riscos e proteção civil
TRANSCRIPT
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RISCOS E PROTECO CIVIL
ABRIL 2013
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NDICE
1. CONTEXTUALIZAO .................................................................................................................................................... 5
2. OBJECTIVOS ................................................................................................................................................................... 7
3. CONCEITOS .................................................................................................................................................................... 8
4. CARTOGRAFIA ............................................................................................................................................................... 9
4.1. Ortofotomapas digitais ............................................................................................................................................. 9
4.2. Altimetria .................................................................................................................................................................. 9
4.3. Unidade cartogrfica de representao ................................................................................................................... 9
5. METODOLOGIA PARA A PRODUO DE CARTOGRAFIA MUNICIPAL DE SUSCETIBILIDADE ............................. 10
5.1. Cartografia suscetibilidade ssmica ....................................................................................................................... 10
5.1.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 12
5.1.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 12
5.1.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 14
5.1.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 14
5.2. Cartografia suscetibilidade de inundao por tsunami .......................................................................................... 14
5.2.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 16
5.2.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 16
5.2.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 16
5.2.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 16
5.3. Cartografia suscetibilidade de cheias e inundaes .............................................................................................. 17
5.3.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 17
5.3.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 19
5.3.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 20
5.3.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 20
5.4. Cartografia de Suscetibilidade de movimentos em vertentes ................................................................................ 20
5.4.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 21
5.4.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 26
5.4.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 26
5.4.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 26
5.5. Cartografia de Suscetibilidade de incndio florestal .............................................................................................. 26
5.5.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 26
5.5.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 27
5.5.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 27
5.5.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 27
5.6. Cartografia de suscetibilidade de degradao e contaminao de aquferos ....................................................... 27
5.6.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 29
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REVISO DO PDM DO SEIXAL RISCOS E PROTECO CIVIL
PROPOSTA FINAL DE PLANO 2/65
5.6.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 35
5.6.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 35
5.6.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 35
5.7. Cartografia de suscetibilidade de degradao e contaminao de guas superficiais .......................................... 36
5.7.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 37
5.7.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 43
5.7.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 44
5.7.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 44
5.8. Cartografia de suscetibilidade de degradao e contaminao de solos .............................................................. 44
5.8.1. Variveis ....................................................................................................................................................... 45
5.8.2. Critrios de classificao dos resultados ...................................................................................................... 47
5.8.3. Mtodo de anlise e validao ..................................................................................................................... 48
5.8.4. Constrangimentos e proposta de reviso ..................................................................................................... 48
5.9. Cartografia Perigos Tecnolgicos Actividade industrial, comercial e de transporte ........................................... 48
5.10. Cartografia Perigos Tecnolgicos Vulnerabilidade ssmica e de incndio nos Ncleos Urbanos Antigos ..... 49
5.10.1. Variveis ................................................................................................................................................... 49
5.10.2. Critrios de classificao dos resultados .................................................................................................. 52
5.10.3. Mtodo de anlise e validao ................................................................................................................. 53
5.10.4. Constrangimentos e proposta de reviso ................................................................................................. 53
6. METODOLOGIA PARA A PRODUO DE CARTOGRAFIA MUNICIPAL DE VULNERABILIDADE ........................... 53
6.1. Os elementos expostos ......................................................................................................................................... 54
6.2. Constrangimentos e proposta de reviso .............................................................................................................. 54
7. ORIENTAES PARA A GESTO DO TERRITRIO .................................................................................................. 56
8. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................................. 59
8.1. Referncias legislativas e regulamentares .................................................................................................................. 61
8.2. Fontes .................................................................................................................................................................... 63
9. ANEXOS ........................................................................................................................................................................ 65
FICHA TCNICA .68
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 3/65
NDICE DE ILUSTRAES
Ilustrao 1 - Classificao da Suscetibilidade................................................................................................ 10
Ilustrao 2 - Sistema de falhas no Vale Inferior do Tejo ................................................................................... 11
Ilustrao 3 - Zonas inundadas pelo tsunami de 1755 na regio de Lisboa, com a batimetria atual .............................. 15
Ilustrao 4 - baco que relaciona a condutividade hidrulica com a litologia ......................................................... 34
Ilustrao 5 - ndice de vulnerabilidade do edifcio (Iv), parmetros que o definem e respectivos pesos associados ......... 49
Ilustrao 6- ndice de vulnerabilidade das paredes de fachada (Ivf), parmetros que o definem e respectivos pesos
associados ............................................................................................................................................ 50
Ilustrao 7 - Fatores globais e parciais da metodologia ARICA .......................................................................... 51
Ilustrao 8 - Resultados da avaliao ao risco de incndio pela metodologia ARICA .............................................. 52
NDICE DE TABELAS
Tabela 1 Designao variveis - Suscetibilidade Ssmica ............................................................................... 12
Tabela 2 - Escala de Mercalli (verso de 1956) - Graus de intensidade e respetiva descrio. ................................... 12
Tabela 3 - Classificao das alvenarias ........................................................................................................ 13
Tabela 4 Designao variveis - Suscetibilidade Inundao Tsunami ................................................................ 16
Tabela 5 Variveis Cartogrficas .............................................................................................................. 17
Tabela 6 - Varivel Inundao de baixa probabilidade ...................................................................................... 18
Tabela 7 - Varivel Inundao de mdia probabilidade ..................................................................................... 19
Tabela 8- Varivel inundao de elevada probabilidade .................................................................................... 19
Tabela 9- Critrios de classificao dos resultados Cheias e Inundaes ........................................................... 20
Tabela 10- Designao variveis - Suscetibilidade de movimentos de vertentes ..................................................... 21
Tabela 11- Erodibilidade ........................................................................................................................... 21
Tabela 12- Classes de Declive ................................................................................................................... 22
Tabela 13 Curvatura de vertentes ............................................................................................................. 23
Tabela 14 Exposio de vertentes ............................................................................................................ 24
Tabela 15 Uso do Solo........................................................................................................................... 25
Tabela 16 Suscetibilidade de movimentos em vertentes ................................................................................. 26
Tabela 17- DRASTIC ............................................................................................................................... 29
Tabela 18 - Profundidade do Nvel Fretico ................................................................................................... 29
Tabela 19 - reas de Mxima Infiltrao ....................................................................................................... 30
Tabela 20 - Material do Aqufero ................................................................................................................. 31
Tabela 21 - Tipo de Solo ........................................................................................................................... 32
Tabela 22 - Topografia ............................................................................................................................. 32
Tabela 23 - Influncia da Zona Vadosa......................................................................................................... 33
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 4/65
Tabela 24 - Condutividade Hidrulica ........................................................................................................... 34
Tabela 25 - Suscetibilidade de Degradao e Contaminao de Aquferos ............................................................ 35
Tabela 26 Designao variveis - suscetibilidade de degradao e contaminao de guas superficiais .................... 37
Tabela 27 - Fontes c/ Potencial Impacte de Contaminao ................................................................................ 38
Tabela 28 - Fontes c/ Potencial Impacte de Contaminao ................................................................................ 39
Tabela 29- Classificao dos cursos de gua ................................................................................................. 40
Tabela 30 - Hidrografia ............................................................................................................................. 41
Tabela 31 - Tipo de solo ........................................................................................................................... 42
Tabela 32 - Permeabilidade de Solos ........................................................................................................... 42
Tabela 33 - Topografia ............................................................................................................................. 43
Tabela 34 Suscetibilidade da Degradao e Contaminao das guas Superficiais .............................................. 43
Tabela 35 Designao variveis suscetibilidade de degradao e contaminao de solos ...................................... 45
Tabela 36 - Fontes c/ Potencial Impacte de Contaminao ................................................................................ 46
Tabela 37 - Modelo Biofsico ...................................................................................................................... 46
Tabela 38 - Modelo Biofsico ...................................................................................................................... 47
Tabela 39 - Suscetibilidade da Degradao e Contaminao dos Solos ................................................................ 47
Tabela 40 Designao de variveis - Perigos Tecnolgicos: Atividade industrial, comercial e de transporte ................ 48
Tabela 41 Classificao de resultados ....................................................................................................... 53
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 5/65
1. CONTEXTUALIZAO
A elaborao da cartografia de suscetibilidade surge no mbito do processo de reviso do Plano Diretor Municipal (PDM)
e da atualizao do Plano Municipal de Emergncia de Proteo Civil.
Da alterao ao regime jurdico dos instrumentos de gesto territorial operada pela nova redao do Decreto-Lei n.
380/99, de 22 de setembro, operada pelo Decreto-Lei n. 46/2009 de 20 de fevereiro e do novo quadro legal na rea da
proteo civil e planeamento de emergncia de proteo civil, conferido pela Lei n 27/2006, de 3 de julho (Lei de Bases
da Proteo Civil), Lei n 65/2007, de 12 de novembro (enquadramento institucional e operacional da proteo civil no
mbito municipal, organizao dos servios municipais de proteo civil e competncias do comandante operacional
municipal), e pela Resoluo da Comisso Nacional de Proteo Civil n 25/2008, de 18 de julho (critrios e normas
tcnicas para a elaborao e operacionalizao de planos de emergncia de proteo civil) emergem novas orientaes e
estratgias no mbito da integrao da gesto do risco na gesto do territrio.
Deste modo a identificao, a caracterizao e a avaliao metdica dos perigos naturais, tecnolgicos e mistos que
condicionam a segurana das comunidades so passos fundamentais no adequado desenvolvimento dos procedimentos
de planeamento de emergncia e de ordenamento do territrio, segundo o grupo de trabalho que teve por misso elaborar
um guia metodolgico para a produo de cartografia municipal de risco e para a criao de sistemas de informao
geogrfica (SIG) de base municipal sob o Despacho n. 27660/2008, de 29 de outubro de 2008, regulado pelos Secretrios
de Estado da Proteo Civil e do Ordenamento do Territrio e das Cidades.
A integrao da componente risco igualmente refletida nos demais instrumentos do territrio escala nacional (PNPOT
(2007-2013)) e regional (PROT AML proposta tcnica novembro 2010) advindo da orientaes que foram consideradas
na elaborao deste documento.
Segundo o Diagnstico Sectorial PROT AML RISCOS E PROTECO CIVIL (ZZERE, 2010), os riscos representam
um dos grandes vetores de identificao e organizao espacial do territrio preconizado no Programa Nacional de Poltica
de Ordenamento do Territrio (PNPOT) defendendo que a gesto preventiva dos riscos no territrio da AML deve ser
assumida como um objetivo estratgico regional com o objetivo da valorizao territorial. Assim, a gesto dos riscos
constitui um instrumento da integrao pessoas - territrio e visa garantir a correta utilizao do territrio, em condies
de segurana e em benefcio das comunidades humanas.
ZZERE, J. Lus (2010) refora ainda que ao contrrio do que acontece noutros pases da UE, a legislao portuguesa
contempla a preveno dos riscos naturais, tecnolgicos e ambientais de forma ainda difusa e insuficiente. Embora a
preocupao pela preveno esteja expressa nos domnios sobre os quais a atividade da proteo civil dever ser exercida
(por exemplo, levantamento, previso, avaliao e preveno dos riscos coletivos; anlise permanente das vulnerabilidades
perante situaes de risco; informao e formao das populaes, visando a sua sensibilizao em matria de
autoproteo e de colaborao com as autoridades), as polticas e as operaes de proteo civil so praticamente
omissas sobre o assunto, preocupando-se mais com medidas reativas, que culminam com a criao dos Planos de
Emergncia (nacionais, regionais, distritais ou municipais; gerais ou especiais).
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 6/65
Segundo OLIVEIRA, F. Paula (2010), grande parte das diretrizes estabelecidas em nveis de planeamento de ordem
superior, designadamente, nos planos regionais de ordenamento do territrio, dirige-se aos planos municipais de
ordenamento do territrio. E por isso, tambm, aos planos municipais de ordenamento do territrio que se dirige a
disposio constante do artigo 26. da Lei de Bases da Proteo Civil, de que os instrumentos de gesto territorial devem
estabelecer os comportamentos suscetveis de imposio aos utilizadores do solo, tendo em conta os riscos para o
interesse pblico relativo proteo civil, designadamente nos domnios da construo de infraestruturas, da realizao de
medidas de ordenamento e da sujeio a programas de fiscalizao.
Ou seja, e dito de outro modo, sendo estes os instrumentos de gesto territorial que definem, em concreto as regras de
ocupao, usos e transformao dos solos, afetando partes especficas deste a determinados usos e atividades, neles
que as questes dos riscos e da proteo civil devem ser tidos em maior considerao.
Devem, por isso, integrar na sua elaborao as seguintes componentes da proteo civil: identificao dos riscos j
existentes; identificao de faixas e distncias de segurana, caracterizao dos riscos, integrao de medidas restritivas e
mitigadoras, identificao das opes que introduzem ou agravam riscos e as condies de atuao em situaes de
emergncia ou de exceo, identificando as reas afetas proteo civil, os equipamentos, as infraestruturas e os
sistemas, a ela afetas.
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 7/65
2. OBJETIVOS
So objetivos deste estudo:
a) A identificao de suscetibilidades a perigos:
(i) Naturais: que correspondem a ocorrncias associadas ao funcionamento dos sistemas naturais,
nomeadamente as cheias e inundaes, os sismos e os movimentos em vertentes;
(ii) Mistos: em que se combinam os resultados de aes continuadas da atividade humana com o
funcionamento dos sistemas naturais como o incndio florestal, a degradao e contaminao de aquferos,
a degradao e contaminao de guas superficiais e a degradao e contaminao de solos;
(iii) Tecnolgicos: que potenciam acidentes, frequentemente sbitos e no planeados, decorrentes da
atividade humana, nomeadamente, o potencial de acidentes industriais, o potencial de acidentes no
transporte de substncias perigosas, o potencial de acidentes em vias de comunicao e infraestruturas, o
potencial de incndio urbano e sismos em centros urbanos antigos.
b) A identificao da vulnerabilidade territorial, onde sero representados os elementos expostos estratgicos e/ou
sensveis;
c) Proposta de orientaes para gerir a suscetibilidade e vulnerabilidade do territrio.
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 8/65
3. CONCEITOS
Conceito Definio Observaes
Perigo Processo (ou ao) natural, tecnolgico ou misto suscetvel de produzir perdas e danos identificados.
O conceito aplica-se totalidade dos processos e
aes naturais, tecnolgicos e mistos.
Suscetibilidade (S) Incidncia espacial do perigo.
Representa a propenso para uma rea ser afetada
por um determinado perigo, em tempo indeterminado,
sendo avaliada atravs dos fatores de predisposio
para a ocorrncia dos processos ou aes, no
contemplando o seu perodo de retorno ou a
probabilidade de ocorrncia.
Representvel cartograficamente atravs de mapas
de zonamento, sobretudo nos casos dos processos
naturais e mistos identificados.
Exposio (E)
Elementos em risco
Elementos expostos
Populao, propriedades, estruturas, infraestruturas,
atividades econmicas, etc., expostos
(potencialmente afetveis)
um processo perigoso natural, tecnolgico ou misto,
num determinado territrio.
Expresso cartogrfica com representao pontual,
linear e zonal.
Elementos expostos estratgicos, vitais e/ou sensveis (EEEVS)
Conjunto de elementos expostos de importncia vital
e estratgica, fundamentais para a resposta
emergncia (rede hospitalar e de sade, rede
escolar, quartis de bombeiros e instalaes de
outros agentes de proteo civil e autoridades civis e
militares) e de suporte bsico s populaes
(origens e redes principais de abastecimento de
gua, rede eltrica, centrais e retransmissores de
telecomunicaes).
Expresso cartogrfica com representao pontual,
linear e zonal.
Vulnerabilidade (V) Grau de perda de um elemento ou conjunto de elementos expostos, em resultado da ocorrncia de
um processo (ou ao) natural, tecnolgico ou misto
de determinada severidade.
Expressa numa escala de 0 (sem perda) a 1 (perda
total).
Reporta-se aos elementos expostos. Pressupe a
definio de funes ou matrizes de vulnerabilidade
reportadas ao leque de severidades de cada perigo
considerado.
Fonte: Guia metodolgico para a produo de cartografia municipal de risco e para a criao de sistemas de informao geogrfica (SIG) de base municipal (ANPC,
2009).
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 9/65
4. CARTOGRAFIA
Dando cumprimento ao estipulado pela Direo Geral de Ordenamento do Territrio e Desenvolvimento Urbano
(DGOTDU), a cartografia digital de referncia, escala 1:10 000, produzida de acordo com as especificaes tcnicas do
Instituto Geogrfico Portugus (IGP), encontra-se homologada desde setembro de 2006. Trata-se de uma cartografia
multicodificada que apresenta um erro topolgico nulo. A cobertura aerofotogrfica, bem como o levantamento
aerofotogramtrico datam do ano de 2002, sendo este ltimo referenciado ao Datum 73, com projeo de Gauss, Elipside
Internacional de Hayford. A altimetria utiliza como referncia o Datum altimtrico nacional Margrafo de Cascais. A
exatido planimtrica, associada ao Modelo Numrico Topogrfico (MNT) de 1.7 metros, sendo a equidistncia das
curvas de nvel de 5 metros A Carta-Base utilizada foi obtida a partir da cartografia de referncia, com atualizaes dos
temas Edificado e Rede Viria data de abril 2009, por fotointerpretao de ortofotomapas digitais, escala de aquisio
1:2000. A entidade responsvel pela atualizao a CMS Gabinete de Informao Geogrfica.
Deu-se ainda cumprimento s orientaes previstas no Guia metodolgico para a produo de cartografia municipal de
risco e para a criao de sistemas de informao geogrfica (SIG) de base municipal. (ANPC, 2009).
Toda a cartografia temtica produzida no mbito da elaborao da cartografia de suscetibilidade e vulnerabilidade de risco,
bem como todas as operaes de anlise espacial a ela subjacentes, foi obtida com software ArcGis 10 ESRI, recorrendo
utilizao do mdulo de anlise espacial ArcToolbox - Spatial Analyst (para mapas em formato raster), sendo o formato
final dos dados gravado em Personal Geodatabase.
Refira-se ainda que sempre que se recorreu ao cruzamento de variveis (mapas em formato raster) com ndices de
ponderao atribudos, essa anlise foi realizada recorrendo ferramenta Overlay>Weighted Sum do mdulo Spatial
Analyst, e o resultado final apresentado sob o formato de mapas raster com pixel de 10 metros.
4.1. Ortofotomapas digitais
A cobertura aerofotogrfica a cores subjacente aos ortofotomapas 1:2000 (voo aerofotogrfico de maio de 2009), tem a
resoluo espacial de 20 centmetros (pxel=20cm). Utiliza a mesma referenciao geogrfica da cartografia digital: Datum
73, com projeo de Gauss, Elipside Internacional de Hayford.
4.2. Altimetria
Obtida a partir dos elementos recolhidos por estereo-restituio necessrios ortorectificao da cobertura aerofotogrfica
dos ortofotomapas 1:2000 (maio de 2009), tendo a mesma referenciao geogrfica dos produtos anteriores. A
equidistncia das curvas de nvel de 1 metro, estes dados foram utilizados em circunstncias pontuais quando se
considerou que a altimetria da cartografia escala 1:10 000 no era suficiente.
4.3. Unidade cartogrfica de representao
A matriz dos conjuntos de dados geogrficos (CDG) matriciais, foi registada origem do sistema de coordenadas, i.e. o
ponto MP=(0,0) corresponderia ao limite inferior esquerdo de uma clula da matriz com a dimenso de 10mx10m.
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 10/65
5. METODOLOGIA PARA A PRODUO DE CARTOGRAFIA MUNICIPAL DE SUSCETIBILIDADE
As cartas de suscetibilidade, apresentadas em Anexo, representam a incidncia espacial dos perigos, identificam e
classificam as reas com propenso para serem afetadas por um determinado perigo, em tempo indeterminado. A
avaliao da suscetibilidade de uma rea a determinado perigo efetua-se atravs dos fatores de predisposio para a
ocorrncia dos processos ou aes perigosos, de forma quantitativa resultando na aplicao de uma escala qualitativa.
Foram selecionadas variveis cartogrficas (VC) para cada risco (fatores de predisposio). Para cada varivel foram
identificados parmetros de avaliao. Cada varivel poder conter vrios parmetros (P) que iro ter um peso/valor (V).
Cada varivel parametrizada com base em mtodos de apreciao quantitativa com valores compreendidos entre 0 e 4
ou 0 e 10 (mtodo DRASTIC1).
No resultado da referida parametrizao foi calculado o ndice de suscetibilidade (IS), resultante do ndice de ponderao
(IP) atribudo a cada varivel cartogrfica (VC).
Logo2,
IS = VC(n) x IP(n)+ ()
Esta ponderao final (IS) foi posteriormente traduzida numa apreciao qualitativa.
A classificao da suscetibilidade expressa nas cartas ser estabelecida numa escala qualitativa com quatro classes:
Suscetibilidade Elevada; Suscetibilidade Moderada; Suscetibilidade Baixa; Suscetibilidade Nula ou No Aplicvel
(Ilustrao 1).
Ilustrao 1 - Classificao da Suscetibilidade
Fonte: Guia metodolgico para a produo de cartografia municipal de risco e para a criao de sistemas de informao geogrfica (SIG) de base
municipal. (ANPC, 2009)
5.1. Cartografia de suscetibilidade ssmica
Uma anlise da geologia local bem como uma pesquisa bibliogrfica de trabalhos recentes publicados sobre a regio
(CABRAL, 1996 e VILANOVA, 2004 citado por ROMEU et all), permitem tirar algumas concluses sobre as estruturas
geolgicas locais, capazes de gerar sismos prximos do municpio do Seixal. A Ilustrao 2 mostra duas estruturas
geolgicas importantes nas imediaes do Municpio, capazes de gerar sismos com magnitude da ordem dos 6,3-6,5.
1 DRASTIC ALLER et all (1987) 2 n = sigla da varivel cartogrfica (VC)
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 11/65
Estas falhas so consideradas potencialmente ativas, sendo necessrios estudos detalhados sobre as mesmas para se
poder indiciar o nvel de atividade associado.
Ilustrao 2 - Sistema de falhas no Vale Inferior do Tejo
(a) CABRAL et al. 2003; (b) VILANOVA et al. 2004. 1 active fault (certain and probable; strike slip movement component indicated by arrows); 2 - normal fault (ticks on the hanging wall); 3 - thrust fault (triangles on the hanging wall); 4 - inferred reverse fault; 5 maximum horizontal stress (SHmax.) direction; 6 - contour line for Upper Pliocene-Quaternary vertical movements (in meters); 7 - SHmax. orientation from focal mechanism solution, except for solution a; 8 - SHmax. Orientation from wellbore breakouts (in Oliveira, 2008). Red fault (Ribeira de Coina).
Fonte: VICENTE et all (2010) RISCO SSMICO E DE INCNDIO NOS NCLEOS URBANOS ANTIGOS DO SEIXAL. IPN
Paralelamente, segundo ROMEU et all (2010) o municpio do Seixal evidencia a presena de estratos de grande espessura
de terrenos arenosos, que apresentam uma tendncia para amplificar as baixas frequncias.
Embora no se tenham feito estudos de pormenor sobre rotura destas falhas, situaes semelhantes ocorridas noutras
regies do pas revelam a possibilidade de se gerarem aceleraes na ordem dos 3 m/s2 em solos rijos. Uma vez que a
zona em estudo se encontra caracterizada por substrato de solo brando (tipos C e D na classificao do EC-8), estes
valores podem ver aumentados de 50 a 80%.
Note-se que qualquer dos valores apresentados em estudos de perigosidade (1,6-1,8 m/s2 para 475 anos em solo rijo),
embora com grandes incertezas, ficam bastante abaixo do que seria de esperar, quer por transformao das intensidades
mximas histricas (IX) em aceleraes mximas, quer a partir da simulao da rotura de falhas que passam na
proximidade (Falhas da Ribeira de Coina e do Pinhal Novo) (M6,3).
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PROPOSTA FINAL DE PLANO 12/65
Nesta sequncia considerou-se representar as intensidades ssmicas Intensidade de Mercalli Modificada (IMM) -
registadas para as freguesias do municpio do Seixal nos sismos de 1909, 1531, 1755 e 1858, sobrepostas ao valor de
suscetibilidade ssmica (vide tabela 1) por freguesia (escolhida em funo das intensidades mximas a registadas).
5.1.1. Variveis
Tabela 1 Designao variveis - Suscetibilidade Ssmica
Varivel
(VC) Designao Parmetros Valor (V)
A
Intensidades Ssmicas (Intensidade Mercalli
Modificada (IMM)) - (sismos: 1909 (Benavente)
e 1531 (Vale do Tejo); 1755 (Oceano Atlntico);
1858 - Coina)
P1 I, II, III, IV 2
P2 V, VI, VII 3
P3 VIII, IX, X, XI, XII 4
B Epicentros (sismos: 1909 e 1531 (Vale do Tejo);
1858 (Coina); P1 REPRESENTATIVIDADE NA
IS (Sismo) = VCA; VCB ;
5.1.2. Critrios de classificao dos resultados
O valor (V) atribudo foi baseado na escala de danos representada para as IMM. Conforme Tabela 2:
Tabela 2 - Escala de Mercalli (verso de 1956) - Graus de intensidade e respetiva descrio.
Graus de intensidade da Escala Modificada de Mercalli (IMM)
Efeitos
I Impercetvel No sentido. Efeitos marginais e de longo perodo no caso de grandes sismos.
II Muito fraco Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados de edifcios ou favoravelmente colocadas.
III Fraco Sentido dentro de casa. Os objetos pendentes baloiam. A vibrao semelhante provocada pela
passagem de veculos pesados. possvel estimar a durao mas no pode ser reconhecido com um sismo.
IV Moderado Os objetos suspensos baloiam. A vibrao semelhante provocada pela passagem de veculos pesados
ou sensao de pancada duma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balanam. Janelas, portas
e loias tremem. Os vidros e loias chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as
estruturas de madeira rangem.
V Forte Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direo do movimento; as pessoas so acordadas; os lquidos
oscilam e alguns extravasam; pequenos objetos em equilbrio instvel deslocam-se ou so derrubados. As
portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pndulos dos relgios
param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilao.
VI Bastante forte Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As pessoas sentem a falta de segurana. Os
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pratos, as louas, os vidros das janelas, os copos, partem-se. Objetos ornamentais, livros, etc., caem das
prateleiras. Os quadros caem das paredes. As moblias movem-se ou tombam. Os estuques fracos e
alvenarias do tipo D fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas e escolas). As rvores e arbustos so
visivelmente agitados ou ouve-se o respetivo rudo.
VII Muito forte difcil permanecer de p. notado pelos condutores de automveis. Os objetos pendurados tremem. As
moblias partem. Verificam-se danos nas alvenarias tipo D, incluindo fraturas. As chamins fracas partem ao
nvel das coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas, parapeitos soltos e ornamentos
arquitetnicos. Algumas fraturas nas alvenarias C. Ondas nos tanques. gua turva com lodo. Pequenos
desmoronamentos e abatimentos ao longo das margens de areia e de cascalho. Os grandes sinos tocam. Os
diques de beto armado para irrigao so danificados.
VIII Ruinoso Afeta a conduo dos automveis. Danos nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos nas
alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos na alvenaria B e nenhuns na A. Quedas de estuque e de
algumas paredes de alvenaria. Toro e queda de chamins, monumentos, torres e reservatrios elevados.
As estruturas movem-se sobre as fundaes, se no esto ligadas inferiormente. Os painis soltos no
enchimento das paredes so projetados. As estacarias enfraquecidas partem. Mudanas nos fluxos ou nas
temperaturas das fontes e dos poos. Fraturas no cho hmido e nas vertentes escarpadas
IX Desastroso Pnico geral. Alvenaria D destruda; alvenaria C grandemente danificada, s vezes com completo colapso;
as alvenarias B seriamente danificadas. Danos gerais nas fundaes. As estruturas, quando no ligadas,
deslocam-se das fundaes. As estruturas so fortemente abanadas. Fraturas importantes no solo. Nos
terrenos de aluvio do-se ejees de areia e lama; formam-se nascentes e crateras arenosas.
X Destruidor A maioria das alvenarias e das estruturas so destrudas com as suas fundaes. Algumas estruturas de
madeira bem construdas e pontes so destrudas. Danos srios em barragens, diques e aterros. Grandes
desmoronamentos de terrenos. As guas so arremessadas contra as muralhas que marginam os canais,
rios, lagos, etc.; lodos so dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias-
frreas levemente deformadas.
XI Catastrfico Vias-frreas grandemente deformadas. Canalizaes subterrneas completamente avariadas.
XII Danos quase totais Grandes massas rochosas deslocadas. Conformao topogrfica distorcida. Objetos atirados ao ar.
Fonte: http://www.meteo.pt/pt/enciclopedia/sismologia/escalas.macro/mercalli/index.html
Tabela 3 - Classificao das alvenarias Classificao das alvenarias
Alvenaria A Bem executada, bem argamassa da e bem projetada; reforada especialmente contra os esforos
laterais; projetada para resistir s foras horizontais.
Alvenaria B
Bem executada e argamassada; reforada mas no projetada para resistir s foras horizontais.
Alvenaria C
De execuo ordinria e ordinariamente argamassada, sem zonas de menor resistncia tais como a
falta de ligao nos cantos (cunhais), mas no reforada nem projetada para resistir s foras
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horizontais.
Alvenaria D
Construda de materiais fracos tais como os adobes; argamassas fracas; execuo de baixa
qualidade; fraca para resistir s foras horizontais.
Fonte: http://www.meteo.pt/pt/enciclopedia/sismologia/escalas.macro/mercalli/index.html
5.1.3. Mtodo de anlise e validao
Foi atribudo um valor (V) de perigo mediante o IMM mais elevado registado em cada freguesia.
A classificao da suscetibilidade expressa nos mapas foi estabelecida numa escala qualitativa com 3 classes, tendo como
referncia a realidade de todo o territrio nacional: Suscetibilidade Elevada (V=4); Suscetibilidade Moderada (V=3);
Suscetibilidade Baixa (V=2).
A validao foi feita com base em recolha bibliogrfica.
5.1.4. Constrangimentos e proposta de reviso
A situao de referncia da suscetibilidade ssmica no futuro deve prever que se estabelea de acordo com o
enquadramento macro ssmico definido pela carta de isossistas de intensidades ssmicas mximas (Fonte: Instituto de
Meteorologia) e ou pela distribuio dos valores mximos de acelerao do solo. Bem como, devem ser previstos os efeitos
de stio que produzem a amplificao da suscetibilidade ssmica como: (i) zonas potenciais de instabilidade de vertentes;
(ii) solos brandos, incluindo aluvies e aterros, capazes de alterar as caractersticas do movimento ssmico; (iii) zonas
adjacentes s falhas ativas com potencial para a ocorrncia de deformaes permanentes; e (iv) zonas suscetveis
ocorrncia de liquefao.
O estudo do risco ssmico no Concelho do Seixal, requer ainda, uma anlise mais profunda. Reconhece-se que a falta de
informao sobre o estado do edificado impossibilita a criao de cenrios que demonstram quais as reas mais sensveis.
Proposta de reviso: 10 anos ou menos, na sequncia de um evento crtico ou da melhoria da informao de base e/ou
mtodos de anlise.
5.2. Cartografia de suscetibilidade de inundao por tsunami
Segundo o PROT AML (Proposta Tcnica de Alterao, novembro de 2010) a gerao de tsunamis associados a eventos
ssmicos com epicentro no mar, mas tambm a movimentos de vertente e erupes vulcnicas submarinas, pode ter
consequncias devastadoras nas reas costeiras.
Os principais focos potenciais geradores de maremotos correspondem a trs zonas ssmicas localizadas a SW da AML. A
suscetibilidade inundao por tsunami elevada em 6,6% do territrio da AML, constituindo pontos crticos as costas
baixas arenosas e os esturios do Tejo e do Sado, com destaque para as zonas ribeirinhas dos concelhos de Alcochete,
Moita, Barreiro, Almada e Seixal.
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Segundo os resultados preliminares da propagao no esturio do Tejo sobre as fontes do tsunami de 1755: resultados
preliminares da propagao no esturio do Tejo de BAPTISTA, Maria et all, as zonas inundadas dentro do esturio:
Seixal e Alcochete correspondem s zonas onde foram reconhecidos testemunhos sedimentares de inundao marinha
que se encontram afastados entre si de cerca 200 anos e que devero corresponder aos tsunamis de 26 de janeiro e 1531
e de 1 de novembro de 1755, ANDRADE et all, (2003) citado por BAPTISTA, Maria et all, ver Ilustrao 3.
A Ilustrao 3 mostra a extenso da zona inundada, calculada para o instante 10 000s (pouco menos de 3 horas) aps a
ocorrncia do sismo ou do incio do tsunami. Pode-se observar que as zonas mais atingidas so as da Costa da Caparica
(sensus lato), onde o nvel da gua atinge a arriba fssil; a baa de Cascais, onde a altura de gua ultrapassa os 10 m.
De acordo com o Catlogo Portugus de Tsunamis, que se refere ao perodo compreendido entre 60 A.C. e 1980,
excetuando a referncia a 1 de novembro de 1755, onde se aponta uma altura mxima superior a 10m, no houve registos
de Tsunamis cuja onda tenha alcanado alturas superiores a 2.4m (31 de maro de 1761). A CCDR-LVT aponta para que,
na generalidade da AML, na eventualidade de ocorrncia de ondas de tsunami, esta rondar os 6m de altura com um run
off de 15m (informao proveniente da Proposta de Alterao do PROT-AML).
Ilustrao 3 - Zonas inundadas pelo tsunami de 1755 na regio de Lisboa, com a batimetria atual
Fonte: BAPTISTA, Maria et all
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5.2.1. Variveis
Tabela 4 Designao variveis - Suscetibilidade Inundao Tsunami
Varivel
(VC) Designao Parmetros Probabilidade
A Altitude
P1 Inundao por onda tsunami h Contour List), a qual foi generalizada
(eliminao de ilhas) e transformada em polgonos.
Finalmente obteve-se um raster a partir da feature class de polgonos, o qual foi posteriormente reclassificado de acordo
com as categorias constantes da tabela 4 (ferramenta Reclassify).
A classificao dos resultados foi expressa em probabilidade de ocorrncia, atribuindo-se segundo a bibliografia recolhida,
uma probabilidade elevada entre a cota de 5 metros e o limite hidrogrfico da baa e dos rios Tejo e Coina e de moderada
entre a cota de 5 a 10 metros.
Deste modo, mediante a sua probabilidade de ocorrncia, classifica-se a sua suscetibilidade atravs de uma escala
qualitativa com 2 classes: Suscetibilidade Elevada e Suscetibilidade Moderada.
5.2.3. Mtodo de anlise e validao
A validao foi efetuada com:
Ortofotomapas de maio de 2009;
Rede hidrogrfica 1/10 000;
5.2.4. Constrangimentos e proposta de reviso
A identificao das zonas potenciais de inundao por tsunami na regio do esturio implica um estudo mais aprofundado,
com a construo de modelao de critrios geomorfolgicos como (i) a geometria da linha de costa e a sua relao com a
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direo expectvel de propagao das ondas (SW no caso do territrio de Portugal continental); (ii) o tipo de litoral (e.g.,
arenoso, arriba, arriba com praia no sop); (iii) a altimetria da faixa litoral e a sua relao com a altura das ondas de
tsunami e respetivos run up e run in, definidos com base em registos histricos (ref.: tsunami de 1755) ou modelao; e (iv)
a presena e disposio de obstculos que canalizem o fluxo de inundao.
Esta anlise no foi possvel cumprir-se na sua totalidade, logo recomenda-se no futuro o seu estudo.
Proposta de reviso: 10 anos ou menos, na sequncia de um evento crtico ou da melhoria da informao de base e/ou
mtodos de anlise (ANPC, 2009).
5.3. Cartografia de suscetibilidade de cheias e inundaes
No municpio do Seixal existem zonas inundveis, causadas por trs fatores principais: (i) reas sujeitas a inundaes
pontuais, pela sua proximidade do esturio; (ii) reas adjacentes a cursos de gua; (iii) reas de cheias causadas por um
deficiente dimensionamento das redes de drenagem de guas pluviais, tendo em conta a crescente urbanizao e
impermeabilizao do territrio, a que nem sempre corresponde a um planeamento eficaz dos coletores de pluviais.
Para a presente cartografia foram representadas as zonas ameaadas pelas cheias previstas na Proposta de Delimitao
da Reserva Ecolgica Nacional (REN Bruta, fevereiro 2013), o cenrio de cheia de 1989 mais o aumento do nvel mdio
das guas do mar simulado no estudo de cheias e inundaes do Plano de Ordenamento do Esturio do Tejo Fase 3,
agosto 2011 e a faixa de provvel inundao por uma onda tsunami, dispostas de acordo com probabilidades de ocorrncia
(vide Tabela 5).
Tabela 5 Variveis Cartogrficas
VARIVEIS CARTOGRFICAS (VC)
A Inundao de baixa probabilidade - DL N. 115/2010 - art. 7 alnea a)
B Inundao de mdia probabilidade - DL N. 115/2010 - art. 7 alnea b)
C Inundao de elevada probabilidade - DL N. 115/2010 - art. 7 alnea c)
Representa-se a sua frmula:
IS (cheias e inundaes) = VCA; VCB ; VCC
5.3.1. Variveis
a) Varivel Inundao de baixa probabilidade (VCA)
A representao do parmetro foi desenvolvida atravs do processamento do Modelo Digital do Terreno (MDT), tendo por
base a metodologia utilizada para a cartografia de suscetibilidade de inundao por tsunami, conforme Tabela 6.
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Tabela 6 - Varivel Inundao de baixa probabilidade
Varivel (VC) Designao Parmetros Probabilidade
A Inundao de baixa probabilidade - DL N. 115/2010 alnea a) do art. 7
P1 Inundao por onda tsunami h
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Tabela 7 - Varivel Inundao de mdia probabilidade
Varivel (VC) Designao Parmetros Probabilidade
B Inundao de mdia probabilidade DL N. 115/2010 - alnea b) do art. 7
P1 Zonas de inundao por cheia Mdia
P2 Inundao por mar Mdia
P3 Cenrio 1 POE_TEJO Fase 3, agosto 2011 Mdia
c) Varivel inundao de elevada probabilidade (VCC)
O P1 delimita as zonas ameaadas pelas cheias, delimitadas na proposta de reviso da REN (REN Bruta, fevereiro
2013), por mtodo emprico, ou seja, atravs da compilao de informao obtida junto de informadores privilegiados
(Juntas de Freguesia e Corpo de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal) e da informao que consta dos ortofotomapas
digitais, da cartografia militar, da cartografia digital de base e da Carta de Solos de Portugal, incluindo tambm aes de
levantamento de campo.
Entre os aspetos analisados, destacam-se essencialmente: a natureza dos solos, o relevo, o declive e a existncia de
vegetao caracterstica de zonas hmidas. As caractersticas relacionadas com a natureza dos solos e com o relevo,
avaliaram-se de forma associada, uma vez que nas zonas de vale que se verifica, frequentemente, a existncia de
aluviossolos modernos, que correspondem a reas de deposio de sedimentos resultantes da invaso das guas em
terreno habitualmente enxuto. Por outro lado, o tipo de vegetao existente pode, tambm ele, ser indicador de zonas que
com alguma frequncia so sujeitas a alagamento.
Atravs da anlise da cartografia digital de base, tambm foi possvel verificar a existncia de muitos furos de captao de
gua, o que indicador de um nvel fretico muito elevado em determinadas zonas. A existncia de passagens hidrulicas
mal dimensionadas ou assoreadas, ou at a sua inexistncia, tambm um fator que contribui para o surgimento de zonas
de cheia, sendo de fcil verificao no terreno.
Tabela 8- Varivel inundao de elevada probabilidade
Varivel (VC) Designao Parmetros Probabilidade
C Inundao de elevada probabilidade - DL N. 115/2010 - alnea c) do art. 7 -
P1 Resultados inquritos e dados estatsticos Elevada
5.3.2. Critrios de classificao dos resultados
A classificao de suscetibilidade expressa foi estabelecida numa escala qualitativa de probabilidade de ocorrncia definida
de acordo com alguns dos critrios dispostos no n.1 do art. 7 do Decreto-Lei n. 115/2010 que orienta para a
elaborao de cartas de zonas inundveis para reas de risco.
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Deste modo so cartografadas trs variveis que mediante a sua probabilidade de ocorrncia, em que no caso de
sobreposio prevalece o maior grau de classificao, caracterizam a sua suscetibilidade atravs de uma escala qualitativa
com 4 classes: Suscetibilidade Elevada; Suscetibilidade Moderada; Suscetibilidade Baixa; Suscetibilidade Nula ou No
Aplicvel.
Tabela 9- Critrios de classificao dos resultados Cheias e Inundaes
VARIVEIS CARTOGRFICAS (VC) Parmetros SUSCETIBILIDADE
A Inundao de baixa probabilidade - DL N.
115/2010 - art. 7 alnea a) P1 Inundao por onda tsunami h
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Tabela 10- Designao variveis - Suscetibilidade de movimentos de vertentes
Varivel (VC) Descrio IP
A Erodibilidade dos Solos 25%
B Classes de Declive MDT 10k 30%
C Curvatura - MDT10k 10%
D Carta de Exposies/Declives - MDT10k 10%
E Uso do Solo (cruzamento de informao da Planta da situao existente da proposta final da reviso do PDM com Ortofotomapas de 2009)
25%
IS (movimentos em vertentes) = VCA x 30+ VCB x25+ VCC x 10 + VCD x 10+ VCE x 25
5.4.1. Variveis
a) Erodibilidade dos Solos (VCA)
A varivel VCA foi delimitada, utilizando o critrio do antigo Servio de Reconhecimento e Ordenamento Agrrio (SROA),
atual Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidrulica (IDRHa), de acordo com a seguinte metodologia:
1. Foram consideradas 3 classes de erodibilidade dos solos:
Er1 solos com fraca erodibilidade
Er2 solos com moderada erodibilidade
Er3 solos com grande erodibilidade
Atriburam-se s manchas relativas ao tipo de solo, extradas da Carta dos Solo de Portugal, os seguintes graus de
erodibilidade, de acordo com a Carta de Capacidade de Uso do Solo - Bases e normas adotadas na sua elaborao
(SROA, 6. Edio, junho de 1972):
Tabela 11- Erodibilidade
* A solos com determinadas caractersticas, como o caso dos solos esquelticos, foi atribudo o valor 0 no Quadro da erodibilidade.
Tipo de solo
Grau de
erodibilidade* (Er)
Tipo de solo
Grau de
erodibilidade* (Er)
Tipo de solo
Grau de
erodibilidade* (Er)
Al 0 Par 2-3 Rgc 2 Al (h) 0 Par (p) 2 Sbl 0
Ap 2 Pp 0 Sbl (h) 0 Aph 2 Ppr 2 Vag 3
Asoc. 0 Ppt 2 Vt 3 Assa (h,i) 0 Ppt (p) 3 Vt (d) 3
Cal 0 Pz 2 Vt (e) 3 Et 0 Pzh 2 Vt (p) 3
Et (p) 0 Rg 2 Vt (d,p) 3
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b) Classes de Declive (VCB)
Tricart (1957) demonstra que o balano morfogentico de uma vertente comandado principalmente pelo valor do declive,
pela natureza da rocha e pelo clima. Neste balano o valor do declive uma das principais variveis e de uma forma geral
quanto maior o declive da vertente, maior a intensificao dos movimentos. Assim, com o escoamento mais intenso, tem-se
o acrscimo do transporte de detritos, adelgaando o solo ou material intemperado.
A definio da varivel VCB teve por base as disposies e os critrios de delimitao da figura de Reserva Ecolgica
Nacional (REN) rea de Instabilidade de Vertentes e cumulativamente as disposies do regime transitrio da REN, nos
termos do artigo 17.: Decreto-Lei n. 93/90 de 19 de maro. Ou seja definiram classes de declive tendo por base o valor de
declive com suscetibilidade moderada 30% e o valor de declive com suscetiblidade elevada de 100%.
Tabela 12- Classes de Declive
Varivel (VC) Descrio Parmetro Descrio Valor
(V)
B Classes de Declive
P1 [0% -12%[ 1
P2 [12% - 29%[ 2
P3 [29% - 100% [ 3
P4 100% 4
c) Curvatura de Vertentes (VCC)
ZZERE (2000) cita ZRUBA e MENCL (1982) que afirmam ser possvel individualizar trs sectores distintos na maioria
dos movimentos de vertente: rea de rutura, representada por uma cicatriz ou depresso, que marca o local de partida dos
materiais; rea de transporte, correspondente ao sector onde ocorre o movimento principal; rea de acumulao, onde o
material deslocado se acumula.
CROZIER (1973) defende a distino, nos deslizamentos, de um sector cncavo (a montante) e de um sector convexo (a
jusante). O primeiro coincide com a rea de mxima perda de material e limitado por cicatrizes; o segundo corresponde
rea em que o material deslizado se sobrepe superfcie topogrfica original.
Ao abordar os termos propostos por CROZIER, citado por CRUDEN (1980), considera que no claro que os respectivos
sectores tm correspondncia com volumes, massas ou reas, ao mesmo tempo que conclui da sua ineficcia para
descrever, de modo apropriado, os grandes elementos morfolgicos de alguns movimentos de vertente. Este autor refere o
caso dos deslizamentos translacionais com rutura compsita que, de acordo com SKEMPTON e HUTCHINSON (1969,
citados por CRUDEN, 1980), tm frequentemente um perfil longitudinal que inclui duas partes cncavas no seu sector
montante. CRUDEN (1980) prope o abandono das metforas anatmicas e define, por um lado, acumulao da massa
deslocada como a parte do material afetado que se sobrepe superfcie topogrfica original; e, por outro, depleo
como a parte do material deslocado que se encontra numa posio rebaixada, em relao topografia original.
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Segundo TEIXEIRA (2005) a forma da vertente tambm muito importante. Se as vertentes forem retilneas, muito
declivosas e constitudas por materiais impermeveis, a infiltrao difcil, havendo muito escoamento superficial e, por
isso, pouca presso no interior das vertentes devida a excessiva acumulao de gua. Se estas forem entremeadas por
rechs, aumenta a infiltrao de gua podendo ocorrer a consequente saturao, seguida de rutura na vertente. Em
vertentes muito declivosas, e geologicamente coerentes, dificilmente se desenvolvero processos geomorfolgicos
desencadeados pelo fator hidrolgico.
Nestes termos, a varivel curvatura de vertentes (VCB) foi parametrizada de acordo com a Tabela 13. O mapa de
curvatura, aps a interseo com as classes de declive 3 e 4 (segundo a tabela 12), foi desenvolvido utilizando um modelo
digital de terreno (MDT), em formato raster gerado a partir de curvas de nvel de 5 em 5 metros, pontos de cota, elementos
de orografia e linhas de gua (breaklines), constantes na Cartografia do Municpio do Seixal escala 1:10 000 (voo
aerofotogrfico de abril de 2002).
Este MDT foi processado em ambiente ArcGis ArcToolbox mdulo Spatial Analyst de modo a obter-se um mapa raster
de curvaturas (ferramenta Surface>Curvature), o qual foi posteriormente reclassificado de acordo com as categorias
constantes da tabela 13 (ferramenta Reclassify).
Tabela 13 Curvatura de vertentes
Varivel (VC) Descrio Parmetro Descrio Valor (V)
C Curvatura de Vertentes - MDT10k
P1 ]-200,-4.5] cncava acentuada 4
P2 ]-4.5,-1] - cncava 3
P3 ]-1,1] - Plano 1
P4 ]1,4.5] - convexa 3
P5 ]4.5,200] - convexa acentuada 4
d) Exposio de Vertentes (VCD)
A varivel exposio de vertentes atua como fator de predisposio ao movimento de vertentes de uma forma indireta
como fator que contribui para o grau de humidade no solo.
Este grau de humidade no solo est diretamente influenciado pelos fatores:
- Insolao: a distribuio da insolao fortemente condicionada por fatores como a altitude e a proximidade de
regies costeiras com fortes entradas de ar martimo. parte destes fatores, a insolao em Portugal aumenta de norte
para sul;
- Circulao do ar: a distribuio do vento em Portugal fortemente influenciada pela ocorrncia de brisas,
principalmente no litoral. A distribuio anual do vento, no geral do territrio, revela o sentido de NW como sentido
predominante e aumento de intensidade. A costa Oeste, ainda influenciada por vento com forte componente de Norte
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(conhecido por nortada), que provocado pela ao conjunta da brisa martima e da depresso de origem trmica, que se
forma no centro da Pennsula Ibrica durante o Vero. Durante o inverno, Portugal afetado por massas de ar frias e
hmidas, por superfcies frontais vindas de NW, por massas de ar frias e secas vindas da Sibria e que se aproximam por
NE.
- Relevo: Portugal possui grandes diferenas morfolgicas entre o norte e o sul do territrio. Este constitudo por
uma regio montanhosa a norte e por uma regio de plancies e planaltos a sul. A dividir estas duas regies encontra-se
uma grande cordilheira montanhosa (Sintra - Montejunto - Estrela), orientada na direo SW-NE. Esta cordilheira
montanhosa tem uma grande importncia na distribuio dos elementos do clima ao longo do territrio. Porque a grande
maioria da precipitao que afeta Portugal vem de NW, a cordilheira referida um obstculo ao seu normal deslocamento
para sul e, por isso, influencia a quantidade de precipitao que as terras do sul recebem.
De acordo com os fatores que favorecem esta humidade em relao exposio, consideraram-se os 9 pontos cardiais,
ponderando como exposies mais crticas os pontos Oeste, Norte e Noroeste, pontos que favorecem o aumento de
humidade no solo.
A varivel exposio de vertentes (VCD) foi parametrizada de acordo com a Tabela 14.
O mapa de exposies foi desenvolvido utilizando um modelo digital de terreno (MDT) em formato raster gerado a partir de
curvas de nvel de 5 em 5 metros, pontos de cota, elementos de orografia e linhas de gua (breaklines), constantes na
Cartografia do Municpio do Seixal escala 1:10 000 (voo aerofotogrfico de abril de 2002). Este MDT foi processado em
ambiente ArcGis ArcToolbox mdulo Spatial Analyst de modo a obter-se um mapa raster de exposies com orientao
geogrfica (ferramenta Surface>Aspect), o qual foi posteriormente reclassificado de acordo com as categorias constantes
da Tabela14 (ferramenta Reclassify).
Tabela 14 Exposio de vertentes
Varivel (VC) Descrio Parmetro Descrio Valor (V)
D Exposio de Vertentes/Declives - MDT10k
P1 Oeste, Norte, Noroeste 4
P2 Nordeste, Sudoeste 3
P3 Sul, Este, Sudeste 2
P4 Flat 1
e) Uso do Solo (VCE)
Segundo TEIXEIRA (2005) a existncia de vegetao pode funcionar como um fator desencadeante de movimentos de
vertente, pelo alargamento das razes que penetram nas fendas das rochas e podem desencadear quedas de blocos.
As razes tambm podem impedir a normal circulao da gua nas vertentes, armazenando-a montante.
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TEIXEIRA (2005) refere que os fatores de ordem antrpica podem preparar e desencadear movimentos de vertente sem
que ocorra nenhum dos fatores de origem natural atrs enunciados. Neste sentido, a alterao do perfil natural das
vertentes, pela remoo dos seus materiais constituintes, assume um importante contributo para o desencadear processos
de instabilidade. Tambm o aterro de materiais com caractersticas diferentes das dos materiais originais, nos sectores
mais elevados das vertentes, assume um papel determinante para a sua instabilidade. Desta forma, o Homem cria impacte
ambiental, atuando sobre o meio passivo, desencadeando o perigo que, aliado vulnerabilidade, gera o risco. O Homem
pode ser causador de instabilidade nas vertentes ao ocupar e obstruir linhas de gua, levando a uma forte acumulao de
gua, a montante, que desencadear um processo de rutura e consequente movimento de vertente com carcter rpido, do
tipo dos fluxos e dos deslizamentos de lama e de detritos. O desvio de linhas de gua, bem como a falta de um sistema de
drenagem eficaz tambm permitem a acumulao da gua em pontos de convergncia nas vertentes, provocando altos
nveis de instabilidade nas mesmas e consequentes movimentaes ao longo destas. O deslocamento / retirada da base
de apoio das vertentes para a construo de estradas ou habitaes outro fator potencialmente gravoso na instabilidade
de vertentes.
Assim, a ao do Homem tem um papel cada vez mais importante no desencadear de fenmenos de instabilidade de
vertentes, pelo aumento da sua intensidade e frequncia.
De acordo com as consideraes levantadas e segundo as intensidades relativas de eroso definidas para diferentes
coberturas vegetais descritas por LENCASTRE et all, a varivel Uso do Solo (VCE) foi parametrizada, de acordo com a
seguinte tabela.
Tabela 15 Uso do Solo
Varivel (VC)
Descrio Parmetro Descrio Valor (V)
E Uso do Solo (cruzamento de informao da Planta da situao existente da proposta final da reviso do PDM com Ortofotomapas de 2009)
P1 reas edificadas e infra-estruturas (inclusive espaos verdes urbanos e reas livres)
1
P2 Terrenos cultivados 3
P3 Povoamentos florestais 2
P4 Matos e reas livres 3
P5 reas em interveno 4
P6 Zonas hmidas, sapais e praias 4
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5.4.2. Critrios de classificao dos resultados
A classificao da suscetibilidade expressa no mapa foi estabelecida numa escala qualitativa, representada na Tabela 16.
Tabela 16 Suscetibilidade de movimentos em vertentes
Cartografia Classes Valor (V) Classes Suscetibilidade
Suscetibilidade de movimentos em vertentes
< 2 Nula ou No aplicvel
[2 2,5[ Baixa
[2,5 3,45[ Moderada
3,45 Elevada
5.4.3. Mtodo de anlise e validao
A validao foi efetuada atravs do cruzamento entre as seguintes fontes de informao:
Ortofotomapas de maio de 2009;
Planta da situao existente da Reviso do Plano Diretor Municipal, maro 2011
5.4.4. Constrangimentos e proposta de reviso
Tendo em conta que a base de informao no est atualizada em alguns parmetros recomenda-se a monitorizao e o
desenvolvimento de estudos especficos. Seria de todo desejvel a realizao de uma atualizao, na sequncia da
melhoria da informao, atravs de mtodos que demonstrem, pela aplicao de procedimentos de validao
estandardizados baseados no cruzamento dos inventrios com as cartas de suscetibilidade, a qualidade da respetiva
cartografia.
Proposta de reviso: 10 anos ou na sequncia de um evento crtico ou da melhoria da informao de base e/ou mtodos de
anlise (ANPC, 2009).
5.5. Cartografia de Suscetibilidade de incndio florestal
Esta cartografia consta do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incndios do Concelho do Seixal (PMDFCI),
aprovado no dia 18 de dezembro de 2007, pela Comisso Municipal de Defesa da Floresta.
5.5.1. Variveis
Segundo o Guia Tcnico Para Elaborao Do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incndios (AFN, 2007), o
modelo de risco de incndio florestal compreendido por dois mapas.
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a) Mapa de Perigosidade de Incndio Florestal
Combinando a probabilidade e a suscetibilidade, este mapa apresenta o potencial de um territrio para a ocorrncia do
fenmeno, permite responder onde tenho maior potencial para que o fenmeno ocorra e adquira maior magnitude?. O
mapa de perigosidade de incndio florestal particularmente indicado para aes de preveno.
b) Mapa de Risco de Incndio Florestal
O mapa de risco combina as componentes do mapa de perigosidade com as componentes do dano potencial
(vulnerabilidade e valor) para indicar qual o potencial de perda em face do fenmeno. Quando o fenmeno passa de uma
hiptese a uma realidade, o mapa de risco informa o leitor acerca do potencial de perda de cada lugar cartografado,
respondendo questo onde tenho condies para perder mais?. O mapa de risco de incndio florestal particularmente
indicado para aes de preveno quando lido em conjunto com o mapa de perigosidade, e para planeamento de aes de
supresso.
5.5.2. Critrios de classificao dos resultados
Tanto o mapa de perigosidade como o mapa de risco apresentam-se em 5 classes (muito alta; alta; mdia; baixa; muito
baixa)
5.5.3. Mtodo de anlise e validao
Parecer da Comisso Municipal de Defesa da Floresta.
5.5.4. Constrangimentos e proposta de reviso
O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incndios do Concelho do Seixal (PMDFCI) ser revisto at dezembro de
2012.
5.6. Cartografia de suscetibilidade de degradao e contaminao de aquferos
A metodologia utilizada para a elaborao da Carta de suscetibilidade de degradao e contaminao dos aquferos
baseou-se num mtodo utilizado para determinar a vulnerabilidade poluio de guas subterrneas, mtodo de
DRASTIC.
Defina-se como vulnerabilidade poluio das guas subterrneas, a sensibilidade da qualidade das guas subterrneas a
uma carga poluente, funo apenas das caractersticas intrnsecas do aqufero (LOBO FERREIRA e CABRAL, 1991).
Este conceito de suscetibilidade distinto do conceito de risco de poluio. O risco de poluio depende no s da
suscetibilidade mas tambm da existncia de cargas poluentes significativas que possam entrar no ambiente subterrneo.
possvel existir um aqufero com um alto ndice de vulnerabilidade mas sem risco de poluio, caso no haja carga
poluente significativa, ou haver um risco de poluio excecional apesar do ndice de vulnerabilidade ser baixo. O risco
causado no apenas pelas caractersticas intrnsecas do aqufero, muito estveis, mas tambm pela existncia de
atividades poluentes, como prticas agrcolas ou os efluentes de cidades e indstrias, fatores dinmicos que, em princpio,
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podem ser controlados. Episdios graves de poluio de guas subterrneas e as suas consequncias na qualidade do
ambiente ou no grau de perturbao do abastecimento pblico no so, deliberadamente, considerados na definio de
vulnerabilidade.
Reconhecendo que o mapeamento especfico de vulnerabilidade do ponto de vista cientfico mais consistente, verifica-se
no entanto que, em geral, o nmero de dados disponvel no suficiente para a elaborao do mapeamento especfico.
Tornou-se assim necessrio optar por conceitos mais adequados utilizao dos dados (em geral) disponveis. Foram
propostos vrios sistemas de avaliao e de mapeamento da vulnerabilidade, de que se destaca o ndice DRASTIC (cf.
ALLER et al., 1987).
Este mtodo, que a seguir se descreve, inclui ndices de vulnerabilidade formados por parmetros hidrogeolgicos,
morfolgicos e outras formas de parametrizao das caractersticas dos aquferos, de um modo bem definido. A adoo de
ndices de vulnerabilidade tem a vantagem, em princpio, de eliminar ou minimizar a subjetividade inerente aos processos
de avaliao.
O mtodo de DRASTIC baseia-se em caractersticas hidrogeolgicas, morfolgicas e outras formas de parametrizao das
propriedades dos aquferos, de um modo bem definido.
O mtodo DRASTIC vlido quando se verificam os seguintes pressupostos (cf. ALLER et al., 1987):
1) o contaminante introduzido superfcie do terreno;
2) o contaminante transportado verticalmente at ao aqufero pela gua de infiltrao;
3) o contaminante tem a mobilidade da gua;
4) a rea mnima avaliada pelo DRASTIC de 0,4 km2.
O ndice DRASTIC corresponde ao somatrio ponderado de 7 valores correspondentes aos seguintes 7 parmetros ou
indicadores hidrogeolgicos (cf. ALLER et al., 1987):
D - Profundidade do Topo do Aqufero (Depth to Water);
R - Recarga do Aqufero (Net Recharge);
A - Material do Aqufero (Aquifer Media);
S - Tipo de Solo (Soil Media);
T - Topografia (Topography);
I - Influncia da Zona Vadosa (Impact of the Vadose Zone Media);
C - Condutividade Hidrulica do Aqufero (Hydraulic Conductivity of the Aquifer).
Cada um dos sete parmetros DRASTIC foi dividido quer em escalas quer em tipos de meio significativos que condicionam
o potencial de poluio. A cada uma das divises atribuiu-se um ndice que varia entre 1 e 10 e cujo valor se relaciona
diretamente com o potencial de poluio.
O ndice de vulnerabilidade DRASTIC (DRASTIC) obtm-se atravs da seguinte expresso:
DRASTIC = Dp x Di + Rp x Ri + Ap x Ai + Sp x Si + Tp x Ti + Ip x Ii + Cp x Ci
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onde i o ndice atribudo ao elemento em causa (valor V) e p o seu peso (vide Tabela17).
Tabela 177- DRASTIC
Varivel (VC) D R A S T I C
Peso 5 4 3 2 1 5 3
5.6.1. Variveis
a) Caracterizao do parmetro D (Profundidade do Topo do Aqufero) (VCD)
Dos sete parmetros que quantificam o ndice de vulnerabilidade DRASTIC, o parmetro relativo Profundidade do Topo
do Aqufero (VCD) o mais problemtico de quantificar e de extrapolar espacialmente.
Nestes termos, adotou-se a metodologia utilizada no Estudo realizado na determinao da figura de rea de mxima
infiltrao, no mbito do processo de Reviso da Reserva Ecolgica Municipal, denominado Avaliao das reas de
Infiltrao Mxima e da Vulnerabilidade do aqufero no Concelho do Seixal, elaborado pelo Centro de Investigao em
Geocincias Aplicadas da Faculdade de Cincias e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa (COSTA, Carlos Nunes et
al (2003)).
O estudo estimou a profundidade do aqufero atravs do parmetro profundidade do nvel fretico esttico (NHE), para
anos e pocas diferentes. Realizou o mapeamento da profundidade da toalha fretica utilizando o mtodo de krigagem
normal.
De acordo com ALLER et al 1987, considerou-se os seguintes intervalos de profundidade do topo do aqufero e respectivos
valores (V):
Tabela 18 - Profundidade do Nvel Fretico
Varivel (VC) Designao Parmetros Valor (V)
D Profundidade do Nvel Fretico (NHE)(m)
P1 9 7
P2 ] 9-15] 5
P3 ] 15-28] 3
P4 ] 28-30] 2
P5 >30m 1
b) Caracterizao do parmetro R (Recarga do Aqufero) (VCR)
A determinao da varivel Recarga do Aqufero (VCR) utilizou os parmetros de trs estudos, designadamente, Plano de
Bacia Hidrogrfica do Rio Sado , LNEC, 2003, Projeto de Delimitao de Permetros de Proteo Captaes de gua
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Subterrnea de Abastecimento Pblico do Concelho do Seixal (PDPP - Captaes gua Subterrnea), AQUAEPS, 2008 e
Delimitao da Figura reas de Mxima Infiltrao da Proposta de Reviso da REN (REN Bruta, maio 2011).
Consideraram-se os valores mdios de Recarga do aqufero determinado para a bacia do Tejo/Sado/Margem Esquerda no
PBH Rio Sado (LNEC, 2003), nas reas de mxima infiltrao delimitadas no processo de Reviso da REN (CMS, maio
2011).
No territrio abrangido pelo estudo PDPP - Captaes gua Subterrnea, foram adotados os ndices de DRASTIC
determinados no mesmo.
Para o restante territrio adotou-se o valor de recarga mnima determinado no Plano da Bacia Hidrogrfica do Rio Sado
(LNEC, 2003), com a exceo das reas com edificado e vias.
De acordo com a metodologia apresentada o parmetro VCR foi caracterizado da seguinte forma:
Tabela 19 - reas de Mxima Infiltrao
Varivel (VC)
Designao Parmetros Valor (V)
R reas de Mxima Infiltrao (Recarga do Aqufero)
P1 Edificado e vias 1
P2 Edificado e vias com permetro intermdio de proteo das captaes 3
P3 Permetro intermdio de proteo de captaes, livre de edificao (137 mm/a) 6
P4 rea de Mxima Infiltrao com edificao dispersa (137 mm/a) 6
P5 rea de Mxima Infiltrao (200 mm/a) 8
P6 reas livres de edificao ou vias (137 mm/a) 6
c) Caracterizao do parmetro A (Material do Aqufero) (VCA)
A varivel VCA refere-se capacidade do aqufero para atenuar os efeitos dos poluentes. Para alm deste efeito principal,
o material do aqufero condiciona o fluxo de gua subterrnea que, a par da condutividade hidrulica e do gradiente
hidrulico, determinam o tempo disponvel para a ocorrncia dos processos de atenuao.
Neste contexto, a caracterizao do Material do Aqufero foi feita a partir da descrio litolgica das formaes geolgicas
aflorantes representadas na Carta Geolgica de Portugal 1:25 000 julho de 2004 Instituto Geolgico e Mineiro rea
Metropolitana de Lisboa e de acordo com ALLER et al. (1987) consideraram-se os seguintes materiais de aqufero com
importncia para a atenuao do potencial de poluio:
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Tabela 20 - Material do Aqufero
Varivel (VC)
Designao Parmetros Valor (V)
A Material do Aqufero (Geologia de superfcie)
P1. o
utra
s fo
rma
es
detr
ticas
Aluvies
6 Formao de Marco Furado: argilitos e conglomerados.
Formao do Porto do Concelho: areias e argilitos. P2
. are
ias
e ca
scal
heira
s de
te
rra
os
Dunas
8 Dunas antigas e areias elicas indiferenciadas
Areias da Praia
P3. a
reia
s do
Pl
ioc
nio
Conglomerado Belverde 7
Formao de Santa Marta: Areias
d) Caracterizao do parmetro S (Tipo do Solo) (VCS)
O mapa do parmetro S (VCS) foi produzido utilizando a metodologia apresentada em OLIVEIRA et all. (1997). Esta
metodologia recorre a uma tabela de relacionamento que foi feita com base na caracterizao dos perfis de solos,
apresentada em CARDOSO (1965) e SROA (1970, 1973), quanto textura e espessura (vide Tabela 21). Aos solos que
apresentam fase delgada ou pedregosa automaticamente atribudo o ndice 10.
No caso de se ter um solo representado na mancha da Carta de Solos, o ndice a atribuir o da tabela de relacionamento.
No caso de se ter mais do que um solo representado, o ndice da mancha da Carta de Solos obtm-se fazendo a mdia
ponderada pela rea dos ndices dos solos presentes na associao de solos.
A informao de base utilizada foi a Carta de Solos de Portugal, (1970) Carta de Solos de Portugal, escala 1:50000
Classificao e caracterizao dos Solos de Portugal - I volume Classificao e caracterizao morfolgica dos solos.
Ministrio da Economia, Secretaria de Estado da Agricultura, Servio de Reconhecimento e de Ordenamento Agrrio, 6
Edio, p.252.
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A varivel tipo do solo caracterizou-se com as seguintes classes e respectivos ndices DRASTIC.
Tabela 21 - Tipo de Solo
Varivel (VC)
Designao Parmetros Valor (V)
S Tipo de Solo (cobertura dos solos)
P1 Rg. 10
P2 Ppt_Vt;Vt; Ppt; Al; Ap; Rgc; Sbl; Et; Pzh; Vt_Rg; Vt_Par; Ppr; Par; Pz_Ap; Ap_Rg. 9
P3 Al_Al(h). 7
P4 Vt(d,p)_Et(p); Vt(d,p)_Vt(p); Vt(d)_Rg. 6
P5 A; VtVtd; Vag; Vt(d,p) Et(p); Pz_Vag; Pz_Vag; Et_Vt(d). 5
P6 Cal; Assa (h,i); Cal(h). 3
P7 rea social, Edificado da Situao existente. 1
e) Caracterizao do parmetro T (Topografia) (VCT)
O mapa do parmetro T (VCT) foi desenvolvido utilizando um modelo digital de terreno (MDT) em formato raster gerado a
partir de curvas de nvel de 5 em 5 metros, pontos de cota, elementos de orografia e linhas de gua (breaklines),
constantes na Cartografia do Municpio do Seixal escala 1:10 000 (voo aerofotogrfico de abril de 2002).
Este MDT foi processado em ambiente ArcGis ArcToolbox mdulo Spatial Analyst de modo a obter-se um mapa raster
de declives em percentagem (ferramenta Surface>Slope), o qual foi posteriormente reclassificado de acordo com as
categorias constantes da tabela 22 (ferramenta Reclassify).
Obteve-se assim um mapa raster (pixel =10 m) de declives e de acordo com o parmetro T do mtodo DRASTIC.
Tabela 22 - Topografia
Varivel (VC) Designao Parmetros Valor (V)
T Topografia (Carta de Declives) (%)
P1 =18 1
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f) Caracterizao do parmetro I (Influncia da zona vadosa) (VCI)
A caracterizao do parmetro VCI baseia-se na informao sobre o material do aqufero. Dado que, no processo de
caracterizao da vulnerabilidade dos aquferos poluio, se consideraram sempre as formaes hidrogeolgicas livres, a
zona vadosa inclui-se na formao hidrogeolgica livre. A base de trabalho para esta caracterizao foi, a exemplo da
caracterizao do parmetro A, a Carta Geolgica de Portugal 1:25 000 julho de 2004 Instituto Geolgico e Mineiro
rea Metropolitana de Lisboa. As descries de litologia foram obtidas da caracterizao das formaes existente nas
notcias explicativas das cartas geolgicas escala 1:50 000, do IGM, e de textos gerais sobre geologia, complementada
com a informao j conhecida sobre o material do aqufero.
Os quadros referentes aos ndices do DRASTIC a atribuir para o impacto da zona vadosa e para o material do aqufero
mostram que para muitos dos tipos litolgicos os ndices so os mesmos ou muito similares. Por esse motivo a
quantificao da influncia da zona vadosa , muitas vezes, igual do material do aqufero.
Tabela 23 - Influncia da Zona Vadosa
Varivel
(VC) Designao Parmetros
Valor (V)
I Influncia da Zona Vadosa
P1 Areias do Pliocnico 7
P2 Areias e cascalheiras 8
P3 Outras formaes detrticas 6
g) Caracterizao do parmetro C (Condutividade Hidrulica) (VCG)
A caracterizao da Condutividade Hidrulica do Aqufero (VCG) baseia-se, sempre que possvel, nos valores publicados
sobre este parmetro. Contudo estes valores raramente existem e a maior parte do Pas permanece desconhecida no que
diz respeito condutividade hidrulica dos aquferos, em termos de dados de campo.
Para os casos em que no h informao publicada, ALLER et all (1987) sugerem a utilizao de bacos que relacionam a
condutividade hidrulica com a litologia para a atribuio deste ndice (vide Ilustrao 4)
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Ilustrao 4 - baco que relaciona a condutividade hidrulica com a litologia
FONTE: Cartografia da Vulnerabilidade poluio das guas Subterrneas do Concelho de Montemor-o-Novo utilizando o Mtodo de Drstica,
LNEC, 2002 (Adaptado de FREEZE e CHERRY, 1979)
Embora se verifique que em muitos tipos litolgicos existe apenas o ndice mais baixo, outros h, como o caso das
areias, dos basaltos ou dos calcrios carsificados, que podem apresentar condutividades hidrulicas cujo ndice a atribuir
pode variar entre o ndice mnimo e o ndice mximo (FREEZE e CHERRY, 1979).
A base de trabalho para a caracterizao espacial da condutividade hidrulica foi a mesma que para o material do aqufero
e a influncia da zona vadosa (Carta Geolgica de Portugal 1:25 000 julho de 2004 Instituto Geolgico e Mineiro rea
Metropolitana de Lisboa).
Tabela 24 - Condutividade Hidrulica
Varivel (VC) Designao Parmetros Valor (V)
C Condutividade Hidrulica
P1 Areias e cascalheiras; Areias do Pliocnico (12,2 a 28,5 m/d) 4
P2 Outras formaes detrticas (4,1 a 12,2 m/d) 2
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5.6.2. Critrios de classificao dos resultados
A classificao da suscetibilidade expressa no mapa foi estabelecida numa escala qualitativa tendo por base as classes de
vulnerabilidade do ndice de vulnerabilidade DRASTIC (vide Tabela 25). com 4 classes: Suscetibilidade Elevada;
Suscetibilidade Moderada; Suscetibilidade Baixa e Suscetibilidade Nula ou No aplicvel.
Tabela 25 - Suscetibilidade de Degradao e Contaminao de Aquferos
Cartografia Classes
DRASTIC Descrio
Classes Suscetibilidade
Suscetibilidade de Degradao e Contaminao de Aquferos
=200 Vulnerabilidade Muito Elevada
5.6.3. Mtodo de anlise e validao
A validao foi efetuada atravs do cruzamento entre as seguintes fontes de informao:
Ortofotomapas de maio de 2009;
Planta da Situao Existente da Reviso do PDM, maro de 2011.
5.6.4. Constrangimentos e proposta de reviso
Tendo em considerao a base de informao no ser atualizada e em alguns parmetros a necessidade de monitorizao
e estudos especficos, seria de todo desejvel a realizao de uma atualizao na sequncia da melhoria da informao de
base e/ou mtodos de anlise, uma vez que est-se perante um sistema aqufero de importncia nacional.
Neste contexto, aponta-se para a necessidade de atualizao do modelo aplicado, atravs de estudos especficos para as
variveis que o seu clculo est associado a dados de campo e dinamismo do territrio, nomeadamente:
C (Condutividade Hidrulica)
R (Recarga do Aqufero)
D (Profundidade do Topo do Aqufero)
Proposta de reviso: 10 anos ou na sequncia de um evento crtico ou da melhoria da informao de base e/ou mtodos de
anlise (ANPC, 2009).
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5.7. Cartografia de suscetibilidade de degradao e contaminao de guas superficiais
Pretende-se com a presente avaliao de suscetibilidade, caracterizar o grau de probabilidade de introduo de
microrganismos, substncias qumicas e/ou resduos no meio aqu