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l EDITORIAL

sum

ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSITeixeira Guimarães – SBNTomáz Braz – SISEP

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNJorge Cordeiro – SISEPPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 090/062Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 63.450 exemplares(sendo 5.450 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

Oano que deveria ser dominado pelo fim do proteto-rado, leia-se fim do programa de assistência, acabapor ser aquele em que o setor financeiro provocou

a maior reestruturação com recurso a rescisões por mútuoacordo e despedimentos coletivos.

Cada semana que passa é sempre positiva para oGoverno, com os juros da dívida portuguesa a descer, oBanco de Portugal a rever em alta as projeções… pareceque o crescimento, a criação de emprego num Estado maissocial está ao virar da esquina.

Pena é que um organismo isento, o INE, apresente dadosque contrariam toda esta propaganda.

O risco da pobreza e miséria em que vivem cada vez maisportugueses vem contrariar todo o otimismo que os gover-nantes queriam ver em algumas boas notícias económicas.

Os dados do INE mostram que a fome bate à porta demuitos e a miséria assola cada vez mais pessoas.

A pobreza já atinge dois milhões de portugueses. Masnão são apenas os mais pobres a sentir o sufoco do

TEXTO: ANÍBAL RIBEIRO

É tempo de protestarmoscontra estes senhoresdo poder económico,

que durante tantos anosobtiveram lucros fabulosos

sem nada distribuirpelos trabalhadores

É tempo de dizer basta!

DOSSIÊ l IV Congresso Mundial da UNIUnião para quebrar barreiras 4Nova era no movimento sindical 4Perspetivas difíceis para o mundo laboral 6

CONTRATAÇÃO l SegurosAllianz Portugal em incumprimento 7CCT atualizado 8Alterações à convenção coletiva 9

CONTRATAÇÃO l BancaMais um ano difícil para os bancários 10Revisão global do ACT: Novo passo atrás 10Febase reuniu-se com administração do BBVA 11BCP compromete-se a respeitar Memorando 11Reformas antecipadas na Unicre 12Despedimento coletivo na Parvalorem 12Barclays preocupa Sindicatos 12Pagamento aos reformados dos 13.º e 14.º meses de 2012:Relação anula sentença da 1.ª instância 13

QUESTÕES l JurídicasA reforma judiciária e os tribunais de trabalho 14

Visto de foraStresse no Trabalho 16Identificar os sinais 16

TEMPOS LIVRES l NacionalBowling: Vitória arrancada a ferros 20Pesca: Calendários definidos 20Caminhadas Febase: Época encerra com chave de ouro 21

22STAS ActividadeSeguradora

24SISEP Profissionaisde Seguros

30BancáriosSul e Ilhas

28BancáriosNorte

26BancáriosCentro

Boas FestasA equipa da RevistaFebase deseja a todosos associadose leitores Boas Festase um Feliz Natal.Esta é por tradiçãoa quadra da boavontade e dasolidariedade, propíciaa que deixemosexpresso o nossodesejo de que todosjuntos contribuamospara ajudar a combateras muitas injustiçassociais que continuama grassar e seacentuam na nossasociedade.A revista voltaráao contacto comos leitores em 13de janeiro.

ajustamento. O machado está sobre o pescoço de cada vezmais pessoas, sobre a classe média, sobre a generalidadedos trabalhadores e reformados.

No atual contexto, o risco de pobreza nos desemprega-dos ultrapassa já a fasquia dos quarenta por cento.

Portugal é, talvez, o país da Europa com a mais baixa taxade natalidade, o que não surpreende, pois os pais que têmfilhos estão ameaçados de pobreza por os terem.

Mas o maior drama tem a ver com o futuro.O futuro dos desempregados, dos jovens desemprega-

dos sem horizontes, dos pais com filhos, sem apoios e comrendimentos diminuídos e cujo futuro foi destruído pelaausteridade.

É tempo de nos revoltarmos.É tempo de protestarmos contra estes senhores do poder

económico, que durante tantos anos obtiveram lucrosfabulosos sem nada distribuir pelos trabalhadores.

É tempo de dizer basta.

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SINDICAL l Atualidade IV Congresso Mundial da UNIdossiê

O mote ficou bem definidona reunião magna da UNI,realizada na África do Sul.

O objetivo passa por ir maisalém, quebrando cada vez

mais barreiras para umfuturo melhor. Mas tal só

será conseguido com umaforte união entre todos

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

Quatro anos depois do Congresso deNagasaki, a UNI e as suas filiaisvoltaram a reunir-se em Congres-

so, desta feita na Cidade do Cabo, Áfricado Sul, de 7 a 10 de dezembro.

Mais de 2000 participantes, oriundos de420 organizações de 180 países debate-ram durante quatro dias o futuro do mundolaboral e as novas linhas orientadoras parao sindicalismo, cujo objetivo é dar conti-nuidade ao projeto "Quebrando Barreiras",iniciado em 2010. Em 2018 será a vez deLiverpool receber o Congresso.

Sempre para a frente

"Sempre para a frente, nunca para trás".Foi desta forma que Philip Jennings termi-nou a sua intervenção na abertura doCongresso. O secretário-geral da UNI afir-mou que os objetivos propostos há qua-tro anos levaram a uma necessidade deapelar à ação, o que tem sido conseguidodesde então, tendo aproveitado para elo-giar toda a 'família UNI' "por ter trabalhoe continuado a trabalhar em conjunto efocada nos objetivos".

Philip Jennings apelou a todos para quenão se resignem perante as adversida-des, citando Martin Luther King. "O arcodo universo moral é longo, mas curva-seem direção à justiça".

O secretário-geral explicou ainda que olema "Todos Juntos" é a visão da UNI paraum mundo mais justo. "Aprendam com acrise e levem para casa a mensagem deque as nossas democracias não existempara servir apenas os mais ricos. O neo-liberalismo é uma fraude económica esocial".

temos ainda muito trabalho para colocareste mundo nos eixos".

Burrow afirmou que o movimento la-boral será de 200 milhões de pessoas em2018, pelo que é necessário "continuar-mos a ser a voz da oposição e do progres-so, como maior força democrática domundo que somos".

Por seu turno, o presidente da UNI, Joede Bruyn, afirmou que "hoje a UNI estávibrante e viva em todo o mundo".

Sem esquecer Madiba

Passado um ano do desaparecimentode Nelson Mandela, relembrar o históricolíder tornou-se quase obrigatório, aindapara mais realizando-se o Congresso naÁfrica do Sul.

Ahmed Kathrada, ativista anti-Apartheide, tal como Mandela, ex-prisioneiro emRobben Island, recebeu o prémio "Free-

Febase representadaA Febase fez-se representar na Cidade do Cabo ao

mais alto nível, através do seu secretário-geralAníbal Ribeiro, e ainda de Rui Riso e Horácio Oliveira,presidente e vice-presidente do SBSI, respetiva-mente. Paulo Alexandre, do Pelouro da Contrata-ção, e Vânia Ferreira, da Comissão de Juventude,também marcaram presença, assim como o pre-sidente do SBC, Carlos Silva.

União para quebrar barreiras

dom from Fear" e num discurso emotivoafirmou que "não importava se falava comreis, rainhas, camponeses ou aristocratas,Madiba tratava todos como iguais".

Kathrada considerou que o mundo sentea falta da humanidade e do conforto que apresença de Mandela conferia a todos,independentemente da idade ou cor.

Antes do Congresso, havia sido deposi-tada uma coroa de flores no Porto NelsonMandela.

Nova era no movimento sindicalSem sindicatos não hádemocracia, e sem ela

a luta por mais e melhoresdireitos torna-se impossível.

Os desafios do movimentosindical estiveram

em debate, pois a defesa dostrabalhadores nunca foi tão

importante como agora

Otrabalhador comum encontra-senuma situação cada vez mais di-fícil e isolada no seio da econo-

mia, com o défice laboral a crescer, ospostos de trabalho a serem substituí-

Mudar as regras do jogo

Para atingir tal objetivo, é necessáriovirar o jogo a favor dos trabalhadores,tomando medidas em quatro áreas es-senciais:

Melhores salários e condições – Con-trariar energicamente a tendência dedispersão salarial nas empresas, ondeo rendimento, a riqueza e o poder estãoapenas ao alcance de alguns;

Redefinir valores e normas das em-presas – Atualmente existe uma desco-nexão entre os valores empresariais –que procuram maximizar o benefíciorápido e o progresso económico susten-tável –, e o futuro que reparte os frutosda prosperidade económica com traba-lhadores e comunidades;

Bom para os sindicatos, bom para asociedade – Os argumentos macroeco-nómicos devem promover a ideia deque o verdadeiro motor da saúde eco-nómica centra-se em salários dignos eempregos decentes;

Reforçar a negociação coletiva – Ossindicatos devem ter espaço à mesapara redesenhar um sistema económi-co alternativo para o bem das pessoase do planeta.

Criar empregos de qualidade

O movimento sindical deve centrar-sena luta pela criação de um modelo econó-mico alternativo, gerador de riqueza e queinclua empregos de alta qualidade comoelemento fundamental.

Continuar a lutar

A secretária-geral da Confederação In-ternacional de Sindicatos fez um discursoapaixonado que elogiou e incentivou oplano "Quebrando Barreiras". "Vocês es-tão a romper barreiras, a organizarem-seperante a injustiça e a inspirar trabalhado-res um pouco por todo o mundo a lutarempor mais direitos e salários justos".

No entanto, Sharon Burrow deixou oaviso. "Devemos celebrar as vitórias mastambém planear os próximos anos, pois

No Congresso foram eleitos os novosdirigentes para o quadriénio 2014-2018.Entre eles destacam-se Philip Jennings(reeleito secretário-geral), Ann Selin,(presidente da UNI Global), Lee Fishwick(UNI Juventude) e Denise Mcguire (UNIIgualdade de Oportunidades).

Os eleitos

Costuma descrever-se o empregocomo o equivalente económico ao di-reito de voto. O sistema atual estápouco disposto a criar suficientes em-

dos pelas novas tecnologias e a natu-reza das funções a colocar ainda maisresponsabilidade sobre os ombros dostrabalhadores.

Esta situação exige uma rápida epronta atuação por parte do movi-mento sindical.

São necessárias ideias inovadoras,pois sem uma transformação políticae económica profunda os sindicatoscorrem o risco de desaparecerem outornarem-se obsoletos.

O IV Congresso Mundial da UNI foi oponto de partida para definir umanova era nos sindicatos, que devemdefender salários dignos e empregosdecentes como principais catalisado-res de criação de riqueza económicae social.

pregos decentes e o movimento sin-dical terá de ter a imaginação e osmeios para contrariar essa tendên-cia.

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SINDICAL l AtualidadedossiêSeguros l CONTRATAÇÃO

A empresa não prestouqualquer informação aos

trabalhadores sobre a suacontribuição para o plano de

reforma, como estavaobrigada pelo CCT e pela lei.

Os Sindicatos pediram já aintervenção da Autoridade

para as Condições deTrabalho e do Instituto de

Seguros de Portugal

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Nos termos do atual CCT em vigordesde janeiro de 2012, nomea-damente no capítulo IX (cláusu-

las 48.ª e 49.ª) e anexo V, está previstoque "todos os trabalhadores no ativoem efetividade de funções, com contra-tos de trabalho por tempo indetermina-

do, beneficiarão de um Plano Individualde Reforma - PIR, em caso de reformapor velhice ou por invalidez concedidapela Segurança Social, o qual substituio sistema de pensões de reforma pre-visto no anterior Contrato Coletivo deTrabalho".

A este propósito, a primeira contribui-ção da empresa deveria ter ocorrido nofinal de 2012, para os trabalhadores ad-mitidos entre 22 de junho de 1995 e 31 dedezembro de 2009.

Para os trabalhadores admitidos de-pois de 1 de janeiro de 2010, no anoseguinte àquele em que completaramdois anos de prestação de serviço efetivo.

Os trabalhadores admitidos antes de22 de junho de 1995, deveriam ter aprimeira contribuição em 2015. Estadisposição foi alterada agora, confor-me o novo acordo do CCT, antecipandoesta contribuição para 2014.

Conjugando estas normas com o dis-posto no decreto-lei n.º 12/2006, de 20de janeiro, é devida informação aosparticipantes (trabalhadores da AllianzPortugal).

Sem resposta

Ora tal não sucedeu, pois, até à data,a entidade patronal não prestou qual-quer informação aos seus colaborado-res: nem no que concerne às caraterís-ticas do plano nem no respeitante àsrespetivas contribuições.

O STAS por duas vezes interpelou aadministração para o cumprimentodesta obrigação. Nunca obteve qual-quer resposta, mantendo-se o incum-primento.

Face a esta situação, única no setor,foi enviado, quer à Autoridade para asCondições de Trabalho (ACT), quer aoInstituto de Seguros de Portugal (ISP),um pedido de intervenção nesta maté-ria, de todo inusitada por parte da Alli-anz Portugal.

O mesmo será feito junto da sede daempresa.

Os Sindicatos vão manter toda a aten-ção nesta tão importante matéria, rele-vante para a vida dos trabalhadores.

*Vice-Presidente do STAS

Allianz Portugal em incumprimentoPIR-Plano Individual de Reforma

Perspetivas difíceis para o mundo laboralÉ urgente alterar as atuais

tendências do mundo laboral:o número de empregos bemremunerados e de qualidade

deve crescer de formasubstancial

Omercado de trabalho tem vindo aredefinir-se um pouco por todo omundo devido ao impacto de vários

fatores que contribuem para a inseguran-ça no emprego e o aumento de trabalhosprecários. As consequências são nefastaspara todos os trabalhadores, em especialpara os menos qualificados.

O fosso cada vez maior entre as com-petências disponíveis e as necessidadesdo mercado de trabalho ameaça fazerparte do futuro do mundo laboral.

As mudanças…

Para a mudança do mercado de traba-lho contribuíram vários fatores, dos quaisse destacam:

Menor crescimento económico e incer-teza financeira – O recuo tem vindo averificar-se, com um PIB mundial de4,1% ao ano em 2010 e 2,2% em 2013.Prevê-se que o crescimento do PIB cairáanualmente, em média, 3,6% até 2020.

No passado, o crescimento económicofoi vital para a criação de emprego, peloque é fácil constatar que o contrário trarámais desempregados. Em 2018, serão215 milhões em todo o mundo.

Demografia – A mudança demográficaé a tendência global que tem impacto

mais forte na configuração do futuromercado de trabalho. A mão-de-obramundial é atualmente de 3.100 milhõesde pessoas, prevendo-se um aumentopara 3.500 milhões em 2020, à medidaque a população em idade de trabalhar váaumentando nos países em vias de de-senvolvimento. As mulheres são as maisafetadas pelo desemprego – 6,4% em2013, contra 5,8% nos homens. A crisereflete-se também no desemprego jo-vem, com 74,5 milhões de desemprega-dos entre os 15 e os 24 anos. Um maiornúmero de pessoas em idade ativa farácom que seja necessário criar cerca de600 milhões de postos de trabalho até2020 para manter a proporção existenteantes da recessão;

Transformação tecnológica – O cresci-mento explosivo do papel da tecnologia notrabalho e na sociedade é uma realidade.Os modelos tradicionais de negócio deramlugar ao comércio virtual de produtos eserviços. Esta transformação provocou econtinuará a provocar a eliminação depostos de trabalho de nível médio. Esti-ma-se que 47% dos postos de trabalho naUE corram o risco de serem informatizadosnas próximas décadas. O progresso tecno-lógico leva a que as máquinas façam cadavez mais o trabalho dos homens.

…e as consequências

As mudanças no mercado de trabalhoacarretam consequências. Contrariá-lasleva a novos desafios:

Défice de emprego – É encontrado nadiferença entre o número de pessoas queprocuram trabalho e o número de empre-gos disponíveis. A participação das mu-lheres no mundo laboral é essencial parao crescimento e criação de emprego,uma vez que poderá adicionar entre 20%a 60% ao PIB mundial;

Polarização – Um dos impactos maisprevistos no mercado de trabalho será

um aumento na desigualdade de rendi-mentos. O salário nos empregos qualifi-cados aumentará, ao passo que nos me-nos qualificados sofrerá uma queda. Adesigualdade é mais evidente nas gran-des multinacionais, onde os salários forade controlo dos administradores contras-tam com os baixos rendimentos dos quetrabalham em lojas, restaurantes ou ca-deias de produção;

Qualidade e vulnerabilidade – A preca-riedade é cada vez mais evidente. Ostrabalhadores enfrentam não só insegu-rança e desemprego potencial como es-tão condenados a empregos de baixaqualidade. Para além da vulnerabilidade,a competição pelo posto de trabalho tam-bém aumenta, criando muitas vezes di-ficuldades em conciliar a vida profissio-nal com a pessoal;

Procura de qualificações – Existe, aomesmo tempo, necessidade de trabalha-dores altamente qualificados e um nú-mero cada vez maior de jovens desem-pregados. Isto supõe uma contradição, jáque os jovens desempregados represen-tam uma fonte de talento por explorar. Aformação e educação serão peças-chave,tal como garantir aos menos qualificadosum salário digno. A escassez de trabalha-dores altamente qualificados é um entra-ve ao crescimento das empresas.

O que éum bom emprego

A New Economics Foundation (NEF)define um bom emprego como aqueleque cumpra os determinados requisi-tos. Alguns investigadores tendem adar prioridade aos pontos 1, 2, 3 e 5,uma vez que estão mais relacionadoscom o bem-estar pessoal.

Eis os requisitos:1. Proporcione rendimento digno, su-

ficiente para participar ativamentena sociedade e alcançar uma vidaplena;

2. Proporcione níveis razoáveis desatisfação no trabalho e a oportuni-dade de progressão de carreira;

3. Seja razoavelmente seguro;4. Não implique deixar a comunidade

onde se está inserido;5. Não implique jornadas de trabalho

longas;6. Não ameace a sustentabilidade do

meio ambiente.

Saber onde estarão as melhores oportunidades detrabalho nos próximos 10 ou 20 anos torna-se num exer-cício incerto. No entanto, perceber as tendências atuais eo seu reflexo nas regiões geográficas e setores de empregopode ajudar os analistas a antever perspetivas e a preparartodos, nomeadamente os sindicatos, para os desafios dofuturo mundo laboral.

No caso da UE, prevê-se que continue a expansão dosetor dos serviços e o da produção de bens voltará a crescerem termos nominais. O setor da saúde e assistência sociale os serviços profissionais e empresariais terão o cresci-mento de emprego mais acentuado.

No setor financeiro, o número de empregos em 2022será de 8.537 milhões, um aumento de 751 milhõesrelativamente a 2012.

Onde estarão as oportunidades?

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IV Congresso Mundial da UNI

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Seguros l CONTRATAÇÃOCONTRATAÇÃO l Seguros

CCT atualizado

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

OContrato Coletivo de Trabalho,publicado no BTE n.º 2 de 15 dejaneiro de 2012, originou que

abordássemos na revista Febase n.º 28,de dezembro daquele ano, entre outrosfactos significativos, um da maior rele-vância.

Na nossa opinião de então, antevia-seuma "porta aberta" para futuras nego-ciações:

…"O novo Contrato Coletivo de Tra-balho demonstra não apenas a nossarazão e capacidade para defender eresolver os problemas que se colocamaos trabalhadores que representamos".E mais adiante: "…o que nos permitedisputar novas negociações".

Na realidade, com a concretização doCCT em 2012 ficou, repetimos, o cami-

nho aberto a novas soluções que permi-tam, simultaneamente, a correção deum ou outro aspeto menos perfeito doreferido CCT e à introdução de outrasgarantias.

Foi exatamente o que acabou de acon-tecer.

Com a envolvência dos sindicatos dosetor segurador da Febase – STAS e SISEP– e a Associação Portuguesa de Segu-radores (APS) concretizou-se um novoacordo, consubstanciado em altera-ções ao CCT em vigor na atividadeseguradora.

Foi possível alcançar alguns benefíciosimportantes e melhorar outros.

Melhorias

Resultado deste desfecho: atualiza-ção da verba do subsídio de almoço;inclusão, no prémio de permanência,das faltas justificadas que poderão su-ceder à alta hospitalar, e aumento donúmero de faltas justificadas a conside-rar; melhoria da comparticipação dasempresas para o PIR nos anos de 2014e 2015, e introdução de apoio escolar.

A negociação do CCT é sempre umfacto de realce para a vida laboral detodos nós, pelo que se tornou necessá-rio contribuir conscientemente para aotimização dos resultados tambémagora obtidos. Consideramos, todavia,e disso assumimos a inteira responsa-bilidade, ter atingido o possível numa

conjuntura deveras desfavorável paraa contratação coletiva no nosso País.

Defender os trabalhadores

Infelizmente há quem continue apos-tado na rotura, como ficou demonstra-do com a recusa em subscreverem oCCT de 2012.

Tudo têm feito no sentido de construí-rem teses que lhes sirvam de justifica-ção para o efeito. Assim se compreendetambém os habituais ataques a umapostura sindical empenhada em salva-guardar os superiores interesses dostrabalhadores.

Contudo, não foi por acaso que umnúmero significativo de trabalhadores,seus associados, lhes viraram costasem 2012, para aderirem ao atual CCT.

Quaisquer que venham a ser os argu-mentos invocados e a natureza da con-testação, não estaremos dispostos acontinuar a alimentar guerrilhas.

O nosso trabalho não permitirá dis-persar os nossos esforços em lutas es-téreis e prejudiciais aos interesses dostrabalhadores. Nesse sentido, quemassim procede pode estar certo de quenão perderemos mais tempo em fúteisdiscussões.

A nossa prática e os resultados ob-tidos continuarão a dar a devida res-posta.

*Vice-Presidente do STAS

Os Sindicatos da Febaseacordaram com a APSmelhorias no Contrato

Coletivo de Trabalhonegociado em 2012.Aumento do subsídio

de refeição e introduçãodo apoio escolar são

algumas das novidades

Artigo primeiro

São alterados a cláusula 41.ª, o AnexoII e o Anexo V, os quais ficam com aseguinte redação:

Cláusula 41.ª (Prémio de permanência):N.º 2. a) Não ter dado mais do que

vinte faltas justificadas no conjunto doscinco anos a que respeita a contagempara atribuição do prémio pecuniário;

N.º 5. a) As justificadas, até quatro porano;

N.º 6 – As faltas justificadas que decor-ram de internamento hospitalar, incluin-do o dia anterior ao internamento e ostrinta dias subsequentes à alta hospita-lar, bem como as devidas a acidente detrabalho ao serviço da empresa, não sãoconsideradas para efeitos do dispostonos anteriores números 2 e 5.

Anexo IIB - Subsídio diário de refeição (cláu-

sula 35.ª) – € 9,75

Anexo V(Plano Individual de Reforma)1 – Tendo em conta o disposto na

cláusula 49.ª, o empregador efetuaráanualmente contribuições para o planoindividual de reforma (PIR), de valorcorrespondente às percentagens indica-das na tabela seguinte, aplicadas sobreo ordenado base anual do trabalhador:

As partes outorgantesdo CCT do setor segurador

procederam neleàs seguintes alterações:

Alterações à convenção coletiva

inscritos em estabelecimentos de ensi-no básico ou secundário, têm direito auma comparticipação nas despesasescolares, correspondente a metade dovalor despendido com a aquisição dosmanuais escolares adotados pelo agru-pamento escolar ou pela escola onde osfilhos estiverem matriculados.

2 – A comparticipação referida nonúmero anterior terá como valor máxi-mo o equivalente a 1/3 do IAS (Inde-xante de Apoios Sociais) por cada edu-cando, e a sua atribuição depende daverificação cumulativa dos seguintesrequisitos respeitantes ao trabalhador:a) Tenha obtido informação positiva na

avaliação de desempenho profissio-nal referente ao ano anterior ao dasolicitação da comparticipação;

b) Não tenha sido punido disciplinar-mente nos últimos doze meses, nemcontra ele esteja pendente ação dis-ciplinar que venha a ser julgada pro-cedente.3 – Com o pedido de pagamento da

comparticipação, o trabalhador deveentregar o original do comprovativo deaquisição dos manuais escolares, emi-tido há menos de dois meses, e fazerprova da matrícula do educando emestabelecimento de ensino da redeescolar autorizada pelo Ministériocompetente, bem como da lista dosmanuais escolares adotados para o anoa que respeita a matrícula.

4 – O empregador pode optar porpagar a comparticipação para apoioescolar através da atribuição de "valesocial de educação", ou outra modali-dade com fim idêntico, cujo valor nãoseja inferior ao apoio a que o trabalha-

dor tem direito nos termos desta cláu-sula.

Cláusula 58.ª - A (Contribuição extra-ordinária para o PIR – norma transitó-ria) – Nova:

1 - O empregador fará uma contribui-ção extraordinária para o plano indivi-dual de reforma dos trabalhadores, devalor correspondente a 1,25% do res-petivo ordenado base anual auferido noperíodo de 1 de janeiro a 31 de dezem-bro de 2014, que reúnam cumulativa-mente as condições seguintes:a) Tenham sido admitidos na empresa

em data anterior a 31.12.2012 e pres-tem efetivamente trabalho na mes-ma desde, pelo menos, aquela data,na modalidade de contrato de traba-lho sem termo;

b) Tenham obtido informação positivana avaliação de desempenho profis-sional realizada em 2014.

c) Os respetivos contratos de trabalhoestejam em vigor em 31.12.2014.2 – A contribuição para o PIR prevista

no número anterior tem caráter extra-ordinário, sendo efetuada uma únicavez, até 31 de janeiro de 2015, é autó-noma e é acumulável com as contribui-ções anuais que resultam do dispostona cláusula 49.ª e Anexo V do CCT.

Artigo terceiro

1 – A cláusula 58.ª - A entra em vigor nadata da publicação da presente alteraçãono Boletim de Trabalho e Emprego.

2 – As restantes alterações efetuadasno CCT entram em vigor no dia 1 dejaneiro de 2015.

Artigo segundo

São aditadas ao CCT referido no artigoanterior as cláusulas 47-A e 58-A, coma redação seguinte:

Cláusula 47.ª - A (Apoio escolar) – Nova:1 – Os trabalhadores com filhos a

cargo, em idade escolar obrigatória,

O grupo negociador dos Sindicatos e da APS

Ano Civil Percentagem decontribuição para o PIR

2012 1,00%2013 2,25%2014 2,50%2015 3,25%e seguintes

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CONTRATAÇÃO l Banca Banca l CONTRATAÇÃO

Prestes a chegar ao fim, 2014 nãodeixa saudades aos trabalhadores.Às rescisões por mútuo acordo em

várias instituições de crédito juntam-seos despedimentos coletivos no BBVA

e na Parvalorem. O resultadoé invariavelmente o mesmo: mais

desemprego no setor

TEXTOS: ELSA ANDRADE

Revisão global do ACT

Novo passo atrásFebase e IC continuamdivididas nas matérias

nucleares da convençãocoletiva. A banca voltou

a manifestar indisponibilidadepara alterar a sua posição

Acrise nacional continua a afetar onegócio bancário e as empresas dosetor reestruturam-se, redimen-

sionando a rede de balcões, as áreas deintervenção – e os quadros de efetivos.

Na reunião de revisão global do ACTdo setor bancário que se realizouno dia 25 de novembro ficaram

mais uma vez patentes as divergênciasentre a Febase e as instituições de crédito

(IC) subscritoras da convenção, o que re-presentou um passo atrás nos desenvolvi-mentos verificados nas últimas sessões.

Em causa estão matérias fundamen-tais como promoções por mérito e porantiguidade, descanso semanal e pré-mio de antiguidade.

Os representantes das IC reafirma-ram a indisponibilidade da banca paraalterar a sua posição relativamenteàquelas matérias, argumentando quejá houve uma evolução face à suaposição inicial com o objetivo de apro-ximação às pretensões da Febase e

Mais um ano difícilpara os bancários

TEXTOS: INÊS F. NETO

Febase reuniu-se com administração do BBVAA administração do banco

espanhol afirmouà Federação estar

disponível para melhoraras condições sociais

inicialmente apresentadasaos trabalhadores

alvo de despedimentocoletivo

Em resposta à sua solicitação, aFebase foi recebida no dia 1 dedezembro pela administração do

BBVA, representada por um adminis-trador e pela Direção de Recursos Hu-manos, para obter esclarecimentossobre o processo de despedimento co-letivo em curso e propor soluções alter-nativas.

Na reunião, a Febase expôs as suaspreocupações, preconizando alternati-vas possíveis ao despedimento coleti-vo que têm sido utilizadas em situa-ções idênticas por várias instituiçõesde crédito, quer nacionais quer estran-geiras, entre as quais se destaca orecurso a reformas antecipadas – jáutilizadas em tempos pelo BBVA – e arescisões por mútuo acordo negociadasindividualmente.

Os representantes do banco afirma-ram que o despedimento coletivo em

curso – cujo processo está a ser desen-volvido através da Comissão de Traba-lhadores, o interlocutor legal – foi aúltima medida apurada como soluçãopara o problema do BBVA em Portugal,que passa, nomeadamente, pela redu-ção do número de trabalhadores e decustos com pessoal.

Condições mais vantajosas

Por outro lado, e após insistência daFebase na procura de outras soluções,a administração afirmou a disponibili-dade do banco para, na fase seguinte denegociações própria desse processo,acordar soluções diferentes das inicial-mente anunciadas na fase de Informa-ções, entre as quais o alargamento domontante da mensalidade a tomar emconta – acrescentando-lhe, além daretribuição base e diuturnidades, ou-tras prestações retributivas – e, ainda,o aumento do fator a utilizar no cálculoda compensação inicialmente indicadade 1,3 meses por cada ano de trabalhono banco.

A administração garantiu ainda àFebase que o banco se disponibilizarápara acordar soluções para os emprés-timos em curso, quer referentes aoscréditos habitação quer os relativos aoutros fins que foram concedidos aostrabalhadores atingidos.

Quanto à proposta de reformas ante-cipadas como medida alternativa de-

fendida pela Febase, o banco adiantouque até ao momento não foi possívelequacioná-la, dados os encargos querepresenta e que se refletiria no valordas indemnizações a pagar aos restan-tes trabalhadores envolvidos.

A Febase chamou ainda a atenção paraa sua disponibilidade para equacionar amanutenção do apoio aos trabalhadoresna área da saúde, matéria que não teveacolhimento por parte do banco.

Mais uma vez, a Febase reafirma aostrabalhadores seus associados que,perante dúvidas que surjam, devemdirigir-se aos respetivos sindicatos paraserem esclarecidos.

BCP compromete-se a respeitar Memorando

Aconduta futura do banco no processo de rescisões por mútuoacordo será enquadrada pelo Memorando de Entendimentoacordado com os Sindicatos, garantiu a administração do BCP.

A Febase reuniu-se com a comissão executiva liderada por NunoAmado no dia 25 de novembro, para obter esclarecimentos sobre ascartas que o banco estava a enviar aos trabalhadores.

Recorde-se que nessas missivas o BCP informava os trabalhadoresdestinatários de que no âmbito do processo de reestruturação em cursonão tinha condições para assegurar os seus postos de trabalho,disposição que mereceu de imediato uma forte reação da Febase.

Na reunião, a comissão executiva garantiu à Febase que o procedi-mento do banco daqui para o futuro desenvolver-se-á no quadro doMemorando de Entendimento acordado com os Sindicatos.

Ficou igualmente salvaguardado o direito dos trabalhadores quereceberam as cartas do banco a ocuparem os seus postos de trabalho.

O plano de reestruturação do Millennium bcp prosseguirá no respeitototal pelo Memorando de Entendimento e pelo compromisso assumidopelo banco com o Estado português e a DGComp, adiantou ainda.

assim facilitar um entendimento, ten-do atingido o limite.

A Febase manteve igualmente a suaposição, considerando que a evolução re-gistada não é suficiente para salvaguardaros interesses dos trabalhadores.

Por outro lado, e ao contrário do quetinha ficado aprazado, o grupo negocia-dor das IC não respondeu a um númerosignificativo de propostas apresentadaspela Febase. A reunião terminou numimpasse, face o braço-de-ferro entreas partes. Nova sessão ficou agendadapara 18 de dezembro.

A maioria das instituições de créditofoi confrontada com a diminuição deatividade num momento de particularfragilidade devido a erros de gestãopassados, que obrigou a recorrer àlinha de recapitalização estatal, comas contrapartidas impostas.

Nos últimos anos a banca a operarem Portugal reduziu milhares de pos-tos de trabalho, num movimento decontração que parece ainda não terterminado. O caso mais recente é o doBBVA, que optou pela solução maisradical e desencadeou o despedimen-to coletivo de 177 trabalhadores.

Este caso junta-se aos do BCP e doBarclays, o primeiro com um processode dispensa de trabalhadores que impli-ca ainda um ajuste salarial, e o segundocom o terceiro plano em curso, abran-

gendo 350 a 400 bancários. Em ambos osbancos as saídas são negociadas, atra-vés de rescisões individuais de contratoou reformas antecipadas.

Prossegue também por resolver asituação dos trabalhadores da Parva-lorem, veículo criado pelo Estado paraassumir os ativos tóxicos do BPN. Apretensão do Governo é libertar-se decerca de metade dos efetivos da em-presa pública.

Minorar perdas

Os Sindicatos da Febase têm tentadominorar as consequências destas situa-ções, propondo soluções alternativas àdesvinculação de trabalhadores. Quandotal não é possível, têm acordado condi-ções sociais mais vantajosas para ostrabalhadores que abandonem a banca.

Os Sindicatos mantêm sob escrutí-nio a ação dos bancos, de forma a nãopermitirem que os trabalhadores se-jam pressionados a aceitar propostasque querem rejeitar – como aconteceurecentemente no BCP – e disponibili-zando todo o apoio jurídico e sindicalnecessário (ver texto pág. 11).

Também ao nível da negociação co-letiva 2014 foi muito complexo. Ao fimde dois anos e meio de negociaçõespara a revisão global do ACT, o enten-dimento entre Sindicatos e institui-ções de crédito ainda não foi possível.

No entanto, a Febase tem logradoreverter parcialmente as posições ini-ciais da banca, cuja pretensão era adesregulamentação total das relaçõeslaborais no setor.

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CONTRATAÇÃO l BancaTEXTOS: INÊS F. NETO

Reformas antecipadas na Unicre

Cerca de três dezenas de trabalhadores deixaram os quadrosda empresa gestora de cartões de pagamento, aceitando

a reforma antecipada ou a rescisão por mútuo acordo

AFebase reuniu-se com a admi-nistração da Unicre, tendo sidoinformada de que a empresa

avançou com um processo de redução detrabalhadores, recorrendo sobretudo areformas antecipadas e a algumas resci-sões de contrato por mútuo acordo.

O processo envolveu cerca de três de-zenas de trabalhadores e decorreu deforma pacífica. Alguns trabalhadores re-correram aos serviços jurídicos do SBSIpara obter esclarecimentos.

Por solicitação da Febase à administra-ção da empresa de gestão e emissão decartões de pagamento, ficou decididoque se futuramente houver necessidadede recorrer novamente a este tipo demedidas debatê-las-á previamente coma Federação – ao contrário do que acon-teceu desta vez.

A Febase aconselha os trabalhadoresda Unicre a contactarem os respetivosSindicatos caso venham a confrontar-secom uma proposta desta natureza porparte da empresa.

Barclays preocupa SindicatosTerminado o prazo

estipulado pelo Barclayspara a receção

de candidaturas ao processode rescisões, os Sindicatos

querem saber quaisos planos do banco inglês

para Portugal

O prazo de conclusão do terceiroplano de rescisões por mútuoacordo lançado pelo Barclays ter-

minou no dia 23 de novembro, sem quesejam ainda conhecidos os seus resul-tados. Recorde-se que com esta medi-da o banco pretendia alcançar a saídade 350 a 400 trabalhadores.

Face à ameaça da administração deavançar com um despedimento coleti-vo caso não alcançasse o objetivo a quese propunha com o plano de adesão dostrabalhadores às rescisões, os Sindica-tos da Febase pretendem saber se essahipótese está afastada.

A Febase critica a falta de informaçãodo Barclays aos trabalhadores e seus

representantes, o que tem dado azo auma série de especulações que pertur-bam ainda mais o clima social do ban-co.

Por outro lado, a Federação quer seresclarecida sobre os planos do Barclayspara Portugal, pois não é possível ostrabalhadores continuarem sob cons-tante insegurança relativamente ao seufuturo laboral e pessoal.

Os Sindicatos da Febase continuam aacompanhar com muita atenção o pro-cesso de despedimento coletivo na

Parvalorem.Recorde-se que a Federação sempre se

opôs a esta decisão, tendo manifestado a suadiscordância quer à administração da empre-sa quer ao Governo.

A Febase mantém a posição de que deveriamter sido criadas condições para resolver esteproblema sem recurso à solução adotada.

Entretanto e em resultado de uma reporta-gem exibida na televisão em que a CNT põeem causa o papel dos Sindicatos, o Secreta-riado da Febase decidiu proceder ao levanta-mento das iniciativas levadas a cabo desde oinício do processo de venda do BPN até aomomento e dele dar conhecimento não só aostrabalhadores seus associados como aos ór-gãos de comunicação social.

Os Sindicatos da Federação continuarãodisponíveis para prestar apoio jurídico aossócios.

Despedimentocoletivona Parvalorem

Santander Totta l SINDICAL

Pagamento aos reformados dos 13.º e 14.º meses de 2012

Relação anula sentença da 1.ª instânciaDando razão aos Sindicatos,

o Tribunal da Relação deLisboa anulou a sentença da

1.ª instância. Embora nãosendo uma decisão definitiva,

constitui, para já, umaimportante reviravoltano processo e reabre a

esperança de recebimento

TEXTO: ANTÓNIO BAPTISTA*

Como é do conhecimento dos refor-mados do Banco Santander, estebanco propôs no Tribunal do Traba-

lho de Lisboa em 2012 uma ação judicialcontra os Sindicatos dos Bancários e de-mais entidades que subscreveram o ACTdo Sector Bancário no sentido de o Tribunaldeclarar por sentença que não eram devi-dos aos pensionistas integrados no regi-me geral da Segurança Social os valoresdas mensalidades previstas no ACT cor-respondentes ao subsídio de Natal e ao14.º mês, mas apenas a diferença, sediferença houvesse, entre o valor daque-las mensalidades e o das correspondentespensões do regime geral da SegurançaSocial, cujo pagamento se encontravasuspenso por força da entrada em vigor daLei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, queaprovou o Orçamento do Estado para 2012.

Visava, no fundo, o banco não pagar asprestações em causa ou complementaras mesmas porque as correspondentesprestações a cargo da Segurança Socialestavam suspensas.

Os Sindicatos contestaram esta ação,no sentido de o Tribunal não dar razão aobanco devendo este ser obrigado a pagartais prestações como sempre havia pagoindependentemente das disposições daLei do Orçamento do Estado (LOE), funda-mentalmente até tendo em conta umaprática regular do banco de sempre pagarmesmo que a diferença entre as mensa-lidades previstas no ACT e as pagas pelaSegurança Social ser zero.

Entenderam os Sindicatos que o factode a Lei do Orçamento do Estado tersuspendido o direito à prestação dos re-formados e pensionistas não havia extin-guido a correspetiva obrigação de paga-mento a cargo da entidade pública. Mais:na sua qualidade de garantes de umadívida por elas assumida, as instituições

de crédito deviam continuar a efetuar opagamento das prestações sociais a quese vincularam no ACT, apesar do dispostono LOE, enquanto não houvesse extinçãodos direitos dos beneficiários e das cor-respondentes obrigações da SegurançaSocial, até porque o banco sempre subs-creveu o ACT sem qualquer reserva, de-signadamente as cláusulas sobre a Se-gurança Social dos trabalhadores bancá-rios, aplicando todas as suas disposiçõesa todos os trabalhadores.

Como é sabido, o Tribunal do Trabalhonão chegou a realizar a audiência dejulgamento e decidiu dar razão ao bancono saneador/sentença sem considerar anecessidade de produção de prova, no-meadamente sobre a prática deste bancode sempre pagar os 13.º e 14.º mesesindependentemente dos valores a cargoda Segurança Social.

Sindicatos recorrem**

Como seria de esperar, os Sindicatosnão se conformaram com tal decisão erecorreram para o Tribunal da Relação deLisboa, pondo o acento tónico das suasalegações na obrigação do banco em pa-gar as prestações em causa decorrente deum contrato, o ACT, da sua prática depagamento ao longo dos anos, do facto dea LOE, neste caso, não se aplicar ao sectorprivado e da própria inconstitucionalidadedas inerentes disposições da lei no querespeita à suspensão de pagamento dosmencionados subsídios aos reformados,tudo questões que o Tribunal do Trabalhonão apreciou na sua sentença e, no nossoentendimento, deveria ter apreciado edecidido em conformidade.

Acabámos de ser notificados do acórdãodo Tribunal da Relação de Lisboa que,dando razão aos Sindicatos, decidiu anular

a sentença da 1.ª instância, exatamentepelos fundamentos que invocámos e aci-ma enunciados, ou seja, a falta de pronún-cia pelo Tribunal do Trabalho sobre asquestões que haviam sido colocadas.

Novos argumentos

Deste modo, a questão continua emaberto e por isso o processo vai regressarà 1.ª instância para que seja feito umjulgamento dos factos invocados paraentão, também com base neles, se deci-dir em conformidade.

Trata-se de uma decisão muito louvá-vel e que reacende a esperança do rece-bimento pelos reformados e pensionis-tas do Santander dos 13.º e 14.º mesesentão não pagos por força da interpreta-ção que o banco fez da LOE.

Chamamos a atenção de todos os refor-mados e pensionistas que esta decisãonão é uma decisão definitiva, mas, não osendo, não deixa de constituir, para já,uma importante reviravolta do processoque já tinha uma decisão final.

Apesar de não se tratar de uma decisãodefinitiva, o simples facto de a sentençada 1.ª instância ter sido anulada repre-senta um importante passo em frentepara que novos argumentos e novas pro-vas necessariamente tenham de ser ti-dos em conta em sede de julgamento.

Não podíamos deixar de trazer ao co-nhecimento de todos os reformados epensionistas do Santander esta impor-tante decisão, que contribui decisiva-mente para que se continue a acalentara esperança no ganho de causa.

*Advogado do SBSI**Subtítulos da responsabilidade

da Redação

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QUESTÕES l Jurídicas Questões l JURÍDICAS

A reforma judiciária e os tribunais de trabalhoAs opções que se tomam

na criação do Direitoafetam-nos diariamente;as opções que se tomam

na gestão da aplicaçãodo Direito afetam-nos

permanentemente. Estareforma é disso exemplo

TEXTO: JOSÉ PEREIRA DA COSTA*

Areforma judiciária de que tantose falou no último trimestre de2014 tem consequências a vários

níveis: desde a questão da proximidadedos cidadãos aos seus tribunais, à sepa-ração de competências entre tribunais,até à extinção, sem remédio, de tribu-nais de competência própria.

O mundo do Direito de Trabalho nãopodia ficar fora desta questão.

Antes de analisarmos o que aqui nostraz, convém enquadrar historicamen-te o problema.

No âmbito de uma reforma total (etotalitária) do sistema judiciário portu-guês, que promete não deixar uma sim-ples parede inteira na antiga estruturajudicial, o Governo, autorizado pelaAssembleia da República, decidiu in-vestir na alteração estrutural do mapajudiciário.

Para tanto, decidiu extinguir os círcu-los judiciários e criar as grandes Co-marcas, equiparadas aos antigos dis-tritos – apesar da extinção destes.

Nesta transfiguração total da sede deComarca, foram criados novos tribu-nais (poucos) e extintos outros (dema-siados). Saliente-se, no entanto, que otermo Tribunal como o conhecemos des-vaneceu-se, sendo substituído por Ins-tância (Central ou Local).

Nesta proposição nem sempre bempercebida, os tribunais locais passaram

a ser analisados em três lógicas distin-tas (antes de ser ditada a sua manuten-ção ou extinção): o fator populacional,o fator económico e a proximidade comoutros tribunais.

Esta lógica de análise funcionou comose toda a reforma judiciária se tratassede uma questão matemática simples,que podia ser aplicada em todo o terri-tório, sem conhecer as especificidadesde cada região.

Redução efetiva**

No âmbito do Direito do Trabalho, aquestão que aqui nos traz, a régua damatemática funcionou como uma chapa:a extinção de Tribunais efetivou-se, paraperda, como veremos, do trabalhador.

O exemplo paradigmático é a mar-gem sul de Lisboa: o Barreiro tinhauma secção e Almada duas, foramextintas as duas de Almada e criadauma nova no Barreiro, todas integra-

ral. Qualquer reforma judiciária deveter essa equação em mente. Se assim é,como podemos admitir a extinção detribunais do trabalho?

Salientamos, por último, o respeito quetemos à palavra Tribunal, enquanto órgãode administração da Justiça – legitimadoconstitucionalmente e, por isso, de admi-nistração democrática da Justiça. Essetermo parece ter caído em desuso perantea reforma. Neste trabalho, como viram, éutilizado indiscriminadamente, mas sem-pre referindo-se à Justiça!

As opções que se tomam na criaçãodo Direito afetam-nos diariamente. Asopções que se tomam na gestão daaplicação do Direito afetam-nos per-manentemente. Esta reforma é dissoexemplo.

ção laboral, na dinâmica da empresa, oDireito do Trabalho deve funcionar comoo fiel da balança, que reequilibra asposições subjetivas – questão que temvindo a ser debatida, em claro prejuízodos trabalhadores, considerando a des-regulamentação das relações laboraise as sucessivas alterações à legislaçãolaboral. Esse ponto de equilíbrio é efe-tivado, em última chamada, quandotoda a negociação falha, nos tribunaisdo trabalho.

Nesta sequência, a propositura dasações junto dos tribunais de trabalho eo início da lide pressupõem, mais aquido que em qualquer outro ramo doDireito, dada a matriz social, a celeri-dade da aplicação do Direito – só assimse fazendo Justiça.

Essa celeridade terá como consequên-cia imediata a resolução da lide emtempo oportuno, assim compondo arelação laboral (independentemente doresultado).

Este princípio que tem vindo a desva-necer-se, para mal da aplicação do Di-reito do Trabalho, deve ser assente empressupostos constitucionais, nomea-damente o sagrado princípio da tutelajurisdicional efetiva, pilar fundamentaldo Estado de Direito Democrático.

Terá o novo mapa Judiciário respeita-do esta regra? Atendendo à extinção de

das na comarca de Lisboa. Confuso?Talvez.

Vejamos a lógica: estando a Comarcacentralizada em Lisboa, que mantém oTribunal de Trabalho, com extinção deduas secções, passa a existir só maisuma Instância laboral, com duas sec-ções. A verdade é simples: onde antesestavam três secções, passamos a terduas (Sul do Tejo); onde antes estavam13, passamos a ter 10 (toda a Comarcade Lisboa, incluindo o Sul do Tejo).

Chamem-lhe o que pretenderem cha-mar, há uma clara e inequívoca reduçãodas Instâncias Laborais – lógica essaque foi aplicada em praticamente todasas Comarcas criadas.

Prejuízo do trabalhador

Os tribunais do trabalho são o últimoamparo do Direito do Trabalho e, porisso, a derradeira instância do traba-lhador. Perante o desequilíbrio da rela-

secções Laborais (sociais) por todo oPaís, a resposta deve ser simples: não!

Como é evidente (e aqui apelamos àmatemática), se em determinada cir-cunscrição, ainda que, agora, imaginá-ria, considerando a criação das grandesComarcas, se verificar a redução de umterço das secções dos tribunais do tra-balho, a pendência das ações terá, nomínimo, de aumentar em um terço.

Esse aumento de tempo entre a en-trada da ação e a decisão final, comtrânsito em julgado, não tem qualquerjustificação e só poderá funcionar (ain-da que nas ações com ganho de causa)contra o trabalhador.

Paradoxalmente, ou talvez não, é nasações em que o trabalhador tem maisexpectativas de vencimento que esteproblema se coloca com maior acuida-de: a pendência levará, perante a redu-ção, por exemplo, do número de mesesde atribuição do subsídio de desempre-go, nas ações de impugnação do despe-dimento, a que o trabalhador aceite umacordo em condições mais desfavorá-veis, mas essenciais à sua economiadoméstica.

Respeito pela Justiça

A legítima expectativa das partes é aresolução rápida e justa do litígio labo-

*Advogado do SBSI**Subtítulos da responsabilidade

da Redação

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Visto de fora l Sónia P. Gonçalves

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Nas últimas décadas as socieda-des têm estado envolvidas numconjunto de transformações eco-

nómicas, sociais e humanas a um rit-mo cada vez mais acelerado, que asestão a tornar cada vez mais compe-titivas e caracterizadas por uma pres-são constante que coloca antigos e

novos desafios aos profissionais, pres-são esta que frequentemente é maiordo que o que é desejável. Estas mu-danças conduziram as empresas aadotarem novos modelos de gestão,os quais ocasionaram profundas mu-danças no mundo do trabalho. Emvirtude destas modificações, torna-se difícil responder de forma ativa àspressões e às exigências e mantersimultaneamente um equilíbrio emo-cional e psicológico.

O stresse profissional surge comouma das principais consequênciasdeste contexto, tendo a sua aborda-gem recebido bastante atenção porparte dos investigadores e das em-presas. Para além do mais, o trabalhodo indivíduo constitui um dos domínioscentrais na vida humana, logo a se-guir à família e à saúde, integrandogrande parte do tempo da pessoa,quer a trabalhar, quer a formar-separa trabalhar.

Conrad (1988) estima que os indiví-duos passem, no trabalho, cerca deum terço das horas em que estãoacordadas. Portanto, o trabalho surgecomo um local e uma atividade im-portante para os indivíduos e deleesperam, e criam, expectativas deobtenção e experimentação de dimen-sões positivas, embora nem sempresão as que conseguem obter.

Pressão nas instituições financeiras*

O stresse em contexto profissionaltem-se tornado um tópico comum nacomunicação social, nas revistas e jor-nais técnico-profissionais, bem comonos jornais científicos, encontrando-seintegrado no vocabulário diário.

É comum ouvirmos expressões como"ando stressado", "hoje foi um dia stres-sante" ou "é só stresse". Mas o quesignifica realmente "estar stressado"?O stresse profissional traduz o desa-justamento entre as exigências do am-biente de trabalho e as competências erecursos do indivíduo. Ou seja, aquiloque é exigido ao profissional vai paraalém daquilo que ele pode dar.

Estas exigências podem ser de dife-rentes tipos, como exigências de papel,interpessoais, físicas, cognitivas, emo-cionais, associadas às políticas organi-zacionais e/ou às condições de traba-lho, etc.

As diferentes fontes de stresse pre-sentes no ambiente de trabalho nãooperam de forma isolada, mas sim demodo aditivo ou interativo, podendoum trabalhador estar sujeito a múlti-plas fontes de stresse simultaneamen-te, o que torna ainda maior o desafio degestão e adaptação.

No atual contexto socioeconómico asinstituições financeiras e consequente-mente os seus colaboradores são alvode fortes pressões. A pressão de tempo,excesso de trabalho que se traduz numexcesso de número de horas de traba-lho, clientes insatisfeitos, pressão paraa produtividade e cumprimento dosobjetivos, falta de apoio das chefias,competitividade que estimula o indivi-dualismo são algumas das fontes destresse a que os bancários e os traba-lhadores dos seguros estão sujeitos noseu dia-a-dia laboral.

Consequências

Em termos das consequências da ex-posição continuada às condições defla-gradoras do processo de stresse, podea mesma levar o indivíduo a apresentarproblemas comportamentais, médicose psicológicos. De acordo com Ferreirae Assmar (2008), as alterações com-portamentais constituem os primeirose mais visíveis sintomas, revelando-seno aumento do consumo de álcool eoutras drogas, no consumo de tabaco,na maior propensão a sofrer acidentes,etc.

Os problemas médicos referem-se àdiminuição da resistência a doenças, ao

surgimento de complicações cardíacase de problemas gástricos, etc. Os resul-tados empíricos revelam relações sig-nificativas e inversas, entre os stresso-res e a saúde. Por outro lado, pareceexistir uma relação direta e positiva damaioria destes stressores e as doençascoronárias.

Já as consequências psicológicasmanifestam-se em problemas familia-res, distúrbios de sono, ansiedade, de-pressão, queixas psicossomáticas, etc.Diversos estudos revelam relações sig-nificativas e inversas entre os stresso-res e o bem-estar psicológico, a esta-bilidade das relações conjugais e fami-liares e o bem-estar geral e saúdemental. Uma das reações afetivas cró-nicas ou extremas ao stresse profissio-nal é o burnout, síndrome de naturezatridimensional, caracterizada por sen-timentos de exaustão emocional, decinismo e de despersonalização do tra-balho e perda da realização pessoal.

Trabalho e organização

No que concerne às manifestaçõesmais diretamente relacionadas com otrabalho e com a organização, o stresseprofissional tem sido um dos principaisresponsáveis pelo absentismo, pela ro-tatividade, pela intenção de deixar aorganização, pela diminuição de satis-fação no trabalho, pela diminuição daimplicação organizacional e da produ-tividade, etc.

Os estudos empíricos apontam pararelações inversas entre os stressores eo desempenho da função e a qualidadede vida no trabalho.

Sinais psicológicos– Ansiedade ou medo– Apatia– Esquecimento– Dificuldades de concentração– Baixa autoestima– Ideias fixas– Perda de consciência/controlo

Sinais comportamentais– Agressividade– Comportamento impulsivo– Comportamentos de risco

Sinais fisiológicos– Boca seca– Fadiga– Dores de cabeça– Sensações alternadas de calor e frio– Entorpecimentos/tremores– Batimentos do coração– Suores– Desmaio

Há sinais exteriores de stresseque pode reconhecer, em si e nos

outros. Eis alguns exemplos:

Identificar os sinais

Stresse no TrabalhoO desajustamento entre

as exigências do ambientede trabalho e as competências

e recursos do indivíduotem consequências físicas epsicológicas no trabalhador

Entre vinhedos

Gonçalves, S.P. (Coord.) (2014).Psicossociologia do Trabalho e dasOrganizações: Princípios e práticas.Lisboa: Lidel.

Gonçalves, S.P. (2013). Stress ebem-estar no trabalho: da definiçãoaos modelos teóricos. Lisboa: Socie-dade Portuguesa de Medicina do Tra-balho (disponível em http://www.spmtrabalho.com).

Serra, A. Vaz (2000). O stress navida de todos os dias. Coimbra:Adriano Vaz Serra.

Vivek, M., & Janakiraman, S. (2013).A survey on occupational stress ofbank employees. International Jour-nal of Management, 4(6), 36-42.

Bibliografia

Page 10: revista febase 48 - sbn.pt · 4 – Revista FEBASEFEBASE 16 de dezembro 201416 de dezembro 2014 Revista FEBASE 16 de dezembro 2014 – 5 SINDICAL dossiêl Atualidade IV Congresso

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 16 de dezembro 2014 ––––– 1918 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de dezembro 2014

Visto de fora

Psicologia da saúde ocupacionaldomina investigação

18 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 16 de dezembro 2014

*Subtítulos da responsabilidadeda Redação

O stresse no trabalho é inevitável epode afetar qualquer pessoa em qual-quer momento. É por isto que a preven-ção é desejável, no sentido de prevenire controlar os seus possíveis efeitos.

Há situações que podem ser melho-radas e mudadas, procurando-se nestecaso modificar as características dasituação, tornando-as menos stressan-tes e mais promotoras de bem-estar.

Contudo, outras situações laboraiscoexistem com as próprias funções.Estas últimas, em especial, exigem dotrabalhador e da organização um traba-lho conjunto e requerem habitualmen-te centrar a atenção nos processos deapreciação e avaliação da situação.

Estratégias

As estratégias centradas no indivíduotêm por objetivo aumentar e qualificar

os recursos pessoais e profissionais dotrabalhador. Alguns exemplos de inicia-tivas que podem ser promovidas:

Técnicas de relaxamento; Técnicas cognitivas (ex.: treino de

inoculação do stresse); Identificação das estratégias indivi-

duais mais eficazes em termos com-portamentais (ex.: leitura, passeios,música, hobbies);

Programas de promoção de compor-tamentos saudáveis (ex.: exercíciofísico, alimentação saudável);

Formação contínua (ex.: em gestãodo tempo, treino de assertividade,gestão de conflitos);

Ajuste das expectativas através dadefinição de objetivos SMART (i.e.,objetivos específicos, mensuráveis,alcançáveis, realistas e com tempodefinido);

Sónia P. Gonçalves é licenciada, mestre e doutoradaem Psicologia do Trabalho e das Organizações peloISCTE-IUL (Instituto Universitário de Lisboa). Professo-ra Auxiliar no Instituto Piaget (Campus Universitáriode Almada), onde coordena a Licenciatura em Psico-logia e o Gabinete de Apoio Metodológico à Investiga-ção, tem centrado o seu trabalho de investigação natemática da psicologia da saúde ocupacional, comespecial incidência no stresse, burnout e bem-estarem contexto profissional.

Estimulação de atividades extrapro-fissionais promovendo o equilíbriotrabalho-família.Evidenciando agora estratégias cen-tradas no contexto laboral, estas po-dem ser focadas quer no grupo maisrestrito, quer na organização maisalargada. A título de exemplo:

Desenvolver redes de apoio social atra-vés de iniciativas de team-building emomentos de confraternização;

Melhoria dos processos de comunicação; Reestruturação dos processos de tra-

balho; Programas de socialização a novos

membros; Programas de avaliação de desem-

penho 360º.

Temos ainda ações direcionadas àcomunidade. Estas poderão fazer senti-do especialmente para profissionais queestão em contacto com a comunidade,mas não de forma exclusiva para estes.Estas estratégias passam por campa-nhas informativas destacando a impor-tância da função exercida pelos profis-sionais em causa

O stresse pode atingir qualquer tra-balhador, mas não podemos dissimularo problema responsabilizando apenaso indivíduo, pois também possui raízesorganizacionais e sociais. Não há dúvi-da que a sua gestão eficiente implicauma ação concertada entre o indivíduoe a organização.

l Sónia P. Gonçalves

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TEXTOS: PEDRO GABRIEL

TEMPOS LIVRES l Nacional

Bowling

Grande final de bowling,a que se disputou em Castelo

Branco com Olinda Bettencourta triunfar apenas no desempate

Foi, sem dúvida, uma das finais commais incerteza dos últimos anos. O7.º Campeonato Interbancário de

Bowling conheceu a derradeira prova en-tre os dias 7 e 9 de novembro, tendocontado com a participação de 14 concor-rentes do SBSI, sete do SBN e dois do SBC,num total de 23.

O equilíbrio entre os participantes ficoulogo evidenciado às primeiras partidas,com a boa disposição e o desportivismo amarcarem também presença.

A evolução da prova começou a definiros primeiros classificados: Olinda Betten-court (GDCTU/SBSI) e Jorge Teixeira (GDB-PI/SBSI) terminaram o 12.º jogo em igual-dade, com 1989 pontos e uma média de165,75/jogo. Ditam as regras que, nestescasos, o vencedor será o jogador maisregular, ou seja, o que obtiver a diferençamais pequena entre o melhor e o pior jogo.O saldo foi favorável a Olinda Bettencourt,que arrecadou assim o principal troféu esucedeu a Gabriel Dias (GDBdP/SBSI),vencedor da edição anterior e atual cam-peão do Sul e Ilhas, mas que em CasteloBranco não foi além do 9.º lugar.

Ao pódio subiu também Rui Duque (GDB-PI), que somou 1865 pontos e uma média

de 169,75/jogo em 11 partidas. Na quartaposição terminou outro concorrente oriun-do do GDBPI/SBSI, Briano de Sousa, tendoalcançado 1497 pontos (149,70/jogo) aolongo de 10 partidas. Jerónimo Fernandesfoi quinto, com 1513 pontos em 9 jogos,média de 168,11/jogo.

Os restantes classificados, até ao 10.ºlugar, ficaram ordenados da seguinteforma: 6.º Carlos Sieuve (CEMAH/SBSI),

Pesca

Calendários definidosSão já conhecidos os calendários das

várias modalidades de pesca.Confira as datas e os locais para

o próximo ano

Calendário do Interbancário de Pesca 2015

1.ª Prova 2.ª Prova 3.ª Prova Final Nacional

Pesca de Mar 07-03-2015 16-05-2015 30-05-2015 03-10-2015Peniche Porto Covo Peniche Peniche

Surfcasting 21-03-2015 18-04-2015 02-05-2015 09-05-2015Comporta Pego Areias Brancas Espinho

Pesca de Rio 13-06-2015 20-06-2015 27-06-2015 26-09-2015Cabeção Maranhão Coruche Montemor-o-Velho

Com a aproximação do novo anocomeçam a ficar definidos os ca-lendários das diversas modalida-

des interbancárias. Uma delas, quereúne sempre grande número de par-ticipantes, é a que diz respeito à pes-ca, nas suas várias vertentes.

A pesca de mar e o surfcasting arran-cam no mês de março enquanto apesca de rio tem o seu início emjunho.

Confira abaixo as datas e locais dasprovas e não se esqueça de fazer a suainscrição!

1500 pontos; 7.º Eduardo Ribeiro (GDC-TU/SBSI), 1405; 8.º Rogério Afonso(CMBCP/SBN), 1310; 9.º Gabriel Dias(GDBdP/SBSI), 1127; 10.º António Al-meida (CMBCP/SBSI), 1116.

Um animado almoço-convívio serviude pretexto para a cerimónia de entre-ga dos troféus aos vencedores e fechouda melhor maneira este fim de semanade competição.

Os campeões,com Olinda Bettencourt

ao meio

Vitória arrancadaa ferros

Época encerra com chave de ouro

Mais de 40 participantesmarcaram presença na

última caminhada do ano,apadrinhada pelo sol e boadisposição – e a Aldeia das

Broas foi uma revelação.Para o ano há mais

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Foram muitos quilómetros percorri-dos, umas vezes com sol, outras comchuva, mas sempre com espírito aven-

tureiro, interesse no conhecimento e boadisposição. O calendário de 2014 dascaminhadas Febase encerrou com umavisita à Aldeia das Broas, Terrugem, nodia 29 de novembro.

Este percurso de 15 quilómetros foifeito de forma circular, em ambientenatural, trilhos e rural. Estas e outrascaracterísticas foram dadas pela orga-nização no habitual briefing. No final domesmo, os caminheiros colocaram as

mochilas às costas e fizeram-se ao ca-minho, pouco passava das 9h30.

Depois de uma semana de chuva, SãoPedro fez jus à santidade, providencian-do um sábado solarengo, porém combastante frio, rapidamente combatidoaos primeiros quilómetros, quando oscasacos foram colocados dentro dasmochilas.

Sensivelmente a meio do percurso,surgiu então a célebre Aldeia das Broas,uma povoação tipicamente saloia masdesabitada há mais de três décadas.

Foi neste cenário rural, de onde sepode observar, por exemplo, a Serra deSintra, que os participantes aproveita-ram para retemperar forças já que pelafrente ainda havia troços de lama, po-ças de água e pequenas ribeiras, queviriam a fazer as delícias dos maispequenos.

Sempre com espírito de entreajuda,os participantes chegaram ao fim satis-feitos por mais uma caminhada com-pletada com sucesso.

O coro do Clube Millennium bcp atua na Igrejados Mártires, ao Chiado, em Lisboa, no dia 20 dedezembro, pelas 16h00. A entrada é livre.

Coral BCP dá concerto de Natal

Caminhadas Febase

Saldo positivo

A organização agradece a colaboraçãode todos os participantes, finalizada queestá mais uma época de passeios pedes-tres. O saldo não podia ser mais positivoe, para já, a única certeza é que o próximoano trará mais iniciativas do género, demaneira a que os associados e seus fami-liares possam desfrutar da prática doexercício físico em contacto com a natu-reza, ao mesmo tempo que adquiremconhecimentos.

Fiquem atentos às novidades. Atépara o ano!

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraST

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Conselho Geral aprova Orçamento para 2015O documento orientador

da estratégia sindicaldo próximo ano,

apresentado pela Direção,mereceu o voto favorável

da maioria dos conselheiros,registando-se apenas

uma abstenção

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS*

Cumprindo o estipulado nos Estatu-tos, foi apresentado aos conse-lheiros gerais, em sessão ordiná-

ria no dia 27 de novembro, o Orçamentopara 2015.

Este Orçamento representa uma apos-ta clara no rigor e transparência, essen-ciais à vida do Sindicato, não colocando,apesar de tudo, obstáculos aos objeti-vos traçados pela Direção, embora obri-gue ao seu cumprimento rigoroso, re-forçando o empenho na concretizaçãodo plano de ação englobado.

Dito de outra maneira, o documentocorporiza para o próximo ano a forma

de estar e pensar o sindicalismo porparte do órgão executivo do STAS.

Tratando-se de um conjunto de proje-tos, devidamente orçamentados, e quepor si só representam a totalidade dasações sindicais previstas de pouca jus-tificação necessitaram.

Não obstante e sendo o Orçamentonaturalmente objeto de análise pelosconselheiros, alguns tiveram interven-ções, suscitando questões quanto aoconteúdo, cujas respostas foram dadaspela Direção.

Finalmente manifestaram o seu ine-quívoco apoio, votando favoravelmen-te o Orçamento para 2015. Registou-seentretanto uma abstenção.

Atualização do CCT

O assunto que se seguiu na reuniãorelacionou-se com a recente negocia-ção do CCT, tendo a Direção apresenta-do pormenorizadamente todos os pas-sos dados no decurso das reuniões coma entidade representativa das segura-doras. Com a consciência plena, de partea parte, de que foi o acordo possível naatual conjuntura, vários conselheirosreveladores do interesse no aprofunda-mento e esclarecimento de alguns as-

petos do acordo, solicitaram informa-ções adicionais.

Foi ainda transmitido à Direção, peloConselho Geral, o incondicional apoiopara que em 2015, quando se negociarum novo CCT, se considere como pri-mordial o facto de não haver atualiza-ção salarial há cinco anos.

Sindicato único

A ordem de trabalhos desta reuniãocontinha ainda o ponto de informa-ções, que contemplou prioritariamen-te a atual situação da constituição dosindicato único, nomeadamente o tra-balho que tem sido desenvolvido pelaComissão nomeada para a elaboraçãodos respetivos estatutos.

Notou-se uma vez mais da parte dosconselheiros um assinalável interessequanto ao desfecho deste acontecimen-to inédito no setor financeiro.

Finalmente foi destacado o facto dehaver uma seguradora, a Allianz, que estáem incumprimento para com os seus co-laboradores, pelo facto de ainda não os terinformado dos valores relativos ao PIR-Plano Individual de Reforma.

*Vice-Presidente do STAS

Homenagem aos Sócios

Emblemas de Ouro e Pratasão símbolos comemorativos

Este ano foi homenageada cercade meia centena de associados,

no STAS desde 1963 e 1988

Já se perdeu a conta ao número decerimónias de entrega de emblemasque o STAS realizou. Ao longo destas

cerimónias foram inúmeros os emblemasentregues e as sócias e os sócios homena-geados. Tais momentos fazem parte deuma história longínqua deste Sindicato.

Tudo terá começado em 1984, cinquen-ta anos após a constituição do STAS. Terásido esse o primeiro ano de homenagem.

Três décadas depois, constata-se que onúmero de convidados e homenageadosdiminuiu, pela lei natural da vida, pela

saída da atividade e pela menor renovação.Apesar desta redução, o STAS não esmo-rece e continua a preparar com a mesmadedicação e entrega as cerimónias anuaisque simbolizam o seu agradecimentoàqueles que continuam a acreditar nocoletivo que representamos, que conti-nuam a acreditar em nós e a dar-nos forçapara os defendermos.

Este ano homenageámos cerca de cin-quenta colegas da atividade que são nos-sos associados desde 1963 e desde 1988.

A cerimónia decorreu no passado dia 28de novembro, no Salão Nobre do STAS, nasede do Sindicato, e contou com a partici-pação de colegas oriundos das diversasregiões do País, que vieram pessoalmenteou que se fizeram representar.

Aproveitando os dois anos que fo-ram homenageados no dia 28 denovembro, o STAS fez uma resenha

histórica de alguns dos acontecimentosdesses anos, constatando algumas curio-sidades.

Sabia que até 1966 já tinham sido nego-ciados pelo Sindicato quatro ContratosColetivos de Trabalho no setor segurador?

E que em 1988 foram constituídas aCompanhia de Seguros Global, dedicadaem exclusivo à exploração do ramo nãovida, e a Companhia de Seguros Real,atual Lusitania?

Foi também em 1988 que a Direção doSindicato, então designado de Sindicato dosTrabalhadores de Seguros do Sul e RegiõesAutónomas, manifestou a sua profunda

Nesta cerimónia foi também homena-geado um antigo dirigente deste sindica-to. Diretor e Presidente da Direção doSindicato nos anos setenta, então desig-nado por STSSI - Sindicato dos Trabalhado-res de Seguros do Sul e Ilhas. Foi tambémum dos fundadores do Movimento daCarta Aberta, que deu origem à UGT.

Foi um momento de encontros e reen-contros de colegas, proporcionando me-mórias e histórias do tempo que já passou.

Após a entrega dos emblemas seguiu-seum pequeno Porto de Honra, momentoque serviu para o convívio e para asrecordações, virando-se, desta forma,mais uma página na história deste Sindi-cato, para a qual contribuem os testemu-nhos no Livro de Honra do sindicato.

Um grande desafio

preocupação pela gravidade do projeto dedecreto-lei dos despedimentos, tendo sidorecebido numa audiência por sua Eminên-cia o Cardeal D. António Ribeiro, na qualida-de de Bispo da Diocese de Lisboa.

Outra curiosidade histórica está relacio-nada com o número de mulheres traba-lhadoras na atividade seguradora e onúmero de mulheres sindicalistas.

Em 1988 as mulheres no setor segura-dor representavam cerca de 41% e em

2010 a percentagem situa-se nos 47,8%.Relativamente às mulheres sindicalis-

tas, em 1988 no universo da UGT, queincluía os sindicatos filiados na central sin-dical, a percentagem de mulheres sindica-listas era de 15%. Atualmente só no STAS apercentagem de mulheres é de 29,6%.

O STAS possui nos seus órgãos 34 mu-lheres num universo de 115.

De facto, a história deste Sindicato éfeita de pequenos grandes momentos.

Se tem consigo histórias e momentosrelacionadas com o setor segurador ecom o STAS envie-as, para que possamser partilhadas na newsletter e assimenriquecer a vida do Sindicato.

O STAS conta consigo para mais mo-mentos da sua história.

Envie a sua história, o seu testemunhoe contributo para [email protected] e façaparte da nossa história e da história dosetor que representamos.

TEXTOS: PATRÍCIA CAIXINHA

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SISEP-Profissionais de Seguros

Notícias l SISEP - Profissionais de SegurosNotícias l SISEP - Profissionais de SegurosSI

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Forte aposta na formaçãoO Sindicato tem atualmente

a decorrer 29 cursos,de norte a sul do País

OSISEP é uma entidade formadoracom uma experiência de 25 anosna formação profissional. É certifi-

cado pela DGERT em oito áreas, nomea-damente: (341) Comércio, (342) Marke-ting e publicidade, (343) Finanças, ban-

ca e seguros, (344) Contabilidade e fis-calidade, (345) Gestão e administração,(346) Secretariado e trabalho adminis-trativo, (347) Enquadramento na orga-nização/empresa e (481) Ciências in-formáticas.

Tem como missão colocar ao serviçodo País os seus conhecimentos e expe-riência, com vista a contribuir para odesenvolvimento da sociedade, atra-vés da elevação dos níveis de qualifica-ção da população portuguesa e, conse-

quentemente, do aumento de compe-tências de cidadania, dentro do res-peito pelos direitos de igualdade degénero, igualdade de oportunidades einclusão social, acautelando a utiliza-ção racional do financiamento públicoe privado.

Com sede em Lisboa, o Departa-mento de Formação do SISEP estende-se por todo o País, desde Porto, Ama-rante, Lisboa, Almada, Cascais, Beja,Faro e Portimão, desenvolvendo for-mação de mediação de seguros (reco-nhecida pelo Instituto de Seguros dePortugal), formação modular certifi-cada, vida ativa, formação intraem-presas/personalizada e sistema deaprendizagem. Nesta última tipolo-gia, o SISEP tem presentemente a de-correr 29 cursos de norte a sul do País,resultado do protocolo celebrado como IEFP, preparando mais de 400 jovensaté aos 25 anos para a inserção nomercado de trabalho com o 12.º ano enível 4 de qualificação profissional.

Apoiado numa equipa pedagógicaexperiente, o SISEP aliou-se ainda adiversas empresas para a concretiza-ção da formação em posto de traba-lho. Salientam-se, entre muitos ou-tros, o Deutsche Bank, CA, CréditoAgrícola, o Barclays Bank, Oney e aVolkswagen Bank, Tranquilidade, MA-PFRE Seguros, AXA, Allianz, FNAC, ElCorte Inglês, PC Clinic, Portugal Tele-com e INEM.

Comemorações dos 25 anos

SISEP homenageia sócios fundadoresA cerimónia foi um momento

de reconhecimentodo esforço e dedicação

daqueles que decidiramedificar um novo projeto

sindical

TEXTOS: JORGE CORDEIRO*

No ano das comemorações do seu25.º aniversário, o SISEP levou aefeito uma cerimónia de ho-

menagem aos sócios fundadores, quecontou com a presença de membros dosdiversos corpos sociais e de associados.

A cerimónia representou um momen-to de entusiasmo e alegria partilhadospor todos, foi tempo de rever antigoscolegas com quem não se convivia há jáalgum tempo.

Foi também um momento de reco-nhecimento do esforço e dedicaçãodaqueles que decidiram edificar umnovo projeto sindical, que teve uma

forte adesão dos trabalhadores dosseguros.

O SISEP orgulha-se da sua história,pois não se deixou enredar nos suces-sos do passado mas, pelo contrário,tem sabido evoluir e manter uma rela-ção com os associados assente na dinâ-mica da contratação coletiva e na dis-ponibilização de serviços.

Manter e preservar a unidade entretodos os associados, estejam eles noativo ou na reforma e, mais importanteainda, entre estes e os jovens trabalha-dores – pois serão eles os responsáveispor dar continuidade à obra feita por

tantos e tantos dirigentes – é algo porque o SISEP sempre pugnará.

Ao homenagear os sócios fundado-res, os corpos sociais quiseram não sóagradecer-lhes a coragem e o trabalhoabnegado em prol da classe, mas tam-bém lembrar que o Sindicato é o resul-tado da união de todos em torno de umprojeto comum.

O SISEP congratula-se com o êxitodesta iniciativa e está convicto de quea unidade e fidelidade dos associadosao seu Sindicato continuará.

*Dirigente Executivo do SISEP

Não esquecemos o Natal. Primeiro, porque ele uneas famílias e os nossos emigrantes, que nãoesquecem o seu País, particularmente nesse dia.

Depois, devido às difíceis condições de vida que ostrabalhadores enfrentam e a que os Governos os forçam,com os sucessivos "apertos de cinto" e cortes e maiscortes nos salários, sem dó nem piedade.

O País precisa de novas políticas geradoras de empre-gos – e não o contrário – e de reformas que não casti-guem os trabalhadores e as classes médias.

Se isto não muda de figura, teremos sérios reveses eo País ficará sujeito a mais sacrifícios, mais emprésti-mos (como o que decorre) que parece que acabam masnunca mais acabarão! Esta classe de políticos tem demudar e/ou regenerar-se.

Queremos ver Portugal, daqui a um ano, de umaforma bem diferente… mas para melhor!

Os trabalhadorese o Natal

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Notícias l Bancários Centro Notícias l Bancários CentroBa

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SAMS com estratégia bem definida

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Mais e melhor apoio na saúde para todosBrevemente serão efetuadas

obras nos Postos Clínicosdos SAMS/Centro

TEXTO: ANÍBAL RIBEIRO*

Após análise efetuada, podemos afir-mar que os nossos estimados beneficiá-rios continuam a preferir a assistênciamédica prestada nos nossos postos clíni-cos, ao invés de utilizarem prestadoresde saúde externos.

Constrangimentos devido às obras emudanças de instalações todos sabemosque vão existir. Mas terminados os traba-lhos, com novas instalações, novos equi-pamentos e uma equipa de prestadoresde serviços de saúde reforçada, os nossossócios sentir-se-ão mais apoiados emelhor acompanhados em fases menosboas das suas vidas.

Temos ideias, temos planos e temosuma estratégia, pelo que estamos dis-postos a trabalhar nela com toda a garrae motivação para fazer mais e melhor.

*Vice-Presidente do SBC,Coordenador do Conselho

de Gerência dos SAMSPlanta da remodelaçãodo Centro Clínico da Guarda

Com um SAMS maior e consolidado,estamos convictos de que todos juntos,unidos, podemos fazer ainda mais emelhor, podendo chegar mais longe eassim elevar o nome dos SAMS, por formaa contribuir para um sistema de saúdemais solidário que permita proporcionara todos igualdade de oportunidades noacesso à saúde e apoio na velhice.

Brevemente irão ser efetuadas obrasnos Postos Clínicos dos SAMS/Centro.

Acrise que o País atravessa muitotem contribuído para incrementaras dificuldades das famílias portu-

guesas. Neste contexto, o Conselho deGerência dos SAMS do SBC tem adotadomedidas para que as dificuldades dasfamílias bancárias não se façam sentir,nomeadamente na assistência à doença.

Tal como o nome o diz, os SAMS - Servi-ços de Assistência Médico-Social prestamapoio aos seus beneficiários, com umaqualidade que está ao nível do que demelhor se pratica em Portugal no âmbitoda prevenção e tratamento da doença.

A assistência médica não pode ser umprivilégio só para alguns, os ricos. Deve,pelo contrário, ser considerada como umbem social – por isso elegemos a solida-riedade intergeracional como princípiobasilar dos serviços que prestamos.

Cientes do permanente trabalho quetem vindo a ser desenvolvido, convictosde que o sucesso já alcançado só foipossível através das inúmerasestratégias implementadascom determinação e empenho,estamos otimistas relativa-mente ao futuro.

Gabinete clínico na Figueira da Foz

TEXTOS: SEQUEIRA MENDES

Aníbal Ribeiro candidato à presidência do SBCO atual Vice-Presidentedo Sindicato, a exercer

as funções de Presidentedevido à ausência de CarlosSilva, propõe-se a dirigir os

destinos do SBC nospróximos quatro anos

Com eleições já marcadas para 23 deabril de 2015, o Sindicato dos Bancá-rios do Centro e todas as suas estru-

turas sindicais encontram-se mobiliza-das no sentido de ponderar, discutir, eencontrar a personalidade que, pelo me-nos para o próximo quadriénio, poderá vira assumir a sua liderança.

Neste particular, a Tendência SindicalSocialista que é a entidade de onde tememanado a esmagadora maioria dos diri-gentes sindicais do SBC nos últimos tem-pos e que tem sido o seu suporte político-sindical, tem um relevante papel a de-

sempenhar, pois será através da análisee da discussão no seu interior, apoiadanos seus regulamentos e na democratici-dade interna, que estará em condições deencontrar o líder que a todos una num

projeto a médio-longo prazo, e que tenhaem conta as tremendas dificuldades porque passa, não só a banca nacional emgeral, como o sindicalismo de raiz demo-crático em particular.

Aníbal Ribeiro, atual Vice-Presidentedo SBC a exercer as funções de Presiden-te em exercício pela ausência de CarlosSilva como Secretário-Geral da UGT, res-ponsável junto da Febase para a contra-tação coletiva, Coordenador dos SAMS,Presidente da UGT/Guarda e atual Pre-sidente da Febase, será o natural suces-sor de Carlos Silva como candidato anúmero um nas listas que sairão aprova-das da reunião da Tendência SindicalSocialista do SBC, a realizar a 10 dejaneiro.

Esta candidatura tem o seu apoio e asua anuência, pois o próprio já o anun-ciou formalmente junto dos seus paresda Direção, pelo que com estes dados, nofinal da Assembleia Geral da TendênciaAníbal Ribeiro deverá sair com o pesadofardo de dirigir os destinos do SBC nospróximos quatro anos.

Convívio de bancários em Vale CoimbraO tradicional Encontro

de Associados e Familiaresdo Sindicato voltou

a juntar muitos reformados

OSBC levou a efeito no dia 8 denovembro o seu tradicional Encon-tro de Associados e Familiares, que

habitualmente acontece nesta época doano. Desta vez o encontro teve lugar naQuinta do "Ti Lucas", situada em ValeCoimbra, a dois passos de Pombal, asse-gurando-se, assim, uma equidistânciaem termos de deslocação para a genera-lidade dos sócios.

O transporte foi assegurado, verifican-do-se que a grande maioria dos presen-tes eram reformados, pelo que a ideiainicial de juntar toda a família bancária doSBC numa única festa não foi de todoconseguida. Os associados do ativo pri-maram pela ausência, o que nos leva apensar que estes encontros devem serdesenhados e estruturados em moldes

-Geral da UGT, fez votos que o próximo anoseja melhor social e fiscalmente e quetodos sejam repostos dos esbulhos que dehá três anos a esta parte estão a sersujeitos.

Após um lanche ajantarado, foi o re-gresso a casa, com todos a dar por bempassado o tempo neste convívio.

diferentes, de modo a cativar a participa-ção de toda a gente.

Apesar deste contratempo – o Sindica-to queria ver muito mais gente a confra-ternizar –, a festa correu às mil maravi-lhas, pois os convivas foram logo recebi-dos à entrada da Quinta com uma bateriade entradas que a todos dispôs bem.Seguiu-se o tradicional almoço, semprebem acompanhado pela música do eclé-tico Travassos, que se viria a prolongarpela tarde dentro, proporcionando bonspasses de dança e grande animação atodos os presentes.

Houve ainda lugar a duas breves inter-venções, a primeira de Aníbal Ribeiro,que, na sua qualidade de Coordenadordos SAMS, entre outros assuntos aborda-dos garantiu aos presentes uma cada vezmelhor saúde, tendo também anunciadoque muito em breve teremos "novos"Postos Clínicos e mais bem apetrecha-dos.

Por sua vez, Carlos Silva elogiou osbancários e as suas Direções sindicais,afirmando que estes podem orgulhar-sedos dirigentes que têm. Como Secretário-

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Notícias l Bancários Norte Notícias l Bancários NorteBancários N

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Delegação de Aveiro

Acompanhar os sócios é uma obrigação

A Comissão Sindical apostana proximidade e as portasda delegação estão sempre

abertas aos associados.Nenhuma solicitação fica

sem resposta

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

AComissão Sindical de Aveiro doSBN é constituída por três ele-mentos a tempo inteiro – Fernan-

do Lucas (coordenador e com os Pelou-ros da Estrutura Sindical e do SAMS),José Gamelas (Pelouros da Contabilida-de e do Património) e Sandro Botte(Pelouro das Iniciativas) –, e dois atempo parcial: Campos Cunha e SérgioAires, este ausente da fotografia. Arevista Febase conversou com eles so-bre a situação presente e futura.

P – O que podem dizer sobre o quo-tidiano da atividade da delegação?

R – Em primeiro lugar, gostaríamosde referir que as visitas aos balcõessão frequentes, porque sentimos ne-

cessidade de dar um cabal acompa-nhamento aos bancários nestes mo-mentos difíceis que o setor atravessa.Por isso temos uma reconhecida pre-sença no terreno, até porque existequem necessite da nossa ajuda. Nin-guém pode dizer que só aparecemosna altura das eleições. Ora, na se-quência destas visitas, há outros as-sociados que acabam por vir ter con-nosco à delegação, para nos coloca-rem as mais diversas questões.

P – São muito solicitados na delega-ção?

R – Muito. É muito frequente. Estasportas encontram-se sempre abertaspara apoiarmos os associados. Ne-nhuma solicitação cai em saco roto.Mas é muito importante explicitar-mos aqui a necessidade que temos deexplicar aos associados o contexto dagravidade em que a generalidade dosetor financeiro se encontra. Os casosdo BPN, do Banif, do Barclays, do BCP,do BES e agora do BBVA, através dosdespedimentos que ocasionaram, afe-taram muitos colegas. As reestrutu-

rações têm sido o que se conhece. Porisso tem de haver maior acompanha-mento. Temos-lhes dito que a lutaque o SBN e a Febase têm liderado,mesmo através do aconselhamentojurídico, é verdadeiramente exemplare temo-los aconselhado a dirigirem-seao Departamento Jurídico do Sindica-to para conseguirem obter as respos-tas mais convenientes para os seusproblemas.

Posto clínicomuito procurado

P – No que diz respeito ao postoclínico do SAMS, qual é o ponto dasituação?

R – Nesse capítulo, é de notar que aafluência tem vindo a registar umaexcelente taxa de ocupação, o que étanto mais significativo quanto é cer-to que tem vindo a aumentar o núme-ro de protocolos convencionados comentidades externas, o que proporcio-na uma maior proximidade em rela-ção a muitos associados e respetivosagregados familiares, preenchendo

assim um maior leque de expectati-vas neste tão delicado setor da saúdee prestando um serviço de qualidadeainda mais alargado e ainda maisdiversificado. De todos estes protoco-los destacamos aquele que foi cele-brado com a Cliaria, que possui insta-lações nas cidades de Aveiro e deÁgueda e na vila de Oiã.

Todavia, não podemos esquecer quepermanecem em pleno funcionamen-to no posto clínico as especialidadesde cardiologia, cirurgia geral, esto-matologia, ginecologia/obstetrícia,medicina familiar, medicina interna,nutricionismo, ortopedia, otorrinola-ringologia, pediatria, psiquiatria, uro-logia, prótese auditiva, prótese den-tária e enfermagem.

P – Que atividades desportivas, re-creativas e de lazer proporcionam aosassociados?

R – Tendo em conta as boas infraes-truturas de que a delegação dispõe,existe um espaço de lazer, com ténisde mesa, snooker, xadrez e damas,jogos de cartas, minibar, televisor,jornais diários, internet livre e micro-ondas onde vários associados veemaquecer o almoço que trazem de casa.No 5.º andar temos uma sala de mus-culação e ginástica e um espaço poli-valente para auditório e atividadescomo ginástica de manutenção e dan-ças de salão. Assim, tais infraestrutu-ras permitem-nos realizar uma sériede atividades como aulas de artesdecorativas, aulas de danças de salãoe aulas de ginástica de manutenção.Também realizamos torneios de king,sueca, ténis de mesa e snooker.

A título de curiosidade, nos últimostrês anos os dois títulos nacionais deking que vieram para o SBN pertence-ram a esta delegação, designadamen-te através de Fernando Lucas e Antó-nio Oliveira – ambos do BCP e esteúltimo em outubro do corrente ano.Mas também já tivemos um campeãonacional de snooker – Pedro Lino, doSantander. Além do mais, desenvolve-mos algumas atividades externas, no-meadamente o magusto, passeios naria, concursos de pesca e passeios tu-rísticos. Refira-se, todavia, que estas

iniciativas são realizadas sempre quereúnam um número mínimo de asso-ciados inscritos, o que lamentavel-mente nem sempre ocorre.

Unidade da classe

P – Para terminar, quais as preocupa-ções que mais têm presentes para ofuturo próximo?

R – A essa pergunta ocorre-nos res-ponder com outra: o que mais irá acon-tecer na banca? E claro, a dificuldade deconsenso no ACT, dado que o tempo sevai arrastando e o prazo de caducidade

Na sequência do Plano de Ativida-des para o corrente ano, o Pelou-ro da Estrutura Sindical e Sin-

dicalização tem promovido semanalmen-te visitas aos balcões de algumas institui-ções de crédito, realizadas pelas respeti-vas comissões sindicais de empresa ou dedelegação nas várias áreas regionais.

Ultimamente registaram-se visitas,na área da sede, ao BPI, ao BST, ao BPP,CEMG, à CGD, ao MBCP e ao BarclaysBank, que foram acompanhadas pelosmembros das comissões de empresa.Verificaram-se também visitas às áre-as de Bragança, S. João da Madeira,Valença e Vila Real.

Devido ao período de incerteza e deinstabilidade reinante no setor finan-

se vai aproximando. Claro que é nossapreocupação explicarmos permanente-mente aos associados que esta é umasituação que a Febase não pode resolversozinha, uma vez que do outro ladodeparamos com dificuldades e com re-sistências que nos são sistematicamen-te colocadas pelo grupo negociador dasinstituições de crédito.

Mas continuamos esperançados emque as dificuldades vão ser ultrapassadase que a unidade da classe contribua deci-sivamente para a ultrapassagem dosproblemas com que estamos confronta-dos neste momento tão delicado.

Os membros da Comissão Sindical da Delegação de Aveiro, com o responsável peloPelouro da Estrutura Sindical, José António Gonçalves (à esquerda).

Visitas aos balcões detetamproblemas dos trabalhadores

Os elementos do Pelouroda Estrutura Sindical

e Sindicalização,acompanhados pelos

membros das comissõessindicais, vão semanalmente

ao encontro dos bancários

ceiro, onde se perspetivam dias com-plicados para toda a classe, com refor-mas antecipadas, rescisões de contra-tos e até despedimentos coletivos, oPelouro tem dedicado especial atençãoao Banif, ao Barclays Bank, ao BancoBilbao Viscaya e Argentaria, ao NovoBanco/BES e ao BCP no acompanha-mento de todas as situações surgidasem desfavor dos trabalhadores.

O Pelouro, que engloba também osórgãos consultivos (GRAM e comissõesde Juventude e de Quadros e Técnicos),é constituído por José António Gonçal-ves e João Carvalho Silva.

TEXTOS: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

José António Gonçalves e João Carvalho Silva,responsáveis pelo Pelouro da Estrutura Sindical

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Harmonia vocalXXII Encontro de Coros Bancários

Um reportório eclético mascom predomínio da música

tradicional portuguesa marcouo concerto de encerramento

da temporada coralista doSBSI, que teve ainda a estreia

do Coro do SindicatoTEXTO: INÊS F. NETO

Bancários e familiares encheram porcompleto o auditório do colégio S.João de Brito, ao Lumiar (Lisboa),

para assistirem ao XXII Encontro de CorosBancários, que encerrou a temporadacoralista deste ano.

A assistência do Encontro de Coros, quedecorreu na tarde do dia 22 de novembro,rendeu-se por completo à mestria dossete grupos corais, entre os quais fez a suaestreia o recém-fundado Coro do Sindicatodos Bancários do Sul e Ilhas, composto porsócios e alguns funcionários. Como maistarde explicaria o presidente da Direção, amissão do novo coro "não é fazer concor-rência aos restantes, mas captar maispessoas, mantendo viva esta arte".

Além do Coro do SBSI, dirigido pelomaestro Sérgio Fontão, atuaram os co-ros de cinco instituições de crédito: oCoro do Grupo Desportivo e Cultural doBanco de Portugal, igualmente sob adireção de Sérgio Fontão; o Coro do ClubeMillennium BCP, cujo maestro é AntónioLeitão; o Grupo Coral dos Serviços Sociaisda CGD, que devido à convalescença doseu maestro habitual, João Pereira, foipela primeira vez dirigido por Carlos PedroSantos; o Coral Santander Totta, sob abatuta de Diogo Pombo, e o Coro do GrupoDesportivo e Cultural do BPI, dirigido porJosé Eugénio Vieira. O grupo convidado foio Choral Phydellius, de Torres Novas.

Música tradicional

No total, os sete agrupamentos inter-pretaram quase quatro dezenas de peças,num repertório bastante eclético, com umleque estilístico variado e temporalmentediversificado, da música tradicional portu-guesa e internacional aos espirituais, semesquecer grandes clássicos como Händel.

No entanto, o XXII Encontro destacou-sepela aposta na música tradicional portu-guesa, com a interpretação de peças daMadeira, Alentejo, Açores ou Beira Baixa.

Entre os coros bancários, uma referên-cia especial ao do BPI, que se salientoupela atuação de solistas, bem como peloacompanhamento do piano elétrico, acargo de Nataliya Kusnyetsova.

O momento alto do concerto foi, comotradicionalmente, a apresentação das pe-ças de conjunto, que reúne em palcoelementos de todos os coros presentes.Dirigidos por João Pereira, interpretaram"Jesus Bleibet Meine Freude", de J. S.Bach, e o sempre presente "Canticorumjubilo", de G. F. Händel.

Dever cívico

No período de entrega de lembrançasaos coros, o presidente da Direção apro-veitou para sublinhar a importância dotrabalho coletivo, tão presente na ativi-dade sindical como na dos coros.

"Estamos a passar por momentos ad-versos em Portugal e também no setorbancário", disse Rui Riso, frisando que oSBSI tem trabalhado para reforçar o apoioaos sócios a cada momento, seja na áreasindical seja na saúde. "A vitalidade dosnossos órgãos demonstra-se na capaci-dade de se adaptarem ao presente e deperspetivar o futuro".

Considerando que "devemos honrar opassado, valorizar o que temos e afirmá-lono futuro", Rui Riso alertou que o Sindicatoprecisa de todos. "É um dever cívico sermossindicalizados, é preciso passar esta men-sagem aos mais novos, dizer-lhes que o quehoje existe é fruto de muitas lutas, à mesade negociações ou na rua". "Todos nósdevemos convidar os colegas a associa-rem-se ao nosso Sindicato", disse.

Numa palavra final, deixou a garantiade apoio do SBSI a esta iniciativa, aoafirmar contar com os presentes quandose realizar o 50.º Encontro.

As peças de conjunto reuniram empalco elementos de todos os grupos

Coro do SBSI

Coro do GDC do Banco de Portugal

Coro do Clube BCP

Grupo Coral dos Serviços Sociais da CGD

Coral Santander Totta

Coro do GDC do BPI

Choral Phydellius

Os participantesOlimpíadas SBSI

Os campeõesdos campeões

Catorze modalidadesfizeram parte das

Olimpíadas de 2014, cujoconvívio de entrega de

prémios reuniu mais de 400pessoas

Foram muitas as modalidades pre-sentes na 4.ª edição das Olimpíadasdo SBSI, uma maratona de provas

que reúne os melhores atletas em cadauma.

Naturalmente quem entra em compe-tição tem o objetivo de ganhar, mas estepormenor rapidamente fica para trásquando se assiste ao desportivismo ecamaradagem com que as provas serealizaram e que ficaram evidenciadosno jantar de entrega de prémios, no dia22 de novembro, em Lisboa.

Participantes e famílias foram recebidoscom um beberete, aproveitando para revercolegas ou fazer o rescaldo das provas. Àmedida que o número de pessoas aumen-tava, mais o convívio ficava patente.

Trabalho de equipa

Manuel Camacho, responsável peloPelouro dos Tempos Livres, desdobrou-se

TEXTO: PEDRO GABRIEL

em agradecimentos, quer às comissõesorganizadoras pelo "magnífico trabalho",quer aos participantes e respetivas famí-lias. "Só com o vosso empenho e partici-pação é que o SBSI se distingue em rela-ção aos outros", concluiu.

Por seu turno, o presidente da Direçãodo SBSI realçou o trabalho de equipa nasvárias vertentes do Sindicato, algo "sópossível num Sindicato que se preocupacom os seus associados".

Rui Riso afirmou que a vitalidade dasorganizações vê-se na capacidade deprojetar no futuro a herança recebida,fruto de anos de luta e tradição sindical.

Abordando a situação no setor, relem-brou que a banca, ao reduzir o número detrabalhadores, está a criar menos opor-tunidades de trabalho para o futuro.

Rui Riso referiu ainda que a ideia derenovação das unidades de saúde doSAMS tem como objetivo o regresso dosbeneficiários porque "elas existem paranós e por nós. Temos tudo o que de melhortêm os outros e estamos melhor equipa-dos", concluiu.

Golfe:Net – Carlos Eufrásio (GDST);Gross – Pedro Taborda (B. Popular).Futsal:Team Foot Activobank (Millennium bcp);Veteranos – Fapoc Vet (Millennium bcp).Surfcasting:Individual – João Feira (GDST);Coletivo – GDST1 (João Feira, Jorge Antó-nio, Silvério Velez).Pesca de alto mar:Bruno Ferreira (Banco Popular).Pesca de rio:Individual – Pedro Fernandes (Clube GBES);

Hall of Fame 2014

Coletivo – BBPI1 (Fernando Custódio, LuísMota, David Franco).Pesca de mar:Individual – Alberto Costa (Clube GBES);Coletivo – Millennium1 (José Bernardino,António Abreu, António Marques).Squash:Francisco Madureira (Millennium bcp).King:António Moço (GDCTU).Bowling:Rui Duque (GDBPI).Xadrez:António Fernandes (BBPI).

Tiro:Oliveira Costa (GDBdP).Snooker:João Chumbinho (CCAM).Karting:António Silva (IFAP).Ténis:Veteranos +65 – Abílio do Rosário (BES);Veteranos +60 – José Frazão (Millen-nium bcp);Veteranos +55 – João Espinha (BES);Veteranos – Pedro Sá (BdP);Seniores – Diogo Palma (Millennium bcp);Senhoras – Margarida Araújo (BdP).

Vencedores satisfeitos

Antes do jantar, os três primeiros clas-sificados de cada modalidade subiram aopódio para a entrega dos troféus.

Oliveira Costa (BdP), campeão no Tiro,mostrou-se orgulhoso, referindo ser umaresponsabilidade que "se sente na pele".

Já António Fernandes (Banco BPI), ven-cedor no Xadrez, contou-nos como surgiuo gosto pelas peças. "Foi através do meupai, um dos melhores jogadores nacio-nais. Está mais que provado que ter umaatividade que puxa pelo desenvolvimen-to cerebral tem vantagens acrescidas".

João Feira (Santander Totta) bisou nasubida ao pódio, pois venceu no Surfcas-ting a nível individual e coletivo. "Asprovas correram bem, deu mais peixe doque estávamos à espera. Subir ao pódio?É uma enorme alegria, pois é um momen-to que fica guardado para sempre".

Após o jantar, a animação oferecidapelo conjunto "Ritmofonia" fez com quemuitos não resistissem a um pezinho dedança.

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