saúde e estado nutricional na primeira infância - rosane mendonça
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CIDADÃO DO FUTURO
POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO
NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Brasília, 26 de Outubro de 2011.
Saúde e estado nutricional na primeira infância
Parte 1: Ao longo das últimas décadas, os indicadores
mais básicos de desenvolvimento infantil melhoraram de forma extremamente acentuada
no país.
Em particular, os indicadores de saúde e nutrição apresentaram melhora significativa.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Diarréia
Febre
Tosse
Febre ou tosse
Mortalidade infantil
Mortalidade na infância
Mortalidade neonatal
Mortalidade pós-neonatal
Mortalidade pós-infantil
Situação ao final da década em relação à situção no início
Redução nas carências ao longo da ultima década: morbidade e
mortalidade infantil
Redução a 1/3 em 25
anos
Redução a 1/2 em 25
anos
Mais lento que o requerido pelos
ODM
Mais rápido que o requerido pelos
ODM
ReduçãoGrau de carência remanescente
2006
Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 1996 e 2006.
1996
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Cartão pré-natal
Aleitamento exclusivo
Subnutrição: altura por idade
Subnutrição: peso por altura
Subnutrição: peso por idade
Situação ao final da década em relação à situção no início
Redução nas carências ao longo da ultima década: subnutrição
infantil, aleitamento exclusivo e cartã pré-natal
Redução a 1/3 em 25
anos
Redução a 1/2 em 25
anos
Mais lento que o requerido pelos
ODM
Mais rápido que o requerido pelos
ODM
Redução
Grau de carência remanescente
2006
Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 1996 e 2006.
1996
Parte 2: Não só melhoraram os valores médios; a
desigualdade entre grupos socioeconômicos e demográficos também foi reduzida de forma
acentuada.
Por conseguinte, ao longo das últimas duas décadas, a igualdade de oportunidades foi
promovida numa intensidade sem precedentes no país.
1996 2006
Porcentagem em
relação à situação
inicial
1996 2006
Porcentagem em
relação à situação
inicial
Mortalidade (em mil)
Taxa de Mortalidade infantil² 55 20 37 15,8 4,7 30
Taxa de Mortalidade na Infância (menores de 5 anos)3 63 24 38 18,8 6,5 34
Taxa de Mortalidade Neonatal4 25 12 49 5,7 2,8 49
Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal5 30 8 26 10,0 2,1 21
Taxa de Mortalidade Pós-Infantil6 9 4 43 2,9 2,0 69
Morbidade infantil
Porcentagem de crianças menores de 5 anos que
tiveram diarréia nas últimas duas semanas10 8 82 1,3 1,3 97
Porcentagem de crianças menores de 5 anos que
tiveram febre na última quinzena26 22 83 3,0 2,5 83
Porcentagem de crianças menores de 5 anos que
tiveram tosse na última quinzena49 34 71 2,6 3,8 144
Porcentagem de crianças menores de 5 anos que
tiveram febre e tosse na última quinzena55 42 76 3,8 4,6 120
Evolução de um conjunto selecionado de indicadores de saúde e subnutrição infantil
Brasil, 1996 e 2006
Indicadores
Probabilidade média Grau de desigualdade de oportunidades
1996 2006
Porcentagem em
relação à situação
inicial
1996 2006
Porcentagem em
relação à situação
inicial
Aleitamento materno
Porcentagem de crianças de 0 a 6 meses que não
receberam aleitamento materno exclusivo77 62 80 14 15 106
Nutrição Infantil
Porcentagem de crianças menores de 5 anos com
peso inadequado ao nascer (peso < 2,5)8 10 118 1 2 200
Porcentagem de crianças menores de 5 anos com
altura em relação à idade inadequada7 10 7 65 4 2 49
Porcentagem de crianças menores de 5 anos com
peso em relação à altura inadequada7 2 2 68 0 0 65
Porcentagem de crianças menores de 5 anos com
peso em relação à idade inadequada7 6 2 35 2 0 20
Evolução de um conjunto selecionado de indicadores de saúde e subnutrição infantil
Brasil, 1996 e 2006
Indicadores
Probabilidade média Grau de desigualdade de oportunidades
Parte 3: Como explicar esse progresso?
i) Em boa medida, esta melhoria observada nos resultados decorreu dos significativos avanços
institucionais ocorridos ao longo das duas últimas décadas como.
Vale citar o Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA, o Plano Nacional pela Primeira Infância, o
fortalecimento e ampliação o número de Conselhos Tutelares, presentes hoje em 98% dos
municípios, dentre outros.
ii) Igualmente importante para os resultados alcançados foi a concomitante expansão na oferta de serviços de atenção básica à primeira infância.
Hoje na saúde são 32 mil equipes de saúde da família (mais de 50% da população coberta), 250
mil agentes comunitários de saúde e 21 mil equipes de saúde bucal; a assistência já conta com
6 mil centros de referência da assistência social (CRAS) e na educação temos 2 milhões de crianças atendidas em 46 mil creches (19% da população de
0 a 3 anos coberta).
iii) Por fim, vale lembrar que também contribuiu muito o fato de diversos estados e municípios
brasileiros terem concebido e implantado importantes inovações em políticas públicas para a
Primeira Infância ao longo da última década.
Apenas para citar alguns exemplos, temos o Primeira Infância Melhor no Rio Grande do Sul, o Nova Semente em Petrolina, o Primeira Infância
Completa no Rio de Janeiro, Asinhas da Florestaniano Acre, e muitos outros.
Parte 4: Apesar de todo o progresso observado há
necessidade de continuidade
Vários indicadores importantes de desenvolvimento infantil continuam não sendo medidos no país. Os mais básicos, que têm sido medidos, permanecem
em níveis ainda incompatíveis com o nível de desenvolvimento econômico do país.
Existe, portanto, a necessidade de pelo menos mais algumas décadas de progresso acelerado.
3,5
3,8
3,3
3,5
2,8
2,52,4
2,6
2,8
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1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 2007 2010 2013 2016 2019
Po
pu
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ão
(E
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Ano
População com menos de um ano de idade: Brasil, 1980-2019
1993
1984
2001
2011
Fonte: IBGE, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008.
1993
1984
2001
Fonte: IBGE, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 - Revisão 2008.
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Evolução da taxa de mortalidade infantil no Brasil
Brasil 1999 - 31,7 o/oo
Brasil 2009 - 22,5 o/oo
Alta
Média
Baixa
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Ta
xa
de
co
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rtu
ra (
%)
Percentil de vulnerabilidade
Progresso na probabilidade de acesso a condições básicas de saúde materno-infantil segundo percentis da distribuição da população: Brasil, 1996 e 2006
Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 1996. e 2006Nota: As probabilidades foram obtidas entre as crianças de 0 a 17 anos considerando as seguintes características do domicílio em uma regressão logística: região de residência, cor da mãe, escolaridade
da mãe e razão de dependência.
Pré-natal (1996)
Aleitamento materno
exclusivo (1996)
Pré-natal (2006)
Aleitamento materno
exclusivo (2006)
- vulnerável + vulnerável
0
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6
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12
14
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0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
Ex
tre
ma
po
bre
za
(%
)
Idade
Extrema pobreza por idade: Brasil, 2009
Média nacional
Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009.
Obrigada!