revista sino - fevereiro /2013
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Revista dos antigos alunos do Santo Inácio, edição de fevereiro de 2013TRANSCRIPT
Revista dos antigos alunos do Santo InácioN°6
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Da caderneta ao crachá
Saiba quem são os antigos alunos que continuam escrevendo a história do colégio
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E se tudopudesse ser mais?
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N°6 | fevereiro | 2013
A Sino dá as boas vindas aos novos antigos alunos do colégio e mostra a comemoração de formatura da turma de 1942 página 6
Asia prioriza investimentos no braço educacional de seus projetos sociais. Atendimentos na área de saúde continuam crescendopágina 8
Antiga aluna de 1994, Paula Abreu, escreve artigo sobre o minimalismo, partindo de sua experiência pessoal página 12
Em seu quadro de funcionários, o colégio conta com 41 antigos alunos. Conheça alguns deles e suas histórias página 14
Índice
E se tudopudesse ser mais?
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio
Conselho Editorial Pe. Luiz Antonio de Araújo Monnerat, SJ; Vera Porto; Izabela Fischer; Olga de Moura Mello e Maria José BezerraJornalista Responsável Pedro Motta Lima (JP21570RJ) ([email protected])Projeto Gráfico Ana Mansur ([email protected])Diagramação Daniel Tiriba ([email protected])Revisão André Motta Lima Contato Publicitário 21 2421 0123Produção ML+ (Motta Lima Produções e Comunicação) Tiragem 5.600 exemplaresGráfica Walprint
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Estimados amigos: Tenho recebido regularmente a revista SINO, Muito
obrigado. Parabens pelo trabalho que vocês desempenham. Ela é muito útil
para todos os antigos alunos do CSI.
Abraço cordial do Fernando Genschow (Turma 1947)
Muito boa a matéria sobre o nosso querido Zezinho (Sino No. 5). Melhor
ainda poder conhecer um pouco de sua vida vitoriosa em todas as áreas.
Não é à toa que acredita estar entre os homens mais felizes da Terra. E eu
acredito nele. Mesmo no caso da turma de 89, com tantos problemas de
disciplina como contou (talvez a turma que mais pediu por limites), o ins-
petor Zezinho foi escolhido por eles como patrono. Mais que vitória, esse
é outro triunfo do nosso grande educador, que não tem dúvidas sobre a
importância de sua missão. Valeu, Zezinho!
Fábio Marinho Calderano (82)
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A primeira edição do ano vem com duas matérias
que nascem para se tornarem tradição: as boas-
vindas aos novos antigos alunos do colégio e o
balanço das atividades da ASIA no ano anterior.
Neste número, os jovens formandos ainda
ganharam a companhia do pessoal da turma que
completou o ginásio em 1942 e comemorou os
70 anos da data com uma missa no colégio.
Temos também um artigo sobre minimalismo,
enviado pela antiga aluna Paula Abreu (94), e
uma matéria com os ex-alunos que atualmente
trabalham no colégio. São 41 pessoas que têm
o prazer de estar diariamente no ambiente em
que estudaram. Um bom ano para todos e
espero que gostem desta edição.
Pedro Motta Lima (94)
Boas-vindas e balanço: todos os anos
Espaço do leitor
Ballet ClássiCo isolina rabellocrianças, adolescentes e adultos
desenvolvimento psicomotor força, flexibilidade e equilíbrio desenvolvimento musical autodisciplina
Novas turmas iniciando em marçoBaby Class a partir de 3 anosTurmas para adultos iniciantes
Professores:
isolina rabellobailairina, discípula e assistente de Eugenia Feodorova
Maria VakhrusheVabailarina do Teatro Marinsky (“Kirov”), formada pela Academia Vaganova (São Petersburgo, Rússia)
Rua esteves Júnior, nº 4, laRanJeiRas informações: 8111-4664 / [email protected]
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CSI é bronze em Olimpíada Brasileira de MatemáticaO jovem Pietro Motta Geronimi, do sétimo
ano, ganhou a medalha de bronze pelo
resultado de sua participação na 34ª
Olimpíada Brasileira de Matemática, que
reuniu estudantes de todo o Brasil. Mais de
3,5 mil escolas das redes pública e privada,
além de 155 instituições de ensino superior,
participaram da competição, que teve mais
de 200 mil jovens inscritos.
Todos os premiados podem entrar na seleção
para formar as equipes que representarão o
Brasil em diversas competições internacionais
de matemática ao longo de 2013.
Decoração natalinaPelo primeiro ano, o colégio decorou sua fachada para o Natal. Um presépio de
luzes foi montado com o objetivo de resgatar o sentido cristão do Natal, uma
festa que foi apropriada pelo comércio nos últimos anos, afirma o reitor do
Santo Inácio, padre Luiz Antonio Monnerat. O painel de seis metros de largura
por quatro de altura recebeu 44 mil lâmpadas representando a Sagrada Família
e outras figuras que compõem o presépio. Por sinal, o primeiro foi criado em
1223, por São Francisco de Assis, numa floresta da região de Greccio, na Itália,
onde passou a véspera de Natal.
TrigêmeosA antiga aluna Daniela Maximiliano (2002) informa o
nascimento de seus trigêmeos: Beatriz, Alice e Bernardo. O
parto foi no dia 11 de agosto de 2012. Segundo ela, a demora
na comunicação tem uma explicação: “não tem sobrado muito
tempo para mim depois da chegada dos três”. Desejamos
felicidades para a família e muita saúde para todos.
Ballet ClássiCo isolina rabellocrianças, adolescentes e adultos
desenvolvimento psicomotor força, flexibilidade e equilíbrio desenvolvimento musical autodisciplina
Novas turmas iniciando em marçoBaby Class a partir de 3 anosTurmas para adultos iniciantes
Professores:
isolina rabellobailairina, discípula e assistente de Eugenia Feodorova
Maria VakhrusheVabailarina do Teatro Marinsky (“Kirov”), formada pela Academia Vaganova (São Petersburgo, Rússia)
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Novos e velhos antigos alunosA primeira revista do ano será aberta com uma homenagem aos mais novos antigos alunos do Colégio Santo Inácio: os formandos da turma de 2012. Esperamos que eles se espelhem no pessoal da turma de 1942, que esteve no colégio no fim do ano passado para comemorar os 70 anos do fim de seu curso ginasial. Capitaneados pelo antigo aluno Evaldo de Souza Freitas, o grupo já comemorou os 50 e os 60 anos da formatura, sempre nas dependências do colégio. “Emocionados, revivemos os momentos passados nas salas de aula e nos corredores do nosso colégio, trazendo de volta às nossas mentes as lembranças e as reminiscências que o tempo jamais apagará”, diz Evaldo, em nome dos colegas. A turma, por sinal, nos enviou o texto lido durante a missa de comemoração e que publicamos aqui ao lado, esperando que o exemplo destes senhores sirva de inspiração aos mais jovens.
Fotos: Divulgação CSI
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Estamos a viver, no dia de hoje um momento muito especial, repassado de saudades e de recordações, e que trazem de volta às nossas mentes as lembranças do nosso Colégio Santo Inácio.
Impossível negar que, ao cruzarmos estes portais e ao caminharmos por estes corredores, não fomos, todos nós, sem exceção, tomados por indizível emoção, e que os nossos corações se povoaram de mil e uma lembranças e de reminiscências que o tempo não apagou e que a poeira dos anos jamais cobriu.
Sonhos, ilusões e ideais que habitavam nossas cabeças juvenis parece que – de repente – estão de volta , ganharam vida e movimento, em um emocionante retorno a um passado que marcou as nossas vidas, modelou as nossas mentes, forjou o nosso caráter e alegrou os nossos corações.
Obrigado, Colégio Santo Inácio por tudo isto!
Obrigado aos nossos pais, aos nossos padres amigos, aos nossos mestres e professores que nos ensinaram – com paciência e compreensão – a trilhar os caminhos da vida e que de jovens nos fizeram homens!
Obrigado aos queridos Colegas por essa amizade que não se perdeu nas curvas das estradas da vida e que aqui se faz presente SETENTA anos passados!
Obrigado ao bom DEUS que nos permitiu chegar até aqui para colher, nesse momento inesquecível, os frutos de uma amizade que um dia Ele plantou em nossos corações.
Por fim, que DEUS permita que, no dia de hoje, os nossos companheiros que já se foram possam descer até aqui e, conosco, também partilhar desses momentos de intensa alegria e inegável emoção.
Obrigado, Senhor!
Texto da turma de 1942
Formandos da turma ginasial de 1942 se reúnem no saguão do colégio para a foto de recordação. Os 70 anos da conclusão do curso foram celebrados com uma missa
Na página ao lado a formatura da turma de 2012. Além dos diplomas, os jovens receberam um Sino de recordação. O quadro dos novos antigos alunos já está no hall do colégio, onde ficará até o final deste ano
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No ano que passou, a Associa-
ção dos Antigos Alunos dire-
cionou seus investimentos aos
projetos sociais ligados à edu-
cação. E o foco deve permanecer o mes-
mo em 2013. Foram investidos R$ 430
mil na reforma do prédio que abriga a
Unidade de Atendimento ao Pré-Escolar
(Unape) e os cursos do Centro de Com-
plementação Escolar (CCE), projeto que
tem o importante apoio da Petrobras.
O prédio, que fica no Morro Dona
Marta, ganhou uma grande sala multiuso
com uma cozinha só para ela. “O espa-
ço é usado tanto para aulas de capoeira,
futebol e tecido, como para e de tecido,
como para atividades culturais e reuniões
da comunidade - o espaço não é alugado
para festa e afins. Além disso, as crianças
ganharam novas salas de dança e judô, a
cozinha e a despensa foram inteiramen-
te reformadas, a sala de computação foi
melhorada e recebeu 15 novas máquinas
e o terraço também passou por obras.
“Também refizemos a caixa d’água e
pintamos todo o prédio”, complemen-
tou a vice-presidente da Asia, Maria José
Bezerra, lembrando que foram resolvidos
alguns problemas de tubulação. As obras
já fizeram com que a associação pudesse
aumentar o número de crianças atendi-
das pelo projeto social. O CCE passará
das 120 vagas para 180.
Para este ano, estão programadas
mudanças na Casa Santa Marta, que
recebe crianças de 4 meses a 2 anos de
idade. “As obras já começaram. Vamos
mudar todo o terraço, que será amplia-
do e ganhará uma parte coberta maior,
afinal é o espaço usado para eles brin-
carem. Trocaremos a caixa d’água, te-
remos mais chuveiros, aumentaremos a
área administrativa e vamos definir o que
fazer com um espaço anexo à casa”, ex-
plicou Maria José.
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No ano passado a Asia direcionou seus esforços para a área
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Audiometrias 291 Total 127.459* exames em 6.042 pessoas
ATENDIMENTOS E EXAMES EM 2012
Atendimentos do projeto Imagem Solidária e do Ambulatório São Luiz Gonzaga continuam crescendo
Ao lado do prédio foi criada uma espécie de sala multiuso, que abriga aulas de capoeira, futebol e tecido, mas também
eventos culturais e reuniões comunitárias. Ao lado do espaço foi feita uma cozinha, também independente do prédio
A reforma de uma sala possibilitou a prática de judô entre as crianças que frequentam o prédio. O espaço também é usado para outras atividades, como dança e música
Rafael Wallace
Divulgação Unape Divulgação Unape
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Unape 54Ambulatório e imagem solidária 38Casa Santa Marta 18administrativo 3Total 113
FUNCIONÁRIOS DA ÁSIA
A reforma deixou a cozinha mais espaçosa. Na foto as funcionárias fazem limpeza, preparando o espaço para o início das aulas
O terraço passou por uma grande reforma. A quadra foi totalmente refeita e ganhou nova pintura
Além de novas máquinas, o espaço passou por alterações físicas. Professores ganharam mesa no meio da sala
Crianças aproveitam o espaço multiuso para as aulas de tecido
Fotos: Divulgação U
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O novo espaço criado no pré-
dio que a ASIA mantem no
Morro Santa Marta receberá
neste mês a exposição “Tan-
dem - homem x mundo”. Com o objetivo
de mostrar a história do planeta, o sur-
gimento do homem e a relação entre os
dois, a mostra gratuita ficará aberta até
o dia 18 de março, de segunda a sexta,
das 8h às 17h30. Montada pela primeira
vez, no ano passado, no Shopping Nova
América, a exposição será adaptada para
o novo espaço. “Lá nos tínhamos mil me-
tros quadrados. Traremos a mesma ideia,
a proposta, mas teremos que nos adequar
ao espaço”, explica Diogo Rezende, sócio
da produtora M’Baraka (www.mbaraka.
com.br), responsável pelo projeto.
A comunidade do Santa Marta e
quem mais visitar a exposição terá a
oportunidade de refletir sobre a har-
monia e a sustentabilidade do plane-
ta. Baús e gavetas vão apresentar as
grandes invenções da humanidade - as
boas e ruins - e projetos para um futuro
melhor. “Termos a bomba atômica, va-
cinas... e algumas ideias para vivermos
em harmonia”, explica Diogo. Segundo
ele, a proposta vem de 2005. “Na época
montamos algo bem pequeno e senti-
mos que o projeto tinha potencial. Mon-
tamos, então, equipes para realizarem a
pesquisa. Precisávamos de professores,
de pessoas da área”, recorda-se.
O passo seguinte foi viabilizar o pro-
jeto, usando as leis de incentivo. Conse-
guiram o apoio da prefeitura do Rio, do
Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), da Chemtech e da Universida-
de Estácio. “No projeto que fizemos, já
constava uma contrapartida por parte
da produtora que era levar a exposição
para uma comunidade. Uma das nossas
produtoras conhece pessoas ligadas à
projetos sociais aqui no Santa Marta e
acabamos chegando a este espaço”, ex-
plica Rezende
A vez do morroExposição que fez sucesso no shopping Nova América vai ocupar novo espaço de prédio da Asia no Santa Marta
Fotos: Pedro Motta Lima
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Nos últimos anos, a busca por uma
vida mais simples e minimalista
se espalhou rapidamente pelo
mundo. Alguns atribuem o ressur-
gimento dessa filosofia de vida à crise eco-
nômica Norte-americana, mas é fato que se
nota efeitos dela por todo o mundo, incluin-
do países que estão em franco crescimento.
A definição de minimalismo ou simplici-
dade pode variar, mas em geral gira em torno
de uma decisão consciente de apenas possuir
aquilo de que verdadeiramente precisa. Por
isso mesmo, alguém se torna minimalista a
partir do momento em que se auto-define
como minimalista. Daí em diante, a pessoa
passa a repensar suas escolhas quanto à
aquisição de bens de consumo, consciente-
mente comprando menos e repensando suas
prioridades.
Enquanto para os menos radicais signi-
fica repensar o mundo de tralha que já está
dentro de casa, esvaziar os armários e, nesse
exercício, redescobrir do que verdadeiramen-
te gosta, repensar suas prioridades e reorga-
nizar a vida para ter mais daquilo que ama e
menos do que é desnecessário, para os mais
radicais pode significar viver de uma mochila
e viajar pelo mundo com pouco dinheiro.
Algumas coisas são comuns a todos que
buscam o minimalismo: pensar com mais cui-
dado sobre o que se consome, priorizando
despesas e novas aquisições; pensar sobre o
que já possui e decidir o que deve ser vendi-
do, doado ou jogado fora por não ser neces-
sário ou útil; conscientemente incluir na vida
mais atividades e experiências que tragam
felicidade, em vez de ocupar esse tempo/es-
paço com “coisas”.
Alguns benefícios do minimalismo
Quando a gente ouve falar de minima-
lismo ou simplicidade a gente pensa em “va-
zio” – que não é lá muito encantador -, mas
o certo é a gente pensar em “espaço”, que
é uma coisa que todo mundo gostaria de ter
mais: espaço nos armários, nas agendas, pra
pensar, pra brincar, pra se divertir com os
nossos filhos, pra experiências novas.
Me tornei minimalista há cerca de nove
meses e, nesse meio-tempo, observei na prática
alguns dos benefícios desse novo estilo de vida:
• Liberdade – Fiquei por anos escravizada
a um emprego que não me fazia feliz por-
que, a cada vez que eu considerava sair,
eu pensava: “mas eu preciso do dinheiro
pra comprar/manter as minhas coisas”.
Até o dia em que eu me dei conta de que
estava abrindo mão da minha liberdade e
trabalhando numa coisa que não me fazia
feliz pra poder comprar ou manter coisas
de que eu não precisava ter. Hoje, quanto
mais feliz eu sou com menos, mais liberda-
de eu tenho pra viver a vida que eu sempre
quis, fazendo o que eu amo.
• Tempo – Quanto menos coisa você tem,
menos você precisa dedicar o seu tempo
a limpar, organizar, fazer manutenção,
cuidar de coisas. Adivinha o que você
pode fazer com todo o tempo livre que
resulta do minimalismo? Coisas que você
realmente ame e que te façam verdadei-
ramente feliz.
• Economia – Quando a gente fala em
economia como conseqüência do mini-
malismo, as pessoas imediatamente fazem
o raciocínio lógico de “claro, se você não
compra uma coisa, você economiza o di-
nheiro”. Mas é mais que isso. Porque além
de comprar uma coisa, você paga pelo
espaço que essa coisa ocupa na sua casa,
você paga manutenção, limpeza, etc. Pen-
se nos custos, por exemplo, de um carro e
você claramente verá que eles não se limi-
tam ao preço do carro em si.
• Auto-conhecimento – a partir do mo-
mento em que você deixa de se definir
pelo que você tem, você passa a buscar
entender quem você é. E, olhando pra
trás, pra coisas que você tinha e que ima-
gem você estava querendo que elas pas-
sassem pro mundo, você consegue ter
uma boa ideia de muita coisa sobre você
mesmo. Às vezes, não é fácil e nem bonito
o que você vê, mas é o primeiro passo pra
você assumir as rédeas de você mesmo e
ser uma pessoa melhor.
• Relacionamentos mais verdadeiros –
quando você não se define mais pelo que
ar
tig
o
Minimalismoquando menos pode ser mais
Por Paula Abreu* (94)[email protected]
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você tem, mas sim pelo que você é, você
começa a enxergar a superficialidade das
suas relações com algumas pessoas que te
julgam apenas pelo que você tem. Natu-
ralmente, você começa a buscar relacio-
namentos mais profundos e verdadeiros.
Essa “reciclagem” é saudável.
Por onde começarUma forma muito boa e (quase) indolor,
porque tem um critério objetivo muito sim-
ples, é a seguinte: jogue fora tudo o que está
quebrado e não pode ser consertado (ou não
vale a pena ser). Exemplos de coisas quebra-
das que a gente vai deixando pela casa e que
podem ser o nosso primeiro passo no maravi-
lhoso mundo do “destralhe”: eletrodomésti-
cos, móveis (vale a pena consertar, muitas ve-
zes, mas tem que ter a atitude e fazer de uma
vez!), relógios, pratos, potinhos de geladeira,
sapatos. Às vezes custou caro, é de estimação,
ganhamos de alguém querido, estamos por
algum motivo apegados. Mas, atenção: que-
brou! Se não tem conserto, a solução é o lixo.
Feito isso, um segundo passo importante
é entender o papel das coisas que temos. Al-
gumas coisas são úteis, ou seja, nos servem
para algum propósito específico. Estas, em
geral, podem ficar na hora da arrumação,
desde que estejam em bom estado e capa-
zes, portanto, de servir ao fim a que se desti-
nam. Não adianta ter utensílios tecnológicos
e super modernos só que quebrados, por
exemplo – e aí voltamos ao primeiro passo: o
que está quebrado precisa ir embora.
Também não adianta ter coisas com uma
função da qual não precisamos, ou precisa-
mos muito pouco (uma ou duas vezes no
ano). Essas coisas estão ocupando um espaço
precioso na nossa casa à toa. E espaço, como
já vimos, custa dinheiro. Com um pouco de
criatividade, podemos resolver as poucas oca-
siões no ano em que precisarmos destes obje-
tos. Por exemplo, podemos pegar emprestado
com parentes ou amigos, ou alugar.
Existem também as coisas belas, que
são as coisas que, mesmo sem ter muita –
ou nenhuma – utilidade prática, nós ficamos
felizes de admirar. A pegadinha das coisas
belas é avaliar se nós ainda as achamos be-
las. A coleção de gatinhos que ocupa metade
do meu bar já não me diz muita coisa, por
exemplo. Já não gosto mais, também, de al-
gumas gravuras que emoldurei no passado.
Essas coisas merecem novos donos, e eu me-
reço o meu precioso espaço de volta.
Algumas coisas não são úteis nem be-
las: são emocionais. Eu guardo cartinhas
dos meus avós quando namorados, cartões
de aniversário do meu falecido pai pra mim,
as roupinhas que meu filho usava quando o
adotei (e as minhas também). Quanto a essas
coisas, a gente tem que olhar e se perguntar
se precisam estar na nossa vida fisicamente
para termos as lembranças que elas nos tra-
zem. Às vezes sim, às vezes não (oi pra você
que guarda todas as agendas dos tempos de
colégio, coleção de papel de carta e ingresso
de show de rock da adolescência!).
Por fim, existem as coisas “aspiracio-
nais”, que são coisas que nos remetem ao
que gostaríamos de ser ou fazer. São os equi-
pamentos e materiais que a gente compra de
esportes, hobbies, coisas que gostaríamos de
fazer mas acabamos não fazendo por falta
de tempo, de dinheiro, de força de vontade,
de coragem, habilidade, etc. No meu caso,
por exemplo, me livrei de toneladas de te-
cidos que eu nunca teria tempo ou saco de
costurar, e materiais de scrapbooking que eu
nunca usaria porque não tenho paciência e,
hoje em dia, não acho mais tão bonito.
Que tal fazer uma experiência?Para. Se olha no espelho e se pergunta: o
que você está fazendo com a sua vida? Está
seguindo o que todo mundo segue? Gostan-
do do que todo mundo gosta? Simplicidade
é se perguntar: isso é bom pra mim? É disso
que EU gosto? É isso que me faz feliz?
Se não for, a simplicidade ou o minima-
lismo é o que vai nos dar a força interna de
dizer não a essas coisas (olha aí de novo o
desafio de dizer não!) e fazer da nossa casa
– e da nossa vida – um lugar mais simples,
limpo, organizado, agradável e cheio só de
coisas que a gente curte e ama.
Que tal olhar em volta com uma atitude
crítica e repensar o que você tem, se pergun-
tando o que cada uma dessas coisas traz para
a sua vida? Elas são úteis? São belas? São
emocionais, aspiracionais? Trazem felicidade?
Ou são apenas “coisas” que estão ocupando
espaço e custando. Que tal buscar mais liber-
dade e felicidade possuindo menos??
* Escritora, mãe do Davi, corredora e viciada em
pipoca. Escreve no blog www.facebook.com/
MyBetterLife e no www.escolhasuavida.com.br.
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Para muitas pessoas o primeiro dia
de trabalho é um momento de ten-
são: novos colegas, ambiente des-
conhecido e a necessidade de se
adaptar. Para outros, no entanto, pode ser
apenas uma volta a um ambiente bastante
familiar. Esta é a realidade para 41 antigos
alunos do Colégio Santo Inácio que, de-
pois de formados, voltaram a frequentar a
Rua São Clemente 226, em Botafogo, mas
desta vez como funcionários da escola. Em
vez da velha caderneta, que já não existe
nos dias de hoje, o crachá.
A nossa lista começa pelo diretor
administrativo-financeiro da escola, Jor-
ge Alberto Torreão Dáu. Após se formar
em 1976 e cursar engenharia eletrônica
e de sistemas na PUC, onde também fez
seu mestrado, Dáu foi para o mercado de
trabalho. Apesar de, nas férias de 1977,
ter dado aulas de matemática para alu-
nos do CSI que ficaram de recuperação,
sua intenção não era ser professor. Passa-
dos 20 anos, acabou voltando ao colégio
para, inicialmente, dar aulas de ensino re-
ligioso (explicamos depois, mas é religião
mesmo). Trabalhou na formação cristã e
foi coordenador de série até assumir seu
cargo atual. “Percebi que apesar de não
ser muito falada para os alunos, os valo-
res e até mesmo a espiritualidade inaciana
estavam em mim. Além disso, ter carinho
pelo local onde se trabalha é muito bom.
Foi fácil me entrosar”, conta ele, que tem
duas filhas, ambas já formadas no colégio.
Enquanto Dáu se tornou funcionário
por acaso, para o professor de Educação
Física e antigo aluno, Marcos Marinho,
trabalhar no Santo Inácio era um objetivo
O bom filho... Antigos alunos funcionários do colégio falam do prazer de trabalhar no ambiente onde estudaram e afirmam que adaptação foi mais simples
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a ser alcançado. “Sou da turma de 1985.
Quando me formei na faculdade, em
1989, a primeira coisa que fiz foi deixar
meu currículo aqui no colégio, pois esta
era minha vontade desde que entrei no
curso de Educação Física”. A contrata-
ção, no entanto, só veio em 1992. “Che-
guei a participar de um processo seletivo,
mas me disseram que era importante ter
experiência em uma escola menor. Fui
trabalhar, então, em um colégio no Enge-
nho de Dentro, mas pensando no Santo
Inácio”, conta o antigo aluno.
Marinho lembra que, apesar de co-
nhecer muito bem o ambiente, na pri-
meira semana de trabalho no CSI ficou
bastante tímido - afinal até bem pouco
tempo seus novos colegas eram seus
mestres. “Apesar de ter telefone na sala
dos professores, eu ia até o orelhão para
ligar”, diverte-se. Assim como outros
antigos alunos que trabalham na escola,
Marinho destaca o sentimento de per-
tencimento como o diferencial de se tra-
balhar onde se estudou. “Também dou
aulas em escola municipal. É uma outra
realidade, apesar dos alunos serem bem
parecidos. Mas a diferença maior está na
relação que tenho com o colégio. Quan-
do estudante, aproveitei a pastoral, fazia
teatro, praticava esportes... e tento pas-
sar para a garotada como isto foi bacana
para mim e pode ser legal para eles”.
A professora de religião e antiga alu-
na da turma de 96, Renata Muniz, tam-
bém aproveitou intensamente o colégio.
No caso dela, os laços com o colégio já
existiam antes mesmo de seu nascimento,
pois os pais eram professores na escola -
Regina Muniz, de português, e Ernando
Marcolino Muniz, de desenho geométrico
e geometria. “Quando nasci meus pais já
trabalhavam no colégio. Quando me for-
mei em desenho industrial, procurei vaga
na pastoral do colégio, mas para trabalhar
na minha área. Queria muito voltar àque-
le ambiente. Sinto-me em casa no Santo
Inácio. O vínculo é muito forte. Meus dois
irmãos também estudaram aqui e meu fi-
lho vai entrar neste ano”, conta ela, que se
adaptou rapidamente à rotina de funcio-
nária. “Já conhecia todo mundo. Foi mui-
to mais fácil para mim do que para uma
grande amiga minha que não era antiga
aluna. Além disso, não há como negar
que há diferença entre trabalhar aqui e em
outros colégios. Dou aulas em outro lugar
e sei como é”, garante.
Mas toda esta satisfação em traba-
lhar no colégio, não exime os profis-
O professor de educação física Marcos Marinho no novo centro esportivo do colégio (na página ao lado) e na sua foto de formatura. Ele guarda todas as suas cadernetas de época de aluno
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Fotos: Pedro Motta Lima e Reprodução
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sionais da cobrança. “Ser antigo aluno
é levado em consideração nas seleções
apenas como critério de desempate.
Nunca contrataríamos um funcionário
menos qualificado só porque estudou
no colégio”, afirma o diretor geral. Se-
gundo Renata Muniz, até na cobrança
ser antigo aluno ajuda. “Quem estu-
dou aqui já está acostumado ao estilo
dos jesuítas, de busca pela excelência e
envolvimento. O trabalho é levado a sé-
rio e são muitas as responsabilidades”,
garante. A contadora Daniela Nejaim
reforça: “Há um compromisso muito
forte entre os profissionais da escola,
principalmente entre os ex-alunos. Fazer
o melhor possível é uma forma de retri-
buir pela formação que recebi enquanto
estudei aqui”, acredita.
Formada em 1994, Daniela é mais
uma das que voltaram ao Santo Inácio
por acaso - “mas achei ótimo”. Ela se
formou em contabilidade em 1998 e
soube, através de um tio jesuíta, que
o contador da Associação Nóbrega de
Educação e Assistência Social (Aneas)
- instituição que reúne os 15 colégios
da Rede Jesuíta de Educação - estava
precisando de um assistente. “Tentei a
vaga e consegui. Enquanto estive lá, no
entanto, não tinha muita relação com o
colégio, pois trabalhava em outro ende-
reço e com a consolidação das contas da
mantenedora, cuja existência eu até en-
tão desconhecia”, conta. Com a transfe-
rência da Aneas para São Paulo, Daniela
acabou sendo transferida para o colégio
onde estudou por toda a vida. “Tenho
um carinho especial pelo Santo Inácio e
ainda encontro muitas pessoas da época
em que estudava aqui. Foi muito legal
rever as pessoas. E a adaptação foi bem
mais fácil”, recorda ela, que desde 2010
voltou a frequentar a escola diariamen-
te, desta vez como contadora.
Recentemente o Santo Inácio tam-
bém voltou a fazer parte da vida da anti-
ga aluna e psicóloga Izabela Fischer. Des-
de o ano passado ela é a responsável pela
relação entre o colégio e seus antigos
alunos, entre outras funções que possui,
tais como a de organizar eventos como o
Arraial da Solidariedade Inaciana (Arsoi),
o lucernário, as formatura e, neste ano,
o Magis, que é o Encontro Mundial dos
Jovens Jesuítas, que antecede a Jornada
Mundial da Juventude. “É a primeira vez
Daniela Nejaim trocou o lápis e os cadernos pelos computadores do setor de contabilidade do colégio
Renata Muniz (na ponta esquerda da fileira de baixo) na 4º série, com a professora Norma, que passou a ser sua colega de trabalho. “Difícil é não chamá-la de tia”, diverte-se a professora de ensino religioso
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O atual diretor administrativo-
-financeiro da escola, Jorge Dáu,
nunca ficou muito distante do Santo
Inácio. Desde 1985, quando se casou
com uma colega de colégio - “somos
um daqueles casais formados nes-
tes corredores” - passou a frequen-
tar as missas. “Mas nunca havia me
envolvido em trabalho voluntário ou
encontros de casais. Foi quando uma
tia minha faleceu e a missa foi rezada
pelo padre Rigolim, aqui do colégio.
Acabamos entrando na CVX (Comu-
nidades de Vida Cristã). Minha esposa
trabalhou por seis meses na Pastoral
e já realizava trabalho voluntário na
Unape, onde ficou por 15 anos. Em
um retiro, tive uma experiência mui-
to forte de Deus e comecei a orientar
um grupo de oração. Foi quando per-
cebi a importância da pedagogia ina-
ciana para se trabalhar com jovens.
Comecei a fazer uma complemen-
tação pedagógica para dar aulas de
matemática e paralelamente iniciei o
curso de teologia do Centro Loyola.
Foi quando me convidaram a dar au-
las no colégio”, conta.
O convite não chegou a ser uma
surpresa para Dáu. Mas ele nun-
ca imaginou que seria chamado
para dar aulas de ensino religioso.
“Achei estranho, mas acreditavam
que eu estava apto, pois tinha fei-
to o curso do Centro Loyola e já
frequentava há anos os grupos de
oração...”, explicou. Começou com
três turmas do 9º ano, em 2004. No
ano seguinte, mais sete. “Pedi uma
redução de jornada na empresa
onde trabalhava e fui acumulando.
Em 2006, no entanto, me convi-
daram para trabalhar na formação
cristã. Larguei a Engenharia”, con-
ta. Mas não por muito tempo. Em
2009 assumiu uma coordenação de
série, posto que ocupou até o pri-
meiro semestre de 2011, quando
veio o chamado para assumir a di-
reção. “Neste meu cargo atual uso
muito mais a engenharia, o que é
interessante. Talvez meu potencial
esteja melhor aproveitado. Mas
admito que tenho saudades de ser
coordenador, apesar de estar feliz
nesta função”, garante.
Jorge Dáu em dois momentos: na foto que está em seu quadro de formatura e atualmente, em foto tirada no pátio do Sino
engenharia, religião e direção
/crisbrasilbolos
(21) 9609-8933
Obras de artedeliciosas!
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que sou contratada pelo colégio, mas em
1990 trabalhei por seis anos no Centro
Pedagógico dos jesuítas, que ficava aqui
no Rio de Janeiro. Fazíamos diagnósti-
cos e consultorias para seis colégios da
província, que engloba Rio, São Paulo e
Minas Gerais. Havia muitas questões que
envolviam o setor de Recursos Humanos.
Por conta disso, acabei indo para o Colé-
gio São Luiz, de São Paulo, para geren-
ciar esta área, onde fiquei até me casar
e mudar para os Estados Unidos”, conta
Izabela, que é da turma de 1977.
Durante a vida profissional, a psicó-
loga teve contato com muitas grandes
empresas - como Mesbla, Petrobras, Du-
fry -, geralmente como consultora. E não
pensa duas vezes ao garantir que não há
lugar melhor para se trabalhar do que no
colégio onde estudou. “Não é apenas
uma questão de carinho. O Santo Iná-
cio tem um olhar mais humano para o
seu funcionário. Paralelo à cobrança e ao
acompanhamento há uma preocupação
com o bem estar espiritual e isto faz com
que o relacionamento entre as pessoas
também seja melhor”, explica.
A relação do professor de Educação Física Marcos Marinho
com o colégio foi um dos ingredientes para que ele organizas-
se o Festival Inaciano de Handebol, que acontece anualmente
e, em 2013, vai para sua 8ª edição. Responsável pela equipe da
escola na modalidade, ele convida os antigos jogadores para
participar da brincadeira. “É uma forma que encontramos de
manter os antigos alunos em contato, entre eles e com o San-
to Inácio. O pessoal que gosta de futebol sempre organiza as
peladas. Com o handebol é mais complicado”, afirma. E este
ano ele pretende fazer o primeiro festival femino. “Passei a
treinar as meninas e tentarei fazer o mesmo para eles”, conta.
Os antigos alunos amantes da modalidade mantêm con-
tato pelo Facebook e aguardam ansiosos pelo encontro anu-
al. Uma taxa de R$ 5 por participante garante a contratação
de um árbitro da federação e um lanche de confraternização.
“Formamos de 5 a 6 times e jogamos entre nós, sem a pre-
ocupação de ter um vencedor no final. São partidas de 10
minutos”, explica.
Marinho organiza noite esportiva para antigos alunos
Izabela Fischer em sua sala de trabalho, onde recebe os antigos alunos, e durante aula de Biologia (na primeira carteira), no terceiro ano, enquanto a turma brincava com o professor Linhares
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projeto Imagem solidária
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