revista mater
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Uma publicação do Hospital e Maternidade Santa Brígida.TRANSCRIPT
MATEREd
. 04
| AGO
/SET
/OUT
/ 201
2
Uma publicação do Hospital Santa Brígida
ARTIGO
HISTÓRIA
Do amor de um médico pelo Santa Brígida surgiu a Ouvidoria do Hospital
Cursos para futuros pais preparam e ensinam no HMSB
ANOS
HMSB
ÍNDICE
13
17
21
25
08
Expediente
Projeto gráfico, linha editorial e conteúdo:
Vogg Branded [email protected]
Editora executiva:Silvia Elmor (MTb 4417)
Coordenação de conteúdo:
Tatiane Franco (MTb 7602)
Sugestões e Crí[email protected]
www.hmsantabrigida.com.br
Redação:Felipe Mendes
Lilian Júlio Viana
Diagramação:Jean Alberge Ribas
Revisão:Sabrina Becker
Atendimento:Ana Carolina Resende
A MATER é uma publicação trimestral 100% digital, desenvolvida pelo Hospital e
Maternidade Santa Brígida.
A revista Mater valoriza a arte paranaense.A cada edição uma capa exclusiva é
produzida por artista convidado.
HISTÓRIA
TURISMO
GASTRONOMIA
ARTIGO
ARTISTA DA CAPA
05 PERFIL
04 PALAVRA DA DIRETORIA
Conselho EditorialAgostinho Noronha
Maria Izabel Checchia Kloss
Direção TécnicaLeônidas Noronha Silva
CRM 11686
4 5
PERFIL
Abelardo Elias da SilvaMesmo aposentado, o ginecologista-obstetra não quis se afastar do HMSB
O ginecologista-obstetra Aber-
lardo Elias da Silva passou boa
parte de sua vida profissional
dentro do Hospital e Maternidade
Santa Brígida (HMSB): com pouco
mais de dez anos de carreira foi
um dos sócios-fundadores e era
também o braço direito da médi-
ca Elisa Checchia Noronha, sua
sogra e grande idealizadora do
Santa Brígida. Em contínua atua-
Nesta quarta edição da Revista Ma-
ter trazemos a trajetória da história do
“Curso Parto Sem Medo”, idealizado
pela Dra. Elisa Checchia Noronha em
1955. Hoje, batizado como “Curso do
Parto Amoroso”, é mantido ativo pela
equipe do Centro de Apoio às Mulhe-
res e ao Casal Grávido (Cemuc), coor-
denado pela Dra. Virginia Merlim, pela
psicóloga Lilian Gusso e pela fisiotera-
pêuta Rossana Franke de Oliveira.
Na sessão Perfil o convidado en-
trevistado é o simpático e bem-hu-
morado Dr. Abelardo Elias da Silva,
sócio-fundador do hospital e contínuo
colaborador no setor de Ouvidoria. Na
rotina semanal, se dedica a coletar in-
formações junto aos nossos clientes
para nortear a tomada de medidas
estratégicas na busca de melhorias
na qualidade do atendimento.
Hoje, o Santa Brígida é a maior ma-
ternidade particular de Curitiba e viven-
ciamos a necessidade de novos e con-
ção no Hospital, coordena desde
2006 o Setor de Ouvidoria, bus-
cando opiniões e a satisfação dos
pacientes.
“Meus pais e eu viemos do
Nordeste para o interior de São
Paulo e, na década de 50, mu-
damos para o interior do Paraná.
Quando estava no curso científico
PALAVRA DA DIRETORIAtínuos investimentos em infraestrutura.
Assim, estamos inaugurando o novo
setor de Lactário que vem contribuir
com a filosofia institucional ao estímulo
do aleitamento materno. Também em
fase de finalização está a nova Central
de Esterilização de Material, que visa
atender com segurança a crescente
demanda de procedimentos.
Outro destaque dessa edição é o
21º Congresso Brasileiro de Perina-
tologia, que será sediado em Curitiba
entre os dias 14 e17 de novembro de
2012. O evento, presidido pela Dra.
Gislayne Nieto, chefe da UTI Neonatal,
seguramente será um sucesso.
Por fim, a viagem gastronômica
desta vez vem à italiana, com sua
cultura, charme, belas paisagens, vi-
nhos e massas. Buon appetito!
Obrigado a todos,
Diretoria do HMSB
Fundador da Ouvidoria no HMSBPalavra da Diretoria
Aberlardo Elias da Silva: trajetória marcada por dedicação e preocupação com a satisfação dos pacientes.
Divulgação
O INGRESSO NA MEDICINA
6 7
PERFIL
me interessei por cursar Medicina
na capital do Estado”, relembra. A
conclusão do curso foi em 1960,
pela Universidade Federal do Pa-
raná (UFPR).
No ano seguinte a sua formatu-
ra foi selecionado para estagiar no
Setor de Ginecologia e Obstetrícia
da Santa Casa de São Paulo, onde
atuou por dois anos. “A experiên-
cia adquirida em São Paulo foi o
grande diferencial no início de mi-
nha carreira, pois naquela época
não existiam programas de pós-
-graduação em Curitiba”, lembra.
Em 2010 foi agraciado no Con-
selho Regional de Medicina do
Paraná (CRM-PR) com o jubileu de
50 anos de formado, homenagem
concedida aos médicos com carrei-
ra ilibada no exercício da profiissão.
Depois de clinicar por muitos
anos, chegou o momento da apo-
sentadoria. “Mas eu não queria
ficar parado e muito menos me
afastar do Santa Brígida”, comen-
ta. Foi então que surgiu a opor-
tunidade de criar uma ouvidoria
no hospital. “Buscamos sempre
apoiar nossos pacientes e melho-
rar constantemente o atendimento
prestado aqui”, afirma.
Na ouvidoria, ele é responsável
por receber as sugestões e recla-
mações dos pacientes. “Visitamos
todos aqueles que apresentaram
alguma ocorrência, e repassamos
as queixas ou sugestões para
todos os departamentos envol-
vidos”, explica. “Nosso intuito é
ajudar sempre, fazendo o meio de
campo e buscando soluções”.
Presente no Santa Brígida des-
de a sua fundação, ele compara
a medicina do início com a que é
praticada hoje. “As diferenças são
inúmeras, principalmente se falar-
mos da tecnologia empregada”,
comenta. “Imagine só: quando
eu comecei a clinicar, não existia
ultrassom e tampouco se falava
em gestação de risco! Hoje temos
mais possibilidades para cuidar
bem das nossas pacientes”, co-
memora. “Por outro lado, mesmo
com toda essa tecnologia para o
bem a relação entre médicos e
pacientes tornou-se mais delica-
da. Como médicos não podemos
nos omitir de escutar o paciente e
prestar um atendimento dedicado
e humanizado”, pontua.
Fundador da Ouvidoria no HMSB Fundador da Ouvidoria no HMSB
“ Na ouvidoria nos-
so intuito é ajudar
sempre, fazendo o
meio de campo e
buscando soluções. “
“ Eu não queria ficar
parado e muito menos me
afastar do Santa Brígida.
Foi então que surgiu a
oportunidade de criar a
ouvidoria no Hospital. “
Divulgação
ANTES E DEPOIS
8 9
Antes mesmo da inauguração do
Hospital e Maternidade Santa Brígi-
da (HMSB), a médica Elisa Cecchia
Noronha (fundadora do Hospital) já
se preocupava com o preparo das
futuras mamães: desde 1955 ela
ministrava um curso para gestantes
em seu próprio consultório médico.
“O primeiro nome do curso foi Parto
Sem Dor. Com o tempo, virou Parto
Sem Medo e hoje é Parto Amoroso”,
explica a médica Virgínia Merlin, que
coordena os cursos ofertados pelo
Santa Brígida. “Nosso curso foi um
dos pioneiros no Brasil, e gostamos
de ver que outros hospitais também
começaram a trabalhar dessa forma
com suas gestantes”, diz.
O trabalho de Elisa era voluntário.
“As aulas eram sempre aos domingos
pela manhã, e ela explicava como era
o gestar, o nascimento, a amamen-
tação e procurava tirar todas as dú-
vidas das gestantes”, conta Virgínia.
“Ela sempre esteve junto ao paciente
e procurava visitar as novas mamães
para verificar a rotina com o bebê”,
lembra. A atual coordenadora dos
cursos começou a trabalhar com a
fundadora do HMSB em 1981, duran-
te sua residência. “Fiquei encantada
com a diferença entre as pacientes
da Dra. Elisa e as outras gestantes –
normalmente elas chegavam assus-
tadas no trabalho de parto, mas as
grávidas que tinham participado do
curso eram mais tranquilas e segu-
ras”, relata Virgínia.
O curso hoje
Atualmente o Santa Brígida ofe-
rece dois cursos: o Parto Amoroso,
para gestantes, e o Parto Humaniza-
do, para casais à espera de um bebê.
Os profissionais que participam são
todos voluntários, reunidos no Centro
de Apoio às Mulheres e Casais Grá-
Curso para gestantesHá 57 anos preparando futuros pais e mães
HISTÓRIA
Parto Amoroso e Parto HumanizadoParto Amoroso e Parto Humanizado
vidos (Cemuc). “Temos nutricionistas,
dentistas, psicólogos, obstetras, der-
matologistas, enfermeiros, pediatras.
Enfim, são muitos profissionais em-
penhados em levar as informações
adequadas para as futuras mamães”,
comenta.
São ofertados quatro cursos do
Parto Amoroso por ano, em feverei-
ro e março, maio e junho, agosto e
setembro e novembro e dezembro.
“São sete encontros semanais, e a
coordenação é composta por mim e
pela fisioterapeuta Rossana Franke”,
explica Virgínia. Já o Parto Humani-
zado oferece 11 cursos anuais, com
dois encontros cada. “Eles aconte-
cem mensalmente entre fevereiro e
dezembro, e são encontros voltados
para o papel do pai na sala de parto”,
comenta. O Parto Humanizado está
sob a coordenação de Virgínia e da
psicóloga Liliam Gusso.
Resultados
Do início do curso – no consultó-
rio da Dra. Elisa – para cá, mais de
17.000 pacientes já foram atendidas.
“Percebemos que as ex-alunas vol-
Nos encontros os futuros pais e mães aprendem sobre os cuidados com o bebê.
HISTÓRIA
Divulgação
10 11Parto Amoroso e Parto Humanizado Parto Amoroso e Parto Humanizado
tam e trazem suas filhas ou noras
grávidas para participarem das au-
las. As pessoas se interessam pelo
nosso projeto por verem os resulta-
dos”, conta Virgínia.
Os cursos são abertos à comuni-
dade. “Elisa sempre dizia que, quan-
do a sala está cheia, as aulas são
animadas e por isso sempre estimu-
lamos que as grávidas tragam suas
amigas”, afirma a coordenadora. A
única exigência para a inscrição é a
doação de dez novelos de lã e dez
pacotes de fraldas, que são desti-
nados a instituições carentes. “Em
novembro de 2011 fizemos um le-
vantamento e chegamos ao número
de 105 entidades auxiliadas e um to-
tal de 119.633 peças doadas – entre
novelos de lã, fraldas e outros itens
arrecadados”, comemora.
Mais informações pelo telefo-
ne (41) 3248-7609 ou pelo e-mail
Confira abaixo a relação de profissionais que já fizeram ou ainda fazem parte da lista de voluntários do Cemuc.
Ginecologias-Obstetras- Elisa Checchia Noronha- Álvaro Pigatto Ceschin- Antonio Paulo Mallmann- Laura Barbosa Ramos- Leônidas Noronha Silva- Maria Angela Braschi- Maria Eugênia S. Baggio- Stellamaris Renuzza- Virginia Merlin
Imagenologistas- Rosangela T. Hidalgo- Cristian Maio- Magda Castro Tavares
Anestesistas- Michael Dykyj- Nilson Noronha
Pediatras- Olívio Paulus- Mario Brás Almeida- Cláudio M. Xavier- Maria Tereza Popp- Cecília M. Zanchet- Ana Tereza Londres- Maria Sisuka Namba- Marjorie Feliz- Celso Osternack de Castro- Wilmar M. Guimarães
Psicóloga- Liliam Gusso
Dentistas- Armando Petrelli Coelho- Márcio Sadao Isobe
Fonoaudióloga- Claudia Ivanike
Professores de ginástica- Eliete Bertasso- Maria Tereza Danielewicz
Terapeuta ocupacional- Gláucia Gallerani
Fisioterapeuta- Rossana Franke
Musicoterapeuta- Fernando O. Pereira
Farmacêutica- Valéria Moura Xavier
Professoras de Yoga- Lucélia Bordin- Cassiane de Moraes- Luciane Engelhardt
Enfermeiras- Lúcia Maria Russo- Silvia Suss Marques- Ana Maria Bittar- Margot Zetzche- Karin Bragagnolo- Rosane da Silva
Nutricionista- Edilcéia Amaral Ravazzani
Secretários- Regiane G. Scherbate- Ana Paula Gusso- Ângela Maria Rodrigues- Lincoln Walger Jr.Os cursos para gestantes tranquilizam as futuras mamães e contribuem para um parto mais tranquilo.
HISTÓRIAHISTÓRIA
Divulgação
12 13
CURTAS
REFORMA NO SANTA BRÍGIDA
Para melhorar os processos dentro do Hospital, duas áreas estão atualmente em
reforma: a Central de Materiais e o Lactário. “Em mais algumas semanas teremos
um Lactário mais amplo e moderno”, explica a nutricionista Rosana Menezes de
Souza. “A nova Central de Materiais também será adequada as novas normas téc-
nicas – por exemplo, a lavagem de materiais e processamento ficarão no mesmo
espaço que as autoclaves”, completa a Enfermeira Andrea de Moraes.
NÚMEROS DO PRONTO ATENDIMENTO
Desde a inauguração do novo Pronto Atendimento (PA) do Santa Brígida em maio,
o número de consultas aumentou. Em julho foram 1.874 pacientes atendidas e em
agosto, 2.035. “A reforma é a grande responsável pelo aumento de atendimentos”,
explica Helena Nicoleti, Enfermeira Supervisora do PA. “Estamos com uma infra-
estrutura maior, melhor equipada e com um atendimento humanizado – que juntos
são fatores que contribuem para a satisfação dos nossos pacientes”, afirma. Hoje,
o PA conta com uma sala de triagem, dois consultórios ginecológico-obstétricos,
um consultório pediátrico (para recém-nascidos de até 28 dias) e o Setor de Obser-
vação com quatro leitos e duas poltronas.
XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE NEONATOLOGIA
Entre os dias 14 e 17 de novembro, Curitiba será palco para o XXI Congresso Brasileiro
de Neonatologia. “Já temos 13 convidados internacionais confirmados, e iremos dis-
cutir a atualidade e o futuro da neonatologia mundial”, explica a Dra. Gislayne Souza de
Nieto, chefe da UTI Neonatal do Santa Brígida e Presidende do Congresso. “Estamos
orgulhosos e agradecidos pela confiança e por fazer parte desse grande evento que
está sendo preparado com carinho para marcar a história da Neonatologia”, afirma.
Curtas
TURISMOWoody Allen retrata de forma fiel o caos da capital italiana
14 15
A Roma de Woody Allen“Cidade Eterna” é a mais recente homenageada pelo cineasta
Não é novidade para ninguém:
Woody Allen está se especializando
em fazer filmes que mais se parecem
propaganda de grandes destinos
turísticos. Depois dos sucessos de
“Vicky Cristina Barcelona” (mesmo
título original, 2008) e “Meia Noite
em Paris” (“Midnight in Paris”, 2011),
ele leva às telas a chamada “Cidade
Eterna”, em “Para Roma Com Amor”
(“To Rome With Love”, 2012).
O filme retrata de forma fiel o caos da
capital italiana – uma das primeiras ce-
nas mostra a confusão do trânsito. Em
vez de apenas um, há quatro diferentes
enredos paralelos ambientados pelas
vielas e monumentos históricos da ci-
dade. São comédias e dramas que se
desenrolam contando com o talento de
um elenco repleto de estrelas: Alec Bal-
dwin, Roberto Benigni, Penélope Cruz,
Jesse Eisenberg, Ellen Page e... Woo-
dy Allen. Sim, o diretor volta a ficar do
outro lado da câmera pela primeira vez
desde 2006, quando atuou em “Scoop
– O Grande Furo” (“Scoop”).
Para Roma com AmorPara Roma com Amor
TURISMO
Filme conta com quatro enredos distintos
Elenco traz grandes estrelas de Hollywood, e marca a volta do próprio diretor às telas
As diferentes histórias – que nunca
se encontram – permitem que Allen
mostre, mesmo que superficialmente,
vários pontos de grande interesse tu-
rístico da cidade. Marcos como a Fon-
tana di Trevi, o Coliseu e as escadarias
da Praça de Espanha são pano de
fundo para os enredos paralelos. Mas
não os acompanhamos apenas pelos
ícones da cidade. A própria existência
de quatro histórias distintas é uma for-
ma que o diretor encontrou para dizer
que Roma é, na verdade, um gigan-
tesco labirinto. E é pelas vielas da ci-
dade que se desenvolvem as tramas.
Em alguns momentos, a própria
exaltação à beleza e aos encantos da
cidade se sobrepõe à sequência dos
enredos. Críticos de todo o mundo
afirmaram, inclusive, que o filme está
abaixo de “Meia Noite em Paris” ou
“Vicky Cristina Barcelona”, que, ape-
sar de mostrarem de perto a beleza
das cidades, traziam histórias melhor
amarradas e se atinham menos dos
panos de fundo turísticos.
ENQUADRAMENTOS
16 17Para Roma com Amor
CAMINHANDO
O QUE VER EM ROMA?
Apesar de a história e a cultura de
Roma retratarem muitos séculos, boa
parte das atrações estão próximas à
região central. Por isso, a melhor for-
ma de conhecer a cidade é percorrê-la
como a maioria dos personagens de
Woody Allen: caminhando. O verão e o
inverno costumam ser muito intensos,
por isso, a melhor época para visitar a
cidade é entre março e maio.
Mas, aqui, estamos falando sobre
turismo, e não cinema. Roma sempre
será uma boa escolha. Basta dizer que,
dentro do território romano está um
país inteiro, o Vaticano, destino obriga-
tório. Entre os destaques estão a Ca-
pela Sistina e os Museus do Vaticano.
Imperdíveis, também, são as ruínas
que atravessaram séculos. Destaque,
claro, para o Coliseu. Aqui vale uma
dica importante: normalmente as filas
para compra de ingressos no antigo
estádio são intermináveis, mas, logo
ao lado está o Palatino, uma das cha-
madas “sete colinas” da cidade e hoje
um enorme museu a céu aberto, com
o que sobrou de importantes constru-
ções. O mesmo bilhete garante acesso
para as duas atrações e é sempre mais
fácil e rápido comprar no Palatino.
GASTRONOMIAElas saíram da Itália para conquistar o mundo. Conheça um
pouco mais sobre as pizzas originais
O Vaticano é apenas uma das muitas atrações da cidade
Banco de Im
agens
18 19
A Itália é cheia de clichês. E isso
não é necessariamente ruim. As
pizzas são uma boa prova: saíram
da “Bota” e ganharam o mundo. A
receita normalmente é simples: uma
massa com base de farinha de trigo
coberta por molho de tomate, quei-
jo e alguns outros acompanhamen-
tos. E é na simplicidade que a pizza
conquista.
Para os brasileiros, a pizza italia-
na pode ser um pouco diferente das
que tradicionalmente encontramos
por aqui. A começar pela massa,
que, na Itália, normalmente é bas-
tante fina e quase sempre crocante.
Também é comum haver uma varie-
dade restrita de sabores de recheio.
Em Roma, uma das melhores
formas de comer a especialidade
italiana é al taglio, traduzindo: corta-
da. Restaurantes tradicionais ofere-
cem diferentes tipos de recheios em
massas assadas em grandes formas
– nem sempre redondas. O cliente
escolhe quais deseja comer, e o ta-
manho. O atendente corta na hora, e
a iguaria é cobrada pelo peso.
ONDE AS PIZZAS ESTÃO EM CASA
Pizzas italianasPizzas italianas
GASTRONOMIA
Os restaurantes que oferecem as
pizzas mais famosas de Roma cos-
tumam estar sempre cheios. Um dos
mais tradicionais é o Baffetto (em
dois endereços próximos à Piazza
Navona: Via Del Governo Vecchio,
114, ou Piazza Del Teatro di Pompeo,
18). Sempre tem filas, principalmen-
te no primeiro endereço, por isso é
recomendável chegar cedo – antes
das 18h30 para o jantar.
ONDE ENCONTRAR?
Na mesma região das duas lojas
Baffetto está La Montecarlo (Vico-
lo Savelli, 13). Também tradicional,
oferece serviço mais rápido que o
da concorrência. Para quem quer
gastar pouco, um local de nome
sugestivo: L’Economica (Via Tiburti-
na, 48, próximo à estação de trem
Termini). Com ambiente descontra-
ído, oferece pizzas de qualidade a
preços mais baixos do que a média.
Pizza: uma tradição italiana
Ir a Roma e não comer pizza é como ir a Roma e não ver o Papa
Baffetto tem loja na Piazza del Teatro di Pompeo
Foto: Stefano P
etroni
Banco de Im
agens
20 21Pizzas italianas
VINHOS Ao elaborar este texto deparei-
-me com um comentário na revista
Orgyn/Fertility em março de 2010:
“O transplante de tecido ovariano
restaura a fertilidade natural”. Sem
dúvida isso é o que sempre pro-
curamos: restaurar a função ova-
riana e a fertilidade em pacientes
que foram submetidas à quimio/
radioterapia. Esse comentário foi
formulado pelo editor da revista re-
ferindo-se ao trabalho do Dr. Claus
Yding Andersen da Universidade
de Copenhague (Dinamarca). No
trabalho publicado na Human Re-
prodution, em 19 de fevereiro 2010,
o autor afirma ser essa a primeira
mulher no mundo a conceber duas
crianças em gestações distintas,
como resultado de tecido ovariano
congelado/descongelado e trans-
plantado de forma autóloga.
Antes de iniciar a quimioterapia,
os pesquisadores removeram 1/3
do ovário direito para congelamen-
to. Após um período de menopau-
sa, as seis tiras de tecido ovariano
foram descongeladas e transplan-
tadas para o ovário direito residu-
al. Após a primeira gestação, com
técnicas de reprodução assistida,
a paciente retornou à clínica para
um novo tratamento contra a inferti-
lidade, quando se constatou que ela
havia engravidado naturalmente.
Isso demonstrou que as tiras de
ovários transplantados continua-
vam a funcionar, depois de quatro
anos, e que pelo fato de o tecido
ter sido transplantado de maneira
ortotópica, possibilitou uma ges-
tação natural. Concluiu-se que a
criopreservação e o transplante
do tecido ovariano são métodos
válidos para preservação de fertili-
dade, podendo ser ofertado como
PRESEVAÇÃO DA FERTILIDADE Um alerta ao ginecologista/oncologista
ARTIGO
Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos
Assim como as massas, os vinhos são produtos de grande tradição na Itália.
Há cinco regiões vinícolas no país. Roma está no centro geográfico da “Bota”,
e oferece grande variedade de opções. Abaixo, algumas que podem ser facil-
mente encontradas na capital e que podem ser boas pedidas para acompa-
nhar uma pizza tradicional.
LUCCARELLI AMPELO PRIMITIVO MERLOT TARANTINO
Produzidos a partir de uma seleção dos melhores vi-
nhos de cada ano, que são misturados. O resultado é
um vinho forte, frutado e intenso.
AMPELO VERDECA PUGLIA
Um vinho branco que apresenta aromas como
maçã verde e mel. Tem paladar seco, corpo leve,
acidez marcante e final agradável. Casa melhor com
pizzas leves.
VALPOLICELLA CLASSICO SUPERIORE – D.O.C.
De cor vermelho-rubi profunda, tem essências de
frutas vermelhas e amêndoas. De sabor aveludado e
caloroso, é recomendado para acompanhar pizzas de
sabores fortes.
22 23Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos
ARTIGO
alternativa para pacientes a serem
submetidas a algum tratamento
gonadotóxico.
O enorme avanço dos tratamen-
tos oncológicos e hematológicos tem
resultado na remissão de várias do-
enças. No entanto, esses tratamen-
tos oncológicos podem levar a uma
perda da função ovariana.
Um dilema comum entre as pa-
cientes oncológicas e seus familia-
res é o efeito que a quimioterapia e
a radioterapia terão sobre o futuro
reprodutivo. É importante ressaltar
que alguns esquemas terapêuticos
podem aumentar em até oito vezes
o risco de falência ovariana precoce.
Por existirem vários protocolos de
quimioterapia, radioterapia, tipos de
câncer, tempo de se iniciar o trata-
mento, estado civil, idade e outras
variáveis individuais, cada caso é
único e requer diferentes estratégias
para se preservar a fertilidade. Para
algumas pacientes, como crianças e
adolescentes, a criopreservação do
tecido ovariano passa a ser a única
alternativa para se preservar a fertili-
dade e, em alguns casos, reverter a
menopausa.
A maior parte das mulheres so-
breviventes do câncer está ansiosa
em preservar seu potencial em ter
uma criança geneticamente relacio-
nada a elas. Para as pacientes pe-
diátricas a preservação da fertilidade
é igualmente importante: não existe
Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos26
a opção de fertilização assistida ou
técnicas de congelamento de óvulos
e embriões.
Outra indicação para preserva-
ção de fertilidade é o processo de
envelhecimento, particularmente
em pacientes com histórico familiar
de falência ovariana precoce, e tam-
bém naquelas que tenham ovários
normais, mas estão postergando a
geração de filhos. O útero aparen-
temente não parece sofrer um efeito
deletério importante, nesse declínio
reprodutivo relacionado à idade, evi-
denciado pelas altas taxas de gra-
videz obtidas quando as pacientes
menopausadas utilizam óvulos doa-
dos por pacientes mais jovens.
Mesmo com todo o avanço, um
dado intrigante nesse contexto de-
monstra que, apesar de a maioria
dos oncologistas reconhecerem a
importância de discutir com pacien-
tes em idade reprodutiva o efeito
gonadotóxico do tratamento sobre o
futuro reprodutivo, muitos não discu-
tem sobre a preservação de fertilida-
de. As razões para essa discrepân-
cia incluem o baixo prognóstico e a
urgência em se iniciar o tratamento.
Para maior êxito na preservação da
fertilidade e retorno da função hor-
monal em pacientes a serem subme-
tidas a tratamentos oncológicos com
efeitos gonadotóxicos, precisamos
enfatizar e aumentar a sincronia entre
oncologista, esterileuta e ginecolo-
gista. Esse alerta sobre a necessida-
de dessa interação é um dos pilares
inspiradores para esse manuscrito.
A abordagem na preservação da
fertilidade deve ser individualizada.
Se a quimioterapia e/ou radiotera-
pia não puder ser postergada ou se
a paciente for uma criança, a única
opção experimental é a criopreser-
vação do tecido ovariano. Se apenas
a radioterapia pélvica for utilizada, a
FLUXOGRAMA PARA PRE-SERVAÇÃO DA FERTILIDADE
PARCERIA ONCOLOGISTA +
GINECOLOGISTA + ESTERILEUTA
“O enorme avanço dos
tratamentos oncológicos e
hematológicos tem resul-
tado na remissão de várias
doenças. No entanto, esses
tratamentos oncológicos
podem levar a uma perda
da função ovariana. “
24 25
Artista plástico curitibano radicado em
São Paulo, é formado em Design Gráfi-
co pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR) e atualmente cursa Pós-Gradua-
ção em Fotografia na Fundação Armando
Álvares Penteado (FAAP).
Já realizou exposições em Londres, no
Museu Brasileiro da Escultura (MuBe) e na
Galeria A Hebraica, além de ter participa-
do do Salão Paranaense e conquistado a
medalha de ouro no Salão Bunkio de Arte
Contemporânea.
Paciornik é conhecido pelas suas pin-
turas em óleo de grandes formatos com
motivos de figura humana e abstrações.
É representado em Curitiba pela Galeria
Zilda Fraletti e em São Paulo pela Arte
Aplicada. Para saber mais sobre o seu tra-
balho acesse www.paciornik.com.br/blog.
AR
TIS
TA D
A C
APA
Marcelo Paciornik
Restauração da fertilidade em tratamentos oncológicos
transposição do ovário é a opção
mais adequada a ser oferecida. Se a
quimioterapia pode ser postergada,
a estimulação ovariana para criopre-
servação de oócitos ou de embriões
seria a melhor opção. A criopreser-
vação do tecido ovariano poderá
ser seguida por criopreservação de
oócitos ou de embrião. Se os ovários
estão comprometidos pelo câncer e
se uma porção sadia do ovário pode
ser criopreservada, a maturação in
vitro e xenotransplante poderá ser
uma opção no futuro.
Foto: Gerson Lim
a
Prof. Dr. Alvaro Pigatto Ceschin
Videoendoscopia Ginecológica/ Reprodução Humana
Mestre /Doutor em Princípios da Cirurgia – Faculdade Evangélica do Paraná
Diretor da Clínica Feliccita - Instituto de Fertilidade