roupas e resÍduos: circuitos de sujos e limpos · cumprir com o máximo de enchimento (2/3 da sua...
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Ana Garrido - GCL – PPCIRA
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
ROUPAS E RESÍDUOS:
CIRCUITOS DE
SUJOS E LIMPOS
1. Práticas com roupas e
resíduos contribuem
para reduzir a infeção?
2. Definir circuitos de sujos
e limpos reduz a
infeção?
QUESTÕES
CONTRIBUTOS PARA
REDUZIR A INFEÇÃO
Infeção Como ocorre?
Quem está exposto ao
Risco?
Que condições
potenciam o risco? Que
indicadores de
resultados?
Que medidas
previnem?
Que infeções são atribuíveis a más
práticas relacionadas com
Roupas e Resíduos ?
23-05-2016 Enf. Ana Garrido
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É uma preocupação a nível mundial, pelas suas graves implicações
socioeconómicas (Custos diretos e indiretos)
Estudos demonstraram que uma percentagem muito significativa é
evitável (50%)
As taxas de infeção são indicadores de (não) qualidade, na
prática das Instituições de Saúde
…“evento que resulta em dano, não
intencional, por um ato cometido ou
omisso, relacionado com o tratamento
mas não com a doença.”…
Infeção
A INFEÇÃO COMO
EVENTO ADVERSO
1. Identificar Riscos • Identificar riscos/perigos • Avaliar quem pode ser atingido
(doentes, visitas, profissionais, comunidade)
• Quantificar o risco obtendo informação da frequência e impacto nos indivíduos (Gravidade/ Severidade)
2. Analisar os Riscos • Medir os potenciais
impactos • Registar os
eventos/infeções • Desenvolver uma
Matriz de Risco
4. Monitorizar os Riscos • Monitorizar o risco e
reavaliar • Rever o plano para
eliminar e/ou reduzir o risco ao mínimo
3. Implementar Medidas de Controlo • Executar de forma a dar prioridade às
medidas baseadas na severidade, frequência e custo-eficácia
• Relatar e dar feedback às pessoas alvo na unidade de saúde; • Monitorizar, para assegurar o cumprimento dos planos de ação, através de auditorias internas e de VE da infeção
FASES DA AVALIAÇÃO
DO RISCO (DGS)
Cultura de Gestão do Risco, Qualidade e Segurança
• Assumir a segurança como uma prioridade
• Reestruturação comportamental/ Compromisso
• Empenho coletivo
• Comunicação eficaz e trabalho em equipa
• Exige adequação/ melhoria de estruturas
• Medidas organizacionais / descrição dos procedimentos
• Revisão de processos e práticas
• Simplificação / listas de verificação
• Relato de acidentes e incidentes e sua investigação
• Formação e informação
• Vigilância e monitorização sistemática para modificar e progredir
PRÁTICAS SEGURAS
BOAS PRÁTICAS
Práticas que minimizam os
resultados indesejáveis
Práticas que otimizam oportunidades e
resultados desejáveis
Práticas que reduzem infeções
EVIDÊNCIAS
Roup
as
Suj
as
• Medidas de Contenção
• Conter o agente biológico na fonte
• Proteger o Profissional e o ambiente de cuidados
Resí
duo
s H
osp
itala
res
• Medidas de Contenção
• Conter o agente biológico na fonte
• Proteger o Profissional e o ambiente de cuidados
Roup
as
Lim
pas
• Medidas de Proteção
• Proteger o doente
• Preservar a higiene da roupa
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PERIGO HOSPEDEIRO
SUSCEPTÍVEL ! ROUPAS E RESÍDUOS :
CIRCUITOS DE
SUJOS E LIMPOS
Formar e informar os profissionais sobre normas de boas práticas
Higienizar as mãos antes de manusear roupa limpa
Acondicionar em carros fechados numa “área de limpos”,
reservada para o efeito, com prateleiras higienizáveis
Transportar em carros fechados, devidamente identificados como
“limpos”
Lavar os carros de transporte segundo plano de higienização
previamente definido
Preservar a roupa até ao momento da sua utilização
Usar em primeiro lugar a roupa mais antiga “first in, first out”
Não usar roupa limpa para fins indevidos
BOAS PRÁTICAS COM
ROUPA LIMPA
Toda a roupa usada é considerada contaminada.
Formar e informar os profissionais sobre normas de boas práticas
Prever e usar Equipamento de Proteção Individual (EPI)
adequado à exposição
Manusear roupa usada com cuidado (mínimo de agitação)
evitando dispersão de partículas (nunca depositar
temporariamente no chão)
Remover objetos clínicos eventualmente presentes na mesma antes
da encaminhar para saco de roupa suja (código de cor)
Depositar na fonte (o mais próximo do local de produção), em
saco de plástico de contenção íntegro a revestir contentor com
tampa de comando não manual e higienizável
BOAS PRÁTICAS COM
ROUPA USADA
continuação
Cumprir com o máximo de enchimento (2/3 da sua capacidade) e
encerrar os sacos com sistema seguro (ex. braçadeira plástica)
Não comprimir, arrastar e/ou transportar junto ao corpo sacos de
roupa suja
Transportar do local de produção para a sala de sujos
preferencialmente em carros fechados, devidamente identificados
como “sujos”
Armazenar temporariamente os sacos de roupa suja em “área de
sujos” (ex. preferencialmente em carros fechados)
Todos os contentores e carros devem ser higienizáveis, segundo
plano de higienização previamente definido
BOAS PRÁTICAS COM
ROUPA USADA
continuação
Toda a roupa suja, com presença de matéria orgânica deve ser
o mais rapidamente possível depositada em saco de roupa suja
com o cuidado da área de maior sujidade ficar no centro e
assim diminuir o risco de contaminação
Os sacos de transporte de roupa suja devem ter cor distinta
dos sacos de resíduos
A roupa “mais suja” com presença de matéria orgânica visível
deve sofrer processo de pré-lavagem adicional
Toda a roupa deve ser submetida a processo de lavagem,
desinfeção química e térmica (ex. 70º durante 25 min) seguida
de secagem mecânica
BOAS PRÁTICAS COM
ROUPA USADA
BOAS PRÁTICAS COM
RESÍDUOS HOSPITALARES
Despacho 242/96 de 13 de agosto – Normas de Gestão e
Classificação dos RH em 4 Grupos
Decreto-Lei 178/2006 de 5 de setembro aprova o regime
geral de gestão de resíduos:
BOAS PRÁTICAS COM
RESÍDUOS HOSPITALARES
NORMA DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPITALARES, CHEI, HUC
BOAS PRÁTICAS COM
RESÍDUOS HOSPITALARES
Formar e informar os profissionais sobre normas de boas
práticas
Os produtores são responsáveis pela correta triagem e
acondicionamento
Colocar os resíduos no contentor no local de produção,
minimizando a sua manipulação (ex. não encapsular agulhas)
Prever e usar Equipamento de Proteção Individual (EPI)
adequado à exposição
Após a remoção dos EPI e/ou contacto com RH, higienizar as
mãos
Os contentores de RH devem ser providos de tampa de
comando não manual e higienizáveis
Os sacos dos contentores existentes nos locais de produção
devem ser substituídos, pelo menos, uma vez por dia ou
quando atinjam a sua capacidade de enchimento (cerca de
2/3)
Nunca proceder ao transvaze de resíduos de um recipiente
para outro
Manipular os sacos de resíduos com cuidado, nunca comprimi-
los, atirá-los, arrastá-los ou transportá-los junto ao corpo
Se ocorrer qualquer dano (ex. furo, rasgão) de um saco, o
mesmo, deve ser colocado noutro saco da mesma cor
Depois de encerrados, os contentores secundários, não devem
ser reabertos
BOAS PRÁTICAS COM
RESÍDUOS HOSPITALARES
BOAS PRÁTICAS COM
RESÍDUOS HOSPITALARES
A utilização de corto-perfurantes deve ser muito cuidadosa (ex. possuir
sempre que possível dispositivos de segurança anti-picada, remover
picantes em ranhura de segurança da “biobox”)
Os contentores de corto-perfurantes devem:
ser preparados antes da sua utilização efetiva (ex. colocação adequada
da tampa no contentor antes do início do seu uso)
ser destinados unicamente a corto-perfurantes (ex. não colocar seringas, o
limite de enchimento deve ser de 2/3 da sua capacidade)
possuir capacidade adequada à produção, evitando que o contentor
permaneça durante longos períodos nos pontos de produção (ex. datar)
Possuir dimensão/tamanho/forma adequada aos resíduos produzidos,
evitando mau acondicionamento e consequente risco por posterior
manipulação desnecessária