revista multi gráfica - oficial

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C RÁFI G A MULTI REFLORESTAMENTO RECICLAGEM Como associações e cooperativas contribuem para a coleta seletiva. Lixo para uns, trabalho e renda para outros. PARCERIAS PARCERIAS Copa 2014 gera expectativas para Indústria Gráfica OPORTUNIDADE OPORTUNIDADE LIXO E O MEIO AMBIENTE Gráfica Multi Edição nº 01 Ano 01 Maio 2014

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Trabalho Acadêmico

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Page 1: Revista Multi Gráfica - Oficial

CRÁFIG AMULTI

REFLORESTAMENTO

RECICLAGEM

Como associações e cooperativascontribuem para a coleta seletiva.

Lixo para uns, trabalhoe renda para outros.

PARCERIASPARCERIASCopa 2014 gera expectativaspara Indústria Gráfica

OPORTUNIDADEOPORTUNIDADE

LIXO E OMEIO AMBIENTE

GráficaMulti

Edição nº 01

Ano 01

Maio 2014

Page 2: Revista Multi Gráfica - Oficial

CRÁFIG ACRÁFIG AMULTIMULTI

REFLORESTAMENTO

RECICLAGEM

Como associações e cooperativascontribuem para a coleta seletiva.

Lixo para uns, trabalhoe renda para outros.

PARCERIASPARCERIASCopa 2014 gera expectativaspara Indústria Gráfica

OPORTUNIDADEOPORTUNIDADE

LIXO E OLIXO E OMEIO AMBIENTEMEIO AMBIENTE

GráficaMulti

Edição nº 01

Ano 01

Maio 2014

Page 3: Revista Multi Gráfica - Oficial

EDITORIAL

COMO NASCE O PAPEL NOSSO DE CADA DIA

Caro Leitor, a ideia de elaborar um tema de capa que

tratasse do Reflorestamento X Reciclagem surgiu porque o segmento

gráfico é um dos que mais depende da fabricação de papel no

mundo.Nada do que é produzido em uma gráfica, faz sentido se o

papel não existir. Com o crescimento constante da preocupação

ambiental, lança-se um olhar crítico, sobre a indústria gráfica no que

diz respeito á preservação do meio ambiente.

Em Abril de 2014 o Brasil tornou-se o mais novo membro da

campanha Two Sides (Dois Lados, na tradução do inglês), em favor

da comunicação impressa e da defesa da sustentabilidade do uso

do papel pelas indústrias gráfica e jornalística. Criado em 2012 na

Inglaterra, o movimento chega ao país com o apoio de 42 entidades

empresariais, entre elas a Associação Brasileira da Indústria Gráfica

(Abigraf), Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e

Associação Nacional de Jornais (ANJ), que assinaram protocolo de

intenções com o diretor da Two Sides, Martyn Eustace.

A campanha quer mostrar que a comunicação impressa não

é a vilã do meio ambiente e contestar discursos que colocam o uso

do papel e da impressão gráfica como os principais responsáveis

pela destruição das florestas.

De acordo com dados de uma cartilha sobre comunicação

impressa e papel, só 11% da extração de madeira no mundo se

destinam ao papel. No Brasil, ainda segundo esta mesma cartilha, 2,2

milhões de hectares de florestas são plantados para a produção de

celulose e papel.

— A iniciativa reforça a divulgação de que 100% do papel

produzido no Brasil para atividades de impressão procedem de

florestas cultivadas. A adesão a este movimento nos insere na mais

bem-sucedida iniciativa mundial de difusão da sustentabilidade da

comunicação impressa — disse Fábio Arruda Mortara, presidente da

Abigraf.

— A iniciativa reforça a divulgação de que 100% do papel

produzido no Brasil para atividades de impressão procedem de

florestas cultivadas. A adesão a este movimento nos insere na mais

bem-sucedida iniciativa mundial de difusão da sustentabilidade da

comunicação impressa — disse Fábio Arruda Mortara, presidente da

Abigraf.

Esta edição traz matérias sobre a história do papel, como

trabalha uma gráfica, as expectativas do setor gráfico para a copa

de 2014, A importância Socioambiental dos Catadores de Lixo, como

é feita a fabricação do papel, comotambém conteúdos

relacionados á reciclagem de revistas e banners e muita informação.

Você vai conferir nesta edição uma entrevista feita a

associação de catadores de papel em Betim, mostrando o novo

espaço construído e informando como é feita a parceria com a

coleta seletiva na cidade.

Boa Leitura!

Edição n 01 ano 01 maio 2014º

CAPAGráfica Grandesco

DIRETORA PRESIDENTEJuliana Carvalho

DIRETORA FINANCEIRAPatrícia Figueiredo

PUBLICIDADEPatrícia Figueiredo

EDITOR CHEFEEunice oliveira

EDITORGlaydson Souza

EDIÇÃO DE ARTEEunice oliveira

DIAGRAMAÇÃOGráfica Grandesco

REVISÃOJuliana Carvalho

EDITOR DE FOTOGRAFIASHenrique Araújo

GERENTE DE TIHenrique Araújo

ACABAMENTOGráfica Grandesco

CONSELHO EDITORIAL

GráficaMulti

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 3

Page 4: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 20144

Pat r ícia Figueiredo

CONHECIMENTO

HISTÓRIA DO PAPEL

A invenção do papel foi um processo desenvolvido ao longo d o s t e m p o s h i s t ó r i c o s , simultaneamente por diferentes povos em d i fe rentes reg iões geográficas.

Antes da invenção do

papel, o homem se utilizava de

diversas formas para se expressar

através da escrita. Na Índia, eram

usadas as folhas de palmeiras. Os

esquimós utilizavam ossos de baleia

e dentes de foca. Na China

escrevia-se em conchas e em

cascos de tartaruga. A matéria

prima mais famosa e próxima do

p a p e l f o r a m o p a p i r o e o

pergaminho. O primeiro papiro foi

inventado pelos egípcios e apesar

de sua fragilidade, milhares de

documentos em papiro chegaram

até nos. O pergaminho era muito

mais resistente, pois se tratava de

pe le de an imal , gera lmente

carneiro, bezerro ou cabra e tinham

um custo muito elevado. Os Maias e

os Astecas guardavam seus livros de

m a t e m á t i c a , a s t r o n o m i a e

medicina em cascas de árvores.

Desde os tempos mais

r e m o t o s , o h o m e m v e m

desenhando nas superfícies dos

mais diferentes materiais. Nesta

atividade, tão intimamente ligada

ao raciocínio, utilizou, inicialmente,

as superfícies daqueles materiais

q u e a n a t u r e z a o f e r e c i a

praticamente prontos para seu uso,

ta is como paredes rochosas,

pedras, ossos, folhas de certas

plantas, etc.

A c o m p a n h a n d o o

desenvolvimento da inteligência

h u m a n a , a s r e p r e s e n t a ç õ e s

gráficas foram se tornando cada

vez mais complexas, passando

desse modo a significar ideias. Este

desenvolvimento, ao permit i r ,

também, um crescente domínio

dessas circunstâncias através de

utensílios por ele criado, levou o

homem a desenvolver suportes mais

adequados para as representa-

ções gráficas. Com esta finalidade,

a história registra o uso de tabletes

de barro cozido, tecidos de fibras

diversas, papiros, pergaminhos e,

finalmente, papel. A maioria dos historiadores concorda em atribuir a Cai Lun (ou Ts'aiLun) da China a primazia de ter feito papel por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais. Este processo consistia num cozimento forte das fibras, após o que eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma penei ra fe i ta de juncos delgados unidos entre si por seda ou cr ina, e ra f i xada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre e s t e m o l d e , m e d i a n t e u m a submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Procedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que o papel feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, o que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.

O SURGIMENTO, NO ORIENTE

A invenção do papel feito de fibras

vegetais é atribuída aos chineses. A

invenção teria sido obra do ministro

chinês da agricultura Tsai-Lun, no ano de 123 antes de Cristo. A folha de papel fabricada na época seria feita pela fibra de erva chinesa ou de bambu.

O PAPEL NAS AMÉRICAS

A primeira fabrica de papel nos

Estados Unidos foi estabelecida em

1690 por Guillermo Rittenhousa na

Pensilvânia, onde a matéria prima

essencial era fornecida pela

população (trapos de algodão e

linho) e a água era abundante. Por

volta de 1800, existiam mais de 180

fábricas de papel nos Estados

Unidos, e os trapos de tecido

tornavam-se escassos e caros. O

primeiro jornal dos Estados Unidos

em papel de polpa de madeira foi

impresso 1863, em Boston.

NO BRASIL

A primeira fábrica de papel no Brasil

surge com a vinda da família real

portuguesa. Localizada no Andaraí

Pequeno (RJ), foi fundada entre

1808 e 1810 por Henrique Nunes

Cardoso e Joaquim José da Silva.

Em 1837 surge a indústria de André

Gaillar e, em 1841, a de Zeferino

Ferrez.

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 5

Page 5: Revista Multi Gráfica - Oficial

CONHECIMENTO

É na floresta, em meio às fantásticas criações da natureza, que se inicia o envolvente processo de produção da celulose, papel e cartão.

Nas florestas plantamos eucaliptos, que após sete anos, estão prontos para se transformar em papel.

As toras menores são utilizadas para a produção de energia nas cadeiras de biomassa, as maiores vão para o

pátio de madeira e em seguida para o picador onde se transformam em cavacos.

Do pátio de cavacos eles vão para o digestor para serem cozidos com produtos químicos e se transformarem

em pasta de celulose.

Esta pasta segue para a mesa plana da máquina de papel e inicia-se a formação da folha, que é prensada,

seca e enrolada, formando grandes rolos de papel. Os enormes rolos são transformados em bobinas menores

que podem ir direto para o uso ou então cortadas em folhas de diversos formatos.

Este papel está pronto para ser utilizado,transformando-se em cadernos, livros, revistas, embalagens, talões

de cheques, pastas e calendários etc.

Todo papel que utilizamos em nosso dia-a-dia pode ser reciclado, transformando-se novamente em papel.

Como você viu esse fascinante processo aqui estáuma receita para vocêreciclar seu próprio papel.

PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PAPEL RECICLADO

1- Picote qualquer tipo de papel em pedaços bem pequenos. Cubra e deixe de molho de um dia para o outro.

2-Bata no liquidificador e transfira para uma bacia com o dobro de água.

3- Use peneiras pequenas, em diferentes formatos e introduza até o fundo da bacia.

4- Levante a peneira e retire-a, acomodando a massa coada de forma homogênea.

5- Ponha a peneira com a pasta de papel sobre folhas de jornal e enxugue.

6- Depois de seca retirem com cuidado e crie o que quiser.

PROCESSO DE FABRICAÇÃO INDUSTRIAL

|MULTI GRÁFICA MAIO 20146

CONHECIMENTO

COMO FUNCIONA UMA GRÁFICA

A partir da necessidade do

cliente começa a criação, de um

projeto gráfico a ser executado um

dos primeiros passos e definir que

tipo de impresso será desenvolvido,

por exemplo: cartaz, revistas,

embalagem, folders entre outros.

Esta criação da arte pode ser feita

por uma equipe de criação ou um

produtor gráfico, que pode ser

funcionários da própria gráfica ou

terceirizada. Nesse processo e

definidos todas as artes que serão

utilizadas, tipo de linguagem em

função do publico alvo e tipo de

produto.

O próximo passo e montar o

layout que será repassado para o

cliente para definir formatos, tipos,

cores, processo de impressão, para

definir os melhores procedimentos

técnicos que devem ser observados

pa ra que a peça pos sa se r

produzida de forma adequada.

O cliente aprovando o

layout , e feito a finalização do

arquivo , neste momento se faz a

conferencia das cores, fontes,

reticulas e resoluções do trabalho,

b e m c o m o a s p o s s í v e i s

adaptações para que a peça seja

produzida, só então e feito o

fechamento do arquivo.

A próxima etapa é a pré-

impressão, nesse processo produz

os fotolitos, digitalização edição de

imagens para que possa dar inicio

a o p r o c e s s o d e i m p r e s s ã o

propriamente dito a montagem da

matriz.

A parte de acabamento se

constitui em um processo mais

delicado, é o momento das dobras,

cortes especiais, encadernação

entre outros .Var ias gráf icas

disponibiliza esse serviço á terceiros.

Depois de todo o processo

é hora de impacotar e distribuir o

material, mais é preciso que o

material tenha nota fiscal.

H o j e o m e r c a d o

disponibiliza a impressão digital,

método que consiste em gerar a

imagem a partir da entrada de

dados direto de um computador

para impressora. Os equipamentos

de impressão digital possibilitam

resoluções de até 2400 dpi 's

imprimindo gráficos e textos com

nitidez, ou seja, impressões de alta

qualidade.ar e, em 1841, a de

Zeferino Ferrez.

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 7

Eunice Oli veira

Você já pensou como funciona uma gráfica?Nessa reportagem você vai ver passo a passo desse funcionamento.

PRÉ-IMPRESSÃOE IMPRESSÃO

ACABAMENTO

FINALIZAÇÃO

CRIAÇÃO

DEFINIÇÕES

Page 6: Revista Multi Gráfica - Oficial

componentes voláteis na atmosfera

em relação às tintas convencionais.

Com i s so , es tamos cer tos de

participar de uma grande cadeia de

empresas engajadas com as

grandes questões de nosso tempo. E

ela diz mais que está inserida no ciclo

do desenvolvimento sustentável,

portanto, cumpre seu papel como

empresa consciente, que utiliza

matérias-primas e subprodutos

obtidos junto à natureza e tem o

dever de contribuir com o uso

racional dos recursos naturais.

RECICLAGEM

A reciclagem é o termo geralmente

u t i l i z a d o p a r a d e s i g n a r o

reaproveitamento de materiais

beneficiados como matéria-prima

para um novo produto. Muitos

materiais podem ser reciclados e os

exemplos mais comuns são o papel,

o vidro, o metal e o plástico. As

maiores vantagens da reciclagem

são a minimização da utilização de

fontes naturais, muitas vezes não

renováveis; e a minimização da

quant idade de res íduos que

necessita de tratamento final, como

aterramento, ou incineração.O

conceito de reciclagem serve

apenas para os materiais que

podem voltar ao estado original e ser

transformado novamente em um

produto igual em todas as suas

características. O conceito de

reciclagem é diferente do de

reutilização. O reaproveitamento ou

reutilização consiste em transformar

u m d e t e r m i n a d o m a t e r i a l j á

beneficiado em outro. Um exemplo

claro da diferença entre os dois

Ao longo dos últimos 50

anos , os se res humanos vêm

alterando o ecossistema em um

ritmo mais acelerado e intenso do

que em qualquer outro período da

história humana, principalmente

devido à crescente demanda por

recursos naturais, tais como alimen-

tos, água, madeira, fibras e com-

bustíveis. Apesar da significativa

contribuição para o crescimento da

economia e para a promoção do

bem-estar social, a exploração

excessiva desses recursos acarretou

perdas irreversíveis da biodiversida-

de global e dos serviços prestados

pelos ecossistemas, muitos deles

considerados essenciais para a

sobrevivência humana.

REFLORESTAMENTO

Reflorestamento é uma

ação ambiental que visa repovoar

áreas que tiveram a vegetação

removida pelas forças da natureza

(incêndios, por exemplo) ou ações

humanas (queimadas, exploração

de madeira, expansão de áreas

agrícolas, queimadas). Podemos

chamar também de reflorestamento

o processo de arborização de áreas

e s p e c í f i c a s o n d e n ã o h a v i a

vegetação nas últimas décadas.

Nes te p roces so , são c r iadas

pequenas florestas, principalmente

com espéc ies lenhosas . E s te

processo é voltado principalmente

para criação de áreas de lazer ou

para melhorar a qualidade do ar em

áreas que sofrem com a poluição ou

aquecimento do ar.As indústrias de

made i ra e ce lu lo se também

realizam o reflorestamento, usando

REFLORESTAMENTO

RECICLAGEM

|MULTI GRÁFICA MAIO 20148

PRODUÇÃO

FABRICANDO O PAPEL

O papel é um dos materiais mais importantes e versáteis que conhecemos e é difícil imaginar como seria o nosso dia-a-dia sem ele.gital criam-se oportunidades que antes não existiam.

O tipo de matéria-prima, o

processo e os diferentes aditivos,

permitem fabricar os mais variados

tipos de papel. Acompanhe o

método básico de produção deste

material tão difundido em todo o

mundo.

PASSO A PASSO DA FABRICAÇÃO

T u d o c o m e ç a n a

plantação de árvores que já são

destinadas a este fim. Aqui no Brasil,

cerca de 98% da produção do

papel tem como matéria prima

madeira originada principalmente

de pinus e eucaliptos, que após

sete anos estão prontos para serem

cortados. Após o corte, as toras são

d e s c a s c a d a s e e s s a c a s c a (cavacos) é recuperada e usada como combustível para produzir vapor e eletricidade; A madeira possui fibras celulósicas que estão aderidas umas as outras com uma “cola” chamada lignina. Para transformar a madeira em polpa, precisamos separar a l ignina das demais fibras.Nesse ponto,os pedaços de madeira são colocados em um grande caldeirão para cozinhar .em um digestor com temperatura de 160º C. Depois de algumas horas cozinhados tem uma pasta de celulose.Para a fabricação de alguns tipos de papel, a polpa precisa ser branqueada. Nesta etapa, são usados produtos q u í m i c o s q u e d i s s o l v e m o u eliminam a lignina. Com isso a polpa não só se torna mais branca, como também, d i m i n u i a p r o b a b i l i d a d e d amarelar com o passar do tempo. Após lavada para retirar as substância química a pasta leva-da em uma máquina chamada

em uma máquina chamada mesa

plana, que irá transformar essa

pasta de celulose em uma folha

contínua e lisa sobre uma grande

esteira rolante.

Após movida pela esteira,

p a s s a p o r u m s i s t e m a d e

prensagem em rolos que ira tirar o

excesso de água , para compactar

e alisar o papel.

O próximo passo é colocar

o papel em um enroladora para

transformar em uma bobina.O

acabamento é o setor responsável

pela conversão em folhas cortadas

e pela embalagem de todos os

produtos finalizados. É aqui onde a

bobina é cortada em folhas, forma-

to padrão que já conhecemos

Em seguida segue para

processo de distribuição, tornando

disponível a todos nós em uma

l i v r a r i a , p a p e l a r i a , l o j a d e

informática e supermercados,

onde serão comercializadas.

SUSTENTABILIDADE

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 9

principalmente o eucalipto. Esta

espécie é utilizada em função de seu

crescimento rápido e pelo fato da

madeira ter boa aceitação comer-

cial. O reflorestamento é usado

também para criar barreiras de

árvores para proteger determina-

das culturas da ação de fortes ven-

tos. Outro importante objetivo do

reflorestamento é melhorar o de-

sempenho de bacias hidrográficas.

O processo de refloresta-

mento é de grande importância

para o meio ambiente. Ele é capaz,

quando executado com eficiência,

de recuperar áreas verdes com

espécies nat ivas, melhorando

ecossistemas degradados. Usando o

processo de reflorestamento, muitas

empresas deixam de comprar

madeira proveniente do corte ilegal,

poupando a natureza. O processo

de reflorestamento é aplicado

também em áreas de encostas com

o objetivo de impedir deslizamentos

de terras.

C o m o p o d e m o s v e r o

reflorestamento esta em todos os

lugares principalmente dentro das

empresas que são os que mais

prejudicam o nosso meio ambiente.

Segundo a gráfica Ecoprint

Impressões Gráficas Ltda crescentes

preocupações mundiais com as

questões ambientais e de sustenta-

bilidade não passam despercebi-

das à empresa, que recentemente

recebeu o selo de certificação FSC

(Forest StewardshipCouncil), ates-

tando que não houve derrubada de

mata para produção de celulo-

se. “implantamos a utilização de

tintas a base de soja, que propicia a

redução de 64% na emissão de

Page 7: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 201410

SUSTENTABILIDADE SUSTENTABILIDADE

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 11

conceitos, é o reaproveitamento

do papel.

O papel chamado de reciclado

não é nada parecido com aquele

que foi beneficiado pela primeira

vez. Este novo papel tem cor

diferente, textura diferente e

g r a m a t u r a d i f e r e n t e . I s t o

a c o n t e c e d e v i d o a n ã o

poss ib i l idade de retornar o

material utilizado ao seu estado

original e sim transformá-lo em

uma massa que ao f inal do

processo resulta em um novo

mater ia l de caracte r í s t icas

diferentes. O papel é um material

m u i t o u t i l i z a d o p e l o s s e r e s

humanos desde a antiguidade,

porém o uso abus ivo deste

material é prejudicial ao meio

ambiente, pois para a produção é

usado como principal matéria-

prima amadeira, de acordo com o

site Recicloteca, 95% dos papéis

são formados através dos troncos

de árvores, pois é desse produto

que retira-se a celulose que se

transforma em fibras que ao se

entrelaçarem dão resistência ao

material, porém para a realização

d e t o d o e s s e p r o c e s s o é

necessário a extração de madeira

das florestas, gerando assim o

desmatamento, além de que usa-

se uma grande quantidade de

água e energia.

POR ONDE COMEÇAR

Ser sustentável não é seguir um

pequeno conjunto de regras, mas

se comprometer com a melhoria

contínua dos processos produtivos,

o que exige a compreensão da ca-deia operacional como um todo.

A fim de capitalizar sobre essa

transformação e tirar proveito dela

c o m o u m a v a n t a g e m

competitiva, as gráficas precisam

ter uma abordagem que seja

sistemática.

REFLO

MENTORESTA

Para tornar o setor de

acabamento mais “verde”, a

chave está em mudar os hábitos:

reduzir o desperdício, separar o lixo

dev idamente e repensa r a

posição de equipamentos e lixei-

ras, por exemplo. Nesse aspecto, o

mais importante é treinar os funcio-

nários adequadamente. Além

disso, o cuidado com as matérias-

primas também faz diferença:

revestimentos e laminados reciclá-

veis, assim como adesivos com bai-

xo teor de VOC, reduzem o

impacto ambiental e aumentam o

valor do produto. A Ecoprint

I m p r e s s õ e s G r á f i c a s L t d a

acrescenta: “refinamos nossos

p r o c e s s o s e p r o m o v e m o s

constantemente reciclagem e

capacitação técnica. Atentos à

realidade econômica do país,

p rocuramos rac iona l i za r as

despesas, além de difundirmos a

cultura de evitar desperdícios e a

consciência da nossa parcela de

r e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l e

ambiental”.

A ganância do homem faz com que ele altere os

ecossistemas, interferindo nos ciclos naturais, sem se importar com as

consequências e com as gerações futuras. Contribuindo assim para

o desequilíbrio ecológico. O homem ainda não se conscientizou da

importância da conservação do meio ambiente para o futuro do

nosso planeta e da nossa espécie. Assim como os animais e os

vegetais, ele também faz parte da natureza e dela depende sua

sobrevivência. Todos os anos grandes áreas de nossas matas são

derrubadas no Brasil por vários motivos, causados pelo ser humano

para dar lugares a estradas, cidades, plantações ou para fins

lucrativos como o fornecimento de madeira. A única saída para esse

problema é o reflorestamento, ou seja, replantando árvores que

foram derrubadas e queimadas.O homem pode fazer o uso racional

explorando os recursos das florestas apenas para produtos com

alimentos, óleo, borracha e medicamentos. O reflorestamento de

áreas devastadas além de garantir a sobrevivência de espécies traz

inúmeros benefícios como impedindo raios solares incidam

diretamente no solo, aumenta a umidade da região e auxiliam na

renovação do ar atmosférico. Nossas árvores estão desaparecendo

a cada dia que passa, dentre elas podemos citar o Pau-brasil e o Ipê

que estão correndo sério risco de extinção. Se o ser humano souber

explorar os diversos ecossistemas da terra sem destruí-los, estará

preservando todas as espécies e garantindo recursos para as

gerações futuras.

REFLORESTAMENTO TAMBÉM É UMTIPO DE RECICLAGEM

Page 8: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 201412

MERCADO

EXPECTATIVAS DA INDÚSTRIA GRÁFICA COM A

COPA DO MUNDO DE 2014

Desde 2007, quando foi anunciado como

sede da próxima Copa do Mundo, o Brasil vem se

preparando para receber, a partir do dia 12 de

junho de 2014, o maior evento esportivo do

planeta.

A realização do torneio por aqui não

r e p r e s e n t a a p e n a s a d i s p u t a p e l o

hexacampeonato em território nacional., mas

também , representa as oportunidades que o

evento vai oferecer para o crescimento do

mercado Brasileiro.

Segundo pesquisa feita pelo Ministério do

Turismo (MTur), a Copa do Mundo da FIFA2014

t rará um impacto de R$ 183 bi lhões na

economiabrasileira. A elevação de investimentos

em decorrência domegaevento, especialmente

nos estados-sede, passa ademandar mais bens e

serviços, com especial destaque para osetor de

serviços e produtos gráficos.

As demandas vão desde a impressão de

material informativo sobre o evento ou atrativos,

como tabelas de jogos, publ ic idade de

patrocinadores, informativos sobre gastronomia,

até sobre turismo e mobilidade urbana, como a

compra de lembranças por turistas, sejam cartões

postais, brindes ou outros tipos de suvenir. Em

plena era digital criam-se oportunidades que

antes não existiam.

As empresas que estão na vanguarda

desse movimento têm grandes oportunidades no

segmento promocional/publicitário antes e

durante a Copa do Mundo da FIFA 2014. Para

tanto, é preciso estar atento ao manual da FIFA

que descreve as linhas gerais para uso de marcas

oficiais do megaevento para publicidade,

promoção, e meios de comunicação em geral.

A impressão digital é a área que mais vem

despertando o interesse dos empresários, que

estão investindo nessa tecnologia como forma de

combater as dificuldades do setor. O potencial

desse ramo é enorme devido às melhorias

contínuas na qualidade de impressão e à

agilidade na entrega.

Com a Copa do Mundo da FIFA 2014, os

investimentos no país chegarão a R$ 47 bilhões,

com estimativa de retorno indireto de R$ 137,7

bi lhões. São esperados 600 mil vis itantes

estrangeiros. Cada turista (interno ou externo) que

se movimenta pelo país necessita deinformações,

indicações sobre roteiros, itinerários, restaurantes,

Tecnologia de Chapa Livre de Produtos Químicos

Page 9: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 2014 15

Use o cabo de vassoura(ou outro objeto cilíndrico)

para fazer os círculos de canudo.Ficará assim...

pontos turísticos, escala de jogos, dentre outras

informações.

Desse modo, a expectativa no aumento

de negócios para as gráficas (offset e digitais) é

real e pode representar um catalisador para

alavancar investimentos no setor.

E s p e r a - s e q u e a c h e g a d a d e

investimentos ajude a sinalizar a urgência em

melhorar a capacitação profissional. Ainda é um

desafio formar profissionais qualificados no ramo.

O investimento da indústria gráfica em

equipamentos cada vez mais modernos e em

novas tecnologias demanda que a formação de

mão de obra acompanhe este movimento. No

entanto, há poucos cursos e escolas atualizados

com o desenvolvimento tecnológico.

A Copa do Mundo da FIFA 2014, portanto,

coloca à frente dos empreendedores do setor

g r á f i c o u m a g r a n d e o p o r t u n i d a d e d e

crescimento do seu negócio, pois a demanda

pelos produtos gráficos terá um aumento

considerável, ao mesmo tempo que sinaliza de

forma eficiente para a necessidade de maiores

investimentos na qualificação da mão de obra.

Contrariando a previsão de especialistas,

o consumode produtos impressos cresce

mundialmente.

Expectativaotimista prevê que a Copa do

Mundo da FIFA 2014 insuflará nomercado gráfico

nacional um crescimento de 6% a 7% entre2012 e

2014.

A C o p a d o M u n d o d a F I F A 2 0 1 4

potencializará a preocupação com a adequada

comunicação edivulgação de qualquer negócio.

Neste cenário, materiaisimpressos ganham

relevância para os seguintes clientes: Agências de

comunicação e publicidade, por administrar

contasde grandes marcas, tendem a ser uma

fonte interessante dedemandas por produtos e

serv iços; Empresas de qualquernatureza

principalmente dos ramos turístico, hoteleiro,

gastronômico, cultural e de locomoção urbana –

precisarão de material informativo, indicativo,

promocional para se relacionarem com os turistas.

Nesta situação, para terem chance de

disputar oserviço, é vital que os pequenos

negócios atendam ao maiornúmero possível de

requisitos classificatórios.

É fundamental descobrir dentro da sua

gráfica, quais os potenciais a serem ainda melhor

explorados em favor da diferenciação de seus

produtos ou serviços, aproveitando este ano de

oportunidades.

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MERCADO DICAS & TRUQUES

RECICLAGEM ARTESANAL:COMO FAZER UMA CESTA COM REVISTAS VELHAS?Aprenda a fazer uma cesta com canudinhos de papel. O passo a passo está super bem explicado.

VOCÊ VAI PRECISAR DE:

- Revistas usadas

- Cabo de vassoura

- Pregadores

- Cola branca

- Tinta

(a que você quiser para dar acabamento na peça)

PASSO A PASSO

Faça canudinhos enrolando aspáginas da revista. Ficará assim...

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Page 10: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 201416

DICAS & TRUQUES DICAS & TRUQUES

Junte os círculos de canudinhocolando um pedaço de papel

entre eles.

Inicialmente de dois em dois,mas depois vá juntando as peças

até formar um retângulo de círculos.

Não estamos dizendo quantoscírculos fazem uma caixaporque você pode decidiro tamanho que quer fazer.

Pode ser qualquer um,sendo que quanto menor,

mais resistente a cesta será.

Junte os retângulos de círculosda mesma forma que fezum por um, com papel ouum esparadrapo formando

as faces da cesta.

A cesta está pronta.Agora só falta pintar.Use a tinta que quiser.

Obviamente use uma tintaimpermeável se o materialficar exposto a umidade.

Pronto!

Ficará assim...

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RECICLAGEM ARTESANAL:COMO FAZER BOLSA DE BANNER PASSO A PASSO

Crie bolsas bonitas, resistentes e que

também não precisam ser lavadas!

Esta dica é ideal para aquelas pessoas

que procuram um artesanato muito útil para

fazer. Você pode criar um acessório bem

usual e que pode ganhar a sua cara, já que é

você que irá confeccionar o item. Veja o

passo a passo e faça também em sua casa.

VEJA O QUE VOCÊVAI PRECISAR

BANNER ILHÓS

ZÍPER CADARÇO

ARGOLAS TACHINHA

MÁQUINA DE COSTURA DE ALFAIATE

Page 11: Revista Multi Gráfica - Oficial

ENTREVISTA

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Goiás(62) 3290 5346

Mato Grosso(65) 3054 2050

M. Grosso do Sul(67) 3042 5838

Nordeste(81) 9847 4676

Rio de Janeiro(21) 7758 5073

Minas Gerais(31) 3491 3234

Santa Catarina(47) 3426 3619

Printcor Matriz(11) 4066 3500

Printverniz Matriz(11) 4343 7992

Printcor Sul(51) 3470 6407

Bahia(71) 8853 9837

Brasília(61) 3386 1749

Espírito Santo(27) 3289 6029

Curitiba(41) 9975 5526

Amazonas(92) 3184 2090

GL Systems Certification

A IMPORTÂNCIA DA PARA A COLETA SELETIVAASCAPEL

Quantas toneladas de lixo o galpão tem

capacidade de receber por dia?

capacidade para receber 12,8 toneladas de

materiais recicláveis por dia.

No aspecto financeiro, é possível manter com

tranquilidade a associação?

Não, é necessário mais parcerias com as

empresas e aumentar o número de rotas na

coleta seletiva.

O que é feito do material coletado?

1º passa pela área de triagem que é onde

seleciona e separa o papel, vidro, papelão,

plástico ,etc.

Depois esse material é prensado e em seguida

comercializado ou revendido para uma

compradora de materiais recicláveis.

Há quanto tempo funciona a Ascapel na cidade de

Betim?

A ascapel funciona por volta de 16 anos em Betim,

começando seu funcionamento no bairro laranjeiras,

depois passou a funcionar na marco túlio, foi para o

bairro chácara e por volta de uns 8 meses, com a ajuda

da prefeitura, construiu-se esse galpão com estrutura

maior aqui no bairro Bandeirinhas.

Quantos catadores ou colaboradores estão

cadastrados?

Hoje estamos com 17 colaboradores.

Qual a participação da prefeitura nesse projeto?

A prefeitura nos dáo apoio através da coleta seletiva

realizada em alguns bairros da região de Betim. Hoje a

prefeitura disponibiliza de 3 á 4 caminhões que

realizam a coleta.

Em Betim, desde 2003, a prefeitura, através da Secretaria

de Meio Ambiente, implantou o programa Coleta Seletiva

Secos e Úmidos, o objetivo da coleta seletiva é diminuir o

volume de resíduos, aumentar a vida útil dos aterros

sanitários e possibilitar o uso racional dos materiais por meio

da reciclagem.

A destinação do lixo na cidade de Betim, também gera

renda para algumas famílias de Betim, já que os resíduos

secos são destinados aos catadores de papel, que fazem

sua triagem e venda por meio da Associação dos

Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis

de Betim (Ascapel). Por dia, 120 toneladas de materiais

diversos são coletadas e enviadas para a associação.

Na entrevista á seguir Yago, colaborador da Ascapel,

descreverá como funciona a associação na cidade de

Betim.

ASCAPEL: ASCAPEL:

ASCAPEL:

ASCAPEL:

ASCAPEL:

ASCAPEL:

MULTI GRÁFICA: MULTI GRÁFICA:

MULTI GRÁFICA:

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MULTI GRÁFICA:

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Page 12: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 201420

ENTREVISTA

A associação participa de algum projeto

social?

Sim do projeto da Cataunidose Insea.

A Cataun idos (cooperat iva de

reciclagem dos catadores da rede de

economia solidária) existe desde 2004 e conta

com patrocínio da Petrobras desde 2006.

Atualmente, a rede agrega nove associações

de catadores na região metropolitana de Belo

Horizonte, com cerca de 500 catadores.

Depois da criação da rede, a renda dos

catadores aumentou cerca de 30%.

I N S E A – I n s t i t u t o N e n u c a d e

Desenvo lv imento Sus tentáve l é uma

Organização Social de Interesse Público –

OSCIP, de âmbito nacional, sem fins lucrativos,

criada em 2001, em Belo Horizonte-MG

O foco principal é a inclusão produtiva

de catadores de materiais recicláveis e

p o p u l a ç ã o e m s i t u a ç ã o d e r u a , n o

reconhecimento do seu protagonismo como

trabalhador cidadão e agente ambiental.

Além do material coletado pela prefeitura, existe

alguma outra forma de coleta ou ponto de coleta?

Tem sim, através de parceria com algumas empresas,

que disponibilizam esse material para a Ascapel, e

recebemos também de moradores, caso o caminhão

da coleta seletiva não passar no bairro dele e ele

mesmo desejar trazer aqui na associação.

Parte deste material é utilizado para artesanato?

Não, na Ascapel a única função é triagem e revenda.

Hoje qual seria o maior obstáculo que a associação

enfrenta?

Seria o aspecto financeiro e a separação incorreta do

lixo para a coleta seletiva

pela sociedade que dificulta o nosso trabalho.

De que maneira o município de Betim pode contribuir

com a associação?

Separando corretamente o material reciclável dos

rejeitos, e aumentando a rota dos caminhões da

coleta seletiva ou criando pontos de coleta.

ASCAPEL:

ASCAPEL:

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Page 13: Revista Multi Gráfica - Oficial

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ARTIGO

A IMPORTÂNCIA SOCIOAMBIENTAL DOS CATADORES DE LIXO

O trabalho desenvolvido pelos catadores

de lixo, tem apresentado um caráter de grande

relevância social e ambiental. Eles participam da

rea l i zação de um serv iço púb l ico cu ja

responsabilidade é constitucionalmente do

governo local. Todavia, esses trabalhadores não

têm merecido a devida atenção por parte dos

poderes públicos e da sociedade. Ao contrário,

muitas vezes, são confundidos com mendigos,

merecedores de repressão e desprezo. É dessas

relações sociais concretas e contraditórias que

são construídas as identidades dos sujeitos,

homens e mulheres, de várias faixas etárias,

inclusive jovens e crianças, hoje denominados de

catadores e catadoras de material reciclável,

que vivem relações de exclusão e que são por eles

mesmos assimilados e assumidos e, portanto,

manifestam pouca noção sobre seus direitos de

cidadania e de como lutar por eles.

Os catadores de lixo cooperativados,

assim como outros cooperados, trabalham em

prol dos mesmos ideais e unidos pelos mesmos

objetivos. Assim direcionam suas atividades para a

satisfação das suas necessidades financeiras e

pessoais através da produtiv idade e da

valorização do trabalho e não da exploração da

força de trabalho.

E s t a s c o o p e r a t i v a s t e m t a m b é m

importante função econômica e ambiental. Além

disso, geram trabalho e renda com a venda de

mater iais recicláveis , por permit i rem um

reaproveitamento dos recursos naturais.

O fortalecimento das organizações de catadores,

enquanto agentes sociais e ambientais, é,

portanto, uma estratégia central na construção

de uma política de resíduos sólidos que promova a

participação cidadão no desenvolvimento de

uma nova cultura, com a revisão de valores e

práticas, voltada à minimização da geração de

resíduos e à solidariedade social.

Os catadores de lixo desempenham uma

função social vital no processo de reciclagem,

evitando que a natureza precise decompor

m a t e r i a i s q u e p o d e m e d e v e m s e r

reaproveitados. Isso é importante não apenas

para diminuir o lixo gerado, mas também para

reduzir o consumo de energia, de recursos

naturais, além de gerar empregos e renda.

O ser humano gera resíduos desde que o

mundo é mundo, contudo, com a evolução, o

volume foi crescendo significativamente e

tornando a decomposição natural cada vez mais

difícil. Diante dessa realidade, o cidadão pode

contribuir para diminuir o lixo de sua casa. Para isso

é preciso apenas reduzir, reutilizar ou reciclar.

Ações simples como revisar um texto na tela de

um computador ao invés de imprimir, usar o verso

do papel impresso que não é mais útil como

rascunho, evitar os produtos descartáveis e as

embalagens de isopor, usar uma sacola de pano

no lugar da plástica.

C a d a v e z m a i s s e a p o s t a n a

conscientização ambiental como medida

necessária para a questão da preservação do

meio ambiente. A alteração no padrão de

consumo é uma das ações a serem realizadas

para que haja uma efetiva redução da utilização

desnecessária de recursos esgotáveis.

Page 14: Revista Multi Gráfica - Oficial

|MULTI GRÁFICA MAIO 201424

ARTIGO

A conscientização da necessidade do

reaproveitamento do lixo é um dos enfoques da

educação ambiental. Na medida em que um

maior número de pessoas passarem a praticar a

separação do lixo em seus domicílios, locais de

estudo e trabalho, maior quantidade de material

reciclável poderão ser reciclados e mais

trabalhadores poderão viver desta atividade e

menor poluição será gerada.

Convém lembrar que a educação de um

modo geral contribui decisivamente para a

questão do meio ambiente. A população que

possui acesso à educação joga menos lixo nas

ruas e é mais exigente na hora de comprar. O

estímulo à criatividade, por exemplo, favorece

que sejam inventadas soluções tanto por alunos,

quanto por futuros profissionais, que podem

passar a integrar o dia-a-dia.

SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

A crescente preocupação com o meio

ambiente tem levado empresas no mundo todo,

inclusive no Brasil, a buscar alternativas de

produção mais limpa e matérias- primas menos

tóxicas, a fim de reduzir o impacto de seus

processos. Segmentos da sociedade, conscienti-

zados quanto aos problemas ambientais, têm

induzido essas empresas a buscar uma relação

mais sustentável com o meio ambiente. Aceita-se

cada vez menos a exacerbação do lucro obtido à

custa do comprometimento do meio ambiente.

Diante disso, a indústria tem sido forçada a investir

em modificações de processo, aperfeiçoamento

de mão de obra, substituição de insumos,

redução de resíduos e racionalização de

consumo de recursos naturais.

Segundo o conceito mais amplo de

sustentabilidade, não basta a uma empresa

simplesmente buscar o lucro. Resultados devem in-

cluir ganhos ambientais e sociais. Isso leva as

empresas a considerar, como parte integrante de

um plano de negócios, a inclusão de metas em-

presariais compatíveis com o desenvolvimento

sustentável dela mesma e da sociedade. Ao

mesmo tempo em que representa um desafio, a

busca pela sustentabilidade pode representar

novas oportunidades de negócios. A tendência

de os consumidores preferirem produtos e serviços

sustentáveis é o exemplo mais evidente de

vantagens competitivas que podem advir de

práticas sustentáveis como estratégia de negó-

cios.

Apesar de diversas iniciativas de empre-

sas e instituições no sentido de implementar

métodos de produção mais limpa e de destinar

corretamente seus resíduos, a indústria gráfica

brasileira, de um modo geral, ainda está pouco

c o n s c i e n t e d a s u a i m p o r t â n c i a e s u a

responsabilidade com as ações sustentáveis. Essa

tomada de consciência e de atitude é dificultada

pelo fato de a grande maioria das gráficas ser

composta por micro e pequenas empresas, com

gestão pouco profissionalizada.

Um dos tópicos mais significativos em

discussão na indústria gráfica é a recente

demanda por processos ecologicamente susten-

táveis.Atualmente as gráficas não podem mais se

dar ao luxo de ignorar esse assunto. Não é apenas a

preservação do meio ambiente que está em jogo.

A rentabilidade futura das empresas do

setor está diretamente ligada à forma como as

questões de produção sustentável forem

abordadas hoje. A pergunta é: o que devemos

fazer para tornar a impressão um processo

ecologicamente sustentável?