revista mater

13
MATER Ed. 04 | AGO/SET/OUT/ 2012 Uma publicação do Hospital Santa Brígida ARTIGO HISTÓRIA Do amor de um médico pelo Santa Brígida surgiu a Ouvidoria do Hospital Cursos para futuros pais preparam e ensinam no HMSB ANOS HMSB

Upload: hospital-santa-brigida

Post on 18-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Uma publicação do Hospital e Maternidade Santa Brígida.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Mater

MATEREd

. 04

| AGO

/SET

/OUT

/ 201

2

Uma publicação do Hospital Santa Brígida

ARTIGO

HISTÓRIA

Do amor de um médico pelo Santa Brígida surgiu a Ouvidoria do Hospital

Cursos para futuros pais preparam e ensinam no HMSB

ANOS

HMSB

Page 2: Revista Mater

ÍNDICE

13

17

21

25

08

Expediente

Projeto gráfico, linha editorial e conteúdo:

Vogg Branded [email protected]

Editora executiva:Silvia Elmor (MTb 4417)

Coordenação de conteúdo:

Tatiane Franco (MTb 7602)

Sugestões e Crí[email protected]

www.hmsantabrigida.com.br

Redação:Felipe Mendes

Lilian Júlio Viana

Diagramação:Jean Alberge Ribas

Revisão:Sabrina Becker

Atendimento:Ana Carolina Resende

A MATER é uma publicação trimestral 100% digital, desenvolvida pelo Hospital e

Maternidade Santa Brígida.

A revista Mater valoriza a arte paranaense.A cada edição uma capa exclusiva é

produzida por artista convidado.

HISTÓRIA

TURISMO

GASTRONOMIA

ARTIGO

ARTISTA DA CAPA

05 PERFIL

04 PALAVRA DA DIRETORIA

Conselho EditorialAgostinho Noronha

Maria Izabel Checchia Kloss

Direção TécnicaLeônidas Noronha Silva

CRM 11686

Page 3: Revista Mater

4 5

PERFIL

Abelardo Elias da SilvaMesmo aposentado, o ginecologista-obstetra não quis se afastar do HMSB

O ginecologista-obstetra Aber-

lardo Elias da Silva passou boa

parte de sua vida profissional

dentro do Hospital e Maternidade

Santa Brígida (HMSB): com pouco

mais de dez anos de carreira foi

um dos sócios-fundadores e era

também o braço direito da médi-

ca Elisa Checchia Noronha, sua

sogra e grande idealizadora do

Santa Brígida. Em contínua atua-

Nesta quarta edição da Revista Ma-

ter trazemos a trajetória da história do

“Curso Parto Sem Medo”, idealizado

pela Dra. Elisa Checchia Noronha em

1955. Hoje, batizado como “Curso do

Parto Amoroso”, é mantido ativo pela

equipe do Centro de Apoio às Mulhe-

res e ao Casal Grávido (Cemuc), coor-

denado pela Dra. Virginia Merlim, pela

psicóloga Lilian Gusso e pela fisiotera-

pêuta Rossana Franke de Oliveira.

Na sessão Perfil o convidado en-

trevistado é o simpático e bem-hu-

morado Dr. Abelardo Elias da Silva,

sócio-fundador do hospital e contínuo

colaborador no setor de Ouvidoria. Na

rotina semanal, se dedica a coletar in-

formações junto aos nossos clientes

para nortear a tomada de medidas

estratégicas na busca de melhorias

na qualidade do atendimento.

Hoje, o Santa Brígida é a maior ma-

ternidade particular de Curitiba e viven-

ciamos a necessidade de novos e con-

ção no Hospital, coordena desde

2006 o Setor de Ouvidoria, bus-

cando opiniões e a satisfação dos

pacientes.

“Meus pais e eu viemos do

Nordeste para o interior de São

Paulo e, na década de 50, mu-

damos para o interior do Paraná.

Quando estava no curso científico

PALAVRA DA DIRETORIAtínuos investimentos em infraestrutura.

Assim, estamos inaugurando o novo

setor de Lactário que vem contribuir

com a filosofia institucional ao estímulo

do aleitamento materno. Também em

fase de finalização está a nova Central

de Esterilização de Material, que visa

atender com segurança a crescente

demanda de procedimentos.

Outro destaque dessa edição é o

21º Congresso Brasileiro de Perina-

tologia, que será sediado em Curitiba

entre os dias 14 e17 de novembro de

2012. O evento, presidido pela Dra.

Gislayne Nieto, chefe da UTI Neonatal,

seguramente será um sucesso.

Por fim, a viagem gastronômica

desta vez vem à italiana, com sua

cultura, charme, belas paisagens, vi-

nhos e massas. Buon appetito!

Obrigado a todos,

Diretoria do HMSB

Fundador da Ouvidoria no HMSBPalavra da Diretoria

Aberlardo Elias da Silva: trajetória marcada por dedicação e preocupação com a satisfação dos pacientes.

Divulgação

O INGRESSO NA MEDICINA

Page 4: Revista Mater

6 7

PERFIL

me interessei por cursar Medicina

na capital do Estado”, relembra. A

conclusão do curso foi em 1960,

pela Universidade Federal do Pa-

raná (UFPR).

No ano seguinte a sua formatu-

ra foi selecionado para estagiar no

Setor de Ginecologia e Obstetrícia

da Santa Casa de São Paulo, onde

atuou por dois anos. “A experiên-

cia adquirida em São Paulo foi o

grande diferencial no início de mi-

nha carreira, pois naquela época

não existiam programas de pós-

-graduação em Curitiba”, lembra.

Em 2010 foi agraciado no Con-

selho Regional de Medicina do

Paraná (CRM-PR) com o jubileu de

50 anos de formado, homenagem

concedida aos médicos com carrei-

ra ilibada no exercício da profiissão.

Depois de clinicar por muitos

anos, chegou o momento da apo-

sentadoria. “Mas eu não queria

ficar parado e muito menos me

afastar do Santa Brígida”, comen-

ta. Foi então que surgiu a opor-

tunidade de criar uma ouvidoria

no hospital. “Buscamos sempre

apoiar nossos pacientes e melho-

rar constantemente o atendimento

prestado aqui”, afirma.

Na ouvidoria, ele é responsável

por receber as sugestões e recla-

mações dos pacientes. “Visitamos

todos aqueles que apresentaram

alguma ocorrência, e repassamos

as queixas ou sugestões para

todos os departamentos envol-

vidos”, explica. “Nosso intuito é

ajudar sempre, fazendo o meio de

campo e buscando soluções”.

Presente no Santa Brígida des-

de a sua fundação, ele compara

a medicina do início com a que é

praticada hoje. “As diferenças são

inúmeras, principalmente se falar-

mos da tecnologia empregada”,

comenta. “Imagine só: quando

eu comecei a clinicar, não existia

ultrassom e tampouco se falava

em gestação de risco! Hoje temos

mais possibilidades para cuidar

bem das nossas pacientes”, co-

memora. “Por outro lado, mesmo

com toda essa tecnologia para o

bem a relação entre médicos e

pacientes tornou-se mais delica-

da. Como médicos não podemos

nos omitir de escutar o paciente e

prestar um atendimento dedicado

e humanizado”, pontua.

Fundador da Ouvidoria no HMSB Fundador da Ouvidoria no HMSB

“ Na ouvidoria nos-

so intuito é ajudar

sempre, fazendo o

meio de campo e

buscando soluções. “

“ Eu não queria ficar

parado e muito menos me

afastar do Santa Brígida.

Foi então que surgiu a

oportunidade de criar a

ouvidoria no Hospital. “

Divulgação

ANTES E DEPOIS

Page 5: Revista Mater

8 9

Antes mesmo da inauguração do

Hospital e Maternidade Santa Brígi-

da (HMSB), a médica Elisa Cecchia

Noronha (fundadora do Hospital) já

se preocupava com o preparo das

futuras mamães: desde 1955 ela

ministrava um curso para gestantes

em seu próprio consultório médico.

“O primeiro nome do curso foi Parto

Sem Dor. Com o tempo, virou Parto

Sem Medo e hoje é Parto Amoroso”,

explica a médica Virgínia Merlin, que

coordena os cursos ofertados pelo

Santa Brígida. “Nosso curso foi um

dos pioneiros no Brasil, e gostamos

de ver que outros hospitais também

começaram a trabalhar dessa forma

com suas gestantes”, diz.

O trabalho de Elisa era voluntário.

“As aulas eram sempre aos domingos

pela manhã, e ela explicava como era

o gestar, o nascimento, a amamen-

tação e procurava tirar todas as dú-

vidas das gestantes”, conta Virgínia.

“Ela sempre esteve junto ao paciente

e procurava visitar as novas mamães

para verificar a rotina com o bebê”,

lembra. A atual coordenadora dos

cursos começou a trabalhar com a

fundadora do HMSB em 1981, duran-

te sua residência. “Fiquei encantada

com a diferença entre as pacientes

da Dra. Elisa e as outras gestantes –

normalmente elas chegavam assus-

tadas no trabalho de parto, mas as

grávidas que tinham participado do

curso eram mais tranquilas e segu-

ras”, relata Virgínia.

O curso hoje

Atualmente o Santa Brígida ofe-

rece dois cursos: o Parto Amoroso,

para gestantes, e o Parto Humaniza-

do, para casais à espera de um bebê.

Os profissionais que participam são

todos voluntários, reunidos no Centro

de Apoio às Mulheres e Casais Grá-

Curso para gestantesHá 57 anos preparando futuros pais e mães

HISTÓRIA

Parto Amoroso e Parto HumanizadoParto Amoroso e Parto Humanizado

vidos (Cemuc). “Temos nutricionistas,

dentistas, psicólogos, obstetras, der-

matologistas, enfermeiros, pediatras.

Enfim, são muitos profissionais em-

penhados em levar as informações

adequadas para as futuras mamães”,

comenta.

São ofertados quatro cursos do

Parto Amoroso por ano, em feverei-

ro e março, maio e junho, agosto e

setembro e novembro e dezembro.

“São sete encontros semanais, e a

coordenação é composta por mim e

pela fisioterapeuta Rossana Franke”,

explica Virgínia. Já o Parto Humani-

zado oferece 11 cursos anuais, com

dois encontros cada. “Eles aconte-

cem mensalmente entre fevereiro e

dezembro, e são encontros voltados

para o papel do pai na sala de parto”,

comenta. O Parto Humanizado está

sob a coordenação de Virgínia e da

psicóloga Liliam Gusso.

Resultados

Do início do curso – no consultó-

rio da Dra. Elisa – para cá, mais de

17.000 pacientes já foram atendidas.

“Percebemos que as ex-alunas vol-

Nos encontros os futuros pais e mães aprendem sobre os cuidados com o bebê.

HISTÓRIA

Divulgação

Page 6: Revista Mater

10 11Parto Amoroso e Parto Humanizado Parto Amoroso e Parto Humanizado

tam e trazem suas filhas ou noras

grávidas para participarem das au-

las. As pessoas se interessam pelo

nosso projeto por verem os resulta-

dos”, conta Virgínia.

Os cursos são abertos à comuni-

dade. “Elisa sempre dizia que, quan-

do a sala está cheia, as aulas são

animadas e por isso sempre estimu-

lamos que as grávidas tragam suas

amigas”, afirma a coordenadora. A

única exigência para a inscrição é a

doação de dez novelos de lã e dez

pacotes de fraldas, que são desti-

nados a instituições carentes. “Em

novembro de 2011 fizemos um le-

vantamento e chegamos ao número

de 105 entidades auxiliadas e um to-

tal de 119.633 peças doadas – entre

novelos de lã, fraldas e outros itens

arrecadados”, comemora.

Mais informações pelo telefo-

ne (41) 3248-7609 ou pelo e-mail

[email protected].

Confira abaixo a relação de profissionais que já fizeram ou ainda fazem parte da lista de voluntários do Cemuc.

Ginecologias-Obstetras- Elisa Checchia Noronha- Álvaro Pigatto Ceschin- Antonio Paulo Mallmann- Laura Barbosa Ramos- Leônidas Noronha Silva- Maria Angela Braschi- Maria Eugênia S. Baggio- Stellamaris Renuzza- Virginia Merlin

Imagenologistas- Rosangela T. Hidalgo- Cristian Maio- Magda Castro Tavares

Anestesistas- Michael Dykyj- Nilson Noronha

Pediatras- Olívio Paulus- Mario Brás Almeida- Cláudio M. Xavier- Maria Tereza Popp- Cecília M. Zanchet- Ana Tereza Londres- Maria Sisuka Namba- Marjorie Feliz- Celso Osternack de Castro- Wilmar M. Guimarães

Psicóloga- Liliam Gusso

Dentistas- Armando Petrelli Coelho- Márcio Sadao Isobe

Fonoaudióloga- Claudia Ivanike

Professores de ginástica- Eliete Bertasso- Maria Tereza Danielewicz

Terapeuta ocupacional- Gláucia Gallerani

Fisioterapeuta- Rossana Franke

Musicoterapeuta- Fernando O. Pereira

Farmacêutica- Valéria Moura Xavier

Professoras de Yoga- Lucélia Bordin- Cassiane de Moraes- Luciane Engelhardt

Enfermeiras- Lúcia Maria Russo- Silvia Suss Marques- Ana Maria Bittar- Margot Zetzche- Karin Bragagnolo- Rosane da Silva

Nutricionista- Edilcéia Amaral Ravazzani

Secretários- Regiane G. Scherbate- Ana Paula Gusso- Ângela Maria Rodrigues- Lincoln Walger Jr.Os cursos para gestantes tranquilizam as futuras mamães e contribuem para um parto mais tranquilo.

HISTÓRIAHISTÓRIA

Divulgação

Page 7: Revista Mater

12 13

CURTAS

REFORMA NO SANTA BRÍGIDA

Para melhorar os processos dentro do Hospital, duas áreas estão atualmente em

reforma: a Central de Materiais e o Lactário. “Em mais algumas semanas teremos

um Lactário mais amplo e moderno”, explica a nutricionista Rosana Menezes de

Souza. “A nova Central de Materiais também será adequada as novas normas téc-

nicas – por exemplo, a lavagem de materiais e processamento ficarão no mesmo

espaço que as autoclaves”, completa a Enfermeira Andrea de Moraes.

NÚMEROS DO PRONTO ATENDIMENTO

Desde a inauguração do novo Pronto Atendimento (PA) do Santa Brígida em maio,

o número de consultas aumentou. Em julho foram 1.874 pacientes atendidas e em

agosto, 2.035. “A reforma é a grande responsável pelo aumento de atendimentos”,

explica Helena Nicoleti, Enfermeira Supervisora do PA. “Estamos com uma infra-

estrutura maior, melhor equipada e com um atendimento humanizado – que juntos

são fatores que contribuem para a satisfação dos nossos pacientes”, afirma. Hoje,

o PA conta com uma sala de triagem, dois consultórios ginecológico-obstétricos,

um consultório pediátrico (para recém-nascidos de até 28 dias) e o Setor de Obser-

vação com quatro leitos e duas poltronas.

XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE NEONATOLOGIA

Entre os dias 14 e 17 de novembro, Curitiba será palco para o XXI Congresso Brasileiro

de Neonatologia. “Já temos 13 convidados internacionais confirmados, e iremos dis-

cutir a atualidade e o futuro da neonatologia mundial”, explica a Dra. Gislayne Souza de

Nieto, chefe da UTI Neonatal do Santa Brígida e Presidende do Congresso. “Estamos

orgulhosos e agradecidos pela confiança e por fazer parte desse grande evento que

está sendo preparado com carinho para marcar a história da Neonatologia”, afirma.

Curtas

TURISMOWoody Allen retrata de forma fiel o caos da capital italiana

Page 8: Revista Mater

14 15

A Roma de Woody Allen“Cidade Eterna” é a mais recente homenageada pelo cineasta

Não é novidade para ninguém:

Woody Allen está se especializando

em fazer filmes que mais se parecem

propaganda de grandes destinos

turísticos. Depois dos sucessos de

“Vicky Cristina Barcelona” (mesmo

título original, 2008) e “Meia Noite

em Paris” (“Midnight in Paris”, 2011),

ele leva às telas a chamada “Cidade

Eterna”, em “Para Roma Com Amor”

(“To Rome With Love”, 2012).

O filme retrata de forma fiel o caos da

capital italiana – uma das primeiras ce-

nas mostra a confusão do trânsito. Em

vez de apenas um, há quatro diferentes

enredos paralelos ambientados pelas

vielas e monumentos históricos da ci-

dade. São comédias e dramas que se

desenrolam contando com o talento de

um elenco repleto de estrelas: Alec Bal-

dwin, Roberto Benigni, Penélope Cruz,

Jesse Eisenberg, Ellen Page e... Woo-

dy Allen. Sim, o diretor volta a ficar do

outro lado da câmera pela primeira vez

desde 2006, quando atuou em “Scoop

– O Grande Furo” (“Scoop”).

Para Roma com AmorPara Roma com Amor

TURISMO

Filme conta com quatro enredos distintos

Elenco traz grandes estrelas de Hollywood, e marca a volta do próprio diretor às telas

As diferentes histórias – que nunca

se encontram – permitem que Allen

mostre, mesmo que superficialmente,

vários pontos de grande interesse tu-

rístico da cidade. Marcos como a Fon-

tana di Trevi, o Coliseu e as escadarias

da Praça de Espanha são pano de

fundo para os enredos paralelos. Mas

não os acompanhamos apenas pelos

ícones da cidade. A própria existência

de quatro histórias distintas é uma for-

ma que o diretor encontrou para dizer

que Roma é, na verdade, um gigan-

tesco labirinto. E é pelas vielas da ci-

dade que se desenvolvem as tramas.

Em alguns momentos, a própria

exaltação à beleza e aos encantos da

cidade se sobrepõe à sequência dos

enredos. Críticos de todo o mundo

afirmaram, inclusive, que o filme está

abaixo de “Meia Noite em Paris” ou

“Vicky Cristina Barcelona”, que, ape-

sar de mostrarem de perto a beleza

das cidades, traziam histórias melhor

amarradas e se atinham menos dos

panos de fundo turísticos.

ENQUADRAMENTOS

Page 9: Revista Mater

16 17Para Roma com Amor

CAMINHANDO

O QUE VER EM ROMA?

Apesar de a história e a cultura de

Roma retratarem muitos séculos, boa

parte das atrações estão próximas à

região central. Por isso, a melhor for-

ma de conhecer a cidade é percorrê-la

como a maioria dos personagens de

Woody Allen: caminhando. O verão e o

inverno costumam ser muito intensos,

por isso, a melhor época para visitar a

cidade é entre março e maio.

Mas, aqui, estamos falando sobre

turismo, e não cinema. Roma sempre

será uma boa escolha. Basta dizer que,

dentro do território romano está um

país inteiro, o Vaticano, destino obriga-

tório. Entre os destaques estão a Ca-

pela Sistina e os Museus do Vaticano.

Imperdíveis, também, são as ruínas

que atravessaram séculos. Destaque,

claro, para o Coliseu. Aqui vale uma

dica importante: normalmente as filas

para compra de ingressos no antigo

estádio são intermináveis, mas, logo

ao lado está o Palatino, uma das cha-

madas “sete colinas” da cidade e hoje

um enorme museu a céu aberto, com

o que sobrou de importantes constru-

ções. O mesmo bilhete garante acesso

para as duas atrações e é sempre mais

fácil e rápido comprar no Palatino.

GASTRONOMIAElas saíram da Itália para conquistar o mundo. Conheça um

pouco mais sobre as pizzas originais

O Vaticano é apenas uma das muitas atrações da cidade

Banco de Im

agens

Page 10: Revista Mater

18 19

A Itália é cheia de clichês. E isso

não é necessariamente ruim. As

pizzas são uma boa prova: saíram

da “Bota” e ganharam o mundo. A

receita normalmente é simples: uma

massa com base de farinha de trigo

coberta por molho de tomate, quei-

jo e alguns outros acompanhamen-

tos. E é na simplicidade que a pizza

conquista.

Para os brasileiros, a pizza italia-

na pode ser um pouco diferente das

que tradicionalmente encontramos

por aqui. A começar pela massa,

que, na Itália, normalmente é bas-

tante fina e quase sempre crocante.

Também é comum haver uma varie-

dade restrita de sabores de recheio.

Em Roma, uma das melhores

formas de comer a especialidade

italiana é al taglio, traduzindo: corta-

da. Restaurantes tradicionais ofere-

cem diferentes tipos de recheios em

massas assadas em grandes formas

– nem sempre redondas. O cliente

escolhe quais deseja comer, e o ta-

manho. O atendente corta na hora, e

a iguaria é cobrada pelo peso.

ONDE AS PIZZAS ESTÃO EM CASA

Pizzas italianasPizzas italianas

GASTRONOMIA

Os restaurantes que oferecem as

pizzas mais famosas de Roma cos-

tumam estar sempre cheios. Um dos

mais tradicionais é o Baffetto (em

dois endereços próximos à Piazza

Navona: Via Del Governo Vecchio,

114, ou Piazza Del Teatro di Pompeo,

18). Sempre tem filas, principalmen-

te no primeiro endereço, por isso é

recomendável chegar cedo – antes

das 18h30 para o jantar.

ONDE ENCONTRAR?

Na mesma região das duas lojas

Baffetto está La Montecarlo (Vico-

lo Savelli, 13). Também tradicional,

oferece serviço mais rápido que o

da concorrência. Para quem quer

gastar pouco, um local de nome

sugestivo: L’Economica (Via Tiburti-

na, 48, próximo à estação de trem

Termini). Com ambiente descontra-

ído, oferece pizzas de qualidade a

preços mais baixos do que a média.

Pizza: uma tradição italiana

Ir a Roma e não comer pizza é como ir a Roma e não ver o Papa

Baffetto tem loja na Piazza del Teatro di Pompeo

Foto: Stefano P

etroni

Banco de Im

agens

Page 11: Revista Mater

20 21Pizzas italianas

VINHOS Ao elaborar este texto deparei-

-me com um comentário na revista

Orgyn/Fertility em março de 2010:

“O transplante de tecido ovariano

restaura a fertilidade natural”. Sem

dúvida isso é o que sempre pro-

curamos: restaurar a função ova-

riana e a fertilidade em pacientes

que foram submetidas à quimio/

radioterapia. Esse comentário foi

formulado pelo editor da revista re-

ferindo-se ao trabalho do Dr. Claus

Yding Andersen da Universidade

de Copenhague (Dinamarca). No

trabalho publicado na Human Re-

prodution, em 19 de fevereiro 2010,

o autor afirma ser essa a primeira

mulher no mundo a conceber duas

crianças em gestações distintas,

como resultado de tecido ovariano

congelado/descongelado e trans-

plantado de forma autóloga.

Antes de iniciar a quimioterapia,

os pesquisadores removeram 1/3

do ovário direito para congelamen-

to. Após um período de menopau-

sa, as seis tiras de tecido ovariano

foram descongeladas e transplan-

tadas para o ovário direito residu-

al. Após a primeira gestação, com

técnicas de reprodução assistida,

a paciente retornou à clínica para

um novo tratamento contra a inferti-

lidade, quando se constatou que ela

havia engravidado naturalmente.

Isso demonstrou que as tiras de

ovários transplantados continua-

vam a funcionar, depois de quatro

anos, e que pelo fato de o tecido

ter sido transplantado de maneira

ortotópica, possibilitou uma ges-

tação natural. Concluiu-se que a

criopreservação e o transplante

do tecido ovariano são métodos

válidos para preservação de fertili-

dade, podendo ser ofertado como

PRESEVAÇÃO DA FERTILIDADE Um alerta ao ginecologista/oncologista

ARTIGO

Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos

Assim como as massas, os vinhos são produtos de grande tradição na Itália.

Há cinco regiões vinícolas no país. Roma está no centro geográfico da “Bota”,

e oferece grande variedade de opções. Abaixo, algumas que podem ser facil-

mente encontradas na capital e que podem ser boas pedidas para acompa-

nhar uma pizza tradicional.

LUCCARELLI AMPELO PRIMITIVO MERLOT TARANTINO

Produzidos a partir de uma seleção dos melhores vi-

nhos de cada ano, que são misturados. O resultado é

um vinho forte, frutado e intenso.

AMPELO VERDECA PUGLIA

Um vinho branco que apresenta aromas como

maçã verde e mel. Tem paladar seco, corpo leve,

acidez marcante e final agradável. Casa melhor com

pizzas leves.

VALPOLICELLA CLASSICO SUPERIORE – D.O.C.

De cor vermelho-rubi profunda, tem essências de

frutas vermelhas e amêndoas. De sabor aveludado e

caloroso, é recomendado para acompanhar pizzas de

sabores fortes.

Page 12: Revista Mater

22 23Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos

ARTIGO

alternativa para pacientes a serem

submetidas a algum tratamento

gonadotóxico.

O enorme avanço dos tratamen-

tos oncológicos e hematológicos tem

resultado na remissão de várias do-

enças. No entanto, esses tratamen-

tos oncológicos podem levar a uma

perda da função ovariana.

Um dilema comum entre as pa-

cientes oncológicas e seus familia-

res é o efeito que a quimioterapia e

a radioterapia terão sobre o futuro

reprodutivo. É importante ressaltar

que alguns esquemas terapêuticos

podem aumentar em até oito vezes

o risco de falência ovariana precoce.

Por existirem vários protocolos de

quimioterapia, radioterapia, tipos de

câncer, tempo de se iniciar o trata-

mento, estado civil, idade e outras

variáveis individuais, cada caso é

único e requer diferentes estratégias

para se preservar a fertilidade. Para

algumas pacientes, como crianças e

adolescentes, a criopreservação do

tecido ovariano passa a ser a única

alternativa para se preservar a fertili-

dade e, em alguns casos, reverter a

menopausa.

A maior parte das mulheres so-

breviventes do câncer está ansiosa

em preservar seu potencial em ter

uma criança geneticamente relacio-

nada a elas. Para as pacientes pe-

diátricas a preservação da fertilidade

é igualmente importante: não existe

Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos26

a opção de fertilização assistida ou

técnicas de congelamento de óvulos

e embriões.

Outra indicação para preserva-

ção de fertilidade é o processo de

envelhecimento, particularmente

em pacientes com histórico familiar

de falência ovariana precoce, e tam-

bém naquelas que tenham ovários

normais, mas estão postergando a

geração de filhos. O útero aparen-

temente não parece sofrer um efeito

deletério importante, nesse declínio

reprodutivo relacionado à idade, evi-

denciado pelas altas taxas de gra-

videz obtidas quando as pacientes

menopausadas utilizam óvulos doa-

dos por pacientes mais jovens.

Mesmo com todo o avanço, um

dado intrigante nesse contexto de-

monstra que, apesar de a maioria

dos oncologistas reconhecerem a

importância de discutir com pacien-

tes em idade reprodutiva o efeito

gonadotóxico do tratamento sobre o

futuro reprodutivo, muitos não discu-

tem sobre a preservação de fertilida-

de. As razões para essa discrepân-

cia incluem o baixo prognóstico e a

urgência em se iniciar o tratamento.

Para maior êxito na preservação da

fertilidade e retorno da função hor-

monal em pacientes a serem subme-

tidas a tratamentos oncológicos com

efeitos gonadotóxicos, precisamos

enfatizar e aumentar a sincronia entre

oncologista, esterileuta e ginecolo-

gista. Esse alerta sobre a necessida-

de dessa interação é um dos pilares

inspiradores para esse manuscrito.

A abordagem na preservação da

fertilidade deve ser individualizada.

Se a quimioterapia e/ou radiotera-

pia não puder ser postergada ou se

a paciente for uma criança, a única

opção experimental é a criopreser-

vação do tecido ovariano. Se apenas

a radioterapia pélvica for utilizada, a

FLUXOGRAMA PARA PRE-SERVAÇÃO DA FERTILIDADE

PARCERIA ONCOLOGISTA +

GINECOLOGISTA + ESTERILEUTA

“O enorme avanço dos

tratamentos oncológicos e

hematológicos tem resul-

tado na remissão de várias

doenças. No entanto, esses

tratamentos oncológicos

podem levar a uma perda

da função ovariana. “

Page 13: Revista Mater

24 25

Artista plástico curitibano radicado em

São Paulo, é formado em Design Gráfi-

co pela Universidade Federal do Paraná

(UFPR) e atualmente cursa Pós-Gradua-

ção em Fotografia na Fundação Armando

Álvares Penteado (FAAP).

Já realizou exposições em Londres, no

Museu Brasileiro da Escultura (MuBe) e na

Galeria A Hebraica, além de ter participa-

do do Salão Paranaense e conquistado a

medalha de ouro no Salão Bunkio de Arte

Contemporânea.

Paciornik é conhecido pelas suas pin-

turas em óleo de grandes formatos com

motivos de figura humana e abstrações.

É representado em Curitiba pela Galeria

Zilda Fraletti e em São Paulo pela Arte

Aplicada. Para saber mais sobre o seu tra-

balho acesse www.paciornik.com.br/blog.

AR

TIS

TA D

A C

APA

Marcelo Paciornik

Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos

transposição do ovário é a opção

mais adequada a ser oferecida. Se a

quimioterapia pode ser postergada,

a estimulação ovariana para criopre-

servação de oócitos ou de embriões

seria a melhor opção. A criopreser-

vação do tecido ovariano poderá

ser seguida por criopreservação de

oócitos ou de embrião. Se os ovários

estão comprometidos pelo câncer e

se uma porção sadia do ovário pode

ser criopreservada, a maturação in

vitro e xenotransplante poderá ser

uma opção no futuro.

Foto: Gerson Lim

a

Prof. Dr. Alvaro Pigatto Ceschin

Videoendoscopia Ginecológica/ Reprodução Humana

Mestre /Doutor em Princípios da Cirurgia – Faculdade Evangélica do Paraná

Diretor da Clínica Feliccita - Instituto de Fertilidade