equipe coordenada
por ela conseguisse criar rápido.
O Farroupilha nos dias de hojeTransparência na gestão é um dos requisitos cumpridos
pela Associação Beneficente e Educacional de 1858, man-
tenedora do Colégio Farroupilha, na constante busca pela
excelência educativa. Responsável por todas as decisões e
projetos desenvolvidos no Colégio Farroupilha, a ABE de
1858 conta com várias instâncias para apoiá-la, como os
ESPEcIAL
24 Revista Farroupilha n° 106
Conselhos Diretor, Fiscal e Consultivo, escolhidos em As-
sembleia Geral, e o Conselho Escolar Administrativo, for-
mado pela Diretoria da ABE de 1858, pela Diretoria Peda-
gógica do Colégio e por um grupo de oito conselheiros
representantes de pais de todos os níveis de ensino. A
este Conselho compete a tomada de decisões relaciona-
das à área pedagógica.
As mudanças na área de ensino, definidas a partir de
um criterioso planejamento estratégico, que conta com
a consultoria da Fundação Dom Cabral, considerada a
quarta maior escola de negócios do mundo, são coorde-
nadas pela Diretoria Pedagógica, representada por Ma-
rícia Ferri. Atualmente, 2.216 alunos estão matriculados
na sede do Colégio, no bairro Três Figueiras. A unidade
de responsabilidade social Tenente Correia Lima, situada
nas dependências do CPOR-PA, no bairro Santa Tereza,
25
atende 240 crianças e adolescentes do 1º ano a 8ª série
do Ensino Fundamental.
Projetos de formação docente são focados hoje no apren-
dizado experiencial, no qual o conhecimento é aplicado
ao cotidiano, em parceria com a Perestroika, escola de
criatividade. Iniciativas pedagógicas visando o estímulo
ao bom relacionamento, à busca pela excelência, à disci-
plina e organização, à eficiência e ao empreendedorismo
e ao compromisso com a sustentabilidade são perma-
nentemente desenvolvidos com os alunos através, por
exemplo,de parceria com o grupo coletivo Shoot the Shit.
Da história da ABE de 1858 e do Colégio FarroupilhaFundado em 1886 pela Associação Beneficente Alemã,
uma entidade criada para auxiliar os imigrantes alemães e
seus descendentes, o Colégio Farroupilha tem suas origens
na Escola de Meninos, conhecida na época pelo nome de
Knabenschule des Deutschen Hilfsverein (Escola de Meni-
nos da Associação Beneficente Alemã (ABE). A instituição
funcionava em salas alugadas pela comunidade evangélica
no centro de Porto Alegre.
Foi Wilhelm Ter Brüggen quem propôs em 1876 a criação
da escola, que deveria receber crianças de seis anos e
deixá-las “prontas aos 14 anos para estabelecer seu co-
mércio”, com fluência nas Línguas Alemã e Portuguesa.
“Ele era um visionário. Na época, não existiam colégios
organizados como temos hoje. A ideia levou 10 anos
25
para ser implantada”, recorda a historiadora.
Em 1892, a associação comprou um terreno na Rua São Ra-
fael, onde hoje é o Hotel Plaza São Rafael, na Avenida Alber-
to Bins. Três anos depois, foi inaugurada a sede própria do
Colégio. Em 1904, começou a funcionar uma Escola de Me-
ninas, pioneira na Educação Infantil por oferecer o primeiro
Jardim de Infância do Rio Grande do Sul e o terceiro do Brasil.
Seguindo uma filosofia marcada por valores éticos, o esta-
belecimento tornou-se referência em educação de qualida-
de. Em 1962, a Escola foi transferida para um novo prédio,
construído em um terreno adquirido em 1928, na Chácara
Três Figueiras, nome que deu origem ao bairro que se for-
mou ali. O local foi uma alternativa para a instalação da nova
sede do Colégio, depois da recusa do Governo Municipal em
permitir a construção de uma nova escola na área central da
cidade, próxima ao Rosário e ao Instituto de Educação.
26 Revista Farroupilha n° 105
A VOZ DO ALuNO
26 Revista Farroupilha n° 106
Uma escola
nos faz...renovada
“...perceber o quanto os alunos se sentem melhores, nos traz mais variedades de escolha, mais conforto nas salas de aula, organização
entre os alunos e mais espaços de convivência”. Laura Fernandes Xavier, 8ª série D
“...criar asas para alçar voo”. Vitória Pigatto, 3ª série do EM
“...ter orgulho do colégio onde estudamos, e motivados a ir estudar todos os dias”.
Fernanda Magalhães, 2ª série do EM
“...uma escola renovada nos faz ter vontade de nos focar nos estudos, de adquirir novos conhecimentos e de pensar no nosso futuro”.Manoela Ferreira, 1ª série do EM
“...ver como o empenho e a força de vontade são suficientes para deixar o ambiente mais agradável para podermos aproveitar ao máximo as aulas”. João Felipe Leal Cordeiro, 3ª série do EM
nOVA DIRETORIA GEF 2013-2014Grupo liderado por Karolaine Pereda e Matheus Batistela, eleito com 36% dos votos para a gestão 2013-2014 do Grêmio estudantil Farroupilha, tomou posse dia 02 de abril. De 21 a 26 de março, o Colégio promoveu debates entre estudantes e representantes das quatro chapas que concorreram ao pleito, com o intuito de apresentar as ações, esclarecer dúvidas e ouvir sugestões feitas pelos alunos.
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GaleriaFotosde
Dj Capu no recreio
Fila para conferir as novidades do Saúde no Copo
Alunas da 3ª série em homenagem às mulheres, no Dia Internacional da Mulher
Fila para conferir as novidades do Saúde no Copo
A união faz a força para Rafaela
Coppetti, Laura Corssac, Giordano
Pereira e Marina Medeiros
Bate-papo animado no deque da
Casa do Estudante
Alegria no reencontro entre amigas
Momento “estrela” para as
alunas da 1ª série A Momento “estrela” para as
Muitas histórias das férias para compartilhar...
Dj Capu no recreio
Carnaval foi temática das formandas
do Ensino Médio no 1º dia de aula
28 Revista Farroupilha n° 105
NOSSA cOmuNIDADE
28 Revista Farroupilha n° 106
Talento é marcado profissional
do Farroupilha
Talento é marcado profissional
do Farroupilhado profissional
do Farroupilhado profissional
Engana-se quem pensa que o papel da área de Recur-sos Humanos limita-se a selecionar pessoas, identifi car necessidades de treinamento, resolver confl itos ou comunicar uma demissão. Atuando em conjunto com os gestores, o RH é uma área estratégica, que trabalha como gestora do ativo mais importante dentro de uma organização como o Colégio Farroupilha: as pessoas. A instituição entende que o professor e o colaborador são os propulsores que movem e dão vida à escola.
Daí a necessidade de buscar pessoas talentosas para atingir, em todos os cargos, os objetivos e os resulta-dos esperados pela organização. “Não basta que o pro-fi ssional seja qualifi cado e tenha diversos diplomas. É preciso que ele tenha talento, seja extraordinário em sua área de atuação e saiba também fazer uso dos co-nhecimentos adquiridos. Essa é a grande mudança que está acontecendo no Farroupilha”, explica o gerente de RH, Roberto Crestani.
“A competência nada mais é do que a capacidade da pes-soa em mobilizar múltiplos saberes, habilidades, atitudes, experiências e talentos que vão gerar resultados. De nada adianta a pessoa acumular títulos ao seu currículo, se ela não sabe, de fato, aplicar o conhecimento adquirido”, sin-tetiza Roberto. É a partir deste novo referencial que os profi ssionais deste início de século estão sendo avaliados.A maior difi culdade das empresas na gestão de pesso-as, conforme a psicóloga Paula Borba, da Borba & Leon Desenvolvimento Organizacional, empresa que presta consultoria para o Farroupilha, é conseguir identifi car as pessoas que tenham as competências que ela precisa. “O mercado hoje sai da época em que tudo estava centrado somente no conhecimento e no saber acumulado pelo profi ssional e passa a valorizar o colaborador que sabe
desenvolver a habilidade de escuta, de comunicação, de percepção do que está acontecendo e que tenha capaci-dade para pensar nas relações entre essas questões”, ana-lisa a mestre em psicologia social. O desenvolvimento dos profi ssionais que trabalham no Farroupilha está sendo realizado através do Programa de Desenvolvimento Individual, realizado pela Borba & Leon. A primeira etapa, iniciada no segundo semestre do ano passado e que está em vigor, está voltada à pre-paração da equipe de gestores, a partir da identifi cação do perfi l para os cargos, da análise dos colaboradores, identifi cando seus pontos fortes e pontos a desenvolver, para a elaboração e defi nição de ações para o seu desen-volvimento. No segundo semestre deste ano, o Programa deverá ser voltado à equipe de analistas e supervisores.
O conceito de competência, a partir do ideograma CHA - que serve para designar Conhecimento, Habilidade e Atitude - é uma maneira de defi nir o sentido de competência de um colaborador ou de um candidato a uma vaga a partir de um referencial no qual ela possa ser mensurada e até mesmo comparada a padrões internacionais. •O “C” signifi ca conhecimento sobre um determinado assunto. Diz respeito à pessoa possuir um Know-how
sobre algo que tenha valor para a empresa e para ela mesma. É o saber. •O “H” signifi ca habilidade para produzir resultados com o conhecimento que se possui. Diz respeito à pessoa
conseguir fazer algum uso real do conhecimento que tem, produzindo algo efetivamente. É o saber fazer. •O “A” signifi ca atitude assertiva e proativa, iniciativa. É o querer fazer, fazer o que percebe que deve ser
feito por conta própria, é obter bons ou excelentes resultados do que foi feito com o conhecimento e a habilidade adquiridos.
29 29
Pós-graduadas em Educação, as novas coordenadoras dos Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamen-tal, Letícia Bastos Nunes e Rafaella Perrone (na foto, à esquerda e à direita, respectivamente), acreditam que a parceria entre o Colégio e as famílias é fundamental para a formação e o desenvolvimento integral dos alu-nos e para a qualifi cação das práticas pedagógicas. Conforme Rafaella, coordenadora dos Anos Finais, o maior desafi o a ser superado é fomentar as práticas pedagógicas inovadoras para a construção do co-nhecimento acadêmico , que desafi am e estimulam os alunos. “É necessário que se busque uma educa-ção voltada para a formação de cidadãos criativos, éticos, competentes e empreendedores capazes para enfrentar os desafi os da vida”, acredita. Ao longo do ano, informa Rafaella, serão desenvolvidos projetos que promovam a construção do conhecimento e que valorizem a convivência saudável e a cidadania como, por exemplo, o incentivo à formação de hábi-tos de estudos, a prática de assembleias escolares e o acompanhamento sistemático das aprendizagens aos alunos.O aprimoramento dos processos de ensino e apren-dizagem, na avaliação de Letícia, coordenadora dos Anos Iniciais, está ligado à oferta de aulas cada vez mais atrativas e contextualizadas, gerando sentido e signifi cado para os alunos. “Assim, despertamos neles o desejo de aprender cada vez mais”, ressalta.No entanto, o envolvimento das famílias nos projetos propostos pelos níveis de ensino tem papel importan-tíssimo para o desempenho e rendimento escolar dos alunos. “Queremos fomentar essa parceria com pais e responsáveis. Para isso, basta que agendem horário com as nossas equipes, através de telefone ou pesso-almente nos balcões de atendimento do 1º e 2º anda-res”, destacam Letícia e Rafaella.
e confiança com a família
Letícia Bastos NunesAlém de coordenadora dos Anos Iniciais, Letícia é profes-sora do curso de Pós-Graduação da PUCRS em Gestão da Educação, ministrando a disciplina de Supervisão Escolar: teoria e prática. Exerceu a função de professora da Educa-ção Infantil e dos Anos Iniciais e atuou como supervisora pedagógica há mais de 15 anos em escolas particulares de Porto Alegre. “A possibilidade de poder contribuir na busca pela excelência do processo educativo do Colégio é o que me motiva a trabalhar no Farroupilha”, analisa a coordenadora dos Anos Iniciais.
Rafaella PerroneA área de neurociência e juventude foi tema do último tra-balho assinado pela coordenadora dos Anos Finais, Rafa-ella Perrone. Pós-graduada em estudos culturais pela UFR-GS, a pedagoga e supervisora escolar conheceu mais de 20 escolas no Brasil, na Colômbia, em Portugal, no Uruguai e na Espanha no ano passado. Todas consideradas referência em educação. A educação de excelência, baseada na cons-trução do conhecimento e em relações sociais pautadas no respeito e na responsabilidade, priorizando a formação integral dos jovens da sociedade contemporânea, é foco do trabalho da pedagoga.
Relação de parceria
se traduz em benefícios
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NOSSA cOmuNIDADE
30 Revista Farroupilha n° 106
com muito orgulho!Somos Farroupilha
com muito orgulho!Somos Farroupilha
com muito orgulho!Somos Farroupilha
com muito orgulho!Somos Farroupilha
Orientar os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da Unidade Correia Lima para que se sentissem parte inte-grante do Colégio Farroupilha é o objetivo do projeto “So-mos Farroupilha”, proposto pela professora Maria Carolina Colombo dos Santos. “Através de atividades variadas, o grupo passa a compreender que uma instituição escolar possui regras que auxiliam na promoção do aprendizado, tanto cognitivo quanto social”, esclarece a docente. O pro-jeto desenvolvido no ano passado com a turma do 1º ano B, formada por 14 alunos, está sendo ampliado este ano para os 51 estudantes matriculados no 1º ano.Durante o trabalho, os professores mediam propostas pe-dagógicas que estimulam o olhar do aluno para si e para o outro, procurando ampliar as habilidades necessárias para a alfabetização da língua e a matemática, tendo como ob-jetivo desenvolver a leitura e a escrita de pequenos textos, bem como ampliar o campo numérico e a resolução de problemas. Os pequenos participam de ofi cinas de culi-nária, constroem o Super F, realizam continhas e escrevem vários textos e frases. Com essas atividades, eles desenvol-vem a capacidade de saber ouvir; vivenciam momentos escolares com qualidade; demonstram a prontidão para o ato de aprender; cumprem os combinados da turma;
contribuem com participações coerentes em sala de aula; desenvolvem as habilidades de ler e escrever e ampliam o campo numérico. “É muito legal participar de coisas em con-junto”, conta Gabriel Lucas Lima. A apresentação dos traba-lhos é feita durante Mostra de Saberes.A criação do Mascotinho da turma, que acompanhou a Saco-la da Leitura e o diário da visita, que foi para a casa de cada um dos alunos, com o objetivo de incentivar a leitura indivi-dual e com a família, foi um dos momentos preferidos pelos estudantes. “Tive que usar o pensamento para fazer o Super F de lã e algodão”, analisa João Henrique Lima. “Utilizei ma-terial reciclado: caixas de leite, antena e até um óculos verde que estava quebrado durante os nossos trabalhinhos”, recor-da o colega Arthur Rodrigues Bairros. O resultado do projeto é motivo de orgulho para a idealiza-dora do projeto. “Todos conseguiram crescer cognitivamen-te e coletivamente. Cada um ao seu jeito! Vale ressaltar o es-forço cooperativo da equipe escolar e das famílias para que o sucesso do trabalho fosse alcançado. O que fi ca para 2013 é que serão ampliadas as vivências escolares no 2º ano com maior segurança, laços de amizade mais fi rmes e uma Famí-lia Farroupilha para acompanhar cada passo, afi nal de con-tas, NÓS SOMOS FARROUPILHA!!!”, conclui Maria Carolina.
31 31
Trânsito seguro é Trânsito seguro é Trânsito seguro é
O Colégio Farroupilha adota algumas normas e procedimentos com o objetivo de garantir um trabalho educativo de qualidade, visando à segurança e ao conforto de todos que integram a comunidade educativa.
responsabilidade de todos!
Para pensar!• Os hábitos dos pais geralmente são seguidos pelos fi -
lhos. Por isso, é necessário que os pais tenham cuidado e atenção com as atitudes que podem infl uenciar as crianças.
• Criticar-se demais: as crianças, especialmente as meni-nas, são muito infl uenciadas pelas mães. Se a ouvem re-clamar constantemente da aparência, tendem a crescer tendo problemas de aceitação ou extremamente críti-cas em relação ao que veem no espelho.
• Tecnologia excessiva: falar ao telefone durante o jantar, checar o e-mail durante uma conversa de família, man-dar mensagens de texto para o chefe enquanto lê uma
história para a criança dormir. Se os pais quiserem que as crianças obedeçam regras sobre o uso do telefone ou computador, terão que dar o exemplo.
• Tornar tudo uma competição: a competição como for-ma de incentivo pode ser boa, mas não pode ser uma rotina. Tornando tudo um jogo de vizinho contra vizi-nho, primo contra primo ou colega contra colega, os pais podem tornar a criança competitiva demais e fazê--la pensar que só tem valor quando vence.
• Portanto, considera-se importante que os pais tenham clareza da importância de cultivar os bons valores com os fi lhos, através de exemplos vivenciados diariamente.
O Colégio Farroupilha adota algumas normas
comunidade educativa.
e procedimentos com o objetivo de garantir um trabalho educativo de qualidade, visando à segurança e ao conforto de todos que integram a
Estacionamento e vias de acesso: como instituição educativa, é dever e responsabilidade do Colégio alertar as famílias quanto ao uso consciente do estacionamento e das vias de acesso à escola. Pedimos a todos que atentem para não estacionar o carro em local proibido, pois acaba gerando transtornos na entrada dos estudantes. Também é importante não fazer fi la dupla em frente ao Colégio, pois a própria comunidade de Porto Alegre que circula por esta via registra reclamações ao Farroupilha pelo desrespeito às leis de trânsito.
Entrada dos Alunos: a comunidade educativa é composta por muitos estudantes e diariamente circulam inúmeras pessoas pelas dependências do Colégio. Por questões de segurança e melhor controle das recepções, o Colégio reforça que a entrada dos alunos deve ser realizada nas recepções específi cas para tal fi m. A Recepção Administrativa é restrita somente aos pais, visitantes, professores e funcionários.
Circulação nos andares e salas de aula: as salas de aula são o coração do Farroupilha onde o processo educativo e a interação entre professores e alunos acontecem. Lembre-se de não passar por baixo das catracas e também de não emprestar o seu crachá para outra pessoa. Assim, você ajuda a garantir a segurança de todos.
32 Revista Farroupilha n° 105
IDIOmAS
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Programa de liderança
C ontribuir para a formação de líderes reconhecidos
pelo equilíbrio de competências acadêmicas, sociais,
de liderança e voltados para questões que envolvam a
sustentabilidade. Esse é o objetivo do Programa de Lide-
rança, Desenvolvimento Pessoal e Sustentabilidade no
Canadá, que o Farroupilha passa a oferecer aos alunos do
Ensino Médio durante o recesso escolar deste inverno. A
programação, desenvolvida na University of British Co-
lumbia (UBC), em Vancouver, prevê atividades interativas
e educacionais de desenvolvimento pessoal e formação
de equipe, pensamento crítico e resolução de conflitos
em corporações, tendo como foco a formação de líderes
eficazes e com conhecimentos sólidos.
Conforme o cronograma de viagem, elaborado em par-
ceria com a World Study Educação Intercultura, os alunos
ficarão hospedados no campus da UBC, onde terão aulas
no turno da manhã, e também participarão de visitas cul-
turais e turísticas, realizadas à tarde, em pontos famosos,
como a Whistler, estação de esqui, que sediou as Olimpí-
adas de Inverno em 2010. O intercâmbio também inclui
no Canadáuma viagem de quatro dias à costa leste canadense, onde
os alunos visitarão as cidades de Toronto, Quebec, Otta-
wa, Montreal e Niagara Falls. Nesse período, os estudantes
ficarão hospedados em hotel. O embarque do grupo está
previsto para 13 de julho com retorno em 2 de agosto.
A University of Britsh Columbia é considerada a segun-
da melhor universidade do Canadá e integra o ranking
das 22 melhores instituições de ensino do mundo. A
universidade atende 35 mil alunos e possui um staff de
15 mil colaboradores em seus mil hectares de área. En-
tre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro, a diretora pe-
dagógica, Marícia Ferri, esteve em Vancouver para visi-
tar a UBC. “O Farroupilha quer oferecer aos estudantes a
possibilidade de uma complementação curricular atra-
vés de um intercâmbio em uma universidade de ponta,
para que desenvolvam habilidades fundamentais para
o sucesso profissional e pessoal”, ressalta Marícia. Du-
rante o intercâmbio, os alunos vão receber orientações
sobre o que fazer para tornarem-se alunos universitá-
rios na UBC durante workshop.
33 33
Primeira escola do Rio Grande do Sul a receber a certifi -
cação de Cambridge, o Colégio Farroupilha recebeu três
premiações durante a Conferência Anual dos Gerentes dos
Exames de Cambridge, realizada entre os dias 21 e 23 de
janeiro, em São Paulo. A excelência na aplicação dos exa-
mes, reconhecidos em todo o mundo, fez com que o Far-
roupilha conquistasse os prêmios: “Inovação no Sistema
de Avaliação da Educação Básica”, “Maior crescimento de
certifi cações das escolas do Brasil” e “Performance Geral”.
“Cambridge se orgulha de ter um centro como o Colégio
Farroupilha”, destacou Rone Costa, Gerente de Desenvolvi-
mento de Negócios Brasil Cambridge, durante a cerimônia.
FaRRoUPILHa RECEBE PREMIaÇÕES pela excelência na aplicação de exames de Cambridge
Rone Costa (ao centro) exibe orgulhoso o troféu recebido pelo Colégio Farroupilha, entregue por Mike Milanovic (à direita), CEO da University of Cambridge ESOL, durante cerimônia realizada na Inglaterra.
Saiba mais sobre os prêmiosFor Schools Exams Centre of the Year – Por ser o Farroupilha o centro autorizado brasileiro que mais cresceu nesta modalidade de exames e por ser o centro que, em números reais, mais aplica tais exames para alunos do Ensino Fundamental e Médio.Innovation in Assessment – Pelo fato de o Farroupilha ter sido a primeira instituição brasileira a integrar os exames Cambridge English ao seu currículo e fazer com que tais exames fi zessem parte da grade curricular do colégio. Hoje, este modelo é seguido por diversos colégios no país. General Performance – O Farroupilha faz parte do grupo de três centros autorizados que mais se destacou de modo geral: número de candidatos, percentual de crescimento, percentual de participação nos números totais do país, organização e qualidade na aplicação dos exames.
Conforme Rone, a proposta adotada pelo Colégio é inova-
dora e comprova a segurança e a confi ança da escola na
qualidade de seu programa de inglês, uma vez que seus
alunos são avaliados por uma instituição renomada e im-
parcial. “Isso acaba sendo uma segurança para os pais, pois
sabem que os fi lhos são avaliados por uma ferramenta e
por examinadores externos o que acaba, de certa forma,
avaliando o próprio programa do Colégio. Esse projeto
do Farroupilha fez com que o escritório brasileiro fosse
premiado em Cambridge, na Inglaterra, como o escritório
responsável pelo projeto mais inovador no sistema de ava-
liação na educação básica”, comemora.
34 Revista Farroupilha n° 10534 Revista Farroupilha n° 106
VARIEDADES
No mês em que a Associação Beneficente e Educacio-
nal de 1858 completa 155 anos, o Colégio Farroupilha
comemora 127 anos e a cidade de Porto Alegre festeja
241 anos, o Saguão das Artes exibe a exposição “Lugares
de Porto Alegre”. A mostra da artista plástica Laky Gatti,
em cartaz até 18 de abril, é composta por aquarelas nas
quais exibe um olhar detalhado sobre vários pontos da
capital gaúcha.
Obstinada pelo domínio da técnica e do desenho,Laky
iniciou sua formação artística no Atelier Livre da Prefei-
tura de Porto Alegre, em 1968, e frequentou oficinas no
MARGS. Seus estudos mais recentes estão ligados às to-
nalidades da ferrugem na aquarela e para tal tem feito
incursões em ferrovias do País, principalmente no inte-
rior de São Paulo e em Minas Gerais, onde busca motivos
e elementos para suas obras atuais e em andamento.
A artista expôs em várias apresentações coletivas e in-
dividuais e destacou-se em Mostras Internacionais e
Nacionais. Ultrapassa fronteiras o apreço de suas obras,
tendo aquarelas na França, Alemanha, Suécia e Espanha.
Um novo olhar sobre velhos lugares
de Porto Alegre
35 35
DIREçãO
GEstão
define os rumosda instituição
compArtIlhAdA
Os principais rumos do Colégio Farroupilha são definidos
levando em consideração o posicionamento de três ins-
tâncias fundamentais ao longo da história e para o futuro
da instituição: o Conselho de Administração, a Presidência
da ABE de 1858 e as Direções Pedagógica e Administrati-
va. A atuação em conjunto contribui para a melhor com-
preensão das necessidades dos alunos, de suas famílias e
da sociedade. O modelo de gestão compartilhada faz com
que projetos, programas e iniciativas sejam discutidos e
analisados desde o planejamento até às práticas efetiva-
mente empreendidas no cotidiano escolar. É a partir des-
te projeto de qualificação na gestão do Farroupilha que
os resultados são alcançados. “É fundamental a contínua
racionalização dos custos e a otimização dos processos
internos. Afinal, buscamos a excelência educativa, o que
evidentemente impõe a qualificação de todos os procedi-
mentos”, destaca o presidente da Associação Beneficente
e Educacional de 1858, Fernando Carlos Becker.
Na entrevista abaixo, o Diretor de Administração e Finan-
ças da instituição, Milton Fattore, e a Diretora Pedagógica,
Marícia Ferri – orientados pelo Conselho de Administra-
ção e pela presidência da ABE – esclarecem sobre o mo-
vimento de mudança que busca a transição do modelo
tradicional de educação para que, através do cultivo da
participação, do trabalho coletivo e da ação colegiada,
seja alcançada e vivenciada a excelência educativa para a
sociedade do século XXI.
Quais são os novos desafios da área educacional?
Marícia Ferri: São muitos os desafios. Um deles é a forma-
ção continuada dos professores para atender a realidade
de uma nova geração de alunos, que dominam as mais
diversas ferramentas tecnológicas. Nas escolas, há pro-
fessores que são imigrantes digitais educando uma gera-
ção de nativos digitais. O professor precisa ser apoiado
e capacitado para esta realidade e também é importan-
te que esteja disposto a aprender. A aprendizagem deve
ser constante em nossas vidas, e no campo profissional
não é diferente. Diariamente temos acesso a muitas in-
formações, mas transformá-las em conhecimento é outro
desafio da escola contemporânea. Acredito que devemos
formar cidadãos competentes que sejam protagonistas
de sua aprendizagem, que sejam pesquisadores, atuantes
e líderes de um novo mundo. O papel do professor passa
a ser de instigador da reflexão e da produção de novos
conhecimentos.
Milton Fattore: O principal desafio da área educacional
está em desenvolver professores para atuar junto às no-
vas gerações. Precisamos preparar os jovens para atuar
com criatividade e inovação e para um mercado de tra-
balho que exige essas habilidades e isso deve ter início
na escola. Outra questão relevante é que a globalização
exige que as escolas e os professores estejam atentos à
desfronteirização do conhecimento, mesmo havendo ne-
cessidades de ação local, a visão deve ser global.
O que é exigido dos profissionais que atuam no Farrou-
pilha?
Milton Fattore: O foco de todos os profissionais que atu-
am numa instituição educativa deve estar no processo
educacional e na compreensão de que trabalhamos com
o sonho e a formação de pessoas. O modelo de gestão de
pessoas na atualidade está voltado para as competências,
isto é, conhecimento, experiência, habilidades e atitudes.
36 Revista Farroupilha n° 10536 Revista Farroupilha n° 106
meu trabalho é de contribuir e pensar, juntamente com a equipe, de que forma podemos tornar a escola cada vez mais atraente, desafiadora e identificada com uma educação de excelência.marícia Ferri
No segmento educacional a lógica é a mesma. Devemos
ter pessoas adequadas nas funções adequadas e alinha-
das com o projeto macro da instituição. No Farroupilha,
estamos trabalhando no conceito de gestão por compe-
tência a partir dos conhecimentos, habilidades e atitudes
para cada função. Os conhecimentos são os saberes teó-
ricos necessários para desenvolver seu trabalho. As com-
petências são os saberes práticos. Não adianta conhecer
as teorias e não saber como aplicar. Da mesma forma, é
preciso ter atitude que traduzimos como a disposição
para fazer. Também iniciamos em 2012 o Programa de
Atendimento Farroupilha, que define uma série de atri-
butos e atitudes dos nossos profissionais como: educa-
ção, cooperação, empatia, confiança, segurança, gentile-
za, constância e proatividade.
Marícia Ferri: Precisamos trabalhar com pessoas dispos-
tas a aprender, a inovar e a atender ao projeto educativo
da instituição. Neste modelo de gestão colaborativa ado-
tado é fundamental compartilhar as informações para
que as pessoas se sintam envolvidas e comprometidas.
No Colégio Farroupilha, já existe essa organização focada
em melhorar ainda mais os resultados do processo pe-
dagógico e meu trabalho é de contribuir e pensar, jun-
tamente com a equipe, de que forma podemos tornar a
escola cada vez mais atraente, desafiadora e identificada
como uma educação de excelência.
Como o Colégio se aperfeiçoa nesse sentido?
Milton Fattore: O Colégio Farroupilha decidiu abrir suas
portas para o mundo. O presidente da Associação Bene-
ficente e Educacional de 1858, Fernando Carlos Becker,
tem utilizado internamente uma frase de Charles Darwin
que afirma que sobrevivem na natureza nem os mais for-
tes nem os mais inteligentes, mas aqueles que melhor
se adaptam. Compreendemos que não somos ilhas, mas
que vivemos um mundo colaborativo e de oportunida-
des. Nossos pilares, desde o nascimento da ABE de 1858,
são a tradição, a disciplina e a inovação. A tradição nos
fez chegar até aqui e sempre será valorizada, não existem
novos saberes sem considerar o que já foi construído. A
disciplina é inerente ao nosso projeto educativo, com-
preendemo-la como fundamental para formar cidadãos
competentes que sejam atuantes na sociedade, como
orienta a nossa missão educativa. Já a inovação é uma
DIREçãO
premissa da nossa existência. Ela depende de oxigênio,
diversidade e criatividade.
Marícia Ferri: O conceito de planejamento está presente
no cotidiano do trabalho docente. O Colégio Farroupilha
buscou inovar seu processo educacional a partir do esta-
belecimento de uma parceria com a Fundação Dom Ca-
bral com o objetivo de aperfeiçoar e capacitar os gestores
para esta realidade do Colégio. Também temos indicado-
res pedagógicos que norteiam nossas ações. A excelência
educativa está no topo do nosso planejamento, o que
qualifica o processo de ensino e aprendizagem desenvol-
vidos na instituição.
O Colégio mantém parceria com a Fundação Dom Ca-
bral para aprimorar o projeto de gestão. Como esse tra-
balho está sendo feito?
Milton Fattore: A Fundação Dom Cabral é hoje uma refe-
rência em termos de gestão. Estão entre as maiores esco-
las de negócios do mundo ao lado de Harvard Business
School, London Business School, IESE Business School e
outras. E todo o trabalho desenvolvido lá começou como
um sonho de poucos. É ao lado destas grandes institui-
ções que o Farroupilha pretende estar. Participamos de
um programa oferecido por eles (Fundação Dom Cabral)
chamado Parceiros pela Excelência (PAEX) e a partir dele
contratamos diferentes módulos de consultoria e apren-
dizado organizacional. Já é o terceiro ano deste projeto
e estamos muito satisfeitos com o andamento. Posso ga-
37 37
confira abaixo o organograma do colégio Farroupilha:
rantir que o principal foco é cumprir a missão, e a gestão
administrativa tem como objetivo dar suporte e apoio
para o pedagógico e para que a excelência educativa
seja atingida. Para atingir os desafios futuros precisamos
de gestão, de recursos, de pessoas, de tecnologias e de
clientes. Toda essa cadeia deve estar em constante siner-
gia para que as metas e indicadores sejam atingidos.
Marícia Ferri: É fundamental convocarmos os profes-
sores para que possam pensar na qualificação da nossa
prática pedagógica e uma parceria como esta dá suporte
para um trabalho bem planejado e mais qualificado. Per-
cebo que o grupo deve continuar sendo motivado e esse
é o principal fator para a realização de um trabalho que
visa a excelência, valorizando tudo o que foi e é cons-
truído pelo corpo docente, considerando que o Pedagó-
gico é o coração da escola. A instituição existe porque
temos alunos, professores e colaboradores engajados
numa proposta que visa à construção de conhecimen-
tos sólidos para a formação de cidadãos competentes.
A essência do Colégio Farroupilha é o elevado nível de
desempenho acadêmico dos estudantes e a formação
de valores. Entendo que estamos numa boa caminhada
em busca da excelência educativa, mas é evidente que
precisamos avançar muito mais. O planejamento estraté-
gico se reflete na atuação do professor em sala de aula.
Estamos trabalhando para que todos compreendam a
importância do seu trabalho para que a escola atinja os
resultados almejados.
DIRETORADMINISTRATIVO
DIRETORPEDAGÓGICO
ÁREAS DE APOIO *
* Os setores estão elencados em ordem alfabética.
*
FINANCEIRO
TECNOLOGIADA INFORMAÇÃO
MANUTENÇÃOE ENGENHARIA
CENTRO DESAÚDE ESCOLAR
ASSESSORIAJURÍDICA
ASSESSORIAPEDAGÓGICA
EDUCAÇÃOINFANTIL
ANOS INICIAISENS. FUNDAMENTAL
ANOS FINAISENS. FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO
CTAP
ABEAssembleia Geral
Ordinária
CONSELHOFISCAL
CONSELHOCONSULTIVO
CONSELHO ESCOLARADMINISTRATIVO
DIRETORIA
PRESIDENTEOUVIDORIA
BIBLIOTECA
RECREAÇÃO
ESPORTES
TECNOLOGIAEDUCACIONAL
CENTRO DECAMBRIDGE
LABORATÓRIOSEXTRACURRICULAR MEMORIAL
CONTROLADORIA
CONTABILIDADE
SUPRIMENTOSSERVIÇOS
OPERACIONAISRECURSOSHUMANOS
COMUNICAÇÃOE MARKETING
SECRETARIA
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DIREçãO
38 Revista Farroupilha n° 106
coNsElho:olhar inovador para as demandas da sociedade
Formado por profissionais com forte representatividade
nos segmentos de mercado em que atuam, o Conselho de
Administração da Associação Beneficente e Educacional de
1858 é a instância mais importante do processo de gestão
integrada entre o administrativo e o pedagógico. A visão
estratégica e inovadora desse grupo de voluntários (em sua
maioria ex-alunos), comprometido com o desenvolvimen-
to e com o fortalecimento de um modelo de educação que
prima por valores como o bom relacionamento, a busca
pela excelência, a disciplina e a organização, a eficiência e
o empreendedorismo e o compromisso com a sustentabili-
dade, faz com que a mantenedora mantenha-se conectada
e alinhada às demandas da sociedade contemporânea.
Liderados pelo presidente, Fernando Carlos Becker, o Con-
selho de Administração se reúne toda a segunda segunda-
-feira de cada mês para acompanhar, projetar e antecipar
tendências na área da educação. São esses conselheiros –
acompanhados da Direção Administrativa e Pedagógica –
que definem estratégias de médio e longo prazos; ajudam
na tomada de decisões, avaliando impactos futuros das de-
39
A visão estratégica e inovadora do conselho de Administração faz com que a ABE de 1858 mantenha-se conectada e alinhada às demandas da sociedade contemporânea.
39
cisões tomadas no presente; percebem oportunidades e
nichos; conhecem a fundo a dinâmica do mercado e como
a instituição deve se inserir nele; enxergam o antigo com
um olhar inovador.
“Acredito que, se queremos que nossos filhos estudem
em uma Instituição de Excelência, devemos doar uma
parte do nosso tempo para colaborar e apoiar a ABE e o
Colégio no seu dia a dia”, acrescenta o conselheiro Delfino
Carlos Plá Filho. “É de fundamental importância a parti-
cipação dos pais na vida escolar dos filhos, dando apoio
ao nível de exigência do Colégio, pois excelência se con-
segue pela parceria da escola com as famílias”, lembra o
gerente da Filial de Retaguarda da Caixa Econômica Fede-
ral em Porto Alegre que, em 2009, ingressou no Conselho
Escolar-Administrativo.
A missão de contribuir para a educação, na visão do ad-
ministrador de imóveis, Mario Espíndola, é ampla. “O
compromisso não deve restringir-se apenas aos interes-
ses pontuais dos próprios filhos. Precisa estender-se aos
compromissos com a educação como um todo. Sem uma
educação de alto padrão, não poderemos construir a na-
ção que desejamos. A educação é a base do desenvolvi-
mento pessoal e social”, destaca. Conforme o conselhei-
ro, o colégio é o mais importante e essencial agente de
transformação depois da família. “Por acreditar nos pais e
por acreditar nos professores, o educando assimila o que
lhe é ofertado. A partir destes dois espaços, o jovem for-
ma seus valores e estabelece as bases de sua atuação na
sociedade e no mundo que o rodeia. O Farroupilha tem
uma longa história, são várias gerações que passaram por
suas salas de aula. Mudar para atualizar-se e manter o que
é atemporal é uma de suas grandes virtudes em busca da
excelência administrativa”, analisa o conselheiro.
Uma das mais recentes decisões do Conselho está ligada
às melhorias que foram feitas no Colégio durante o último
período de férias. Ao todo, foram investidos R$ 5 milhões.
“Ao invés de contrairmos financiamentos junto às institui-
ções bancárias, o que levaria cinco anos para ser saldado,
o Conselho decidiu usar recursos da própria mantenedora
para pagar as obras”, exemplifica o presidente da ABE, Fer-
nando Carlos Becker.
A ampliação das dependências do Correia Lima, unidade
de responsabilidade social que hoje atende 240 alunos
do 1º ano à 8ª série do Ensino Fundamental, está sendo
estudada pelos conselheiros. “Sou do tempo em que co-
meçamos a pensar em constituir essa unidade, que dei a
maior força, pois é um projeto para a educação gratuita
de jovens em uma escola de nível como o Farroupilha.
Sou um conselheiro muito preocupado com esta unida-
de e sempre disposto a dar força para melhorias, como a
presente necessidade de construção de mais três salas de
aulas para comportar o aumento do número de alunos
dessa unidade”, sintetiza Nilo Job, associado da ABE de
1858 desde 1981, que há 12 anos dedica-se ao Conselho.
40 Revista Farroupilha n° 105
ESPORTE
40 Revista Farroupilha n° 106
s resultados conquistados pelas equipes esportivas
do Colégio Farroupilha, nas mais diversas competições
escolares, são bastante conhecidos. A cada torneio, as
equipes apresentam resultados positivos e, ano após ano,
têm conquistado títulos importantes no cenário esporti-
vo escolar. Na Copa Disney, evento mundial de Futebol,
organizado pelo canal de TV a cabo Disney, o Farroupi-
lha conquistou os maiores títulos da história do Colégio,
em 2010: campeões brasileiros e mundiais! No ano passa-
do, as equipes de Futsal feminino de 14 e 17 anos repre-
sentaram o Rio Grande do Sul nas Olimpíadas Escolares
Brasileiras, em Poços de Caldas e Cuiabá, e não deixaram
por menos: mais dois títulos brasileiros para a galeria do
Farroupilha! No Projeto Bom de Bola, as conquistas mu-
nicipais e regionais no Futebol masculino e feminino são
muitas, e em nível estadual, títulos nas modalidades do
Futebol e Basquete feminino e Voleibol masculino foram
conquistados. No Estudantil Paquetá Esportes Adidas,
outra grande competição escolar, o Farroupilha é a esco-
la mais vencedora com 16 títulos de campeão, 53 troféus
conquistados e dois títulos de campeão geral, em 2009 e
2012. Também nas competições entre clubes das Federa-
ções Gaúchas de Basquete e Handebol, o Colégio colecio-
na diversos títulos de campeões estaduais, além de diver-
sos alunos convocados para integrar as seleções gaúchas
e brasileiras. Nos demais torneios – Copas Farroupilha de
Basquete, Handebol e Voleibol, Jogos Abertos de Porto
Alegre, Ligas de Futsal e Voleibol, Grand Prix de Futebol, e
outros torneios, as conquistas são inúmeras e perpassam
por todas as modalidades que a escola trabalha.
como instrumento de desenvolvimento humano
ESPOrTE
41 41
Se nas quadras e nos campos, os resultados são tão visí-
veis, fora deles o resultado pode ser sentido no dia a dia
por pais, professores e colegas de cada um dos cerca de
400 alunos que integram as equipes esportivas. Isso por-
que o trabalho desenvolvido nas equipes esportivas tem
como foco muito claro e definido a utilização do esporte
de competição como ferramenta para educar, comple-
mentando o trabalho desenvolvido em sala de aula em
cada uma das disciplinas. E, no Farroupilha, educar signi-
fica abranger diversos aspectos, incluindo os cognitivos,
motores e sócio-afetivos.
No campo cognitivo, o trabalho desenvolvido em to-
das as modalidades visa estimular o desenvolvimento
do raciocínio e a compreensão pelos alunos atletas das
inúmeras alternativas estratégicas individuais e coletivas
que cada esporte oferece. Assim, habilidades como fazer
a leitura adequada de um contexto estratégico, e tomar
decisões individuais e coletivas a partir dessa percepção,
muitas vezes sobre alta pressão, são desenvolvidas desde
as categorias menores (Pré-Mirim e Mirim) até as maiores
(Infantil e Juvenil) fazendo com que, ao terminarem a es-
cola, nossos alunos tenham desenvolvido competências
importantes para sua vida pessoal, acadêmica e profissio-
nal futura.
No campo do desenvolvimento motor, a participação
em treinamentos e competições possibilita aos alunos o
desenvolvimento de hábitos de vida saudável, uma vez
que a prática de exercícios físicos de forma regular é al-
tamente positiva. Além disso, os alunos são estimulados
a desenvolverem as habilidades inerentes à modalidade
esportiva que praticam, o que requer dedicação, planeja-
mento e trabalho sistemático.
É no campo das relações que as equipes esportivas mais
contribuem para o desenvolvimento dos jovens. A parti-
cipação em equipes exige o amadurecimento de habili-
dades para trabalhar em conjunto, comprometendo-se
com uma meta comum e dividindo esforços para superar
dificuldades. Frustração e euforia são sensações muito
presentes na vida esportiva, e aprender a lidar com elas
representa um aprendizado fundamental para o futuro.
Nas equipes esportivas, a postura ética e o respeito ao
adversário e demais envolvidos nas competições convi-
vem perfeitamente com a competitividade e a busca pela
vitória a cada jogo. Faz parte da cultura Farroupilha pe-
dir desculpas após uma falta cometida ou cumprimentar
adversários e árbitros ao mesmo tempo que se luta, até o
último minuto, por uma vitória ou um título.
Para que esse trabalho alcance o sucesso, dois fatores são
fundamentais: a qualificação dos profissionais e a estru-
tura física disponibilizada para o trabalho. Os treinadores
que trabalham em cada modalidade são formados em
Educação Física, têm experiência na modalidade como
atletas e como treinadores, e compartilham integralmen-
te os valores educativos e morais propostos para as equi-
pes. Por outro lado, a estrutura física disponibilizada para
treinos e competições – campo gramado e iluminado,
pista asfáltica, ginásio com dois pisos e três quadras po-
liesportivas cobertas, todas com placar eletrônico – está
entre as melhores do Brasil, e reflete toda a valorização
que a escola e comunidade percebem no esporte como
instrumento de desenvolvimento humano. Por isso, as
equipes esportivas continuarão educando através das
competições, conquistando títulos e troféus, mas princi-
palmente, formando cidadãos competentes.
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O primeiro semestre é, historicamente, um período de poucas competições escolares. Nessa época, as grandes competições como o Projeto Bom de Bola, o Estudantil Paquetá Esportes e o Campeonato Estudantil (CERGS) estão sendo montados. Também é um período impor-tante para as equipes de escolas prepararem-se para os grandes eventos que estão por vir. É nesse espaço que, há 12 anos, o Colégio Farroupilha desenvolveu alguns dos eventos mais tradicionais do esporte escolar gaúcho: as Copas Farroupilhas.Criadas para ocupar as equipes escolares durante o pri-meiro semestre, as Copas Farroupilhas tornaram-se logo sinônimo de competições bem organizadas e de alto ní-vel técnico das equipes. Nos primeiros anos, foram reali-zadas Copas Farroupilha de Handebol, Ginástica Olímpi-ca, Judô e Atletismo. Atualmente, são disputadas apenas as Copas Farroupilhas de Basquete e Voleibol.As tabelas dos jogos são montadas a partir de reuniões (congressos técnicos), realizadas com os treinadores das demais escolas participantes. A partir das tabelas, é pos-sível determinar os custos de arbitragem e premiação, integralmente cobertos pelas equipes inscritas. Os jogos, disputados em sua maioria no Centro Cultural e Esportivo Farroupilha, iniciam em abril e se estendem até julho, em geral nos finais de semana. São disputados nas categorias
Mirim, Infantil e Juvenil, masculino e feminino.Outra grande competição disputada no primeiro semes-tre é o Grand Prix de Futebol, evento criado há cerca de trinta anos, e disputado inicialmente por colégios e clu-bes como Inter e Grêmio. Nos últimos dez anos, o evento tem sido organizado pelo Colégio Farroupilha, e reúne as equipes das principais escolas de Porto Alegre. Tal como nas Copas Farroupilha, o calendário é montado em co-mum acordo entre os participantes. Os jogos iniciam em abril e se estendem até o segundo semestre por causa da má condição do tempo durante o inverno. Os custos são cobertos pelas equipes participantes.Também são bastante tradicionais os Jogos Abertos de Porto Alegre, grande competição organizada pela Se-cretaria Municipal de Esportes, que reúne equipes de escolas, clubes, associações de bairro e outros times. Outros torneios promovidos por Federações esportivas e outras instituições também podem ocorrer durante o primeiro semestre. É o caso do Campeonato Metropoli-tano (LIMFI) e Campeonato Estadual (SULIGAFI) de Fute-bol feminino, modalidade em que o Colégio Farroupilha tem larga tradição.As equipes do Farroupilha estão com muita vontade de entrar na quadra novamente, e o primeiro semestre pro-mete muitas emoções.
ESPORTE
Competições do CALENdárIO ESPOrTIvO
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43 43
EVENTOS
Muitas histórias para contar, mate-rial novo para mostrar, saudade dos colegas e professores e expectati-va na chegada pela primeira vez ao Colégio. Esses sentimentos e muitos outros puderam ser percebidos nas rodas de conversas entre alunos do Farroupilha que, no dia 25 de feve-reiro, iniciaram o ano letivo. Entre uma conversa e outra, crianças e adolescentes paravam para interagir com os mímicos e com o Chapeleiro Maluco, acompanhar as esculturas de balões, dançar ao som do DJ Capu e visitar os novos parceiros do Farroupilha (a Livraria e Cafete-ria Casa do Estudante e o Saúde no Copo). “Emocionante esse Colégio. Onde eu estudava antes era uma ba-gunça. Ninguém sabia informar onde era a tua sala”, comentou Laura, aluna da 8C, que acabou de ingres-sar no Farroupilha.
QUER SABER MAIS SOBRE A VOLTA ÀS AULAS?Faça a leitura do QR Code ao lado (veja mais instruções na página 5) e assista ao vídeo do primeiro dia de aula no Farroupilha
//Emoção e alegriano retorno às aulas
//Bazar de Páscoa
Encontro de Integração da Educação Infantil e aniversário do Berçário e Maternal
A bonequinha Tilda, de origem Norueguesa, foi uma das várias opções de presentes expostas para a comu-nidade escolar durante o Bazar de Páscoa, realizado de 13 a 15 de março, na área coberta do Colégio. “Ela não tem boca porque fala com o coração”, explicou a artesã Nilva de Avila Rodrigues que, pela primeira vez, participou do evento. Em três dias, Nilva comer-cializou seis bonequinhas, 25 gatinhos da sorte, con-feccionados em tecido, e uma cabana Doce Lar. Cho-colate, bijuterias, acessórios de decoração, sabonetes, aromatizadores, cupcakes, salgados e confecção fe-minina também foram expostos com preços e condi-ções facilitadas de pagamento.
Uma manhã com piquenique, brincadeiras, atividades e momentos de confraternização. Esse foi o espírito do VII Encontro de Integração da Educação Infantil, realizado em 23 de março, das 9h às 12h, na Sede Campestre do Co-légio, em Viamão. O evento, que festejou os 20 anos do Berçário e Maternal, reuniu pais, familiares, professores, alunos e auxiliares, possibilitando que todos se conheces-sem e trocassem experiências.
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EVENTOS
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Fardados e com passos fi rmes, 28 alunos da 3ª sé-rie do Ensino Médio do Colégio Farroupilha come-çaram em 06 de março uma nova etapa em suas vidas: a incorporação à 13ª turma da Escola de Instrução Militar (EsIM). A cerimônia, realizada na área coberta do Colégio, contou com a presença do presidente da Associação Benefi cente e Educa-cional de 1858 (ABE), Fernando Carlos Becker, do diretor de administração e fi nanças da ABE, Milton Fattore, da diretora do Colégio, Marícia Ferri, do comandante do Centro de Preparação de Ofi ciais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA), Coronel Waldir Silva Filho, e do instrutor-chefe da EsIM, Major Átila Serafi ni Lopes. Após participarem da cerimônia de incorporação, alunos, pais e familiares foram convidados a assis-tir à aula inaugural, que apresentou a histórica da EsIM e do Exército, além de passar informações sobre as atividades de ensino ao longo dos qua-tro meses. Ao todo, serão 18 semanas de instru-ção, uma marcha de oito quilômetros no Parque Marinha do Brasil e um acampamento de uma semana no mês de abril, no Campo de Instrução de Butiá. O encerramento está previsto para 12 de julho. Em 200 horas/aula, os estudantes terão uma série de instruções militares, como manejo de armamentos, noções básicas de comunicações,
>>Cidadania erespeito à Patria
princípios de saúde e higiene, entre outros. Tais en-sinamentos serão fundamentais para a ampliação de alguns valores morais, como dignidade, honra, solidariedade, família, amizade, liderança e justiça. “A EsIM é um trabalho conjunto entre o Exército, a escola, a família e a vida social. O principal objetivo é não prejudicar os estudos dos alunos”, defi niu o instrutor-chefe da EsIM, Major Átila.Com um corte de cabelo que remete ao modelo usado pelos soldados do Exército, João Rodrigues Paixão homenageou o neto Eduardo, aluno da EsIM. “Com esse evento de hoje,estou relembran-do o meu tempo de soldado, quando prestei ser-viço na Aeronáutica, em Canoas, em 1951. Sinto orgulho pelo trabalho desenvolvido pela EsIM”, contou emocionado o avô.
45 45
Um espaço para o diálogo entre a Direção e um grupo de alunos sobre percepções e sugestões para o Colégio. Este é o principal objetivo do projeto Fala Farroups, que teve a sua primeira edição realizada na manhã des-ta segunda-feira, 25 de março, na Sala do Grêmio Estu-dantil (GEF), com um grupo de alunos do Ensino Médio. O projeto acontecerá na última segunda-feira de todo o mês, durante 30 minutos, sempre contemplando um nível de ensino e um membro do GEF. Depois de se apresen-tarem, os estudantes responderam à primeira pergunta da diretora pedagógica, Marícia Ferri: “Como vocês percebem o Colégio?”. Apesar da timidez no início do bate-papo, logo os alunos sentiram-se à vontade para sugerir e opinar sobre assuntos que envolvem o coti-diano escolar. “Meus primos e a minha irmã já estu-daram aqui, e é perceptível o crescimento do Farrou-pilha. As melhorias que estão ocorrendo propiciam um ambiente mais favorável ao estudo”, destacou Vítoria Córdova, da 3ª série. “O Colégio mudou bastante. Noto, inclusive, que além das mudanças na infraestrutura, a escola está mais exigente nas avaliações, e isso é po-sitivo”, complementou Nora Oderich Trein, da 2ª série.Beatriz Gava, aluna da 3ª série que estava repre-sentando o GEF, faz cursinho pré-vestibular no turno inverso ao do colégio e já notou que muitos conteúdos já foram vistos no Farroupilha. “O Colégio está nos dando uma base boa, e o cursinho me ajuda a apro-fundar as matérias”, disse. Para Marícia, o projeto é uma iniciativa positiva para os alunos e direção. “É uma oportunidade de aproximação com os alunos e, com isso, vamos procurar sempre melhorar o nosso processo de ensino”, afi rmou.
O Farroupilha na
Recordações
Sete anos doCorreia Lima
Recordações escolares guardadas há 10 anos pelos alunos que hoje são formandos do Ensino Médio serão revistas no dia 06 de abril, na Sede Campestre do Colégio, em Viamão. Ao lado do padrinho da turma, de professores e colaboradores, o gru-po participará do Dia da Colheita.
Várias atividades de integra-ção estão sendo preparadas para o dia 24 de abril, data em que a Unidade Correia Lima completa sete anos. Atualmen-te, 243 alunos estão matri-culados do 1º ano a 8ª série do Ensino Fundamental nessa unidade de responsabilidade social, mantida pelo Colégio Farroupilha.
percepção dos alunos
escolares marcamo Dia da Colheita
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EVENTOS
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Os 41 anos do Jardim de Infância do Colé-gio Farroupilha, completados no dia 20 de março, contaram com piquenique no pátio e baile de máscaras no miniauditório do Jar-dim de Infância.
Jardim de Infância>>41 anos do
Ao entrar no lotação que fazia o trajeto da linha Mont’Serrat, na tarde de 26 de março, muitos usuá-rios foram surpreendidos pelo Bonde do Sorriso, ide-alizado pelos alunos do Colégio Farroupilha. A ação, uma parceria entre o Colégio e o grupo coletivo Shoot the Shit, faz parte do movimento #daescolapravida, e teve o objetivo de instigar os passageiros a dizer “boa tarde” como uma forma calorosa e bem humorada de se cumprimentar não somente no dia do aniversário de Porto Alegre, mas em todos os dias do ano.Susana Braga fi cou surpresa ao entrar no lotação. “Às vezes, a gente entra nos lugares e dá boa tarde, mas ninguém responde. Ações como essa motivam as pessoas a serem educadas”, disse. Morando longe da família, Karina Piccine afi rmou que o Bonde do
Sorriso mudou o seu dia. “Coisas simples, como um sorriso, ajudam muito”.O Bonde do Sorriso contou com a participação de 18 alunos do Ensino Médio do Farroupilha. “Achei diver-tido participar. Embora algumas pessoas não tenham respondido, fi caram surpresas com um simples ‘boa tarde’”, destacou Antônio Madrid, da 2ª série. A rea-ção dos usuários chamou a atenção dos estudantes. “Cada pessoa reagiu de um jeito. É bacana poder motivar nas pessoas um gesto de gentileza”, comple-mentou Gabriela Rockemnach, também da 2ª série.Formado por alunos do Farroupilha, o movimento #daescolapravida busca desenvolver ações e atitudes que promovam melhorias na cidade e mudanças de comportamento entre os moradores da capital.
//Bonde do Sorriso dá aula de gentileza
47 47
As respostas para a per-gunta acima serão debatidas na primeira palestra geral do ano do Cuidar é Básico, que será realizada dia 09 de abril, das 19h às 20h30, no auditório do Colégio. Duran-te o evento, o psiquiatra e psicanalista, Dr. José Outei-ral, falará sobre o papel das famílias na formação social e moral dos fi lhos, como este processo repercute na rela-ção com os pares na escola e como o bullying se manifes-ta entre crianças e adoles-centes. A temática integra o eixo de Convivência, aborda-do pelo programa que contem-pla também a discussão entre a comunidade escolar de as-suntos relacionados à saúde e à aprendizagem.
>>Criatividade paramelhorar Porto Alegre
A formaçãoque você dáao seu fi lhoo preparapara a vida?
Inspiração não vai faltar aos alunos do Ensino Médio em 2013. A parceria entre o Colégio e o grupo coletivo ShoottheShit foi reno-vada e prevê várias atividades para instigar o sentimento de cida-dania dos alunos da 1ª série em relação à cidade de Porto Alegre e para estimular os estudantes da 2ª série a manter uma convivência mais saudável e respeitosa entre as pessoas.O enfoque das ativi-dades para as turmas da 3ª série é a economia da colaboração. O Colégio acredita que o futuro da humanidade caminha para essa direção e que os alunos precisam estar informados sobre essa ten-dência desde agora. Durante o workshop, os estudantes da 3ª série também serão estimulados a pensar em ações para a cidade, ten-do como fonte de recurso o crowdfunding, fi nanciamento coletivo ou colaborativo, em que a obtenção de capital provém da agrega-ção de múltiplas fontes de fi nanciamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. Acompanhe o cronograma com foco para ações com pessoas:22/04: realização de palestra26/04: workshop com foco para ações com pessoas 10/06: palestra14/06: workshop Atividades específi cas sobre fi nanciamento coletivo23/09: palestra27/09: workshop04/10: workshop11/10: workshop
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50 Revista Farroupilha n° 10550 Revista Farroupilha n° 106
FARROuPITO
ABE 155 anos
O COMEÇO DE TUDO...
No mês do aniversário de 155 anos da Associação Bene-
fi cente e Educacional de 1858 e dos 127 anos do Colégio
Farroupilha, as turmas do Turno Integral do Jardim de
Infância visitaram o Memorial. Dessa forma, os alunos
puderam fazer uma volta ao tempo, conhecendo o
acervo de fotografi as, os uniformes antigos, os objetos
e os materiais escolares que fazem parte da história do
Farroupilha e de sua mantenedora.
O grupo de alunos mostrou-se curioso e muito partici-
pativo. Após as descobertas feitas no Memorial, nossos
pequenos repórteres construíram perguntas para a en-
trevista com o Sr. Fernando Carlos Becker, presidente da
ABE de 1858. Por ele, fi camos sabendo que, há 121 anos,
a Associação comprou um terreno, onde hoje é o Hotel
Plaza São Rafael, e lá instalou sua sede própria, conhe-
cida como Velho Casarão, local no qual foi estudante.
Através dele, também fi camos conhecendo um pouco
de sua história.
e Colégio Fa� oupilha
51 51
ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA ABE DE 1858 E EX-ALUNO DO COLÉGIO
FARROUPILHA, FERNANDO CARLOS BECKER.
Farroupito: Por que o nome do Colégio é Farroupilha?
Sr. Becker: Vocês sabem o que quer dizer Farroupilha? Ela foi uma revolução
muito importante e se tornou um símbolo no estado. O colégio tinha outro
nome, na época da segunda guerra mundial, mas como ocorreu uma proibição
de falar qualquer língua diferente do português, então adotaram um nome
típico gaúcho que é Farroupilha.
Farroupito: O senhor estudou no velho casarão?
Sr. Becker: Sim, eu estudei lá, a sede era no centro de Porto Alegre, onde hoje é
Hotel Plaza São Rafael.
Farroupito: Como era o pátio no ano em que estudou?
Sr. Becker: O pátio era grande e tinha paineiras lindas.
Farroupito: Como era o uniforme?
Sr. Becker: Eu usava camisa, casaco, calça e quepe. A cor do uniforme era cáqui,
e o símbolo tinha as iniciais do nome do nosso colégio. As meninas usavam saias
plissadas e meias três quartos brancas até o joelho, pois não podiam mostrar as
pernas.
Farroupito: O senhor usou caneta de pena?
Sr. Becker: Sim, eu usei muito a caneta de pena. Ela era de madeira e para poder
escrever era preciso colocar tinta. Eu tomava muito cuidado, pois se colocasse
muita tinta, estragaria a caneta.
Farroupito: O senhor já fi cou de castigo?
Sr. Becker: Não, só fi cava de castigo quem aprontava
alguma coisa muito séria na sala de aula. Quando isso
acontecia, o castigo era fi car embaixo do relógio por
algum tempo.
Farroupito: Quando o senhor estava no colégio, os carros
eram diferentes?
Sr. Becker: Sim, os carros eram diferentes, mas tinham
as mesmas coisas que os de hoje: portas, janelas, rodas,
direção, porém eles eram menores e menos potentes.
Farroupito: Quando o senhor estava no colégio, os carros
52 Revista Farroupilha n° 105
TúNEL DO TEmPO
52 Revista Farroupilha n° 106
Desde a sua fundação, a Associação Beneficente e Educa-cional de 1858 atuou em sintonia com o Colégio Farroupilha. Juntos, dirigentes da ABE de 1858 e diretores do Colégio entraram para a história da educação no rio grande do Sul com projetos pioneiros, ousados e inovadores.
53 53
Confira abaixo alguns protagonistas e as principais mudanças realizadas por eles:
prESIdEntE dA ABE dE 1858
dIrEtOr(ES) dO FArrOupIlHA
prInCIpAl rEAlIzAçãO
João Fernando Krahe (1907-1912)
Otto Meyer
Criação do primeiro Jardim de Infância da ABE, pioneirismo no rio grande do Sul.
Carl Wilhelm Mucke (1926-1934)
Hans Kramer
união da Escola de Meninos e Meninas (deutscher Hilfsvereinsschule), em 1929, e compra de terrenos no Caminho do Meio, atual Bairro três Figueiras
rodolfo Ahrons (1939-1946)
Álvaro Difini
Criação do curso ginasial e manutenção da escola no período referente à Segunda guerra Mundial
Carlos tannhauser 1948 a 1955)
roberto Medaglia Marroni (1950 a 1961)
Aprovação da mudança de ginásio para Colégio Farroupilha
Egon renner (1956-1965)
rodolfo Schneider e Wilma gerlach Funcke
Criação do novo Educandário Farroupilha, mudança para a sede três Figueiras
Octavio glicério Fauth (1966-1983)
lucien Felicien thys vera Elisabeth reimer Matte
Criação do Jardim de Infância da unidade três Figueiras, em 1972
54 Revista Farroupilha n° 10554 Revista Farroupilha n° 106
Por Anton Karl Biedermann, membro do Conselho Consultivo da ABE de 1858
A Governança Corporativana ABE 1858 e sua infl uênciano Colégio Farroupilha
C omo é de conhecimento geral, o Colégio Farroupilha é mantido pela Associação Benefi -cente e Educacional de 1858, entidade sucesso-ra da Sociedade de Benefi cência Alemã, funda-da em 1858, sob a denominação de “Deutscher Hilfsverein”. A ABE 1858 tem como fi nalidades manter, criar, dirigir, administrar e cessar ativida-des de estabelecimentos de ensino, em todos os níveis e modalidades, para fi ns pedagógicos, e sem autonomia jurídica e independência econô-mico-fi nanceira em relação à mantenedora, que proporcionem aos seus educandos, de ambos os sexos, sólida formação integral, fundamenta-da nos princípios cristãos, em que o respeito e a harmoniosa convivência sejam características permanentes.Independentemente do porte que atingiu o Co-légio Farroupilha, a simples leitura das fi nalidades da ABE 1858 mostra a responsabilidade que assu-me com a infância e a juventude de nosso País.Para que as exerça com efi ciência, é necessário que seja administrada por homens e mulheres experientes e capacitados. Mas isto não basta. É imprescindível que esteja a sua estrutura ad-ministrativa formatada em moldes modernos. E, nesse ponto, a ABE 1858 adiantou-se no tempo à hoje tão apregoada Governança Corporativa, criando há anos, além da Assembleia Geral, Di-retoria e Conselho Fiscal, o Conselho Escolar Ad-ministrativo e o Conselho Consultivo. Todos os cargos não são remunerados.A Assembleia Geral é o órgão máximo legislativo e deliberativo, e dela participam os associados efeti-
vos e jubilados que deliberarão na maioria dos casos, por maioria simples de votos.A Diretoria, na qual cada membro tem manda-to de dois anos, é eleita pela Assembleia Geral e tem como objetivo principal a administração da ABE 1858.O Conselho Fiscal, composto por três mem-bros, eleitos juntamente com a Diretoria, pela Assembleia Geral, tem como fi nalidade exa-minar as demonstrações fi nanceiras e outros documentos apresentados pela Diretoria.O Conselho Escolar-Administrativo é for-mado pela Diretoria da ABE 1858, diretor(a) pedagógico(a) do Educandário e pais ou responsáveis por alunos, estes eleitos pela Assembleia Geral na forma do Estatuto. Este Conselho tem como fi nalidade precípua de-liberar sobre os assuntos administrativos das Escolas mantida pela ABE 1858. O Conselho Consultivo integrado pelo Presi-dente da ABE 1858, ex-presidentes, associados beneméritos e de seis a dez pessoas indicadas pela Diretoria. O Conselho Consultivo tem como fi nalidades principais apreciar assuntos apresentados pela Diretoria, para posterior apreciação da Assembleia Geral, e alienação, compra e construção ou aumentos de imóveis.Pela estrutura, rapidamente exposta nas li-nhas acima, pela diversidade e amplitude dos objetivos dos diversos órgãos, compreende-se o refl exo positivo de suas decisões, provocado no Colégio Farroupilha, hoje um dos maiores e mais conceituados educandários do Brasil.
bros, eleitos juntamente com a Diretoria, pela des de estabelecimentos de ensino, em todos os bros, eleitos juntamente com a Diretoria, pela des de estabelecimentos de ensino, em todos os
O Conselho Consultivo integrado pelo Presi-me com a infância e a juventude de nosso País. O Conselho Consultivo integrado pelo Presi-me com a infância e a juventude de nosso País.
na ABE 1858 e sua infl uênciana ABE 1858 e sua infl uênciana ABE 1858 e sua infl uênciana ABE 1858 e sua infl uência
pedagógico(a) do Educandário e pais ou da nos princípios cristãos, em que o respeito e pedagógico(a) do Educandário e pais ou da nos princípios cristãos, em que o respeito e
casos, por maioria simples de votos.Farroupilha é mantido pela Associação Benefi -Farroupilha é mantido pela Associação Benefi -
apreciação da Assembleia Geral, e alienação, nesse ponto, a ABE 1858 adiantou-se no tempo apreciação da Assembleia Geral, e alienação, nesse ponto, a ABE 1858 adiantou-se no tempo
no Colégio Farroupilha, hoje um dos maiores A Assembleia Geral é o órgão máximo legislativo e no Colégio Farroupilha, hoje um dos maiores A Assembleia Geral é o órgão máximo legislativo e
e tem como objetivo principal a administração da em 1858, sob a denominação de “Deutscher e tem como objetivo principal a administração da em 1858, sob a denominação de “Deutscher
no Colégio Farroupilhano Colégio Farroupilhano Colégio Farroupilha
Conselho tem como fi nalidade precípua de-Independentemente do porte que atingiu o Co- Conselho tem como fi nalidade precípua de-Independentemente do porte que atingiu o Co-
A Governança CorporativaA Governança CorporativaA Governança CorporativaA Governança Corporativa
documentos apresentados pela Diretoria.mico-fi nanceira em relação à mantenedora, que documentos apresentados pela Diretoria.mico-fi nanceira em relação à mantenedora, que
C
pela Diretoria. O Conselho Consultivo tem experientes e capacitados. Mas isto não basta. pela Diretoria. O Conselho Consultivo tem experientes e capacitados. Mas isto não basta.
nhas acima, pela diversidade e amplitude dos retoria e Conselho Fiscal, o Conselho Escolar Ad- nhas acima, pela diversidade e amplitude dos retoria e Conselho Fiscal, o Conselho Escolar Ad-
OPINIãO
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56 Revista Farroupilha n° 105 1 1
Ao longo de muitas décadas, a ABE de 1858 e o Colégio Farroupilha têm proporcionado aos alunos uma formação sólida, aliando tradição, disciplina e inovação. Desta forma, buscamos alcançar os desa� os da visão institucional de nos
tornarmos referência em educação no Brasil e no Mundo.
JUNTOS TORNAMOS A EXCELÊNCIA
EDUCATIVA UMA PRÁTICA DIÁRIA.
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