revista minas gourmet - edição 5

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Novembro/Dezembro 2010 ANO 1 - N°5 R$ 9,80 Peixes e Frutos do Mar Gastronomia e Turismo Chef do Mês Dona Nelsa Gastronomia para mini chefs Vinhos: a vez do Brasil Fesval Gastronômico do Mercado Central Sabores do Jaraguá e região Edição especial de aniversário

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Page 1: Revista Minas Gourmet - Edição 5

Novembro/Dezembro 2010 ANO 1 - N°5R$ 9,80

Peixes e Frutos

do Mar

Gastronomia e Turismo

Chef do MêsDona Nelsa

Gastronomiapara mini chefs

Vinhos: a vez do Brasil

Festival Gastronômicodo Mercado Central

Sabores doJaraguá eregião

Edição especial

de aniversário

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4 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

>>Expediente..........

Foto: Divulgação

Pág. 32Nossa capa:Restaurante CamarõesNatal - RN

8 Caldos e sopas

42 2º Festival Gastronômico do Mercado Central

26 Profissão: Barista

28 Sabores do Jaraguá e região

54 Cozinha Francesa

6 Carta do Leitor

Chef do Mês. Nesta edição: Dona Nelsa

20

36 Cozinha Saudável 58 Acontece na gastronomia

61 Dicas de Cozinha

12 Vinhos, a vez do Brasil

16 Peixes e frutos do mar

34 Festival Bar em Bar

38 Semana Mundial da Alimentação 2010

>> Seções..........................

>> Índice............................Diretora Executiva: Miriam [email protected]

Diretor Comercial:Edgard Simões [email protected]

Jornalista:Paula Cerutti (11.477/MG)

Diagramação: Bernardo Mascarenhas

Designer gráfico: Marco Gandini

Comercial: Rodrigo [email protected]

Assinatura: Tel.: [email protected]

Colaboradores:Adelaide Engler, Rita de Cássia Ribeiro, Rodrigo Castelo, Rosilene Campolina, Regina Queiroga, Laurent Prous, Lúcia Palhano, Matusalém Gonzaga, Bárbara Albuquerque, Cidinha Lamounier, Rodrigo Rios, Mônica Caldas, Helga Andrade, Tina Carvalhares

Tiragem:10.000 exemplares

Periodicidade:Bimestral

Impressão:TCS Soluções Gráficas e Editora Ltda.

Editora: Rara PublicidadeRua Pedra Bonita, 1079 - Alto Barroca30431-065 - Belo Horizonte - MGTel.: 31-3372-7494

www.minasgourmet.com.br

O conteúdo dos artigos e propagandas aqui veiculados é de inteira e exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e anunciantes envolvidos,

conforme os artigos 45 e 49 do capítulo IV do Código Brasileiro de Autoregulamentação Publicitária.

Gastronomia e Turismo

24 Gastronomia infantil

48 Sabores do Mundo

22 Adelaide Engler

40 Matusalém

41 Minas Gourmet recebe o prêmio Qualidade Brasil

47 Roteiro Gastronômico

46 Belo Horizonte, a cidade que conquista todos paladares

50 Chef a Chef

52 “BH Espera por Você 2011”

10 Lúcia Palhano

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Revista Minas Gourmet completa seu primeiro aniversário com cara de gente grande

Nascida no berço da cachaça mineira, a Minas Gourmet deu seus primeiros passos nos roteiros gastronômicos de Belo Horizonte, pronunciou as primeiras palavras na tradicional cozinha mineira, brincou no quintal da história de Minas e aprendeu a ler com as receitas dos grandes chefs da nossa culinária.

Predestinada, é prima-irmã do Cachaça Gourmet e foi batizada como revista oficial da Technobar - a feira do food service em Minas Gerais.

E com Minas no nome, e Gourmet por vocação, a Revista foi ganhando jeito, corpo e a curiosidade típica da pouca idade. Quis “espiar” o que havia além da Serra do Curral e foi explorar o badalado turismo com gastronomia: Sabará, Araxá, Tiradentes, Piacatuba, Leopoldina, Natal, Aracaju e por aí vai, sem perder o rumo. Adora festas, festins e festivais. Não precisa nem convidar.

Já encorpada, aprendeu a beber um bom vinho, a diferenciar

o sabor das cervejas artesanais, viajou pela doçura de geleias e licores e se deliciou com o melhor chocolate. Degustadora eclética, frequenta restaurantes modernos e tradicionais, mas faz questão dos mais puros ingredientes. Adora especiarias exóticas e harmonia é palavra obrigatória em suas páginas.

Amigos? Fez muitos. Chefs, sommeliers, enólogos, nutrólogos, produtores de cachaça, produtores de eventos, apaixonados por gastronomia, todos contribuíram para essa “menina” chegar aonde chegou.

Vaidosa, deu um pulo até o Rio de Janeiro, vejam só, para ser reconhecida com o Prêmio Qualidade Brasil.

Pois é, um ano passa rápido. Como dizem aqui em Minas, “parece que foi ontem”. E nossa Minas Gourmet quer crescer ainda mais.

Parabéns e muitos anos de vida!

Rodrigo Castelo

>> Editorial...................................................................................

>> Carta do Leitor.........................................................................

Gostei muito da Minas Gourmet, a revista está crescendo. Eu pretendo anunciar meu novo estabelecimento.

Ronaldo

Restaurante Boi Supremo, Belo Horizonte - MG

Gostaria de sugerir à revista uma matéria sobre gastronomia molecular. No mais, parabéns pela ótima qualidade e pelos artigos publicados.

Cássia Regina

Nutróloga, Divinópolis - MG

É com muita alegria que vi a revista, vocês estão de parabéns, as reportagens estão um SPETACOLLO!!!!!!

Ana Paula Oliveira Furtado

Nutróloga, Piacatuba - MG

A revista Minas Gourmet está cada dia mais atraente. As fotos das receitas dão água na boca.

Parabéns a todos que fazem parte desta equipe.

Fernanda Alvarenga

Terapeuta Ocupacional, Belo Horizonte - MG

A Minas Gourmet é um verdadeiro sucesso. Adoro as receitas que vocês divulgam. Já fiz alguns pratos e todos adoraram.

Parabéns, e espero que divulguem sempre boas receitas.

Thiago WallaceEmpresário, Belo Horizonte - MG

Minas precisava de uma revista voltada para o segmento turístico. A matéria sobre Araxá e natal me encantaram.

Rachel MoreiraTurismóloga, Piranga - MG

Parabéns à toda equipe da Revista Gourmet pela qualidade de suas edições.

Acompanho a publicação desde o início, mesmo estando em Brasília.

Sem dúvida, uma oportunidade de leitura singular para os que apreciam a arte de aliar a simplicidade da cozinha mineira com a sofisticação da alta gastronomia..

Heitor Silva Turismólogo, Brasília - DF

Escreva para esta seção: [email protected]

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Caldos e sopasO aconchego em qualquer ocasião

Ao pensarmos em sopas, logo imaginamos um frio, cobertas e momentos aconchegantes. Mas porque não apreciarmos esse belo prato em dias de primavera?

Geralmente usados como entradas ou aperitivos, os caldos e sopas têm variações para todos os gostos, são totalmente versáteis. A sopa é considerada por pesquisadores um dos pratos mais antigos da humanidade. Antes mesmo da descoberta do fogo pelo homem já havia registros desse tipo de alimentação entre tribos primitivas. Consideradas pelos nutricionistas uma das mais importantes fontes de vitaminas e nutrientes, elas podem ser servidas quentes ou frias, como os gaspachos espanhóis, a panzanella italiana ou as vichyssoises francesas.

Para serem degustados em qualquer época do ano, os caldos e as sopas estão presentes na cultura gastronômica de diversos países, sendo França e

Por: Barbara Albuquerque Fotos: divulgação

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Portugal alguns dos grandes responsáveis por difundir a iguaria. O restaurante Verde Gaio tem boas opções para representar os lusitanos, como a Canja Portuguesa. O prato leva legumes, carne de frango e arroz, gema de ovo, cozido no calor do próprio prato. Outra sugestão da casa é o Caldo Verde, feito com sopa de batata batida, couve e paio. O típico alimento quente que seduz qualquer paladar.

No bufê Célia Soutto Mayor, os caldos são também pedidos indispensáveis. “Temos vários sabores como de alho poró, palmito, entre outros”, conta Patrícia Soutto Mayor, consultora do bufê. De acordo com ela, os caldos e sopas frias também são ótimas sugestões, principalmente na primavera e no verão.

No Restaurante Santafé a opção é o caldo de alho poró e bacon. De acordo com a chef da casa, Catina Martins, os caldos, tradicionalmente preparados com os ossos dos animais, se destacam por terem consistência mais espessa. “Extraímos o sabor e os nutrientes dos ossos durante o cozimento. O resultado é um prato rico em sabor e com uma bela textura”, conta.

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Em 1700, a função aparece citada nos editos do Duque de Savóia, como “Someligliere di bocca e di corte” e esse profissional usava um anel do ducado para lacrar os barris de vinhos de seu senhor. Posteriormente recebeu nomes diferentes como Magister Pincernarum, Baticularius, Echanson e Caviste. O império da cozinha francesa sobre o mundo afrancesou os costumes e funções, tais como maitre, garçon, chef de cuisine e também a palavra “sommelier”, que é usada no mundo inteiro exceto em Portugal, cujo nome é escanção. Segundo o Larrousse, “sommelier” vem de “somme”, que seria carga, posteriormente “sommier”, a função do responsável pela carga.

Hoje o sommelier no mundo é muito mais que um garçom especializado que indica um vinho adequado ao cliente. Com a enorme diversidade de rótulos de vinhos disponíveis, a figura do sommelier tem se tornado imprescindível para os restaurantes, hoteis, delicatessens e supermercados gourmet.

Profissão antiga, têm sido regulamentada na prática, pela necessidade de organização, catalogação, serviço e prática do trabalho com os vinhos e todos os seus correlatos. Ele é o responsável pela carta de vinhos, que deve ser adequada ao cardápio, define a sua compra, negocia margens, administra a adega, organiza eventos e atua, num restaurante, em igualdade de importância com o maitre, num trabalho conjunto. Tem que estar sempre se atualizando com o universo dos vinhos e, sobretudo, gostar de vinhos, de história, geografia e ritual.

Sim, valorizar o ritual é importante e podemos ver isto na prática, quando o ouvimos falar sobre o vinho que nos sugere, quando vimos o cuidado com que segura e manuseia a garrafa. Faz toda diferença.

Embora antiga, é uma profissão que aqui no Brasil, existe apenas um esboço de reconhecimento e valorização. Quantos sommeliers conhecemos que tem escrito em suas carteiras de trabalho esta função?

Tutancâmon, o faraó do Egito, guardou em sua tumba 17 ânforas de vinho assinadas pelo responsável por elas. Na Mesopotamia, o responsável era chamado Shgû. Ganímedes, da mitologia grega, é apontado como o sommelier dos deuses. Nos simpósios gregos, a função de “simposiarca” era uma honra dos deuses a ser desempenhadas entre e para os nobres.

Claro, haveria de ter um responsável por incontáveis litros da bebida, que deveria ser provada, comprada, armazenada, etiquetada, controlada e servida nos simpósios masculinos de orgias de dias seguidos, onde os nobres à mesa se fartavam a valer, e não concebiam a idéia de alguém querendo envenená-los com o precioso liquido. O “simposiarca” provava antes um pouco de cada jarro.

Nos banquetes (chamados prandii) da Roma antiga, a figura responsável pelas bebidas recebia o nome de rex bibendi. E com o passar do tempo todos os nobres tinham em casa um garrafeiro.

>> Lúcia Palhano

A ABS MINAS e o Sommelier

Fotos: Divulgação

Por Lúcia Palhano - Presidente da ABS Minas - Associação Brasileira de Sommeliers

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Como emergente a antiga profissão, pipocam cursos formadores: de 9 horas, de 36 horas, de 60 horas, de 160 horas... Mas a diferença reside no ritual apresentado de cada um que se forma.

Por ser uma profissão crescente, mas que ainda engatinha, a Associação Brasileira de Sommeliers, Seção Minas Gerais tratou de cuidar com primazia da formação daqueles que carregam o seu nome, propondo um curso ousado, diferenciado, que expresse com a maior amplitude possível, o universo desta profissão.

A ABS no Brasil começou por iniciativa do sommelier e chef Danio Braga, integrante da ASI, Associação de Sommeliers Italiana, em 1983, e hoje se espalha por diversos estados, sempre como metodologia o ensino daquela instituição italiana, baseada no método de degustação de Giancarlo Bossi.

Como a profissão engatinha, a ABS MINAS engatinhando teve e ainda tem os seus tropeços, ainda está aprendendo a andar. Por isso a cada semestre reavalia seus conteúdos, aprimora, transforma e vai sedimentando o seu ideal, que é o desenvolvimento integral do aluno, de sua identidade cultural, e de sua participação responsável no mundo.

Seu curso básico profissional hoje tem a duração de dois anos, com professores gabaritados e com extensão de mais um a quatro semestres, à escolha e necessidade do aluno, para criar-lhes a possibilidade de novas oportunidades. Sabemos que ainda a duração é pouca, diante da necessidade,

conseguimos apenas abrir os caminhos. Proporcionamos cursos de vinhos aplicados em inglês, francês, espanhol e italiano, interagido à cultura geral, de forma a abranger as necessidades do turismo internacional. Ética, postura, sensibilidade, higiene, marketing, comunicação, são alguns dos pontos que norteiam o direcionamento do curso de sommeliers, que afinal, vai resolver nossos dilemas diante de tão extenso universo numa carta de vinhos, ou na dúvida do nosso jantar oferecido em casa, ou organizando a nossa adega, com um banho de conhecimento, cultura e hospitalidade. Como um nobre, é um “garrafeiro consultor” sem CLT, quer coisa melhor?

É um longo ministério da ABS MINAS, de pouca estrutura financeira, mas importante para divulgar a mais saudável e nobre das bebidas, oferecendo um real intercambio de oportunidades para alunos que se aplicam a um mundo de conhecimento e interação nunca antes oportunizado. E, no mais, ser servido como a um rei, como nos nossos mais recônditos sonhos. Por isto, estamos lutando para regulamentar e fomentar a profissão, criando, entre outros, concursos regionais, propondo um universo profissional socialmente igualitário onde servir e ser servido são papéis que se alternam e interpõem e que se traduzem em GENTILEZA.

Obrigada a Revista Minas Gourmet pelo espaço, utilizado desta vez para falar da entidade que ora orgulhosamente represento.

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VinhosA vez do Brasil

Por Bárbara Albuquerque - Fotos: Rodrigo Rios

foram premiados 14 vinhos e espumantes brasileiros, sendo uma medalha de ouro, duas de prata, 10 de bronze, além do prêmio do Melhor do País para o Alto Vale Espumante ProseccoBrut 2010, elaborado pela Domno. Os espumantes foram responsáveis por 10 das 14 premiações brasileiras. Participaram do concurso 3.897 vinhos de 27 países, sendo 46 degustadores avaliadores. Com essas conquistas, são cerca de 80 prêmios conquistados em concursos realizados no exterior, somente em 2010.

O hábito de tomar um bom vinho faz parte da cultura de muitos países e parece, enfim, ter dado um passo a mais ao gosto dos brasileiros. Com um consumo ainda pequeno em relação a outros países – enquanto a média francesa é de cerca de 60 litros por pessoa ao ano, no Brasil esse

>> Com a quente estação, espumantes e vinhos brancos ganham o gosto dos enófilos, e nada melhor que o produto nacional, que tem sido considerado um dos melhores do mundo na categoria. Assim mesmo, surpreendam-se com os tintos!

Independemente da estação, o calor está muito presente em grande parte do Brasil. Porém, é na primavera e no verão que esse clima se intensifica. Mas, ao pensarmos em algo refrescante como um belo espumante, ele se transforma em algo bem mais agradável. E, para melhorar, um belo espumante brasileiro. Nacionalismo à parte, é fato que essa qualidade de vinho se tornou referência no Brasil, graças à nossa perfeita combinação entre solo e clima – como diriam os franceses, o perfeito terroir.

Em Londres, no International Wine Challenge 2010 - concurso independente de vinhos com muita influência - 10 vinhos brasileiros foram premiados, sendo 9 deles espumantes. No 30° San Francisco International Wine Competition, realizado entre os dias 18 a 20 de junho,

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número ainda está na casa dos 2,3 litros per capita(dependendo da fonte adquirida) –, a bebida ainda é preferência de poucos, mas tem, sem dúvida, conquistado cada vez mais os paladares mais apurados e os amantes da boa mesa.Até 2011, os brasileiros consumirão até 370 milhões de litros de vinho por ano, de acordo com um estudo realizado pelo centro de pesquisas britânico InternationalWineandSpiritRecord. Pensa-se que o consumo de vinho pela classe média brasileira seja 39% maior em 2011 e que na globalidade, o consumo de vinho aumente 12,5% com base em 2005. Estima-se que o Brasil seja o segundo maior consumidor da América Latina, só perdendo para a Argentina.

Prova disso é a crescente produção de vinhos finos em regiões viníferas brasileiras, como o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Hoje, grandes vinícolas produzem vinhos dignos de, no mínimo, muita admiração, em terras que há 15 anos só eram cultivadas uvas para produção de vinhos de mesa ou sucos (uvas americanas). Entre as maiores, como Casa Valduga, Miolo ou Salton, ou entre as menores - com menor produção, mas com qualidade surpreendente-, como Angheben ou Dom Cândido, fato é que as vinícolas impressionam pela crescente tecnologia, estrutura e busca de qualidade.

A grande surpresa: os tintos

Aos que buscam um bom vinho nacional, sem dúvida o espumante é o ovacionado. Foi com esse intuito que visitei, particularmente, o Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Ao buscar o seu melhor,

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deparo-me com vinhos tintos surpreendentes, de uvas pouco conhecidas no mercado, como a Marselan ou a Teroldego. Experiências nacionais que provam que temos muito a oferecer. Não podemos deixar de mencionar que, na realidade, as espécies vitiviníferas e os métodos especiais para vinhos finos foram realmente aplicados em nossas vinícolas há cerca de 10 anos. Penso nos grandes vinhos que poderemos produzir em 30 anos (estágio em que a vinha, ou videira, está em seu ápice para produção de uvas perfeitas ao bom vinho).

Tradição e qualidade

Com grande influência italiana, a região vinícola brasileira, assim como as tradicionais vinícolas do mundo, teve “dificuldades” em aceitar a implantação da tecnologia em sua produção. Ao andarmos pelas vinhas, percebemos roseiras por toda parte, dando referência ao antigo combate às pragas, quando se considerava que, com sua fragilidade, a roseira poderia identificar antecipadamente uma peste que viesse a atingir os vinhedos principais. Costume que foi utilizado por anos e até hoje dá a concepção dos pequenos vinhedos. Claro, com técnicas novas, deixou de ser uma forma de controle, porém, de pequena importância técnica, mas de suma importância histórica, cultural e espiritual, essa tradição embeleza e magnifica ainda mais o Vale dos Vinhedos.

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Uma viagem pelos vinhos de garagem

Um achado! Essa é a melhor descrição para Bettú. Mas o que seria Bettú? Vale a pena descrever.

Vilmar Bettu produz seus vinhos num porão. São cerca de 5 mil garrafas anuais (dependendo da safra), de dezenas de variedades. Destas, metade fica para o consumo da família e amigos. Entre os que ficam, um maravilhoso espumante – em apreciação, segundo o proprietáro. Foi nos servindo, de acordo com o próprio Vildomar Bettú, sua “experiência” em espumantes. Ele retirou as leveduras na hora e nos serviu, da forma mais fresca possível, um de seus espumantes. A perlage era a mais fina possível, digna dos melhores Champagnes! Ao tentarmos comprar, Vildomar responde: “Ainda não está à venda, é apenas para consumo próprio... faremos mais avaliações”. Fala esta que só comprovou aquilo que acabávamos de degustar: um vinho de grande qualidade, feito um a um, de maneira totalmente artesanal, porém com grande rigor de qualidade.

Sim, ao contrário do que muitos pensam, ao visitar a região dos vinhedos no Sul do país (e, com certeza, em outras regiões) podemos perceber que o Brasil nos reserva vinhos de grande qualidade!

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16 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Minas Gerais está longe do mar, mas é provida com grande diversidade de pescados oriunda das regiões litorâneas. E com a criatividade dos cozinheiros e chefes mineiros, baianos e capixabas, a preparação de vários pratos como peixes, crustáceos e moluscos vêm provocando o paladar dos comensais. É possível encontrar sabores que vão da Bahia ao Espírito Santo. Azeite de dendê, leite de coco, urucum e coentro conferem aromas e nuances aos pescados nos dando a sensação que o mar está prá peixe e cada vez mais próximo.

Com certeza você já ouviu falar que comer peixes e frutos do mar faz bem à saúde. Pois é, nesta matéria abordamos dicas, receitas e alguns cuidados na compra e no consumo destes alimentos, bem como aonde comprar e comer os melhores peixes e frutos do mar.

Especificações e Benefícios no Consumo dos Peixes e Frutos do Mar

O termo frutos do mar compreende duas classes conhecidas como crustáceos e moluscos. Embora popularmente chamados de frutos do mar, os peixes por sua vez não fazem parte desta nomenclatura. Entre os crustáceos estão inseridas as lagostas, lagostins, siris, caranguejos e camarões. Já os moluscos são representados pelas ostras, mexilhões, vieiras, mariscos, vôngoles (berbigão), caramujos, polvos e lulas. Tanto os frutos do mar quanto os peixes, são alimentos de elevado valor nutricional, principalmente por serem ricos em proteínas de boa qualidade e alto teor de vitaminas e minerais.

De acordo com a nutricionista Marcela Motta Machado, da clínica Espaço Nutre, estes alimentos podem trazer inúmeros benefícios à saúde. Associados à crescente preocupação com uma alimentação saudável, o seu consumo vem se tornando cada vez maior entre toda população. “Muitos são os benefícios do consumo de frutos do mar e peixes. Além de apresentarem um menor teor de gordura saturada, estes alimentos, principalmente os peixes

Peixes e Frutos do Mar em Minas têm seu Lugar

Por Rosilene Campolina - Fotos: Divulgação

>> “...Já que Minas não tem mar eu vou pro bar...”

(música do compositor baiano Alexandre Peixe)

de águas frias, são ricos em ácido graxo ômega 3 (um tipo de ácido graxo poliinsaturado que está relacionado com ações anti-inflamatórias, diminuição do risco de doenças coronarianas, dentre outros fatores benéficos), e proteínas de alto valor biológico. Vitaminas e minerais também se encontram nesse tipo de alimento, tais como a vitamina A, E, vitaminas do complexo B e principalmente D, que possui importante atuação na calcificação óssea, prevenindo assim, contra osteoporose”. Quanto aos minerais, verifica-se grande quantidade de sódio, ferro, potássio, magnésio, cobre, enxofre, fósforo, iodo, cálcio, flúor, selênio, manganês, cobalto e zinco, como informa Marcela. Porém, a nutricionista alerta: “Apesar dos inúmeros benefícios, os crustáceos apresentam alto teor de colesterol e purinas (transformadas em ácido úrico no organismo), logo, deve-se evitar o consumo exagerado dos mesmos. Além disso, dependendo do modo de preparo (como a fritura, por exemplo), muito dos benefícios se perdem.”

Agora sabendo de todas estas vantagens, fica difícil não incluir os peixes e frutos do mar na sua dieta. No entanto, a melhor parte é quando esses alimentos estão preparados e prontos para serem apreciados.

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17 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

>> Como escolherPeixes Mantidos sob refrigeração (-5º C a 0º C) ou sob gelo em escama. Guelras vermelhas. Odor característico. Olhos salientes e brilhantes. Corpo rijo.

Camarão

Mantidos sob refrigeração; cabeça aderente ao corpo; casca firme e presa; corpo rijo.

Peixes inteiros: Como regra geral, os peixes de água doce devem ter um cheiro fresco e limpo, enquanto os peixes de água salgada devem cheirar a mar.

Os olhos: devem estar inteiros, brilhantes e salientes. Não compre peixe com olhos opacos, secos ou murchos.

As guelras: devem estar limpas, vermelhas e brilhantes, sem limo.

O corpo: deve estar firme, liso e rígido, sem “machucados”.

A pele: deve estar brilhante e úmida, com as escamas intactas.

Peixes em postas: É melhor que as postas sejam cortadas em sua presença ou que você compre o peixe inteiro e corte as postas em casa. Mas peixes muito grandes em geral são vendidos em postas já cortadas. Para avaliar se as postas estão frescas, verifique o cheiro e a textura: deve ter cheiro fresco e uma

aparência úmida, firme e elástica, não ressecada.

Lagosta e caranguejo: Se comprá-los vivos, escolha um que esteja bem ativo e pesado em relação ao seu tamanho. Se comprá-los mortos, verifique se a casca esta inteira e as garras intactas. O cheiro deve ser fresco, sem ser forte.

Mexilhão e marisco: Não compre os que têm muito lodo ou crostas, ou rachados ou danificados.

Rejeite os que continuam abertos ao se bater na casca.

Vieiras: Em geral, são vendidas limpas e sem a casca. Se tiverem um cheiro fresco e adocicado, estão frescas. A carne deve ser levemente cinza e translúcida.

Ostras:

As cascas devem estar perfeitas e totalmente fechadas. Quando bater nas cascas, deve emitir um som de algo sólido.

Camarões: Os cozidos devem ser firmes e ter cor brilhante. Os camarões crus devem também ser firmes, com casca acinzentada e brilhante. Evite comprar camarões com manchas pretas, pois não estarão frescos.

>> Onde comprarQuando o assunto é peixes e frutos do mar, ninguém deixa de visitar o Mercado de Peixes da Lagoinha, ou melhor dizendo, do Bonfim, como todos o conhece, bem no centro de Belo Horizonte. Uma espécie de “Broadway dos pescados”, a “Rua Bonfim” possui diversas lojas que oferecem uma grande variedade em peixes e frutos do mar. O serviço de entrega a domicílio faz a diferença do lugar e os clientes podem comprar ou encomendar pescados frescos e congelados de ótima qualidade.

Mas para os chefes e gourmets que procuram uma linha de frutos do mar exótica, o melhor endereço são as lojas do Super Nosso Gourmet. Lá é possível encontrar diversas espécies de peixes e outros pescados que vão desde lagostas, camarões, vieiras, escargots, salmão, atum até o inusitado king crab “centolha”, o carangueijo gigante do Pacífico. Estes produtos estão disponíveis nas lojas de Lourdes, Luxemburgo, Cruzeiro, Buritis, Nova Lima e na nova loja do Xuá.

Outra sugestão é o Tele Camarão Comércio de Pescados e Congelados, no Gutierrez. A loja disponibiliza uma vasta

linha de peixes, crustáceos e moluscos; defumados e frescos, nacionais e importados:

Rua Marechal Hermes, 276, Gutierrez - Belo Horizonte

Fone: (31) 3292-7651

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18 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

No restaurante Baiana do Acarajé, é possível encontrar uma série de pratos feitos com peixes e frutos do mar. Porções generosas são servidas a bom preço para todos os gostos. Destaque para o acarajé de camarão fresco, a casquinha de siri, moqueca de camarão, lagosta e pescada amarela, camarão na moranga e o delicioso casquilho embriagado - camarão flambado na cachaça e servido no coco fresco, prato que concorre ao circuito “Cachaça Gourmet 2010”.

Outra opção saborosa é o Xanadu, um dos pioneiros a servir frutos do mar na capital. Destaque para a lagosta gratinada, moqueca e pasteizinhos do crustáceo. O atendimento é feito pelo proprietário Jovane Nadu que atende seus clientes de forma personalizada.

O restaurante Badejo também faz bonito quando o serviço é pescados. A moqueca, principal receita quando a casa foi inaugurada, aparece em mais de trinta versões no cardápio, todas preparadas em panela de barro. Os peixes frescos são trazidos de Ilhéus, na Bahia. O couvert marinho leva à mesa bolinho de bacalhau, iscas de peixe, lulas e camarão frito.

E, por fim, a dica para comer as melhores ostras frescas, camarões à provençal e risoto de frutos do mar, por incrível que pareça vem de uma churrascaria, o Porcão. Além das ofertas tradicionais da casa e o buffet japonês, desfilam pelo espeto diversas opções de peixes e, para acompanhar, o serviço dá direito ao bufê de salada e pratos de frutos do mar.

Agora que você já aprendeu “quase tudo” sobre peixes e frutos do mar, está na hora reunir os amigos e preparar a iguaria. Confira a seguir a receita do delicioso risoto de tinta de lula e camarões. Bom apetite!

>> Onde comer

>> Acarajé da Baiana Ana Hilda - Restaurante Baiana do Acarajé

>> O atendimento é feito por simpáticas baianas caracterizadas que são também a atração do lugar

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19 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Risoto de Tinta de Lula e Camarões

Rendimento: 4 porções

Tempo de preparo: 35 minutos

Nível de dificuldade: médio

Valor calórico da receita: 1728,48 Kcal

Ingredientes:

- 280 g de arroz arbóreo ou vialone nano

- 8 g de tinta de lula ou 2 sachês/envelopes

- 10 camarões VG limpos com a cauda (use as cascas para o caldo)

- 1500 ml de caldo de camarões (ou peixe) fervente

- 1 cebola pequena cortada em brunoise (cubinhos)

- 2 dentes de alho bem picadinhos

- 1 maço pequeno de salsa bem picadinha

- 1 taça de vinho branco seco

- 1 colher de manteiga

- 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem

- Folhas de salsa e mini-tomate italiano para finalizar

Modo de preparo: Lavar os camarões e escaldar rapidamente em água e sal. Saltear por 2 minutos no azeite com alho e pimenta. Polvilhar salsinha e reservar em local aquecido.

Numa panela de fundo grosso, refogar no azeite a cebola e o restante do alho por alguns minutos em fogo alto. Acrescentar o arroz e mexer por 2 minutos. Colocar o vinho branco e deixar evaporar. Acrescentar o caldo de camarão quente, uma concha de cada vez. Mexer sempre para soltar o amido e ficar cremoso.

Cozinhar o arroz al dente (o que deve ocorrer por cerca de 18 minutos),

acrescentar mais caldo toda vez que o líquido for absorvido. Acertar o tempero com sal e pimenta. Incorporar a manteiga e polvilhar salsinha.

Dispor o risoto em pratos fundos. Coroar com os camarões. Finalizar com salsinha e mini-tomatinho italiano. Servir imediatamente como na sugestão do portal gastronômico www.chefachef.com.br

Toque de Chef: afervente os camarões e as cascas com ervas aromáticas (bouquet garni). Coe e empregue no risoto. Se desejar, acrescente lulas e faça o mesmo processo dos camarões.

Baiana do Acarajé - Chefs Odair Melo e Ana Hilda

Rua Antônio de Albuquerque, 473 e 440 - Savassi

Belo Horizonte - MG

Tel: (31) 3264-5804

Serviço (onde comer):

Xanadu Bar e Restaurante - Chef Jovane Nadu

Rua Aimorés, 2474. Santo Agostinho

Belo Horizonte, MG – 30140-072

Tel. (31) 3261-1757

Fax (31) 3261-1757

Restaurante Badejo – Glério Costa Jr.

Rua Rio Grande do Norte, 836

Bairro: Savassi

Telefone: 3261-2023

Restaurante Porcão BH - Chef Glasdison Bezerra

Av. Raja Gabaglia, 2985. Estoril

Belo Horizonte, MG – 30350-540

Tel. (31) 3293-8787

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20 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Nelsa Trombino nasceu em Cubatão, Estado de São de Paulo. Aos 23 anos se casou com Fábio Figueiredo e veio para Minas Gerais, indo morar na Fazenda Maracujá, perto de Lagoa da Prata. Nelsa já trouxe consigo uma rica bagagem da cozinha regional brasileira e da culinária Italiana, herança dos pais.

A Fazenda Maracujá, que tinha muitas criações e um pomar imenso, tinha também uma fábrica de doces e compotas artesanais, que se tornou na verdade, a sua escola de iniciação na cozinha típica mineira.

Nelsa correu o Brasil com seu esposo, que era chefe de obras itinerantes, e em sua casa nunca faltou um tacho de cobre, um fogão a lenha, uma panela de ferro e outra de pedra e muito amor à cultura. Seu lazer era oferecer uma comidinha mineira para amigos e vizinhos.

Em 1980 fixou residência em BH, onde adquiriu um terreno na Pampulha e construiu uma casa.

Dona Nelsa era gerente da Academia Samuray’s e com muito sacrifício, vendendo queijos, bolos, roscas e doces, conseguiu junto com o orçamento do marido, comprar um terreno na Pampulha onde construíram uma casa e é claro, um fogão a lenha na cozinha.

A partir de então, eram muitos os convidados, amigos e parentes, que durante os finais de semana, freqüentavam a residência para aproveitar os ares da Pampulha e para saborear os deliciosos almoços de Dona Nelsa.

Mas como o orçamento da família era pequeno e quase não dava para todos os compromissos, às vezes era necessário ter que matar os frangos do quintal para fazer o almoço para todos. Foi então que surgiu a idéia de fazer os almoços e cobrar pôr eles.

Nelsa adquiriu o terreno do lado de sua casa , e em 22 de Agosto de 1988 instalou o Restaurante Xapuri, visando inicialmente atender amigos que adoravam sua comida e a um pequeno público.

Dona Nelsa

>> Chef do mês

Por: Paula Cerutti

Fotos: Divulgação

E o fogão a lenha: sempre presente.

Hoje é considerada uma das melhores chefes de cozinha típica mineira do Brasil: foi convidada pela Belotur para participar do Projeto “Mês do Brasil” em Taiwan, representando a cultura mineira; foi convidada para fazer um cardápio para vôos internacionais da VARIG por Dânio Braga; faz parte da Boa Mesa e está presente no calendário da Nestlé entre os melhores chefs do Brasil.

Como e quando tudo começou

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Os amigos insistiam em chamar o restaurante de Atrás da Moita, devido à “moita” entrada, que, foi preservada para manter e garantir a privacidade dos clientes. Mas o nome escolhido por Nelsa , desde o início, foi mesmo Xapuri.

O nome veio através da viagem de um “tio” que foi fazer uma pesquisa em Xapuri e se apaixonou pelo lugar e pelos indígenas, que acabou colocando o nome de sua Fazenda também de Xapuri.

Dona Nelsa gostou muito do nome, porque na língua indígena, Tupi Guarani, Xapuri quer dizer: “Lugar Bom” sem dúvida era a cara do restaurante.

Toda a história do restaurante, as características dos pratos, está relacionada à história da família. Há 20 anos tudo vem sendo criado em cima de vivências e experiências de toda a família e também da história Brasileira.

A base é a comida simples, mineira, feita com muito amor e com o mais alto padrão de qualidade.É a proposta de Nelsa, que controla rigorosamente e pessoalmente toda a produção.

Tudo é feito na hora, no próprio restaurante. Os doces, o queijo, e a lingüiça (carro chefe da casa) , são produzidos no próprio restaurante pelos funcionários treinados por Nelsa.

Ingredientes:

- 400 grs. de filet suíno

- 100 ml. de suco de tangerina

- 150 grs. de cebola cortada em rodelas finas

- Pimenta de bode a gosto

- 30 grs. de tempero verde

- 100 ml. de vinho branco seco

- 20 grs. de alho esmagado

- 100 ml. de banha

- 500 ml. de água

- 10 grs. de amido de milho

- 70 ml. de leite

- Agrião para decorar

Suíno Granfino

Preparo: - Lavar o filet, temperar com o tempero verde, o alho, a pimenta, o suco de tangerina, o vinho branco e a cebola, deixar marinar por uma hora

- Em uma panela, colocar a banha para aquecer bem, dourar o filet, regando ao poucos com a vinha d’alhos.

(Não colocar a cebola, reservando-a)

- Somente quando o filet estiver bem dourado, acrescentar a cebola e doura-la bastante

- Colocar a água e deixar cozinhar

- Quando o filet estiver cozido, retira-lo da panela e reservar

- Coar o molho restante e voltar com ele para o fogo acrescentando o amido de milho dissolvido no leite, deixar encorpar

Ingredientes:

- 100 grs. de batata doce cozida passada no espremedor

- 20 grs. de manteiga

- 15 grs. de bacon

- 50 ml. de leite

- 20 grs. da castanha do Pará sem casca e triturada

- 15 grs. de lingüiça

- 01 pitada de açúcar

- Sal a gosto

Purê de Batata Doce com Castanha do Pará

Rendimento:

Preparo: - Fritar a bacon e a lingüiça na manteiga

- Acrescentar a batata doce

- Acrescentar o açúcar e o sal e a castanha do Pará

- Acrescentar o leite

- Ajustar o ponto

1 Porção individual

Xapuri História dos pratos

Forma artesanal de preparação

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22 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

>> Adelaide Engler

Caviar, a iguaria dos Deuses

Para quem não sabe o que são estas deliciosas esferas que explodem na boca, elas são as ovas de um peixe primitivo, o Esturjão.

Ele parece um tubarão, e provavelmente existe na terra desde a época em que os dinossauros desapareceram, tem barbatanas laterais e uma cabeça afilada. Alguns esturjões podem viver 100 anos, pesar uma tonelada e medir até 6 metros.

As fêmeas atingem maturidade sexual para reproduzir entre 8 a 14 anos de idade. A barriga da fêmea deve ser cortada quando ela ainda está viva, porque quando ela morre solta uma substância danosa para os ovos. Eles são removidos de uma membrana, depois pesados, lavados e salgados, para depois serem enlatados e vendidos.

Os melhores caviares do mundo são o Russo e o Iraniano. Um quilo de Beluga iraniano, é comercializado por cerca de

11 mil dólares. Existem 24 tipos de caviar, os 3 mais nobres são o Beluga, o Sevruga e o Osetra.

Beluga é o mais caro de todos, possui o maior grão e uma coloração cinzenta. Sevruga é o mais barato entre os três, os grãos são pequenos e o gosto é muito forte. Osetra tem grãos pequenos, mas é mais firme que o Beluga, tem um gosto amendoado e coloração variável entre marrom e dourado.

Risco de extinçãoA caça predatória está levando várias espécies do esturjão à extinção, principalmente o Beluga. A pesca indiscriminada pelo ouro negro vem matando animais cada vez mais jovens, com ovas ainda pequenas. Estima-se que, hoje, 90% dos esturjões encontrados em mares abertos sejam machos e muitas, das fêmeas restantes, apresentem deformações genéticas. Na década de 70, eram produzidas cerca de 30 mil toneladas do caviar negro. Atualmente são apenas 3 mil.

Caviar sustentável na América LatinaUma novidade super interessante para nós Sul- americanos é que apesar de Originário do Mar Cáspio, o esturjão tem encontrado em fazendas marinhas do Uruguai o habitat perfeito para se reproduzir de maneira sustentável. O resultado é um peixe mais saudável , que produz ovas maiores e com certificado de qualidade garantida

Foi a família Alcalde, proprietária dos Esturiones del Rio Negro, quem importou ovas de esturjão da Rússia e as levou para o Uruguai, em 1992. Experts russos ajudaram na implantação do projeto, ensinando técnicas corretas e a ração ideal – os peixes são alimentados quatro vezes por dia. As águas limpas e frias do rio Negro e a temperatura estável durante o ano todo da região fazem do local o habitat perfeito para a reprodução do peixe.

Fotos: Adelaide Engler e divulgação

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23 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

As fazendas marinhas ficam numa área isolada, dentro de um ecossistema cuidadosamente respeitado e protegido. Lá é possível ter um controle mais rigoroso e próximo da produção do animal, mas, ainda assim, manter similaridades com o habitat natural e selvagem. Os especialistas em caviar a chamam de wild raised production. Nesses criadouros, as fêmeas têm reproduzido em tempo bem menor. Após cinco ou seis anos de vida, elas já estão dando ovas de excelente qualidade. Sem nenhum uso de substâncias químicas ou hormonais.

A maior parte da produção da Esturiones del Rio Negro é exportada para Europa e Eua, e o Brasil está apenas iniciando o consumo desse sofisticado produto, antes importado de águas longínquas e agora produzido aqui ao lado, por novos vizinhos uruguaios.

A receitaPodemos fazer milhares de receitas e utilizar o caviar, mas um ingrediente assim tão especial, com textura e paladar singulares, prefiro consumi-lo da maneira mais simples, para não mascarar em nada suas propriedades organolépticas. A minha dica é preparar os tradicionais blinis russos e servir com creme azedo e cebolinha. Essa receita extraí do livro The World of Caviar, que me foi presenteado pelo gerente do Petrossian de Nova York, já testei e aprovei, várias saborosas vezes ! Bom apetite !

www.adelaideengler.com.br

www.myfoodtranslator.com

Ingredientes:

Modo de fazer:

- 160 g de farinha de trigo

- 3 colheres de sopa de azeite

- 3 gemas

- 2 claras em neve

- 100 ml de creme de leite batido

- 10 g de fermento de cerveja para pão

- 150 ml de leite morno

Misturar as farinhas. Dissolver o fermento no leite morno,

acrescentar o azeite e misturar com a farinha. Deixar em um

lugar quente por 2 horas para crescer. Misturar as gemas

com a massa delicadamente, depois incorporar o creme de

leite batido aos poucos alternando com a clara em neve.

Salgar e pimentar. Colocar a massa em uma frigideira

antiaderente e deixar por 2 minutos de cada lado.

Servir com: 100 g de caviar e 200 ml de creme azedo e

cebolinha francesa picada.

Rua Virgínia, nº 338 - Carlos Prates - Belo Horizonte - MG - Telefone: (31) 3234-2071 - Celular: 9973-2245

E-mail: [email protected] - Site: www.marinnho.com.br

PRODUTOS MARINNHO

LICORES MARINNHO, com frutas naturais nos sabores

Jabuticaba, Baru, Pequi, Jenipapo, Limão Rosa, Amora, Mexerica e Cidra.

CASTANHAS DE BARU MARINNHO, com ou sem casca, salgadas e torradas.

Conheça também trufas, barra de cereais e paçoquinha de baru.

GELEIAS MARINNHO com frutas naturais nos sabores

Pimenta Biquinho, Jabuticaba, Mexerica, Baru e Maracujá.

Compota de Casca de Jabuticaba

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24 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Há muito, um dos lugares mais perigosos para as crianças dentro de casa era a cozinha, situação que vem sendo modificada em virtude de uma nova mania, as aulas de culinária especiais para crianças. Aos poucos o interesse da meninada pela gastronomia foi aumentando, ao mesmo tempo em que os pais percebiam a possibilidade de introduzir na alimentação dos filhos alimentos até então odiados por estes.

Foi percebendo este mercado em Belo Horizonte, que o Spazio d’olivo ministra há mais de três anos aulas voltadas exclusivamente para crianças de 5 a 12 anos. Os cursos que acontecem normalmente em janeiro e julho, época em que as crianças estão de férias e em algumas datas do ano como, por exemplo, na páscoa e na semana da criança tem a duração em média de 3 horas e cerca de 10 alunos. As aulas são realizadas pela chef Flávia Caetano.

Os objetivos são amplos, as crianças se socializam, aprendem brincando na cozinha e quando preparam o prato é fato que elas degustam antes de falar que simplesmente não gostam. É bem interessante porque as mães falam que a criança em casa não come este ou aquele alimento e lá no curso comem. Eles esperam que as crianças tenham prazer pela comida e que aprendam a ter uma boa refeição, explica Monica Caldas, gerente de negócios do espaço.

Ainda, segundo Monica Caldas, “acho que a criança apresenta um despertar para a alimentação que em muitos casos é insatisfatória em algumas faixas etárias. A socialização que os cursos trazem também é ponto importante porque eles formam grupos e trabalham em equipe e degustam tudo que fazem.

A chef Rosilene Campolina relata que seus filhos sempre pedem para que ela realize aulas de culinária para eles e

Gastronomia infantil é o auge do momento

Por Paula Cerutti - Fotos: Rosilene Campolina e Monica Caldas

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25 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

seus amiguinhos. “Na escola onde estudavam era chamada para fazer aulas de culinária com a meninada e eles sempre viram isso como algo lúdico, inclusive se você perguntar se preferem jogar algum jogo ou fazer culinária, a resposta sempre é a culinária”, ressalta Rosilene

Para a Chef, “no meu prédio há muitas crianças e todas adoram “brincar de culinária”. Acho que o boom gastronômico alcançou o público infantil e hoje é fácil observar várias escolas ministrando cursos para os baixinhos. Até as escolas de ensino fundamental têm no seu currículo as aulas de culinária. A alegação é que as crianças socializam, concentram e exercitam o português ao escrever as receitas e a matemática ao lidar com as quantidades e até frações de ingredientes”.

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26 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Profissão:Barista

Por: Helga Andrade

Não, eu nem sempre gostei de café. Nada contra os baristas que sempre foram apaixonados por café, bebiam pingado e roubavam frutinhas de café pra chupar na fazenda. Mas essa história não é minha. Eu não nasci debaixo de um pé de café e as minhas melhores recordações são de bacias de jabuticaba comprada na feira, mangas, mexericas e limões-capeta catados no quintal da minha avó. Na minha infância em Divinópolis, café era sinônimo de refeição. E café (a bebida) era uma coisa forte, preta, quente, amarga e doce (?!), coisa de adulto.

Eu me mudei para Belo Horizonte e, na faculdade, meus colegas costumavam se sentar na cantina no intervalo das aulas, tomar um café e fumar um cigarro. O café era o mesmo que eu não tomava antigamente: forte, preto, quente e amargo. Mas eu às vezes bebericava um pouco. Era mais para compartilhar o momento, o cachimbo da paz, calorzinho num dia frio. Ou pra espantar o sono. O

açúcar a gente podia servir à vontade no balcão da cantina. Mas eu preferia o café puro.

Quando eu passei uma temporada em São Paulo, fazendo um estágio de férias, fiquei hospedada em uma pensão para moças. A Dona Léa, proprietária da pensão, era uma octogenária professora de inglês, fonoaudióloga e com muita história para contar das suas viagens ao exterior. Ela tomava um café espresso por dia na lanchonete do supermercado que ficava na rua ao lado.

Ela me contou que o sonho dela era ser Barista. Que, se ainda fosse moça, largava tudo e ia viver de estudar e trabalhar com café. Que essa era a profissão mais charmosa, mais elegante, mais prazerosa que alguém poderia ter. Eu? Nunca tinha ouvido falar.

Um dia ela me levou numa cafeteria. Tomei meu primeiro espresso (que eu me lembre). A Dona Léa me disse que ali eles serviam o melhor café da cidade. Aquele café era concentrado, encorpado, mas não amargava.

Quando voltei para BH, passei a freqüentar algumas cafeterias com um grupo de amigos. Nós nos chamávamos de “a intrépida trupe”, passávamos nosso tempo livre e gastávamos nosso dinheiro que sobrava tomando café e comendo em lugares bacanas. Eu descobri nessa época o prazer em identificar aromas e sabores. Justo eu, que quando criança não comia nada e achava que café tinha gosto de cheiro de suor. Justo eu, começava a brincar de sentir gostos e cheiros numa xícara de café.

No último ano de faculdade eu precisava de um trabalho

Nunca sonhei ser Barista

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27 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

flexível e andava querendo uma experiência diferente. Um amigo ia abrir uma cafeteria, então fui pedir um emprego de garçonete. A equipe toda fez um treinamento de barista e eu achei tudo aquilo deslumbrante. Comecei a estudar, treinar e quando a cafeteria abriu, fui designada barista da casa e me levaram para competir no campeonato mineiro de baristas. Eu me lembro do que eu disse para um barista com quem eu aprendi muito sobre barismo e sobre paixão: “pela primeira vez na vida eu acho que quero fazer alguma coisa pra sempre”.

“Pra sempre” é muito tempo, mas eu decidi fazer do café a minha vida. O café já me significou muita coisa: já foi obrigação, acolhida, gentileza, consolo, calor, entusiasmo. Hoje o café para mim é encontro. Na xícara, um encontro com o outro, no compartilhar mesa, conversa e experiência. No shotglass, um encontro comigo mesma: na rara combinação diária de paz de escolha acertada e fascínio em cada nuance.

O café é reconhecidamente um estimulante intelectual. Em torno dessa histórica bebida, foram traçadas revoluções, escritos manifestos, compostas cantatas e inspirados amores. De revoluções a serenatas, a maioria provavelmente perdurou mais na memória do que nos livros.

O hibisco, muito comum nos jardins brasileiros, é conhecido como a planta da efemeridade: suas flores, muito frágeis, vivem apenas 24 horas. Na Polinésia Francesa, os nativos costumam atirar hibiscos ao mar como uma oferenda à deusa Vênus, para que ela traga de volta os amores perdidos. Por causa desse hábito, ao hibisco também foi dado o nome de Mimo de Vênus.

Em celebração às paixões efêmeras e ao espírito revolucionário e sonhador que nos libera os sentidos, segue uma deliciosa receita que combina o café e o hibisco, ambos ingredientes que já foram censurados por seus ditos poderes afrodisíacos.

Mimo de Vênus

Calda de amora com pimenta-rosa

1 xícara de chá (150ml) de amoras maduras amassadas (pode-se substituir por framboesas ou morangos bem maduros)

1 colher (café) de pimenta-rosa

1 xícara de café (50ml) de mel

Cozinhar todos os ingredientes em fogo baixo, até obter consistência um pouco mais mole que a de geléia. Coar.

Chá de hibisco

1 colher de sopa de hibiscos secos

1 xícara de chá (150ml) de água quente

Deixar em infusão por 5 min. Coar.

Em uma xícara (50ml), acrescente 1 colher (sopa) da calda preparada e 1 colher (sopa) do chá de hibisco. Extraia o café espresso sobre a mistura ou, se preferir uma bebida mais suave, utilize café coado.

>> Receita:

<< .................................................. >>

Helga Andrade é Turismóloga formada pela UFMG e Barista. Escreve semanalmente o blog do Clube Barista de Minas Gerais:

(www.clubebaristamg.blogspot.com).

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28 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

O Jaraguá é um dos bairros mais conhecidos da região da Pampulha. Localizado próximo a pontos de referência da cidade, como o aeroporto da Pampulha, a UFMG, o Mineirão e Mineirinho, o bairro vem se destacando pela excelente gastronomia ofertada.

A principal avenida é a Isabel Bueno onde pode-se encontrar diversos restaurantes, desde barzinhos com mesas na calçada até a sofisticada gastronomia. Um dos grandes incentivos para a gastronomia na região é a copa do mundo de 2014, uma vez que Belo Horizonte será uma das sedes da competição, e o bairro está localizado nas redondezas do estádio.

Por Paula CeruttiFotos: lugaresparairembh.blogspot.comRachel Mara, Fabily Rodrigues

>>Sabores do Jaraguá e região

>> Chico do Churrasco Dona Clara

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29 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

De acordo com Ivo Faria, chef de cozinha e morador do Jaraguá “o bairro está, a cada dia, mais verticalizado, e é esse público, que mora em apartamentos, que mais gosta de sair. Por isso a demanda vem crescendo tanto. O bairro já tem boas casas no ramo da gastronomia, mas ainda há

muito espaço para crescer e melhorar. Jaraguá e Dona Clara são dois bairros que deram um pulo muito grande nos últimos dois anos e a tendência é crescer ainda mais”.

Page 30: Revista Minas Gourmet - Edição 5

30 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Page 31: Revista Minas Gourmet - Edição 5

31 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Page 32: Revista Minas Gourmet - Edição 5

32 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

>> Surubim no Espeto

O Restaurante Surubim no Espeto iniciou suas atividades em 2006 no bairro Jaraguá. Em 2008 foi inaugurada a 2ª loja no bairro Cidade Nova e, em breve, o consumidor poderá contar com mais um espaço gastronômico no Bairro de Lourdes. Num ambiente familiar, o cliente tem a oportunidade de deliciar diversos pratos, sendo que o carro chefe do Restaurante é o saboroso Surubim no Espeto.

O Restaurante também possui um playground para diversão dos filhos de seus clientes. A loja no Jaraguá fica situada à Avenida Isabel Bueno nº 670, fone 3443-5594 e, a loja na Cidade Nova tem como endereço a Rua Alberto Cintra nº 265, fone 3486-0167.

O prato principal é o Surubim no Espeto, que vem acompanhado de arroz, molho de ervas, pirão e batata sauté. Além desta deliciosa iguaria, o apreciador de uma boa gastronomia encontra no restaurante pratos que levam picanha, salmão, bacalhau, entradas como casquinha de siri, lula, bolinho de bacalhau e diversas outras iguarias para satisfazer o desejo de degustar uma excelente comida.

Neste ano de 2010, o restaurante participou do evento gastronômico “Cachaça Gourmet”, dentro do projeto “BH Espera por Você” e foi premiado em 2º lugar com seu tradicional Surubim no Espeto, incrementado com cachaça.

“Queremos deixar um convite para você, que gosta de apreciar um delicioso peixe, nos prestigiar num ambiente familiar e muito bem estruturado para atender o nosso cliente”, frisa Matuzalém Gomes Cardoso, um dos proprietários do restaurante.

Por Paula CeruttiFotos: Divulgação

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33 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

- 1 kg de Filé de Surubim

- 200 g de cebola branca grande

- Sal

- Alho

- Limão

- Leite de côco

- Molho de tomate

- Manteiga

Ingredientes:

Modo de Preparo:

- Divida o filé de peixe em 5 partes de 200g;

- Tempere com sal, alho, limão e leite de côco a gosto;

- Divida a cebola em 4 partes;

- Espete o filé de peixe intercalando com a cebola;

- Leve o espeto à brasa por 15 minutos em fogo brando;

- Retire o espeto e cubra o peixe e a cebola com molho de tomate;

- Volte ao fogo e deixe assar por mais 5 minutos;

- Em seguida, pincele a manteiga derretida;

- Agora é só servir. A sugestão é servir com arroz branco, batata sauté, pirão e molho de ervas.

Surubim no espeto assado na brasa

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34 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

FestivalBar em Bar é DEZ!

Entre os dias 4 de novembro a 5 de dezembro Belo Horizonte realizou a quarta edição do festival Bar em Bar, com novidades para os mineiros. Neste ano, todos os tira-gostos dos estabelecimentos participantes custaram apenas R$ 10. Além do preço promocional e unificado, os bares participantes abusaram da criatividade ao combinarem ingredientes tradicionais e inusitados com resultados repletos de mineiridade.

Com a finalidade de valorizar a arte de botecar e evidenciar a cultura do bate-papo e da gastronomia em Minas, o festival contou com a participação de 36 estabelecimentos no estado. Durante um mês, os bares participantes ofereceram aos consumidores porções exclusivas, criadas especialmente para o evento.

Realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel MG), o tema central da campanha do festival fez referência às eleições: “Tão democrático que agrada quem prefere à direita, à esquerda ou o balcão”. O objetivo foi reforçar a imagem dos bares e restaurantes como espaços democráticos de lazer, de convivência social e de respeito às diferenças.

Para Paulo Nonaka, presidente da Abrasel MG, o evento vai além de apenas destacar a gastronomia. “Além do bar ser o ponto de encontro preferido dos mineiros,

principalmente dos belo-horizontinos, o festival também evidenciou questões como o respeito ao público”, diz. A intenção principal é valorizar o ambiente, lançando um movimento de boa convivência entre os estabelecimentos e a sociedade. “O evento trabalha a imagem do bar como um espaço democrático, que incentiva o consumo responsável da bebida, se preocupa com a vizinhança, mantém boas práticas na cozinha, enfim, visa valorizar o bar cidadão”, afirma.

Além de degustarem os melhores petiscos, os botequeiros receberam o guia dos bares participantes e as bolachas de chope, com cinco modelos colecionáveis.

>> Paulo Nonaka, presidente da Abrasel - MG

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35 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

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36 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

A funcionalidade dos alimentos: uma reflexão

opinião pública. Por outro lado, por meio de uma análise criteriosa dos recentes estudos publicados é possível verificar uma forte relação entre alimentação saudável e alta expectativa de vida, o que nos permite fazer certas inferências a respeito de determinados componentes e nutrientes dos alimentos.

As hortaliças, frutas, chás, cereais, café, cacau, vinho e soja são alimentos ricos em polifenóis ou compostos fenólicos. Estes compostos recebem muita atenção dos pesquisadores por seus numerosos efeitos biológicos, principalmente por sua ação antioxidante e por seu potencial como agente antibiótico, antialergênico e antiinflamatório.

Nos alimentos como banana, alcachofra, chicória, alho, cebola, aspargo e beterraba encontramos os chamados frutooligossacarídeos (FOS). São compostos não digeríveis pelas enzimas do corpo humano e se destacam por estimularem a proliferação de bactérias intestinais benéficas, ou seja, são responsáveis por promoverem uma mudança na quantidade e qualidade de bactérias que habitam o nosso intestino. Além disso, há evidências de

A busca pela qualidade de vida está relacionada, entre outros fatores, ao consumo de refeições que, além de saborosas, devem ser equilibradas do ponto de vista nutricional. Observa-se cada vez mais uma tendência em associar alimentação prazerosa com alimentos capazes de prevenir doenças, em particular as chamadas doenças e agravos não transmissíveis como a obesidade, hipertensão e diabetes.

Um dos marcos iniciais da relação alimento-saúde-doença foi a publicação de um estudo realizado em sete países banhados pelo Mar Mediterrâneo. Neste estudo, foi observada uma relação estreita entre baixa incidência de doenças do coração e o consumo reduzido de carnes vermelhas e, ao mesmo tempo, o consumo elevado de azeite de oliva, frutas, vegetais, cereais e castanhas.

Desde então, uma grande parcela de jornais, revistas e livros têm se dedicado à publicação de entrevistas e reportagens a respeito deste assunto e, dentre as ramificações deste tema, os chamados alimentos funcionais têm recebido grande destaque.

De acordo com a legislação brasileira, todos os alimentos que possuem nutrientes ou outros componentes que exercem papel benéfico no crescimento, desenvolvimento e manutenção do corpo humano e que, além de nutrirem, reduzem o risco de doenças degenerativas, podem ser chamados de Alimentos Funcionais. Assim, além do alimento possuir determinado nutriente ou componente, estes devem estar presentes em quantidades suficientes para exercerem tal função.

No entanto, a tarefa de determinar quais componentes e nutrientes dos alimentos que apresentam certa funcionalidade no nosso organismo exige muito trabalho. Muitos estudos terminam mais com perguntas do que com respostas, embora os resultados sejam interpretados e divulgados pela mídia como definitivos, o que causa certa confusão na

Por Rita de Cássia Ribeiro. Nutricionista. Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Professora do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais.

>> Cozinha Saudável

Fotos: Pedro David e divulgação

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37 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

que a ingestão de FOS está relacionada com a prevenção de câncer do cólon (intestino grosso), manutenção da flora intestinal benéfica durante o tratamento com antibióticos e aumento da absorção de diversos minerais, em particular, o cálcio.

Nos leites fermentados e iogurtes encontramos os probióticos, microorganismos como Bifidobacterium e Lactobacillus que contribuem para a manutenção do equilíbrio da flora microbiana intestinal. Várias experiências apresentam resultados promissores de que os probióticos sejam os responsáveis pela produção de substâncias benéficas que inibem a proliferação de bactérias intestinais patogênicas e estimulam a resposta imunológica. Estas bactérias exercem, ainda, função protetora contra infecções intestinais, alergias alimentares e câncer do cólon.

Além dos polifenóis, frutooligossacarídeos e probióticos ainda podemos citar os compostos presentes na linhaça, aveia, farelos, azeite de oliva, peixes, brócolis, castanhas ... são muito os estudos sobre a funcionalidade de substância presente nos alimentos.

Mas quero aqui fazer uma pausa para reflexão. A literatura científica é clara quando trata do uso deste compostos pelo nosso corpo. Infelizmente o milagre que muitos de nós buscamos não existe.

Podemos usufruir dos benefícios dos alimentos funcionais

Ingredientes

Tortinha com creme de chocolate e coulis de maracujá

quando os elegemos para fazerem parte, e não o todo, de uma alimentação equilibrada, diversificada e prazerosa. Não nos é garantida a hipótese de que o consumo excessivo de alimentos funcionais, além do que manda o bom senso, poderá nos trazer benefícios. Talvez, a funcionalidade dos alimentos também está relacionada ao contexto do seu consumo.

O que eu quero dizer, nesta poucas linhas, é que quando comenta-se sobre os benefícios de determinados alimentos observamos uma corrida aos supermercados para adquirir o produto em questão. Em pouco tempo a notícia cai no esquecimento e, logo um outro alimento ganha destaque e começamos novamente o ciclo, todos em busca do elixir da vida longa.

No que se refere à alimentação saudável e qualidade de vida, a ciência nos proporciona o acesso ao mundo do conhecimento. A literatura científica nos ajuda a desvendar as informações importantes para fazermos boas escolhas alimentares e, exige de nós equilíbrio e sabedoria para utilizá-las.

Nas últimas edições da Minas Gourmet, sempre deixei uma sugestão de receita saudável. A receita desta edição tentou reunir ingredientes com propriedades funcionais. É saborosa e inusitada. Outra dica é para uma vida longa: equilíbrio no comer, corpo em movimento, sono que descansa, amigos, alegria de viver e esperança. À todos, muita saúde!

Para a base da tortinha80 g de biscoito aveia e mel40 g de castanha de caju20 g de farinha de trigo integral20 g de manteiga15 g de açúcar mascavo12 a 15 mL de água (suficiente para obter uma massa homogênea)

Para o creme de chocolate150 g de abacate amassado20 g de cacau em pó sem adição de açúcar60 g de açúcar mascavo20 mL de água (se necessário – dependerá da maturação do abacate)

Para o coulis1 maracujá doce1 maracujá azedo25 g de açúcar refinado (a quantidade dependerá do tamanho e qualidade das frutas)

1) Processar o biscoito e a castanha de caju. Adicionar os demais ingredientes e misturar até a obtenção de uma massa homogênea. Forrar o fundo e as laterais das forminhas. Assar;

2) Paralelamente, bater no liquidificador o abacate, cacau, açúcar mascavo e a água. Formar um creme homogêneo;

3) Fazer um coulis de maracujá – utilizar água e açúcar, se necessário;

Montagem

Base da torta + creme de chocolate + coulis de maracujá. Gelar antes de servir.

Técnica de preparo:

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38 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Semana Mundial da Alimentação 2010

Enviamos uma receita de pão sem glúten para um delicioso lanche.

Encerrando a Semana Mundial da Alimentação - 11 a 16 de outubro - a Acelbra-MG participou como parceira no evento PAS – Programa Alimentos Seguros – Ação Especial Consumidor.

A Acelbra-MG ( Associação dos Celíacos do Brasil – Seção Minas gerais) atende a pessoas com a doença celíaca, orientando sobre o que é a doença, o tratamento e controle, cuidados na dieta, alternativas alimentares e atua na busca pelo direito à Segurança Alimentar, entre outras ações.

A doença celíaca (DC) é a intolerância permanente ao glúten. Essa intolerância ocorre em pessoas geneticamente predispostas e o único tratamento é a dieta isenta de glúten de forma permanente, cuidadosa e por toda a vida.

O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia, centeio, cevada e todos os derivados. É facilmente encontrado nos alimentos que compõem o nosso cardápio alimentar diário, como os pães, bolos, massas, achocolatados, salgados e em algumas bebidas. Também, é possível encontrar o glúten em alguns medicamentos, produtos de higiene e beleza, massinhas escolares etc.

Os sintomas da DC podem variar de uma pessoa para outra e podendo se manifestar na infância ou na fase adulta.

O diagnóstico da doença celíaca é feito através de exames laboratoriais e confirmado através da biópsia do intestino delgado.

Ingredientes

-50g de queijo parmesão ralado

-03 ovos

-1/2 copo de óleo

-1/2 copo de água

-2 colheres (sopa) rasas de açúcar cristal

-1 colher (café) rasa de sal

-2 copos de polvilho doce

-1 colher (sopa) de fermento em pó químico

Preparo

Bater no liquidificador ou batedeira os ovos, á água, o sal, o açúcar, o queijo. Despejar o polvilho aos poucos, até terminar, sempre batendo. Colocar o fermento e bater mais um pouco. Despejar em forma para pão (não precisa untar) e assar em forno pré-aquecido.

Retirar da forma após esfriar.

Por: Paula Cerutti

>> Ângela Pereira de Abreu Diniz, presidente da Acelbra

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>> MatusalémA cachaça na cozinha

Ingredientes:- 200 gramas de costeletas de cordeiro- 100 ml de cachaça envelhecida- 20 gramas de farinha de rosca- 20 ml de azeite extra virgem- 10 gramas de alho picadinho- 1 ramo de alecrim- 1 pitada de pimenta do reino moída- 1 gema de ovo- 1 colher de sopa de salsinha picadinha- Sal a gosto

Modo de fazer:Limpe as costeletas de cordeiro deixando a com os ossos. Deixe a na cachaça por três minutos virando a dos dois lados, tempere com o sal o alecrim e a pimenta. Numa frigideira bem quente deixe a fechar os pólos ou selar dos dois lados conservando bem mal passado reserve. Numa tigela misture a gema de ovo, farinha de rosca, alho picadinho, salsinha picada e a metade do azeite. Faça uma mistura homogenia coloque sobre a costeleta de cordeiro e leve ao forno a 180 graus para dourar. Reserve.

Cordeiro embriagado com torta de vegetais

Por Matusalém Gonzaga

Como disse Guimarães Rosa. “O mineiro carrega o sertão dentro de si, carrega o agreste e as treitas que são próprias dos roceiros, bebedores de uma boa cachacinha e pitadores de um cigarro de palha com raiz de carapiá e um chapéu de palha atolado na cabeça.” Por estas e outras é que, com nosso palavreado tipicamente mineiro, somos um povo diferente, acolhedor carismático e de bom papo. Adoramos sentar no banco da praça, nos bares e nos botecos. Das antigas vendas onde se comprava no caderno, pois não precisava de dinheiro até a chegada dos grandes centros de compras o que precisava sim, era de um bom dedo de prosa, jogar conversa fora, falar da vida ou mesmo colocar em dia os afazeres. Dos primórdios sempre tivemos a inseparável “branquinha”, a selvagem, aquela que cura a dor, que serve para apagar as magoas, curar paixões e desilusões e ate mesmo para celebrar grandes vitórias. A Cachaça é cultura, é amiga mas também é inimiga. Por diversas razões, ela vai estar presente, em quase todos os momentos dos apreciadores. Venceu o tempo e o preconceito e hoje está presente nas mesas mais fartas e finas. Se há um vencedor nessa prosa é a cachaça, que saiu dos engenhos e ganhou os banquetes, e cada dia se firma no âmbito mundial, como um dos produtos mais consumidos na mesa de todos os povos raça e etnias.

Aos amantes da gastronomia, em especial a quem gosta da “branquinha”, vamos ensinar a receita de um cordeiro embriagado.

Ingredientes para a torta de vegetais:4 Rodelas de cenoura4 Rodelas de tomate4 Rodelas de cebola4 Rodelas de abobrinha italiana4 rodelas de Batatas4 Rodelas de berinjelas100 ml de creme de leite30 gramas de queijo parmesão ralado1 Colher de sopa de Farinha de trigo1 colher de sopa de manteiga sem sal1 folha de louro1 pitada de sal1 pitada de orégano1 colher de sopa de azeite

Modo de fazer:Limpe as costeletas de cordeiro deixando a com os ossos. Deixe a na cachaça por três minutos virando a dos dois lados, tempere com o sal o alecrim e a pimenta. Numa frigideira bem quente deixe a fechar os pólos ou selar dos dois lados conservando bem mal passado reserve. Numa tigela misture a gema de ovo, farinha de rosca, alho picadinho, salsinha picada e a metade do azeite. Faça uma mistura homogenia coloque sobre a costeleta de cordeiro e leve ao forno a 180 graus para dourar. Reserve.

Foto: Edgar Simões

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41 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Minas Gourmet recebe o Prêmio Qualidade Brasil

desenvolvimento empresarial. Esses questionários são respondidos e devolvidos para o centro de pesquisas e informações que irá analisar as empresas capazes de receber o prêmio.

Para Miriam Cerutti, uma das diretoras da Revista, “este prêmio vem para selar o nosso trabalho. Em um ano a Minas Gourmet se consolidou no mercado, sendo este premio um reconhecimento do trabalho desenvolvido não só pelos diretores, mas por todos os seus colaboradores. Este prêmio é para todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o nosso sucesso”.

A Revista Minas Gourmet recebeu no último dia 30 de novembro, em uma cerimônia realizada no City Bank hall, no Rio de Janeiro, o Prêmio Qualidade Brasil.

O Prêmio Qualidade Brasil é considerado o Oscar da Qualidade, sendo uma certificação conferida a empresas, empresários e personalidades em reconhecimento á qualidade de produtos e serviços.

Anualmente a Internacional Quality Ltda, empresa de origem italiana, que atua no Brasil desde 1977, quando foi realizada a primeira edição do prêmio, envia para empresas de vários segmentos de todo o Brasil, questionários onde são abordados temas relativos à gestão de qualidade e

Por: Paula Cerutti

>> Diretoria da Revista Minas Gourmet

>> Equipe de jornalismo da Minas Gourmet

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20 Festival Gastronômicodo Mercado Centralpremia novos talentos

O 2ª Festival Gastronômico do Mercado Central foi um grande sucesso e reuniu cerca de 120 mil pessoas, durante os seis dias de evento.

A premiação do CONCURSO DE NOVOS TALENTOS com os alunos de gastronomia da faculdade Estácio de Sá, no qual com o tema: “De Guimarães Rosa ao Cerrado Mineiro: o sertão está à mesa” eles tinham que comprar os ingredientes no Mercado e criar entrada, prato principal e sobremesa em cerca de 1h45.

Em primeiro lugar ficou o grupo do 3º período da faculdade, que levou R$ 3 mil: Daniel Lieb, Aldemir Borges, Dênio Souza, Gustavo Lana, Eduardo Batista, e Alessandra Ávila (que venceu o concurso Terra de Minas desse ano).

Em segundo lugar ficou o grupo composto por alunos do 4º período da Estácio de Sá: André Pinheiro, Antônio Aurélio, Débora França, Fernanda Luz, Jéssica Deny e Moisés Pereira, com R$ 2 mil.

E em terceiro, os alunos do 1º período levaram R$ 1 mil: Júnia de Castro, Felipe Reis, Rosana Bernadete, Tarcizo, Flávia Cristina e Fábio Alves.

Além do concurso, o 2º Festival Gastronômico do Mercado Central contou com CURSOS, OFICINAS, E PALESTRAS gratuitas sobre os mais diversos temas ligados a gastronomia e com inscrições gratuitas, DESFILE DE MODA com croquis confeccionados pelos alunos de moda da faculdade Estácio de Sá, com roupas feitas com produtos que remetem ao Mercado, que vão de bucha vegetal a sacolas de feira, passando por pimentas e grãos, e ARENA GASTRONÔMICA, onde foi servido um cardápio especialmente criado para os bares do Mercado, elaborado pelo renomado Chef Penninha, acompanhados com as cervejas especiais da família Bohemia, e música ao vivo.

O 2º Festival Gastronômico foi uma promoção do Mercado Central, com a realização da Mensagem & Imagem Consultoria e Eventos – empresa de Marcos Valério Rocha conhecido profissional do trade turístico mineiro, e contou com o apoio da Abrasel-MG.

1º Lugar

Entrada: O cerrado em três sabores

Prato Principal: Codorna na Raspa de Corda

- 160 gr Codorna- 20 gr Castanha do Brasil- 1/4 unidade Cebola Roxa- 5 gr Pimentão Vermelho- 5 gr Pimentão Amarelo- 60 gr Feijão de Corda

Ingredientes:

Modo de Preparo:

Codorna: desossar a codorna, temperar e reservar;

Azeite de cúrcuma: Levar o azeite ao fogo com cúrcuma por aproximadamente 5 minutos. Reservar e esperar esfriar;

Recheio: Triturar grosseiramente a castanha, e juntar ao requeijão, a farofa de pequi, a cebola e rechear as codornas, reservando;

Feijão: Cozinhar o feijão na pressão por aproximadamente 20 min, refogar a cebola, o tomate, o alho e os pimentões cortados em brunoise e entrar com o feijão com o restante do requeijão;

Em uma frigideira, colocar um fio de azeite, e deixar as codornas recheadas dourarem. Acrescentar o alho e quando dourados, acrescentar a cachaça para falmbar.

Em um prato, colocar uma porção de feijão de corda acompanhado de farofa de pequi e deitar sobre o acompanhamento, a codorna.

Decorar com azeite de cúrcuma e farofa de pequi.

Sobremesa: Mil Folhas de Buriti

- 60 gr Requeijão de Rapa- 30 gr Azeite- 2 gr Curcuma- 1 unidade Alho- q.b. Salsa, pimenta do reino e sal- 20 ml Cachaça

Por: Paula Ceruttie assessoria de imprensa

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2º LugarEntrada: Barquejada

Prato Principal: Fluifim

- 1 unidade de codorna- 20 ml de cachaça- ½ unidade de cebola- 2 dentes de alho- 2 unidades de pimenta ma-lagueta pequena- 1 ramo de salsinha- 40 g de melado de cana- 100 g de xerem

- 30 g de cara de corda- 30 g de batata baroa- 30 g de jerimum- 15 g de lingüiça defumada- 1 ramo de capiçoba- 60 g de manteiga- 45 ml de leite- 1 unidade de folha de louro

Ingredientes:

Modo de Preparo:

Limpe a codorna. Em um liquidificador bata a cachaça com a cebola picada, os dentes de alho, as pimentas, a salsinha e o sal. Regue a codorna com o preparado, com o auxilio de um pincel passe em seu interior, no orifício da codorna coloque a folha de louro para aromatizar. Leve para assar em forno já aquecido.

Após 20 minutos retire a ave do forno, pincele a mesma com o melado cubra com o xerem e retorne-a ao forno, ate que o xerem esteja dourado.

Em uma panela de pressão cozinhe ao cara de corda com o jerimum, deixe em cocção ate que fique macio, escorra bem, passe separadamente pelo espremedor ambos, ainda aquecido acrescente vagarosamente o 15 ml de leite morno em cada e sem parar de mexer misture 30g de manteiga, de forma a homogeneizar a mistura.

Na mesma panela de pressão acrescente um pouco de óleo, frite a lingüiça defumada, previamente picada em brunoise, ate que fique crocante acrescente a batata baroa e simultaneamente água para cozinhar, tentando preservar o Maximo de vapor dentro da panela, cozinhe da mesma maneira que o jerimum e o cara.

Passe pela peneira e repita o processo de mistura do leite e da manteiga. Em uma panela com óleo quente frite as folhas do ramo de capiçoba, ate que fiquem crocantes.

Sobremesa: As musas de Rosa

3º Lugar

Entrada: Torrada Mineira

Prato Principal: Troncadinho do Sertão

- 1.200 kg de costela suína- 400 g de fubá moinho d’água- 300 g de feijão de corda- 1 unidade de capiçoba- Mel- 2 unidade de laranjas

- 2 unidades de limões sicilianos- Azeite- Zestes de limão e laranja- Salsinha picada- Sal, pimenta calabresa e alho.

Ingredientes:

Modo de Preparo:

Dissolva o fubá em água e leve a cocção até engrossar e reserve.

Tempere a costelinha com as zestes de limão, de laranja, a pimenta calabresa e sal grosso e cubra com papel alumínio e leve ao forno.

Misture os sucos da laranja e limão com mel, a medida que for assando, pincele com o molho.

Branqueie ou salteie a capiçoba junto com o azeite e alho. Cozinhe o feijão e salteie com o azeite, o alho e a salsinha.

Faça uma cama com o angu e sobre ponha com o feijão e a capiçoba e acomode a costela.

Sobremesa: Café Desembestado

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A “Capital Mundial dos Bares” é um prato cheio para quem quer se divertir. Na enorme quantidade de bares e restaurantes, a gastronomia, além de saborosa, é bastante diversificada e agrada aos mais diversos públicos. Pratos que vão de típicos, representando as diversas regiões brasileiras, às mais sofisticadas iguarias internacionais, podem ser encontrados na capital mineira. Quando a opção é pela farta culinária, aí fica difícil não cometer saudáveis exageros.

Além disso, os ambientes descontraídos fazem do “bate-papo de boteco” um dos passatempos preferidos dos belo-horizontinos. Essa característica, inclusive, já foi inspiração e cúmplice de várias gerações de artistas mineiros que hoje são sucesso em todo o mundo. Quem se depara, em um primeiro momento, com o panorama tranquilo que a cidade conserva, não imagina a efervescência, a vitalidade e a variedade de opções de sua vida noturna.

E essa diversão vem se tornando cada vez mais sofisticada com a realização dos festivais gastronômicos, alguns já conhecidos nacionalmente como o Comida Di Buteco, Brasil Sabor e Cachaça Gourmet, atrações imperdíveis da capital mineira. Além dos tradicionais tira-gostos, os encontros também oferecem enriquecimento cultural, com a integração de manifestações culturais, expressões artísticas, entretenimento e lazer.

Com festivais, as misturas de ingredientes e temperos e o estímulo à criação de novas receitas têm sido grandes responsáveis pela inovação de nossa já rica culinária, tanto na capital como no interior de Minas Gerais. Alguns festivais oferecem cardápios de petiscos com ingredientes inusitados, que se tornam mais um atrativo para a vasta opção de botecos. Outros apostam na alta gastronomia com cardápios completos: entrada, prato principal e sobremesa, alguns inclusive com harmonização de vinhos. Existem ainda os festivais que reúnem reconhecidos chefs do Brasil e exterior, o que proporciona um importante intercâmbio de sabores e experiências gastronômicas.

Belo Horizonte, a cidade que

conquista todos os paladares

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47 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

visa preparar o Estado para receber um fluxo cada vez maior de visitantes.

Antes de assumir a pasta, a secretária de Turismo de Minas também atuou em outros segmentos do turismo no Estado: foi presidente, por quatro anos, do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau; diretora de Hotéis Independentes da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de Minas Gerais, diretora da Associação Comercial de Minas Gerais e do Instituto Estrada Real.

À frente da Secretaria de Estado de Turismo de Minas, Érica Drumond tem trabalhado, juntamente com as entidades parceiras, para o fortalecimento e desenvolvimento das Associações Circuitos Turísticos mineiros, na diversificação da oferta com a formatação de novos produtos turísticos e na promoção e divulgação de Minas Gerais nos mercados nacional e internacional.

No Governo do Estado de Minas Gerais, Érica Drumond é gerente responsável pelo Projeto Estruturador “Destinos Turísticos Estratégicos” - que, com metas desafiadoras,

Érica Drumond

<< Bate - Bola com Érica Drumond...................................................................................... >>

>> Para se divertir em BH: Samba

>> Melhor tira Gosto:do Armazém Medeiros

>> Melhor Happy Hour: Albano´s Lourdes

>> Drink:Caipi Lima

>> Ponto de Encontro: The Art from Mars

>> Pousada:Kuriuwa, em Monte Verde

>> Salgado: Coxinha com catupiry (Boca do Forno)

>> Melhor Vinho:Brunello de Montalcino

>> Comida do mundo: Sashimi de salmão com Foie Gras morno (Restaurante Le Table, em Paris)

>> Comida Mineira: Canjiquinha cozida no frango ensopado com costelinha frita (Dona Lucinha)

>> Meu roteiro Gastronômico

Por: Paula Cerutti

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>> Sabores do Mundo

Gastronomia Paisana - Medellin, con mucho gusto!Por Regina Queiroga

Se há uma cidade que pode ser considerada irmã de Belo Horizonte é Medellín. É surpreendente a semelhança entre as duas. A 1.600m de altitude, cercada de montanhas e cortada por um rio, Medellín tem ares cosmopolitas e ao mesmo tempo provincianos.

Capital do departamento - o mesmo que estado - de Antioquia, o povo prefere ser chamado de paísa (paisagem), o que revela o orgulho de pertencer a este lugar com suas regionalidades montanhosas, refletidas na gastronomia.

A culinária paisana foi desenvolvida em zonas rurais no alto das montanhas. A localização favoreceu, durante anos, um isolamento da cultura paísa, o que manteve suas tradições, quase sem interferências de outras culturas. Mas com todo regionalismo, a culinária paísana se parece muito com a nossa, mineira. Causa espanto. Ela é incrivelmente idêntica, uma gastronomia tropeira. O prato típico chama-se bandeja paísa: arroz, feijão, carne moída, banana frita, lingüiça, ovo frito, torresmo. Sim, nosso torresmo de barriga. O abacate e a arepa são o toque paísa neste prato que nos lembra que não estamos em Minas. A arepa é uma espécie de panqueca feita de farinha de milho, presente em todas as refeições.

O torresmo – chicharrón - é um capítulo à parte. Pururucado, crocante e generoso, só se difere do nosso, na pouca quantidade de sal, característica da comida colombiana. O Pan de queso, acredite, lembra o nosso, mas é meio doce, feito com coalhada e queijo.

As sobremesas são surpreendentemente mineiras: doce de leite, figo em calda, doce de goiaba mole, caju em calda tudo servido com queijo. Com a rapadura, fazem um suco chamado guarapo. Dissolve a rapadura na água, mistura

>> No restaurante Bijao, grelhado de filé, linguiça servida com mandioca e arepas, lembra nosso brochete

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com uma infusão de eucalipto e acrescenta limão. O resultado é refrescante e com sabor delicado.

O restaurante Hato Viejo, que significa fazenda velha, nos lembra os restaurantes mineiros. Com comida tradicional e serviço de primeira qualidade, tem até armazém típico.

Como lá a gula não é pecado, bons restaurantes é o que não faltam. Medellín é um centro de excelência da boa gastronomia. O restaurante Bijao, por exemplo, é uma aula de bem comer. Arrojado, elegante e com arquitetura moderna, ao chegar, sentimos a atmosfera do que está por vir. O chef Andrei Lopes comenta que ele utiliza ingredientes de vinte nacionalidades de toda a América Latina, buscando suas raízes. “São as técnicas da cozinha clássica dando um novo ar às velhas receitas latinas”, explica. O resultado é fabuloso! Realmente surpreendente. Um prato custa em torno de 40 mil pesos, o que equivale, mais ou menos a R$ 40,00.

Outro restaurante imperdível é o El Santíssimo, que oferece pratos com nomes religiosos como El Envidia (a inveja), La Santíssima Trinidad, El Credo e outros. Comida elaborada e saborosa feita para atender ao gosto exigente. Bom programa para a noite.

As frutas são uma viagem à parte. Os nomes e gostos são os mais diferentes possíveis: mamoncillo, ciruela, curuba, guanabana, noni todas imperdíveis. O suco das frutas, feito na hora é refrescante e delicioso. Toma-se suco de frutas natural em qualquer lugar. Diferentemente daqui que infelizmente está se perdendo este costume saudável.

Andando pelo interior da Antioquia encontramos verdadeiras preciosidades gastronômicas. Peculiaridades de um povo orgulhoso de suas origens, que fazem de tudo para mantê-las. O colombiano, em geral, é um povo alegre, simpático que cativa o nosso estômago e nossa alma.

A Operadora de Turismo colombiana, Gema Tours cuidou

de cada detalhe deste roteiro. Com os vôos da Copa Air saindo direto de Confins, ficou fácil para nós mineiros nos deliciarmos com a gastronomia Paisa. E tudo com mucho gusto!

>> Chouriço, linguiça, torresmo, batata e arepas. Gastronomia montanhesa.

>> Bandeja paisa - incrível semelhança com os ingredientes da culinária mineira

>> Rua típica do interior oriental da Antióquia

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50 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Huuum!!! Morangos... conheça os seus benefícios e utilidades

Por Rosilene Campolina

O morango é o fruto de uma planta da família Rosaceae, a mesma das rosas, maçãs, pêras e cerejas. É uma planta nativa das terras temperadas da Europa, mas que hoje em dia é cultivada com sucesso em grande parte do mundo, sobretudo no Brasil.

A palavra Morango significa mar belo, bonito. Mas nem só de beleza vive esta linda fruta. Estudos comprovam que o morango é um excelente aliado para a melhorar a nossa função cognitiva. Além do aroma e sabor agradável, a fruta possui antioxidantes capazes de prevenir inflamação e oxidação das células, conseqüentemente melhorando nossa memória e função motora. E não pára por aí os seus benefícios. É anti-envelhecimento, anti-inflamatórias e anticancerígenas . Eles são ricos em vitamina, potássio, fibras e flavonóides, substâncias antioxidantes que combatem os radicais livres, considerados os “vilões” das nossas células, responsáveis pelos processos de envelhecimento e câncer no nosso corpo. Essas são algumas das propriedades do morango. Além de ser uma delícia ainda é pouco calórico (cinco morangos tem cerca de 24 calorias), como informa a nutricionista Marcela Motta Machado, da clínica Espaço Nutre de Belo Horizonte.

Na hora de comprar, se possível, dê preferência aos orgânicos; prefira os de tamanho médio e de cor vermelha uniforme. Os talos devem ser bem verdes e uma zona branca ou verde próxima do pedúnculo logo abaixo da parte verde indica falta de sabor. A fruta pode ser estocada inteira na geladeira por poucos dias. Se for fatiada, perde gradativamente a vitamina C, alertam especialistas. “Por ser uma fruta muito sensível, deve ser lavado em água corrente e muito limpo. Corta-lo, só na hora da preparação”, como sugere a chef Rosilene

Campolina, que ainda destaca que em sobremesas cozidas não é recomendado cozinhar por mais que três minutos, “senão, desfaz”, ela afirma.

Confira a seguir, a deliciosa receita que a chef Rosilene Campolina preparou especialmente com a fruta para o seu Natal!

Dicas de Chef a Chef para escolher, comprar e preparar morangos apetitosos

Fotos: Rosilene Campolina, Fred´Alcântara e divulgação

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51 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

<< Lombo Natalino ao Molho de Morangos............................................................................. >>

Ingredientes para o Molho:

- 300g de morangos frescos lavados (higienizados) e cortados em lâminas

- 1 colher de manteiga

- 1 cebola média ralada e bem escorrida na peneira

- 2 dentes de alho bem amassadinhos

- 3 colheres (sopa) de açúcar cristal ou mascavo

- 3 colheres (sopa) de aceto balsâmico

- 1 cálice (50ml) de cachaça branca

- 2 xícaras de água filtrada ou caldo do próprio assado (lombo)

- 1 colher (chá) de gengibre em pó

- Sal e Pimenta-do-reino a gosto

- Quanto baste de morangos inteiros para decorar

Ingredientes para o lombo:- 1 1/2 kg de lombo de porco - 6 fatias de bacon- 1 cebola processada ou ralada- 3 dentes de alho amassados- 50 ml de suco de limão- 50 ml de molho (shoyu) de soja- 1 copo de vinho tinto seco- 2 folhas de louro, ramos de alecrim ou tomilho - Sal e pimenta-do-reino moída a gosto- Pimenta calabresa a gosto- Caldo de carne ou água para regar o lombo

Modo de Preparo:

Fazer uma marinada com a cebola, alho, limão, shoyu, ervas, vinho, sal e pimenta. Temperar o lombo e deixar tomar gosto por cerca de 6 horas. Feito isso, cobrir a peça com as fatias de bacon (no sentido horizontal). Colocar papel alumínio e levar ao forno médio 180ºC por 1:30 hora ou até ficar macio. Regar algumas vezes com caldo de carne ou suco do próprio assado. Se necessário, pingar água na assadeira para deixar o lombo bem hidratado. Retirar o papel e deixar corar. Reservar quente. Se desejar, retirar as fatias de bacon na hora de servir.

Molho de Morangos:

Numa panela, colocar a manteiga e dourar a cebola. Adicionar o açúcar e misturar até derreter. Juntar os morangos. Colocar a cachaça (flambar opcional). Colocar o vinagre balsâmico e aos poucos acrescentar água ou o caldo do próprio assado. Deixar reduzir por cerca de 5 minutos. Acertar os temperos com o gengibre, pimenta e sal. Se desejar, passar o molho por uma peneira ou processador(mas acho interessante deixar os pedacinhos da fruta). Fatiar o lombo e servir com o molho de morangos e salada de folhas, como na sugestão do Portal Gastronômico www.chefachef.com.br

Toque de chef: os morangos podem ser substituídos por geléia da própria fruta.

Rosilene Campolina - Consultora Gastronômica 031-8728-5838

Portal Gastronômico www.chefachef.com.br

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52 << Minas Gourmet >> Novembro/Dezembro 2010

Projeto do BHC&VB tem expectativa de crescimento do movimento turístico em Belo Horizonte durante as férias de 2011.

A programação do projeto “BH espera por você” está cada ano melhor e promete movimentar a capital mineira nos meses de janeiro e fevereiro. O Belo Horizonte Convention & Visitors Buereau (BHC&VB) firmou parcerias que darão descontos de até 60% nas tarifas da hotelaria, espaços para eventos, centro de convenções e transportes.

O projeto, que já funciona há dois anos, desde janeiro de 2009, fomenta a rotatividade turística na cidade durante a baixa temporada - os dois primeiros meses do ano, e apresenta Belo Horizonte como uma opção para o período das férias. A proposta principal, além de manter os belo-horizontinos na cidade durante o período, é aumentar o fluxo e o tempo de permanência dos turistas.

O “BH espera por você” tem como objetivo transformar Belo Horizonte na capital da cultura, do entretenimento, das compras e do lazer nos meses de janeiro e fevereiro, atraindo turistas e belo-horizontinos acostumados a deixar

a cidade nessa época. “A ideia é mostrar que BH apresenta um leque de opções de moda, gastronomia, cultura, negócios, turismo e compras, atividades que podem ser combinadas pelos visitantes. Neste ano, queremos repetir o sucesso da primeira edição, que movimentou toda a cadeia produtiva da cidade, valorizando ainda mais o destino”, diz Roberto Noronha Filho, presidente do BHC&VB.

A valorização turística da capital mineira, proposta pelo projeto, é formatada com base em seis pilares: cultura, compras, moda, gastronomia, lazer e negócios.

Em 2011, o projeto traz um cardápio recheado de atrações. Para o turismo de negócios e eventos, o BH Espera por você preparou oportunidades imperdíveis. Nos meses

“BH espera por você 2011” está pronto para começar

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de janeiro e fevereiro, uma parceria entre o Prominas, BHC&VB, ABEOC-MG, e Sindiprom-MG articulou até 50% de desconto na locação do Expominas e Minascentro. O Imperador Eventos também dará 50% de desconto na locação dos seus espaços. Além destas promoções especiais a Pampulha Turismo estará oferecendo de 20% a 40% de desconto para fretamentos de excursões e cerca de 25 hotéis de Belo Horizonte oferecerão abatimento de 10% a 50% no preço da diária de seus visitantes.

Integrando o BH espera por você, o projeto “BH +1 dia!” apresenta pacotes turísticos criados em parceria com operadoras, que levarão visitantes e moradores a conhecerem os principais pontos da capital e das cidades históricas, assim como locais onde a natureza prevalece, como a Serra do Cipó, por exemplo. Eventos culturais também fazem parte do projeto.

No pilar cultura, o Verão Arte Contemporânea, realizado pelo grupo Oficcina Multimédia, abrange apresentações de teatro, dança, música, artes plásticas, cinema e literatura, tendo como suporte a pesquisa e experimentação de novas linguagens. Já a 37ª edição da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, traz diversos espetáculos de 6 de janeiro a 27 de fevereiro, além dos atrativos fixos da cidade

como parques, praças e a noite super animada.

Já nos pilares compras e moda, teremos o lançamento da coleção outono-inverno de grandes griffs, que são referencia no país e no mundo. Bons motivos para curtir as férias na cidade não faltam. Basta montar a programação e aproveitar tudo o que BH tem para oferecer.

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Clássico prato francês, o crepe (La crèpe, feminino em francês) já era conhecido dos romanos que os confeccionavam para as Lupercales, festas da fecundidade no final de fevereiro e quase inicio da primavera. Estas festas, no mínimo lascivas foram proibidas pelo papa Gelásio no ano de 494 e substituída pela festa da Candelária ou Festa da Purificação da Virgem, no dia 2 de fevereiro.

O crepe é uma especialidade da região da Bretanha, na França, onde é consumida principalmente acompanhada de cidra (fermentado de maçã) e para sua fabricação se usa farinha de trigo e/ou farinha de trigo sarraceno.

Na nossa receita substituiremos esta ultima farinha por fubá ou farinha de milho. Milho, aliás, oriundo das Américas e somente conhecido pelo resto do mundo graças às navegações no século XVI. Sua produção hoje somente é menor que a do trigo e o arroz.

Outro produto deste crepe que foi substituído por algo que nos é próprio é a carne seca ou carne de sol ou ainda carne serenada, carne-do-ceará, carne-de-viagem, carne-mole, carne-do-vento, charque... Apesar da confusão entre nomes as carnes-de-sol após ligeira salga são colocadas para secar em local coberto e ventilado enquanto as carnes secas levam mais sal e são empilhadas em locais secos para a desidratação, sendo, portanto mais salgadas. O processo de salga e ressecamento da carne é muito antigo (pré-histórico) e suas vantagens são evidentes quando não se

>> Cozinha Francesa

Crepe de fubá com carne secaPor Chef Laurent Prous

tem geladeira ou banha para a sua conservação.

Ainda usaremos para esta receita o queijo cheddar que originalmente é um queijo inglês fabricado com leite de vaca. De cor amarelada e consistência firme passa por um período de cura (envelhecimento e amadurecimento) de 12 a 18 meses com um sabor potente. Herdamos porém a forma americana de fabricá-lo, ou seja, fundido e com semelhanças ao nosso requeijão ou catupiry.

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Ingredientes para o recheio

- Carne de sol dessalgada e desfiada - 200 Gr

- Abobora cozida – 200 Gr

- Cebola - 1 unidade

- Óleo ou manteiga - 1 colher de sopa

Confecção

Cozinhar e desfiar a carne de sol.

Cozinhar a abobora e fazer um purê amassando-a. Fazer a massa de crepe misturando todos os ingredientes da massa e adicionando a manteiga derretida. Deixe descansar por 30 minutos. Em uma frigideira passar um pouco de óleo ou manteiga com um papel ou algodão em uma frigideira de tamanho médio (para crepes

Esta receita é fácil de preparar e onde foi comida, fez unanimidade. Para 4 pessoas.

Ingredientes para a massa de crepe

- Leite 250 ml

- Farinha de trigo 60 gramas

- Fubá 40 gramas

- Manteiga derretida 20 gramas

- Ovo inteiro 1 unidade

Para o molho - Cheddar em copo – meio

- Creme de leite -100 ml

- Caldo de frango – 1 copo

- Sal e pimenta do reino à gosto

pequenos) ou grande (para crepes grandes), misturar a massa para que o grosso não fique no fundo e adicione uma concha da massa em uma frigideira. A massa deve ficar bem fina e dourada em ambos os lados. Repetir a operação até acabar com a massa.

Reserve-as por uma sobre as outras.

Misturar a carne seca desfiada com a abobora e a cebola levemente refogada (sem cor) na manteiga Rechear cada massa com esta mistura de carne e purê e fazer um rolo com a mesma.

Levar ao forno para esquentar os crepes.

Em uma panelinha derreter o cheddar com o creme de leite e o caldo de frango. Salgar e pimentar se necessário.

Colocar o molho por sobre o crepe e servir.

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Rua Padre Manoel Bernardes, nº 15 Bairro João Pinheiro - BH - MG

Informações e reservas:

(31) 3375-5591 / (31) 3375-5333.

E-mail: [email protected]

Horário de funcionamento: Aberto diariamente de 8:00 às 1:00 da manhã

Aceitamos todos os cartões de crédito

A Pizza Burguer iniciou suas atividades no ano 2000, no mesmo local onde funcionava uma sorveteria da família do proprietário Márcio Brandão Júnior.

O restaurante atende para almoço self service, com um vasto buffet de carnes e saladas, e à noite os clientes podem se deliciar com os diversos pratos a la carte, como pizzas, calzones, sanduíches, chapas de filé, caldos, entre outros.

Júnior conta com a ajuda de seus dois filhos, mantendo a característica familiar do negócio, e abre a casa também para eventos, como festas de empresas e comemorações de final de ano.

Uma história e muitos saboresUma história e muitos sabores

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>> Acontece na gastronomia

Loja de utensílios domésticos dá cursos de culinária

A Spicy, grife de utensílios para cozinha, realiza o

Cooking Spicy – série de cursos comandados por

profissionais da alta gastronomia que ensinam e

revelam seus segredos em aulas que acontecem

nas cozinhas experimentais das lojas. Esse Mês

a Spicy inaugurou no BH Shopping, sua primeira

loja em Belo Horizonte.

X Petrópolis Gourmet

De 28 de outubro a 27 de novembro

Sucesso de público, sabores e

atrações, o Petrópolis Gourmet

comemora dez anos de deliciosas

viagens gastronômicas e culturais.

O festival coloca a cidade de

Petrópolis em evidência no cenário

turístico brasileiro, destacando

essencialmente a gastronomia

local. Charmosos e aconchegantes

restaurantes, que produzem uma

infinidade de comidas gostosas, são

um verdadeiro convite para quem

deseja comer bem num ambiente

agradável.

Mais informações:

www.petropolisgourmet.com.br

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

V Encontro de Hotelaria em Minas Gerais

Revista Minas Gourmet participa do V Encontro de Hotelaria em Minas Gerais.

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<< I Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo..............................................................>>

O Festival tem como proposta informar a população sobre uma alimentação mais saudável e sustentável mostrando alternativas possíveis e sinalizando o comprometimento dos realizadores, parceiros e patrocinadores com a questão, viabilizando, promovendo e divulgando a culinária vegetariana e a produção ecológica de alimentos acessíveis e transformadores ao grande público.

Data: 22 a 26 de novembro

Local: Mercado Municipal de São Paulo

Rua da Cantareira, 390

Mais informações: (11) 3313-2444 – ramal 232

TROFÉU DESTAQUE MULHER MINEIRA 2010

“Troféu Destaque Mulher Mineira” é uma premiação concedida às mulheres

que se destacaram profissionalmente nos diversos segmentos, como exemplo,

na medicina, arquitetura, artes, economia, direito, comércio e claro, entre

outros, a Gastronomia. Criado por Luiz Otávio Brandão da Fragile Produções,

o prêmio que já faz parte do calendário oficial do nosso Estado e este ano é

nona (9) edição. Desta vez quem recebe o troféu foi a chef Rosilene Campolina.

Escolhida por uma comissão anônima que indicou

No último dia 15/10/2010, a Cozil recebeu a visita da renomada arquiteta Brunete Fraccaroli, que esteve na fábrica para as gravações do penúltimo episódio do Programa Extreme Makeover Social, da Rede Record de Televisão. Ela foi recepcionada pelo Diretor Industrial, Oneri Berni e pelo Diretor Operacional, Sr João Carlos Caminha (Joca).

Durante a visita, Brunete apresentou seu projeto para a creche de Sumaré, que terá capacidade para atender cerca de 200 crianças. Também pôde conhecer melhor os equipamentos Cozil e toda sua infra-estrutura fabril. Diferenciais como a exclusiva gravação a laser também foram destacados durante as filmagens.

www.cozil.com.br

Cozil

Verano Studio Gourmet

Viver a gastronomia como uma experiência única. Esse é o desafio que o Verano Studio Gourmet, do restauranteur Leonardo Macedo e do chef Fúlvio Motta, lança aos amantes da gastronomia belo-horizontinos. Além de cursos e exposições, o espaço vai abrigar também uma horta, de onde serão colhidos insumos para os pratos da casa. Foram investidos no projeto 1 milhão de reais. Com menus sazonais e outros interativos, preparados na presença e, em alguns casos, com os próprios clientes - com o auxilio do chef, a casa apresenta um novo significado para a expressão ‘ir ao restaurante’.

Endereço: Ludgero Dolabela, 738, Gutierrez, Belo Horizonte.Funcionamento: quarta, das 18h até 1h. quinta e sábado, das 11h30 até 1h, e domingo e feriados, de 11h30 até 17h.

Informações: www.veranogourmet.com

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Revista Minas Gourmet Participa do Food Experience

A diretoria da Minas Gourmet esteve presente na segunda edição do curso, que aconteceu em Belo Horizonte, no La Lampe, com um time de professores de padrão internacional para discutir o cenário e as tendências da gastronomia brasileira.

Uma oportunidade imperdível para chefs de cozinha, donos de restaurantes, estudantes de gastronomia e membros de confrarias.

Lançamento Cachaça Cobiçada

Em novembro foi realizado o lançamento da cachaça Cobiçada

Púríssima. Daí o nome, Cobiçada, porque quem bebe com certeza vai beber de novo. Uma cachaça que inspira devoção. Portanto beba com moderação, mas com reverência. Ajoelhado, de preferência.

www.cachacacobicada.com.br

Tel 31 9267-0000

<< Bar e Restaurante Boi Supremo....................................................................................... >>

O circuito gastronômico do bairro Jaraguá, em Belo Horizonte, ganhará mais um espaço neste final de ano. Especializado em carnes nobres, o Bar e Restaurante Boi Supremo terá cardápio assinado pelo chef Peninha, uma das maiores autoridades em churrasco de Minas Gerais, e será comandado por Ronaldo de Freitas e Valdir Menezes, que já trabalham há vários anos no ramo alimentício.

A casa atenderá de domingo a domingo e trabalhará com almoço executivo durante a semana para aproveitar o grande número de empresas instaladas na região.

O Boi Supremo funcionará na Rua Irmã Eufêmia, 271, próximo à av. Sebastião de Brito. Contato: 31-8880-9975

Patrícia Soutto Mayor e Clésio Barbosa

lançam o livro “Terra de Minas”.

Confira alguns momentos da grande festa!

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>> Dicas de Cozinha

Queijo ralado: É difícil ralar queijo quando ele está mole, pois a tendência é grudar no ralador. Uma boa dica é congelar o queijo antes de ralar para facilitar a tarefa;

Congelamento: Na hora de fazer seu congelado lembre-se: batatas cozidas, saladas cruas, cremes e pudins que levem amido de milho em seu preparo (eles soltam água quando descongelados), gelatina (ela talha ao ser descongelada) e maionese não devem ser congelados;

Como congelar salgadinhos assados: Para congelar, disponha os salgados depois de assados e frios em uma bandeja ou tabuleiro, cubra com papel-filme e leve ao congelador. Após congelar, ponha os salgados em sacos plásticos, colocando uma etiqueta com nome do produto, data de produção e de validade, e guarde as embalagens no congelador;

Água do cozimento de brócolis: Não descarte a água em que você fez o cozimento, use-a para preparar seu arroz, fica uma delícia!;

Cozinhando massa: Deve-se usar para cada 100g de massa 1 litro de água, ou seja, para um pacote de 500g, utilizar 5 litros de água. Coloque apenas sal na água, no momento em que ela entrar em ebulição. Não deve ser usado óleo para cozinhar a massa e nem lavá-la após o cozimento, a não ser que vá ser usada para saladas;

Acidez do tomate: Polvilhe um pouco de açúcar sobre o molho ou adicione cenoura ralada durante o cozimento. Usando a cenoura, que é natural, fica mais saudável;

Berinjelas sem o suco amargo: Coloque as fatias de berinjela em uma peneira e polvilhe sal. Deixe escorrer por 30 minutos, lave e seque. Isso tirará o suco amargo e também reduzirá a absorção de óleo;

Cheiro de ovos em utensílios: Para eliminar o cheiro de ovos de copos, xícaras e outros utensílios é só colocar café coado sem açúcar e deixar um tempinho. Elimina totalmente o odor. Para economizar não é preciso coar o café exclusivamente para esta finalidade. É só utilizar a sobra;

Carne temperada: A carne que você temperou e não usou toda, não deve ser congelada crua, pois o sal potencializa e a cor da carne vai mudar, ficando escura. Para congelar prepare-a antes;

Como acelerar o preparo da Gelatina: Se quiser acelerar a preparação da gelatina com sabor, dissolva-a em ½ xícara de chá de água fervente. Adicione 15 cubos de gelo e mexa bem até derreter. Esta dica não serve para a gelatina incolor.

Veja abaixo as dicas da chef de cozinha Cidinha Lamounier:

Cidinha é chef de Cozinha e instrutora do SENAC CFP-BH, com atuação nas áreas de treinamento voltado para a formação técnica de novos profissionais de cozinha. Também atua como consultora na área de planejamento e montagem de negócios do setor de alimentação e dá palestras de assuntos atuais ligados à área de Gastronomia e realização de eventos.

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

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