revista fraternidade março/2014

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Paróquia São Francisco de Assis ganha novo Vigário Paroquial Página 4 Reflexão sobre o 7º Aniversário de Instalação da Paróquia São Francisco de Assis Página 8 Dízimo: compromisso com a missão Página 14 Quaresma e Campanha da Fraternidade 2014 Páginas 17 e 18 Publicação Paroquial – Edição n.º 16 – Março de 2014 Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo – Brasil Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha – ES Quaresma: Quaresma: tempo de conversão tempo de conversão FRATERNIDADE FRATERNIDADE

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Page 1: Revista Fraternidade Março/2014

Paróquia São Francisco de Assis ganha novo Vigário ParoquialPágina 4

Reflexão sobre o 7º Aniversário de Instalação da Paróquia São Francisco de AssisPágina 8

Dízimo: compromisso com a missãoPágina 14

Quaresma e Campanha da Fraternidade 2014Páginas 17 e 18

Publicação Paroquial – Edição n.º 16 – Março de 2014Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo – Brasil Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha – ES

Quaresma:Quaresma:tempo de conversãotempo de conversão

FRATERNIDADEFRATERNIDADE

Page 2: Revista Fraternidade Março/2014

2 FRATERNIDADE

Editorial

Pax et Bonum!

FRATERNIDADE

Rua Dr. Jair de Andrade, s/nº - ItapoãVila Velha - ES - CEP 29.101-700Tel.: (27) 3329-8700Fax: (27) [email protected]

PÁROCOPadre Hiller Stefanon Sezini

EDIÇÃOMile4 Assessoria de ComunicaçãoTel.: (27) 3205-1004

JORNALISTA RESPONSÁVELIlda Castro – MTb 203/80

COLAbORADORES DESTA EDIÇÃORicardo Petroni Smiderle Passamani, Seminarista do 2º Ano de Filosofia, Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Penha; Sérgio Murilo Lopes, Gerente de Administração da Mitra Arquidiocesana de Vitória; Ana Maria Lemos, Secretária Executiva do Departamento de Pastoral da Arquidiocese de Vitória/ES; Suzana Tatagiba, Jornalista.

FOTOSAcervo da ParóquiaDete Fotografias

PROJETO GRÁFICO E DITORAÇÃOComunicação ImpressaTel.: (27) 3319-9062

IMPRESSÃOGráfica 4 IrmãosTel.: (27) 3326-1555

TIRAGEMTrês mil exemplaresDistribuição gratuita

Quero aproveitar, de antemão, a primeira página desta Edição 2014 da Revista Fraternidade para lhe convidar a ler a

Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho) do Papa Francisco que você pode encontrar disponível no site www.vatican.va ou nas melhores livrarias católicas. A referida Exortação Apostólica é dirigida a toda a Igreja que deve tomar conhecimento dos ensinamentos do autêntico magistério petrino que nos faz o Santo Padre a respeito da temática do anúncio do Evangelho, missão irrenunciável da Igreja em todo o orbe. Tenho absoluta certeza que todos vão compreender bem, mesmo porque o Santo Pa-dre a escreve de maneira simples e acessível a todos, apesar de densa e bastante profunda em matéria de conteúdo, teologia, eclesiologia, espiritualidade, catequese, missionariedade e pastoralidade. Ao ler você ficará encantado, emocionado e impressionado com o que diz o Santo Padre. Ao mesmo tempo, receberá não meramente “informações” acerca da missão da Igreja no mundo como muitos procuram, todavia ganhará uma boa e consistente formação de séria consciência cristã, útil e necessária a todo fiel, de todo estado de vida, membros da Igreja sejamos clérigos, religiosos e religiosas, distintos consagrados, leigos inseridos nas mais diversas comunidades eclesiais, equipes ou grupos de pastorais, associações e movimentos eclesiais,

dentre outros. Invista no seu aprendizado de fé! No ensejo dou, de todo coração, as boas vindas ao meu querido irmão no sacerdócio o Revmº Pe. Gudialace Silva de Oliveira – Sa-cerdote Secular da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo – que desde o dia 02 de fevereiro, ocasião em que comemoramos com muita alegria o 7º aniversário de instalação da Paróquia São Francisco de Assis e de minha posse como seu 1º Pároco, se encontra aqui conosco como meu Vigário Paroquial. Faço votos que este irmão possa sentir-se bem no meio de nós, que nos faça o bem querido por Jesus e que a nossa Comunida-de Paroquial possa ser um precioso instrumento para o seu crescimento humano-espiritual e ministerial! Com fraternura o acolhemos em nossa família paroquial, pois “o Senhor me deu irmãos” (São Francisco de Assis). Nesta edição primeira do ano de 2014 você confere boas matérias, fatos e fotos, entre outras importantes informações: a edição de 2014 do Retiro Resgata-me; a nomeação do Padre Hiller Stefanon Sezini como Vigário Judicial Adjunto para o Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Vitória e a comemoração dos sete anos de instalação da Paróquia São Francisco de Assis. Boa leitura e bom proveito! Queira aceitar de coração um forte e carinhoso abraço com a bênção do seu,

Pe. Hiller Stefanon SeziniPároco

2 FRATERNIDADE

Caríssimo(a) Irmão(ã) em Jesus Cristo,

Page 3: Revista Fraternidade Março/2014

FRATERNIDADEFRATERNIDADE

Comunidade São Francisco de Assis – Matriz

Fraternidade “O Caminho” realiza retiro Resgata-me

AFraternidade “O Caminho”, juntamente com a Família Resgata-me, realizou nos dias 22 e 23 de fevereiro mais uma

edição do Retiro Resgata-me. Com mais de 12 anos de estrada e sendo realizado em diferentes lugares do Brasil, neste ano o evento aconteceu no 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, Espírito Santo. O retiro é realizado especialmente para promover o en-contro entre jovens que ainda não tiveram uma experiência profunda com a Igreja. Durante o Resgata-me, foram realiza-das diversas atividades, como peças de teatro, testemunhos e pregações. O encerramento do retiro foi comemorado com a realização de uma emocionante Santa Missa realizada por Padre Hiller, Pároco da Paróquia São Francisco de Assis, Área Pastoral de Vila Velha, e que deu total apoio ao evento. O Irmão Cléofas, um dos coordenadores do Retiro, afirma que o 38º Batalhão de Infantaria foi palco de uma ação transformadora. “O des-pojamento dos servos trouxe ainda mais união para o nosso encontro que foi vivido de maneira única. Mesmo diante das incansáveis investidas do inimigo, Deus mostrou que é o Senhor dos Exércitos e nos capacitou para vencer mais uma batalha”. Deus seja louvado!

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Page 4: Revista Fraternidade Março/2014

Boas-vindas

Paróquia São Francisco de Assis tem novo Vigário ParoquialUm novo Vigário Paroquial chegou à Paróquia São Francisco de Assis. Desde o início de fevereiro, Padre Gudialace Silva de Oliveira está entre nós. Ele vem da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Guarapari e já se integrou aos trabalhos das comunidades. Veja, a seguir, a sua mensagem de boas vindas.

Olá queridos irmãos e irmãs! Paz e Bem!Eu sou o padre Gudialace Silva de Oliveira, também conhecido como Pe.

Oliveira, e fui encaminhado pelo nosso Arce-bispo para estar junto com vocês nesta paróquia como vigário paroquial.

Sou mineiro, nascido na cidade de Galiléia, mas estou no Estado deste o ano de 1997. Tenho 27 anos de idade e completarei um ano de padre no próximo dia 31 de maio. Tenho como lemas das minhas ordenações, “Para amar, servir e evangelizar” e “Escutando

o Bom Pastor” que servem como guias no meu caminho ministerial. Espero poder realizá-los bem junto a vocês. Desde já agradeço pelo carinho da acolhida do pároco, Pe. Hiller e de todos os paroquianos. Obrigado. Que Deus nos abençoe e proteja, amém!”

4 FRATERNIDADE

Page 5: Revista Fraternidade Março/2014

Padre Hiller assume novas atribuições

Coletas Especiais para o Ano de 2014

Coleta da Solidariedade: tem a finalidade de formar um fundo para as atividades sociais da Igreja. Os percentuais são: 40% (quarenta por cento) para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Nacional; 60% (sessenta por cento) para a Arqui (Diocese). Esta coleta é realizada no Domingo de Ramos! Coleta para os Lugares Santos: tem o obje-tivo de ajudar a Igreja que está na Terra Santa, mantendo escolas, hospitais e asilos para os necessitados. Esta coleta é realizada na Sexta--Feira Santa! Coleta para o Óbulo de São Pedro: é destinada ao Papa para socorrer situações aflitivas no mundo todo. 15% (quinze por cento) desta coleta serão destinadas para manter os organismos da

que tange ao serviço do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano (que abrange toda a Arqui-diocese de Vitória e as Dioceses Sufragâneas de Cachoeiro do Itapemirim, Colatina e São Mateus que juntas compreendem a Província Eclesiástica do Espírito Santo). O Revmº. Pe. Hiller atua no Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Vitória como Juíz e a partir da presente data passa a ter uma

responsabilidade ainda maior na condução do Departamento Judiciário da Cúria Arquidio-cesana de Vitória junto ao Vigário Judicial. Parabenizamos o nosso Pároco pela sua nova nomeação e rezamos para que Deus lhe conceda vida, saúde e paz, encorajando- lhe cada vez mais diante dos ofícios eclesiásticos a ele confiado! Que Deus o abençoe e o proteja sempre!

Santa Sé (cfr. Cânon 1271 do Código de Direito Canônico). Esta coleta é realizada entre os dias 28/06 e 04/07 sempre por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo! Coleta para as Santas Missões e Santa Infância: é destinada às atividades missionárias da Igreja no mundo. É realizada no penúltimo Domingo de outubro! Coleta para a Evangelização: é destinada a criar um fundo para manter as atividades evangelizadoras da Igreja. Os percentuais são: 50% (cinquenta por cento) para a Arqui (Dio-cese); 40% (quarenta por cento) para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Nacional; 5% (cinco por cento) para a CNBB

Sua Excelência Reverendíssima Dom Luíz Mancilha Vilela, SS.CC – Arcebispo Metropolitano de Vitória do Espírito Santo nomeou, no dia 11 de fevereiro, por meio de Decreto, o Reverendíssimo Senhor Padre Hiller Stefanon Sezini como Vigário Judicial Adjunto para o Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Vitória. A nomeação decorreu da necessidade da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo no

(conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Regional; 5% (cinco por cento) para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) da Sub-Regional/ES. É realizada no 3º Domingo do Advento! Coleta Pró-Lábrea – é destinada à Prelazia de Lábrea/AM e faz parte do “Projeto Igrejas Irmãs” da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) assumido pela Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo. É realizada no último Domingo de agosto!

Fique atento e seja sempre solidário

AGUARDE!

Em breve você receberá a

programação especial da

Semana Santa e Páscoa 2014.

5FRATERNIDADE

Page 6: Revista Fraternidade Março/2014

Formação

A alegria do Evangelho

Otexto, quase todo em estilo de pregação, é dirigido a todo cristão, em “qualquer lugar e situação que se encontre” (n.3)

e tem por finalidade convidar os fiéis para uma “nova etapa evangelizadora” e “indicar cami-nhos para o percurso da Igreja nos próximos anos” (n.1). Seria desejável que todos lessem o do-cumento inteiro que pode ser encontrado nas livrarias católicas ou pelo site www.vatican.va. Todavia, considerando a extensão do mesmo e a pouca disponibilidade de tempo que geralmente temos, peço licença para fazer uma proposta que pode facilitar a vida do leitor. A primeira parte da Exortação Apostólica é quase uma leitura espiritual. A linguagem direta e intensa, cheia de citações bíblicas, desperta

“A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. Essas são as palavras que abrem a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), do Papa Francisco.

no coração de quem lê um sincero e ardente desejo de conhecer Jesus, amá-Lo e servi-Lo mais e melhor. Se você separar uma hora para meditar o texto que vai do número 2 até o 13 (10 páginas pequenas), alcançará grande proveito espiritual e, certamente, renovará a vontade de evangelizar, já que “não há nada de melhor para transmitir aos outros” (n. 264). Agora, se você não tiver condições de ler mais, certamente as palavras do Papa já terão produzido os frutos na sua vida de cristão. Por outro lado, se você, inflamado de amor a Jesus, deseja ainda prosseguir a leitura, separe mais uma hora de recolhimento em algum lugar apropriado (na capela do Santíssimo, por exemplo, ou num quarto silencioso), coloque-se na presença do

Senhor e leia os números 259 a 288. É uma parte maior, que talvez requeira mais de um momento, na qual o Santo Padre propõe algumas “refle-xões acerca do espírito da nova evangelização”, embora não tenha a pretensão de “oferecer uma síntese da espiritualidade cristã” (n. 260). Porém, para conhecer mais a fundo as propostas do Papa Francisco expressas nessa carta, é necessário estudar pacientemente o texto completo. Contudo, a leitura das demais partes pode ser feita de um jeito mais corriqueiro, isto é, de modo mais parecido com aquele que usamos para ler um livro literário, jornal ou revista do que com aquele que usamos para ler a Bíblia, por exemplo. Registre-se que essa longa parte, que ocupa o “meio” do documento, tem informações extremamente relevantes.

6 FRATERNIDADE

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Primeiro (nn. 20-49), o Papa trata da refor-ma da Igreja em saída missionária e dá indicações claras sobre a necessidade de transformar as estruturas (conversão pastoral), colocando-as em ordem à evangelização. O objetivo, diz o Santo Padre, é fazer com que todas as atividades “se tornem mais missionárias” e favoreçam, assim, a “resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece sua amizade” (n. 27). Em seguida, no capítulo II (nn. 52-109), vem uma parte mais “diagnóstica” em que se tenta fazer uma espécie de “discernimento evan-gélico” (n. 50), sobre o contexto em que temos que viver e agir. Temas como a idolatria ao dinheiro, o individualismo, a secularização e algumas tentações a que estamos todos sujeitos, são desenvolvidos amplamente.

O capítulo III (nn. 111-175) dedica-se ao anúncio do Evangelho e inclui recomendações para a homilia, à catequese e a valorização da piedade popular. A dimensão social da Evangelização (nn. 177-258) é tratada em seguida. O Sumo Pon-tífice é enfático ao dizer que quer “uma Igreja pobre para os pobres” (n. 198) e recorda que o imperativo de ouvir o clamor dos pobres tem sua origem na própria Palavra de Deus e não é simplesmente “a opinião de um Papa” ou “uma opção pastoral entre várias possíveis” (n. 271). Nesse mesmo capítulo, o Santo Padre faz uma eloquente defesa da vida nascente, recordando que entre os “seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predileção, estão também os nascituros, os mais inermes e inocentes, a

quem hoje se quer negar a dignidade humana” (n. 213) e afirma, “com mágoa, que a pior dis-criminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual” (n. 200). O restante dessa parte (capítulo IV) versa sobre o meio ambiente, a paz e o diálogo com as outras religiões. O mais importante, porém, é ter a peito sempre aquele anúncio primordial que deve tocar os corações incessantemente: “Jesus Cristo ama-te, deu sua vida para te salvar e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar” (n. 164). Boa leitura. Viva Jesus!

Ricardo Petroni Smiderle PassamaniSeminarista do 2º Ano de Filosofia

Seminário Arquidiocesano N. Sra. da Penha

7FRATERNIDADE

Page 8: Revista Fraternidade Março/2014

Reflexão

Aqui, um lugar onde Jesus brilha

Ainda há poucos dias – especificamente no domingo, 02 de fevereiro de 2014 – na Festa da Apresentação do Senhor ao

Templo celebramos com intensa alegria e júbilo o 7º Aniversário de Instalação de nossa Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES e de minha posse como 1º Pároco desta tão querida e amada Paróquia. Em todas as Celebrações Eucarísticas nas Comunidades Eclesiais que compõem a Paróquia na Solene Liturgia da Festa da Apresentação do Senhor ao Templo rezamos fervorosamente pela nossa Comunidade Paroquial, fato este que ressaltou a importância que a Comunidade Paroquial tem em nossas vidas de fé. A linda festa de aniversário paroquial foi precedida da celebração de um Tríduo em honra à Paróquia São Francisco de Assis, realizado entre os dias 30/01 – com Cele-bração Eucarística às 19h30min na Igreja Matriz; 31/01 com Celebração Eucarística às 19h30min na Igreja Matriz e 01/02 com a Celebração Eu-

Paróquia São Francisco de Assis comemora sete anos de instalação

carística às 19h na Igreja Matriz da Paróquia. Acredito que agradamos ao Senhor, rendendo--Lhe graças, honras, louvores e a gratidão que só Ele, o nosso Deus, merece! Na memória de São Francisco de Assis – nosso Patrono – e no auxílio materno de Maria Santíssima, nossa boa e querida Mãe do Céu honramos a Deus, que é Uno e Trino! Pois Ele nos ama tanto! Na ocasião disse que considero muito importante e salutar lembrar e celebrar esta data da passagem do aniversário paroquial, pois, para mim particularmente a festa do aniversário paroquial e a festa do padroeiro paroquial tem o mesmo peso e medida, na vida espiritual e pastoral da Paróquia e de todos os que a integram como membros. Não se pode deixar passar em branco, no esquecimento uma ocasião especial na vida! Dias atrás, encontrei-me com o nosso Arcebispo Dom Luíz Mancilha Vilela, SS.CC e lhe falei com alegria e sorriso nos lábios da celebração da Festa do 7º Aniversário de Insta-lação da Paróquia e de minha posse como seu 1º Pároco e ele muito simpático e sorridente me disse: “Parabéns! Parabéns pela Paróquia!” Foi uma frase muito curta, mas cheia de sentido e que me encheu de emoção e alegria ainda maior por sentir, no coração, que aquele que está na linha de sucessão dos Apóstolos e que é o Pastor maior na Arquidiocese gosta e ama a nossa Comunidade Paroquial e se alegra com ela, pelos passos que nestes sete anos de vida pastoral já se deu, pois acredito que damos também, em retribuição, alegria e conforto espiritual ao seu coração de Pastor. Sinceramente desconheço o fato se em algum momento de nossa caminhada pastoral lhe damos alguma “dor de cabeça”! Creio que não! Amor se retribui com amor sempre! Queremos ser continuamente uma preciosa ajuda ao seu ministério episcopal, ovelhas obedientes que caminham na unidade da Grei do Senhor, na comunhão e na participação, dizendo-lhe com toda simplicidade e humildade: muito obrigado por nos apoiar, nos ajudar e nos amar e por rezar sempre por nós! Obrigado mais uma vez pela força que nos tem dado! Todavia, porque tanto elogio e reconhe-

cimento à Paróquia São Francisco de Assis? É simples a resposta! Porque nela (em nossa paróquia) Jesus brilha, como luz que está no centro, no fundamento, no alto e no equilíbrio de todas as coisas, no lugar mais importante para onde todos os olhares se voltam, no centro das atenções, no centro do nosso amor, da nossa fé e de nossas ações! Isto porque ela (a paróquia) é expressão da Igreja que, por sua vez, merece o nosso carinho, nosso reconhecimento, nosso louvor, nosso amor, pois se somos cristãos, dis-cípulos missionários de Jesus, o somos por meio dela, da Igreja! Nós precisamos dela e ela precisa de nós. Como mãe ela nos leva no colo e depois nos faz caminhar com Jesus e nós, agradecidos, a levamos nos ombros. Jesus, ao enviar os seus em missão, prometeu ficar permanentemente conosco, com a sua Igreja, todos os dias até o final de tudo (cfr. Mt 28, 16-20). O Papa Francisco na sua mais recente Exortação Apostólica nos diz: “A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a doci-lidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar a adaptar constantemente, con-tinuará a ser ‘a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas’. Isto supõe que esteja realmente em contato com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes de evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para conti-nuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário...” (EvangeliiGaudium, nº 28) Percebo, com clareza, que a nossa Paróquia se encaixa direitinho nesta reflexão e ensina-mento do Papa Francisco. E bendito seja Deus

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Page 9: Revista Fraternidade Março/2014

por isso! Mas, sem dúvida que existem muitas situações em que precisamos melhorar e progredir. Cito pelo menos duas, que de ime-diato me vem à mente agora: o número de pessoas que integram as equipes de pastorais precisa crescer e o número de dizimistas fiéis também necessita de crescimento! Creio eu que se melhorarmos e ajustarmos essas duas realidades que ainda estão deficientes muitas outras situações e realidades vão, automaticamente, ser beneficiadas. Vamos melhorar? Com boa vontade e firme propósito se alcan-ça a vitória! Caminhando para frente, olhando para Deus, sem perder as esperanças jamais! Termino com as palavras de São João Maria Vianey – Patrono dos Párocos – quando na adoração diante do Santíssimo Sacramento ou em outro momento de oração pessoal rezava pela sua Paróquia (Nossa Senhora da Conceição), que eu, particularmente, tive a graça de conhecer na pequena cidade de Arns no interior da França quando lá estive em setembro/outubro de 2009 para um retiro espiritual, com 1.500 sacerdotes, por ocasião do ano sacerdotal. Dizia o Santo Cura D’Arns, “o nosso pároco” como carinhosamen-te é chamado até hoje pelos católicos da pequena cidade de Arns, apesar dos 150 anos de sua morte: “Meu Deus, concedei-me a conversão da minha paróquia; aceito sofrer tudo aquilo que quiserdes por todo o tempo da minha vida”. Com a minha afetuosa bên-ção e a mais sincera declaração de amor por todos vocês!

Pe. Hiller Stefanon SeziniPároco

Paróquia São Francisco de Assis é festejada por todos O 7º aniversário de instalação da Paróquia São Francisco de Assis - Área Pastoral de Vila Velha - ES, ocorrido no dia 2 de fevereiro, foi muito festejado pelos fiéis. Vários foram os testemunhos dados sobre a importância da sua instalação e sobre os inúmeros benefícios que ela trouxe para todos nestes sete anos de importantes trabalhos realizados. Apresentamos alguns testemunhos:

Desde que se tornou uma Paróquia, houve uma apro-ximação do povo com a Igreja. Nós vimos ao longo do tempo, um grande crescimento na participação dos fieis e um aumento na alegria das pessoas. E é muito bom ver a Igreja cheia durante as missas, tudo fruto da nova paróquia e do ótimo trabalho do padre Hiller.Henrique Ribeiro Morais

A paróquia foi uma luz, uma grande força para nossa comunidade que é muito acolhedora. A cada celebração nós

vemos a igreja sempre muito cheia. E o trabalho do padre Hiller, que é um grande líder, é grandioso e com certeza faz uma diferença. Cada vez que entro na minha igreja, fortaleço minhas convicções.

Rita Fonseca

Servir a Jesus e a esta comunidade é um grande presente para nós. Com o aniversário da Paróquia, quem ganha na verdade somos nós, que somos agraciados com a presença de Jesus. Alexandre Verde de Almeida e Cristiane Freitas Lopes de Almeida

O padre Hiller aumentou o nosso contato com Jesus, ele trouxe Jesus até nós. Quando ele chegou, ele se doou muito e uma das primeiras coisas que ele nos disse foi que ele dobraria o número de missas. E ele fez. E a sua doação foi muito importante para todos que fazem parte da Paróquia. Tereza Cristina Subtil

Completamos sete anos, na Biblia o número sete simboliza a perfeição. Não a que atingimos, mas o nosso objetivo. Na cronologia humana, sete anos é o tempo da alegria, da infância, onde o pai é o exemplo a ser seguido. Temos este “Pai Espiritual” na pessoa do nosso Pároco Padre Hiller que com seu incansável trabalho de evangelização, carinho e amizade nos incentiva a sermos melhores cristãos a cada dia, na busca da perfeição que é Deus. Parabéns Paróquia São Francisco de Assis. Diácono Permanente Cláudio Pereira Lazarini

9FRATERNIDADE

Page 10: Revista Fraternidade Março/2014

A fé que constrói a Igreja

Ameta é audaciosa, mas com a ajuda de Deus e Nossa Senhora de Guadalupe será cumprida. A previsão é de que em dezembro celebremos a Missa em comemoração ao dia da Santa Padroeira da nossa comunidade em sua nova morada”. A fala,

da coordenadora Catharina Néspoli, tem a certeza dos que acreditam e fazem acontecer. O esforço e união para que tudo aconteça é grande. Muitos fiéis se engajaram na batalha pela construção desta grande obra. As campanhas “Vem Católico, Construa sua Igreja” e “Metro Quadrado” seguem com sucesso e inúmeros outros projetos como bazar, a venda de produtos ao final das celebrações e as rifas complementam a arrecadação de recursos necessários para que o objetivo final seja alcançado. Vale lembrar, em especial, a importância da participação de todos como mobili-zadores destes projetos, principalmente com a contribuição do dízimo, que é bíblico, e também nas ofertas espontâneas nas celebrações ou especificamente para a obra.

Como você pode ajudar:

w Dízimow Ofertasw Ação Social concorrendo a uma moto,

dois carros zero e um caminhão de prêmios

w Campanha do metro quadradow Colocando sua propaganda nos

tapumes que cercam a comunidadew Bazarw Fazendo suas doaçõesw e divulgando.

Participe!

Mais informações, procurem a Secretaria da Comunidade, de segunda à sexta-feira, das 13h30 às 21 horas. Tel.: (27) 3329-0951.

Mãos à obra

10 FRATERNIDADE

Page 11: Revista Fraternidade Março/2014

Moedas de troca?

Orientação

Diante de algumas experiências desagradáveis, nestes anos de ministério episcopal, no que tange à devolução do dízimo, vem à minha mente uma preocupação que requer, de minha parte, uma reflexão teológica pastoral. Não pretendo repreender, mas orientar. O sistema capitalista no qual estamos inseridos seja como consumidores, seja como agentes no mercado de troca de valores econômicos, pode viciar-nos e levar-nos a tomar posições erradas do ponto de vista ético e teológico.

Recordemos as três dimensões do dízimo:

01. Dimensão religiosa: O dízimo deve suprir, com recursos, todas as necessidades direta ou indiretamente ligadas à celebração e aos seus ministros (despesas com o templo-construção e manutenção, salários dos funcionários, encar-gos, energia elétrica, água, telefone, impressos, paramentos litúrgicos, velas, vinhos, hóstias, equipamentos de som e audiovisuais, etc.).

02. Dimensão Social: O dízimo deve suprir as necessidades dos irmãos mais necessitados da comunidade, atendidos pelas pastorais sociais.

03. Dimensão Missionária: O dízimo deve sustentar financeiramente as ações de evangeli-zação da comunidade exercidas fora do território da paróquia. Ajuda a Cúria, ao Seminário e às missões de um modo geral. Tomo liberdade de acrescentar mais uma dimensão indispensável para o bem espiritual do dizimista:

04. Dimensão Teológica e Espiritual: O dízimo tem uma fundamentação bíblica que preanuncia o Reino de Deus, onde todos os filhos e filhas de Deus vivem o mistério da partilha porque todos são da Família e Deus é Amor (1Jo 4,7). A partilha é expressão de filhos e filhas, irmãos e irmãs que nasceram do Alto, de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. A partilha não é uma obrigação, mas uma consequência da nova criatura na Pia Batismal. Quem é de Deus, ama e partilha do seu ser enquanto peregrina em direção à Nova Terra e Novos Céus (AP 21,1). O dízimo não é simplesmente uma aplicação do costume bíblico do Antigo Testamento, mas um costume bíblico aperfeiçoado pelo Novo Testamento, pois Jesus não veio destruir a lei, mas aperfeiçoá-la (MT 5,17). Jesus é a nova e eterna Aliança, revelação do Amor Eterno do Pai e inaugura o Reino de Deus (Mc 1,15)! Reino de Amor, de partilha e de Paz!

Concluindo, o dízimo não é imposto religioso, não é obrigação legal, mas é sim, expressão de Amor e Fé, de todo aquele que faz parte da família peregrina de Deus, povo de Deus em marcha. Por isso, este gesto de fé e amor do cristão não pode ser usado para pressionar ou ameaçar a igreja seja por qual razão for. Mesmo se o presbítero, eventualmente cometer algum erro, ou der alguma orientação que não agrade a todos, ainda que a transferência de um padre para outra paróquia ou para exercer uma missão específica em vista do bem da igreja, não seja desejado por alguns, a partilha do dízimo não pode servir como um tipo de castigo ou pra correção. Por que? Porque a partilha faz parte essencial da Família de Deus, cujo amor se ex-pressa na fraternidade desta Família. Peregrinos do Reino de Deus não se revoltam e não fazem do dízimo uma moeda de troca. Tenho percebido, nestes anos de ministério episcopal, que membros da família de Deus, do povo peregrino, tem feito do dízimo como se fosse uma moeda de troca, assumindo la-mentavelmente uma atitude pré-cristã e de velha criatura. Por tanto, a prática do dízimo é espiritualidade de partilha da Famí-lia de Deus. Esta é a dimensão mais importante, espiritual e teológica!

Dom Luiz Mancilha Vilela, ssccArcebispo de Vitória do Espírito Santo

11FRATERNIDADE

Page 12: Revista Fraternidade Março/2014

Aconteceu

Celebrações e comemoraçõesGrandes e relevantes momentos foram festejados nos meses passados na Paróquia São Francisco de Assis. Entre eles se destacam as Festas do 7º Aniversário de Instalação da Paróquia e da posse de Padre Hiller Stefanon Sezini como Pároco. Também registramos alguns destaques das Festas de Nossa Senhora de Guadalupe e do Padroeiro Paroquial. Confiram:

FESTA DEGUADALUPE

ANIVERSÁRIODA PARÓQUIA

12 FRATERNIDADE

Page 13: Revista Fraternidade Março/2014

ANIVERSÁRIOPE. HILLER

13FRATERNIDADE

Page 14: Revista Fraternidade Março/2014

Compromisso de fé

Dízimo: Ação de Graças a Deus e compromisso com a Missão

AIgreja, ou seja, aqueles que são convo-cados para este anúncio missionário, continuam desde o tempo dos apóstolos,

andando por cidades e povoados, pregando, anunciando a Boa Notícia do Reino de Deus, fazendo novos discípulos e missionários. Assim como naquele tempo (como se lê em Lucas 8,3) também hoje, essa ação evangelizado-ra precisa de muitos colaboradores, conforme a capacidade financeira de cada um, para adquirir e sustentar os meios e instrumentos necessários à missão deixada por Jesus à sua Igreja. Cada católico, discípulo missionário pelo seu batismo, deve, portanto, contribuir financei-ramente com a Igreja, conforme suas condições econômicas, sem pena nem constrangimento (2 Cor 9,7), fazendo com que o anúncio da Boa Nova chegue a todas as pessoas. A este gesto, decidido no coração, damos o nome de dízimo. É pessoal, espontâneo, dado com alegria, ato de fé, compromisso com a evangelização! Podemos dizer que todo dizimista é evan-gelizador, pois seu gesto revela uma consciência eclesial bem formada. Com certeza, está inserido na Comunidade Eclesial e atuando nos diversos serviços e ministérios da Igreja. Vamos ver como anda esta prática em nossa Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo. A Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo possui no seu território de missão 15 mu-nicípios, totalizando 1.858.751 pessoas. Destas,

Jesus nos deixou uma missão: fazer todos seus discípulos. Todos são chamados, a partir do seu batismo, a participar da Comunidade Eclesial e a viver de acordo com o que Jesus ensinou.

985.138 se declaram católicos. O número de católicos economicamente ativos, ou seja, com idade e condições financeiras para contribuir (isto é, que possui renda) é de 551.677. Con-siderando esta população católica que possui renda e a arrecadação financeira da Arquidiocese através do dízimo, o valor do dízimo per capita, por católico que tem renda, é de R$ 5,66 (cinco reais e sessenta seis centavos) mês. Pesquisa recente elaborada pela admi-nistração da Mitra Arquidiocesana de Vitória, considerando as fichas de inscrição de dízimo de algumas paróquias, revelou que apenas 13% (treze por cento) da população católica que tem renda, na região de abrangência da paróquia, é dizimista. Em outras palavras, de cada 100 (cem) católicos, apenas 13 (treze) são dizimistas que contribuem com regularidade. Aí está um dos motivos pelos quais so-mente temos o suficiente para o nosso custeio, faltando o necessário para investimentos em projetos de evangelização, missionários e ca-ridade. Exemplificando, na Arquidiocese de Vi-tória do Espírito Santo, faltam recursos para a construção do novo prédio do Instituto de Filosofia e Teologia (IFTAV), Casa Sacerdotal, Casas Paroquiais, Casa de Formação do Prope-dêutico, reforma do Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Penha, novo espaço físico da Fundação Nossa Senhora da Penha (Rádios), aquisição e atualização dos Veículos de Comu-

nicação, manutenção de Obras Sociais, entre tantas outras necessidades nas Paróquias e na Arquidiocese como num todo. Se considerarmos as Paróquias, com suas redes de comunidades, essa lista com certeza vai aumentar bastante. São inúmeras as Comunida-des Eclesiais que necessitam comprar terrenos, reformar, ampliar ou construir igrejas, centros pastorais ou catequéticos. Quantas realidades necessitam de projetos sociais e de promoção humana. Eis a realidade da nossa Arquidiocese! Acreditamos que não podemos ficar indiferente a tudo isso! Perguntamo-nos: e na Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES – como anda a realidade do dízimo? Garanto-lhes que não muito diferente da reali-dade da Arquidiocese. Vejamos: os católicos que possuem renda somam 11.908. O número total de dizimistas das 06 (seis) Comunidades Eclesiais que formam a Paróquia São Fran-cisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES somam 2.609 pessoas somente. Os que contribuem regularmente, segundo os registros da pastoral do dízimo, somam apenas 1.985 pessoas. Portanto, apenas 16% da população católica (tomando por baixo a média de 21.264 católicos) que tem renda da Paróquia São Fran-cisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES – é dizimista, ou seja, de cada 100 (cem) católicos que tem renda apenas 16 (dezesseis) católicos são dizimistas!

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Jesus nos fala o seguinte:“De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” (Mateus 6,21).

“Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo – diz Javé dos exércitos. Vocês hão de ver, então, se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas

bênçãos de fartura.” (Malaquias 3, 11).

Repetindo e dando maior destaque, a título de ilustração e compreensão:

Deus, Jesus, Reino de Deus, Igreja, Missão, Bênção, Graça, Céu, Vida Eterna... Onde estão eles está nosso coração? Qual importância tem estas Pessoas e valores para sua vida? Por que somos capazes de gastar com tantas banalidades,

dando tanta importância para bens materiais, posições, patrimônios, rendas e ao mesmo tem-po resistentes a uma vida de partilha, oferta e generosidade em favor do anúncio de Jesus e do seu Evangelho?

De cada 100 católicos, apenas 16 são dizimistas regulares na Paróquia São Francisco de Assis, Área Pastoral de Vila Velha, Espírito Santo. Vou lhes dar um exemplo como este re-sultado impacta na Evangelização. A Paróquia São Francisco de Assis – Área Pastoral de Vila Velha/ES – possui diversas necessidades pasto-rais e missionárias: construção da nova Igreja da

Comunidade São Francisco de Assis – Matriz, Construção de todo o complexo da Comunida-de Nossa Senhora de Guadalupe, Término da Comunidade São Pedro Pescador, Reforma da Comunidade Sagrado Coração de Jesus, aquisi-ção de terreno para a Comunidade Santa Clara de Assis, que nem espaço físico próprio ainda tem, ampliação da Comunidade Bom Pastor, ampliação e manutenção do Lar Frei Aurélio

Stulzer (ALFAS), melhorias e manutenção da Fundação de Assistência e Amparo à Velhice (FAAVE), implantação da Associação do Cen-tro de Atendimento Social São Francisco de Assis (ACASSFA), construção do Centro de Formação Pastoral e de Espiritualidade, entre tantas outras necessidades da vida normal da Paróquia... Diante de tudo isso, pergunta-se: existem recursos financeiros próprios para a execução e manutenção de tantas obras e projetos que viabilizem a evangelização empreendida pela Paróquia? A resposta com certeza será NÃO. São necessárias, no decorrer de uma construção, de uma obra, por exemplo, diversas festas, promoções, rifas, ações sociais e eventos diversos. E isto não precisaria ser feito se cada católico praticante e consciente do seu dever, ou pelo menos, aqueles que participam das missas e outras celebrações, dos grupos de oração, dos círculos de casais, dos movimentos eclesiais, das diversas equipes pastorais, grupos de jovens, catequistas, ministros leigos, etc. de acordo com as suas possibilidades financeiras, fosse um fiel colaborador, um dizimista nota dez.

w População da Paróquia São Francisco de Assis – área pastoral de Vila Velha, Espírito Santo (considerando somente a população do bairro de Itapoã, embora a extensão geográfica da Paróquia seja maior): 40.121 habitantes (senso do IBGE de 2010);

w Número de católicos: 21.264;

w Número de católicos que possuem renda: 11.908;

w Número de dizimistas inscritos: 2.609;

w Número de dizimistas regulares (o que não significa fiel de contribuição todo mês): 1.985;

w Percentual de dizimistas: 16%.

Como reverter essa realidade para que não falte o necessário para a ação evangelizadora da Igreja? Apresento a resposta através de dois textos bíblicos:

“Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento,porque Deus ama quem dá com alegria.” (2Cor 9,7).

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QuEM DEVE SER DIzIMISTA?Deve ser dizimista todo católico que possui renda.

O DízIMO é FAMILIAR?Não. O Dízimo é pessoal. È um gesto de ação de graças, reconhecimento e retribuição a Deus, pois tudo que somos e temos é Graça de Deus. Portanto, se em uma família, por exemplo, existirem três membros com renda própria, cada um deve ser dizimista segunda a sua renda e o percentual decidido pela pessoa.

QuAL DEVE SER O VALOR DO MEu DízIMO?O Apóstolo São Paulo, na segunda carta aos Coríntios, capítulo 9, versículo 7, diz: “Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria”. Portanto, o dízimo é um percentual, que varia de 01 (um) a 10 (dez) por cento, e o percentual deve ser decidido segundo a possibilidade financeira de cada um. Sendo um percentual, se sua renda aumenta, também, a contribuição do dízimo aumentará.

QuANDO SE DEVE DOAR O DízIMO?Devo doar o dízimo sempre por ocasião da minha renda. Se minha renda for mensal, minha contribuição será mensal. Se minha renda for ocasional ou periódica, será por ocasião da minha renda.

ONDE DEVO ENTREGAR MEu DízIMO?Devo entregar meu dízimo na Comunidade Eclesial que participo.

Orientações práticas sobre o Dízimo

Quer ser um evangelizador ou colaborar com aqueles que são missionários? Pro-cure a Equipe do Dízimo da sua Comunidade Eclesial ou a Secretaria Paroquial e/ou da Comunidade faça logo a sua inscrição como dizimista e colabore mensalmente com a Igreja. Afinal, Deus ama quem dá com alegria! Seja um dizimista fiel! Faça a diferença!

Sérgio Murilo LopesGerente de Administração da Mitra Arquidiocesana de Vitória

Gesto concreto/compromisso de fé:

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Campanha da Fraternidade 2014

É para a liberdade!

Fraternidade e Tráfico Humano é o tema escolhido pela CNBB (Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil) para ser

refletido, estudado e combatido e que está longe de ser apenas assunto de novelas e pá-ginas policiais. Seja qual for a faceta com a qual se apresenta – tráfico para fins de explo-ração do trabalho, exploração sexual, adoção ilegal, comercialização de órgãos – é uma das questões sociais mais graves e dramáticas, um crime bárbaro que expõe a crueldade humana e ofende a sua dignidade de criatura. Infelizmente o tráfico humano é um crime muito bem organizado, com ramificações em muitas partes do mundo, fonte de ganhos ilícitos superada apenas pela indústria de armamentos. Entre suas vítimas sempre seres humanos em estado de vulnerabilidade social, desejosos de uma vida melhor, de rápidos retornos finan-ceiros e, sobretudo migrantes. Vítimas que por

Sim, “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1)! Agora convido a você a imaginar por momentos o que sentiria estando em uma terra diferente da que nasceu, longe de habituais amigos e parentes, sem referências de moradia, emprego, tendo que confiar nos estranhos mais suspeitos possíveis, reféns incapazes de reagir e, como se não bastasse, completamente invisíveis em sua dor aos que o cercam.

vergonha ou sensação de culpa, nem se reco-nhecem como tal. São vítimas não apenas do tráfico mas, especialmente, de uma sociedade capitalista responsável pela vulnerabilização das relações de trabalho, que transforma em mercadoria seu elemento mais digno: o ser humano. Um aspecto que também merece a nos-sa reflexão é um pequeno pontinho, que até inconscientemente nos torna colaboradores passivos que é o preconceito. O preconceito que nos leva a julgar, condenar, criminalizar as próprias vítimas, estranhar os que são di-ferentes, reproduzindo em nossas relações muitas vezes, posturas tão cruéis, insensíveis que acabam por nos afastar completamente da conduta misericordiosa e amorosa de um Deus que nos confia seu próprio Filho. A Campanha da Fraternidade deste ano nos chama à conversão, nos convida a perceber

as injustiças presentes no mundo trazendo-as à luz. Ser luz! Como bem afirmou Dom Rubens Sevilha – Bispo Auxiliar: “Nesta invisibilida-de entra a Igreja com sua luz. A Igreja que é chamada a ser luz – Lumen gentium.” É sem dúvida, irmãs e irmãos, à Luz da Igreja que tudo revela a força que nos impul-siona a ver sem véu, sem hipocrisia. É também um compromisso com a justiça do Evangelho, como dizia Santo Tomás de Aquino: “dar ao outro o que é ‘dele’, o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir.” A justiça é o primeiro caminho da caridade, do amor ver-dadeiro da solidariedade. Só assim seremos livres e libertadores, frutos da conquista do próprio Cristo Jesus!

Ana Maria LemosSecretária Executiva do Departamento de

Pastoral da Arquidiocese de Vitória/ES

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Quaresma

Seguindo as pegadas do Senhor, caminhemos para a PáscoaMarcada por significativas celebrações, a Quaresma nos permite refazer a peregrinação pascal de Jesus. Descortina um caminho espiritual em que retomamos o nosso batismo, rumo à Páscoa, ponto alto do ano litúrgico, mistério fundamental de nossa fé. Cada celebração, neste tempo, deve ser forte experiência de êxodo, de passagem da escravidão para a liberdade, do individualismo para a solidariedade.

“Nada é mais alto do que o abaixamento da cruz, porque lá se atinge

verdadeiramente a altura do amor.”Papa Francisco, mensagem aos bispos

brasileiros durante a JMJ, 2013.

1. Quaresma: caminho catecumenal, de conversão e de reconciliação, rumo à Páscoa Como sinal sacramental da salvação, a Quaresma abre progressivamente o ciclo pascal e, a cada ano, descortina-nos um caminho espi-ritual em que retomamos nosso batismo, rumo à Páscoa, ponto alto do ano litúrgico, mistério fundamental de nossa fé, cuja expressão má-xima é a Vigília Pascal. A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e vai até a manhã da Quinta-feira Santa, com a celebração da bênção dos santos óleos. A celebração do Domingo de Ramos abre a Semana Santa. A Páscoa da Ceia na Quinta-feira Santa, à noite, dá início ao solene Tríduo Pascal. Durante 40 dias, a Quaresma nos enca-minha para a Páscoa, ajudando-nos a reviver a experiência do povo de Deus, que amadureceu sua fé na travessia do deserto, e a experiência de Jesus, que, após intenso tempo de oração e jejum no deserto, assumiu sua missão com solidária e total entrega.

Neste “tempo favorável” de busca e apro-fundamento de nossa vocação de discípulos(as) missionários(as) de Cristo, assumimos percorrer, com ele, o caminho que passa necessariamente pelas mais diversas tensões e tentações, caminho de total doação até a cruz, em fidelidade ao projeto do Pai. A cada passo, vamos recebendo o vigor, a iluminação, a ternura e a alegria do seu Espírito para proclamarmos a vitória da vida, com o dom cotidiano de nossa vida aos irmãos, enquanto lutamos contra todas as formas de idolatria, violência, exploração, injustiça e morte que, dolorosamente, persistem em nosso mundo, dominam, escravizam e degradam nossa condição humana frágil e pecadora. Marcada por significativas celebrações, a Quaresma nos permite refazer a peregrina-ção pascal de Jesus. Cada celebração, neste tempo, deve ser forte experiência de êxodo, de passagem da escravidão para a liberdade,

do individualismo para a solidariedade, do comodismo para a militância, da morte para a vida, para que possamos fazer de nossa vida uma Páscoa contínua:w na Quarta-feira de Cinzas, abrindo-nos para

sincera conversão e maior adesão ao evan-gelho com a imposição das cinzas;

w nos cinco domingos da Quaresma, sustentan-do-nos e conduzindo-nos progressivamente na caminhada até a Páscoa;

w no Domingo de Ramos, início da Semana Santa, fazendo-nos participantes do despo-jamento e da glorificação de Cristo;

w na Quinta-feira Santa de manhã, fechando a Quaresma com as bênçãos dos santos óleos.

Em adição a isso, há ainda celebrações penitenciais, vias-sacras, ofício divino, retiros espirituais e outras expressões celebrativas, muito abundantes neste tempo, reavivando a mística pascal das comunidades.

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Caminho de renovação batismal

A quaresma é originalmente, e por exce-lência, um tempo batismal. A liturgia da Palavra da Quaresma do Ano A constitui valioso itine-rário de fé e de adesão crescente, consciente e livre à proposta de Jesus, seja do ponto de vista dos textos bíblicos, seja do ponto de vista dos textos dos prefácios, afinados com o evangelho de cada domingo, em vista da preparação dos catecúmenos para o batismo e de toda a Igreja para a renovação da consagração batismal na Vigília Pascal. Nos dois primeiros domingos, apresenta--se Jesus como aquele que toma o caminho do deserto, onde vence as tentações do “ter”, do “poder” e da “fama” e, sustentado pela palavra da Escritura, opta decididamente pela vontade do Pai. Por isso, é glorificado, transfigurado por Deus no Tabor (na versão de MT) antes mesmo de enfrentar a “hora das trevas”. Entramos com ele na grande travessia pascal, encontrando nele a força para passarmos pelas dificulda-des e contradições da vida, transfigurando-as, acolhendo o sentido que elas oferecem como realização da aliança com nosso Deus. Nos outros três domingos, acolhemos as grandes “catequeses batismais” de João e seus respectivos símbolos (caps. 4, 9 e 11):a) No terceiro domingo, na companhia da

samaritana, discriminada por causa de pre-conceitos de religião, de raça e de gênero, fazemos a experiência de um encontro ín-timo e transformador com o Senhor. Ele nos oferece a água da vida que sacia nossa sede e nos faz filhos e filhas de Deus, pelo batismo. Somos convidados a vencer todos os tipos de discriminação, dar um passo novo

no seguimento de Jesus, renovando nossa consagração batismal, e com ele oferecer ao Pai o culto filial em espírito e verdade.

b) Com o cego de nascença no quarto domin-go, entramos em nossa própria escuridão e podermos experimentar a claridade da luz que nos vem de Jesus. Com nossos olhos ungidos e abertos, livres de nossa cegueira original, renovamos nosso empenho de viver como filhos e filhas da luz, vencendo, particularmente, a cegueira que nos impede de reconhecê-lo nos irmãos, sobretudo nos mais pobres, discriminados e excluídos, tanto pela sociedade como pela Igreja. Nes-te domingo da alegria (Laetare), somos animados a abandonar qualquer atitude de tristeza e desânimo para acolher a alegria e a consolação que o amor misericordioso de Deus nos oferece e nos propõe testemunhar.

c) No quinto domingo, lembrando a experiência de Lázaro, somos chamados a sair de nossos túmulos e do grande túmulo da iniqüidade que devora nossas esperanças como povo, gerando desigualdades e escandalosa divisão entre cidadãos e “sobrantes e descartáveis”. Escutamos a voz do Senhor, que dá vida aos ossos ressequidos e nos convida a desatar as amarras e ataduras que nos impedem de caminhar e viver com dignidade, a nós e a tantos irmãos (ãs). Livres e desarmados de tudo o que nos prende, continuamos a apro-fundar nossa vivência batismal. Com Marta e Maria, professamos nossa fé em Jesus, ressurreição e vida, para que, ressuscitados e em comunhão com ele, caminhemos para o Pai, levando transformadas toda a criação

e toda a história. Cada um desses aspectos do mistério que

celebramos em cada domingo caracteriza toda a sequência ritual do dia e prepara mais diretamente para o batismo ou para a renovação das promessas na Vigília Pascal. As primeiras leituras, com textos do AT, narram fatos significativos da história da aliança de Deus com a humanidade e suas relativas exigências atuais para a vida da comunidade cristã (pecado dos primeiros pais, vocação de Abraão e Sara, Moisés e a água da rocha, Davi e a visão dos ossos em Ezequiel), formando um todo catequético. Com textos de grande valor teológico das cartas de Paulo, as segundas leituras tam-bém apresentam ligação com as primeiras leituras, os salmos e os evangelhos.

d) No domingo de Ramos e da Paixão, ini-ciamos, com toda a Igreja, a Semana San-ta. Recordamos a entrada de Cristo em Jerusalém para realizar a entrega de sua vida pela morte de cruz, fiel ao projeto do Reino. Com o povo da primeira aliança , que, durante a festa das Tendas, levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, nós também, seguindo os passos de Jesus, renovamos nossa adesão aos seus projeto e, com nossos ramos nas mãos, o aclamamos Senhor da vida e da história. Escutando a narrativa da Paixão conforme a comunidade de Mateus e participando da liturgia da Paixão do Senhor, deixamos que o mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus se realize mais intensamente em nossa vida.

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Caminho de conversão e reconciliação

Conversão para a fraternidade

A quaresma, no seu conjunto ritual, é um grande sacramento de conversão e reconciliação, mediante o qual partici-pamos na fé do mistério de Cristo, que, vencendo as tentações, escolhe a atitude da compaixão e do amor incondicional, como servo humilde e sofredor, até a cruz. Mais do que uma preparação penitencial da Páscoa, a Quaresma constitui um ensaio da vida nova no Espírito, pelo qual toda a Igreja é convocada a deixar-se “purificar do velho fermento para ser uma massa nova, levedada pela verdade” (cf. 1Cor 5,7-8). Tomando uma atitude contra o con-sumismo, o “jejum” como autodomínio sobre nossa alimentação, nossas palavras,

O Concílio Vaticano II recorda que “a penitência quaresmal não deve ser apenas interna e individual, mas também externa e social” (SC 110). Essa exigência, como passo fundamental na caminhada pascal, é assumida por nós na Campanha da Frater-nidade, que sempre nos pede conversão e solidariedade em situações bem concretas de nossa realidade, ainda marcada por ex-tremado individualismo, por competição desmedida, pela “tirania do dinheiro”, pelo “capitalismo selvagem” e pela “glo-balização da indiferença”, como nos alerta continuamente o papa Francisco. Neste ano, preparando-nos para a Páscoa, numa busca de coerência evangélica, a Igreja nos convida a pôr a fraternidade a serviço

nossos sentimentos, nossos atos, ouvindo e acolhendo sua Palavra sempre viva e eficaz, dedicando mais tempo à oração, vamos fortalecendo as razões de nossa esperança e, assumindo a prática do perdão, da justiça, da misericórdia, da solidariedade, o verda-deiro e mais agradável jejum: “desatar os laços da maldade, desamarrar as correias do jugo, dar liberdade aos encurvados...” (cf. Is 58,6-7), como compromisso de “volta ao primeiro amor” (AP 2,4), selado na fonte batismal. Nossa vida torna-se, então, uma oferta de louvor, um sacrifício espiritual que apresentamos continuamente ao Pai, em união com Jesus, o servo sofredor e pobre.

do combate ao tráfico de pessoas, com o lema inspirado na carta aos Gálatas, 5,1: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. Ações coletivas e concretas são necessárias para que esse mal seja extirpado de nosso mundo. A CF ilumina de modo particular os gestos fundamentais deste tempo litúr-gico: a oração, o jejum e a misericórdia. “Nem a noite nos interrompa na prática da misericórdia!” (S. Gregório Nazianzeno). Como sacramento pascal, a Quaresma nos chama a reconciliação e à mudança de vida, assumindo a busca da humanidade inteira por libertação, justiça, dignidade, reconciliação e paz. Alargamos ecumeni-camente o coração, trazendo a Deus o calor sempre mais forte do universo, que anseia por vida e liberdade, aguardando a pela manifestação dos filhos e filhas de Deus.

2. Alguns lembretes e sugestões para as equipes de celebração

a) Levando em conta a espiritualidade quaresmal, preparar o espaço celebrativo de acordo com certa sobriedade: cor roxa, sem flores (a não ser no 4° domingo, conhecido na tradição da Igreja latina como domingo da alegria, pela aproximação da festa pascal, e no Domingo de Ramos, com a cor vermelha indicativa do amor doado até o martírio). Como sinal de nossa abertura para o essencial, manter no ambiente um vazio necessário, despojado de enfeites e ornamentos supérfluos como cartazes, faixas, fitas, excesso de folhagens. Destacar apenas o altar, a mesa da Palavra, a cadeira de quem preside e a fonte batismal. Também silenciamos o canto do glória e do aleluia para retomá-los, exultantes, no início do Tríduo Pascal (Páscoa da Ceia, na quinta--feira santa) e na solene Vigília Pascal. Os instrumentos musicais se reservam apenas para o acompanhamento discreto dos cantos litúrgicos. O cartaz com o tema e o lema da CF-2014 poderá ser ampliado e colocado na entrada da igreja ou em lugar onde possa ser bem visualizado. Não é aconselhável fixá-lo no altar ou na mesa da Palavra.

b) A cruz também ganha destaque, podendo ser trazida na procissão de entrada, ser incensada em cada celebração e durante a Quaresma, com algum símbolo ligado à realidade ou sugerido pelo evangelho do dia.

c) Uma acolhida pessoal e amorosa seja feita a cada pessoa, e o abraço da paz seja um ges-to intensamente vivido em casa celebração, especialmente com o sentido de perdão ou reconciliação fraterna.

d) O ato penitential poderá receber também um destaque maior como anúncio da misericórdia de Deus e de apelo à conversão, ligado com a realidade da comunidade e com a situação que nos torna responsáveis também pelo crime do tráfico de pessoas. É bom oferecer um tempo considerável para exame de consciência e usar gestos, como ajoelhar-se ou inclinar-se, ou o rito de aspersão, acompanhado de refrãos ou cantos apropriados. Nas celebrações da Palavra ou mesmo nas celebrações eucarísticas, o ato penitential, em alguns domingos, poderá ser feito após a homilia, como resposta à interpe-lação que a Palavra de Deus nos faz.

e) Sugestão da bênção e aspersão com água para o tempo da Quaresma, sobretudo no terceiro domingo:

Quem preside põe-se de pé diante da fonte batismal ou bacia com água preparada junto

“Nem a noite nos interrompa na prática da misericórdia!”

S. Gregório Nazianzeno

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2. Alguns lembretes e sugestões para as equipes de celebração

à cruz e reza: Ó Deus, fonte da vida, nós te bendizemos por

esta água que criaste para fecundar a terra e para manter viva a tua criação. Que ela seja sinal da tua compaixão e do teu amor que se derrama sobre nós para chegarmos renovados à festa da Páscoa.

Que nossa conversão se manifeste no cuidado pelas pessoas, no respeito pela sua dignidade e pelo seu direito à liberdade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Segue a aspersão com água e um canto apro-priado, por exemplo: “Lavai-me, Senhor, lavai--me...” (CNBB, Hinário Litúrgico, fasc. 3, p. 88-89); “Aspergi-me, Senhor...” (H3, p. 87).

f) Destacar a dimensão batismal, origem da própria Quaresma, como itinerário de fé e de adesão crescente ao projeto de Jesus. Nesse sentido, é desejável fazer dela um tempo de catecumenato, isto é, de preparação para os sacramentos da iniciação cristã (batismo, con-firmação e eucaristia) que marcam a entrada de novos membros na comunidade. Os diver-sos domingos são associados com as várias etapas de preparação. O primeiro domingo é consagrado à apresentação e acolhimento dos candidatos(as) para os sacramentos. O terceiro, quarto e quinto domingos são dedicados a abençoar os catecúmenos e invocar a força amorosa de Deus sobre eles, para que sejam libertados de todo o mal, como também a entregar-lhes o credo, os evangelhos e a oração do Senhor (o Pai-Nosso). (Há sugestões no Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, p.64-67, ou em Carpenedo, P. e Guimarães, M. Dia do Senhor, ciclo pascal, a retomada do espírito do catecumenato pode contribuir para que as comunidades, neste tempo, revigorem sua consagração batismal.

g) É importante que as homilias não percam sua dimensão orante, dialogal, mistagógica e profética, evitando um discurso racional, moralista ou apenas temático, que possa abafar a proposta pedagógica da Quaresma. Partindo sempre dos textos bíblicos, fazer a ligação com o tema da Campanha da Fraternidade, com a vida da comunidade e com a própria celebração, momento em que a Palavra do Senhor se realize como acontecimento pascal.

h) Os cantos da Quaresma devem nos ajudar a contemplar e viver o mistério pascal do Cristo em nossa realidade. O Hinário Litúrgico 2 da CNBB e o Ofício Divino das Comunidades oferecem cantos bem apropriados para a li-turgia, sobretudo para os salmos, a louvação

quaresmal (uma versão cantada do prefácio), o rito de aspersão, o rito penitential e também para outros tipos de celebrações próprias para este tempo, como via-sacra, celebração peni-tential, retiros espirituais, etc. O hino da Cam-panha da Fraternidade seja entoado no final da celebração, como rito de envoi em missão, e a oração da Campanha da Fraternidade tem seu lugar mais indicado durante a oração dos fiéis.

i) É bom que, a cada domingo, a comunidade celebrante leve um compromisso em concreto, brotado da celebração e proposto no final da homilia, para ser vivido durante a semana. E, no domingo seguinte, seja retomado no início da celebração como sinal de vida e conversão ou como motive para pedir perdão. Assim, a Quaresma sera um caminho Pascal comuni-tário, progressivo e amoroso das trevas para a luz, da morte para a vida, da escravidão para a liberdade dos filhos de Deus. Cuidar para que esse compromisso leve a comunidade a gestos concretos em relação à realidade iníqua do tráfico de pessoas.

j) Entre as várias orações eucarísticas, aproveitar as da Reconciliação I e II, muito adequadas para o tempo quaresmal, assim como os prefácios próprios (p.414-418).

k) Para a bênção final, o Missal Romano sugere, na página 531, varias “orações sobre o povo”, acompanhadas pelo gesto de inclinar-se para receber a bênção. Seria bom aproveitá-las, assim como as orações de bênçãos próprias para a Quaresma (p.521-522).

l) Toda essa vivência quaresmal só terá sentido quando aparecer claramente como preparação para a Páscoa, que terá sua culminância com as celebrações do Tríduo Pascal e, sobretudo, com a Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigí-lias”. Esta, por ser tão importante, merece ser cuidadosamente preparada para que a Páscoa do ano de 2014 seja profundamente vivida pela comunidade, como festa verdadeira e acontecimento inesquecível!

Maria de Lourdes ZavarezLeiga, agende de pastoral com mestrado em

Liturgia, membro da equipe nacional de articulação da Celebra-Rede de Animação

Litúrgica. Colabora com a CNBB em publicações sobre luturgia.

Fonte: Revista Vida Pastoral Março-Abril 2014, Ano 55, Número 295.

“Celebremos a Páscoa não como o velho fermento, nem com o fermento da malícia e da

perversidade, mas com os pães sem fermento, isto é, na pureza e na

verdade.”(1Cor 5,8)

21FRATERNIDADE

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Opinião

Ética na Política é dever de todos os brasileiros

Quando se fala em política, muita gente arrepia os pelos da nuca. Meu Deus!!! Não quero nem saber de debater políti-

ca! Os políticos são todos corruptos! Os parla-mentares nada fazem no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e Câmaras dos Vereadores! E assim o barco chamado Brasil vai deslizando em águas calmas e turvas, mas segue sozinho. Mas, como esses políticos (na maioria demonizada pela população) chegaram até lá??? Esta pergunta que não quer calar foi respondida pela Constituição Brasileira. A Carta Políti-ca de 1988, chamada de Constituição cidadã, estabelece em seu art. 1º, parágrafo único, o seguinte texto: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, diretamente, nos termos desta constituição”. Pois é, aí está a resposta. Somos nós que votamos e escolhemos os políticos que assumem seus mandatos, renovados de 4 em 4 anos, e de 8 em 8 para os Senadores. Política faz parte da nossa atividade hu-mana, somos todos seres políticos, mas quando vamos exercer nosso papel fundamental como cidadãos, muitas vezes esquecemos-nos da

importância que temos para o funcionamento do nosso país, pois sem nós, povo, o país não evolui, não cresce, não desenvolve sua cidadania. O país se apoia numa economia selvagem, onde só o mercado fala, e a sociedade involui no seu desenvolvimento. Isso é ruim para todos, né? O voto. Como podemos exigir um país justo, honesto e preocupado com seu povo se nos falta o principal na hora de deixar nossos votos na urna eletrônica? Muitos vão às urnas sem conhecimento sobre em quem estão votando. Em muitos casos, o voto passa a ser moeda de troca e isso acontece há anos no Brasil. É bom citar também para embasar ainda mais esta nossa conversa o grande político brasileiro, ex-deputado, e presidente do Con-gresso Nacional, Ulisses Guimarães, quando perguntado sobre o que é o voto? “É o voto, somente ele, que faz a acoplagem dos cidadãos com os homens públicos e o Estado,” afirmou Dr. Ulisses, como respeitosamente era chamado por todos. Aproveito este texto para levantar impor-tantes reflexões, com o objetivo de que possamos entender e discernir qual o verdadeiro papel do cidadão brasileiro no processo eleitoral. Por isso,

na hora de votar preste bem atenção, procure saber quais são os políticos éticos que repre-sentam bons programas de interesse público. Não caia na conversa do mais articulado, mais bonitinho, amigo do amigo, de quem dá jogo de camisas de futebol e de quem faz pregações pedindo votos. As Igrejas (de todos os credos) são res-ponsáveis pelos esclarecimentos aos seus fiéis sobre a importância do voto ético, mas elas não podem ter práticas antiéticas, ou seja, não pode pedir votos para ninguém em especial, mesmo que o padre, pastor, rabino e monge sejam candidatos. Para fechar este texto reflexão deixo aqui mais dois pensamentos de Ulisses Guimarães: “O poder não corrompe o homem; é o ho-mem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia”. “É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. Quem cuida de coisas pequenas, acaba anão.”

Suzana Tatagiba, Jornalista

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Page 23: Revista Fraternidade Março/2014

Dia Hora EvEnto

Segunda-feira 19h19h30

Novena Perpétua pelas Almas Missa pelas Almas do Purgatório

Terça-feira6h30

21 às 22h

Missa com a bênção do Pão de Santo AntônioAdoração ao Santíssimo Sacramento com os jovens

Quarta-feira 19h30 Grupo de Oração “O Bom Pastor”

Quinta-feira 19h30 MissaSexta-feira 6h30 Missa

Sábado6h30 Missa19h Missa

Domingo7h Missa17h Missa19h Missa

outras Missas

Primeirasexta-feira 6h30

Missa, seguida pela manhã de Adoração, finalizando às 12h, com a bênção do Santíssimo Sacramento

Todo dia 04 12h Missa devocional a São Francisco de Assis - Padroeiro Paroquial

Últimasegunda-feira

19h30 Missa (com Oração por Cura e Libertação)

Comunidade São Francisco de Assis – MatrizRua Doutor Jair de Andrade, s/n.º - Praia de Itapoã - Vila Velha/ES - CEP: 29.101-700Tel.: (27) 3329-8700 / Fax: (27) 3349-1491 - Email: [email protected]

Dia Hora EvEnto

Quarta-feira15h Grupo de Oração “Sagrado

Coração de Jesus”19h30 Missa

Sábado 18h Missa

Domingo10h Missa19h Missaoutras Missas

Primeira sexta-feira 15h Missa da Saúde e da Paz

Comunidade Sagrado Coração de JesusRua Fortaleza, n.º 645 - Praia de Itapoã - Vila Velha/ES - CEP: 29.101-575Tel.: (27) 3340-9391 - E-mail: [email protected]

Dia Hora EvEnto

Quarta-feira 8h9h às 11h

MissaAtendimento do Padre

Quinta-feira 19h30 Grupo de Oração “Imaculada Mãe de Deus”

Sexta-feira 19h30 MissaSábado 8h Missa

Domingo8h30 Missa17h30 Missa

Comunidade bom PastorRua Romero Botelho, s/n.º - Praia da Costa - Vila Velha/ES - CEP: 29.101-420Tel.: (27) 3299-5538 - Email: [email protected]

Dia Hora EvEntoTerça-feira 06h30 MissaQuinta-feira 19h30 MissaSábado 19h30 MissaDomingo 10h Missa

Comunidade São Pedro PescadorRua Goiânia, n.º 470 - Praia de Itapoã - Vila Velha/ES - Cep 29101-780 Tel.: (27) 3319-9987 - Email: [email protected]

Dia Hora EvEnto

Todas as 1as e 4as

terças-feiras do mês

19h30 Missa - no estacionamento dos Correios - ao lado da Casa Útil em Itapoã - Vila Velha - ES

Comunidade Santa Clara de Assis(Correspondências devem ser enviadas à Matriz)

Dia Hora EvEnto

Toda 1ª quinta-feirade cada mês

15h Missa

Faave - Fundação de Assistência a Amparo à VelhiceRua Mário de Almeida, n.º 50 - Praia de Itapoã - Vila Velha/ES - Cep 29101-752Tel.: 3329-9414 - E-mail: [email protected]

Dia Hora EvEnto

Todas as 2as terças-feiras do mês 15hMissa com a bênção do Pão de Santo Antônio

Alfas - Associação Lar Frei Aurélio StulzerRua Romero Botelho, s/n.º - Praia da Costa - Vila Velha - ES - CEP: 29.101-420Tel.: (27) 3329-7075 - Email: [email protected]

Dia Hora EvEntoTerça-feira 19h30 Missa

Quinta-feira

06h30

16h às 18h19h30

Missa seguida de Adoração ao Santíssimo com a bênção do Santíssimo Sacramento às 18 horasAtendimento do PadreGrupo de Oração “Nossa Senhora de Guadalupe”

Sábado 18h MissaDomingo 11h Missa

Comunidade Nossa Senhora de GuadalupeAv. Estudante José Júlio de Souza, s/n.º - Praia de Itaparica - Vila Velha/ES - Cep 29102-010Tel.: (27) 3299-0951 - E-mail: [email protected]

Atendimentodo Pároco

Terças-feirasQuartas-feirasSextas-feiras

Das 8 às 11hDas 14 às 18hDas 16 às 18h

SecretariaParoquial

Segundas-feirasàs Sextas-feirasSábados

Das 8 às 12h; e das 13h30 às 17h30Das 8 às 12h

Expediente na Igreja Matriz

Permanentes Atividades Religiosas na Paróquia São Francisco de Assis - Área Pastoral de Vila Velha/ES

Acesse nosso site: www.portadeassis.com.br

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Page 24: Revista Fraternidade Março/2014

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Oração da Campanha da Fraternidade 2014

Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados.

Fazei que experimentem a libertaçãoda cruz e a ressurreição de Jesus.

Nós vos pedimos pelos que sofremo flagelo do tráfico humano.

Convertei-nos pela força do vossoEspírito, e tornai-nos sensíveis às

dores destes nossos irmãos. Comprometidos na superação

deste mal, vivamos comovossos filhos e filhas, na

liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor.

AMÉM!