revista mercado brasil

68
NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO Sócio Um guia com os passos fundamentais para escolher um parceiro para dividir seu negócio Especial Anuário de ERP e BI apresenta as soluções mais recentes, para o setor e cases de sucesso www.revistamercadobrasil.com.br Gestão Verde Empresas mudam a forma de pensar os seus negócios e adotam uma abordagem sustentável, para conquistar clientes e manterem-se vivas R$12,00 março 2011 ano VIII nº 81

Upload: ludimila-castro

Post on 30-Mar-2016

263 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

Texto para a Revista Mercado Brasil, pg. 53 e 54

TRANSCRIPT

NEGÓCIOS - GESTÃO - ASSOCIATIVISMO - DESTAQUE EMPRESARIAL - EMPREENDEDORISMO- LOGÍSTICA - MERCADO ECONÔMICO

Sócio Um guia com os passos fundamentais para escolher um parceiro para dividir seu negócio

Especial Anuário de ERP e BI apresenta as soluções mais recentes, para o setor e cases de sucesso w

ww.

revi

stam

erca

dobr

asil.

com

.br Gestão Verde

Empresas mudam a forma de pensar os seus negócios e adotam uma abordagem sustentável, para

conquistar clientes e manterem-se vivas

R$12,00

março 2011 ano VIII nº 81

expediente editorial

parceiros CACB – Confederação das Associações

Comerciais e Empresariais do Brasil

FFM – Fundação Fritz Müller

FUNDABRINQ – Fundação Abrinq pelos

Direitos da Criança e do Adolescente

FACISC - Federação das Associações

Empresariais de Santa Catarina

Os artigos assinados não refletem,

necessariamente, a opinião desta revista.

redação Mande cartas para a editora, sugestões

de temas, opiniões ou dúvidas:

[email protected]

publicidade Quer anunciar na Mercado Brasil?

Não perca tempo:

[email protected]

administraçãoPara falar com nossa administração:

[email protected]

fale conosco

Impresso em papel certificado Suzano.

Uma garantia de que este é um produto

de base florestal que resultou de um processo de

produção economicamente viável, socialmente

justo e ambientalmente correto.

5 anos5

Acesse www.revistamercadobrasil.com.br e veja a edição na íntegra

A sociedade mudou. Nos últimos anos, os brasileiros as-sistiram e participaram de um frenesi de consumo. Porém, chegou o momento do próximo passo. O desenvolvimento da consciência ambiental e a certeza de que o planeta não suporta o ritmo de consumo desenfreado colocaram o ter-mo sustentável na moda.

Mas não é coisa tão nova. Em nossa reportagem de capa desta edição, assinada pela jornalista Kamila Schneider, ela lembra que o termo foi criado em 1987 – na publicação Our Comoon Future – e definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

O conceito é perfeito. E para o Instituto Brasileiro de Aná-lises Sociais e Econômicas, o Ibase, a sustentabilidade é uma nova forma de gestão de negócios. Isso porque além de gerar lucro, oferecer produtos e serviços diferenciados é preciso ser sustentável. Esta é a nova demanda do mer-cado consumidor. E com o aumento da classe C no Brasil, a tendência é de crescimento.

Esta edição traz também um guia importante. É o nosso Anuário sobre ERP e BI. Ele tem informações detalhadas sobre as mais novas soluções em Enterprise Resource Planning e Business Intelligence e também cases de su-cesso na implantação desses sistemas.

Em outra reportagem, a jornalista Débora Kellner detalha o intrincado mundo das sociedades empresariais. Basicamen-te, em sua reportagem, ela responde a dúvida fatal: como escolher um sócio.

Boa leitura,Cristiano Escobar Maia

Quando vale a pena ser verde?

06 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

índice

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Pesquisa aponta que o já conhecido fantasma do mercado de trabalho continua a assombrar a vida dos jovens

42comportamento

28tecnologia

Brasil é quinto país no mundo em número de computadores infectados. Saiba como proteger os arquivos eletrônicos de sua empresa

16capa

07mercado

48micro e pequenas

58lex

22negócios

52empreendedorismo

60abrh

33comportamento

55artigo

62estante

34investimentos

56economia

64agenda

36especial

57consumo e lazer

SENAI inicia uso de tablets O Senai de SC, vai desenvolver projetos-pilotos que utilizam tablets - como iPad e Galaxy Tab - nas aulas da instituição. Os equipamentos, que estão em destaque no mundo da tecnologia, serão utili-zados como ferramentas pedagógicas nas aulas. Um projeto-piloto está sendo implantado com uma turma da cidade de Tubarão, SC, que utilizará os equipamentos para facilitar o uso da Realidade Au-mentada em sala de aula e virtualizar recursos educacionais - como apostilas interativas adaptadas ao equipamento. O projeto foi um dos cinco selecionados no final de 2010 pelo edital do Programa de Inovação com Tecnologias Educacionais - Pite, do departamento nacional do Senai.

mercado

07 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

Grupo Meta comemora 20 anos No dia 1o de março o Grupo Meta comemora 20 anos, uma data para ser comemorada por funcionários e clientes deste grupo que cresce cada vez mais impulsionado pela sua vocação empreendedora e comprometimento. Atualmente, o Grupo Meta conta com quatro empresas especializadas em serviços técnicos: Meta Organização Contábil, MetaRH Multiservice; Meta Folpag e Prumo Consultoria.E para comemorar em alto estilo a segunda década de vida, o Grupo Meta apresenta a todos a Meta Sistemas, a quinta empresa deste grupo que visa o crescimento próprio, de seus parceiros e clientes. E assim o Grupo Meta segue com a certeza de que foram 20 anos de muito trabalho, comprometimento e satisfação tendo pela frente muitos anos ainda a serem comemorados.

Messe Brasil faz parcerias A Messe Brasil, de Joinvil-le, SC, estabeleceu parceria comercial com a empresa Fuar Sepeti, da Turquia, e a Demat, da Alemanha. O ob-jetivo é ampliar a presença internacional em feiras bra-sileiras. Especializada em comercialização de feiras no mercado turco, a Fuar Sepeti representará a Messe Brasil nesse mercado. Com a Demat, uma das mais representativas empresas privadas de organização de feiras da Alemanha, anuncia a criação de um empreen-dimento conjunto para rea-lização da EuroMold Brasil – Feira de Fabricantes de Moldes, Ferramentas e De-sign, programada para es-trear no País em 2012.

Seguindo a linha de imóveis de qualidade e que pre-zem pela sustentabilidade, a Zul Incorporadora de Empreendimentos Imobiliários, está lançando dois empreendimentos em Florianópolis, SC. O Bien Vi-vre, na praia do Campeche, é uma morada que pro-porciona harmonia com a natureza. O Rivière é um empreendimento que mistura o meio ambiente com um imóvel com ótima qualidade de vida. Para mi-nimizar os impactos à natureza, a Zul equipará os dois empreendimentos com lâmpadas econômicas, redutores de consumo de água nos vasos sanitários, sistema de reaproveitamento de água da chuva, a coleta seletiva de lixo, coleta de óleo de cozinha e horta comunitária.

Empreendimentos sustentáveis na Capital

10 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

mercado

O Restaurante Madero, de Curitiba, PR, está expandindo os negócios e inau-gurou mais uma filial na capital para-naense. O Madero Cabral é o terceiro restaurante administrado por Ricardo Fernandes, que se divide também para atender às unidades de Balneário Cam-boriú, SC, e de São José dos Pinhais, no PR. Desde a sua inauguração, no fim de dezembro, o restaurante tem atraído-mais de quatro mil pessoas por semana.A expansão continua e Fernandes já trabalha para a inauguração da quarta unidade, na Praça da Espanha, também em Curitiba.

Restaurante Madero expande

Haco Etiquetas busca novidades na Europa A Haco Etiquetas, de Blumenau, SC, enviou uma equipe à Europa, para a realização de pesquisas de campo nos maiores centros culturais e de moda da Alemanha e França. A equipe visitou a Munich Fabric Start, feira de tecidos e insumos para a confecção, e o Salão Internacional da Indústria Esportiva, ambas em Munique. Ainda na Alemanha, a equipe foi à CPD Düsseldorf, feira de tendências voltadas à moda feminina e

em Paris, à Première Vision, salão internacional para apresentação de lançamentos de tecidos, aviamentos, fios e fibras.

Mannes lança linha de estofados 2011A empresa de colchões e estofados Mannes, de Guaramirim, SC, lançou a nova coleção de estofados Mannes 2011, durante a Feira Brasileira de Móveis e Acessórios da Alta Decoração – Abimad. O evento aconteceu entre os dias 16 e 19 de fevereiro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A empresa, há 48 anos no mercado, apostou em uma coleção sofisticada, onde acontece uma interação entre cor e design. Dois desta-ques da nova coleção são os estofados Carmim e Ônix, que trazem muito luxo e conforto.

O Senai de Santa Catarina inicia o primeiro semestre letivo com 40 novos cursos de téc-nicos e de aprendizagem, que representam um aumento de aproximadamente 1.200 va-gas na educação profissional. Os cursos fo-ram criados a partir do perfil industrial das 18 cidades em que serão oferecidos, em con-

sonância com as demandas expressas pelas empresas. Ao todo, contabilizando os cursos que já vinham sendo oferecidos, foram ofer-tadas cerca de 14.100 vagas em cursos téc-nicos, médio e de aprendizagem. Elas foram distribuídas em 374 turmas abertas em 33 cidades catarinenses.

Senai inicia semestre com novos cursos

mercado

11 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

Aurora anuncia R$ 3,1 bi de faturamentoA Coopercentral Aurora - Aurora Alimentos -, de Chapecó, SC, revelou os números da empresa em 2010 e avaliou que o ano foi de recuperação. A em-presa obteve uma receita operacional bruta de R$ 3,1 bilhões, com incremento de 13% em relação a 2009 e um resultado líquido positivo de R$ 172,5 milhões. Para atingir esses resultados, foram imple-mentadas ações como a reestruturação de áreas de atuação do mercado e o fortalecimento de políticas comerciais. As vendas no mercado interno contribu-íram com 85,37% da receita total. Já as do exterior corresponderam a 14,63% da receita global.

A atividade de e-commerce, que até o ano passado era um departamento vinculado às Lojas Havan, ga-nhou status de empresa independente, com o regis-tro de CNPJ próprio e estrutura de gestão, logística e área de estocagem. A nova “filial” da Havan tem endereço em Brusque, SC, junto à matriz da rede. A Havan aposta com mais entusiasmo no comércio eletrônico. Em 2010, por exemplo, as vendas atra-vés da loja virtual da Havan tiveram um incremento de 130% sobre os resultados de 2009. Em 2011 o e-commerce iniciou com força, registrando fatura-mento 180% superior a janeiro do ano passado.

Havan inaugura unidade de e-commerce

Uma das maiores produtoras de maçãs e vinhos de altitude do Bra-sil, a Sanjo, de São Joaquim, SC, lança o Icesin, uma bebida fermen-tada e gaseificada de maçã, com propriedades espumantes. Gaseifi-cada naturalmente, a bebida está associada a festas e comemora-ções, devido ao apelo sensorial do desarrolhar e do liquido borbu-lhante jorrando pelo ar. O Icesin se revela também uma bebida de am-plas possibilidades de utilização, acompanhando as mais diversas harmonizações em happy hours, coquetéis e refeições leves.

12 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

mercado

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Auxílio às mulheres artesãsO Orbitato – Instituto de Ar-quitetura, Moda e Design, ga-nhou uma licitação da Prefei-tura de Mafra, SC, e deu início ao projeto Usinas, buscando profissionalizar a confecção de peças em tricô e crochê feitos por grupos de mulhe-res artesãs em comunidades carentes atendidas pela Se-cretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do mu-nicípio. Além de auxiliar na produção, o Orbitato cuidará da identidade de marca e al-gumas ações para divulgar as peças e o trabalho realiza-do pelas mulheres da cidade.

O Sesi de SC, teve forte atuação com os serviços da área da saúde em 2010. A entidade realizou

mais de 1,1 milhão de atendimentos, consideran-do as vacinações, os atendimentos nas unidades do SESI Clínica, os serviços de odontologia e de

segurança e saúde no trabalho. Durante o ano, a entidade ofereceu de forma subsidiada, a imuniza-

ção contra a gripe A e a gripe sazonal e aplicou 198 mil doses de vacinas. Outro destaque da

área da saúde foi a realização de mais de 500 mil atendimentos em serviços de Segurança e Saúde

no Trabalho - SST.

Segundo análise realizada pela empresa OKGarante, unidade de in-teligência em meios de pagamento da Rede Check OK, o volume de cheques emitidos no mês de janeiro aumentou 9,5%, em compa-ração a mesmo período em 2010. Os Estados que mais se desta-caram foram São Paulo, Minas Gerais e toda região sul do País. A empresa revela que é esperado um volume total de 11% de emissão de cheques somente no primeiro trimestre deste ano.

Sesi: 1,1 milhão deatendimentos em saúde

Volume de emissão de cheques aumenta

Nova bebida no mercado

O pesquisador da Universidade do Vale do Ita-jaí - Univali, Alexandre Leripio, e o estudan-te de Engenharia Ambiental Gustavo Rohden Echelmeier, ficaram na Estação Antártica Co-mandante Ferraz durante um mês. A estação fica localizada na Península Keller, na Antárti-ca. No local, os pesquisadores implantaram um Sistema de Gestão Ambiental na base brasi-leira. Entre os principais desafios da atividade está a inexistência de referências anteriores, dificuldade de articulação entre Marinha do Brasil, Ministério do Meio Ambiente e pesqui-sadores usuários da estação.

14 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

mercado

Vendas para lojistas diretamente da internetLojistas de todo o Brasil têm agora uma opção para negociar de forma mais rápida e com menos custo através do portal Vestesbr. Essa é uma plataforma inédita de e-commerce voltada à indústria e varejo, que já iniciou com investimento de R$ 1 milhão. O Vestes-br une, num ambiente digital (www.vestesbr.com.br), financiamento para o lojista, treinamento e notícias do setor. A novidade permite espaço para expor os produtos, crédito personalizado para os lojis-tas, ambiente seguro nas vendas, agilidade nas reposições e lança-mento simultâneo de coleções em todo Brasil.

A Cielo, empresa que credencia estabeleci-mentos comerciais para bandeiras de cartões, anunciou um lucro líquido de R$ 444,5 milhões no quarto trimestre de 2010, o que representa uma alta de 0,6% ante igual período de 2009, mas uma queda de 9% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A empresa também informou um ganho de R$ 1,830 bi-lhão para o acumulado de todo o ano passado, o que indica uma expansão de 19,1% em re-lação a 2009. O resultado foi apresentado no padrão contábil internacional, o IFRS.

Cielo registra lucro 19,1% maior em 2010

Pesquisas na Antártica

Shopping ViaCatarina atrai visitantes com cinema 6DO Shopping ViaCatarina, de Palhoça, SC, insta-lou uma sala de cinema 6D para atrair ainda mais visitantes. A tecnologia permite que as pessoas vejam o filme em 3D, ao mesmo tempo que experimentam sensações relacionadas ao filme, como chuva, vento, odores e movimen-tos nas poltronas – tudo para deixar a expe-riência de ver um filme ainda mais realísticas. Os ingressos para atração custam cinco reais. Cada sessão recebe oito pessoas e as exibições acontecem durante o horário de funcionamento do shopping.

Para incentivar o turismo e a prática de eventos em Santa Catarina, o Governo do Estado apro-vou o incentivo para a realização da Expogestão 2011. O evento acontece entre os dias 7 e 10 de junho, em Florianópolis, SC, e irá reunir cerca de 40 palestrantes brasileiros e do exterior. As palestras e debates irão abordar temas do mer-cado atual, como inovação, relacionamentos, cul-tura organizacional, economia e negócios, futuro, gestão de pessoas, empreendedorismo e busca da excelência. No total, o Governo do Estado irá investir R$ 600 mil na Expogestão 2011. A esti-mativa é que cerca de 10 mil empresários parti-cipem do evento.

Expogestão recebe incentivo de R$ 600 mil

mercado

15 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

A maior máquina produtora de papel do mundo é equipada com motores WEG. O equipamento da empresa jaraguaense oferece até 30% de economia energé-tica na operação. Parte de um inves-timento de 550 milhões de euros, re-alizado pelo grupo Portucel-Soporcel de Portugal, um dos maiores do mundo na indústria papeleira, o equipamento apresenta 11,1 metros de largura, e é capaz de produzir aproximadamente 500 mil toneladas de papel por ano, va-lor que corresponde a cerca de 80 to-neladas por hora.

WEG na maior máquina de fazer papel do mundo

16 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

capa

Para o Ibase, sustentabilidade é, na realidade, uma

capa

17 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

nova forma de gestão de negócios

Resultado VerdeA primeira vez que o mundo ouviu falar em desenvolvimento sustentável,

o conceito não passava de uma teoria abstrata. O chamado Relatório Brundtland apresentou a surpreendente ideia de um “desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das ge-rações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Mais de duas décadas depois, o que era um simples termo se transformou em responsabilidade social. Não se trata mais de ideias ou planos para o futuro: sustentabilidade passou a ser exigência da sociedade aqui e agora, e um quesito de sobrevivência para as indústrias. E engana-se quem pensa que é só marketing ou caridade. Ser sustentável tor-nou-se parte do planejamento estratégico das empresas, sendo um sistema efi-ciente de diminuição de custos e uma ferramenta altamente competitiva. Para a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase, Cláudia Mansur, sustentabilidade é, na realidade, uma nova forma de gestão de negócios. Ela é necessária para que a empresa fique bem no mercado, possa fazer frente a seus concorrentes, manter o cliente e ter lucro. “Historicamente, desde que o homem começou a fazer negócios, é visando o lucro. O sucesso é medido pela lucratividade”, explica a pesquisadora. “Após séculos visando só o resultado no final do mês, percebeu-se que o mundo vai colapsar”.

kamila schneider

18 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

capa

Adaptar uma empresa aos moldes do desenvolvi-mento sustentável não é uma tarefa fácil - exige muito planejamento e elevados investimentos. Pri-meiro, é preciso adequar-se às exigências da legis-lação ambiental, aponta o consultor em sustentabili-dade da Ambiens Consultoria, Emerilson Gil Emerin. Terminados os trâmites legais, é a hora de iniciar a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA. Ele irá resolver, mitigar e prevenir proble-mas ambientais. O SGA é um sistema de gestão que compreende todas as práticas necessárias para ela-borar, aplicar, revisar e manter a política ambiental da organização. Segundo Emerin, com o SGA é possível fazer uma “radiografia da empresa”, com um diagnóstico pre-ciso de todo o setor produtivo. “A empresa terá um checklist das posturas e mudanças de procedimento que podem ser adotadas, desde que não afetem o seu faturamento”, aponta o consultor.

Se a empresa não tem condições de adequar seu sistema, o ideal é fazer um planejamento que de-fina quanto tempo será necessário para que a ação se viabilize. De acordo com Emerin, algumas certificações ambientais exigem investimentos muito altos que, se mal planejados, podem trazer grandes prejuízos. “O importante é não dar o passo maior do que as pernas, senão a empresa adota um modelo e não o executa, transmitindo a ideia de que aquilo é só uma imagem e não está efetivamente mudando a empresa”. Para o presidente do Instituto EcoD, Isaac Edington, as empresas estão mais à vontade para se estrutu-rarem baseadas na sustentabilidade, principalmente aquelas que viram nesse modelo uma oportunidade de desenvolvimento. Por isso, adequar-se a esse padrão é na verdade um exercício de conhecer o negócio e suas limitações. Entender o momento que a empresa está pas-sando, analisar sua administração e o modelo em que ela se encaixa são as tarefas primordiais para qualquer mudança significativa no negócio. É ne-cessário refletir sobre o futuro e repensar a or-ganização, destaca Edington, atrelando as ações à estratégia de negócios e avaliando o impacto ambiental de suas ações.Felizmente, aponta Edington, nos últimos anos é possível perceber uma movimentação – mesmo que singela - em torno da ideia de preservar recursos que, de fato, não são finitos. “Sempre brincamos que é proibido falar que nós vamos salvar o planeta, porque o planeta vai muito bem sem nós, obrigado. É a nossa interferência que faz isso. Na verdade, precisamos salvar a nós mesmos, porque as coisas vão de uma forma que já começamos a inviabilizar a nossa existência”.

Desenvolvimento verde

A partir daí, criou-se uma relação muito estreita entre economia e sustentabilidade. As organizações perceberam que é possível manter a lucratividade e preservar os recursos naturais. E mais: essa pode se tornar uma ferramenta para o crescimento do negócio.“Hoje o que mais motiva a trazer esse tema para dentro (das empresas) - salvo raríssimas exceções - é sem dúvida a questão econômica”, afirma Cláudia. A preocupação não é à toa: a especialista salienta que já existem estudos comprovando que empresas sustentáveis têm maior rendimento.“Sustentabilidade e economia - dentro das empresas essas questões estão muito atreladas. Isso é impor-tante para a vida do negócio. Eu sempre brinco que é meio como escovar os dentes: quando somos criança é chato e obrigação, mas chega uma hora que isso vira um hábito. Então acredito que é parte do processo, talvez essa prática se torne tão rotineira que vire de fato o dia a dia da empresa”. De qualquer forma, o importante é que o mundo está caminhando rumo a uma consciência mais verde, destaca Cláudia. Ainda engatinhando, e talvez por motivos não tão nobres quanto o esperado, mas é uma realidade.

20 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

capa

Há dois anos, a Haco Etiquetas iniciou um audacioso projeto de sustentabilidade – desenvolvido em parceria com o Instituto-e – que previa a revisão de todo o processo produtivo da empresa. Desde então, a organização mudou sua rotina produtiva – houve uma adequação que resultou desde a economia de energia até a implan-tação de pontos de coleta de lixo. Uma das ações mais significativas foi a troca do urdume branco - fios que formam a base longitudinal - pelo urdume cru. “Tudo na natureza para chegar à cor branca passa por um processo de alvejamento. Assim, é preciso utilizar muitos alvejantes e água”, explica o gerente de marketing da Haco, Johnny Francis Gaulke. Para a produção de cada tonelada de urdume branco, eram precisos 18 mil litros de água – sendo que passam por esse processo mais de 150 toneladas de fio ao ano. Com o projeto, não só foi alcançada a economia dos 2,7 milhões de litros de água por ano, como também foram instaladas caldeiras de gás e passaram a ser utilizadas somente matérias-primas naturais.

OUSAR PARA AVANÇAR

Se ainda existem empresas que acreditam que sustentabilidade é ape-nas mais uma “linha no orçamento”, a fabricante de tubos e conexões Amanco mostra como essa ideia pode estar errada.Em 2001, uma análise de seu processo produtivo resultou na formula-ção de uma série de indicadores de ecoeficiência. Na época, a empresa utilizava uma média de 1.500 litros de água para fazer uma tonelada de tubos.Segundo a diretora de operações da Amanco, Regina Zimmermann, após adequar a produção aos indicadores estabelecidos foi possível reduzir o uso da água a menos de um quarto do inicial. Hoje, são ne-cessários apenas 230 litros para cada tonelada do produto. “Fizemos vários investimentos e nestes anos já acumulamos economias de mais de 60 milhões de dólares. Se não tivéssemos feito esse traba-lho, nos últimos dez anos teríamos deixado de economizar esse valor, o equivalente a construção de duas fábricas de grande porte totalmente modernas”, afirma a diretora.

REVENDO CONCEITOS

Apenas a conscientização não resolve. Há a necessidade de ferramentas para operacionalizar esse novo paradigma

Se a produção não sustentável traz prejuízos inestimáveis para o meio ambiente, é nas mãos do consumidor que se encontra parte da solução. Foi pensando nessa ligação entre produção e consumo que o Centro de Estudos em Sustentabilidade - GVces da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - FGV--EAESP criou o Catálogo Sustentável. “Trata-se de uma plataforma educativa que tem como objetivo pro-mover o consumo racional e eficiente”, descreve a coordenadora do programa Consumo Sustentável do GVces, Luciana Betiol, que também é responsável pelo catálogo. A ideia surgiu em 2008, após a constatação de que não havia um espaço confiável de informações sobre produtos e serviços de empresas que demonstrassem preocupação em relação ao impacto ambiental de sua produção, consumo e descarte, conta Luciana. As empresas que constituem o catálogo são selecionadas a partir de uma série de critérios. Estes estão agrupados em grandes áreas, como eficiência energética, origem renovável, biodegradabilidade, solubilidade em água, gestão de resíduos e impactos globais. Infelizmente, produtos diferenciados tem refletidos em seus pre-ços os custos de serem ambientalmente corretos. Por isso, afirma Luciana, criar uma consciência ambiental é fundamental para con-vencer o comprador de que uma compra barata a curto prazo pode provocar grandes impactos ambientais, refletindo em impactos fi-nanceiros a longo prazo. “Isso irá estimular o comprador a exigir do setor produtivo buscas na melhora de seus sistemas de produção e na elaboração dos pro-dutos. Mas apenas a conscientização não resolve todo o problema. Há a necessidade de ferramentas para operacionalizar esse novo paradigma e o catálogo é uma delas”.

capa

21 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

Conheça mais:Portal EcoDesenvolvimento EcoD: www.ecodesenvolvimento.org.br

Catálogo Sustentável: www.catalogosustentavel.com.br

Compra sustentável

Apenas a conscientização não resolve. Há a necessidade de ferramentas para operacionalizar esse novo paradigmaLuciana Betiol, coordenadora do programa

Consumo Sustentável do GVces

22 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

negócios

Pequenos cuidados na hora de constituir uma sociedade

Negócios à parte...

podem livrar você de muita dor de cabeça

Já dizia o ditado: “duas cabeças pensam melhor que uma”. Mas, na hora de criar uma empresa, essa antiga frase pode ter al-

gumas variações. A partir do momento que duas, ou mais pessoas, começam a comandar um negócio, o resultado pode ser desde o mais retumbante fracasso – temperado com muitos atritos claro - até o sucesso.Escolher um sócio não é tarefa simples e exige muita dedicação. Ao contratar um funcionário, as empresas costumam investigar sobre a pessoa, fazer uma bateria de testes e entrevistas. Mas, na hora de es-tabelecer uma sociedade, a maioria dos empresários é menos seletiva. O primeiro passo para tomar essa decisão é pensar se existe a neces-sidade de ter mais uma pessoa no comando da empresa. Na maioria dos casos, quando a empresa começa a crescer e o único dono precisa dividir opiniões e funções, é a hora de procurar um sócio. Para a direto-ra da regional Sul da De Bernt Entschev Human Capital, Ruth Bandeira, os empreendimentos menores são os que menos necessitam de socie-dades. “Quando a empresa é pequena, você consegue dar conta. Mas quando ela começa a crescer, é importante ter alguém ao lado”, explica.Se realmente há essa necessidade, o proprietário precisa procurar alguém que o complemente. A pessoa não deve ser igual, mas ter características que faltam no único dono. Os objetivos devem ser em comum. “As pessoas podem ter perfis diferentes, mas as ideias têm que estar no mesmo caminho. Se você quer que a empresa se torne uma multinacional, por exemplo, e o seu futuro sócio não pensa em chegar tão longe, as divergências já vão começar por aí”.

débora kellner

24 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

negócios

Ao abrir uma empresa entre amigos ou familiares, muitos pensam que não é necessário fazer contra-tos para estabelecer a parceria. É nesse momento que começa a surgir um grande problema. A maneira mais fácil de não ter desacordos com o sócio, no futuro, é fazer tudo formalmente, com contratos de valor legal. Os acordos feitos apenas verbalmente, onde cada um “dá a sua palavra”, não é a melhor opção, pois, com certeza, trarão eventu-ais desavenças e não acarretam nenhuma garantia.Um contrato vai dar a segurança financeira e pes-soal que ambos os sócios precisam para adminis-trar a empresa, já que os donos do negócio serão obrigados a cumprir as cláusulas combinadas no início da sociedade. A advogada e sócia da banca Furtado Neto Advo-gados, Derlayne Detroz, aconselha que em qual-quer sociedade, independente dos donos serem amigos ou não, um contrato deve ser assinado. “É muito mais seguro. E não importa o tamanho da empresa, é preciso ter documentos assinados. So-mente assim, os sócios poderão fazer cobranças um do outro, porque no acordo verbal, não há como comprovar aquilo que foi combinado” , explica.

Além disso, os proprietários do negócio podem fa-zer um acordo de sócios. Tal documento fica ar-quivado na sede da empresa, podendo ainda ser registrado na Junta Comercial e no Cartório tendo validade para questões mais específicas. Nesse pa-pel, os sócios poderão colocar todas as ideias de como a empresa será administrada. “No caso de financiamentos, os bancos fazem buscas nos nomes de todos os sócios da empre-sa. Caso algum esteja irregular, é possível que não seja liberado. O acaba acarretando transtornos à sociedade”, acrescenta Derlayne.

Contrato: um porto seguro

O erro mais grave na escolha do sócio, de acordo com a diretora, é o proprietário acreditar que vai continuar sendo o único dono da empresa. Se a pessoa quer continuar sendo a única a tomar as decisões, ela deve apenas ter funcionários. Com o sócio, as determinações são definidas em conjunto.Na sociedade empresarial a comunicação aberta e a transparência devem prevalecer. “Não há como ter uma boa relação com o sócio se você não puder conversar com ele, ter abertura para falar as suas ideias e expressar as opiniões. E a transparência é ainda mais importante: nenhum sócio deve es-conder nada do outro e muito menos ter segredos. Uma sociedade exige jogo limpo”, afirma.No caso de atritos e discordâncias, o conselho de Ruth Bandeira é que os sócios procurem uma ter-ceira pessoa, imparcial, para opinar sobre o assun-to. Mas quando as brigas não têm fim, o melhor é desfazer a sociedade. “Eles devem conversar cla-ramente sobre o que está acontecendo, mas se as brigas vêm de longa data, talvez a melhor opção seja cada um seguir por si”.

O erro fatal!

Ruth Bandeira

Derlayne Detroz

FOTOS: DIVULGAÇÃO

WEGA empresa jaraguaense WEG começou através de uma so-

ciedade entre três amigos. Werner Ricardo Voigt, Eggon

João da Silva e Geraldo Werninghaus fundaram em se-

tembro de 1961, a Eletromotores Jaraguá. Anos mais tar-

de, a empresa criada por um eletricista, um administrador

e um mecânico ganhou a nova razão social: Eletromotores

WEG SA. O nome é a junção das iniciais dos três funda-

dores. A trajetória da empresa ao longo destes anos é

marcada pelo êxito. Maior fabricante latino americana de

motores elétricos e uma das maiores do mundo, a WEG

tem sua sede e principais unidades industriais em Jaraguá

do Sul e em mais três estados. No exterior, a WEG possui

unidades fabris na Argentina, México, Portugal, África do

Sul, China e Índia, além de instalações de distribuição e

comercialização em mais 17 países.

26 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

negócios

Grandes empresas brasileiras e mundiais começaram o negócio em sociedade. Algumas deram certo, outras nem tanto. Conheça a história de algumas delas.

GRANDES EMPRESAS – SOCIEDADE

GOOGLEO Google é uma multinacional pública de serviços

online. No site do Google, é possível fazer pesquisas

sobre qualquer tema, mas a empresa não é basica-

mente isso. Ela foi fundada por Larry Page e Sergey

Brin, enquanto os dois frequentavam a Universidade

de Stanford. O rápido crescimento do Google abriu as

portas para outros negócios. A empresa oferece o e-

-mail Gmail, o Orkut e o Google Buzz. Os produtos do

Google se estendem também à área de trabalho, com

aplicativos como o navegador Google Chrome, o pro-

grama de organização de edição de fotografias Picasa

e o aplicativo de mensagens instantâneas Google Talk.

O Google ainda lidera o desenvolvimento do sistema

operacional móvel para smartphones Android.

FacebookO Facebook é a rede social que mais cresce no mundo. De 2009 para 2010,

o número de acessos aumentou 479%. Apesar disso, o fenômeno tem uma

história turbulenta. O Facebook foi lançado em fevereiro de 2004, por Mark Zuckerberg e o brasileiro Eduardo Saverin, ex-estudantes de Harvard. Quan-

do o Facebook atingiu o sucesso e gerou muito lucro, o problema começou.

Mark queria os direitos de criação da rede de relacionamentos só para ele e

travou uma batalha judicial com seu sócio. Saverin perdeu grande parte de

suas ações do Facebook e processou Zuckerberg para ter uma fatia do lucro

da empresa e o reconhecimento como um de seus fundadores. Atualmente, o

brasileiro tem 5% das ações do site.

Coca ColaA história da Coca-Cola começou com o farmacêutico John Pemberton, nos

Estados Unidos, em 1884. Ele foi o homem que inventou a fórmula do refri-

gerante, mas não tinha nenhuma habilidade em venda. Para o negócio atingir

o sucesso, John procurou um sócio e fez uma parceria com o contador Frank Robinson, que foi responsável por vender e fazer o produto se tornar popu-

lar. Quatro anos após a criação da Coca-Cola, o seu inventor faleceu e Frank

continuou com a marca sozinho, que se tornou uma das mais conhecidas e

comercializada no mundo todo.

MicrosoftA Microsoft foi fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, uma parceria

que ainda existe entre os sócios. A empresa é a criadora do sistema operacio-

nal Windows e o Office, os dois programas mais usados por computadores em

todo o mundo. Para competir com a Sony e a Nintendo, a Microsoft também

lançou um videogame, o Xbox. O faturamento anual da empresa chega a cerca

de R$ 75 bilhões.

Mark Zuckerberg

Bill Gates

Eduardo Saverin

Paul Allen

John Pemberton Frank Robinson

FOTOS: DIVULGAÇÃO

28 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

tecnologia

De olho nos intrusos

kamila schneider

tecnologia

29 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

Na era digital, o computador deixou de ser ape-nas uma máquina auxiliar para se transformar

em uma ferramenta completa e eficiente de ges-tão. Essa nova perspectiva trouxe vantagens an-tes inimagináveis para a estrutura complexa das empresas, levando os trâmites do cotidiano para o mundo digital.Mas todas essas facilidades vieram acompanhadas por um problema típico do século 21: a invasão de sistemas. As tecnologias digitais criaram uma verda-deira “porta de entrada” para os arquivos das em-presas e a internet tornou-se a “chave” de acesso.Em um país como o Brasil, onde 51,8 milhões de pessoas possuem acesso à internet em casa ou no ambiente de trabalho (dados de 2008, do Institu-to Ibope Nielsen Online), sendo a quinta nação do mundo com maior número de conexões à internet, segundo a ONU, é preciso estar atento às mais sin-gelas brechas no sistema.Isso porque o Brasil também ocupa o título de país com maior número de computadores infectados da América Latina, segundo pesquisa do laboratório PandaLabs. Em 2010, 51,54% das máquinas esta-vam infectadas. Além disso, um levantamento da empresa de softwares de segurança Norton aponta

que três quartos dos usuários de internet do Brasil já foram vítimas de algum crime cibernético ou vírus.Dentro das empresas, uma “invasão de sistema” pode gerar problemas sérios. Expor arquivos e da-dos empresariais pode acabar em rombos financei-ros gigantescos, perda de produtividade, abalo na imagem da empresa – principalmente das que atu-am com banco de dados sigilosos - e diminuição da competitividade no mercado.“Com o advento dos computadores e do uso cada vez mais intensivo pelas empresas, é preciso am-pliar os programas de proteção das informações que circulam numa organização. Isso porque a sua perda ou a dificuldade de encontrar as informações podem acarretar prejuízos diversos e irreparáveis”, afirma o coordenador da vertical de segurança da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia – Acate, Luiz Henrique Bonatti.Hoje, a proteção vai muito além de usar bons an-tivírus e manter programas de backups de dados, explica o especialista. Ambientes de monitoramento de dados, programas de identificação de falhas de segurança e até mesmo o controle de uso de dis-positivos – como USB, CD e e-mail – são atitudes importantes que auxiliam na proteção de sistemas.

30 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

tecnologia

A inserção de um número cada vez maior de pes-soas e processos na internet faz do mercado de segurança em Tecnologia da Informação um le-que de opções e possibilidades. Hoje, é possível encontrar praticamente uma tecnologia para cada tipo de problema. “Existem empresas que desenvolvem softwares e centrais ligadas a certificação digital, soluções de backup automático e disaster recovery, implan-tação de soluções de segurança da informação em todos os níveis e portes de organização, para monitoramento de dados, segurança no acesso e

alta disponibilidade de serviços”, exemplifica Luiz Henrique Bonatti, coordenador da vertical de se-gurança da Acate.É um paradoxo, frisa o especialista: quanto mais insegurança, mais espaço as empresas de tec-nologia deste segmento terão. E diante das es-tatísticas, não há dúvida, esse tipo de serviço é cada vez mais necessário. “Na segurança da informação, a tecnologia é uma aliada indis-pensável e consegue resolver grande parte dos problemas relacionados a falhas na área digital”, diz Bonatti.

Um mercado de amplas soluções

Segundo o diretor técnico da Bry Tecnologia, Jean-dré Monteiro Sutil, atualmente é possível encontrar todo o tipo de conteúdo em formato digital - con-tratos, notas fiscais, fotografias e conversações. Ele aponta que, para uma proteção eficaz desses dados, os sistemas das organizações precisam ser adequados para evitar tentativas de modificação, substituição, destruição, falsificação e acesso. “Uma das formas mais indicadas de proteção de documentos é o uso da Certificação Digital. A cer-tificação permite que cada pessoa tenha uma iden-tidade digital, utilizada para assinar um documento eletrônico, garantindo sua integridade, autenticida-de, tempestividade, sigilo, mas, principalmente, a irretratabilidade, ou seja, a autoria dos documentos e outros objetos digitais”. O analista de suporte da V.Office, Marcio Danuca-lov, aponta três erros comuns que estão entre os principais vilões da segurança do sistema. O pri-meiro deles é ignorar as atualizações de sistemas operacionais e aplicativos. “Todos os dias são identificadas novas vulnerabili-dades que podem permitir o acesso não autorizado a uma estação de trabalho ou a um servidor da rede. No entanto, é comum encontrarmos com-putadores com falhas não tratadas, simplesmente porque o usuário desabilitou as atualizações auto-máticas”, afirma.Outro erro grave é a implantação de soluções do-mésticas na rede da empresa. Por exemplo: um an-tivírus gratuito pode ser muito eficaz na segurança de computadores residenciais, porém, este tipo de solução não possui nenhum tipo de gerenciamento centralizado, dificultando a identificação de vírus em redes empresariais.“O terceiro erro, e extremamente importante, é a falta de uma política de backup”, destaca Danu-

calov. Conforme o especialista, muitas empresas operam sem nenhum tipo de cópia de segurança dos dados, sendo que eles estão vulneráveis a uma série de problemas naturais. “O servidor pode ser perdido em um acidente - como um incêndio ou uma inundação -, o disco pode apresentar problemas ou uma grande quan-tidade de arquivos pode ser apagada de maneira não intencional. Sem um backup não há como a empresa recuperar estes dados e com isso está sujeita a prejuízos”.Além disso, Danucalov considera essencial uma política de uso para as estações de trabalho, que contenham mecanismos para identificar e restringir o uso indevido. Segundo ele, as pessoas tendem a tratar os computadores empresariais como se fos-sem o “micro de casa”, instalando programas de origem duvidosa, acessando sites de conteúdo e reputação questionáveis e conectando dispositivos de armazenamento que podem conter vírus ou pro-gramas mal intencionados.

Evitar para proteger

- IPS - Intrusion Prevention System -, em portu-guês Sistema de Prevenção a IntrusãoMonitora o tráfego da rede e bloqueia automaticamente

comunicações classificadas como ataques. O programa

consegue identificar um ataque e cortar comunicações

com a estação de origem.

- NAC - Network Access Control -, em português Controle de Acesso à RedePermite controlar a configuração das estações de trabalho

conectadas à rede. Assim, o dispositivo com vulnerabilida-

des pode ser identificado e não ser utilizado como “ponte”

para acessar outros equipamentos da rede.

- Tecnologias de Disaster Recovery, na tradução literal “recuperação de desastres”Recuperam dados diante de qualquer tipo de desastres –

naturais, acidentais e intencionais.

- Certificação DigitalCria uma identidade digital para cada pessoa, permitindo

a realização de quaisquer transações eletrônicas. Utiliza o

recurso de assinatura digital, que faz uso de chaves cripto-

gráficas, capaz de cifrar e decifrar informações.

32 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

tecnologia

Conheça algumas das tecnologias para segurança de arquivos:

Mesmo diante de todas as tec-nologias que o mercado dispõe, o backup - termo equivalente à “cópia de segurança” em por-tuguês - ainda é visto como a forma de prevenção mais sim-ples em caso de perda de arqui-vos. Basicamente, o sistema de backup mantém cópias atualiza-das de todos os dados armazena-dos no sistema. Assim, em caso de perda dos dados originais, ele permite uma restauração rápida destes dados. Desta forma, é possível minimizar o tempo perdido pela empresa para deixar seus sistemas em operação novamente, explica o diretor da Virtos Backups Automáticos, Fer-nando Schauffert. O especialista considera o backup fundamental para a sobrevivência de uma empresa, já que “dados valem dinheiro”. Ele exemplifica: imagine uma grande rede de varejo onde todos os pontos de vendas es-tão ligados ao servidor da empresa - qual seria o prejuízo provocado se o servidor desta empresa per-desse a tabela de preços dos pro-dutos, impossibilitando a realização de qualquer venda? Sem dúvida,

o problema traria sérias conse-quências à organização.“Toda máquina tem uma vida útil limitada - que ainda pode ser abre-viada por fatores como erros do usuário, infecções, furto, incêndio. Quando um computador estragar, muito provavelmente todos os da-dos nele armazenados serão perdi-dos. Já que a perda desses dados é então uma questão de tempo, nada mais lógico que manter cópias de segurança destes dados em algum outro local”, afirma Schauffert.

FAÇA SEMPRE BACKUP

33 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

comportamento

A pesquisa Global Student Study, realizada pela área de consultoria da IBM, mostra que

a “Geração Y” está mais preocupada e compro-metida com a globalização e sustentabilidade do que os CEOs - Chief Executive Officer - que participaram do Global CEO Study 2010. Esta é a primeira vez que este estudo é aplicado ao público universitário. A pesquisa teve a adesão de 3,6 mil estudantes de 40 países, incluindo o Brasil.Enquanto 31% dos presidentes acreditam que as empresas deveriam otimizar suas operações globalizando e não centralizando suas ações, entre os estudantes esse número sobe para 48%. Globalização também foi considerada por 55% dos estudantes entrevistados como a for-ça externa que deverá ter maior impacto nas empresas durante os próximos cinco anos, en-quanto os CEOs elegeram para a posição “fato-res de mercado”, com 56% dos votos.Os estudantes também citaram “questões am-bientais” como uma das principais forças ex-ternas de impacto aos negócios. Enquanto 65% deles demonstram preocupação relacionada à escassez de recursos naturais, apenas 29% dos CEOs se mostraram atentos a esse fator.

Para os presidentes que participaram da pes-quisa, “globalização” e “questões ambientais” não deverão causar o impacto sugerido pelos estudantes. Os CEOs acreditam que “fatores tecnológicos”, “macroeconômicos”, questões re-lacionadas a “mão de obra” e “regulatórias” de-vem ser considerados como forças mais expres-sivas que as identificadas pelos universitários.Segundo Alejandro Padron, consultor da IBM Brasil, apesar dos estudantes terem opiniões em comum com os CEOs em termos de visão sobre o novo ambiente econômico e como as organizações devem se comportar nesse cená-rio, algumas divergências mostram que as atitu-des, comportamento e estilo de liderança dessa geração devem ser claramente diferentes das anteriores.“A preocupação com a sustentabilidade é uma característica típica dessa geração, que já nasceu em um ambiente de valorização do consumo consciente. Eles querem mais do que um produto ou serviço de qualidade, querem se identificar com os valores da em-presa. Os futuros líderes devem olhar esse tema com muito mais atenção do que os atu-ais olham atualmente”, completa.

Pesquisa revela que CEOs e Geração Y têm visões distintas sobre gestão de negócios

CONJUNTO DE METODOLOGIASSegundo Dival Schmidt, coordenador do comitê técnico do Programa Nacional para Atuação

do Sistema Sebrae na Copa de 2014, o número de micro e pequenas empresas beneficia-

das pelo evento tende a ser multiplicado. Os projetos da instituição terão como prioridade

a disseminação de tecnologias e a capacitação em gerenciamento. “Temos um conjunto de

metodologias usadas para capacitar pequenos negócios e vamos utilizá-las nesse processo”, afirma Schmidt.

Na construção civil, as grandes empreiteiras que vão erguer os estádios devem contratar pequenos negócios

para trabalhar, por exemplo, na remoção de entulhos. Os setores industrial, comercial e serviços também são

áreas potencias para os donos de pequenas empresas.

34 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

investimentos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Mapeamento de oportunidades do Sebrae para o segmento será finalizado até abril

Copa deve gerar negócios para 7,7 mil pequenas empresasA Copa do Mundo de 2014 deve gerar opor-

tunidades de negócios para 7,7 mil micro e pequenas empresas – MPE nas 12 cidades-sede da competição. O número faz parte de estudo en-comendado pelo Sebrae junto à Fundação Getúlio Vargas – FGV e engloba nove setores da eco-nomia: construção civil, tecnologia da informa-ção, turismo, produção associada, agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços. Dessas áreas, as quatro pri-meiras já tiveram seu mapeamento de oportuni-dades finalizado. A expectativa é mapear todos os setores até abril.Até 2012, o Sebrae investirá R$ 48 milhões em projetos de consultoria, inovação e acesso a mercados, entre outras ações, com o objetivo de

melhorar o nível de gestão das micro e peque-nas empresas nas cidades-sede. “Estamos nos preparando não só para a Copa de 2014, mas também para o pós-evento. O crescimento da demanda virá acompanhado de um aumento do nível de exigência e as micro e pequenas em-presas terão que melhorar o processo de gestão para atuar num ambiente cada vez mais seleti-vo”, ressalta o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. As áreas que devem gerar mais oportunidades de negócios para as MPE são a de infraestrutura - arenas esportivas, principalmente -, mobilidade urbana - melhoria de estradas, transporte urba-no e vias públicas - e serviços, com destaque para o turismo.

36 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

especial tecnologias em gestão

Grandes empresas precisam de segurança e dados

Gestão Já faz muito tempo que as companhias esquece-

ram as pranchetas, anotações no papel e gráfi-cos desenhados à mão. A tecnologia trouxe infinitos benefícios às empresas e, quem prova, não conse-gue mais largar. A era digital invadiu o mundo em-presarial e, a cada ano que passa, mais organizações aderem às novidades disponíveis. Grandes empresas precisam de segurança e dados confiáveis para ge-renciar o negócio. O ERP - Enterprise Resource Planning - uma fer-ramenta que reúne todos os dados e processos de uma organização, ficou famoso nesse formato na década de 90, quando os computadores se torna-ram mais acessíveis. Mas, já nos anos 50, alguns programas embrionários começavam a ser criados, o que iria se tornar mais tarde o ERP.Em 1996, o termo BI – Business Intelligence – é usado pela primeira vez pelo Gartner Group, con-sultoria americana com 3,7 mil profissionais em 75 países. Desde então, os sistemas computacionais

que permitem obter vantagens competitivas para as empresas por meio da geração de relatórios, gráficos dinâmicos e análise de dados são conhe-cidos como BI.Em quase duas décadas de existência, as tecnolo-gias passaram por uma enorme evolução. De acor-do com o analista de sistemas, Sigmundo Preissler Júnior, atualmente as informações são acessíveis de qualquer lugar do mundo, em tempo real. “No princípio estes softwares utilizavam as tecnologias de hardware (equipamentos) e transmissão de da-dos que existiam na época. No ano 2000, já com a internet, estes softwares passam a transmitir informações com maior agilidade. Hoje, a mobili-dade nos trás um novo conceito: da informação ao alcance das mãos e em qualquer lugar. Já é possí-vel, por exemplo, que um gestor consiga, em uma viagem internacional, aprovar determinada fase de projeto de seu celular ou até mesmo acompanhar a cadeia produtiva em tempo real”.

Tecnologias em Gestão, conheça o que existe de mais

especial tecnologias em gestão

37 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

digitalAs duas tecnologias, ERP e BI, conquistaram o mercado de tal forma que as empresas, assim que são criadas, já veem a necessidade de implantar uma tecnologia como essas.Ter as informações da companhia é primordial para auxiliar na tomada de quaisquer decisões, estudar áreas, redefinir operações de vendas e descontinuar mercados que não geram lucros. Não há como ter uma empresa de sucesso sem conhecer cada ponto da empresa. “Enfim, a cada dia que passa a informação é realmente um dos bens mais preciosos que uma corporação pode possuir. Seja ela informação presente, passada ou futura”, explica Sigmundo.Tendo em vista que a informação é tão impor-tante, não há outro meio, se não recorrer ao ERP e ao BI. Os programas vão gerenciar todas essas informações e vão gerar os relatórios necessários para as tomadas de decisões e possíveis estudos.A partir do momento em que os gestores da em-

presa decidem que ela vai crescer, é a hora de investir e apostar na implementação das tecnolo-gias de gestão. “O empresário precisa considerar que a Tecnologia da Informação é muito mais do que um centro de custos em sua organização e sim um “investimento estrutural” para a empresa. Somente assim é que a corporação versará entre as mais modernas e competitivas do mercado”.Para o administrador Aldo Luiz Mess um mercado com concorrência é o fator ideal para aderir às tecnologias. Ele cita também que a área públi-ca pouco explora os sistemas de ERP e BI. “Por hora, não se valoriza muito este tipo de tecnolo-gia. Acreditamos que os motivos são a falta de concorrência na prestação de serviços. Com a ampliação das tecnologias das comunicações, os municípios perceberam a necessidade dos mora-dores e resolveram as questões burocráticas via internet. E isso exige que o software seja estru-turado com o cadastro único”.

BI e ERP – necessários para qualquer grande empresa

confiáveis para gerenciar o negócio. Nesse especial sobre inovador e revolucionário e que já está em implantação em SC

38 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

especial tecnologias em gestão

Ter uma grande empresa, onde todas as informa-ções sobre o caixa, estoque, gestão e manufatura estejam reunidos e sejam confiáveis é o sonho de qualquer empresário. Mas, nem todos os sistemas se encaixam de acordo com a necessidade dos em-preendimentos.Por isso, a Totvs, gigante do mercado de softwares no Brasil e também na América Latina, desenvolve sistemas segmentados de ERP e BI. Através deles, é possível dar às empresas, de diferentes setores, uma tecnologia que supra as necessidades de gestão e mostre os resultados específicos para ela.O diretor de estratégia de software da Totvs, Gilsi-nei Hansen, explica que as empresas precisam, cada vez mais, suportar e ter gestão do negócio principal do mercado em que atuam. “Uma construtora, por exemplo, o mais importante para ela é ter a gestão de projetos, não um ERP padrão que não vai su-portar aquilo tudo que ela precisa. Não adianta ter tudo computadorizado no financeiro, e na engenha-ria continuar na prancheta”. E com um ERP eficiente, a empresa conseguirá usar todos os benefícios do BI - Business Inteligence.

De origem italiana, a Marcegaglia chegou a Garu-va, SC, em outubro de 2000. Produtora de aço, a empresa nasceu dentro de um sistema informatiza-do. Porém, o software de ERP antigo já não corres-pondia mais às necessidades. “Com a adoção dos softwares de gestão da Totvs, os diretores da com-panhia já não vivem mais sem os gráficos do sistema. Eles conseguem fazer uma leitura geral da produção e desempenho da companhia em tempo real”, explica Celi Gonçalves, gerente de sistemas e informações da Marcegaglia, sobre os resultados mensurados.

TOTVS

CASES

O ERP e BI já foram muito diferentes e hoje são tec-nologias avançadas. Mas, mesmo na época de sua criação, eles já faziam a diferença. Eram rodados através dos mainframes, computadores gigantes, e a instalação era muito cara e lenta, algo para poucos. Apesar disso, os primeiros benefícios já começavam a aparecer: a agilidade.Atualmente, a rapidez para conseguir as informa-ções e os resultados são apenas um detalhe. Para o analista de sistemas Sigmundo Preissler Júnior, juntos, o ERP e o BI se tornaram uma das principais maneiras de obter vantagem competitiva no merca-do. “Tanto o gerenciamento e integração dos siste-mas de informação via ERP como a boa gestão de informações pelo BI contribuem significativa e deci-soriamente para o bom andamento da organização. Não é possível hoje manter uma empresa de médio a grande porte sem o uso de uma ferramenta de

controle de informações eficaz”.As vantagens não param por aí. Elas podem ser ta-refas simples como pagamentos feitos eletronica-mente e a cotação de compras com fornecedores automática, até os mais avançados, como o controle de qualidade de produção e até a nota fiscal eletrô-nica. “Tudo isso e muito mais, de forma integrada, faz parte de um bom ERP e as informações geradas alimentam o BI que serve de suporte para o acom-panhamento do andamento da corporação”, comple-menta Sigmundo.Com softwares como esses, o crescimento da com-panhia é um dos resultados esperados. Mas o pri-mordial na implantação é a escolha da ferramenta. É preciso pesquisar até escolher a empresa que vai prestar o serviço e avaliar se tem experiência no mercado. Pois, um programa escolhido erroneamen-te não vai trazer os resultados esperados.

Colhendo os frutos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Gilsinei Hansen

40 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

especial tecnologias em gestão

Já imaginou as facilidades que um sistema ágil e de alta confiabilidade pode trazer? Foi nisso que a Benner Sistemas pensou quando iniciou o desenvol-vimento de suas soluções de ERP e BI. De acordo com o diretor de transportes e logística da Benner, Jean Pitz, por meio desses sistemas é possível gerar informações integradas e totalmente confiáveis, garantindo a veracidade dos dados. Por isso, quando a transportadora de carga frigorífi-ca Cordenonsi sentiu a necessidade de um controle mais efetivo de suas atividades, as soluções de ERP e BI Benner TMS e DSS Benner foram um investi-mento necessário. O controller da Cordenonsi, Fabiano Matiello, expli-ca que a solução causou uma redução na perda de dados e nos custos da empresa, impulsionados pela customização do sistema, moldado de acordo com as necessidades da organização. “Conseguimos reduzir os custos e maximizar a lucra-tividade da empresa, visualizar qual cliente é mais rentável, criar potencial competitivo no mercado. Pudemos consolidar alguns clientes e nos consolidar no mercado, com aumento no faturamento em cerca de 40% em 2010”, afirma Matiello.

Segundo Pitz, uma das maiores necessidades das empresas hoje é a automação e integração de todos os processos, com o menor número possível de in-terferência manual. “Após um ERP bem formatado, instalamos o BI. Eles geram relatórios e permitem consultas, com indi-cadores de desempenho, comparações gráficas e acesso fácil a essas informações. Juntas formam uma tecnologia flexível, onde é possível criar as in-formações de acordo com a estratégia da empresa”.

BENNER

A necessidade por uma solução customizada, que atendesse às particularidades na produção e permitisse o controle das rotinas administrativas foi o motivo que impulsionou a Lippel a procurar um sistema de ERP e BI. A produtora catarinense de equipamentos para biomassa sentia a necessidade de integração.A solução encontrada pela Lippel foi a Sapiens Gestão Empresarial, desenvolvida pela Senior Sistemas. Atra-vés da ferramenta de BI, os gestores têm acesso a quaisquer informações gerenciais que auxiliem a tomada

SENIOR

de decisão, com precisão e rapidez, destaca o gerente de produto ERP da Senior, Juarez Santos Moyses. “A grande vantagem é fazer com que o cliente utilize as melho-res práticas na gestão e com isso consiga melhorias no processo de produção, redução de custos, gerenciamento de estoques, gestão de vendas, atendimento a clientes, controle de compras e finanças e o tratamento de toda a parte fiscal, tributária e contábil”, explica Moyses.Para a Lippel, a solução foi uma verdadeira “mão na roda”: agora, é possível atender com mais tranquilidade as exigências dos clientes, já que os equipamentos são integrados. Além disso, a facilidade de acesso a relatórios, fluxo de caixa, propostas e prospecções permite um acompanhamento detalhado das vendas e da produção. “Nosso diferencial é a utilização de uma tecnologia atualizada e flexí-vel, que permite a implementação de controles específicos do cliente sem o nosso envolvimento, com grande abrangência do sistema na integração à linguagem específica de cada área”, descreve Moyses.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Jean Pitz

Juarez Santos Moyses

As ferramentas de gestão evoluíram muito com o passar dos anos, algumas foram ficando para traz e outras lan-çaram propostas inovadoras. O QlikView é considerado a “Nova Geração de BI” do mercado. Quando se trata de BI, a tecnologia de nuvem de dados do QlikView é singular, e permite acesso a vários ban-cos de dados ao mesmo tempo. A empresa pode, por exemplo, ter acesso ao banco de dados do seu ERP, do seu sistema de folha de pagamento, dos dados oriundos de uma máquina ou de várias máquinas da produção. Além disso o QlikView foi concebido para ser simples e direcionado para o usuário, isso permite que ele faça suas próprias perguntas e formular seus próprios insi-ghts de uma maneira simples e direta. Permite ainda que os gestores tenham acesso, através dos mais populares dispositivos móveis, a dados corporativos de qualquer lugar do mundo. As diferenças não param por aí. De acordo com o sócio da Bilden Inteligência em Negócios, Marco Moreno de Lima, o QlikView tem baixo custo, a instalação é rápi-da e prática e em minutos a empresa já tem acesso à nova ferramenta. “A maioria das soluções do merca-do requerem um conjunto de diversas ferramentas cuja compreensão é geralmente confusa, difícil de integrar, complexa de operar e cara. Já o QlikView reúne todos os elementos de BI em um aplicativo único integrado que é orientado para o usuário”.Várias empresas multinacionais e também do exterior já aderiram ao QlickView e só veem bons resultados. O sistema tem um nível de aceitação de 98% entre os que implantaram, enquanto os que estão atualmente no mercado atingem apenas 35%.A Agrega Procurement Inteligence, da AmBev, !nBev, Souza Cruz e British American Tabacco, precisava de um sistema para reunir as informações de todo o grupo de forma padrão. “Nosso ambiente necessitava de uma padronização na entrada de dados e uma so-lução de consolidação de informações a nível global. O QlikView cumpriu esta tarefa entregando as infor-mações das empresas do grupo de maneira confiável e extremamente eficaz”, afirma Raul Bueno, Gerente de TI da Agrega. A companhia acabou ganhando ain-da mais com o programa: redução de tempo e custo, aumento da visibilidade e controle dos processos e melhora no cumprimento dos contratos.

QLIKVIEW

42 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

comportamento

Pesquisa revela os principais medos dos jovens que estão

Do que você

Algumas vezes, é inevitável sentir estresse em uma ro-tina profissional. A correria, as decisões difíceis, a pro-

cura por soluções: tudo isso gera angústia e, muitas vezes, medo de fracassar. Mas, para quem já está acostumado com este mundo cheio de surpresas e contratempos que é o mercado de trabalho, é difícil lembrar o quão assustador pode ser estar fora dele, prestes a encarar o desconhecido.Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios – Nube aponta que o já conhecido fantasma do merca-do de trabalho continua a assombrar a vida dos jovens. Quando questionados sobre seu maior medo, 28,6% dos 3.500 internautas entrevistados afirmaram ser do futuro profissional e 22,5% apontaram o receio de ter problemas financeiros. Para esses jovens, o medo do futuro profis-sional supera, inclusive, o medo da morte, que ocupou o terceiro lugar na pesquisa.

kamila schneiderchegando ao mercado de trabalho

tem medo?

44 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

comportamento

Segundo Souza, o sucesso está muito mais ligado ao indivíduo do que à car-reira em si. Profissionais de áreas escassas podem conseguir atingir grandes metas, assim como profis-sionais de áreas conside-radas “promissoras” podem não apresentar resultados. “Depende muito da atitude. É como se você estivesse numa sala cheia de portas em que a sua escolha irá determinar o futuro. Se escolher uma porta não tão adequada para o momen-to, você terá que buscar algo diferente para corrigir esta distorção, para depois olhar para traz e ver que os resultados atingidos foram aqueles que você planejou”.A formação oferecida aos novos profissionais também pode ter um efeito negativo diante do ingresso no mer-cado, gerando insegurança. “Essa formação ou é bas-tante teórica ou dá pouco suporte no sentido da ação, seja capacitando o jovem para operar um equipamen-to, para a prática de uma reunião, ou para tomar uma decisão financeira”, aponta a mestre em administração e consultora empresarial Lise Chaves. Por isso, a especia-lista defende que o ensino técnico tende a preparar melhor o profissional para a rotina do mercado do que os cursos superiores.

AtitudeCom faixa etária estimada entre 16 e 30 anos, este público vive a pressão de ter que seguir ou manter-se em determi-nada linha profissional. Por isso, precisam lidar com um fator diretamente ligado a sua decisão: a influência. De acordo com o consultor e administrador Sérgio Luiz de Souza, a influ-ência exercida pela família, professores, amigos e o próprio mercado tendem a direcionar o jovem para as carreiras que consideram mais promissoras. Isso gera angústia e dificulta a compreensão exata dos caminhos a serem seguidos na vida profissional.“O jovem não consegue visualizar se a profissão que ele está buscando é algo que vai deixá-lo feliz e se vai trazer o retorno fi-nanceiro que ele gostaria. Muitos profissionais, no geral, fizeram as escolhas de forma correta, porém acreditam que poderiam ter feito mais, se de repente em algum momento tivessem tomado a decisão de seguir um caminho diferente”, explica.

Se escolher uma porta não tão

adequada para o momento, você terá que buscar

algo diferente para corrigir esta

distorção

O problema é que há uma tendência pela desvalorização do ensi-no técnico por parte dos jovens que estão iniciando sua jornada acadêmica, ressalta Lise. “Boa parte dos entrantes no mercado de trabalho vem de condições de vida que projetam expectativas extremamente altas para eles. Hoje em dia ser menos do que um gestor, não ser um profissional ‘de escritório’, é visto com me-nos valor do que ser um profissional que vai fazer uma carreira administrativa-gerencial”. Conforme Lise, mesmo com a alta demanda de carreiras técnicas o jovem apresenta uma resistência muito grande em seguir esta formação. “Essas carreiras são vistas como pouco importantes, quando na verdade não são. Pelo contrário, são muito bem re-muneradas e extremamente necessárias para as organizações”, afirma a especialista.

Ensino técnico

O planejamento é a melhor forma de conhecer os anseios pro-fissionais e ao mesmo tempo munir-se da qualificação neces-sária para estar preparado diante dos desafios. De acordo com Sérgio Luiz de Souza, a construção da carreira está ligada a uma ideia de continuidade no estudo, onde o profissional está em uma “constante corrida”, ou talvez “andando”, mas nunca parado. “O grande problema é que se ele vem numa corrida muito forte sem planejamento, pode tomar um rumo totalmente diferente daquele que queria”, afirma. Não é preciso esperar muito para iniciar esse processo: ainda no ensino médio, o jovem já pode definir o ensino que irá se encaixar melhor na profissão almejada. Lise Chaves explica que é importante optar por uma universidade que represente uma oportunidade real de se colocar no mercado. “Quanto antes eu olho para o mercado de trabalho e penso no que eu quero e no que ele pode me proporcionar, melhor. Cada curso dá um leque de possibilidades, então é preciso conhecer as oportunidades e ver com qual você se identifica mais”. Quanto mais conhecimento e informação o futuro profissional tiver sobre o mercado que deseja ingressar, mais seguro ele estará sobre os caminhos a serem tomados. A coordenadora de recrutamento e seleção do Nube, Natália Caroline Varga, acredi-ta que é fundamental entender o que é considerado uma pessoa qualificada na área de interesse e o que ela exige para que o profissional se destaque dos demais.“É importante conhecer o mercado, fazer todos os tipos de pes-quisa, visitar os profissionais da área e saber o dia a dia daquela profissão, assim ele evita que comece uma carreira e se frustre no meio do curso”, aconselha Natália. Ainda assim, a atitude não garante uma escolha certeira, ressalta a especialista. Se no meio do caminho outra opção parecer mais adequada, a dica é não desistir e utilizar o conhecimento adquirido anteriormente para crescer ainda mais na nova profissão.

De olho no futuro

46 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

comportamento

O medo é tão relacionado a coisas negativas, que costuma ser visto sempre como algo ruim. Mas no caso da carreira profissional, ele pode ser um aliado poderoso. Imagine a seguinte cena: você está diante de um rio cheio de jacarés. Neste caso, o sentimento de medo não será um empecilho e sim uma forma de se precaver. A comparação pode parecer exagerada, mas é mais ou menos assim que funciona no mercado de trabalho, indica Lise Chaves.“É sempre bom ter um frio na barriga, é bom não perder esse medo, para o futuro profissional sempre saber os passos que está dando”, afirma Lise. Na realidade, não é o medo em si, mas a precaução e o receio gerados por ele, que irão impulsionar o crescimento profis-sional. “Eu não posso responder para um superior como respondo em outras situações. Se há um prazo, ele precisa ser cumprido, senão eu vou ser ‘comido’ por esse ‘jacaré”, brinca a especialista. Mesmo parecendo ruim, o medo é uma coisa natural, que surge da expectativa diante do novo, do desconhecido. De alguma forma, o mercado irá exigir habilidades que a universidade dificilmente ensi-na e que precisam ser conquistadas no dia-a-dia, como capacidade de relacionamento, de lidar com conflitos ou de aceitar ordens. Até mesmo o medo do fracasso tem um lado positivo. “Há também aquele pensamento: ‘ah, e se eu não tiver sucesso, o que os outros irão pensar’. Isso é natural e saudável, faz com que as pessoas fiquem mais atentas ao que tá acontecendo, no que elas sabem ou não. Isso predispõe o jovem a aprender mais”. E um dos problemas muito encontrados nas empresas hoje, indica Lise, é justamente conduzir os jovens de maneira que eles compreendam que não sabem tudo. “A habilidade no uso das tecnologias dá para essa geração uma ideia de autossuficiência, quando o mundo do trabalho tem várias outras implicações”, complementa.Para Sérgio, políticas públicas voltadas para a formação dos jovens podem ser uma boa maneira de auxiliar no direcionamento profis-sional dessa parcela da população. O especialista acredita que com esse tipo de suporte seria possível, inclusive, gerar uma distribui-ção melhor dos profissionais no mercado, diminuindo a concentra-ção em alguns setores. “Isso acontece justamente porque não existe uma politica pública que incentive o jovem a seguir uma carreira que ele tenha paixão, com a qual ele consiga servir a sociedade. O sucesso está no quan-to ele conseguir servir a sociedade com o seu trabalho”.

O medo como aliado

A habilidade no uso das tecnologias dá para essa geração uma ideia de autossuficiência, quando o mundo do trabalho tem várias outras implicações

Lise Chaves, mestre em administração e consultora empresarial

48 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

micro e pequenas

Mel é rastreado em SC

FOTO

: IVA

N B

UEN

O

FOTO

: DIÓ

FR

EITA

S

Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.783 (50,01%) municípios brasilei-ros já regulamentaram a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Eles concentram 68,75% da população brasileira e 68,98% das empresas do Simples Nacional. Mato Grosso e Espírito Santo estão com 100% dos seus municípios com a lei regulamentada, seguido por Santa Catarina (97,95%) e Rio de Janeiro (94,57%). Das 5,9 milhões de mi-cro e pequenas empresas brasileiras, mais de 4,6 milhões recolhem tributos pelo Simples Nacional, criado pela Lei Geral.

Metade dos municípios implantam Lei Geral

Um projeto de apicultura desenvolvido pelo Se-

brae em Santa Catarina gerou o primeiro siste-

ma de rastreamento do mel. O sistema, criado por

uma empresa de Florianópolis, permite o rastrea-

mento do mel produzido pelos 30 apicultores da As-

sociação dos Produtores de Mel da Encosta da Serra

dos municípios de São José, São Bonifácio, Santo

Amaro, Águas Mornas, Angelina e Anitápolis. As in-

formações sobre cada pote do produto podem ser

consultadas no site www.paripassu.com.br, onde é

possível descobrir desde detalhes da produção até a

rota percorrida para o supermercado, com ilustração

de fotos e mapas. O objetivo do projeto é garantir a

qualidade e a procedência das 40 toneladas produzi-

das por ano pela associação.

FOTO

: BER

NAR

DO

REB

ELLO

Curitiba, PR Governador Valadares, MG

O Brasil registrou 81.620 novos empreendedores individuais em janeiro deste ano. O número representa um crescimento de quase 200% em com-paração com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 27.656 profissionais. A média é de 2,6 mil registros por dia. O valor repre-senta 16,3% da meta nacional de formalizar 500 mil profissionais em 2011 – se continuar neste ritmo, a média poderá ser alcançada em seis meses.

49 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO SEBRAE

micro e pequenas

Brasil conta com 81,5 mil novos empreendedores individuais

Salão do Artesanato na

PB gera R$ 800 milO 13o Salão do Artesanato Paraibano – SAP gerou mais de

R$ 600 mil em vendas diretas – que totalizaram R$ 800 mil,

se somadas às encomendas realizadas no evento. O evento,

realizado pelo Sebrae na Paraíba, contou com a participação

de mais de 400 artesãos de 12 tipologias paraibanas. Os ar-

tesãos foram responsáveis pela movimentação de R$ 198 mil,

e os produtos da gastronomia local, por R$ 60 mil. Agora, os

artesãos paraibanos se preparam para marcar presença nos

próximos eventos do setor, entre eles a Fenearte, em Recife,

PE, e a XIV versão do SAP, em Campina Grande, PB.

FOTO: MARCUS VINICIUS

A partir deste ano, o Sebrae ofere-

cerá ajuda especializada para as

micro e pequenas empresas do setor

alimentício que queiram se adequar

às exigências da Associação Brasilei-

ra de Normas Técnicas – ABNT, sobre

práticas seguras no preparo da comi-

da. Os empresários poderão receber o

auxílio de consultores, aperfeiçoando

sua atuação de acordo com as regras

da ABNT. Além disso, o Sebrae irá ar-

car com metade do custo da certifica-

ção e da consultoria tecnológica para

implementar as mudanças. A priorida-

de será atender os negócios das 12

cidades-sede da Copa de 2014.

50 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

micro e pequenas

Sebrae apoia setor de alimentos

Cresce número de empreendedoresDurante 2010, foram constituídas 1.370.464 empresas no País – crescimento de 101% em relação ao ano anterior, quando foram registra-dos 680.881. A região Sudeste foi a responsável pelo maior número de empresas constituídas em 2010, 635.494, o que representa um aumento de 92% em relação a 2009, quando o índice foi de 331.452. Em seguida aparece o Nordeste, com 294.599 registros, e o Sul, com 221.191. Os dados fazem parte de relatório estatístico do Departamento Nacional de Registros do Comér-cio - DNRC, da Secretaria de Comércio e Servi-ços - SCS e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC.

FOTO: VINÍCIUS LUMAMBO

FOTO: BERNARDO REBELLO

As micro e pequenas empresas brasileiras - MPE venderam R$ 15,9 bilhões em bens e serviços para o governo federal, em 2010. O valor é R$ 1,3 bilhão maior do que o de 2009, quando o governo comprou R$ 14,6 bilhões. Em comparação com 2006, o valor é R$ 13,9 bilhões maior do que os R$ 2 bilhões registrado naquele ano. Segundo o Ministério do Pla-nejamento, em 2010 as MPE participaram de 67% das com-pras efetuadas até R$ 80 mil, somando R$ 2,3 bilhões. Isso se deve à preferência dada pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa às MPE nas compras de até R$ 80 mil.

MPE venderam R$ 16 bi em compras governamentais

Novos dirigentes do Sebrae tomam posseTomou posse, em fevereiro, o novo Conselho Delibera-

tivo Nacional – CDN e a diretoria executiva do Sebrae.

O vice-presidente da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil – CNA e presidente da Federação

da Agricultura do Estado de Minas Gerais - Faemg,

Roberto Simões, irá ocupar pelos próximos quatro

anos a presidência do CDN. Na diretoria executiva

assumiram o ex-ministro de Turismo, Luiz Barretto,

como presidente, e os diretores Carlos Alberto dos

Santos (diretoria-técnica) e José Claudio dos Santos

(diretoria de administração e finanças).

FOTO

: BER

NAR

DO

REB

ELLO

apoio www.sebrae.com.br

52 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

empreendedorismo

empreendedorismo

53 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

Perini Business Park completa dez anos

Com o título de maior condomínio industrial multissetorial do Brasil, o Perini Business Park comemora dez anos de fundação neste mês

de março. Ao todo, são mais de 80 empresas que correspondem por 2,65% do Produto Interno Bruto - PIB de Santa Catarina e 19% de Joinville. Um espaço para compra e venda em larga escala. Em 2,8 milhões de metros quadrados, o Perini reúne empresas dos seg-mentos metal-mecânico, plástico, logístico, químico, construção civil, automobilístico, metalúrgico, eletroeletrônico, agroindústria e serviços. Nelas, trabalham aproximadamente sete mil funcionários, divididos em multinacionais do Brasil, Itália, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Fran-ça, Bélgica e Argentina.Muitas delas saíram de centros urbanos como São Paulo em busca de menores custos e encontraram no Perini uma opção para seus negó-cios. O investimento é lucrativo, pois as empresas não precisam mo-bilizar capital para comprar em infraestrutura própria. Entre os grupos instalados no Perini, estão a AllFlex, Brenntag Química, Buhler, SEW, Siemens, Universal e Whirlpool. “Dentro de Santa Catarina, em função de todo investimento que nós temos, nós somos o caminho mais pró-ximo para as empresas entrarem no Estado. Nós somos preferidos por líderes mundiais. O Perini Business Park está consolidado”, enfatiza o diretor-comercial, Jonas Tilp.

ludimila castro

54 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

empreendedorismo

- Tamanho da área total – 2,8 milhões de metros2

- População – cerca de sete mil trabalhadores atuam

nas empresas instaladas no condomínio, entre eles 72%

são do sexo masculino e apenas 1% estrangeiros.

- Número atual de empresas instaladas – mais de 80.- Segmentos representativos de negócio

em m2 - 86% indústria /10% comércio/4% serviço

- O condomínio representa 2,65% do PIB de Santa Catarina (dados 2008) equivalendo a 19% do PIB de Joinville – maior

polo industrial do Estado e terceiro do Sul do Brasil.- A estimativa de faturamento conjunto, entre todas as

empresas do condomínio, em 2008, foi de R$ 2,5 bilhões.

- Pretende investir R$ 150 milhões nos próximos cinco anos em novos galpões e benfeitorias.

- 2,5% taxa de vacância (imóveis livres).

- Taxa de condomínio – R$ 0,98 por m2.

A história do maior condomí-nio industrial do País come-çou na década de 70, com a vinda do empresário italiano Fabio Perini para Joinville. A cidade foi escolhida para montar uma unidade de ne-gócios no setor de máqui-nas - a empresa Fabio Perini Máquinas e Equipamentos. A empresa era especializada na produção de máquinas para conversão de papel tis-sue (usado na produção de papel higiênico, guardanapos e toalhas de papel). Em 1997, Fabio vendeu a empresa e trouxe da Itália desenhos e modelos para construir galpões, fábricas e um sistema de construção para abrigar empresas. A responsável pelo empreendi-mento foi a Perville Pré-Fa-bricados, também do grupo Perini. Depois disso, foi só uma questão de tempo até as empresas se instalarem no parque industrial.

HistóriaNÚMEROS DO PERINI BUSINESS PARK

Para os inquilinos, o empreendimento oferece rede de gás, energia elé-trica em média tensão, telecomunicações por fibra óptica, internet de alta velocidade, sistemas eletrônicos e informatizados de segurança 24 horas por dia. Sob encomenda, o prazo para entrega do local completo é de 30 dias a seis meses. Como uma pequena cidade, o Perini possui agência bancá-ria, escola de idiomas, panificadora, limpeza e conservação, despachan-te aduaneiro, restaurantes, correio, assessoria jurídica e de recursos humanos, autolavação, ambulatório e biblioteca do Sesi. Dentro das dependências do condomínio, também circulam um ônibus particular e o transporte coletivo.Em escala nacional, o Perini Business Park é um dos pioneiros nes-te modelo de negócio, que já é tendência internacional e vem se consolidando no País. Em viagem de negócios a Xangai e Dubai, o diretor-comercial do Perini visitou condomínios industriais das duas capitais asiáticas. Para Tilp, foi uma forma de comparar os próprios negócios. “Vendo o que está sendo feito aqui, não ficamos muito atrás”, comemora. Com o crescimento do mercado de locação industrial em 2010, o Perini locou 46 mil m2, sendo que 35 mil m2 foram alugados somente no se-gundo semestre. E, para os próximos cinco anos, a meta é aumentar a extensão em 50%, investindo R$ 150 milhões.

Jonas Tilp, diretor-comercialFO

TOS:

DIV

ULG

AÇÃO

55 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

artigo

Tiago Coelho Przywitowski é diretor da Fiscall Soluções, contador, tributarista júnior pelo IBPT-Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e pós-graduando em Gestão Tributária pelo INPG-Instituto Brasileiro de Pós-Graduação,

Coordenador do Núcleo de Jovens Empreendedores/ACIJS-APEVI–2011 e Coordenador Estadual do Feirão do Imposto-CEJESC-2011

Sped: resultados e novas obrigaçõesExistente desde 2007, o Sistema

Público de Escrituração Digital agora se aprimora:

Hoje:NF-e NFS-e: Substituição das notas fis-cais por informação gerada e armazena-da eletronicamente, enviadas ao Fisco.SPED FISCAL: Arquivo digital, de va-lidade jurídica, formado por escritura-ções dos documentos e registros fis-cais das operações do contribuinte. SPED CONTÁBIL: Escrituração Contá-bil Digital que substitui os livros contá-beis por digitais com validade jurídica.

Segundo pesquisa:-44% das empresas se preocupam em certificar o conteúdo nos respectivos arquivos, além do formato legal; -45% dessas empresas realizam esse trabalho com recursos externos (solu-ções, consultorias, outros);-Na pesquisa identificou-se que as em-presas estão inseguras quanto às in-formações apresentadas ao Fisco.*Fonte: IOB

Em breve:E-LALUR: Junção das informações do Lalur e da DIPJ, facilitando o cumpri-mento da obrigação acessória. -CT-e: Conhecimento de Transporte Eletrônico.

-NF-e 2.0: Possibilitará maior segu-rança, incluindo, organizando e elimi-nando alguns campos hoje existentes.-EFD PIS/COFINS: Moderniza o acom-panhamento fiscal no que tange à apu-ração destas contribuições.-EFD CIAP: Informatiza os dados refe-rentes aos créditos de direito das em-presas, quando das aquisições de bens destinados ao Ativo Permanente.-CF-e: Cupom Fiscal eletrônico que documentará eletronicamente as ope-rações dos varejistas.-SPED FDP (e-FOPAG): Elimina a folha de pagamento e algumas obri-gações acessórias trabalhistas e pre-videnciárias, substituindo-as pelas de meio eletrônico.- Processo Administrativo Tributá-rio Eletrônico e o Auto de Infração Eletrônico: Automatizará a lavratura de autos de infração e tramitação de processos.- BRASIL-ID: Adotando o Sistema de Identificação por Radiofrequência, a tecnologia poderá rastrear e autenticar mercadorias em produção pelo territó-rio brasileiro.

Ou seja, no país a movimentação fiscal será toda eletrônica. A busca deverá ser incessante por novas tecnologias aliadas a muito conhecimento.

55 artigo fiscall.indd 1 4/3/2011 15:54:37

56 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

economia

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Pesquisa do IBGE mostra que Estado tem média de sobrevivência de empresas superior ao resto do País

Catarinenses no topoSe alguns especialistas já especulavam que

Santa Catarina é um bom lugar para se abrir uma empresa, uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE confirmou as falas mais otimistas. Segundo o estudo Demografia das Empresas, a taxa de sobrevivência das empresas catarinenses, de um ano a outro, é de 82,2% - índice superior à média nacional, de 78,1%. O estudo foi realizado com base no Cadastro Geral de Empresas - Cem-pre, considerando dados relativos a 2007 e 2008.Em 2008, o Brasil possuía 4,1 milhões de em-presas ativas, sendo que 237.476 delas estavam em Santa Catarina. O Estado também registrou a menor taxa de saídas de atividade do País, 13,4% - a média nacional ficou em 17,5%. De acordo com o diretor-técnico do Sebrae/SC, Ana-cleto Ângelo Ortigara, dois fatores têm influência di-reta no índice positivo do Estado. Um deles, explica o especialista, é a melhoria no ambiente de natalidade de empresas em Santa Catarina.

“Pelas pesquisas que temos do Sebrae, descobri-mos um aumento do prazo entre a ideia de iniciar um negócio e a efetivação dele, clara conclusão que o tempo investido em planejamento da em-presa aumentou”, afirma Ortigara, apontando que enquanto aumenta o tempo para planejar, diminui o tempo para corrigir. Por outro lado, a gestão das micro e pequenas empresas melhorou e, cada vez mais, é possível notar um aumento na busca por auxílio e novos conhecimentos. “Os empresários estão muito mais atentos aos desafios tecnológicos, compor-tamentos de mercado e barreiras tarifárias”, des-taca Ortigara. Conforme o especialista é possível notar que quando o empresário se dispõe a preparar-se adequadamente, ele se torna mais aberto a conti-nuar esse processo de parceria. “Hoje, as empre-sas comemoram resultados provenientes desse tempo investido no período de preparo, espaço de pensamento e avaliação”.Esses são, sem dúvida, fatores que aumentam a segurança e a perspectiva de sobrevivência das empresas, para Ortigara, “preanúncio de um futuro muito animador”. Segundo ele, “o futuro depende do uso intensivo do conhecimento, e ele é muito promissor, já que os empresários estão avançando e somando lições de bom desempenho”.Além disso, Ortigara destaca o surgimento de um movimento nacional em favor dos micro e peque-nos negócios, setor em que Santa Catarina apre-senta grande potencial. “Acredito que finalmente os governos estadual e nacional estão notando que vale todo o investi-mento feito nas micro e pequenas. Ele gera rique-za, posse de trabalho e desenvolve regiões. Não é um assunto de terceira importância, é de primeira importância na agenda de desenvolvimento do País, e os governos estão notando isso”.

Anacleto Ângelo Ortigara, diretor técnico do Sebrae/SC

57 março2011FOTOS: DIVULGAÇÃO

consumo e lazer

A banheira de imersão Solare chega ao mercado

buscando reunir requinte e conforto. Fabricada pela

Sabbia, é produzida com tecnologia sandstone - a

base de areia -, que oferece qualidade sensorial do

contato direto com a pedra natural. O design clássi-

co recebe toques de modernidade, como as bordas

largas, que permitem maior ergonomia na hora do

banho. A Solare também possui exclusivo sistema

Clic de abertura do ralo - feita através de uma leve

pressão sobre a tampa -, sifão cromado e sistema

freestanding, que permite a instalação da banheira

em qualquer ambiente.

Banho requintado

Tecnologia corporativaA BroadNeeds, em-presa especializada em comunicação virtual corporativa, lança o seu primeiro produto do segmento de painéis digitais, o MiniPlayer. Desenvol-vido para projetos de Digital Signage e TV Corporativa, o Mini-Player possui proces-sador de alta per-formance com dois núcleos preparados para rodar conteúdos de alta definição. O aparelho é equipado com memória DDR3 – para até 4 gigabytes -, interfaces de vídeo VGA, DVI e HDMI, áudio de alta defi-nição 7.1 e sistema de refrigeração para evitar paralisações. O MiniPlayer é vendido em conjunto com o software Núcleo Me-dia BroadNeeds, que facilita a implantação do sistema.

É inevitável que diretores, administradores, contado-res, e auditores da indústria se façam as seguintes perguntas em vista do gigantesco volume de infor-mações existentes no ERP, da quantidade de pes-soas envolvidas na apuração dos tributos a pagar e do emaranhado legal tributário a que as empresas estão sujeitas:- Como posso saber se a apuração de tributos está correta?- Estou pagando somente o que é devido ao fisco?- A empresa está utilizando todos os créditos tribu-tários e benefícios fiscais a que tem direito?- Como posso encontrar potenciais contingências e riscos fiscais, até agora desconhecidos de modo a tomar ações corretivas?- Que alternativa existe para a análise visando aquisição ou fusão de empresas (due diligence), em relação às tradicionais soluções de auditoria (amos-tragem)?

A boa notícia é que existem:a) Análises e mecanismos que permitem encontrar créditos fiscais não utilizados mesmo em grandes bases de dados como a do ERP, trazendo para o caixa da empresa esses valores sem necessidade de ação judicial;b) Formas de melhorar os processos e procedimen-tos de apuração de tributos, mesmo lá onde existem pessoas alimentando o sistema ERP sem o neces-sário conhecimento de causa quanto aos impactos tributários dessas suas ações (área de entrada de materiais na empresa, apenas para exemplificar);c) Maneiras de trazer à alta direção da empresa, mais segurança quanto à efetiva correção no apro-veitamento de créditos tributários, através de me-canismos que não se utilizam da amostragem, mas sim, de avaliações globais sem nem por isso implicar em altos custos;d) Créditos tributários perdidos, mesmo em empre-sas já atendidas há muitos anos por tradicionais companhias de auditoria.

Alguns fatores contribuem decisivamente para ge-rar distorções na apuração de tributos através dos softwares de gestão ERP, quais sejam: 1) definição incorreta de parâmetros do sistema; 2) incorreta inserção de dados; 3) desconhecimento dos impactos tributários por parte de alguns funcionários; 4) rotatividade de pessoal; 5) Treinamento insuficiente; 6) Dificuldade de pensar os negócios também sob o ponto de vista dos efeitos tributários; 7) Características particulares de cada empresa e suas implicações para fins tributários; 8) Esquecimento e/ou desconhecimento quanto à atualização de alíquotas e bases de cálculo de tri-butos.

Na prática, as empresas pagam significativos valores de tributos a maior, em vista de que:a) Os contadores tendem a optar pelas alternativas mais conservadoras quanto à apuração dos tributos, até porque se houver alguma cobrança do fisco, a direção da empresa tende a achar que o contador é o culpado;b) Poucas empresas têm a cultura de reuniões periódi-cas onde se avalia o impacto das decisões comerciais, de negócios em geral, sob a ótica do impacto fiscal;c) Há uma extrema dificuldade de advogados, au-ditores, contadores, área administrativa, fiscal e de controladoria, de terem uma visão global dos fatoresenvolvidos na apuração de tributos, uma vez que existe um excessivo número de leis e normas a se-rem observadas, interpretadas e aplicadas, aliadas ao grande volume de dados gerados diariamente na empresa.

Concluindo: existem maneiras de, através de me-todologias bem estruturadas, localizar e recuperar esses créditos fiscais não utilizados que estão na indústria (mesmo em empresas já auditadas), sem por isso implicar em grandes custos.

O software integrado de gestão (ERP) na indústria de médio

e grande porte e as perdas tributárias que ele esconde

Rolf BrietzigEspecialista em Direito TributárioSócio da Brietzig AdvocaciaOAB/SC no 6.805E-mail: [email protected]

58 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

lex

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Definida a grade temática do CONCARH 2011

60 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

abrh

Associação Brasileira de Recursos Humanos / Seccional Santa Catarina

Rua Antônio Dib Mussi, 473 - Centro - Florianópolis / SC - CEP: 88015-110

(48) 3288-0052 - www.abrhsc.com.br - [email protected]

O Comitê de Criação do CONCARH 2011 - Con-gresso Catarinense de Recursos Humanos

- definiu a grade temática do evento. Estruturada a partir do tema central - “Gestão de Pessoas: o ‘IN’tangível essencial aos resultados”, a programação vai priorizar três eixos: Liderança - a importância da liderança na gestão de pessoas -; Práticas - dis-cussões e apresentação de casos que deram certo nessa área - e Resultados - a contribuiçãodo RH para os resultados das organizações.O CONCARH 2011 será realizado nos dias 12 e 13 de maio, no Centro de Eventos da FIESC, em Florianópolis/SC. A promoção e organização é da ABRH-SC - Seccional Santa Catarina da Associa-ção Brasileira de Recursos Humanos, em parceria com a ABRH Regional Florianópolis.“O congressista terá a possibilidade de participar

de três palestras magnas e escolher os temas de seu interesse entre outras 16 atividades simul-tâneas - cases, palestras e oficinas”, informa a coordenadora do Comitê de Criação, Goreti Ma-estri. Ela ressalta que, definida a grade temática, o grupo parte agora para as confirmações dos palestrantes.As inscrições para o Congresso já estão abertas. Os interessados podem obter mais informações no site www.concarh.com.br.Paralelamente ao CONCARH, acontece a EXPOCARH 2011 - Exposição Catarinense de Produtos e Servi-ços de Recursos Humanos, feira destinada à exposi-ção de produtos e serviços da Gestão de Recursos Humanos. Contato para empresas e instituições que desejarem apresentar seus produtos e serviços: (48) 3028-6778/[email protected].

Liderança, práticas e resultados serão os temas debatidos no congresso

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Confira abaixo a programação do CONCARH 2011:Quinta-feira – 12/05/11Horário

9h30-10h30

Atividade

Palestra Magna - Abertura:Cenários em suas diversas dimensões: o que esperar do mundo, organizações e pessoas

Intervalo de networking

Simultânea 01:Liderança para alta performance: qual o segredo?

Simultânea 02:RH sustentável e a sustentabilidade do negócio

Plenária:Mensagem dos Presidentes: falando “do” e “para” o RH

Intervalo de networking

Simultânea 03:Meritocracia: o reconhecimento muito além da remuneração

Simultânea 04:Gestão da saúde: equilíbrio entre a vida pessoal e organizacional

Simultânea 05: O melhor dos melhores: as diferentes gerações trazendo melhores resultados

Intervalo de networking

Simultânea 06: Felicidade das pessoas: a diferença na geração de resultados

Simultânea 07: Capital intelectual: você sabe o valor do capital intelectual da sua empresa?

Simultânea 08: Mídias sociais: “in” ou “out”?

10h30-11h

11h-12h30

11h-12h

12h30-13h30

12h-14h

14h-15h30

14h-15h30

13h30-15h30

15h30-16h

16h-18h

16h15-18h

16h-18h

Sexta-feira – 13/05/11Horário

8h30-10h30

Atividade

9h-10h30

10h30-11h

11h-13h

11h-12h30h

11h-12h

12h-14h

14h30-16h30

14h-16h30

14h-16h30

16h30-17h30

17h30-18h30

Simultânea 09: Distribuindo lucros e aumentando resultados

Simultânea 10: Engajar x comprometer: o desafio das lideranças organizacionais

Intervalo de networking

Simultânea 11: O que move as melhores?

Simultânea 12: Gestão estratégica de pessoas: como medir resultados

Simultânea 13: Como alinhar competências individuais às organizacionais

Intervalo de networking

Simultânea 14: A dinâmica do mercado de trabalho

Simultânea 15: Gestão do conhecimento: convertendo os ativos intangíveis em valor para a organização

Simultânea 16: Como usar o IDHO como ferramenta para alavancar resultados nas organizações

Intervalo de networking

Palestra Magna - Encerramento:Gestão de Pessoas: o “in”tangível essencial aos resultados

Cidral, diretor e educador da Sustentare Escola de Negócios, o livro é uma história de vida fabulosa

e demonstra a vontade humana e superar metas mesmo nos ambientes mais inóspitos. “É uma

obra de rara beleza, que motiva a continuar empreendendo, superando os desafios e um grande

exemplo de liderança”, comenta.

62 março2011 www.revistamercadobrasil .com.br

estante

FOTOS: DIVULGAÇÃO

gelo e acaba destruído. Por quase seis meses, Shackleton e sua tripu-

lação sobrevivem nas placas de gelo em uma das mais inóspitas regi-

ões do mundo, até que conseguem iniciar sua tentativa de salvação

nos botes salva-vidas. Através dos diários e entrevistas com alguns

membros da expedição, o autor reconstrói os meses de ansiedade e

trabalho duro que a tripulação do Endurance enfrentou. Para Wilmar

No verão do distante ano de 1914, Sir Ernest Sha-

ckleton parte a bordo do Endurance em direção ao

Atlântico Sul. O objetivo era cruzar o continente An-

tártico, passando pelo Polo Sul, mas pouco antes de

alcançar sua base original, o Endurance fica preso no

dica de leitura

A incrível Viagem de ShackletonAutor Alfred LansingEditora: SextantePáginas: 352 - Preço: R$ 24,90

Editora Alta Books272 páginas – R$ 65,90

Editora Sextante240 páginas – R$ 24,90

Seja Especial em seu Mercado O Fator EgoA primeira edição “Seja Especial em seu Mercado” mos-

trou como se diferenciar verdadeiramente em um mercado

cheio de similaridades. Na segunda edição revisada e atu-

alizada, o autor Joe Calloway repensa, reposiciona e dá

nova energia a essa mensagem. Um novo capítulo sobre

“fatores de desempate” fornece lições sobre a diferencia-

ção de empresas. O autor também inclui ideias de van-

guarda sobre empresas que são únicas em sua categoria.

Para escrever o livro, ele contou com a ajuda de autores

de vários bestsellers, como Mark Sanborn, autor de “O Que

Aprendi com meu Carteiro sobre o Trabalho e a Vida”, e de

outros especialistas na área empresarial.

Durante cinco anos de pesquisa, os autores David

Marcum e Steven Smith lutaram para desvendar a

palavra ‘ego’ e seu sentido. A maioria das pessoas

associa essas três letras a características como ar-

rogância, vaidade e teimosia. Mas, para os autores,

o ego é uma força poderosa capaz de levar qualquer

um a alcançar grande sucesso pessoal e profissional.

Voltado para qualquer profissional que queira apri-

morar seu desempenho - seja como líder ou como

colaborador -, “O Fator Ego” aborda de forma direta,

original e divertida um velho desafio: como progredir

na carreira sem deixar que o sucesso suba à cabeça.

Expen 2011Nos dias 24 e 25 de março, acontece,

em Chapecó, SC, a Feira de Multisso-

luções em Serviços, Gestão e Tecno-

logia – Expen. Direcionada aos seto-

res de gestão empresarial, serviços e

tecnologia, a feira apresenta soluções

para planejamento, abertura e estru-

turação de novas empresas, empre-

endedorismo, crédito e ferramentas

tecnológicas, voltadas principalmente

para as Micro e Pequenas Empresas.

Os visitantes poderão participar de

workshops, mini-cursos e palestras,

e conferir a exposição de produtos e

serviços do setor.

Informações:www.feiraexpen.com.br

Cemat South AmericaO Centro de Exposições Imigran-

tes, de São Paulo, SP, sedia a Feira

Internacional de Movimentação de

Materiais e Logística - Cemat South

America. A feira - que acontece entre

os dias 4 e 7 de abril - reúne mais de

150 expositores do Brasil e do exte-

rior, que apresentam as mais novas

tecnologias de setores como manu-

seio mecânico, armazenagem, equi-

pamentos de separação de pedidos

e embalagens, sistemas e softwares

de logística e movimentações de ma-

teriais. A feira também reúne confe-

rências, seminários e fóruns sobre os

segmentos, todos abertos ao público.

agenda

MARÇO

24 a 25 Expen - Feira de Multissoluções em Serviços, Gestão e Tecnologia Local Centro de Cultura e Eventos

Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC

Informações

www.feiraexpen.com.br

23/03 a 4/04Emprefest 2011 – Encontro e Festa Nacional do Empreendedor Local Parque Vila Germânica,

Blumenau, SC

Informações

www.ampeblumenau.com.br

28 a 31III Simfop - Simpósio sobre formação de professores: tecnologias e inovação na educação básica Local Campus Universitário de

Tubarão – Unisul, Tubarão, SC

Informações

www.unisul.br/hotsites/simfop.html

ABRIL

2 a 9 Semana Gastronômica de Jaraguá do SulLocal Vários, Jaraguá do Sul, SC

Informações

[email protected]

4 a 7CeMAT South America - Feira Internacional de Movimentação de Materiais e LogísticaLocal Centro de Exposições

Imigrantes, São Paulo, SP

Informações

www.cemat-southamerica.tmp.br

29 a 31 4a Feira Internacional de Produtos e Serviços para Gastronomia, Hotelaria e Turismo - FisturLocal Palácio das Convenções do

Anhembi, São Paulo, SP

Informações

www.fistur.com.br

Cursos e Oficinas Palestra Controles FinanceirosPeríodo 1Local Escola de Educação

Básica Melvin Jones, Lages, SC

Informações

www.sebrae-sc.com.br/treinamento

Curso Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física Período 4Local Sindicont Alto Vale do Itajaí,

Rio do Sul, SC

Informações

www.sindicont.org.br

Cursos e Oficinas

Curso Carta de CréditoPeríodo 16

Local Sede da Associação

Empresarial de Blumenau –

Acib, Blumenau, SC

Informações www.acib.net

Curso Gestão Tributária na Importação e ExportaçãoPeríodo 25 e 26

Local Bourbon Curitiba

Convention Hotel, Curitiba, PR

Informações

www.ibecc.com.br

64 março2011 www.revistamercadobrasil .com.brFOTOS: DIVULGAÇÃO