riscos biológicos ocupacionais saúde ocupacional

19
1 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva. FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011 SAÚDE OCUPACIONAL: UMA ANÁLISE AOS RISCOS RELACIONADOS À EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA OCCUPATIONAL HEALTH- AN ANALYSE OF THE HEALTH RISKS RELATED TO THE NURSING TEAM OF THE UTI Jéssica Lettícia Risério Porto 1 Laysila Gomes Santos 1 Mayara Cristina Carneiro Vasconcelos 1 Elaine Oliveira Souza Fonseca 2 RESUMO A saúde ocupacional é um tema bastante abordado devido a sua atuação em relação promoção e à preservação da integridade física do trabalhador. A investigação científica parte da temática Saúde Ocupacional: uma análise aos riscos relacionados à equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva. O presente estudo teve como objetivo identificar e compreender os principais riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem de uma UTI. Trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório, envolvendo uma amostra de 20 profissionais. Elaborou-se um questionário estruturado abordando os riscos ambientais presentes no setor. Da análise, emergiram aspectos referentes à exposição da equipe, frente aos riscos laborais como a postura inadequada, fadiga e estresse, ressecamento de pele, riscos biológicos e químicos, manuseio inadequado do perfurocortante e falta de conhecimento da equipe em relação à atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Palavras-chave: Saúde Ocupacional. Unidade Terapia Intensiva. Enfermagem. ABSTRACT Labor health is a very approached subject due your its performance related to worker physical’s integrity’s promotion and preservation. Scientific research part of the thematic occupational health- an analyse of the health risks related to the nursing team of the intensive care unit. Which goals have ben identified and understood the main occupational risks, to which are exposed the nursing staff of an UTI. It deals with a quantitative study of exploratory approach, involving a sample of 20 professionals. A structured questionnaire dealing with the envirommental risks presented in the analyse sector was elaborated. From its nalyses emerging issues relating to the exposure of staff, compared to occupational hazards such as poor posture, fatigue and stress, dry skin, biological and chemical hazards, improper handling of sharps and lack of staff knowledge regarding the role of the Internal Prevention accidents (CIPA). 1 Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade Guanambi 2 Enfermeira, especialista em Unidade de Terapia Intensiva, professora orientadora.

Upload: adriano-pires

Post on 06-Jun-2015

3.236 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

1 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

SAÚDE OCUPACIONAL: UMA ANÁLISE AOS RISCOS RELACIONADOS À EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

OCCUPATIONAL HEALTH- AN ANALYSE OF THE HEALTH RISKS RELATED TO

THE NURSING TEAM OF THE UTI

Jéssica Lettícia Risério Porto 1

Laysila Gomes Santos1

Mayara Cristina Carneiro Vasconcelos1

Elaine Oliveira Souza Fonseca2

RESUMO A saúde ocupacional é um tema bastante abordado devido a sua atuação em relação promoção e à preservação da integridade física do trabalhador. A investigação científica parte da temática Saúde Ocupacional: uma análise aos riscos relacionados à equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva. O presente estudo teve como objetivo identificar e compreender os principais riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem de uma UTI. Trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório, envolvendo uma amostra de 20 profissionais. Elaborou-se um questionário estruturado abordando os riscos ambientais presentes no setor. Da análise, emergiram aspectos referentes à exposição da equipe, frente aos riscos laborais como a postura inadequada, fadiga e estresse, ressecamento de pele, riscos biológicos e químicos, manuseio inadequado do perfurocortante e falta de conhecimento da equipe em relação à atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Palavras-chave: Saúde Ocupacional. Unidade Terapia Intensiva. Enfermagem. ABSTRACT

Labor health is a very approached subject due your its performance related to worker physical’s integrity’s promotion and preservation.Scientific research part of the thematic – occupational health- an analyse of the health risks related to the nursing team of the intensive care unit. Which goals have ben identified and understood the main occupational risks, to which are exposed the nursing staff of an UTI. It deals with a quantitative study of exploratory approach, involving a sample of 20 professionals. A structured questionnaire dealing with the envirommental risks presented in the analyse sector was elaborated. From its nalyses emerging issues relating to the exposure of staff, compared to occupational hazards such as poor posture, fatigue and stress, dry skin, biological and chemical hazards, improper handling of sharps and lack of staff knowledge regarding the role of the Internal Prevention accidents (CIPA).

1Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade Guanambi

2Enfermeira, especialista em Unidade de Terapia Intensiva, professora orientadora.

Page 2: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

2 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Key – words: Occupational Health. Intensive Care Unit. Nursing. INTRODUÇÃO

Na atualidade mundial, as diversidades e competitividade profissional

percorrem juntas, no entanto observa-se modificações em sua forma de organização

e disposição do trabalho, expressas através da rotatividade, desemprego, exposição

a riscos em ambiente laboral, sobrecarga e acidentes no trabalho. Essas variações

conectam-se intrinsecamente com problemas vividos hoje pela sociedade brasileira,

repercutindo em ampliação do trabalho informal e em trabalhadores insatisfeitos,

traçando desta forma um paradigma entre o “trabalho e o lucro”.

Existem estimativas de que os Acidentes de Trabalho (AT) apresentam hoje,

dados expressivos, que devem ser considerados. Os dados de AT somam hoje um

total de 26.081 acidentes trabalhistas na Bahia, sendo que destes, 3.942 são

pessoas acometidas em ambiente de trabalho médico (BRASIL, 2008). Estes dados

solidificam a necessidade de se ter conhecimento a cerca dos fatores atenuantes

que acabam por predispor o profissional aos riscos. Faz-se necessário traçar

medidas mais confiáveis à execução destas atividades, promovendo à redução dos

elevados números de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

A saúde ocupacional está voltada à promoção e à preservação da integridade

física do trabalhador durante o exercício de sua função, por meio da detecção de

fatores que interferem em sua saúde. Essa visão possui abordagem de vigilância,

rastreamento e diagnóstico precoce de agravos à saúde relacionados ao trabalho.

Em função dos fatores precipitantes ao AT e possivelmente dos cuidados, a estes

profissionais, objetivou-se conhecer, quais são os possíveis riscos (físico, químico,

biológico e ergonômico) a que dificultam a realização de atividades intra-

hospitalares, bem como os tornam vulneráveis as morbidades frente à exposição em

seu trabalho. Estas atividades, rotineiras, estressantes e cansativas por sua vez,

culminam em comprometimento do seu estado psicobiológico. Em resultado a este

fato o profissional tende a sofrer com as implicações advindas da execução destas.

Descritivamente, as causas presentes acima denotam o grau de exposição

sofrida por estes profissionais a curto e longo prazo, visto que o sistema corporal

responde de forma peculiar diante deste agravante.

Page 3: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

3 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Como a equipe de enfermagem apresenta em muitos setores atividades

bastante assistenciais, permanecendo durante 24 horas junto ao paciente, espera-se

que o ambiente de trabalho possa ser apropriado para a prática de suas tarefas,

com inserção de programas voltados a prevenção e conscientização de atividades

seguras .Não abdicando ainda do cuidado integral à equipe, sendo necessário a

realização de exames médicos periódicos para os profissionais, com o objetivo de

prevenir agravos e tratar precocemente problemas à sua saúde oriundas de sua

atividade. Visando ainda, minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,

bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

Este estudo tem como objetivo conhecer e analisar os riscos ocupacionais

que a equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva está exposta no

seu processo laboral.

A intenção de desenvolver a investigação científica sobre a temática exposta

surgiu da observação durante estágios supervisionados, quando eram frequentes os

riscos trabalhistas a qual os enfermeiros estavam expostos em seu ambiente laboral,

tornando-os mais susceptíveis às doenças ocupacionais.

METODOLOGIA

A pesquisa caracterizou-se como um estudo quantitativo de caráter

exploratório. Sendo este realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para

adultos de uma instituição hospitalar de rede pública estadual, vinculada a

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), localizada no sudoeste da Bahia,

durante o período de abril a maio de 2011.

Trabalham no setor onde o estudo foi realizado, 26 (vinte e seis) profissionais

da equipe de enfermagem, sendo que 8 são enfermeiros e 18 técnicos de

enfermagem. Destes, 20 (76.9%) participaram da pesquisa, constituindo uma

amostra bastante representativa para esse universo.

Não participaram da pesquisa os indivíduos que se recusaram os que

estiveram em licença médica ou de férias no período da coleta de dados.

O instrumento de coleta de dados foi através de um questionário estruturado

constituído por uma série ordenada de perguntas. Os questionários foram aplicados

Page 4: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

4 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

mediante permissão da coordenação do próprio setor (UTI), onde após realização,

todos os dados foram analisados e interpretados.

A pesquisa foi realizada com permissão dos sujeitos, mediante leitura e

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, constando os termos de

total preservação da identidade dos clientes participantes do estudo, não havendo

para os mesmos ônus nem bônus.

Após a organização do material coletado foi feita a análise dos questionários,

sendo estas reunidas em categorias temáticas por similaridade e discutidas à luz da

literatura.

ANÁLISE DE DADOS

A análise temática dos dados teve por base a proposta de Marcone e Lakatos

(2010), que constitui uma das técnicas que se prestam à investigação quantitativa,

abrangendo, maior número de itens a ser desenvolvida a busca pelo resultado

coerente.

Para a representação dos dados obtidos, utilizaram-se gráficos possibilitando

um maior entendimento dos mesmos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Exposição aos riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos

A saúde ocupacional refere-se à promoção e preservação da integridade

física da saúde do trabalhador, durante o exercício de sua função. O COREN (2011,

p.34) no uso de suas atribuições define em seu art. 63:

As atividades de enfermagem devem se desenvolver em condições de trabalho que promovam a própria segurança, da pessoa, família e coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamento de

proteção individual e coletiva, segundo normas.

Ao propor que se considerem o conceito acima, objetivou-se identificar quais

os riscos a equipe de enfermagem está exposta. Após a coleta de dados, 60% dos

entrevistados afirmaram que já foram expostos aos riscos físicos, químicos,

biológicos e ergonômicos, 20% aos riscos físicos, 5% físicos, biológico e ergonômico

e 15% já foram expostos aos riscos químicos, biológicos e ergonômicos.

Page 5: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

5 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Com base neste contexto, tornou-se evidente que os sujeitos da pesquisa já

estiveram expostos a todos os tipos de riscos. Benati e Nishide (2004) ressaltam que

o ambiente de trabalho hospitalar tem sido considerado insalubre por agrupar

pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e viabilizar

muitos procedimentos oferecendo riscos de acidentes e doenças para os

trabalhadores de saúde.

Os riscos ocupacionais apresentam bases diversas devido aos fatores

precipitantes intrínsecos e em maior escala os extrínsecos a qual ganham força na

atmosfera do trabalho, refletindo-se através dos acidentes e evoluindo para as

doenças ocupacionais.

Em consonância com as informações, o Ministério do Trabalho e Emprego

estabelece na Norma Regulamentadora (NR) 9, o Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais (PPRA), a qual envolvem os agentes físicos, químicos e

biológicos existentes nos ambientes de trabalho, avaliando a função de sua

natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, bem como sua

capacidade de causar danos à saúde do trabalhador (BRASIL, 1978d).

Não obstante, espera-se que as empresas hospitalares sejam responsáveis

pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da

saúde do trabalhador, bem como informar aos mesmos, sobre os riscos presentes.

Ruído (Risco físico)

Descritivamente fazem parte dos agentes físicos: exposição ao calor, frio,

radiação, vibração e ruído. Sabe-se que, “o ruído é um agente físico universalmente

distribuído, presente praticamente em todos os ramos de atividades laborais”

(MORAES, 2010, p. 80).

Normalmente a equipe de enfermagem está exposta às cargas sonoras, dos

sistemas de chamada dos pacientes, alarmes dos equipamentos de monitorização e

telefones a qual se somam à sobrecarga auditiva nas UTI`s, tornando-os um

predisponente ao surgimento de problemas psíquicos e auditivos devido exposição

prolongada.

Conforme avaliado na pesquisa, 18 pessoas das 20 em estudo certificaram

terem boa acuidade auditiva, 75% asseguraram ainda que os ruídos do ambiente de

Page 6: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

6 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

trabalho, normalmente são moderados. Segundo Cintra, Nishide e Nunes (2003), o

nível de ruído na UTI não deve ultrapassar de 45 decibéis (dB) durante o dia, 40dB

durante a noite e 20dB durante a madrugada.

Partindo dessa premissa, a equipe de enfermagem em estudo, informou que

não apresentaram problema algum com a carga sonora presente na UTI. Porém,

acredita-se que por estes funcionários, estarem frequentemente expostos a estes

ruídos já apresentam certa adaptação.

Tais condições adaptações favorecem a pré-disposição à Perda Auditiva

Induzida por Ruído (PAIR), a qual gera uma lesão irreversível e insidiosa muitas

vezes não percebida de imediato, quando a sua comunicação é prejudicada

(BRASIL, 2006c). Além disso, o profissional adquire uma série de incapacidades

auditivas, podendo intervir na sua vida profissional, familiar e pessoal.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o ruído de até 50 dB pode

perturbar, mas o organismo se adapta facilmente a ele. A partir, dos 55dB, leva ao

estresse breve, à medida que os dB se elevam as complicações são mais graves

(MORAES, 2010).

Postura Inadequada (Risco Ergonômico)

Verifica-se que os riscos ergonômicos fazem parte frequentemente da rotina

do trabalhador, impondo aos mesmos esforços físicos intenso favorecendo a

predisposição a distúrbios (MORAES, 2008). Dentre as causas possíveis, ressaltam-

se os estressores ocupacionais, sendo eles: o transporte de peso manual, através

da mudança de decúbito; banho no leito, devendo ser realizada em equipe, a fim de

reduzir o impacto no sistema musculoesquelético.

O particular interesse em estudar ergonomia apresenta-se aos possíveis

efeitos das condições de trabalho na saúde e na vida do profissional de

enfermagem. Tais efeitos acontecem por serem protagonistas da assistência aos

pacientes, durante as 24 horas (SANTOS, 2001), incluindo ainda os sistemas de

trabalho noturno, suas reações frente ao ciclo sono/ vigília, estresse, fadiga

muscular, a organização e doenças relacionadas ao trabalho, entre outros fatores.

Dados estes, discutidos com maior ênfase ao longo do estudo, devido hábito e

exigências múltiplas frequente, favorecendo as patologias ocupacionais.

Page 7: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

7 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Na pesquisa em questão, ao avaliar postura física durante atividades

assistenciais, foi evidenciado positivamente, que 60% dos entrevistados realizam

banho no leito, com o auxílio de outros colegas.

Ao se questionar postura física durante o trabalho, identificou-se que 65% dos

profissionais consideram sua postura física inadequada. Moraes, (2008) ressalta que

o tempo de exposição ao risco ergonômico, favorece uma adaptação, decorrentes

de ritmos excessivos. No entanto, apesar do conhecimento referente à ergonomia no

ambiente laboral, a maioria (80%) afirmou apresentar desconforto muscular ao

término do turno de trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego ressalta através

da NR-17, que a qualidade do trabalho seja levada em consideração, como também

as condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar máximo

de conforto, segurança e desempenho eficiente, minimizando posturas inadequadas

e situações de estresse físico (BRASIL, 1978c).

Fadiga, Estresse, Sono e Repouso (Risco Ergonômico)

O trabalho noturno, por ser contrário à natureza do ser humano

predominantemente diurno provoca um quadro de estresse constante, implicando

em efeitos psíquicos, físicos e emocionais (REGIS FILHO, 1998). Neste contexto, o

estudo apresentou que 100% dos profissionais se sentem cansados após um turno

de trabalho noturno. E a maioria (76,4 %) disse se sentir estressado após longos

plantões.

Mediante esta reflexão, entende-se que normalmente, os enfermeiros estão

expostos ao estresse e fadiga excessiva, devido ao desgaste físico e mental

presentes durante sua rotina hospitalar. Miranda e Stancato (2008, p.4) apontam

que “a UTI é um lugar de tensões constantes [...] onde os profissionais

experimentam uma vivência de extrema angústia, algo que parece ser pior que a

morte, a qual, frequentemente, não se leva em consideração” sendo esta situação,

um indicador importante para a existência de doenças laborais.

Todo profissional, no decorrer de suas atividades laborais, estão exposto a

situações como: alterações psíquicas, decorrentes do cansaço intenso e trabalho

noturno, favorecendo a alterações em seu ritmo e comprometendo seu desempenho.

Page 8: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

8 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Observa-se que tais condições apresentam-se como um agravante significante ao

desenvolvimento de doenças característica (ROCHA; FIGUEIREDO, 2010).

Sabe-se que a fadiga e estresse apresentam hoje um dos problemas mais

comuns, descritos por serem freqüentes durante trabalho. A rotina intensiva, feita

pela equipe de enfermagem, denota que tais condições são oriundas de fatores

preexistentes nas rotinas, não somente das UTI’s, mas também, em todos os

campos hospitalares, tornando-se fatores normais durante o trabalho.

Para Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn, 2006a, p.31) a “fadiga é

um sinal de alarme para que o organismo humano reconheça seus limites e

estabeleça um período de repouso para reverter os sintomas instalados”.

Notoriamente, verifica-se que os enfermeiros intensivistas não atingem

totalmente os ciclos do sono, devido atividades realizadas durante o turno, em

consequência, a fadiga, estresse e flutuações do humor tornam-se evidentes e o

mau desempenho torna-se um agravante, favorecendo “falhas de percepção e

dificuldades de concentração nas tarefas a serem excutadas” (LEITÃO;

FERNANDES; RAMOS, 2008, p. 6).

A equipe de enfermagem intensivista, informou conseguir repousar cerca de 3

horas durante o trabalho noturno, 94,12% ressalta ainda não apresentar dificuldades

para dormir nesse período e que normalmente conseguem retornar à sua atividade

sem agravantes. Vigente na Constituição do trabalho o Decreto\Lei 5452/43 ao

propôr que em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda 6 horas é obrigatória

à concessão de um intervalo de no minímo 1hora e no máximo 2 horas de descanço

(BRASIL, 1943). Legitimando os dados observados no estudo, os profissionais

excedem 1 hora do descanço noturno, previsto em lei. Acredita-se que esse tempo

excedido possa favorecer um melhor descanso e qualidade laboral e assistencial.

Manipulação de Drogas e Dermatoses (Riscos Químicos)

A manipulação de drogas refere-se a um dos riscos químicos mais comuns,

para a equipe de enfermagem. Esta manipulação relaciona-se à absorção de

drogas, através da pele e mucosas, quanto à manipulação sem uso adequado dos

EPI’s; respingos acidentais na pele e nos olhos; inalação na administração de

drogas em aerossol ou em spray e na maceração e mistura de medicações; ingestão

Page 9: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

9 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

acidental direta ou indireta através das mãos ou de respingos atingindo a boca

(LEITÃO; FERNANDES; RAMOS, 2008).

Gráfico 1- Caracterização dos profissionais da equipe de enfermagem que fazem somente o uso da máscara durante a manipulação de drogas.

Fonte: Dados da Pesquisa

Ao se questionar sobre o uso da máscara separadamente, identificou-se que

apenas 7 das 20 pessoas estudadas (35%) referiram fazer o uso da mesma, à

manipulação de medicamentos, conforme analisado no gráfico 1. Dado este

relevante, pois, na UTI os pacientes atendidos são de média a alta complexidade,

sendo que muitos desses fazem o uso de drogas antimicrobianas.

Como o enfermeiro está próximo ao paciente durante os cuidados intensivos,

a exposição prolongada a essas drogas, sem o uso da máscara poderá

comprometer a saúde do trabalhador, tornando-os resistentes aos antibióticos. Souto

(2005), afirma que cerca de 5% dos profissionais de enfermagem que manipulam

antibióticos se tornam sensibilizados e alguns imunossupressores utilizados nos

Page 10: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

10 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

transplantes de órgãos e tecidos podem causar efeitos teratogênicos e

carcinogênicos, bem como diversas substâncias químicas, capazes de gerar

dermatoses ocupacionais na equipe de enfermagem.

Gráfico 2- Referente ao uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) pela equipe de enfermagem durante a manipulação de drogas.

Fonte: Dados da Pesquisa

Quando questionados sobre quais os EPI´s fazem uso durante manipulação

de medicamentos conforme o gráfico acima, 25% dos entrevistados informou usar

somente luvas, 15% luva e touca; 10% luva e máscara; 20% luva, máscara e touca;

5% usam óculos, touca e máscara; 5% luva, óculos e touca; 5% luva e óculos e 15%

referiram, usar somente a touca durante o procedimento. Considerando os dados

relativos ao uso do EPI, o Ministério do Trabalho e Emprego estabelece a NR-6, e

dispõe que “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,

Page 11: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

11 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no

trabalho” (BRASIL, 1978b, p. 1), deverão ser usado em qualquer procedimento.

Afirma ainda que os EPI’s sejam de uso obrigatório e o descumprimento desta

norma pode gerar penalidades aos profissionais. É necessário fazer o uso desse

aparato em qualquer que seja a atividade laboral.

Gráfico 3- Exposição dos profissionais da equipe de enfermagem aos riscos químicos.

Fonte: Dados da pesquisa

A análise da pesquisa evidenciou que 95% dos profissionais em estudo

apresentaram ressecamento de pele nas mãos, e 70% informaram que o sabão

utilizado pelo setor é de má qualidade, porém 85% afirmaram não apresentarem

patologias de pele, conforme observado no gráfico 3.

No contexto real da UTI, faz constatar que o tempo de exposição aos agentes

químicos determinará o grau de comprometimento no panorama saúde-doença. No

entanto, diante das variedades de alterações que acometem os trabalhadores,

observou-se que estas substâncias podem causar problemas não somente

respiratório devido sensibilidade das estruturas brônquico-alveolar aos agentes

Page 12: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

12 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

químicos (GUYTON; HALL, 2006), mas também, as dermatoses ocupacionais,

devido contato direto ou indireto com os mesmos. A prevalência dessas dermatoses

nos profissionais de saúde é elevada. Essas condições são inerentes á organização

do trabalho que busca atingir os objetivos de alta produtividade, sem que a

qualidade de vida no trabalho seja levada em consideração, representam uma

parcela ponderável das doenças profissionais (BRASIL, 2006b).

Essas dermatoses apresentam ainda, uma vulnerabilidade de agentes

irritantes patológicos capazes de gerar doenças, principalmente as dermatites de

contato por serem mais frequentes ao ambiente hospitalar, principalmente para o

enfermeiro devido contato direto com substâncias químicas, detergentes, uso da

luva. Ressalta ainda, que esses agentes acabam por agredir a pele e levar a

existência da Dermatite Irritativa de Contato (DIC) (BRASIL, 2006b).

A instituição hospitalar deve ter o cuidado de ofertar sabão de boa qualidade

e ainda se necessários cremes protetores. O Ministério do Trabalho e Emprego no

uso de suas atribuições define “o uso de creme protetor de segurança para a

proteção dos membros superiores contra agentes químicos”, medida esta pouco

utilizada (BRASIL 1978b, p.5). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária

recomenda no serviço de saúde, o uso de sabão líquido, tipo refil, que seja

agradável ao uso, possua fragrância leve e não resseque a pele. A adição de

emolientes à sua formulação pode evitar ressecamento e dermatites (ANVISA,

2007).

Acidente por Perfurocortante e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Os acidentes por perfurocortante representam hoje um dos riscos

ocupacionais mais crebros no contexto hospitalar, pois acometem em especial a

equipe de enfermagem, devido atividades diversas com agulhados nos pacientes.

Sua contaminação permite um contato direto das bactérias, vírus, sangue e fluidos

orgânicos com o profissional, expondo-o a situações de risco extremo. Suas formas

de exposição incluem inoculação percutânea, por intermédio de agulhas ou objetos

cortantes e o contato direto com pele e/ou mucosas (MARZIALE; RODRIGUES,

2002).

Page 13: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

13 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

Gráfico - 4 Incidência de acidentes por perfurocortante e notificação com órgão responsável.

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme observado em gráfico 4, pode-se perceber que 60% dos entrevistados já

se contaminaram com perfurocortante. A Associação Brasileira de Enfermagem

(2006, p. 25) corrobora ao abordar que “de jan/1997 a dez/2004, houve mais de 15

mil notificações sobre acidente de trabalho com material biológico. A enfermagem foi

a mais atingida”. Tornando os profissionais da área de saúde mais susceptíveis a

doenças como HIV, hepatite A, B, C, D e E, chagas e tuberculose, decorrentes de

acidentes de trabalho por agentes biológico (BRASIL, 2001).

Em continuidade aos dados expostos, identifica-se que o impacto das

doenças ocupacionais transmitidas pelo sangue, após um acidente de trabalho com

material potencialmente contaminado, tornou-se uma preocupação constante para

os profissionais de saúde, levando o sentimento de medo e estresse pelo risco de

contaminação de doenças fatais (ARRABAÇO, 2008).

Tais sentimentos são decorrentes de fatores preexistentes nos setores, tal

qual foi observado no estudo em questão, onde 65% dos profissionais afirmaram

que no setor de atuação, não existe caixa ideal de perfurocortante. Essa exposição

pode ter contribuído para a maior contaminação dos profissionais de saúde. A

Associação Brasileira de Normas Técnicas dispõe sobre os coletores para Resíduos

de Serviço de Saúde (RSS) perfurantes ou cortantes, ressaltando sua importância

neste contexto (UNIMED, 2009, p, 14):

Que os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipiente, rígidos, resistentes à puncultura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente

Page 14: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

14 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

identificados, baseados nas normas da ABNT NBR 13853/97 – coletores para RSS, [...].

Percebe-se através da pesquisa que é comum o uso de caixas improvisadas

para descarte de objetos perfurocortantes na unidade, expondo os trabalhadores do

setor a um risco de acidente.

Ressalta-se ainda que quando questionados em relação à comunicação e

abordagem em situação de agravo, 90% dos profissionais informaram não ter

comunicado a comissão do órgão responsável. Demonstrando assim, a fragilidade e

um despreparo por parte dos profissionais ao se tratar de um órgão responsável por

garantir à sua saúde,

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB, 2004),

medidas preventivas podem ser tomadas pela Comissão de Controle de Infecção

Hospitalar (CCIH), a qual compete à mesma elaborar, programar, manter e avaliar

programas de controle de infecção hospitalar adequada às características e

necessidades da instituição. E contemplando no mínimo, ações relativas à atividade

de vigilância epidemiológica, microbiológica de investigação e controle, mensurando

através destes dados, os riscos presentes.

Conforme apontam Couto et al. (2009, p. 709), “ os hospitais devem priorizar

e estabelecer políticas que minimizem os riscos de transmissão e infecção entre os

Trabalhadores da Área de Saúde (ATS) e dos pacientes, tornando essencial a

atuação da CCIH”. Em geral, os riscos de ocorrerem acidentes de trabalho dentro da

UTI, multiplicam-se pelo fato de que os pacientes necessitam de um cuidado

intensivo e por ser o ambiente crítico e estressante. Medidas devem ser adotadas

para aquisição de dispositivos de segurança para a prevenção de acidentes

(MORAES, 2010).

Em maiores instâncias, pode-se comunicar a Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes (CIPA), a qual desempenha um papel fundamental no ambiente

hospitalar, pois, a mesma tem por finalidade traçar medidas preventivas,

desenvolver atividades como educação continuada, visando minimizar ao máximo

possível, agravos à saúde do trabalhador.

No estudo em questão, quando interrogados, 70% dos entrevistados

afirmaram conhecer o conceito e a atuação da CIPA. Entretanto, a maioria (90%)

informou não saber da necessidade de existir um integrante de enfermagem que

Page 15: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

15 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

compõe a CIPA, contradizendo a informação que conhecem o conceito deste órgão.

O Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1978a) estabelece NR-5 e informa

que este órgão, deva ser instituído em cada unidade, devendo compor-se por

representantes da classe trabalhista, dentre eles um médico do trabalho, um

enfermeiro, um técnico de segurança do trabalho e um engenheiro do trabalho.

Partindo deste pressuposto, acredita-se que o reconhecimento dos riscos

laborais, por parte de toda a equipe hospitalar, seja uma conduta extremamente

importante. O conhecimento ainda, frente às normas estabelecidas pelo Ministério

do Trabalho, das medidas de atuação do órgão responsável de segurança e ainda a

quem recorrer em casos de acidentes ocupacionais, se faz viável para garantir uma

qualidade na assistência e seguridade de todo o acompanhamento, favorecendo

desta a inserção de medidas frente aos riscos expostos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo proporcionou uma avaliação crítica referente aos riscos que a

equipe de enfermagem da UTI está exposta, predispondo o surgimento de

patologias ocupacionais relacionadas às atividades laborais.

Conclui-se que insalubridade da UTI, contribui para existência de riscos

ocupacionais frequentes, tal desempenho relaciona-se aos hábitos dos profissionais

intensivistas; frente aos riscos químicos, físico, biológicos e ergonômicos, sendo

alguns dos mesmos evidenciados em maior e menor intensidade.

Os dados coletados denotam que os profissionais de enfermagem estão

frequentemente expostos a riscos de natureza ergonômica, perante postura

inadequada; fadiga e estresse devido à exaustão física; ao ressecamento de pele

devido à baixa qualidade do sabão oferecido pelo setor; a exposição frequente aos

riscos biológicos e químicos, durante a manipulação de drogas sem o uso correto do

EPI; ao manuseio inadequado do perfurocortante e caixa de descarte inapropriada,

tornando-os predisponentes a acidentes ocupacionais, destaca-se ainda, o

despreparo e fragilidade dos profissionais por não conhecerem a atuação da CIPA.

Ressalta-se a importância de traçar medidas de prevenção, se atentando a

concentração de esforços e recursos no sentido de promover mudanças no

Page 16: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

16 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

ambiente de trabalho, com a implementação de programas de prevenção e

conscientização de práticas seguras e o fornecimento, de forma contínua e uniforme

destas. Faz-se necessário ainda, à adaptação de investimento de recursos humanos

e materiais, do uso do EPI enfatizando as precauções de contato, gotículas e

aerossóis de forma a evitar transmissão de doenças; traçar medidas de redução do

estresse ocupacional através de ginástica laboral; promover educação continuada e

adequação de jornadas de trabalho. Além disso, a prática de avaliação médica deve

ser uma atividade frequente, a fim de prevenir os agravos à sua saúde dos

trabalhadores.

REFERÊNCIAS

ARRABAÇO, Maria de Fátima dos Santos Ramalho. Acidentes de serviço em profissionais de saúde: Identificação, representações e comportamentos face à exposição microbiológica acidental. 2008. 251p. Dissertação (Mestrado em Comunicação em saúde). Universidade Aberta, Lisboa. BRASIL. Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Cartilha do trabalhador de Enfermagem Saúde, segurança e boas condições de trabalho. Rio de Janeiro: 2006 (a). ______. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Higienização das mãos em serviço de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA, 2007. ______. BAHIA. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM (COREN-BA). Principais Legislações para o exercício da Enfermagem. Dezembro, 2011. ______. BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Superintendência de Regulação. Atenção e Promoção de Saúde. Diretoria de Assistência a Saúde. Coordenação de Gestão da Qualidade e Avaliação Tecnológica. Qualidade de Infecção Hospitalar. 2 ed. Bahia, 2004. ______. DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943. Consolidação das Leis do Trabalho: Essa Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela prevista. Diário Oficial da União. Disponível

Page 17: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

17 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

em:http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/Del5452.htm Acesso em 29 de mai de 2011. ______. Ministério da Saúde. Diagnóstico e Manejo das Doenças Relacionadas com o Trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde 2001. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes, Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 (a). Citação de documento eletrônico Disponível em;http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_05.asp Acesso em 22 de mai de 2011. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6 – Equipamento de proteção individual - EPI para proteção dos membros superiores, f 2 creme protetor.Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 (b). Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf Acesso em 12 de nov de 2010. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 17 – Ergonomia: PortariaGM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 (c). Citação de documento eletrônico Disponível em; http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.pdf.Acesso em 12 de nov de 2010. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 9 - Programa de prevenção de riscos ambientais, Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 (d). Citação de documento eletrônico Disponível em; http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09_at.pdf Acesso em 22 de out de 2010. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Dermatoses ocupacionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo. LER/DORT Programas de prevenção. Seção de segurança e saúde do trabalhador, 2008.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perda auditiva induzida por ruído (Pair) Brasília: Ministério da Saúde, 2006c. ______. Revista Cipa Estatística. Cipacaderno informativo de prevenção de acidentes. Índices de acidentes do trabalho dos últimos 25 anos. Disponível em:www.cipanet.com.brAcesso em: 15 de out de 2010.

CINTRA, Elaine Araujo De; NISHIDE, Vera Médice; NUNES, Wilma Aparecida. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2003.

Page 18: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

18 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

COUTO, Renato Camargoset al. Infecção Hospitalare outras complicações Não- infecciosas da Doença. 4 ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica, 11 ed. Rio de Janeiro: ElseverLtda, 2006.

LEITÃO, I. M. T. A.; FERNANDES, A. L.; RAMOS, I. C. Saúde Ocupacional: Analisando os riscos relacionados à equipe de enfermagem numa unidade de terapia intensiva. Ciência Cuidado Saúde. Out./Dez. 2008.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamento de metodologia cientifica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARZIALE, M.H.P.; RODRIGUES, C.M. A Produção científica sobre os acidentes de trabalho com material perfuro-cortante entre trabalhadores de enfermagem. Revista Latino-americana Enfermagem. jul.-ago. 2002. MIRANDA, E. J.P; STANCATO, K. Riscos à saúde de equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva: proposta de abordagem integral da saúde. Revista Brasileira de Terapia Intensiva.vol. 20, n. 1, p.68, jan/mar. 2008. MORAES, Marcia Vilma G. Doenças ocupacionais agentes: Físico, Químico, Biológico, Ergonômico. São Paulo: Iátria, 2010. ______. Sistematização da Assistência de Enfermagem em saúde do trabalhador: Instrumento para coleta de dados direcionados aos exames ocupacionais da NR7 e à exposição aos agentes ambientais. São Paulo: Iátra, 2008.

NISHIDE, V. M.; BENATTI, M. C. C. Riscos ocupacionais entre trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva.Revista Escola Enfermagem USP. São Paulo, p.407, 2004. REGIS FILHO, Gilsée Ivan. Síndrome de maladaptação ao trabalho em turnos: uma abordagem ergonômica. Tese (Grau de mestre) Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis; 1998. Disponível em: http://www.esp.ufsc.br/disserta98/gilsee/ Acesso em 29 de maio de 2011. RODRIGUES, M. A. G.; DEZAN, A. A.; MARCHIORI, L. L. M. Eficácia da escolha do protetor auditivo pequeno, médio e grande em programa de conservação auditiva.Revista SENAC. São Paulo, v.8, n.4, p.543-547, out/ dez. 2006. ROCHA, M.C. P; MARTINO, M.M.F. O estresse e qualidade de sono do enfermeiro nos diferentes turnos hospitalares. Revista EscEnferm USP, 2010. SANTOS, Paula Raquel. Estudo do processo do trabalho da enfermagem em hemodinâmica: cargas de trabalho e fatores de riscos à saúde do trabalhador. 2001

Page 19: Riscos biológicos ocupacionais   saúde ocupacional

19 PORTO et al. Saúde Ocupacional: Uma análise aos riscos relacionados a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva.

FG Ciência, Guanambi, v.01, n.1, p.01-19, Jan./Jul. 2011

145p. Dissertação (Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. SOUTO DF. Gases e vapores no ambiente, 2005. Disponível em: http://www.sobes.org.br Acesso em: 28 de mai de 2011. UNIMED. PGRSS – Programa de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde unimed – Erechim, 2009. Disponível em: http://www.unimed-erechim.com.br/resources/imagens/PGRSS_UNIMED.PDF. Acesso em: 31 de mai de 2011.