revista frati gaudenti 3

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2014 Revista da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria. Setembro, outubro, novembro e dezembro de 2014, 3ª Edição Grão-Magistério da Sacra Milícia FRATI GAUDENTI NEWS Na 3ª Edição da Revista Frati Gaudenti News traremos uma especial reportagem sobre a missão da Nobreza no século XXI, os desafios de manter uma identidade política e cultural desta classe, espalhada por todo o mundo, mas que deve manter uma identidade comum.

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Page 1: Revista Frati Gaudenti 3

2014 Revista da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa

Maria. Setembro, outubro, novembro e dezembro de 2014, 3ª Edição

Grão-Magistério da Sacra Milícia

FRATI GAUDENTI NEWS Na 3ª Edição da Revista Frati Gaudenti News traremos uma especial reportagem sobre a missão da

Nobreza no século XXI, os desafios de manter uma identidade política e cultural desta classe,

espalhada por todo o mundo, mas que deve manter uma identidade comum.

Page 2: Revista Frati Gaudenti 3

2

Sacra Ordem Dinástica,

Militar e Hospitalar da Milícia

de Jesus Cristo e de Santa

Maria.

Grão-Mestre:

Sua Alteza Sereníssima o

Príncipe Andre III Trivulzio-

Galli

Grão-Mestre Emérito:

Sua Alteza Sereníssima o

Príncipe Angelo II Trivulzio-

Galli

Arquiprior:

Sua Excelência Reverendíssima

o Senhor Dom Antônio Carlos

Rossi Keller.

Grão-Prior:

Rev. Pe. Marcio Bogaz Trevizan,

Cônego Regular Militense.

Grã-Consultora Histórica

Sua Alteza Ilustríssima a

Condessa Dra. Simone Galli,

Dama da Honra e Devoção.

Grã-Consultora Jurídica

Dra. Waldirene Gabirnatto

Soares, Dama de Graça

Magistral.

Grão-Condestável:

Sr. Ivair Antônio Cantelli de

Oliveira, I Barão da Guarda.

Rei-de-Armas:

Miguel Ângelo Bôto

Avisos da Arquichancelaria Página do Grão-Magistério da Ordem em Língua

Portuguesa: Anunciamos a todos que a Página da

Sacra Milícia em língua portuguesa:

http://sacramilicia.es.tl/

MÍSSA DO PRIORADO DE SÃO PAULO:

A Chancelaria Geral das Ordens de Cavalaria da Casa

Principesca de Trivulzio-Galli anuncia a todos que

será Celebrada a Santa Missa de Investidura dos

Cavaleiros e Damas da Ordem no dia 18 de janeiro de

2015.

A Santa Missa será Presidida por S.E.R. o Arquiprior

da Ordem Mons. Dom Antonio Carlos Rossi Keller,

Bispo Diocesano de Frederico Westphalen. A Santa

Missa Será realizada na Igreja de Nossa Senhora do

Brasil, em São Paulo, Capital.

Sede do Grão-Magistério da Ordem: Rua Romário

Rosa Lopes, nº 184, Centro, Tenente Portela-RS.

Escreva para o Grão-Mestre da seguinte forma:

Para a CASA PRINCIPESCA DE TRIVULZIO-

GALLI, Caixa Postal nº 52, CEP 98500-000,

TENENTE PORTELA, RIO GRANDE DO SUL,

BRASIL.

Para escrever para o Grão-Magistério, o e-mail é

[email protected]

Page 3: Revista Frati Gaudenti 3

3

Oração dos Membros da Ordem

ORAÇÃO DOS CAVALEIROS DA SACRA MILÍCIA.

Senhor Jesus que me chamastes a participar da Sacra Ordem Dinástica, Militar e

Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria, te suplico humildemente, pela

intercessão da Beata Virgem Maria, Rainha dos Céus, do valoroso São Valério Mártir,

Teu glorioso Cavaleiro e de todos os Santos, para que me ajude a ser fiel às tradições da

nossa Ordem, praticando e defendendo a Santa Religião Católica Apostólica Romana

contra todos os Seus inimigos. Que o Vosso Evangelho seja para mim uma Armadura

de Fé e um Escudo de Boa Vontade, Segura Defesa contra as forças do mal. Senhor

Jesus, te peço, afim de que possa ter a Graça de exercitar a caridade ao meu próximo,

especialmente os órfãos e pobres. Daime enfim a coragem de, segundo o espírito dos

Evangelhos, com o ânimo desinteressado profundamente Cristão, a força de lutar pela

maior Glória de Deus, pela Glorificação da Santa Igreja e pela Propagação da Fé, pela

Paz no Mundo e pelo bem da Santa Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de

Jesus Cristo e de Santa Maria. Amém.

Breves Notícias da Ordem Pedidos de condecorações:

Os pedidos de Condecorações poderão ser realizados diretamente para o Grão-

Magistério da Ordem, através do e-mail [email protected]

As novas condecorações da Ordem, seguindo o modelo tradicional, serão

confeccionadas pelo Sr. Julio Cesar Servilha, Joalheiro de Câmara da Casa Principesca

de Trivulzio-Galli, sendo que, como convém a tradição, serão utilizados matérias nobres

e banhos de ouro de 18 k.

“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao

ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que

não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

Page 4: Revista Frati Gaudenti 3

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Sumário Avisos da Arquichancelaria ........................................................................................... 2

Oração dos Membros da Ordem .................................................................................... 3

Breves Notícias da Ordem ............................................................................................. 3

Mensagem de Natal da Casa Principesca de Mesolcina ................................................. 5

Real Associação dos Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas do Principado de

Mesolcina ..................................................................................................................... 7

Grandes Arquipriores: Cardeal Nicola Alberti, Cônego Regular Militense e Bispo de

Spoleto. ......................................................................................................................... 1

Mensagem do Príncipe Grão-Mestre: A Missão da Nobreza .......................................... 1

Intenciones de oración del papa Francisco para el mes de enero .................................... 2

Padre Lombardi: não existe nenhuma carta do papa sobre o celibato ......................... 3

A Roma si studiano "nuovi modelli di scuola"............................................................... 4

'Asia es una de las grandes fronteras de la Iglesia para Francisco' .................................. 5

Especial da Capa: A Nobreza, sua função em uma sociedade cada vez mais republicana

e igualitária, e a necessidade de ser preservada como classe social ................................ 0

Palavra do Arquiprior.................................................................................................... 4

A bela mensagem trazida pela Espada ........................................................................... 6

Criação da Lugar-Tenência de Córdoba no Grão-Bailiado da Argentina ...................... 11

Novas atividades dos Grão-Bailiados nas Américas .................................................... 12

Grão-Bailiado da Bolívia ......................................................................................... 12

Grão-Bailiado do México ........................................................................................ 12

Novo Lugar-Tenente de Nápoles ................................................................................. 13

Missa de Investidura na Província de São Paulo Apóstolo (Brasil) .............................. 14

Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco ................................ 15

Por que discriminar é correto e natural .......................................................................... 0

Cuba acelera o processo de devolução de propriedades da Igreja ................................... 3

Visita de papas .......................................................................................................... 2

Uma relação tumultuada ............................................................................................ 2

Após perder batalhas, Estado Islâmico mata seus combatentes ...................................... 3

EI perde sua dinâmica ............................................................................................... 1

Jihadistas ainda são desafio ....................................................................................... 2

Especial: Imagem .......................................................................................................... 1

Page 5: Revista Frati Gaudenti 3

5

Mensagem de Natal da Casa Principesca de Mesolcina

Aos Mesoanos, que habitem em Mesolcina, ou em outras nações

Aos Cavaleiros e Damas de Nossas Ordens Dinásticas,

A todas as pessoas de Boa Vontade,

ET Verbum caro factum est! Hoje relembramos o maior milagre da história da

Humanidade, o dia em que o Verbo de Deus Se fez carne, e realmente habitou entre nós.

Relembramos hoje, o dia em que o Verdadeiro Deus Sol designou-se a ser a Luz Eterna

para iluminar a nossa existência humana.

Mais um ano se passou e novamente comemoramos o Aniversário do Menino Deus, que

há mais de dois mil anos veio trazer a Salvação a humanidade; e hoje, o comemoramos

com grandes ceias em nossos lares; erguemo-lo grandes árvores em nossas salas;

devemos, porém, ter também este senso de grandeza ao agradecê-Lo por tudo o que por

nós fez.

A grandeza desta época Natalina nos convida a intensificarmos a nossas ações

caritativas, em prol dos mais necessitados, em especial àqueles que não podem

Page 6: Revista Frati Gaudenti 3

6

comemorar o Natal, quer por falta de recursos, quer por estarem em solo estrangeiro,

onde os Cristãos não são bem recebidos.

Desejamos a todos que este período que o Natal do Senhor inicia, seja farto de bênçãos

para todas as nações, especialmente ao povo Mesoano, trepievino, alvitense, e dos

demais locais onde a Casa de Trivulzio-Galli tenha exercido sua soberania ao longo dos

séculos.

Que o eterno canto de Gloria in excelsis Deo, entoado pelos Anjos naquele Primeiro

Natal, seja outra vez entoado em todos os lares do planeta, para glorificar o grande

prodígio, do Deus Encarnado, que hoje celebramos.

Andre, Príncipe Titular de Mesolcina, Duque de Alvito, Chefe da Casa Principesca de

Mesolcina e de Trivulzio-Galli

Angelo, Príncipe de Mesolcina e Duque de Bojano,

Rosa, Princesa de Mesolcina e Duquesa de Bojano,

Tiago, Príncipe de Mesolcina e Conde de Castel San Pietro,

Serenita, Princesa de Mesolcina,

Rosângela, Princesa de Mesolcina,

Camilla, Princesa de Trivulzio-Galli.

Page 7: Revista Frati Gaudenti 3

7

Real Associação dos Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas do

Principado de Mesolcina

Brasão de Armas da Real Associação

Por iniciativa dos Cavaleiros e

Damas pertencentes às diversas Ordens

Dinásticas da Casa Principesca de

Trivulzio-Galli, foi formada a Real

Associação dos Cavaleiros e Damas do

Principado de Mesolcina, a RACOM.

A RACOM, que terá como sua

primeira Presidente a Condessa Simone

Trivulzio-Galli, Dama da Grã-Cruz da

Ordem das Damas Nobres de Nossa

Senhora Auxiliadora será formada pelos

Cavaleiros e Damas das Ordens de

Cavalaria Dinásticas da Casa

Principesca de Mesolcina, também

chamada de Casa Principesca de

Trivulzio-Galli, que associarem-se com

o pagamento de uma cota associativa,

atualmente R$ 100,00. Os Cavaleiros e

Damas que associarem-se à RACOM

deverão pagar uma mensalidade de R$

50,00 (cinquenta reais), que será

utilizada para a manutenção da Real

Associação, e, na medida do possível,

para o custeio das atividades caritativas

da Real Associação.

Será objetivo da RACOM a

reunião de forças dos Cavaleiros das

diversas Ordens Dinásticas da Casa

Principesca de Trivulzio-Galli para a

realização das atividades caritativas

próprias da Cavalaria. Lembramos a

todos que o pagamento das taxas

cobradas pela RACOM não quitam

eventuais obrigações pecuniárias que os

Cavaleiros e Damas tenham com suas

Ordens de Cavalaria.

Para manter contato com a

Secretaria da Real Associação, escreva

para o e-mail

[email protected]

Page 8: Revista Frati Gaudenti 3

Grandes Arquipriores: Cardeal Nicola Alberti, Cônego Regular

Militense e Bispo de Spoleto. Nesta secção, traremos a memória dos Grandes Arquipriores que passaram pela Sacra

Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria.

Nicola, Cardeal

Alberti, foi este o 3º

Arquiprior da Ordem.

Nomeado pelo Papa Bento XI

em 1303, sua Nomeação vai

representar um duro golpe no

poder dos primeiros Grão-

Mestres da Ordem, uma vez

que estes queriam ver-se

livres da influência

direta da Santa Sé na Ordem, o que

quase conseguiram, uma vez que a

obtiveram que a Ordem permanecesse

sem Arquipriores entre os anos de 1251

a 1303.

Nicola Alberti foi Escudeiro e

Noviço da Ordem, sendo Armado

Cavaleiro da Mãe de Deus em 1298.

Sentindo vocação para o Sacerdócio,

migrou para o Tercio Religioso da

Ordem, e tornou-se um Cônego Regular

Militense, chegando a Superior do

Priorado de Bolonha.

Viu como oportuno a sua

aproximação com os Dominicanos, o

que era plenamente possível pelo direito

canônico então vigente, também

passando a ser Irmão daquela Ordem

religiosa.

Elevado ao Cardinalado em 18 de

dezembro de 1303, pelo Papa

Bento XI, foi Eleito Bispo

de Spoleto.

Como já era formalmente

Cavaleiro e Cônego da Ordem,

foi usado pelo Papa como um

instrumento para a Santa Sé

retomar o controle formal

sobre a Ordem, nomeando-o Arquiprior

da mesma.

A notícia de sua nomeação foi

recebida com grande protesto pelos

Cavaleiros, mas mostrou-se

profundamente exitosa com o tempo.

Manteve-se Arquiprior da Ordem até

falecer, em 1231.

Cardeal Nicola Alberti

Page 9: Revista Frati Gaudenti 3

Mensagem do Príncipe Grão-Mestre: A Missão da Nobreza

Nesta nossa 3º Edição da Revista Frati Gaudenti, é com grande alegria e satisfação que

trazemos um tema que nos é tão caro e agradável, A NOBREZA. Quando este tema me

foi sugerido pelo Reverendíssimo Padre Marcio Bogaz Trevizan, Cônego Regular

Militense e Grão-Prior Geral da Ordem, confesso que minha primeira reação foi ao

mesmo tempo de alegria e de espanto. A alegria não precisa ser nem ao menos

motivada, pois o tema, por si só, é de grande interesse. O espanto, contudo, é devido

pelo fato de que grandes Cavaleiros desta Ordem já falaram sobre o tema de forma

muito mais magistral do que aqui falaremos.

Um destes Cavaleiros, o Dr. Sir Plínio Corrêa de Oliveira (que com certeza foi o mais

destacado Cavaleiro desta Ordem no século XX), passou boa parte da sua vida falando e

(magistralmente) escrevendo sobre esta temática.

Como, porém, não conseguiremos escrever tão bem como o nosso Confrade Dr. Plínio,

julgamos que a melhor alternativa seria a de criarmos uma coluna editorial para este

nosso querido Irmão de Hábito, falecido em 1995. Nossa alegria é que este nosso amado

Cavaleiro nos deixou centenas de obras escritas, que, com toda certeza, abrilhantarão de

hoje em diante esta nossa Revista.

DEO FAVANTE!

Andre III Trivulzio-Galli

Príncipe titular de Mesolcina, Duque de Alvito.

Page 10: Revista Frati Gaudenti 3

Notí cias da Santa Se :

Intenciones de oración del papa Francisco para el mes de enero Pide que se rece por la paz y por el celo por el servicio a los pobres de los religiosos

Ciudad del Vaticano, 31 de diciembre de 2014 (Zenit.org) Redacción | 43 hits

El papa Francisco ha propuesto sus intenciones de oración para el mes de enero de

2015, una general y la otra misionera, informó la Oficina de Prensa de la Santa Sede.

La intención general que el Pontífice argentino ha presentado para este primer mes del

año es: ''Para que quienes pertenecen a tradiciones religiosas diversas y todos los

hombres de buena voluntad colaboren en la promoción de la paz''.

Page 11: Revista Frati Gaudenti 3

Y la intención misionera es la siguiente: ''Para que en este año dedicado a la vida

consagrada, los religiosos y las religiosas redescubran la alegría de seguir a Cristo y se

dediquen con celo al servicio de los pobres''.

Desde 1890, el Santo Padre confía en el Apostolado de la Oración para dar a conocer en

todo el mundo sus preocupaciones, que encomienda a las plegarias de los fieles

cristianos.

Padre Lombardi: não existe nenhuma carta do papa sobre o celibato

Roma, 31 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Redacao | 1 visita

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, foi perguntado

pelo blog italiano ―Il Sismografo‖ sobre uma suposta carta que o papa Francisco teria

enviado ao cardeal brasileiro Cláudio Hummes a respeito do celibato eclesiástico.

Lombardi declarou: "Posso afirmar que não existe nenhuma carta do papa ao cardeal

Hummes sobre esta matéria. É verdade, porém, que o papa convidou em mais de uma

ocasião os bispos brasileiros a buscarem e proporem com valentia as soluções pastorais

que eles julgarem adequadas para enfrentar os grandes problemas pastorais do país".

Não é a primeira vez que acontece um episódio parecido. Na audiência geral de 10 de

dezembro, o próprio pontífice disse que, ao divulgarem notícias sobre o sínodo de

outubro, "os meios de comunicação demonstravam um pouco do estilo das crônicas

esportivas ou políticas: falava-se com frequência de dois lados, pró e contra,

conservadores e progressistas". O Santo Padre explicou que "um sínodo não é um

parlamento em que diversos partidos ou grupos de poder debatem, mas sim um contexto

de comunhão, privilegiado e protegido, no qual o Espírito Santo age".

O papa recordou também que "o documento de trabalho, fruto da consulta feita a toda a

Igreja, foi a base do primeiro relatório, prévio ao diálogo fraterno realizado na sala

sinodal, sem jamais serem postas em dúvida as verdades fundamentais do sacramento

do matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida. Em

seguida, os grupos linguísticos trabalharam a partir de um segundo relatório, que

recolhia as diversas opiniões manifestadas na sala. E, com estas contribuições, foi

elaborado um relatório final, que será enviado às conferências episcopais de todo o

mundo para que elas preparem a próxima assembleia ordinária, em 2015".

Page 12: Revista Frati Gaudenti 3

Francisco encerrou a sua fala dizendo que "os documentos oficiais do sínodo são três: a

mensagem final, o relatório final e o discurso final do papa. Não há outros".

A Roma si studiano "nuovi modelli di scuola" L'associazione Arca dell'Alleanza promuove tre workshop presso l'Istituto Sant'Orsola

aperti alla partecipazione e al contributo attivo dei genitori

Roma, 31 Dicembre 2014 (Zenit.org) Redazione | 31 hits

Tre incontri per mettere a confronto genitori, insegnanti e imprese per delineare ―nuovi

modelli di scuola‖ e dar vita ad una sorta di riforma educativa ―dal basso‖.

L‘iniziativa è promossa dall‘associazione Arca dell‘Alleanza, fondata dagli imprenditori

Giorgia Petrini e Marco Di Antonio, con l‘obiettivo di intercettare delle opportunità per

progettare la scuola del futuro, ―avendo in mente e nel cuore quello che la scuola

dovrebbe sempre essere e significare in ogni tempo: un diritto garantito di alta qualità

accessibile a tutti, anche economicamente‖, spiega la Petrini sul suo blog.

Il progetto vede la luce al termine di un percorso durato un anno di approfondimento e

di analisi del contesto e delle necessità reali nell‘ambito della scuola di oggi, durante il

quale l‘associazione Arca dell‘Alleanza ha monitorato le più disparate realtà educative.

L‘obiettivo è quello di ripensare la scuola e l‘educazione affinché i giovani ―non

crescano depressi e ignoranti (oltre che ignorati) in un sistema educativo che ―comincia‖

a fare acqua da tutte le parti‖.

Gli incontri saranno ospitati dall‘Istituto Sant‘Orsola, in via Livorno 50/a a Roma e

sono in programma nelle seguenti date: venerdì 30 gennaio 2015, ore 21; venerdì 27

febbraio 2015, ore 21, venerdì 20 marzo, ore 21.

Page 13: Revista Frati Gaudenti 3

Scopo dell‘iniziativa sarà quello di condividere con i genitori e con chiunque sia

interessato, i prossimi passi già in atto per l‘apertura di una scuola di nuova generazione

a Roma, condividendo in quella sede esperienze ed obiettivi.

Tutti gli incontri avverranno in modalità workshop, sono aperti e gratuiti, ―oltre che

vivamente suggeriti a tutti quei genitori intenti a cercare per i propri figli una speranza

nuova, non solo di sola scuola, così come la conosciamo oggi‖, sottolinea Giorgia

Petrini. Potranno essere fatte domande e saranno approfonditi diversi argomenti.

'Asia es una de las grandes fronteras de la Iglesia para Francisco' El director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede hace balance de la actividad del

Papa en 2014. Destaca la apuesta del Santo Padre por la cultura del encuentro

Ciudad del Vaticano, 30 de diciembre de 2014 (Zenit.org) Redacción | 387 hits

El padre Federico Lombardi, director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede, ha hecho

balance de la actividad del papa Francisco en 2014. En declaraciones a Radio Vaticano,

el padre Lombardi ha valorado los cinco viajes internacionales del Pontífice argentino a

Tierra Santa, Corea, Albania, Estrasburgo y Turquía.

En primer lugar, el portavoz del Vaticano ha recordado una de las claves de la visita del

Santo Padre a Tierra Santa: ―Siempre es un poco volver a las raíces de nuestra fe, las

raíces del cristianismo, a los lugares de la Historia de la Salvación, y esto tiene un poder

simbólico y espiritual formidable. Recuerdo los momentos en los que el Papa,

conmovido, en las orillas del Jordán, en los lugares del bautismo, naturalmente en el

Santo Sepulcro, y así sucesivamente. Por lo tanto, son cosas fundamentales para nuestra

fe y es justo que el Papa pueda también, en nombre de todos nosotros, regresar a

aquellos lugares para recordarnos de dónde venimos, el misterio del encuentro de Cristo

con la humanidad‖.

También ha destacado la importancia del aspecto ecuménico de alguno de estos viajes:

―Tanto la reunión en Jerusalén, como el encuentro luego en Constantinopla con el

Patriarca Bartolomé habla de cuán intensa es esta amistad, la relación personal que

Francisco ha establecido con el primero de los Patriarcas de la ortodoxia, y cómo esto es

un signo de esperanza para nuestro futuro camino ecuménico‖.

Page 14: Revista Frati Gaudenti 3

Haciendo referencia a las visitas del Pontífice en Asia (a Corea y en las próximas

semanas a Sri Lanka y Filipinas), el padre Lombardi ha subrayado cómo este continente

constituya una de las grandes fronteras de la Iglesia de nuestro tiempo: ―Estos grandes

viajes de Francisco hablan de una atención renovada de la Iglesia hacia esta parte

importante de la humanidad de hoy y mañana, desde un punto de vista también

demográfico, de presencia humana impresionante desde el punto de vista de sus

dimensiones y de su dinámica y, para la Iglesia, una tierra sin fronteras de

evangelización, de anuncio del Evangelio en situaciones culturales, sociales, políticas,

muy diferentes, a menudo muy difíciles. Por lo tanto, es una de las grandes fronteras de

la Iglesia de nuestro tiempo, y el Papa Francisco nos la indica con estos entusiastas

viajes suyos‖.

Además, el director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede ha señalado que, en

Europa, ―hubo un viaje muy breve a Albania, pero significativo por el hecho de que el

Papa quiere partir tal vez más de las periferias para llegar al corazón de un continente‖.

El viaje en Estrasburgo --ha proseguido-- sigue siendo ―un punto de referencia para

muchas otras intervenciones‖ que podrá hacer el Papa en muchas situaciones que tienen

que ver con el continente. ―Viaje corto pero importante, porque dio --quisiera decir

finalmente, tal vez-- la ocasión al Papa de hacer un discurso para Europa, para los países

europeos y para el continente, un discurso amplio, articulado, completo de tantas

perspectivas, que de alguna manera --para el Papa que viene de fuera de Europa-- era

muy esperado. Y ahora sigue siendo un punto de referencia para muchas otras

intervenciones que el podrá hacer para determinados pueblos o en muchas situaciones

que tienen que ver con nuestro continente‖.

En Turquía, y en otras ocasiones, el diálogo interreligioso ha tenido un gran peso: ―El

Papa es muy consciente también de la situación del Islam en el mundo moderno y trata

de encontrar los caminos para una relación constructiva, también en el diálogo, en

cuanto sea posible por supuesto, naturalmente evitando los excesos y condenando todos

los excesos, como el uso violento de la religión‖.

Un pequeño detalle que quisiera recordar de estos viajes es la dimensión del martirio, ha

concluido el padre Lombardi: ―Tanto en Corea, donde la historia de la Iglesia se

caracteriza por el martirio, en Albania, donde el martirio en tiempos recientes, bajo el

comunismo ha sido muy fuerte, como en Oriente Medio, donde el martirio es también la

realidad actual para los muchos problemas que ocurren allí, el Papa encuentra esta

realidad y nos recuerda la importancia de esta dimensión en la vida de la Iglesia de

todos los tiempos y también en el nuestro‖.

Page 15: Revista Frati Gaudenti 3

Especial da Capa: A Nobreza, sua função em uma sociedade cada

vez mais republicana e igualitária, e a necessidade de ser

preservada como classe social

Muitos questionam-se, ―qual a função da Nobreza, como classe social e como

estamento, em uma sociedade ‗evoluída‘ como a nossa?‖. É justamente por sermos uma

sociedade evoluída que a Nobreza tem um papel social preponderante, e que deve ser

mantido. É o papel de servir como MODELO para a sociedade.

Hoje vivemos um conturbado período social, onde a sociedade escolher seguir modelos

estranhos, cujos modos e costumes nada dizem de bom um de útil para as pessoas que o

seguem. Tornou-se comum muitos jovens espelharem-se em atores de Hollywood,

simplesmente porque querem parecer tal ator, isso quando não fazem ainda pior, e

passam a imitar um personagem vivido por aquele ator, como se fosse possível imitar

um personagem de filme 24 horas por dia na vida real.

Na Sociedade Medieval a sociedade também vivia em constante estado de observar os

usos, modos e costumes, e depois tentar adaptá-lo a sua própria vida. Os modelos a

serem observados, porém, eram outros. Era na Nobreza que as demais classes da

sociedade buscavam a inspiração para a vida. Todos, sem exceção, até mesmo o Clero,

via na Nobreza a fonte inspiradora.

E a Nobreza sabia que naquele período deveria servir de modelo inspirador para as

demais classes da sociedade. A Nobreza buscava então manter um padrão de vida e de

moral que parecesse o mais ideal possível, para que os membros dos demais estamentos

sociais tivessem em quem se espelhar.

E não apenas o modo de vida da Nobreza era copiado, a coragem da Nobreza

servia de modelo para os demais. Muitas vezes, no campo de batalha, eram os

Nobres que seguiam à frente, e avançavam com a força necessária para que seu

exemplo fosse seguido pelos demais combatentes. É humanamente impossível

pensar que aqueles príncipes ou barões não sentissem medo diante da morte

iminente, porém sabiam que seus atos seriam copiados pelos demais Cavaleiros,

assim, deveriam seguir em frente, incarnando o personagem que naquele instante

era o de combatente valente e forte.

Page 16: Revista Frati Gaudenti 3

O Bem-Aventurado Carlos I, Magno, Rei da França, da Itália e da Alemanha, sendo

Coroado Imperador de Roma pelo Papa

Nenhuma outra estrutura social foi mais inspiradora do que o Sacrossanto Império

Romano-Germânico. Fora criado aquele Santo Império, de modo que o Imperador, após

Eleito pelos Príncipes, e Coroado pelos Papas, fossem a fonte de todo poder e

dignidade, uma vez que seu mandato era ao mesmo tempo dado por Deus, e confirmado

pelos Príncipes.

Todavia, estes Imperadores, não poderia constitucionalmente exercer todo poder

sozinhos. Diz-se constitucionalmente, pois no Sacro Império, apesar de nunca haver

sido escrita nenhuma ―constituição‖ como hoje conhecemos, havia uma Constituição

verdadeira, que passou a ser escrita com a Coroação do Bem-Aventurado Carlos I

Magno, Rei da França, da Itália, da Alemanha, e Imperador de Roma.

Esta Constituição pode ser chamada de verdadeira, pois não dependia de uma folha de

papel para existir. Ela brotava do coração das pessoas. Não era necessário saber ler para

que as pessoas soubessem o que ela dizia.

Na Constituição do Sacro Império dizia que este era composto de milhares de pequenos

Principados, agrupados entre si por laços de parentesco, amizade e cultura semelhante

de seus Príncipes. Também dizia que a Monarquia Imperial seria por Eleição. Assim,

morto o Imperador, os Príncipes com Direito de Voto, chamados de Príncipes Eleitores,

Page 17: Revista Frati Gaudenti 3

se reuniriam e Elegeriam o sucessor, que recebia o título de Rei dos Romanos, e

somente seria Imperador após ser Coroado pelo Papa em Roma.

Todas estas coisas, e muitas outras, dizia a Constituição do Sacrossanto Império. Porém,

muitos dirão ―mas se esta Constituição não era escrita, como as pessoas poderiam saber

que o Imperador e os Príncipes não a modificariam?‖ Esta pergunta é muito fácil de ser

respondida. Este modelo de Constituição, que brota da alma das pessoas, é considerada

a Constituição Verdadeira, pois tudo o que nela dizia constituía a sociedade. Não está se

dizendo que este modelo constitucional gerava o direito utilizado na sociedade. É bem

mais do que isto. Está-se dizendo que esta Constituição era a própria lei que gerava a

sociedade, pois tudo o que constituía a sociedade, era a própria Constituição do

Sacrossanto Império.

Assim, todos, desde os mais simples vassalos, até o mais altos príncipes sabiam que

para ser Imperador era necessário ser Eleito pelos Príncipes, geralmente em número de

dez que tinham o Direito Eleitoral. Assim, caso um príncipe, por mais rico e poderoso

que fosse, tentasse assumir o poder imperial após a morte de um Imperador, este não

seria acatado, apesar de seu poder e riqueza, uma vez que todos sabiam que somente era

Imperador o que fosse Eleito. Isto era a verdadeira Constituição de um povo.

E o Imperador, logo que Eleito, apressava-se em fazer grandes atos, que logo pudessem

ser espelhados pelos demais Príncipes do Império. Porém, pela própria estrutura

imperial, o Imperador somente poderia governar as terras que cabiam a sua linhagem.

Não podia o Imperador se intrometer nos assuntos internos dos Príncipes.

Temos assim muitos e bons exemplos de Imperadores que buscaram fortemente

servirem de símbolos para seus Príncipes. É de se destacar o exemplo de Carlos Magno.

Tão logo Coroado Imperador pelo Papa buscou construir numerosas escolas,

universidades e igrejas, e seu exemplo foi, de fato, seguido por seus sucessores.

Outros bons exemplos de homens que compreenderam a importância simbólica de seu

papel foram os Eleitores da Baviera. Estes Príncipes, provenientes da Casa de

Wittelsbach, buscaram servir de exemplo para seus súditos e vassalos, construindo

numerosos Castelos, Palácios, escolas e hospitais por todo o seu reino.

Page 18: Revista Frati Gaudenti 3

Antonio III, O santo, Príncipe de Mesolcina e do Sacrossanto Império Romano-

Germânico, em trajes de Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, e com as regalias

majestáticas.

Retrato de 1754.

Nesta mesma linha, temos o exemplo do Príncipe Antonio III de Mesolcina, proveniente

da Casa de Trivulzio-Galli. Este valente príncipe, cognominado de O Príncipe Santo,

construiu uma rede hospitalar tão grande e avençada, que foi considerada a maior da

Europa em 1760. Chamou sua obra de Pio Albergo Trivulzio (que até hoje está em

pleno funcionamento)

Também hoje a Nobreza é chamada a servir como modelo para a sociedade, porém

deve ser um modelo ainda mais forte e contundente. Podemos usar o belo exemplo

do Kaiser Guilherme II da Alemanha. O Kaiser era um homem, cuja aparência,

por si só, inspirava o típico militarismo alemão, embora Guilherme II não fosse um

grande general. Ele porém, vestido com suas muitas fardas, era como um ator, que

revestia-se de um personagem para cumprir bem o seu papel.

É, com certeza, este papel que a Nobreza deve estar disposta a cumprir hoje em dia.

Deve a Nobreza hoje servir de inspiração de coragem e modelo de honestidade para

toda a sociedade em sua volta.

Page 19: Revista Frati Gaudenti 3

Palavra do Arquiprior

A FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARE

O Senhor aceita as boas intenções, os bons

procedimentos, a sinceridade e a ajuda contra

os inimigos, como ações justas e meritórias.

Abraão auxilia os prejudicados por roubos,

assassinatos, liberta-os vencendo os maldosos,

repondo a legalidade, resgatando os prisioneiros

e castigando os traidores da usura e saque.

Respeita a aliança com seus amigos, reparte e

só pretende aquilo a que tem direito. Isso

agradou ao Senhor que lhe promete um

desejado descendente, firma com ele uma

aliança inquebrável.

Deus atende as queixas do primeiro patriarca do

povo que convida a formar.

A atitude de Abraão, ensina-nos a:

Ouvir a voz de Deus e a ir em socorro de quem

precisa,

A corrigir os que erram e a libertar os cativos

das maldades,

A acreditar sempre na palavra de Deus que não engana, não erra e cumpre sempre, pois,

no tempo devido e prometido, nasce Isaac.

Deus preparou a vinda de Seu Filho, o Messias, durante séculos e envia-o no tempo que

julgou mais oportuno.

Foi herdeiro, aquele que resgata, vencedor dos inimigos do bem, operando a maior

batalha contra os que desrespeitam Deus; ganhou pelos sofrimentos, paixão e morte.

Page 20: Revista Frati Gaudenti 3

Na atual revolução social, a célula familiar está particularmente em perigo. Seu direito

tradicional, sua moral, sua economia, sua função são postos em discussão.

– Do ponto de vista moral, o divórcio, o espinhoso problema da limitação da natalidade,

o aumento do número dos matrimônios fracassados obrigam os cristãos a retomar

consciência de caráter sagrado da família cristã.

– São Paulo apresenta o amor dos esposos entre si para que a harmonia conjugal,

querida por Deus, não seja desequilibrada. Para isto sugere uma terapia salutar:

misericórdia e bondade, humildade, mansidão e paciência, e o cultivo da compreensão e

caridade.

Cristo deu origem a esta instituição – o matrimonio – Sacramento – como fonte de

graça, segundo o modelo do Seu amor pela Igreja. O amor conjugal é, portanto, um

meio de santificação para o cumprimento dos deveres do estado conjugal (Gaudium et

Spes, 48).

Estes deveres concretizam no estado conjugal dos deveres gerais, derivados da família

do povo de Deus, como nos ensina a 2.ª Leitura da Missa de hoje (Colossenses 3,12-21).

A Família de Nazaré é o modelo de convivência e da mútua compreensão.

Este Evangelho de hoje (Lucas 2,22-40) apresenta, em sua primeira parte e na

conclusão, a sagrada família cumprindo a lei, isto é, plenamente inserida na ordem

social.

Tem um desenvolvimento teológico-pascal e a mãe aparece estreitamente unida, na dor,

ao destino do filho. Jesus é aqui descrito como o Messias do Senhor, isto é, como o

ungido por excelência, destinado a uma obra de salvação que cumprirá realizando em Si

a figura do Servo sofredor.

Na Sagrada Família, como tidas as outras, há alegrias e tristezas, desde o nascimento até

a infância e a idade adulta; ela amadurece através dos acontecimentos alegres e tristes

para cada um de seus membros.

Dom Antônio Carlos Rossi Keller,

Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e

de Santa Maria,

Custódio da Sacra Coroa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Page 21: Revista Frati Gaudenti 3

A Voz de Sir Plí nio

Coluna dedicada ao Cavaleiro Professo desta Ordem Dr. Plínio Corrêa de Oliveira1 2

Dr. Plínio, Cavaleiro Professo da Grã-

Cruz

Brasão de Armas do Dr. Plínio Corrêa de

Oliveira

A bela mensagem trazida pela Espada

A Belíssima Espada Real da Baviera, considerada a mais bela do mundo

Hoje em dia a espada está completamente superada como arma de guerra, e nem

pode entrar em cogitação a ideia de afiar uma espada para entrar em combate.

1 Dr. Plínio Corrêa de Oliveira (nascido em São Paulo, 13 de dezembro de 1908, e falecido nesta mesma

cidade em 3 de outubro de 1995), foi Cavaleiro Professo de Grã-Cruz da Sacra Milícia, recebendo a

Investidura em 1971. 2 A Sacra Milícia se nega a participar de quaisquer eventuais disputas ideológicas que envolvam a

memória de seus Cavaleiros já falecidos.

Page 22: Revista Frati Gaudenti 3

Atualmente ela não é arma de guerra nem para a agressão nem para a defesa. Pode-se

dizer que está praticamente cancelada da lista dos armamentos modernos.

Entretanto, apesar desse fato, em todos os exércitos dos países civilizados os oficiais a

trazem consigo nas ocasiões de grande solenidade.

Numa época em que o desaparecimento da espada como arma chega ao seu auge, como

símbolo ela ainda é tal, que não se compreende um oficial sem a sua espada.

Por outro lado, em vários países existem

Academias de Letras nas quais se usam

fardões, e os acadêmicos, nas ocasiões de

pompa, portam a espada.

No momento em que o literato chega ao

auge de sua glória e é proclamado

―imortal‖ ‒ da mais mortal das

imortalidades ‒ não lhe dão uma grande

pena para usá-la como simbólico adorno,

pois ficaria uma tralha ridícula.

Ele sente-se inibido se não tiver uma

espada. De maneira que o literato

envergando o fardão, usa a espada. Até

algum tempo atrás, ao fardão dos

diplomatas era também incorporada à

espada. Atualmente não sei se ainda a conservam.

Por que razão isso é assim?

Porque a espada ficou ligada a uma série de aspectos poéticos e heróicos, símbolos da

cavalaria e da dignidade humana, que não se dissociam dela.

Page 23: Revista Frati Gaudenti 3

Por isso nela costumam estar presentes não só a beleza da forma, mas também a

excelente qualidade do material utilizado em sua confecção, muitas vezes ornamentado

com incrustações de metais nobres e pedras preciosas.

E quando seu detentor é possuidor de fé ardente e espírito sacral, não hesita em colocar

uma relíquia do Santo de sua maior devoção no punho da mesma.

Na Antiguidade clássica, ainda não se construíra em torno da espada toda a legenda que,

sobre ela, formou-se durante a Idade Média.

Esta fase histórica soube ver com profundidade a espada, sublimá-la e transformá-la no

mais alto símbolo da dignidade humana. Um rei para ser coroado usa sempre a espada.

Para tudo de elevado, de pompa que o igualitarismo moderno ainda deixou de elevado,

usa-se a espada.

O que é mais bonito dizer: ―Eu herdei de meu pai uma espada‖ ou ―eu herdei de meu pai

uma geladeira, um Cadillac ou uma indústria‖?

Pode ser mais lucrativo herdar do pai uma indústria, porém há mais beleza em

dizer: “Eu herdei de meu pai uma espada que, nos campos de batalha, defendeu a

civilização cristã. Ele foi um herói e morreu na guerra. A espada que usava como

militar, como combatente, ele me legou!”

Uma espada assim deveria ser guardada numa capela. Pois ela transformou-se numa

relíquia.

Page 24: Revista Frati Gaudenti 3

Vox Traditio

Coluna do Reverendíssimo Padre Marcio Bogaz Trevizan, Cônego Regular

Militense, Grão-Prior da Ordem.

O Significado do termo “Liturgia”

A palavra Liturgia é de origem grega, provém da raiz leit (leós- laós= povo), que

significava ‗público- pertencente ao povo‘, acrescido do vocábulo érgon (ergázomai=

agir, operar), que refere-se a uma ação- obra’. O termo assim composto, significava

diretamente uma obra-ação para o povo; em sentido secundário, referia-se também ao

valor público da ação. Portanto a palavra leitourgiai, podia ser traduzida também como

ação-obra-empresa pública‖ NEUNHEUSER (1987, p. 39).

Nas cidades gregas antigas, o vocábulo liturgia estava ligado as obrigações que

os cidadãos dotados de certo patrimônio, deveriam realizar em favor dos demais

habitantes. Estes eram obrigados a custear serviços públicos (aberturas de estradas,

construção de pontes, iluminação da cidade...) ou jogos públicos do atletismo e das

olimpíadas, dentre outros. Referia-se também, àquelas ações espontâneas praticadas por

pessoas, que assumiam as despesas de eventos públicos (leitourgiai), geralmente

motivadas por patriotismo ou por vaidade. Contudo, aos poucos o termo Leitourgía foi

perdendo seu significado de ‗serviço público‘ para designar qualquer serviço, como o

do escravo ao patrão, do amigo ao amigo e etc.

Neste processo de mutação do significado do vocábulo liturgia, a referida

palavra passou a assumir, a partir do século III a. C., um sentido religioso, que ligava-se

ao culto prestado aos deuses, oficiado por pessoas para isto designadas. De acordo com

Page 25: Revista Frati Gaudenti 3

NEUNHEUSER (1987), foi esta acepção que lentamente foi sendo introduzida no

cristianismo, contudo, não no sentido de culto pagão, mas no sentido de culto ao Cristo

Ressuscitado. De acordo com NEUNHEUSER (1987), os escritos da Didaqué (ano 90-

100 d. C), já utilizava de forma embrionária a palavra Leitourgía para expressar o culto

a Cristo e designava especificamente a celebração da Eucaristia. Porém, havia grande

resistência das comunidades cristãs em aderir ao referido vocábulo, para designar o

culto cristão e este passou a ser utilizado na igreja, com outros significados.

NEUNHEUSER (1987), aponta que no Ocidente, onde prevaleceu o Latim, o

vocábulo Leitourgía ficou sendo desconhecido e para expressar o culto cristão, eram

utilizados os termos officium, misterium, múnus. Segundo o referido liturgista, o único

autor latino que conheceu o vocábulo liturgia em sentido cultual, contudo expressando

adoração a Deus, (latreia) foi Santo Agostinho.

Em sentido, não litúrgico, NEUNHEUSER (1987) indica que por volta do ano

300 d.C, a palavra ‗liturgia‘ no Ocidente, referia-se a um encargo, uma função, exercida

na Igreja. Esta acepção aparece nos escritos de Eusébio de Cesareia (+- 339 d.C),

quando ele se refere aos trabalhos que o Papa Lino exercia em favor da Igreja. Segundo

Eusébio, Lino exerceu uma Leitourgía (uma função de governo) durante anos, e foi

sucedido por Anacleto que continuou a Leitourgía. Ainda no mundo ocidental, no

século IV, o referido vocábulo designava a função dos bispos, presbíteros e dos

diáconos.

No ocidente a partir do século XVI, com o advento do renascimento é que se

começou a utilizar, de forma informal, o termo Liturgia para designar os ritos ou

formulários de Missa (NEUNHEUSER ,1987, p. 53). NEUNHEUSER (1987), aponta

que ―na linguagem eclesiástica oficial latina, o termo liturgia começou a aparecer

somente na primeira metade do século XIX com Gregório XVI (Inter gravissimas,

1832; Studium pio, 1842) e Pio IX (Non mediocri, 1864; Omnem sollicitudini, 1874).

Contudo, foi a partir de São Pio X (Tra le sollecitudini, 1903 etc) que o termo liturgia

passou a ser usual, referindo-se ao culto. Entretanto, como expressão de uma atitude

espiritual, o vocábulo liturgia passou a ser utilizado pouco antes do Concílio Vaticano

II.

No próximo artigo, aprofundaremos o significado da palavra Liturgia compreendida

antes do Concílio Vaticano II e o significado que o referido termo adquiriu com a

promulgação da Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium.

Page 26: Revista Frati Gaudenti 3

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

NEUNHEUSER, B. et al. A liturgia: momento histórico da salvação. São Paulo:

Paulinas, 1987. (Anamnesis, 1).

TREVIZAN, M. B. Curso de Liturgia. Dourados- MS: Diocese de Dourados, 2007.

Notí cias da Ordem

Criação da Lugar-Tenência de Córdoba no Grão-Bailiado da

Argentina

Brasão de Armas da Lugar-Tenência de Córdoba da Sacra Ordem Dinástica, Militar e

Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa

Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Titular de Mesolcina, buscando melhor atender as

necessidades dos Cavaleiros da Sacra Milícia, Criou a Lugar-Tenência de Córdoba,

junto ao Grão-Bailiado da Argentina.

Como primeiro Lugar-Tenente Sua Alteza Sereníssima nomeou o Conde Gustavo

Alejandro Taricco y Calvo, II Conde de Tarichi-Galli e Cavaleiro da Grã-Cruz de Honra

e Devoção. Como Vice-Lugar-Tenente Sua Alteza Sereníssima nomeou o Conde Carlos

Andres Taricco y Galli, I Conde de Tarichi-Galli, e Cavaleiro do Grão-Colar da Ordem.

Sua Alteza Sereníssima também nomeou como Secretária Geral da Lugar-Tenência a

Condessa Monica Andrea Taricco y Calvo; como Hospitalar a Condessa Consorte de

Page 27: Revista Frati Gaudenti 3

Tarichi-Galli, Dª Gabriela Rosana Cartulano; e como Inspetora Geral a Dama de Grã-

Cruz de Graça Magistral Sra. Gaetanina Felice.

A nova Lugar-Tenência argentina iniciou as suas atividades caritativas com grandes

projetos, destacando-se um projeto junto a Centro de Saúde de Villa Amancay, onde se

colaborará com questões ligadas a medicamentos de venda livre; o projeto de doações

de roupas e demais utensílios necessários ao ―Hogar de Ancianos Italiano de Colonia

Caroya‖.

Novas atividades dos Grão-Bailiados nas Américas

Grão-Bailiado da Bolívia

Brasão de Armas do Grão-Bailiado da

Bolívia, onde pode ser vista a flor de

Kantuta, símbolo daquele país.

O Grão-Bailiado da Bolívia promete um

ano de grandes atividades para 2015.

Chefiada pelo Cavaleiro da Grã-Cruz de

Graça Magistral Sir Freddy Gonzales

Flores, a Ordem Militar de Santa Maria

desenvolverá uma série de eventos neste

próximo ano.

Grão-Bailiado do México

Armas do Grão-Bailiado do México

Page 28: Revista Frati Gaudenti 3

Outro Grão-Bailiado que promete uma agenda cheia de atividades é o Grão-Bailiado do

México. Chefiado pelo Cavaleiro da Grã-Cruz de Graça Magistral Sir Dr. Arturo

Santoyo y Medina, Vice-Reitor Internacional da Universidad del Sur.

A pedido do Grão-Bailio, Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Titular de Mesolcina, 44º

Grão-Mestre da Ordem nomeou a nova Diretoria do Grão-Bailiado, que será composta

por:

- DECANO: Sir Francisco Javier Reynoso Nuno, Cavaleiro Grande Oficial de Graça

Magistral;

- GRÃO-CHANCELER: Sir Francisco Zepeda Villasenor, Cavaleiro Grande Oficial de

Graça Magistral;

- JUIZ DE ARMAS: Sir Jesus Avila Pajarito, Cavaleiro Grande Oficial de Graça

Magistral;

- SECRETÁRIO GERAL: Dr. Sir Efrain Rodriguez y Gutierrez, Cavaleiro Grande

Oficial de Graça Magistral;

Novo Lugar-Tenente de Nápoles

Brasão da Lugar-Tenência de Nápoles

O Príncipe de Pietraroja, Don Pasquale Iacomino, Cavaleiro da Grã-Cruz de Hora e

Devoção, fora nomeado novo Lugar-Tenente da Sacra Milícia em Nápoles.

A Lugar-Tenência de Nápoles é uma das mais importantes Lugares-Tenências da

Ordem no mundo, e o Príncipe de Pietraroja com toda a certeza foi o mais indicado para

o cargo.

Com larga experiência militar, Don Pasquale Iacomino, que serviu por 40 anos como

Oficial dos Carabinieri italianos, irá trazer a esta Lugar-Tenência da Casa Principesca

de Mesolcina o seu brilho costumeiro.

Page 29: Revista Frati Gaudenti 3

Missa de Investidura na Província de São Paulo Apóstolo (Brasil)

Brasão de Armas da Província Militense de São Paulo Apóstolo.

A Província Militense de São Paulo Apostolo irá realizar a Santa Missa de Investidura

da Lugar-Tenência Meridional do Grão-Bailiado do Brasil.

A Santa Missa será realizada na Igreja Paróquia Nossa Senhora do Brasil, no dia 18 de

janeiro de 2015. A Santa Missa será Presidida por Sua Excelência Reverendíssima o

Monsenhor Dom Antonio Carlos Rossi Keller, IV Bispo Diocesano de Frederico

Westphalen-RS, e 39º Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da

Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.

Na ocasião Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Andre III Trivulzio-Galli, Príncipe

Titular de Mesolcina e do Sacrossanto Império Romano-Germânico, 44º Grão-Mestre

Hereditário da Ordem irá Investir novos Cavaleiros e Cônegos Militenses.

Brasão de Armas do Príncipe de Pietraroja, novo Lugar-Tenente da Ordem em Nápoles.

Page 30: Revista Frati Gaudenti 3

Textos, Notí cias & Opinio es

Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco

O ―Bambino Gesù‖ descobre técnica de manipulação que permite o transplante de

medula para crianças com leucemia sem necessidade de doador compatível

A descoberta científica do hospital do

Vaticano promete salvar a vida de

milhões de crianças no mundo inteiro.

A notícia foi divulgada pelo hospital

pediátrico da Santa Sé, ―Bambino

Gesù‖ (―Menino Jesus‖), com sede em

Roma. Segundo a direção do hospital,

os resultados foram apresentados à

revista científica internacional ―Blood‖,

e poderiam ser ―um marco na cura de

muitas doenças no sangue‖.

O hospital anunciou, em uma coletiva

de imprensa, que a manipulação de

células-tronco, em ausência de um

doador compatível, permite o

transplante de um pai ou mãe ao seu

filho. A descoberta é importante para

curar crianças com problemas de

imunodeficiência, doenças genéticas,

leucemia e tumores no sangue.

―Estamos orgulhosos de apresentar este

sucesso dos pesquisadores do Hospital

‗Bambino Gesù‘, conscientes de que o

protocolo dos nossos laboratórios é um

marco na terapia de muitas doenças no

sangue‖, confirmou o professor Bruno

Dallapiccola, diretor científico do

hospital da Santa Sé.

Page 31: Revista Frati Gaudenti 3

Para a aplicação no campo da leucemia,

a técnica aplicada pela equipe do

professor Franco Locatelli, responsável

pela Onco-hematologia e Medicina

Transfusional do hospital, foi

apresentada no último mês de dezembro

em New Orleans, durante o congresso

da Sociedade Americana de

Hematologia (ASH).

O transplante de células-tronco adultas

é uma cura que salva a vida de milhões

de crianças que sofrem tumores do

sangue, bem como de crianças que

nascem sem as adequadas defesas do

sistema imunológico. Por muitos anos,

o único doador que se podia ter era um

irmão ou irmã do paciente. O problema

é que dois irmãos são idênticos somente

em 25% dos casos.

Diante da impossibilidade de ter

doadores na família, existem bancos de

dados internacionais com 20 milhões de

doadores voluntários de medula óssea.

Mesmo assim os bancos de sangue para

estes casos dão disponibilidade de

apenas 600 mil unidades no mundo.

O problema se agrava quando 30 ou

40% dos pacientes não encontram um

doador compatível, além do mais,

considerando o tempo de seleção de um

doador e a conclusão de todos os

exames para identificar outro doador

fora da família.

A técnica do hospital da Santa Sé foi

aplicada em 23 pequenos pacientes. Os

resultados, segundo afirmou a

instituição, demonstram que a

probabilidade de cura definitiva para

estas crianças doentes é de 90%, ou

seja, igual à técnica que emprega a

medula de um irmão do paciente

completamente compatível

geneticamente.

A descoberta da manipulação das

células-tronco é uma esperança para

milhões de crianças que podem ser

salvas com um transplantede medula. É

possível salvar crianças na Ásia, África

ou América do Sul, que não têm

―representantes‖ nos registros de

doadores de medula óssea e que, por

meio desta técnica, poderão finalmente

ter acesso a um transplante de maneira

rápida e ―virtualmente aplicável a todos

os casos‖.

Fonte: ARY WALDIR RAMOS DÍAZ

para Atleia:

http://www.aleteia.org/pt/saude/artigo/h

ospital-do-vaticano-faz-descoberta-

pioneira-com-celulas-tronco-

5877803891294208

Page 32: Revista Frati Gaudenti 3

Por que discriminar é correto e natural

Por Walter Block, do site Instituto

Ludwing von Mises Brasil3

Nos dias de outrora, dizer que um

homem estava discriminando

significava estar-lhe prestando um

grande elogio. Significava dizer que ele

tinha gosto: ele sabia distinguir entre o

ruim, o medíocre, o bom e o excelente.

Sua capacidade de fazer distinções

requintadas permitia-o viver uma vida

melhor do que em outros contextos.

Hoje em dia, em nossos tempos

politicamente corretos, discriminação

implica ódio racial ou sexual. Quem

discrimina está, segundo o senso

comum, evocando o linchamento de

inocentes, o enforcamento de negros

que não cometeram crime nenhum, e,

no extremo, um retorno à escravidão.

Pelo menos foi isso que aconteceu com

o senador recém-eleito pelo estado do

Kentucky Rand Paul, que, durante sua

campanha, afirmou que havia algumas

partes da chamada Lei dos "Direitos

Civis" de 1964 que eram repreensíveis.

Em decorrência disso, a esquerda

acionou sua poderosa máquina

difamatória.

Porém, tudo que o senador Paul estava

dizendo é que, embora seja ilícito ao

3 Disponível em:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=885#.

VJNhdTwdB6U.facebook

governo discriminar com base em raça,

sexo ou qualquer outro critério, é um

direito básico de indivíduos terem a

liberdade para demonstrar exatamente

quais são suas preferências. Trata-se de

um elemento básico dos direitos de

propriedade. Se os indivíduos não

tiverem esse direito, então um

importante elemento da liberdade está

irremediavelmente perdido.

Os gritos de fúria e revolta que

recepcionaram tal exposição de ideias

foram tão intensos, que o senador se

sentiu compelido a recuar em sua

declaração. Entretanto, estamos aqui

para discutir ideias e não política. Aqui,

a verdade e a justiça são nossas únicas

guias, e não os sentimentos feridos de

jornalistas trabalhando para a mídia

convencional e para outros veículos

lacrimosos. Sendo assim, faz-se

necessário ser claro e direto: é mais do

que óbvio que qualquer ato de

discriminação da parte de indivíduos —

porém, é claro, não da parte do estado

— é um direito nato, pois trata-se do

direito à liberdade.

Quem discorda disso, por consequência

lógica, teria de, por exemplo, impor a

bissexualidade para todos. A

bissexualidade coerciva é a implicação

lógica de qualquer movimento

antidiscriminação. Por quê? Ora,

homens heterossexuais

desprezivelmente discriminam nada

menos que metade da raça humana

Page 33: Revista Frati Gaudenti 3

como indigna de ser sua parceira de

cama/sexo/casamento: ou seja, todos os

outros homens. Tampouco podem as

mulheres heterossexuais alegar

inocência frente a essa terrível

acusação; elas, também, repudiam

metade dos seres humanos nesse

aspecto.

E quanto aos homossexuais masculinos?

Podem eles rechaçar essa acusação

mortal? Não, eles também se recusam a

ter qualquer coisa com todas as fêmeas

nesse contexto. Similarmente, as

fêmeas homossexuais, lésbicas,

criaturas rançosas que são, também

evitam manter relações amorosas com

qualquer tipo de homem — de novo,

metade da raça humana.

Portanto, os bissexuais, e somente os

bissexuais, estão livres de tal acusação.

Somente eles são totalmente inocentes

de incorrer em qualquer discriminação

desse tipo. Eles são as únicas pessoas

decentes em todo o espectro sexual;

apenas eles se abstêm de incorrer em

prática tão abjeta. (Vamos aqui

desconsiderar o fato de que bissexuais

também fazem comparações individuais

baseadas em beleza, idade, senso de

humor etc.)

Logo, se nós realmente nos opomos à

discriminação de questões referentes ao

coração, então todos nós temos de

abraçar a bissexualidade. Pois, se não o

fizermos voluntariamente, a implicação

lógica é que devemos ser forçados a

fazê-lo. Afinal, recusar-se a aceitar essa

conclusão significa aprovar não apenas

tacitamente, mas também ativamente,

práticas discriminatórias — certamente

uma das piores coisas dentro do arsenal

do politicamente correto.

É perfeitamente possível opor-se a esse

argumento dizendo que leis contra a

discriminação feita por agentes privados

devem ser válidas apenas para empresas

e negócios, e não para interações entre

pessoas. Porém, por que somente para

o comércio e não também para relações

humanas? Certamente, se há algo como

"o direito de não ser discriminado",

então ele deve ser aplicado em todas as

áreas da existência humana, e não

apenas no mercado. Se nós temos o

direito de não sermos assassinados, ou

roubados — e nós o temos —, então

esse direito permeia todos os domínios

da existência humana. Ser assassinado

ou roubado dentro de sua casa é tão

igualmente incorreto quanto o ser

dentro de uma loja.

Ademais, o fato é que as atuais leis

antidiscriminação nem mesmo se

aplicam uniformemente no âmbito

comercial. Antes, sua aplicação

depende do "poder" envolvido nas

relações, um conceito bastante sem

sentido, pelo menos da maneiro como é

utilizado pelos nossos amigos da

esquerda.

Por exemplo, se eu odeio chineses e,

por conseguinte, não quero frequentar

seus restaurantes, não estou violando

nenhuma lei. Entretanto, se o dono do

Page 34: Revista Frati Gaudenti 3

restaurante chinês, por exemplo, odeia

judeus como eu, ele legalmente não

pode me proibir de entrar em suas

dependências. Por quê? Porque os

vendedores, nesse caso, são

considerados mais "poderosos" do que

os compradores.

Porém, a coisa nem sempre funciona

assim. Se um grande comprador — por

exemplo, uma rede varejista poderosa

— se recusar a comprar estoques de

uma empresa fornecedora presidida por

uma mulher, porque tal rede varejista

discrimina mulheres, ela jamais ficaria

impune mantendo tal política.

Por que então deveria esse sentido

ilegítimo de "poder" determinar a

legalidade de uma decisão econômica?

Certamente, um homem "sem poder",

no sentido de ser pobre, não teria

permissão para estuprar uma mulher

"poderosa", no sentido de que ela é rica.

Ou teria? Bem, essa defesa nunca foi

tentada antes, então, quem sabe?

Outra objeção: pode ser aceitável que

um indivíduo discrimine uma minoria

oprimida, mas se muitos — ou, pior, se

todos os membros da maioria —

resolverem incorrer nessa prática, suas

vítimas irão sofrer indevidamente e

excessivamente. Por exemplo, suponha

que brancos se recusem a alugar quartos

de hotéis para negros, ou até mesmo a

empregá-los. Consequentemente, os

negros passarão por sofrimentos e

angústias atrozes.

Porém, tal objeção é economicamente

ignorante. Se os brancos boicotarem os

negros dessa maneira, o livre mercado

irá se levantar em defesa destes últimos.

Como? Se nenhum proprietário estiver

concedendo alugueis para um negro,

então haverá aí uma grande

oportunidade de lucro. Mais ainda: os

lucros subirão enormemente em

decorrência do simples surgimento

desse arranjo. Consequentemente,

passará a ser extremamente vantajoso

para qualquer empreendedor, no sentido

financeiro, passar a suprir essa demanda

de mercado.

O mesmo ocorre no mercado de

trabalho. Se os brancos se recusarem a

contratar negros, seus salários cairão

para níveis abaixo daquele que de outra

forma prevaleceria no mercado. Isso irá

criar grandes oportunidades de lucro

para alguém — seja ele branco ou negro

— que decida contratar essas pessoas, o

que o tornará capaz de superar

concorrencialmente aqueles que

optaram pela discriminação.

Porém, esse fenômeno não funcionou

para aliviar a má situação dos negros

que eram obrigados a sentar no banco

de trás dos ônibus durante a vigência

das leis de segregação racial nos EUA

até a década de 1960. Por quê? Porque

a entrada no mercado de fornecimento

de serviços de ônibus era estritamente

regulada pelas forças políticas, as quais,

antes de tudo, foram as responsáveis

pela criação dessas leis raciais

repreensíveis. Se a determinação de

Page 35: Revista Frati Gaudenti 3

que negros se sentassem no fundo do

ônibus fosse apenas resultado de

discriminação privada, tal arranjo seria

completamente impotente e inócuo, pois

outras empresas concorrentes

certamente passariam a ofertar

lucrativamente serviços de ônibus para

essas pessoas discriminadas.

É com essas e outras questões que lido

em meu mais novo livro, The Case for

Discrimination (algo como Em Defesa

da Discriminação). A minha esperança

é que esse volume possa lançar alguma

luz sobre essas questões, além de se

mostrar uma leitura interessante.

Walter Block é membro sênior do Mises

Institute e professor de economia na

Loyola University, Nova Orleans.

Cuba acelera o processo de devolução de propriedades da Igreja

Um vigia caminha dentro da capela da antiga Universidade de Santo Tomás de

Villanueva, em Havana: deteriorado, espaço agora volta a pertencer à Igreja Católica -

Ramon Espinosa / AP

HAVANA — Enquanto outra reabertura ganhava os holofotes na semana passada,

quando os governos de Cuba e dos Estados Unidos anunciavam ao mundo o fim das

hostilidades, pelo menos diplomáticas, outra mudança, silenciosamente, ia tomando

forma. De maneira discreta, as autoridades cubanas vêm acelerando a restituição de

antigas propriedades da Igreja Católica, que por muitos anos manteve uma relação

conturbada com os Castro. O processo de devolução começou em 2009 e, até agora,

pelo menos 12 imóveis voltaram para a Santa Sé.

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— É um gesto muito positivo e, principalmente no âmbito local, cria um ambiente de

confiança — afirma o padre José Félix Pérez, secretário-adjunto da Conferência dos

Bispos Católicos de Cuba. — Mas está acontecendo, é preciso destacar, gradualmente.

Uma das propriedades devolvidas para a Igreja é a capela da antiga Universidade de

Santo Tomás, em Miramar, bairro da capital, Havana. As grossas paredes cobertas de

azulejos bizantinos com desenhos de santos ainda estão de pé. Mas a metade do teto de

madeira e parte dos vitrais coloridos foram destruídos.

O processo inclui ainda algumas propriedades valiosas ao longo do país, como o antigo

Colégio dos Padres Jesuítas, um edifício na cidade de Cienfuegos, a 250 quilômetros da

capital. Ao longo dos anos, o governo usou os espaços como lojas, padarias,

lanchonetes e escolas, o que explica, em parte, a degradação. Entre as propriedades em

pior estado de conservação estão templos em Santiago de Cuba, San Jose Obrero e San

Benito, uma casa paroquial e alguns edifícios que eram ocupados por lojas na região.

— Existem dois fatores. Um é o econômico, já que o governo cubano não tem recursos

para melhorar a infraestrutura em processo de deterioração. O outro, é de caráter

religioso e político, para ressaltar a imagem de que a relação com a Igreja Católica vem

melhorando, que é parte deste momento histórico novo que trata de tentar reconstruir o

país — explica Enrique López Oliva, professor de história das religiões da Universidade

de Havana.

A emblemática mediação do Papa Francisco no acordo com os EUA é a prova máxima

dessa aproximação. Mas o Vaticano e as conferências episcopais dos Estados Unidos e

de Cuba têm incentivado a normalização das relações entre os dois governos há muito

tempo, segundo Stephen Colecchi, diretor do Escritório de Justiça e Paz Internacional,

da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA:

— Isso era necessário há muito tempo.

Quando o anúncio foi finalmente feito, Dom Thomas Wenski, arcebispo de Miami —

cidade com grande população de cubano-americanos — emitiu um comunicado

ressaltando que Barack Obama e Raúl Castro agradeceram pelo papel desempenhado

pelo Papa em tornar possível ―o que parece ser uma verdadeira guinada no

relacionamento historicamente tenso entre Cuba e os EUA‖.

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―O Papa Francisco fez o que se espera dos papas: construir pontes e promover a paz‖,

ressaltou o arcebispo, em nota.

Visita de papas

Em 1998, quando João Paulo II visitou Cuba, muitos esperavam que ele denunciasse o

comunismo. Mas o pontífice se mostrou aberto a conversar com Fidel Castro — e o

resultado foi a restauração do feriado nacional de Natal. Da mesma forma, quando

Bento XVI esteve no país, em 2012, manteve-se aberto ao diálogo com Castro.

— A Igreja em Cuba já não enfrentava as mesmas dificuldades que teve no começo,

porque, desde a vinda do Papa João Paulo II, houve uma mudança muito marcante nas

relações entre a Igreja e o Estado — disse, na semana passada, o cardeal cubano Jaime

Ortega, importante mediador que ajudou na libertação de presos políticos no país.

Poucos meses antes do anúncio, em outubro, em um sinal de distensão da relação entre

o regime e o Vaticano, a Igreja Católica em Cuba anunciou que, pela primeira vez desde

a revolução, iria construir um novo templo na ilha no município de Sandino, na

província de Pinar del Río. Criada no começo dos anos 60, a cidade não tinha nenhuma

igreja.

O santuário terá capacidade para 200 pessoas e ocupará uma área de 800 metros

quadrados. O titular da paróquia será Cirilo Castro — sem parentesco com os irmãos

que governam a ilha desde a revolução armada e decretaram o país um Estado ateu.

Uma relação tumultuada Apesar de Cuba ser um país de tradição católica, a religião já não é a maioria entre a

população. Predominam as crenças afro-cubanas, trazidas pelos escravos. O número de

cubanos batizados corresponde a cerca 60% da população, segundo dados do Vaticano,

mas especialistas estimam em 30% os praticantes. Destes, 5% frequentam missas

regularmente.

Após o triunfo da revolução, a Igreja Católica não conseguiu manter uma boa relação

com o Estado. Fidel Castro nacionalizou muitas das propriedades, e alguns dos locais

passaram a ser usados para guardar armas de grupos anticastristas. A Igreja também

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ajudou a promover a operação ―Peter Pan‖ organizada pela Inteligência americana, que

tirou muitas crianças cubanas do país, com o consentimento dos pais. O argumento era

que os revolucionários comunistas iriam tirar suas custódias.

O governo cubano, por outro lado, perseguiu muitos fiéis. O diálogo com membros das

Igreja começou a ser retomado apenas nos anos 90 — uma iniciativa do então

presidente Fidel Castro, que autorizou pela primeira vez a visita dos papas São João

Paulo II e Bento XVI à ilha.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/de-volta-para-igreja-

cuba-restitui-templos-cristaos-14919646#ixzz3N7FLrYx2

Mundo isla mico

Nossa luta é contra isto!

Após perder batalhas, Estado Islâmico mata seus combatentes

Eles lutaram. Mas, do ponto de vista

de seus líderes, não o suficiente.

Quando os combatentes do

movimento jihadista "Estado

Islâmico" (EI) retornaram no último

final de semana da batalha pela

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cidade de Sindchar, no norte do

Iraque, seus líderes não mostraram

paciência alguma. Meios de

comunicação informaram que várias

dezenas de homens do EI foram

executados pelo próprio grupo jihadista.

Na opinião dos comandantes do grupo,

isso foi uma punição justa pela derrota

do grupo na luta contra a milícia curda

pershmerga. Os pershmergas obtiveram

sucesso ao reconquistar partes da cidade

antes controladas pelos jihadistas.

Da mesma forma brutal procederam os

comandantes do EI também na Síria. De

acordo com relatos da mídia, cerca de

100 combatentes predominantemente

europeus foram executados. Depois de

lutar, eles queriam voltar para seus

países de origem. De acordo com a

mídia, centenas de outros combatentes

ainda são vigiados, já que eles queriam

abandonar as zonas de combate.

"As execuções têm o objetivo de servir

como dissuasão e como um alerta para

todos que não querem mais lutar pelo

EI", afirma a cientista política Gülistan

Gürbey, da Universidade Livre de

Berlim. A punição atinge

principalmente os combatentes que não

teriam se engajado pelo EI por

convicções ideológicas, mas por outros

motivos – como a esperança de receber

vantagens materiais.

"Já aqueles que se juntaram ao

movimento por convicção ideológica

não se opõem a essas ações. Eles até

mesmo a saúdam", diz Gürbey.

EI perde sua dinâmica

O ritmo no qual o EI tinha tomara parte

considerável da Síria e do Iraque parece

ter perdido impulso em muitos lugares.

Em parte, a marcha se estagnou de

forma completa – como na cidade de

Kobane, no norte da Síria. Lá, há meses

os terroristas do EI promovem grandes

batalhas contra o exército curdo.

A ajuda da aliança internacional, por

meio de seus ataques aéreos, foi

decisiva para deter a marcha do EI.

Porém, tudo tem seu preço: até agora,

centenas de curdos morreram nos

combates. Ainda maior é o número de

vítimas do lado do EI. De acordo com

informações do Observatório Sírio dos

Direitos Humanos, mais de mil

jihadistas morreram em Kobane.

Na cidade iraquiana de Sindchar, o EI

teve até mesmo que recuar. Os

jihadistas fracassaram perante os

curdos, que equipados também com

armas alemãs, conseguiram resistir

fortemente no norte do Iraque. No resto

do país, árabes xiitas e sunitas

moderados ainda não se juntaram numa

aliança conjunta. Porém, conversações

já ocorrem e avançam.

Page 40: Revista Frati Gaudenti 3

Entretanto, o jornal iraquiano Al Mada

considera possível uma solução política

para o conflito. "Pela primeira vez,

conseguimos dar uma resposta à

catástrofe e ter uma solução em vista",

afirma o periódico em sua edição de 22

de dezembro.

"O EI poderia se responsabilizar pelo

seu mais recente fracasso", afirma

Stefan Rosiny, especialista em Oriente

Médio do Instituto Alemão de Estudos

Globais e Regionais (Giga), em

Hamburgo. Ele lembra que até o

momento, os jihadistas se concentraram

em "regiões mais indefesas" – áreas

onde, principalmente, vivem minorias,

como os yazidis ou curdos.

Jihadistas ainda são desafio

E, agora, a organização teria assumido o

erro. E isso terá consequências, alertou

Rosiny, em uma entrevista para o jornal

alemão Sächsische Zeitung. "O EI vai

perder atratividade, caso sua promessa

de um califado universal se tranforme

numa bolha de sabão."

Contudo, o desafio contra os jihadistas

continua existindo. Talvez ele até

mesmo cresça. Atualmente, existem

movimentos radicais islamistas em

quase todos os países ou regiões

muçulmanas. De Abu Sayyaf, nas

Filipinas, até o Al Qaeda recentemente

fundado na Índia; passando ainda pelo

Talibã no Paquistão e Afeganistão, até

os jihadistas no Oriente Médio e no

norte da África: por toda a parte, grupos

jihadistas estão presentes.

"O Islã político se radicalizou

fortemente nas últimas duas décadas",

afirma Gülistan Gürbey. Por isso, esses

grupos continuam a ser uma ameaça

regional e global. "Mesmo se o EI for

militarmente restringido, ele

permanecerá, politicamente, um grande

desafio. Superá-lo deve durar anos."

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Especial: Imagem

Especial Imagem: o Brasão de Armas de Sua Excelência Reverendíssima o Monsenhor

Dom Antonio Carlos Rossi Keller, 4º Bispo Diocesano de Frederico Westphalen-RS,

39º Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus

Cristo e de Santa Maria Gloriosa, Cônego Regular Militense condecorado com o Grão-

Colar da Ordem.