sala verde inhotim informativo 13
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Com fomento da FAPEMIG, sob a orientação da professora doutora Rosy Mary dos Santos Isaias (UFMG), o projeto “No jardim de Inhotim: educação ambiental & ciência ao alcance de todos” iniciou suas atividades de campo. No mês de fevereiro os estagiários Rainna C. Souza Gomes (UNA), Rafael de Castro Faria (UFMG) e Marcos Shiro (UFMG), com o acompanhamento da bióloga e educadora ambiental Anete Formiga (UFMG-
Inhotim), fizeram um reconhecimento da área onde serão desenvolvidas as atividades e discutiram as questões ambientais do local e a composição do jardim. Foram escolhidas, no jardim de Inhotim, espécies botânicas para que seja produzido material didático a partir de sua anatomia. Endemismo, ameaça de extinção e relevância histórica em Inhotim foram os critérios utilizados na seleção das plantas, além daquelas nativas da região e do Brasil. Após a escolha das plantas, serão selecionados e f i xados os órgãos
(folhas, caules ou raízes) u t i l i z a d o s na confecção de lâminas histológicas para observação em microscópio óptico. A análise dos resultados será utilizada na produção de diversos tipos de material didático objetivando popularizar os conhecimentos e os experimentos do grupo com a comunidade e os educandos da região. O projeto terá duração de 2 anos, a partir do primeiro semestre de 2008, e o desenvolvimento dos trabalhos será divulgado bimestralmente no Natureza e Arte.
Sala Verde Inhotim é um espaço interativo onde biodiversidade e pluralidade cultural são destaques.
Parcer ia do Inst ituto Cultural Inhotim com o Ministér io do Meio Ambiente, celebrada em 2006,
é uma referência na região para difusão de informações e prát icas ambientais.
Para receber Natureza e Ar te, envie e-mail para [email protected]
N º 13 - M A R -A B R / 20 0 8
Março1º Dia do Ecoturismo8 Dia Internacional da Mulher12 Dia do Bibliotecário22 Dia Internacional da Água
Abril1º Dia da Mentira15 Dia da Conservação do Solo19 Dia do Índio21 Dia do Policial23 Dia Mundial do Livro
FASES DA LUA:
Abril
Dia 6, nova
Dia 12, crescente
Dia 20, cheia
Dia 28, minguante
Março
Dia 7, nova
Dia 14, crescente
Dia 21, cheia
Dia 29, minguante
CELEBRARE:
A elaboração e execução do novo
ambiente tiveram início em 2006,
tendo como base a ampliação do
acervo botânico já cultivado em Inho-
tim, concentrando espécies nativas
do Brasil e ressaltando os critérios de
diversidade, equilíbrio, funcionalida-
de e unidade.
Após o licenciamento ambiental, foi
dado início às etapas de remoção
das edificações, estudos de aptidão
do solo, capina seletiva, nivelamento
do terreno e construção da barra-
gem, taludes e caminhos. Todo esse
processo foi feito de forma a preser-
var as espécies arbóreas existentes
no local.
Um lago de 5.100 m2 de lâmina
d’água foi projetado na área que
apresentava um declive natural.
Como o subsolo do então futuro lago
apresentava algumas fissuras, foi ne-
cessária a aplicação de uma camada
de argila, posteriormente compacta-
da, para evitar o vazamento da água.
No lago, serão cultivadas espécies
Fig. 3: Actinocephalus bongardii
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Fig. 2: Vellozia compacta
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Fig. 1: Tibouchina multif lora
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Inhotim: novos 25.000 m2 de lagos e jardins
Neste mês de março, Inhotim inaugura uma nova área de expansão e reforça o dinamismo e o constante crescimento como características marcantes da instituição. A nova área possui aproximadamente 25.000 m2 e está situada próxima à Galeria Adriana Varejão, também recém-inaugurada.
de macrófitas (plantas aquáticas) e
peixes nativos da bacia do rio São
Francisco. Além de serem ornamen-
tais, esses peixes servirão de alimen-
to para as aves que vivem no local.
Parte da água que abastece o novo
lago é originária do rio Manso e o
excedente flui para outros lagos de
Inhotim e retorna ao manancial.
O novo ambiente é predominan-
temente composto de espécies
vegetais típicas de ambientes
xeromórficos, tais como
campos rupestres, cerrados
e desertos. Os dois primeiros
ambientes dominam a área e
são compostos geralmente de
espécies com ocorrência natu-
ral em Minas Gerais. As plantas
foram obtidas principalmente
mediante o resgate de áreas alte-
radas ou em fase de intervenção,
como mineradoras e condomínios.
Foram também obtidas, mas em
menor escala em relação ao número
de espécies, através de intercâm-
bios com instituições colecionadoras.
Uma dessas instituições que merece
destaque é a Fundação ZooBotânica
de Belo Horizonte, que disponibilizou
duplicatas de seu acervo de Cacta-
ceae e outras plantas suculentas.
O espaço possui mais de 11.000
indivíduos pertencentes a 250
espécies, contidas em 23 fa-
mílias botânicas. Destaque
para os maciços de: canelas-
de-ema, palmeiras, orquídeas,
bromélias, lírio e cactos. A es-
colha das espécies teve como
critérios principais a adaptabili-
dade em cultivo, o grau de ameaça
e endemismo, e a técnica facilitada
de coleta e transplante. O jardim foi
criado reproduzindo parcialmente as
condições ecológicas e edáficas do
habitat de origem dessas plantas.
A nova área de Inhotim servirá
como base para as ações educativas
ambientais da instituição e para uma
futura expansão do acervo artístico,
unindo Arte e Meio Ambiente de
forma única e complementar.
Fig. 4: Zygopetalum maculatum
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Fig. 5: Senna macrantha
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Fig. 6: Epidendrum secundum
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O Jardim Botânico da Fundação ZooBotânica de Belo Horizonte disponibilizou para o Instituto Cultural Inhotim 2.830 indivíduos, contidos em 54 espécies de cactus e ou-tras plantas suculentas. Muitas dessas espécies são oriun-das das regiões áridas e semi-áridas da África.
A coleção de cactus e outras plantas suculentas do Jardim Botânico da Fundação ZooBotânica de Belo Hori-zonte iniciou-se no ano de 1992, um ano após a criação do Jardim Botânico. Os primeiros exemplares da coleção foram adquiridos por meio de doações e/ou intercâmbio com colecionadores mineiros e posteriormente com o de-senvolvimento de projetos da Seção de Botânica Aplica-da. A coleção de plantas suculentas, bem como as outras coleções do Jardim Botânico, tem por objetivo os traba-lhos com educação, conservação ex situ e pesquisa. Hoje a coleção conta com aproximadamente 173 espécies, sendo 98 espécies de cactáceas e 75 espécies de outras plantas suculentas.
As plantas suculentas são aquelas que se apresentam inteiramente ou em parte carnosa e/ou intumescida em vir-tude da presença de abundantes tecidos de reserva, prin-cipalmente de água. Algumas apresentam espinhos, que são modificações de folhas. Essas entre outras adaptações permitem que essas plantas sobrevivam em ambientes ex-tremos, marcados principalmente por alta temperatura e baixa umidade.
Grande parte das plantas sucu-lentas tem origem africana, sendo que uma importante exceção são os repre-sentantes da família Cactaceae, que se distribuem exclusivamente nas Améri-cas. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, as plantas suculentas não habitam apenas os desertos con-vencionais, mas também as montanhas geladas, planícies áridas e até florestas tropicais.
As plantas suculentas apresentam grande utilização no paisagismo e na fitoterapia. As mais conhecidas são: onze-horas e beldroega (Portulacaceae); coroa-de-cristo, bico-de-papagaio, candelabro (Euphorbiaceae); rosa-de-pedra, crassulas, bálsamo e o saião (Crassulaceae); agave, espadas-de-são-jorge, babosa (Asparagaceae); ora-pro-nóbis, mandacaru e palma (Cactaceae). Muitas dessas estarão ambientadas no novo espaço do Instituto Cultural Inhotim.
APoIo:Sala Verde Inhotim – Expediente
José André Verneck Monteiro - CoordenadorMarcus Friche Batista - BiólogoRegina Paula Benedetto de Carvalho - GeógrafaRubens Custódio da Mota - BotânicoAnete Teixeira Formiga - BiólogaGustavo Junqueira Ferraz - TurismólogoEduardo Franco – BiólogoÂngelo Márcio Santos Silva – Diretor de Meio Ambiente
+ 55 31 3227- 0 0 01
NOVO ESPAÇO COM CACTUS E OUTRAS PLANTAS SUCULENTAS
Opuntia tunicata
Sedum rubrotinctum
Aloe
Mammilaria
Recebimento de suculentas