revista reformador numero 10
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Fundada em 21 de janeiro de 1883
Fundador: AUGUSTO EL IAS DA SILVA
Revista de Espiritismo Cristo
Ano 127 / Outubro, 2009 / N o 2.167
ISSN 1413-1749Propriedade e orientao daFEDERAO ESPRITA BRASILEIRADiretor: NESTORJOO MASOTTIEditor: ALTIVO FERREIRA
Redatores: AFFONSO BORGES GALLEGO SOARES, ANTONIOCESARPERRI DE CARVALHO E EVANDRO NOLETOBEZERRA
Secretrio: PAULO DE TARSO DOS REIS LYRAGerente: ILCIO BIANCHIGerente de Produo: GILBERTO ANDRADEEquipe de D iagramao: SARA AYRES TORRES, AGADYR
TORRES PEREIRA E CLAUDIO CARVALHOEquipe de Reviso: MNICA DOS SANTOS E WAGNA
CARVALHO
REFORMADOR: Registro de publicaono 121.P.209/73 (DCDP do Departamento dePolcia Federal do Ministrio da Justia)CNPJ 33.644.857/0002-84 I. E. 81.600.503
Direo e Redao:
Av. L-2 Norte Q. 603 Conj. F (SGAN)70830-030 Braslia (DF)Tel.: (61) 2101-6150FAX: (61) 3322-0523Home page: http://www.febnet.org.brE-mail: [email protected]
Departamento Editorial e Grfico:
Rua Sousa Valente, 17 20941-040Rio de Janeiro (RJ) BrasilTel.: (21) 2187-8282 FAX: (21) 2187-8298E-mails: [email protected]
Projeto grfico da revista: JULIO MOREIRA
Capa:A
GADYR
TORRES
PEREIRA
Editorial
O trabalho de unificao
Entrevista: Nestor Joo Masotti
Presidente da FEB comenta os 60 anos do Pacto ureo
Presena de Chico Xavier
Em nome do Evangelho Emmanuel
Esflorando o Evangelho
No s Emmanuel
A FEB e o Esperanto
Esperantistas-espritas no 94o Congresso Universal de
Esperanto, em Bialystok, Polnia Affonso Soares
Seara Esprita
60 anos do Pacto ureo (Capa)
O Consolador Prometido Juvanir Borges de Souza
Diretrizes de ao e atividades do Conselho
Federativo Nacional Antonio Cesar Perri de Carvalho
Ao dos Espritos nos fenmenos da Natureza Christiano Torchi
Pacto ureo Grande Conferncia Esprita realizada
no Rio de Janeiro
Em dia com o Espiritismo Inteligncia Artificial
Marta Antunes Moura
A Caravana da Fraternidade
Sntese Histrica do CFN Equipe da Secretaria-Geraldo CFN
Retificando...
Ante o Pacto ureo Guillon Ribeiro
Cristianismo Redivivo Histria da Era Apostlica
A Igreja de Antioquia Haroldo Dutra Dias
Comemorao dos 60 anos do Pacto ureo na FEB
60 anos do Pacto ureo (Continuao da p. 8)
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SumrioExpediente
PARA O BRASILAssinatura anual R$ 39,00Nmero avulso R$ 5,00
PARA O EXTERIORAssinatura anual US$ 35,00
Assinatura de Reformador:Tel.: (21) 2187-8264 2187-8274E-mail:[email protected]
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trabalho de unificao do Movimento Esprita que, no Brasil, foi inicia-do pela Federao Esprita Brasileira, a partir de 1884, e que encontrouem Bezerra de Menezes o seu orientador e estimulador, tem, na assina-
tura do Pacto ureo, ocorrida em 5 de outubro de 1949, um dos seus momentos
mais destacados por representar o propsito sincero de instituies e pessoas empe-nhadas em promover a unio dos espritas com vistas ao trabalho de difuso dosensinos da Doutrina Esprita.
Dentre as inmeras oportunidades de aprender que esses sessenta anos de atividadessob a gide do referido Acordo nos apresentaram, destacam-se a nosso ver duas lies.
A primeira a que nos ensinou que a tarefa principal das Instituies Federativas a de desenvolver todo um trabalho de apoio aos grupos e centros espritas no sen-tido de proporcionar aos mesmos as condies de bem realizarem as atividades paraas quais esto destinados. Por este caminho, poderemos chegar mais rapidamente aoresultado previsto por Allan Kardec ao observar: Esses grupos, correspondendo-se
entre si, visitando-se, permutando observaes, podem, desde j, formar o ncleo dagrande famlia esprita, que um dia consorciar todas as opinies e unir os homenspor um nico sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade crist.1
A segunda constatar que a filosofia que norteia o trabalho de unificao nova,como novo tambm o Espiritismo. Assenta-se nos princpios de fraternidade, solida-riedade,liberdade e responsabilidade que a Doutrina Esprita preconiza,ensinando-nosque para realizar esse trabalho necessrio despojarmo-nos de todo personalismo,tra-tando os nossos companheiros em total condio de igualdade, vivenciando a carida-de no seu sentido mais amplo de benevolncia, indulgncia e perdo, e aprendendo aservir como o Evangelho nos ensina:Quem quiser ser o maior, este sirva aos demais.2
Esforando-nos por colocar em prtica essas duas lies, estaremos realmentecolaborando para a difuso da Doutrina Esprita, conforme observa o Esprito deVerdade:Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforos, a fim de que o Senhor,ao chegar, encontre acabada a obra, porquanto o Senhor lhes dir: Vinde a mim,vs que sois bons servidores, vs que soubestes impor silncio aos vossos cimes es vossas discrdias, a fim de que da no viesse dano para a obra!.3
OO trabalhodeunificao
Editorial
1KARDEC, Allan. O Livro dos Mdiuns. Cap. 29, item 334. Ed. FEB.2MATEUS, 20: 20 a 28.3KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. 20, item 5. Ed. FEB.
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Movimento Esprita brasi-leiro comemora neste mso quinquagsimo ano do
evento de mais alta significaoem sua histria.
Aos 5 de outubro
de 1949, em memor-vel reunio entre dire-tores da FEB e repre-sentantes de diversasFederaes e Uniesde mbito estadual,firmava-se na sede daFederao, no Rio deJaneiro, o acordo que,pondo fim a injustifi-
cveis divisionismosno seio da famlia es-prita brasileira, con-cretizava a aspiraode sucessivas geraes,cultivada desde os primrdios doEspiritismo em nossa terra,no sen-tido de que ela se unificasse sobreas bases da unio fraterna, da soli-dariedade e da tolerncia.
Ao mesmo tempo que um justi-ficado motivo de jbilo para todosos adeptos conscientes, o Acordode Unificao do Movimento Esp-rita brasileiro tambm representa
uma constante advertncia sobre osprejuzos que o cultivo das paixespersonalistas pode acarretar comoconsequncia do afastamento daorientao crist da Doutrina.
O Movimento Esprita brasi-leiro, no obstante o fato de serobviamente constitudo por cria-turas imperfeitas, escolheu, apslongo perodo de conflitos e dis-
sidncias, o melhor
caminho e neletem permanecido para cumprir suaprecpua finalidadede praticar e divul-gar a Doutrina, a sa-ber, o caminho daunidade na liberda-de, o que implica fi-delidade aos princ-
pios fundamentaisda Revelao, tole-rncia recproca aci-ma de todas as natu-rais divergncias in-
terpretativas sobre questes aces-srias e unio em clima de frater-nidade e solidariedade.
Pelos seus belos resultados, oPacto ureo demonstrou frisante-
60 anos doPacto ureo
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O
Por sua importncia e riqueza de dados histricos, reproduzimos o texto
Cinquentenrio do Pacto ureo Do apostolado de Bezerra de Menezes aoAcordo de Unif icao do Movimento Espri ta Brasilei ro , publicado em
Reformadorde outubro de 1999 (p. 7 a 9 e 32 a 35)
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Fac-smile da Ata do Pacto ureo
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mente a necessidade de jamais per-dermos de vista o carter unit-rio da Doutrina e a sua estreitssi-ma, indissocivel vinculao pu-
ra doutrina do Divino Messias, seefetivamente desejamos servir aossuperiores ideais da Revelao quenos congrega e felicita os coraes.
Ao longo desses cinquenta anos,ilustres cronistas tm revivido, emfecundos artigos, em circunstan-ciados noticirios, a histria doAcordo de 1949, com vistas a queseus ideais se conservem sempre
vivos no corao das sucessivasgeraes de espritas. Nossomensrio naturalmente sefez o mais rico repositrio daslembranas em torno de suascausas, remotas e imediatas,seu contexto, protagonistas,vicissitudes, e desse fecundomaterial que colhemos, visandoao mesmo objetivo dos predeces-
sores, a substncia para a presen-te comemorao.
O Evangelho, em sua imortalsabedoria, adverte que uma casadividida contra si mesma cami-nhar fatalmente para a runa. Efe-tivamente, todos conhecemos porexperincia prpria, nos mais di-
versos setores da atividade humana,os resultados funestos das dissen-ses, da discrdia, do desamor. Oexemplo do Cristianismo oferecemelanclica ilustrao dessa ver-dade. No obstante jamais se ha-ver apagado o brilho imortal dopensamento e das aes do Cristonas pginas do Evangelho,as igrejasque surgiram desse vigoroso tron-
co perderam-se em mesquinhasdivergncias, subdividiram-se emnumerosas seitas, esquecendo oudesprezando o fundamento sem-
pre voltado para a unio, a humil-dade, a caridade, a tolerncia.
Allan Kardec preocupou-se emprevenir o Espiritismo contra se-melhantes tropeos,absolutamente
certo de que, se a Doutrina pura eincorruptvel, o movimento, a or-ganizao dos homens para prati-c-la e divulg-la suscetvel dosmesmos prejuzos que dificultarama ao do Cristianismo.Nesse senti-do, cuidou de formular com clare-za e preciso o sistema doutrinrioque se ergueria sobre as revelaes
espirituais a lhe chegarem de to-dos os lados, veiculadas atravs deinmeros mdiuns. Sobre esse fun-damento no deveria pairar nenhu-
ma dvida que, no futuro, pudesseengendrar interpretaes divergen-tes. Estas s caberiam no terrenodos pontos no essenciais e teriamsua justificativa no fato de que di-versas seriam as maneiras de cadaum interpretar e aceitar as revela-es e elucidaes que girassem emtorno desses pontos no essenciais.
Com isso,Allan Kardec assegu-
rava ao conjunto dos adeptos, valedizer, aos movimentos organiza-dos, uma das bases de sua efetivaUNIFICAO: a unidade dou-trinria, sem a qual eles resvalampara a diviso,a fragmentao emcismas e seitas.
A outra coluna sustentadorada Unificao surge da vivn-cia dos princpios morais da
Doutrina, os quais revivem, emsua pureza primitiva, os prin-cpios ensinados e exemplifica-dos por Jesus, a saber, amor fra-
terno entre os adeptos, solidarie-dade, tolerncia, numa palavra,
UNIO.Seu efeito unificador se ve-rifica de modo bem positivo justa-mente no terreno em que surgemas divergncias interpretativas
quanto a pontos no essenciais, amtodos de trabalho, a formas deorganizao.
A unidade doutrinria e a uniofraterna e solidria dos adeptosso, portanto, pressupostos fun-damentais da Unificao.
Enquanto encarnado,Allan Kar-dec, pela sua autoridade intelectuale moral, personificava, com a sua
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Adolfo Bezerrade Menezes
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atuao, a prpria unificao. Noperdia de vista, porm, o Codifi-cador, a poca em que a sua aopessoal cessaria, devendo efetiva-
mente ser substituda, mas semqualquer prejuzo, de modo queno russe pela base, ao longo dosanos, a construo por ele iniciada.
nesse sentido que,preocupan-do-se com o futuro do Espiritismo,do ponto de vista de sua prtica,de uma organizao que lhe asse-gurasse terreno firme para a suadifuso, Allan Kardec se dedica a
um Projeto a que d o nome deConstituio do Espiritismoe noqual avulta a concepo de umadireo central capaz de sustentaros pilares da indispensvel unifi-cao, em condies, de fora eestabilidade, que a ponham aoabrigo de todas as [...] necessida-des da causa e oponham intrans-ponvel barreira s tramas da in-
triga e da ambio.1A esse ncleo diretor das ativi-
dades do Movimento Esprita, des-tinado a guardar e vigiar a unidadeprogressiva da Doutrina, a susten-tar a unificao,Kardec deu o nomede Comisso Central, cujo estabe-lecimento assinalaria a mudana dafase de um comando individual namarcha do movimento esprita pa-
ra uma direo coletiva,com a mes-ma autoridade moral. Diz Kardec:
[...] Compreende-se que, sem
uma autoridade moral, capaz de
centralizar os trabalhos,os estu-
dos e as observaes, de dar a im-
pulso, de estimular os zelos, de
defender os fracos, de sustentar
os nimos vacilantes, de ajudar
com os conselhos da experincia,
de fixar a opinio sobre os pon-
tos incertos, o Espiritismo cor-
reria o risco de caminhar ao lu.
No somente essa direo ne-
cessria, como tambm preciso
se faz que preencha condies de
fora e de estabilidade suficien-
tes para afrontar as tempestades.
Os que nenhuma autoridadeadmitem no compreendem os
verdadeiros interesses da Dou-
trina. Se alguns pensam poder
dispensar toda direo, a maio-
ria, os que no se creem infal-
veis e no depositam confiana
absoluta em suas prprias lu-
zes, se sentem necessitados de
um ponto de apoio, de um guia,
ainda que apenas para ajud--los a caminhar com segurana.2
Inspiradssimo estava o Codifi-cador, quando procurou balizar ocaminho do Espiritismo a partirdo momento em que se daria essatransio.
Entre ns afirma-o Humber-to de Campos (Esprito) em Brasil,Corao do Mundo,Ptria do Evan-gelho as falanges de Ismael esta-vam vigilantes, pois seria aqui,
para onde Jesus havia transplan-tado a rvore do Evangelho, quese instalaria o centro de irradiaodo Espiritismo Cristo com vistas
Nova Era, centro cuja expressovisvel se concretizaria na Federa-o Esprita Brasileira, com a suaorganizao ideal para abraar, eminquebrantvel unidade, todos osncleos de difuso da Doutrina emnosso pas,mesmo aqueles que de-la se conservassem afastados masque a ela sempre estiveram liga-dos no plano espiritual.
Seguindo seu luminoso plane-jamento, com o beneplcito do Di-vino Mestre, Ismael (o Anjo doSenhor) ensaia a organizaodos primeiros ncleos doutrin-rios no Brasil, agrupando, em 1873,no Rio de Janeiro, um pugilo devalorosos pioneiros para a funda-o do Grupo Confcio, onde eleprprio se manifesta para definir
o carter das atividades espritasno Brasil, base sobre a qual se as-seguraria a unio fraterna, a uni-dade doutrinria, numa palavra aunificao:
A misso dos espritas no Brasil
divulgar o Evangelho,em esp-
rito e verdade. Os que quiserem
bem cumprir o dever a que se
obrigaram antes de nascer deve-ro,pois, reunir-se debaixo deste
plio trinitrio: Deus, Cristo e
Caridade. Onde estiver esta ban-
deira, a estarei eu, Ismael.3
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1KARDEC, Allan. Obras pstumas. 19. ed.Rio de Janeiro: FEB, 1983, p. 354-355.[Atualmente, 40. ed., 3 O chefe do Es-piritismo, p. 390.]
z
2Id. Ibid. p. 351. [KARDEC, Allan. Obras
pstumas. 40. ed. Rio de Janeiro: FEB,2007. 3 O chefe do Espiritismo,p. 386.]
3ABREU, Silvino Canuto. Bezerra de Me-nezes: Subsdios para a Histria do Es-piritismo no Brasil at o ano de 1895.3. ed. So Paulo: FEESP, 1987. p. 32.
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A arremetida da sombra, cons-ciente do poder unificador de umprograma assentado sobre a rochainabalvel do Evangelho, no se faz
esperar, e, explorando a vulnerabi-lidade do carter humano, aindainclinado s sedues da vaidade,arrefece a unidade do Grupo, queacabaria desaparecendo em 1879.
Membros do Grupo Confcio,sob a liderana de BittencourtSampaio, fundam em 1876 a So-ciedade de Estudos Espritas Deus,Cristo e Caridade, com programa
inspirado nas exortaes de Ismael.Sucede-lhe, como fruto de sua
capitulao s influncias desagre-gadoras, a Sociedade Acadmi-ca Deus, Cristo e Caridade, cujosmembros afirma-o Pedro Ri-chard, em Reformadorde 15 de se-tembro de 1901 se distingui-riam, no pelas virtudes de cadaum, mas pelo seu cabedal cientfi-
co. O amor, a caridade, a humilda-de, enfim as virtudes, no mais te-riam cotao naquele Centro. S acincia, a pretensa sabedoria lhesmerecia a honra da ateno.
Transporta-se,porm, em 1880,o estandarte luminoso Deus,Cristo e Caridade para a suces-sora da Acadmica, a SociedadeEsprita Fraternidade, carregado
pelos mesmos fiis discpulos, ten-do frente os vultos de BittencourtSampaio,Antnio Luiz Sayo e donotvel mdium Frederico Pereirada Silva Jnior. Tambm a as for-as da sombra encontram terrenofavorvel para a semeadura da dis-crdia, e o grupo, sob as mesmasinfluncias negativas, se transformaem Sociedade Psicolgica Frater-
nidade, que desaparece em 1893,quando a Federao, com noveanos de existncia, j se preparavapara assumir a misso de executora
do Programa de Ismael nos crculosespritas do Brasil, vale dizer, pro-mover a unio e a unificao.
na Sociedade Esprita Frater-nidade, nos anos de 1888 e 1889,que o Esprito Allan Kardec, anteo lamentvel quadro da desorgani-zao e desunio em que se encon-trava a famlia esprita, convoca osinmeros grupos ento existentes
a que se unam, se harmonizem naprtica do estudo, da caridade e daunificao, ao mesmo tempo quereprova aqueles que se constituamem elementos de desagregao.
As exortaes do Codificadorrevestem tal gravidade que encon-tram calorosa acolhida na maioriados adeptos, principalmente nocorao missionrio de Bezerra de
Menezes que, em 1889,exercia,pe-la primeira vez, a presidncia daFederao Esprita Brasileira. De-cide-se ele por medidas prticasque dessem incio efetiva uniodos espritas e unificao de suasatividades. Certo de que a missode dirigir e orientar a famlia esp-rita, na consecuo desse superiorobjetivo, cabia Federao Espri-
ta Brasileira, Bezerra de Menezesnela instala, em 21/4/1889, o Cen-tro da Unio Esprita do Brasilque, todavia, teve a sua atuaomalograda por ainda ressentir-sea famlia esprita de uma certa faltade amadurecimento, no obstantea maioria reconhecer necessrio einadivel o passo para se congre-garem em torno de um nico
ncleo diretor e orientador, comopreconizara Allan Kardec em seuProjeto de 1868. A errnea inter-pretao em torno dos aspectos
que revestem a Revelao dos Esp-ritos separava os adeptos em duascorrentes cientficos e msti-cos , isto , a dos que viam noEspiritismo apenas uma cincia, ea dos que, com razo, lhe aceita-vam as consequncias de ordemmoral, ou seja, o seu carter cris-to, explicitamente definido emO Livro dos Espritos.
Esse Centro, por iniciativa deAfonso Angeli Torteroli, se reinsta-laria em 1894,com os mesmos ob-jetivos de unir a famlia esprita eunificar as suas atividades doutri-nrias, realizando suas reunies,deincio, na prpria sede da Federa-o. Bezerra de Menezes e muitosoutros ilustres e respeitados esp-ritas da poca pertenciam sua
diretoria, mas, pelos desvios queali comeavam a ser perpetrados,Bezerra, em 1896, e, aps ele, maisoutros cinco diretores se desligam,vindo o Centroa se dissolver em1897. As associaes a ele filiadaselegem ento a Federao EspritaBrasileira como o centro do Espi-ritismo no Brasil, a qual, pelo Re-formadorde 15/3/1897, ponderou
que se se entende por tal a unifi-cao, ou melhor, a uniformidadede pensamento e de ao na pro-paganda da Doutrina Esprita, es-sencial e fundamente moral, ela sesente feliz em aceitar a filiao detodos os grupos, mas de acordocom a orientao claramente ma-nifestada nas colunas do Reforma-dor. (Continua nas p. 37-41.)
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infinita sabedoria de Jesus,o Governador espiritualdeste mundo de expiaes
e provas, que Ele dirige desdesua criao, por determinao deDeus, o Criador de todo o Uni-verso, pode ser percebida atravsde seus ensinamentos e exempli-ficaes, que ficaram registradosnos Evangelhos por alguns de
seus discpulos.Sua superioridade de Esprito
puro fica evidenciada no somen-te pelas narrativas evanglicas,mas tambm por outras razes,que se tornam evidentes e percep-tveis, no seu tratamento com aspessoas de diferentes condiesevolutivas, sempre visando ser en-tendido em suas lies pelos que
tinham maiores dificuldades decompreenso.Esse procedimento do Mestre
verifica-se no somente pocaem que esteve em contato com asdiferentes classes sociais de ento,mas tambm nos dias atuais, emque a populao deste orbe, queEle supervisiona, diversifica-seenormemente, no que concerne
s crenas religiosas, aos conheci-mentos em geral e s formas devivncia.
Em decorrncia das dificulda-des de entendimento de seus ensi-nos, por aqueles que o ouviram, oMestre utilizava linguagem sim-ples, ao alcance das intelignciasmenos desenvolvidas, valendo-setambm das parbolas e dos sm-
bolos que sabia estarem ao alcan-ce de seus ouvintes.
Entretanto, apesar de todo seuesforo, Jesus sabia que muitas desuas lies s seriam assimiladas,em sua verdadeira significao, nofuturo, quando as inteligncias es-tivessem mais desenvolvidas.
A comprovao de que o Cris-tianismo, tal como o transmitiu o
Cristo, com simplicidade e segu-rana, mas com absoluta fidelida-de realidade e verdade, seriadesvirtuado pelos homens, nodemorou a ocorrer, com as inter-pretaes desajustadas e impr-prias dos ensinos, para atenderaos interesses de cristos invigi-lantes.
Logo aps o fim da excepcional
misso do Mestre Incomparvel,com sua volta aos pramos celes-tes, comearam o divisionismo eo prevalecimento dos interessesimediatos, culminando no con-luio dos cristos com o imperadorConstantino, no ano 325, obten-do assim a aliana com o podertemporal e o fim das perseguiesde que eram vtimas.
As instituies criadas peloscristos, especialmente a IgrejaCatlica Romana, passaram a seorientar por cultos exteriores ecostumes, transformando o Cris-tianismo primitivo em um poderhumano cada vez mais interessa-do em concorrer com o poder dosreis e potentados, e a ele aliar-se,durante todo o perodo histrico
que se inicia com a Idade Medie-val e alcana os dias atuais.Por saber o que ocorria com os
ensinos e objetivos de sua missoextraordinria junto aos homens,foi que o Cristo, em determinadomomento de sua permannciaentre seus tutelados na Terra,resolve preveni-los, pedindo-lhesque guardassem seus ensinos e
O ConsoladorPrometido
AJUVANIR B O RG E S D E SO U Z A
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avisando-os de que rogaria ao Pailhes enviasse outro Consolador,para ficar sempre com eles:
Se me amais, guardai os meus
mandamentos; e eu rogarei a
meu Pai e ele vos enviar outro
Consolador, a fim de que fique
eternamente convosco: O Es-
prito de Verdade, que o mundo
no pode receber, porque o no
v e absolutamente o no conhe-
ce. Mas, quanto a vs, conhec-
-lo-eis, porque ficar convosco e
estar em vs. Porm, o Con-solador, que o Santo Esprito,
que meu Pai enviar em meu
nome, vos far recordar tudo o
que vos tenho dito. (S. Joo,
14:15 a 17 e 26.)
(O Evangelho segundo o Espiri-
tismo, cap. VI, item 3, Ed. FEB.)
o Consolador a presena da
Espiritualidade superior junto aoshomens, relembrando as lies doMestre e acrescentando novos co-nhecimentos que o Cristo notransmitiu, pela incapacidade deentendimento daqueles a quem sedirigia diretamente, como exem-plo Nicodemos, um dos doutoresda lei, no dilogo com Jesus, de-monstrando a incapacidade gene-
ralizada do povo para percepodo que lhe era desconhecido.O advento do Espiritismo, nos
meados do sculo XIX, com a pre-sena do Esprito de Verdade e deuma pliade de Espritos instru-tores, manifestando-se atravs demdiuns de confiana, credencia-dos pelo orientador e Codifica-dor dos trabalhos, o missionrio
Allan Kardec, foi o cumprimentoda promessa do Cristo.
Os Espritos instrutores reve-laram verdades que as cincias e
as filosofias no aceitaram inicial-mente.
As religies crists interpreta-ram mal os ensinos evanglicos etransformaram-se em um conjun-to de dogmas imprprios, incom-preensveis e falsos, como se fos-sem derivados do Cristianismo.
A vida futura, tratada de formavaga e imprecisa nos Evangelhos, agora esclarecida plenamentepela Doutrina Consoladora, coma demonstrao da existncia domundo espiritual de forma ine-quvoca, de vez que so seus pr-prios habitantes que o descreveme desvendam as dvidas em suascomunicaes com os homens,
os futuros habitantes do mundoinvisvel, aps a morte do corpofsico.
As comunicaes espirituais
esclarecem ainda que aqueles quese amam, no nosso mundo mate-rial, podem se encontrar no Alm,uma vez que a separao, pelachamada morte, no obstculodefinitivo para o reencontro.
A Nova Revelao torna claro,tambm, que o sofrimento nun-ca eterno e cessa pelo arrepen-dimento sincero e a reparao
dos erros cometidos, tudo deacordo com as leis divinas, justase infalveis.
Essas leis explicam todas as ano-malias da vida terrena, tais comoas desigualdades sociais, o pro-gresso moral das criaturas, assimcomo as aptides intelectuais, asdoenas incurveis e todos os pro-blemas que possam surgir com re-
lao ao ser humano.Realiza, assim, o Espiritismo
a Doutrina dos Espritos , siste-matizada para os homens, tudo oque Jesus prometeu: relembra seusensinos, escoimados das interpre-taes inexatas que deram ori-gem s alteraes do Cristianismoprimitivo; vem trazer a consola-o aos que sofrem, explicando as
causas das dores; descortina a vidanas Esferas Espirituais; demonstraque a morte, to temida e incom-preendida, apenas o fim da vidado corpo, continuando o Espritoimortal sua trajetria nos mundosespirituais; enfatiza a necessidadedo amor a Deus e ao prximo co-mo base essencial para aquisiode todas as virtudes; desenvolve a
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Ascomunicaesespirituaisesclarecemque aqueles
que se amampodem seencontrarno Alm
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f e a esperana em todos os que oestudam e o praticam; descortinae explica a doutrina da reencarna-o em mundos materiais, como a
Terra, dando um outro sentido vi-da, no aceito pela maioria das re-ligies; desenvolve nas criaturas,que se esforam por pratic-lo, af, a pacincia, a coragem e a re-signao, pela certeza da perfeiodas leis de Deus, que jamais fa-lham na sua justia perfeita.
O Espiritismo, extremamenteabrangente em seus ensinamen-
tos, confirmando todos os ensinose exemplos de Jesus, traz Huma-nidade o conhecimento de coisasnovas,para que o homem se conhe-a e saiba de onde vem, para ondevai, que imortal, e que atingir,no futuro, a plena felicidade.
Com o Consolador e suas ver-dades incontestveis esvaecem-seas ideias de cu,inferno e purgat-
rio, como destino das almas e cria-es das religies e de determina-das crenas que delas derivaram.
Por outro lado, o materialismomultifrio v-se desmentido pelarealidade dos fatos, pela verdade epela prpria vida.
Ensejando a que a vida sejaencarada dentro da realidade,a Doutrina Consoladora induz o
homem a no dar s dificuldadese vicissitudes terrenas maior im-
portncia, porque sabe que todaselas so passageiras.
Sabendo que h sempre umaperspectiva de felicidade futura, de-
pendente de suas prprias aesvisando sempre o bem e evitandoo mal, a presena permanente dosensinos doutrinrios, em seuspensamentos, ajuda-o a adquirir apacincia, a resignao nos durosreveses, a coragem para jamais de-sanimar diante das dificuldades,sem desfalecimento, qualquer queseja o obstculo.
A luz do Consolador, iluminan-do o mundo e no mais debaixo doalqueire dos interesses de diversasseitas, um chamamento perma-nente ao homem para dela sebeneficiar.
No h, pois, justificativa paraque tarde a populao deste mundode expiaes e provas em be-neficiar-se dessa luz, que a con-
duzir certamente ao caminhodo bem, da verdade e da vidaabundante.
Se somente uma pequena par-cela da populao mundial tomouconhecimento do Consolador, certo e lgico que compete a essapequena minoria propagar, disse-minar suas verdades por todo or-be terrestre.
Essa a grande misso dos es-pritas, atuais e futuros, mas evi-
dente que a dimenso da tarefademanda sculos e, talvez mil-nios, para ser cumprida, uma vezque se trata de convencer bilhes
de pessoas, dotadas de intelign-cia, vontade, convencimento e li-berdade de abdicar de suas ideias,arraigadas em seus espritos, poroutras superiores, mas que nopodem ser impostas, por sua pr-pria natureza.
As religies tm por objetivounir os homens entre si, e todosa Deus. Entretanto, os filhos do
Criador se dividem, perseguemuns aos outros e chegam a seodiar.
Como ser diferente nossomundo quando todos se respei-tarem mutuamente, praticaremo amor em toda sua abrangncia:caridade, compreenso, respeito,ajuda ao semelhante!
Pelas novas perspectivas que d
aos homens, pela f que lhes inci-ta, pelas consolaes que lhes ofe-rece em todas as circunstncias epela esperana que lhes faz con-fiar no futuro, o Espiritismo oConsolador Prometido e enviadopelo Cristo Humanidade terre-na, com a aprovao de Deus.
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NES TOR JO O MA S O T T IEntrevista
Reformador: Como surgiu o Pactoureo?Masotti: Quando a Federao Es-prita Brasileira foi criada em 1884,o Movimento Esprita estava ini-
ciando, ainda com poucas institui-es. A FEB surgiu como EntidadeFederativa Nacional, como polode integrao para um amplo tra-balho de estudo, difuso e prticada Doutrina Esprita e de relacio-namento com as instituies esp-ritas,que seria realizado dentro dosprincpios federativos, ou seja, derespeito autonomia e liberdade
de ao das instituies integradas.Para um pas continental como oBrasil, era necessrio dar passossignificativos e gradativos a fim deorganizar a unificao do Movi-mento Esprita. Nesse sentido, otrabalho de Bezerra de Menezesfoi fundamental nas duas oportu-nidades em que esteve como presi-dente da FEB, em 1889 e no pero-
do de 1895 a 1900, direcionando otrabalho da FEB e do MovimentoEsprita em torno do estudo daDoutrina, da prtica da Caridade edo trabalho de Unio dos Espritas.
Em outubro de 1904, no Encon-tro Esprita que houve, no Rio deJaneiro, um dos pontos tratadosfoi o de estimular a criao de Enti-dades Federativas Estaduais, parapropiciar um contato mais eficientecom os centros espritas. Na dcadade 1940, j havia algumas EntidadesFederativas Espritas Estaduais, oque ensejou a realizao do Con-
gresso Brasileiro de Unificao Es-prita, de 31 de outubro a 5 de no-vembro de 1948, na cidade de SoPaulo, o qual serviu de preparo pa-ra os passos seguintes visando aunio dos espritas e a unificaodo Movimento Esprita. Um anodepois, no dia 5 de outubro de 1949,decorrente do trabalho de compa-nheiros representantes de algumas
Entidades Federativas Estaduais,que se encontravam na cidade doRio de Janeiro, realizou-se umareunio dessas Federativas com adireo da FEB, ao final da qual foi
assinado o Acordo de Unio dos Es-pritas Brasileiros que passou a serchamado de Pacto ureo. Combase nesse Acordo, a FEB reorga-nizou o seu Conselho Federativo,anteriormente composto por cen-tros espritas de todas as partes doBrasil, transformando-o em Con-selho Federativo Nacional integra-do pelas Entidades Espritas repre-
sentativas dos movimentos esp-ritas dos Estados do Brasil , insta-lado em 1o de janeiro de 1950.
Reformador: Quais foram as con-sequncias imediatas desse Acordo?Masotti: A dcada de 1950 ensejoupara vrios companheiros espritasrepresentantes das Federativas dosEstados das regies Sul e Sudeste
Presidente da FEBcomenta os 60 anos
do Pacto ureoAo ensejo dos 60 anos do Pacto ureo, o presidente da FEB, Nestor Joo Masotti,destaca o desenvolvimento das aes federativas em nosso pas
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visitarem os Estados do Norte e doNordeste, informando sobre a cria-o do Conselho Federativo Nacio-nal da FEB, esclarecendo sobre os
seus objetivos, a sua importnciapara a difuso do Espiritismo,e con-vidando os companheiros daque-les Estados a organizarem as suasEntidades Federativas, no caso deno estarem organizadas, e a parti-ciparem desse trabalho de unio dosespritas. Na dcada de 1960 come-aram os primeiros trabalhos maisobjetivos de trocas de informaes
entre as Federativas Estaduais desti-nadas a dinamizar cada vez mais asatividades, especialmente, dos cen-tros e mocidades espritas, e a pre-servar a sua Diretriz Doutrinria.Iniciou-se com o Simpsio CentroSulino, que ocorreu em Curitiba,em 1962, e que se repetiu nos anosseguintes nas regies Nordeste,Norte e Centro. Na dcada de 1970,
esse esforo de regionalizao setransformou na criao dos Con-selhos Zonais do CFN. Os Conse-lhos Zonais reuniam-se um a cadaseis meses, em uma regio do Bra-sil, onde se analisava um nicotema previamente escolhido peloCFN,e que seria concludo em umaReunio Plenria. O primeiro as-sunto abordado foi a Assistncia
Social Luz da Doutrina Esprita, eo segundo ciclo de reunies tratouda Mocidade e Juventude Esprita.
Reformador: Como o CFN come-ou a tratar dos centros espritas emsuas reunies?Masotti: Em 1975 o CFN escolheu,para assunto dos Conselhos Zonais,o tema A adequao do Centro
Esprita para o melhor atendimen-to de suas finalidades. Foi uma de-ciso muito oportuna,pois o Movi-mento Esprita, como um todo,
comeou a analisar e a descobrir aimportncia do Centro Esprita pa-ra o estudo, a difuso e a prticado Espiritismo, reconhecendo nelea Unidade Fundamental do Movi-mento Esprita. Este ciclo de estu-do durou dois anos e meio, anali-sado pelas Entidades Estaduais detodo o Brasil, com o CFN apro-vando um texto em novembro de
1977, que trazia concluses sobreo que um Centro Esprita e oque basicamente cabe a ele fazer.Na mesma reunio foi aprovada acontinuao do Centro Esprita co-mo tema do ciclo seguinte, desta-cando agora o como fazer. Depoisde se ouvir, novamente,todo o Mo-vimento Esprita do Brasil atravsdas Entidades Federativas Estaduais,
em julho de 1980 o CFN aprovouo texto Orientao ao Centro Es-prita, contendo orientao bsi-ca aos dirigentes e trabalhadoresdos centros espritas, disponibili-zada a ttulo de sugesto e subs-dio para suas atividades.
Reformador: O CFN definiu algu-ma diretriz para o trabalho de uni-
ficao?Masotti: A dcada de 1980 come-ou com o CFN voltando a suaateno para esse assunto de ex-trema importncia: qual deve sera diretriz a ser oferecida para otrabalho de unificao do mo-vimento esprita?, que passoua ser o tema do ciclo seguintedos Conselhos Zonais. Depois
de uma ampla anlise por todo o Bra-sil, e tomando por base os prpriosprincpios espritas e, em especial, amensagem Unificao, transmiti-
da por Bezerra de Menezes atravsda mediunidade de Francisco C.Xavier, em 1963,o CFN concluiu emsua reunio plenria de 1983 o textoOrientao aos rgos de Unifi-cao,que recebeu o ttulo Diretrizesda Dinamizao das Atividades Es-pritas. Neste,destacou-se a impor-tncia do trabalho de unificao,foram oferecidas sugestes de ati-
vidades na rea federativa e ficou re-gistrada a filosofia que norteia o tra-balho de unificao do MovimentoEsprita, que se baseia nos princ-pios de fraternidade, solidarie-dade, liberdade e responsabilidadeque a Doutrina Esprita preconiza.
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Reformador: Como foi a transfor-mao dos Conselhos Zonais em Co-misses Regionais?Masotti: Com esse ltimo documen-to, que trata da unificao do Mo-vimento Esprita, o CFN atravsdos Conselhos Zonais fechava umperodo importante das suas ati-vidades, deixando ao MovimentoEsprita diretrizes claras e seguraspara as atividades dos centros esp-ritas (o que so; o que fazer; e comofazer) e para as atividades das En-tidades e dos rgos de Unificao
(a importncia do trabalho federa-tivo para a difuso da Doutrina Es-prita; o que fazer tendo o apoioao Centro Esprita como objetivoprincipal das suas atividades ; ea filosofia de trabalho que norteiasuas atividades que se baseia noEvangelho luz do Espiritismo).Na essncia, definindo orientaessobre o que fazer e como fazer.
Era necessrio, agora,fazer, espe-cialmente com relao ao trabalhode unificao que de responsabi-lidade mais direta do CFN. Anali-sando este assunto em sua reuniode novembro de 1985, o CFN con-cluiu pela convenincia de se alte-rar o funcionamento das reuniesdos Conselhos Zonais: em vez dese discutir um tema, uma diretriz a
ser oferecida ao Movimento Esp-rita, as Federativas Estaduais sereuniriam nas regies, com a coor-denao da FEB, para avaliar a rea-lidade de seus respectivos movi-mentos espritas luz das diretri-zes j definidas pelo CFN. Em de-corrncia dessa anlise e para a exe-cuo desses objetivos, os Conse-lhos Zonais foram transformados
em Comisses Regionais (nas mes-mas regies: Norte, Nordeste, Cen-tro e Sul), que passaram a se reu-nir anualmente, a partir de 1987.
No incio, nas Comisses Re-gionais reuniam-se apenas os di-rigentes das Entidades Federati-vas. Com as decises de seremrealizados cursos, encontros eseminrios, voltados ao aprimo-ramento das atividades dos cen-tros espritas, ampliaram-se gra-dativamente as participaes coma presena de vrias reas de tra-
balho. Hoje, nas Reunies das Co-misses Regionais, ocorrem con-comitantemente as Reunies dosDirigentes e as Reunies Setoriaisque se distribuem nas reas: doAtendimento Espiritual no CentroEsprita, da Atividade Medinica,da Comunicao Social Esprita,do Estudo Sistematizado da Dou-trina Esprita, da Infncia e Juven-
tude, do Servio de Assistncia ePromoo Social Esprita. As reu-nies das Comisses Regionais sorealizadas em clima de solidarie-dade, sem nenhuma imposio,proporcionando condies paraanalisar as questes seguramenteantes de implantar qualquer ao,criando o hbito do dilogo notrabalho de unificao. O traba-
lho das Comisses Regionais tam-bm est servindo de refernciapara as prprias Entidades Federa-tivas que, em seus Estados, vmreunindo em cada regio os cen-tros espritas, oferecendo subsdiose sugestes, mantendo a caracte-rstica do trabalho de unificao,de ajuda recproca e solidria,paraque mais unidos e fortalecidos,
possamos cumprir as tarefas dedifuso doutrinria.
Reformador: E o relacionamentocom as instituies espritas deoutros pases?Masotti: O trabalho realizado peloCFN, sob a gide do Pacto ureo,tambm tem servido de base parao relacionamento da FEB em m-bito internacional, quando coloca disposio das Entidades Federa-tivas de outros pases, e delas tam-bm recebe, as experincias que se
mostram teis para a difuso daDoutrina Esprita. Esse relaciona-mento assentado no respeito au-tonomia e independncia das ins-tituies e cultura do pas. Estaunio de propsitos e de ao,den-tro dos princpios espritas, a nos-so ver, tem importncia fundamen-tal para uma ampla difuso dou-trinria, uma vez que a Doutrina
Esprita o Consolador prometi-do por Jesus veio, atravs das ex-traordinrias obras bsicas de AllanKardec, que constituem a Codifi-cao Esprita, para todo o mun-do, atendendo s necessidades deespiritualizao da Humanidade in-teira. Com isto, observamos, de for-ma prtica, os benefcios decor-rentes da assinatura do Pacto u-
reo, para a organizao do Movi-mento Esprita e para a difuso doEspiritismo que, na sua essncia,objetiva colaborar com o homempara uma melhor compreenso desi mesmo, especialmente como es-prito imortal, e tambm com a Hu-manidade, ajudando a construir oMundo de Regenerao a que es-tamos destinados.
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Presena deChico Xavier
eunindo-se aos discpulos, empreendeu Jesus arenovao do mundo.
Congregando-se com cegos e paralticos,restituiu-lhes a viso e o movimento.
Misturando-se com a turba extenuada, multipli-cou os pes para que lhe no faltasse alimento.
Ombreando-se com os pobres e os simples, ensi-nou-lhes as bem-aventuranas celestes.
Banqueteando-se com pecadores confessos, ensi-nou-lhes o retorno ao caminho de elevao.
Partilhando a fraternidade do cenculo, preparacompanheiros na direo dos testemunhos de f viva.
Compelido a oferecer-se em espetculo na cruz,junto multido, despede-se da massa, abenoandoe amando, perdoando e servindo.
Compreendendo a responsabilidade da grande as-sembleia de colaboradores do espiritismo brasileiro,formulamos votos ardentes para que orientem noEvangelho quaisquer princpios de unificao, emtorno dos quais entrelaam esperanas.
Cremos que a experincia cientfica e a discussofilosfica representam preparao e adubo no campodoutrinrio,porque a semente viva do progresso real,com o aperfeioamento do homem interior, perma-
nece nos alicerces divinos da Nova Revelao.Cultivar o espiritismo, sem esforo espiritualizan-te, trocar notcias entre dois planos diferentes, semsignificado substancial na redeno humana.
Lidar com assuntos do cu, sem vasos adequados recepo da essncia celestial, ameaar a obrasalvacionista.
Aceitar a verdade, sem o desejo de irradi-la,atravs do propsito individual de servio aos seme-lhantes, vaguear sem rumo.
O laboratrio respeitvel.A academia nobre.O templo santo.A cincia convence.A filosofia estuda.A f converte o homem ao Bem Infinito.
Crebro rico, sem diretrizes santificantes podeconduzir discrdia.
Verbo primoroso, sem fundamentos de sublima-o, no alivia, nem salva.
Sentimento educado e iluminado, contudo, me-lhora sempre.
Reunidos, assim, em grande conclave de fraterni-dade, que os irmos do Brasil se compenetrem, cadavez mais, do esprito de servio e renunciao, de so-lidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.
O mundo conturbado pede, efetivamente, aotransformadora. Conscientes, porm, de que se fazimpraticvel a redeno do Todo, sem o burilamen-to das partes, unamo-nos no mesmo roteiro deamor, trabalho, auxlio, educao, solidariedade, va-lor e sacrifcio que caracterizou a atitude do Cristoem comunho com os homens, servindo e espe-rando o futuro, em seu exemplo de abnegao, paraque todos sejamos um, em sintonia sublime com osdesgnios do Supremo Senhor.
(Mensagem recebida em 14 de setembro de 1948, pelo mdium
Francisco Cndido Xavier, em Pedro Leopoldo, Minas, destinada
aos irmos do Primeiro Congresso Nacional Esprita em So Paulo.)
Fonte: Anais do I Congresso Brasileiro de Unificao, realizado
em So Paulo, SP, no perodo de 31 de outubro a 5 de novem-
bro de 1948, p. 39-41.
(Transcrito de Reformadorde janeiro de 2008, p. 14.)
REm nome do EvangelhoPara que todos sejam um Jesus. (Joo, 17:22.)
Pelo Esprito Emmanuel
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os ltimos 60 anos o Con-selho Federativo Nacionalda FEB tem mantido uma
dinmica de ao em termos dedefinies e recomendaes paraas atividades do Centro e do Mo-vimento Esprita.
Alguns fatores tm contribudo
para a consolidao da marchaunificacionista do CFN, como aorientao doutrinria conver-gente e coerente com as obras daCodificao esprita e a estratgiapara se elaborar documentos.Suas recomendaes passam poretapas de discusso e anlise, ini-ciando com consultas s Entida-des Federativas Estaduais, discus-
ses nas Reunies das ComissesRegionais do CFN e, finalmente,deciso na Reunio Ordinria doCFN. O trabalho de elaboraocoletiva favorece o entendimentoda diversidade do Movimento Es-prita brasileiro e garante a conva-lidao das deliberaes do CFN.
Outras aes, que tambmemanam do CFN, estimulam o es-
tudo, a difuso e a pr-tica da Doutrina Espri-ta. Em termos de dire-trizes fundamentais paranorteamento da abran-gncia e diversidade des-sas aes h alguns mar-cos significativos.
A aprovao do textoOrientao ao Centro Es-prita em 1980 e depoisrevisado e ampliado em2006 , enfocando o como fazer,oferece uma srie de sugestesprticas ao Centro Esprita para oexerccio das suas atividades bsi-cas, com vistas ao estudo, difu-so e prtica do Espiritismo.
O documento Diretrizes daDinamizao das Atividades Esp-ritas, aprovado em 1983, surgecomo orientao aos rgos eEntidades Federativas e de Unifi-cao do Movimento Esprita,destacando a necessidade e a im-portncia da unio dos espritas edas instituies espritas. Oferecesugestes de trabalho aos rgos
federativos, especialmente em fa-
vor do Centro Esprita, e estabele-ce as diretrizes que norteiam otrabalho de unificao do Movi-mento Esprita.
O Plano de Trabalho para oMovimento Esprita Brasileiro(2007-2012), aprovado em Reu-nio Especial do CFN de 2007,complementa e envolve os doisanteriores, define as diretrizes e
Diretrizes de aoConselho Federativo Nacional
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NA NT O NI O CE S A R PE RR I D E CARVALHO
e atividades do
Orientao ao Centro Esprita ePlano de Trabalho para o
Movimento Esprita Brasileiro
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os objetivos em termos nacionais,e apresenta sugestes de projetos
para a sua execuo. As aes eprojetos podero ser realizadospelas instituies espritas doBrasil especialmente as Entida-des Federativas Estaduais e os r-gos de unificao , de confor-midade com as suas finalidadese no seu mbito de ao, com oapoio da Federao Esprita Bra-sileira, e ter o seu desenvolvimen-
to acompanhado nas Reunies doConselho Federativo Nacional ede suas Comisses Regionais.(Elementos do Plano de Trabalho:3 Aes e Projetos.)
Os documentos citados se com-plementam, considerando-se queo Centro Esprita a base do Mo-vimento Esprita: oferecem subs-dios ao Centro Esprita e ao Mo-
vimento Esprita e especificamen-te ao trabalho de unificao.
Com base em uma viso geraldo Movimento e do Centro Esp-rita e, a partir de 1986, quando darealizao das Reunies das Co-misses Regionais como uma eta-pa mais operacional do ConselhoFederativo Nacional, este passoua ter diretrizes e aes mais arti-
culadas e bem voltadas aos seusobjetivos federativos.A se inserem tambm as vrias
Campanhas, projetos e programasde trabalho que, em ltima anli-se, visam fortalecer o Centro e oMovimento Esprita e favorecera difuso da Doutrina Esprita.
Os documentos citados sofundamentais em termos de dire-
trizes gerais de trabalho para oCFN, abrindo espao coordenado
e integrado para as mltiplas ati-vidades do Centro e do Movi-mento, sempre com vistas dina-mizao do Movimento e difu-so do Espiritismo.
Como resultado da aprovaoe implementao das diretrizesque norteiam o trabalho do CFNso notrias as repercusses.
Ao longo dos 23 anos de fun-
cionamento das Reunies das Co-misses Regionais do CFN, emsistema de rodzio pelas Capitaisde quatro regies do Pas, tem ha-vido oportunidade de se chegarmais prximo s realidades dasEntidades Federativas Estaduais.Desdobram-se aes no mbitodas prprias Entidades Federa-tivas e, inclusive, multiplicando
reunies regionais, com caracte-rsticas semelhantes s Reuniesdas Comisses Regionais. Assim,se fortalece o trabalho efetivamen-te federativo das Entidades Fede-rativas Estaduais.
Os projetos, programas e temastratados nas reunies dos dirigen-tes das Federativas e das reas dasComisses Regionais do CFN
passam a ter um caminho maisamplo e diversificado para se che-gar base que o Centro Esprita.Da, surgem congressos, semin-rios e cursos com base em reco-mendaes que emanam do CFN.
A experincia de funcionamentoe desenvolvimento do CFN, semdvida, tem oferecido subsdios, guisa de contribuio e sugesto,
ao Movimento Esprita Interna-cional, desde a fundao do Con-selho Esprita Internacional (CEI),em 1992, com participao e apoioda FEB. Neste nterim, alguns dosdocumentos gerados pelo CFNforam discutidos em nvel do CEI,naturalmente sofrendo adequa-es com base na experincia, narealidade e no respeito s condi-es dos pases-membros do CEI.
A evoluo do CFN nos reme-
te reflexo do pensamento deWilliam James (Esprito):
Temos aprendido que no sur-
gem construes estveis ao
impulso do improviso. A seara
esprita pede plantao de prin-
cpios espritas. E no existe
plantao eficiente sem cultiva-
dores dedicados. Ampliemos a
rea de nosso concurso indivi-dual e elevemos o nvel de com-
preenso das nossas responsa-
bilidades para com a obra do
Espiritismo. [...] Cada compa-
nheiro, cada agrupamento e ca-
da pas tero do Espiritismo o
que dele fizerem. Cremos seja
possvel sintetizar diretrizes pa-
ra ns todos no seguinte pro-
grama: sentir em bases de equi-lbrio, pensar com elevao, fa-
lar construtivamente, estudar
sempre e servir mais.1
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1XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo.Entre irmos de outras terras. Diversos Es-pritos. 8. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro:FEB, 2008. Cap. 5, p. 30.
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s Espritos exercem ao so-bre os fenmenos da Natu-reza?1 Para responder a esta
pergunta com iseno de nimo,
precisamos,antes,atentos aos conse-lhos de Allan Kardec (1804-1869),2
nos libertar dos preconceitos do or-gulho e da ignorncia,para que nocometamos os mesmos erros doscrticos do naturalista ingls CharlesDarwin (1809-1882) que, sufoca-do pelos dogmas cientfico-religio-sos de sua poca, somente aps vinteanos teve coragem de divulgar a sua
teoria evolucionista. Para Darwin,contrariar a assertiva, ento pre-dominante, de que as espcies ani-mais eram imutveis, seria o mes-mo que confessar um assassinato.3
Os reveladores da Codificaoforam extremamente claros e enf-ticos, ao afirmarem que os Espritosexercem ao sobre as foras da Na-tureza:No deveis duvidar de que o
Esprito preside,por toda a Criao,ao trabalho que Deus lhe confia.4
Se os Espritos atuam sobre a ma-tria, como j exaustivamente de-
monstrado pelos experimentos cien-tficos realizados, por que lhes esta-ria interdito o poder de influenciaros fenmenos da Natureza, muitosdeles expressos na Lei de Destruio,que no passa de uma transforma-o, que tem por fim a renovaoe a melhoria dos seres vivos?5 Nemsempre, porm,o objetivo dos Esp-ritos, ao atuarem sobre esses fen-
menos, o homem,mas sim o resta-belecimento do equilbrio e da har-monia das foras fsicas da Natureza.
Neste tpico, os Espritos ape-nas lanaram a base de seus ensi-namentos, sem desenvolv-los, noaguardo da nossa maturao morale intelectual, que permitir se inter-prete melhor esses e outros fenme-nos que ainda aturdem a Humani-
dade.Tal o motivo por que disserama Kardec que os Espritos regulamos fenmenos e os dirigem,confor-me suas atribuies.Com o advento
das obras complementares Codifi-cao, alguns desses enigmas come-aram a ser desvendados. Existemforas conscientes e inconscientes
que atuam sobre a Natureza,sempresob o comando dos Engenheirossiderais,cocriadores com Deus, quea tudo planejam e supervisionam.
Kardec, sempre embasado no en-sino desses orientadores, ressalta:
Os Espritos so os agentes da
potncia divina; constituem a
fora inteligente da Natureza
e concorrem para a execuo dosdesgnios do Criador, tendo em
vista a manuteno da harmo-
nia geral do Universo e das leis
imutveis que regem a criao.6
Fazendo analogia com certos ani-mais microscpicos que cumpremdeterminadas funes, na Nature-za, os Espritos superiores lecionam:
[...] Figurai essas mirades de ani-
mais que, pouco a pouco, fazem
emergir do mar ilhas e arquipla-
gos.Acreditais que no haja a um
fim providencial e que essa trans-
Ao dos Espritos nosfenmenos da Natureza
OCH R I S T I A N O TO RC HI
1KARDEC, Allan. O livro dos espritos.Trad. Evandro Noleto Bezerra. Ed. Come-morativa do Sesquicentenrio. Rio de Ja-neiro: FEB, 2006. Q. 536-540.2Idem. Os Duendes. In: Revista esprita:jornal de estudos psicolgicos,ano 1,p. 40--41, jan.1858.4. ed.2. reimp.Rio de Janeiro:FEB, 2009.3Revista VEJA. So Paulo: Editora Abril,15 maro de 2000, p. 150, e 11 de feverei-ro de 2009, p. 82.
4KARDEC, Allan. Perguntas sobre o Gniodas Flores. In: Revista esprita: jornal de es-tudos psicolgicos, ano 3, p.151,mar. 1860.3. ed.1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2007.
5Idem. O livro dos espritos. Op. cit., q. 728.
6 Idem. Obras pstumas. ed. espec. Rio de Ja-neiro: FEB, 2005.P. 1, Profisso de f espritaracionada, 3 Criao, item 18.
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formao da superfcie do globo
no seja necessria harmonia
geral? Entretanto, so animais do
ltimo grau que realizam essas
coisas, provendo s suas necessi-
dades e sem suspeitarem de que
so instrumentos de Deus. Pois
bem! Do mesmo modo, os Esp-ritos mais atrasados so teis ao
conjunto. Enquanto se ensaiam
para a vida, antes que tenham
plena conscincia de seus atos e
estejam no gozo do livre-arbtrio,
atuam em certos fenmenos,dos
quais so agentes, mesmo de for-
ma inconsciente. Primeiramen-
te, executam; mais tarde, quando
suas inteligncias estiverem maisdesenvolvidas,comandaro e di-
rigiro as coisas do mundo ma-
terial; mais tarde ainda, podero
dirigir as do mundo moral.[...]7
Esses elos da Criao, interliga-dos misteriosamente, sob a super-viso dos emissrios divinos, for-mam a grande teia que sustenta avida no Planeta, permitindo a in-tegrao do ecossistema:O mun-do envolve-se em grande unidade,
nenhum elemento est isolado,nem na extenso presente, nemna Histria.8 Tudo, na Natureza,obedece a leis perfeitas, que o ho-mem ainda no consegue desven-dar apenas por meio de suas pre-crias faculdades racionais, igno-rando que h um princpio inte-ligente que preside os nossos des-tinos.9 A esse respeito, colhemos
uma pequena amostra do que aCincia da Alma vem desvendan-do aos que tm olhos de ver e ou-vidos de ouvir:10
[...] Os olhos humanos veem
apenas algumas expresses do
vale em que se exercitam para a
verdadeira viso espiritual, co-
mo ns outros que, observando
agora alguma coisa, no estamos
igualmente vendo tudo.
[...] H, porm [...] outros mun-dos sutis, dentro dos mundos
grosseiros, maravilhosas esferas
que se interpenetram.O olho hu-
mano sofre variadas limitaes
e todas as lentes fsicas reunidas
no conseguiriam surpreender
o campo da alma, que exige o
desenvolvimento das faculdades
espirituais para tornar-se percep-
tvel.A eletricidade e o magnetis-mo so duas correntes podero-
sas que comeam a descortinar
aos nossos irmos encarnados
alguma coisa dos infinitos po-
tenciais do invisvel, mas ainda
cedo para cogitarmos de xito
completo. Somente ao homem
de sentidos espirituais desen-
volvidos possvel revelar
7KARDEC, Allan. O livro dos espritos.Trad. Evandro Noleto Bezerra. Ed. Come-morativa do Sesquicentenrio. Rio de Ja-neiro: FEB, 2006. Q. 540.
8FLAMMARION, Camille. Deus na natu-reza. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. T. 2,cap. 1, p. 86.
9Idem, ibidem.p.85.
10MATEUS, 13:15.
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alguns pormenores das paisa-
gens sob nossos olhos. A maio-
ria das criaturas ligadas Cros-
ta no entende estas verdades,
seno aps perderem os laos
fsicos mais grosseiros. da lei,
que no devemos ver seno o
que possamos observar com
proveito.11 (Grifo nosso.)
O Esprito Andr Luiz esclareceque, ainda, na atualidade, os Ins-trutores Espirituais intervm namelhoria das formas evolutivas
inferiores nas quais o princpio in-teligente estagia, salientando quetodos os campos da Natureza con-tam com agentes da Sabedoria Di-vina para a formao e expansodos valores evolutivos.12
Significativa, tambm, a pas-sagem em que o Esprito AndrLuiz se vale dos prstimos da en-fermeira Narcisa, que pede auxlio
a servidores comuns do reino ve-getal,13 com o objetivo de atendera um encarnado enfermo (Er-nesto). Em outra obra de AndrLuiz encontramos notcias de in-teligncias subumanas, atuandocomo auxiliares da Natureza:
[...] Milhares de criaturas, uti-
lizadas nos servios mais rudes
da natureza, movimentam-se
nestes stios em posio infra-
terrestre. A ignorncia, por ora,
no lhes confere a glria da res-
ponsabilidade. Em desenvol-
vimento de tendncias dignas,
candidatam-se humanidade
que conhecemos na Crosta.
Situam-se entre o raciocnio
fragmentrio do macacide e a
ideia simples do homem pri-
mitivo da floresta. [...] Guar-
dam, enfim, a ingenuidade
do selvagem e a fidelidade do
co. [...]14
ainda Andr Luiz quem am-plia os informes sobre essa gravequesto:
[...] observei que nas vizinhan-
as havia grande quantidade de
trabalhadores espirituais.
[...]
O campo tambm vasta ofi-cina para os servios de nossa
colaborao ativa.
[...]
O reino vegetal possui coope-
radores numerosos. Vocs, pos-
sivelmente, ignoram que mui-
tos irmos se preparam para o
mrito de nova encarnao no
mundo, prestando servio aos
reinos inferiores. O trabalhocom o Senhor uma escola vi-
va, em toda parte.15
Como visto, tudo tem uma ra-zo de ser e nada acontece sem apermisso de Deus, que atua porintermdio de suas prprias cria-
turas. A Terra um imenso labo-ratrio, palco da evoluo da Hu-manidade, onde a vida se proces-sa dentro de leis perfeitas e imut-veis, em que seres inteligentes deelevada hierarquia despontam co-mo cocriadores e artfices na Ofi-cina da Natureza: Negar a exis-tncia de agentes desconhecidospela simples razo de no os com-
preender seria impor limites aopoder de Deus e acreditar que aNatureza nos tenha dito sua lti-ma palavra.16
Tambm ns, seres humanos,fazemos parte do ecossistema. Porisso, agredir o meio ambiente agredir o prximo.Proteg-lo pro-teger a ns mesmos. A questo :o que podemos fazer para estimu-
lar o aperfeioamento do modeloeconmico em vigor, com vistas afrear a corrida consumista quecontribui para a degradao da Na-tureza? Conscientizando-nos disso,tambm ns, homens e mulheres,que igualmente somos Espritos,embora encarnados, estaremosinfluenciando a Natureza, convic-tos de que esta, em todas as esfe-
ras, sempre um livro reveladorda Eterna Sabedoria....17
14Idem. Libertao. Pelo Esprito Andr Luiz.2. ed. espec. Rio de Janeiro: FEB, 2007.Cap. 4, p. 63-64.
15Idem. Os mensageiros. Pelo Esprito An-dr Luiz. 2. ed. espec. 2. reimp. Rio de Ja-neiro: FEB, 2009. Cap. 41, p. 255
16KARDEC, Allan. S. A. Prncipe G. In:Revista esprita: jornal de estudos psi-colgicos, ano 2, p.12, jan. 1859. 3. ed. Riode Janeiro: FEB, 2005.
17XAVIER, Francisco C. Entre a terra e ocu. Pelo Esprito Andr Luiz. 2. ed. espec.Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 8, p. 56.
11XAVIER, Francisco C.Os mensageiros.PeloEsprito Andr Luiz. 2. ed. espec. 2. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2009.Cap. 15,p. 99-100.
12XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo.Evoluo em dois mundos. Pelo EspritoAndr Luiz. Ed. espec. 1. reimp. Rio deJaneiro: FEB, 2009. P. 2, cap.18, p.239.
13XAVIER, Francisco C. Nosso lar. PeloEsprito Andr Luiz. 3. ed. espec. 3. reimp.Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 50, p. 308.
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Esflorando oEvangelhoPelo Esprito Emmanuel
E peo isto: que a vossa caridade abunde maise mais em cincia e em todo o conhecimento.
PAULO. (FILIPENSES,1:9.)
No s
Fonte: XAVIER, Francisco C. Vinha de luz. 27. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Cap. 116.
caridade , invariavelmente, sublime nas menores manifestaes, todavia,
inmeras pessoas muitas vezes procuram limit-la, ocultando-lhe o espritodivino.
Muitos aprendizes creem que pratic-la apenas oferecer ddivas
materiais aos necessitados de po e teto.
Caridade, porm, representa muito mais que isso para os verdadeiros discpulos
do Evangelho.
Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referncia ao
assunto.
Indispensvel que a caridade do cristo fiel abunde em conhecimento elevado.
Certo benfeitor distribuir muito po, mas se permanece deliberadamente nassombras da ignorncia, do sectarismo ou da autoadorao no estar faltando com
o dever de assistncia caridosa a si mesmo?
Espalhar o bem no somente transmitir facilidades de natureza material.
Muitas mquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automatica-
mente.
Caridade essencial intensificar o bem, sob todas as formas respeitveis, sem
olvidarmos o imperativo de autossublimao para que outros se renovem para a
vida superior, compreendendo que indispensvel conjugar, no mesmo ritmo, os
verbos dare saber.
Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente emsaber; as atividades de todos os benfeitores dessa espcie so teis, mas incompletas.
Ambas as classes podem sofrer presuno venenosa.
Bondade e conhecimento, po e luz, amparo e iluminao, sentimento e cons-
cincia so arcos divinos que integram os crculos perfeitos da caridade.
No s receber e dar, mas tambm ensinar e aprender.
A
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Grande Conferncia EspritaPactorealizada no Rio de Janeiro:Ata da reunio entre os diretores da Federao Esprita Brasileira e os representantes de vrias Fede-
raes e Unies de mbito estadual: Aos cinco dias do ms de Outubro do ano de mil e novecentos e qua-
renta e nove (1949), na sede da Federao Esprita Brasileira, Avenida Passos, no 30, na cidade do Riode Janeiro, Capital da Repblica, Brasil, presentes o Sr. Antnio Wantuil de Freitas, presidente da FEB,e demais signatrios desta, aps se dirigirem ao Alto,em prece, suplicando bnos para todos os obrei-ros da Seara Esprita do Brasil, bem como para toda a Humanidade, e depois de longo e coordenado estudodo Movimento Esprita Nacional, a que pertencem, acordaram em aprovar os seguintes itens, adreferendum das Sociedades que representam: 1o) Cabe aos Espritas do Brasil porem em prtica a exposi-o contida no livro Brasil, Corao do Mundo,Ptria do Evangelho, de maneira a acelerar a marcha evo-lutiva do Espiritismo. 2o) A FEB criar um Conselho Federativo Nacional, permanente, com a finalidadede executar, desenvolver e ampliar os planos da sua atual Organizao Federativa. 3o) Cada Socie-dade de mbito estadual indicar um membro de sua diretoria para fazer parte desse Conselho. 4o) Se is-
so no for possvel, a Sociedade enviar ao presidente do Conselho uma lista trplice de nomes, a fim deque este escolha um desses nomes para membro do Conselho. 5o) O Conselho ser presidido pelo pre-sidente da Federao Esprita Brasileira,o qual nomear trs secretrios, tirados do prprio Conselho,queo auxiliaro e substituiro em seus impedimentos. 6o) Considerando que desde a sua fundao a FEBse vem batendo pela autonomia do Distrito Federal,conforme se v em seu rgo Reformador , fica oDistrito Federal considerado como Estado, em igualdade de condies com os demais Estados do Territ-rio Nacional. 7o) O presidente da Federao Esprita Brasileira nomear uma comisso de trs juristas es-pritas e dois confrades de reconhecida idoneidade, para elaborar o Regulamento do Conselho FederativoNacional e propor as modificaes que se tornarem necessrias nos atuais Estatutos da Federao EspritaBrasileira. 8o) No caso de haver mais de uma sociedade de mbito estadual em algum Estado, tudo se fa-
r para que se renam em torno de uma terceira, cuja presidncia ser exercida em rodzio e automati-camente pelo presidente de cada uma delas, substitudos que sero, anualmente, no dia 1o de Janeiro decada ano!1 9o) Anualmente, em sua primeira reunio do ms de Agosto, o Conselho organizar o seu or-amento, o qual, uma vez aprovado pela Diretoria da FEB, ser entregue ao tesoureiro dessa.1 10o) Cabe Federao Esprita Brasileira entrar com cinquenta per cento do que for determinado para o referido ora-mento, devendo os restantes cinquenta per cento ser distribudos em cotas iguais entre todas as Sociedadespertencentes ao Conselho.2 11o) Na escrita da FEB, o seu tesoureiro dever criar um ttulo no qual lana-
1 Texto modificado pelo CFN, em 29/8/55.2 Texto modificado pelo CFN, em 6/XI/55.
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ureor todo o movimento de valores, inclusive de donativos que forem feitos com a finalidade de facilitar os tra-balhos do Conselho,quantias essas que, de forma alguma, podero ser aplicadas seno por deliberao dodito Conselho. 12o) As Sociedades componentes do Conselho Federativo Nacional so completamenteindependentes.A ao do Conselho s se verificar,alis, fraternalmente,no caso de alguma Sociedade pas-sar a adotar programa que colida com a doutrina exposta nas obras:O Livro dos Espritos e O Livro dosMdiuns, e isso por ser ele, o Conselho,o orientador do Espiritismo no Brasil. 13o) Dever ser organiza-
do um quadro de pregadores espritas, composto de scios das Sociedades adesas, os quais, dentro de suaspossibilidades, sero escalados para visitar as Associaes que ao Conselho dirijam convites para festivida-des de carter puramente Esprita. 14o) Se possvel, ser criado, tambm, um grupo de pregadores expe-rimentados e cultos,com a difcil misso de levar a palavra do Evangelho aos grupos que, ainda mal orien-tados, ofeream campo semeadura crist. 15o) Nenhum membro do Conselho poder dar publicidadea trabalho seu individual, subscrevendo-o como membro do Conselho Federativo Nacional, salvo se o tra-balho for antecipadamente lido e aprovado pelo Conselho. 16o) Os membros do Conselho so conside-rados como exercendo cargo de confiana das Sociedades que os indicarem. 17o) Sempre que possvel, oConselho designar um dos seus membros para assistir aos trabalhos doutrinrios realizados pelas Socie-dades. 18o) Se alguma colidncia encontrar, pedir ele se convoque a diretoria da Sociedade e,ento, con-
fidencialmente, expor o que dever ser modificado,de acordo com o plano geral estudado pelo Conselho.E nada mais havendo, eu, Oswaldo Mello, servindo de secretrio,a escrevi e datilografei, assinando-a jun-tamente com os componentes da reunio, que decorreu sob a mais viva emoo dos circunstantes.E, paraconstar, fiz esta,que subscrevo, aos cinco dias do ms e ano referidos.a) Oswaldo Mello, secretrio. AntnioWantuil de Freitas, presidente da Federao Esprita Brasileira; Arthur Lins de Vasconcellos Lopes, por sie pelo Sr. Aurino Barbosa Souto, presidente da Liga Esprita do Brasil; Francisco Spinelli, pela ComissoExecutiva do Congresso Brasileiro de Unificao Esprita e pela Federao Esprita do Rio Grande doSul; Roberto Pedro Michelena; Felisberto do Amaral Peixoto; Marcirio Cardoso de Oliveira; JardelinoRamos; Oswaldo Mello, pela Federao Esprita Catarinense; Joo Ghignone, presidente e Francisco Rai-tani, membro do Conselho da Federao Esprita do Paran; Pedro Camargo Vincius e Carlos Jordo da
Silva, pela Unio Social Esprita de S. Paulo (USE); Bady Elias Curi, pela Unio Esprita Mineira; Noraldinode Mello Castro, presidente do Conselho Deliberativo da Unio Esprita Mineira.Em tempo: Depois deassinado o presente documento, o presidente Wantuil de Freitas, aps manifestar o seu regozijo pelo hist-rico acontecimento,com palavras cheias de f e de esperana nos destinos gloriosos do Brasil Esprita, con-vidou o confrade Pedro Camargo Vincius a proferir a prece final, de encerramento dos trabalhos, o quefoi feito, fervorosamente, em splica ardente aos Espritos Superiores,aos quais rogou assistncia e ilumi-nao para o desenvolvimento rpido dos nossos trabalhos, na semeadura do bem e do amor, em torno doMestre e Senhor, Eu, Oswaldo Mello, subscrevo e assino, como testemunho da verdade: Oswaldo Mello.
Fonte: Reformadorde outubro de 1999, 10(294)-11(295).
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rata-se de tecnologia quepretende imitar a rede neu-ral da inteligncia humana,
utilizando mtodos e dispositivosda cincia da computao.
Redes Neurais Artificiais [RNA]
so tcnicas computacionais que
apresentam um modelo matem-tico inspirado na estrutura neural
de organismos inteligentes [...].
Uma rede neural artificial com-
posta por vrias unidades de pro-
cessamento [...]. Essas unidades,
geralmente so conectadas por
canais de comunicao [...]. O
comportamento inteligente de
uma Rede Neural Artificial vem
das interaes entre as unida-des de processamento da rede.1
Desde suas origens na dcada de50, a Inteligncia Artificial abriuextenso leque de pesquisas, todascom o objetivo de fornecer ao com-putador habilidades para executarfunes desempenhadas pela inte-ligncia humana.A expresso inteli-
gncia artificial(Artificial Intelligen-ce),abreviada IA,foi criada,em 1956,pelo estadunidense John McCarthy,cientista de computao e criadorda linguagem de programao, du-rante o primeiro encontro de cientis-tas promovido pela universidadede Dartmouth College, em Hanover,
New Hampshire (USA) , reunidospara discutir aspectos de intelignciae sua implementao em mquinas.
Aps essa reunio histrica,ocorreu acelerado progresso tecno-lgico, de forma que a IA integra amaioria das atividades humanas,na atualidade: gerenciamento deempresas e indstrias, jogos eletr-nicos, programas diversificados de
computao, aplicativos de segu-rana para sistemas informacio-nais, anlises forenses, robtica,dispositivos de identificao indi-vidual pela escrita manual e pelavoz, educao por computador,tradutores de lnguas, programasde diagnsticos mdicos etc.
Tal progresso provoca inquieta-es em algumas pessoas, que te-
mem ver o mundo controlado pormquinas e por um grupo seletode operadores. Mas no acredita-mos que tal fato venha a acontecer,considerando as orientaes dos Es-pritos superiores. Para o EspritoVianna de Carvalho a velocidade doprogresso na indstria da inform-
tica,[...] de forma alguma pertur-bar as estruturas do poder vigen-te.2 Acrescenta, ainda, que graas
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TMARTA AN T U N E S MO U R A
Em dia com o Espiritismo
ArtificialInteligncia
John McCarthycriador dalinguagem deprogramao
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[...] a essas conquistas, as pes-
soas permanecero mais bem in-
formadas, inclusive sobre as suas
responsabilidades, direitos e de-
veres, diminuindo a ignorncia
em torno da prpria cidadania.
[...] O desenvolvimento tecno-
lgico, quando orientado digna-
mente, sempre oferece Huma-
nidade as bnos do progres-
so, da cultura e da civilizao.2
H um universo de pesquisasem IA espalhadas por todo o Pla-
neta. Selecionamos apenas duaspara ilustr-las, pois so considera-das muito promissoras: a) desen-volvimento dos atuais sistemas re-lacionados ao clculo matemtico es anlises exponencial, probabi-lstica e estatstica; b) construo derobs de grande utilidade na Medi-cina (diagnstico e cirurgias) e nascincias afins (pesquisas biomole-
culares); explorao de outros pla-netas (sondas robticas); resgate depessoas soterradas; previso de cata-clismos naturais (furaces,tempes-tades, exploses vulcnicas) etc.
Acredita-se que a prxima gera-o de computadores deva desem-penhar tarefas ainda mais prxi-mas da inteligncia humana,comoraciocinar a partir de evidncias e
padres inteligentes. Neste sentido,empresas de comunicao e propa-ganda esto investindo em progra-mas denominados minerao dedados, por intermdio dos quais
[...] os computadores so usa-
dos para procurar padres nas
vastas quantidades de dados que
geramos em nossa vida diria.
Usando fontes como os dados de
controle de supermercados, as
tcnicas de IA so capazes de
deduzir um perfil de quem so-
mos, o que queremos e quando
e dirigir a correspondncia pro-
mocional de acordo com isso.3
Outro avano recente da IA ocomputador em nuvem (cloudcomputing),aguardado para ser utili-zado no mundo todo. Em breve tere-mos nossa disposio apenas umteclado, um mouse e um monitor.O computador ser apenas um chipligado Internet, a grande nuvemde computadores, espao virtual de
onde poderemos acessar os prpriosdados,a partir de qualquer compu-tador, em qualquer lugar. Alm dis-so, os programas estaro, tambm,disponveis nessa nuvem, de formaque receberemos na tela o processa-dor de textos, o editor de fotografias,enfim, o software que desejarmos.4
H inmeras informaes naliteratura esprita relativas a instru-
mentos, equipamentos e aparelhos,mveis ou fixos, cuja tecnologia estrelacionada inteligncia artificial.OEsprito Efignio S.Vtor, por exem-plo,presta os seguintes esclarecimen-tos a respeito da rede eletromagnti-ca que protege a reunio medinica:
Nossa reunio est garantida por
trs faixas magnticas protetoras.
A primeira guarda a assembleia
constituda e aqueles desencar-
nados que se lhes conjugam
tarefa da noite. A segunda faixa
encerra um crculo maior, no qual
aglomeram dezenas de compa-
nheiros daqui, ainda em posio
de necessidade, cata de socorroe esclarecimento. A terceira,mais
vasta, circunda o edifcio, com
sentinelas eficientes, porque alm
dela temos uma turba compacta
a turba de irmos que ainda no
podem partilhar [...] o nosso es-
foro evanglico.[...] Bem junto
direo de nossas atividades es-
t reunida grande parte da equipe
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Assistentes cirrgicos utilizam braos de rob para trocarferramentas em cirurgia cardaca
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de funcionrios espirituais que
nos preservam as linhas mag-
nticas defensivas. [...] Em con-
traposio com a porta de acesso
ao recinto, dispomos de [...] dois
gabinetes, com leitos de socorro
[...]. Entre os dois, instala-se
grande rede eletrnica de con-
teno, destinada ao amparo e
controle dos desencarnados [...].5
O psicoscpio, artefato descritopelo Esprito Andr Luiz, serve para
[...] auscultao da alma, com opoder de definir-lhe as vibraes
e com capacidade para efetuar
diversas observaes em torno da
matria [...]. Funciona base de
eletricidade e magnetismo, uti-
lizando-se de elementos radian-
tes,anlogos na essncia aos raios
gama. constitudo por culos
de estudo, com recursos dispo-
nveis para a microfotografia.6
No livroNosso Larconsta o rela-to de um [...] enorme aparelhodestinado a demonstraes pelaimagem, maneira do cinematgra-fo terrestre, com o qual possvellevar a efeito cinco projees varia-das, simultaneamente.7 No livroObreiros da Vida Eterna h notcias
de uma rede luminosa, destinada arecolher e a transportar Espritos quese encontravam nas regies abismais,no plano espiritual, construda dematerial especializado [...] em vistada sua elevada potncia magntica,porque as bolas e setas,que nos eramatiradas, detinham-se a, paralisadaspor misteriosa fora, 8 afirma AndrLuiz.Em Libertao, o autor espiri-
tual descreve um instrumento compequeninos espelhos,9 utilizado porentidades trevosas para selecionarpessoas que devero ter acesso a um
local,e que funciona como captadorde ondas mentais,9 depois de inter-pretar as cores emitidas pelo halo vi-bratrio do perisprito, sob anlise.9
H vasta variedade de apare-lhos descritos na srie A Vida noMundo Espiritual, de Andr Luiz,da qual extramos outros exemplos,sem pretenso de ter esgotado oassunto: aparelhos de filmagem (E
a Vida Continua..., cap.10 e 11); deregistro de pensamentos (E a VidaContinua..., cap.10); de raio curativo(Nos Domnios da Mediunidade,cap.28 e em E a Vida Continua...,cap.6);de sinalizao luminosa (Os Men-sageiros, cap. 22); de consultas rpi-das s reparties existentes no Alm(Sexo e Destino, segunda parte, cap.13); magntico, de contato medi-
nico (Nos Domnios da Mediunida-de, cap. 16); de fabricao de ar puro(Obreiros da Vida Eterna,cap.6);depreciso mdica (Evoluo em doisMundos, segunda parte, cap. 19).
Como reflexo final,ponderamosque o progresso intelectual inexo-rvel. Tal desenvolvimento, porm,deve ser revestido de dignidade etrazer a felicidade ao homem, pois,
como assinala Emmanuel,
[...] no basta a inteligncia, s
por si, para orientar com absoluta
segurana os roteiros da vida. [...]
Em suma,estamos em condies
de preparar o futuro para todas
as garantias no plano fsico, mas
habitualmente descuidamo-nos
de nossos interesses na imortalida-
de que patrimnio inalienvel de
cada um. Em razo disso,muitas
vezes damos na Terra estranhos
espetculos de genialidade e delin-
quncia, cultura e degradao.
que apenas a inteligncia no basta
felicidade. A alegria de viver pe-
de,acima de tudo,a luz do enten-
dimento e a bno do amor.10
Referncias:1CASTRO, Leandro e ZUBEN, Fernando.
Redes neurais. So Paulo: Universidade
de Campinas. Disponvel em: .2FRANCO, Divaldo P. Atualidade do pen-
samento esprita. Pelo Esprito Vianna de
Carvalho. Salvador: LEAL, 1999. Cap. 6, item
6.4, p. 141.3MATTHEWS, Robert. 25 grandes ideias:
como a cincia est transformando o mun-
do. Traduo de Jos Gradel. Rio de Janei-
ro: Jorge Zahar, 2008. p. 235.
4Disponvel em: .5XAVIER, Francisco C. Educandrio de luz.
Por diversos Espritos. So Paulo: IDE, 1984.
Cap. 34, p. 80-81.6______. Nos domnios da mediunidade.
Pelo Esprito Andr Luiz. 34. ed. 2. reimp.
Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 2, p. 22-23.7______. Nosso lar. Pelo Esprito Andr
Luiz. 60. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB,
2009. Cap. 32, p. 208.8______. Obreiros da vida eterna. Pelo
Esprito Andr Luiz. 33. ed. 2. reimp. Rio
de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 8, p. 148.9______. Libertao. Pelo Esprito Andr
Luiz. 31. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB,
2009. Cap. 5, p. 94.10______. Bno de paz. Pelo Esprito
Emmanuel. 4. ed. So Bernardo do Cam-
po: GEEM, 1976. Cap. 22, p. 63-64.
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spritas do Sul do Pasorganizaram um movi-mento de aproximao
a que se deu o nome de Caravanada Fraternidade, com o propsito
de visitar todos os Estados do Norte.Principalmente os Estados que
ainda no tinham se decidido so-bre o Pacto ureo de 5 de outubrode 1949...
[...]Os caravaneiros Artur
Lins de Vasconcelos, CarlosJordo da Silva, FranciscoSpinelli,Ary Casado e Leo-
poldo Machado levanta-ram voo em avio da Aero-vias Brasil,a 31 de outubro.1
Primeiro, Salvador. [...]De Salvador at o extre-
mo Norte, os caravaneirosvisitaram todas as capitais2
e mais Parnaba, vivendoem todas elas, inesquecveis pro-gramas de intensa vibrao dou-
trinria e fraternal. [...]Lins de Vasconcelos regressoude Recife, sendo substitudo peloirmo pernambucano Luiz Bur-gos Filho. E o mdium Ary Casa-do voltou de Fortaleza. S Leo-
poldo Machado e Luiz Burgos Fi-lho foram a Manaus [...].3
[...]Em todas as cidades, a Caravana
procedeu da maneira seguinte: (I)
Conferncias culturais para o gran-de pblico, que atraram verdadei-ras multides a elas, tarefa esta qua-se que da responsabilidade do prof.Leopoldo Machado; (II) Reuniesde mesa-redonda para reajustamen-
to de pontos de vista de choque, dasquais o ideal da unificao sempre
saiu vitorioso,por isso que de todaselas foram lavradas as respectivasatas; (III) Visitas de estmulo s ins-tituies espritas de assistncia so-cial; (IV) Programas sociais, orga-nizados pelos irmos visitados.
A Caravana procurou,assim,co-limar vrios objetivos, como sejam:a) Maior aproximao dos espiri-tistas, visionando o ideal de unifi-cao social da Doutrina; b) Propa-
ganda cultural do Espiritismo, nomundo profano; c) Maior estmulos obras de assistncia social inspi-radas pela Doutrina; d) Levar am-bientao doutrinria aos lares,de vez que os caravaneiros sempre
preferiram hospedagem noslares de irmos. [...]
A Caravana da Fraternida-de dissolveu-se em Belo Ho-
rizonte, a 13 de dezembro,4depois de receber, na vspe-ra,5 em Pedro Leopoldo, pe-lo mdium Francisco Cndi-do Xavier,mensagens de Em-manuel e Amaral Ornelas, edepois de um belo e grandeprograma literodoutrinrio,
em que os caravaneiros fizeram o pri-meiro relato de suas impresses, na
sede da Unio Esprita Mineira.
(Trechos e informaes extrados de:
MACHADO, Leopoldo.A caravana da frater-
nidade, Nova Iguau, RJ: Lar de Jesus, 1954.)
A Caravanada
Fraternidade
1Ano de 1950.
2Todas as capitais do Nordeste e do Norte,exceo feita aos ento quatro Territrios.
3Com exceo de Lins de Vasconcellos queretornou de Recife, os demais integrantesforam at Belm do Par.
4Ano de 1950.
5O encontro com Chico Xavier deu-se nodia 11 de dezembro, portanto, na antevs-pera da dissoluo da Caravana.
Componentes da Caravana da Fraternidade,em Natal, com outros confrades
E
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erca de 2.000 esperantistas, provenientes domundo inteiro, reuniram-se na pequena ci-dade polonesa de Bialystok, de 25 de julho
a 1o de agosto, para os trabalhos do 94o Congres-so Mundial da Universala Esperanto-Asocio (UEA) Associao Universal de Esperanto , cujo temaprincipal foi Criar uma ponte de paz entre os po-vos: Zamenhof hoje.
Tanto o tema principal como o local do Congres-
so tiveram sua escolha inspirada no fato de que, em2009, se comemora o Sesquicentenrio de nascimen-to do iniciador do esperanto, Lzaro Lus Zamenhof(Bialystok, 15/12/1859 Varsvia, 14/4/1917).
A atualidade do pensamento e da criao dogenial missionrio ficaram evidenciadas em mui-tas dentre as diversas manifestaes e ativida-des dos congressistas, destacando-se a palavra doindiano Probal Dasgupta, linguista de renome in-ternacional, professor universitrio e atual presi-
dente da UEA, com que demonstrou a ntima re-lao entre as ideias e as prticas de Zamenhof ede Gandhi nos campos do intelecto e do senti-mento, em favor do ideal de aproximar os povossobre as bases da justia e da fraternidade.
E, como a justificar, embora de maneira lamen-tvel, a extrema necessidade de se estabelecer umaponte neutra para uma legtima vida planetriauniversalista, os trabalhos do Congresso foram alvode manifestaes obscurantistas, violentas, parti-
Esperantistas-espritasno94oCongresso UniversaldeEsperanto,emBialystok,Polnia
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A FEB e o Esperanto
AF F O N S O SO A RE S
Momento em que Robinson Mattos, presidenteda Societo Lorenz, profere a sua palestra
Congressistas na reunio dosesperantistas-espritas
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das de grupos animados por sentimentos chauvi-nistas, xenfobos e antissemitas.
O governo brasileiro reagiu positivamente a umapelo dirigido pelo Prof. Dasgupta a diversos che-fes de Estado, enviando-lhe um texto, lido no en-cerramento do Congresso, em que o Presidente daRepblica, agradecendo ao presidente da UEA porsua preocupao com a igualdade nas relaes in-
ternacionais, expressa a sua esperana de que um diao esperanto venha a ser aceito como lngua facilitado-ra de uma comunicao sem barreiras.
Os esperantistas-espritas do Brasil, representa-dos pela Societo Lorenz, desenvolveram rico pro-grama dividido em dois grandes itens.
O primeiro, cumprido no quadro da chamadaMovada Foiro (Feira do Movimento), em que todasas associaes filiadas UEA expem suas ideias eprodutos, consistiu na apresentao de obras esp-
ritas em esperanto e de peridicos da Societo, bemcomo no estabelecimento de laos fraternos com asdemais sociedades ali representadas.
O segundo, foi a palestra proferida pelo presi-dente da Societo Lorenz, Robinson Mattos, sobreo tema Lei de Amor e Princpios Bsicos da Dou-trina Esprita.
A reunio foi presidida pelo Dr. Joo Silva dos
Santos, um dos diretores da Societo, contandocom a valiosa colaborao das coidealistas Terezi-nha Petronlia Leo dos Santos e Joana Pimentel.
Livros espritas foram sorteados entre os pre-sentes, cujo interesse pelo tema ficou demonstra-do com a formulao mesa-diretora de questesbem pertinentes sobre Doutrina Esprita.
O prximo Congresso da UEA ter como sede acidade de Havana, Cuba, e os esperantistas-espri-tas l certamente estaro.
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Interesse do pblico pelos livros espritas em esperanto
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1. Com a assinatura do Pacto u-reo por representantes da FEB ede Entidades Federativas Espritasdos Estados de Minas Gerais, Para-n, Rio Grande do Sul, Rio de Ja-
neiro, Santa Catarina e So Paulo,aos 5 de outubro de 1949, foi cria-do o Conselho Federativo Nacional(CFN) da Federao Esprita Bra-sileira, com o objetivo de promo-ver a unio dos espritas e das ins-tituies espritas de nosso pas etrabalhar pela unificao do Movi-mento Esprita, a fim de fortalecera tarefa de difuso do Espiritismo.
2. Instalado em 1o de janeiro de1950 e integrado pelas EntidadesFederativas Estaduais Federaese Unies que, por sua vez, inte-gram os centros espritas sediadosnos respectivos Estados e no Dis-trito Federal , o Conselho Fede-rativo Nacional substituiu o anti-go Conselho Federativo da FEB,
que federava, diretamente, os cen-tros espritas de todo o pas.
3. De 31 de outubro a 13 de de-zembro de 1950 desenvolveu-se o
trabalho da Caravana da Frater-nidade que teve por finalidadedivulgar os objetivos da unifica-o e colher adeses de onze Esta-dos do Norte e do Nordeste aoPacto ureo. Os caravaneiros Ar-thur Lins de Vasconcellos Lopes,Ary Casadio, Carlos Jordo da Sil-va, Francisco Spinelli, LeopoldoMachado e Luiz Burgos Filho, que
se integrou em Recife, realizaramas visitas e contatos e levaramorientaes sobre a divulgao doEspiritismo, estmulo s obras deassistncia social e de ambien-tao doutrinria aos lares. Ao fi-nal, alguns caravaneiros visita-ram Chico Xavier, em Pedro Leo-poldo, no dia 11 de dezembro de1950, oportunidade em que rece-
beram duas mensagens psicogr-ficas. A Caravana encerrou-se,em Belo Horizonte, no dia 13 dedezembro de 1950.
4. Durante a dcada de 1950 fo-ram realizadas atividades de escla-recimento junto s instituies es-pritas em geral sobre a importn-cia e as diretrizes do trabalho deunio dos espritas e das institui-es espritas e de unificao doMovimento Esprita brasileiro.
5. Na dcada de 1960, foram reali-
zados os Simpsios Regionais emtodo o Brasil, nas regies Norte,Nordeste, Centro e Sul, enfocando,mais objetivamente,o trabalho ope-racional dos grupos, centros e de-mais instituies espritas.
6. No incio da dcada de 1970,foram criados os Conselhos Zonaisdo CFN (Norte, Nordeste, Centro
Sntese Histricado CFN
1948 Entre os presentes ao Congresso Brasileiro de Unificao Esprita (So Paulo, SP 31/out. a 5/nov./1948),esto alguns signatrios do Pacto ureo, em 5/out./1949
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e Sul), que se reuniam uma vez acada semestre, cada vez em umaregio, para estudar temas de in-teresse do Movimento Esprita,
escolhidos e deliberados nas Reu-nies Plenrias do CFN.
7. No perodo de outubro de 1975a abril de 1977, as Entidades Fede-rativas Estaduais que integram oCFN realizaram estudos maisaprofundados sobre o Centro Es-prita, durante as Reunies Zo-nais, e concluram, na Reunio
Plenria do CFN de novembro de1977, com a aprovao do textoA adequao do Centro Espritapara o melhor atendimento desuas finalidades, o qual destacacomo entender o Centro Espritaem sua abrangnciae o que cabea ele realizar.
8. Nessa reunio do CFN de no-
vembro de 1977, as Entidades Fe-derativas Estaduais decidiram con-tinuar estudando o Centro Esp-rita no Quarto Ciclo de ReuniesZonai