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Edição 6 - Ano III SAÚDE | QUALIDADE | COMPORTAMENTO | INSTITUCIONAL HOSPITAL NIPO-BRASILEIRO Revista PROBLEMAS RENAIS Conheça as melhores soluções e tratamentos Inclusão Cresce o número de portadores do espectro do autismo no mercado de trabalho. Pág. 14 Tecnologia HNB investe em novas tecnologias e implanta Ecocardiograma Tridimensional (3D). Pág. 4 Pioneirismo Criada em 1986, a Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do HNB é referência hospitalar. Pág. 11

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Page 1: Revista HOSPITALNIPO-BRASILEIRO€¦ · do rim e, consequentemente, intensa dor nas pessoas afetadas. Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do Setor de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro

Edição 6 - Ano III

SAÚDE | QUALIDADE | COMPORTAMENTO | INSTITUCIONAL

HOSPITAL NIPO-BRASILEIRORevista

PROBLEMAS RENAISConheça as melhores soluções e tratamentos

InclusãoCresce o número de portadores

do espectro do autismo no mercado de trabalho.

Pág. 14

TecnologiaHNB investe em novastecnologias e implantaEcocardiograma Tridimensional (3D). Pág. 4

Pioneirismo

Criada em 1986, a Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional

do HNB é referência hospitalar. Pág. 11

Page 2: Revista HOSPITALNIPO-BRASILEIRO€¦ · do rim e, consequentemente, intensa dor nas pessoas afetadas. Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do Setor de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro

ExpedienteDiretor ResponsávelDr. Walter Amauchi

Conselho Editorial

Dr. Walter Amauchi (Presidente)

Tadao Yamashita (Vice-Presidente/Japonês)

Hirokazu Sasaki (Diretor Responsável Revisão)

Dr. Luiz Carlos Takeshi Tanaka

Dr. Teruhiko Okamoto

Carlos Massuo Ozawa

Enfª Gilmara Aparecida Nogueira

Editor

Rafic Ayoub

Jornalista Responsável

Rafic Ayoub - MTB 11.692

Produção Editorial

Departamento de Comunicação e Marketing

Supervisão Editorial e Chefe do Depto. de

Comunicação e Marketing

Adriana Storai - CONRERP 2ª Região nº 4071

Redação

Raissa Lira

Tradução

Kazumi Kawamorita

Apoio

Nathalia D. Oliveira

Design Gráfico

Ricardo Akamine

Edição 6 - Ano III

Tiragem: 6 mil exemplares

Distribuição: Gratuita

A REVISTA HOSPITAL NIPO-BRASILEIRO é o órgão

oficial de comunicação institucional do HNB.

Rua Pistoia, 100 - Parque Novo Mundo

02189-000 - São Paulo - SP

Envie suas sugestões e comentários para:

[email protected]

EditorialPrezados leitores

A Revista Hospital Nipo-Brasileiro traz como matéria de capa desta edição, reportagem especial sobre os problemas renais, um assunto que afeta cada vez mais o homem contemporâ-neo e, em especial, cinco entre cada dez brasileiros. De for-ma didática e esclarecedora, Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do setor de urologia do HNB, explica todas as características e diferenças das disfunções renais e, principal-mente, as melhores formas e opções de tratamento, como o laser, considerado hoje a mais moderna arma contra os cha-mados cálculos renais.

Merece destaque também nesta edição, matéria especial so-bre o pioneirismo do HNB na criação e implementação da pri-meira Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (EMTN), instituída em 1986 e considerada hoje uma referência no segmento hospitalar.

Registramos a presença no HNB a convite da Enkyo, do médi-co cardiologista Prof. Dr. Go Watanabe e também do Dr. Kenji Kawachi, Professor-Assistente de cirurgia cardiovascular da Tokyo Medical University, que fizeram palestra sobre cirurgia robótica e os desafios da saúde.

E confirmando o nosso permanente compromisso com as novas tecnologias, fazemos uma apresentação do recém-ad-quirido equipamento de Ecocardiografia 3D e em tempo real para estudo do coração, que nos integra num seleto e restrito grupo de hospitais que dispõem desse equipamento.

Reafirmando nossa vocação para ações preventivas, traze-mos ainda neste número matéria sobre a Herpes Simples, do-ença infecciosa e muito contagiosa, cuja transmissão ocorre por contato direto das lesões com a pele ou mucosa de uma pessoa não infectada.

E por último, convidado mais uma vez pelo Projeto PIPA - Pro-jeto de Integração Pró-Autista, o especialista em autismo Dr. Masao Taira, da Universidade Seisa, do Japão, destacou em sua palestra a importância do TVD – Tratamento da Vida Diá-ria no processo de inclusão social e principalmente econômi-ca, dos portadores do espectro do autismo.

Boa leitura a todos!

Dr. Walter AmauchiSuperintendente Geral

Diretor PresidenteYoshiharu Kikuchi

Presidente da Comissão de AdministraçãoHospital Nipo-BrasileiroAkeo U. Yogui

Presidente da Comissão de DivulgaçãoSaburo Sakawa

Mantenedora do Hospital Nipo-Brasileiro

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Índice

4. Ecocardiografia 3D Novo aparelho para estudo do coração

5. Herpes Simples O que é e como prevenir

6. Problemas Renais Conheça as novas tecnologias e soluções

9. Memória Cultural A saga de Seiti Sacay

10. Cirurgia Robótica Avanços e Desafios da Saúde

11. EMTN

14. Inclusão

Um diferencial a serviço do paciente

Os autistas no mercado de trabalho

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Hospital Nipo-Brasileiro4

Alinhado permanentemente com as novas tecnologias,

o HNB adquire aparelho de Ecocardiografia 3D

VANTAGENS

De forma simples, as principais vantagens dessa nova tecno-logia oferecida pelo Hospital Nipo-Brasileiro, podem ser assim destacadas:

• Rapidez na aquisição das imagens;

• Observação das estruturas cardíacas a partir de novos planos anatômicos de observação não visualizados pela ecocardiografia 2D convencional;

• Maior e melhor identificação espacial das estruturas car-díacas

• Possibilidade de melhor conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos de diversas cardiopatias.

Adicionalmente, permite um melhor planejamento em casos que serão submetidos a cirurgia cardíaca ou procedimentos de correção através de cateterismo, além de facilitar a co-municação entre o cardiologista clínico, hemodinamicista e o cirurgião cardíaco.

ECOCARDIOGRAFIA 3DEM TEMPO REAL NO HNB

O Hospital Nipo-Brasileiro (HNB) agora faz parte de um

seleto grupo de hospitais de São Paulo que dispõe da

tecnologia 3D para estudo do coração. Acompanhando os

avanços tecnológicos, o serviço de Cardiologia do HNB dis-

ponibiliza aos clientes aparelho de última geração em Eco-

cardiografia Tridmensional (VIVID E9 da GE Medical).

Este aparelho top de linha com todos os recursos dispo-

níveis, permite realizar exames de coração mais acurados

e detalhados do que os realizados com a tecnologia bidi-

mensional com doppler colorido. A tecnologia 3D exige

processadores muito rápidos e sondas especiais para obter

imagens nas três dimensões do coração em tempo real (por

isso chamada também de 4D).

Diferentemente da Ecocardiografia 2D, na Ecocardiografia 3D

as aquisições são volumétricas (imagens tridimensionais) pos-

sibilitando a observação das estruturas a partir de qualquer

ponto, permitindo analisar todos os planos, fornecendo assim

mais detalhes espaciais e estruturais, como também melhores

características do fluxo sanguineo dentro do coração.

Desta forma, facilita e melhora a interpretação das ima-

gens para o diagnóstico das doenças das valvas, a avalia-

ção do tamanho e da contratilidade cardíaca; permitindo

um melhor planejamento estratégico nos casos que serão

submetidos a cirurgia cardíaca ou a procedimentos de cor-

reção através de cateterismo.

A sonda transesofágica 3D disponível neste equipamento, per-

mite realizar Ecocardiograma 3D mediante a introdução da mes-

ma no esôfago, fornecendo imagens mais nítidas e com maior

detalhe, alem de poder ser usado durante cirurgias cardíacas e

outros procedimentos como correção de defeitos congênitos e

implante de próteses valvares através de cateteres.

HERPES SIMPLES

Tecn ologia

*Dr. José Victor Kairiyama é médico cardiologista

do Hospital Nipo-Brasileiro

*Dr. José Victor Kairiyama

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Hospital Nipo-Brasileiro 5

Doença muito contagiosa, a transmissão da Herpes ocorre através do contato direto das lesões com a pele

ou mucosa de uma pessoa não infectada.

HERPES SIMPLES

O que é?É uma doença infecciosa e muito contagiosa, às vezes

muito recorrente, causada pelo vírus herpes (HSV 1 e 2).

Estes vírus ocasionam o aparecimento de pequenas bo-

lhas agrupadas geralmente nos lábios e nos genitais,

mas que podem surgir em qualquer parte do corpo.

Como se adquire?A transmissão deste vírus se faz por contato direto das

lesões (bolhas) com a pele ou mucosa (lábios, boca, vagi-

na, pênis, etc) de uma pessoa não infectada. O vírus pode

permanecer latente no organismo (isto é, sem atividade

destrutiva) e provocar recidivas de tempos em tempos.

O que se sente?Antes do aparecimento de pequenas bolhas cheias

de um liquido transparente ou amarelado, o paciente

sente um leve ardor, coceira , agulhada ou formiga-

mento neste local. As bolhas se rompem formando

uma crosta (“casquinha”) e estas caem ao se formar

uma nova pele ou mucosa.

No caso do herpes genital, pode ocorrer febre e ardor

ao urinar. A primeira infecção herpética na criança causa

lesões dolorosas na boca, as vezes confundida com af-

tas, mas, na verdade é a estomatite herpética.

Como se diagnostica?Na maioria dos casos o diagnostico é pelo exame clinico.

Como se trata?Existem medicamentos antivírus da herpes que dimi-

nuem o período de evolução da doença e as recidivas.

Como se previne?• Lave sempre as mãos e evite tocar as lesões;

• Alguns fatores favorecem a recidiva como traumas, es-

tresse, exposição a agentes físicos (luz solar, vento, frio,

calor)e exposição a agentes químicos (alimentos ácidos,

produtos químicos) .Procure controlar ou utilizar medi-

das de proteção local (protetor de lábio, cremes,roupas

de manga longa, bonés, etc);

• Herpes pode ser uma doença sexualmente transmissível.

O uso do preservativo ajuda a diminuir o risco de contagio.

*Dra. Marilia Jukemura é médica infectologista do Hospital Nipo-Brasileiro

*Dra. Marilia Jukemura

Prevenção

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6 Hospital Nipo-Brasileiro

Diferenciais

E LASER NO COMBATE A PROBLEMAS RENAIS

Hospital de referência regional, HNB oferece novas tecnologias e soluções contra problemas renais.

O cálculo renal, litíase, ou simplesmente pedra nos rins é uma doença muito comum

que afeta uma em cada cinco (05) pessoas ao longo da vida. Trata-se de um proble-

ma sério, que provoca dores intensas e pode exigir internações e cirurgias de urgência,

além do risco de perda da função renal e infecção urinária de graves consequências.

Numa definição simples, o cálculo renal é causado pela agregação de cristais que se for-

mam no rim. Geralmente, a dor ocorre quando o cálculo migra em direção à bexiga atra-

vés do “canal” do ureter. O ureter possui três pontos anatômicos de menor calibre onde

o cálculo pode impactar e permanecer um tempo maior, levando à obstrução e dilatação

do rim e, consequentemente, intensa dor nas pessoas afetadas.

Dr. Paulo Sakuramoto, médico especialista do Setor de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro

(HNB), esclarece que o diagnóstico do cálculo renal ou ureteral pode ser feito através de

ultrassom, urografia excretora ou com tomografia, e seu tratamento depende basicamente

da localização do cálculo, de seu tamanho, de sua densidade e dos sintomas do paciente.

Tratamento

Na condição de referência regional no setor de urologia, o HNB tem se destacado pela

busca permanente de diferenciais e tecnologias capazes de assegurar as melhores solu-

ções e alternativas de tratamento a seus pacientes.

As alternativas de tratamento, segundo Dr. Sakuramoto, podem contemplar desde um

simples acompanhamento e medidas clínicas, passando por soluções minimamente in-

vasivas como litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO), retirada do cálculo

através de ureteroscopia, cirurgia renal percutânea, cirurgia laparoscópica ou cirurgia

convencional.

Dr. Sakuramoto explica que a Litotripsia extracorpórea (LECO), é um tratamento indica-

do para cálculos renais de até 1,5 cm de tamanho e que não sejam muito duros. Nes-

se caso, um equipamento gera ondas de choque que são direcionadas para o cálculo,

com o objetivo de fragmentá-lo para que o paciente possa eliminá-lo espontaneamente.

E caso o cálculo não seja eliminado totalmente, podem ser exigidas outras aplicações.

HNB ADOTA TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

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7Hospital Nipo-Brasileiro

Diferenciais

Por sua vez, os cálculos ureterais são tratados pelo méto-

do da ureterolitotripsia, através do qual, equipamentos en-

doscópicos que visualizam o cálculo e o fragmentam com

laser, ultrassom ou pelo litotridor pneumático.

Para o tratamento de cálculos renais com mais de 2cm de

tamanho, a opção mais indicada e com boa taxa de suces-

so é a cirurgia renal percutânea, na qual uma câmera é

introduzida no rim através de uma punção percutânea na

região lombar do paciente, por onde o cálculo é fragmen-

tado e retirado.

Tumores

A cirurgia laparoscópica em urologia, que começou como

um método diagnóstico, hoje é também uma das alterna-

tivas para o tratamento de diversas doenças urológicas,

como a pieloplastia (estreitamento do ureter), para a reti-

rada de tumores renais e suprarrenais e, atualmente, de

tumores malignos da próstata.

O Dr. Sakuramoto explica que a técnica laparoscópica

consiste em pequenas incisões no abdome ou região lom-

bar do paciente, através das quais são introduzidos uma

câmera e pinças, que permitem visualizar o interior do cor-

po e a realização do ato cirúrgico.

Lembrando que o câncer de próstata é hoje o segun-

do maior responsável pelo número de mortes no país,

perdendo apenas para o câncer de pulmão, Dr. Saku-

ramoto destaca a importância da interação dos seto-

res de urologia e de oncologia clínica, uma vez que o

tratamento de um câncer invasivo exige um acompa-

nhamento multidisciplinar, que é reconhecidamente o

ponto forte do HNB.

Robótica

Dr. Sakuramoto esteve recentemente em visita à Universi-

dade de Kanazawa, no Japão, para atualização em relação

ao desenvolvimento de cirurgia robótica no tratamento de

problemas urológicos.

Segundo ele, trata-se de uma técnica que utiliza a cirurgia

laparoscópica acoplada a uma plataforma robótica para

auxiliar o ato operatório. E a exemplo do que ocorre na

cirurgia laparoscópica, são efetuadas pequenas incisões

através das quais são colocadas pinças especiais acopla-

das à plataforma robótica comandada pelo cirurgião que,

com uma visão tridimensional do interior do corpo huma-

no, realiza os movimentos cirúrgicos através de um instru-

mento que traduz os movimentos e envia as informações

à plataforma robótica.

Dr. Paulo Sakuramoto

Médico da Equipe de Urologia do Hospital Nipo-Brasileiro

desde 1990, Dr. Paulo Sakuramoto, de 57 anos, é formado

desde 1980 pela Faculdade de Medicina da Universidade de

São Paulo (FMUSP). Adicionalmente, é Professor Assistente e

Chefe do Grupo Geral da cadeira de Urologia da Faculdade de

Medicina do ABC.

“A utilização do laser para a fragmentação de

cálculos sem a necessidade de incisão cirúrgica,

tem sido realizada com muito sucesso e com um

mínimo de complicações”

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8 Hospital Nipo-Brasileiro

Registro

MEMÓRIAS DE SEITI SACAYUMA SAGA DE TALENTO E SUCESSO

G raças aos alentados registros históricos sobre os mo-

vimentos imigratórios que marcaram o País, ninguém

desconhece hoje a rica, diversa e inestimável contribuição

da colônia japonesa no desenvolvimento social, econômico,

político e cultural do Brasil. Desde a emblemática viagem do

“Kasato Maru” que trouxe as primeiras levas de colonos japo-

neses ao Brasil, ocorreram sucessivos movimentos que, um

século depois, descendentes desses personagens sem rosto,

inspirados por uma saga histórica, decidem generosamente

compartilhar suas próprias memórias.

Este é o caso Seiti Sacay, um filho de imigrantes japoneses, ca-

çula de seis irmãos, nascido na cidade de Igarapava, no norte do

Estado de São Paulo e criado em Brejo Alegre, município próximo

para onde sua família se mudou atraída pelas terras férteis da re-

gião nas proximidades do Córrego Seco.

Contada em episódios comoventes narrados por ele mesmo e por

cada um de seus seis filhos, as memórias de Seiti Sacay abrangem

desde o período inocente da infância vivida em torno da rotina do

sítio da família, até a vinda para São Paulo, onde estudou, e for-

mou-se na Escola Técnica FGV/SP e na Escola Politécnica da USP;

casou, teve os seis filhos e desenvolveu toda a sua trajetória de

sucesso profissional como empreendedor, executivo, incentivador,

patrocinador e presidente de várias entidades de cunho social, cul-

tural, desportivo e filantrópicas da comunidade nipo-brasileira de

São Paulo, como: Presidente do Enkyo e Conselheiro Honorário do

Hospital Nipo-Brasileiro; Presidente do Rotary Clube de São Paulo

(Liberdade); Diretor Tesoureiro da federação Paulista de Atletismo,

Presidente do Grupo Escoteiro Caramurú, dentre outras.

A saga de Seiti Sacay, mais do que uma obra de interesse cultural,

é certamente uma fonte de inspiração para todos aqueles que

buscam e se identificam com histórias desafiadoras e verdadeiras

de perseverança, talento e sucesso! Vale a pena conferir!

Descendente de imigrantes japoneses compartilha uma história

de determinação, desafios e conquistas.

Belas fotos de época ilustram livro

de Seiti Sacay

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Hospital Nipo-Brasileiro 9

ESPECIALISTAS JAPONESES EXPLICAM AVANÇOSDA CIRURGIA ROBÓTICA E OS DESAFIOS DA SAÚDEA cirurgia robótica como um novo divisor de águas na área não só em cardiologia

mas também em outras especialidades.

C onfirmando seu permanente compromisso com a medi-

cina de ponta e com as inovações tecnológicas, o Hospi-

tal Nipo-Brasileiro (HNB) promoveu uma dupla palestra com os

Prof. Dr. Go Watanabe, cardiologista e considerado atualmen-

te o maior especialista japonês em cirurgia robótica e com o

Prof. Dr. Kenji Kawachi, Professor-Assistente de Cirurgia Car-

diovascular da Tokyo Medical University.

Como professor titular de cirurgia cardiovascular do Ka-

nazawa University Hospital e presidente da Associação

Japonesa de Cirurgia Robótica, o Prof. Dr. Go Watanabe

tem no seu curriculo mais de 3 mil cirurgias cardíacas com

99,5% de sucesso.

Nesta sua 6ª visita ao Brasil a convite da Enkyo – Be-

neficência Nipo-Brasileira de São Paulo e Hospital Nipo-

-Brasileiro, o Prof. Dr. Go Watanabe, de 55 anos, fez uma

brilhante exposição ao corpo médico do HNB sobre os

avanços da cirurgia robótica no Japão.

Experiência

Apoiado nessa vasta e significativa experiência, Dr. Watana-

be destacou o papel da cirurgia robótica como o divisor de

águas de uma nova era não apenas no campo da cardiologia,

mas também nas demais especialidades como nas áreas di-

gestiva, pulmonar, cervical, urológica e outras.

Segundo ele, os recentes avanços na medicina, especialmen-

te no campo da anestesia e dos equipamentos ópticos, tem

permitido oferecer aos pacientes cirurgias minimamente inva-

sivas, com o máximo de segurança e rápida recuperação.

Hoje, segundo o Dr. Watanabe, existem instala-

dos no Japão cerca de 800 robôs em atividade.

Desafio

Por sua vez, o Prof. Dr. Kenji Kawachi, professor-assisten-

te de cirurgia cardiovascular da Tokyo Medical University

explicou que apesar dos significativos avanços tecnoló-

gicos já conquistados, o Japão vive hoje o grande de-

safio de equacionar a elevação exponencial dos custos

de seu sistema de saúde, provocados entre outros, pelo

crescente desequilíbrio em sua pirâmide etária que re-

gistra uma redução sistemática da população jovem, ou

seja, de contribuintes, e o crescimento dos idosos, os

principais usuários dos serviços.

Até há pouco tempo, patrocinado integralmente pelo go-

verno japonês, o sistema de saúde foi reformulado recen-

temente com o repasse de 30% dos custos à população

usuária através de uma espécie de seguro saúde, arcando

o Estado com os 70% restantes.

Dilema

E a exemplo do que ocorre no Brasil, o Dr. Kenji explica que

o Japão vive hoje também o conflito entre falta de médicos e

a má distribuição desses profissionais nas regiões de maior

concentração (Sul) e de maior carência (Norte) do país.

E na condição de Presidente da Associação Médica de

Tokyo, ele acrescenta que diante desse impasse, discute-

-se a conveniência de estimular o surgimento de mais fa-

culdades médicas ou promover a importação de médicos

estrangeiros, ou ainda, a redução do tempo hoje exigido

para a formação de profissionais médicos, de seis (6) para

quatro (4) anos, como solução para reequilibrar a capaci-

dade geral de atendimento à saúde no País.

Tecnologia

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Hospital Nipo-Brasileiro10

A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR COMO DIFERENCIAL NA TERAPIA NUTRICIONAL E SEGURANÇA DO PACIENTE

EMTN

O rientada pela Organização Mundial da Saúde e ge-

renciada rigorosamente pelos órgãos de acredita-

ção reconhecidos, a segurança dos pacientes transfor-

mou-se num dos principais indicadores de qualidade e

eficiência das instituições médico-hospitalares.

Não por acaso, essas instituições têm investido sistemati-

camente na atualização e treinamento de seus profissio-

nais com o claro objetivo de fazer frente aos contínuos

desafios exigidos na rotina de atendimento e segurança

dos pacientes.

E nesse processo, as atividades de enfermagem, nutrição,

fonoaudiologia, farmácia e médica na conduta dietoterápi-

ca (oral, enteral e parenteral) tem sido fatores determinan-

tes no esforço de conquista da excelência no atendimento

dos pacientes hospitalares .

Comprometido com esse objetivo, o Hospital Nipo-Brasi-

leiro notabilizou-se em 1986, pela criação e implementa-

ção de forma pioneira, da primeira Equipe Multidisciplinar

de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral (EMTN), coor-

denada pelo Dr. César Quintão Brant e considerada hoje

uma referência no segmento hospitalar.

Por definição, a nutrição enteral é aquela que não utiliza

a via oral normal para a entrada dos alimentos. Ela se faz

através de sondas introduzidas diretamente no estômago

O HNB se destaca pelo pioneirismo na criação e implementação da primeira equipe Multidisciplinar de Terapia

Nutricional Enteral e Parenteral.

Diferenciais

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Hospital Nipo-Brasileiro 11

Diferenciais

ou no intestino do paciente. Os pacientes que recebem

dieta por sonda ficam temporária ou permanentemente

impedidos de receber alimentação por via oral, mas seu

trato gastrointestinal deve estar em condições de realizar

o mecanismo de digestão.

As indicações visam as lesões do Sistema Nervoso Central

(SNC), estado de coma, debilidade, traumatismos faciais,

obstruções no tubo digestivo, fístulas, síndromes disaborti-

vas, septicemia, anorexia, depressão profunda, desnutrição

severa, queimaduras extensas, pós-operatórios, estados

de insuficiência respiratória, renal, cardíaca ou hepática.

Por sua vez, a nutrição parenteral é a alimentação que

fornece todos os nutrientes necessários ao paciente por

via venosa. É uma solução manipulada e preparada com

os elementos necessários à alimentação de pacientes em

condições especiais, tanto em regime hospitalar, como

ambulatorial ou domiciliar.

Ela deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal não

está apto a receber alimentos, ou seja, no agravamento

do quadro do paciente que recebe nutrição enteral ou

em casos de obstruções severas do tubo gastrointestinal,

pancreatites, fístulas, traumatismos, intervenções cirúrgi-

cas, pós-operatórios, doenças inflamatórias intestinais,

síndromes disabortivas, septicemias, queimaduras graves

e extensas, e ventilação mecânica prolongada.

Consenso

Confirmando a importância e o rigor que envolve atual-

mente esse assunto em todo o universo médico-hospita-

lar, o Comitê de Enfermagem da Sociedade Brasileira de

Nutrição Parenteral e Enteral desenvolveu e implementou

um programa de capacitação específico, denominado

“Meeting de Boas Práticas de Enfermagem em Terapia Nu-

tricional”, que tem como objetivo fundamental subsidiar as

decisões e atuações dos profissionais dessas duas áreas

na rotina de atendimento dos pacientes.

Focado no objetivo de promover intercâmbio entre enfer-

meiros, estabelecer consensos e fornecer subsídios para

o cumprimento das melhores práticas assistenciais na te-

rapia nutricional, esse programa de capacitação acabou

gerando um bem elaborado livro em formato de bolso

intitulado “Terapia Nutricional Enteral e Parenteral – Con-

senso de Boas Práticas de Enfermagem” voltado para a

consulta diária desses profissionais.

Dados desse importante trabalho coordenado por especia-

listas em qualidade e nutrição parenteral e enteral e com a

colaboração de um elenco de profissionais de diversas ins-

tituições hospitalares, dentre os quais o HNB, revela que a

prevalência de desnutrição moderada e grave em hospitais

é alta no Brasil (48,1%), e é considerado um dos principais

responsáveis pelo aumento dos custos hospitalares e de

morbidade. Adicionalmente, alguns estudos têm mostrado

que após a hospitalização, os pacientes apresentam uma

piora em seu quadro nutricional.

Participando como representante da Equipe Multidisci-

plinar de Terapia Nutricional (EMTN) do HNB no Comitê

de Enfermagem da Sociedade Brasileira de Nutrição Pa-

renteral e Enteral, a enfermeira Simone Teixeira de Sou-

sa explica que a desnutrição hospitalar pode ser atribu-

ída a diversas causas, como, por exemplo, relacionadas

à própria doença (anorexia, má absorção, catabolismo), a

fatores circunstanciais, como medicamentos, ansiedade e

mudança de hábitos alimentares, e também a fatores ia-

trogênicos, como avaliação inadequada do paciente (não

mensuração de peso e altura), rotatividade e despreparo

do pessoal, ausência de controle da ingestão alimentar e

retardo na indicação da terapia nutricional.

Diferencial

Para a nutricionista e especialista em nutrição clínica, Lilian

Chika Kato, que também integra a Equipe Multidisciplinar

de Terapia Nutricional (EMTN) do HNB, todos esses fato-

res revelam a importância da identificação dos pacientes

em risco de desnutrição ou já desnutridos no momento

da hospitalização, que deve ser feita já nas primeiras 24

horas e, no máximo, 48 horas, para estabelecer plano te-

rapêutico após a internação.

Para permitir que todos os paciente sejam avaliados nesse

período, Lilian destaca a importância da triagem nutricio-

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Hospital Nipo-Brasileiro12

Nutricionista Lilian Kato

FngºPatricia Noriko

Enfª Simone Sousa

Dra. Maiara Macedo

Dr. César Quintão Brant

Integrantesda EMTN:

Diferenciais

nal, que consiste na realização de um inquérito simples

com o paciente ou seus familiares para a identificação de

eventual risco nutricional.

Destacando a EMTN do Hospital Nipo-Brasileiro como di-

ferencial no tratamento e segurança dos pacientes, Simo-

ne lembra que o enfermeiro exerce um papel fundamental

nesse processo: “ por ter o primeiro contato na admissão

do paciente, ele é capaz de detectar precocemente os pa-

cientes desnutridos e com perfil para a terapia nutricional

especializada, que acaba incorporado no histórico de en-

fermagem e de avaliação inicial desse paciente”.

Ressaltando ainda, com a presença da fonoaudióloga Patricia

Nagato, avalia o paciente com risco de broncoaspiração,

verificando a possibilidade de manter a oferta de dieta via

oral, com necessidade, às vezes, de modificação. Realiza-se

reabilitação, acompanhamento da aceitação alimentar e co-

munica a equipe multidisciplinar para intervenção precoce

tendo um papel importante na detecção do risco nutricional.

• A preocupação focada na desnutrição e/ou risco nutricio-

nal no ambiente hospitalar, o HNB tem como compromisso

garantir o aporte nutricional de qualidade aos seus pacien-

tes. Atualmente, os suplementos nutricionais prescritos

pelas nutricionistas são ofertados pela equipe de enferma-

gem e registrado em prontuário eletrônico onde é possível

acompanhar e monitorar a aceitação dessa oferta.

• Realizamos também um Plano educacional para os pa-

cientes e seus familiares como atribuição capaz de minimi-

zar complicações e garantir a segurança do paciente, fa-

miliares e cuidadores durante o período de hospitalização

e pós alta hospitalar.

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Hospital Nipo-Brasileiro 13

Diferenciais

O intercâmbio de ideias e de experiências tem pro-

porcionado a universalização de soluções e de con-

quistas cada vez mais importantes nas relações humanas,

principalmente como um fator de resgate de cidadania e

de inclusão social.

Apoiada nesse espírito, a Beneficência Nipo-Brasileira de São

Paulo (Enkyo) promoveu mais uma apresentação do Projeto

de Integração Pró-Autista (PIPA), que teve como convidado

especial, o professor e especialista em autismo, Dr. Masao

Taira, da Universidade de Seisa, do Japão.

Em seu discurso de boas vindas às autoridades e demais

convidados presentes no evento, o presidente da Enkyo, Sr.

Yoshiharu Kikuchi, destacou a importância pioneira do Projeto

PIPA no Brasil, no esforço de inserção social e, futuramente,

no mercado de trabalho, das crianças que hoje o integram.

O representante da Agência de Cooperação Internacional do

Japão (JICA), Sr. Vicente Murakami, reiterou todo apoio dado

ao Projeto PIPA desde a sua criação em São Paulo, em 2006.

Lembrando que a experiência já está consagrada também no

Japão, EUA e Uruguai, confirmou o apoio da instituição a to-

das iniciativas de inserção social e econômica dos portadores

do espectro do autismo.

Nesta sua segunda visita ao Projeto PIPA, o Prof. Taira des-

tacou o eficiente trabalho realizado com autistas no Japão

através da Terapia de Vida Diária(TVD), com o apoio da Topo-

sunokai, uma entidade especializada no tratamento e apoio

Com o apoio dessa experiência vitoriosa, portadores do espectro do autismo vêm conquistando cada vez mais

oportunidades no mercado de trabalho japonês, como forte evidência do crescente processo de inclusão social.

CRESCE A INCLUSÃO DE AUTISTASNO MERCADO DE TRABALHO

Social

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à inclusão econômica dos autistas e da qual é um de seus

principais dirigentes.

Segundo ele, estimativas de portadores do espectro de

autismo no Japão que eram de 1 para cada mil habitantes,

saltaram hoje para 1 a cada 100 pessoas. Depois de superar

o desafio do preconceito e da discriminação social, rompi-

do apenas em 1947 com a criação de escolas especiais, os

autistas japoneses experimentaram um contínuo processo

de inclusão social que se consolidou em 2007, através do

Tokubetsu Shien Gakko, um novo conceito que definiu e uni-

ficou sem qualquer discriminação, a denominação de todos

os portadores de deficiência.

Aspectos

Como referência dessa vitoriosa experiência japonesa, o

Prof. Taira destacou três (3) aspectos essenciais no processo

de análise das crianças autistas. O primeiro deles, de ordem

biológica, refere-se à produção insuficiente de um hormô-

nio chamado de ocitocina, responsável pelas dificuldades

de relacionamento e de segurança delas. Num segundo

aspecto, de nível cognitivo, o autista sem capacidade e trei-

no adequado, apresenta grandes dificuldades de correção

comportamental. E, o terceiro, de ordem comportamental,

por sua vez, depende compreensivelmente do fortalecimen-

to do nível cognitivo.

Porém, o especialista destacou que a partir de uma nova lei-

tura menos rigorosa, alguns aspectos considerados a como

pontos fracos dos autistas, através de treinamento e educa-

ção, podem se transformar em pontos fortes.

Como exemplo, ela destaca que a inflexibilidade por eles

apresentada, evidencia um perfil de respeito às regras; ou

ainda, a postura de isolamento por eles adotada, pode carac-

terizar opinião própria; ser sincero demais, revela senso de

justiça e imparcialidade; ou a sua insegurança em relação às

coisas imprevistas, a necessidade de regras.

Enfatizando a grande importância da Terapia de Vida Diária

(TVD) no processo educacional e terapêutico das crianças au-

tistas, o Prof. Taira destacou como seus pontos fundamentais,

o fato de não utilizar medicamentos; de promover o trabalho

em grupo e de ser uma terapia de 24 horas.

Finalizando, o Prof. Taira reiterou que existem hoje no Japão

cerca de 350 mil trabalhadores. portadores de deficiência,

que correspondem a 1,68% da força de trabalho do país, 80%

dos quais em atividades temporárias e/ou de meio período,

desenvolvidas em escritórios, atividades de computação, lim-

peza/manutenção de prédios, em restaurantes, nos serviços

de cozinha, no comércio, como controladores de estoques,

nos serviços internos dos Correios; e como cuidadores, em

asilos para idosos

• Insegurança para ter contato pessoal;

• Dificuldade de ficar em grupo;

• Não realiza atividades até o fim;

• Quando faz atividade de interesse,

não quer parar;

• Dificuldade de imitar os outros;

• Facilidade de perder o controle emocional.

Social

De maneira geral, o Prof. Taira destacou um elenco de seis (6)

características típicas dos autistas:

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卓越性

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桜本パウロ医師

1980年、サンパウロ大学医学部(FMUSP)卒。1990年より日伯友好病院泌

尿器科医療チームの医師を務める。57歳。

ABC大学医学部においても、泌尿器科グループの主任として指導にあた

る。

卓越性

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17Hospital Nipo-Brasileiro

技術

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18 Hospital Nipo-Brasileiro

自閉症の生活療法自閉症者就労への希望を示した日本の自閉症専門家

社会支援

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日伯友好病院機関誌

第6号 - 発刊3年目