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XLIII CONGRESSO DA SOBER “Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial” Estudo da logística de transportes da soja no estado do Mato Grosso Rodrigo Alves Loto CPF 042.306.579-35 Universidade Estadual de Maringá - UEM Av. Colombo, 5790, Departamento de Economia [email protected] Ricardo Luís Lopes CPF 054.838.008-26 Universidade Estadual de Maringá - UEM Av. Colombo, 5790, Departamento de Economia [email protected] Número: 1 – Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas Forma de Apresentação: Apresentação em seção sem debatedor Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005 Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural 1

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Estudo da logística de transportes da soja no estado do Mato Grosso

Rodrigo Alves Loto CPF 042.306.579-35

Universidade Estadual de Maringá - UEM Av. Colombo, 5790, Departamento de Economia

[email protected]

Ricardo Luís Lopes CPF 054.838.008-26

Universidade Estadual de Maringá - UEM Av. Colombo, 5790, Departamento de Economia

[email protected]

Número: 1 – Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas

Forma de Apresentação: Apresentação em seção sem debatedor

Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005

Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural

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Estudo da logística de transportes da soja no estado do Mato Grosso

Resumo O objetivo desse artigo é mostrar logística de transporte atual da soja, no Estado do Mato Grosso. Para isto, inicialmente foram estudados os conceitos principais de logísticas, com relação ao agronegócio foi-se demonstrado um panorama geral deste setor para o país e principalmente para o estado do Mato Grosso, mostrando como este é importante. Em seguida iniciou-se, um levantamento das rotas atuais existentes para o escoamento de grãos e foi-se montado uma tabela de fretes com todas as rotas distribuídas para três cidades principais, das quatro regiões do Mato Grosso. Depois de calculado seus fretes até o porto de Rotterdam, verificou-se quais os investimentos que estão por vir que podem mudar este panorama, e montou-se outra planilha com as principais cidades e todas as rotas criadas com os possíveis investimentos. Por meio destes cálculos de fretes, tornou-se possível apresentar as rotas mais importantes para cada região, demonstrando seus principais benefícios, gargalos e quais são as regiões mais carentes de investimentos. Com este panorama de todas as vias de escoamento do estado, pode ser ter uma idéia de quanto se perde com a falta de logística e quais medidas poderiam ser tomadas para melhorar esta situação. PALAVRAS-CHAVE: Logística, transportes, soja, Mato Grosso

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Estudo da logística de transportes da soja no estado do Mato Grosso

1. Introdução O presente artigo tem o intuito de demonstrar o quanto o Estado do Mato Grosso gasta para transportar sua soja até os portos do país, perdendo em competitividade, preço, tanto para o produtor como para o consumidor final. No inicio será exposto alguns conceitos básicos de logística e alguns dados da relevância da soja para o estado e o país em si. Após isso, será dado início ao trabalho, sendo mostradas todas as vias de escoamento possíveis atualmente e quais os projetos recentes que estão por vir na logística futura do estado. Com todas essas vias foram calculados os fretes de cada região até os portos de destino, para obtermos um parâmetro das diferenças de custos de fretes. 2. Logística Iniciamos então com o conceito: “logística é o processo de planejamento, implementação e controle de fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de M.P., estoques em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente.”(Ceteal, 2004, p. 03). A logística é dividida em três segmentos: Logística de suprimentos: Gestão das atividades da relação empresa x fornecedor. Logística empresarial: Seria a gestão das atividades logísticas internas de uma empresa. Logística de transporte/distribuição: Gestão da movimentação de materiais do fornecedor ao destino final, por sua vez, será o segmento abordado neste artigo. Para comprovarmos sua importância, abaixo temos um quadro que mostra os gastos médios em logística de alguns países e do Brasil. Percebe-se claramente que nosso país perde muito com os altos índices de gastos em transporte e logística em si. Em alguns casos os custos logísticos chegam a 20% do preço, o que se torna um absurdo e não somos capazes de competir perante outros países, que tem essa porcentagem por volta de 8% a 10%. Gastos Médios USA 10% do PIB: US$ 800 bi/ano (PIB Brasil)

Europa 8% do PIB

Brasil 17% do PIB: R$ 160 bi/ano (transporte 10%)

Fonte: Ceteal - 2004 Outro importante conceito seria o de cadeia de suprimento: “o conjunto de atividades encadeadas em uma seqüência de processos desenvolvidas por áreas que incluem projeto, aquisição, execução / produção, distribuição / entrega e serviço ao cliente, integrando cada membro da cadeia, sem verticalização, visando oferecer o máximo retorno à empresa e máximo valor e satisfação ao cliente.” (Ceteal, 2004, p. 6).

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Esse conceito não será estudado a fundo, mas é importante conhecê-lo, porque ele irá demonstrar todo o caminho que o produto percorre, no caso desse estudo, a soja. Tendo-se assim um panorama da cadeia, a soja saindo do produtor e chegando ao seu estino, podendo encontrar gargalos. Um dos quadros de extrema importância nesse estudo vem a seguir, ele demonstra que a maior parte da soja que se produz é exportada, mesmo seus derivados, no caso, farelo e óleo, por isso nesse estudo o destino da soja a ser considerado é a exportação.

Fonte: Elaborado pelo autor - 2004 Como foi dito, o segmento de logística que será abordado é a logística de transporte. Temos como conceito de logística de transporte a “administração da movimentação de materiais desde o local da produção até o ponto final do transporte.” (Ceteal, 2004, p. 13) Portanto, o que iremos mostrar é que a soja ao sair das terras do produtor tendo como destino à indústria nacional ou mesmo à exportação, percorre grandes caminhos em modais inadequados, encarecendo seus custos e tornando o país menos competitivo. Apesar de ser um dos maiores produtores desse grão, atingir altíssimas produtividades, e possuir clima e terras propícias, o país não consegue transportar sua produção adequadamente. Com isso, será apresentado a situação atual da logística no país e como ela pode ser aprimorada. Composição do sistema de transporte

Como é transportada a produção de soja:

Países Brasil Eua Argentina

Modais

Rodoviário 60% 16% 82%

Ferroviário 33% 23% 16%

Hidroviário 7% 61% 2%

Dist. Média 1.000 Km 1.000 km 1.000 km Fonte: Revista Veja - 2004

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Para comprovarmos a importância desse setor para o país, abaixo temos algumas informações que comprovam como nos precisamos da agricultura e os números astronômicos que ela movimenta. Informações do setor

• Movimenta 458 bilhões de reais por ano (um terço do PIB). • Gera 17,7 milhões de empregos (37% do total nacional) • Rende 30 bilhões de dólares em exportações (42% de tudo o que o Brasil vende lá

fora). • Enquanto a economia brasileira encolheu 0,2%, o segmento rural cresceu 5%. • Produtividade do estado 20% acima da média, além de ser o maior produtor de

grãos do país. • Sistema de Plantio Direto • Exemplo disso são as cidades do estado com índices superiores as médias do país: - Sapezal - Lucas do Rio Verde

Agora em termos de números, o Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo com uma produção de 49 milhões de toneladas em 2004. O Mato Grosso é o maior responsável por isso com uma produção de 13 milhões de toneladas, representando 25% da soja produzida nos país. Sendo o estado com os maiores índices de produtividade, apresenta o maior potencial para crescer nesse ramo. Tanto em número de áreas que podem ser abertas, como no clima e terras favoráveis, além da intensa utilização de tecnologia por parte dos produtores e a preocupação com a terra, para que esta esteja sempre produzindo. No quadro a seguir, temos os números de áreas, produção e armazenagem referentes ao estado do Mato Grosso. Armazenagem, Área e Produção Mato Grosso Região Área (hec) Produção (ton) Cap. Armaz. (ton)

Sul 1306458 3908274 3815548

Leste 360000 1080000 712230

Norte 2186386 6670533 6665940

Oeste 1276827 3341892 3165858

Total geral: 5129671 15000699 14359576 Fonte: Amaggi Importação e Exportação Ltda - 2004 Outro ponto que tanto se discute no país é com relação às áreas que são desmatadas para a prática da agricultura. Nos quadros seguintes, se comprova que as áreas que podem ser utilizadas para agricultura ou pecuária somam um total de 106 milhões de hectares, totalizando um imenso número de terras para o cultivo, sem prejudicar o meio ambiente,

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confirmando assim o potencial do país nesse setor e como este pode se sobressair perante todos os outros concorrentes. Potencial de abertura de novas áreas do Brasil

Área total 851 milhões de hectares.

Área onde não pode produzir 463 milhões de hectares.

Área onde se produz 282 milhões de hectares.

Área que pode ser utilizada 106 milhões de hectares.

Fonte: Revista Veja - 2004 O Mato Grosso é responsável por 10% dessas áreas que podem ser utilizadas para o cultivo, sendo que as regiões Norte e Leste do estado são as que mais tem potencial para esse crescimento. Por isso, mais uma vez enfatizo que a logística deve ser revista e estudada com cautela, pois ela é um dos caminhos para obtenção de preços menores a nossos produtos, que aliado com a qualidade e potencial que já possuímos, seremos imbatíveis. Potencial de abertura de novas áreas do estado do Mato Grosso

Região Norte: 6.500.000 hectares.

Região Leste: 2.000.000 hectares.

Região Oeste: 750.000 hectares.

Região Sul: 750.000 hectares.

Fonte: Amaggi Importação e Exportação Ltda - 2004 3. ESTUDO LOGÍSTICO DE TRANSPORTES Agora vamos dar início ao estudo da logística de transporte, para isso foram escolhidas três cidades das quatro principais regiões do estado. Após isso, foi montada uma planilha de todas as vias de escoamento possíveis, além dessas vias atuais, obtivemos alguns investimentos futuros montando também uma planilha com essas vias. O frete dessas regiões, foi calculado para todos os meios de escoação, partindo como origem cada cidade da região escolhida e tendo como destino o porto de Rotterdam. Todos esses quadros e tabelas de fretes serão ilustrados abaixo para um melhor entendimento. No final, com todos os fretes calculados e as melhores vias obtidas para cada região as mesmas serão analisadas, obtendo suas vantagens e desvantagens.

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- Mapa das regiões:

Fonte: Elaborado pelo autor - 2004 Norte: Região que apresenta grande desenvolvimento no cultivo da soja é a que mais está sofrendo com a logística de escoamento, pois é a que menos tem opções atuais de escoamento da soja, perdendo muito com isso. No trabalho realizado as cidades escolhidas foram: Lucas do Rio Verde, Sorriso e Tapurah. Sul: Região que mais está favorecida com relação à logística de escoamento da soja, pois foi uma das primeiras regiões a cultivar soja no estado, por isso teve mais investimentos na área e as opções de escoamento são melhores. As cidades estudadas foram: Rondonópolis, Primavera do Leste e Itiquira. Leste: Região mais recente no cultivo da soja, por isso também quase não tem logística, a maioria da soja é escoada pelos mesmos caminhos que a região sul, acontecendo a mesma coisa com a região norte. As cidades escolhidas nessa região foram: Querência, Nova Xavantina e Canarana.

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Oeste: Região que também já esta a um maior tempo no cultivo da soja e quanto a sua logística já recebeu investimentos e conseguiu melhorar a escoação de grãos dessa região. As cidades escolhidas foram: Sapezal, Campo Novo dos Parecis e Diamantino. Logística de escoamento atual do Estado Fonte: Amaggi Importação e Exportação Ltda 1) Corredor Noroeste/Itacoatiara/AM = 1.600.000 ton 2) Corredor Noroeste/Santarém/PA = 500.000 ton 3) Esmagamento/Santos/SP = 6.000.000 ton 4) Esmagamento/Paranaguá/PR = 2.000.000 ton 5) Esmagamento/ São Fco. Sul/SC = 2.000.000 ton Outros portos = 1.550.000 ton 7) Mercado interno = 1.000.000 ton 8) Sementes = 300.000 ton

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Com todos os destinos da soja apresentados no quadro acima, obtemos atualmente dez rotas possíveis que essa soja possa sair da origem e chegar ao seu destino. Para melhor entendimento montaram-se dois quadros descrevendo todas as rotas. Além dessas rotas, teremos também mais cinco rotas futuras, que são investimentos previstos em infra-estrutura que poderiam criar novas vias de escoamento. Para uma melhor compreensão, outro quadro que demonstra corretamente as vias foi montado. Dos investimentos previstos, em rodovias temos a conclusão da BR-163 até Santarém/PA e a BR-158 até Marabá/PA. Em ferrovia, teríamos o prolongamento da Ferronorte até a cidade de Cuiabá/MT. Por fim em hidrovia, teríamos a conclusão da hidrovia cáceres-corumbá. Nos mapas que serão apresentados a seguir as linhas pretas correspondem ao modal rodoviário, às linhas pontilhadas correspondem ao modal ferroviário e as linhas azuis correspondem ao modal hidroviário. Com as tabelas de fretes preenchidas, têm-se todos os fretes calculados para cada cidade escolhida, por todas as vias de escoamento possíveis. Os números em vermelho indicam os fretes mais baratos, ou seja, a soja sai da cidade de origem percorre a via escolhida até o seu destino, o porto de rotterdam. Das planilhas de fretes que forão feitas, todos os destinos considerados serão à exportação, portanto não terão a inclusão de ICMS, PIS e CONFINS e quaisquer outros impostos. Só foram considerados nos valores, o frete em si, pedágios e outros custos também não foram considerados. Para cálculo dos fretes foram utilizados valores médios, que foram pesquisados em sites que mostram índices médios destes. A taxa utilizada de dólar foi: R$ 2,90. O custo de transbordo considerado U$ 1,00 e o custo de terminal U$ 5,00. Os meios de transporte rodoviários foram caminhões que carregam em média quarenta toneladas, ferrovia vagões com capacidade de 100 toneladas, hidroviário barcaças com capacidade de 1.500 toneladas e marítimo navios Panamax. Os índices de fretes a seguir foram elaborados a partir de dados obtidos através do Sifreca, Antti, Antaq, Amaggi Importação e Exportação Ltda e Corretores do mercado de soja.

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Mapa das Rotas Atuais – Parte 1

Rota 1 - Cidade Origem – Porto Velho/Ro – Itacoatiara/AM – Rotterdam Rota 2 - Cidade Origem – Porto Velho/RO – Santarém/PA – Rotterdam Rota 3 - Cidade Origem – Maringá/PR – São Francisco do Sul/SC – Rotterdam Rota 4 - Cidade Origem – Paranaguá/PR – Rotterdam Rota 5 - Cidade Origem – Alto Taquari/MT – Santos/SP – Rotterdam Rota 6 - Cidade Origem – Porto Franco/MA – São Luís/MA – Rotterdam

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Mapa das Rotas Atuais – Parte 2

Rota 7 - Cidade Origem – São Francisco do Sul/SC – Rotterdam Rota 8 - Cidade Origem – Maringá/PR - Paranaguá/PR – Rotterdam Rota 9 - Cidade Origem – São Simão/GO – Pederneiras/SP – Santos/SP - Rotterdam Rota 10 - Cidade Origem – Araguari/MG – Tubarão/ES – Rotterdam

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Projetos de investimentos Ferrovia (Ferronorte Cuiabá/MT) – Rodovia ( BR-163 e BR-158) – Hidrovia (Cáceres/MT/Corumbá/MS) Mapa das Rotas dos projetos de investimentos

Rota 1 – Cidade Origem – Satarém/PA (via BR-163) – Rotterdam Rota 2 – Cidade Origem – Hidrovia Cáceres/MT/Corumbá/MS – Corumbá/MS/Santos (Ferrovia Novoeste) – Rotterdam Rota 3 – Cidade Origem – Cuiabá/Santos (Ferronorte) – Rotterdam Rota 4 – Cidade Origem – Carajás (BR-158) – Itaqui/MA (EFC) - São Luís/MA – Rotterdam

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Região Norte: Cidades e Valores de Fretes

Vias de Escoamento Lucas do Rio Verde (R$) Sorriso (R$) Tapurah (R$)

Existentes: Corredor Porto Velho – Itacoatiara R$ 328,50 R$ 333,80 R$ 333,00 Corredor Porto Velho – Santarém R$ 349,20 R$ 354,50 R$ 353,70 Corredor Mgá - São Francisco/SC R$ 305,30 R$ 310,30 R$ 309,80 Corredor São Francisco/SC R$ 301,20 R$ 305,70 R$ 305,00 Corredor Alto Taquari – Santos R$ 263,20 R$ 264,20 R$ 263,20 Corredor Pederneiras/SP – Santos R$ 290,00 R$ 295,50 R$ 294,90 Corredor Paranaguá R$ 287,50 R$ 292,00 R$ 291,40 Corredor Mgá - Paranaguá/PR R$ 294,80 R$ 299,80 R$ 299,30 Corredor Porto Franco/MA - São Luis/MA R$ 367,50 R$ 373,00 R$ 372,50 Corredor Araguari/MG - Tubarão/ES R$ 288,20 R$ 293,70 R$ 293,20 Projetos de investimentos: Corredor Santarém (BR-163) R$ 232,60 R$ 228,10 R$ 241,30 Corredor Cuiabá/MT - Santos/SP R$ 241,50 R$ 246,80 R$ 246,00 Corredor Carajás/PA - São Luís/MA R$ 371,60 R$ 377,20 R$ 376,60 Corredor Cáceres/MT - Corumbá/MS – Santos R$ 297,30 R$ 302,60 R$ 301,80 Fonte: Elaborado pelo autor – 2004

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Região Oeste: Cidades e Valores de Fretes

Vias de Escoamento Campo Novo dos

Parecis (R$) Diamantino (R$) Sapezal (R$)

Existentes: Corredor Porto Velho – Itacoatiara R$ 272,60 R$ 286,50 R$ 258,50 Corredor Porto Velho – Santarém R$ 293,30 R$ 307,20 R$ 279,20 Corredor Mgá - São Francisco/SC R$ 317,30 R$ 295,30 R$ 337,30 Corredor São Francisco/SC R$ 311,70 R$ 291,40 R$ 330,70 Corredor Alto Taquari – Santos R$ 270,20 R$ 248,20 R$ 291,20 Corredor Pederneiras/SP – Santos R$ 297,70 R$ 276,60 R$ 304,60 Corredor Paranaguá R$ 298,10 R$ 277,70 R$ 317,00 Corredor Mgá - Paranaguá/PR R$ 306,80 R$ 284,80 R$ 326,80 Corredor Porto Franco/MA - São Luis/MA R$ 375,20 R$ 354,20 R$ 382,20 Corredor Araguari/MG - Tubarão/ES R$ 296,00 R$ 274,90 R$ 302,80 Projetos de investimentos: Corredor Santarém (BR-163) R$ 269,40 R$ 249,10 R$ 275,30 Corredor Cuiabá/MT - Santos/SP R$ 253,80 R$ 230,00 R$ 276,10 Corredor Carajás/PA - São Luís/MA R$ 379,60 R$ 358,40 R$ 410,70 Corredor Cáceres/MT - Corumbá/MS – Santos R$ 309,60 R$ 285,80 R$ 295,30

Fonte: Elaborado pelo autor – 2004

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Região Sul: Cidades e Valores de Fretes

Vias de Escoamento Itiquira (R$) Primavera do

Leste (R$) Rondonópolis (R$)

Existentes: Corredor Porto Velho – Itacoatiara R$ 331,50 R$ 321,80 R$ 320,50 Corredor Porto Velho – Santarém R$ 352,20 R$ 342,50 R$ 341,20 Corredor Mgá - São Francisco/SC R$ 263,30 R$ 272,30 R$ 263,30 Corredor São Francisco/SC R$ 262,30 R$ 270,60 R$ 262,30 Corredor Alto Taquari – Santos R$ 227,20 R$ 224,20 R$ 217,20 Corredor Pederneiras/SP – Santos R$ 253,40 R$ 252,00 R$ 242,30 Corredor Paranaguá R$ 248,70 R$ 256,90 R$ 248,70 Corredor Mgá - Paranaguá/PR R$ 252,80 R$ 261,80 R$ 252,80 Corredor Porto Franco/MA - São Luis/MA R$ 350,50 R$ 323,10 R$ 339,50 Corredor Araguari/MG - Tubarão/ES R$ 253,70 R$ 258,00 R$ 242,70 Projetos de investimentos: Corredor Santarém (BR-163) R$ 280,80 R$ 272,50 R$ 271,40 Corredor Cuiabá/MT - Santos/SP R$ 212,10 R$ 229,60 R$ 212,10 Corredor Carajás/PA - São Luís/MA R$ 349,90 R$ 327,30 R$ 338,80 Corredor Cáceres/MT - Corumbá/MS – Santos R$ 295,10 R$ 285,40 R$ 284,00

Fonte: Elaborado pelo autor – 2004

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Região Leste: Cidades e Valores de Fretes

Vias de Escoamento Canarana (R$) Querência (R$) Nova Xavantina

(R$)

Existentes: Corredor Porto Velho – Itacoatiara R$ 372,80 R$ 397,20 R$ 358,70 Corredor Porto Velho – Santarém R$ 393,50 R$ 417,90 R$ 379,40 Corredor Mgá - São Francisco/SC R$ 313,50 R$ 323,80 R$ 300,80 Corredor São Francisco/SC R$ 308,30 R$ 317,90 R$ 296,50 Corredor Alto Taquari – Santos R$ 270,20 R$ 282,20 R$ 257,20 Corredor Pederneiras/SP – Santos R$ 263,00 R$ 274,10 R$ 249,30 Corredor Paranaguá R$ 294,70 R$ 304,40 R$ 283,00 Corredor Mgá - Paranaguá/PR R$ 303,00 R$ 313,30 R$ 290,30 Corredor Porto Franco/MA - São Luis/MA R$ 277,20 R$ 269,10 R$ 286,60 Corredor Araguari/MG - Tubarão/ES R$ 258,50 R$ 273,00 R$ 244,40 Projetos de investimentos: Corredor Santarém (BR-163) R$ 315,30 R$ 325,80 R$ 303,30 Corredor Cuiabá/MT - Santos/SP R$ 276,10 R$ 287,30 R$ 262,20 Corredor Carajás/PA - São Luís/MA R$ 279,60 R$ 266,90 R$ 293,00 Corredor Cáceres/MT - Corumbá/MS – Santos R$ 311,60 R$ 323,90 R$ 297,50 Fonte: Elaborado pelo autor – 2004

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Com todos os fretes calculados temos para a região norte, uma das rotas preferenciais, a via pela BR-163 até Santarém. Além desta, a via pela Ferronorte partindo de Cuiabá também poderia ser utilizada como segunda opção para as cidades da região localizadas mais ao sul. Para a região oeste, teríamos como rotas preferenciais para o escoamento de grãos, as vias por Itacoatiara e Santarém via Porto Velho/RO, além dessas teríamos como outra via possível, dependendo da localidade, por Cuiabá/MT via Ferronorte. Para região sul, teríamos como opção principal o projeto de investimento da Ferronorte, prolongando a ferrovia até Cuiabá/MT, e outras vias como São Simão/GO e Araguari/MG, poderiam ser utilizadas também caso fossem reformadas, pois estas apresentam problemas na parte rodoviária. Para a região leste, teríamos como opção principal, a via pela BR-158 até Carajás, este servindo para os municípios mais ao Norte da região, já os localizados mais ao sul, teríamos as vias por São Simão/GO e Araguari/MG como ótima opções caso fossem reformadas. Dessa forma, de todas as vias e regiões comentadas a maior parte delas possui algum gargalo. A via pela Ferronorte é uma das mais utilizadas por todo o estado do Mato Grosso para escoar a soja, neste caso os trechos de estradas percorridas são pavimentadas e em boas condições, sendo que as maiores preocupações esta na parte ferroviária. As linhas estão em boas condições de tráfego, a empresa esta investindo em maquinários, mas o grande gargalo é a parte do estado de São Paulo, pois devido ao grande movimento de automóveis e a concentração de cidades junto a ferrovia, faz com que os trens ao trafegarem pela ferrovia tenham que reduzir a velocidade muitas vezes chegando abaixo de 20 km/h e com isso aumentando o tempo de viajem até o porto, outros problemas também são barracos que se localizam perto da via, sendo perigoso no transporte das mercadorias. Outro gargalo a ser considerado é o intenso trafego de caminhões na época de safra, a movimentação é intensa, faz com que no final da safra as estradas fiquem cheias de buracos, com as chuvas esta situação se agrava, cabe ao governo o cuidado de fiscalização constante das estradas e equipes para reformas o mais rápido possível, pois acidentes graves podem ocorrer. Aliás, este gargalo é um problema encontrado em todas as regiões do país, e as medidas são válidas para todos os estados. Nas vias de São Simão e Pederneiras, por exemplo, o grande problemas para um uso mais intenso dessas vias são as condições das estradas, apesar de que a malha ferroviária apresenta alguns problemas já citados que podem ser considerados para essas vias também. Considerações finais Portanto, com todos os fretes calculados e a logística do estado apresentada, esperamos ter conseguido atingir nosso objetivo, o quanto o país perde no transporte de grãos. Apesar de termos as terras, clima teconologias idéias, perdemos muito no transporte da mercadoria, por isso se medidas não forem tomadas corremos o risco de sermos campeões em termos de produção, porém não teremos capacidade para escoar essa produção. Todo mundo sempre diz que o país precisa agregar valor em suas exportações, apesar disso, podemos perceber que o mundo inteiro tem a necessidade de se alimentar, visto a demanda crescente por produtos agrícolas em alguns mercados estratégicos do exterior. O Brasil nesse setor, no quesito exportação, é um dos primeiros em vários produtos do setor alimentício. É claro que no Brasil, as exportações de produtos com valor agregado não são expressivas, mas no caso da soja está crescendo, e é assim que se começa, aos poucos, conhecendo, aprendendo, buscando e criando novas tecnologias, para produzir melhores produtos, agregando valor e aumentando os ganhos.

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Nesse setor, o país está indo pelo caminho correto, pois a tecnologia utilizada na soja é uma das melhores no mundo, sendo muitas vezes, copiada por outros países. Surgindo novas tecnologias, idéias relativas a terra e ao cultivo, os produtores buscam adquirir, um exemplo disso, é o sucesso da Agrishow no Brasil e as fábricas de maquinários agrícolas instaladas no país estarem trabalhando a todo vapor. Por isso, hoje podemos considerar que o Brasil está com uma balança comercial com superávit, o que é bom. Por outro lado, está importando os produtos que são necessários para seu aprimoramento, no caso da soja, as melhores máquinas para o campo, já em alguns casos conseguimos desenvolver outras tecnologias que são ótimas, como exemplo, os aviões agrícolas. Conforme foi visto, as regiões que estão com maior capacidade de crescimento são as que menos tem infra-estrutura para escoamento da produção, no caso, as regiões leste e norte. A região norte, é uma região de grande produção só que acaba perdendo no preço final da soja, porque toda a sua produção tem que vir para o sul do país para ser escoada. Assim como a região Leste, que pode crescer suas áreas de plantio, mas seu escoamento ainda não é satisfatório, necessitando de investimentos. Apesar de várias vias terem sido mostradas neste trabalho, vias de escoamento atuais, e algumas de investimentos futuros, mesmo assim não são suficientes para que essa logística ideal. Conforme estudos desse trabalho, o potencial de crescimento do estado é grande, podendo produzir no futuro 35 milhões de toneladas de soja. Se nada der errado e ainda tiver demanda para todo esse volume, o Brasil pode acabar num colapso, sendo um grande produtor, porém não conseguindo escoar sua produção, perdendo em preço e competitividade. Portanto, é necessário que tanto esses investimentos mostrados, como outros sejam feitos, para que se possa desbravar as novas fronteiras agrícolas do Mato Grosso. O projeto da Ferrnorte é um dos projetos primordias para essa logística, que seria a construção da ferrovia até Porto Velho/RO e de outra ponta da ferrovia indo até Santarém/PA. Além disso, também poderia vir algum novo empreendimento na EFC, onde esta poderia ser prolongada até a divisa do estado do Mato Grosso ou mais, estradas que interligassem melhor o norte do Mato Gross, por exemplo, uma estrada que ligue Sinop com a cidade de Querência, seriam bem vindas. Sendo que no estado, o tráfego de caminhões é intenso, por isso são necessárias várias estradas, e uma constante manutenção, por que os caminhões andam o ano inteiro e com o tempo as estradas vão estragando, devido as condições climáticas e tráfego. Para que esses investimentos e tantos outros ocorram, são necessárias medidas diversas para tentar reverter esta situação. Umas delas seria o próprio governo começar a destinar parte do orçamento público para esses investimentos se concretizarem, iniciando a mudança do panorama do Mato Grosso. Neste quesito algo já esta sendo feito, pois o Governador eleito Blairo Maggi, está destinando recursos para esses investimentos. Outra medida seria a parceria de governo com a iniciativa privada. Por exemplo, a associação de produtores que se unem com o governo, e investem na infra-estrutura da região, tentando assim obter um melhor resultado para suas causas. Outro tipo de junção público-privada seria projetos de investimento em infra-estrutura no país realizados por empresas nacionais, onde estas fariam o projeto e buscariam algum investidor internacional para executá-lo, em troca disso pagar-se-ia em produtos agrícolas, não somente a soja. Alguma coisa desse tipo já se esta sendo estudada, mas por enquanto não se obteve nenhum êxito. Outro tipo de iniciativa realizada no estado é o de empresas tanto nacionais como multinacionais, fazerem os projetos de investimentos e concretizarem os mesmos, sendo em sua maioria parcerias com uma parcela de ajuda do governo, neste caso os investimentos são

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controlados pela empresa e não pelo estado. Por exemplo, o terminal da Itacoatiara construído pela Amaggi ou o de Santarém pela Cargil. Sendo que, no caso da Amaggi ela fez esse investimento e após isso ela pode escoar sua soja com um terminal privado e um ganho na cadeia inteira, desde o produtor até a empresa, visto que comparado os preços nos relativos aos outros portos os ganhos são imensos. Além disso, com esse porto, não é todo o ano que uma empresa sozinha o movimenta, por isso pode prestar serviços para outras empresas e assim ter maiores lucros. Se esses investimentos se concretizarem, para o país isto vai ser muito bom, porque o norte, em geral do estado, irá se desenvolver, mais empregos e oportunidades irão surgir, e com isso haverá uma diminuição da concentração de mão-de-obra no sul do país se deslocando para o norte. Atualmente, a demanda por pessoas já é grande o que falta são pessoas com coragem de migrarem para o norte em busca de uma melhor condição de vida. Com certeza é um tipo de vida com menos regalias e confortos que estamos acostumados com cidades do Paraná e de São Paulo, porém as chances de ganhos tanto monetários como de benefícios a vida são imensos. Outro ponto, com determinados investimentos conseguiremos que grande parte da produção seja escoada pelo porto de São Luís/MA ou Santarém/PA, fazendo com que haja uma ligação econômica entre a região centro-oeste e o norte-nordeste, proporcionando um desenvolvimento em conjunto, criando mais empregos, oportunidades e melhores condições de vida para a população. Isto já pode ser visto no caso da Amaggi quando investiu em Itacoatiara/PA, fez com que se criasse várias oportunidades para o estado de Rondônia e ajudou no desenvolvimento deste. Dessa forma, esses investimentos na logística do estado devem ser concretizados o mais rápido possível. Primeiro já foi comprovado neste trabalho que isto é necessário, aumentado à participação dos modais ferroviários e hidroviários nos meios de transporte. Segundo, no futuro o país pode ser muito prejudicado, ao contrário se esses investimentos forem feitos, o Brasil se torna mais competitivo no mercado externo e o produtor ganha mais. Em terceiro o país se desenvolverá em outros setores e regiões, no caso a região centro-oeste. Este último é um dos mais importantes, pois temos uma população ávida pelo consumo, comprovado em várias reportagens do sucesso de vendas de várias concessionária de automóveis e lojas de vestuário, dando assim oportunidades a muitas pessoas a investirem seu capital no estado.

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SIFRECA. In: Fretes. <http://sifreca.esalq.usp.br/sifreca/pt/index.php>. Acesso de 11 de outubro de 2004.

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