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GOIÁS INDUSTRIAL ANO 56 # 230 Outubro 2009 Revista do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Goiás MÉRITO INDUSTRIAL Edição 2009 da mais tradicional condecoração da indústria homenageia seis empresários e o governador Alcides Rodrigues ENTREVISTA Alberto Borges, da Caramuru, apresenta a receita do sucesso de sua empresa, uma das maiores processadoras de soja de capital nacional Vanderlan Cardoso, da Cicopal Alcides Rodrigus, governador de Goiás Ubiratan Lopes, da Vibracom José Carlos de Souza, da SuperFrango Jânio Carlos Freire, da Jean Darrot César Helou, do Laticínios Piracanjuba Alberto Borges de Souza, da Caramuru

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GOIÁSINDUSTRIAL

ANO 56

# 230Outubro 2009

Revista do Sistema Federação dasIndústrias do Estado de Goiás

MÉRITO INDUSTRIALEdição 2009 da mais tradicionalcondecoração da indústriahomenageia seis empresários eo governador Alcides Rodrigues

ENTREVISTAAlbertoBorges, daCaramuru,apresenta a receita do sucessodesua empresa, umadasmaioresprocessadoras de soja de capital nacional

Vanderlan Cardoso,da Cicopal

Alcides Rodrigus,governador de Goiás

Ubiratan Lopes,da Vibracom

José Carlos de Souza,da SuperFrango

Jânio Carlos Freire,da Jean Darrot

César Helou,do Laticínios Piracanjuba

Alberto Borges de Souza,da Caramuru

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Caramuru Alimentos, produtos Sinhá, amaior indústria genuinamente brasileirade processamento de soja,milho,girassol e canola.

A Fieg escolheu para condecorar ogovernador Alcides Rodrigues e osempresários Cesar Helou, da LaticíniosBela Vista, Piracanjuba; Jânio Carlos AlvesFreire, da Nova Moda Confecções, JeanDarrot; José Carlos de Souza (JoséGarrote), do Abatedouro São Salvador,Super Frango; Ubiratan da Silva Lopes,da Pafisa Pré-Moldados Indústria eComércio, Vibracon, e Vanderlan VieiraCardoso, da Cicopal Indústria eComércio de Produtos Alimentícios eHigiene Pessoal, Salgadinhos Micos. Oprimeiro é reconhecidamente umincentivador da consolidação e expansãodo parque industrial goiano.Os empresários são destaque emqualquer relação de grandesempreendedores goianos.

A importância do evento que osdistinguiu está evidenciada na presença eparticipação do deputadoArmandoMonteiroNeto, presidente daCNI, e deHenriqueMeirelles, presidente do BancoCentral doBrasil, umdos principais responsáveis pelaestabilidade atual da economia brasileira,alémde outras importantes personalidades.Pormerecimento, o ideal seriaoutorgar oMérito Industrial a numerososoutros empresários, como gostariamde fazer aCNI e a Fieg.

É justo recompensar o ser humanopelos resultados de seu trabalho.Reconhecimento público nessacircunstância representa valorização dohomenageado e incentivo à suacapacidade de produzir, situando-se esteentre aqueles que induzemàmaiorgeração de riquezas embenefício demuitos, expansão domercado detrabalho e desenvolvimento econômicoe social, com reflexos positivos nacomunidade, no Estado e no País.

É por isso que aConfederaçãoNacional da Indústria e a Federação dasIndústrias do Estado deGoiás possuem asuaOrdemdoMérito Industrial, as quaisdistribuem comparcimônia eausteridade. Sua instituição foi inspiradano exemplo de grandes vultos dopassado, comoRoberto Simonsen eEuvaldo Lodi, que com criatividade evisão do futuro forjaram as bases domoderno parque industrial brasileiro.

OMérito Industrial daCNI nasceuem1958, o da Fieg dez anos depois. Suaconcessão tem sido extremamenterigorosa e restrita, distinguindoempresários, políticos e profissionais quecomprovadamente se destacaramnadefesa da evolução e da competitividadeda indústria e do nosso crescimentosocioeconômico.

A outorga dessa referência simboliza,portanto, uma proclamação de relevantecontribuição ao setor produtivo demaior

3GOIÁS INDUSTRIAL

Paulo Afonso [email protected]

Por que o Mérito Industrial

palavra do presidente

“A concessão da Ordem do Mérito Industrial tem sido extremamenterigorosa e restrita, distinguindo empresários, políticos e profissionais”

evidência nummundoonde seconsolidou o conceito de que paísdesenvolvido é país industrializado.

ACNI veio aGoiás trazer seuMéritoIndustrial a Alberto Borges de Souza, da

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CAPA26 Em sua 19ª edição, a medalha e odiploma da Ordem do MéritoIndustrial foram outorgados pela Fieg,neste ano, a cinco empresáriosgoianos e ao governador AlcidesRodrigues pela contribuição quederam ao desenvolvimento industrialno Estado. Na sua versão nacional, adiretoria da CNI concedeu o MéritoIndustrial ao empresário AlbertoBorges de Souza, presidente doConselho de Administração daCaramuru Alimentos.

índice

ICQ BRASIL22 Lançado em 2000, o Programa Brasileiro deQualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H)colhe bons resultados em Goiás. Pesquisa decampo realizada pelo Instituto de CertificaçãoQualidade Brasil (ICQ Brasil) entre empresascertificadas identificou que 100% daamostragem considerou que o sistema de gestãoda qualidade implementado trouxe melhoriasnas várias áreas do seu negócio.

MISSÃO CHINA-RÚSSIA36 Em conjunto, China e Rússia responderam por 35% docrescimento alcançado pelas exportações goianas nos últimoscinco anos. Os chineses tornaram-se o principal mercado dedestino das vendas externas e os russos lideram a compra decarne bovina produzida em Goiás. Esses números confirmamo caráter estratégico da missão comercial goiana realizadaàqueles países entre 7 e 18 de setembro.

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SENAI GOIÁS14 Em fase de crescimentoacelerado, Aparecida deGoiânia, onde já opera umaunidade integrada Sesi Senai, vaireceber em breve sua primeiraescola do Senai. A 11ª unidadedo sistema em Goiás seráestruturada em parceria com aAssociação Pró-Vida, instituiçãobeneficente de São Paulo, e aprefeitura de Aparecida deGoiânia, com previsão de inícioda construção ainda este ano.

ENTREVISTA8Uma das poucas empresas sob controlenacional no setor de soja, milho e óleosvegetais, a Caramuru Alimentostransformou a ampla estrutura montadanos setores de originação de grãos earmazenagem, combinada com dosesmaciças de investimentos em logística erastreabilidade, na base para crescer, emmédia, 20% ao ano.

NIQUELÂNDIA16 A Unidade Integrada SesiSenai Niquelândia, no Nortedo Estado, inaugurou suaterceira ampliação emapenas três anos, diante dademanda crescente dasempresas da região e dacomunidade por educação,qualificação profissional eserviços de saúde e lazer.Neste período, foraminvestidos R$ 5 milhões naexpansão da estrutura físicado complexo.

INOVAÇÃO18 a 21 Empresas como aBRF-Brasil Foods, gigantenascida após a aquisição da Sadiapela Perdigão, e a EquiplexIndústria Farmacêutica, inscritasno Edital Senai Sesi de Inovação2009, desenvolvem projetos quecontemplam o conceito deinovação social, oferecendobem-estar aos empregados e asuas famílias. Durante o 3ºCongresso Brasileiro deInovação na Indústria, aConfederação Nacional daIndústria (CNI) lança manifestocom proposta de dobrarnúmero de empresas inovadorasno País em quatro anos.

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DDiirreeççããoo

José Eduardo de Andrade Neto

CCoooorrddeennaaççããoo ddee jjoorrnnaalliissmmoo

Joelma Pinheiro

EEddiiççããoo

Lauro Veiga Filho

SSuubbeeddiittoorr

Dehovan Lima

RReeppoorrttaaggeemm

Andelaide Pereira, Célia Oliveira,

Geraldo Neto, Jávier Godinho,

Pollyana Gadêlha e

Débora Orsida

CCoollaabboorraaççããoo

Welington da Silva Vieira

FFoottooggrraaffiiaa::

Sílvio Simões

CCaappaa::

Arte sobre fotos de

Sílvio Simões

PPrroojjeettoo ggrrááffiiccoo

Wesley Cesar

DDiiaaggrraammaaççããoo ee pprroodduuççããoo

Clarim Comunicação e Marketing

Rua S-6 nº 129, Sala 01,

Setor Bela Vista

(62) 3242-9095

www.clarimcomunica.com.br

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PPuubblliicciiddaaddee

Superintendência da Fieg

(62) 3219-1470

(62) 3219-1720

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As opiniões contidas em

artigos assinados são de

responsabilidade de seus autores

e não refletem necessariamente

a opinião da revista

GOIASINDUSTRIALSistema FIEG Conselhos Temáticos

FFeeddeerraaççããoo ddaass IInnddúússttrriiaass ddoo EEssttaaddoo ddee GGooiiááss

Presidente:Paulo Afonso Ferreira

Av. Araguaia, nº 1.544, Ed. AlbanoFranco, Casa da Indústria - Vila NovaCEP 74645-070 - Goiânia-GOFone (62) 3219-1300Fax (62) 3229-2975

Home page:www.sistemafieg.org.br

[email protected]

NÚCLEO REGIONAL DA FIEG EM ANÁPOLIS

Presidente: Waldyr O’Dwyer

Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A,Bairro Jundiaí, CEP 75113-630,Anápolis-GOFone/Fax (62) 3324-5768 / 3311-5565

E-mail: [email protected]

SESIServiço Social da IndústriaDiretor Regional: Paulo AfonsoFerreiraSuperintendente: Paulo Vargas

SENAIServiço Nacional de AprendizagemIndustrialDiretor Regional: Paulo Vargas

IELInstituto Euvaldo LodiDiretor: Daniel VianaSuperintendente: Paulo GalenoParanhos

ICQ BRASILInstituto de Certificação QualidadeBrasilDiretor:Daniel VianaSuperintendente: Paulo GalenoParanhos

Diretoria da FIEG

PPrreessiiddeennttee Paulo Afonso Ferreira

1º vice-presidentePedro Alves de Oliveira

2º vice-presidenteWilson de Oliveira

3º vice-presidenteIvan da Glória Teixeira

1º secretárioHélio Naves

2º secretárioLuiz Gonzaga de Almeida

1º tesoureiroDomingos Sávio Gomes deOliveira

2º tesoureiroAntônio de Sousa Almeida

DiretoresCésar HelouSegundo Braoios Martinez Ubiratan da Silva Lopes Marley Antônio da Rocha Joviano Teixeira Jardim Frederico Martins Evangelista Jorge Luiz Biasuz Meister Aluísio Quintanilha de Barros João Essado Flávio Paiva Ferrari Eduardo Cunha Zuppani Laerte Simão Luiz Antônio Vessani José Vieira Gomide Júnior Carlos Alberto Vieira Soares Fábio Rassi Sávio Cruvinel Câmara José Luiz Martin Abuli Eurípedes Felizardo Nunes Aldrovando D. de Castro Júnior José Magno Pato Domingos Vilefort OrzilRoberto Guimarães Mendes Raimundo Viana Dutra Carlos Alberto Diniz Humberto Rodrigues de oliveira Mário Renato G. de Azeredo

Conselho FiscalWaldyr O’DwyerDaniel VianaHeno Jácomo Perillo

Conselho de representantesjunto à CNIPaulo Afonso FerreiraSandro Antônio Scodro Mabel

Conselho de representantes junto à FiegAbílio Pereira Soares JúniorÁlvaro Otávio Dantas MaiaAnanias Justino JaimeAurelino Antônio dos SantosCarlos Alberto DinizCarlos Alberto Vieira SoaresCarlos José de Moura JúniorCarlos Queiroz de Paula e SilvaCarlos Roberto VianaCyro Miranda Gifford JúniorDaniel VianaDomingos Sávio G. de OliveiraEdilson Borges de SousaEduardo Cunha ZuppaniEduardo GonçalvesEmílio Carlos BittarErnani Martins AlmeidaEurípedes Felizardo NunesFábio RassiFlávio Paiva FerrariFrancisco Gonzaga PontesFrancisco de Paula e SilvaHenrique Wilhem Morg deAndradeHélio NavesHeno Jácomo PerilloJaime CanedoJair RizziJairo FrançaJoão EssadoJoaquim Cordeiro de LimaJorcelino José Nunes NetoJosé Alves PereiraJosé Antônio VittiJosé Divino ArrudaJosé Francisco de SouzaJosé Luiz Martin AbuliJosé Magno PatoJosé Romoaldo Maranhão NetoJosé Vieira Gomide JúniorLaerte SimãoLeonardo Jayme de ArimatéaLeopoldo Moreira NetoLuiz Carlos de MouraLuiz Gonzaga de AlmeidaLuiz LedraLuiz RézioManoel Paulino BarbosaMário Drummond DinizMarley Antônio RochaMoacyr Rabello Leite NetoNelson Pereira dos ReisOnofre Andrade PereiraOrizomar Araújo de SiqueiraPaulo Afonso FerreiraPedro Alves de OliveiraPedro de Souza Cunha JúniorRoberto Elias de Lima FernandesRobson Peixoto BragaRubens Luiz BernardesSandro Antônio Scodro MabelSávio Cruvinel CâmaraSebastião Elias BarbosaSegundo Braoios MartinezUbiratan da Silva LopesValdenício Rodrigues de AndradeWellington Soares CarrijoWilson de Oliveira

DesenvolvimentoTecnológico e InovaçãoPresidenteIvan da Glória TeixeiraVice-PresidenteMelchíades da Cunha Neto

Conselho Temático de Meio AmbientePresidenteHenrique W. Morg de AndradeVice-PresidenteDomingos Sávio Gomes de Oliveira

Conselho Temático de InfraestruturaPresidenteRoberto Elias de Lima FernandesVice-PresidenteCélio de Oliveira

Conselho Temático de PolíticaEconômicaPresidenteMarley Antônio RochaVice-PresidenteBeyle de Abreu Freitas

Conselho Temático de Relações doTrabalhoPresidenteOrizomar Araújo de SiqueiraVice-PresidenteRicardo Roriz

Conselho Temático de Micro ePequena EmpresaPresidenteHumberto Rodrigues de OliveiraVice-PresidenteCarlos Alberto Vieira Soares

Conselho Temático deResponsabilidade SocialPresidenteAntônio de Sousa AlmeidaVice-PresidenteMelchíades da Cunha Neto

Conselho Temático deAgronegóciosPresidenteAndré Luiz Baptista Lins RochaVice-PresidenteRodrigo Penna Siqueira

Conselho Temático de ComércioEExxtteerriioorr ee NNeeggóócciiooss IInntteerrnnaacciioonnaaiissPresidenteHeribaldo EgídioVice-PresidenteIgor Montenegro Celestino Otto

Conselho Temático Fieg JovemPresidenteAlexandre CostaVice-PresidenteMarduk Duarte

Rede Metrológica GoiásPresidenteHeribaldo Egídio

Câmara Setorial de Mineração PresidenteLuiz Antônio Vessani

expediente

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SIAGOSindicato das Indústrias do Arrozno Estado de GoiásPresidente: Pedro Alves de OliveiraRua T-45, nº 60 - Setor Bueno -CEP 74210-160 - Goiânia - GOFone/Fax (62) [email protected]

SIFAÇÚCARSindicato da Indústria deFabricação de Açúcarno Estado de GoiásPresidente: Segundo BraoiosMartinezPresidente-Executivo: André LuizBaptista Lins RochaRua C-236, nº 44 - JardimAmérica - CEP 74290-130 -Goiânia - GOFone (62) 3274-3133 / Fax (62)3251-1045

SIFAEGSindicato das Indústrias deFabricação de Álcool no Estado deGoiásPresidente: Segundo BraoiosMartinezPresidente-Executivo: André LuizBaptista Lins RochaRua C-236, nº 44 - Jardim América- CEP 74290-130 - Goiânia- GOFone (62) 3274-3133 e (62) 3251-1045 - [email protected]

SIMESGOSindicato da Indústria Metalúrgica,Mecânicae de Material Elétrico do SudoesteGoianoPresidente: Eurípedes FelizardoNunesRua Costa Gomes, nº 143 - JardimMarconal - CEP 75901-550 - RioVerde - GOFone/Fax (64) 3613-4810

SINROUPASSindicato das Indústrias deConfecçõesde Roupas em Geral de GoiâniaPresidente: Edilson Borges deSousaRua 1.137, nº 87 - Setor MaristaCEP 74180-160 - Goiânia - GOFone/Fax: (62) [email protected]

SINDUSCON-GOSindicato da Indústria daConstrução no Estado de GoiásPresidente: Roberto Elias de LimaFernandesRua João de Abreu, 427 - St.Oeste - CEP 74120-110 -Goiânia- GOFone (62) 3095-5155/Fax 3095-5176/[email protected]

Outros endereços

SIAASindicato das Indústrias daAlimentação de AnápolisPresidente: Wilson de Oliveira

SICMASindicato das Indústrias daConstrução e do Mobiliáriode AnápolisPresidente: Álvaro Otávio DantasMaiaSINDIFARGOSindicato das IndústriasFarmacêuticas no Estado deGoiásPresidente: Eduardo Gonçalves

SIMEASindicato das IndústriasMetalúrgicas, Mecânicase de Material Elétricode AnápolisPresidente: Robson Peixoto Braga

SINDICERSindicato das Indústrias deCerâmica no Estado de GoiásPresidente: Henrique WilhelmMorg Andrade

SIVASindicato das Indústrias doVestuário de AnápolisPresidente: Jair Rizzi

Anápolis

SIAEGSindicato das Indústrias deAlimentação no Estado de GoiásPresidente: Sandro Antônio ScodroMabelFone/Fax: (62) [email protected]

SIEEGSindicato das Indústrias Extrativas doEstado de Goiás e do Distrito FederalPresidente: Nelson Pereira dos ReisFone (62) 3212-6092Fax [email protected]

SIGEGOSindicato das Indústrias Gráficas noEstado de GoiásPresidente: Antônio de Sousa AlmeidaFone (62) 3223-6515Fax [email protected]

SIMAGRANSindicato das Indústrias de RochasOrnamentais do Estado de GoiásPresidente: Carlos Queiroz de Paulae SilvaFone/Fax (62) 3224-8688

SINCAFÉSindicato das Indústrias deTorrefação e Moagem deCafé no Estado de GoiásPresidente: Sávio Cruvinel CâmaraFone (62) 3212-7473Fax [email protected]

SINDAGOSindicato dos Areeiros do Estadode GoiásPresidente: Ernani Martins deAlmeidaFone/Fax (62) 3224-8688

SINDIALFSindicato das Indústrias deAlfaiataria e Confecçãode Roupas para Homens noEstado de GoiásPresidente: Daniel VianaFone (62) 3223-2050

SINDIBRITASindicato das Indústrias Extrativasde Pedreirasdo Estado de GO, TO e DFPresidente: Moacyr Rabello LeiteNetoFone/Fax (62) [email protected]

SINDICALCESindicato das Indústrias deCalçados no Estado de GoiásPresidente: Flávio FerrariFone/Fax: (62) [email protected]

SINDICARNESindicato das Indústrias de Carnese Derivados noEstado de Goiás e Distrito FederalPresidente: José Magno PatoFone/Fax (62) 3229-1187 [email protected]

SIMELGOSindicato das IndústriasMetalúrgicas, Mecânicas ede Material Elétrico do Estado de GoiásPresidente: Orizomar Araújo de SiqueiraFone/Fax (62) [email protected]

SIMPLAGOSindicato das Indústrias deMaterial Plástico no Estado de GoiásPresidente: Aurelino Antônio dos SantosFone (62) [email protected]

SINDICURTUMESindicato das Indústrias deCurtumese Correlatos do Estado de GoiásPresidente: João EssadoFone/Fax: (62) [email protected]

SINDIGESSOSindicato das Indústrias de Gesso,Decorações, Estuques e Ornatosdo Estado de GoiásPresidente: José Luiz Martin AbuliFone: (62) [email protected]

SINDILEITESindicato das Indústrias deLaticínios no Estado de GoiásPresidente: Ananias Justino JaimeFone (62) 3212-1135Fax [email protected]

SINDIPÃOSindicato das Indústrias dePanificação e Confeitariano Estado de GoiásPresidente: Luiz Gonzaga deAlmeidaFone: (62) [email protected]

SINDIREPASindicato da Indústria deReparação de Veículos eAcessórios no Estado de GoiásPresidente: José Francisco deSouzaFone (62) [email protected]

SINDMÓVEISSindicato das Indústrias de Móveise Artefatos deMadeira no Estado de GoiásPresidente: Manoel PaulinoBarbosaFone/Fax (62) [email protected]

SINDTRIGOSindicato dos Moinhos de Trigo daRegião Centro-OestePresidente: André Lavor PagelsBarbosaFone (62) [email protected]

SININCEGSindicato das Indústrias deCalcário, Cal e Derivados noEstado de GoiásPresidente: José Antônio VittiFone/Fax (62) [email protected]

SINPROCIMENTOSindicato da Indústria de Produtosde Cimento do Estado de GoiásPresidente: Luiz LedraFone (62) 3224-0456/Fax [email protected]

SINDQUÍMICA-GOSindicato das Indústrias Químicas eFarmacêuticasno Estado de GoiásPresidente: Eduardo Cunha ZuppaniFone (62) 3212-3794/Fax [email protected]

SINVESTSindicato das Indústrias doVestuário no Estado de GoiásPresidente: José Divino ArrudaFone/Fax (62) [email protected]

Sindicatos com sede na Federação das Indústrias do Estado de Goiás - FIEG

sindicatos

Av. Anhanguera, nº 5.440, Edifício José Aquino Porto, Palácio da Indústria, Centro, Goiânia-GO, CEP 74043-010

Av. Engº Roberto Mange, nº 239-A, Jundiaí, Anápolis/GOCEP 75113-630 Fone/Fax: (62) 3324-5768 e [email protected]

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8 GOIÁS INDUSTRIAL

longo do tempo. Isso gerou essaoportunidade de prestar serviços eum conhecimento sobre soja, quan-do partimos para a industrializaçãoem Itumbiara.

Goiás Industrial – A decisãode mudar do Paraná paraGoiás, como o senhor disse, foidecisiva para o que viria a acon-tecer em seguida à Caramuru. Jánaquela época existia certa sa-turação no mercado do Paranáou vocês já tinham uma antevi-são do que viria a ser o mercadonas décadas seguintes?

Alberto Borges – Na verdade,enxergamos uma oportunidade evislumbramos uma situação maisno curto prazo. Havia muita dispo-nibilidade de milho em Goiás já na-quela época, em comparação com oParaná. Além disso, Goiás tambémestá mais próximo do Nordeste, temcustos de logística menores, o quecontribuiu e contribui ainda hojepara a melhoria da rentabilidade daoperação. A industrialização de mi-lho iria suprir o Nordeste brasileiro,

Goiás Industrial – Quais estratégiasforam fundamentais para o crescimentoda Caramuru nesses últimos anos?

Alberto Borges de Souza – O primeiroponto é estar preparado para enfrentar de-safios. Nessas três décadas, o Brasil enfren-tou crises e adversidades. A Caramuru tevehabilidade de crescer principalmente emperíodos de crise, porque as pessoas denossa equipe se prepararam para venceradversidades e superar desafios. Além dis-so, deve-se destacar a vinda do Paraná parao Centro-Oeste em 1974, 1975. Foi umadecisão bastante importante. Na época, aempresa trabalhava principalmente commilho e viemos para Goiás para ampliar aprodução e dessa decisão derivaram diver-sas outras, entre as quais a ampliação darede de armazenagem. Hoje dispomos de60 pontos em Goiás e Mato Grosso, comcapacidade para 2 milhões de toneladas.Foi no setor de armazenagem e de origina-ção que registramos avanços mais expres-sivos. Depois passamos a industrializartambém a soja.

Goiás Industrial – A soja surgequando na história da empresa?

Alberto Borges – Em 1990. E surgiu

Biodiesel, a nova aposta

“A originação e o sistema de

armazenagem têm sidoos pilares para construira operação industrial,

assim como para aexportação”

entrevista com Alberto Borges de Souzapresidente do conselho de administração da Caramuru Alimentos

pelo avanço da capacidade arma-zenadora da Caramuru e pela rela-ção que temos com os produtoresrurais. Ela surgiu primeiro comouma vontade de prestar serviçosaos agricultores com essa estruturade armazéns que construímos ao

� Lauro Veiga Filho

A Caramuru Alimentos não se tornou fortuitamente uma das maiores empresas do setor de processamento de soja e milho euma das poucas de capital genuinamente nacional. Sua trajetória de sucesso foi construída sobre bases sólidas, destaca opróprio empresário nesta entrevista à Goiás Industrial. A mudança para Goiás e o forte investimento na montagem de umaestrutura ampla de armazenagem e originação de grãos, as inversões igualmente vigorosas em logística de transportes, aliadas auma visão estratégica e direcionada para o enfrentamento de desafios – resume Alberto Borges –, explicam seu crescimento.

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9GOIÁS INDUSTRIAL

que já era um mercado relevante pa-ra a Caramuru e um mercado emcrescimento. Então, vislumbramosessa oportunidade de atender a essemercado a partir de Goiás.

Goiás Industrial – Esse tam-bém não seria um caminho paraencontrar caminhos, nichos nummercado extremamente concorri-do e, pelo menos hoje, com grandeparticipação de gigantes multina-cionais? Isso fazia parte da estra-tégia da empresa também?

Alberto Borges – À época, nos-sos competidores eram empresasbrasileiras. O negócio de milho, pa-ra a indústria de alimentos, semprefoi considerado um negócio menordentro das estratégias das tradingsinternacionais. Era uma oportuni-dade para empresas brasileiras.Logicamente, a competição era for-te, mas essa foi uma forma de conse-guirmos nos diferenciar, por meiode custos de logística e de matéria-prima mais baixos, e gerar competi-tividade na nossa operação. Deucerto e, dali para frente, fomos sócrescendo no setor de armazena-gem, na industrialização de soja, naoperação hidroviária...

Goiás Industrial – O fortecrescimento na base de armazena-gem, na originação de produtos,ao que parece, tem desempenhadopapel fundamental na estratégiada Caramuru. Esta é a percepçãoda empresa também?

Alberto Borges – Não há dúvida.A originação e o sistema de armaze-nagem têm sido os pilares para cons-truir a operação industrial, assim co-mo para a exportação. Esses setorestêm dado sustentabilidade ao nossocrescimento. O interessante é que

quando iniciamos essa operação dearmazenagem nosso objetivo eramuito mais de garantir o suprimentode matérias-primas de qualidade pa-ra nossa indústria de alimentos aolongo de todo o ano. Não era tantocom essa visão de que isso iria darsustentação a uma operação muitomaior. A possibilidade de oferta dematérias-primas de qualidade du-rante o ano inteiro era um desafioque a Caramuru enfrentava para terseus produtos dentro de padrõesadequados de qualidade.

Goiás Industrial – Qual a par-ticipação desse setor no plano deinvestimentos da empresa?

Alberto Borges – No ano passa-do, investimos em armazenagem30% de nosso orçamento. Esses in-vestimentos foram mais direciona-dos para o Mato Grosso, para a re-gião de Água Boa, Querência eCanarana. Investimos ali num siste-ma para 150 mil toneladas de capa-cidade estática. Esses investimentostambém seguem uma estratégia delogística, já que essa região tem umaligação muito forte com a HidroviaTietê-Paraná na saída por São Simão.Foi uma forma que criamos paraque a soja possa ser transportada deforma cadenciada ao longo do ano.Normalmente no período de safra ospreços dos fretes sobem 50% em re-lação ao período de entressafra.Temos conseguido evitar esse pico.

Goiás Industrial – É possíveltraçar a evolução para esses inves-timentos ao longo do tempo?

Alberto Borges – Levamos emconta, em nossa política de investi-mentos, não só a questão do retornode longo prazo, mas também no cur-to prazo, para que possam contri-

“Em determinadosmercados, as exigências sãomais elevadas e a Caramuru

tem aproveitado essasoportunidades para sediferenciar em relação

à concorrência no setor de commodities,

principalmente na Europa”

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10 GOIÁS INDUSTRIAL

buir para gerar fluxo de caixa para as ope-rações como um todo. Isso tem feito comque, em determinados anos, ora intensifi-quemos investimentos em armazéns, oradirecionamos nossos recursos para bio-diesel, ora em logística, ora em portos.Não há uma regularidade.

Goiás Industrial – O senhor citouque a soja passou a fazer parte do port-fólio da Caramuru em 1990. Ela ga-nhou uma relevância bem mais robustaao longo do tempo. Como se divide onegócio hoje? Qual a participação decada segmento?

Alberto Borges – A soja representa80% do total do faturamento, o milho res-ponde por 15%, a originação por 3% eserviços, 2%. Mas a contribuição para arentabilidade é diferente desses números.O setor de serviços oferece rentabilidadesmais expressivas do que o de commodi-ties. Isso inclui a prestação de serviços delogística, serviços portuários.

Goiás Industrial – O senhor fez re-ferência ao problema da qualidade etem havido uma pressão crescente, noexterior, por conta de questões ambien-tais, de rastreabilidade de produtos esegurança alimentar, saúde pública.Como a Caramuru tem enfrentado es-sas situações, no mercado internacio-nal, e como isso tem influenciado o de-sempenho da empresa lá fora?

Alberto Borges – Na verdade, em de-terminados mercados, as exigências sãomais elevadas e a Caramuru tem aprovei-tado essas oportunidades para se diferen-ciar em relação à concorrência no setorde commodities, principalmente naEuropa, que tem um nível de exigênciamais elevada, em especial na questão dosprodutos não transgênicos. A Caramurutem trabalhado com esse programa denão transgênico dentro de um programaque oferece toda a rastreabilidade desde asemente, inclusive nos armazéns, na in-

dústria, na área de logística, de trans-porte, até o destino final. A segregaçãodesses produtos dá uma garantia dequalidade alimentar para os clientesque valorizam a diferenciação.

Goiás Industrial – Isso possibilitaalguma vantagem em relação à con-corrência?

Alberto Borges – Com certeza. Issoagregou um diferencial e tem sido umaestratégia da Caramuru, que é se dife-renciar em commodities. Esse mercadoapresenta uma tendência de preço uni-forme, muito baseado na Bolsa deChicago, inclusive em relação aos prê-mios. A Caramuru desenvolveu essadiferenciação, baseada em produtos es-peciais, em farelo Hi-Pro (High-Protein), com elevado teor de proteína.A segregação, combinada com a ras-treabilidade, nos permite oferecer pro-dutos diferenciados aos clientes e issosignifica também diferencial de mar-gens e uma forma mais trabalhosa de

executar essa operação. E isso não é tãoatrativo para grandes players interna-cionais. O que tem, na verdade, assegu-rado esses programas de diferenciaçãoé, sobretudo, nossa estrutura de arma-zenagem, de logística, portos. É umaquestão de gestão, que foi desenvolvidapela empresa ao longo de oito anos deforma a permitir esse sistema.

Goiás Industrial – Como enfren-tar esse avanço dos produtos geneti-camente modificados? A empresapratica preços também diferencia-dos na compra de grãos em relaçãoao mercado?

Alberto Borges – Praticamos preçosdiferenciados. Temos um custo maior,porque muitas vezes é preciso ter maisde um armazém para originar produtosem uma mesma área. Existe um customaior de logística. Temos de dedicarmaior espaço para fazer a segregação.Isso exige um esforço maior de acompa-nhamento, de análise para acompanhar

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esse produto desde a semente. Mas exis-tem mercados também que valorizam es-se esforço. O fato de a Caramuru ter tam-bém a operação de exportação do grão fazcom que você consiga combinar volumesoperados, no sentido de direcionar suaoriginação de não transgênicos para as fá-bricas e os transgênicos para exportação.

Goiás Industrial – A produção debiodiesel entrou para a carteira de pro-dutos da Caramuru recentemente,Quais são os planos da empresa em re-lação aos biocombustíveis?

Alberto Borges – Entramos nesse seg-mento com a implantação de uma fábricaem São Simão em 2007. Como oPrograma Nacional de Produção deBiodiesel é relativamente novo e traz umforte apelo para a agricultura familiar, ti-nha-se muita dúvida sobre o que nós pre-víamos. Hoje é possível dizer que, numhorizonte de cinco anos, a soja vai conti-nuar como carro-chefe no suprimento dematéria-prima para o biodiesel. Isso tem

levado as empresas a desenvolverem co-nhecimento sobre o mercado de soja,porque ele tem sido um formador depreços para os produtos complementa-res, entre os quais a gordura animal, osóleos de algodão, girassol, mamona, pi-nhão manso. Esses produtos acabamacompanhando a soja e sua utilização écomplementar. Utilizamos 80% de óleode soja e o restante de outras matérias-primas. A Caramuru tem tido muito su-cesso empresarial na produção de bio-diesel. Já ampliamos a produção em SãoSimão de 110 milhões para 147 milhõesde litros e decidimos fazer um novo in-vestimento em Ipameri, para 110 mi-lhões de litros, que deve começar a ope-rar a partir de julho de 2010.

Goiás Industrial – A Caramurutem participado dos leilões recentesde biodiesel. Os volumes contratadosjá cobrem a expansão projetada paraa produção?

Alberto Borges – Em São Simão,

sim. No caso de Ipameri, estamos con-tando que vá se tornar realidade a decisãodo governo de ampliar de 4% para 5% oporcentual da mistura de biocombustívelao diesel a partir de janeiro do ano quevem, o que abre espaço para a Caramuruparticipar desse mercado. O consumo dediesel é estimado em 40 bilhões de litrose esse 1% vai representar, portanto, 400milhões de litros. O programa do biodie-sel deu tão certo sob aspecto de incre-mento à produção que hoje já temosmais de 50 usinas em operação com ca-pacidade para um B8 (8% de mistura). Eo B5 está previsto apenas para 2013. Seolhássemos apenas sob esse aspecto nãopoderíamos decidir o investimento. Masestamos analisando também pela nossacapacidade de gerenciamento de risco, delogística e sabemos que seremos compe-titivos mesmo nesse cenário de maioroferta em relação à demanda. Hoje desti-namos praticamente 50% da produção deóleo de soja para biocombustível. A outrametade vai para a marca Sinhá. Com oinício da produção em Ipameri devere-mos intensificar nossa posição comocompradores de óleos vegetais num pri-meiro momento. Num segundo momen-to, poderá vir aí a oportunidade para am-pliarmos o processamento de soja e aprodução de óleo vegetal.

Goiás Industrial – Falando de futu-ro, o que se pode antecipar em relaçãoà Caramuru?

Alberto Borges – Já temos esses inves-timentos anunciados em relação ao bio-diesel. Temos essa ampliação pequena nacapacidade de esmagamento em SãoSimão e também em Itumbiara, nesse pa-cote de R$ 104,7 milhões, incluindo a fa-bricação de embalagens e de bebidas à ba-se de soja. Devemos ter um crescimento,em 2009, em termos de faturamento, daordem de 10%, para R$ 2,5 bilhões, e, em2010, em torno de 25%, quando entramem funcionamento as novas operações.

“A CARAMURU TEVE HABILIDADEDE CRESCER PRINCIPALMENTE

EM PERÍODOS DE CRISE,PORQUE AS PESSOAS DE NOSSAEQUIPE SE PREPARARAM PARAVENCER ADVERSIDADES E

SUPERAR DESAFIOS”

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12 GOIÁS INDUSTRIAL

iel

PARA MICRO E GRANDE,PÚBLICA OU PRIVADA

Centro de Treinamento: SGQ reservou procedimento exclusivo à área

Serviço de consultoria oferecido pelo IEL Goiás atinge empresas de todos os tamanhos e setores, incrementando sua gestão e a produtividade

�Célia Oliveira

Conhecimento técnico e experiência ad-quiridos em consultoria são instrumentos em-pregados na modernização da SuporteEngenharia, empresa de médio porte, situadaem Luziânia, região do Entorno de Brasília.

As necessidades de se adequar ao mercadoda construção civil e de orientação para im-plantação do Sistema de Gestão da Qualidade(SGQ) foram fatores que levaram a SuporteEngenharia a contratar o serviço de consulto-ria em gestão do IEL Goiás, que contempla mi-cro, pequena, média ou grande empresa, sejada iniciativa privada ou estatal.

“A princípio, queríamos instruções para oSGQ, mas no decorrer da consultoria entende-mos a necessidade de buscar um novo modelo

de empresa, ou seja, modernizar conhecimen-tos para nossa competição no mercado”, expli-ca o diretor da Suporte Engenharia, VantuilJúnior, ao comentar o que mudou na empresacomo resultado da consultoria. De acordo comele, houve muito investimento em pessoalqualificado, em estrutura física e informática.Em pouco tempo, a empresa aumentou o nú-mero de funcionários e a visão de gerencia-mento de pessoas e resultados também passoupor modificações.

História semelhante tem para contar a HotLine, empresa de grande porte, fundada há 33anos, prestadora de serviços no segmento daconstrução e de manutenção de sistemas elé-tricos energizados. A empresa procurava porcredibilidade, know-how e facilidade de logís-tica para contratar uma consultoria que auxi-

liasse, também, com o SGQ. “Como isso eradeterminante para o futuro da empresa, a par-ceria com o IEL foi fundamental para o suces-so do projeto”, conta o supervisor de recursoshumanos e, atualmente, representante da dire-ção (RD), Jeferson Neto. Depois dos estudos edefinições dos requisitos, a implantação ocor-reu dentro do planejado, “possibilitando à em-presa uma organização sistêmica e, conse-quentemente, a certificação.”

Na análise de Neto, a Hot Line colhebons frutos, sobretudo, em relação ao plane-jamento estratégico, pois a eficiência da con-sultoria proporcionou melhor atendimentoaos clientes, cuja carteira é formada basica-mente por indústrias e concessionárias deenergia elétrica. A alta direção hoje está maissegura nas decisões.

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13GOIÁS INDUSTRIAL

Trabalhodirecionado paraa sustentabilidade

Independente do ramo de atuação ou tama-nho, uma consultoria atende a todos e é bom re-curso para a organização sobreviver, já que essefator não é regalia de uma ou outra, inserida nocenário mercadológico. “O serviço dá condiçõespara a empresa tocar seu negócio sem gerar de-pendência dos consultores, pois é um trabalhodirecionado, que almeja a sustentabilidade, pormeio de melhorias que começam internamente,com a implantação de sistema de gestão, alinha-mento de objetivos ou ajustes mais profundos”,comenta a coordenadora da área de consultoriado IEL Goiás, Vera Lúcia Elias de Oliveira.

Seja micro, pequena, média ou grande, seja

empresa privada ou pública, para serem compe-titivas e assegurar competências, devem atendercom presteza demandas de clientes que, conti-nuamente, querem o melhor, por isso, buscam aprofissionalização e sintonia com o novo.

Foi isso que levou o Serviço Integrado deAtendimento ao Cidadão Vapt Vupt a contratarconsultoria para uma consistente qualidade naprestação de diferentes serviços de interesse dapopulação, em um só local. A rede de serviçosdo Estado completa dez anos e, de acordo coma coordenadora dos Postos Fixos deAtendimento e do SGQ, Neidimar de Oliveira, avivência da consultoria é multiplicada na gestãodo Vapt Vupt. Ela enfatiza que a oferta dos servi-ços utiliza os ensinamentos da consultoria, apli-cando métodos modernos de gerenciamento.

O Vapt Vupt é mais um exemplo das maisde duas centenas de consultorias em gestãoempresarial executadas pelo IEL Goiás, ao lon-go da implantação deste serviço, em 1999.

“Ao promover melhorias internas, os benefícios de uma consultoriaatravessam os muros da organização e geram ganhos externos, ou

seja, de mercado. Mas isso depende dos objetivos da empresaem suprir suas carências”, explica Vera Lúcia, do IEL Goiás.Outro benefício apontado é a sustentabilidade, longevidade.Uma consultoria bem conduzida, gerenciada, promove umtratamento geral ou específico em um ente vivo. “Umaempresa é dotada de seres humanos, vivos. São aspessoas que movem um negócio.” Ela acrescenta que a complexidade de uma organizaçãorequer múltiplos conhecimentos e, muitas vezes, a mesmanão dispõe de equipe exclusiva para tratar de assuntosdiversos, novos e urgentes. “As empresas contratamconsultoria, numa escala crescente, para ter acesso a

informações e métodos específicos de gestão em áreasque não são demandadas com frequência, mas quefazem parte de seus ambientes”, explica.

BENEFÍCIOS NO LONGO PRAZO

Como se define oserviço de con-sultoria?Uma atividade de in-serção de um profis-sional na empresa pa-ra atender a demandaespecífica, que é a soluçãode uma necessidade identificada pela mes-ma. A carência atendida pode ser em vá-rias áreas ou em uma determinada.Quando a empresa não sabe o que quer, aconsultoria se torna mais complexa, de-manda diagnóstico para identificar ondeestá a necessidade de atuação do serviço.

Qual o foco da consultoria do IEL?Em gestão empresarial, com ênfase namelhoria do desempenho da organização:gestão da qualidade, ambiental, de pes-soas, de processos, financeira, marketing,estratégica, ou seja, os diversos elementosque compõem a gestão organizacional.

Há desdobramentos?A oferta é abrangente ou multidisciplinar,como o Programa de Qualificação deFornecedores (PQF), que desenvolve ativi-dades relacionadas à melhoria da gestãodessas diversas vertentes. A consultoria noprograma renova as empresas, com ga-nhos para a indústria goiana e nacional.

Qual o resultado da consultorianesses dez anos?Desde 1999 até o ano passado, aten-demos 266 empresas privadas e públi-cas, de diferentes segmentos e portes,no Estado e fora.

PARA CONTRATAR O SERVIÇO DE CONSULTORIA DO IEL

GOIÁS LIGUE PARA O TELEFONE(62) 3219-1430

DIAGNÓSTICOE SOLUÇÕES

Vapt-Vupt: Segmento público encontra na consultoria caminhos para

melhorar atendimento à população

Vera Lúcia: “São as pessoas que movem um negócio”

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senai

Aparecidacresce, Senai

acompanhaSob forte avanço populacional, município contaráem breve com uma unidade do Senai paraatender à demanda por mão de obra qualificada

� Andelaide Pereira

Estimativas divulgadas em agosto peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) mostram que a população de Aparecidade Goiânia cresceu mais de 50% desde 2000,ultrapassando em 2009 a marca dos 500 milhabitantes. A proximidade com a capital e aatração de investimentos são fatores que contri-buíram para essa explosão demográfica. Oavanço populacional registrado no município,contudo, não reflete na quantidade de profis-sionais necessários para atuar no polo indus-trial da segunda maior cidade de Goiás.

Para atender a essa demanda, o SistemaFieg anuncia a implantação de uma escolaSenai em Aparecida de Goiânia, onde já existeuma unidade integrada com o Sesi. A 11ª uni-dade do Senai em Goiás será estruturada emparceria com a Associação Pró-Vida, instituiçãobeneficente de São Paulo, e a prefeitura deAparecida de Goiânia, com previsão de inícioda construção ainda este ano. Inicialmente, oSenai irá oferecer cursos nas áreas de eletroele-trônica/metalmecânica, manutenção industrial,construção civil, química industrial e alimen-tos, nas modalidades de aprendizagem indus-

trial, qualificação profissional, habilitação téc-nica e aperfeiçoamento.

Durante solenidade de assinatura do proto-colo de intenções entre os parceiros, realizadaem julho, o diretor regional do Senai Goiás,Paulo Vargas, disse que a meta prevista para oprimeiro ano de funcionamento da nova unida-de é matricular 2.700 alunos. “O objetivo é di-namizar e potencializar as ações desenvolvidaspor Sesi e Senai no município, oferecendo no-vos produtos e serviços para a comunidade e osegmento industrial, que se consolida comoum dos mais competitivos do Estado”.

ÚNICO CAMINHOPara o prefeito de Aparecida de Goiânia,

Maguito Vilela (PMDB), a unidade do Senaichega em momento propício para a cidade, queainda enfrenta sérios problemas, como os altosíndices de criminalidade, a falta de saneamentobásico, asfalto e de empregos. “Estamos cres-cendo, mas ainda são muitos desafios para su-perar e o principal deles é capacitar nossa po-pulação para assumir os postos de trabalho queestão surgindo. Apostamos na parceria com oSenai, já que a educação profissional é o únicocaminho viável para o desenvolvimento socioe-

conômico. O empreendimento será um divisorde águas”, destacou Maguito. A prefeitura deAparecida de Goiânia doou o terreno de13.703m², no Setor Pontal Sul, para a constru-ção da Escola Senai.

Coordenador da Pró-Vida, Jansen Tregierfalou sobre a importância de investir na evolu-ção do homem para transformar o meio em quevive. “Nossa associação promove ações sociaiscom foco na formação de pessoas conscientesdo seu papel na construção de uma sociedademais justa e igualitária por meio do acesso àeducação de qualidade. É com esse objetivoque buscamos parceria para implantação de no-va unidade do Senai em Goiás”. Pelo acordo, aPró-Vida será responsável por construir e equi-par a escola, que será doada ao Senai após a fi-nalização das obras.

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Maguito Vilela, Paulo Afonso, Paulo Vargas e JansenTregier: parceria para atender à demanda dasempresas de Aparecida de Goiânia

Responsabilidade social

Fundada pelo médico, cientista e filósofo Celso Charuri (1940-1981), em 1979, a Pró-Vida é uma instituição sem fins lucrativosque tem por missão “conduzir pessoas de todas as raças, crenças,políticas ou religiosas, a uma integração cósmica, fazendo comque cada uma consiga ampliar sua visão em relação ao meio emque vive.” As ações sociais promovidas pela instituição sãodesenvolvidas por meio da Central Geral do Dízimo (CGD), cujoobjetivo é centralizar o recebimento do dízimo – 10% do ganho decolaboradores – na forma de depósitos facultativos e anônimosem sua conta bancária, e destinar todos esses recursos parabeneficiar entidades que exerçam atividades assistenciais,promovendo a valorização do ser humano.Cerca de 7 mil doações já foram feitas em todo o Brasil,atendendo desde creches, hospitais, asilos e orfanatos até aconstrução e doação de escolas profissionalizantes totalmenteequipadas, muitas das quais em parceria com o Senai.

Qualificação de acordo com o mercado

Quarto município mais competitivo de Goiás, de acordo comdados da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan),Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia,abriga um importante e diversificado parque industrial formadopor cerca de 900 empresas, entre as quais o Grupo Mabel, aEquiplex Indústria Farmacêutica, Fraldas Sapeca, Kisses,Tempervidros e Arroz Cristal.A cidade conta com os serviços do Sesi desde 1994 e, a partirde 2006, também o Senai passou a ter presença mais efetiva nomunicípio, onde já atuava por meio de ações móveis realizadaspelas unidades da instituição de Goiânia. Atualmente, aUnidade Integrada Sesi Senai Aparecida de Goiânia ofereceatividades de educação profissional e assessoria tecnológica nossegmentos de automação industrial, eletroeletrônica, gestão,informática e vestuário, além de serviços nas áreas de lazer,esporte, saúde, educação e de responsabilidade social.

Fonte: www.provida.org.br

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16 GOIÁS INDUSTRIAL

sesi/senai niquelândia

A terceira ampliaçãoUnidade Integrada Sesi Senai Niquelândia recebe investimentos de R$ 5 milhões para atender à crescente demanda da indústria da mineração

�Pollyana Gadêlha

Implantada há apenas três anos, a UnidadeIntegrada Sesi Senai Niquelândia, no municí-pio do Norte Goiano, a 380 quilômetros deGoiânia, inaugurou, no dia 16 de setembro,nova ampliação, a terceira no período, destina-da a atender à crescente demanda das empre-sas da região e da comunidade por educação,qualificação profissional e serviços de saúde elazer. Investimentos feitos pelo Sesi e Senai

apenas na parte de estrutura física do comple-xo já superam R$ 5 milhões.

Os novos ambientes de ensino do Senaicompreendem um pavilhão de 300m², ondehouve a expansão do laboratório de química efoi construído um laboratório de metalurgiadestinado à educação profissional e assessoriatécnica e tecnológica. A área de metalurgia re-cebeu quatro boxes com equipamentos paradesenvolvimento dos processos de soldagemTIG, MIG e MAG e eletrodo revestido.

Parceiras do Sesi e do Senai, as empresasAnglo American Brasil e do GrupoVotorantim, investiram na ampliação da uni-dade integrada cerca de R$ 190 mil cada uma.Em contrapartida, o Senai Goiás comprou to-do o maquinário, equipamentos de proteçãoindividual (EPIs) e acessórios. Com isso, os in-vestimentos só do Senai em Niquelândia che-gam a meio milhão de reais.

“Se a empresa não tiver profissionais quali-ficados, ela terá de buscar fora. Com a parceria

Capacitação: alunos fazemexperiências no laboratório de química

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com o Senai, a empresa consegue, ao mesmotempo, qualificar os funcionários e ainda apli-car a responsabilidade social”, afirma o gerenteda unidade, Thiago Vieira Ferri.

O gerente de Recursos Humanos da AngloAmerican de Niquelândia e Barro Alto, MarcosAdriano Cangussu Rodrigues, explica que aparceria com o Senai foi realizada para capaci-tar pessoas da comunidade para formação demão de obra futura. “Qualificação profissionalé algo que está bastante alinhado com as açõesda Anglo American, que são voltadas para asustentabilidade. O Senai é hoje uma das maisreconhecidas instituições de ensino do País eapresenta diversos cursos de qualificação pro-fissional de qualidade. Além disso, demonstracompromisso com os projetos e vem sendo umparceiro muito forte”, argumenta o gerente daAnglo American.

No caso da Votorantim Metais, a deman-da do curso de soldagem surgiu da próprianecessidade da empresa, que começou a utili-zar a nova área antes mesmo da inauguraçãono desenvolvimento de aulas. A indústria rea-lizou pesquisas de mercado e um estudo so-cioeconômico no município de Niquelândia edetectou a necessidade de soldadores. “Apóso levantamento chegou-se à ideia de trabalharum projeto que beneficiasse jovens da comu-nidade de famílias de baixa renda, e que osdesse empregabilidade instantânea. Surgiuentão, a parceria com o Senai, que investiu namontagem do galpão de solda, assim como nacompra dos equipamentos para atender àVotorantim Metais”, explicou o gerente deDesenvolvimento Humano e Organizacional(DHO) da Votorantim, Marco Aurélio deAssis Cardoso.

Com a nova ampliação, a UnidadeIntegrada Sesi Senai Niquelândia ganhoumais espaços e equipamentos destinados aolazer de clientes do clube. Os trabalhadoresda indústria e da comunidade local poderãousufruir das novas áreas de salão de eventos,academia, piscina semiolímpica de 25 m, sa-lão de jogos e cantina. No fim do ano, aindaserá entregue a quadra poliesportiva. Os re-cursos foram provenientes do ConselhoNacional do Sesi, com R$ 775 mil e a refor-ma da quadra teve recursos da Diretoria

Regional do Sesi. De acordo com o superintendente do Sesi

e diretor regional do Senai, Paulo Vargas, aampliação da unidade visa auxiliar na melho-ria da qualidade de vida da população, naqualificação profissional e no desenvolvimen-to econômico do município. “O foco do Sesi eSenai são os industriários, mas também pen-samos na comunidade e na sustentabilidade.Futuramente também será construída umaescola com ensino articulado Sesi Senai e en-sino médio”, enfatizou.

Mais lazer e mais educaçãoEsporte e lazer: piscina semiolímpica com 25 m²Instalações ampliadas: novo pavilhão de metalurgia do Senai com 300 m²

Construção CivilEletroeletrônicaGestãoSegurança no Tabalho

AperfeiçoamentoProfissional

AS EMPRESASA Votorantim possui em Niquelândia uma área demineração onde são realizadas a extração deminério de níquel laterítico e a produção docarbonato de níquel. Esses produtos abastecem ausina metalúrgica, localizada no bairro de SãoMiguel Paulista, São Paulo (SP). Já a Anglo American,um dos maiores grupos em mineração e recursos naturais do mundo, realizano município a extração de metais básicos, como carvão e metais industriais.

Transporte

IniciaçãoProfissional

EletroeletrônicaMetalmecânica

QualificaçãoProfissional

Cursos presenciais em Niquelândia

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18 GOIÁS INDUSTRIAL

sesi/senai - inovação

Investindo em qualidadeProjetos selecionadosno Edital Senai Sesi2009 contemplamconceito de inovaçãosocial e proporcionambem-estar aostrabalhadores efamiliares

�Débora Orsida

Oferecer qualidade de vida, saúde e bem-estar a seus colaboradores é um dos valores daBRF - Brasil Foods – nova denominação socialda Perdigão, após incorporar a Sadia –, de olhono consequente retorno que virá na forma demaior produtividade e satisfação no trabalho. Aestratégia motivou a empresa a um novo proje-to de investimento voltado para os recursos hu-manos que movimentam sua planta de RioVerde, no sudoeste goiano, a 235 quilômetrosde Goiânia, atualmente com 8 mil funcionários.

Inscrita no Edital Senai Sesi de Inovação2009, a BRF - Brasil Foods foi contempladacom recursos de R$ 66.520,00 destinados aodesenvolvimento de uma pesquisa com fun-cionários do turno noturno para adequação deseu ritmo biológico e cronotipo ao trabalho e àvida social. Resultado dessa pesquisa será acriação de um espaço para descanso de seustrabalhadores.

“Por meio da pesquisa identificamos as ne-cessidades de nossos colaboradores, em ambosos turnos, e vamos oferecer um local onde elespoderão relaxar e até tirar um cochilo, ouvir

uma música, enfim, recarregar as baterias pararetornar ao trabalho após o intervalo do almo-ço ou lanche”, explica o gerente administrativoe de recursos humanos da regional Goiás,Carlos Rodrigues.

Ele destaca que é importante que o cola-borador se sinta bem na empresa, já que passaa maior parte do tempo ali. “Nossos funcio-nários têm, à disposição, transporte, planohabitacional, serviços odontológicos, atendi-mento médico, espaço para jogos, além dosprogramas sociais como Novo Ser, voltadopara as gestantes. Faz parte da missão da BRF- Brasil Foods cuidar da sua equipe de traba-lho oferecendo condições que possam trazeruma melhor qualidade de vida para todos”,afirma Rodrigues.

O gerente revela que o projeto de criar esseespaço surgiu após visita à empresa Mabel, emAparecida de Goiânia, que já possui um lugar

de descanso para os trabalhadores, conhecidocomo durmódromo. “Fomos à Mabel, conhe-cemos a área destinada a essa atividade e trou-xemos a ideia para a nossa empresa, que foiaceita e contemplada com o edital do Sesi.”

Maurício Heusy, supervisor de recursoshumanos, explica que o espaço será destina-do, no primeiro momento, às trabalhadorasgestantes, mas, posteriormente, beneficiará atodos, seguindo uma escala de uso. “Não con-seguiremos criar um espaço para atender 8mil funcionários ao mesmo tempo, mas va-mos ter uma área de uso comum, com algu-mas normas, assim todos poderão usufruir dobenefício”, esclarece.

Para a empresa, a parceria com o Sesi foidecisiva na execução do projeto. Rodrigueslembra que a instituição desenvolve ações nastrês plantas do grupo que operam em Goiás,nas cidades de Rio Verde, Mineiros e Jataí.

Maurício Heusy: num primeiro momento, espaço para gestantes

Sérgio Araújo

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19GOIÁS INDUSTRIAL

Criança conscienteTambém selecionada no Edital Senai Sesi

de Inovação 2009, a Equiplex IndústriaFarmacêutica, localizada em Aparecida deGoiânia, iniciou em outubro o projetoCipinha voltado para filhos de seus trabalha-dores com idade entre 7 e 12 anos. A propostaé estimular as crianças a ter uma postura maisobservadora e crítica sobre os cuidados com omeio ambiente, a escola, a saúde da família,os relacionamentos com amigos e a formar ci-dadãos conscientes de seu papel na constru-ção de uma sociedade melhor.

A empresa foi contemplada no edital comrecursos na ordem de R$ 42.802,00 para arealização desse projeto, que visa à reduçãodo índice de absenteísmo – falta ao trabalhopor causa de doença –, por meio da melhoriada qualidade de vida, não apenas do trabalha-

dor, mas de toda família, e da conscientizaçãodas crianças sobre assuntos tão importantesnos dias de hoje.

“A educação é o caminho para mudarmosnossa sociedade e corrigirmos os erros de ho-je para não repetirmos no futuro. Queremoscom a Cipinha preparar as crianças para assu-mirem o leme da história”, entusiasma-se agestora em responsabilidade socioambientalda Equiplex, Wladisleny Duarte.

Ela explica que quando os filhos estãobem de saúde, com notas boas na escola, par-ticipando de atividades esportivas, com boasamizades, os pais trabalham melhor, com me-nos preocupação, não faltam ao trabalho etêm maior produtividade. “Por meio desseprojeto, que é uma versão infanto juvenil daCipa, queremos envolver os filhos dos nossos

trabalhadores em diversas ações que promo-vam a melhoria da qualidade de vida e bem-estar de todos”, conta Wladisleny.

“Muitas vezes, as crianças ficam sozinhasem casa, enquanto seus pais trabalham na in-dústria. Na Cipinha, as crianças vão aprendersobre segurança, boa alimentação, fortaleceros vínculos familiares como o cuidado entreirmãos, os perigos das drogas, cuidados como meio ambiente e com a saúde, dentre mui-tos outros temas.”

A gestora destaca o apoio do Sesi no de-senvolvimento do projeto. “O Sesi tem to-do know how para desenvolver essas ações,essa parceria é muito importante para nós,para realizarmos as nossas atividades commais segurança e a certeza de que faremos omelhor”, afirma.

“Faz parte da missão da empresa cuidar da sua equipe de trabalhooferecendo condições que possam trazeruma melhor qualidade de vida para todos”

Carlos Rodrigues, gerente administrativo e de recursoshumanos da regional Goiás da BRF - Brasil Foods

“A educação é o caminho para mudarmos nossa sociedade e corrigirmos os erros dehoje para não repetirmos no futuro.”

Wladisleny Duarte, gestora em responsabilidade socioambiental da Equiplex

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20 GOIÁS INDUSTRIAL

sesi/senai - inovação

Inovação socialO Senai Nacional realiza desde 2004 o edi-

tal de inovação com o objetivo de oferecer in-centivos para o fortalecimento e desenvolvi-mento das indústrias brasileiras. A novidadeneste ano é a participação do Sesi, que integra-se ao Senai para estimular também o conceitode inovação social nas indústrias.

Técnica em projetos do Sesi Goiás,Cleonice Maria da Silva esclarece que inovaçãosocial é o desenvolvimento de novos conheci-mentos, competências, produtos ou serviçossociais de diversas áreas, como educação, lazer,saúde, cultura, esporte, segurança no trabalho,que contribuam para a promoção da qualidadede vida do trabalhador e seus dependentes,bem como a gestão responsável da indústria.

Ela destaca a importância de a empresaparticipar de um edital de inovação. “A in-dústria, ao participar de um edital, tem aoportunidade de transformar uma ideia emprojeto, com o apoio técnico do Sesi, e tam-bém de outros parceiros, como universida-des, organizações não-governamentais e cen-tros técnicos de pesquisas. Além disso, a in-

dústria conta com aporte financeiro disponi-bilizado pelo Sesi e Senai.”

As indústrias participantes do edital se be-neficiam com o desenvolvimento de produtos,serviços ou processos produtivos, contribuempara a melhoria na qualidade de vida dos tra-balhadores e de seus dependentes, além de in-

centivar as relações de trabalho mais humanas,aumento da produtividade e o estabelecimentode uma imagem positiva perante seus públicosinternos e externos.

As inscrições ao próximo edital serão aber-tas entre março e maio de 2010.

Mais informações: (62) 3219-1392

Cleonice: inovação social é o desenvolvimento de novos conhecimentos,competências, produtosou serviços

Pesquisas selecionadas no Edital Senai Sesi de Inovação 2009

ProjetoDesenvolvimento de embalagens de água mineral para consumo infantil Escola Senai Vila Canaã Alimentos Água PuraDesenvolvimento de gelado comestível de polpa de baru Escola Senai Vila Canaã Alimentos DoCerradoDesenvolvimento de programa nutricional para melhoria da saúde do trabalhador, por meio da adição de alimento funcional à dieta Senai/Sesi Vila Canaã Alimentos GênixAutomação e estudo do processo de lixiviação Caron Unidade Integrada Sesi Senai Niquelândia Mineração VotorantimAplicações da madeira de bambu para a indústria moveleira em cozinhas planejadas residenciais Faculdade de Tecnologia Senai Ítalo Bologna Design/Movelaria EmbambuDesenvolvimento de Cipinha – criança, segurança, meio ambiente e cidadania – para redução do índice de absenteísmo dos colaboradores na indústria Unidade Integrada Sesi Senai Aparecida de Goiânia Responsabilidade Social EquiplexPesquisa com trabalhadores da indústria de turno noturno para adequação de seu ritmo biológico e cronotipo ao trabalho e vida social Unidade Integrada Sesi Senai Rio Verde Responsabilidade Social Perdigão

Unidade Área Empresa

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21GOIÁS INDUSTRIAL

inovação tecnológica

A CONSTRUÇÃO DO FUTURO

Durante o 3º CongressoBrasileiro de Inovação, aCNI lança manifesto com oobjetivo de dobrar emquatro anos número deempresas inovadoras

As metas seriam ousadas em qualquer outro país. Mas, no Brasil, a iniciativa ga-nha ares de revolução, no sentido mais amplo do termo. E o propósito é esse mesmo,já que se trata de “criar competências que nos conduzam ao futuro”, conforme sus-tenta manifesto elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e distri-buído durante o 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, realizado em agos-to, no World Trade Center, em São Paulo.

Ao contrário das edições anteriores, realizadas em 2005 e 2007, quando acadêmi-cos e empresários discutiram políticas públicas de apoio ao setor de pesquisa e desen-volvimento (P&D), a versão 2009 do congresso escolheu como público-alvo micro epequenas, médias e grandes empresas industriais. Tratou-se, na verdade, de mostrarque agora é a hora de arregaçar as mangas e por mãos à massa, sem ignorar as grandesdeficiências do País e sem deixar de lado o necessário suporte do setor público.

Depois de analisar o cenário brasileiro de investimentos em P&D e as dificulda-des enfrentadas na área da inovação, o documento da CNI propõe metas auda-

ciosas, como dobrar em quatro anos o número de empresas que hoje decla-ram realizar pesquisas, num total estimado em 6 mil, e o total delas queinformam inovar em produtos e processos, hoje ao redor de 30 milcompanhias. Em outra proposta considerada arrojada, a CNI preten-de elevar o investimento realizado pelo setor privado em pesquisa edesenvolvimento de 0,51%, porcentual observado em 2005, para0,65% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

O mais recente levantamento feito pelo Ministério da Ciênciae Tecnologia mostra que, entre 2006 e 2007, houve um aumento de130 para 320 no total de empresas que utilizaram incentivos fiscais

para investir em P&D. O investimento total dessas companhias, em17 setores da economia, foi de R$ 6,8 bilhões, dos quais R$ 2,4 bilhões

correspondem aos incentivos fiscais. A maior parte dos recursos foi utiliza-da pelas empresas dos setores de mecânica e transportes, eletroeletrônica e me-

talurgia. O total de abatimentos sobre o cálculo da Contribuição Social sobre LucroLíquido (CSLL), Imposto de Renda e IPI foi de R$ 868,4 milhões, valor 279% supe-rior ao registrado em 2006.

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, acredita que este talvez seja omomento adequado para iniciar uma mobilização semelhante a que moveu o se-tor privado em direção a programas de qualidade nos anos 1990. O esforço le-va em conta a necessidade de alterar a crença errônea segundo a qual a inova-ção só pode florescer em ambiente acadêmico. Sem esquecer os desafios da“velha agenda”, ainda não solucionados, como as distorções do sistema tri-butário e os problemas da infraestrutura, convoca Monteiro Neto, "a hora éessa. Não podemos mais perder tempo."

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22 GOIÁS INDUSTRIAL

icq brasil

A qualidade naconstruçãoEm seu décimo aniversário, Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade noHabitat ganha relevância e visibilidade no setor

Lançado no final dos anos 1990, oPrograma Brasileiro da Qualidade na Habitaçãoestabeleceu como meta inicial a melhoria daqualidade da construção para o público de bai-xa renda. Em 2000, o Ministério das Cidadesdeu nova roupagem ao projeto e o rebatizousob o nome de Programa Brasileiro deQualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). Seu foco foi ampliado, contemplando a me-lhoria da qualidade no habitat e a moderniza-ção produtiva na indústria da construção.

O programa difundiu o conceito de quali-dade como estratégia empresarial e gerencial,não apenas como um aspecto técnico, mas en-volvendo toda a cadeia produtiva da constru-ção civil. Passados dez anos desde seu lança-mento, o PBQP-H é bem conceituado e o graude satisfação das empresas participantes al-cançou níveis elevados. A avaliação positivatoma como base a percepção das próprias em-presas quando avaliam benefícios proporcio-nados pelo programa.

Entre outros resultados igualmente rele-vantes, os clientes do PBQP-H identificammaior motivação, integração e capacitação dosfuncionários das empresas; maior destaque,competitividade e visibilidade no mercado; sa-tisfação do consumidor final, a partir da melho-ria da qualidade e produtividade, garantindomaior lucratividade.

Para aferir essa realidade, o Instituto de

Certificação Qualidade Brasil (ICQ Brasil) saiua campo para aplicar uma pesquisa de mercadojunto às empresas certificadas no PBQP-H emGoiás. A maioria das empresas que se prontifi-cou a responder à pesquisa é formada por mé-dias e grandes empresas, totalizando 77% da

amostra. Além disso, 85% delas atuam emGoiânia e apenas 25% no interior do Estado.

Quando perguntadas se o sistema de ges-tão da qualidade implementado trouxe melho-rias, 100% das empresas indicaram “ sim” co-mo resposta. Numa escala de 1 a 5, houve me-lhora em gestão de negócios (40%), conscienti-zação/motivação dos funcionários, aumento deprodutividade e organização do canteiro (33%para cada item). Itens como organização inter-na (43%), aumento de qualidade (63%) e me-lhoria nos controles de processo (33%) forampercebidos como importantes, mas foramapontados em 2º, 3º e 4º lugares.

Semana da qualidade

A qualidade ganha espaço cada vez maisrepresentativo no mercado. Um exemplo clarodessa abrangência foi a realização da 1ªSemana da Qualidade na Área da ConstruçãoCivil, entre os dias 17 e 22 de agosto, na sededo Sinduscon- DF. O evento teve como objetivoapresentar as melhorias alcançadas pelasconstrutoras a partir da implementação doPBQP-H, apresentando as práticas adotadasem outros segmentos que podem contribuirpara melhoria da gestão de empresas deconstrução civil.O ICQ Brasil foi representado no evento por suagerente técnica, Tatiana Jucá, que ministroupalestra sobre Custos da Falta de Qualidade naConstrução Civil, destacando a necessidade deum sistema de monitoramento amplo e contínuodo trabalho realizado pela empresa, tendo emvista que a perda não está atrelada somente aoconsumo indevido de materiais componentes,produtividade da mão de obra, mas tambémestá relacionada com a ausência da qualidade.

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23GOIÁS INDUSTRIAL

No canteiro de obras: sistema de gestão recebe avaliação positiva da indústria

“Qualidade insatisfatória significa utilização insatisfatóriados recursos, implicando em desperdícios de material, mão de obra e tempo de equipamento. Por outro lado,qualidade satisfatória significa utilização satisfatória dos recursos e, por conseguinte, custos reduzidos.”

Armand Vallim Feigenbaum, doutor em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts, considerado um dos “pais” dos sistemas de qualidade

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24 GOIÁS INDUSTRIAL

icq brasil

Ferramentas vitaisA globalização e a exigência de competiti-

vidade empurram empresas em todo o mundorumo à diferenciação das mais variadas for-mas, seja com uso de novas tecnologias, sejacom o aperfeiçoamento das já existentes. O co-nhecimento e a aplicação de sistemas de gestãotornam-se cada vez mais ferramentas vitais pa-ra a sobrevivência das empresas, contribuindopara a produção com alta qualidade e ao me-nor custo possível.

Para acompanhar as exigências e o desen-volvimento do mercado, as empresas estão seconscientizando da importância da qualidadena construção civil. Dessa forma, a busca pelaadesão ao PBQP-H tem aumentado significati-vamente, conforme destaca o engenheiro JairGarcia, especialista em Infraestrutura doMinistério das Cidades.

O ministério, diz Garcia, espera ampliar deforma significativa o número de organizaçõescertificadas no âmbito do Sistema de Avaliaçãoda Conformidade de Serviços e Obras daConstrução Civil (SiAC). Acima de tudo,acrescenta ele, a expectativa é de que “as em-

presas do setor incorporem aos seus procedi-mentos, efetivamente, os benefícios que a me-lhoria da qualidade pode trazer, com a reduçãode desperdícios, o aumento da produtividade ea diminuição do retrabalho, principais fatores

de redução dos custos de produção.” Os avanços alcançados com a gestão da

qualidade, prossegue Garcia, deverão ser trans-feridos aos clientes finais. Isso significa a cons-trução de prédios mais duráveis e seguros,“construídos de maneira sustentável, propi-ciando melhor qualidade de vida aos usuários”.Até o momento, o programa já registrou 2.250adesões de empresas no nível D do SiAC. Dessetotal, 1.835 empresas ultrapassaram a fase deadesão, das quais 1.425 foram certificadas, sen-do 1.278 no nível A. “Esses números têm expe-rimentado um aumento acentuado com o lan-çamento, pelo governo, do programa MinhaCasa Minha Vida”, completa.

Daqui para frente, o Ministério dasCidades aposta no processo de fortalecimentodo Programa Brasileiro da Qualidade eProdutividade do Habitat, “como instrumentopara assegurar, principalmente para o públicode menor renda, obras com maior durabilida-de, mais saudáveis, de manutenção mais sim-ples, executadas de forma sustentável e comum custo menor.”

Jair Garcia: menor desperdício e menosretrabalho nas construções

Avaliação das melhorias sob a ótica do empresário

O que melhorou no desempenho da empresa?

O que melhorou no desempenho da empresa? 1° lugar 2° lugar 3° lugar 4° lugar 5° lugar

Melhoria da organização interna 29% 43% 0% 14% 14%

Conscientização/ motivação dos funcionários 33% 0% 33% 0% 33%

Melhoria nos controles de processo 11% 0% 11% 33% 44%

Aumento da padronização interna 25% 25% 25% 13% 13%

Aumento da qualidade 13% 0% 63% 13% 13%

Melhoria dos serviços/produtos 29% 14% 14% 29% 14%

Aumento da produtividade 33% 0% 33% 0% 33%

Satisfação dos clientes 14% 0% 57% 14% 14%

Gestão de negócios 40% 20% 20% 0% 20%

Avaliação de indicadores de desempenho 17% 0% 17% 17% 50%

Capacitação/treinamento dos funcionários 22% 11% 22% 11% 22%

Organização do canteiro 33% 33% 17% 0% 17%

Redução de desperdício 29% 14% 0% 29% 29%

As empresas queparticiparam da pesquisa

GGrraannddee

PPeeqquueennaa

MMééddiiaa

MMiiccrroo

6622%%

2233%%

1155%%

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25GOIÁS INDUSTRIAL

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Negócio seguro para o clienteNa visão de Gilmar Lopes Peixoto, ge-

rente regional de Negócios da CaixaEconômica Federal em Goiás, a adesão aoprograma ganha “importância relevante”quando se leva em conta que o PBQP-H in-corpora ferramentas que tendem a elevar acapacidade da empresa de tomar decisõesracionais, focadas no aumento da produtivi-dade e da qualidade de seus empreendimen-tos. “Esses itens elevam sobremaneira a se-gurança das operações, além de proporcio-narem a aplicação dos recursos de modomais racional”, reforça Peixoto.

Ele destaca, igualmente, a evolução re-cente do programa no setor da construção eos impactos dessa tendência para quem ad-quire um imóvel. Regularmente, a Caixa exi-ge o certificado do PBQP-H das empresas

candidatas a empréstimos no setor de cons-trução. “Todas as empresas que entram naCaixa à procura de informações a respeito delinhas de crédito para a produção de unida-des habitacionais são orientadas a buscar aqualificação”, afirma o gerente.

Informações colhidas no mercado daconstrução, constata Peixoto, permitem de-duzir que tem havido “uma melhoria signi-ficativa no gerenciamento do resultado dasincorporações, tanto no aspecto de qualida-de, quanto de racionalidade, além de elevaro nível de segurança dos trabalhadores nasobras. Visualmente, temos verificado que asobras se encontram mais limpas, com pou-co desperdício.”

Para os compradores, isso representa umrisco menor de comprar “gato por lebre”, na

expressão usada por Peixoto, já que o progra-ma certifica os processos da empresa e as cer-tificadoras exigem a comprovação da manu-tenção dos procedimentos apreendidos para arenovação do certificado.

Gilmar Peixoto: maior segurança nasoperações e menor risco para compradores

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26 GOIÁS INDUSTRIAL

matéria de capa

Prêmio àeficiência

A homenagem e os homenageados: Jânio Carlos Freire (Jean Darrot), Vanderlan

Cardoso (Cicopal), Ubiratan Lopes (Vibracom), Cesar Helou (Laticínios

Piracanjuba), governador Alcides Rodrigues, Armando Monteiro (CNI), José

Garrote (SuperFrango), Alberto Borges (Caramuru) e Paulo Afonso (Fieg)

FIEG E CNI PRESTAM HOMENAGEM A PERSONALIDADES DO MUNDO POLÍTICO E EMPRESARIAL QUE CONTRIBUÍRAM

PARA ALAVANCAR A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

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27GOIÁS INDUSTRIAL

Passava ligeiramente das 21 horas de quinta-fei-ra, dia 24 de setembro, quando os presidentes daFederação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg),Paulo Afonso Ferreira, e da Confederação Nacionalda Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, subi-ram ao palco do salão de gala do Clube AntônioFerreira Pacheco, para iniciar a cerimônia solene deoutorga das medalhas e diplomas da Ordem doMérito Industrial versão 2009. A seu lado, tomavamposição autoridades e lideranças do empresariado edo mundo político, incluindo o governador AlcidesRodrigues Júnior, e o presidente do Banco Central,Henrique Meirelles.

Escolhidos criteriosamente, cinco empresáriosgoianos, além do próprio governador, foram laurea-dos pela Fieg, que distribuiu a outorga pela 19ª vezdesde a primeira condecoração, ocorrida em 27 demarço de 1968. Os números atestam o extremo rigoradotado na distribuição da comenda. Incluindo suamais recente edição, ao longo de 41 anos 93 persona-lidades foram homenageadas por serviços relevantesprestados ao setor industrial.

Desta vez, acatando por unanimidade indicação

da Fieg, a diretoria da CNI concedeu o MéritoIndustrial em sua edição nacional ao empresárioAlberto Borges de Souza, presidente do Conselho deAdministração da Caramuru Alimentos. A comendada CNI completa meio século de tradição, premian-do pessoas e instituições.

Na relação da Fieg, foram escolhidos CesarHelou, diretor comercial dos Laticínios Bela Vista(Laticínios Piracanjuba), que discursou em nome deseus colegas; Jânio Carlos Alves Freire, diretor presi-dente da Nova Moda Confecções (Jean Darrot); JoséCarlos de Souza (José Garrote), diretor presidente doAbatedouro São Salvador (SuperFrango); Ubiratanda Silva Lopes, diretor proprietário da Pafisa Pré-Moldados Indústria e Comércio (Lajes Vibracom); eVanderlan Vieira Cardoso, diretor presidente daCicopal Indústria e Comércio de ProdutosAlimentícios e Higiene Pessoal (Salgadinhos Micos).

A concessão de ambas condecorações, reforçouPaulo Afonso, “tem sido extremamente rigorosa erestrita, avaliados os indicados por uma comissão es-pecial e aprovados pelo Conselho de Representantesda CNI e da Fieg.”

“A concessão das condecorações tem sido extremamenterigorosa e restrita, avaliados os indicados por uma comissão eaprovados pelo Conselho de Representantes da CNI e da Fieg ”

Paulo Afonso Ferreira, presidente da Fieg

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28 GOIÁS INDUSTRIAL

Na avaliação tanto de Paulo Afonso Ferreira ede Armando Monteiro Neto quanto do presidentedo Banco Central, Henrique Meirelles, que recen-temente formalizou sua inscrição ao PMDB, a eco-nomia brasileira iniciou processo de recuperaçãoà frente das demais economias ao redor do mun-do, sugerindo capacidade de resistir a impactosnegativos não pressentida por vários analistasquando a crise mundial mostrou todas suas garrasno trimestre final de 2008.

“Seria oportuno observar, em face daspreocupações geradas com a crise econô-mica mundial”, ponderou MonteiroNeto, “que os últimos dados da econo-mia brasileira parecem confirmar que oPaís caminha para a superação dosmomentos mais adversos por ela oca-sionados”. O presidente CNI consi-dera, ainda, que a indústria, setormais fortemente atingido pela crise,como consequência das restrições

impostas ao crédito, aqui dentro e lá fora, e daforte retração da demanda mundial, afetandosuas exportações, tem apresentado sinais derecuperação na margem.

Na comparação com o trimestre anterior, livrede efeitos sazonais, o Produto Interno (PIB), relem-brou Monteiro Neto, experimentou crescimento de

1,9%, superando as expectativas iniciais. “A indús-tria foi o destaque positivo no trimestre. O PIB in-dustrial cresceu 2,1% frente ao primeiro trimestre,contribuindo decisivamente para a expansão do in-dicador geral do produto”, afirmou.

Essa reação, retomou Paulo Afonso, refletiu asituação comparativamente mais sólida da econo-mia. “Com esses fundamentos, a crise financeiraque assolou os cinco continentes não teve no Brasilos efeitos devastadores verificados justamente nasnações tidas e havidas como economias consolida-das”, acrescentou.

A base para a vigorosa expansão, completouMonteiro Neto, pode ser identificada na evolução doconsumo das famílias e do setor estatal e, ainda, nasmedidas anticíclicas adotadas com “tempestividadee pragmatismo” pelos governos. “Esperamos que ospróximos trimestres confirmem essa tendência”, de-sejou ele, relembrando que, a despeito dos resulta-dos positivos alcançados mais recentemente pelaeconomia, a crise ainda não foi inteiramente supera-da. Na comparação com o mesmo trimestre de 2008,o PIB ainda registrava, no segundo trimestre desteano, queda de 1,2%, com perdas de 7,9% para a in-dústria nessa comparação. No primeiro semestre, oPIB industrial encolheu 8,6%, o que, para MonteiroNeto, sinaliza para resultados ainda negativos no en-cerramento do ano para o setor.

De volta ao crescimento

“Esperamos uma reação dataxa de investimento, que se

estabilizou no segundotrimestre, interrompendo a

tendência de queda observadanos períodos anteriores”

Armando Monteiro Neto, presidente da CNI

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29GOIÁS INDUSTRIAL

capa

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás,medida que afere o volume de riquezas produ-zido pela economia, encerrou 2008 com cres-cimento de quase 300% em uma década, atin-gindo perto de R$ 64 bilhões, afirmou em seudiscurso o governador Alcides Rodrigues. Emseu discurso de agradecimento pela comendaoutorgada pela Fieg, o governador creditou osavanços alcançados no Estado à parceria entregoverno e empresariado. “Se é extraordinárioo desenvolvimento econômico atual doEstado, que se destaca na estabilidade da eco-nomia brasileira, com certeza a parceria entrepoder público e iniciativa privada constituivetor preponderante nesse processo.”

Alcides Rodrigues lembrou que pesquisasrecentes apontam para a perspectiva de reali-zação de investimentos no Estado superioresa R$ 30 bilhões até 2012, com a possibilidade

de criação de mais 110 mil empregos.Entre as medidas adotadas por seu gover-

no com foco no setor industrial, o governadormencionou o revigoramento do Fomentar, al-cançado por meio da dilatação dos prazos defruição e pela autorização da migração volun-tária das empresas para o Produzir, “reabili-tando projetos que dependiam de investi-mentos”. No rápido balanço feito pelo gover-nador, desde 2006, o Produzir abrigou 432projetos novos para instalação, ampliação emodernização de 364 empresas, que deverãogerar 86 mil empregos, investindo R$ 24 bi-lhões, em grandes números. AGoiásFomento, de seu turno, prosseguiu ogovernador, atendeu 11,5 mil empresas emsete anos, concedendo créditos no valor deR$ 185 milhões, o que assegurou a aberturade 42 mil empregos.

“Se é extraordinário o desenvolvimentoeconômico atual do Estado, que se destaca naestabilidade da economia brasileira, com certezaa parceria entre poder público e iniciativa privadaconstitui vetor preponderante nesse processo.”

Alcides Rodrigues, governador

Construindo a nova agenda

Para que a recuperação ganhe sustentabili-dade, avaliou o presidente da CNI, ArmandoMonteiro Neto, será preciso que o investimentovolte a liderar o crescimento, como vinha ocor-rendo até a explosão da crise. “Esperamos umareação da taxa de investimento, que se estabili-zou no segundo trimestre, interrompendo atendência de queda observada nos períodos an-teriores”, disse ele. A expectativa de retomadado fluxo de investimentos, avaliou MonteiroNeto, justifica-se em função do clima de maiorconfiança no futuro da economia.

Henrique Meirelles aproveitou para convo-car os empresários a retomarem seus investi-mentos. “O Brasil voltou a crescer e sua econo-mia está robusta. Agora é o momento para o se-tor privado voltar a investir.”

A esta altura, pontuou Monteiro Neto,“certamente não basta a superação da crise”.A agenda pós-crise, ainda não elaborada, de-verá ter como objetivo a construção de condi-ções para que o País entre num ciclo perma-nente de crescimento. “Ainda não estamos nasituação que gostaríamos ou deveríamos.Temos grandes ineficiências de infraestrutu-ra, custos sistêmicos elevados por conta deuma carga tributária pesada e mal distribuída,embora tenhamos avançado no ranking glo-bal da competitividade”, comentou.

Crescimento, com parcerias

Ordem do Mérito: presidente da CNIentrega diploma ao empresário Alberto

Borges, sob aplausos de Paulo Afonso e deRobson Braga de Andrade (Fiemg)

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30 GOIÁS INDUSTRIAL

Estratégia e logísticaA pequena Máquina Caramuru, instala-

da num barracão em Maringá (PR), onde be-neficiava arroz e milho, mudou-se paraItumbiara, no sul de Goiás, ainda em 1975,onze anos após sua criação, para transformar-se em uma das maiores processadoras de so-ja, milho, girassol e canola do País e uma dasraras no setor ainda sob controle de capitalnacional. O parque industrial do grupo, queexplora as marcas Sinhá e Equivita, passou aincorporar oito unidades, distribuídas entreItumbiara, com quatro plantas – duas paraprocessamento de milho e soja, uma fábricade lecitina e outra para extração e refino deóleos vegetais –, mais duas em São Simão(soja e biodiesel) e duas em Apucarana (mi-lho e extração de gérmen de milho).

Com 61 armazéns gerais distribuídosem Goiás, Mato Grosso e Paraná, suficientespara receber pouco mais de 2 milhões de to-neladas de grãos, a Caramuru dispõe de ca-pacidade para processar, anualmente, emtorno de 1,5 milhão de toneladas de soja e677 mil toneladas de milho, além de refinar230 mil toneladas de óleos de soja, milho,girassol e canola. Depois de faturar em tor-no de R$ 2,1 bilhões no ano passado, a em-presa espera crescimento ao redor de 10%para este ano, com receita bruta na faixa deR$ 2,4 bilhões. Diante das mudanças emcurso no cenário internacional mais contur-bado, as exportações estão previstas em US$411 milhões neste ano, num recuo de 11%em relação a 2008, quando embarcou US$464 milhões, respondendo por mais de 11%das exportações goianas totais.

Sua visão estratégica levou a Caramurua direcionar investimentos na produção desoja e farelo não transgênicos, em busca dediferenciação, e para o setor de logística,trunfo que, na avaliação do presidente deseu conselho de administração, AlbertoBorges de Souza, agrega competitividade àoperação da empresa e ajuda a explicar seucrescimento nos últimos anos.

Os investimentos em logística foram in-tensificados a partir de 1999, com a constru-ção de um terminal em Pederneiras, o inícioda operação do armazém XL no Porto deSantos, em parceria com a Citrosuco/Fisher ea construção de um terminal, também emSantos, em associação com a América LatinaLogística (ALL), num total aproximado deUS$ 21,2 milhões no total. Outros US$ 10milhões foram aplicados, em 2003, na aquisi-ção de cinco locomotivas e 120 vagões grane-leiros, que atualmente opera na ligação ferro-viária entre Pederneiras e Santos.

Em junho de 2010, a empresa planejainiciar a fase de testes de sua nova planta debiodiesel em Ipameri (GO), num investi-mento de R$ 54 milhões em valores arredon-dados. A fábrica terá capacidade para produ-zir 110 milhões de litros do biocombustível,além de 11 mil toneladas de glicerina, e fazparte do pacote de projetos anunciado porAlberto Borges em agosto. No total, incluin-do a montagem da nova unidade e a expan-são dos complexos instalados em Itumbiara eem São Simão, a Caramuru deverá investirR$ 104,75 milhões, gerando 1.487 empregosdiretos e indiretos.

EMPRESA SAI NAFRENTE E, AINDA EM MEIO À CRISENOS MERCADOS

MUNDIAIS, ANUNCIAINVESTIMENTOS DER$ 104,7 MILHÕES NAEXPANSÃO DE SEU

NEGÓCIO

Complexo da empresa em Itumbiara: paraAlberto Borges, trunfo principal está nalogística e na diferenciação de produtos

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A nova fase da expansãoNos próximos cinco anos, o Laticínios

Bela Vista, dono da mais tradicional marcado setor no Estado, deverá dobrar de tama-nho e consolidar sua presença em todo omercado brasileiro, de acordo com o empre-sário Cesar Helou, presidente do grupo.Neste exato momento, a empresa constróiem Bela Vista de Goiás, onde decidiu con-centrar toda sua operação até aqui, uma in-dústria de leite em pó com capacidade para1,2 milhão de litros por dia. A nova indús-tria deverá entrar em funcionamento no fi-nal do primeiro semestre de 2010.

“Também estamos iniciando a implanta-ção de uma indústria de leite longa-vida emSanta Catarina, que deverá entrar em opera-ção no final do próximo ano”, acrescenta oempresário, para reforçar, na sequência:“Com esses investimentos, deveremos do-brar de produção em cinco anos e passare-mos a ser uma empresa atuante no Brasil in-teiro”. Neste ano, a empresa espera aumen-tar seu faturamento em 30% e prepara outrasnovidades para maio e junho do ano quevem, quando novos lançamentos deverãoser apresentados ao mercado.

A história da empresa começou a ser es-crita há mais de meio século, com a fundação,em 1955, do Laticínios Piracanjuba, criadopara produzir a famosa manteiga sob a mes-ma marca que dava nome à indústria. OLaticínios Bela Vista surgiria 31 anos mais tar-de, com a inauguração de uma fábrica dequeijos, no município que passou a emprestarseu nome ao grupo, com capacidade para 5mil litros por dia. Em 2002, foi instalada a pri-meira linha de envase de leite longa-vida, comcapacidade para 300 mil litros por dia. Assim,a empresa passava a processar, diariamente,450 mil litros de leite.

À custa de vigorosos investimentos, entre2004 e o ano passado, a capacidade instaladaainda foi multiplicada em três vezes e meia,num projeto que incluiu a instalação de umafábrica de leite e soro em pó para 500 mil li-tros por dia, também em Bela Vista, e a im-plantação da primeira unidade fora de Goiás.A partir de 2005, a empresa passa a produzirqueijos em Alto da Boa Vista (MT), proces-sando 50 mil litros diariamente. No ano se-guinte, foi ampliada a unidade de leite longa-vida para 1,25 milhão de litros por dia e ini-ciada a produção de creme de leite e achocola-tado em caixas longa-vida.

O ano passado marcou a entrada do laticí-nio no segmento de leite condensado e a ex-pansão de sua capacidade para 1,6 milhão delitros. A diversificação da carteira de produ-tos, que hoje agrega mais de 100 itens sob asmarcas Piracanjuba, Pirakids e Salé, contaHelou, permitiu que a empresa reduzisse adependência em relação ao leite longa-vida,assegurando flexibilidade para enfrentar osci-lações no mercado. Entre 2004 e 2008, o totalde empregados mais do que dobrou, passan-do de 300 para 700 empregados.

A EMPRESA QUE COMEÇOUPRODUZINDOMANTEIGA EMINSTALAÇÕESMODESTAS

TRANSFORMA-SENUMA DAS MAIORES

DO ESTADO EPREPARA-SE PARA

DOBRAR DETAMANHO

Helou na nova fábrica: capacidade paraprocessar, hoje, 1,6 milhão de litros por dia

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32 GOIÁS INDUSTRIAL

Um dia depois do outroAos 54 anos, o empresário Jânio Carlos

Alves Freire, veterinário por formação, templanos ainda mais ousados para o futuropróximo. Para quem estreou na carreiraempresarial como vendedor de balas no ci-nema de sua cidade e montou, anos maistarde, a partir de Trindade (GO), uma dasmais conceituadas indústrias do setor deconfecções do Estado, vencer desafios pare-ce fazer parte de uma rotina.

A Nova Moda Confecções, dona daconsagrada marca Jean Darrot, foi abertaem 1984, “com uma máquina de costura edois funcionários”, relembra o empresário.A Jean Darrot opera atualmente um com-plexo industrial que inclui as áreas de cria-ção e design, produção e administração, la-vanderia, acabamento e distribuição, e em-prega 550 funcionários diretamente, geran-do outros 1,5 mil empregos indiretamente.

Com investimentos de R$ 10 milhõesprogramados para 2009, Freire projeta cres-cimento de 20%, o que faria a produçãoavançar de 300 mil em 2008 para 360 milpeças neste ano, entre calças jeans, camisas,camisetas, vestidos, batas e saias. “Mesmocom a crise econômica mundial, a JeanDarrot manteve sua produção e o cresci-

mento no mercado. Neste final de ano, va-mos inaugurar mais duas lojas e, em 2010,esperamos chegar a 20 pontos de venda, in-clusive com a primeira loja no DistritoFederal”, reforça. A empresa atua em prati-camente todas as linhas, incluindo modi-nha, com jaquetas e macacões, entre ou-tros, malharia, moda masculina e feminina.

O empresário atribui o crescimentoininterrupto ao longo desses 25 anos prin-cipalmente à “qualidade dos produtos, àtécnica moderna aplicada à produção, pes-quisas constantes da moda no Brasil e noexterior.” O departamento de criação daJean Darrot , instalado em Goiânia, apre-senta ao mercado, todos os meses, mais deuma centena de novos modelos, demons-trando capacidade de renovação para aten-der às exigências do mercado e acompa-nhar as últimas tendências no mundo damoda. Atualmente com 14 lojas em Goiás,10 das quais em Goiânia, e 1 em BeloHorizonte, numa rede distribuída estrategi-camente, conforme Freire, a Jean Darrot es-pera concluir no início do próximo ano aampliação do parque industrial deTrindade, com instalação de refeitório, au-ditório e novas salas.

JEAN DARROTTRANSFORMA-SE

EM MARCARECONHECIDA NOMUNDO DA MODA EPREPARA-SE PARACONCLUIR NOVA

ETAPA DE EXPANSÃONO PRÓXIMO ANO

Em fase de ampliação: Jânio Freire prevêaumento de 20% na produção em 2009

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De Itaberaí para o mundoMesmo para quem vive de perto o merca-

do, é preciso presteza e agilidade para acompa-nhar o ritmo frenético imposto pelo empresá-rio José Carlos de Souza na operação daSuperFrango, instalada em Itaberaí. Mais co-nhecido como Zé Garrote, ele lembra que aempresa nasceu com os olhos postos no futu-ro. “Para que uma empresa possa se perpetuar,é preciso transparência, qualidade, eficiência ecomprometimento com o meio ambiente ecom a sociedade”, discursa.

No curto espaço de duas décadas, aSuperFrango deverá sair de um abate limitadoa 2,3 mil para 320 mil aves por dia, meta esta-belecida para 2012, mas que poderá ser ultra-passada. “Com as novas tecnologias que apor-tam no setor e alguma reestruturação em nos-so parque industrial, poderemos atingir 384mil aves por dia”, já adianta Zé Garrote. Essanova etapa de expansão, que incluirá uma li-nha de produtos industrializados, deverá exi-gir investimentos de R$ 230 milhões, entrenovas instalações industriais e aviários, dosquais perto de R$ 90 milhões deverão ser ban-cados pela empresa.

O primeiro lote de frangos foi abatido pre-cisamente no dia 1º de março de 1991. Desdeentão, a empresa não parou de crescer, avan-çando a um ritmo anual de 20% na contabili-dade de Zé Garrote. “Naquele mês de marçoabatemos 62 mil aves. Hoje, estamos matandoentre 5,1 milhão a 5,2 milhões de aves pormês, em torno de 200 mil animais por dia”.Dentro de um planejamento pré-estabelecido,as primeiras instalações foram concebidas pa-ra atender a um abate de 24 mil aves diaria-mente, mas o maquinário instalado só com-portava 8 mil animais por dia. “Completamosessa fase em 1997, quando ocupamos a capa-cidade plena”, relata.

Antes, no entanto, o projeto de instalaçãoda fábrica de rações já havia sido detonado,porque a ideia, concebida em 1992, era partirpara o sistema de integração, que fazia sucessono Sul do País. Com a fábrica pronta para pro-duzir 30 toneladas por hora de rações e con-cluída a primeira etapa do abatedouro, aSuperFrango estava pronta para enfrentar seunovo desafio. Ainda em 1999, seu novo plane-jamento estratégico definiu como meta atingiruma capacidade de 256 mil aves por dia em2012. Nesse intervalo, montou o melhor incu-batório da América Latina, conforme ZéGarrote, com espaço para 10,760 milhões deovos e produção de 7 milhões a 8 milhões depintos por mês. Hoje, o complexo em Itaberaíabriga, além das linhas de abate, uma fábricade rações revigorada, com capacidade agorapara 120 toneladas por hora, armazéns parasoja (15,5 mil toneladas) e milho (60 mil tone-ladas). “Nossa estrutura já permite abater 400mil aves por dia”, afirma Zé Garrote.

Em 2008, foram exportadas 6,5 mil tone-ladas. Para este ano, prevê exportar 9 mil a 10mil toneladas, em torno de 7,5% da produçãototal, para 25 países.

NOVO PLANO DEEXPANSÃO DA

EMPRESA PREVÊ OABATE DE 320 MILAVES POR DIA EM

2012, MAS OABATEDOURO JÁ TEM ESTRUTURA

PARA PROCESSAR 400MIL FRANGOS

Zé Garrote e sua linha de abate: exportações já

representam 7,5% da produção

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34 GOIÁS INDUSTRIAL

Telhas e blocos ao pontoPontualidade, qualidade e atendimento

diferenciado ao cliente. A receita, prescrita pe-lo homem atrás do balcão, pode parecer con-versa de vendedor para quem não o conhece.Na verdade, foi esse o caminho escolhido peloempresário Ubiratan da Silva Lopes paratransformar a Vibracom, nascida no centro deAnápolis, em uma marca reconhecida pelomercado. Sob seu comando, o grupo reúne,hoje, quatro indústrias e um portfólio commais de duas dezenas de produtos pré-molda-dos, além de acumular o mérito de ter sido aprimeira empresa a produzir telhas de concre-to coloridas no Estado.

Aos 14 anos, Lopes empregou-se pela pri-meira vez como faxineiro em uma indústriainstalada na esquina das Ruas 23 e 4, emGoiânia, em frente ao sindicato dos bancários.Foi estagiário do Instituto Euvaldo Lodi (IEL)e cursou a então Escola Técnica Federal deGoiás antes de se tornar empresário do setorda construção. A Lajes Vibracom seria criadaem 1986, com cinco funcionários, e dedicava-se exclusivamente à produção de lajes pré-moldadas. Cinco anos depois, Lopes abriu aPafisa Pré-Moldados, transferindo a fábricapara o Distrito Agroindustrial de Anápolis(Daia), onde hoje está localizada a matriz dogrupo. “Saímos de uma área de 2 mil para ou-tra de 21 mil m², o que representava maior es-paço para crescer. Aí, sim, conseguimos ser

conhecidos no Estado, em, Brasília, no Pará ena Região Norte em geral”, aponta Lopes.

A linha de produção registrou evoluçãosemelhante, com a empresa embarcando numprojeto de diversificação de produtos para in-cluir lajes treliçadas, blocos de concreto estru-tural e de vedação. No início da década, Lopesanteviu a necessidade de abrir nova indústria,mas no Distrito Agroindustrial de Aparecidade Goiânia (Daiag), que então surgia comouma possibilidade mais concreta. Foi criada aDelfus Pré-Moldados Indústria e Comércio,montada em 2004 para produzir, pela primei-ra vez no Estado, telhas em concreto colorido,num mercado dominado por um grande gru-po de capital francês. Concorrendo com aLafarge, a Delfus levou a marca Vibracom parao Triângulo Mineiro, Tocantins, parte da Bahiae, mais uma vez, Distrito Federal e Pará, contaLopes. “Alcançamos dimensão nacional.”

Mais duas empresas foram criadas peloempresário, sempre na linha de diversificação.No Daia, em Anápolis, foram instaladas aContelhas, em 2008, numa área total de 25mil m², e a Conpostes e Galpões Pré-Moldados, ocupando uma área de 21 mil m².Com 225 empregos gerados nas quatro em-presas, o grupo tem conseguido superar a me-ta estabelecida em 2005. A produção temcrescido, na média, a taxas anuais superioresaos 10% previstos.

GRUPO REÚNEQUATRO EMPRESAS EFOI A PRIMEIRA APRODUZIR TELHASCOLORIDAS DECONCRETO NO

ESTADO, GANHANDOVISIBILIDADE NUM

MERCADODOMINADO PORMULTINACIONAIS

No pátio da Pafisa: produção cresceacima de 10% ao ano, diz Ubiratan Lopes

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Vanderlan e a linha de salgadinhos:mercado aquecido em 2009 e previsão

de mais crescimento para 2010

O salto da Cicopal

COM NOVOSINVESTIMENTOSENGATILHADOSNAS ÁREAS DESALGADINHOS E PRODUTOS

DE HIGIENE, EMPRESAESPERA CRESCERENTRE 30% E 40%

EM 2010

Desde o início de suas operações, em 1993,a Cicopal Indústria e Comércio de ProdutosAlimentícios e Higiene Pessoal tem conseguidopreservar taxa média de crescimento anual nacasa dos 20%, aponta seu presidente,Vanderlan Vieira Cardoso, atual prefeito deSenador Canedo (GO). Nessa marcha, seriapossível dobrar de tamanho a cada cinco anos,mais ou menos. Para 2010, no entanto, as pre-visões são ainda mais animadoras. A fabricantedo tradicional salgadinho Mico’s, com presençaem todos os mercados do País, espera crescerentre 30% e 40%, graças aos investimentos quevem realizando na expansão de suas linhas, im-plantação de novas e na diversificação da car-teira de produtos.

A empresa, na verdade, foi inaugurada em1991, em Brasília, mas suas atividades foram defato iniciadas em 1993, com a produção de sal-gadinhos de milho. Desde então, a estratégia demercado desenvolvida definiu o público infan-til como alvo principal no segmento de snacks.“Em 1996, percebemos a necessidade de diver-sificar a produção, incluindo em nosso portfó-lio a produção de batatas fritas e, mais tarde, derefrescos em pó”, relembra Cardoso. Foi tam-bém naquele ano que a Cicopal desembarcouem Senador Canedo, atraída pela política agres-siva de incentivos fiscais do governo de Goiás.

Desde lá, outras três fábricas foram criadas– uma segunda em Senador Canedo, onde tam-

bém produz seus próprios displays, outra emCamaçari, na Bahia, e uma terceira emBenevides, no Pará –, todas dedicadas ao setorde produtos alimentícios e bebidas não alcoóli-cas (refrescos em pó e refrigerantes, segmentosem que a Cicopal também atua em regime deterceirização). Em meados deste ano, afirmaCardoso, a Cicopal investiu numa indústria deprodutos de higiene pessoal, em parceria com ogrupo Neoquímica, de Anápolis, fabricante demedicamentos genéricos.

Até o momento, a unidade já recebeu in-vestimentos de R$ 35 milhões e deverá atingir80% de sua capacidade no final da primeirametade do próximo ano, com a produção decreme e gel dental para adultos e crianças, todaa linha de fraldas e absorventes. Mas o empre-sário não tem planos de parar por aí. Mais R$ 5milhões estão sendo investidos na ampliaçãoda Cicopal em Senador Canedo, na produçãode biscoitos de trigo (wafer, rosquinhas e ou-tras variedades), além de R$ 8 milhões na uni-dade do Pará, para atender ao crescimento dacarteira de clientes na linha de refrigerantes.

“Na média, investimos todos os anos entre7% e 10% de nossas receitas em aquisições demáquinas, atualização, modernização e expan-são do parque industrial”, informa Cardoso. Aexpansão já acertada exigirá a contratação de400 a 500 funcionários, num avanço de prati-camente 50% em relação ao quadro atual.

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negócios internacionais

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MMUUIITTOO AALLÉÉMM DDEECCAARRNNEESS EE SSOOJJAAMMUUIITTOO AALLÉÉMM DDEECCAARRNNEESS EE SSOOJJAA

MISSÃO COMERCIAL GOIANA PERCORRE CHINA E RÚSSIA, DOISMAIORES MERCADOS PARA AS EXPORTAÇÕES DO ESTADO, EMBUSCA DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS E INVESTIMENTOSSoja e seus derivados, especialmente o fa-

relo; carnes bovina, suína e de frango. Atéaqui, esses produtos dominam amplamente apauta de comércio entre Goiás, China e Rússia– países que, não por acaso, responderam por35% do crescimento das exportações totaisrealizadas a partir de Goiás nos últimos cincoanos. A China tornou-se, desde o ano passa-do, o principal mercado de destino das vendasexternas goianas, enquanto a Rússia respondepela maior parcela das carnes exportadas peloEstado, depois de ocupar, também em 2008, aterceira posição no ranking dos principais paí-ses importadores de produtos goianos.

Os números configuram o caráter estraté-gico da missão comercial que percorreu, entre7 e 18 de setembro, as regiões de Pequim,Hebei, com passagem por Tangshan, uma ci-dade literalmente em fase de construção, de-pois Moscou, com escala final em Dubai, nosEmirados Árabes, antes do desembarque emGoiânia. Participaram seis dezenas de lideran-ças empresariais e políticas do Estado, tendo àfrente o governador Alcides Rodrigues e cincosecretários estaduais, além do presidente daFieg, Paulo Afonso Ferreira, quatro presiden-tes de sindicatos da indústria e o presidente daValec, José Francisco das Neves.

Numa agenda carregada, recheada porencontros com lideranças políticas e empre-sariais chinesas e russas, a comitiva goiana sepropôs, como principal desafio, incrementara pauta de negócios com as duas regiões, indoalém da soja e das carnes. Tratou-se de pros-pectar mercados e oportunidades de investi-mento em um leque amplo de setores básicospara a economia goiana, a começar pela infra-estrutura de transportes e de energia elétrica,passando pela mineração e, obviamente, pelaagropecuária, mas incluindo, ainda, segmen-tos de alta tecnologia, como a produção defármacos e medicamentos.

37GOIÁS INDUSTRIAL

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negócios internacionais

Hebei: possibilidade de investimentos em infraestrutura Goiás e Pequim: seminário apresenta oportunidades de negócios

Mudança de foco“Não há como dizer que a participação em-

presarial na missão à China e à Rússia não foiextremamente compensatória”, comenta PlínioViana, gerente do Centro Internacional deNegócios da Federação das Indústrias doEstado de Goiás (CIN). “O governo”, continuaele, “fez bons contatos nas áreas de energia, in-fraestrutura de transporte, mineração, crédito efinanciamento internacional.”

A passagem pela China, diz Viana, rendeucontatos com possíveis fornecedores de equipa-mentos e insumos para os segmentos de gesso,confecções, pequenas hidrelétricas, siderurgia eoutros. “Houve um contato promissor para ainstalação de uma siderúrgica em Goiás, tendoque se viabilizar a extração do minério de ferro

e de realizar a adaptação da tecnologia do for-no, que é a carvão mineral”, detalha.

Em sua terceira visita ao país, Paulo Afonsoaponta mudança de atitude nada trivial de partedas autoridades chinesas. Nos primeiros conta-tos, havia demonstração explícita do interessechinês apenas por matérias-primas básicas doBrasil e para venda de eletroeletrônicos, máqui-nas, equipamentos e veículos, entre outros,com foco para os mercados da Europa e dosEstados Unidos. Como crise mundial abalou demaneira muito mais severa as economias maisdesenvolvidas, considera Paulo Afonso, aChina redirecionou seu radar para a AméricaLatina, agora percebida como uma região de in-teresse comercial e empresarial.

Apetite chinês supera o russo

Ano China Participação (em %) Rússia Participação (em %)2003 50,192 4,55 40,444 3,672004 59,725 4,23 39,662 2,812005 201,269 11,08 95,278 5,252006 334,757 16,0 62,488 2,992007 314,570 9,88 245,168 7,702008 765,688 18,71 372,101 9,092009 (jan-ago) 664,967 26,73 113,787 4,57

Exportações goianas para China e Rússia, em US$ milhões, e participação no total

Fonte: Mdic

Commoditiesainda na liderança

Na visão do gerente do CIN, Plínio Viana,“a China parece contar com várias matérias-primas brasileiras, entre elas o minério de fer-ro e a soja, para sustentar seu crescimento.” Aperspectiva de ampliação do comércio entreos dois países, completa, transforma o merca-do chinês em mais do que uma promessa,“mas uma realidade no comércio bilateralcom o Brasil, já sendo o maior parceiro co-mercial do Estado de Goiás”.

Na Rússia, onde a missão permaneceu me-nos de três dias, os contatos se resumiram à ex-ploração mais efetiva do comércio de carne,com “probabilidade de negócios com café eaçúcar”, resumiu Viana

Puxadas pela soja, no caso chinês, e pelascarnes, quando se considera o mercado russo,as exportações goianas para a China forammultiplicados em mais de 15 vezes entre 2003e 2008, saindo de US$ 50,192 milhões (ou4,55% do total exportado pelo Estado) paraUS$ 765,688 milhões (18,71% do total). Omercado chinês absorveu US$ 24 a cada US$100 exportados a mais pelo Estado. As expor-tações para a Rússia aumentaram 820%, deUS$ 40,444 milhões (3,67% do total) para US$372,101 milhões (9,09%).

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O superávit comercial do País, resultadoda diferença entre exportações e importações,despencou em setembro, registrando o pior de-sempenho desde janeiro, quando houve déficitde US$ 529 milhões, refletindo então a forte re-tração da demanda mundial como decorrênciada crise. Desta vez, quando a economia globalensaia alguma recuperação, os maus resultadosna área externa parecem mais relacionados aalguns fatores principais: a queda recente dospreços das commodities agrícolas, a reduçãode excedentes exportáveis, com o aparente es-gotamento da safra de soja, e a persistente valo-rização do real frente ao dólar, o que determinaremuneração mais baixa para os exportadorese barateia, na outra mão, o custo dos produtosque o Brasil importa, num cenário de reaqueci-mento gradual da atividade econômica.

No mês passado, a exportações brasileirasdespencaram 30,7% em relação a setembro de2008, encolhendo de US$ 20,017 bilhões paraR$ 13,864 bilhões. As importações tambémanotaram decréscimo, mas em ritmo menosintenso, passando de US$ 17,259 bilhões paraUS$ 12,534 bilhões – um tombo de 27,4%.Como consequência, a diferença entre expor-tações e importações, o chamado saldo comer-cial, desabou de US$ 2,758 bilhões para US$1,330 bilhão – menos 51,8%.

Guardadas as proporções, os resultados dabalança comercial de Goiás seguiram tendên-cia semelhante, mesmo porque as exportaçõesoriginadas no Estado anotam maior dependên-cia em relação aos produtos básicos, especial-mente soja e carnes. As vendas externas goia-nas baixaram 11,7% entre setembro de 2008 eigual período deste ano, saindo de US$351,267 milhões para US$ 310,232 milhões,enquanto as importações recuaram 10,5% (deUS$ 295,635 milhões para US$ 264,469 mi-lhões). Dessa forma, as exportações superaramas importações por uma diferença de apenas

US$ 45,763 milhões, o piorresultado desde o déficitde US$ 8,522 milhões re-gistrado em março passa-do. Em setembro de2008, a balança comer-cial goiana chegou aanotar superávit de US$55,632 milhões. Na comparação entreos dois períodos, o saldo baixou 17,7%.

No acumulado dos primeiros nove me-ses deste ano, o País exportou US$ 111,783bilhões diante de US$ 150,859 bilhões emidêntico intervalo de 2008, numa reduçãode 25,9%. As compras externas caíram 31%na mesma comparação, de US$ 131,178 bi-lhões entre janeiro e setembro de 2008 pa-ra US$ 90,508 bilhões no acumuladoaté setembro de 2009.

Em Goiás, também na compara-ção entre janeiro e setembro decada ano, as exportações reduzi-ram-se em 15,4% (de US$ 3,306bilhões para US$ 2,798 bilhões),frente à retração de 18,1% paraas importações (de US$ 2,377bilhões para US$ 1,946 bi-lhões). O superávit caiu 8%,saindo de US$ 928,759 mi-lhões para US$ 851,730 milhões.

Números piores na balança comercial

World Food: empresários visitamfeira de alimentação na Rússia

39GOIÁS INDUSTRIAL

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40 GOIÁS INDUSTRIAL

agenda legislativa

O ponto de equilíbrioNo debate dosprojetos que tramitamna Assembleia,indústria eparlamentaresprocuram soluçõespara harmonizarcrescimento e meio ambiente

A formatação da quarta edição da AgendaLegislativa da Indústria Goiana, distribuídaaos parlamentares e apresentada à sociedadeno dia 7 de outubro, exigiu trabalho árduo detécnicos e de empresários, que se debruçaramdurante semanas sobre quase 80 projetos delei em tramitação na Assembleia Legislativade Goiás. Desse total, a versão 2009 da agen-da contempla 29 projetos, selecionados deacordo com sua importância para o setor epara a sociedade.

“Não fazemos mais trabalho corporativo.Nosso foco é o interesse de todos. Quando asociedade vai bem, a indústria também avan-ça”, afirmou o presidente da Federação dasIndústrias do Estado de Goiás (Fieg), PauloAfonso Ferreira, ao apresentar o resultado da-quele trabalho aos parlamentares goianos.

Depois de depurados pelos técnicos e as-sessores parlamentares da Fieg, os projetosforam discutidos pelos conselhos temáticosda entidade e submetidos a presidentes desindicatos setoriais, executivos e donos de

empresas industriais em todo o Estado. O re-sultado foi oficialmente entregue por PauloAfonso ao presidente da Assembleia, deputa-do Helder Valim (PSDB).

Criada pela Confederação Nacional daIndústria (CNI) para servir como instrumen-to de participação do setor nas decisões doCongresso, a agenda foi posteriormente ado-tada pelas federações estaduais do setor.“Historicamente, a indústria sempre correuatrás do fato consumado, em parte por culpanossa também. A agenda cria a ferramentapara defender, de forma legítima, sistemáticae transparente, os anseios do setor produtivoe de contribuir para o aperfeiçoamento da le-

gislação brasileira”, definiu Paulo Afonso.Valim recebeu a agenda como uma con-

tribuição do setor industrial para o aperfei-çoamento do debate democrático, lembrandoque havia se tornado usual o encaminhamen-to, a votação e aprovação de projetos em umúnico dia, não raro atravessando madrugadaspara a publicação no dia seguinte no Diárioda Assembleia. “Reformulamos o trâmite dosprojetos e o regimento interno para que aspropostas possam ser realmente debatidas emelhor analisadas. Dessa forma, se um parla-mentar exercer todas suas prerrogativas,qualquer projeto exigirá no mínimo 15 diaspara aprovação”, afirmou.

Helder Valim e Paulo Afonso: contribuição para o aprimoramento do debate democrático

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41GOIÁS INDUSTRIAL

Mais impostos, nãoEm última análise, continuou o presidente

da Fieg, o documento enviado aos parlamen-tares “resulta do processo de aprimoramento eamadurecimento da própria sociedade e insti-tui um processo permanente de cooperação ede participação dos empresários nas discus-sões de projetos de interesse de toda a socieda-de na Assembleia, com transparência e ética,mas sem submissão.”

Dentre 29 propostas escolhidas, 22 apre-sentam pontos de divergência em relação aosinteresses maiores do Estado e de sua econo-mia, na visão da Fieg, 4 foram consideradosparcialmente convergentes e 3 convergentessem ressalvas. Os projetos tratam de temas am-bientais, num total de 12, assuntos econômicos(8), responsabilidade social (3), relações do tra-balho (2), agronegócios (2) e infraestrutura (2).

Ao detalhar os princípios centrais que ser-viram de base para a avaliação de todos os pro-jetos, o coordenador técnico da Fieg, Welingtonda Silva Vieira, destacou, além da defesa da livreiniciativa, o combate a qualquer tentativa de au-mento da carga tributária e da burocracia, insis-tindo ainda na defesa das empresas frente a açãode organismos estatais.

Na área tributária, a Fieg opõe-se, porexemplo, ao projeto da deputada IsauraLemos (PDT), que obriga as empresas benefi-ciadas por incentivos fiscais a preservar o ní-vel de emprego, eximindo-se de “demissõesexorbitantes e sem justa motivação”, fixandoa destinação mandatória de 5% dos incentivosrecebidos a programas de qualificação profis-sional. A proposta, avalia a agenda, “se mostra

inoportuna, já que a Lei do Produzir trata daquestão de forma harmoniosa.”

No setor de infraestrutura, a federaçãoapoia com ressalvas a proposta do deputadoThiago Cardoso (PMDB), que cria normas paraque a administração pública, na execução dire-ta ou indireta de obras de pavimentação, utilizeprodutos reciclados “oriundos de resíduos sóli-dos da construção civil”. Mas critica o projetodo deputado Túlio Isac (PSDB) que torna obri-gatória a instalação de medidores individuaisde consumo de água em condomínios.

As questões ambientais, consideradas crí-ticas pela Fieg, diante do risco de consequên-cias negativas para a atividade econômica epara a competitividade da indústria, receberãoatenção especial no transcorrer do próximoano legislativo. “Será preciso harmonizar asnecessidades da sociedade e as exigências depreservação ambiental”, sustenta PauloAfonso. Na relação de 12 projetos em tramita-ção na Assembleia que buscam regular aque-las questões, a Fieg tentará rechaçar, entre ou-tros, dois projetos de autoria do deputadoMauro Rubens (PT). O primeiro deles proíbea reciclagem de baterias no Estado e o segun-do institui um plano diretor para resíduos só-lidos. Mas apoia integralmente o projeto dodeputado Marlúcio Pereira (PTB) que conce-de crédito presumido a empresas de recicla-gem. O setor industrial discorda, no entanto,da proposta de suspensão por 180 dias daemissão de autorização para desmatamento devegetação nativa daquele bioma.

Vieira: combate aos aumentos de impostos e à burocracia excessiva

Agenda legislativa municipal

Construída nos mesmos moldes de suaversão estadual, a Agenda Legislativa daIndústria Goianiense, primeira do gênerono País, foi lançada no dia 4 denovembro, incluindo 25 projetos deinteresse das indústrias instaladas emGoiânia. Segundo Margareth DiasMendonça, assessora legislativa da Fieg,a maior parte das propostas, num total de11 projetos, trata de temas ambientais,seguidos por 5 na área econômica, 3institucionais, 2 na área de infraestrutura e1 sobre relações trabalhistas.

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Historicamente, o setor farmacêuticosempre foi marcado pela concorrência exa-cerbada, além de apresentar, como outra ca-racterística básica, o uso intensivo de capital.Num mercado em que a disputa por espaçostem sido protagonizada por gigantes multi-nacionais, a atualização tecnológica, a capa-cidade de inovação e a agilidade para trans-formar ideias em produtos e serviços podemfazer toda a diferença.

Lastreada nesses conceitos, a EquiplexIndústria Farmacêutica, empresa goiana comsede em Aparecida de Goiânia, hoje com cercade 550 empregados diretos e capacidade paraprocessar 150 milhões de unidades por ano emtodas suas linhas, colocou no ar seu novo site –www.equiplex.com.br. Operando desde julho,a página da empresa na rede mundial de com-putadores adota conceitos e plataformas maisatuais do mundo digital, com o propósito deaproximar a Equiplex do mercado, ao facilitaro acesso de clientes e fornecedores.

Com design arejado e moderno, a navega-ção é favorecida pelo recurso a ferramentas de-senvolvidas com base no que há de mais atualno setor. Links remetem os internautas, numexemplo, ao portfólio de produtos daEquiplex, permitindo sua visualização em ví-deos e fotos, com opção de cotação on-line. Osite oferece ainda a opção de consulta ao histó-rico da empresa e a todas suas ações, incluindoiniciativas de responsabilidade socioambiental,notícias atualizadas sobre sua atuação e a res-peito de assuntos de interesse de clientes, par-ceiros e profissionais do setor de saúde.

Heribaldo Egídio, presidente da empresa,lembra que Goiás já sedia o terceiro maior polofarmacêutico do País e que as empresas do se-

tor precisam estar preparadas para acompa-nhar esse crescimento, investindo em pesquisae desenvolvimento e novos produtos. “Nessesentido, a Equiplex fez parcerias com os cen-tros de pesquisa e desenvolvimento das uni-versidades Federal (UFG) e Católica de Goiás(UCG), os quais seguem simultaneamente li-nhas diferentes de pesquisa para inovação defármacos que trarão, em breve, benefícios a to-da sociedade”, afirma.

Em vigor desde o ano passado, a exigênciada Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) para que todos os fabricantes de solu-ções parenterais migrassem de sistemas aber-tos para fechados foi transformada em oportu-nidade de crescimento pela Equiplex. Depoisde três anos de pesquisas exaustivas e R$ 12milhões em investimentos, a empresa optou

pela importação de tecnologia italiana para fa-zer a migração, ampliando a capacidade deprodução da linha de soros em 50%. Foi de-senvolvida a nova linha de produtos “botlle-plex”, com perfil ecologicamente correto e quepermite aplicação de qualquer medicamente,incluindo quimioterápicos.

42 GOIÁS INDUSTRIAL

indústria farmacêutica

NA PONTA DA LINHAEquiplex investe em novo site para incrementar sua relação com o mercado

e consolida a fabricação de soluções parenterais em regime fechado

Heribaldo Egídio: desenvolvimento de novos fármacos em parceria com centros de pesquisa

Novo site: ferramentas facilitam navegação

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43GOIÁS INDUSTRIAL

por dentro da indústria

EXPOCRUZ 2009

Doze empresas goianas e dez de Mato Grosso do Sul, de diversos setores, participaram dasrodadas de negócios e da Feira Expocruz 2009 (foto) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia,entre 20 e 24 de setembro. Os eventos foram organizados e coordenados em nível nacionalpelo Centro Internacional de Negócios de Goiás.

Gestão ambientalNuma parceria entre governo estadual,por meio da Secretaria Estadual doMeio Ambiente e Recursos Hídricos(Semarh), Federação das Indústrias doEstado de Goiás (Fieg) e Serviço deApoio às Micro e Pequenas Empresasde Goiás (Sebrae-GO), será entregueno dia 11 de novembro o PrêmioGoiás de Gestão Ambiental 2009.Nesta edição, concorrem 45instituições públicas e não-governamentais, empresas e pessoasfísicas, diante de 41 participantes naversão realizada em 2007. O objetivo érealçar iniciativas e ações que mais sedestacaram na preservação ambientale no desenvolvimento sustentável.

Prêmio FinepDezenove projetos de empresas,instituições e de inventores goianosconcorrem ao Prêmio Finep deInovação, que teve seu julgamentorealizado no dia 16 de outubro. Oresultado final deverá ser divulgado noinício de novembro. Daquele total,nove foram desenvolvidos porindústrias, cinco envolvem projetos detecnologia social, três são deinventores e dois de institutos deciência e tecnologia.

Inovação em GoiásCriado pelo Conselho Temático de DesenvolvimentoTecnológico e Inovação da Fieg, em parceria com Senai,IEL Goiás, Vilage Marcas e Patentes, Fapeg, Sebrae, Finepe Escritórios de Projetos (UCG e Fieg), o Prêmio Goiás deInovação foi divulgado no dia 12 de novembro,juntamente com a realização da mostra Inova Sesi Senai.Em sua segunda edição, comenta o presidente doconselho, Ivan da Glória Teixeira (foto), a iniciativa expressao esforço realizado pelos parceiros envolvidos no projetopara incluir a inovação na agenda das empresas goianas.

DEC Brasil em 6º lugarA empresa goiana DEC Brasil conquistou a 6ª posição no ranking nacional das 200 empresas que maiscresceram no período de 2006 a 2008, de acordo com reportagem da revista Exame PME, ediçãoagosto/setembro de 2009. Especializada na elaboração de projetos, fabricação de equipamentos eimplementação de processos para a indústria alimentícia, a DEC Brasil cresceu 444,7% no período analisado.

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44 GOIÁS INDUSTRIAL

Na trilha do suco integral

Criada há três anos pela família Razia, a Vinigoiás, de Itaberaí,acelera os planos para colocar no mercado sua linha de vinhos DellNonno, mesmo rótulo de seu suco de uva integral e natural vendidoem casas de produtos naturais, adegas e empórios de Goiânia, Brasília ePalmas. A intenção, segundo antecipa Anir Caetano Razia, diretorcomercial da empresa, é produzir vinhos tinto, branco e rosé, semprenas variedades seco, suave e demiseco.

A produção de suco varia entre 4 mil e 5 mil garrafas por dia, parauma capacidade próxima a 30 mil garrafas. Mas explorar integralmenteo potencial da vinícola não parece ser um problema, no momento.“Temos duplicado a produção a cada ano e há uma procura crescentepor produtos naturais, e nosso suco não leva conservantes e nemaçúcar”, resume Razia.

Os Razia deixaram o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS),em direção a Água Boa (MT), em busca de oportunidades para crescer.Em meados de 1997, seduzidos pelo mercado que parecia maisatraente em Goiás, desembarcaram, pais emais quatro filhos, em Itaberaí, onde há11 anos produzem uvas numa áreaatualmente de 11 hectares, colhendoduas safras por ano com rendimentomédio de 30 toneladas por hectare. Porvolta de 2006, a família investiu em tornode R$ 800 mil para montar a estruturafísica e industrial da vinícola, quepassaria a agregar valor àprodução local. A indústriaemprega 12 funcionários,número acrescido deoutros 20 empregadosna fase de colheita,realizada de maioa outubro.

Vinho? Só no fim do ano...Este ano não tem sido tão bom assim para os negócios. Com excessode oferta, os preços do litro de vinho a granel pagos aos produtoresdesabaram verticalmente, relata Giovani Sganzerla, enólogocontratado pela Vinícola do Centro-Oeste. Instalada em Santa Helenahá oito anos pelos sócios Alberto Muraro, experiente vitivinicultorcom raízes em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, onde explora a

atividade há mais de 50 anos, e Henrique Michelotti da Silva,atualmente baseado no Rio de Janeiro, a vinícola não despejou,

neste ano, uma única gota de vinho no mercado.“Produzimos 350 mil litros no ano passado e armazenamos todoele à espera de uma reação no mercado”, afirma Sganzerla. Asafra de uva deste ano, num total de 480 toneladas, vem sendovendida para consumo a supermercados e distribuidoras,embaladas em caixas de um quilo sob a marca Uva SantaHelena. “Os preços do vinho caíram de R$ 1,20 a R$ 1,30 porlitro no ano passado para R$ 0,60 a R$ 0,70 neste ano, o quesequer cobre os custos de produção”, justifica Sganzerla.

A Vinícola Santa Helena ocupa área de 2 mil metros quadrados,reserva outros 37 hectares para o cultivo de uva e exigiu dos sócios uminvestimento inicial entre R$ 7 milhões a R$ 8 milhões, nos cálculos deSganzerla, incluindo a implantação dos vinhedos e a montagem daunidade industrial. “A expectativa é de que tenhamos uma reação nestefim de ano, em função das festas”, aposta Sganzerla.

made in goiás

Anir Razia e seu sucointegral:

preparativos paralançar a linha de

vinhos Dell Nonno

Sganzerla: produção de uvas vem sendo direcionada para supermercados e distribuidoras da fruta

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45GOIÁS INDUSTRIAL

““NNÃÃOO SSEEII QQUUAANNDDOO VVOOUU PPAARRAARR””A tradicional Anadiesel prepara-se para nova fase de expansão,

sob comando do capitão e empresário Waldyr O’Dwyer

Aos 93 anos de idade, o empresárioWaldyr O’Dwyer demonstra o mesmo entu-siasmo do jovem recém-formado em CiênciasPolíticas e Econômicas pela Academia doComércio do Rio de Janeiro, que decidiu acei-tar a convocação para entrar no Exército e se-guir carreira na corporação. Vitoriosa em suaparticipação nos campos de batalha da Itáliana 2ª Guerra, a Força ExpedicionáriaBrasileira (FEB) assegurou um lugar na histó-ria mundial, inscrevendo o nome de seuscombatentes como heróis da nação. Dentreeles, o próprio O’Dwyer. Dali em diante, suahistória particular reserva capítulos importan-tes para o empreendedorismo em Goiás.

De volta da guerra, o 6º Batalhão deCaçadores, então instalado em Santos (SP),recebeu a ordem para retornar à sua sede nomunicípio de Ipameri, na região da Estrada deFerro, sob comando do oficial WaldyrO’Dwyer. A chegada deu-se em 21 de abril de1946, quando conheceu a jovem HerthaLayser, com quem se casou no mesmo ano.

A convite do sogro, o empresário GustavoLayser, O’Dwyer assumiu uma das diretorias

das Indústrias Reunidas Santa Cruz, constituí-da por um complexo industrial de charquea-da, curtume e fábrica de calçados, além de umharas. Em função dos compromissos empre-sariais assumidos, Waldyr O’Dwyer solicitou adispensa do serviço ativo do Exército, passan-do à reserva não remunerada e, em seguida,sendo promovido à patente de capitão.

Em 1959, o capitão Waldyr foi convida-do a assumir o primeiro frigorífico de Goiás,construído em Anápolis e que tinha comosócio majoritário o governo do Estado.“Começamos a fornecer carnes resfriadas pa-ra Brasília, antes de a capital do País ser inau-

gurada”, disse. Anos depois, o empresário já trabalhava

para trazer para Anápolis uma concessionáriada Mercedes Benz-Toyota. Resultado: aAnadiesel completa 46 anos em 2009. WaldyrO’Dwyer acumula as funções de presidenteda empresa e do seu conselho de administra-ção. Com fôlego e a experiência adquirida,prepara-se para levar seus negócios a nova fa-se de expansão, com a instalação de conces-sionárias Mercedes Benz em Porangatu, noNorte Goiano, e Gurupi, no Tocantins, e aconstrução de novas instalações no DistritoAgroindustrial de Anápolis. Para quem nãotem fôlego, é bom parar por aqui, porque o ca-pitão segue adiante: até o final do ano, os pla-nos da empresa incluem a constituição de no-va sociedade para instalação em Goiânia deuma concessionária Kia.

“Continuo nesse ritmo, trabalhando comdedicação e criando cavalos e, quando possí-vel, também montando. Além de me dedicartambém às ações do Rotary, como sócio maisantigo com 72 anos de atividade. Não seiquando vou parar”, resumiu.

memória

Ontem como hoje: Waldyr O’Dwyer tem planos para novas concessionárias em Porangatu, Gurupi e Goiânia

Waldyr O’Dwyer e seu Mercedes: antiguidade

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46 GOIÁS INDUSTRIAL

Renata Dos Santos

NEGÓCIOS NA BOLÍVIA

\\\\\\Odalea Bueno (foto), da Diáfana, acabou de chegar de Santa Cruz de la Sierra,na Bolívia. Ela participou da tradicional da Expocruz e da roda de negócios Cainco,de 21 a 23 de setembro. A empresária visitou uma rede de lojas que representasuas lingeries na Bolívia. Durante os cinco dias da viagem, Odalea também fechounegócios com empresas do Chile e da Argentina. “Com uma lingerie consideradasimples e sem inovações, o público destes países considera nossa produção rica emdesign e sex appeal”, disse orgulhosa.

gente da indústria

\\\\\\ O presidente do Banco Central, HenriqueMeirelles, desenhou perspectivas mais animadoras paraa economia e conclamou o empresariado a ampliarinvestimentos como forma de consolidar a recuperaçãoesboçada nos principais indicadores econômicos. Ele foium dos convidados de Paulo Afonso Ferreira eArmando Monteiro Neto, respectivamente presidentesda Fieg e da CNI, para a bela festa de entrega doPrêmio Mérito Industrial, realizada no Clube AntônioFerreira Pacheco, dia 24 de setembro. O evento,prestigiado também pelo governador de Goiás, AlcidesRodrigues Filho, um dos homenageados, condecorousete personalidades do mundo empresarial e político.

PRÊMIO POR MÉRITO

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47GOIÁS INDUSTRIAL

FEIRA ALEMÃ

\\\\\\ Karla Necchi e Clarissa Pozzi, que sãorespectivamente gerentes de desenvolvimento deprodutos e de marketing da Mabel, afivelaram asmalas para embarcar para a Alemanha. De 8 a 17de outubro elas participaram da Feira Internacionalde Alimentos da Alemanha (Anuga), evento bianualque este ano será realizado na cidade de Colônia.As executivas vão comandar o estande da empresagoiana do Grupo Mabel numa feira comexpositores de mais de 150 países que ocupa 300mil metros quadrados e consagrou-se como umados mais importantes do ramo de alimentos ebebidas do planeta. A meta é mostrar os produtosgoianos no exterior num planejamento que visaarrebanhar novos mercados.

NOVO ENDEREÇO

\\\\\\ O empresário de confecção Marcos Sallo embreve estará de casa nova. Ele vai transferir sua

fábrica do Jardim Presidente para uma área de 27mil metros quadrados recém-adquirida emAparecida de Goiânia, o que deve contribuir paraa expansão de sua produção. Com sua linha jeansde moda masculina vendida até para clientela fielnos Estados Unidos, Marcos também teminvestimentos no campo social. Um deles é acreche que está prestes a inaugurar para atenderseus mais de 400 funcionários.

TECNOLOGIA

\\\\\\ Danilo Razia (Vinícula Centro-Oeste),enólogo e presidente da associação dosprodutores da categoria (Apodernev), eGiovani Sganzela (Suco Dell Nono)comemoram a inauguração de centrotecnológico de capacitação durante a segundaedição da Festa da Uva, realizada em SantaHelena. O setor acaba de ganhar apoio dogoverno estadual para impulsionar seu polo

produtivo concentrado nos municípios deSanta Helena e Itaberaí.

IMPORTAÇÃO

\\\\\\ José Luis Martins Abuli (Sindigesso) poderá embreve colher os louros de sua visita recente àChina, já que está na fase final das negociações daimportação de forro mineral por indústrias dePequim. Ele também comemora a nova parceriado Sindigesso com o Senai/Senat, que abriuinscrições para oferecer cursos de pintores egesseiros para quem é beneficiado por bolsafamília concedida pelo Estado. O programa, queconta com recursos do FAT, visa à mudança docontexto atual parternalista por outra realidade naqual chefes de família conquistem uma profissão.Por enquanto, o programa oferece 200 vagasdistribuídas em 20 turmas. Em 2010 a iniciativa deformação profissional deve ser ampliada para todaa comunidade em geral.

HOMENAGEM ESPECIAL\\\\\\ O casal Hélio Naves e a advogada Nilda Sá (foto), em jantar festivo promovido pelo Simelgo, presidido por Orizomar AraújoSiqueira, no Clube Ferreira Pacheco, dia 18 de setembro. Além da entrega da medalha Ministro Aquino Porto para váriosempresários locais, o evento marcou também o aniversário de 83 anos de Hélio, homenageado especial da noite. Mineiro de Iraí,o professor Hélio Naves chegou em Goiânia em 1943, para estudar mecânica na antiga Escola Técnica Federal de Goiás, atual IFG.

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48 GOIÁS INDUSTRIAL

giro pelos sindicatosguia

NÚCLEO DE ANÁPOLIS

POSSE CONJUNTAO governador Alcides Rodrigues Filho participou dahomenagem aos dez anos de funcionamento do Núcleo Fieg deAnápolis, presidido pelo empresário Waldyr O’Dwyer (foto),que fez o discurso de agradecimento ao presidente da Fieg,Paulo Afonso Ferreira, ao coordenador do núcleo, GilsonTeixeira do Amaral Brito, homenageado especial, e aoscolaboradores da regional. Também foram empossados novospresidentes de sindicatos.

Posse conjunta 2O presidente da Fieg, Paulo Afonso Ferreira, deu posse, no dia 2 deoutubro, aos novos diretores de cinco entre os seis sindicatospatronais da indústria com sede em Anápolis. Durante solenidaderealizada no Salão de Eventos do Sesi Jundiaí, naquela cidade, oempresário Wilson Oliveira, reeleito, manteve a presidência doSindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (Siaa), enquantoÁlvaro Otávio Dantas Maia recebeu o cargo de presidente doSindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis(Sicma) de Ubiratan da Silva Lopes. Também foram empossadosRobson Peixoto Braga, que sucedeu Elton de Teles Campos napresidência do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e deMaterial Elétrico de Anápolis (Simea); Jair Rizzi, no comando doSindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis (Siva), substituindoJosé Vieira Gomide Júnior; e Henrique Wilhelm Morg Andrade, noSindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicergo),até então presidido por Laerte Simão. O Sindicato das IndústriasFarmacêuticas do Estado de Goiás (Sindifargo) tem o mandato aindaem andamento, sob a presidência de Eduardo Gonçalves.

SindifargoRastreabilidade demedicamentosO Sindicato das IndústriasFarmacêuticas no Estado deGoiás (Sindifargo) apoiou arealização, no dia 15 deoutubro, no auditório doInstituto de Gestão TecnológicaFarmacêutica (IGTF), depalestra sobre rastreabilidadede medicamentos. As empresasDominó, Sunnyvale e Active,promotoras do evento,trouxeram especialistas parauma exposição detalhada dasnormas da Anvisa que dispõemsobre o rastreamento daprodução e do consumo demedicamentos por meio detecnologia de captura,armazenamento e transmissãoeletrônica de dados.

SindicarneFeira de negóciosO presidente do Sindicato dasIndústrias de Carnes e Derivadosno Estado de Goiás e DistritoFederal (Sindicarne), José MagnoPato, participou da Anuga 2009,mais importante feira de negóciosdos setores de alimentação ebebidas, realizada em Colônia, naAlemanha, entre 10 e 14 deoutubro. A missão empresarialbrasileira, composta por 120empresas selecionadas pelaAgência Brasileira de Promoção deExportações e Investimentos(Apex Brasil), ocupou espaço de2,2 mil metros quadrados, a maiorárea já dedicada ao País na feira. Asempresas Mabel e SuperFrangoparticiparam do grupo.

SindileiteNovo presidenteEm solenidade realizada no dia 5 deoutubro no Oliveira’s Place, tomouposse a nova diretoria do Sindicatodas Indústrias de Laticínios noEstado de Goiás (Sindileite). Commandato entre 2009 e 2011, oempresário Ananias Justino Jayme,do laticínio Sitale Brasil Ltda, queproduz em Itaberaí o queijo Copode Leite, substitui Cesar Helou,do Laticínios Bela Vista, nocomando do sindicato. Com 368empresas filiadas, o Sindileitecomemorou, na mesma data, o20º aniversário de sua criação.

SindirepaParceria no trânsitoO comandante geral da PolíciaMilitar do Estado de Goiás (PM-GO), coronel Carlos AntônioElias, e o presidente da AgênciaMunicipal de Trânsito de Goiânia(AMT), Miguel Tiago, firmaramconvênio com o Sindicato dasIndústrias de Reparação de Veículose Acessórios do Estado de Goiás(Sindirepa) para treinamento de 800oficiais da PM e 96 agentes da AMT.O curso, incluindo oito horas deaulas teóricas e outras oito horas deprática, tem como objetivo atenderàs resoluções 25 e 297 do ConselhoNacional de Trânsito (Contran). Asduas medidas estabelecem normas,respectivamente, para definição deveículos modificados e para emissãode relatório para classificação dedanos decorrentes de acidentes eprocedimentos para regularizaçãoou baixa de veículos acidentados. AResolução 297 passa a vigorar apartir de 1º de agosto de 2010.

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49GOIÁS INDUSTRIAL

INFRAESTRUTURA

CONTORNO VIÁRIOCom apoio do Núcleo da Fieg em Anápolis e dos sindicatos dasindústrias de alimentação, construção e mobiliário, metalúrgicas,mecânicas e de material elétrico, o presidente da AssociaçãoComercial e Industrial de Anápolis (Acia), Ubiratan da SilvaLopes, entregou ao governador Alcides Rodrigues Filho, no dia 7de outubro, projeto para construção de um contorno viário noDistrito Agroindustrial (Daia). A proposta inclui a construção deuma pista ligando a montadora Caoa/Hyundai ao trevo de saídapara Brasília, passando pelo fundo do aeroporto, de forma adesafogar o trânsito de caminhões e ônibus no distrito.

Simplago

Tecnologia eestratégias - 1A Agência Brasileira deDesenvolvimento Industrial(ABDI) e empresários dosetor plástico reuniram-se nodia 3 de setembro, na Casa daIndústria, para debatertendências tecnológicas eestratégias para alavancar acompetitividade da indústria.O workshop envolveuapresentação do EstudoProspectivo do Setor Plástico,pela consultora técnica deprojetos do setor plástico daagência, Ana Sofia Peixoto, eoutra sobre Portal Inovação –Novos Serviços paraCooperação Tecnológica, como técnico Osvaldo Spíndola.

Tecnologia eestratégias - 2“Foi uma oportunidade ímparpara os empresáriosconhecerem o que há de maisnovo no mercado, astendências do plástico, alémdo que a ABDI irá trazer”,ressaltou o presidente doSindicato da Indústria deMaterial Plástico do Estado deGoiás (Simplago), AurelinoSantos. O encontropromovido pela ABDI, emparceria com a Fieg e aSecretaria de Estado daIndústria e Comércio doEstado (SIC), teve apoio do Simplago.

SindusconConstrução social – 1Em sua terceira edição, o DiaNacional da Construção Social emGoiás foi realizado no Sesi deAparecida de Goiânia (foto abaixo),no dia 22 de agosto, sobcoordenação do Sindicato daIndústria da Construção no Estadode Goiás (Sinduscon-GO). Mais de3 mil pessoas foram atendidasgratuitamente, beneficiadas pelaoferta de serviços de escovaçãoorientada, informações sobreDST/AIDS e drogas, aferição depressão arterial, diabetes,prevenção de acidentes, emissão deCPF e atividades de lazer. Foirealizada ainda a abertura dos Jogosda Construção, torneio anual defutebol soçaite organizado peloSinduscon-GO com participação deempregados das empresas do setor.

Construção social – 2O Dia Nacional da ConstruçãoSocial, um verdadeiro mutirãosolidário para promoção dacidadania, é uma realização daCâmara Brasileira da Indústria daConstrução (CBIC), comparticipação dos sindicatos daindústria em 19 Estados e noDistrito Federal. Numa estimativa,a versão 2009 do evento teriarecebido, em todo o País,aproximadamente 100 mil pessoas,num total de 350 mil atendimentos.

SicmaCrédito imobiliárioO presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e doMobiliário de Anápolis (Sicma), Álvaro Otávio Dantas Maia,participou de um encontro promovido pelo Banco do Brasil, no dia29 de setembro, para apresentação do programa de créditoimobiliário da instituição, que oferece linhas de financiamento paraprodução de unidades habitacionais, assim como para a compra deimóveis por pessoas físicas.

SicmaCrédito imobiliárioO presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e doMobiliário de Anápolis (Sicma), Álvaro Otávio Dantas Maia,participou de um encontro promovido pelo Banco do Brasil, no dia29 de setembro, para apresentação do programa de créditoimobiliário da instituição, que oferece linhas de financiamento paraprodução de unidades habitacionais, assim como para a compra deimóveis por pessoas físicas.

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mercado de trabalhomercado de trabalho

50 GOIÁS INDUSTRIAL

Entre dois extremos

O mercado de trabalho formal conseguiusustentar, em Goiás, taxas positivas ao longode 2009, o que aparentemente parece confir-mar que a economia goiana sofreu um baquemenor em função da crise mundial. Mas a ve-locidade de crescimento aponta nítida desace-leração frente ao forte incremento observadono ano passado.

Entre outros fatores, na visão do presidentedo Conselho Temático de Política Econômicada Fieg, Marley Antônio Rocha, o desempenhodo mercado goiano pode ser explicado pela au-sência de indústrias de bens de capital e pelapresença menos expressiva do setor de bens du-ráveis, “os mais afetados pela crise”, avalia, re-forçando que, em Goiás, há uma especializaçãomaior em commodities, segmento menos atin-gido pelos estilhaços da turbulência global. Eleatribui o crescimento recente dos empregos for-mais à “consolidação do parque industrial goia-no e à solidez de nossas empresas.”

Marley Rocha anota, no entanto, uma preo-cupação recorrente do setor empresarial, rela-cionada à baixa qualificação da mão de obra,“especialmente em áreas que empregam maistecnologia.” Neste caso, há vagas, mas não hápessoal em número suficiente para preenchê-las. “A solução para esse gargalo não virá en-quanto o País não atacar seriamente a questãoda educação básica, providenciando qualidadedesde a fase inicial de aprendizado”, defende.De outro lado, as empresas do setor de constru-ção, principalmente, enfrentam dificuldadecrescente para contratar operários também parafunções de baixa qualificação.

Dados do Cadastro Geral de Empregados eDesempregados (Caged), do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE), trabalhados pelaSuperintendência de Estatística, Pesquisa eInformação (Sepin) da Secretaria dePlanejamento e Desenvolvimento do Estado(Seplan-GO), mostram que, em agosto, o esto-

que de assalariados com carteira assinada apre-sentou o segundo melhor desempenho da sériehistórica. Foram abertas 6.554 vagas, numa va-riação de 0,72% em relação ao saldo total deempregados formais alcançado em julho.

Esse número foi menor apenas do que os6.962 empregados criados em agosto do anopassado, quando a economia crescia ainda apleno vapor. “Cabe ressaltar que Goiás apresen-tou o melhor desempenho da região Centro-Oeste”, analisa a equipe técnica da Sepin. Noacumulado dos primeiros oito meses de 2009, osaldo de empregos formais registrou acréscimode 55.981 vagas, numa variação de 6,52%. Nomesmo período do ano passado, quando foramabertos 76.654 postos de trabalho, a variaçãohavia sido de 10,11%.

A Sepin destaca que o resultado acumuladoentre janeiro e agosto deste ano foi o terceiromelhor da série histórica, perdendo para 2007 e2008, e o melhor para a região Centro-Oeste. Aindústria de transformação e a construção civil,somadas, responderam por praticamente 52%dos novos empregos abertos nos oito meses ini-ciais deste ano, com 19.722 para a primeira e9.379 vagas na outra. Como destaque, a indús-tria de alimentos e bebidas gerou 97,5% dos no-vos postos de trabalho criados na indústria .

Emprego cresce em Goiás, mas sobram vagaspara operários qualificados enquanto já há faltade pessoal para empregos menos qualificados

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