revista serin

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SERIN Existe vida fora da Terra? Especialistas da NASA afirmam que a resposta é sim. Mas será que eles estão mais perto do que imaginamos? Segundo testemunhas por todo o Globo, a resposta também é sim. O Mundo das Ideias de Platão Nossas impressões sobre a Impressora 3D Nômades digitais: trabalhando e viajando ao mesmo tempo

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Revista de curiosidades científicas criada para um trabalho acadêmico do curso de Jornalismo.

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Page 1: Revista Serin

SERIN

Existe vida fora da Terra?Especialistas da NASA afirmam que a resposta é sim. Mas será que eles estão mais perto do que imaginamos? Segundo testemunhas

por todo o Globo, a resposta também é sim.

O Mundo

das Ideias de

Platão

Nossas

impressõessobre a

Impressora 3D

Nômades digitais:trabalhando e viajando

ao mesmotempo

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Índice

DE VOLTA PARA OPASSADO

- A VERDADEIRA

HISTÓRIA DODESCOBRIMENTO DO

BRASILP. 4

PENSO, LOGOEXISTO

-O MUNDO DAS

IDEIAS DE PLATÃO

P. 6

OS DOISLADOS DA

MOEDA-

IMPRESSORA 3DP. 8

IMAGINA NO BRASIL

-APP

BARKBUDDYP. 9

MANÍACOS DIGITAIS

-NÔMADESDIGITAIS

P. 10

SÉRIE OS CINCO

SENTIDOS-

A VISÃOP. 16

NAS ESTRELAS MATÉRIA

ESPECIAL-

EXISTE VIDA FORA DATERRA?

P. 12

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De volta para o passado

A verdadeira história do descobrimento do BrasilVitor Guarnieri Gomes

Desde pequenos somos ensinados que, no dia 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral de-scobriu o Brasil. É fato que, nesse dia, Cabral e sua frota chegou ao Brasil. Mas e se dissessem que, antes dele, em 1498, ou seja, dois anos antes, um português chamado Duarte Pache-co Pereira teria atravessado o atlântico numa missão secreta pela coroa portuguesa, ou que, muito antes disso, os portugueses já sabiam da existência de terras aqui ao sul, e que a chegada de Cabral ao Brasil não foi um acidente? Parece loucura, mas essa é uma teoria bastante funda-mentada entre os historiadores.Para entender melhor tudo isso, devemos voltar bastante no tempo. No início do século XV, os europeus estavam começando a fazer suas grandes navegações. De primeira, eles não ousavam ir muito além das bordas do continente, pois tinham medo de monstros marinhos e do fim do mundo (naquela época, poucos ousavam diz-er que o mundo era redondo; achavam que era plano e que, em certo ponto, o mundo acabava), e muitos navegadores que tentavam atravessar

o atlântico nunca voltavam.Toda essa superstição acabou na década de 1430, quando o príncipe português Henrique, filho do rei Dom João I, começou a incentivar a pesquisa e a ciência náutica. Por causa disso, os portugueses começaram a criar aparelhos e técnicas para facilitar a navegação. Entre essas invenções, encontramos a caravela, uma em-barcação que possibilita a navegação contra o vento. Com essa possibilidade, Henrique e sua frota se aventuraram para o Sul, chegando ao noroeste do continente Africano. Além disso, com a tecnologia de navegação astronômica, ou seja usando o céu para se guiar, os portugueses se aventuraram mais longe do continente e che-garam às ilhas de Açores e Cabo Verde. Na época, ninguém possuía tecnologia parecida. Era como se os portugueses tivessem inventa-do o foguete enquanto o resto da Europa ainda voavam em teco-tecos. Os únicos que possuíam tecnologia similar eram seus vizinhos, os espan-hóis. Mesmo assim, eram os portugueses quem dominavam os mares no século XV.

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Com a colonização da África e das ilhas a Oeste, Portugal teve um crescimento econômico muito forte. Em 1453, uma cidade chamada Constan-tinopla, antiga capital do império romano e bi-zantino, foi saqueada e destruída pelos turcos, o que danificou severamente o contato europeu com a Ásia e dificultou negociações entre os dois continentes. Graças a revolucionária navegação portuguesa, era possível chegar a Ásia contor-nando o sul da África, no cabo da Tormenta (que virou Cabo da Boa Esperança depois que Bar-tolomeu Dias o atravessou pela primeira vez em 1488). Assim, Lisboa, a capital portuguesa, virou uma grande metrópole para navegadores, mer-cadores, astrônomos e todos que queriam par-ticipar da corrida até as Índias.Entre esses navegadores, encontrava-se Crisóvão Colombo, um genovês que possuía o sonho de navegar e explorar terras descon-hecidas. Em 1492 esse sonho pôde se tor-nar realidade com a ajuda da corte espanhola, que o patrocinou. Assim, Colombo partiu com sua frota em busca de terras orientais, porém, devido a um erro, acabou parando na América Central, mais especificamente no Caribe. Ape-sar do erro gigantesco, Colombo acreditava que aquelas ilhas ficavam no oriente e bem próxi-mos ao Japão. Como Colombo foi patrocinado pela Espanha, aquele novo território pertencia, teoricamente, a Espanha. Porém, devido a um termo do Tratado de Zamorra, que garantia a in-dependência de Portugal, aquelas novas terras eram de propriedade portuguesa. Nascia, as-sim, o conflito luso-espanhol numa espécie de guerra fria, onde ambas as nações possuíam ar-mas apontadas uma para a outra, mas nenhuma ousava puxar o gatilho. Essa briga diplomática durou cerca de dois anos, e só terminou quando o papa Alexandre VI interveio e propôs a Bula In-ter Coetera, que dividia a região entre lusitanos e espanhóis. Mas um ano mais tarde, o então rei de Portugal, Dom João VI, exigiu a revisão desse acordo, pois ele “não satisfazia interesses da coroa portuguesa”. Nascia, então, o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, e separava as Américas em leste (para os portugueses) e oeste (para os espanhóis).E então voltamos para o início. Dom João VI de-fendeu esse novo acordo, o Tratado de Torde-silhas, muito obstinamente. Alguns historiadores dizem que isso se deu porque o rei lusitano já sabia das terras mais ao sul, onde hoje en-

contramos a América do Sul. Foi o Tratado de Tordesilhas que permitiu os portugueses ex-plorarem o Brasil a partir de 1500 sem um in-cidente diplomático com os espanhóis. Uma explicação bem provável para o conhecimento dos portugueses sobre as terras ao ocidente é que Dom João organizou expedições marítimas para longe do continente, a oeste, para encon-trar a melhor rota até o Cabo da Boa Esperança, no sul da África. Algumas dessas rotas, como a “volta pelo largo”, passam bem próximas ao nordeste brasileiro. É possível que esses nave-gantes teriam visto terra enquanto navegavam pelo Atlântico, e reportaram isso ao rei.Mas onde entra Pedro Álvarez Cabral nessa história? Sabe-se que Cabral saiu de Portugal em 1500 com destino as Índias, e que chegou ao Brasil no mesmo ano. O que podemos dis-cutir é se ele chegou ao Brasil propositalmente ou acidentalmente; mas isso também tem res-posta: a rota que Cabral teria escolhido possuía ventos favoráveis a oeste, então é muito prováv-el que ele teria chegado aqui intencionalmente. Outra discussão é se o fidalgo veio a mando do rei ou de nobres e comerciantes. É fato que o monarca não possuía tanto interesse nas novas terras quanto os comerciantes, que viam uma chance imperdível de enriquecerem ainda mais. A resposta mais aceita é que Cabral saiu de Por-tugal a mando do rei, mas acabou contrariando Sua Majestade e resolveu dar ouvidos aos mer-cadores.Agora você sabe um pouco mais da história do nosso país. Achou confuso? Pois saiba que centenas de anos antes, mais especificamente no ano 900, os Vikings colonizaram uma ilha chamada Groelândia, a leste de onde hoje fica o Canadá. E que, há 50 mil anos, o ser huma-no, que surgiu na África, chegou ao continente americano pelo Estreito de Bering (que fica en-tre onde hoje podemos encontrar a Sibéria e o estado do Alasca) por uma ponte natural feita de gelo devido a Era Glacial. Mas essas são outras Histórias.

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O Mundo das Ideias de Platão

Penso, logo existo

Vitor Guarnieri Gomes

Imagine um mundo sem defeitos. Um mundo onde exista apenas um exemplar de cada coisa. Porém, esse exemplar é perfeito, é ideal. Agora, imagine que nosso mundo fosse a partir desse mundo, com imperfeições, porém com muito mais exemplares que lembram suas origens, suas ideias. Foi mais ou menos isso que o filó-sofo grego Platão imaginou ao criar a sua Teoria das Idéias.Por que todos os cavalos são iguais? Você provavelmente está pensando “mas os cavalos não são todos iguais”, e você está certo. Mas todos os cavalos compartilham características que nos fazem perceber que aquilo, de fato, se trata de um cavalo, e que nos previne de termos dificuldades para reconhecer um cavalo quando o vimos. O “exemplar” de cavalo, aquele que você sente, ele flui, passa. Nasce, en-velhece e morre. Porém, a idéia de cavalo é imutável, imortal. Cascos, crina, focinho, número de patas, etc. Para Platão, essa “idéia” não é algo físico, fluido. Ele afirmava que tudo no nosso mundo foi criado baseado nas suas respectivas idéias, e não o contrario. Ou seja, as idéias surgiram antes do nosso mundo. Isso impede o surgimento de coisas que não existem, pois, se já há uma idéia, não seria necessário criar nada novo – apenas basear-se nas idéias.Caso você ainda não tenha entendido, aqui vai uma explicação mais simples. Imagine que você possua uma caixa daqueles brinquedos de mon-tar. Você pegas as peças, uma por uma, e monta um cavalo com elas. Então você desmonta esse cavalo e põe as peças de volta na caixa. Se você chacoalhar essa caixa, você acha que o cavalo vai se montar sozinho? Não, pois seria preciso que você, que possui a imagem, a idéia de um cavalo na cabeça, monte-o. Isso quer dizer que o cavalo montado com as pecinhas foi criado a

partir de uma idéia padrão, que não muda nun-ca.Mais um exemplo, para garantir. Você está pas-seando na rua e passa ao lado de uma padaria. Ao olhar a vitrine, você observa uma bandeja com aqueles biscoitos de gengibre em forma de homenzinhos. Chegando mais perto, você percebe que eles não são exatamente iguais. Um deles tem um dos braços um pouco menor, outro perdeu parte da cabeça e outro possui a

barriga um pouco maior que os demais. Apesar dessas dif-erenças, você percebe que to-dos eles seguem um padrão, imitando a anatomia humana: dois braços, duas pernas, ca-beça e tronco. Você chega a conclusão de que eles foram feitos na mesma fôrma, na mesma idéia.Platão ficava impressionado com as semelhanças na na-tureza, e chegou a conclusão de que existe um numero lim-itado de formas para se criar naturalmente tudo, e a essas formas ele deu o nome de idéias. Por trás de todo huma-no, porco ou cavalo, existe a “idéia de humano”, “idéia de porco” e “idéia de cavalo”. No

exemplo acima, dos biscoitos de gengibre, uma só fôrma foi o suficiente para fazer uma grande quantidade de biscoitos em forma de homenzin-hos. Do mesmo modo, se a padaria quiser fazer biscoitos em forma de cavalos ou porcos, uma fôrma de cada seria o suficiente.Platão acreditava que existia uma outra reali-dade por trás do Mundo dos Sentidos, ou seja, o nosso mundo. Ele chamou essa outra realidade de Mundo dasIdéias, onde essas formas, essas idéias im-utáveis e eternas que encontramos na natureza, se encontram.

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Os dois lados da moeda

A impressora 3DKevin de Macedo Duque

Com a chegada da impressora 3D e seu custo já acessível ao público, a confecção de objetos para diversos fins cresceu. Possuindo a capacidade de transformar qualquer ideia (ou quase tudo) em objeto, a impressão em 3D rompe a fronteira entre o mundo digital e o mundo real, entre o virtual e o físico, pois possui a capacidade de ler os objetos virtuais, modificar o objeto e materializa-los. Tão fácil quanto imprimir uma foto. Não se tem duvidas que é uma tecnologia extraordinária que pode facilitar a vida de muitas pessoas, mas nem todo mundo pensa assim. A SERIN destaca os principais benefícios e malefícios da impressora 3D.

IMPRESSÕES DO BEMA impressora em três dimensões está sendo muito bem explorada na área da saúde, como por exemplo, a Robohand, uma iniciativa que cria mãos robóticas para aqueles que nasceram com má-formação desses membros, ou também para pessoas que sofreram algum tipo de aci-dente. O projeto de mãos robóticas foi criado pelo designer Ivan Owen, e pelo carpinteiro Richard Van As, que perdeu quatro dedos en-quanto trabalhava.Os dedos robôs se movem conforme co-mandos dados pelo pul-so do usuário. Dobran-do o pulso para fora, os dedos se abrem, fechando o pulso, os dedos fecham, para se-gurar objetos e transfor-mar a vida de crianças como Liam, que nas-ceu sem os dedos da

IMPRESSÕES DO MALDa mesma forma que se criam iniciativas que plantam o bem, também são construídos obje-tos para gerar finais ruins para todos. Foi assim que surgiu a Liberator, uma arma de fogo criada a partir da impressora 3D. Completamente fun-cional e usando munição de verdade, o tutorial para criar essa arma pode ser encontrado com certa facilidade pela web. Os frenéticos por ar-mamento ainda ensinam como substituir os ma-

teriais de plástico por met-al, evitando o desgaste do plástico com o decorrer de seu uso.Se já é difícil fiscalizar o porte de armas, imagine a possibilidade de se cri-ar uma arma no quintal de casa, o que pode ser fei-to, mas não recomenda-do, caso você tenha uma impressora 3D. A nossa maior preocupação é que

mão direita. Outro benefício da robohand é sua manutenção. Se as peças quebrarem, podem ser consertadas, ou substituídas, facilmente. Tudo que precisa ser feito é imprimir uma nova peça. Sendo assim, o usuário tem a liberdade de correr, nadar, brincar sem se preocupar em danificar o material. Durante a fase de cresci-mento, as mãos em 3D se adaptam facilmente ao desenvolvimento dos jovens: é necessário só aumentar as falanges e ajustar as tiras que se prendem ao pulso. Médicos e especialistas na área da saúde estão aproveitando cada vez mais essa tecnologia, para dar uma melhor ex-periência de vida para crianças como Liam, que agora consegue segurar objetos e brincar como todos da sua idade.

sendo de plástico, com poucas partes em metal, é praticamente impossível de ser detectada por sistemas convencionais, como um detector de metais de um banco, por exemplo.Apesar de vários países (Brasil incluso) terem tornado ilegal a produção doméstica de armas e a distribuição dos arquivos que produzem suas peças impressas, acabar com seu compartilha-mento é a mesma coisa do que tentar acabar com a pirataria.É praticamente impossível conter a veiculação dos arquivos para impressão de revolveres, mas as próprias iniciativas que antes distribuíam o material, suspenderam o link e agora são contra a confecção desses objetos.

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Imagina no Brasil

BarkBuddy, o aplicativo bom pra cachorroKevin de Macedo Duque

Redes sociais tem o intuito de interagir com diferentes pessoas, estando perto ou longe de nós. Agora, imagina só, ao invés de pessoas, você adicionar cãezinhos? Pois bem, esse é o objetivo do Barkbuddy, aplicativo que facilita a adoção de animais que não possuem um lar. Já são mais de 30 mil cães catalogados no aplicativo, que infelizmente só se encontra disponível nos Estados Unidos e Canadá, graças ao PetFinder, um serviço que lista e reúne todos os cachorros disponíveis na maioria dos locais de adoção dessas regiões. O app funciona de maneira bem simples: Primeiro você faz o download, se cadastra e pronto, as fotos dos bichinhos já começam a aparecer em sua tela! Junto às imagens do cachorro, fica dis-ponível uma breve descrição do companheiro, a sua distância até o abrigo que ele se encontra, e a opção de não curtir ou curtir. Curtindo, o cão passa para sua lista de favoritos. Uma vez dentro da lista, o usuário pode entrar em contato com o responsável pelo cadastro do animal, para fu-turamente, realizar a adoção. O aplicativo disponibiliza a opção de filtrar suas preferências, para aparecer apenas animais grandes, pequenos, filhotes, entre outras opções. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil existe cerca de 20 milhões de cães aban-donados. Só a prefeitura de São Paulo estima que o número de abandono varie de 300 mil a 1 milhão. Em períodos de férias, o número de animais domésticos abandonados cresce ainda mais. Abandonar um animal é crime, sujeito a pena de três meses a um ano de prisão e multa. Iniciativas como o Barkbuddy pode fazer com que esses tristes números caiam cada dia mais, e proporcione um novo lar para o melhor amigo do homem.

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Nômades digitais: a arte de viajar e trabalhar ao mesmo tempoAna Paula Miranda

Você já ouviu falar de pessoas que viraram Nô-mades Digitais? Este novo modo de levar a vida vem conquistando cada vez mais pessoas de to-das as partes do mundo, e desta forma, deixan-do claro que passar oito horas diárias dentro de um escritório pode ser besteira quando se tem o mundo inteiro para conquistar. Atualmente, a possibilidade de se locomover para qualquer parte do mundo trabalhando ao mesmo tempo se tornou possível graças a internet. Isso mes-mo. Agora você pode planejar seu roteiro e gan-har dinheiro enquanto viaja, sem precisar ficar horas parado no trânsito, dentro do carro ou de transporte público, dentro de um escritório ou seja lá onde você trabalha.Como fazer isso? A Sérin explica.Imagine que você pode trabalhar com o que quiser, como quiser e com uma flexbilidade de horários absurda. A junção da internet com a tecnologia fez nascer um novo modelo de tra-balho e de vida para as pessoas. Podemos con-siderar momentos como esses únicos, épicos. As paredes que te cercam o dia todo, as baias, tudo agora vai ao chão, para que você perceba que talvez seu lugar não seja cercado disso tudo o dia inteiro, e sim, do lado de fora e com os pés na estrada. Para a maioria das pessoas já não tem sentido ficar em um país tão inflacionado por exemplo, há formas mais inteligentes de ser feliz, trabalhar, ganhar dinheiro e além de tudo ter uma vida completamente fantástica.Os avanços tecnológicos recentes nos dão a re-sposta de como trabalhar e ter a vida que sem-pre quisemos. A internet simboliza, além de out-ras coisas, a liberdade. Se pararmos pra pensar – e pesquisar – vamos encontrar uma variedade de funções que podemos excercer, continuan-do a trabalhar com o que amamos, através de uma conexão. Basta estar online. Nem mesmo reuniões precisam necessariamente ser presen-ciais hoje em dia, salvo algumas exceções.Viajar é preciso. Enquando você perde tempo pensando sobre todos os sapos que já engoliu por estresse, pelo chefe, pela empresa e pela

vida, milhares de pessoas estão se de redesco-brindo e principalmente, saboreando o que é viv-er de verdade. Como deve ser.

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, ima-gens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entend-er o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e dou-tores do que não vimos, quando de-veríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

Maníacos Digitais

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Observe o exemplo abaixo, onde consideramos a vida de um empresário que usa seu carro popular todo dia e que mora de aluguel numa cidade grande brasileira e comparamos com a vida de alguém que vive em uma das cidades mais visitadas do mundo: Chiang Mai, na Tailândia*, e confira como viajar pelo mundo pode ser melhor do que permanecer em seu comodismo

Empresário- Aluguel – R$ 1.500,00- Condomínio – R$ 400,00- IPTU – R$ 200,00- Gasolina – R$ 440,00- Estacionamento – R$ 200,00- Seguro do carro – R$ 91,00- IPVA – R$ 91,00- Alimentação (3 refeições/dia) – R$ 1500,00- Entretenimento: 600,00- Total aprox. de gastos por mês: R$ 5.022,00

Viajante- Transporte (público, considerando a ida diária a pontos turísticos e passeios): THB1.500**- Alimentação com fartura: THB10.650- Bebidas/Entretenimento: THB7.200- Total: THB 30.342,00- Seguro saúde obrigatório para viagens inter-nacionais/mês: THB 4.934- Total de gastos aproximados por mês: R$ 2.573,00.

* Informação retirada do site PriceOfTravel (www.priceoftravel.com)** R$ 1,00 equivale a aproximadamente a THB 13,71 – cotação 30/01/2014

Viu, só?Não é toa que designers, arquitetos, engenheiros, escritores e os mais variados profissionais estão aderindo a moda da flexibilidade, onde viajar pelo mundo e trabalhar ao mesmo tempo pode ser uma aventura fascinante.Quer saber mais? Acesse www.nomadesdigitais.com e comece a sua própria aventura!

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Nas Estrelas | Matéria Especial

ELESESTÃOENTRENÓS

Desde muito tempo o debate se há ou não há vida fora da Terra persiste. Depois que a NASA afirmou que, de fato, há, essa discussão está

mais quente do que nunca.

Priscila Maluf Reis

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Há milhares de anos que os mistérios para além da humanidade causa imensa curiosidade e vem sendo discutida a questão: “Existe vida fora do planeta Terra?”. A possível existência de vida inteligente pelo universo afora é um grande mo-tivo para que estudiosos levem com rigor rela-tos de visões de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), contatos diretos e até abduções. Entretanto, muitas pessoas contestaram isso, alegando que muitos relatos não se passavam de montagens, tanto em fotos quanto em víde-os. Por outro lado, a maior parte da população acredita que não estamos sozinhos no universo.De acordo com um cálculo feito por especialis-tas, existem 100 milhões de planetas em nossa galáxia que poderiam abrigar alguma forma de vida inteligente. Nesse segundo semestre, a NASA resolveu as-sumir publicamente a existência de vida extrater-restre e que há treinamento de astronautas para se comunicarem com seres racionais de outros planetas. Os cientistas da NASA acreditam que há várias formas de comunicação, mas a única maneira descoberta até agora é a de comuni-cação por sons (ruídos). Mesmo que não haja, até hoje, provas oficiais de que exista de fato vida em outro planeta, tal curi-osidade estimulou os seres humanos a se aven-turarem fora do Planeta Terra. Alguns métodos adquiridos por cientistas, como essas tentativas de comunicação com outras raças, lançamentos de foguetes com satélites e expedições à lua, fazem a população acreditar que a resposta para tantas perguntas está mais perto do que nunca.O astronauta Story Musgrave afirma ter tido con-tato com criaturas extraterrestres em cada uma de suas seis missões que participou pela NASA. Há divulgações de imagens de OVNIs de diver-sos tamanhos e formas na órbita da Terra. A previsão é que seja lançado o Transiting Exo-planet Survey Satellite (TESS) em 2017, onde o equipamento irá trabalhar junto com o telescó-pio espacial James Webb, a ser lançado um ano depois. Ambos vão atuar para descobrir se existe alguma impressão química que com-prove a existência de planetas aptos para a vida inteligente. Um dos cientistas que preparam o lançamento do telescópio, Matt Mountain, de-clarou que há cinco anos eles não sabiam que, em, aproximadamente, 10% a 20% dos casos, há planetas do tamanho da Terra que orbitam estrelas e que se encontram na zona habitável.O astronauta Kevin Hand, acredita que Europa,

um dos satélites de Júpiter, pode abrigar vida, e ainda afirma que está no alcance dos estudiosos chegar a uma descoberta que vai mudar o mun-do para sempre. Ele ainda diz que acredita que dentro de 20 anos, haverá a descoberta de que não estamos sozinhos no universo.Ainda esse ano, a NASA confirmou a descob-erta de um planeta muito semelhante à Terra. A agência espacial revelou que o Kepler-186f é o primeiro planeta confirmado a ter o tamanho da Terra e está localizado na zona habitável de outra estrela. Isso significa que o novo astro tem o tamanho ideal e a distância certa de seu sol para que ele possa apresentar características similares às de nosso planeta – ou seja, uma composição rochosa e água em estado liquido na superfície.

Os mistérios dos desenhos em plantaçõesHá anos que as pessoas se deparam com de-senhos gigantes em plantações ao redor do mundo. Esses misteriosos desenhos formam marcas artísticas incríveis, sendo que nos locais onde foram feitos não existem marcas de acesso feitas por mão humana ou maquinários. Muitos acreditam que os desenhos eram produzidos por Objetos Voadores Não Identificados (OVINs). Em alguns casos, as marcas feitas indicam que algo com grande temperatura pousou no local, pois a vegetação se encontrava queimada. Porém, em algumas regiões, os desenhos estavam apenas

O caso mais famoso no Brasil, ou pelo menos um dos mais comentados e divulgados, foi a aparição extraterrestre em Varginha, em 1996. Por volta das oito horas da manhã do dia 20 de janeiro de 1996, o corpo de bombeiros da cidade de Varginha, em Minas Gerais, recebeu uma chamada anônima. O pedido era que os bombeiros investigassem uma estranha criatura vista em um parque no norte do distrito Jardim Andere. Os homens esperavam encontrar um animal selvagem, mas ao chegar-em ao local se depararam com uma criatura que murmurava , bípede de um metro e meio de altura, com olhos vermelhos e pele oleosa e marrom. As testemunhas disseram que o ser possuía 3 protu-berâncias na testa e uma pequena abertura em seu rosto parecida com uma boca. Disseram, também, que a produzia um estranho som semelhante ao zumbido de abelhas e parecia estar ferido. O caso ganhou um tom de mistério quando, 30 dias após o ocorrido, o policial Eli Chereze, que teria ajudado a removera criatura do local, morreu vítima de uma infecção desconhecida

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com a vegetação amassada, indicando que algo de grande peso havia pousado no local. Será uma maneira que os extraterrestres encontrar-am para se comunicar com os seres humanos? Alguns pesquisadores acreditam que os desen-hos formam “sinais” para serem vistos de uma grande altitude por OVNIs, mas seu significado continua sendo um mistério.

No BrasilO Brasil já foi palco de alguns relatos de aparições extraterrestres, que ficaram famosas. Cerca de 4.500 páginas de casos desde os anos 1950 foram escritas sobre aparições extrater-restres e arquivadas, mas recentemente o gov-erno divulgou tais páginas para que as histórias fossem de conhecimento de todos e os estudos passassem a ser mais aprofundados.Esse ano, os mais recentes agroglifos, como são chamados os desenhos feitos em plantações, foram vistos novamente em Ipuaçu, no oeste de Santa Catarina. Os desenhos foram feitos em plantações de trigo. Desde 2008 a cidade reg-istra esse tipo de desenho, geralmente no final de outubro.Conforme a Polícia Militar, as marcas registra-das na cidade não foram feitas nas mesmas plantações dos anos anteriores. Os desenhos em Ipuaçu chamaram a atenção de estudiosos de Objetos Voadores Não Identi-ficados (OVINs). Ademar José Gevaerd, ufólogo e editor e fundador da Revista UFO foi até o lo-cal para fotografar o mistério. Ele foi até o local

com o objetivo de obter as melhores imagens aéreas possíveis, afim de proporcionar dados na tentativa de solucionar o mistérios desses agro-glifos.

Um documentário no History Channel, chamado “O Caso Roswell Brasileiro”, retratou uma aparição extraterreste no Brasil. Durante 4 meses, uma op-eração militar, envolvendo cerca de 20 militares, se tornou um dos casos mais famosos sobre aparições de OVINs. A operação aconteceu na cidade de Co-lares, localizada no Pará, entre os anos de 1977 e 1978. A Força Aérea Brasileira registrou relatos de moradores da cidade que há tempos vinham presenciando aparições de luzes estranhas que causavam queimaduras nas pessoas. Tudo teve início quando o hospital da cidade começou a re-ceber inumas vítimas e a notícia se espalhou. No comando da operação estava o Capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, que após revelar fatos estranhos acontecidos no local para uma entrevista em 1977, foi encontrado mor-to. Alguns acreditam ter sido queima de arquivo, outros já acreditam devido a exposição de naves e luzes estranhas o Cap. Hollanda caiu em forte de-pressão que culminou em suicídio. Até hoje as luz-es e os OVINs que causaram as queimaduras per-manecem um mistério, moradores do local diziam que criaturas luminosas saiam das naves. Várias testemunhas foram entrevistadas na época e a luz que causava as queimaduras ficou conhecida como “chupa chupa”.

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Ciência a olho nu

Série - Os cinco sentidos

Victor Hugo Rodrigues

Entenda como funciona a Visão, o sentido que mais usamos para perceber o mundo

Desde nossas aulas básicas de ciência sabe-mos que o corpo humano é incrível. A forma como todos os processos acontecem são real-mente fascinantes. Se olharmos o processo de digestão, transformação açúcar em energia, funcionamento de nossas células, sistemas cir-culatório e etc, vemos o quão complexo é cada acontecimento dentro de nós. E nesta matéria vamos falar sobre um dos pro-cessos mais importantes dos seres humanos. Falando dos olhos mais especificamente, os principais e mais famosos órgãos responsáveis pela visão, são considerados as “janelas da alma”, pois além de mostrar a nós tudo que ac-ontece no mundo, também mostra o que está acontecendo dentro de nós, quando por exem-plo, estamos casados e os olhos ficam mais fechados, quando choramos.Mas para começar a entender como funciona o processo de ver alguma coisa vamos entender os principais elementos para que isso ocorra: O principal órgão, como já citado, é o olho, o nervo óptico e o cérebro.O princípio para a visão humana é a existência de luz. Através dela o olho capta objetos quando iluminados. A partir da iluminação gerada neste objeto, pequenas partículas denominadas fótons são captadas pelo olho.Os fótons entram no olho passando pela Córnea, que é uma fina camada que envolve todo globo ocular e é responsável por dirigir a luz para um ponto único. Este ponto é a Pupila, também con-hecida como o “pontinho preto dos olhos” que é a “porta de entrada” da luz nos olhos, e é essa a razão da pupila dilatar quando há pouca luz no ambiente e comprimir quando acontece o con-trário. Contudo, quem controla o aumento e di-minuição da pupila é a Íris, região em que fica a parte colorida dos nossos olhos.A partir do momento em que a luz do objeto atravessa a pupila, ela chega a uma estrutura ge-latinosa chamada Cristalino, que é responsável pelo foco da nossa visão. Através do Cristalino é que a visão do objeto fica nítida mesmo este estando perto ou longe. Com a nitidez o objeto

é formado como imagem no fundo da Retina de-pois de passar pelo Corpo Vítreo.A Retina é uma rede células fotossensíveis que irão transformar a luz em impulsos nervosos e por meio do nervo óptico ao cérebro que será responsável por interpretar a imagem. É como se a retina enviasse uma frase por código Morse e o cérebro decifrasse o código e formasse a frase.

Por que precisamos usar óculos?As principais falhas na visão humana são MIO-PIA e HIPERMETROPIA. Miopia é quando há dificuldade de enxergar os objetos de longe. Já a hipermetropia é quando a dificuldade está em ver os objetos de perto.Esses problemas ocorrem justamente por con-ta da distância entre o Cristalino (lente humana natural) e Retina (onde a imagem é formada) por causa do formato do globo ocular e/ou do local da formação da retinaNo caso da miopia, o objeto é formado antes da Retina, causando dificuldade para ver lon-gas distâncias. Na Hipermetropia o fenômeno é o contrario, com o objeto sendo formado atrás da Retina, que é a região em que a imagem é formada para identificação do cérebro. Ou seja, quanto mais distante da retina a imagem se for-mar, tanto antes quanto depois, maior será a dificuldade de a imagem ser identificada.Para isso que existem lentes (em óculos ou aquela que é colocada no olho). As lentes serão responsáveis para corrigir esse defeito disper-sando mais luz (são as lentes divergentes, para os míopes) ou concentrando mais luz (lentes convergentes, para quem sofre de hipermetro-pia).Quando a lente dispersa a luz do objeto, este parece ficar mais distante, porém corrige a for-mação da imagem na retina do míope. A lente quando concentra mais luz do objeto faz com o objeto fique maior a olho nu, o que corrige a posição onde a imagem deve ser formada em quem tem hipermetropia.

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A máquina fotográficaO olho e a máquina fotográfica têm muitas semelhanças. Observre a tabela abaixo:

Responsável por Olho Humano Máquina FotográficaControle da entrada de luz Íris DiafragmaConcentração da luz Cristalino LenteFormação da imagem Retina Filme

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EquipeEditora-chefe: Fábia DejaviteDiagramador-chefe: Ricardo SeniseRedator: Vitor Guarnieri GomesDiagramador: Vitor Guarnieri GomesRepórteres: Ana Paula Miranda, Kevin de Macedo Duque, Priscila Maluf Reis, Victor Hugo Urbaneski Rodrigues e Vitor Guarnieri GomesIlustadores: Carolina Zeferino Rodrigues, Danilo Estevam Paladini, Gabriel Garcia Mar-tins (Imagina no Brasil e Os Dois Lados da Moeda); Eduardo Augusto Filgueiras (De Volta para o Passado e Penso, Logo Existo); e Paulo Miranda (Maníacos Digitais e Nas Estrelas)Gráfica: Red ([email protected])

Esta revista foi realizada sem fins lucrativos para um trabalho universitário do quarto semestre do curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi pelos alunos Vitor Guarnieri Gomes, Ana Paula Miranda, Kevin de Macedo Duque e Priscila Maluf Reis (com participação de Victor Hugo Urbaneski Rodrigues) e supervisão dos professores Fábia Dejavante e Ricardo Senise.

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