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PÊNALTI - PÁGINA 3
CONSELHO EDITORIALDiogo VianaGuilherme RollembergIsabel MotaThiago PatricioVinicius de Oliveira
PROJETO GRÁFICODiogo VianaThiago Patricio
REDAÇÃOVinicius de OliveiraIsabel MotaGuilherme R.
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIARua São José,90 - RJ - CEP 21210-520Rio de Janeiro - Centro
[email protected]/editoraverdetwitter.com/editoraverde
SUMÁRIOEXPEDIENTE...........................................................3
AEROPORTOS BRASILEIROS.........................................4
SEGURANÇA...........................................................5
ADVERSÁRIOS OU INIMIGOS?.......................................8
MÁFIA DOS INGRESSOS.............................................10
PAULO MACHADO....................................................11
SEGURANÇA
AEROPORTOS
MÁFIA DOS INGRESSOSADVERSÁRIOS OU INIMIGOS?
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AEROPORTOS BRASILEIROSESTRUTURAS IMPROVISADAS SÃO REALIDADE EM VÁRIOS TERMINAIS.
Voos atrasados, filas e obras. Tudo isso a poucas semanas do Mundial.Governo garante ‘estar pronto’ para atender demandas internacional e doméstica, mas experiências desegradáveis são frequentes.
“Obras no Aeroporto de Curitiba / Crédito da foto: BBC Brasil”
Senhores passageiros, sejam todos bem-vindos a São Paulo! Acabamos de pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, são 19h em ponto,
a temperatura externa é de 20°C.’ Após ouvirem essa mensagem no alto-falante, os passageiros do voo recém-chegado de Curitiba na sexta-feira à noite, 9 de maio, começaram a se preparar para descer do avião stamos fazendo é no sentido.Alguns minutos depois, porém, veio o aviso que os manteria sentados na poltrona da aeronave por mais uma hora. ‘Senhores passageiros, pedimos um pouco de paciência a vocês. Estou vendo aqui pelo menos oito aeronaves aguardando vaga para estacio-nar, então teremos que aguardar a autorização para o desembarque’, disse o comandante.Atraso de mais de três horas em Porto Alegre, um barulho ensurdecedor de obras em Belo Horizonte, tapumes por todos os lugares no Galeão (Rio de Ja-neiro), espera de horas por um táxi no Santos Du-mont (também no Rio), mais obras em Curitiba e em Salvador, foram alguns dos problemas constata-dos pela reportagem em visitas recentes a essas cin-co cidades-sede do Mundial. Segundo a GRU Airport, con-cessionária que gere o aeroporto de Guarulhos, o problema lá foi ‘pontual’. Sobre a espera pelo táxi, a empresa explicou que está em negociação com a Prefeitura de Guarulhos (que regulamenta o serviço) para aumentar a capacidade de atendimento.Segundo o Ministério da Aviação Civil, ela faz parte
do processo de ‘transição dos aeroportos brasileiros para o século 21’ - um processo que incluiu reformas e grandes reformulações nos principais aeropor-tos do Brasil visando atender à demanda não só do Mundial, mas do próprio país, que tem se tornado
um destino mais procurado no turismo internacion-al. ‘Nós vamos entrar em um novo patamar da estrutura aeropor-
tuária brasileira estamos fazendo é no sentido.O esforço que estamos fazendo é no sentido de colo-car os aeroportos brasileiros no século 21, do ponto de vista de operação, de tecnologia, de gestão’ visan-do atender à demanda não só do Mundial.
Visando atender à demanda não só do Mundial, mas do próprio país.
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Polícia tenta conter manifestantes nos arredores do Maracanã, durante a final da Copa das Confederações: Brasil quer evitar os incidentes ocorridos no ano passado. (Foto: Pablo Muniz) - Maracanã - Rio de Janeiro;
MILITARES SÃO CONVOCADOS POR DILMA PARA CONTER “ATOS VIOLENTOS” DE MANIFESTANTES PRÓXIMOS AOS ESTÁDIOS DA COPA DO MUNDO.
SEGURANÇA
Dilma Roussef e militares. Foto Pablo Suarez - Povo
As manifestações realizadas nos últimos meses têm sido muito menores do que as de junho passado, quando o Brasil sediou
a Copa das Confederações – torneio de preparação para a Copa -, o que abalou o governo da presidente Dil-ma Rousseff e con-tribuiu para a desaceler-ação da economia daqui Mas os protestos ainda desencadeiam atos de van-dalismo contra bancos e a paralisação de partes de grandes cidades porque um grupo mais duro,
de talvez alguns milhares de manifestantes em todo o país, se confronta com a polícia, incluindo alguns us-ando máscaras e autodenominados “black blocs”. O governo de Dilma teme que os protestos, dos quais
os mais recentes vêm adotando o slogan ‘Não vai ter Copa’,
possam prejudicar grave-mente a competição, que começa em 12 de junho
em São Paulo e termina com a partida final em 13 de julho, no Rio de Janeiro.Imagens frequentes de vitrines estilhaçadas de lojas, turistas assustados e policiais e manifestantes.
Além de monitorar as comunicações do grupo no Facebook e outras mídias soci-ais, agentes da inteligência se infiltraram no movimento e passaram informações para a polícia antes e durante recentes manifestações, disseram dois funcionári-os. As autoridades também vêm usando tecnologia avançada para localizar os computadores de manifestantes violentos e ter acesso às suas comunicações, com a finalidade de identificar líderes e moni-torar suas atividades, afirmou um fun-cionário publicou aqui.As táticas refletem a crença do governo Dilma de que, ao contrário das manifes-tações em grande parte pacíficas do ano passado, os black blocs são um problema criminal e devem ser tratados como tal. Eles não quiseram especificar.
Incluindo alguns usando máscaras e autodenominados “black blocs”
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ADVERSÁRIOS OU INIMIGOS?AS VÉSPERAS DA COPA TORCIDAS TORNAM-SE MAIS QUE RIVAIS.Torcedor morre atingido por privada atirada do segundo andar da arquibancada no Incidente aconteceu logo após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Um torcedor morreu de forma trágica logo após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B do Campeonato Brasileiro, na noite
desta sexta-feira. Ele passava próximo ao portão seis do Arruda, destinado à torcida adversária, quando foi atingido por um vaso sanitário arremessado da arquibancada. Paulo Ricardo Gomes da Silva é o nome da vítima. O agressor não foi identificado. Não houve um detido sequer.
Ao fim da partida, a torcida do Santa Cruz foi ori-entada pela Polícia Militar a sair do estádio antes
da torcida visitante. No entanto, uma uniformizada coral armou a emboscada para os rivais. Ao deixar-em o estádio, 15 minutos depois, os torcedores do Paraná foram “recepcionados” por três bombas e recuaram. Neste momento, dois vasos sanitários ar-rancados dos banheiros do anel superior do estádio foram atirados. Além da vítima fatal, outras três fic-aram feridas. Uma em estado grave. Vanderson Wil-derlan Gomes, nascido em 1992, sofreu cortes na ca-beça e nas pernas e foi encaminhado para o Hospital da Restauração, zona central do Recife.
Corpo da vítima coberto por um lençol
ainda no local, logo após a morte (Foto:
Thiago Augustto)
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Os gritos de desespero do outro lado da linha comovem. Joelma, a mãe, custou a acreditar ao receber a notícia da morte do filho Paulo Ricar-do Gomes, mais uma vítima fatal da violência do futebol brasileiro. O rapaz de 26 anos morreu na hora ao ser atingido em cheio na cabeça por um vaso sanitário arremessado da arquibancada do Arruda, logo após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, na noite desta sexta-feira, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Coube à delegada do Departamento de Homício e Proteção, Glei-de Ângelo, comunicar a trágica notícia à mãe da vítima. A reportagem do GloboEsporte.com presenciou o momento exato da ligação. E se deparou com a reação incontida de Joelma.- Meu Deus, meu filho está morto! Não, não, Paulinho não! - foram as únicas palavras antes de repassar o telefone, para que a delegada pudesse relatar o ocorrido a outro parente. Após encerrar a ligação, Gleide Ângelo falou sobre a situação e mostrou-se tocada com o momento. Fico bastante chocada ao dar esse tipo de notícia. A gente sente na pele o sofrimen-to da mãe. Ela não queria aceitar a notícia, mas
infelizmente é o que aconteceu - disse a delegada stamos fazendo é no sentido.O corpo de Paulo Ricardo foi levado para o In-
stituto Médico Legal (IML), onde a família fará o
reconhecimento. Nenhum parente compareceu ao local do crime. Torcedor
do Sport e morador do bairro do Pina, zona sul do Recife, stamos fazendo é no sentido stamos fazendo é no sentidostamos fazendo é no.
Tragédia no Arruda: local do incidente. (Foto: Infográfico)
Reprodução da foto de Paulo Ricardo duranteo jogo no Arruda (Foto: DHPP/Divulgação)
- Meu Deus, meu filho está morto! Não, não, Paulinho não! (Mãe)
Além da vítima fatal, outras três ficaram feri-das. Uma em estado grave. Vanderson Wilder-lan Gomes, nascido em 1992, sofreu cortes na cabeça e nas pernas e foi encaminhado para o Hospital da Restauração, zona central do Recife. O quadro dele inspira cuidados, mas não corre risco de morte. José e Adrien Ferreira de Lima, nascido em 1993, e Tarkini Kauã Gonçalves de Araújo, nascido em 1994, machucaram as per-nas e seguiram para o Hospital Getúlio Vargas. Torcedor do Sport e morador do bairro do Pina, zona sul do Recife, Paulo Ricardo, 26 anos, tra-balhava como soldador na indústria naval do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Integrante de uma torcida uniformiza-da do Sport uma prática comum.
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PAULO MACHADOATRASOS DAS OBRAS EVIDENCIAM NOSSA INCAPACIDADE DE SEGUIR PLANEJAMENTO E DE CUMPRIR METAS ESTABELECIDAS.
Paulo Machado, PRESIDENTE E FUN-DADOR DO LEAN INSTITUTE BRASIL
O que parecia ser uma excepcional opor-tunidade de colocar
o Brasil no mapa mundial dos países com capacidade de re-alização e organização, aca-bou tornando-se uma enorme frustração, evidenciando a nossa incapacidade de plane-jamento, coordenação e ex-ecução de um conjunto de obras para viabilizar empreen-dimento de tal vulto. Na me-
dida em que se evidencia que a grande maioria das obras previstas não será entregue a tempo e que não houve mel-horas em serviços públicos essenciais, parece, assim, que o maior e mais importante legado que a Copa deixará é uma maior consciência geral da população sobre nossa in-capacidade gerencial e sobre o baixo nível de nossa gestão pública. E que isso deveria.
LUCRO COM ATIVIDADE ILEGAL GIRA EM TORNO DOS 10 Mi E NINGUÉM É PRESO. FIFA ESTÁ PREOCUPADA.
MÁFIA DOS INGRESSOS
Foto ilustrativa, ingressos da Copa do Mundo
Começou no dia 12 de março a penúltima eta-pa de venda de ingres-
sos para a Copa do Mundo e, mais uma vez, pairam dúvidas a respeito dos procedimen-tos da Fifa. Teoricamente, só é possível comprar ingressos no site da entidade e de forma per-sonalizada. Ou seja, o nome do usuário virá impresso em cada ingresso e só é permitido entrar no estádio com comprovação de identidade particular.
Esses procedimentos visam, em tese, impedir o mercado paralelo de ingressos ou mais especificamente a ação de cam-bistas. Não foi o que aconteceu durante a Copa das Confed-erações, na qual os ingressos também eram personalizados. Em todos as cidades em que houve jogos, ocorreu a ação de cambistas, vendendo ingressos a preços extorsivos e garantin-do que, mesmo sendo person-alizados, não seria necessário
apresentar identidade para entrar no estádio. Brasil e Croácia na Arena Corinthians sai pela bagatela de 4.065 dólares, mais 35 dólares de frete.