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Belterra - história..... turismo e desenvolvimentoSonho audacioso do americano Henry Ford em plena região amazônica
Há uma cidade típica do in-terior americano em plena selva amazônica – Belterra,
distante 48 km de Santarém (PA). Sua criação é fruto de um ousado sonho do americano Henry Ford, presidente da indústria automobi-lística Ford nos Estados Unidos. O sonho do milionário era implantar o cultivo de seringueiras na Amazônia, transformando-a na maior produtora de borracha natural do mundo. “Bel-terra teve participação importante na história da imigração brasileira e ciclo da borracha”, relata Geraldo Irineu Pastana de Oliveira, prefeito munici-pal de Belterra (PT).
“Não podemos falar de Bel-terra sem mencionar a Fordlândia. Chamada de Bela Terra por Henry Ford, mais tarde denominada de Belterra, a cidade foi construída utili-zando os recursos próprios da região como a madeira e mãos-de-obra local, diferente do projeto inicial de Ford, em Fordlândia”, explica a docente da FIT (Faculdades Integradas do Tapa-jós), professora Terezinha Amorin. O empresário Ford recebeu um milhão de hectares de terra que compreendia os atuais municípios situados na Ro-dovia Transamazônica como Uruará,
Medicilândia, Rurópolis, Pre-sidente Medici e Placas, todos no Pará. “Um Mega empreendimento que ‘ele apostou no escuro’, pois nunca pisou nestas terras. Fordlândia era algo fascinante. Em dezembro de
1928, as instalações de construções de pré-moldados como hospital, ser-raria, residência e outros, chegaram dos EUA para Fordlândia”, acrescenta a docente. Entretanto, após um tem-po, percebeu-se que aquele terreno não era apropriado para a cultura da seringa, foi então que negociaram com o governador do estado do Pará da época, Magalhães Barata, a permu-ta dessas terras por 281.000 hectares de Belterra. Acordo assinado, assim surgiu o distrito de Belterra, em 04 de maio de 1934.
Belterra ainda é jovem, emancipou-se de Santarém, em 28 de dezembro de 1995, através da lei 5.928. “História, turismo e povo hospitaleiro é o que temos a oferecer aos visitantes. Praias lindas com 60 km de extensão. Tão boa quanto a do Alter do Chão”, convida o prefeito de Belter-ra. Além das praias Pindobal, Maguari e Aramanaí, o passeio pelas ruas da cidade leva o visitante ao passado. As majestosas caixas de água, os hi-drantes e passeios com
belos jardins, hospitais, escolas, casas no estilo americano e outros, tudo pla-nejado pelo mentor do projeto, Henry Ford. Existe uma residência que chama a atenção de todos: Casa Um, como é chamada pelos habitantes da cidade.
Ampla, com grande salão e vários compartimentos, ela foi construída para receber Henry Ford, o que não chegou a acontecer.
O setor econômico também é uma das prioridades de sua adminis-tração, pois está em processo de insta-lação uma fábrica de polpas de fruta, já
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Belterra - história..... turismo e desenvolvimentoque no município há uma vasta plan-tação de cupuaçu, conforme o prefeito Pastana. As culturas de grãos como o milho e soja também, são destaques no município. O Plano Diretor Partici-pativo é outra prioridade de Belterra. Um exemplo de participação acontece com a comunidade de Porto Novo como relata o prefeito, “assumi um
compromisso que não estava previs-to no orçamento. Eles disseram que precisavam de um micro sistema de abastecimento de água”. Firmaram que a Prefeitura arcaria com a me-tade e as famílias dessa comunidade pagaria a outra metade das despesas com escavação do poço. “Iniciativa que fiquei surpreso e que me alegrou”, lembra o prefeito Pastana. É o prefeito trabalhando com o povo.
Artesanato Maguari, aldeias das tribos Taquara, Marituba e Bragança, assim como a maioria da FLONA
(Floresta Nacional do Tapajós) são os legados desse município com grande potencial de crescimento. Em se tra-tando de meio ambiente, Belterra está vivendo um processo muito impor-tante de descentralização das ações, dando autonomia para a Secretaria de Meio Ambiente do município para licenciar vários itens, que antes apenas o estado tinha competên-cia para tal. A preocupação da Prefeitura não é apenas com as florestas, mas também com a população. Por isso está com o programa educação ambiental em que os professores recebem reciclagem o ano inteiro sobre os assuntos ambientais.
Uma cultura que pode passar despercebida, mas Belterra é a maior produtora do Brasil em meliponicultura – cultura da abelha sem-ferrão,
conforme Sérgio Luiz Corrêa, técnico em Agronomia da Emater em Belterra. Por ser tradicio-nalmente manejada por povo indígena, também é conhecida como abelha indígena. Um dos produtores mais famosos desse município é João Batista, mais
conhecido como Joãozinho, natural de Belterra, 49 anos. Desde os 14 anos Joãozinho trabalha nesse ramo de criação de abelhas e atualmente possui várias espécies de abelha sem-ferrão com aproximadamente 1.300 caixas. “Trabalho com a minha família, meu pai também criava abelhas e fui aprendendo com ele”, fala o produtor, orgulhoso de sua profissão.
Outra belterrense, Edivaneide Colaço, 40 anos, vende lanche e churrasco. Às 10 horas, ela e sua filha Edi-vanessa se encontravam na Praça do Coração de Belter-ra. Estavam cozinhando para vender no Arraial de Santo Antonio (1º a 13 de junho). “Todos os anos participo des-te Arraial. O dia mais alegre é no segundo sábado, quando há muitas brincadeiras como o bingo. Gosto da cidade”, conclui Edivaneide.
Serviço:Prefeitura Municipal de BelterraEndereço: Vila Americana, 45,CEP: 68143-000, Belterra (PA)Fone: 93-3558-1616/1177Acesso Rodoviário: BR 163/Santarém-Cuiabá ou rodovia municipal Terraplena