revista passear nº5

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edição digital gratuita passear sente a natureza by Nº.5 . Ano I . 2011 PRS3 CASTELO DOS MOUROS Crónica de Viagens Estrada da Morte Destino Ponte de Lima

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Edição de Agosto da Revista Passear

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edição digital

gratuita

passearsente a natureza

byNº.5 . Ano I . 2011

PRS3CASTELO

DOS MOUROS

Crónica de ViagensEstrada

da Morte

DestinoPonte de Lima

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Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

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Capa Fotografia PRS 3

(pág.14)

Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

Contacto +351 965 761 000email [email protected]/lobodomardesign/comunicar

www.passear.com

Boas férias e bons PasseiosEsta é já a 5ª edição da revista Passear e tem sido muito gratificante a adesão demonstrada pelos leitores a este projecto. Temos vindo a crescer ao nível das audiências com uma média de leitores, por edição, na ordem dos 7 000!

Nesta edição continuamos a acompanhar a grande aventura em bicicleta, do Idílio pelas terras da América.Fomos fazer a PR do Castelo em Sintra, uma proposta interessante para os dias quentes de Verão. Um trajecto circular com muita sombra e inserido numa paisagem privilegiada.O nosso Destino foi a maravilhosa vila de Ponte de Lima. A mais antiga de Portugal e, sem dúvida, uma das mais bonitas e bem preservada.

Continuem a enviar as vossas iniciativas para publicação na Passear (www.passear.com) e partilhem connosco as vossas imagens e vivências.Bons passeios.

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Edição Nº.5 Agosto 2011

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4 DESTINO – PONTE DE LIMA

Na rota do Caminho de SantiagoO FESTIVAL DE JARDINS DE PONTE LIMA É O PRINCIPAL MOTIVO DA MINHA VISITA ANUAL À MAIS ANTIGA VILA PORTUGUESA. MAS PONTE DE LIMA É MUITO MAIS QUE O SEU FESTIVAL…

Texto e Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves e C.M. Ponte de Lima

É com grande agrado que todos os anos visito Ponte de Lima, sensivelmente no mês de Ju-lho, para efectuar a reportagem sobre o seu magnífico festival de jardins, este ano de 2011 dedicado à Floresta.Ponte de Lima é o símbolo do equilíbrio entre a história e a actualidade com a arquitectura e o rio Lima a terem um papel preponderantes. Caminhar pelas suas estreitas ruas transportam--nos a tempos idos e quase se consegue sentir a vivência de outros tempos.

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A gastronomiaA gastronomia de Ponte de Lima é uma referência na região do Minho. É didícil comer mal e comer pouco nesta vila sendo o seu ex-libris no Arroz de Sarrabulho, servido com rojões de porco. A lampreia do Rio Lima também é muito apreciada e está disponível desde o início de cada ano até ao final da Primavera, esta iguaria pode ser cozinhada de diversas formas, com destaque para o Arroz de Lampreia e para a Lampreia à Bordaleza. Também aconse-lho a experimentarem os filetes de pescada que são muito bons para não falar das en-tradas que, só por si, são uma refeição…Os que gostam de doces, não podem deix-ar de saborear a textura do leite-creme queimado pela férrea - um ferro em brasa com o qual se queima açúcar espalhado à superfície do creme.Tudo isto acompanhado com o famo-so vinho Verde. As uvas destinadas ao “verde” estão sujeitas a cuidadosos e rig-orosos processos selectivos, sendo o solo, o clima e as castas - com realce para a casta loureiro nos brancos e para a vinhão nos tintos - os segredos destes vinhos que

beneficiam ainda do talento e dedicação das gentes da terra. Os vinhos verdes de qualidade distinguem-se facilmente pela cor e pelo aro-ma único que os caracteriza.Refrescantes e frutados, os vinhos verdes de Ponte de Lima devem ser apreciados devida-mente (o branco muito fresco), combinando divinalmente com os pratos e a doçaria tradi-cionais limianas.

Mercearia Ideal

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Mercearia Ideal

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Caminho de Santiago e a NaturezaA ligação aos Caminhos de Santiago também é muito forte e a recente inauguração do alber-gue, em 2009, veio reforçar esses laços.Desde a Idade Média, a partir do início do movimento de Peregrinos ao Túmulo do Após-tolo São Tiago, naquele que passou a designar--se Caminho Português de Peregrinação a San-tiago, que Ponte de Lima se tornou ponto de passagem obrigatória de todos os que calcor-reavam velhas e seculares vias que os condu-ziam à obtenção da indulgência, simbolizada pela “Compostela”.Esse movimento, que esmoreceu durante uma ou outra época, está notoriamente em cresci-mento e são já muitas centenas os Peregrinos que, cada ano, passam por Ponte de Lima di-rigindo-se a Santiago de Compostela pela mui-to célebre Serra da Labruja, marco simbólico do Caminho Português, sem esquecer que out-

ros, por sua vez, peregrinam no sentido inverso em direcção a Fátima.Vindos do Sul, por Barcelos, naquele que é considerado a espinha dorsal do Caminho Português, ou por Braga, os Peregrinos a caminho de Santiago passam obrigatoriamente em Ponte de Lima, para cruzar a ponte romana e me-dieval, símbolo nacional do Caminho Português, que lhes permite – e per-mitiu durante séculos – a travessia, com segurança, do Lima.A região possui ainda mais pontos de interesse no que diz respeito a cami-nhadas em contacto com a Natureza. As margens do rio Lima são interessantes e existem percursos sinalizados na área protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos.

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Um pouco de históriaEm pleno coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Por-tugal esconde raízes profundas e lendas ances-trais. Foi a Rainha D. Teresa quem, na longín-qua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Ter-ra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo me-dieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de en-tão, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.A ponte, que deu nome a esta nobre terra, ad-quiriu sempre uma importância de grande si-gnificado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Mé-dia. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitectura, havendo muito poucos exemplos que se lhe comparem na al-tivez, beleza e equilíbrio do seu todo. Referên-cia obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a pas-sagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mes-ma finalidade.A partir do século XVIII a expansão urbana surge e com ela o início da destruição da mu-ralha que abraçava a vila. Começa a prosperar,

por todo o concelho de Ponte de Lima, a o-pulência das casas senhoriais que a nobreza da época se encarregou de disseminar. Ao longo dos tempos, Ponte de Lima foi, as-sim, somando à sua beleza natural magnífi-cas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, aumentando significativamente o valor histórico, cultu-ral e arquitectónico deste rincão único em todo o Portugal.

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‘Porto da Zimbreirinha, trilho do Pontal da Carrapateira

Museu dos TerceirosA ideia de criar um Museu de Arte Sacra em Ponte de Lima

nasceu nos anos Sessenta do século XX, no seguimento das

obras de recuperação encetadas na igreja Matriz da mesma

localidade. Perdida a função original de parte do valioso espólio

existente nesse templo, de imediato foi sentida a necessidade

de encontrar um novo espaço que permitisse a salvaguarda e

a divulgação do património religioso que a Matriz albergava. A

igreja do antigo Convento de Santo António foi o espaço esco-

lhido para reunir o espólio proveniente da Matriz, tendo as au-

toridades eclesiásticas permitido a sua desafectação ao culto.

Germinava o projecto de constituir a partir daqui um Museu

que integraria também peças provenientes de outras igrejas e

capelas da vila e do concelho, bem como doações e depósitos

feitos por particulares. A concretização desse projecto adquiriu

novo alento a 2 de Janeiro de 1975 com a fundação do Instituto

Limiano - Museu dos Terceiros, cujo Acto Inaugural só ocorreu

mais tarde, a 30 de Abril de 1977.

Constituído por dois monumentos religiosos (parte remanes-

cente do extinto Convento de Santo António e edifício da Ordem

Terceira de S. Francisco), foi o espaço palco de várias inter-

venções ao longo dos séculos. Funcionando já como Museu,

foi enriquecido, na década de 80 do século XX, com outras

colecções, nomeadamente de etnografia e arqueologia.

Embora fosse aumentando o acervo, os edifícios foram-se

degradando e em a 18 de Fevereiro de 2002 foi celebrado

um Protocolo entre o Instituto Limiano e o Município de Ponte

de Lima, que estabeleceu uma gestão conjunta do Museu por

parte das referidas entidades, visando a recuperação e dinami-

zação futuras.

Desde essa data foram elaboradas duas candidaturas aos

Fundos Comunitários: Programa Operacional da Cultura e à

Operação Norte. A primeira visou a recuperação do edifício e

dos seus elementos artísticos e a segunda a recuperação de

algumas peças inseridas na exposição permanente e a infor-

matização do inventário do acervo do museu.

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Informações úteisCoordenadas de Ponte de Lima: 41° 46’ 02.60’’ N 8° 35’ 03.60’’ O

Alojamento:- Solares de Portugal / http://www.solaresde-portugal.pt/PT/- Aldeias de Portugal / http://www.aldeiasde-portugal.pt/PT/- Casas no Campo / http://www.casasnocam-po.net/PT/- Pousada da Juventude / http://www.pousa-dasjuventude.pt/- Parque de Campismo Rural na Quinta de Pentieiros / http://www.lagoas.cm-pontedeli-ma.pt/ver.php?cod=0W- Mercearia Ideal (Rua Cardeal Saraiva) / [email protected]

Onde comer:A oferta é muito grande e aqui referimos ap-enas aqueles estabelecimentos que experi-mentámos.- Encanada (junto ao Mercada). Aberto toda a semana.- O Açude (junto ao Clube Náutico e ao recinto do Festival de Jardins). Encerra à 2ª. Feira.- Brasão (Rua Formosa).- Tulha (Rua Formosa).- Mercearia Ideal (comida mais ligeira e com menus de qualidade. Rua Cardeal Saraiva).

TurismoTurismo do Porto e Norte de Portugal, E. R. / Loja de Turismo de Ponte de LimaTorre da Cadeia Velha, Passeio 25 de Abril 4990-058 Ponte de LimaTel: (+351) 258 942 335 Fax: (+351) 258 942 335 [email protected]

Museu dos TerceirosEntrada: 2,5 eurosHorário: de Terça-feira a Domingo das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.Encerra às Segundas-feiras.Internet: http://www.museudosterceiros.com/index.php

Festival de Jardins de Ponte de Limahttp://www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt/pt/index.htm

Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcoshttp://www.lagoas.cm-pontedelima.pt/

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pequ

ena

rota

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À conquista das muralhas encantadas

Edificação quE domina a SErra dE Sintra, o caStElo doS mouroS é o noSSo dEStino numa caminhada dominada pEla prESEnça da arquitEctura na SErra.

PRS3 Castelo dos Mouros

Texto e Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

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O início do nosso trajecto, ba-seado na Pequena Rota PR S3, é na Vila de Sintra. Trata-

-se de um percurso circular e de fácil e-xecução com algum desnível, uma ex-tensão aproximada de 4,8 km e com uma duração de cerca de 3 horas.É um percurso que, face às suas carac-terísticas, pode ser feito em todas as estações do ano. Ao desenvolver-se ao longo de extenso arvoredo protege o caminhante do forte sol de Verão como da chuva no Inverno. Estamos perante um percurso com uma forte componente botânica e arquitectónica.

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TRAJECTOTudo começa na rua das Padarias da famosa pastelaria Piriquita conhecida pelos seus bolos de excepção onde a tradição doceira é nos trazida até à actu-alidade mantendo os mesmos padrões de qualidade de tempos passados. O suces-so deste estabelecimento é amplamente reconhecido pelos inúmeros visitantes da Vila de Sintra que chegam a esperar largos minutos para poderem ser atendi-dos e para poderem apreciar os famosos travesseiros, os Pasteis da Pena, as nozes ou as celebres queijadas. A rua estreita é um dos principais focos comerciais desta vila e

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ao longo da subida vamos podendo obser-var as inúmeras ofertas de “souvenirs” na sua grande maioria incaracterísticos e com pouco a ver com a tradição portuguesa. A decoração da rua bem como alguns dos es-tabelecimentos é de gosto duvidoso...já só pensamos na serra e na sua beleza natural!Este percurso desenvolve-se, na sua grande maioria, ao longo de estradas com pouco movimento (depende um pouco da época do ano) mas não deixa de ser inte-ressante.Deixámos a vila e o seu reboliço para trás e iniciamos a nossa suave subida pela Ram-pa da Pena que nos levará até ao Castelo dos Mouros. Esta estrada é emblemática da região porque consegue conciliar de uma forma harmoniosa a natureza com a arquitectura. É como se fosse um retroced-er na história ao admirarmos os inúmeros challets e quintas que outrora foram pu-jantes mas que hoje para sobreviverem foram, algumas delas, transformadas para o turismo de habitação ou para a reali-zação de festas. Quando caminhamos va-mos podendo ver também, de um outro nível e com outra perspectiva, edificações e quintas como a Quinta da Regaleira e o próprio Palácio da Vila.A Nautreza é esmagadora nesta nossa subi-da. Árvores frondosas e centenárias criam um cenário dominado pelos tons de verde e pelas abundantes sombras (ideal para

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dias quentes).Finalmente chegamos à zona do Castelo dos Mouros uma edificação do século XII que se encontra bem preservada. O nosso percurso atravessa esta monumento em-blemático da Serra de Sintra e recheado de histórias que nos obrigam a dedicar alguma atenção (para visitar o Castelo é necessário comprar um bilhete). Iniciamos a nossa descida de regresso à vila cami-nhando numa zona mais urbana e com al-guns pontos de interesse como é o caso da Igreja de Santa Maria do século XII e que tem sofrido, ao longo dos tempos, alte-rações profundas. A emblemática Fonte da Sabuga de origem medieval e reconstruída nos finais do século XVIII.Chegámos à Vila e ao final do nosso pas-seio com a sensação que esta região tem um potencial turístico enorme e que muito está ainda por explorar.

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BALANÇOA Vila é um local que provoca sen-sações contraditórias devido a uma oferta comercial de qualidade muito duvidosa e sem uma matriz identifi-cadora da região. Temos um trânsito caótico que nos afasta da quietude que um espaço com estas características deveria ter. A informação do posto de turismo não privilegia o conhecimento da região a pé sendo que, os folhetos das Pequenas Rotas não estão visíveis ao grande público. Quem não sabe que eles existem certamente não vai per-guntar por eles!!!Em relação à marcação do percurso, ela não suscita dúvidas e ao longo do trajecto existem diversos pontos de abastecimento.

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CRÓNICA DE VIAGENSBolívia I - De Copacabana a Uyuni

A Estrada da Morte

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A “MINHA” BOLÍVIA PODERIA ESCREVER-SE EM QUATRO “CAPÍTULOS” E ALGUNS PARÁGRAFOS DE LIGAÇÃO: “CARRETERA DE LA MUERTE”; “SALAR DE UYUNI”; “TUPIZA”; E A “TRAVESSIA DO SUDOESTE”, DE TUPIZA À LAGUNA VERDE, NA FRONTEIRA CHILENA. MAS COMO NÃO RESISTO A RECORDAR E DIVAGAR, CÁ VAI A SECA DO COSTUME…

PODE SEGUIR ESTA AVENTURA NO BLOGUE http://bacalhaudebicicletacomtodos.blogspot.com/

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Texto e Fotografia: Idílio

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Idílio continua a sua aventura em bici-cleta pela a América do Sul e, nesta edição, publicamos as suas experiên-

cias quando chegou à Bolívia.Desde Cuzco que viajo com a bandeira do Peru no atrelado – tem cores lindas (ver-melho e branco), funciona como “cata-vento” e sempre é mais um elemento de sinalização da bicicleta e do ciclista… Claro que contava comprar uma da Bolívia logo que tivesse oportunidade – para não ferir susceptibilidades e o espírito bolivia-no – mas não esperava ter de o fazer logo no posto fronteiriço! Mal parei na cancela que bloqueia a estrada, logo dois militares/polícias se me dirigiram e, olhando osten-sivamente para a bandeira branca e rubra,

me perguntaram se não ia comprar uma bandeira da Bolívia. Dei a resposta óbvia, acrescentando que compraria em Copaca-bana, se aí houvesse. Mas não se deram por satisfeitos e um deles convidou-me a acompanhá-lo – antes do próprio visto – a um quiosque próximo, de onde já não pude sair sem uma bandeira tricolor… Amarrei a bandeira, para entusiasmo dos mirones e dos guardas fronteiriços e dirigi-me ao posto de controlo, em busca do visto. Poucos minutos depois regres-sei com o respectivo visto e estava uma nova personagem de volta da bicicleta, rodeado de diversos espectadores. Afinal eu tinha amarrado a bandeira ao contrário e o homem, cioso do estado simbólico da

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O Titicaca visto do Cerro Calvário, em Copacabana

Pedalando pela manhã, na margem do mítico Titicaca

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pátria, corrigia o meu erro!Copacabana fica mesmo na margem do Titicaca, sendo ponto de paragem “obri-gatório” para os turistas em trânsito entre o Peru e Bolívia e local de embarque para as ilhas do Sol e da Lua. Esta localização estratégica faz dela a inevitável vila turís-tica, com todo o colorido do artesanato local, enorme oferta de alojamento e res-tauração e um número interminável de tu-ristas, de todas as idades, credos e línguas, num ecletismo cativante.A minha intenção era apenas almoçar e prosseguir viagem de imediato mas, apesar do look demasiado turístico do povoado, senti vontade de subir o Cerro Calvário e esperar o pôr-do-sol sob a ilha homónima – a ilha lendária da mitologia Inca, onde “tudo” nasceu: o astro Sol; o Deus Viracocha; e os dois primeiros incas (Manco Capac e a irmã, que foi também esposa, Mama Ocllo)…O mergulho sereno do sol sobre o lago não me desiludiu e, enquanto sorvia a tranqui-lidade dos momentos, não pude fugir às memórias da passeata com o amigo Zé pela ilha do sol… revivi a tempestade que rodeava a ilha, felizmente sem nela poisar; o brusco cair da noite, que nos apanhou num qualquer trilho impreciso, bara-lhando os pontos cardeais e dificultando a orientação no regresso; o encontro oca-

sional com um jovem nativo, com quem regateei o preço para nos guiar à hospe-dagem onde estávamos alojados; o jantar, em que a empregada insistia para que es-colhesse uma das duas opções – omeleta e já não recordo a outra – e eu insistia em dizer que queria ambas, pois estava esfo-meado; e o nosso “guia de circunstância”, a quem oferecemos o jantar e que apenas “provou” e mandou “ensacar” – as em-balagens do take-way de cá eram (e con-tinuam a ser) sacos de plástico – levando para casa a comida e bebida…Pedalar à ilharga do maior lago de água doce do mundo, à mais elevada altitude, não me excita particularmente, pois não sou muito sensível a recordes… mas peda-lar na paisagem grandiosa, fria, silenciosa, do lago Titicaca, deixar o olhar afundar-se do azul das águas imóveis, escalar deva-gar cada pico imaculado da cordilheira distante, perscrutar cada contorno dos morros que emergem do lago, beber os re-flexos do sol da manhã ao som suave das rodas da bicicleta no asfalto frio, é algo que inunda todo o corpo e faz libertar as emoções…

NA COMPANHIA DE UM CASAL FRANCÊSA estrada é interrompida pelo lago e a li-gação entre San Pedro e San Pablo é feita

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O Titicaca visto do Cerro Calvário, em Copacabana

Pedalando pela manhã, na margem do mítico Titicaca

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numa espécie de jangadas. Há uma auto-caravana na jangada atracada no cais e avanço com a Dempster para a sua com-panhia. Ainda nem encontrei uma posição estável para a bicicleta e já a Valerie me convida a entrar na caravana para tomar um “café italiano”.A Valerie, o marido – Françoi – e o filho Julian são parisienses e estão “em tour” desde Maio de 2010. Viajaram para o Canadá, onde compraram a caravana por “metade do preço” de França, e vieram por aí abaixo, em verdadeiro ritmo de pas-seio… Devem terminar em Agosto, logo se verá onde, “mas de certeza antes de Ushuaia, pois está muito frio”, e regres-sar a França. Parece que esta viagem lhes mostrou algo novo, pois sabem que para Paris não voltam… para o campo, segu-ramente, logo se verá onde e fazer o quê.O Julian, de 10 anos, prepara o café, en-quanto nós disputamos os momentos para desfiar os episódios e as emoções da viagem, que estão mais à flor da pele… somos unânimes no fascínio pela Colôm-bia e os colombianos; pelo colorido Gua-temalteco; na “sobranceria” da Costa Rica; no deslumbramento por Machu Picchu. Mas para mim, o mais fascinante daqueles momentos foi mesmo a magia de não ser necessário falar para comunicar… bastavam meias palavras, olhares, sorri-

sos, expressões faciais e estava tudo dito e compreendido. E como a travessia foi de-masiado rápida e o café necessitava assen-tar, continuámos à borda do lago a falar, a sorrir, quase esquecendo o delicioso café. Despedimo-nos poucos quilómetros de-pois, numa foto com o Illimani no hori-zonte, para lá de La Paz…

DORMIR EM BATALLASEm Huarina garantiram-me que havia alo-jamento em Batallas e deixei-me deslizar pela planície mais umas dezenas de quilómetros. Mas em Batallas não havia nem alojamento, nem comedouro, nem in-ternet, praticamente nem mercearia…Por trás de um portão entreaberto, um homem empoleirado pintava meticulosa-mente o pequeno gradeamento da igreja. E, quer em frente, quer ao lado, existia um pequeno largo onde grassavam pequenos tufos de erva. Não me ocorreu melhor saída do que dirigir-me ao sereno pintor e perguntar-lhe a quem podia pedir autori-zação para acampar ali, uma vez que não havia alojamento por perto. Olhou-me, perguntou-me se era só uma noite e disse--me que podia acampar á vontade.Metade do problema estava resolvido… quando montava a tenda, partiu-se mais um encaixe das varetas… e já iam dois. Procurei um “ferreiro”/serralheiro e lá

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“enrolámos” uma chapa de zinco, fazen-do não um mas três pequenos tubos para “emplastrar” nos pontos quebrados – ou a quebrar – das guias maltratadas da tenda.

UMA VISÃO DE LA PAZEl Alto pareceu-me mais horrível do que eu o recordava, nos seus quilómetros de pó, trânsito, lixo e caos. Por seu lado, La Paz, vista do alto de um qualquer mira-douro, é como a retinha na memória: um vale cavado a transbordar de construções pelas íngremes encostas. A cor é a do ti-jolo, a disposição totalmente anárquica, as ruas labirínticas. Claro que quando se mergulha no coração da cidade, é outra a visão que se tem… o trânsito absolu-tamente caótico que percorre a principal artéria da cidade – a avenida Mariscal – com centenas de pequenas carrinhas de transporte de passageiros, paradas ou em marcha lenta, pregoando o destino e dis-putando cada cliente, ao som ensurdece-dor das buzinas e dos apitos constantes dos polícias, completamente impotentes e ignorados; os milhares de transeuntes que desaguam nessa mesma avenida, vindos “ribanceira” abaixo, pelas íngremes ruas perpendiculares; o mar de estudantes que, nos seus uniformes distintivos, à hora de saída dos colégios, inundam passeios, ruas e avenidas; e a zona “comercial”, onde

quarteirões sucessivos estão, dia e noite, pejados de vendedores e compradores, num constante ruído, movimento e caos. La Paz é, das poucas capitais que visitei, a mais caótica, mais anárquica, mais eso-térica, mas também mais intensa e invul-gar…

A CARRETERA DA LA MUERTEA “carretera de la muerte” estava no meu imaginário desde que parti de Lisboa… só algum “motivo de força maior” me impediria de a trilhar. Era uma fantasia, uma provocação, um símbolo que queria coleccionar, uma experiência que queria sentir. Quase todas as agências de turismo oferecem o “pacote” da “Death Road”, mas os preços são exageradíssimos e eu tenho bicicleta… Em boa hora pesquisei a “casa del ciclista de La Paz” na inter-net. Apareceu-me a morada e informação necessária, ainda por cima localizava-se a dois quarteirões do meu hostal, na Calle Morillo. Ao subir as escadas para o pequeno café onde funciona a “casa”, cruzei-me com o Nino, um jovem e alto alemão que “percorria o mundo” de bici-cleta. Amanhã, disse-me, haverá uma descida à famosa estrada e o ponto de encontro é ali mesmo, às sete da manhã. Mas é melhor falar ao Cristian, o homem da casa del ciclista…

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La Paz vista d’El Alto…

Animada partida para a estrada da morte, em La Cumbre

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O Cristian é um tipo jovem, de uma calma e serenidade tais que, por vezes, parece desligado do mundo. Mas a amabilidade e genuíno espírito de “serviço ao ciclis-mo/ciclista”, são inexcedíveis. Confirma que no dia seguinte há um cliente ameri-cano para fazer a descida com guia e que, querendo, devo estar às sete em ponto à porta. Ele trará o jipe e transporta-nos aos quatro até lá Cumbre para fazermos a descida junto com o Erick, o guia.Às sete em ponto lá estava eu e o Nino com as respectivas bikes e o Calvin – o cliente americano – com ar de miúdo radi-cal americano. O Cristian apareceu pouco depois, carregámos as bikes e, após uma paragem em casa do Erick, prosseguimos para La Cumbre, o ponto de partida da aventura.La Cumbre fica mesmo no topo da mon-tanha, junto a um vasto conjunto de ante-nas. Aos nossos pés estendia-se um mar de nuvens brancas e, do outro lado do monte, uma lagoa azul gelada. Apesar do sol brilhar no horizonte, o frio da manhã cortava a pele…Umas macacadas para a fotografia e para não deixar o corpo congelar, as últimas afinações nas bikes, assentos baixados e atiramo-nos do cimo da montanha. O Nino, com bikes sem suspensão e eu, com uma inoperante suspensão dianteira – re-cordo que a comprei em segunda mão em

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Los Angeles… - seguiríamos pelo trilho mais marcado e comum. O Erick e o Calvin, de suspensão integral e bikes de downhill, brincariam a seu belo prazer. O Erick malhou nem duzentos metros após a partida, o que lhe refreou um bocado o entusiasmo e o exibicionismo. Mas foi apenas um incidente de percurso… na verdade era um excelente BTTista, um guia muito atento e simpático. Não seriam muitos a preocupar-se com dois penduras (eu e o Nino), quando o seu ganha-pão é fazer aquele percurso com turistas que lhe paguem. Certo é que não notei qualquer tipo de discriminação, má vontade ou an-tipatia da parte dele, pelo contrário…A estrada da morte foi fechada ao trân-sito regular há uns cinco anos e a sua designação provém da quantidade de “desaparecimentos” anuais – dizem as es-tatísticas que 25 em média. E a designa-ção é mesmo “desaparecimentos” pois, frequentemente, quando havia (há) aci-dentes, pessoas e carros pura e simples-mente “desapareciam” na profundeza das ravinas…não ficando ninguém para con-tar a história, identificar o local e possi-bilitar sequer o resgate dos corpos.Os primeiros quilómetros da estrada são os de maior diversão ciclística, com o piso duro mas regular, em single treck ou no resto do estradão, com sucessivas curvas e contracurvas. Por vezes há profundas

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Ao fim de 70 kms de pura descida, frio, nevoeiro, neblina e chuva, praticamente não sentia o corpo…

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valas na estrada, abertas pela água, o que obriga a travagens de emergência ou saltos arriscados – isto para o Erick e o Calvin, pois o Nino nada arriscava e eu apenas o mínimo, apesar da vontade…Segue-se um percurso cada vez mais acidentado, de pedra em pedra, pelo vale que se vai fechando. Diz o Erick que há poucas décadas todas estas encostas es-tavam nevadas boa parte do ano e que agora raramente se vê um fio de neve… as alterações climáticas chegam a todo o lado…Vinte e oito quilómetros de descida e da-mos uma pausa ao corpo, às máquinas e ingerimos uma breve refeição junto a umas ruínas. A seguir há que subir uns três quilómetros, rolar mais uns três ou quatro na estrada de asfalto e entrar na “verdadeira” estrada da morte, aquela em que a vegetação é densa, as ravinas infindas, o tempo imprevisível e o piso provavelmente molhado.O nevoeiro passou a neblina e, por vez-es, quase chuva. A vegetação indiciava isso mesmo: típica vegetação tropical húmida… O Nino disse que desistia, que voltava à estrada de asfalto e re-gressava a La Paz, pois já não sentia as mãos e não aguentava aquele piso. Alem

do mais não podia apreciar a paisagem, pois a visibilidade era reduzidíssima. Daí a pouco deparámo-nos com uma enorme caravana de Land-Rovers, parados, com vários tripulantes armadilhados de máqui-nas fotográficas e câmaras de filmar a da-rem ao gatilho – era uma expedição alemã, em tour pela Bolívia.Talvez o nevoeiro tenha sido um aliado, por toldar a visibilidade e afastar o receio do precipício, que apenas se adivinhava à esquerda da estrada. Talvez a preocu-pação com a bicicleta me tenha impedido de arriscar uma descida mais veloz, no encalço do Erick, pois o Calvin seguia na minha peugada – o Nino desistiu e regres-sou à estrada de asfalto, buscando aí um transporte para regressar a la Paz. Talvez tenha deixado também de sentir as mãos, com o frio a trespassar as luvas encharca-das. Mas ao fim de exactamente setenta quilómetros, de quase permanente desci-da, senti mais alívio que emoção. Afinal deve ter faltado algo no programa, pois não senti a morte a rondar nem sequer o perigo à espreita, apesar de saber que não é impunemente que se chama carretera de la muerte… seguramente ficou envolto no nevoeiro, no frio, na chuva. Ou na racion-alidade dos 44…

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8 mil para Norte De bicicleta até ao Nordkapp

Este é o projecto de Tiago Lyrenkönen. O objectivo desta aventura será partir do Cabo da Roca (o ponto mais ociden-tal da Europa) até ao Nordkapp (o ponto mais a norte da Europa, na Noruega) de bicicleta. Depois do Nordkapp o des-tino é Helsínquia.A viagem vai ter uma duração de 6 a 7 meses e conta com um total de 8.500km a pedalar.A data de partida será no dia 1 de Mar-ço de 2013, mas antes desse dia, ainda falta organizar e preparar muita coisa.

http://www.facebook.com/pages/8-mil-para-Norte-De-bicicleta-at%C3%A9-ao-Nord-kapp/135657346516835

Festival de Senderismo e Montaña 2011

19, 20 e 21 de Agosto em La Palma, Il-has CanáriasOs amantes da Natureza têm um grande acontecimento neste mês de Agosto com a terceira edição do Festival de Senderismo e Montaña 2011 que tem como ponto de partida a Praça de Es-panha de Santa Cruz de la Palma, nas ilhas Canárias.São três dias de grande actividade e com um programa diversificado que têm como principal finalidade a promoção da Ilha de La Palma como um local li-gado às Caminhadas e ao Trekking.Para saber mais: http://www.festi-valdesenderismolapalma.com/#!__master-page-1

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Receitas do Turismo crescem 8,4% até maioOs turistas estrangeiros deixaram em Por-tugal receitas turísticas de 2.590 milhões de euros nos primeiros cinco meses de 2011, ou seja, mais 200,7 milhões de euros do que no mesmo período do ano passado, o que corresponde a um aumento de 8,4%, revelam os dados divulgados a 21 de Julho pelo Banco de Portugal.O aumento verificado nas receitas confir-ma, assim, a consolidação do crescimento do turismo em Portugal. Todos os mercados estratégicos con-tribuíram para o crescimento das receitas até Maio, com destaque para o Reino Uni-do e França.Só no mês de Maio, as receitas deixadas pe-los turistas britânicos em Portugal aumenta-ram 14,8% (mais de 17 milhões), enquanto as deixadas pelos franceses aumentaram 7,9% (7,2 milhões), em comparação com

igual período do ano passado.O aumento das receitas confirma as con-clusões do estudo “Satisfação de Turis-tas”, recentemente realizado para o Turis-mo de Portugal, o qual revela que o País está a conquistar novos turistas estrangei-ros, mais sofisticados e mais surpreendi-dos pela qualidade da oferta turística.No estudo, os turistas destacam na sua ex-periência o contacto com a população, o clima e a gastronomia, as atividades turís-ticas e a oferta natural e cultural. As férias corresponderam ou superaram as expeta-tivas da quase totalidade dos visitantes (98%), levando 88% a querer regressar.O Turismo é hoje a principal atividade exportadora nacional, tendo representado, em 2010, 14% das exportações de bens e serviços e 43,3% das receitas de expor-tações de serviços.

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Projecto Ecovias de Portugal

Já está em marcha o Projecto Ecovias de Portugal que tem Paulo Guerra dos Santos como o grande impulsionador.Para o responsável, “…a actual con-juntura mundial urge criar condições para que se promovam estilos de vida sustentáveis, nomeadamente aos níveis económico e ambiental. A Ecovias de Portugal é na realidade um grupo de pessoas que quer colocar no terreno um grande projecto em matérias de mo-bilidade ciclável e ver toda a gente, de qualquer estrato social ou económico, a pedalar pelo país.Acreditamos que é possível utilizar a bicicleta como forma de viajar em tu-rismo, sensibilizamos para a sua uti-

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40 lização através de acções concretas no terreno e promovemos nas pessoas uma maior atitude de autocrítica em relação ao seu modo de vida e à forma como se fazem deslocar.Promover a utilização da bicicleta como meio de transporte e de viagem em Portu-gal, bem como a dinamização de um tu-rismo ecológico e sustentável por todas as regiões do país, interligando as diversas in-formações disponíveis e todos os agentes intervenientes no turismo das regiões.Pode acompanhar e participar neste projecto seguindo-o nas seguintes plataformas:http://www.facebook.com/groups/ecovias-deportugal/ e http://ecovias-portugal.blogspot.com/

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Jardins verticais e telhados vivos, as estrelas no

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Edição nº16

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Deuter Hiking: ACT Trail - Passeios em estiloA ACT Trail é uma mochila com um conforto excecional e um ajuste ao corpo único. Esta gama levou uma restruturação da parte da marca que usou o seu design testado ao longo dos tempos mas para uma ação mais urbana com os seus cintos de cintura simplificados (20SL & 24). É um dos modelos da Deuter mais populares para passeios mais longos, mas é contudo um modelo ideal também para atividade do dia-a-dia. Com um estilo mais atualizado e novas cores, os novos modelos são também ideais para uma vida urbana.www.deuter.com

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Relógio Forerunner 610Garmin® adiciona primeiro relógio com GPS e ecrã táctil à família Forerunner®A Garmin Internacional anunciou o lançamento do novo relógio desportivo Forerunner 610 - um fino mas robusto relógio com ecrã táctil à prova de água para quem leva a corrida a sério e procura uma van-tagem extra. O Forerunner 610 resiste à chuva, suor e salpicos, sendo sensível o suficiente para ser operado até com luvas.O Forerunner 610 usa um motor vibratório para alertas como o ritmo cardíaco, cadência e distân-cia quando os alertas de som não podem ser ouvi-dos (monitor de ritmo cardíaco incluído em alguns produtos bundle ou disponíveis separadamente). Com o monitor de ritmo cardíaco, o Forerunner 610 também permite aos atletas monitorizar a inten-sidade do seu treino via a nova funcionalidade de “Efeito do Treino - ” Training Effect”. Este mede o im-pacto do exercício ao nível físico e permite-lhe saber como o treino melhora a sua condição. Os dados podem ser retirados de corridas guarda-das no relógio ou através do download (sem fios) da enorme comunidade em expansão de corrida Garmin Connect™, (http://connect.garmin.com). Aqui os uti-lizadores podem carregar e descarregar os seus treinos, monitorizar os seus totais, definir objectivos, partilhar treinos com amigos e familiares e participar numa comunidade online de Fitness com mais de 50 milhões de actividades no mundo. Garmin Connect mostra métricas como o tempo, distância, cadência, elevação e ritmo cardíaco. Esta informação é apre-sentada através de gráficos ilustrações, relatórios e uma variedade mapas (mapas de ruas, topográficos, de elevação e fotografia).PVP: Forerunner 610: 349€; Forerunner 610 HRM: 399€

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