revista interbuss - edição 106 - 05/08/2012

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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 3 • Nº 106 5 de Agosto de 2012 CONFIRA O VENCEDOR DO CONCURSO CULTURAL Leia também: 63 ANOS DE HISTÓRIA 63 ANOS DE HISTÓRIA A maior encarroçadora de ônibus do país faz aniversário e mostra como é a produção na sua planta de Ana Rech, em Caxias do Sul

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 3 • Nº 106 5 de Agosto de 2012

CONFIRA O VENCEDOR DO CONCURSOCULTURAL

Leia também:

63 ANOS DE HISTÓRIA63 ANOS DE HISTÓRIA

A maior encarroçadora de ônibus do país faz aniversário e mostra como é a produção na sua planta de Ana Rech, em Caxias do Sul

Page 2: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

Page 3: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

NOS DOIS ANOS DA REVISTAINTERBUSS, O PRESENTE É SEU!

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MARCOPOLO PARADISO G7.

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INTERBUSSREVISTA

O TRANSPORTE LEVADO A SÉRIOINTERBUSS

E FIQUEM LIGADOS! MAIS PROMOÇÕES VIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS! ACOMPANHEM NOSSO

FACEBOOK!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

| As Fotos da Semana

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 36 PÁGINAS

| A Semana Revista

Londres tem um tour “diferente”, passando porlugares macabrosPasseio ocorre dentro de um dostradicionais ônibus de dois andares da cidade, o único pintadototalmente de preto 11 E em breve tem atualização do Portal InterBuss! Participe

enviando a sua foto de ônibus para [email protected]

| A Semana Revista

Campinastambém proíbe som sem fone dentro dos ônibusPassageiro poderá ser obrigado a desembarcar se não obedecera nova lei que entrará em vigor 07

Confiram as melhores da semana!

POR DENTRODA MARCOPOLO

Nos 63 anos da maior encarroçadora de ônibus do Brasil e uma das maiores do

mundo, conheça como funciona a planta de Ana Rech, em Caxias do Sul

Página 20

32

POR DENTRODA MARCOPOLO

Page 5: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

ANO 3 • Nº 106 • DOMINGO, 5 DE AGOSTO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 10h39 (4ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraSantos-Congonhas 13

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALNovas eleições, velhas promessas 6

SEU MURALA seção especial do leitor 30

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiHotmail vira Outlook 17

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzIncerteza em São Paulo 31

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 32

| Concurso Cultural

Catedral ganha o concurso, mas Via Norte também será premiadoDesenho elaborado por Krayon Klein foi o mais votado em nossa página no Facebook, porém o2º lugar também ganha 28

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 14

Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não é publicado nesta edição.

| Deu na Imprensa

Governo dePortugalprivatizará TAP por venda diretaTradicional empresa aérea serávendida pelo governoportuguês em breve 14

ESPECIAL MARCOPOLO 63 ANOSConheça a planta de Ana Rech 20

COLUNISTAS Adamo BazaniA boa ideia dos corredores de ônibus 34

Atenção leitor: a 15ª atualização da Galeria de Imagens do Portal InterBuss será feita no dia 7 de julho. Envie sua foto [email protected] e participe!

Nos 63 anos da maior encarroçadora de ônibus do Brasil e uma das maiores do

mundo, conheça como funciona a planta de Ana Rech, em Caxias do Sul

PÔSTERBusscar Urbanus Articulado 18

Giovani Alencar

Página 20

CONCURSO CULTURALCatedral é o vencedor 28

Page 6: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos ao colecionador Giovani Alencar pelo en-vio do pôster desta semana e à Marcopolo pela visita à sua fábrica e pelo material adicional.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Na última quinta-feira a Rede Ban-deirantes de televisão realizou debates en-tre os prefeituráveis em várias de suas re-gionais em todo o Brasil. Acompanhamos as discussões nas redes sociais e pela TV assistimos o da cidade de Campinas, que é onde estamos locados. Podemos notar que o nível dos candidatos, este ano, está muito abaixo de outros pleitos, e mais uma vez, quem irá sair perdendo é a população, so-bretudo no quesito transporte coletivo, pois as propostas continuam mirabolantes e não-implantáveis. No debate entre os sete candidatos de Campinas, as propostas são velhas. Os partidos socialistas sempre com o mesmo discurso, de municipalização do transporte com a consequente redução das tarifas. Nota-se que tal proposta é completamente vazia. Será que não é feito um estudo antes, para verificar a viabilidade das propostas? Campinas já teve o transporte municipal-izado no início dos anos 90, quando a em-presa TUGRAN foi descredenciada e per-deu o direito de operar as linhas na região

do Campo Grande. Na ocasião, o governo, que era do PT, resgatou a paralisada EM-DEC e a transformou em empresa de ôni-bus. No começo, a operação não mudou muito a cara das linhas da região, pois vi-eram ônibus usados e velhos, porém mais tarde chegaram veículos novos, com mo-tor traseiro e até três articulados foram ad-quiridos, por sinal os primeiros da cidade. Mesmo assim, as linhas alimentadoras da região eram operadas com veículos vel-hos e mal cuidados. A operação de linhas do transporte coletivo é muito onerosa, e acabaria fazendo com que Campinas con-traísse mais dívidas do que já tem. A pas-sagem do serviço para a iniciativa privada, como acontece hoje, é o melhor caminho, e a redução da tarifa é apenas uma questão de gestão. Diminuindo ou controlando as gra-tuidades, já há uma grande possibilidade da tarifa rateada ser reduzida. Outro assunto abordado em Campinas foi a questão do transporte de massa. Enquanto uns defendem o trans-porte sobre trilhos com integração no siste-

Eleições 2012: candidatos novos, velhas promessas

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial ma metropolitano, outros querem o VLT

de volta, enquanto o atual prefeito, Pedro Serafim, defende o seu projeto de BRT, que está em andamento. Obviamente que um sistema sobre trilhos transporta mais gente porém é muito mais oneroso e acaba demo-rando mais para ficar pronto. O projeto do BRT do Campo Grande e do Ouro Verde é otimo, desde que seja implantado na ín-tegra. Serafim pegou um momento inter-essante para o transporte, mesmo sabendo que a maior parte da verba é federal, e que seria liberada independente do partido ou de quem estivesse no poder. Mesmo assim ele aproveita a ocasião para angariar alguns votos a mais, sobretudo por estar em segun-do lugar nas intenções de voto, de acordo com a última pesquisa divulgada. Já nas outras cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, as discussões so-bre transporte foram semelhantes: os can-didatos oposicionistas com propostas sem pé nem cabeça e fortes críticas aos atuais sistemas, como aos BRTs da capital cario-ca. Algumas críticas foram tão descabidas que mostrou o quanto os candidatos não entendem nada de transporte de massa. É necessário ficar de olho em quem estamos votando, pois serão mais quatro anos, e esperamos que a qualidade no transporte coletivo de todas as cidades cresça.

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Jornal Cidade Rio [email protected] Quem utiliza os ônibus do trans-porte coletivo da cidade se depara diari-amente com esse tipo de situação: pessoas ouvindo música a todo volume sem fone de ouvido. O barulho incomoda usuários e até mesmo os motoristas, que precisam se con-centrar e focar sua atenção no trânsito. Em Campinas, esse tipo de prob-lema será resolvido em breve. A Câmara Mu-nicipal aprovou a Lei nº 14.350, que proíbe o passageiro de ouvir música sem o fone dentro dos ônibus. O artigo 1º determina que “Fica proibida a utilização de aparelhos sonoros do tipo rádios, celulares, walkmans, diskmans, iPods, MP3, MP4 e similares no interior dos ônibus de transporte coletivo ur-bano no município”. A proibição não vale para quem usa “abafador de ruídos” do tipo fone de ouvido. A lei, de autoria do vereador Francisco Sell-in (PMDB), deverá entrar em vigor dentro de 60 dias a partir da data da publicação da lei, no dia 27 de julho. Pela proposta, o passageiro que for flagrado cometendo a infração será adver-tido pelo cobrador e motorista para que desl-igue o aparelho. Se se recusar, poderá ser ex-pulso do ônibus, já que a lei prevê o uso de “força policial” para garantir o cumprimento da regra. O vereador explica que a intenção da lei não é impedir as pessoas de ouvirem a música de que gosta, e sim criar uma relação de respeito mútuo. Segundo ele, a norma foi elaborada a partir de reclamação de usuários que se sentem incomodados com o barulho. Em Rio Claro, esse tipo de ocorrên-cia é comum, principalmente em horário de entrada e saída dos estudantes das escolas. Muitas vezes são vários aparelhos ligados ao

Divulgação

Nova lei

mesmo tempo, o que aumenta o barulho e incomoda os demais passageiros. “É muito barulho e nem sempre eles baixam quando a gente pede”, reclama a usuária Janaína de Oliveira Barbosa. “O som alto junta com as vozes e fica impossív-el aguentar”, complementa Ivani Maria dos Santos. Para elas, deveria haver regras para o uso dos aparelhos sonoros nos coletivos. O proprietário da Rápido São Pau-lo, João Chinen, explica que a orientação da empresa é para que o cobrador ou motorista chame a atenção da pessoa e peça para baix-ar ou desligar o aparelho. Porém, segundo ele, como não há respaldo legal, não é pos-sível pedir para que o passageiro desça ou impedir que ele entre no ônibus. Ele conta que funcionários já en-frentaram problemas com pais de crianças e adolescentes por terem repreendido os menores no ônibus. Para João Chinen, é pre-ciso contar com o bom-senso e educação dos

usuários com relação ao espaço coletivo. A Secretaria de Mobilidade Urbana e Sistema Viário, por sua vez, informa que, “até a presente data, não recebeu nenhuma reclamação sobre esse tipo de ocorrência”. No entanto, a secretaria esclarece que o ar-tigo 26, inciso III, da Lei nº 2.176 veda “o transporte ao usuário que, por sua conduta, comprometa de alguma forma a segurança ou o conforto dos demais passageiros”. O número de reclamações por conta da execução de músicas sem o uso de fones de ouvido têm crescido muito em todo o Brasil, e por conta disso várias cidades estão adotando leis para coibir essa prática. Na se-mana passada a Revista InterBuss publicou um editorial a respeito do assunto, sinalizan-do que também falta educação para muitos dos usuários do transporte público. Além de Campinas, os municípios de Jacareí, Taubaté e Porto Alegre também já aprovaram lei similar.

INCÔMODO • Música sem fone de ouvido é incômodo para os demais passageiros

A S E M A N A R E V I S T ADE 29 DE JULHO A 4 DE AGOSTO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 05/08/12 07

Caso o passageiro se recuse a desligar o aparelho ou a usar um fone de ouvido, poderá ser usada forçapolicial para tirar o infrator

Campinas proíbe som sem fone nos ônibus

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Prefeiturável diz que vai integrar VLT a ônibus

05/08/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

ANTT apreende 10 ônibus em SP

Irregulares em Igarapava

• G1 Ribeirão e [email protected] A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apreendeu dez ônibus na noite deste sábado (4) na Rodovia Anhanguera em Iga-rapava (SP). Dos veículos, seis faziam transporte clandestino de passageiros e quatro não possuíam o seguro de responsabilidade civil. As apreensões aconteceram durante uma operação da ANTT que tem como objetivo fiscalizar as empresas que real-izam fretamentos interestaduais. A ação, que conta com o apoio da Polícia Rodoviária, começou à meia noite do dia 1º de agosto e não tem data para terminar. “A empresa que está clandestina ela usa rotas de fuga para desviar de postos de fiscaliza-ção, então temos equipes para interceptar esses veículos”, afirmou o coordenador substituto de fiscalização da ANTT de São Paulo João Paulo de Souza. Os veículos apreendidos foram encamin-hados para o pátio do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) em Ituverava (SP).

Layout do novo ônibus da Ponte Preta será decidido pela torcida

Campinas

[email protected]

Após o cancelamento da votação do visual do novo ônibus da Ponte Preta no site oficial do clube, devido a manipulações, a decisão ficará nas mãos apenas dos sócios-torcedores. A nova votação, entre os dois mod-elos anteriormente escolhidos, será realizada na próxima segunda-feira, das 8h às 19h (de Brasília), e na terça-feira, das 8h às 14h, na Portaria 1 do Estádio Moisés Lucarelli. “Infelizmente a forma mais amp-lamente democrática pela qual inicialmente tentamos definir o layout do ônibus foi dis-torcida pela ação de pessoas irresponsáveis, que não tem nenhum respeito pela instituição. De modo que agora faremos a escolha de ma-neira mais criteriosa e por meio do torcedor fidelizado, que contribui com o clube todos os meses e ajuda a instituição”, explicou o di-retor social do clube, Giovanni Dimarzio. Dimarzio ainda destacou que os torcedores que desejarem aderir ao programa, já poderão participar da votação no ato da inscrição. “E quem não é Torcedor Camisa 10 e quer votar pode se filiar ao programa, pagar a primeira mensalidade e participar da

Divulgação

decisão”, concluiu. A previsão é de que o novo veículo oficial do clube fique pronto na sexta-feira

após a decisão. Ele faz parte das novidades pre-paradas da diretoria em comemoração aos 112 anos do clube, completados no próximo dia 11.

ANIVERSÁRIO • Novo ônibus, um Irizar PB, será apresentado no aniversário do clube

• Olhar Direto [email protected] O candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo PSDB, Guilherme Maluf, andou de ôni-bus para ouvir as reclamações dos passageiros. Uma das promessas do postulante é de fazer a integração do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) com os ônibus e de implantar um siste-ma para que os passageiros saibam que horas o transporte vai passar no ponto. Andando de ônibus o candidato ouviu reclamações sobre os pontos de ônibus, dos ter-minais e calçadas. Guilherme Maluf disse que, se for eleito, vai solucionar os problemas. “Observei que o problema é muito maior do que parece. As calçadas estão em uma situação péssima e causam muitos acidentes, dificultam a acessibilidade. Os pontos de ôni-bus não têm informação suficiente referente

Cuiabá

às linhas e horários, falta infraestrutura para os usuários, a frota precisa ser qualificada e am-pliada para garantir conforto para o cidadão”, afirmou. Ele garante que se for eleito vai querer saber se os passageiros estão satisfeitos com a qualidade do transporte público. O candidato, que defende a implantação de ar-condicionado nos ônibus. “Quero equipar a frota de ônibus com ar-condicionado e revitalizar os pontos de ônibus”. Ao site Olhar Direto, Guilherme Maluf disse que pretende integrar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) aos ônibus. “O de-safio do próximo gestor é fazer a integração do serviço de ônibus com o VLT, vamos lutar para isso e para conseguir uma tarifa acessível para os usuários”, disse o candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo PSDB.

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REVISTAINTERBUSS • 05/08/12 09

BRT Transoeste é aprovado por 90% da população, diz pesquisa

Luciano Roncolato

TRANSOESTE • Lotação é grande nas horas de pico, porém o tempo do percurso despencou

DEPOIMENTO • Motorista que causou o acidente prestou depoimento: em estado de choque

Rio de Janeiro

• Yahoo Notícias / O [email protected] O aperto é grande, mas, ao menos, dura pouco tempo. Quem embarca no BRT Transoeste, sistema de ônibus articulados que liga Santa Cruz à Barra da Tijuca, pode espe-rar uma viagem rápida, ainda que muitas vez-es sobrem passageiros e faltem lugares. Uma pesquisa feita pelo Instituto Mapear, a pedido do Rio Ônibus, mostrou que, enquanto o gan-ho de tempo é apontado pelos cariocas como a maior virtude da nova opção de transporte, a superlotação é alvo de críticas. Depois de viajar no Transoeste pela primeira vez na última sexta-feira, por volta de meio-dia, a esteticista Branca Correia, moradora da Praça Seca, teve exatamente essa percepção. Ela entrou na estação do Pontal e desceu no Terminal Alvorada. De lá, pegou um ônibus da linha 692 rumo ao Engenho Novo. Branca elogiou o sistema - a economia de tempo no trajeto foi de 20 minutos -, mas mostrou desconforto com a lotação. Já a técnica de enfermagem Érica Ferreira, de Santa Cruz, pegou o BRT em seu bairro, com a filha Eloá e a mãe, Sandra Maria, em direção ao BarraShopping. Levou 35 minutos para percorrer um trajeto que le-varia uma hora e meia em ônibus convencio-nais. Érica considerou a lotação suportável. Para ela, o principal problema é a falta de banheiros nas estações. Repórteres do jornal O Globo per-correram, na sexta-feira passada, 16,5 quilô-metros entre a estação do Recreio Shopping e o Terminal Alvorada, em 20 minutos. O ônibus articulado estava lotado, e muitas pes-soas viajavam de pé. Passageiro frequente do Transoeste, o operador de máquinas Carlos Antônio da Silva, de 38 anos, usa o corredor para ir diariamente de sua casa, em Santa Cruz, ao trabalho, no Leblon. Ele elogiou o sistema, porém, acha que alguns ajustes são necessários: - Saio às 4h de casa e já encontro o ônibus lotado. Dez minutos de intervalo são insuficientes para garantir conforto ao pas-sageiro. Mas, sem dúvida, o “ligeirão”, por ter pistas exclusivas, é melhor do que o ôni-bus convencional.

Aprovação de 90% dos usuários No balanço dos dois meses de op-eração do BRT, a avaliação é positiva. A pes-quisa do Instituto Mapear mostrou que 90%

dos usuários aprovam o sistema:13% dos en-trevistados declararam estar muito satisfeitos com o BRT, e 77% disseram que estão satis-feitos. Entre os 2% que se declararam insatis-feitos, a principal reclamação foi a superlota-ção e a demora na chegada dos ônibus. Ainda de acordo com a pesquisa, o sistema é usado preferencialmente para o deslocamento entre casa e trabalho (84% dos usuários) e para o lazer (16%). Os usuários podem esperar viagens menos apertadas a partir do início de setem-bro. Segundo o presidente do Rio Ônibus, Lé-lis Teixeira, o corredor exclusivo ganhará 26 novos ônibus articulados - hoje são 65. Com 91 veículos em operação, Teixeira prevê mel-horas: - Vamos aumentar gradativamente o número de composições. Percebemos que muita gente que vinha da Zona Oeste para a Barra de van ou de ônibus do tipo frescão passou a optar pelo Transoeste. Antes, paga-va-se até R$ 6 por um frescão de Santa Cruz à Barra. Agora, por R$ 2,75, a condução é mais rápida e também tem ar-condicionado. Diretor do instituto de pesquisa, Cláudio Gama explica que o levantamento

foi feito com 400 pessoas, entre os dias 5 e 6 de julho. Os usuários responderam a um questionário, que incluía algumas respostas abertas, ou seja, com opção de múltiplas res-postas. - Fizemos entrevistas em todas as estações, em vários horários. O sistema está tendo uma aceitação impressionante. Para 91% dos entrevistados, o tempo de viagem, dentro das estações do corredor exclusivo, caiu, pelo menos, pela metade. Vamos repetir a pesquisa daqui a seis meses - disse Gama. Para a técnica de enfermagem Érica Ferreira, a instalação de banheiros nas esta-ções - há hoje 28 terminais em operação e quatro ainda fechados - beneficiaria ainda mais os usuários: - A lotação é suportável, mas sinto falta de banheiros. O presidente do Rio Ônibus infor-mou que pelo menos os terminais do Alvora-da e de Campo Grande vão ganhar sanitários. A prefeitura estima que a média diária de 55 mil passageiros nos dois sentidos do Tran-soeste deve pular para 110 mil até o fim do ano, com a inauguração das novas estações e o aumento da frota de ônibus.

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• Globo/Bom Dia Brasil [email protected]

05/08/12 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T AIntolerância

Manifestantes atacam ônibus após atropelamento de ciclista Em São Paulo, dois ônibus foram atacados na mesma avenida durante a madru-gada. Um deles foi incendiado. Segundo a polícia, homens armados fizeram os passage-iros descer e queimaram o veículo. O motivo de tanta violência foi um protesto por causa da morte de um jovem que andava de bicicleta na avenida. As mani-festações vêm acontecendo desde sexta-feira, quando aconteceu o atropelamento. A polícia reforçou o patrulhamento na área. Mas, não conseguiu evitar os ataques. As chamas destruíram o ônibus. Dez jovens armados fingiram que iam embarcar. Assim que o motorista parou, eles mandaram todo mundo descer, espalharam combustível e atearam fogo. Depois, fugiram. O ataque a esse ônibus na Avenida Roberto Marinho, Zona Sul de São Paulo, não foi o único na noite de domingo (30). Um ônibus circulava pela mesma avenida, quando o motorista parou em um ponto para que os passageiros descessem. Aproximadamente 15 jovens entraram no veículo e obrigaram todo mundo a sair. Então, eles começaram a espalhar gasolina no chão do ônibus. Ainda é possível ver as marcas no local. O cheiro de combustível também é muito forte. Depois, tentaram colocar fogo no ônibus. Mas quando iam fazer isso, a polícia chegou e todos conseguiram fugir. “Os passageiros desceram correndo do ônibus, com medo. Todo mundo ficou

Destak Jornal

• Diário do Grande ABC [email protected] Eterna discussão no período que antecede as eleições municipais, o preço da passagem de ônibus em São Bernardo não terá aumento nos próximos anos. E pode, in-clusive, ser reduzido. Esse é o compromisso do candidato do PPS ao Paço, Alex Manente. Durante caminhada pelo bairro Vila Viv-aldi, o prefeiturável deparou-se com muitas reclamações sobre o preço e a qualidade do transporte público. E prometeu rever a questão. Além de garantir que o preço da passagem não terá aumento, Alex acenou

Candidato do PPS garante que tarifa não sobeSão Bernardo do Campo

com a possibilidade de diminuir a tarifa dos ônibus. “O atual prefeito (Luiz Marinho-PT) já aumentou a passagem duas vezes em um único governo. E ele falava há quatro anos que não faria isso, mas fez. Vamos rever inte-grações, ampliar o horário do Bilhete Único e fazer com que o bilhete não se restrinja a 90 minutos. Veremos qual tipo de subsídio está havendo. É seguro que não vamos aumentar e podemos, inclusive, reduzir o valor da pas-sagem.” Na caminhada, Alex passou por pequena saia justa quando conversou com uma moradora que lembrou o apoio que ele deu para Marinho (PT) no segundo turno das

VIOLÊNCIA • Mais uma vez o transporte público é prejudicado pela violência da populaçãocom medo. Aquele monte de molecada in-vadiu o ônibus, xingando todo mundo, man-dando descer, que ia tocar fogo no ônibus”, contou uma testemunha. A polícia chegou a tempo porque várias equipes patrulharam a avenida durante o fim de semana. Ao lado do ônibus, os poli-ciais encontraram um galão vazio e uma faixa de protesto pela morte de um adolescente de 14 anos. Ele foi atropelado por um caminhão, na sexta-feira, quando andava de bicicleta na avenida. O motorista fugiu. No sábado à noite, moradores já ha-viam feito um protesto, bloqueando uma das pistas por quase duas horas. Um dia antes, ciclistas também organizaram uma mani-

festação no local. Eles interditaram a pista, acenderam velas e penduraram uma bicicleta no semáforo. Para a polícia, os ataques aos dois ônibus, que aconteceram mesmo com o poli-ciamento reforçado na avenida, estão relacio-nados aos protestos. “Nesse ponto que é bem mais afastado, nós tínhamos um policiamento mais dinâmico. Foi onde eles aproveitaram para incendiar o ônibus. Os indícios apontam para a relação com o atropelamento”, afirmou o capitão da PM Robson Cabanas Duque. O caminhoneiro que atropelou e ma-tou o adolescente ainda não foi identificado e ninguém que participou dos ataques aos ôni-bus foi preso.

eleições municipais de 2008. “Assim como a senhora, eu também estou arrependido de tê-lo apoiado”, disse o popular-socialista. Depois de ouvir muitas reivindica-ções sobre o baixo número de creches exis-tentes na cidade, Alex reiterou que irá acabar com o problema ainda no primeiro ano de seu mandato, caso seja eleito. “Existem vagas ociosas, vamos ampliar muitos convênios com instituições filantrópicas, escolas particulares. As pes-soas na cidade só estão conseguindo vagas em creches com mandado judicial, existem despachos de juízes, eu tenho cópias”, sa-lientou.

Page 11: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

[email protected]

REVISTAINTERBUSS • 05/08/12 11

Em Londres

Tour do ônibus fantasma faz roteiro em cenários de morte Entre todos os ônibus vermelhos de dois andares que circulam em Londres, há apenas um que é inteiro pintado de preto. Conta a lenda que ele é o último remanes-cente da frota da London Necrobus, uma agência funerária extinta, usado antiga-mente para levar caixões para os cemitérios da capital britânica. Calma lá, porque é importante deixar claro: a história da funerária é só mais uma invenção da equipe do Ghost Bus Tours, ou “tour do ônibus fantasma”, cria-ção de um grupo de atores e amigos para dar um toque horripilante a esse city tour com foco em decapitações, cemitérios e es-combros. Londres é famosa pelo que se vê e também pelas histórias sobre o que não se vê. O sobrenatural “aparece” no número 10 de Downing Street, residência do primeiro-ministro britânico, onde supostas baforadas de charuto são sentidas pelos mais percep-tivos. Sinais de fumaça da presença do ex-premiê Winston Churchill, morto em 1965? A equipe do London Necrobus se diverte com as reações dos passageiros. “Tivemos um grupo em que um senhor es-tava visivelmente assustado. Eu não resisti e rastejei por debaixo dos bancos e apareci por entre as pernas dele. O grito foi ensurd-ecedor, e as risadas também”, conta Simon Matthews, um dos atores do grupo. O tour custa 18 libras para adultos (cerca de R$ 54) e 9 libras para crianças (cerca de R$ 27). O ônibus pintado de preto leva cerca de uma hora para cruzar alguns dos principais pontos da cidade, passando pelo Parlamento, Tower Bridge e South-wark até voltar para a Trafalgar Square, seu local de partida. As brincadeiras são todas em in-glês, e por isso ele precisa estar um pouco afiado para que você pegue todas as piadas. O humor é tipicamente britânico, cheio de trocadilhos e situações constrangedoras. “As histórias são interessantes, cheias de detalhes sobre as mortes, e é um jeito dife-rente de conhecer a cidade”, contou a sueca Jutta Johansson, pela primeira vez em Lon-dres. E você, vai ter coragem? Mais informações: www.theghost-bustours.com

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NECROBUS • Ônibus de dois andares é todo preto e leva passageiro a um tour macabro

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A S E M A N A R E V I S T A

• Jornal do Comércio / Porto Gente [email protected]

Quase metade

Marcopolo encarroçará 4 mil ônibus do PAC Equipamentos Dos 8.570 ônibus que o programa federal comprará via PAC Equipamentos, cerca de 4 mil serão encarroçados pela Mar-copolo, por meio de suas unidades de negó-cios Volare, em Caxias do Sul, e Ciferal, em Duque de Caxias (RJ). De acordo com Car-los Zignani, diretor de relações com investi-dores, o cronograma estabelece entrega até o fim deste ano, mas admite que parte dos lotes deverá ficar para 2013. Para atender à demanda de aproxim-adamente 2 mil unidades, dentre eles mil com tração 4x4, a Volare terá de praticamente do-brar a produção diária no segundo semestre. Ao longo dos seis primeiros meses do ano, a média foide 15 veículos/dia, número que pre-cisará chegar perto de 25. Zignani revela que a empresa já am-pliou o quadro de funcionários e que trabal-hará praticamente todos os sábados até o fim do ano, exceto a partir de 27 de dezembro, quando a intenção é de suspender as ativi-dades e conceder férias. Para a Ciferal, onde será montado um modelo urbano tipo micrão, não estão programadas mudanças significati-vas, até porque a unidade tem operado abaixo de seus volumes tradicionais. Pelos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Car-roçarias, no primeiro semestre a produção de ônibus na fábrica carioca teve redução de 5%. Outra empresa de Caxias do Sul que terá de acelerar seu ritmo de produção será a Agrale, responsável pelo fornecimento dos

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• Destak Jornal [email protected] Sete pessoas ficaram feridas na noite de ontem após um acidente entre um ônibus e um trem no bairro Bom Retiro, em Valin-hos. As vítimas sofreram ferimentos leves. Quatro delas foram encaminhadas à Santa Casa de Valinhos e três para o Caue (Centro de Atendimento de Urgências e Especialidades). O ônibus, fretado da empresa Rápido Luxo Campinas, seguia para um culto em uma igreja evangélica. A colisão ocorreu no momento da travessia no trilho, em que o trem carregava 60 toneladas de açúcar e tinha 70 vagões. Ele atingiu a traseira do ônibus, que teve a lat-

Trem bate em ônibus e deixa sete feridosValinhos

eral direita destruída pelo impacto e a lataria se desprendeu do veículo. Logo após o acidente,

MICRO • Volare será o modelo a ser encarroçado pela Marcopolo ao Caminhos da Escolachassis para os modelos Volare que serão agregados à frota do programa Caminhos da Escola. Zignani expressa confiança de que o segundo semestre, especialmente a partir do último quadrimestre, será de retomada, ainda que lenta, da atividade industrial automotiva pesada. Ele destaca que o crescimento será mais acentuado no setor de ônibus, enquanto em caminhões e implementos rodoviários tende a ser mais demorado. Mas não crê em piora do quadro atual. “O governo deve anun-ciar, nos próximos dias, novas medidas de es-tímulo, agora mais focadas na infraestrutura.

Isto aliviará a situação das fabricantes de caminhões e implementos”, diz. Para o diretor da Marcopolo, o País precisa aproveitar este momento de prepara-ção para eventos esportivos como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 para crescer e atrair investidores. Apesar da gravidade no cenário externo, especialmente na Europa, ele observa que o Brasil tem adot-ado medidas que devem amenizar os impac-tos da crise. Mas alerta para o fato de que o País terá, a partir de 2016, uma conta grande para pagar em função de todos esses investi-mentos.

a Polícia Militar interditou parcialmente a Avenida Paulista, por onde o trilho passa.

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Santos – Congonhas Há algumas semanas, comentamos sobre a nova linha que liga a Ponta da Praia, em Santos/SP ao Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Há alguns dias, fiz uma via-gem nessa nova linha. Essa viagem foi no sábado, dia 21 de julho. Depois de fazer um tour pela cidade, fui à Ponta da Praia para pegar o ônibus para voltar à Capital. Chegando à Ponta, vou à loja da Cometa comprar a passagem para São Paulo. Na frente da loja da Cometa estava o ônibus da viação Ultra, com o itinerário mar-cando “18h30 – Congonhas”. Achei estranho mas, como tinha outro ônibus da Ultra em fr-ente à sua loja, achei que fosse por falta de espaço mesmo. Entrei na loja da Cometa. A fun-cionária me disse que a próxima partida da Cometa seria às 19h10. Eram 17h30. Como não estava a fim de esperar tanto tempo, fui à loja da Ultra comprar uma passagem e seguir pra Congonhas. Chegando à loja, o vendedor me disse que se quisesse ir pra Congonhas te-ria de comprar na loja da Cometa. Eu pergun-tei: “Mesmo o ônibus sendo da Ultra?” Ele disse que sim. Voltei à loja da Cometa. Eu pedi uma passagem pra Congonhas. A vendedora, impaciente, perguntou: “Mas o senhor quer ir pra Santos ou Congonhas? O itinerário é diferente.” “Congonhas”, respondi. Quando lhe passei o cartão para pagar a passagem, ela disse que pra Congonhas só em dinheiro. O cartão era pra linha Santos-Jabaquara. E eu, pacientemente, deixei a loja, fui ao Banco ao lado e peguei dinheiro para comprar a pas-sagem – que custa R$ 18,35. Imagine se eu fosse um passageiro que precisasse mesmo ir pra Congonhas e o Banco onde tenho conta não fosse aquele que existe ao lado das lojas? Voltei à loja da Cometa, comprei a passagem – impressa no formulário da Ul-tra – e aguardei o horário da partida: 17h50. Para quem não sabe, o letreiro dos carros que partem da Ponta da Praia mostra sempre o horário da partida a partir da Rodoviária de Santos. Ponta da Praia–Congonhas – Pontu-almente às 17h50 o Caio Giro MBB O500M da viação Ultra deixa as “lodjinhas” da Ponta da Praia. Quando entrei no ônibus, lembrei que nem escolhi o banco. Fiquei na poltrona 15, do lado direito. Mas, como só havia eu no ônibus, fui para a 17. O ônibus, prefixo 2270, era o modelo executivo e de fretamento da empresa – e é fixo da linha. Tinha banheiro e monitor de TV. Só faltou a água mineral. O monitor estava ligado na TV ab-erta, sintonizado na TV Globo. Passava o “Caldeirão do Huck”. O som da TV saia por

algumas saídas de áudio acima das poltronas, na parte de baixo do porta pacotes. A poltrona onde estava marcada a minha passagem era uma delas. Se tivesse de viajar nela, sentiria um certo desconforto já que o som era alto e não havia um seletor para regular a saída do som. Da Ponta da Praia até a Rodoviária, o ônibus levou cerca de 30min. E nesse tra-jeto nenhum passageiro subiu. Na linha da Ponta da Praia-Jabaquara o ônibus leva cerca de 40min, já que muitos passageiros o pe-gam seguir até a Rodoviária gratuitamente e, de lá, comprarem a passagem de volta. Na Rodoviária, chegamos por volta das 18h20. Havia cerca de nove pessoas aguardando o ônibus. Logo que todos sobem, recomeçamos a viagem. Pra minha sorte, ninguém fez questão de ficar na poltrona 17. Então, fiquei por lá mesmo, “curtindo” a programação global. Aliás, a imagem do televisor foi per-feita durante toda a viagem. Os poucos pas-sageiros, foram assistindo a programação da TV. Eu prefiro viajar sem TV mas, fazer o quê... Durante a subida, o sinal da TV caiu poucas vezes – na maioria delas, quando pas-sava pelos tuneis da Rodovia Anchieta. Nem percebemos a troca de retransmissoras.

José Euvilásio Sales Bezerra

Em relação à linha do Jabaquara, a linha Congonhas só difere no final mesmo. Ela segue direto até o início da Imigrantes, onde faz o contorno e sobe o Viaduto Alio-mar Baleeiro, e segue pela Avenida Afonso D’Escragnole Taunay (que é a continuação da Avenida dos Bandeirantes), pega a marginal dessa Avenida, segue pela Rua Brasópolis, Viaduto Jabaquara, Avenidas Pedro Bueno e João Pedro Cardoso, Rua Tamoios e Avenida Washington Luis até o Aeroporto de Con-gonhas. Chegamos em Congonhas por volta das 19h25. Na plataforma, estava um ôni-bus da Translitoral, que faz a linha Santos-Aeroporto de Cumbica via Aeroporto de Con-gonhas. Aliás, essa linha visivelmente sofreu o golpe da concorrência com as operadoras da São Paulo-Santos. Em muitos horários, são vistos micros no lugar de seus novos G7. A criação da linha Santos-Con-gonhas foi uma grande sacada por parte das operadoras do trecho. Acirrou a concorrência no trecho, antes só operado pela Translitoral, que cobra quase o dobro da passagem da co-brada pelas empresas Cometa/Ultra/Expresso Luxo. Basta agora apenas que organizem melhor a operação – se possível, oferecendo mais horários – de modo a facilitar a vida do usuário.

CONGONHAS • Ônibus da Viação Ultra da linha Santos-Congonhas: ônibus executivo da frota de fretamento da empresa

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

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• Do Site da Transpo [email protected]

Governo português privatizará a TAP através de venda direta O governo de Portugal vai privatizar a empresa aérea TAP através de venda direta e privada, seguida de uma oferta pública de ações para os funcionários da companhia. Em comunicado divulgado na quin-ta-feira Lisboa disse que seu objetivo é maxi-mizar o valor da empresa e que o processo de venda poderá ter mais de um comprador. A venda da TAP, que poderá ser fechada até o final do ano, é uma exigên-cia atrelada ao pacote de ajuda concedido a Portugal, no valor de 78 bilhões de euros. A empresa é avaliada em 1,2 bilhão de euros, com base no Ebitda de 2011 multiplicado por oito, segundo oficiais do governo e da própria TAP. A privatização, no entanto, não será fácil. Qualquer companhia aérea europeia estará sujeita a enfrentar questionamentos de concorrência desleal. Além disso, a alta do petróleo e o anêmico crescimento econômico da Europa podem afugentar possíveis com-pradores.

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

Divulgação

A International Consolidated Airline Group, controladora da britânica British Air-ways e da espanhola Iberia, e a alemã Lufthan-sa já mostraram interesse em comprar a TAP.

A TAP oferece voos em 75 rotas para 34 países e afirma ser a principal companhia aérea operando entre a Europa e o Brasil. As informações são da Dow Jones.

Transpo Online

Embraer entrega jato executivoLineage 1000 para aérea chinesa• Do site da Transpo [email protected] A Embraer entregou o jato execu-tivo ultra-large Lineage 1000 para a chinesa Xinjiang Guanghui Industry Investment Group. Foi a primeira entrega desse modelo de aeronave na China Continental. O Lin-eage 1000 é o maior jato executivo do port-fólio da Embraer. Desde a primeira entrega de um jato executivo da Embraer na Grande China, em 2004, a empresa recebeu pedidos firmes para 28 aeronaves naquele mercado. Duran-te o último ano, a empresa recebeu 15 pedi-dos firmes no mercado de aviação executiva chinês. A Embraer prevê uma demanda, para toda a indústria, de 635 jatos execu-tivos no mercado chinês nos próximos 10 anos.

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• Do Site da Transpo [email protected]

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

MAN Latin America volta com a Rota Volksbus pelo Brasil O programa itinerante de demonst-ração de ônibus Rota Volksbus será repeti-do. A MAN Latin America irá percorrer 67 cidades brasileiras para mostrar as novi-dades da linha Volksbus 2012 para mais de 500 clientes. Repetido pela primeira vez desde 2007, o Rota Volksbus iniciará sua jornada a partir de duas rotas distintas com um com-boio formado por cinco ônibus cada. Em co-mum, os dois comboios terá um Volksbus 18.330 OT transformado em uma sala para a apresentação da nova linha de chassis e pro-pulsores Euro V com as tecnologias EGR e SCR. Os ônibus que irão integrar cada comboio são os seguintes: VW 9.160 OD, VW 15.190 OD, VW 17.230 OD V-Tronic e o VW 17.230 OD com transmissão manual.

Transpo Online

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• Do Site da Transpo [email protected]

DHL amplia malha aérea e compra Boeing 747-400 A DHL Express ampliou a sua malha aérea com o lançamento de voo di-reto dos Estados Unidos para a Austrália. Com duas frequências semanais, o serviço irá otimizar o tempo de trânsito para as principais áreas metropolitanas da Aus-trália como Sidney, Melbourne e Brisbane. “Este novo vôo proporciona uma melhora significativa no tempo de trân-sito para os nossos clientes na América do Norte e Oceania, apoiando o seu cresci-mento com as rotas comerciais intercon-tinentais vitais”, conta Stephen Fenwick, CEO da DHL Express Americas. A operação acontece entre o ter-minal do aeroporto DHL Américas, em Cincinnati e as cidades australianas de Sidney e Melbourne. Para as viagens, a companhia adquiriu um Boeing 747-400.

Transpo Online

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D E U N A I M P R E N S A

MAN deverá fazer 4000 escolares• Do Site da Transpo [email protected]

Transpo Online

Através do programa Caminho da Escola, do governo federal, a MAN Latin America poderá comercializar 4.000 ôni-bus para atender ao transporte escolar em zonas rurais de todo o país diretamente com as prefeituras interessadas. Com a venda recorde, a montadora passará a contar com mais de 12.000 veículos entregues ao pro-grama em cinco anos. “Hoje, somos a maior fornecedora de ônibus para o programa do governo. Esse novo lote confirma o nosso compro-misso em fornecer produtos sob medida e de excelente qualidade, seja qual for a necessidade de nossos clientes”, afirma Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. De acordo com a montadora, os

veículos incluídos na negociação são o Volksbus 15.190 ORE 02R (sigla para Ôni-bus Rural Escolar Reforçado Médio) e o

ORE 03R (Ônibus Rural Escolar Reforçado Grande), equipados com o propulsor MAN D08 com a tecnologia Euro 5 EGR.

Cummins faz o mais potente• Do Site da Transpo [email protected]

Transpo Online

A divisão Cummins Marine apre-sentou ao mercado marítimo o propulsor de maior potência em alta rotação do mundo. Trata-se do motor QSK95-M, com rotação de 1.800 rpm, de 95 litros e 16 cilindros em V, que entrega de 3.200 até 4.000 cavalos de potência, ou seja 2.400 kwm a 3.000 kwm. O motor foi projetado na fábrica de motores Cummins Seymour, em Indiana. O investimento necessário no desenvolvimento do motor QSK-95, que será produzido a par-tir de 2015, e da planta foi de US$ 110 mil-hões. O motor QSK-95 está preparado para atender as futuras legislações IMO Tier III e IMO Tier IV, que passarão a vigo-rar somente em 2020. “O QSK-95 já nasce para atender às emissões do futuro”, afirma Waldemar Marchetti, diretor Global de Estra-tégia Offshore. O mercado para este propulsor é grande e inclui empurradores de embarcações em rios, rebocadores portuários, todo tipo de embarcação de suporte a produção e extração de petróleo, geração de energiapara as plata-formas FPSO (FloatingProduction Storage and Offloading), cuja função é extrair e/ou armazenar o petróleo. O produto também é aplicável nos segmentos de óleo e gás, min-eração, locomotivas, geradores, entre outros. “Ao nascer 100% eletrônico, o

QSK-95 permite que todas as suas caracter-ísticas e funções sejam facilmente gerencia-das e, para as aplicações marítimas, o novo motor já sairá com o painel C-Command de série”, destaca Marchetti. O painel C-Command foi concebido para o controle de todos os parâmetros do

motor, como gerenciar os custos operacio-nais, além de seu funcionamento completo: rotação, consumo de combustível, período de parada para manutenção e temperatura de óleo e água. O C-Command da Cummins permite o monitoramento da embarcação via satélite.

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PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

Todo mundo que usava o Hotmail já percebia que o serviço estava ficando antiquado, com um visual já cansado e po-luído. Muitas empresas estão migrando para o pacote Google Apps, com GMail, Google Drive, Google Calendar e outros serviços in-tegrados. Portanto, era hora da Microsoft mudar o Hotmail. E a mudança foi radical, pois até o nome do serviço de e-mail mudou, passando a usar o nome do cliente de e-mail tradicional da Microsoft, o Outlook. Com isso, os usuários passam a poder usar contas no domínio outlook.com, além dos já conhe-cidos hotmail.com, hotmail.com.br, live.com e msn.com. Já a mudança visual segue os novos padrões de layout da Microsoft que serão usa-dos no Windows 8, com barra colorida, botões e organização típicos da interface Metro. Fi-cou muito mais fácil de usar, e muito mais fácil de ler, pois reduziu consideravelmente toda a poluição que existia no Hotmail, que

Hotmail muda e vira Outlook

faz lembrar até os serviços do Yahoo. Se não bastasse tudo isso, finalmente a Microsoft percebeu que deveria começar a integrar seu serviço de e-mail a outros ser-viços parceiros. Há uma relativa integração com o Skype, o Facebook, o LinkedIn e o Twitter, especialmente com relação à lista de contatos. Agora, na lista de contatos, é pos-sível ver a foto do Facebook da pessoa e po-star no mural dela. E a integração com o Sky-Drive agora permite o uso das ferramentas do serviço de armazenamento para abrir fotos e outros arquivos. Com o Office Web App, é possível também abrir no próprio navegador os arquivos do Office anexados nos e-mails. Com tudo isso, finalmente a Micro-soft volta a ter um serviço de e-mail a altura para competir com o Google, e com diversos aspectos positivos que superam o GMail, es-pecialmente em integração com redes sociais. Afinal, se o GMail já é o queridinho das em-presas, o Outlook aparece como forte candi-dato para ser seu e-mail pessoal.

REVISTAINTERBUSS.UMA NOVAEDIÇÃOA CADADOMINGO.

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REVISTAINTERBUSSG I O V A N I A L E N C A RP I R A C I C A B A / S P • P I R A C E M A

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POR DENTRO DA LÍDER

Vista do pátio de chassis queestão aguardando encarroçamentona planta de Ana Rech, em Caxias do Sul

E S P E C I A L M A R C O P O L O 6 3 A N O S

POR DENTRO DA LÍDERLíder no mercado de carrocerias para ônibus no Brasil e em vários países do mundo, a

Marcopolo chega aos 63 anos consolidada com uma das maiores empresas do país e quealavanca a economia de Caxias do Sul. A reportagem da Revista InterBuss esteve na

fábrica e traz para você um pouco desse mundo que é a gigante encarroçadora, presente em quase todos os continentes, com seus produtos que fazem parte do dia-a-dia da população

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POR DENTRO DA LÍDERPOR DENTRO DA LÍDERLíder no mercado de carrocerias para ônibus no Brasil e em vários países do mundo, a

Marcopolo chega aos 63 anos consolidada com uma das maiores empresas do país e quealavanca a economia de Caxias do Sul. A reportagem da Revista InterBuss esteve na

fábrica e traz para você um pouco desse mundo que é a gigante encarroçadora, presente em quase todos os continentes, com seus produtos que fazem parte do dia-a-dia da população

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E S P E C I A L M A R C O P O L O 6 3 A N O S

O Brasil é um dos maiores fabrican-tes de ônibus do mundo. Além de abastecer 100% do mercado interno, há ainda as expor-tações, sobretudo para países da América La-tina. Apesar disso, é relativamente pequeno o número de fabricantes de carrocerias e de chassis no país. Com o crescimento do mer-cado ano após ano, as empresas crescem cada vez mais. Uma delas se destaca pelo seu porte, qualidade e dimensão de mercado, que é a Marcopolo. Sediada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, a fábrica da Marcopolo produz diariamente 23 ônibus, sendo 17 rodoviários e 6 urbanos. Os veículos urbano com moto-rização traseira e articulados, ambos para o mercado interno, são todos produzidos na uni-dade matriz. A unidade de Duque de Ca-xias, no Rio de Janeiro, fica com a produção dos veículos urbanos de motorização dian-teira e algumas unidades destinadas ao mer-cado externo. Para o Rio Grande do Sul, inde-pendente da configuração, todas as unidades são feitas em Caxias do Sul, também por uma questão de logística. Com dezenas de unidades espalha-das pelo mundo, a Marcopolo está presente em todos os continentes. A mais recente aquisição foi 75% do capital da australiana Volgren Australia Pty, que é a maior encar-roçadora da Oceania. Por essa participação, a brasileira pagará cerca de US$ 53,2 milhões. A Volgren tem cerca de 40% do mercado na Austrália. Importantes unidades em países es-tratégicos ajudam a alavancar a Marcopolo. A unidade da Africa do Sul, que abastece toda a região, forneceu grande parte das carrocerias para o sistema Rea Vaya, que é o BRT da Ci-dade do Cabo projetado para a Copa de 2010. Dividido em etapas de implantação, a cada uma delas que fica pronta, a Marcopolo en-carroça os chassis destinados a esse sistema. As primeiras unidades foram produzidas no Brasil há dois anos e seguiram de navio para a capital sul-africana. Outra unidade muito importante é a de Bogotá, na Colômbia, cidade onde está localizado um dos principais sistemas de BRT do mundo, que é o Transmilenio. Lá, a Marcopolo tem um joint-venture com o grupo Superior, empresa que era líder de produção de carrocerias no país. Nos anos 90, ambas acertaram uma parceria, chamada de Superpolo (junção dos nomes Superior e Marcopolo). No começo, eram produzidos os modelos que a Superior já fazia. Depois, a Marcopolo passou a colocar a sua linha em produção, e atualmente representam 100% da produção. Com o tempo, a empresa passou a deixar de lado os modelos da Superior, levan-do em consideração que os já fabricados aqui

• Luciano [email protected]

no Brasil pela Marcopolo são mais modernos e atrativos. Hoje, a Superpolo segue líder de vendas e sempre fornece a maioria das car-rocerias para o Transmilenio, sistema o qual ajudou a implantar. No Brasil, a Marcopolo cresceu muito nos últimos anos, e continua crescen-do. Desde a década de 70 absorveu diversas encarroçadoras menores, como a Eliziário e a Nimbus, empresas que vendiam muito sobre-tudo para a Região Sul. Já no final dos anos 90, adquiriu a Ciferal, grande encarroçadora que tinha boa fatia do mercado de urbanos. A Ciferal, até 1972, dedicou-se apenas à fa-bricação de ônibus rodoviários com duralu-mínio, produto marcante nas carrocerias fei-tas para empresas como a Viação Cometa, de São Paulo. A partir desse ano, entrou no mer-cado de urbanos fornecendo para a própria Cometa, que tinha linhas locais em Campinas e em Ribeirão Preto. Na sua última crise, que culminou com a sua venda, a empresa fa-bricava apenas carrocerias urbanas. Em sua fábrica, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias (RJ), a Marcopolo concentrou a maior parte de sua produção de carrocerias urba-nas. Diariamente dezenas de Torino e Viale saem de lá, assim como Gran Viale (versão do Torino com motorização traseira) para o

mercado externo. No Brasil a Marcopolo ainda de-tém mais de 30% da encarroçadora Neobus, que também está localizada em Caxias do Sul. Apesar disso, curiosamente as duas em-presas são concorrentes em um mercado em expansão por aqui, que é o de BRT. As duas encarroçadoras são as únicas, por enquanto, que dispõe de produtos específicos para es-sas aplicações, sendo que a Neobus saiu na frente, lançando o Mega BRT meses antes da saída do Viale BRT, que chegou no ano pas-sado.

SEDE Em março deste ano visitamos a sede da Marcopolo, em Caxias do Sul. Con-hecemos as instalações e todo o processo de fabricação das carrocerias para ônibus de di-versas empresas brasileiras e internacionais. Trazemos para você um pouco do que é a Marcopolo em Caxias do Sul. Começamos a visita pela sede ad-ministrativa da empresa, onde ficam os setores financeiro, design, marketing e a di-retoria. Um novo prédio está em construção à direita da atual edificação. Bem mais amplo, as novas instalações deverão estar prontas nos próximos meses.

SEDE • Atual prédio administrativo da Marcopolo na planta de Ana Rech, em Caxias do Sul. Novo prédio, mais amplo, já está em construção

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Toda a água utilizada na unidade é reaprovei-tada. Uma unidade de tratamento faz todo o processo de limpeza da água, que volta a-propriada para o uso de toda a planta. Logo ao lado fica uma interessante unidade de re-ciclagem. Tudo o que sobra do processo de fabricação das carrocerias é encaminhado para essa central. Nela, os produtos já ficam separa-dos e prontos para serem enviados para re-ciclagem. São retalhos de tecidos, plásticos, fibras, metais, papéis em geral, madeiras e até a caixas de papelão de embalagens de for-necedores são encaminhadas para esse setor. Depois de depositados em grandes celeiros, os materiais já vão para caminhões que farão o transporte. Todos esses produtos são vendi-dos e rendem cerca de R$ 400 mil reais men-sais. É praticamente um Paradiso G7 1200 que volta para a Marcopolo apenas com as ações de reciclagem. Esse dinheiro é usado em melhorias para os próprios funcionários. Mais adiante visitamos o espaço onde está instalada uma escola que forma futuros potenciais funcionários. O curso de mecânica industrial tem duração de dez meses (sempre de março a dezembro) e prepara os alunos para a produção de ônibus. Os alunos são adolescentes carentes da região de Caxias

do Sul. No curso são ensinados todos os pas-sos da construção de uma carroceria, desde a montagem da estrutura até o acabamento fi-nal, incluindo a pintura, confecção de poltro-nas e outros importantes detalhes. No final do curso os alunos apresentam uma carroceria no formato buggy (frente e traseira, sem chassi) que eles confeccionaram durante os últimos meses. Esses buggys são doados para cursos de mecânica de todo o Brasil. Um deles, de um Torino 2007, estava pronto para ser en-tregue a uma entidade de Recife. Durante a duração do curso, os alunos recebem toda a assistência necessária, incluindo alimentação e transporte.

A Marcopolo mantém vários programas as-sistenciais em toda Caxias do Sul. A presença da empresa no dia-a-dia da cidade é visto facilmente. É comum encontrar pela cidade paineis com mensagens da empresa. Apesar de outras grandes indústrias do setor de trans-portes estarem instaladas na mesma cidade, a presença da Marcopolo na vida do caxiense é mais maciça. Dado o grande número de fun-cionários que a empresa tem, o parque fabril tem quatro restaurantes, sendo três no regime de “bandejão”, destinados a grande maioria dos trabalhadores, e um executivo, para os visitantes e pessoal da diretoria.

SEDE • Atual prédio administrativo da Marcopolo na planta de Ana Rech, em Caxias do Sul. Novo prédio, mais amplo, já está em construção

RECICLAGEM • Acima, o reaproveitamento da água. Abaixo, ponto de separação de materiais

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E S P E C I A L M A R C O P O L O 6 3 A N O S O parque industrial da Marcopolo fica localizado no distrito de Ana Rech, um pouco afastado do centro de Caxias do Sul. A encarroçadora mantém outro pátio em um local diferente, ainda em Caxias, onde ficam ônibus já prontos, aguardando liberação para entrega. Outra unidade do grupo na cidade é a da Volare, onde é produzido todos os veículos da marca. No início, a produção dos micro-ônibus Volare ficava a cargo da Marcopolo. Mais tarde, a Volare virou marca própria e tem uma gama muito grande de produtos para diversos segmentos. Há também a Fundação Marcopolo, onde está localizado o ginásio poliesportivo Paulo Bellini.

A PRODUÇÃO Visitamos a produção dos ônibus Marcopolo em todas as suas etapas. Começa-mos pela montagem da estrutura básica das carrocerias. Esse processo não pode ser regis-trado por vídeos ou fotografias por motivo de segredo industrial. Quase tudo é robotizado. Os robôs que participam do processo de mon-tagem e soldagem dos metais tubulares da es-trutura são europeus e já operam há cerca de 15 anos sem necessidade de paralisação para ma-nutenção, dada a qualidade do equipamento. Logo depois seguimos para a mon-tagem das estruturas no chassi. Num proces-so mais elaborado, as partes já prontas e já banhadas em epóxi para evitar corrosão são montadas e soldadas em cima do chassi já alongado ou encurtado de acordo com o ta-manho que o cliente solicitou. É nessa parte que o ônibus começa a ganhar forma. Em seguida é feito o chapeamento. Antigamente, nas carrocerias feitas em ferro, as chapas laterais eram pregadas nas estrutu-ras com rebites. Atualmente as chapas são de alumínio, deixando a carroceria mais leve, e por isso não há a possibilidade do rebitamento das mesmas. É usada uma fita super colante para que a chapa seja colada na estrutura. A fota é tão forte que em caso de necessidade da retirada da chapa, a mesma não sai se não for danificada, além de ser mais forte que o próprio rebita-mento. Hoje em dia usa-se apenas uma chapa grande em cada lateral, acabando com a neces-sidade de usar frisos para cobrir os vãos que fi-cavam de uma chapa para outra. Após o processo de chapeamento, há a necessidade de um segundo banho de epóxi para que não haja corrosão dos ma-teriais. Nessa hora, um pequeno trator faz o transporte do ônibus semiacabado para a cabine de jateamento do epóxi, com todos os comandos do veículo livres (freios, câmbio, etc). Após esse processo, o ônibus segue para receber as primeiras partes da pintura. As pinturas são enviadas pelas em-presas e ampliadas no computador, usando o programa AutoCad, no tamanho real do ôni-

bus. A base é pintada e outros detalhes são adesivados. Essa prática tem se tornado bem comum e possibilita um incremento maior na pintura, com a utilização de vários esti-los gráficos até então impossíveis de serem reproduzidos apenas com tinta automotiva, justamente pelo grande número de pequenos detalhes que fazem a diferença em layouts mais elaborados. Após o processo de pintura-base, os ônibus são encaminhados para a primeira parte do acabamento, onde são colocados os primeiros itens internos, como revestimento do piso, porta-pacotes (se houver), poltronas e outros itens. É também feito o cabinamento (no caso dos ônibus rodoviários ou semi-ur-banos com esse recurso), além da finalização da cabine do motorista. Na sequência, segue para a colocação dos vidros / janelas e é feito o acerto nas portas. Nessa fase também é fi-nalizado o processo de colocação das portas dos bagageiros, quando os carros os têm. Finalizado o carro, começam os testes para a liberação e posterior entrega ao

APRENDIZES • Turma de formandos aprendizes do ano de 2012, na fábrica da Marcopolo

cliente. São verificadas possíveis falhas na produção, necessidade de reposição de algu-ma peça, marcação de falhas no veículo, entre outros. Quando é dado o ok final, o ônibus é encaminhado para o pátio de espera, onde de lá sai para a entrega. Nesse pátio geral-mente os ônibus ficam aguardando liberação de financiamentos, etc. Em caso de algum impedimento financeiro, mudança ou can-celamento de pedidos, esses ônibus acabam ficando parados nesse pátio por tempos, até a resolução do imbróglio. Quando há a liberação para a en-trega, os ônibus que não são retirados pelas próprias empresas vão para o pátio da empre-sa Servicarga, que fica nos fundos da fábrica. A Servicarga faz o transporte dos ônibus da fábrica para os clientes, seja em carretas, seja com motoristas nos próprios ônibus. Há um pequeno espaço reservado para veículos de teste ou modificados. Nesse local os ônibus, geralmente semi-acabados, ficam encostados e são mexidos de acordo com os novos projetos.

PRODUÇÃO • Depois de chapeado, ônibus é levado de trator para banho de epóxi

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REVISTAINTERBUSS • 05/08/12 25MAIS PRODUÇÃO • Acima, linhas de urbano e rodoviários; Abaixo à esquerda, veículos de desenvolvimento, e à direita, urbano semi-pronto

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E S P E C I A L M A R C O P O L O 6 3 A N O S

Fundada no dia 6 de agosto, de 1949, em Caxias do Sul, a Marcopolo destaca-se pelas idéias inovadoras aliadas à tecnologia de ponta, que tem como resultado uma linha diversificada que atende necessidades espe-cíficas de cada mercado, nacional ou inter-nacional. A empresa nasceu com o nome de Nicola & Cia. Ltda., cujos primeiros sócios foram Dorval Nicola, Doracy Nicola, Nelson J. Nicola, Paulo Bellini e outros cinco par-ceiros, com um grupo de 15 funcionários, e foi uma das primeiras indústrias brasileiras a fabricar carrocerias para ônibus, que inicial-mente eram de madeira. A constituição da empresa ocor-reu num momento em que a região da Serra Gaúcha estava em plena expansão, com de-senvolvimento comercial e planejamento ur-bano, que exigiu o surgimento de linhas de transporte coletivo. Em 1941, foi inaugurada a BR 116, ligando Caxias do Sul a impor-tantes centros comerciais, o que beneficiou as indústrias e os habitantes da região. A evolução do setor automobilístico (transportes e estradas), na década de 50, foi ponto-chave para o crescimento da Nicola & Cia., cujo trabalho, até então artesanal, passou a ser aprimorado e especializado. O primeiro pavilhão, na esquina das ruas 13 de Maio e Os 18 do Forte, logo se tornou insuficiente para a

demanda da produção, sendo transferida para o Bairro Planalto, em 1957, em área de 3.000 m². Naquele ano, a produção já atingia 237 carrocerias em aço, quase uma unidade por dia de trabalho. As primeiras exportações acon-teceram em 1961, para o Uruguai, e deram início à significativa presença da empresa no exterior. O sucesso obtido com o ônibus Marcopolo – denominado a partir do viajante veneziano –, lançado em 1968, no VI Salão do Automóvel, em São Paulo, foi tão grande que o nome acabou adotado pela companhia, a partir de 1971. A implantação da filosofia japonesa de administração, em 1986, deu origem ao Sistema Marcopolo, a partir do qual foi for-mada uma nova cultura organizacional. Nela, o colaborador participa ativamente das ações da companhia e contribui com sugestões e melhorias, interagindo na tomada de de-cisões empresariais. Tal implementação nas organizações da empresa acabou se tornando referências nacional e mundial. O carro-chefe da Marcopolo a cir-cular em estradas brasileiras e do exterior foi o ônibus Paradiso, da linha de produtos Geração IV, lançado em 1983. Suas carac-terísticas inovadoras e compatíveis com as necessidades do mercado, levou a Marcopolo

a conquistar duas vezes o Prêmio Distinção Indústria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), em 1986 e 1996, neste ano com a versão Paradiso 1800 Double Decker, primeiro ônibus de dois andares fa-bricado no País. O trabalhador sempre foi uns dos fo-cos da companhia, que desde o início, buscou a melhor qualificação possível para seus co-laboradores, oferecendo-lhes preparação para operar todos os equipamentos e máquinas de alta tecnologia. Firmou até mesmo uma par-ceria com o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial -, a fim de obter um ambiente de trabalho propício, com reflexos na qualidade de seus produtos. Buscando a excelência contínua em seus processos de produção e trabalho, a Mar-copolo obteve, em 1996, a Certificação ISO 9002, tornando-se a primeira fabricante de carrocerias reconhecida internacionalmente. Em março de 1997, obteve também a ISO 9001.

Imagem consolidada com exportações A Marcopolo iniciou suas exporta-ções em 1961, com a venda de dois ônibus rodoviários para a Compañia Omnibus Pan-do, do Uruguai. Hoje, com uma gestão em-presarial moderna e estrutura organizacional

UMA HISTÓRIA DE LUTA E SUCESSO

O COMEÇO • Carrocerias Nicola, o início de tudo

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UMA HISTÓRIA DE LUTA E SUCESSOvoltada para o mercado global, já exporta cerca de 100 países dos cinco continentes. Com mais de 17 mil colaboradores, a Marcopolo possui onze unidades fabris, sendo três no Brasil (duas unidades em Ca-xias do Sul – RS, uma em Duque de Caxias – RJ), e oito no exterior, África do Sul, Argen-tina, Austrália, Colômbia, Egito, Índia (2) e México. Na China, a Companhia possui uma fábrica de peças e componentes para carroce-rias de ônibus. As duas mais recentes joint ven-tures firmadas pela Marcopolo foram com a Tata Motors, na Índia, em 2007, e com a GB AUTO, no Egito, em 2008, e ampliaram ain-da mais a presença global da empresa. Em 2011, a Marcopolo seguiu sua estratégia de internacionalização e anun-ciou, acordo para a constituição de uma joint venture comercial, na Rússia, com o Grupo OJSC KAMAZ, maior empresa automo-bilística daquele país. Em dezembro, a Com-panhia comunicou a assinatura de contrato para a aquisição de 75,0% de participação na empresa Volgren Australia Pty. Limited, maior encarroçadora de ônibus da Austrália, com participação de mercado superior a 40%, sediada em Melbourne.

Geração 7 de ônibus rodoviários Resultado de um trabalho de mais de três anos de pesquisas de campo e desen-volvimento e investimentos de cerca de R$ 30 milhões, a Marcopolo apresentou em 2009 os novos modelos da Geração 7 de ônibus rodoviários e criou um novo padrão de quali-dade, conforto, segurança, robustez e econo-mia. Os novos veículos foram desenvolvidos para diferentes modelos de chassis das princi-pais montadoras. Ainda em 2011, a Marcopolo lançou um modelo de BRT (Bus Rapid Transit) que será utilizado na modernização dos sistemas de transporte dos grandes centros urbanos. Complementou também a Geração 7 de ôni-bus rodoviários, lançando os modelos Dou-ble Decker e Low Driver, bem como a nova geração do Volare, denominada W FLY, nas versões Urbano, Executivo e Limousine. Em 2011, a Marcopolo registrou re-ceita líquida de R$ 3,368 bilhões e produção de 31.526 unidades. Para 2011, a empresa prevê receita liquida de R$ 3,6 bilhões e a produção de 32,5 mil ônibus em todas as suas unidades no mundo.• Texto histórico: Marcopolo. Fotos:Luciano Roncolato e Acervo MarcopoloONTEM E HOJE • Marcopolo no Salão do Automóvel, nos anos 70. Hoje, G7 e Viale BRT, no topo

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C O N C U R S O C U L T U R A L - F I N A L

Catedral leva a miniatura

Acima, o layout vencedor do Concurso Cultural InterBuss, criado para a empresa fictícia Catedral Turismo, de Krayon Klein.Logo abaixo, o segundo colocado, Via Norte, de Wellington Castro, também será premiado, emvirtude dos grandes elogios recebidos.A todos os participantes, nosso muito obrigado, e parabéns aos vencedores!

O layout de pintura da Catedral Turismo, empresa fictícia, foi o vencedor do Concurso Cultural InterBuss. Dezenas de lay-outs foram enviados através da nossa página no Facebook e juntamente com o layout da também empresa fictícia Via Norte, o Cat-edral foi finalista e ficou em votação por di-versos dias. A votação foi encerrada com 137 votos contra 121. O criador do layout foi Krayon Klein, e ele receberá em casa uma réplica do Marcopolo Paradiso G7, em metal, original da encarroçadora sulista. O segundo colocado foi Wellington Castro. Em virtude do forte apelo popular e também por conta dos grandes elogios rece-bidos, o autor do layout da Via Norte também será premiado. Wellington receberá em sua casa um emblema da montadora à sua escol-ha: Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Volksbus ou Agrale. Pedimos para que os dois concorren-tes entrem em contato conosco através do e-mail [email protected] fornecendo o endereço para o envio dos materiais. Agradecemos a todos os partici-pantes pela iniciativa e ainda estamos sorte-ando mais uma réplica do Marcopolo Para-diso G7! Quando chegarmos aos 1500 fãs na nossa página do Facebook, faremos o sorteio! Acessem www.facebook.com/portalinterbuss e curta!

Page 29: Revista InterBuss - Edição 106 - 05/08/2012

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05/08/12 • REVISTAINTERBUSS30

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EM CAMPINASOs organizadores do InterBuss City Tour 8: Fábio Tanniguchi, Guilherme Rafael, Sérgio Carvalho, Anderson Ribeiro e Luciano Roncolato.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

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Em 2012

DURANTE O INTERBUSS CITY TOUR 8

Vídeos sobre essa colisão, mostrando a falta de educação da motorista do micro-ônibus, correram a internet nos últimos dias. O incidente ocorrido foi esse: a cobradora do micr deu ré e acabou batendo no Apache Vip do Expresso Campibus, no Shopping Iguatemi, em Campinas.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras

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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

A incerteza do futuro de uma das linhasmais tradicionais de São Paulo

Hoje vamos comentar sobre uma das histórias linhas da cidade de São Paulo que atualmente parece estar abandonada, e com altos intervalos: é a linha 2101/10 Praça da Sé – Praça Silvio Romero, que passou por in-úmeras empresas que já perdi até a conta e hoje está com a Ambiental Trans. Essa linha é bem antiga e tradicio-nal. Liga a praça Silvio Romero, no Tatuapé, passando pelo centro da Mooca, percorre um trecho do Brás e Av. Rangel Pestana até a Praça da Sé. Nos anos 60 e 70, o número da linha era 310, e após a reorganização do número das linhas em 1978, só por sair do centro, atravessando o viaduto 31 de março, entrando pela continuação da Rangel Pestana e à direita pela Rua Piratininga, recebeu a nu-meração 2101. No início de 2006, vários ônibus que faziam ponto final nas imediações da Praça da Sé mudaram ou para Praça João Mendes ou pela região do Terminal Parque D. Pedro II. E a linha 2101, junto com a outra linha de trólebus 2102 (Jd. Vila Formosa – Praça

Marisa V

anessa N. Cruz

da Sé) deixaram de ter seus pontos finais na mais famosa praça da cidade e passaram a ser linhas circulares. Em 2008, com as obras do Com-plexo Padre Adelino, um conjunto de viadu-tos que passa por cima da Av. Salim Farah Maluf, a linha deixou de ser servida por tróle-bus e passou a ter somente ônibus a diesel. Aos poucos eu reparei que o intervalo entre ônibus estava cada vez mais aumentando, passando de 30 minutos. Já com a inauguração do Complexo em 2011, percebi que o intervalo aumentou novamente. Nessa época quando eu costuma-va pegar ônibus naquele ponto de parada da Praça da Sé, onde justamente para os ônibus da linha 2101, vários senhores me perguntan-do se já passou o Silvio Romero. Caso pas-sou, os usuários acabam pegando o metrô ali próximo para descer na Estação Tatuapé. Até relatos de demora eu ouvi. Hoje, infelizmente a linha está aban-donada, cuja maioria dos atuais passageiros são aqueles que pegam ônibus no centro da

cidade para descer nas imediações da Rua dos Trilhos, onde passam trólebus da linha 2100 (Terminal Vila Carrão – Praça da Sé). Espero que essa linha, assim como as demais tradicionais que cruzam o centro, não estejam ameaçados de extinção. Uma boa maneira para reavivar essa linha é colo-car ônibus midis a curto prazo e diminuindo seu intervalo para 20 minutos nos horários entre picos. Aos poucos a linha voltará a ter demanda até que na próxima etapa volte os seus ônibus convencionais. Mas... e os trólebus? Sinceramente era para repor fios aéreos há muito tempo, pois acredito que há uma indecisão de re-colocá-los: nunca saberemos qual será o dia de amanhã, se a linha continuará ou não. E nada de reposição. Espero que a linha man-tém ativa mesmo após as eleições municipais. E com a nova gestão da viação que opera a linha, desejo uma boa administração e espero que mantenha as diretrizes de perman-ecer suas linhas funcionando com demanda e atratividade.

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05/08/12 • REVISTAINTERBUSS32

A S F O T O S D A S E M A N AOCD Holding • ocdholding.wordpress.com

CLEMILTON RODRIGUESMarcopolo Torino Volvo B270F • Lider

THIAGO SIONEMascarello Gran Midi MBB OF-1721 • Fabio’s

THIAGO SIONEMascarello Gran Midi MBB OF-1721 • Fabio’s

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Torino MBB OF-1519 • Mauá

RODRIGO GOMESMarcopolo Torino MBB OF-1519 • Mauá

CLEMILTON RODRIGUESMarcopolo Torino Volvo B270F • Lider

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REVISTAINTERBUSS • 05/08/12 33

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Viaggio G6 1050 Volvo B7R • Graciosa

FELIPE PESSOA DE ALBUQUERQUEMonobloco MBB O-400RSD • EMTRAM

ALEX MILJCOVICBusscar El Buss 360 Scania K112 • Via Sul

MARCIO DOUGLAS RIBEIRO VENINOPedaço de um Neobus sinistrado • Expresso Pégaso

Comunidade Mercedes-Benz no Facebook •www.facebook.com/groups/129417520494728/

Comunidade Volvo do Brasil no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

Comunidade Scania Bus L.A. no Facebook • www.facebook.com/groups/123769764390312

MATEUS C. BARBOSAMarcopolo Paradiso G7 1600LD Volvo B12R • Clautur

DIEGO ALMEIDA ARAUJOMarcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113 • Salutaris

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05/08/12 • REVISTAINTERBUSS34

Órgão Internacional cobra mais reconhecimento ao setor de transportespor conta da economia que proporciona ao poder público

Corredores de ônibus foramresponsáveis pelas reduções

mais significativas da poluição, diz UITP

O que já era de conhecimento de especialistas e da população em geral, agora foi traduzido em números de forma inédita para a América Latina. A UITP (União Internacional dos Transportes Públicos, traduzindo para o português) divulgou um relatório no qual destaca a redução de emissão de gás car-bônico (CO2) nas diversas cidades latinas que investiram em sistemas de transport-es, principalmente em corredores exclu-sivos de ônibus, os BRTs – Bus Rapid Transit. O relatório aponta que nos últi-mos cinco anos, a cidade de Santiago, no Chile, teve uma redução de emissão de 400 mil toneladas de gás carbônico por ano, apenas por conta da ampliação dos serviços de ônibus. Na cidade, circula o Transantiago, um moderno sistema de corredores que comportam veículos de grande capacidade, como articulados que além de reduzirem o número de carros de passeio nas ruas, também podem diminuir a quantidade de ônibus sem comprometer o atendimento aos passageiros. Na cidade do México que conta com uma malha de metrô significativa in-tegrada com ônibus, os transportes cole-tivos foram responsáveis diretos por uma redução de 200 mil toneladas de gás car-bônico anualmente, levando em consid-eração a média dos últimos cinco anos. O Rio de Janeiro se destacou. Ao criar exigências e condições para as em-presas de ônibus renovarem suas frotas e readequar parte das linhas, a cidade do Rio de Janeiro possibilitou com os trans-portes públicos a redução média anual de emissão de gás carbônico atingiu as im-pressionantes 900 mil toneladas. E o relatório aponta para uma tendência de mais reduções de poluentes no Rio de Janeiro pelo fato de o poder pú-blico investir em sistemas integrados de ônibus em corredores exclusivos do estilo BRT, que não são apenas espaços delim-itados para os transportes públicos mas que compreendem a prestação de serviços mais adequada pensando desde o momen-to que o passageiro sai de sua casa para ir até a estação, a acessibilidade, o conforto no ônibus até a hora que o passageiro sai

da estação que desejaria embarcar.

MAIOR RECONHECIMENTO O relatório da UITP é claro ao mencionar os ganhos sociais, ambientais e econômicos dos transportes públicos. Do ponto de vista social, o acesso aos serviços essenciais que o cidadão tem direito e a geração de empregos diretos e indiretos proporcionada pelos transportes se destacam. O ganho ambiental não se limita a reduzir as emissões de gás carbônico. A diminuição da frota de carros de passeio circulando no mesmo horário reduz outros tipos de poluentes no ar, além de melhor aproveitar o espaço urbano. Um corredor de ônibus transporta mais pessoas que cinco faixas de uma pista que segue no mesmo sentido, que só recebe carros de passeio. Se em vez de construírem tantas avenidas largas para comportar o número crescente de carros de passeio, os poderes públicos investissem vias para transporte coletivo, “sobraria mais espaço” para a construção de praças e canteiros ajardina-dos. A operadora Metra, responsável pelos serviços de ônibus e trólebus que li-gam o ABC Paulista às zonas Sul e Leste de São Paulo, aproveita os canteiros das vias de transportes coletivos para plan-tar árvores. O Corredor Verde, como é chamado o programa, já foi responsável pelo plantio de 5 mil mudas. Em Curitiba, referência mundial de transportes por conta dos pioneiros cor-redores de ônibus, a prefeitura tem revital-izado os espaços. O novo sistema de cor-redor, a Linha Verde incorpora áreas com jardins e ciclovias, que podem integrar ônibus e bicicletas. A Linha Verde já cor-ta boa parte da cidade e é projetada para atender municípios vizinhos, como Fa-zenda Rio Grande, cujo transporte urbano é operado pela empresa Nobel, do mesmo grupo da Leblon Transportes, uma das op-eradoras do corredor da Linha Verde com o serviço de Ligeirinho, forma mais ágil e otimizada de se deslocar pela cidade de Curitiba. Sobre os ganhos econômicos pro-

porcionados pelos corredores de ônibus, a UITP relaciona diversos aspectos, como a diminuição dos gastos de saúde gerados pela poluição e pelos acidentes, menor custo para o gerenciamento do trânsito, além de proporcionar mais produtividade e qualidade de vida para os trabalhadores. Com os corredores de ônibus e uma malha ferroviária bem planejada, as viagens se tornam mais rápidas e o trab-alhador chega menos cansado e estressado no serviço. Diante de todas estas vantagens proporcionadas pelos transportes coleti-vos, a UITP pede em seu relatório “maior reconhecimento dos benefícios trazidos pelo setor”. O órgão internacional cobra mais recursos para o transporte público, mas não só isso: a inclusão do setor como prio-ridade para políticas públicas de curto, médio e longo prazos. A necessidade de ampliação e qualificação dos transportes coletivos é para agora e também para evitar mais tran-stornos no futuro. Em 2050, o planeta dever ter 9 bilhões de habitantes. O crescimento ur-bano terá destaque e várias áreas dedica-das à agricultura devem ceder mais espaço para as configurações urbanas. Esse crescimento no número de habitantes representa cerca de 1 milhão de pessoas progressivamente a mais no Pla-neta por semana. Se for levada a média mais baixa das pessoas que usam os trans-portes públicos, são 500 mil pessoas a mais nos sistemas de ônibus, trem e metrô. O desafio é grande. Por isso, é mais que urgente que as cidades levem mais a sério as questões de transportes, realizando obras para as principais ligações de cada sistema, sem desprezar os serviços nos bairros e regiões mais afastadas. Para um país que quer crescer, o setor de transporte público deve ser con-siderado estratégico. O relatório completo da UITP, en-tidade que reúne sociedade civil, especial-istas e conta com a participação de formu-ladores de políticas, pode ser visto no site da organização: http://www.uitp.org/

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