roraima agora edição 15

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30 de março de 2015 Jornal semanal ANO I EDIÇÃO 15 Tiragem: 2.000 exemplares DOR DE BARRIGA IDEIA FIXA Página 19 Fechamento da edição: 12h do dia 26 / março/2015 Cocô força retorno de voo da British Airways Hoje, as lentes poderosas de Valéria Andrade vão fazer os leitores do Roraima Agora ver o peso que a graça e a sensualidade que essa paraense, Edinete da Conceição Vale, tem Páginas 12 e 13 Jovens dispostos a desafiar a lei da gravidade ocupam o entorno de um dos símbolos da capital roraimense Páginas 22 e 23 PORTAL DO MILÊNIO Filho de Deus mora no Distrito Federal Página 10 E 11 PABLO FELIPPE AROLDO PINHEIRO

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Roraima Agora edição 15

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Page 1: Roraima agora edição 15

30 de março de 2015Jornal semanalAno I EdIção 15Tiragem: 2.000 exemplares

DOR DE BARRIGA

IDEIA FIXA

Página 19

Fechamento da edição:12h do dia 26 / março/2015

Cocô força retorno de voo da British Airways

Hoje, as lentes poderosas de Valéria Andrade vão fazer os leitores do Roraima Agora ver o peso que a graça e a sensualidade que essa paraense, Edinete da Conceição Vale, tem Páginas 12 e 13

Jovens dispostos a desafiar a lei da gravidade ocupam o entorno de um dos símbolos da capital roraimense

Páginas 22 e 23

PORTAL DO MILÊNIO

Filho de Deus mora no Distrito FederalPágina 10 E 11

Pablo FeliPPe

aRolDo PiNHeiRo

Page 2: Roraima agora edição 15

2 Boa Vista, 30 de março de 2015 Opinião

Quando pôs os pés na aldeia, sentiu o ambiente um tanto aba-belado. Os anciãos não se enten-diam, os mais jovens se ameaça-vam e as acusações cruzavam o ar como flechas envenenadas.Apaziguou os ânimos e quis sa-ber os motivos de tamanha bal-búrdia. Trouxeram-lhe o prisio-neiro, acusado de roubar uma, a quem os parentes da moça queriam morto.  Mas havia um porém: a jovem ainda estava de-saparecida.

Convenceu o rapaz a lhe revelar o paradeiro da raptada e man-dou buscá-la. Ela chegou sorrin-do, felicidade nos lábios e flores no cabelo. Tudo mudou quando confessou que não fora roubada e que fugira, apaixonada que es-tava pelo jovem da outra aldeia. E então a quase tragédia acabou em festa. 

Nota do Autor – Ababelado (Part. de ababelar) - Adjetivo - 1. Desorde-nado, confuso, babélico.

Charge

ExpedienteDiretor geral, gerente comercial e editor chefe: José Aroldo Pinheiro – MTB 397 – RRDiagramaDor: Flávio MendeseDitora De fotografia: Valéria AndradePinheiro Imp. Exp. Ind. e Com. Ltda. CNPJ: 04.698.356/0001-04 – Inscrição Estadual 24.001213-4 – Suframa 11.0189.10-8telefones: 95-98122-3131(TIM) – 95-98404-3720(CLARO) – 95-9963-1122 (VIVO)e-mail: [email protected] – Facebook: Roraima Ago-ra – Whatsapp: 95-98122-3131(TIM) enDereço: Avenida Brasil, 1240 – Cinturão Verde – CEP 69312-450 – Boa Vista, RoraimareDação: Rua Pau Brasil, 614 – Paraviana – CEP 69300-000 – Boa Vista, Roraima Reportagens, matérias, artigos, crônicas e ensaios assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessaria-mente, a opinião do jornal Roraima Agora

AMOR NA sELvA

Roraima [email protected]: Aroldo PinheiroWhatsApp: 95-98122-3131

Sobre a Menina do Ba-rão, Daniela Cavalcan-te. Sem resposta.

Marcelo Ribeiro (via Facebook)

“Nooossa.”........................................

Genaro Oliveira(via Facebook)

“Barão, que baronesa linda.”........................................

Bernadete Lopes (via Facebook)

“Cuidado, marmanjos: se olharem demais, po-dem se afogar.”........................................

Cláudia Amaral (via WhatsApp)

“Interessante a repor-tagem sobre o pinto do maranhense. Essas coi-sas fazem a diferença do Roraima Agora.”Quem pesquisa essas partes da anatomia

Protegendo-se do sol das duas da tarde, a curuminzada conversava sob a sombra de jambeiro na rua Caio Vasconcelos:- Quando crescer, quero ser bom-beiro -, diz, um.- Eu quero ser policial -, diz ou-tro.

- Vou ser professora -, diz Juju.- Eu quero ser cantor -, grita Ro-drigo.Para surpresa de todos, Daniel diz: “Eu quero ser lixeiro”.- Por quê? – Pergunta Juju.- Só pra ver o que uzoutro meni-nos ganham de presente

masculina é Plínio Vicen-te, Cláudia.........................................

Janaína Sobral(via WhatsApp)

“Parabéns a Valéria An-drade pela arte de captar sensualidade das mulhe-res.”Obrigado, Janaína. Olhaí, Valéria: mais uma fã.........................................

Sandra Coutinho(via WhatsApp)

“Não perco a coluna Mundo Zero. Vocês tra-zem forma diferente e in-teressante de falar sobre a sétima arte. Parabéns.”Obrigado, Sandra. É Pablo Felippe fazendo sucesso.........................................

Carla Oliveira(via WhatsApp)

“Esse jornal é financiado pelo grupo do senador Romero Jucá?”Não, Carla; é financiado-por anunciantes.

ERRAMOS (e erramos feio)Na edição anterior, erramos o nome da Menina do Barão e sua naturalidade. Da-niela Cavalcante é cearense e nunca dan-çou carimbó ou sirimbó. Para compensar o erro, trazemos um pouco mais da graça, beleza e sensualidade da modelo.

ValeRia aNDRaDe

Page 3: Roraima agora edição 15

3Boa Vista, 30 de março de 2015Política

Entra Ronaldo Marcílio, retiram Lurenes CruzRonaldo aprovado com folga; Lurenes, retirado às pressas

vOTAÇÃO NA ALE

Com ansiedade, de-putados aliados ao gover-no vêm encarando votações para aprovar nomes indica-dos pela governadora Suely Campos para administração indireta.

Na terça-feira, 24, por 17 votos a favor e quatro con-tra, o nome de Ronaldo Mar-cílio Santos foi aprovado para presidir o Iper (Instituto de Aposentadoria do Estado de Roraima.

A indicação de Lurenes Cruz para o Instituto de Am-paro à Ciência, Tecnologia e Inovação (IACT) foi retira-do antes de ir a plenário. A votação do projeto chegou a

ser anunciada pelo presiden-te da Casa, deputado Jalser Renier, que atendeu à ques-tão de ordem da liderança do Executivo.

Ao líder do Governo, deputado Brito Bezerra, Jal-ser esclareceu que, conforme o artigo 210 do Regimento Interno da Assembleia, a pro-posição depois de retirada não poderia ser reapresenta-da aos deputados contendo a mesma indicação, ou seja, o Governo do Estado teria que apontar o nome de outro ges-tor para o órgão.

Brito Bezerra disse estar ciente e, em entrevista à im-prensa, após a sessão, expli-

cou que Lurenes Nascimen-to ficará à frente do projeto do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE). De acordo com ele, a decisão partiu de entendimento entre deputa-dos da base aliada e o Exe-cutivo, e não há ainda uma definição sobre o cargo em que Lurenes será acomoda-do. O Governo tem prazo de até 30 dias para enviar nova indicação.

Antes da votação, o lí-der do G14, deputado George Melo (PSDC), orientou seus membros a votar pela aprova-ção de Ronaldo Marcílio.

Conforme Melo, o Blo-cão decidiu pela aprovação

do nome de Marcílio, qualifi-cação técnica. “Somos grupo de Oposição; independente. Temos tido cuidado de ana-lisar, discutir internamente”, comentou.

AVALIAÇÃOAo avaliar a sessão de

terça-feira, o presidente da Casa, Jalser Renier, declarou: “O plenário dessa Casa sabe exatamente a responsabili-dade que tem. Ronaldo é um homem preparado, já pas-sou por diversas situações e mostrou sua inocência, é um técnico apto a atuar no cargo. Acho que o IPER está bem guardado”, concluiu.  dEputAdo Jalser Renier

CHaRleS WeliNGToN

Page 4: Roraima agora edição 15

4 Boa Vista, 30 de março de 2015 Nacional

Ianomami pede socorro via WhatsAppAnte o descaso de dirigentes da Funai e do Governo Federal,

índio usa celular para denunciar falta de atenção para com seus pares

#sOs

Foi-se o tempo em que índios usavam gritos, tam-bor ou instrumentos de sopro para se comunicar à distância. Foi-se o tempo em que, dian-te do perigo, indígenas recor-riam ao deus sol. Hoje, do sol, eles armazenam energia que serve para carregar baterias de aparelhos celulares, que, por sua vez, servirão para pedir socorro.

No dia 20, Anselmo Ya-nomami, um índio que vive a duas horas de distância via monomotor de Boa Vista, usou o celular para, por meio do WhatsApp, enviar a men-sagem: “Eu sou Anselmo Ya-nomami, do Estado de Rorai-ma, extremo norte do país. Em nome do meu povo Yanoma-mi xirixana, xiriana, sanoma, quero denunciar a secretária especial de saúde indígena. Povo Yanomami está morren-do por falta de assistência de saúde. Mortes causadas por doenças, pneumonia, diarreia, tuberculose. O povo Yanoma-mi pede socorro. Nos ajude a divulgar para as autoridades do Brasil e do mundo”.

O desespero de Ansel-

mo viajou mais de quatro mil quilômetros até chegar à re-dação do jornal EL PAÍS, em São Paulo, numa prova de que os índios não confiam mais nos poderes constituídos e apelam para que a imprensa denuncie a caótica situação enfrentada por esses seres humanos que deveriam ser cuidados pela Funai. Hoje, na Fronteira do Brasil com a Venezuela há, pelo menos, 25 mil índios assistindo à morte de seus irmãos.

mUDanças na Direção

EL PAÍS relata que, no início do ano, pintados de pre-to, em sinal de luto, um grupo de índios invadiu a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena, em Boa Vista, com cantos na boca e flechas em punho, exigindo a saída de Maria de Jesus do Nascimen-to, coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. “A saúde só tem piorado nos últimos quatro anos na nossa terra indígena e, por isso, estamos aqui rei-vindicando melhorias para as

nossas crianças”, disse, à épo-ca, para a reportagem do site G1, Júnior Yanomami, uma das lideranças que acompanha Anselmo nas denúncias. Am-bos fazem parte do Conselho Distrital de Saúde Yanomami e Ye’kuana, um grupo que dis-cute a situação sanitária nas 300 aldeias da Terra Indígena, que é a maior área demarcada do Brasil.

Depois, por meio de li-gação para EL PAÍS, Anselmo disse que, apenas neste ano, 11 crianças entre 1 e 10 anos morreram por causas como diarreia e vômito nas aldeias Yanomami. Ele relatou ainda as mortes recentes de dois adultos após serem picados por cobras e não haver medicamento dis-ponível no posto de saúde da aldeia onde viviam.

“Nossas comunidades estão abandonadas, há comu-nidades ilhadas, sem atendi-mento nenhum. Reduziram o número de profissionais de saúde que atendem as aldeias sem consultar os índios; nos postos não há equipamento ou medicamento suficiente”, lamentou ele. 

aleX alMeiDa

Page 5: Roraima agora edição 15

5Boa Vista, 30 de março de 2015Nacional

JUstifiCatiVa?Não serve de consolo,

mas Anselmo e Júnior devem saber que, para seus irmãos não índios, a questão de saú-de também não anda lá essas coisas.

pAZ nA ALdEIA: Criança ianomami se divertem sem saber

que o perigo de morte está ali perto

aleX alMeiDa

Por meio de nota, o Ministé-rio da Saúde afirmou ter quadru-plicado investimentos no acesso à assistência à saúde dos povos indígenas, passando de R$ 479 milhões, em 2011, para R$ 1,093 bilhão, em 2014 – sem especificar, entretanto, o valor repassado para a área Yanomami.

Também afirmou que, por meio do programa Mais Médi-

cos, ampliou em 305 o número de profissionais atuando nessas áreas, que contam com 511 mé-dicos atualmente. “O DSEI de Yanomami era um dos que enfren-tava dificuldade na fixação desses profissionais, mas que atualmente conta com 20 médicos, sendo 15 do Programa Mais Médicos, além de 67 equipes multidisciplinares de saúde compostas por mais de 460

profissionais,” enfatizaram.O órgão afirmou ainda que

tem investido em saneamento bá-sico, essencial para reduzir as diar-reias. “Estão em andamento obras de abastecimento de água em 457 aldeias e de saneamento em 113. Também estão sendo construídos e reformados 97 estabelecimentos como Unidades Básicas de Saúde, Polos Base e Casas de Saúde In-

dígena. Os investimentos nessas ações somam R$ 97,3 milhões”. A nota afirma ainda a disponibiliza-ção de medicamentos essenciais para a assistência básica aos povos indígenas nos 37 Polos Bases e 73 farmácias da Terra Indígena Yano-mami e Ye’kuana. Apesar de tantos números, o Ministério não explica os motivos que levam ao aumento das mortes.

inVestimento aUmentoU, Diz ministério

(Fonte: Jornal El País)

Page 6: Roraima agora edição 15

6 Boa Vista, 30 de março de 2015 Cidades

Patrulha da Chuva elimina pontos críticos antes da chegada do inverno

Imprensa é convidada para acompanhar execução de trabalhos

CORRIDA CONTRA O TEMPO

A Prefeitura de Boa Vista intensifica o tra-balho iniciado no ano passado para evitar o acú-mulo de água em diversos pontos de alagamento, prevenindo-se para a chegada do período de chu-vas. Teresa Surita, a prefeita, reuniu a imprensa para apresentar os resultados da Operação Patru-lha da Chuva - o que já foi concluído, o que está em execução e o que vai ser feito na capital.

Desde o ano passado, a equipe formada por 550 colaboradores está nas ruas antecipando as ações para o período de inverno. Dos 54 pontos de alagamento identificados pela operação, 13 já foram solucionados e mais duas obras estão em andamento, na avenida Capitão Júlio Bezerra com a avenida Santos Dumont e na avenida Má-rio Homem de Melo entre a avenida dos Bandei-rantes e a dos Imigrantes.

Além do empenho para eliminar pontos de alagamento, 15 mil toneladas de galhadas e entu-lhos são recolhidos por mês e recomposição de 500 unidades de bocas de lobo. A Operação Tapa Buracos utiliza cerca de 2.500 toneladas de asfal-to mensalmente.

“Não temos como controlar o volume das chuvas nem interromper o inverno. O que pode-mos fazer é nos antecipar para não termos tan-tos problemas na temporada. Em toda a cidade é possível perceber a presença da Prefeitura por meio das nossas obras que só refletem na me-lhoria da qualidade de vida da população”, des-tacou a prefeita. opErAção elimina 13 pontos críticos antes do início do inverno

SeMuC/PMbV

Page 7: Roraima agora edição 15

7Boa Vista, 30 de março de 2015Publicidade

Page 8: Roraima agora edição 15

8 Boa Vista, 30 de março de 2015 Cidades

Caminhos de Memória valoriza história de Boa vista

Cem placas com fotos ou gravuras são afixadas em pontos marcantes da capital

REsGATE

No ano em que a capi-tal de Roraima completa 125 anos de idade, a Prefeitura de Boa Vista lança o projeto Caminhos de Memória que contará a história do municí-pio por meio de fotografias, gravuras e aquarelas. A festa de lançamento da primeira de 100 placas ocorreu em um dos cartões-postais boa-vistenses: em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo.

Na solenidade, a prefeita Teresa Surita ressaltou que o projeto representa o resgate dos valores culturais e his-tóricos de Boa Vista. “Esta é uma forma de guardarmos na memória nossa cultura, nossos costumes, trajetória e, ao mesmo tempo, comparti-lhá-las com quem não viveu aquela época, além de mos-trar aos visitantes que vierem desfrutar das belezas da capi-tal. Seguimos olhando para o futuro, mas sem abrir mão do nosso passado”.

As imagens representa-das nas placas fazem parte do acervo da Biblioteca Na-cional, de coleções particu-lares e, principalmente, do álbum “Valle do Rio Bran-co”, publicação de 1906 com as primeiras fotografias de Roraima. O projeto é uma parceria da Prefeitura de Boa Vista com a Universidade Federal de Roraima.

“Foi um trabalho de busca em acervos históri-cos, bem como audições com moradores antigos da capital a fim de colher dados impor-tantes sobre o nosso patri-mônio histórico. Um grande presente à nossa população e àqueles que virão conhecer a capital”, afirmou a superin-tendente de Turismo da Fe-tec, Alda Amorim.

O conjunto é composto por 100 placas instaladas ao longo dos principais pontos turísticos de Boa Vista, como o Centro Histórico na aveni-da Floriano Peixoto - desde a

Prelazia ao Porto de Cimento (sob a Orla Taumanan), ave-nida Ene Garcez, Praça do

Centro Cívico, Praça Capitão Clóvis e avenida Jaime Bra-sil. Cada uma delas vem com

uma imagem que, e no verso, traz pequeno texto sobre o ponto turístico.

SeMuC/PMbV

prIMEIrA dE CEM: Em frente a um dos cartões postais da cidade, a prefeita Teresa Surita inaugura a primeira das cem placas

Page 9: Roraima agora edição 15

9Boa Vista, 30 de março de 2015Variedades

o conselhoGente boa. Três cursos

superiores, mestrado, dou-torado, fluente em espanhol, inglês, francês e alemão, não fuma, bebe pouco, nunca usou drogas. Inteligentíssimo, bom papo, enfim, o genro que toda sogra gostaria de ter. Gervásio tem um problema: pessimis-mo. Ele raramente pronun-cia alguma frase positiva. O

hábito negativista facilitou o encaixe do apelido que os amigos lhe deram: Hardy Har Har (aquela hiena de Hanna & Barbera que amanhece o dia se lastimando: “Oh, dia, oh, azar: eu acho que não vai dar certo”).

Tarde de sexta-feira, o grupo tentava trocar por cer-veja, tragos de uísque, caipi-

adiante.Mais um gole de refrige-

rante. Vendo que havia inte-resse, continuou: “Depois de aulas na autoescola, dei-lhe um Astra. Saindo da padaria, manobrando de ré, uma moto acabou com a traseira do carro dela. Paguei o prejuízo do mo-toqueiro e a lanternagem do automóvel”.

Outro gole molhou o ver-bo: “Comprei-lhe um Fiat Pa-lio. Ontem, ela bateu de frente com uma picape. Vou ter que arcar com os dois prejuízos...”

Sem dar-lhe chance para continuar, Abigobaldo, que não segura o tem pra dizer, sentenciou:

- Troca de mulher, cara: sai muito mais barato.

rinhas, caipiroscas e camparis os problemas e percalços en-contrados durante a semana. O papo rolava sobre futebol, política, carros, mulheres, UFC.

Gervásio aproximou-se da mesa. Pensamento quase uníssono da turma: “Ihhhhh, sujou!” Cumprimentos, con-vite para sentar. Ele, para des-gosto da canalha, sentou-se. Aboletou-se, pediu uma Coca Zero, sorveu-lhe um gole, sus-pirou e pronunciou: “É foda...”

Ninguém lhe perguntou o que se passava. Ele repetiu: “É foda”. A turma sabia que vi-nha chumbo grosso. Chumbo negativo.

- Gente, dei um Corolla completo para a patroa. No primeiro dia, ela jogou o car-ro contra um poste no Par-que Anauá. Tive que passá-lo

Page 10: Roraima agora edição 15

10 Boa Vista, 30 de março de 2015 Religião

O filho de Deus mora no Distrito FederalO poderoso Inri Cristo mora a 40 km da Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal

REENCARNAÇÃO

AROLDO [email protected]

Não é difícil entrevistar Inri Cristo. Você tem que ad-quirir um livro e materiais de divulgação (R$ 45) e só pode fazer três perguntas, pois, na internet, “o filho de Deus re-encarnado” responde a mais de 300 questões sobre os mais diversos assuntos; lá, o re-pórter encontrará tudo o que procura.

Na saída de Brasília, rumo à cidade satélite do Gama, pela EPIA (Estrada Parque Indústria e Abaste-cimento), no lado oposto ao Catetinho – primeira resi-dência presidencial no Pla-nalto Central -, muro alto, azul, com portão elétrico e porteiro eletrônico, abriga a Suprema Ordem Univer-sal da Santíssima Trindade, com as doze discípulas, qua-tro ajudantes e o líder, auto-denominado Inri Cristo, que afirma ser a reencarnação

FoToS: aRolDo PiNHeiRo

InEFÁVEL: Do alto de seu trono, o “filho de Deus” controla 12 discípulas e quatro auxiliares

Page 11: Roraima agora edição 15

11Boa Vista, 30 de março de 2015Religião

CoMIssão dE FrEntE: À entrada da casa do filho de Deus, apóstolas e colaboradores

do filho de Deus.Alto, Magro, imagem

semelhante à que foi criada para Jesus Cristo em milha-res de gravuras, o catarinense tem penetrantes olhos azuis que inibem e, de certa forma, metem medo no interlocutor. Antes da entrevista, conver-sa amena com duas discí-pulas, sob a sombra de uma das muitas mangueiras que circundam a área com pisci-na, confortável casa em estilo colonial e garagem que abriga motor home e dois outros ve-ículos.

Depois de alguns minu-tos de espera, a reportagem é avisada que “o mestre” está pronto. Em última recomen-dação, a discípula recomenda que não se deve tocar no filho de Deus.

a entreVista Em pequena área aberta,

com alguns bancos de madei-ra voltados para o altar onde está um enorme trono de ma-deira, sentado, encontra-se Inri Cristo. O reencarnado pede que os visitantes se aco-modem, levanta-se e dá iní-

cio a uma oração com forte sotaque estrangeiro.

Encerrada a conversa com Deus, Inri mostra-se surpreso ao saber que o re-pórter vem do longínquo es-tado de Roraima e pede que lhe seja enviado um exemplar do periódico com a reporta-gem para arquivo.

pergunta: A escolha de Brasília para sua morada é uma prova de que Deus é bra-sileiro?inri Cristo: Inefável. O pai não tem naturalidade nem

pátria. Eu não escolhi Bra-sília. Meu pai guiou-me até aqui para, no meio de mais de cinco mil seitas, criar a Nova Jerusalém e trazer a palavra.pergunta: Na internet, fala-se que o senhor toma uísque de vez em quando. Em sua primeira encarnação, o se-nhor tomava vinho; a prefe-rência mudou nesses dois mil anos?inri Cristo: Eu continuo dan-do preferência ao vinho. Uísque eu tomo raramente. E o senhor há de convir que, há dois mil anos, essa bebida escocesa ainda

não havia sido descoberta.pergunta: Na primeira encarnação, o senhor ex-pulsou vendilhões que se aproveitavam dos templos para fazer negócios; existe possibilidade de expulsar os vendilhões que se ins-talaram no Congresso Na-cional e na Presidência da República?inri Cristo: Vamos deixar as coisas de César para Cé-sar e as coisas de Deus para Deus. Encerrada a entrevis-ta, uma nova saudação ao pai. Ponto final.

aRolDo PiNHeiRo

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Page 13: Roraima agora edição 15

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14 Boa Vista, 30 de março de 2015 Cinema

O homem das mil faces e do mesmo dry marti-ni, mexido e não batido, pede espaço na Mun-do Zero desta semana. Um novo filme de 007 estará nos cinemas em breve e seria no míni-

mo imprudente deixar de falar sobre ele e um pouco da história do agente secreto mais famo-so da sétima arte. Meu nome é Zero, Mundo Zero! Boa leitura e Boa sorte!

007

De olho na missão!007 volta às telonas em novembro enfrentando a perigosa organização Spectre

BOND 24

O agente secreto James Bond é um dos personagens mais conhecidos da história do cinema. Nascido nos livros do britânico Ian Fleming, o herói galanteador já apareceu em 23 filmes oficiais (outros três não oficiais) e, para o fi-nal do ano, está programada a estreia do 24° filme do agente mais famoso do MI-6 que se chamará: “007 contra Spec-tre”.

No filme, Daniel Craig viverá Bond pela quarta vez. Além dele, Sean Connery (sete vezes, sendo uma num filme não oficial), George La-zenby (uma), Roger Moore (sete), Timothy Dalton (duas) e Pierce Brosnan (quatro) também já vestiram o terno e a gravata do agente secreto.

Em “Spectre”, o 007 de

Daniel Craig (primeiro James Bond a ter cabelo loiro) en-frentará inimigos conhecidos por alguns de seus antecesso-res, como Franz Oberhauser, que será vivido pelo excelente Christoph Waltz, e a organi-zação Spectre, que dá nome a filme. Algumas imagens das gravações já foram divulga-das e mostram Craig ao lado do grandalhão Dave Bautista, o Drax de “Guardiões das Ga-láxia”.

Desde que Daniel Craig assumiu o terno do agen-te secreto, a franquia tomou um rumo diferente. Tornou-se mais realista e deixou de lado o humor e cenas de ação exageradamente fantasiosas usadas pelos Bonds de Roger Moore e Pierce Brosnan.

Apesar disso, no último

filme, no elogiado “Skyfall”, que arrecadou mais de R$ 1 bilhão, começaram a surgir indícios que o 007 sisudo de Craig pode fazer belas home-nagens a seus antecessores

em breve. A própria presen-ça de Christoph Waltz (e até mesmo Dave Bautista) no elenco mostra que a vilania do filme será um pouco mais surtada que o normal.

Depois de ler tudo isso, sua missão agora é muito simples: anotar na agenda que no dia 6 de novembro de 2015 chega aos cinemas: “007 contra Spectre”.

o hoMEM dA rAInhA. O assassino inglês 007 chega ao 24° filme mostrando que seu nome ainda será repetido várias vezes nas telonas

DiVulGação

Page 15: Roraima agora edição 15

15Boa Vista, 30 de março de 2015Social

RAPIDINHAs

Quéida!Apressadamente, antes da votação, bancada governis-ta retirou o nome de Lurenes Cruz. Prova de bom senso, pois mais uma derrota estava pronta para o Palácio Senador Hélio Campos.

EmagrecimentoHá males que vêm para o bem. Com a falta de viaturas, poli-ciais militares veem-se obri-gados a fazer rondas a pé. Os homens da lei, pelo menos vão perder barriga.

ContrapontoHá pouco tempo, dizia-se que “pior do que tá não pode fi-car”. Pode sim.

Diretamente proporcionalA frota de veículos aumenta, novos motoristas (e motoci-clistas) invadem as ruas e o número de mortes por aciden-tes de trânsito aumenta assus-tadoramente. Até quando?

EstiagemAs ameaças vêm ocorrendo há mais de trinta dias, mas, do céu não vem nem ensaio de chuva. Este ano, a natureza sequer deu confiança pra São José (19 de março). Que os deuses tenham pena de nós.

no soLAr do BArão, a dupla Diabetes e Pressão Alta (Sabazinho e Silveirinha) com acordes do médico Alceste Almeida

suCEsso o piquenique para deficientes físicos promovido pela vereadora Mayara Ferreira, no dia 21

no ChILE, o casal Roberto Bonfim e Elaine Bianchi festejou anos de feliz convivência

ELEGÂnCIA E BELEZA da médica Bruna Coelho, ao lado do colega Juhed Abouchaine

aRolDo PiNHeiRo

aRolDo PiNHeiRo

NoMe Do FoToGRaFo

aRolDo PiNHeiRo

Page 16: Roraima agora edição 15

16 Boa Vista, 30 de março de 2015 Variedades

DESaPRENDENDO CURIOSIDaDE

HORÓSCOPO

Áries 21/3 – 20/4Encontros eventuais estão lhe fazendo bem? Vá em frente. Você não tem mais idade para ewscolher.

Sagitário 22/11 – 21/12Todo mundo tem prob-lemas. Dê uma volta pelo

HGR e veja como há pes-soas em situação pior do que a sua.

Touro 21/4 – 20/5Tem hora pra plantar e hora pra colher. Só colhe bons frutos quem plantou boas sementes.

Virgem 23/8 – 22/9Não dedique sua vida só a concursos. Há oportuni-dades que podem trazer satisfação profissional.

Capricórnio 22/12 – 20/1Leia um bom livro, saia com amigos, divirta-se. Aproveite a o fim de se-mana para repensar ati-

tudes e viver.

Gêmeos 21/5 20/6Pense antes de agir. Os perigos do mundo estão aí. Um passo no escuro pode encontrar o abismo.

Libra 23/9 – 22/10Você está sendo egoís-ta. Repense. Se mudar a maneira de agir, sua vida será bem melhor.

Aquário 21/1 -19/2Pro seu caso, só muita reza, ou internação. Gar-denal 500 pode ser só

paliativo

Câncer 21/6 21/7Não se deixe levar. Anal-ise. O ditado “antes só do que mal acompanhado” não perdeu validade.

Escorpião 23/10 – 21/11Se a fórmula não está dando certo, mude de fór-mula.

Peixes 20/2 – 20/3Não deixe que lhe tratem mal. Quem muito se abaixa, mostra o fundilho.

Reaja. Mostre a que veio.

por Demerval Sacripanta

Leão 22/7 -22/8Vocês têm que parar com esse puxa-encolhe. Se não dá, não insistam e partam pra outra.

Bela, simpática, companhia agradável, marcou época nos anos 1960 e 1970; quem é?

1. Carminda Maia2. Graça Dias3. Lúcia Dias4. Maria Teresa Oliveira5. Perpétua Dias

Resposta da semana anterior: Shéridan Sterfany

Se tem colchão inflávio, deve ter cobertor infábio e tra-vesseiros infátima.

aRQuiVo PeSSoal

aRolDo PiNHeiRo

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17Boa Vista, 30 de março de 2015Variedades

Mesmo timeTime do eu sozinho? Não existe.

Outras criaturas formam a equipe. No caso do plural do diminutivo, entram na jogada as palavras terminadas em ão, r, l e m. Todas obedecem à mesma trajetória de pão.

Veja: cão (cães — cãezinhos), bo-tão (botões — botõezinhos), cartão (cartões — cartõezinhos), cidadão (cidadãos — cidadãozinhos), mulher (mulheres — mulherezinhas), profes-sor (professores — professorezinhos), papel (papéis — papeizinhos), lençol (lençóis — lençoizinhos), plural (plu-rais — pluraizinhos), homem (homens — homenzinhos), nuvem (nuvens — nuvenzinhas).

Moral da opereta

O diminutivo enriquece a expres-são. Deixa a razão pra lá e acrescenta emoção ao anunciado. Fala de amor, ódio, carinho, ironia. Mas não o faz de graça. Ao contrário. Cobra caro. O percurso pra chegar ao plural serve de prova. Ufa!

Sem bobeiraViu? Papéis e lençóis têm acento.

São oxítonas terminadas com os diton-gos abertos éi e ói. O diminutivo man-da o grampinho bater à porta de outra freguesia. Por quê? Os acentos (agudo e circunflexo) só recaem na sílaba tônica. É o caso. As fortonas de lençoizinhos e papeizinhos é zi. Adeus, agudão!

Quem diz o que quer…O poeta olha firme para o gato e diz:— Estou sentindo dificuldade para

criar. Preciso criar. Entendeu? Criar!

Criar!O animal responde com todos os

miados:— Que tal periquito? Não dá traba-

lho algum.De Deus e de nósO futuro a Deus pertence? Pode ser.

Mas a língua é nossa. Para usá-la, exis-tem regras. A indicação do porvir pode ser feita de duas formas. Uma: o futuro simples (contribuirá). A outra: o futuro composto (vai contribuir). Assim — com o verbo ir no presente. Nunca no futuro como disse o ministro:

— O governo federal, no que puder contribuir, irá contribuir.

Xô, dose dupla! O governo vai con-tribuir? Contribuirá? Que contribua. Sem enrolação. E sem bombardear o idioma nosso de todos os dias.

 Leitor perguntaEstava na fila do banco do tribunal.

Um senhor com pinta de advogado in-dignou-se com a moça do caixa:

— Minha filha, o que quero é um papel para mim assinar. Você está me entendendo? Ou estou falando grego?

Se ele fala grego, não sei. Mas “pra mim assinar” não é português. Ou é?

Sérgio Sampaio, Porto AlegreMim não faz nem acontece. Eu é que

faço e aconteço. O sujeito só pode ser eu: Papel para eu assinar. Trabalho para eu fazer. Livro para eu ler.

Não é sujeito? O mim pede passa-gem: Quero um papel para mim. Fez o trabalho para mim. Para mim não é bom comer agora.

Recado “Para meias-palavras, o dobro do cuidado.”

Fraga

dólar no alto? E nós com isso?

O dólar está nas alturas? Está. Muitos não estão nem aí pra subida da verdinha. Não planejam viagens ao exterior nem ambicionam produtos importados. Pensam, por isso, que podem ficar despreocupados. Bobeiam. A disparada da moeda americana é demo-crática. Bate no bolso de ricos e pobres.

Exemplos não faltam. Um deles: o pãozinho nos-so de todos os dias. A gostosura que frequenta a mesa acompanhada de manteiguinha jeitosa vai ficar mais cara. Que coisa! É que a farinha de trigo vem de fora. Paga-se com dólar. Com os mesmos reais, compram-se menos unidades. Convém, pois, lembrar-se de manha

pra lá de sofisticada da palavra. O plural de pão é pães. O de pãozinho, pãezinhos.

Viu? A flexão do diminutivo obedece a esta caminhada:1º passo: o plural da palavra primitiva (pães)2º passo: a retirada do s (pãe)3º passo: o acréscimo do sufixo -zinhos (pãezinhos)

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18 Boa Vista, 30 de março de 2015

Quando o aluno se for-ma, recebe um grau, e a ceri-mônia de conclusão do curso é chamada de colação de grau, expressão que nada tem a ver com o fato de alguém ter cola-do para passar de ano...

Seu berço é o latim colla-tione, comparação. Significa que o colado adquire o direito legal de ser equiparado a qual-quer profissional da área.

Quando o formando só faz graduação, recebe nada mais que um certificado. Já no mestrado e no doutorado, efe-tivamente cola grau. Por esse motivo, quem faz especializa-ção em educação não vai ser chamado de pedagogo, apenas o será se fizer complementa-ção pedagógica.

Caso pitoresco ocorreu numa solene colação de grau. O paraninfo se estendia num

discurso longuíssimo, levando a platéia a bocejos. Num dado momento, alguém reclamou: - Olha a hora!, e o paraninfo não se deu por achado: – Não se preocupe, eu tenho relógio! Um formando levantou-se: – Mas nós temos calendário...

ACRÓPOLEA palavra vem do gre-

go acro, alto, elevado e polis, cidade. É, por conseguinte, a parte da cidade construída nos locais mais altos do rele-vo da região. Historicamente, a posição tinha valor simbóli-co, pois, além de enobrecer os valores humanos ali situados, era também ponto estratégico, pois dali a cidade podia ser melhor defendida. A Acró-pole grega original de Atenas é uma colina rochosa a 150m de altura do nível do mar e

ficou famosa pela construção do Partenon, suntuoso templo em honra à deusa Atena, pa-droeira da cidade, ricamente dotado de mármores raros e esculturas de Fídias. Acrópo-le não deixa de ser, portanto, a cidade alta – a parte supe-rior, por exemplo, de Salva-dor, na Bahia. Do prefixo acro derivam centenas de palavras como acrofobia, que designa o medo de altura. Nem queira saber o pavor de quem sofre desse mal. Fica bloqueado em diversas atividades de seu quo-tidiano, como chegar à beira de precipícios, subir em mo-numentos elevados, até usar escadas rolantes. O problema é tão grave que, em suas for-mas extremas, pode produzir tragédias pessoais, gente que, em pânico, acaba atirando-se ao espaço. Ainda bem que não impede uma visita turística à Acrópole grega, porque a ela se chega em suave aclive, sem sustos...

POLICHINELOAntiga personagem bur-

lesca do teatro, cujas raízes remontam à Roma Antiga. É a versão napolitana do Arle-quim. O berço do nome em português, vem do francês po-lichinelle e sua figura tinha um longo nariz, corcunda, barriga proeminente e se vestia com roupas coloridas. Noutro sen-tido, é um exercício muito comum de ginástica aeróbica

CoLAção dE GrAu

Variedades

que procura alongar os mús-culos dos membros, braços e pernas. A pessoa fica em po-sição erecta, com as pernas totalmente fechadas e as mãos coladas nas coxas. Depois, com saltos no mesmo lugar e movimentos sincronizados de braços e pernas, abrem-se as pernas e levantam-se os bra-ços acima da cabeça ao má-ximo tocando uma mão na outra. Em seguida, fecham-se as pernas e as mãos retornam à coxa, voltando à posição inicial. Noutra acepção, o vo-cábulo provém do latim pulli-cenum, franguinho, pintinho, pessoa a quem falta traquejo. Daí derivou para o italiano pucinello, personagem napoli-tano popularizado pelo teatro de fantoches. Por falar nisso, a expressão segredo de polichi-nelo diz-se daquilo que toda gente sabe, sendo transmitida a outrem por um ignorantão,

o próprio bufão, personagem ridículo e ingênuo. Nas peças teatrais de que participava, era o arauto de notícias já tão digeridas que até os parale-lepípedos da rua já estavam carecas de saber...OLHO-

DE-SOGRAComo todo mundo sabe

– sobretudo quem adora do-ces – e se esbalda em festas infantis, é aquela guloseima que leva ameixa preta seca e leite condensado, com aspec-to de olho humano. Seu berço, e grande parte das delícias da mesa, tem origem portugue-sa como a ambrosia, os ovos moles d’Aveiro, os pastéis de Belém e tantos outros acepi-pes nada recomendados para dietas. O pejorativo que se percebe nesse docinho de fes-ta sugere o mórbido prazer de genros e noras comerem o olho de sua sogra. . .

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19Boa Vista, 30 de março de 2015Geral

Fotografou algo engraçado? Viu algo interessante? Quer fazer uma denúncia? Registrou situação crí-tica? Mande foto com texto (máximo 200 caracteres) que a gente publica. WhatsApp: 98122-3131.

O imedia-tismo das comu-nicações leva pes-soas a fazer uso de Iphones, smar-tphones, tablets e outras engenhocas eletrônicas nas horas e lugares mais impróprios e desaconselháveis. (Foto: Aroldo Pi-nheiro)

Avião retorna por causa de cheiro de cocôCAGÃO MIsTERIOsO

Falha humana. Não da tripulação. Falha no sistema digestivo de pas-sageiro empestou de mau cheiro avião da British Airways, forçando o co-mandante decidir pelo retorno ao aeroporto de Heathrow meia hora depois da decolagem. O voo entre Londres e Du-bai levaria sete horas.

Antes, para tranqui-

lizar as dezenas de pas-sageiros, o comandante avisou pelo sistema de som que o inconveniente cheiro de “excrementos fecais líquidos” – em ou-tras palavras: cheiro de merda mole - impossibi-litava fazer a viagem com tranquilidade.

Não se sabe quem foi o autor da cagada. Não houve investigação.

Fato é que todos os pas-sageiros foram acomoda-dos em hotel até a nova decolagem, quinze horas depois. Como não hou-ve nenhuma desistência, para pavor de passagei-ros e tripulantes, o cagão misterioso reembarcou.

Em redes sociais, os comentários eram hi-lários. Surgiram trocadi-lhos mesclando o apeli-

do dado ao Boeing 747 (Jumbo) e uma cagada jumbo. Pelo tweeter, bem humorado passagei-ro sugeria que “o cagão misterioso” poderia ser

contratado por grupos terroristas para sabotar companhias aéreas.

Tabloides ingleses se esbaldaram sobre a notícia. A British Airwa-

ys procurou manter a so-briedade sobre o poder de uma cagada.

(Fontes: Daily Mail on line, www.abc.es e www.mas-viajesdigital.com)

Page 20: Roraima agora edição 15

20 Boa Vista, 30 de março de 2015 Classificados

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go? Não é o chife que me incomoda, Senhor; é o ridículo que ela me faz passar. Fazei, senhor, que o desgraçado seja acometido de brochura e deixe minha mulher em paz. Amém..........................................................................

oração CaBra pretaÓ minha cabra preta, dê vergonha a esses cabras safados que têm mania de empres-tar os quartos, às mulheres traideiras, aos comerciantes desonestos, e aos políticos ladrões. Amém..........................................................................

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22 Boa Vista, 30 de março de 2015 Esporte

Garotos voadoresJovens dispostos a desafiar a lei da gravidade ocupam o entorno de um dos símbolos da capital roraimense

PORTAL DO MILÊNIO

Pablo [email protected]

Os skatistas sempre ti-veram espaço garantido nas praças e parques de Boa Vis-ta. Um local onde facilmen-te eles são encontrados é na pista de skate do Complexo Ayrton Senna. Ultimamente, porém, o pessoal que surfa sobre asfalto e concreto tem buscado outros locais para praticar o esporte que amam. O Portal do Milênio é um dos pontos que agora recebe os voos e manobras desse zo-ológico roraimense.

De acordo com o estu-dante de antropologia e ska-tista Valmik Mota, 18, não é de hoje que a moçada do skate ocupa a calçada do Por-tal do Milênio, ele mesmo já pratica o esporte no local há cerca de quatro anos. Conta, porém, que, recentemente, com a falta de manutenção na pista do Complexo Ayrton Senna, o número de skatistas no portal tem aumentado.

O jovem explicou que é

normal encontrar em média 20 praticantes no local. Em al-gumas ocasiões, o número já chegou próximo de 50. “A gen-te está sempre aqui. Mas nós preferimos vir mais durante a semana do que nos finais de semana, em razão do movi-mento de pedestres. No final de semana tem muita gente que passeia aqui e o risco de acidentes aumenta. Para evi-tar coisas assim, preferimos vir

em dias tranquilos”, contou.Apesar de a maioria dos

praticantes ser composta de jovens e adultos, Valmik con-tou já ter presenciado crian-ças de seis anos andando de skate local. De acordo com ele, isso ocorre, pois a calça-da do Portal do Milênio não é uma área com grandes obs-táculos e assim os menos ex-perientes podem se aventurar sem medo.

Coisa De menino?O skatista também rela-

tou que apesar de existir um grande número de praticantes da modalidade no Estado - e muitos campeonatos sendo promovidos - ver meninas andando de skate ainda é algo difícil. Ainda assim, é possível ver a mulherada marcando presença no local, pois os pa-tinadores e ciclistas também dividem a calçada do portal com a garotada do skate.

eU Vim De santosVitor Bertholini é san-

tista e está há pouco mais de três meses em Roraima. Ele anda de skate há dois anos e a primeira pista que conheceu em Roraima foi a do Portal do Milênio. “Fui muito bem recebido aqui. O pessoal é muito legal”, ressaltou.

Assim como os colegas, Vitor improvisa para tornar a pista um pouco mais propícia a manobras difíceis. No dia em que o Roraima Agora visi-tou o local, os rapazes usavam um cone como um obstáculo para saltos.

AMIGos dE prAnChA. Garotada várias idades mostram talento no skate sem medo de beijar o chão

FoToS – Pablo FeliPPe

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23Boa Vista, 30 de março de 2015Esporte

shape gringoPara Valmik e Vitor, o

skate é uma prática acessí-vel. Porém, é preciso estar atento a qualidade do shape, a prancha onde as rodinhas se encaixam, usado. Valmik, em quatro anos como skatis-tas já teve mais de 50 shapes, enquanto Vitor, andando há dois anos, já está no vigésimo.

De acordo com os garo-tos, a qualidade da prancha é algo fundamental. As marcas mais caras, chamadas por eles de “shapes gringos”, garantem maior durabilidade, ainda assim, é possível andar com marcas menos famosas.

Para eles, outro fator fundamental para manuten-ção do skate chama-se: sorte. “Tem aquele cara que a gente chama de “pé frio”. O shape dele acaba quebrando sem mais nem menos. Nesses ca-sos fica mais difícil não gastar tanto”, analisou Valmik.

peDiDoA turma do skate deixou

um apelo a prefeitura de Boa Vista. O desejo deles é que as reformas feitas nas praças da cidade, cheguem logo a pista de skate a pista do Complexo Ayr-ton Senna, para que os jovens possam voltar a ocupar o local.

dEstEMIdos. O Portal do Milênio é palco de manobras radicais

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24 Boa Vista, 30 de março de 2015 Polícia