revista total fly ed01

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FLYFISHING EM PESQUEIRO Nessa modalidade, a diversidade de peixes que podem ser capturados em pesque-pagues não é pequena! PEREIRA BARRETO Opção para iniciar a pesca do Tucunaré STREAMERS POLAR FIBRE Aprenda com o nosso passo a passo E MAIS: Leia nossas colunas de Tecnologia da Informação, Saúde e Atado APRENDER OU NÃO? EIS A QUESTÃO Rubinho mostra que a pesca com mosca é eficiente e divertida n°01, novembro de 2013

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Revista de Pesca com Mosca

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Page 1: Revista total fly ed01

FLYFISHING EM PESQUEIRO

Nessa modalidade, a diversidade de peixes que podem ser capturados em

pesque-pagues não é pequena!

PEREIRA BARRETOOpção para iniciar a pesca do Tucunaré

STREAMERS POLAR FIBREAprenda com o nosso passo a passo

E MAIS:Leia nossas colunas de Tecnologia da Informação, Saúde e Atado

APRENDER OU NÃO? EIS A QUESTÃO

Rubinho mostra que a pesca com mosca é efi ciente e divertida

n°01, novembro de 2013

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Page 2: Revista total fly ed01

Cursos

CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:

Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.

Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.

CURSOS BÁSICOS:

Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.

Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.

Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!

ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.

e-mail: cursos@totalfl y.com.br

ANUNCIO_CENTRO-DE-TREINAMENTO.indd 1 12/11/2013 08:17:13

Pintados, Dourados, Piraparas, Piracanjubas e Outras Espécies

Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca

Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté

- Destino famoso internacionalmente -

PESCA ESPORTIVA

Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca

Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]

Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí

www.jundpesca.com.br

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Page 3: Revista total fly ed01

Cursos

CURSOS INTERMEDIÁRIOS E AVANÇADOS:

Ministrados pelos mais renomados instrutores da modalidade no Brasil, como Rubens de Almeida Prado e Gerson Kavamoto.

Trata-se de cursos voltados para quem quer se aprimorar, corrigir vícios adquiridos e poder pescar em qualquer local ou situação de pesca, e, ainda, para se aperfeiçoar em uma pescaria específi ca, tanto no que diz respeito a local quanto ao peixe-alvo.

CURSOS BÁSICOS:

Ministrados pela equipe Total Fly, têm como principal característica introduzir o iniciante na modalidade de forma simples e descomplicada.

Tão fácil que, após apenas um dia de curso, você já estará apto a buscar seu primeiro peixe no pesque-pague de sua preferência. E daí para frente é só progresso e emoção.

Faça o seu curso de fl y, não importa o nível de seu conhecimento na modalidade!

ONDE ESTAMOSLocalizado em Embu das Artes, o C.T. (Centro de Treinamento) da TOTAL FLY terá, em breve, tudo o que o pescador de fl y necessita em um único lugar.

e-mail: cursos@totalfl y.com.br

ANUNCIO_CENTRO-DE-TREINAMENTO.indd 1 12/11/2013 08:17:13

Pintados, Dourados, Piraparas, Piracanjubas e Outras Espécies

Agência Jund Pesca Especializada Em Turismo De Pesca

Agora também levamos você para pescar os gigantes da Argentina Ita Ibaté

- Destino famoso internacionalmente -

PESCA ESPORTIVA

Jund Pesca Turismo - Grupo Jund Pesca

Informações e reservasTel.: (11) 4522-7902 - e-mail: [email protected]

Rua Barão Do Triunfo, 315 Centro Jundiaí

www.jundpesca.com.br

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Total fly Fly Fishing Magazine

EditorialExpediente

A TOTAL FLY magazine

A Total Fly surgiu como um

desafio de ajudar os aman-

tes da pesca esportiva a descobrir que a modalidade

Flyfishing (Pesca com Mosca), ou, simplesmente, Fly,

como é mais conhecida, é mais simples e emocionante do

que muitos imaginam.

Assim nasceu a Total Fly, uma empresa que integra todo

o conteúdo para a prática dessa modalidade e conta com

uma equipe de profissionais especializados em dar suporte

ao pescador esportivo, independentemente do seu estágio

na modalidade: iniciante, intermediário ou avançado.

Pela primeira vez no Brasil, uma única marca oferecerá

todo o suporte para a prática do Flyfishing: cursos (ar-

remesso e atado), Fly Shop (equipamentos, acessórios,

materiais de atado, iscas), Viagens, Loja Virtual. E mais:

tudo isso poderá ser encontrado num único lugar. Em uma

sede com cerca de 25.000 m2, além de estar próxima a

maior capital brasileira, oferecerá tudo para o seu conforto,

segurança e diversão.

É nesse espaço que está localizado o CT (Centro de

Treinamento), com lanchonete, além de espaço para reunir

amigos e, ainda, a única Flyshop (loja) onde você poderá

testar seus novos equipamentos.

A revista Total Fly integra esse circuito e, a partir de

agora, trará matérias técnicas e roteiros, além de colunas,

artigos, entrevistas e textos que possam ajudar o pescador

esportivo a desvendar e/ou aprimorar seus conhecimentos

nessa modalidade.

Que o Flyfishing, além de ajudar a pegar muitos peixes,

fisgue muitos pescadores esportivos. Não perca nossas

edições trimestrais e venha conhecer o nosso trabalho!

Janaína Quitério

[email protected]

A Total Fly magazine é uma publicação institucional da marca Total Fly. É proibida sua reprodução total ou parcial sem autorização por escrito da diretoria. O conteúdo dos anúncios e mensagens publici-tárias inclusos nesta edição é responsabilidade dos anunciantes. A Total Fly magazine não se responsabiliza pela opinião publicada em artigos assinados.

C

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ANUNCIO GLOOMIS 01.pdf 1 07/03/2013 09:17:15

Expediente

Diretoria

Salgado Filho e Loopinvest

Edição e revisão de texto

Janaína Quitério

(MTB 45.041/SP)

ro eto r fi co e dia rama o

Glauco Dias

Colaboraram nesta edição

Alexandre Sarpe, Arnaldo Rampado (fotos), Carlos

Cacosa, Diego Veronezi, Mario Kayano (fotos), Regi-

naldo Bueno, Rick Morais, Rubinho, Salgado Filho.

oto de ca a Pintura de Luiz Roberto de Matteis

www.artematteis.com

EndereçoEstrada Kaiko, 1.100

Embu das Artes -SP - 06844-000

www.totalfly.com.br

[email protected]

É proibida a venda da revista, que é de distribuição gratuita.

FLYFISHING EM

PESQUEIRONessa modalidade, a

diversidade de peixes que

podem ser capturados em

pesque-pagues não é pequena!

PEREIRA BARRETO

Opção para iniciar a pesca do Tucunaré

STREAMERS POLAR

FIBREAprenda com o nosso passo a passo

E MAIS:Leia nossas colunas de Tecnologia da

Informação, Saúde e Atado

APRENDER OU NÃO?

EIS A QUESTÃO

Rubinho mostra que a pesca com

mosca é eficiente e divertida

n°01, novembro de 2013

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Total fly Fly Fishing Magazine

SumárioEdição 01

o na de tecno o ia da informação

O boom da internet e do Flyfishing

Por: Rick Morais

Coluna de atadoDesatando o atadoPor: Carlos Cacosa

Coluna de saúdeÉ preciso preparação física para pescar?Por: Diego Veronezi

Vale a pena aprender a pescar com mosca?_p08Rubinho dá as dicas

Aprenda a fazer streamers polar fi bre_p26Flyfi shing em pesqueiro_p20

Roteiro especial em Pereira Barreto-SP_p12

30

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Page 7: Revista total fly ed01

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pesca com moscaCurso de fl y

Q uando tive contato

com esse estilo

de pesca pela pri-

meira vez, por volta de 1992,

pouco se sabia sobre a pesca

com mosca no Brasil. Havia

poucos pescadores que

dominavam essa técnica, e

as informações, quando dis-

poníveis, sempre chegavam

com certo mistério, como

um estilo difícil, quase que

reservado para poucos. Sem

contar as conotações nega-

tivas, tais como: “a pesca de

fl y ou mosca é o último está-

gio da loucura”; “o pescador

parece ser meio afeminado”;

“os equipamentos são muito

mais caros quando compara-

dos aos molinetes e carreti-

lhas”. E por aí vai.

A errada imagem sobre

esse fantástico estilo de pes-

ca afastou muitos potenciais

adeptos, além de torná-lo

antipático para muitos.

Esse estilo de pesca, muito efi ciente em diversas situações, é capaz de proporcionar grandes momentos de prazer para quem pratica a pesca esportiva

PESCA COM MOSCA:APRENDER OU NÃO, EIS A QUESTÃO

TEXTO: RUBINHO FOTOS: JJPHOTOS E ARNAUD FILLEUIL

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Total fly Fly Fishing Magazine

Apaixonado por qualquer tema relativo à pesca esportiva,

e por estar no mercado televisivo com o primeiro progra-

ma de pesca em caráter nacional, me senti na obrigação

de aprender sobre essa modalidade de pesca o mais rápido

possível, independentemente das aparentes difi culdades

e do custo. Lembro-me de movimentar a vara com a linha

pela primeira vez e de me enrolar todo logo de saída. Parecia

difícil e, na verdade, era mesmo. Com poucos pescadores,

a instrução caminhava muito lentamente, ainda mais sem

método de ensino, o que difi culta muito o processo de apren-

dizagem. Comecei sozinho e tive agradáveis momentos de

diversão com bons peixes do outro lado. Mas, era limitante.

Não sabia onde estava errando e muito menos como corrigir

meus movimentos. Decidido a aprender defi nitivamente a

pescar com mosca, entrei em contato com alguns poucos

pescadores desse estilo e comecei meu treinamento.

A cada aula havia evolução, mas não era sufi ciente,

queria mais. Sentia que faltava um método de ensino. Por

mais boa vontade que tivessem, era difícil entender o que

exatamente deveria ser feito e por que ocorria determinado

movimento errado. Percebi que teria de buscar instrução

fora do país. Naquela época, Mel Kriegger, um americano

de São Francisco, nos Estados Unidos, era considerado um

dos maiores instrutores de fl y, conhecido mundialmente por

seu efi ciente método de ensino. Fiz o curso básico com ele

em San Carlos Del Bariloche

no primeiro ano, e as peças

daquele intrincado quebra-

-cabeça foram se encaixando

rapidamente. Nunca pareceu

ser tão fácil aprender sobre

essa modalidade. Retornei

no ano seguinte para o curso

avançado e, no terceiro ano,

fui convidado para partici-

par de um curso especial de

instrutores, uma vez que ele

queria proliferar cada vez

mais a pesca com mosca fora

da América do Norte.

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pesca com moscaCurso de fl y

Meu maior objetivo de

fazer um curso de instrutor

foi tomar conhecimento com

uma metodologia já testada e

efi ciente, pois somente dessa

forma se consegue formar

novos pescadores. Saber

pescar não necessariamente

signifi ca saber ensinar. São

coisas diferentes, mas pouco

percebidas pelos brasileiros.

Pude sentir isso na pele, e

confesso que quase desisti

do estilo. Quando percebi

que, com um bom método de

ensino, fi ca não só divertido

aprender, como se consegue

resultados muito mais rapida-

mente, não resisti e tomei a

decisão de me preparar para

montar uma escola de fl y, que

encurtasse o caminho entre o

desejo de aprender e a prática

do conhecimento adquirido.

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Total fly Fly Fishing Magazine

O que é: apenas um estilo de pesca, muito efi ciente em diversas situações e pode trazer grandes momentos de prazer para quem prati-ca a pesca esportiva.

Como é: um equipamento próprio, com-posto de uma vara comprida, entre 7 e 10 pés, as mais comuns com 9 pés, uma carretilha e uma linha especial, densa e pesada, emborra-chada. Como as iscas são leves, a linha é que é arremessada, levando de carona uma mosca (isca artifi cial, artesanalmente montada com pelos, penas e materiais sintéticos, imitando algo, vivo ou não, mas comestível), a ser apre-sentado ao peixe.

O que se pesca: a variedade é grande, indo desde um lambari, passando pela truta, pelos dourados de água doce e salgada, pelos tucunarés, até os grandes marlins oceânicos. Não há limite, desde que se apresente ao pei-xe uma isca que realmente se pareça com um inseto, uma fl or, um fruto, um réptil, um peixe, ou seja, algo atraente.

Caro ou barato: normal, igual a qual-quer outro estilo. Há material mais de comba-te, com bons preços e equipamentos mais de ponta, com valor agregado. O custo do cur-so de qualidade deve ser considerado como investimento, uma vez que pode garantir um retorno muito mais seguro e rápido.

Quanto à efi ciência: no caso do tucu-naré, posso afi rmar que a pescaria com equi-pamento de fl y é muito mais produtiva que a praticada com isca artifi cial nos equipamentos convencionais de carretilha ou molinete. Sem medo de errar, poderia afi rmar que, numa base comparativa entre os estilos, o fl y tende, de uma maneira geral, a levar uma vantagem de cerca de 5 x 1, ou seja, 5 peixes no fl y para 1 nos equipamentos convencionais. Se, num primeiro momento, pode parecer um número exagerado, não é difícil explicar essa vanta-gem. Enquanto no equipamento convencional o pescador faz um arremesso na estrutura onde se pensa estar o peixe, o pescador de fl y consegue arremessar três vezes no mes-mo local. Isso é possível uma vez que no fl y o pescador não necessita trazer a isca até onde ele está para novo arremesso. Como no fl y o que se arremessa é a linha e não a isca, é pos-sível levantar a linha da água muito antes de a isca se aproximar e fazer novo arremesso. Somente essa facilidade já daria uma grande vantagem, mas ainda se pode contar com a naturalidade da isca de fl y em relação às is-cas artifi ciais produzidas com metal, plástico, madeira ou borracha. Como são iscas pro-duzidas com pelos ou penas, elas nadam de forma mais natural que as demais, feitas com materiais mais rígidos e, consequentemente, atraindo mais os predadores, como é o caso do tucunaré. Por ser leve, a isca não assusta o peixe ao tocar na água, como ocorre com as demais.

Pescar com mosca é fácil. Todos

podem e devem aprender, pois é

somente mais um divertido e amplo

estilo de pesca. Efi ciente em muitos

momentos, ela proporciona uma emo-

ção bem integrada com a natureza.

Creio que o suave movimento da linha

no ar leva a uma leveza natural. Um

arremesso bem feito já garante grande

prazer, somado à fi sgada, à briga com

o peixe, à foto e à soltura, completam o

programa em alto estilo.

Se conselho valer, aprendam

a pescar também no estilo f ly ou

pesca com mosca, mas busquem

uma instrução credenciada. Garan-

to que valerá a pena. O caminho

fica mais curto. Com método, um

aluno pode pescar rapidamente. O

entendimento da dinâmica desse

movimento da linha no ar garante

possibilidade de autocorreção, que

é a única forma de poder melhorar

sua técnica.

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Total fly Fly Fishing Magazine

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pereira Barreto-SPRoteiro

O pequeno vilarejo denominado Novo Oriente, fundado oficialmente em

1928 com o objetivo de receber imigrantes japoneses para trabalhar na

lavoura, deu origem à cidade de Pereira Barreto, distante 626 quilôme-

tros da capital paulista. Localizada na divisa dos estados de São Paulo e do Mato

Grosso do Sul, tinha como principal fonte de renda a agropecuária e a lavoura,

mas, em meados de 1990, teve a maior parte de seu território inundada por conta

da formação do lago da hidrelétrica de Três Irmãos, no rio Tietê, que confinou

seus pouco mais de 25 mil habitantes atuais em uma península de 982,70 Km2.

Mas esse golpe não fez a cidade “encolher”. Muito pelo contrário: ela passou

a investir, a princípio, no turismo de pesca e, na sequência, foi promovida à

estância turística. Além disso, deu início a um trabalho voltado aos esportes

aquáticos, ao turismo de veraneio (devido às suas belas praias) e ao ecoturismo,

o que leva hoje centenas de pessoas a visitá-la. É por isso que novos negócios

são gerados constantemente e mais investimentos são destinados a empreendi-

mentos autossustentáveis, como é o caso da piscicultura.

No início, os tucunarés-amarelos e azuis fizeram a alegria de milhares de pes-

cadores. Mas, infelizmente por falta de informação e conscientização ambiental,

a pesca, em sua maioria predatória, fez com que diminuísse muito a quantidade

desses peixes e, por consequência, a frequência de pescadores.

Como sempre, ao ver-se livre da pressão, a natureza se recompôs, os tucuna-

rés se multiplicaram rapidamente e, novamente, são encontrados em abundância

nas águas que circundam a cidade, tornando Pereira Barreto o lugar perfeito

para o iniciante na pesca com Fly.

Essa estância turística, que empreende um trabalho voltado aos esportes aquáticos, ao turismo de veraneio e ao ecoturismo, é ótima opção para os iniciantes da pesca com mosca

PEREIRA BARRETO: INICIANDO VOCÊ NA PESCA DO TUCUNARÉ

POR: SALGADO FILHOCOLABORAÇÃO: MARIANA DE PAULA SANTOSFOTO DE ABERTURA: MS IMAGENSDEMAIS FOTOS: ARNALDO RAMPADO

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pereira Barreto-SPRoteiro

Isso porque, indiscutivel-

mente, o que importa para

quem está iniciando não é

a qualidade, ou seja, ir atrás

somente de peixes gran-

des, o que pode resultar em

uma única fisgada no dia,

ou mesmo em nenhuma, ao

passo que, tendo-se quanti-

dade e com grande variação

de tamanho, desde peixes

praticamente do tamanho

da mosca (isca) até peixes

de dois, três ou mais quilos,

o pescador iniciante tem a

oportunidade de:

1) Treinar muitos arre-

messos em locais diferen-

tes, com condições que vão

de sem vento até com vento

bem mais forte. Além de va-

riadas estruturas, que tanto

podem ser locais totalmente

livres de obstáculos a outros

em meio a pauleiras e a

vegetações, o que ajuda a

acertar a precisão de arre-

messo.

2) A utilização de moscas

dos mais variados modelos

e tamanhos, o que aumenta

consideravelmente o nível

de habilidade do princi-

piante. Isso vai ao encontro

de “afinar” o instinto do

pescador para escolher qual

isca e em qual situação

utilizá-la.

3) Dar fisgadas nas mais

diversas situações, como

na queda da mosca na água

(batida), no trabalho pro-

priamente dito e naquelas

incríveis investidas já junto

ao barco, que, por muitas

vezes, chega a assustar o

pescador.

4) Brigar com o peixe, o

que ensinará, na prática,

o novato do quanto seu

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Total fly Fly Fishing Magazine

equipamento é capaz de

suportar, como seu líder será

importante sendo parte do

conjunto, tanto para evitar

a perda do peixe, como na

efi ciência do arremesso

e até mesmo na prática

de embarcar, manusear,

fotografar e soltar o peixe.

A pescaria na região tanto

pode ser feita embarcada,

com um guia especializado

disponível em pousadas e

hotéis, ou com locomoção

própria e mais acessível,

tal qual o caiaque. Além de

garantir a diversão da pes-

caria, ele promove momentos

únicos de tranquilidade e paz

ao pescador, que, enquanto

rema rumo a algum ponto de

pesca, tem interação total

com a natureza e, claro, de

uma forma ecologicamente

correta. Nossa equipe optou

pelas duas situações para po-

der melhor transmitir as in-

formações necessárias para

que você faça uma pescaria

agradável e efi ciente.

No caso, o caiaque irá exi-

gir um pouco mais de prática

do mosqueiro por conta de ter

que fazer os arremessos sen-

tado, mas nada que um pouco

de treino não o capacite. O

melhor é que se tenha alguma

experiência com caiaques, de

forma a mais bem controlá-los

em situações de vento e quan-

do estiver com o peixe fi sgado.

Isso porque, dependendo de

seu tamanho, ele poderá levar

o pescador a dar um “passeio”

pelo rio ou por estruturas.

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pereira Barreto-SPRoteiro

Também vale a pena lembrar que, embarcado em um

caiaque, as distâncias percorridas são bem menores do

que quando estamos em barco motorizado, o que acarreta-

rá em menos pontos explorados. Nesse caso, uma solução

seria seguir com mais um “caiaqueiro” em uma embarca-

ção motorizada para os pontos, com os caiaques amarra-

dos. Ao chegar neles, soltam-se os caiaques e realiza-se a

pescaria. O guia, além de estar com as provisões neces-

sárias no barco, como alimentação, bebidas etc., poderá

ainda servir como fotógrafo do grupo.

Outro fator interessante é que uma dupla pagaria um valor

X e, em quatro caiaqueiros, o que não interferirá na pesca, o

valor da diária será bem menor por pessoa. No caso da pesca

embarcada com motorização, o ideal é que se pesque no máxi-

mo em dois no barco, fora o guia, por conta do espaço, evitando

desconfortos e possíveis acidentes.

Vale lembrar que é imprescindível o uso de óculos e boné,

além de amassar as farpas dos anzóis. Protetor solar e head

wear’s também são recomendados para a proteção durante a

navegação, bem como do sol no rosto, nuca e orelhas.

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Total fly Fly Fishing Magazine

A segurança sempre é fundamen-

tal para o sucesso de uma pescaria.

Conte sempre com a experiência

do guia não só para saber em quais

pontos investir, mas também para

questioná-lo sobre a preferência dos

peixes por determinada cor, tama-

nho de isca e velocidade de trabalho,

que pode variar dependendo da

situação do dia.

Procure concentrar-se na direção

ou na precisão do arremesso, no

caso de pescar em estruturas. Vale

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pereira Barreto-SPRoteiro

lembrar que o predador, na

maioria das vezes, está perto

delas. Quanto mais próximo

for o arremesso, melhor. Em

locais abertos, a precisão

não conta, mas a distância

ajuda, uma vez que você terá

uma área maior para traba-

lhar sua isca.

As vantagens da pesca

embarcada são muitas e,

no caso das motorizadas,

além da rapidez de deslo-

camento e da varredura de

mais pontos, fará com que

você conheça mais lugares

do local e, entre um ponto

e outro, poderá aproveitar

para apreciar as paisagens,

fauna e fl ora locais, o que lhe

renderá boas fotos.

Uma coisa é certa: além

da diversão, depois de um

curso intensivo nas águas de

Pereira Barreto, capturando

dezenas de tucunarés, você

estará apto a aventurar-

-se em qualquer lugar. Ou,

então, voltar. Aí, sim, para ir

atrás do seu troféu!

Onde fi car: O Hotel e Pousada Dinâmica das Águas tem toda a estrutura necessária para atender o pescador. Chalés e apartamentos confortáveis que acomodam até 6 pessoas. Excelente café da manhã. Não é servido jantar (exceto para excursões). Para o almoço, pode se levar marmitex ou lanche no barco e aproveitar para saboreá-lo às margens da represa, ganhando mais tempo na pescaria. Ainda, se preferir, pode combinar com o guia e levar material para fazer um belo peixe grelhado ou churrasco. No jantar, o pescador pode ir até o restaurante Cozinha da Vó, que, além do prato-feito servido toda noite, poderá escolher um cardápio recheado de delícias à la carte. Depois, um passeio pela cidade para apreciar suas praças, saborear um sorvete como sobremesa em uma das várias sorveterias existentes por lá e preparar-se para mais um dia de treinamento intenso.

Como chegar: Saindo de São Paulo, o melhor é acessar a rodovia dos Bandeirantes. No fi nal desta, siga pela rodovia Washington Luis até que ela se transforme na rodovia Feliciano Salles da Cunha. Siga em frente até Pereira Barreto. Como a rodovia margeia a cidade, logo que chegar, o Hotel Dinâmica das Águas estará à esquerda da rodovia.

Quem leva: Total Fly Viagens Tel.:(11) 998353-5141

To t a l

F l yAPROVADO

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Total fly Fly Fishing Magazine

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pesque-pagueParar treinar

Flyfi shing em pesqueiro: um treinamento

TEXTO E FOTOS: REGINALDO BUENO

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Page 21: Revista total fly ed01

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Total fly Fly Fishing Magazine

C om o aumento

de pescadores

ingressando na

modalidade do fl yfi shing,

temos percebido uma boa

quantidade de gente indo a

pesqueiros para fazer cursos

ou treinar arremessos.

Porém, com o encantamento

imediato do pescador pelo

esporte e pelas matérias

exibidas nas mídias e nas

redes sociais, mostrando

as “pescarias dos deuses”

em terras patagônicas e

amazônicas, logo o sujeito

cai na tentação de achar

que a prática da pesca com

mosca só pode ser feita “no

estilo”, vadeando rios (isto é,

andando dentro das águas)

ou fl otando (em fl oat tubes)

em águas correntes dos rios

pelo mundo afora.

Como ninguém é de ferro,

além do fato de que esses

locais são, muitas vezes, de

difícil acesso, seja pelo alto

custo ou pela falta de tempo,

muita gente está se diver-

tindo a valer nos pesque-

-pagues bem pertinhos de

casa, que oferecem estrutura

segura e confortável para

você se divertir e pescar

tranquilamente com toda a sua família. Há pescadores, in-

clusive, que não trocam esses pesqueiros por outros locais

de pesca.

Na modalidade fl yfi shing, é enorme a diversidade de

peixes que podem ser capturados nesses lugares, desde

tilápias, pacus, matrinxãs, piraputangas, carpas, catfi sh,

lambaris, até as belas traíras, os dourados, os pintados etc.

E engana-se quem pensa que a pesca de fl y em pesque-

-pagues somente pode ser feita com isca imitando ração.

Em nossas pescarias, fi sgamos praticamente todos os

peixes usando como iscas os streamers (que são imitações

de peixinhos), moscas secas imitando baratinhas, aranhas,

libélulas e formigas com asas, além de ninfas diversas. Já

vimos tilápias fi sgadas com a isca wolly bugger e montana,

e ninfas tipo bead head, traíras e pintados fi sgados com

streamers lastreados, dourados atacando sem piedade stre-

amers, baratinhas e poppers, bem como traíra fi sgada com

isca atada usando uma minhoca de silicone como cauda.

As possibilidades são enormes. Aliás, a pesca com mos-

ca permite usar toda a criatividade na confecção de suas

próprias iscas.

É sabido que as moscas (nome genérico utilizado para

as iscas) feitas em cortiça ou E.V.A. imitando ração são

muito efi cientes, especialmente em dias quentes e nubla-

dos, quando o peixe sobe à superfície para comer as rações

que fi cam ali fl utuando. Em dias assim, a pescaria tem um

ingrediente a mais: a possibilidade de ver o ataque do peixe

na isca, que faz o coração do pescador bater na garganta e a

adrenalina ir a mil!

Já em dias muito claros ou mais frios, a tendência é de o

peixe ficar mais no fundo. Nesse caso, funcionam bem os

streamers mais lastreados, que trabalham embaixo, rente

ao fundo do lago ou na meia-água, dependendo da situação.

Outro fator que interfere diretamente na escolha da isca

e que atua no comportamento do peixe é a presença do

Muitos pescadores do interior do País têm a vantagem de morar perto de bons locais de

pesca, ou seja, mar, rios e represas, mas os que estão dentro das grandes cidades não

têm a mesma sorte. Então, qual seria a solução para curtir nossas pescarias com mais

frequência, gastando pouco tempo e dinheiro e perto de nossas casas? Por incrível que

pareça, a solução é simples: vá pescar em um pesque-pague

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Page 22: Revista total fly ed01

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pesque-pagueParar treinar

manhoso, use velocidades

mais lentas de recolhimento.

Mas, atenção, essas não são

regras fi xas. Lembre-se de

que em tudo na vida há ex-

ceções. O sucesso é colocar

em prática todas as opções

possíveis dentro daquilo que

você está observando quan-

to às ações dos peixes, no

local e na hora em que você

for pescar.

mento, que trabalham mais

na sub superfície ou fundo,

onde é possível, com o

equipamento de fly, escolher

o nível de profundidade que

nossa mosca vai atuar, ou

seja, se após o lançamento,

você já iniciar o trabalho de

recolhimento intermitente,

a mosca irá atuar na sub

superfície. Se você aguardar

mais tempo, sua mosca vai

vento. Se for uma pequena e

leve brisa, as moscas secas

com asas podem funcionar

bem, especialmente quando

a brisa faz a isca caminhar

levemente na superfície

da água, onde o arrasto da

mosca cria um pequeno

“risco”, que é o gatilho para

o ataque. Já quando o vento

é um pouco mais forte, vão

bem as iscas de afunda-

trabalhar mais no fundo,

porém, isso dependerá

também do lastro utilizado

quando a isca foi montada.

Outro fator que infl uencia

bastante é a velocidade de

trabalho ou de puxada: dias

em que o peixe está mais

ativo, você poderá encantá-lo

usando uma velocidade mais

rápida. Nos dias em que o

peixe está mais seletivo e

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Total fly Fly Fishing Magazine

Uma dica importante: antes

de iniciar o arremesso, jogue um

pouco de ração flutuante na água e

observe se os peixes estão subindo

para comer. Caso afirmativo, você

poderá iniciar usando as moscas de

superfície ou sub superfície. Caso

negativo, comece com streamers de

meia-água ou fundo, trabalhando

com mais ou menos velocidade.

Uma coisa é certa: pescando com

streamers e em trabalho mais lento,

o corpo dessas iscas apresentarão

um trabalho espetacular, no qual as

fi bras ou penas darão certo “bailado”

na água durante as puxadas, com

o movimento sendo, na maioria das

vezes, o ponto alto de sedução para o

peixe e, em consequência, ocorrendo

o ataque.

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Total fly Fly Fishing Magazine

Pesque-pagueParar treinar

Quanto ao tipo de líder

empregado, ele poderá ser

do comprimento da vara,

com tippet de 50 centí-

metros de comprimento

ou mais, com diâmetro de

0,20 ou 0,25 milímetro para

moscas secas ou até 0,30

milímetro para os strea-

mers, porém, isso depende

muito do tipo de peixe que

se quer pescar. Quanto

maior o peixe, mais grosso

será o tippet, só que dentro

de alguns limites de bitola.

Assim, o sucesso depen-

de muito da observação do

comportamento do peixe no

momento: aspecto mete-

orológico como pressão

atmosférica, temperatura,

vento e luminosidade, bem

como dos métodos empre-

gados no trabalho de nossas

iscas. Repare que tudo o

que foi dito na matéria se

assemelha muito com o que

ocorre na pesca em ambien-

tes naturais, fazendo com

que a prática em pesque-

-pague também necessite

de técnica e macetes para

ter sucesso, o que exige

percepção, observação,

paciência e insistência, tal

qual em qualquer lugar de

pesca no mundo.

Portanto, deixamos a

nossa sugestão: não fique

em casa sonhando com

aquela pescaria que você

viu seus amigos fazerem e

não deixe seu equipamento

enferrujar. Vá pescar num

pesque-pague perto de sua

casa. Você vai se surpreen-

der com o resultado.

Bom divertimento!

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Total fly Fly Fishing Magazine

TécnicaPasso a passo

O polar fibre é um

material sintético,

parecido com algo-

dão, maleável, que não re-

tém água e é extremamente

fácil de ser trabalhado. Os

streamers possuem aproxi-

madamente 8,5 centímetros

– tamanho médio de um

tufo de fibra – e, depois de

atado, podemos dispensar

o uso da tesoura, pois seu

shape (formato) da mosca já

fica pronto naturalmente.

MATERIAL UTILIZADO

• Linha mono Ultra Fine

• Polar Fibre Orange (laranja)

• Polar Fibre White (branco)

• EP Fiber Red (vermelho)

• EP Sparkle Pear

• Anzol Gamakatsu SC 15

Tamanho #1

• Olhos 3D

• Cola Goop ou Gel

FERRAMENTAS

• Vise (morsa)

• Bodkin (agulha)

• Bobbin (bobina)

• Whip Finisher (Ferramenta

para dar nós)

• Tesoura

PASSO 1: Fixe o fio de ata-

do próximo ao olho do anzol e

enrole até a sua curvatura. Dê

um nó e passe cola.

PASSO 2: Fixe um tufo de polar fibre na cor branca

na parte de cima do anzol. Dê um nó e passe cola. O

tufo deve ter o comprimento de, no máximo, três vezes

o tamanho da haste do anzol.

Streamers atados em polar fibre são eficientes para peixes predadores, em especial, tucunarés, saicangas, jacundás etc. Atá-los é fácil. Confira!

TEXTO E FOTOS: CARLOS CACOSA

Streamers polarfibre: como fazer

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PASSO 3: Fixe um tufo de brilho EP

Sparkle na parte de cima do polar fi bre e

distribua uniformemente o material de

brilho sobre as fi bras.

PASSO 4: Fixe outro tufo de

polar fi bre branco, juntamente com

o material de brilho EP Sparkle.

Atenção: esse tufo deve ter o mesmo

tamanho dos anteriormente atados.

PASSO 5: Leve a linha de atado

um pouco à frente e, na sequência,

fixe um tufo de polar fibre orange. O

comprimento desse tufo deverá ter

o mesmo tamanho dos que já foram

anteriormente atados.

PASSO 6: Dê um nó e passe cola. Após o

atado desse tufo, o streamer já estará com seu

formato (shape) defi nido.

PASSO 7: Com um tufo de Ep Fiber vermelho, ou outra fi bra sinté-

tica na cor vermelha, faremos a guelra do peixinho. Comece girando

a morsa, ou inverta o anzol. Em seguida, coloque um pequeno tufo da

fi bra escolhida. Para isso, divida um tufo da fi bra em duas partes. (fi g. 1)

Após atar a primeira parte do tufo, dê um nó e volte com a outra

metade do tufo sobre a primeira parte do material atado anteriormen-

te. (fig. 2)

fig. 1 fig. 2

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Total fly Fly Fishing Magazine

LONTRASLONTRAS

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Observações: antes de cortar os tufos de polar fibre,

use um pente para pentear as fibras.

O streamer atado tem aproximadamente 8,5 centíme-

tros. Este é o tamanho do polar fibre. Após pentear (fig

1), puxe as sobras (fig 2) e corte as pontas do tufo para

igualar e atar na haste do anzol.

Se desejar, com o uso de uma canetinha, é possível

fazer marcas e pequenos detalhes nos streamers.Contatos/ sugestão: iscas@totalf ly.com.br

PASSO 8: Para finalizar a mosca, com a ajuda de um

bodkin (agulha) e um pouco de cola goop ou cola gel, co-

loque os olhos 3D. Cole-os. Misture um pouco de epóxy 5

minutos e aplique na cabeça da mosca. Eu começo a apli-

car o epóxy no início do olho do anzol e termino um pouco

depois dos olhos, dando um formato de um triângulo. 

TécnicaPasso a passo

fig. 1 fig. 2

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Total fly Fly Fishing Magazine

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Total fly Fly Fishing MagazineFly Fishing Magazine

ColunaTecnologia da Informação

No Brasil, a aura que pai-

rava em torno da modalida-

de era de ser restrita a uma

nata de pescadores evolu-

ídos, quase “semideuses”,

enquanto no resto do mundo

havia apenas pescadores

interessados em aprender,

divulgar e compartilhar

experiências.

Novamente, a internet

teve papel fundamental. En-

quanto aqui a coisa ainda

engatinhava, fora do país

o desenvolvimento era as-

sombroso. Quando aparecia

um brasileiro em um fórum

americano, alguém gritava

“Peacock Bass” - o nosso

internacionalmente conhe-

cido tucunaré. O interesse

pela troca de experiências

era gigante.

Ainda na década de 1990,

as revistas de pesca come-

çaram a dar mais importân-

cia para o fly, e aumentou a

procura por equipamentos e

informações.

Em consequência, o

f lyfishing começou a apa-

recer em lojas de pesca,

nos anúncios na internet, e

pessoas que viajavam para

fora do país traziam equipa-

mento na bagagem.

Mas ainda faltava algo.

Queria comprar aquela

vara de fly, aquela carre-

tilha, aquele material de

atado, que não existia no

Brasil? Começaram a apare-

cer os flyshops online.

Tudo aquilo que você

sempre quis estava a um

clique do mouse. Mesmo

que exista tributação, o fre-

te, chegando a quase dobrar

o valor, o que você quises-

se, podia encontrar em sua

frente, na tela.

Hoje, temos alguns

flyshops online nacionais,

além de muitas informações

na internet.

Faltava um periódico vol-

tado especificamente para a

modalidade.

Não falta mais.

Mais uma vez, seja bem-

-vindo ao flyfishing. Se você

estiver começando agora,

tenha certeza de que a

Tecnologia da Informação é

a responsável por você estar

lendo isso.

O P ROG RAMA P ESCAVENTURA COMRUBINH O DE AL MEIDA P RADO

É SEMP RE ASSIM, CH EIO DE EMOÇÃ O.

Todo domingo à s 1 2 h 3 0 você tem um encontro marcado com ele.O programa tem informaçõ es de como ch egar, os peixes, o equipamento,técnica e muita, muita emoção!Para assistir na TV Aparecida, consulte: h ttp:/ / a1 2 .com/ digital/ como-sintoniz ar/N a Fish TV , h ttp:/ / w w w .fish tv.com/ site/ onde-assistir/ index.ph p

Mas o que a Tecnologia da Informação tem a ver com o � y� shing no Brasil?Absolutamente tudo! A modalidade está se popularizando no País graças à internetPOR: RICK MORAIS

S eja bem-vindo

à modalidade

de pesca mais

antiga da qual se tem no-

tícia! Vivi intensamente o

boom na década de 1990 e,

hoje, está muito mais fácil

conseguirmos informações

e equipamentos do que 15

anos atrás.

Quando a internet che-

gou ao Brasil, começamos

a descobrir o f lyfishing,

pescadores da modalida-

de, fabricantes e os fóruns

de discussões. Nessa

época, tínhamos poucos

f lyfishermens no País e

comprar equipamento era

um desafio quase impos-

sível: ninguém encontrava

e, ainda assim, os preços

eram de cair o queixo.

O b

oom

da

inte

rnet

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o fly

fish

ing 

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Page 31: Revista total fly ed01

O P ROG RAMA P ESCAVENTURA COMRUBINH O DE AL MEIDA P RADO

É SEMP RE ASSIM, CH EIO DE EMOÇÃ O.

Todo domingo à s 1 2 h 3 0 você tem um encontro marcado com ele.O programa tem informaçõ es de como ch egar, os peixes, o equipamento,técnica e muita, muita emoção!Para assistir na TV Aparecida, consulte: h ttp:/ / a1 2 .com/ digital/ como-sintoniz ar/N a Fish TV , h ttp:/ / w w w .fish tv.com/ site/ onde-assistir/ index.ph p

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Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaAtado

A maioria de vo-

cês já deve ter

ouvido a máxi-

ma: quase tão bom quanto

pescar é arrumar as tralhas

para a pescaria. Imagine

então, se, além disso, você

pudesse confeccionar as

suas próprias iscas? No caso

do fl yfi shing, você pode!

No surgimento da pesca

com mosca, os primeiros

pescadores, ao observarem

insetos que caíam na água

e, imediatamente, eram

abocanhados pelos peixes,

amarraram em anzóis penas

e pelos que imitavam a cor

e o formato daqueles inse-

tos. Foi quando começaram

a pegar muitos peixes! Sem

saber, deram início à pesca

com mosca e ao atado. De

lá para cá, mesmo passan-

do tanto tempo, os homens

contemporâneos continuam

a confeccionar suas iscas,

imitando insetos, pequenos

peixes e anfíbios, e captu-

rando muitos peixes.

As iscas, chamadas ge-

nericamente de moscas, são

feitas uma a uma de forma

artesanal, com dezenas de

materiais diferentes, natu-

rais ou sintéticos. Daqui em

diante, vamos tentar “mos-

Desatando o atadoAtado tem esse nome porque, literalmente, os materiais são amarrados em um anzol de forma que, do início ao fi nal da isca, não existe emenda ou corte na linha utilizada para confeccioná-la. Além de uma incrível diversão pré-pescaria, é uma arte e terapia. Bem-vindo ao mundo do atado!POR: CARLOS CACOSA

trar” a você essa arte e,

principalmente, ensiná-lo a

fazer as suas próprias iscas.

No início , as mais simples,

mas não menos eficientes,

até as mais complexas e

cobiçadas, não só pelos

ATÉ BEM POUCO TEMPO ATRÁS, O USO DE MATERIAL SINTÉTICO ERA

ABOMINADO PELOS PESCADORES MAIS TRADICIONAIS, MAS A DIFICULDADE

DE ENCONTRAR MATERIAIS NATURAIS, ALÉM DOS BONS RESULTADOS E DO

PREÇO, CONTRIBUÍRAM PARA QUE MUITOS MUDASSEM DE IDEIA

peixes, como também pelos

pescadores. Acompanhe!

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33

Total fly Fly Fishing Magazine

Para aqueles que dese-

jam iniciar-se no atado e

confeccionar suas próprias

moscas, será necessário

a utilização de algumas

ferramentas e materiais

específicos para o ata-

do, entre eles, podemos

destacar como ferramentas

principais:

• Morsa – (Vise)

• Bobbin – (Bobina)

• Hackle Plier

• Whip Finisher

• Tesoura

• Bodkin

• Half Hitch Tool

• Hackle Gauge

Além das ferramentas,

necessitaremos de mate-

riais específicos para a con-

fecção das moscas. Pode-

mos dividir esses materiais

em três grupos:

• ANZÓIS

Exemplos: anzóis para

dry, ninfas, streamers,

poppers.

O QUE É NECESSÁRIO PARA SE ATAR UMA MOSCA?

QUANDO SÓ SE PESCAVA NA NATUREZA, TODAS AS ISCAS IMITAVAM ALGUM ALIMENTO NATURAL. MAS, COM O SURGIMENTO DOS PESQUE-PAGUES, ONDE A ALIMENTAÇÃO É FEITA POR RAÇÃO, HOUVE A NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO, COM IMITAÇÕES QUE VÃO DA SIMPLES ROLHA ATÉ MATERIAIS SINTÉTICOS, COMO O E.V.A., OS PELOS E A LÃ, COMO HAIR BALL OU LÃ BALL

• MATERIAL NATURAL

Exemplos: penas e pelos

• MATERIAL SINTÉTICO

Exemplos: fibras sintéti-

cas, gomas de E.V.A., tubos

metálicos, brilhos etc.

Cada grupo de materiais

possui uma enorme gama

de subprodutos, com va-

riações de cores, tamanho,

espessura etc.

Mas, passo a passo, você

irá entender e aprender como

utilizar cada um deles e

verá que não existe nada de

misterioso ou muito difícil,

mas, sim, as técnicas certas

e, principalmente, o treino

e a prática. Agora que você

já tem o material, ensinare-

mos como fazer a partir da

próxima edição. Lembre-se: a

prática leva à perfeição.

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Page 34: Revista total fly ed01

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Total fly Fly Fishing Magazine

ColunaSaúde

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“COM A EVOLUÇÃO E A POPULARIZAÇÃO DA PESCA COM ISCAS ARTIFICIAIS E A

PESCA COM MOSCA, PESCAR NÃO É MAIS SINÔNIMO DE CALMARIA, DESCANSO,

SOMBRA E ÁGUA FRESCA.”

Nosso corpo não é uma máquina. Ele precisa estar preparado para essa “maratona” de uma semana de pesca, mas a grande maioria dos pescadores não está

POR: DIEGO VERONEZI, DE FISIOTERAPESCA

Preparação físicapara pescar: é preciso?

U ma viagem de

pesca não co-

meça no dia em

que entramos no avião, ôni-

bus ou até mesmo em nosso

carro rumo àquele lugar tão

sonhado. Na verdade, ela

começa meses e até anos

antes, com a pesquisa do

destino, a melhor época,

a turma de amigos, quem

vai, quem não vai, a compra

da tralha, vara, carretilha,

molinete, iscas, moscas,

linhas e vai por aí afora.

Quem já fez isso sabe muito

bem do que estou falando:

pesquisar vídeos do local

na internet, fotos, é gostoso

demais, mas vou fazer uma

pergunta. E fisicamente,

você se prepara?

Se estivesse questio-

nando isso há 20, 30 anos,

me chamariam de louco,

afinal, a pescaria era muito

diferente de hoje, mais

parada, tranquila, com iscas

naturais ou vivas, sentado

no barco tomando uma cer-

vejinha, jogando conversa

fora, esperando o peixe pe-

gar a sua isca. Hoje mudou

e muito. Com a evolução e

a popularização da pesca

com iscas artificiais e a

pesca com mosca, pescar

não é mais sinônimo de

calmaria, descanso, sombra

e água fresca. Hoje, a pesca

ficou dinâmica, rápida, com

movimentos repetitivos e de

muito esforço físico.

Aqui no Brasil, geralmente,

vamos a lugares com tempe-

raturas elevadíssimas, passa-

mos o dia em pé, debaixo do

sol, em um piso instável que

é o barco, arremessando e

trabalhando as iscas durante

geralmente uma semana. Não

é à toa que já ouvi de muitos

pescadores que voltaram

mais cansados fi sicamente

do que foram. Lesões, dores e

desconfortos aparecem quase

que em 100% dos pescadores.

Mas, como evitar?

Do mesmo jeito que você

prepara a viagem e a tralha

com antecedência, prepare

seu corpo, pratique exercício

físico. Se você é adepto à

academia, fale para seu ins-

trutor que você vai pescar,

mostre o movimento do arre-

messo, do trabalho de iscas,

para ele fazer um fortaleci-

mento específi co para você.

Faça alongamentos antes da

viagem e, na viagem, antes,

durante e depois do seu dia

de pesca, eles vão te ajudar

a sentir menos desconforto

e dores musculares. Traba-

lhe também as pernas, pois

fi camos muito tempo em pé.

Faça caminhadas, corridas,

trabalhe o sistema cardio-

vascular, vamos precisar de

mais fôlego que o peixe na

hora da briga.

Nosso corpo não é uma

máquina. Ele precisa estar

preparado para essa “ma-

ratona” de uma semana de

pesca, mas a grande maio-

ria dos pescadores não está.

Já presenciei inúmeros ca-

sos de pessoas que perdem

dias de pesca e até pes-

carias inteiras por algum

tipo de dor e/ou lesão, e aí a

frustração é imensurável.

A pesca é esportiva não

apenas pelo lindo ato de

soltar o peixe, mas também

pelo fato de você estar pra-

ticando um exercício físico,

um esporte.

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Page 35: Revista total fly ed01

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Page 36: Revista total fly ed01

Os mais variados destinos de pesca nacionais e internacionais.

Tucunaré, Traírão, Dourado, Truta, Tarpon: não importa o peixe, o que vale é decidir pescá-lo.

Em parceria com agências de viagens especializadas em pesca esportiva, como Nascimento Turismo, Pescaventura e Jund Pesca, a Total Fly está capacitada a auxiliar e

acompanhar você na pescaria dos seus sonhos.

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