revista sindipi nº 15

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Revista Sindipi Nº 15 - Referente aos meses Maio e Junho de 2006.

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REVISTA SINDIPIA REVISTA SINDIPI é uma publicação do SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA PESCA DE ITAJAÍ E REGIÃO

Diretoria do SINDIPI: Antônio Carlos Momm (presidente), Dario Vitali (vice-presidente), João Manoel da Silva (tesoureiro) – Departamento Jurídico:Marcus Vinícius Mendes Mugnaini (OAB/SC 15.939) – Departamento Comercial: João Manoel da Silva – Sede: Rua Pedro Ferreira, 102, Centro, Itajaí,Santa Catarina – CEP: 88301-030 – [email protected] – Fone: (47) 3348-1083 – Envie suas cartas para: [email protected]ção editorial: Antônio Carlos Momm. Produção: GRUPO ALPHA SUL COMUNICAÇÃO: Jornalista responsável: Daniela Maia (SC.01259-JP); Projeto gráficoe diagramação: Gerson Reis; Coordenação gráfica: Peu Japiassu; Reportagens: Rogério Pinheiro; Fotos: João Souza e Marcello Sokal; Revisão: Neusa Japiassu;Impressão: Gráfica Coan – Tubarão, SC – www.coan.com.br – Tiragem desta edição: 5.000 exemplares – Circulação: setor pesqueiro nacional

FOTO MARCELLO SOKAL

FOTO JOÃO SOUZA

Índice

FOTO MARCELLO SOKAL

Capa: Gerson Reis e Daniela Maia / Foto: Divulgação

entre os presidentes Alfonsín e Lula 1010101010

EMPRESA QUE FAZ: TWB 1212121212

MOBILIZAÇÃO: Manifestações na região Sul 1414141414

PALESTRA: Empresa aposta em higienização 1919191919

SINDIPI 25 anos: Uma noite de homenagens 2020202020

QUALIDADE DE VIDA: Programa beneficia trabalhadores 2424242424

PORTO DE NAVEGANTES: SC ganha porto mercante 2626262626

FERRAMENTARIA: Ferramentaria na pesca 2828282828

TURISMO: Penha, a pérola do Sul 3030303030

A ARTE DE JOEL SALUSTIANO ROCHA 3232323232

AGENDE-SE: Feiras e Eventos 3434343434

LITERATURA: Ernest Hemingway 3636363636

METEOROLOGIA: Previsão para 2006 3737373737

NATAL: É tempo de Natal 3838383838

CULINÁRIA: Camarão com creme de milho 4040404040

MENSAGEM: A base do sucesso 4242424242

EDITORIAL 44444

ENTREVISTA: Antônio Carlos Momm 66666

ARTIGO: Esperanças... / Um paralelo

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4 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Editorial

Mensagem do

Presidente

Neste Natal

gostaria de dizer a

todas as pessoas,

principalmente aos

associados, que 2005 foi um ano difícil. A

pesca não teve muito o que comemorar.

Mas com as dificuldades e a estagnação do

setor, as ações deste ano serviram para

mostrar, principalmente, que mesmo com

problemas, ainda há grandes benefícios: o

setor pesqueiro trabalhou mais unido, mais

coeso, mais tolerante e assim problemas

foram resolvidos. Um dos resultados

positivos dessa união, o mais importante,

foi demonstrado no dia 3 de novembro

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último, com o fechamento da barra do

rio Itajaí-açu, paralisado pelo setor em prol

do resgate da pesca na região Sul e Sudeste.

A diretoria do SINDIPI deseja a todos que

2006 seja um ano muito melhor, que o Brasil

volte a trabalhar, a crescer e que o nosso

setor continue crescendo junto. Vamos

procurar nos empenhar para realizar o que

não foi possível em 2005, unindo nossas

forças nestas festas, orando mais a Deus,

procurando em Cristo o Parceiro e

Companheiro para todas as horas.

Desejo a todos um Feliz Natal e que o

Ano Novo seja repleto de muita paz e amor

nos corações.

Antônio Carlos Momm, presidente

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página inteira

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6 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Daniela Maia

Nesta entrevista vamos

conhecer, além dos pontos de vista

do presidente, um pouco da pessoa

de Antônio Carlos Diniz Momm,

um florianopolitano de nascimento,

mas itajaiense de coração.

Com uma personalidade forte,

Momm não mede as palavras. Quem

o conhece, sabe que transparência,

sinceridade e determinação são

algumas das suas principais

qualidades. Casado há 22 anos com

Margareth Momm, com dois filhos:

Denise (17) e Rodrigo (20), Antônio

considera a família “tudo em sua

vida, a base e o amor”.

Com histórico em lutas

estudantis, Momm participou da

elaboração do jornal no Colégio

Catarinense onde já criticava o

Governo Federal e era membro do

Diretório Acadêmico de Direito.

Formado em advocacia na Furb,

Momm exerceu a profissão durante

O entrevistado desta edição de Natal é oPresidente do SINDIPI, Antônio Carlos Momm,que faz uma avaliação do setor pesqueiro,critica o governo federal e apresenta asmetas da entidade para 2006.

Dedicação ímpar à frente da entidade

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Entrevista: Antônio Carlos Momm

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 7

seis anos, trabalhou na construção

civil e há 17 anos, quando sua filha

Denise nasceu, iniciou sua trajetória

na pesca. Proprietário da empresa

Alto Mar Pescados, Momm está na

presidência do Sindipi desde 2002.

Para 2006, Momm aposta em

grandes metas para o setor. Confira.

SINDIPI – Por que ser presidente do

SINDIPI?

Momm – Presidente do SINDIPI era um

cargo que eu não aspirava, estava

muito distante da minha realidade, por

ser novo na pesca. Comecei na pesca

porque a família da minha esposa era

do ramo pesqueiro, uma atividade que

passa de geração a geração. Eu não

tinha um histórico na pesca, foi tudo

uma casualidade.

Em 2001 fui viajar para a Espanha

com dois amigos e me deparei com

uma grande quantidade de barcos

prontos para virem ao Brasil e invadi-

rem as nossas águas.

Uma situação que causou impacto

e a minha reação foi imediata: reuni

um grupo de cinco pessoas e resol-

vemos fazer algo urgente pela so-

brevivência da pesca, onde decidi es-

tar à frente do Sindicato para acabar

com essa política.

e não conseguiram. Não desprezo a

opinião das pessoas. Eu quero que elas

participem cada vez mais, quanto mais

pessoas vierem para dar opinião, re-

sulta em melhor embasamento para as

decisões. A nossa função é fazer o Sin-

dicato crescer e ficar forte e isso só vai

acontecer se mais pessoas juntarem-

se a nós e com um único pensamento:

o crescimento da pesca.

SINDIPI – Na festa de 25 anos houve

uma demonstração maior de união

do setor?

Momm – Com certeza. Eu creio que

o que existiu ali foi um amadurecimen-

to do setor, deixando as rusgas para

trás, almejando um trabalho em con-

junto. O Sindicato é o fórum da cate-

goria para as discussões. Aqui dentro

temos que discutir as nossas diferen-

ças e da porta para fora trabalhar e

falar a mesma língua e ter a consciên-

cia de que o que vale é a opinião da

maioria.

SINDIPI – Hoje quais são os maiores

obstáculos para o crescimento da

pesca?

Momm – O Governo Federal com sua

política de juros altos que inibem os

investimentos; a política de altos tribu-

tos que fazem o cidadão consumir im-

postos e não as mercadorias produzi-

das; a insistência de praticar um salá-

SINDIPI – Como foi o início da sua

atuação no SINDIPI?

Momm – Foi difícil, não tinha noção

do que era uma representação políti-

ca, recebi muitos boicotes. Trabalhei

com muito medo, medo de errar e

medo de armação. Mas me propus a

tocar o Sindicato, a lutar por ações que

sempre considerei justas, como expul-

sar os barcos estrangeiros. A partir daí

fui em frente, sempre com muita de-

terminação.

SINDIPI – Ser presidente requer

muitas responsabilidades e muitas

vezes é alvo de críticas. Como o

senhor administra isso?

Momm – A crítica maior que recebo é

que sou autoritário, que faço as coisas

sem consultar, sem perguntar e como

eu quero. O cargo que eu exerço, de

presidente, não é fácil. Quem passou

por aqui sabe que é um cargo isolado.

Não temos um grande número de pes-

soas que vêm até o Sindicato para tro-

car idéias, auxiliar, esclarecer, tirar dú-

vidas ou dar pareceres.

Um lugar isolado, onde se trabalha

com poucos colaboradores, inerente a

qualquer cargo de direção. Estas críti-

cas são na maioria de pessoas que se

incomodam com a competência de

uma equipe, de uma diretoria que faz

as coisas da melhor maneira possível

e consegue ações que outros tentaram

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8 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Entrevista: Antônio Carlos Momm

rio mínimo baixo que acaba diminu-

indo o giro do capital na economia.

Outro grave obstáculo é a briga do IBA-

MA versus SEAP para ver quem manda

na pesca.

SINDIPI – Qual a sua avaliação

da SEAP/PR?

Momm – A SEAP/PR é um órgão do

Governo Federal que foi criado e nos

deu um endereço. A criação da SEAP

representou uma vitória para o setor,

mas é um órgão que está mal dirigido.

O que falta para a SEAP é ter determi-

nação para enfrentar os problemas e

escutar o setor.

Os sindicatos deveriam ser ouvidos,

poderiam ser realizadas reuniões tri-

mestrais com todos os Sindicatos e a

SEAP. Não adianta a SEAP criar escritóri-

os em Florianópolis, escritório regional,

se o pessoal não participa, não sabe o

que é lançar uma rede e nem sabe o

que é molhar o pé na água com peixe.

SINDIPI – Quais os maiores

colaboradores para o crescimento

da pesca?

Momm – O colaborador é aquele ar-

mador que vai lá fora e traz novidades

e os outros copiam, o colaborador é o

nosso pescador que é uma pessoa al-

tamente qualificada e é bom na arte

da pesca. O setor pesqueiro é o gran-

de responsável por esse crescimento.

SINDIPI – As metas para 2006 e o

maiores desafios do SINDIPI?

Momm – Construção da sede do SIN-

DIPI, a aprovação no Congresso do

Código Nacional da Pesca, a criação

de uma Fundação, onde parte dos re-

cursos que pagamos em impostos pu-

dessem ser revertidos em pesquisas

científicas e em campanhas de consu-

mo ao pescado nacional, a criação de

uma Cooperativa de Crédito para a

pesca em conjunto com a CDL, ACI e

a Intersindical. Um desafio é conseguir

a redução da energia elétrica para as

indústrias pesqueiras em 50%, viabili-

zando outras ações no setor.

SINDIPI – Quais as lições de vida

adquiridas neste período como

presidente do SINDIPI?

Momm – Aprendi que nem tudo é

como parece ser, devemos ser caute-

losos, principalmente na política.

SINDIPI – Qual nota o senhor daria

para o ano de 2005 para a pesca?

Momm – Nota 2. Porque foi um ano

muito difícil, não só para a pesca, mas

para o País. O Brasil parou com os es-

cândalos de corrupção, mas infeliz-

mente não teve ações efetivas para re-

verter este quadro e a impunidade pre-

valeceu, ferindo a imagem do País.

Com isso a pesca também sofreu, os

políticos estavam mais preocupados

com as repercussões da política.

SINDIPI – E a nota para o Governo

Federal ?

Momm – Menos dois. O Governo Fe-

deral nos impossibilitou de trabalhar.

O secretário Nacional da Pesca está

mais preocupado em ser candidato ao

governo de Santa Catarina. Por que

ele não ficou quatro anos fazendo cam-

panha, deixando a pesca para quem

quisesse trabalhar? Querem usar a pes-

ca como palanque.

SINDIPI – Quais os incentivos que o

Governo Federal deveria dar para os

“O Sindicato é ofórum da categoriapara as discussões.

Aqui discutimos nossasdiferenças. Temos aconsciência de que oque vale é a opinião

da maioria.”

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armadores e para os industriais?

Momm – A redução de impostos, umalinha de crédito para o setor pesquei-ro condizente com a nossa realidade,baixar o preço da energia elétrica, fazercom que o programa de subsídio do óleodiesel seja cumprido conforme determi-na a lei, com pagamento em dia. Umaação urgente para aprovar o Códigoda Pesca que está em Brasília há 20anos. Definir se a pesca pertence à

SEAP/PR. Acesso ao crédito agrícola.O governo precisa controlar mais

as licenças e as embarcações de pescae, finalmente, fazer o censo pesqueironacional que é o nosso grande pleito.

SINDIPI – Das ações do SINDIPI em

2005, qual a de maior relevância.

Momm – A mobilização do dia trêsde novembro, onde dezenas de embar-cações fecharam o canal de acesso de

tem de absorver notícias boas e ru-ins em um espaço de tempo muitocurto.

Qualidade dos pescadores:Paciência.

Qualidade dos industriais:A vontade de trabalhar.

O que lamenta na pesca:Desorganização.

Diretoria do SINDIPI:Atuante, tem trabalhado com mui-ta dedicação e integração.

Filosofia de vida:Fazer o bem.

Família:Representa tudo para mim, é abase, é o amor.

Jogo rápido:

Um nome na pesca industrial:Evaldo Kowalsky.

Um armador:Márcio Andriani.

Um nome político de destaque napesca:Volnei Morastoni.

A pesca:É uma “cachaça”, não conseguesair, é uma atividade que tem mui-ta adrenalina, têm altos e baixos.

Pescador:Todo aquele que se dedica comamor a atividade.

Qualidade dos armadores:Persistência e a capacidade que

Pontos fortes:Bastante personalidade.

Pontos fracos:Não vou contar...

Brasil:É o meu grande sonho.

Itajaí:Minha terra.

O que faz chorar:Criança.

O que faz rir:Uma vitória.

Sonho:Brasil melhor.

Presente de Natal para a pesca:Desvinculação do IBAMA no orde-namento da pesca.

navios na Foz do rio Itajaí-açu.Mostramos que o setor está madu-

ro. Foi uma demonstração de união,de força do Sindicato, do setor pesquei-ro. Uma ação que era impensável há10 anos, onde jamais conseguiríamosmobilizar tanta gente em um espaçode tempo tão curto. O maior resultadoé que a classe pela primeira vez traba-lhou unida. A mobilização foi a gran-de vitória do setor.

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Artigo

Esperanças...

Em outras oportunidades,questionei o debate político que,em tese, estaria se abrindo no Brasildepois da crise política iniciada emjunho. Foi só um sonho de verão. ACPI do Mensalão, morreu de mortematada. As CPIs dos Bingos e a dosCorreios vão se desmilinguindo anoafora. O pior mesmo da crisepolítica é o cinismo. Nunca penseiver em toda a minha vida tantocinismo e tanta irresponsabilidadeem níveis tão altos do governo, departidos políticos e do CongressoNacional.

Aliás, confesso que em certosmomentos até tive esperanças deque esta mega-crise mudaria a

PT, no PL, no PT, no PSDB, noPMDB e no PFL, tive esperanças.

Hoje, quando olho para tudoisso, vejo o quanto foram infantis asminhas esperanças.

A morte-matada da CPI doMensalão mostrou a disposição doCongresso Nacional e do governoem defenderem as sobrevivênciasrespectivas.

As cassações vão dar em nadaporque o Congresso Nacional jápercebeu que a sociedade brasileiracansou-se, na certeza deimpunidade que cerca tudo o queaconteceu. Logo, por que sacrificarcompanheiros, se a sociedade éalienada? – perguntam oscongressistas.

As duas CPIs emfuncionamento estão contandotabela. Nem mídia boa dão mais! Étudo uma questão de tempo. Só detempo até que tudo seja esquecidoe volte a ficar tudo como dantes noquartel de Abrantes.

Até o deputado José Dirceu temtudo para escapar. Preocupou-se noinício, mas depois ficou light porquetem a seu favor até a cumplicidadedo Supremo Tribunal Federal.Como tudo virou uma geléia geral,qualquer esperança é purabobagem!

Onofre Ribeiro (*)

DIVULGAÇÃO

cultura política do país. Quando viMarcos Valério desmascaradodiante de todas as câmeras detelevisão brasileiras, tiveesperanças.

Depois, quando vi o mega-publicitário Duda Mendonça serentregue na bandeja por evasão dedivisas e por lavagem de dinheirooriundo de pagamento de dívidasdo PT e do governo, também tiveesperanças.

Quando descobriu-se o mega-mundo político e os esquemas decorrupção escondido atrás dosorriso enigmático do chefe da CasaCivil, deputado José Dirceu, tiveesperanças.

Quando prenderam um petistano aeroporto com a cueca recheadade dólares ilegais, e ligou-se o seunome a um líder parlamentarpetista do Ceará, também tiveesperanças.

Quando descobriu-se que o ex-ministro de Comunicação Social,Luis Gushiken comandava ummega-esquema de corrupção noBanco do Brasil e nos fundos depensões das estatais, tiveesperanças.

Quando as cartas foram caindouma a uma atingindoparlamentares, tido como ilustres no

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 11

* Onofre Ribeiro é jornalista emCuiabá-MT.www.onofreribeiro.com.br

Artigos para a Revista SINDIPI no:[email protected]

Um paraleloentre ospresidentesAlfonsín e Lula

Fora da atual crise política do

Partido dos Trabalhadores, do

Governo e particularmente do

presidente Lula, há alguns sinais

aparentes, mas não significativos

entre o presidente argentino Raúl

Alfonsín (1983-1989) e o

presidente do Brasil. As

circunstâncias entre ambos e os

seus países são muito opostas. A

não ser a tradicional posição

partidária de ambos que é antiga e

representa mais os interesses de

mando do que de democracia efetiva,

e um empobrecimento crônico.

A Argentina que saiu do regime

militar em 1982, estava

empobrecida e sucateada. Elegeu

em 1983 o primeiro presidente civil

pós-militarismo: o advogado Raúl

Alfonsín, herdeiro distante do

peronismo. Criou o Plano Austral,

marcado por congelamento de

preços, e reforma monetária.

Alfonsín, enfraquecido

politicamente pela ação radical dos

partidos de oposição renunciou ao

mandato seis meses antes, com

medo das ações terroristas e com

receio de uma eventual volta ao

militarismo de amargas lembranças.

O Brasil elegeu o presidente

Lula em 2002 para uma possível

mudança econômica e social, na

visão neo-socialista historicamente

defendida pelo Partido dos

Trabalhadores.

O presidente Lula encontrou o

país economicamente estável em

plena vigência do Plano Real,

instituído por seu antecessor,

Fernando Henrique Cardoso, em

1995. Porém, a coalizão partidária

indispensável para avalizar um

governo pragmático do PT,

amordaçou as profecias

transformistas do partido.

Ao contrário de Raúl Alfonsín,

que precisava resgatar um país que

saía sucateado do regime militar,

Lula precisava só capitanear

mudanças no roteiro econômico e

social do país, com as mudanças

político-partidárias que resultassem

das transformações. Acontece que a

equipe do governo foi incapaz de

perceber a gestão do governo.

Armou-se para chegar lá e cuidou

de uma gestão partidária e da

hierarquização da máquina pública.

Em pouco mais de dois anos perdeu

o controle da gestão e da nação.

Embora se trate de

circunstâncias diferentes, a

semelhança entre os dois

presidentes talvez fique mais clara

se o presidente Lula for impedido

de concluir o seu mandato em

conseqüência dos desgastes

provocados pela crise política.

No mais, une-os dois países

com profundas contradições sociais,

com enormes desigualdades

regionais, agendas partidárias com

muitas promessas e ambientes de

mudanças muito restritos.

Por fim, ambos encerraram em

seus respectivos países a linhagem

dos líderes populistas tão bem

espelhados lá por Juan Perón e cá,

pelo último e tardio, o ex-

metalúrgico Luiz Inácio Lula da

Silva. O futuro dos dois paises

líderes da América Latina quer

líderes mais estadistas do que

populistas. Foi um tempo que

acabou.

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Empresa que faz

TWB esperacrescimento da

com oPROFROTA

Armadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresapropostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16embarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirose caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.

Armadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresaArmadores já solicitaram à empresapropostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16propostas para a construção de 16embarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirosembarcações, na maioria atuneirose caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.e caranguejeiros.

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 13

O PROFROTA PESQUEIRA –Programa Sustentável deModernização e Ampliação daFrota Pesqueira Oceânica –estimulará o crescimento daconstrução naval no Brasil. Aexpectativa é de Jorge Nelson,diretor comercial da TWB,empresa especializada emtransporte aquaviário econstrução naval, com sede emGuarujá (SP) e que tem estaleiroem Navegantes (SC).

A observação do diretorganha peso com a expectativados armadores de pesca, queesperam o Governo Federallançar edital para financiamentode mais 90 embarcações pormeio do PROFROTA. As inscriçõespara o primeiro lote de 49 barcos,foram encerradas em 19 desetembro de 2005, em editallançado em agosto pela SEAP/PR –Secretaria Especial de Aqüicultura ePesca.

A TWB produz embarcações dealto nível técnico e operacional, deacordo com Nelson. “Oferecemostoda a assessoria necessária para a

organização da documentação fiscale contábil, pois contamos comequipe especializada no serviço”.

Segundo o diretor comercial,até o momento, sete armadores depesca, clientes da Empresa,solicitaram propostas para aconstrução de 16 embarcações, na

maioria atuneiros e caranguejeiros.“Os armadores já cadastraram osprojetos na SEAP, órgão responsávelpela análise. Agora, estão naexpectativa de conseguir aconcessão do financiamento paraque possamos iniciar a construçãodas embarcações”.

Firmando parceria com a TWBpela primeira vez, o armador

Juvelino Fabiane, da empresa ÁquilaPescados – Comércio e Exportação,explica que inscreveu no PROFROTA

cinco propostas para construção debarcos pesqueiros, todos com 31,70metros de comprimento. O armadorcomenta que escolheu a TWB paraconstruir as embarcações por ser umaempresa renomada e tradicional nosetor naval. “Visitei a TWB e percebique existe nela toda a infra-estruturatécnica e operacional. Além disso,prestaram todo o auxílio necessário –até fazer o protocolo dos projetos”.

A TWB constrói dois atuneiros. Oprimeiro, o Paulo Cantídio, previstopara ser entregue em janeiro de 2006,encomendado pela armadora da RioPesca, disporá de tecnologia paraarmazenar 150 toneladas de peixecongelado no porão.

Encomendado pelo armadorArlindo Isaac, da empresa Pioneira daCosta, o segundo atuneiro, a serutilizado em captura de atum com varaem alto-mar, contará com sistema deresfriamento através de salmoura,permitindo o congelamento do pescadoa até 22 graus negativos. O cascodeverá ser entregue em março de 2006.Com 34,95 metros de comprimento eporão com capacidade de 280 metroscúbicos, poderá permanecer até 40 diasem alto-mar, comportando tripulaçãode 28 pessoas.

Jorge Nelson, diretor comercial

da TWB

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14 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Mobilização

Itajaí, o maior porto

pesqueiro do Brasil, foi palco de

uma das maiores mobilizações da

pesca. Desde o amanhecer do dia

três de novembro, cerca de cem

embarcações que operam em Itajaí,

Setor pesqueirorealiza uma das maioresSetor pesqueirorealiza uma das maiores

região Sulmanifestaçõesmanifestaçõesna

Cerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deacesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.

O protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouapós negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.

Cerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deCerca de cem embarcações fecharam o canal deacesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.acesso de navios no rio Itajaí-açu.

O protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouO protesto durou cerca de oito horas e só encerrouapós negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.após negociação com o Governo Federal.

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 15

Florianópolis e Rio Grande

concentraram-se na foz do rio Itajaí-

Açu e, enfileirados, fecharam o canal

de acesso ao porto do município.

Fogos de artifício, bandeiras pretas

nos barcos caracterizavam que o

setor pesqueiro está de luto e precisa

ser ouvido. Nas faixas, frases que

mostravam a indignação com o

Governo Federal.

Um movimento que reuniu todo

o setor pesqueiro: armadores,

pescadores, mestres de barco,

trabalhadores nas indústrias de pesca

e empresários, unidos em uma só

causa: o resgate da pesca na região

Sul e Sudeste.

A falta de incentivo e iniciativa

do Governo Federal em relação ao

setor e as atuais medidas tomadas

que afetam toda a cadeia produtiva,

foram o pilar do protesto.

Entre as principais reivindicações

estão: a equalização do preço do

óleo diesel com os países do

Mercosul; o cumprimento da lei

federal 9445, instituída em 1997; a

revisão e o controle das políticas de

importação de atuns e sardinhas; a

revisão das licenças de pesca; a

revisão da Instrução Normativa nº 5

do Ministério do Meio Ambiente; o

seguro-defeso e a aposentadoria

especial para os pescadores.

O protesto mobilizou toda a

imprensa e a comunidade itajaiense

que observava atenta ao manifesto

da principal economia da cidade: a

pesca. Uma demonstração de união,

no mar com os barcos e em terra,

com os caminhoneiros que

trabalham no transporte de pescados

das indústrias da região. Os

caminhões foram enfeitados com

bandeiras pretas e faixas com os

dizeres: “sem peixe, sem frete”.

A carreata percorreu as principais

ruas de Itajaí e demonstrou que o

setor tem força, voz e união. O

protesto também contou com ações

sociais: foram distribuídas seis

toneladas de sardinha para a

comunidade, uma das principais

espécies de pescado da região.

A manifestação foi coordenada

por um comando de greve, que

estipulou o horário de início e que só

iria encerrar após uma resposta

positiva por parte do Governo

Federal. As negociações iniciaram na

noite de dois de novembro, quando

um grupo se deslocou de Brasília,

representando a SEAP, para se reunir

com a comissão do protesto.

A reunião se estendeu até a

madrugada de quinta-feira. O

protesto iniciado às 7 horas da

manhã do dia 3 de novembro, durou

cerca de oito horas e encerrou após

a promessa de uma reunião entre os

representantes do setor com o

Presidente da República.

Na coordenação do movimento

participaram: SINDIPI – Sindicato das

Indústrias de Pesca de Itajaí e Região,

o SITRAPESCA – Sindicato dos

Trabalhadores de Pesca de Santa

Catarina e a INTERSINDICAL SUL/

SUDESTE (que compreende os

sindicatos dos Armadores e

Industriais da pesca de São Paulo

(SAPESP), Rio de Janeiro (SAPERJ) e

Santa Catarina (SINDIPI e SINDIFLORIPA).

CERCA DE CEM

EMBARCAÇÕES FECHARAM

O CANAL DE ACESSO DE

NAVIOS NO RIO ITAJAÍ-AÇU.

FO

TO

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16 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Na avaliação do presidente do

SINDIPI, Antônio Carlos Momm, a

atitude mais correta para acabar com

a crise no setor é tirar o

ordenamento do IBAMA e passar para

a SEAP. “A SEAP foi criada paraser um órgão de fomento,para olhar o setor, mas nãoconsegue olhar porque tudoo que ela faz tem que serdividido com o IBAMA”, comenta

Momm. Disse também que o IBAMA

foi criado para ser um órgão

fiscalizador. “Como alguém que

fiscaliza vai regulamentar?” questiona

o presidente.

Sobre a Instrução Normativa nº 5

do Ministério do Meio Ambiente,

Momm relata que no momento em

que há proibição da captura de

diversas espécies de peixe, há uma

perda muito grande para as

empresas, já que foram feitos

grandes investimentos em

equipamentos para a pesca nos

próximos anos.

O prefeito municipal de Itajaí,

Volnei Morastoni esteve presente no

protesto para reafirmar a reunião do

setor com o presidente Lula e disse

que concorda com os pescadores e

empresários do setor. Segundo o

prefeito, a pesca definitivamente

precisa ser ouvida e que as

reivindicações são justas, corretas e

devem ser atendidas. “Precisamos

encontrar um caminho. A SEAP foi

criada, tem a responsabilidade de

encaminhar essas políticas setoriais,

mas muitas decisões ainda

dependem da legislação que estão

sob controle do IBAMA. Parte das

decisões da pesca não está na SEAP,

está no IBAMA. Tem essa dicotomia,

tem divisores. Precisamos encontrar

uma maneira de resolver essa

divisão. Dois diferentes órgãos que

não falam a mesma língua, que têm

dificuldades de atender o clamor dos

pescadores”, afirmou o prefeito em

entrevista à imprensa. Lembrou

ainda a vinda do presidente da

República a Itajaí durante campanha

eleitoral. “Foi daqui que oPresidente tomou a decisãode criar a SEAP, por isso éimportante ouvir o setor eter um balanço da situação”,

disse Morastoni.

Na avaliação do armador e

presidente da câmara setorial da

sardinha do SINDIPI, Wilson Cabral,

há grandes dificuldades em

coordenar as ações com o IBAMA e a

SEAP. “Não temos mais um objetivo

de trabalhar. Se pegar um peixe está

proibido, está em extinção, não

sabemos mais com o que nós

podemos trabalhar”, lamenta.

Sobre o alto valor do

combustível, Cabral explicou que o

valor cobrado interfere diretamente

no valor dos peixes pescados pelos

brasileiros, já que o combustível

representa 70% do custo de uma

embarcação de pesca. Cabral ainda

faz um comparativo com países do

Mercosul, que recebem mais

Mobilização

Alexandre Espongeiro

Manoel Xavier,

Antônio Momm e

Volnei Morastoni

FOTO JOÃO SOUZA FOTO MARCELLO SOKALFOTO MARCELLO SOKAL

Antônio Momm e

Wilson Cabral

Antônio Momm e

Wilson Cabral

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 17

subsídios dos seus governos e

conseguem baratear os custos,

representando uma concorrência

desleal com o setor.

Segundo o presidente do

SITRAPESCA – Sindicato dos

Trabalhadores da Pesca de Itajaí e

Região, Jairo da Veiga, os

pescadores reivindicam o retorno

da aposentadoria especial de 25

anos de serviços prestados e o

seguro desemprego nos períodos

dos defesos.

De acordo com Veiga, hoje o

pescador trabalha com recursos

protegidos por lei – como o defeso

–, sem ressarcimento para o setor, e

com a paralisação não há meios de

subsistência. “No defeso da

sardinha, o trabalhador recebe

cinco meses de salário e fica o

restante do ano sem receber, pois

nesse período estamos parados.

Não somos contra o defeso, mas o

trabalhador tem que ser ressarcido

pelo tempo que fica parado. Como

vamos sobreviver? Hoje estamos

sujeitos a sermos extintos”,

desabafa.

Segundo Veiga hoje o pescador

é obrigado a trabalhar até os 35

anos de idade para conseguir se

aposentar. “Tiraram o nosso direito

adquirido em dezembro de 1998.

Na época aposentávamos com 25

anos de idade e tínhamos a pesca

como atividade especial porque é

insalubre. Só queremos que o

Governo tenha sensibilidade de

olhar para o nosso setor e dê o que

é justo”, declara.

O presidente do SAPERJ –

Sindicato dos Armadores de Pesca

do Estado do Rio de Janeiro,

Alexandre Espongeiro, disse que a

maior preocupação é o fechamento

de muitas empresas. “Com odefeso da sardinha, a opçãodas empresas é a capturada corvina e de outrasespécies de peixes pelasparelhas. Somente noEstado do Rio de Janeirosão mais de dez mil pessoasenvolvidas com essepescado. Nós aceitamos omanejo e a proteção dasespécies, mas deve ser paratodos e discutida com todosos segmentos do setor, nãoapenas publicado”, avalia

Espongeiro.

Para o pescador Marco

Antônio, 28 anos, o protesto é

justo e necessário. O pescador

João Olavo Silva, 46 anos,

trabalhador a 33 anos na pesca,

disse que nunca tinha passado por

uma crise dessas. “Vim ao píer de

Itajaí me solidarizar com meus

colegas de profissão”, disse.

Em ofício encaminhado ao

subsecretário Especial de

Aqüicultura e Pesca, Altemir

Gregolin, o setor destacou algumas

alternativas na captura da

sardinha, uma das principais

espécies de pescado capturado na

região. No ofício foi narrado sobre

o último defeso da espécie, que se

iniciou em 21 de setembro deste

ano e encerrado no dia 31 de

outubro, onde houve um

decréscimo acentuado na

produção, em virtude das

condições climáticas adversas e o

pequeno lapso de tempo, ou seja,

40 dias para o exercício da

atividade. Esse tempo foi

considerado insuficiente para

capitalização do setor diante de

uma nova parada de quatro meses.

No documento o setor solicitou a

padronização das licenças, de

acordo com as modalidades de

pesca, incluindo na licença da

captura de cerco da sardinha os

peixes diversos à frota, criando

alternativas aos ciclos produtivos às

espécies de sardinha, garantindo a

sustentabilidade do setor

pesqueiro.

A SEAP concluiu no último dia

sete de novembro, a análise das

questões relativas aos pleitos do

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18 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

setor pesqueiro Sudeste-Sul,

conforme pauta entregue pelo setor.

“Estamos tendo importantesavanços para minimizar acrise, tratando cada ponto dapauta de forma séria,responsável e imediata”, disse

o sub-secretário de Desenvolvimento

da SEAP, Altemir Gregolin,

reafirmando o propósito do diálogo

como a melhor forma para resolver

os impasses do setor da pesca.

Segundo Gregolin, a revisão da

Instrução Normativa nº 05, que trata

da pesca de espécies sobreexplotadas

ou ameaçadas de extinção, ainda

tem pontos divergentes e a SEAP está

avaliando juntamente com o

Ministério do Meio Ambiente e com

o IBAMA para que se faça uma

publicação dos pontos em que já há

consenso. Também será agendada

uma reunião entre a SEAP, o

Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio e o Ministério

das Relações Exteriores com o setor

Mobilização

pesqueiro para tratar da revisão e

controle da importação de atum e

sardinha.

Quanto às permissões de pesca,

foi determinada a imediata revisão e

harmonização dessas permissões,

especialmente no que tange às

espécies controladas, nos moldes da

legislação vigente. O SINDIPI

encaminhou 37 licenças de pesca

para serem regulamentadas.

Com relação à concessão de

aposentadoria especial para os

pescadores, a SEAP ratifica o apoio

ao setor nas discussões desse

pleito. Esse tema passa por

deliberação do Congresso

Nacional. O mesmo vale para o

seguro-defeso dos pescadores

profissionais industriais.

Após as reuniões realizadas, as

ações imediatas e as promessas do

Governo Federal, o presidente do

SINDIPI destaca que o setor está

acompanhando todas as

reivindicações.

“Corremos o risco daspromessas não seremcumpridas, mas nãoacreditamos nisso. Afinal osetor demonstrou que estáunido, e se houver umaresposta desfavorável,provavelmente a reação serábem maior, aglutinando maisembarcações, maismodalidades de pesca. Foidado mais um voto deconfiança”, relata Momm.

Como resultado das mobilizações,

foi realizada uma reunião em Brasília

no último dia 16 de novembro.

Participaram da reunião o tesoureiro

do SINDIPI, João Manoel, o presidente

da Câmara setorial da sardinha,

Wilson Cabral e o presidente do

SITRAPESCA, Jairo da Veiga.

Segundo a diretoria do SINDIPI,

foram apresentados todos os itens

reivindicados pelo setor e os pontos

discutidos estão sendo analisados na

Casa Civil.

FOTOS MARCELLO SOKAL

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Palestra

A higienização nas

empresas pesqueiras. Este foi o tema

da palestra realizada no dia 10 de

novembro, no hotel Fischer, em

Balneário Camboriú. Participaram

representantes do setor pesqueiro, de

restaurantes e da indústria de

alimentos.

O evento, organizado pela

empresa Profiline, de Blumenau,

contou ainda com a presença do

representante da Johnson Diversey,

Bruno Quaggio e do fiscal do

Ministério da Agricultura, Antônio

Leôncio Biaggio Fontelles.

Na opinião da proprietária da

Pescados Dona Bela, empresa

localizada no município de Penha-

SC, Janaina Santos, a higienização é

em Santa Catarina, André Luiz dos

Santos, explica que as empresas de

pescados recebem orientações sobre

como utilizar os produtos químicos e

ainda fazem um cronograma de

visitas periódicas. A empresa

trabalha com cerca de 850 clientes

em Santa Catarina e utiliza produtos

químicos de última geração. “O

mesmo produto que o mercado

europeu usa hoje é oferecido aqui no

Estado” explica o diretor.

“Quem se preocupa com a

limpeza é visto no mercado com

bons olhos, além de ser um dos

critérios para que a empresa adquira

o selo do Serviço de Inspeção

Federal (SIF)”, destaca o fiscal do

Ministério da Agricultura.

essencial porque reflete diretamente

na conquistas de mercados e novos

clientes. “O processo de higiene

começa desde que o peixe é

capturado até a embalagem do

produto”, ressalta a empresária.

O fiscal federal agropecuário

Antônio Leôncio Biaggio Fontelles

destaca que há vários cuidados que

devem ser tomados nas indústrias

pesqueiras. Segundo ele, o uniforme

dos funcionários e a água utilizada

na lavagem do peixe são primordiais

nos itens da higienização. “O

uniforme do funcionário pode se

tornar uma fonte de contaminação”,

completa.

O diretor da Profiline,

representante da Johnson Diversey

Profiline divulga produtos paraempresários da pesca.

A higiene nas indústrias éconsiderada ponto decisivo na

qualidade do pescado.

Empresa aposta emhigienizaçãoEmpresa aposta emhigienização

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Rogério Pinheiro

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20 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

25 de novembro de 2005 na Sociedade Gu25 de novembro de 2005 na Sociedade Gu25 de novembro de 2005 na Sociedade Gu25 de novembro de 2005 na Sociedade Gu25 de novembro de 2005 na Sociedade GuUma noite histórica para o SINDIPI.

Armadores, industriais e pessoas de grande

representatividade na pesca, autoridades, políticos e

imprensa participaram no último dia 25 denovembro de um

jantar dançante em comemoração aos 25 anos do SINDIPI.

No hall de entrada do clube, o Coral Proarte, de Itajaí,

recepcionou os convidados com um repertório de músicas

brasileiras. A decoração do ambiente foi inspirada na pesca

e na beleza das águas oceânicas. No cardápio, uma grande

diversidade de peixes e frutos do mar.

No evento foram homenageadas 25 personalidades que

contribuíram para o desenvolvimento do setor pesqueiro e

no sucesso do SINDIPI. Na ocasião foi entregue um troféu de

cristal personalizado com o símbolo do Sindicato: o peixe.

Para encerrar a noite os convidados receberam uma

edição especial comemorativa dos 25 anos do SINDIPI.

SINDIPI ANOS52

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ade Guarani em Itajaí...de Guarani em Itajaí...ade Guarani em Itajaí...de Guarani em Itajaí...ade Guarani em Itajaí...

FOTOS JOÃO SOUZA

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Uma noite de homàs pessoas queparticiparam dacreditando naalmejam um h

19

Giacomo Vicente PerciavallePres. do SINDIPI 1995 – 2001

João Manoel da SilvaTesoureiro do SINDIPI

Orlando FerreiraEmpresário (Femepe)

Paulo AriasEngenheiro

Jotaci LeitePresidente do SITIPI

Antônio Carlos Diniz MommPres. do SINDIPI

Alexandre EspogeiroPresidente do SAPERJ

Antônio Carlos EmmendorferPres. do SINDIPI 1992 – 1995

Evaldo KowalskyPres. do SINDIPI 1986 – 1992

Antônio Carlos Konder ReisEx-Governador de Santa Catarina

Edison AndrinoDeputado Federal

José FritschSecretário Nacional da SEAP/PR

Manoel Xavier de MariaSec. Munic. de Aqüicultura e Pesca de Itajaí

SINDIPI ANOS52

Gustavo Malaguti de Souza DominguesPres. do SINDIPI 1980 – 1983

Guilherme Rogério BertoldoPres. do SINDIPI 1983 – 1986

Reimar Hoffmann / Empresário(Metalúrgica Hoffmann)

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homenagens...pessoas que nestes 25 anosrticiparam da história do SINDIPI,editando na união e inspirados no mar,mejam um horizonte de conquistas.

1980 - 2005

Noemi dos Santos CruzFundador do Estaleiro Ebrasa

Paulo C. KüsterCapitão-de-mar-e-guerra da Capitaniados Portos de SC, representado peloCom. Augusto Lobo de Itajaí

eitete do SITIPI

José Felix DuarteEmpresário (Natubrás)

Jairo da VeigaPresidente do SITRAPESCA

Ivo da SilvaPresidente da FEPESC

Célio FaulhaberFiscal Federal Agropecuário

re Espogeirote do SAPERJ

Volnei José MorastoniPrefeito de Itajaí

Carlos Konder Reisrnador de Santa Catarina

FOTOS JOÃO SOUZA

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente da República

Luiz Henrique da SilveiraGovernador do Estado de Santa Catarina

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24 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Qualidade de vida

SINDIPI estimula indústrias a investir nos funcionários

Programa beneficiatrabalhadores nas

empresas de pescadoA iniciativa do SINDIPI é

expandir as ações de

ginástica laboral e

odonto-móvel a todas

as indústrias da

região. O programa,

em parceria com o SSSSSESIESIESIESIESI

é aplicado na

empresa Vitalmar.

Mudança decomportamento. Este é o ponto departida para uma vida saudável. Écom base nisso que diversosprofissionais da área de saúde levamconhecimento e ações para dentrodas indústrias. O resultado é amelhoria da qualidade de vida dotrabalhador e o aumento daprodutividade das empresas.

Como ponto de partida, o SINDIPI– Sindicato das Indústrias de Pescade Itajaí e Região – está estimulandoações através da parceria com o SESI,em Itajaí. O objetivo é beneficiartodos os colaboradores das indústriasde pesca de Itajaí e região comatividades físicas e ações deprevenção à saúde.

A empresa Vitalmar Pescados,

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Ginástica laboral,

atividade desenvolvida

dentro da Empresa

Mariângela Rosseto,

supervisora de

odontologia do SESI

Dario Luiz VitaliDario Luiz Vitali

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 25

em Itajaí, está desenvolvendo duasações com o SESI: a ginástica laborale o odonto-móvel. A empresa temhoje 150 funcionários e processacerca de 700 mil toneladas depescados/mês.

De acordo com o gerente industrialda Vitalmar, Luis Carlos Ramos, omaior patrimônio da indústria é ofuncionário. “Não adianta só investirem máquinas, equipamentos deúltima geração e não ter pessoascapacitadas para operá-las, tantotecnicamente, quanto fisica epsicologicamente”, disse Ramos. “Seos colaboradores estiveremsatisfeitos, num ambiente de trabalhoadequado onde se sintam bem, aprodutividade aumenta e o ganho éde todos: do trabalhador e daEmpresa. Nossa intenção é levar esteprograma a outras empresas daregião”, destaca o proprietário daVitalmar Pescados e vice-presidentedo SINDIPI, Dario Luiz Vitali.

A ginástica laboral, por exemplo,é uma atividade desenvolvida dentroda empresa que dura de oito a 12minutos. Segundo a gestora deatividades físicas da área de lazer doSESI Itajaí, Iracema Gonçalves dePaulo, o programa SESI GINÁSTICA NAEMPRESA, além da atividade física,trabalha outras questões: alimentaçãosaudável, gerenciamento de estresse,comportamento preventivo erelacionamento saudável. “Otrabalho precisa ser diário, avaliadoe redimensionado constantemente.Só assim é possível mudarhábitos”, explica.

Segundo a gestora, o primeiropasso para implantar um programavoltado à qualidade de vida dostrabalhadores é diagnosticar o perfildeles por meio de um questionário.Depois de seis meses o questionárioé reaplicado para avaliação dosresultados. “O que temos constatado

é que pessoas saudáveis faltammenos e produzem mais”, conta.

Na opinião da engenheiraquímica da Vitalmar, Karla Hosang, ainiciativa é válida. “É um momentode descontração, e dá motivaçãopara continuar o trabalho no dia-a-dia”, relata. Na avaliação dofuncionário Edgar Siqueira, aginástica laboral além de prazerosa,ajuda a relaxar o corpo.

A proposta do SESI é estimular aspessoas a adotarem um estilo de vidafisicamente ativo e conseqüentementemais saudável, aumentando afamiliaridade com a atividade física,além da integração entre colegas detrabalho. De forma multidisciplinar,as ações realizadas pelo SESI nasempresas também transmiteorientações sobre alimentaçãosaudável e uma série de outrasmedidas preventivas que devem seradotadas pelos industriários paramanter a saúde dos colaboradores.

Outra iniciativa do SINDIPI foitrazer o odonto-móvel para asindústrias de pesca, através de umconvênio com o SESI às empresasfiliadas. O serviço é oferecido emsistema de rodízio. O ODONTO SESI, éuma assistência odontológicaplanejada e estruturada de acordocom as características das empresas ede seus colaboradores. Na Vitalmarhá uma unidade móvel com serviçoodontológico, realizado por umprofissional credenciado pelo SESI.Além dos serviços curativos, aunidade móvel oferece açõespreventivas para preservar a saúdeoral dos trabalhadores. “Nasempresas que têm esta ação todos osanos, é constatada, a partir dasegunda vez, a diminuição nostratamentos curativos e a ação passaa ser mais preventiva”, relata asupervisora de odontologia do SESI,Mariângela Rosseto.

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26 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Porto de Navegantes

SC ganha seu quarto

O porto será em Navegantes eO porto será em Navegantes eO porto será em Navegantes eO porto será em Navegantes eO porto será em Navegantes eterá capacidade paraterá capacidade paraterá capacidade paraterá capacidade paraterá capacidade paramovimentar 600 mil contêineresmovimentar 600 mil contêineresmovimentar 600 mil contêineresmovimentar 600 mil contêineresmovimentar 600 mil contêinerespor ano, com destaque parapor ano, com destaque parapor ano, com destaque parapor ano, com destaque parapor ano, com destaque paracarga frigorificada.carga frigorificada.carga frigorificada.carga frigorificada.carga frigorificada.

“Daqui a 22 meses,

quando o primeiro navio atracar,

o Porto de Navegantes vai ser o

mais bem equipado da América

latina”. As palavras são do

diretor-presidente Carlos

Bottarelli da PORTONAVE –

empresa que vai coordenar o

Porto de Navegantes – SC.

Com aproximadamente 60

mil habitantes e uma economia

portomercante

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1 rodapé

DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 27

voltada para a pesca e o turismo,Navegantes deverá ter um impactode mais de um bilhão de reais com ainstalação do porto. O lançamentoda pedra fundamental aconteceu noúltimo dia 26 de outubro e contoucom a participação do governadorde Santa Catarina, Luiz Henrique daSilveira. O Governador destacou aimportância do porto e disse que oPaís precisa mais 28 portos parasuprir o nível de exportações quesão escoados pelos portosbrasileiros. “Precisamos construirmais portos. Navegantes é apenasum começo”, enfatiza.

O prefeito de NavegantesAdherbal Ramos Cabral classificou ainstalação do Porto, como o marcomais importante para a economia domunicípio desde a sua emancipaçãopolítica, em 1962. “Ele vaimovimentar a economia durante eapós a construção”, disse.

O Porto de Navegantes está

sendo construído com 100% dosrecursos de capital privado e serágerenciado por três empresasbrasileiras e um Fundo de ParticipaçãoEuropeu, com sede no Panamá. Nototal serão investidos R$ 423 milhões.No período de construção, serãogerados em torno de 2.650empregos diretos e indiretos. Aprimeira etapa da obra deve durarcerca de dois anos. O primeiro navioestá previsto para atracar no novoPorto em agosto de 2007.

A segunda fase de investimentosestá orçada em R$ 64 milhões, comprevisão para janeiro de 2011, com aampliação do cais e a aquisição denovos equipamentos.

O Porto de Navegantes vai tercapacidade para movimentar 600 milcontêineres por ano, com destaquepara carga frigorificada. Contará comum cais de 750 metros lineares, comtrês berços de atracação e uma áreatotal de 250 mil metros quadrados.

As cargas serão movimentadaspor equipamentos específicos –seis Portainers do tipoPanamax e 12 Transteiners –para navios mais largos, commaior capacidade cargueira.

De acordo com o projeto,será construída uma viaportuária ligando o Porto àBR-470 e BR-101 e também

terá uma área de preservaçãoambiental de 90 mil metrosquadrados. De acordo o diretorpresidente da PORTONAVE, CarlosBottarelli, o grupo de empresáriosdecidiu investir em Navegantes porse tratar de ponto estratégico. “Eleestá localizado próximo a duasrodovias importantes, a BR-101 e aBR-470, além do AeroportoInternacional de Navegantes”,explica.

Com relação aosquestionamentos se o novo Portopoderia atrapalhar as manobras doPorto vizinho, em Itajaí, Bottarelliressalta: “o Porto de Itajaí podereceber navios com no máximo 270metros de comprimento, coisa quenão acontece. Em Navegantes cadaberço está sendo projetado parareceber navios de até 293 metros.Não queremos tirar o mercado deItajaí. Tem espaço para todos”,ressalta o presidente da Portonave. F

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Governador de Santa

Catarina, Luiz Henrique

da Silveira, destaca a

importância do Porto.

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1/2 rodapé 1/2 rodapé

28 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Ferramentaria

O técnico-mecânico Mário César de

Oliveira proprietário da Ferramentaria Molvalle em

Itajaí, recebeu um desafio de mestres de barcos:

produzir a seta, um apetrecho de pesca que os

armadores importam e que é muito utilizado para

auxiliar na captura de peixes de grande porte,

principalmente o cação. O técnico demorou cerca de

120 dias para produzir a peça, mas o resultado é

comemorado por Oliveira. “A peça ficou bem

reforçada, com um formato ideal para ajudar na

Ferramentaria investe

O produto destaque é a seta,O produto destaque é a seta,O produto destaque é a seta,O produto destaque é a seta,O produto destaque é a seta,a ponta do arpão que auxiliaa ponta do arpão que auxiliaa ponta do arpão que auxiliaa ponta do arpão que auxiliaa ponta do arpão que auxilia

na captura de peixna captura de peixna captura de peixna captura de peixna captura de peixes.es.es.es.es.

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no

Produtos para os mais variados setores da

indústria: capa de sonar, bóias para cordas, seta,

lacre de contêineres e lacre de caminhões.

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 29

captura do pescado. Consegui

baratear o custo do produto

importado em cerca de 50%”,

comemora. Segundo Oliveira,

o produto é feito com aço

inoxidável 316, próprio para

águas salgadas.

O primeiro comprador foi

o empresário da pesca Evaldo

Kowalsky. Na avaliação do

mestre de barco Chagas, da

embarcação Kopesca I, a seta

de arpão fabricada em Itajaí

supera a importada e a sua

utilização representa mais

rendimento. “Muitas vezes o

arame arrebenta e a seta

assegura a subida do peixe

(grande porte) no barco”, destaca.

Com boas perspectivas no

mercado da pesca, Oliveira disse que

vai apostar neste produto. “Vou

bancar um razoável número de peças

para atender os armadores da região.

A previsão é fabricar primeiramente

150 setas e aumentar a produção de

acordo com a procura”, explica.

Segundo o presidente do SINDIPI

– Sindicato das Indústrias de Pesca

de Itajaí e Região – Antônio Carlos

Momm, a seta em nossa região é

importante por dois motivos:

desenvolve tecnologia na região e

facilita a aquisição do produto para

os armadores locais.

Funcionando há quatro anos, a

empresa atende clientes de diversos

estados brasileiros. Especializada na

produção de moldes para indústrias

plásticas, metalúrgicas, entre outras,

a Molvalle atende os mais variados

setores, desenvolvendo moldes para

lacre de contêineres, lacre de

caminhões, peças para máquina de

costura, bóias para cordas, peças

para torneiras, etc. São cerca de 500

horas por mês, dedicadas à

construção de moldes. Na empresa,

equipamentos como fresadoras

ferramenteiras, máquina eletroerosão

e os ajustes finais na bancada são

fundamentais para a construção do

SERVIÇO:MOLVALLE FERRAMENTARIAR. Vereador Nestor dos Santos, 340Bairro: Cordeiros. Itajaí-SC47- 3349-2899

Técnico-mecânico Mário César deOliveira na linha de produção

molde, mas o diferencial é a

dedicação exclusiva do técnico

Oliveira que, na maioria das vezes,

leva cerca de 20 dias para desenhar

um molde de acordo com a

perspectiva do cliente.

Segundo Oliveira não há limites

para a construção de moldes. O

técnico cita como exemplo, o molde

da capa do sonar em plástico ABS,

encomendado pela empresa

Radionaval Eletrônica, que trabalha

com comércio e representação de

equipamentos eletrônicos navais. “O

molde ficou perfeito e atendeu à

perspectiva da empresa”, ressalta.

Na avaliação de Oliveira, o

molde é considerado essencial no

desenvolvimento de um produto,

garantindo a sua qualidade. Para

aperfeiçoar a linha de produção, a

próxima meta do técnico é adquirir

um centro de usinagem, um

equipamento de última geração.

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1/2 rodapé 1/2 rodapé

30 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Turismo

Além das praias

paradisíacas, o

município se

destaca como o

segundo maior

produtor de

mariscos em SC

No seu livro “Céus e

Terras do Brasil”, o escritor Visconde

de Taunay, imortalizado pela sua

obra máxima conhecida no mundo

inteiro “Inocência”, dedica um

capítulo inteiro para as belezas da

Armação de Itapocoroy, como era

conhecido o município de Penha, até

o final do século 19.

Mais de cem anos depois, Penha

continua a receber a admiração de

quem visita a cidade pela primeira

vez. Para quem procura belezas

naturais, Penha, está situada no

litoral norte de Santa Catarina. O

município ainda conserva muito das

a pérolado Sul

Penha

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 31

no Estado, só perdendo para

Florianópolis, que também é o maior

produtor nacional do mexilhão. Mais

de cem famílias sobrevivem da

maricultura, em Penha.

Para cultivar o mexilhão cada

família possui uma área de, no

máximo, dois hectares. No primeiro

momento, as sementes dos mariscos

ficam dentro de um cano de pvc. O

cano é coberto por uma rede de

algodão de um metro. Com o tempo

as sementes se prendem na rede,

através de um processo natural. O

cano é retirado e a rede fica no mar,

presa através de uma corda. A

colheita do marisco acontece de oito

a dez meses depois do plantio.

“Com a maricultura eu consigo

complementar a renda da minha

família. Com ela eu consegui

comprar um segundo veículo e dar

emprego para mais três pessoas. Sem

ela eu não teria nem a metade do

que tenho hoje”. O depoimento

do maricultor Sérgio Silva é um

exemplo da importância da

maricultura, que depois do

Turismo é considerada a segunda

atividade econômica em Penha.

características naturais de suas praias.

Suas paisagens compõem um

cenário de traços paradisíacos: areias

brancas, muito verde, mar tranqüilo,

paz e serenidade. São 19 praias,

divididas em 31 quilômetros de orla

marítima. Outro ponto turístico é a

Ilha Feia, apesar do nome pouco

sugestivo. O turista chega à ilha em

vinte minutos de barco, bem na

divisa com Piçarras. A Ilha Feia

abriga a Gruta do Diabo, pequena

caverna, quase inexplorada.

Além das praias, há os lugares

históricos como a Capela de São

João Batista, construída em 1759.

Em estilo barroco, a imagem de São

João Batista é venerada em seu altar

há quase 240 anos, vinda de

Portugal, juntamente com outra, a de

Nossa Senhora da Piedade.

A Igreja Matriz Nossa Senhora da

Penha, construída em 1971, no lugar

da antiga “Igrejinha” do início do

século passado, é outro ponto de

destaque no município.

MARICULTURA

A maricultura movimenta a

economia de Penha. Em 1995, a

produção de mariscos foi de 32

toneladas. Para 2005, a estimativa é

ultrapassar quatro mil toneladas, um

verdadeiro recorde. Penha é o

segundo maior produtor de mariscos

Blabla Praia de blablabla

TURISMO EM CRESCIMENTO

Penha recebe cada vez mais

turistas nacionais e internacionais

que vêm se divertir no Beto

Carrero World, instalado na cidade

há 14 anos, comemorados em 28

de dezembro. O Parque Temático

recebe um público anual de

aproximadamente 700 mil pessoas/

ano, o que significa que o consumo

de peixes e de mariscos no

município continuará crescendo.

FESTA NACIONAL DO MARISCO

O marisco faz tanto sucesso em

Penha que já tem uma festa

própria: a Festa Nacional do

Marisco. Todos os anos os turistas

são atraídos pela diversidade de

pratos produzidos com mexilhão.

Em 2006, a Festa Nacional do

Marisco será realizada do dia cinco

a 15 de janeiro.

Mais de cem famílias

sobrevivem da maricultura

em Penha

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32 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

A arte de Joel Salustiano Rocha

A arte impressionista

de

JoelSalustianoRocha“O mar e a pesca são os meus

temas favoritos.

Gosto de observar o mar, sempre

tive comigo este sentimento

positivo com o mar”.

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 33

O pintor baiano Joel

Salustiano Rocha encontrou nas

paisagens marítimas a fonte de

inspiração para pintar seus quadros.

Da mesma escola de mestres como

Claude Monet, Van Gogh e Auguste

Renoir, Rocha escolheu a arte

impressionista para expor seus

trabalhos. Com pinceladas rápidas e

com as tonalidades que os objetos

adquirem ao refletir a luz, o artista

retrata a realidade ao seu redor de

maneira bem pessoal. “Meu estilo

é impressionismo, mas utilizo

nas minhas telas um pouco de

outras escolas. A pintura

impressionista mostra uma

realidade, mas é uma realidade

apenas captada pelo próprio

artista. O que mais interessa aos

pintores impressionistas é a

captação momentânea da luz na

atmosfera e sua influência nas

cores”, explica.

O gosto pela pintura começou

cedo. “Quando era pequeno,

costumava desenhar muito e

logo veio o interesse pela

pintura”, comenta. Joel disse que

não tem um tempo específico para

pintar um quadro. “Isso é muito

relativo, depende das

da Volkswagen, em São Bernardo do

Campo. Mesmo trabalhando, Joel

não abandonou a pintura e os

estudos. Ele começou a freqüentar o

curso de educação artística, na

Faculdade de Belas Artes de São

Paulo. Em 1983 conclui o curso.

No fim de 1989 Joel retornou à

Itajaí e decidiu viver definitivamente

para pintura. Em Santa Catarina fez

pós-graduação na Universidade do

Estado de Santa Catarina (UDESC),

em Rio do Sul. No começo o pintor

montou um atelier na própria casa.

Em 1994 conseguiu montar sua

própria galeria, no centro de Itajaí,

onde funciona até hoje. No espaço, o

artista também ministra aulas,

repassando seus conhecimentos de

arte para crianças e adultos.

Alguns de seus quadros já fazem

parte de galerias particulares da

Costa Rica, Argentina, Uruguai,

Estados Unidos, Grécia e França.informações que você tem do

lugar. Normalmente eu visualizo

e volto para meu atelier para

pintar”, esclarece.

Joel Salustiano Rocha nasceu

no dia 27 de setembro de 1953,

em Esplanada, na Bahia. Quando

tinha apenas três anos, a família

resolveu se mudar para Itajaí-SC.

De 1977 a 1989 trabalhou como

desenhista projetista na ZF Brasil,

em São Caetano do Sul e na fábrica

Joel transmite seus conhecimentos

em sua galeria em Itajaí

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Page 33: Revista Sindipi Nº 15

1 rodapé

34 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Fique informado sobre as principais

Agende-se

Centro de Convenções de

Pernambuco - Recife - PB

Informações:

www.fispal.com

Expo Logística 2006

VII Feira de Produtos, Serviços e

Soluções para Logística

Consulte os organizadores

Hotel Inter-Continental Rio - RJ

Informações:

www.expologistica.com.br

Gourmet & Cia.

VI Feira Sul Brasileira de

Gastronomia

De 26 a 30 de julho de 2006

De 4ª à 6ª - das 17h às 22h

Sábado - das 14h às 22h

Domingo - das 14h às 21h

Local: Centro de Exposições de

Curitiba - Curitiba - PR

Informações:

www.diretriz.com.br

Argenplás 2006

XI Exposição Internacional do Plástico

De 20 a 24 de março de 2006 -

das 12h às 20h

Local: La Rural - Buenos Aires - AR

Informações:

www.argenplas.com

Fenacam

Feira Nacional do Camarão

De 21 a 24 de março de 2006

Local: Centro de Convenções –

Natal/RN

Informações:

www.fenacam.com.br

Food Safety & Hygiene

Feira Internacional de

Segurança e Higiene Alimentar

para a Indústria Alimentícia

De 12 a 14 de setembro de

2006 – das 13h às 20h

Local: Transamérica Expo Center

– São Paulo – SP

Informações:

www.foodsafety.com.br

Seafood Show

The International Boston

Seafood Show

De 12 a 14 de março de 2006

Local: Boston/ Massachussetts

Informações:

www.amcham.com.br

Feiras de NegóciosFeiras de NegóciosSeafood Expo Latin America

Feira Internacional de Pescados,

Frutos do Mar e Tecnologia para

Indústrias da Aqüicultura e Pesca

De 24 a 26 de maio de 2006 –

das 13h às 21h

Local: Expo Center Norte –

Pavilhão Amarelo – São Paulo – SP

Informações:

www.seafood.com.br

FI South América

Feira Internacional de Soluções

e Tecnologia para a Indústria

Alimentícia

De 12 a 14 de Setembro de

2006 - das 13h às 20h

Transamérica Expo Center - São

Paulo - SP

Informações: www.fisa.com.br

Fispal Nordeste 2006

3ª Feira Internacional de

Produtos, Equipamentos,

Embalagens e Serviços para a

Alimentação

De 08 a 11 de Novembro de

2006 - das 16h às 22h

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36 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Literatura

De 1938 até o verão de

1960 os moradores da pequena

Cajímar, em Cuba, conviveram com

um homem grandalhão, briguento,

extravagante, pescador, ex-chofer de

ambulância na Primeira Guerra e

correspondente na Segunda. Ele foi

parar em Cuba, arrebatado por uma

paixão pela pesca e um desafio:

pescar o marlin azul, uma espécie de

peixe espada.

Esse homem era o escritor norte-

americano Ernest Hemingway,

ganhador do prêmio Nobel de

literatura em 1954. Hemingway era

fascinado pelo peixe que fervilhava

na zona da corrente do Golfo e

resistia até 15 horas ao pescador. O

próprio escritor cravou o arpão num

deles e o peixe escapou depois de

dez horas de luta.

Foi durante uma tempestade que

Hemingway conheceu o pescador

Gregório Fuentes. “Nós nos

encontramos pela primeira vez na

Uma obra baseada em fatos reais,Uma obra baseada em fatos reais,Uma obra baseada em fatos reais,Uma obra baseada em fatos reais,Uma obra baseada em fatos reais,inspirada na luta dos pescadores.inspirada na luta dos pescadores.inspirada na luta dos pescadores.inspirada na luta dos pescadores.inspirada na luta dos pescadores.

Baía de las Tortugas, no Golfo do

México, durante uma tempestade

tropical. Nossos veleiros se

abrigaram no mesmo lugar. Aquele

homem imenso gritou que se

chamava Ernest Hemingway, que

havia partido de Key West oito dias

antes e que estava sem combustível e

comida. Avisei que só não tínhamos

gasolina. Ele alertou-me que eram

nove pessoas. ‘Que sejam 20’,

respondi, e ofereci comida para

todos, deixando duas garrafas de

rum nas mãos dele” conta Gregório

Fuentes para o jornal O Globo do

dia 14 de fevereiro de 1998.

A descrição de “O velho e o

mar” é real e retrata bem a figura de

Gregório e de muitos outros. A luta

do pescador Santiago com o marlin

azul consome 100 das 120 páginas

do romance. Trata-se de uma luta

metafórica. Hemingway discute o

significado da vida e a importância

de se ter algo por que valha a pena

lutar. “O velho e o mar” ganhou

duas adaptações no cinema: a

primeira em 1958, dirigida por John

Sturges e protagonizada por Spencer

Tracy; a segunda, em 1990, com

Anthony Quinn no papel principal.

A medalha do Prêmio Nobel por

“O velho e o mar”, hoje se encontra

no Santuário da Virgem do Cobre,

em Cuba.

O pescador Gregório Fuentes

ainda serviu de inspiração para

Hemingway criar o capitão Antônio

de “As ilhas da corrente”, outro

romance célebre do escritor norte-

americano.

Fonte: www.wikipedia.org/o_velho_e_o_marDIVULGAÇÃO

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 37

A NOAA – Administração Nacional de

Oceanos e Atmosfera, principal órgão de Meteorologia

dos Estados Unidos, divulgou recentemente o seu

boletim mensal sobre as condições no Oceano Pacífico.

No informe do dia 11 de novembro, a NOAA ressalta,

pela primeira vez, a chance de desenvolvimento do

fenômeno La Niña no Brasil em 2006.

De acordo o diretor da Rede de Estações de

Climatologia Urbana de São Leopoldo-RS, o

meteorologista Eugenio Hackbart, o principal efeito que

a população da região Sul vai sentir é com a redução no

volume de chuva. Hackbart disse também que outra

conseqüência do La Niña diz respeito às temperaturas.

“Apesar do tradicional calor intenso que será registrado,

o próximo verão pode apresentar períodos de

temperaturas muito baixas e incomuns para a estação

mais quente do ano. Há chance até mesmo de geada se

formar nas áreas acima de 1.200 metros de altitude dos

Previsão para 2006O fenômeno O fenômeno O fenômeno O fenômeno O fenômeno La NiñaLa NiñaLa NiñaLa NiñaLa Niña poderá ocorrer no Brasil no próximo anopoderá ocorrer no Brasil no próximo anopoderá ocorrer no Brasil no próximo anopoderá ocorrer no Brasil no próximo anopoderá ocorrer no Brasil no próximo ano

Aparados da Serra e do Planalto Sul Catarinense em

pleno verão no próximo ano. Além disso, os moradores

das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil

poderão enfrentar o outono e o inverno mais frios dos

últimos anos com ocorrência de geada e neve com

freqüência maior do que o observado nos últimos anos”,

explica o meteorologista.

Meteorologia

Fonte: www.cptec.inpe.br

O que é o La Niña?O que é o La Niña?O que é o La Niña?O que é o La Niña?O que é o La Niña?La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico com

características opostas ao El Niño, e que se caracteri-

za por um esfriamento anormal nas águas superficiais

do Oceano Pacífico Tropical. Os episódios La Niña

têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses.

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1/2 rodapé 1/2 rodapé

38 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Origem do Natal

O Natal comemora o

nascimento de Jesus

Cristo. Na antiguidade

o Natal era festejado

em diversas datas,

pois não se sabia

com exatidão o

dia do nascimento

de Jesus. Foi

somente no século

IV, que o dia 25 de

dezembro foi

oficializado, data em que

os romanos anunciavam o início do inverno.

As antigas comemorações de Natal

costumavam durar até 12 dias. Era o período

no qual os três Reis Magos levaram para

chegar até a cidade de Nazaré, onde

entregaram os

presentes ao

menino

Jesus.

A Árvore de Natal e o Presépio

Em quase todos os países do mundo as pessoas

enfeitam árvores, colocam guirlandas nas portas para

decorar casas e outros ambientes no Natal. Acredita-se

que a tradição das decorações natalinas começou em

1530, na Alemanha, com Martinho Lutero.

Certa noite, enquanto caminhava pela floresta,

Lutero ficou impressionado com a beleza dos

pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu

ajudaram a compor a imagem que Lutero

reproduziu com galhos de árvores em sua

casa. Além das estrelas, algodão e outros

enfeites, Lutero utilizou velas para que seus

familiares visualizassem a bela árvore na

floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente

americano por alguns alemães, que vieram morar

na América durante o período colonial.

No Brasil, onde a maioria da população é cristã, as árvores

de Natal estão presentes em diversos lugares, pois além de

decorar, representam um símbolo de alegria, paz e esperança.

O presépio é outra decoração natalina de bastante

destaque. O presépio mostra o cenário do nascimento de Jesus,

ou seja, uma manjedoura, os animais, os Reis Magos e os pais

do menino Jesus. Essa tradição de montar presépios teve início

com São Francisco de Assis, no século XIII.

é tempo de

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DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006 REVISTA SINDIPI 39

A história de St Nicholas

S t Nicholas foi um bispo da Ásia Menor, do século IV,referenciado precocemente quanto às lendas de Natal por salvarmarinheiros das tempestades, defender crianças e oferecergenerosas prendas aos mais pobres. Embora muitas das“histórias” de Nicholas sejam de autenticidade duvidosa (comoentregar um saco de ouro deixando-o cair pela chaminé), ocerto é que a lenda se espalhou pela Europa dando-lhe umpapel de tradicional “doador” de prendas.

O dia de St Nicholas era celebrado em seis de dezembro,porém, após a Reforma, os protestantes Germânicos deramespecial ênfase ao Christkindl (Menino Jesus) como sendo o“doador de prendas” no dia da sua própria festa, 25 deDezembro. Quando a tradição de Nicholas prevaleceu, ficoucolada ao próprio Natal.

Outros “doadores de prendas” de Natal no folclore Europeucomo o Père Nöel na França, Julenisse na Escandinávia, FatherChristmas na Inglaterra e o Pai Natal em Portugal estão

relacionados com St Nicholas.Todos os anos na época do Natal, em muitos

lugares do mundo, há diversas mensagens: anúncios,cartões de boas festas, decorações sazonais e apresença de pessoas vestidas de Pai Natal quedocumentam a lenda moderna de Santa Claus (PapaiNoel). Crianças escrevem cartas e na noite de Natalalgumas deixam-lhe comida ebebida para sua passagem.

Para integrar a história doPapai Noel com o significadoreligioso do Natal, alguns cristãosrecordam-nos que as característicasmodernas derivam de lendas de um antigo santo cujavida foi um símbolo de amor, carinho, paz egenerosidade.

1/2 rodapé

O Papai Noel

Papai Noel é um lendário distribuidor de prendasdo Natal, um homem gorducho e bonacheirão, de

farta barba branca e conduzido pelo espaço por um trenó carregado debrinquedos e puxado por oito renas. O Papai Noel, também chamado StNicholas, St Nick ou Santa Claus – assim reza a história –, visita todas ascasas na noite de Natal descendo pela chaminé para deixar presentes naárvore ou nos sapatos de todas as crianças bem comportadas.

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada numbispo chamado Nicolau, que nasceu naTurquia em 280 d.C. O bispo, homem de bomcoração, costumava ajudar as pessoas pobres,deixando saquinhos com moedas próximos àschaminés das casas. Foi transformado emsanto (São Nicolau) após várias pessoasrelatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolauao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. NosEstados Unidos ganhou o nome de SantaClaus, no Brasil, de Papai Noel e em Portugal,de Pai Natal.

Até o final do século XIX, o Papai Noelera representado com uma roupa de invernona cor marrom. Porém, em 1881, umacampanha publicitária mostrou o bomvelhinho com uma roupa, também deinverno, nas cores vermelha e branca ecom um gorro vermelho com pompombranco. A campanha publicitária fezum grande sucesso e a novaimagem do Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.

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40 REVISTA SINDIPI DEZEMBRO 2005 / JANEIRO 2006

Culinária

Para o creme:2 latas de creme de leite (sem

soro)

3 copos de leite (medida de

copo de requeijão)

3 latas de milho verde (sem a

água)

3 colheres (sopa) de farinha

de trigo

Sal a gosto

Outros ingredientes:Refogado de 1 kg e meio de

camarão (preparado a seu

gosto)

100 gramas de batata palha

2 copos de requeijão (em

temperatura ambiente)

300 gramas de mussarela

ralada

100 gramas de parmesão

ralado

Delícia de camarão com

creme de milho

Receita enviada por Rita Bilik,

Balneário Camboriú.

Foto de Marcello Sokal

Como montar:Unte uma travessa grande com

manteiga ou margarina.

Coloque o creme de milho e

espalhe o refogado de camarão por

cima.

Cubra o camarão com uma

camada de batata palha, depois

espalhe todo o requeijão por cima

das batatas. Cubra essas camadas

com a mussarela ralada e porúltimo espalhe o parmesão ralado.Leve ao forno para gratinar.

Para enfeitar, antes de servir, cubracom batata palha e enfeite comalguns camarões graúdos.

Uma delícia que pode seracompanhada de arroz e farofa, ouao gosto da sua família.

Quantidade para 10 pessoas.

Como fazer:Bata o leite, o milho e a farinha de

trigo no liquidificador até formar

um creme. Coloque em uma

panela e leve ao fogo até ferver,

mexendo sempre. Coloque sal a

gosto. Desligue, espere esfriar um

pouco e misture o

creme de leite, sem

soro. Reserve.

Faça um deliciosorefogado decamarão detamanho e gosto àsua escolha!Ele será o recheioprincipal do prato.Não deixe com muito molho.

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Ao limpar o peixeAproveite a cabeça e o

espinhaço para preparar pirão,

sopas, moquecas, bolinhos e as

ovas para farofas e recheios.

Para retiraro odor do peixeEsfregue limão nas mãos e

utensílios. Usar suco de limão no

tempero do peixe para deixá-lo

mais macio e saboroso.

Cuidados na compra dopeixeObserve se o peixe está

conservado adequadamente no

momento da compra.

Não é aconselhável comprá-lo

se estiver fora do gelo, exposto

ao sol.

descongelado, não pode ser

novamente congelado.

E depois de descongelado, deve

ser consumido rapidamente,

evitando riscos de

contaminação.

Conservação do peixeDeve ser mantido em geladeira

ou congelador. Para melhor

conservá-lo em geladeira,

tempere com sal e limão. Depois

de limpo deve ser consumido o

mais breve possível. No

congelador, sua validade pode

chegar a três meses.

Para manter todas asqualidades do peixePara descongelar, tire do

congelador e deixe na

geladeira, na noite anterior ao

preparo. O peixe pode estragar

se for descongelado em água

corrente. Se for prepará-lo

cozido ou ensopado, pode tirar

do congelador e levar direto

para a panela. Depois de

Dicas de Culinária

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Mensagem

Neste mundo, existem pessoas que alcançamgrande sucesso na vida e existem aquelas que, pormais que se esforcem, não obtêm sucesso.

Afinal, qual é o segredo do sucesso?Qual é o diferencial que faz determinadas

pessoas atingirem seus objetivos e outras seremderrotadas?

Sem dúvida nenhuma, o grande diferencial é a“BASE DA VIDA” das pessoas.

Quando constroem um prédio, os engenheirosdão grande importância à base do edifício. Narealidade, a base é tudo. Se a "BASE" não estiverfirme, não será possível erguer os andares e,mesmo que concluam a construção comacabamento de primeira, cedo ou tarde ela acabarácaindo. É como construir um castelo sobre a areia:na primeira onda, desmorona.

Assim como nos edifícios, a "BASE DAVIDA" são nossos pais, pois foi deles querecebemos esta vida.

Por incrível que pareça, são inúmeras aspessoas que desconhecem esta relação existenteentre pais e filhos.

Desconhecem que o nascimento delas numadeterminada família não foi algo que aconteceu por

Seicho-no-ie

Saul Antonio Brandalise

Supervisor administrativo da Seicho-no-ie do BrasilRegional SC Florianópolis

FO

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OK

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acaso, mas foi devido à afinidade entre espíritos e,graças ao grande amor dos nossos pais, recebemosa graça de nascer neste mundo.

E que fazer para fortalecer a "BASE DAVIDA" e mantê-la sólida como base de um grandeedifício?

Assim como nas grandes construções énecessária uma grande quantidade de areia,pedras, ferro e cimento, para fortalecer a base danossa vida, é necessário dedicar aos nossos paisgrande quantidade de amor, respeito e gratidão.

"Mesmo que agradeças a Deus, se nãoconsegues, porém agradecer aos teus pais, nãoestás em conformidade com a vontade de Deus".

Sobre tudo, devemos sentir amor, respeito egratidão ao nosso pai, que é o centro do lar.

É justamente esta atitude que nos aproximado sucesso.

Quando há amor, respeito e gratidão aosnossos pais, a "BASE DA VIDA" se torna sólida,e tudo que se constrói sobre essa "BASE"constitui a vontade de Deus, e caminhamosinfalivelmente rumo ao sucesso.

Masaharu Taniguchi

A base do sucesso

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