revista sesc brasil

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SescBrasil PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO • DISTRIBUIÇÃO NACIONAL R E V I S T A ANO 2 | Nº 10 ABR | MAI | 2014 Talita Abrantes, editora da revista Exame, indica mudanças no mercado de trabalho PÁGINA 3 Cineasta Lúcia Murat defende que “cinema não é só entretenimento” PÁGINA 4 Cinema em forma de arte e educação Salas de exibição do Sesc são refúgios para fãs de filmes alternativos em todo o Brasil PÁGINA 10

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Edição Abril/Maio 2014

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1 O U T | N O V | 2 0 1 2R E V I S TA SescBrasil

SescBrasilP U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O • D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L

R E V I S T A

A N O 2 | N º 1 0

A B R | M A I | 2 0 1 4

Talita Abrantes, editora da revista Exame, indica mudanças no mercado de trabalhoP Á G I N A 3

Cineasta Lúcia Murat defende que “cinema não é só entretenimento”P Á G I N A 4

Cinema em forma de arte e educaçãoSalas de exibição do Sesc são refúgios para fãs de fi lmes alternativos em todo o BrasilP Á G I N A 1 0

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UM NOVO OLHAR-O-MUNDO.

3Artigo

9Leitor

Premiado

8Gente Sesc

4Entrevista

6ProduçãoSesc

10Capa

32Espaço do

Leitor

7Destaque

15Panorama

2Aqui

tem Sesc“Não cabe ao Sesc ser um repetidor de expressões do lazer e da cultura de caráter reificador, que tem como objetivo cativar a população para o consumo como simbolização de status.” Diretrizes para o Quinquênio (2011-2015).

Desde os anos 70, o cinema tem presença expressiva

nas atividades do Sesc. A matéria de capa desta edição

( páginas 10 a 14) conta um pouco da evolução dos

projetos da área audiovisual, nas últimas quatro décadas.

A reportagem explicita a coerência dos projetos

desenvolvidos pelo Departamento Nacional e pelos

Departamentos Regionais com as “Diretrizes” que

orientam o nosso pensar e o nosso agir. Efetivamente,

somos um espaço de ocorrência de produtos “capazes

de enriquecer intelectualmente os indivíduos, levá-los

a desenvolver uma percepção mais acurada, propiciar-

lhes uma nova compreensão das relações sociais, uma

releitura de seu estar-no-mundo, permitir-lhes

transcender suas condições de origem e formação,

dotando-os, por conseguinte, de uma consciência

mais universal”.

A afirmativa da nossa colega Nádia Moreno evidencia

a plena sintonia das ações descritas na matéria com a

construção de “um novo olhar-o-mundo”: “A

cinematografia mundial é rica, de tal maneira que o

público pode visualizar e testemunhar novas formas de

narrativas e, nesse caso, quanto mais variedade, melhor

será para o desenvolvimento artístico cultural dos

espectadores”.

Perfeito, Nádia. Nossa reafirmação como espaço

de viabilização de produções artístico-culturais, que

respondem “às inquietações dos indivíduos na

contemporaneidade”, significa o cumprimento pleno

do item 9 - Enfatizar os Programas Cultura e Lazer -

de nossas “Diretrizes para o Quinquênio”.

Maron Emile Abi-Abib Diretor-Geral do Departamento Nacional

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2 A B R | M A I | 2 0 1 4R E V I S TA SescBrasil

A cidade, que é uma das sete que com-

põem a maior região metropolitana em

extensão do país, tem uma população

estimada em pouco mais de 86 mil habi-

tantes, segundo o último senso do IBGE,

de 2012, sendo a quarta maior população

de sua região.

A história de Manacapuru está forte-

mente ligada à aldeia dos índios mura, que

se estabeleceram na margem esquerda do

rio Solimões por volta do século 18, fazen-

do com que surgisse a localidade.

Os muras eram vistos pelos portugue-

ses como belicosos e hostis e também se

tornaram conhecidos por participarem da

luta com os cabanos em meados do século

XIX, no movimento que ficou para história

como “Cabanagem”.

Manacapuru tem sua economia centra-

da na coleta de borracha e castanha, ex-

ploração de caça, pesca, pecuária extensiva

nos campos naturais e agricultura itineran-

te nas terras firmes, salientando-se nos úl-

timos anos a cultura da pimenta-do-reino e

da juta, sendo essa última, hoje, a base da

economia local.

A cultura manacapuruense é rica em

tradições e festas folclóricas. Por conta do

Festival de Cirandas, que nos últimos anos

tem atraído grande número de turistas, a

cidade ficou conhecida como “terra das

cirandas”. O evento ocorre anualmente no

“Cirandódromo” da cidade, localizado no

Parque do Ingá.

Em Manacapuru, o Sesc mantém duas

unidades: o Centro de Atividades Fausto

Ventura da Conceição e o Centro Educa-

cional Joaquim da Silva Reis, também cha-

mado de Sesc Restauração. No Centro de

Atividades são realizadas ações de esporte

e recreação, entre elas natação, hidrogi-

nástica, treinamento funcional, muscula-

ção, ginástica total, projeto social (aulas

gratuitas em modalidades esportivas) e ati-

vidades do grupo do Trabalho Social com

Idosos (TSI).

O Sesc Restauração funciona como

unidade do programa Sesc Ler e está

equipado com salas de aula, biblioteca, a

Galeria Café, que mensalmente apresenta

exposições, a loja Aldeia do Artesanato e o

auditório do CineSesc – que funciona dia-

riamente, de manhã e à tarde. n

Aqui

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Manacapuru: a “princesinha do Solimões”

Localizado no Amazonas, a cidade de Manacapuru, fundada em 16 de julho de 1932, fica a 84 quilômetros ao sul da capital Manaus. Conhecida como “princesinha do Solimões” – rio que banha suas margens – tem seu nome originário da língua tupi-guarani, em que “manacá” significa “flor” e “puru” quer dizer “enfeitado”, ou seja, para os indígenas, Manacapuru significa “flor enfeitada”.

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Requisito: experiência em se reinventarA

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Se a internet fosse uma pessoa e tivesse

ganhado uma festa de aniversário em

março, teria assoprado exatamente 25 ve-

linhas. Um quarto de século que fez uma

imensa diferença na maneira como nos

posicionamos no mundo.

Não é preciso ir tão longe. Voltemos

para 2008. Naquele ano, provavelmente,

você ficou de queixo caído quando viu

Steve Jobs revelando, pela primeira vez,

uma tela sensível ao toque no iPhone.

Ou achado muito confuso o layout do Fa-

cebook – bom mesmo era o Orkut, seus

scraps e comunidades.

Se não é economista, pode ter se as-

sustado ao ler o termo Brics em alguma

reportagem. E, com quase toda a certeza,

achou impossível a ideia de que, em al-

guns meses, a maior economia do mundo

reviveria o pesadelo da crise de 1929.

Não dá para negar. Em tão pouco

tempo, a maneira como vivemos e expe-

rimentamos as realidades do mundo mu-

dou drasticamente.

Inevitavelmente, o mercado de trabalho

– para o qual dedicamos mais de 1,8 mil

horas por ano – seguiu a mesma tendên-

cia e se revolucionou. Novas profissões fo-

ram criadas e outras repaginadas para en-

carar as demandas sociais e econômicas.

Os publicitários, por exemplo, não

podem pensar só em mídia impressa e

televisão, se o objetivo é fisgar o consu-

midor que, hoje, já reserva mais tempo

do dia para a internet do que para a TV,

segundo pesquisa do Ibope divulgada

em março.

Os executivos, por sua vez, estão mais

interessados no que o big data tem para

lhes revelar. E os cientistas de dados sur-

giram para colocar ordem no caos de

informações despejados todos os dias

na rede – e que podem ser úteis para os

negócios, diga-se de passagem.

Para quem mira na exploração do pe-

tróleo na camada do pré-sal, o portfólio

de carreiras promissoras é extenso: de

advogados especializados em licitações,

passando por geólogos, até especialistas

em perfuração.

Em comum, todas as novas frentes de

trabalho desembocam na mesma neces-

sidade: qualificação, o calcanhar de aqui-

les da economia brasileira. Mas não é só

isso. Mais do que nunca, as empresas

miram em mestres de habilidades com-

portamentais também.

Afinal, o próprio mundo corporativo

está mudando. O cenário econômico

incerto exige profissionais capazes de se

adaptar e de fazer mais com menos. A

internacionalização das empresas brasi-

leiras e o desembarque das estrangeiras

por aqui tornam fundamental o domínio

da língua inglesa. Ou seja, foi-se o tem-

po em que falar inglês era um diferencial

no currículo.

Por outro lado, a ideia de “manda

quem pode, obedece quem tem juízo” já

não vale mais. O que conta é o poder de

influência de cada um – e não precisa ser

chefe para exercer isso. Ganha pontos

quem combina as duas condições e faz o

que os especialistas chamam de influên-

cia sem autoridade.

A experiência recente da loja on-line

Zappos dá outra pista do que está por

vir no mundo corporativo. No fim de

2013, a empresa acabou com a hierar-

quia e com os cargos de chefia. Sem che-

fes, todos passaram a ser protagonistas

das decisões.

Ainda há poucas empresas com um

modelo de gestão semelhante. Mas es-

pecialistas afirmam que esta pode ser

uma tendência para as próximas gera-

ções – cada vez mais conectadas e au-

tonômas. Para acompanhá-las, o único

remédio é se reinventar. n

TALITA ABRANTES É JORNALISTA FORMADA PELA ESCO-

LA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DA UNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO (ECA/USP). É EDITORA DO CANAL DE CAR-

REIRA DE EXAME.COM (HTTP://EXAME.ABRIL.COM.BR/

CARREIRA/) E EX-ALUNA DO YALE PUBLISHING COURSE,

DA YALE UNIVERSITY.

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Entr

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ta

“É na experimentação que está o futuro do cinema como linguagem”

ENTREVISTA COM LÚCIA MURAT

Adepta do cinema como

uma forma de expressão

diferenciada e dinâmica, a

cineasta brasileira Lúcia

Murat fala à Revista Sesc

Brasil um pouco sobre a

sua experiência com a

Sétima Arte e o poder

transformador que ela tem

sobre as pessoas, tanto no

que se refere à formação

de uma linguagem de

compreensão universal

quanto na maneira de

experimentar, enxergar e

absorver as novidades

oferecidas pelas múltiplas

culturas da humanidade.

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ENTREVISTA COM LÚCIA MURAT

Qual a importância que o cinema tem na vida das pessoas, e qual o poder transformador que você atribui à Sétima Arte?Cada pessoa tem uma relação diferente

com o cinema. Para quem apenas assiste ao

chamado entertainment (entretenimento),

ele é só um passatempo. Para quem gosta

de CINEMA (assim mesmo, em letras maiús-

culas), ele é arte, companhia. Ele pode abrir

a cabeça e ampliar a sensibilidade.

Como você avalia a atuação do Sesc em relação ao cinema?Muito importante, pois o Sesc consegue

fazer a ponte entre um público que não

está habituado a ver cinema de arte e o

nosso cinema.

O que você poderia destacar no modo como o Sesc lida com a Sétima Arte? Destaco a preocupação em buscar o bom

cinema, não somente o brasileiro, mas

também o estrangeiro, que não tem espa-

ço no mercado mais comercial.

Quais foram suas principais contri-buições junto ao Sesc relativas ao cinema?Vários filmes meus foram apresentados no

Sesc, e eu tive oportunidade também de

participar de vários debates em diferentes

cidades do país, o que considero importan-

te, pois nos coloca em contato direto com

um público jovem e muito interessado.

Em relação ao que o grande público assiste, como você avalia o cinema de hoje?O grande problema dos blockbusters (su-

cessos de bilheteria) é que eles cada vez

mais se aproximam dos videogames. Nos

anos 1940, 1950, os filmes mais caros eram

candidatos ao Oscar. Hoje, os filmes mais

caros são candidatos apenas a campeões

de bilheteria.

Por que é tão difícil distribuir um filme nacional?O mercado é dominado pelas majors

(grandes estúdios/corporações e distribui-

doras). Mas não é só isso; o gosto do públi-

co, por falta de formação, está voltado para

aquilo que não faz pensar. Cinema é como

literatura, você tem de aprender as diferen-

tes linguagens para poder apreciar. Acho

que é uma questão de formação cultural.

Vale a pena fazer um filme no Brasil? Por quê?Sim. Acho que eu sou uma pessoa privile-

giada. Em todos os meus filmes, tenho

um retorno muito bonito do público,

mesmo anos depois de lançados. Isso faz

valer a pena.

Como foi despertada a sua vontade de se tornar uma cineasta? Ela se confundiu um pouco com a minha

necessidade de examinar o que tinha

acontecido com a minha geração. Fazendo

cinema para descobrir algo, descobri a ma-

gia do próprio cinema.

Quais foram e quais são suas influências no cinema?Eu fui formada nos anos 1960. Impossí-

vel escapar do Cinema Novo, da Nouvele

Vague e das retrospectivas da época do

neorrealismo.

Como o cinema de arte e para fins educacionais poderia conquistar uma audiência maior?Acho que com mais atividades como as

do Sesc e com um apoio do governo na

área educacional.

Qual é a sua definição para cinema ideal e público ideal? Ou seja, qual é a forma que você acha que público e cinema podem ter para uma interação perfeita, aliando entretenimento e arte? Primeiro, acho que o cinema ideal é aquele

que é diversificado. O cinema que apre-

senta diferentes linguagens a um público

capaz de apreciar diferentes linguagens.

Acho também que alguns filmes, por traze-

rem mais experimentação, tendem a ter

menos público. Mas nem por isso deixam

de ser importantes. Pelo contrário: é na

experimentação que está também o futuro

do cinema como linguagem. n

LÚCIA MURAT É DIRETORA DE CINEMA. SEU PRIMEIRO LONGA-METRAGEM, QUE BOM TE VER VIVA (1988), ESTREOU INTERNACIO-NALMENTE NO FESTIVAL DE TORONTO E REVELOU UMA CINEASTA DEDICADA A TEMAS POLÍTICOS E FEMININOS. O LONGA FOI ES-COLHIDO MELHOR FILME DO JÚRI OFICIAL, DO JÚRI POPULAR E DA CRÍTICA NO FESTIVAL DE BRASÍLIA DE 1989.O FILME DOCES PODERES (1996) ESTREOU EM 1997 NO FESTIVAL DE SUNDANCE E TAMBÉM FOI EXIBIDO NO FESTIVAL DE BERLIM. EM 2000 LANÇOU BRAVA GENTE BRASILEIRA, SOBRE A RELAÇÃO ENTRE COLONIZADORES E ÍNDIOS NO INTERIOR DO BRASIL. EM 2003 FILMOU QUASE DOIS IRMÃOS – DRAMA POLÍTICO SOBRE O CONFLITO ENTRE A CLASSE MÉDIA E A FAVELA – QUE LHE REN-DEU PRÊMIOS COMO OS DE MELHOR DIREÇÃO E MELHOR FILME LATINO-AMERICANO PELA FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE LA PRESSE CINÉMATOGRAPHIQUE (FIPRESCI), A FEDERAÇÃO INTER-NACIONAL DE CRÍTICOS DE CINEMA, NO FESTIVAL DO RIO 2004, MELHOR FILME NO PRIMEIRO AMAZONAS FILM FESTIVAL E ME-LHOR FILME NO FESTIVAL DE MAR DEL PLATA 2005. NO FESTIVAL DO RIO DE 2005, ESTREOU O DOCUMENTÁRIO O OLHAR ESTRANGEIRO E, NA EDIÇÃO DE 2007, MARÉ, NOSSA HIS-TÓRIA DE AMOR, UMA COPRODUÇÃO BRASIL-FRANÇA QUE EM 2008 FOI SELECIONADA PARA A MOSTRA PANORAMA DO FESTIVAL DE BERLIM. EM 2010, FILMOU O DOCUMENTÁRIO/ENSAIO UMA LONGA VIA-GEM, O GRANDE VENCEDOR DO FESTIVAL DE GRAMADO. EM 2013 LANÇOU O FILME A MEMÓRIA QUE ME CONTAM, QUE GANHOU O PRÊMIO DA CRÍTICA INTERNACIONAL NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE MOSCOU.

“O gosto do público, por falta de formação, está voltado para aquilo que não faz pensar.”

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Receitas de dar água na boca

Semana em pauta

Prod

ução

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Quem não quer de comer uma comida

gostosa sem pagar muito? Foi pensando

nisso que a Coordenação de Nutrição da

Gerência de Saúde do Sesc no Rio de Ja-

neiro desenvolveu um livreto de receitas em

que apresenta diversos pratos saudáveis e

econômicos. A publicação, denominada Ali-

mentação Integral – Saúde Geral, foi lançada

em dezembro e distribuída nas oficinas de

ceia de Natal oferecidas pelo Departamento

Regional. O livro traz 21 diferentes receitas,

que vão desde saladas e outros pratos sal-

gados a doces como deliciosos panetones,

bolos e cheesecake.

O destaque das receitas é o uso de ali-

mentos funcionais, isto é, que além de suas

funções nutricionais básicas resultam tam-

bém em importantes ganhos metabólicos,

beneficiando assim a saúde. Outro ponto

abordado nas receitas é o aproveitamento

integral dos alimentos, visando combater

o desperdício de elementos que habitual-

mente são descartados, mas poderiam ser

muito bem aproveitados. Embora a maioria

das receitas tenha um enfoque natalino,

elas podem facilmente ser adaptadas para

o cotidiano, incrementando, assim, a ali-

mentação diária.

A publicação também foi disponibilizada

em uma versão online, com download gra-

tuito. Com o sucesso da publicação, o Sesc já

planeja uma nova edição para o meio do ano,

abordando receitas típicas das festas juninas. n

O Sesc no Tocantins encontrou a solução para

informar de forma rápida e funcional seus colabo-

radores das novidades da semana. O Informativo

Semanal existe desde 2012 e é enviado por email

a uma lista de cerca de 10 mil contatos. Segundo

a assessora de imprensa da entidade no estado,

Ana Caroline da Silva Ribeiro, a ideia surgiu da ne-

cessidade de divulgar os eventos que podiam ficar

esquecidos durante a semana. “Muita gente ficava

presa às matérias que mandávamos e acabavam

esquecendo as datas dos eventos” conta.

Toda semana são selecionadas no mínimo

quatro atividades diferentes para serem publi-

cadas com eventos de todas as áreas: Cultura,

Assistência, Educação, Saúde e Lazer. A notícia é

produzida em “pílulas” de informações básicas

como nome do evento, data, local, público e se

a entrada é gratuita ou não, e nas imagens são

colocados links que remetem ao site do Sesc,

relacionando o informativo às matérias maiores.

“Ainda não fizemos uma pesquisa para o In-

formativo, mas quando ele atrasa para sair, sem-

pre aparecem emails e ligações perguntando”,

comenta Ana. A diagramação, identidade visual e

design do Informativo são da publicitária Janaina

Freire (colaboradora do Sesc), e os textos são de

Ana Caroline e da estagiária Jaqueline Moraes. n

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Dest

aque

Festa da música brasileira

O Festival Sesc de Música Cidade Canção foi idealizado pelo diretório do Sesc para-naense com o propósito de ser um grande difusor de trabalhos e um verdadeiro pal-co para a revelação de novos talentos dos mais diversos gêneros da música brasilei-ra. No princípio, o evento tinha um caráter competitivo, com direito a prêmios em dinheiro para os primeiros colocados, mas a partir de 1993 passou a ser de fato uma mostra de música, sem perdedores ou

vencedores, tornando-se um evento ainda mais democrático e acessível. Além dos novos talentos que buscavam um lugar ao sol, grandes nomes da música como Toquinho, Belchior, Geraldo Azevedo, Gil-berto Gil, Eduardo Dusek e Alceu Valença.

Nesses 35 anos, o Femucic acumula números marcantes: o festival, que já foi tema de 18 CDs, cinco DVDs e um livro, teve, ao longo de todas as suas edições, mais de 10 mil músicas inscritas. Em 2014,

as inscrições começaram em 21 de janei-ro e terminaram em 20 de março. Cada músico podia inscrever três diferentes canções, originais e que ainda não te-nham participado do festival, dos mais diversos gêneros, sejam elas instrumen-tais, eruditas ou populares. Dentre elas, a Comissão Organizadora selecionará 52 músicas, que serão apresentadas nos pal-

cos do Teatro Calil Haddad entre os dias 21

e 24 de maio. n

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Desde 2008, o Femucic acontece também

nas escolas da região maringaense. As ações

ocorrem no período que antecede o festival,

quando músicos que participarão do evento se

apresentam para os alunos e levam a eles ex-

periências didáticas por meio da musicalidade.

O projeto foi idealizado com o objetivo de for-

mar novos ouvintes, proporcionando aos mais

jovens a descoberta do prazer gerado pela

música, além da oportunidade de conhecer

diferentes vertentes da cultura brasileira entre

artistas das mais diversas regiões.

Os espectadores que compareceram ao Auditório do Sesc Maringá em setembro de

1977 não poderiam imaginar que estavam presenciando a primeira edição daquele

que iria se tornar um dos maiores festivais de música do Brasil. O até então Femusesc,

que já na edição do ano seguinte passou a ser chamado Femucic, nome que segue até

hoje, teve início com a participação de músicos de seis cidades paranaenses e pouco

mais de 60 canções inscritas. Passados quase 40 anos, o evento conta com a inscrição

de mais de mil músicas por festival, das mais diversas regiões do país.

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Dos bastidores para o palco

Sustentabilidade nadecoração da casa

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No final da década de 80, o piauiense Osias Cardoso de

Matos iniciava a sua trajetória no Sesc. O eletricista chegou

a Rondônia buscando oportunidades de emprego, e viu

nos cursos oferecidos pelo Sesc a oportunidade ideal para

ampliar seus conhecimentos e, de quebra, aumentar a ren-

da familiar. Na época, o Sindicato dos Artistas e Técnicos

em Espetáculos de Diversão do Estado de Rondônia (Sa-

ted) estava oferecendo um curso de Eletricista, Montador e

Operador de Luz, e foi aí que Osias entrou no mundo dos

espetáculos – para não sair mais.

A identificação do eletricista com os palcos foi tanta que a

sua participação ultrapassou os bastidores: Osias se aventurou

a atuar e mostrar o seu talento. E o sucesso foi tão grande que,

em 2012, ele foi homenageado na abertura do Festival Palco

Giratório, o maior Festival de Teatro de Rondônia. E mesmo

com toda a pompa e circunstância da premiação, o humilde

piauiense fez questão de demonstrar sua gratidão ao Sesc por

todas as conquistas alcançadas: “O Sesc é uma instituição mui-

to importante para mim, mais do que uma instituição, é uma

família. Quando eu vou para o trabalho, eu tenho prazer, e,

por isso mesmo, busco

sempre fazer o meu

melhor”, afirmou

Osias, o melhor

eletricista ator de

Rondônia. n

A criatividade entrou em cena para recuperar carretéis de madeira

de fios elétricos ou telefônicos. Com bom gosto, o produto pode ser

reciclado, para decorar a casa de uma forma diferente – e ser transfor-

mado em mesas, cadeiras ou porta-livros, dependendo da imaginação

do criador. Essa foi a ideia do servidor Edson Rocha, analista da área de

Recreação do Sesc em Alagoas, que usou a matéria-prima para criar

uma mesa de apoio estilizada para sua casa.

“Eu vi um similar na casa de um amigo e fiquei com vontade de ter

um na minha casa. Eu me aventurei no negócio, inspirado inclusive na

imponência da Ponte das Águas Espraiadas, em São Paulo. Considero

essa ponte, mesmo com seu concreto e seus cabos de aço, uma obra

de arte”, afirma Edson, que, sozinho, fez o objeto decorativo.

O servidor batizou a peça de Reciclarretel. Segundo ele, o intuito foi

chamar atenção para a importância de preservar o meio ambiente e

valorizar as manifestações culturais, uma vez que ela lembra o tambor

usado no maracatu. n

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Pirenópolis: belezas que não faltam

Belezas naturais e histórias para contar são atrativos que certamente não faltam à cidade de Pirenópolis, situada na região leste de Goiás. O município, que possui cerca de 25 mil habitantes, se destaca pela vasta e exuberante natureza local, ambiente propício para escaladas, rapel e trilhas, e também pela imponente arquitetura, composta por igrejas e casarões datados, em sua maioria, do século 18. O complexo hoteleiro oferecido pela Pousada Sesc Pirenópolis é uma ótima opção para aqueles que querem conhecer tudo que esse belo cantinho do Centro-Oeste brasileiro tem para oferecer.

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A funcionária do Sesc em São Paulo, Keli Cris-

tiane da Silva, teve a oportunidade de passar

cinco dias na charmosa cidade goiana e garan-

te: “os dias deixaram saudade”. Entre tantas

atrações, Keli elegeu como sua preferida as

dezenas de cachoeiras que existem por toda

a Pirenópolis, destacando-se a bela Cachoeira

do Abade, situada ao leste do centro urbano,

e a Cachoeira Dragão Verdadeiro, localizada na

região conhecida como Várzea do Lobo.

Os encantos de Pirenópolis não se resumem

às belezas naturais: a cidade foi tombada, em

1989, como conjunto arquitetônico, urbanísti-

co, paisagístico e histórico pelo Iphan (Instituto

do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Diversas construções, como as imponentes

igrejas e belos casarões, a grande maioria da-

tados do século 18, compõem uma bela pai-

sagem, que enriquece e enche de histórias o

ambiente urbano do município.

As boas lembranças deixadas por Pirenópo-

lis já fazem com que Keli planeje uma volta à

cidade, só que dessa vez com nova companhia.

“Amei tudo em Pirenópolis. Na última vez, fui

com uma amiga, só que na próxima quero

voltar com meu marido e nosso filho. A cidade

é encantadora e a pousada do Sesc é ótima.

Recebemos toda a atenção por parte dos fun-

cionários, o que não se vê em qualquer lugar”,

afirmou a secretaria da Gerência de Ação Cultu-

ral do Sesc em São Paulo.

A Pousada Sesc Pirenópolis recebe hóspedes

de todo o Brasil durante o ano inteiro, principal-

mente em feriados, quando eles buscam fugir

da agitação dos grandes centros urbanos. O

complexo hoteleiro oferece aos visitantes 45

confortáveis quartos, divididos em sete blocos,

além de atrações como o parque aquático adul-

to e infantil, salão de jogos, sauna a vapor, chur-

rasqueiras e ainda uma extensa área verde – ou

seja, diversão garantida para toda a família. n

O RESULTADO DO SORTEIO DESTA SEÇÃO PODE SER ACESSADO NA PÁGINA DO SESC NA INTERNET A PARTIR DO DIA 2 DE JUNHO: WWW.SESC.COM.BR/REVISTASESC.

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“A existência de um circuito de cinema de arte é uma coisa rara na América Latina. A possibilidade de redução desse circuito é prejudicial para o espectador, porque diminui a possibilidade de contato com filmes que só seriam possíveis de se conhecer em festivais e mostras estrangeiras.” A afirmação do crítico de cinema Jose Carlos Avellar é categórica e triste ao mesmo tempo. Fato é que, no Brasil, as salas do chamado “Cinema de Arte” cada vez mais perdem espaço para o circuito comercial.

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Sesc se consolida como divulgador nacional do “cinema de arte”

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Na contramão do que vem acontecendo no mercado cinematográfico nacional, o Sesc se mantém como fonte de divulgação do cinema de arte do país. Com espaços de exibição espalhados por todo o território nacional, a intenção, muito além do entrete-nimento, é usar a “sétima arte” como forma de educação.

A especialista em cinema do Departa-mento Nacional do Sesc, Nádia Moreno, acrescenta que a ideia é oferecer acesso à pluralidade, no que diz respeito às origens e aos significados dos filmes .

Segundo a especialista: “A cinematografia mundial é rica, de tal maneira que o público pode visualizar e testemunhar novas formas de narrativas e, nesse caso, quanto mais va-riedade, melhor será para o desenvolvimen-to artístico cultural dos espectadores.”

Nos espaços de exibição de filmes man-tidos pelo Sesc em todo país, são realiza-das sessões acompanhadas de cursos e

eventos para aproximar o público de quem faz ou entende de cinema. “A instituição investe em treinamento de especialistas para abordar questões relacionadas aos te-mas apresentados. Entre os filmes exibidos, destacam-se temas históricos, políticos, so-ciais e culturais. Sempre para diferentes fai-xas etárias. Assim, crianças, jovens e adul-tos interagem, aprendem com o cinema e ampliam o conhecimento sobre diversos assuntos em nossos cineclubes”, contou.

Mas, o que vem a ser exatamente “ci-nema de arte”? A dúvida é frequente e a discussão sobre o tema é longa. Nádia explica que a principal característica é o conteúdo dos filmes, que normalmente inclui temáticas de reflexão sobre as mais diversas culturas do mundo — com desta-que para produções nacionais, europeias, asiáticas e até do Oriente Médio. Ou seja, algo que nem um pouco se assemelha ao estilo Hollywood.

Projetos ligados à sétima arte

Os Departamentos Regionais do Sesc têm autonomia para montar seus projetos, po-dendo licenciar filmes para exibição. Essa autonomia garante que cada região busque características que despertem uma maior identificação e interesse do seu público alvo. O DR em Santa Catarina, por exem-plo, este ano publicou um edital para exi-bição de filmes.

Ao todo, 35 filmes foram inscritos, sen-do aprovados dois curtas-metragens: Que queijo você quer? e Cerveja falada, além do longa-metragem A infância de Monique, dos irmãos Porto, de Joinville.

Outra iniciativa voltada para os amantes de cinema é o Festival Sesc Melhores Filmes, que acontece em São Paulo. Criado em 1974, o evento chegou à sua 40ª edição e, como é tradição, permite ao público escolher os longas-metragens que serão exibidos durante o ano corrente. Os mais votados são apresen-tados em abril, na tela do CineSesc São Paulo, a preços populares.

O Sesc também realiza mostra de curtas, como o Curta Alagoas, que exibiu na unidade Sesc Poço (AL) cinco filmes contemplados com o Prêmio Guilherme Rogato: Futebol na Terra da Rasteira, de Thalles Gomes; Jorge Cooper, de Victor Guerra; O Vulto, de Wlady-mir Lima; Ontem à noite, de Henrique Olivei-ra e; Rua das Árvores, de Alice Jardim.

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CENAS DOS FILMES SAMURAI: O GUERREIRO

DOMINANTE (ACIMA) E MORTE NO TEMPLO

ICHIJOJI (AO LADO)

CineSesc está presente em 26 estados

A atuação do Sesc junto ao segmento cultural do cinema foi ampliada a partir da década de 1980, quando lançou o projeto chamado Filmoteca, em 17 estados. Hoje, o projeto é conhecido como CineSesc e está presente em 26 estados. Independente do nome, o objetivo continua sendo o mesmo: formar públicos para projeção de curtas e longas--metragens artísticos e alternativos. E, mais do que isso, proporcionar o desenvolvimen-to cultural dos espectadores usando as dis-cussões sobre os temas propostos na telona.

Os filmes exibidos são sempre muito bem selecionados. Com isso, além de ser um refúgio para cinéfilos que sofrem com a falta de opções de salas alternativas, o Sesc atrai um público que nem sempre pode ter acesso gratuito, ou de baixo custo, ao que há de mais variado no cinema mundial.

Em diversas unidades, o CineSesc também promove palestras com críticos e cineastas após as sessões de cinema e mostras das mais variadas origens, possibilitando o testemunho e o aprendizado de culturas diferentes e mui-tas vezes desconhecidas, que se apresentam

não só com uma nova linguagem textual, mas também visual.

De acordo com dados da Gerência de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, , em 2013, o CineSesc teve um público de 603.573 espec-tadores em 12.035 sessões de cinema, o que dá uma média acima de 50 pessoas presentes por exibição.

Um dos melhores exemplos dessa iniciati-va é o Imagens em Pauta, que completa oito anos em 2014. Realizado pelo Sesc em Mato

Grosso, o projeto é feito em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e conta com a participação do curador Diego Baraldi, professor de Comunicação Social – Rádio e TV.

Desde 2007, o projeto estuda obras ex-pressivas para a construção do cinema épico e contemporâneo. Os debates acontecem nas noites de terças-feiras entre os meses de mar-ço e novembro, com entrada gratuita.

O Ciclo que abriu as atividades do projeto em 2014 estudou as obras do cineasta japonês Hiroshi Inagaki. Entre os títulos analisados es-tiveram a Triologia Samurai, que apresentou a mais famosa adaptação para o cinema do livro Musashi, de Eiji Yoshikawa, que narra as aventuras do lendário samurai Miyamoto Musashi. Os filmes exibidos foram: Samurai: O Guerreiro Dominante (Miyamoto Musashi, 1954), Morte no Templo Ichijoji (Zoku Miya-moto Musashi: Ichijôji no kettô/1955) e Due-lo na Ilha Ganryujima (Miyamoto Musashi kanketsuhen: kettô Ganryûjima/1956).

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Curiosidade O primeiro movimento de cinema de arte

ocorreu na Alemanha, com o “expressionismo

alemão”, que tem como seus maiores e mais

famosos representantes os filmes Nosferatu

(1922) e Metropolis (1927). Sendo assim, o

cinema alemão é um dos mais importantes

símbolos europeus do cinema de arte.

ACIMA A DIRETORA YASEMIN SAMDERELI E

AO LADO CENAS DO FILME ADEUS, LÊNIN

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Mostra Encontro com o Cinema Alemão

Como desdobramento do ano da Alema-nha no Brasil, o Sesc está realizando, em 2014, a mostra Encontro com o Cinema Alemão. A iniciativa tem a parceria do Goethe Institut e conta com as dez obras cinematográficas mais influentes dos úl-timos 15 anos na Alemanha, com filmes produzidos no final do século 20 e início do século 21.

A mostra passou em fevereiro por 21 cidades de Santa Catarina. De lá, partiu para as unidades do Sesc de Belo Horizonte/MG; Porto Alegre/RS; Belém/PA e Fortaleza/CE. Em todas as sessões a abertura fica por con-ta da exibição do filme Bem-vindo à Alemanha (Almanya — Willkommen in Deutschland / 2010 / 95 min /12 anos), da diretora Yasemin Samdereli, cineasta convidada para participar de palestras nessas cidades com o tema: A narração no cinema pelas lentes do cineasta, com tradução simultânea para o português.

Os outros filmes da mostra representam um cinema que aborda questões contem-porâneas da sociedade ocidental e com dois temas de grande impacto na história da Alemanha: a Segunda Guerra Mundial e a vida na Alemanha Oriental com a unifi-cação do país.

Ao todo, a mostra é composta por dez filmes, com destaque para Adeus, Lenin! (2003), de Wolfgang Becker, uma valiosa contribuição para o cinema quan-do se trata da queda do muro de Berlim, ocorrida em 9 de novembro de 1989. O longa foi aclamado pela crítica e ganhou o prêmio de melhor filme de 2003 da Academia Europeia de Cine-matografia, considerado como o Oscar daquele continente.

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Capa A origem do cinema

de arte

O cinema – que em dezembro deste ano completa 119 anos de existência - não se resume apenas a uma forma de en-tretenimento. É também um modo pelo qual é possível expressar arte com uma linguagem universal e educativa que pode transformar a percepção das pesso-as quanto as mais diversas culturas e os mais diferentes olhares da humanidade.

A criação do cinema pelos irmãos Lu-mière em dezembro de 1895, em Paris, não causou mudanças apenas na forma como a sociedade passou a enxergar a si mesma e as mais diversas culturas, mas como ela passou a representar a realidade através do que seria conhecido como a “sétima arte”. Portanto, a relação entre cinema e educação, seja no con-texto escolar ou informal, já ocorre desde a sua origem.

ABAIXO OS IRMÃOS

LUMIÉRE E AO LADO

FOLHETO DA PRIMEIRA

EXIBIÇÃO PÚBLICA DO

CINEMATÓGRAFO, EM 28

DE DEZEMBRO DE 1895

Nas primeiras produções cinematográ-

ficas, produtores e diretores de cinema

consideravam os filmes como uma pode-

rosa ferramenta para instrução, educação

e reflexão humanas. Exemplo disso é que,

em 1904 — menos de dez anos depois

de sua criação — o cinema, por iniciativa

dos irmãos Lafitte, passou a levar às clas-

ses intelectuais as adaptações de grandes

romances da literatura francesa e mun-

dial, nascendo assim o cinema de arte,

que tem em sua essência o objetivo de

informar, ampliar e transformar o conhe-

cimento da sociedade.

Partindo desse ponto de vista é pos-

sível afirmar que foi assim que ocorreu

a origem do cinema — que nasceu como

forma de simples entretenimento — até

sua evolução, como uma das mais impor-

tantes e completas linguagens artísticas

criadas pelo ser humano. n

A relação entre cinema e educação, seja no contexto escolar ou informal, já ocorre desde a sua origem.

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OdontoSesc leva saúde bucal à zona rural do Acre

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No Acre, a equipe do Sesc não mede es-forços para garantir a saúde da popula-ção. Depois de passar por 13 municípios, agora é a vez de Plácido de Castro, dis-tante 90 km da capital Rio Branco, rece-ber o OdontoSesc.

O técnico do projeto no estado, Jorginey Rebouças, destacou que Plácido de Cas-tro faz fronteira com a Bolívia e tem po-pulação de pouco mais de 17 mil habitan-tes. No primeiro mês de funcionamento,

foram inscritos 305 pacientes, com 662 atendimentos e 115 tratamentos concluí-dos. “Esses números são muitos expressi-vos, já que, devido ao período chuvoso que assola a região amazônica nesta épo-ca do ano, há dificuldade de acesso dos pacientes, pois grande parte vem da zona rural do município”, disse Jorginey.

O Sesc no Acre foi contemplado com uma unidade móvel do OdontoSesc em 2001. Desde então, dentro de um concei-

to amplo de saúde e bem-estar social, o atendimento, que já é dirigido aos comer-ciários e seus dependentes nas unidades físicas, foi também estendido aos lugares de difícil acesso. n

Enganou-se quem achou que os mais ve-lhos não puderam aproveitar a folia do carnaval em 2014. O Sesc pôs na rua dois blocos, destinados especialmente para a terceira idade, que animaram o carnaval dos alagoanos. O tradicional bloco Já Fui Bom Nisso e Ainda Sou, que completou 10 anos de carnaval maceioense, e o Co-migo Ninguém Pode, que desfila pelas ruas de Arapiraca, são, ambos, iniciativas desenvolvidas pelo Trabalho Social com Idosos (TSI).

O TSI é uma iniciativa pioneira do Sesc, que há 50 anos visa oferecer aos idosos, me-lhores condições de vida por meio do com-partilhamento de experiências, saberes e ga-rantia de direitos. O projeto, que já foi

inclusive reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), é realizado no estado de Alagoas nas unidades Sesc em Poço e Ara-piraca, desde 1984 e conta com mais de mil idosos inscritos nas mais diversas atividades.

Além de toda a atenção e diversão para os idosos, os mais jovens também puderam se divertir no Bloco do Comércio, que foi uma das principais atrações do Jaraguá Folia 2014, tradi-cional circuito de blocos de rua alagoano. n

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Carnaval não tem idade

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O Sesc no Acre foi contemplado

com uma unidade móvel do

OdontoSesc em 2001.

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O Brasil está em contagem regressiva para assistir à Copa do Mundo, que acontece em junho, quando o “país do futebol” vai rece-ber os melhores jogadores do planeta. Po-rém, já no mês de maio, quando acontecerá a IV Taça de Futebol Society, organizada pelo Sesc do Amapá, o comerciário poderá sentir o gostinho do esporte mais popular dentro das quatro linhas. Para além da disputa, o evento tem por finali-dade estimular a prática esportiva e contribuir

para a melhoria da qualidade de vida dos tra-balhadores do comércio de bens, serviços e turismo, além de proporcionar maior conheci-mento das atividades que o Sesc disponibiliza.

O time campeão ganhará troféu, medalhas e prêmio-surpresa. O artilheiro e o goleiro menos vazado também serão agraciados. Si-multaneamente aos jogos, serão realizadas atividades desportivas, das 19h50m às 22h, destinadas à classe comerciária masculina e feminina. n

Conscientizar a população da importância de se cuidar para prevenir doenças e contri-buir para saúde das pessoas, é a preocupa-ção do Sesc no Amazonas que, desde 2010, realiza atividades sobre o tema. Dentre as ações, a ExpoSaúde é a mais difundida e é realizada todos os anos no mês de abril, para marcar o Dia Mundial da Saúde, que é comemorado no dia 7.

O Sesc em Manaus idealizou o evento que conta com a parceria de instituições públicas e privadas e mobiliza os funcionários da Se-ção de Educação em Saúde.

A ExpoSaúde permite que a população te-nha acesso gratuito a serviços de podologia, fisioterapia, vacinação, aferição de pressão arterial, testes de glicemia, teste respiratório,

orientações sobre qualidade de vida, alimen-tação saudável, saúde bucal e prevenção de DSTs e Aids.

Este ano, a previsão é que mais de 3 mil pessoas sejam atendidas. n

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Saúde é o que interessa

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IV Taça de Futebol Society movimenta o Amapá

Para além da disputa, o evento

tem por finalidade estimular

a prática esportiva e contribuir

para a melhoria da qualidade

de vida dos trabalhadores do

comércio de bens, serviços

e turismo.

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Para quem curte pedalar ao lado da fa-mília e dos amigos pelas principais ruas da cidade onde mora, sem o trânsito do dia a dia, uma boa oportunidade é parti-cipar do Ciclo Sesc, evento realizado to-dos os anos pelo Sesc no Ceará no dia 1º de maio, quando é comemorado o Dia do Trabalhador.

De acordo com o gerente de Lazer Cláudio

Almeida, a estimativa é que este ano partici-

pem cerca de 30 mil pessoas, em aproximada-

mente 25 cidades.

O percurso em cada município tem 20 qui-

lômetros, passando pelas principais ruas de ci-

dades como Fortaleza, Crato, Juazeiro do Nor-

te, Sobral e Iguatu. Na edição de 2013, mais de

27 mil pessoas participaram da programação.

O objetivo é estimular a prática da ativida-

de física e fazer com que o trabalhador possa

comemorar esse dia com a família. Além dis-

so, este ano, o passeio se une ao programa

Viver Mais a Cidade, que estimula a prática

sustentável. Para animar o passeio, os ciclistas

são acompanhados por dois trios elétricos

durante todo o percurso e recebem dicas re-

lacionadas à coleta de lixo, economia de água

e luz entre outros temas de sustentabilidade,

como aderir a um tipo de transporte que não

polui, como a bicicleta.

Em Fortaleza, os participantes recebem in-

formações sobre alguns pontos importantes da

capital, como o Liceu do Ceará, o Forte, o Mer-

cado São Sebastião, o Dragão do Mar e a Praça

Coração de Jesus.

Quixeramobim, Crateús, Ibiapina, São Gon-

çalo e Aracati, cidades em que há sedes do

Sesc Ler, e as cidades parceiras Meruoca, Cari-

ré, Acopiara, Icó, Orós, Groaíras, Brejo Santo,

Jardim, Solonópole, Campos Sales, Milagres,

Quixelô, Nova Olinda, Araripe, Altaneira, Anto-

nina do Norte, Jucás, Cariús, Barbalha, Assaré e

Itapajé também participam do passeio. n

Educação de qualidade com um acompanhamento pedagógico,

nutricional e odontológico gratuito para crianças da Educação In-

fantil e Ensino Fundamental I. Isso não é um sonho, mas sim uma

realidade para centenas de beneficiários do Sesc na Bahia, que

inaugurou, em fevereiro, sua sétima escola no estado, no bairro de

Nazaré, em Salvador.

A escola Dra. Zilda Arns Neumann, que leva o nome da médica

sanitarista e pediatra criadora da Pastoral da Criança – instituição pre-

sente em todos os estados brasileiros e em outros 21 países – atende

a 450 crianças entre 3 e 10 anos em quatro pavimentos. Ainda conta

com uma sala multiuso e de leitura, lanchonete, refeitório, área

de recreação coberta, pátio, uma sala de inclusão digital, uma sala de

habilidades de estudos, quadra de esportes, além da área administra-

tiva e pedagógica.

Para a assessora de Planejamento e Coordenação do Sesc na Bahia,

Maria José Gonzaga Torres, investir em educação é uma das melhores

formas que o Sesc tem de contribuir com a sociedade. “O Sesc enten-

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Passeio ciclístico no Dia do Trabalhador

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Educar para transformar

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de educação como a principal ferramenta de

transformação social e de cidadania.”

De acordo com a Assessoria de Planeja-

mento do Sesc na Bahia, no interior, a insti-

tuição está presente em Barreiras, Vitória da

Conquista, Feira de Santana, Jequié, Santo

Antônio de Jesus e Paulo Afonso. Todas as

unidades escolares são voltadas para a Edu-

cação Infantil e Fundamental I, sendo que no

Sesc Ler Paulo Afonso, funciona também a

Educação de Jovens e Adultos. n

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Nada melhor do que se sentir bem e saudável.

Esse é o lema do Sesc no Distrito Federal, que

oferece durante todo o ano atividades esporti-

vas em suas seis unidades na capital: Presidente

Dutra, Estação 504 Sul, 913 Sul, Taguatinga Nor-

te e Sul, Guará, Ceilândia e Gama. Elas contam

com ótima infraestrutura, vestiários, equipa-

mentos modernos e professores qualificados.

São cerca de 30 modalidades, que incluem

natação, hidroginástica, musculação, futebol e

pilates, entre outras, para atender todos os

gostos. Frequentador da academia do Sesc em

Guará há mais de um ano, o servidor público

Paulo Heberth Araújo, 48 anos, foi atraído pe-

las vantagens oferecidas em relação a outras

academias da cidade. “Fiz consulta de preços,

observei a estrutura e constatei que os equipa-

mentos eram novos, o público mais seleciona-

do e o ambiente acolhedor”, conta.

Além das estruturas de boa qualidade, as uni-

dades do Sesc atraem cada vez mais frequenta-

dores, por destacarem-se no tratamento diferen-

ciado, personalizando o atendimento. O Sesc no

Distrito Federal também promove eventos es-

portivos, como o Sesc Triathlon, a Copa Brasília

de Futsal, os Jogos de Integração de Crianças e

Adolescentes (JISESC) e o Aberto de Tênis. n

Comer bem é sinônimo de saúde. Pensando

nessa prática, o Sesc em Ceilândia e em Ta-

guatinga Norte oferece diariamente em suas

unidades refeições equilibradas para todos

os públicos. Os cardápios são os mais varia-

dos, têm preços acessíveis e contam com o

apoio nutricional de profissionais para esti-

mular bons hábitos alimentares.

O sistema adotado é o de self-service, no

qual a clientela tem a possibilidade de esco-

lher e montar o seu prato com a quantidade

desejada. A nutricionista da unidade de Ta-

guatinga Norte, Maria do Socorro Santos,

afirma que a proposta do restaurante é dar

mais conforto e liberdade aos usuários.

“Com o sistema de self-service, é possível

consumir o que desejar, dando mais autono-

mia durante a alimentação. Percebemos pra-

tos mais coloridos e nutritivos”, conta.

Os restaurantes existem desde 2012 e ser-

vem cerca de 570 refeições diariamente. O es-

tabelecimento de Taguatinga também abre

nos fins de semana e pelo menos em uma

sexta-feira por mês fazem o evento “Sexta Mu-

sical”, no qual é oferecida feijoada ao som de

música ao vivo. A unidade de Ceilândia ainda

produz merenda escolar para os estudantes da

EduSesc e dos projetos sociais da instituição. n

D I S T R I T O F E D E R A L

Comida de qualidade

Corpo são, mente sã

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Os restaurantes existem desde

2012 e servem cerca de 570

refeições diariamente

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Imagine fazer parte de uma equipe de cinema que fará um documentário

curta-metragem que tem como tema as soluções encontradas pela comu-

nidade e escolas para problemas ambientais locais. Essa é a novidade do

projeto Sesc Arte Educação Ambiental, que já atendeu mais de 100 mil

pessoas em seus sete anos de existência.

A iniciativa desenvolvida na unidade de Anápolis incentiva as crianças

a levarem inovações à escola e comunidade através de atividades de

arte, educação e meio ambiente, utilizando materiais reaproveitáveis.

Até maio, oficinas de cinema, música, teatro, artesanato são difundi-

das para 800 crianças entre 6 e 12 anos sob o olhar da sustentabilidade.

O projeto ocorre em quatro escolas municipais em bairros da peri-

feria de Anápolis. São elas: E.M.Maria Aparecida Grepin (bairro São

Joaquim), E.M.Adahyl Lourenço Dias (Santos Dumont), E.M.Maria

Elizabeth C. Lisboa (Filostro Machado) e, E.M.Nadyr de Souza Andra-

de (Jardim Alvorada).

Segundo o assessor técnico e produtor cultural do Sesc em Anápolis,

Luiz Sérgio Fragelli, “ além de serem desenvolvidas as oficinas nas escolas,

ao final será realizada uma apresentação dos trabalhos realizados pelas

crianças para todas as turmas da escola onde estudam”.

O programa inclui peças teatrais, apresentações musicais de bloco

de percussão e exposições artesanais, tudo com utilização de mate-

riais reutilizáveis. n

Além de convidar grandes nomes da literatura, que

é marca registrada do Café Literário Sesc, em 2014

o projeto tem novidades: passa a realizar oficinas,

com até 9 horas de duração. O objetivo é ampliar

a troca de ideias e a possibilidade de os participan-

tes interagirem na área de atuação de cada convi-

dado. O projeto é realizado toda segunda terça-

-feira do mês, incentivando a formação de leitores,

bem como a produção local de literatura e inter-

câmbio com os escritores de fora. Este ano, a ex-

pectativa de público é de cerca de 3,5 mil pessoas.

O escritor Marcelo Backes (foto) foi o convi-

dado de março e trouxe uma dose de roman-

ce. Com o tema Literatura e Confissão, o

debate teve como referência o livro O

Último Minuto, escrito pelo palestrante.

A narrativa se passa na reclusão da ca-

deia, onde João, o protagonista, está

preso por um crime que será revela-

do ao final do livro. Os anos de cárce-

re fazem João refletir e entender os

motivos de estar nessa situação. n

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Arte e educação em prol do meio ambiente

E S P Í R I T O S A N T O

Leitores e escritores se encontram no Espírito Santo

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O Sesc Comunidade foi palco do carnaval

no município de Raposa. As atividades do

Sesc Folia contagiaram e movimentaram o

espaço. A Banda de Fanfarra despertou a

curiosidade dos moradores pelo colorido

desfile, com personagens carnavalescos,

performances e músicas.

De acordo com a aposentada Vitória Bar-

bosa, há muito tempo a cidade não tinha

uma programação comemorativa. “Nota dez

para o Sesc”, elogiou.

O Sesc Comunidade de Raposa foi inau-

gurado em julho de 2013, e entre suas ativi-

dades estão turmas esportivas voltadas para

crianças e adolescentes com idade entre 6 e

15 anos. As modalidades oferecidas vão des-

de futsal, basquete, voleibol e handebol até

educação psicomotora. Além disso, são reali-

zadas ações que promovem a saúde, como

orientação bucal e saúde da família, teste de

glicemia, aferição de pressão, imunizações,

vacinas, testes rápidos de HIV e tuberculose.

Na área cultural, a instituição incentiva a

formação de público no estado por meio da

difusão de variadas manifestações culturais,

que incluem cinema, artes plásticas, musi-

cais, dança e contação de histórias. n

Garrafas PET, vários tipos de papel, plásti-cos, metais, isopor e madeira, além de te-cidos que aparentemente não têm mais utilidade. Tudo isso, que normalmente iria parar no lixo, serve para estimular a criati-vidade e habilidades manuais de crianças que aprendem a montar brinquedos com materiais reaproveitáveis.

Essa é a iniciativa anual do Sesc Porto, que através do projeto Oficinando disponibiliza, desde 2010, toda a matéria-prima para estu-dantes da rede pública municipal de ensino de Cuiabá.

Com a ideia de demonstrar a importância da reciclagem, o Sesc em Mato Grosso atende um grupo de 60 crianças, com idade entre 6 e 12 anos, nos meses de janeiro, março, maio,

agosto, setembro, outubro e novembro, tota-lizando, em média, 420 “pequenos construto-res” de brinquedos a cada ano.

Cada brinquedo produzido é levado para casa pela própria criança que o fabricou, ser-vindo como elemento multiplicador, o que ressalta a importância da reutiliza-ção de materiais entre seus familiares.

“De fato, o que queremos é que o Oficinando seja um meio pelo qual as crianças e seus familiares, de for-ma didática, divertida e criativa, possam ter uma noção do que o reaproveitamento de materiais pode trazer de positivo para a sociedade”, afirma Ceres Salomoni, coordenadora do projeto. n

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Alegria na comunidade maranhense

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Brincadeira sustentável

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Qual criança nunca ouviu os pais ou avós fala-

rem: “No meu tempo, as brincadeiras eram

muito melhores”? No Sesc em Dourados, re-

gião sudoeste do Mato Grosso do Sul, as antigas

brincadeiras, que tanto divertiram os que hoje

não têm mais idade ou tempo para brincar, não

saíram de moda. O projeto Baú de Brincadeiras

leva até as crianças, com idades de 4 a 12 anos,

novas experiências por meio da diversão, pro-

piciando a oportunidade de vivenciarem anti-

gos passatempos, que marcaram época.

O objetivo do projeto é mostrar para a crian-

çada que existe diversão fora dos smartphones,

computadores, tablets ou outras novas tecnolo-

gias que são introduzidas cada vez mais cedo

na vida dos pequenos. Estão entre as atividades

que serão realizadas, sempre sob a supervisão

dos monitores do Sesc, rodas cantadas, confec-

ção de origamis, oficinas de fantoches, ginca-

nas, além das tradicionais brincadeiras de rua,

como pega-pega, esconde-esconde e caça ao

tesouro. Os passatempos acabam por incenti-

var a socialização e o trabalho em grupo entre

os participantes, o que é considerado pelos

idealizadores do projeto como um dos princi-

pais ganhos da iniciativa.

As atividades do Baú de Brincadeiras, que

são completamente gratuitas, incluem ainda a

confecção de brinquedos a partir de materiais

reciclados e aprendizados sobre a história de

como surgiram os brinquedos. Resumindo, di-

versão é o que não falta. n

A equipe da unidade móvel do OdontoSesc considera positivo

o balanço dos seis meses em que atuou na cidade de Corumbá,

onde realizou mais de 4,8 mil atendimentos entre agosto de

2013 e janeiro deste ano.

A demanda no município foi bem maior do que nas cidades

já atendidas pelo OdontoSesc no estado, fato que chamou

a atenção. Cerca de 1.500 pessoas foram cadastradas em ape-

nas um dia. A unidade, que ficaria na cidade até o final de

dezembro do ano passado, permaneceu atendendo por mais

três meses.

Segundo Flávio Queiroz, assessor técnico na área de Saúde, a

unidade móvel estende suas ações em saúde para regiões onde

não existem unidades físicas. “Esta é a importância da unidade mó-

vel. Ações assim contribuem com a promoção da saúde, a qualida-

de de vida da população, abrangendo em nossa região o trabalho

do Sesc”, afirmou.

M A T O G R O S S O D O S U L

Saúde bucal para todos

Diversão à moda antiga

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Queiroz acrescentou que é muito importante a ideia de educar

para que as pessoas compreendam quais são as causas determi-

nantes dos problemas de saúde bucal. Segundo ele, o cidadão

torna-se coparticipante na manutenção e pode agir de forma

autônoma na prevenção, minimizando sua dependência de tra-

tamentos curativos. n

O objetivo do projeto é mostrar

para a criançada que existe

diversão fora dos smartphones.

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CORRIDASSESCCIRCUITO

DEDO SEU JEITO, NO SEU RITMO

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Para quem gosta de dança, não há como resistir a um espetá- culo que une a leveza do balé à inovação da dança contemporâ-nea. Para isso, a Companhia Sesc de Dança leva para as cidades do interior de Minas Gerais performances que encantam todos os públicos.

“As apresentações têm como objetivo não só difundir cultura para a sociedade, mas também desenvolver atividades que possam acrescentar e ampliar os conhecimentos de quem se identifica com esse tipo de linguagem cultural”, explica Maria Medeiros, responsá-vel pela turnê. De acordo com ela, diversas cidades do interior re-ceberão o espetáculo, mas a agenda ainda não foi definida.

A companhia inclui ainda a realização de atividades formativas, com oficinas de balé e dança contemporânea, e cada apresenta-ção recebe, em média, um público de 700 espectadores. O reper-tório conta com três coreografias: Oblivion, de Cassi Abranches; São como palavras, de Henrique Rodovalho; e uma suíte do balé La Bayadère, de Marius Petipa. n

A corrida tem se tornado uma das práticas de esportes mais populares entre

os brasileiros nos últimos anos. Por isso, o Sesc em Minas Gerais realiza o

Circuito Sesc de Corridas, evento composto de provas de 5 e 10 quilômetros,

que vai passar em sete cidades do interior, além de Belo Horizonte.

Segundo o analista de Esporte e Lazer do Sesc em Minas Gerais Rafael

Fortunato, as provas têm como objetivo incentivar a prática da atividade

física, melhorando a saúde, a qualidade de vida, promovendo hábitos sau-

dáveis e propiciando momentos de integração por meio do esporte, uma

alternativa saudável de lazer.

“Em cada etapa realizada nas cidades do interior participam entre 600

e mil pessoas. Já em Belo Horizonte, a participação varia de 1.500 a 2 mil

corredores”, disse.

As inscrições são realizadas nas centrais de atendimento das unidades

do interior e pelo site www.circuitosesc.com.br para as provas de Belo

Horizonte. Na capital, a primeira prova acontecerá no dia 27 de julho.

Antes da capital mineira, o Circuito Sesc de Corrida acontece também nas

cidades de Juiz de Fora e Montes Claros.

Todos os participantes recebem kits exclusivos e contam, no dia das

provas, com estrutura completa de tendas, banheiros e postos de hi-

dratação. O circuito é aberto a atletas profissionais e amadores com

mais de 14 anos. n

M I N A S G E R A I S

Corrida pela saúde

Mistura de danças

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Muitos dizem que, para entender bem a cultura e os hábitos de um determinado lugar, você deve conhecer os alimentos po-pulares nessa região. Foi pensando nisso que o Sesc no Pará desenvolveu o projeto City Tour Belém: cores, cheiros e sabores. Nele, os comerciários e usuários das unida-des do estado têm a oportunidade de co-nhecer melhor as raízes e tradições paraen-ses, através das comidas típicas do estado.

A grande atração da iniciativa, que visa incentivar o turismo gastronômico da re-gião, é a oportunidade de conhecer me-lhor dois dos maiores pontos turísticos da Grande Belém: o Mercado Ver-o-Peso e a Estação das Docas. O Ver-o-Peso é consi-derado a maior feira ao ar livre da Améri-

ca Latina. Lá se encontram diversos gêne-ros alimentícios e ervas medicinais. A Estação das Docas é um completo com-plexo turístico, contando com espaços gastronômicos, culturais e de moda. A

culinária típica paraense é fortemente in-fluenciada pelas culturas indígena, portu-guesa e africana e tem como uma das principais caraterísticas o uso de ingre-dientes típicos da Amazônia. n

Passar um dia de aula fora da tradicional sala

da escola, e com muita diversão e cultura, só

pode agradar a criançada. Em Campina Gran-

de, o Sesc proporciona isso para cerca de 8 mil

alunos, que participam todo ano, no mês de

abril, da Mostra Curumim de Teatro Infantil,

uma homenagem ao Dia Mundial do Teatro.

A iniciativa oferece apresentações de espe-

táculos infantis, cinema, literatura e oficinas.

A atividade extraclasse recebe em média 500

crianças de escolas públicas por dia. Um dos

destaques deste ano é o espetáculo O Misté-

rio da Bomba H, de Minas Gerais. A progra-

mação conta com exibição de um filme de

curta-metragem e contação de histórias,

destinada às crianças de 2 a 5 anos. Os maio-

res de 5 anos, ainda podem participar ofici-

nas de mágica e de circo. As crianças visitam

também uma exposição de artes plásticas,

antes da apresentação do espetáculo teatral.

E se o aluno não consegue, por qualquer

motivo, deixar a sala de aula, a Mostra

Curumim vai até ele. Quando a escola não

tem condições de levar as crianças até o

Sesc em Campina Grande, os organizado-

res do evento realizam as atividades na

própria unidade escolar, com contação de

histórias e oficinas. n

P A R Á

Prato cheio para os paraenses

P A R A Í B A

Abril cultural no Sesc em Campina Grande

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A iniciativa oferece apresentações de espetáculos infantis, cinema, literatura e oficinas.

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A importância dos cuidados com o envelhecimen-

to foi o tema central da Campanha de Prevenção

à Doença Renal 2014, que ocorreu no Sesc no

Paraná, em parceria com a Fundação Pró-Renal.

De acordo com a analista de Educação

em Saúde, Giselda Maria Scheffer, em mé-

dia, 1.500 pessoas são atendidas por ano

durante a realização da campanha, que ofe-

rece à população palestras que tratam das

formas de prevenção contra doenças renais,

além de exames médicos que verificam co-

mo está a saúde dos rins.

“Neste ano foi a vez da unidade Sesc em

Água Verde sediar o evento. A cada ano, uma

das 28 unidades do Sesc no Paraná participa da

Campanha de Prevenção à Doença Renal. Além

de orientações médicas, também foram realiza-

das campanhas educativas voltadas para a pre-

venção, com o objetivo de mobilizar a socieda-

de para esse mal que atinge muitas pessoas”,

afirma Giselda Scheffer.

Cerca de 20 voluntários, entre profissionais da

saúde e universitários, prestaram serviços de

atendimento à população, entre os quais: exame

de nível de creatinina e ureia no sangue, que são

dosados para verificar o funcionamento dos rins

(os resultados ficam prontos na hora); orienta-

ção de saúde bucal; e serviços de podologia –

principalmente para quem sofre de diabetes. n

O Congresso do Idoso chega este ano em sua terceira edição e é a

oportunidade ideal para bater um bom papo e trocar experiências. O

encontro é realizado anualmente pelo Sesc no Paraná e conta com

cerca de 450 inscritos.

Refletir, planejar, prevenir, se divertir, ouvir e ser ouvido. O principal

objetivo do evento é proporcionar o diálogo sobre temas atuais do pro-

cesso de envelhecimento; estimular a troca de experiências por meio

de oficinas, além de proporcionar integração e confraternização.

Entre as atividades desenvolvidas estão: palestras sobre sexualidade

e envelhecimento saudável; oficinas de máscaras orientais, do riso e

de dança; atividades de saúde, esportivas e de lazer; reprodução de

filmes; baile recreativo e show musical. Além disso, o congresso tam-

bém realizará mesa redonda com temas como “Vivências sobre ativi-

dades realizadas após aposentadoria”.

São 21 unidades do Sesc no Paraná que atuam com o Trabalho

Social com Idosos, com atividades voltadas para a educação física

e a integração social. n

P A R A N Á

Envelhecer de forma saudável

Toda idade tem sua beleza

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Refletir, planejar, prevenir, se divertir, ouvir e ser ouvido. O principal objetivo do evento é proporcionar o diálogo sobre temas atuais do processo de envelhecimento

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A nova unidade do Sesc Ler em Goiana, município do litoral pernambucano que faz fronteira com a Paraíba, recebeu, em feve-reiro, os alunos de educação infantil e de ensino fundamental (do 1° ao 5° ano) para o seu primeiro ano letivo. O complexo foi inaugurado no final de 2013, em um terre-no de mais 50 mil metros quadrados doado pela prefeitura. Os alunos mais novos têm aula em um dos turnos, de manhã ou à tar-de. As aulas do ensino fundamental são em período integral, sendo o ensino regular durante a manhã e, à tarde, aulas comple-mentares, como inglês e robótica, além de atividades culturais e esportivas.

Essa nova unidade do Sesc em Per-nambuco possui vasta estrutura, con-

tando com 18 salas de aula, distribuídas em dois blocos, além de laboratório de informática, biblioteca, refeitório, ludo-teca e parque recreativo para os alunos, além de um centro cultural. Tem capa-cidade para receber cerca de 300 espec-tadores e estrutura para exibir os mais diferentes espetáculos artísticos, e ain-da espaço para exibição de filmes, pa-lestras e congressos. Outro ponto de destaque do Sesc Ler em Goiana é o complexo esportivo, que conta com um estádio de futebol com dimensões ofi-ciais, quadras de futebol society e de areia, ginásio de esportes coberto, pista de corrida, ciclovia, bicicross e parque aquático. n

Os mais de 150 mil habitantes da cidade

de Parnaíba, segunda maior do estado do

Piauí, tiveram, já no inicio de 2014, uma

ótima notícia: o Restaurante Popular da ci-

dade, construído pela prefeitura municipal

em 2007 com apoio do Ministério do De-

senvolvimento Social e Combate à Fome,

passou, a partir de fevereiro, a ser adminis-

trado pelo Sesc. Outra novidade foram as

reformas estruturais pelas quais o espaço

foi submetido, tudo sob orientação da Vigi-

lância Sanitária, possuindo agora uma cozi-

nha totalmente equipada com o que há de

mais moderno para o preparo de alimentos

em grande escala.

O restaurante é frequentado, em sua

maioria, por idosos, estudantes, comerciá-

rios e trabalhadores autônomos da região e

funciona entre 11h e 14h, de segunda a sex-

ta-feira. Sob a gestão do Sesc, serão servidas

ali mil refeições diárias, tudo isso graças à

equipe de 13 funcionários, que inclui dois

cozinheiros, dois auxiliares de cozinha e dois

nutricionistas, que supervisionam todo o

processo de escolha e preparo dos alimen-

tos. Além da qualidade dos alimentos, outro

atrativo é o preço acessível das refeições:

apenas R$ 1,50.

A mudança de gestão, que antes cabia a uma

empresa terceirizada, foi feita visando a qualida-

de oferecida pelo Sesc em seus serviços na área

de alimentação. E quem mais sai ganhando com

as mudanças são os parnaibanos. n

P E R N A M B U C O

Escola novinha em folha

P I A U Í

Comida gostosa para todos!

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A mudança de gestão foi feita visando a qualidade oferecida pelo Sesc em seus serviços na área de alimentação

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O Teatro Sesc de Niterói reabriu com força total. Depois de pouco mais de um mês fe-chado para reformas, o espaço modernizou seus 220 lugares, para trazer mais conforto para o público. Está tudo novinho em folha: o carpete e as poltronas foram trocadas, assim como toda a vestimenta cênica, o palco, a mesa de som e de luz.

Segundo Sérgio Parobé, gerente do Sesc em Niterói, além de toda essa novidade, a programação vai levar em conta a opinião do público. “Sempre buscamos espetáculos com viés educativo, mas que atendam os desejos do nosso público. O objetivo é proporcionar acesso a produções que tragam um enrique-cimento cultural e propiciem entretenimen-to”, conta. O técnico da área de Artes Cênicas

acompanha todos os espetáculos e costuma conversar com públicos espectadores sobre a programação. Além dessa estratégia, existe o SAC da unidade Niterói, que é um importante canal de comunicação, e um formulário de avaliação dos espetáculos que está sendo de-senvolvido para distribuição à plateia.

O Teatro Sesc Niterói foi inaugurado no final da década de 1960. Na época, tinha a formatação de auditório e poucos recursos técnicos. Sua programação era composta por espetáculos teatrais infantis, entregas de livros das escolas da cidade, audições e reci-tais de piano. Um dos destaques dos primei-ros anos de funcionamento foi um festival de cinema que contou com a presença de Costinha e Zé Trindade. Na sua formatação

como teatro italiano, contando com cama-rins e balcão, o palco do Sesc Niterói já rece-beu nomes importantes do teatro brasileiro, como a atriz Fernanda Montenegro, Antônio Abujamra, a cantora Fafá de Belém e o can-tor Zeca Baleiro.

Ainda para se firmar como o mais impor-tante aparelho cultural da cidade, o teatro passa a operar com horários fixos: os espetá-culos adultos estão em cartaz sempre às sex-tas-feiras, e os infantis aos sábados, às 16h. n

O poeta Carlos Drummond de Andrade dis-

se certa vez que “a leitura é uma fonte ines-

gotável de prazer, mas, por incrível que pa-

reça, a quase totalidade das pessoas não

sente essa sede”. E é justamente a fim de

despertar essa sede na população que o Sesc

no Rio de Janeiro possui duas bibliotecas iti-

nerantes, que rodam por seis municípios da

região metropolitana da capital carioca.

Duas vezes por mês, o BiblioSesc passa

pelas cidades de São Gonçalo, Nova Iguaçu,

Mesquita, Queimados, Japeri e Belford Ro-

xo, o que possibilita que os moradores pe-

guem algum exemplar de sua preferência

emprestado, gratuitamente, e devolvam 15

dias depois. E a dificuldade para se cadastrar

e pegar um dos livros da biblioteca itineran-

te não pode servir de desculpa: para fazer o

empréstimo, é necessário somente um do-

cumento de identidade e um comprovante

de residência.

O sucesso do BiblioSesc no Rio de Janeiro é

tanto – no segundo semestre de 2013

foram mais de 1.500 inscritos no

projeto – que já há a in-

tenção de expandir as

cidades participan-

tes, tudo isso a fim

de facilitar que a

“fonte inesgotável

de prazer” possa

saciar a sede de

muitos outros

cariocas. n

R I O D E J A N E I R O

Niterói reinaugura teatro

Cultura sobre rodas

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Diversão e muito espírito esportivo fizeram

parte da 5ª edição dos Jogos de Verão Sesc da

Terceira Idade promovido pelo Sesc Campes-

tre, em Porto Alegre. O evento reuniu delega-

ções de 38 cidades gaúchas, totalizando mais

de 1,3 mil participantes. Os jogos de verão

aconteceram em fevereiro.

Diferentemente dos tradicionais torneios

esportivos, os Jogos de Verão Sesc da Terceira

Idade se consolidam a cada ano pela promo-

ção da qualidade de vida por meio do esporte

e lazer, proporcionando momentos de integra-

ção entre os participantes.

Delegações de várias partes do Rio Grande

do Sul viajaram até a capital para participar de

disputas nas modalidades de natação, atletis-

mo, bocha, câmbio (vôlei adaptado) e canas-

tra, além de oficinas e atividades ao ar livre. A

distância de 284 quilômetros que separam

Porto Alegre da cidade de Carazinho, não foi

empecilho para que Oswaldo Kirino, de 91

anos, fosse aos Jogos de Verão pelo quarto

ano consecutivo. “Sempre fui adepto do bolão

e do futebol, mas nos últimos anos aderi à bo-

cha. Aqui, nos Jogos da Terceira Idade, o me-

lhor é a integração”, comentou Kirino.

Os participantes do evento compartilharam,

durante três dias, a importância da prática da

atividade física atrelada à socialização.

O Sesc Campestre, local onde foi realizada a 5ª

edição dos Jogos de Verão Sesc da Terceira Idade,

é uma das sedes de treinamento oficiais da Copa

do Mundo de 2014 no Rio Grande do Sul. n

Os trabalhadores do comércio nos municí-pios gaúchos de Lajeado, Ijuí e Erechim con-tam com novos espaços e atividades pro-movidas pelo Sesc no Rio Grande do Sul.

As unidades em Lajeado e Ijuí ampliaram as instalações das escolas de Educação Infan-til (Sesquinho), que passaram, cada uma, a atender 120 crianças entre 2 e 5 anos. São novas salas de aula, refeitório, playground, sala de soninho e TV. Além disso, foram re-formadas as academias e salas de ginástica, consultórios odontológicos e auditórios.

O Sesc Lajeado ganhou também uma sa-la de exposições, que teve como mostra inaugural “Experiências de São Miguel das Missões”, do artista plástico Carlos Vergara. Já o Sesc Ijuí instalou uma sala de dança em suas dependências.

O Sesc em Erechim também passou por reformas e aprimorou seu consultório odontológico, ginásio de esportes e acade-

mia de musculação. A unidade tem ainda como novidade o Espaço Saber e Lazer: um ambiente de integração com acesso gratuito à internet, local para leitura, jogos educativos e biblioteca. n

R I O G R A N D E D O S U L

Esporte aliado ao lazer e à integração

Investimento em bem-estar e educação

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R I O G R A N D E D O N O R T E

Homenagem mais que merecida

R O N D Ô N I A

Voz que canta e encanta

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O projeto Canta Mulher 2014, realizado pelo

Fórum Popular de Mulheres em parceria com o

Sesc em Rondônia, homenageou, em sua últi-

ma edição, a cantora Elis Regina. A intérprete,

também conhecida como Pimentinha, consa-

grou-se um dos grandes ícones da música po-

pular brasileira e é considerada por muitos, até

hoje, como a melhor voz feminina da história

da música popular no país. No espetáculo, fo-

ram apresentadas 15 músicas, entre elas clássi-

cos imortalizados na voz da cantora como “O

bêbado e a equilibrista”, “Como nossos pais”,

“Águas de março” e “Fascinação”, que deu no-

me ao festival.

O Canta Mulher chegou em 2014 à sua 22a

edição e, mais uma vez, lotou os mais de 250

lugares do Teatro 1 do Sesc Esplanada. Partici-

param do espetáculo musical as intérpretes

Wilca Leles, Laís Fernandes, Tamires Paiva e

Ceiça Farias, sendo que esta, além de produzir

o evento, teve uma participação especial ao in-

terpretar a canção “Atrás da porta”. A produtora

fez questão de ressaltar a importância de Elis,

ao justificar a escolha da homenageada da edi-

ção de 2014: “A gente já fez homenagens a al-

guns instrumentistas e cantores masculinos,

mas a uma intérprete feminina, foi a primeira

vez. A escolha pela Elis se deu por tudo que ela

representa para a música brasileira e pela gran-

diosidade da sua voz.”

O festival, que é inteiramente gratuito, é uma

grande oportunidade para intérpretes da região

mostrarem o seu talento e buscarem um lugar

ao sol no disputado mercado fonográfico. n

A 3a edição do projeto Parcerias Sinfônicas Sesc

foi marcada pela homenagem a um dos maio-

res ícones da música e literatura brasileira: Viní-

cius de Moraes. O Poetinha, apelido que o com-

positor recebeu do seu grande parceiro Tom

Jobim, foi homenageado pelo espetáculo cêni-

co-musical Vinícius: uma canção pelo ar..., no

qual atores e cantores dividiram o palco com a

grandiosa Orquestra Sinfônica da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte e interpretaram

diferentes momentos da vida de Vinícius, que

completaria, cem anos, em 2013, além de seus

grandes sucessos, como os clássicos “Eu sei que

vou te amar”, “Soneto de fidelidade” e “Tarde

em Itapuã”.

Tal iniciativa do Sesc no Rio Grande do Norte

teve ínicio em 2011 e, na primeira edição, o te-

ma foram os clássicos da MPB, que rendeu ao

espetáculo o Prêmio Hangar de Melhor Show.

Em 2012, o grande homenageado pelo projeto

foi o centenário Gonzagão, o famoso Rei do

Baião. Já na última edição, o espetáculo sobre a

vida do Poetinha passou pelas cidades de Cur-

rais Novos, Mossoró, Caicó e Natal até chegar a

Parnamirim, onde encerrou mais uma edição do

projeto Circuito Verão Sesc.

O Parcerias Sinfônicas acontece com o objeti-

vo de democratizar o acesso do povo potiguar à

cultura através de concertos e shows, sempre

gratuitos, de grande qualidade. Além disso, o

Sesc fornece bolsas mensais para os integrantes

da Orquestra Sinfônica da UFRN, para que pos-

sam se manter na carreira musical. n

O Poetinha foi homenageado

pelo espetáculo cênico-musical

Vinícius: uma canção pelo ar...

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Depois de um 2013 de ampliações e reconstru-

ções, 2014 promete ser um ano em que os co-

merciários e frequentadores do Sesc em Santa

Catarina colherão os frutos das novidades ofere-

cidas pela instituição. Três unidades do estado

passaram por grandes transformações no ano

que passou, dentre elas a nova escola inaugura-

da no Sesc Xanxerê, com um espaço de mais de

300 m², contando com diversas área recreativas

e educativas com capacidade para receber 450

alunos, e o Espaço Bem-Estar, no Sesc Lages,

que trouxe aos comerciários novas estruturas

como restaurante, lanchonete, clínicas de mas-

soterapia e nutrição, além de um moderno es-

túdio de pilates.

A principal mudança, no entanto, foi a que

ocorreu no Sesc em Rio do Sul, localizado no

Bairro Budag: a unidade foi bastante danificada

pelas chuvas que castigaram o estado catarinen-

se no final de 2011. Foi realizada a reconstrução

de todo o complexo que, além da completa revi-

talização, contou também com a inauguração de

um hall para exposições e uma sala de massote-

rapia. Houve também ampliações nas estruturas

da escola e da biblioteca da unidade, além da

aquisição de novos equipamentos para a acade-

mia de ginástica. Uma verdadeira volta por cima

para os moradores da cidade, que superaram as

adversidades causadas pela força da natureza. n

S A N T A C A T A R I N A

O que não falta é novidade

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Poucas atividades conseguem mobilizar tanto os

brasileiros quanto os esportes. Prova disso são

os Jogos dos Comerciários, ou simplesmente

Jocom, promovidos pelo Sesc em Roraima. O

campeonato, realizado entre 25 de março e 16

de maio, oferece aos comerciários e seus depen-

dentes sete diferentes modalidades para a dispu-

ta: futsal, futebol society, voleibol, futevôlei, nata-

ção, tênis de mesa e sinuca. Cada empresa pôde

montar suas equipes nos esportes à sua escolha

e, em 2014, a adesão superou as expectativas:

somente no futebol de salão foram 38 times ins-

critos, sendo 33 masculinos e cinco femininos.

Uma das modalidades mais disputadas dos

jogos é o futebol society. O comerciário Marlon

Maia da Silva, atleta da Mirage Alimentos, cam-

peã da última edição, fez previsões otimistas pa-

ra o seu time no Jocom 2014, mas sem se esque-

cer das dificuldades que enfrentará: “Esta será a

décima vez que disputaremos os Jogos dos Co-

merciários. Dos nove campeonatos que joga-

mos, chegamos a sete finais e ganhamos cinco,

portanto, nosso objetivo sempre vai ser o título.

A gente participa de várias disputas por toda a

região, mas o Jocom é um dos mais difíceis de se

ganhar, pois mobiliza atletas de todo o estado.

Não tem time fácil, tudo mundo entra com muita

vontade de ser campeão.”

O Jocom 2014 será realizado no Centro de

Atividades Dr. Antônio Oliveira Santos, em Mece-

jana. Para a inscrição de cada atleta foi cobrada a

doação de um brinquedo. O material arrecadado

é doado para crianças das comunidades indíge-

nas da região. n

R O R A I M A

Integração através do esporte

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Em 2014, a adesão superou as expectativas: somente no futebol de salão foram 38 times inscritos.

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Os alunos da Escola Sesc da unidade Siquei-

ra Campos, localizada na capital Aracaju, ti-

veram a oportunidade de conhecer um no-

vo esporte, ainda não muito conhecido no

Brasil: o badminton. O esporte, que consiste

em uma espécie de jogo de tênis, só que

em uma quadra reduzida, com uso de uma

peteca no lugar da bola, apesar de não mui-

to popular entre os brasileiros, é atualmente

o segundo esporte mais praticado do mun-

do, perdendo apenas para o futebol, e tem

origem datada da segunda metade século

19. As aulas têm sido ministradas pelo pro-

fessor de Educação Física Wendel Mota Ri-

beiro, que é também presidente da Federa-

ção Sergipana de Badminton (FSBD).

Após esse primeiro contato, que empol-

gou os alunos participantes, o objetivo ago-

ra é organizar turmas de iniciação e treina-

mento que possam representar a Escola

Sesc em competições locais e nacionais. O

professor de Educação Física da unidade,

Rodrigo Silva Nascimento, destacou a im-

portância da nova prática e os ganhos que

ela pode trazer para o Sesc. “O badminton

chega para agregar valores e ampliar o re-

pertório de modalidades esportivas do

Sesc. A escola já se destaca no atletismo,

sempre com resultados expressivos. No

futsal procura sempre fazer o melhor pos-

sível e agora, com o badminton, buscará

também resultados satisfatórios”, enfatizou

o professor. n

Quem nunca sonhou viver no mágico uni-

verso dos clássicos contos infantis? A exposi-

ção Grimm Agreste, em cartaz até agosto no

Sesc Interlagos, traz a oportunidade de tor-

nar esse sonho real, mesmo para as crianças

que já cresceram. A mostra é toda baseada

nas obras dos escritores alemães Jacob e

Wilhelm Grimm e é composta por seis espa-

ços temáticos que aproximam os visitantes

do universo retratado nas histórias, seja atra-

vés do uso de imagens ou de recursos sono-

ros, tudo de maneira lúdica e interativa.

Os irmãos Grimm transcreviam histórias

que ouviam dos camponeses, a fim de pre-

servar a cultura germânica, para que elas

não se perdessem com o tempo. Entre os

clássicos literários creditados aos dois ir-

mãos destacam-se Chapeuzinho Verme-

lho, Rapunzel e João e Maria. Um dos

principais destaques da exposição são as

xilogravuras do artista pernambucano José

Francisco Borges, que é considerado um

dos mestres da literatura de cordel. As ima-

gens feitas pelo xilogravurista através da

impressão feita com uma matriz de madei-

ra são as grandes responsáveis por levar a

magia dos clássicos contos germânicos

para as áridas paisagens do agreste brasi-

leiro, e é dessa mistura que vem o nome

da exposição: Grimm Agreste.

A mostra conta também com uma vasta

programação educativa, sob a supervisão

do coletivo Zebra5, que abrange desde pa-

lestras e debates até cursos para a forma-

ção de contadores de histórias e ilustrado-

res de publicações infantis. O website da

exposição tem uma visita virtual e todos

podem participar, basta acessar http://

www.sescsp.org.br/grimmagreste/. n

S E R G I P E

Formando novos atletas

S Ã O P A U L O

Em meio ao fantástico

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“O badminton chega para agregar valores e ampliar o repertório de modalidades esportivas do Sesc.”

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O Sonora Brasil voltou a estrada no mês de

abril para a 17ª edição do circuito, conside-

rado o maior projeto de circulação musical

do país. Este ano, o tema tambores e batu-

ques passará pelas regiões Sul e Sudeste,

enquanto Edino Krieger e as Bienais de

Música Brasileira Contemporânea será

apresentado no Centro-Oeste, Norte e

Nordeste. O projeto bianual permite que

os grupos passem por todas as regiões do

Brasil, possibilitando uma ampla abrangên-

cia de público.

O lançamento nacional do circuito aconte-

ce no dia 15 de abril no teatro do Sesc Arse-

nal, em Cuiabá, com apresentações do Quin-

teto Brasília, do Distrito Federal, e Raízes do

Bolão, do Amapá. Em 2014, serão 454 apre-

sentações em 123 cidades. Participam desta

edição os grupos Raízes do Bolão (AP), Sam-

ba de Cacete da Vacaria (PA), Raízes do Sam-

ba de Tócos (BA) e Alabê Ôni (RS), e Quinte-

to Brasília, Quarteto Belmonte, Octeto do

Polyphonia Khoros e Duo Cancionâncias. n

Arte e trânsito também combinam. É o que público pôde testemunhar na mostra Na Es-trada – Seres Mortorizados, do artista plásti-co Cláudio Montanari, que foi apresentada na Galeria Sesc de Artes, em Palmas. Com gravuras, objetos e colagens de notícias de acidentes ocorridos na cidade, Montanari busca por meio da arte conscientizar as pes-soas para os graves problemas de trânsito.

“A ideia é instigar a reflexão sobre o descaso dos gestores com as ruas e rodo-vias, que se encontram em péssimo esta-do de conservação, onde impera a indústria do 'tapa-buracos', pavimenta-ção 'casca de ovo', licitações nebulosas, falta ou deficiência de sinalizações verti-cais e horizontais”, conta o artista.

Acidentes, fatais ou não, ausência de sinalização, problemas com infraestru-tura e licitações mal executadas são exemplos de fatores que incentivaram a criação da mostra. Grande parte da ex-posição foi montada na própria galeria do Sesc, e o artista, que trabalha desde 2001 com o tema trânsito, só pôde ver o resultado depois de pronta. “Acho que quem foi conhecer se surpreendeu”, completa Montanari. n

T O C A N T I N S

Arte das ruas

D E P A R T A M E N T O N A C I O N A L

Festa da Música Popular Brasileira

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“A ideia é instigar a reflexão sobre o descaso dos gestores com as ruas e rodovias, que se encontram em péssimo estado de conservação”.

O projeto bianual permite que os

grupos passem por todas as regiões

do Brasil, possibilitando uma ampla

abrangência de público.

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Espa

ço d

o le

itor Poesia

R E V I S T A

SescBrasil

PRESIDENTE DO

CONSELHO NACIONAL Antonio Oliveira Santos

COLABORARAM PARA ESTA EDIÇÃO: Francisco Reis da Silva Leite (AC), Patrícia Castro (AL), Tayana Martins (AM), Carlos Malheiros (AP), Ivson Vi-vas (BA), Caio Quinderé, Giselle Norões e Ma-ria Rozalina Galvão (CE), Marcus César e Raíssa Lopes (DF), Eric Alvarenga Rosa (ES), Sandra Stefan e Daniela Cabral (GO), Viviane Franco e Thais Verena (MA), Sueli Batista e Aroldo Lima Verde (MT), Núbia Cunha (MS), Camila Lobo (MG), Rubia Salah Ayoub (Pantanal) Lourdinha Bezerra e Thais Pimenta (PA), Denise Vasconce-los (PB), Maíra Rosas (PE), Ana Cláudia Coelho

e André Ribeiro (PI), Silvia de Lima (PR), Paulo Gramado (RJ), Renata Vannier e Keila Alves (RO), Kelly Maia e Lorena Gurgel (RN), Catiucia Ruas (RS), Gilvan Costa (RR), Adriana Cadore, Alessandra Carvalho e Sarah Goulart (SC), Apa-recida Onias (SE), Fernando Fialho (SP), Renato Klein e Ana Caroline (TO)

IMPRESSÃO: Gráfica Ediouro • Tiragem: 32 mil exemplares

COORDENAÇÃO EDITORIAL SESC-DN/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO:

Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira e Fernanda Silveira CONSULTORIA EDITORIAL: Elysio Pires

Revista Sesc Brasil é editada e produzida pela Print ComunicaçãoFOTOGR AF IA: Banco de Imagem dos Departa-mentos Regionais e do Departamento Nacional e Alaor FilhoFOTO DE C APA: Alaor FilhoJORNALISTA RESPONSÁVEL: Janice Caetano (MTb 14.573)COORDENAÇÃO E EDIÇÃO: Fernanda CaetanoSUBEDITOR: César Augustus Coelho

REPÓRTERES: Alberto Monteiro e Ana Carolina Aldighieri

ESTAGIÁR IO: Hugo Franco

REVISÃO: Ronald FucsPROJETO GRÁF ICO E EDITOR AÇÃO: Traço DesignPRODUÇÃO GRÁF IC A: Celso Mendonça

ªCaro servidor, a Revista Sesc Brasil quer ficar mais interativa.Este é o espaço reservado para você. Aqui, você poderá contribuir com charges, ilustrações, histórias em quadrinhos e poemas. Envie seu material para [email protected]. *O material recebido passará pela aprovação da Coordenação Editorial da revista.

Poeta Sonhador

Sinto saudades das praças

Dos bosques e parques

Dos barcos, crianças e pássaros

Sinto saudades das ruas e casas

E das flores da minha cidade

Sinto saudades dos poemas

Compridos, curtos, precisos

O tom, o som

O som de uma flauta doce

Que no infinito do peito despoja

Quem sente aprova

Saudades é tudo o que sinto

Eu sinto saudades

Da minha própria cidade

Memória esquecida, perdida

O moderno surgiu

Cecília morreu

Drummond sumiu

Ficou só eu

Sinto saudades do tempo

Do pequeno verso romântico

Do cântico pequeno e sutil

O poeta morreu

O poema sumiu

Não sou Cecília

Não sou Drummond.

Carlos Ferreira da Silva, Instrutor Educacional – Sesc Contagem/Betim – Departamento Regional (MG)

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SescBrasilP U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O • D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L

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Talita Abrantes, editora da revista Exame, indica mudanças no mercado de trabalhoP Á G I N A 3

Cineasta Lúcia Murat defende que “cinema não é só entretenimento”P Á G I N A 4

Cinema em forma de arte e educaçãoSalas de exibição do Sesc são refúgios para fãs de fi lmes alternativos em todo o BrasilP Á G I N A 1 0

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