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  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    1

    Mdulo Q3 Reaces Qumicas.

    Equilbrio Qumico Homogneo.

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    2

    1. Reaces Qumicas

    1.1 Aspectos qualitativos de uma reaco qumica

    Numa transformao ou reaco qumica h sempre formao de novas substncias

    que se denominam produtos de reaco. De uma forma simples pode ser representada do

    seguinte modo:

    Reagentes Produtos da reaco

    D-se o nome de reagentes s substncia que existem antes da reaco qumica

    suceder enquanto que os produtos da reaco so as substncias que se obtm no fim desta.

    Sinais que nos indicam a existncia de uma reaco qumica:

    - Alterao de cor do sistema reaccional

    - Alterao de temperatura

    - Libertao de um gs (aparecimento de um produto gasoso)

    - Formao de um slido (precipitado)

    - Formao de chama

    Para alm destas caractersticas os produtos de uma reaco podem ainda ser

    detectados ao provocar comportamentos diferentes em outras substncias (indicadores).

    Uma reaco qumica pode ser provocada pela aco de vrios factores:

    - aco do calor

    - aco da luz

    - aco mecnica

    - aco da corrente elctrica

    - juno de substncias

    Sabe-se que as unidades estruturais da matria so tomos, molculas ou ies. Como

    que o comportamento destas unidades estruturais ao longo de uma reaco qumica?

    Durante uma reaco qumica ocorre sempre uma ruptura de ligaes qumicas entre

    os tomos, nos reagentes e formao de novas ligaes, dando origem aos produtos da

    reaco. Por outras palavras existe uma reorganizao dos tomos. Exemplo:

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    1.1.1 Equaes Qumicas

    Para representar, rpida e claramente, reaces qumicas, utilizam-se esquemas aos

    quais se d o nome de equaes qumicas. Nas equaes qumicas, as substncias

    intervenientes, reagentes e produtos da reaco, so representadas atravs das suas frmulas

    qumicas. Indicam-se ainda os estados fsicos destas substncias (s- slido; l- lquido; g-

    gasoso; aq- soluo aquosa).

    Exemplo: Na combusto do metano, o metano combina-se com o oxignio do ar dando

    origem a gua e dixido de carbono, segundo a seguinte equao qumica:

    Reagentes Produtos da reaco

    CH4 (g) + 2 O2 (g) CO2 (g) + 2 H2O (g)

    Estados fsicos

    Leitura da equao qumica: o metano, no estado gasoso, reage com o oxignio, no estado

    gasoso, originando dixido de carbono e gua, no estado gasoso.

    Quantidades envolvidas na reaco qumica dada como exemplo:

    1 molcula de metano 2 molculas de oxignio 1 molcula de dixido de

    carbono 2 molculas de gua

    1 mole de metano 2 moles de oxignio 1 mole de dixido de

    carbono 2 moles de gua

    16,05 g de metano 64,00 g de oxignio 44,01 g de dixido de

    carbono 36,04g de gua

    22,4 dm3 de metano 44,8 dm3 de oxignio 22,4 dm3 de dixido de

    carbono 44,8 dm3 de gua

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    Para se calcular a massa (m) de uma substncia a partir da quantidade de substncia

    (n) necessrio usar a seguinte expresso:

    ) g ( substncia da massa -

    (mol) substncia de quantidade -

    g/mol) ( substncia damolar massa -

    m

    n

    M

    M

    mn

    A massa molar pode ser calculada a partir das massas atmicas relativas dos tomos

    que constituem uma substncia.

    Ex: Massa molecular relativa da gua (H2O) Mr(H2O) = 2 Ar(H) + Ar(O)

    Para se calcular o volume de uma substncia, a partir da quantidade de substncia (n),

    utiliza-se a expresso que se segue, tendo em conta que o Volume molar, em condies PTN,

    Vm = 22,4 dm3/mol:

    1.1.2 Nomenclatura de compostos inorgnicos

    A variedade de compostos inorgnicos obriga a que a que os agrupemos em famlias

    qumicas, segundo a sua e estrutura e, portanto, de acordo com determinados grupos de

    tomos neles existentes. Assim, temos os xidos, os cidos, os hidrxidos e os sais.

    O nome do composto dado em funo da famlia qumica a que este pertence e de

    acordo com as regras de nomenclatura propostas pela IUPAC (Unio Internacional de Qumica

    Pura e Aplicada).

    SAIS

    Os sais so compostos inicos formados por caties ( excepo do H+) e por anies

    ( excepo do io hidrxido HO- e do io xido O

    2-/O2

    2-).

    A frmula qumica do sais simples (formados por um s tipo de anio e um s tipo de

    catio) obtm-se combinando os caties e os anies de forma a obter uma entidade

    globalmente neutra, figurando o catio em primeiro lugar.

    Na seguinte tabela apresentam-se os caties e anies mais comuns:

    Caties Anies Alumnio (Al3+) Brometo (Br-)

    Amnio (NH4+) Carbonato (CO32-)

    Brio (Ba2+) Cianeto (CN-)

    (mol) substncia de quantidade -

    )(dm substncia da Volume - V

    /mol)(dmmolar Volume -

    3

    3

    n

    V

    n

    VV

    m

    m

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    Cdmio (Cd2+) Clorato (ClO3-),

    Clcio (Ca2+) Cloreto (Cl-)

    Chumbo(II) (Pb2+) Cromato (CrO42-)

    Cobalto(II) (Co2+) Dicromato (Cr2O72-)

    Cobre(I) (Cu+) Fluoreto (F-)

    Cobre(II) (Cu2+) Fosfato (PO43-)

    Estanho(II) (Sn2+) Hidrogenocarbonato ou bicarbonato (HCO3-)

    Estrncio (Sr2+) Hidrogenofosfato (HPO42-)

    Ferro (II) (Fe2+) Hidrogenossulfato (HSO4-)

    Ferro (III) (Fe3+) Hidrxido (HO-)

    Hidrognio (H+) Iodeto (I-)

    Ltio (Li+) Nitrato (NO3-)

    Magnsio (Mg2+) Nitrito (NO2-)

    Mangans(II) (Mn2+) xido (O2-)

    Mercrio(II) (Hg2+) Perxido (O22-)

    Potssio (K+) Permanganato (MnO4-)

    Prata (Ag+) Sulfato (SO42-)

    Sdio (Na+) Sulfito (SO32-)

    Zinco (Zn2+) Sulfureto (S2-)

    Tiocianato (SCN-)

    Como os compostos inicos so electricamente neutros a soma das cargas de caties

    e anies de uma certa frmula tem de ser nula. assim obedecida a seguinte regra: O ndice

    do catio numericamente igual carga do anio e o ndice do anio numericamente igual

    carga do catio. Os seus nomes formam-se acrescentando-se ao nome do anio o nome do

    catio presente no sal.

    Exemplos:

    Ies

    Potssio nitrato

    K+ NO3

    -

    K+ NO3

    - KNO3

    Nitrato de potssio

    clcio nitrato

    Ca2+

    NO3-

    Ca2+

    NO3-

    Ca(NO3)2

    Nitrato de clcio

    brio sulfato

    Ba2+

    SO42-

    Ba2+

    SO42-

    BaSO4

    Sulfato de brio

    chumbo iodeto

    Pb2+

    I-

    Pb2+

    I-

    PbI2

    Iodeto de chumbo

    sdio fosfato

    Na+ PO4

    3-

    Na+ PO4

    3- Na3PO4

    Fosfato de sdio

    alumnio sulfato

    Al3+

    SO42-

    Al3+

    SO42-

    Al2(SO4)3

    Sulfato de alumnio

    XIDOS

    Os xidos so compostos formados por oxignio e um outro elemento. Podem ser

    inicos ou moleculares.

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    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    Os xidos inicos so formados por anies xidos (O2-

    ) e caties metlicos, nas

    propores estequiomtricas devidas.

    As regras da sua nomenclatura so idnticas s dos sais. O nome formado pelo

    termo xido seguido pelo nome do catio metlico presente.

    Exemplos: Al2O3 xido de alumnio

    Li2O xido de ltio

    CaO xido de clcio

    Certos metais podem formar mais que um catio, para designar esses caties usam-se

    nmeros romanos. O ferro, por exemplo, pode formar dois caties: Fe2+

    e Fe3+

    . Nesta situao,

    quando se l os nomes dos compostos que resultam da combinao destes caties, tem que

    se indicar os nmeros romanos correspondentes dos caties.

    Exemplo: os ies Fe2+

    e O2-

    do origem ao composto FeO que se designa xido de

    ferro (II) os iesFe3+

    e O2-

    do origem ao composto Fe2O3 que se designa

    xido de ferro (III)

    Os xidos onde est presente o io 2

    2O so casos especiais: tratam-se dos perxidos.

    Exemplos: CaO2 Perxido de clcio

    Na2O2 Perxido de sdio

    Os xidos moleculares so constitudos por molculas em cuja constituio entra o

    elemento oxignio e um catio no metlico.

    O seu nome tambm formado pelo termo xido seguido pelo nome do catio no

    metlico, acrescentando-lhe um prefixo indicativo do nmero de tomos de oxignio ou do

    catio no metlico presente na molcula.

    Exemplos:

    CO (monxido de carbono)

    CO2 (dixido de carbono)

    SO2 (dixido e enxofre)

    SO3 (trixido de enxofre)

    NO2 (dixido de azoto)

    N2O4 (tetrxido de diazoto)

    Cl2O7 (heptxido de dicloro)

    CIDOS

    Prefixos

    1 mono-

    2 di-

    3 tri-

    4 tetra-

    5 penta-

    6 hexa-

    7 hepta-

    8 octa-

    9 nona-

    10 deca-

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    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    Os cidos so substncias formadas por ies hidrognio (H+) e anies no metlicos.

    Os nomes so iniciados pela palavra cido associado ao nome do anio:

    - quando o nome do anio termina em eto, o nome do cido termina em drico;

    - quando o nome do anio termina em ato, o nome do cido termina em ico;

    - quando o nome do anio termina em ito, o nome do cido termina em oso.

    HIDRXIDOS

    Os hidrxidos so constitudos por caties metlicos e anies hidrxido, HO .

    Os seus nomes formam-se acrescentando-se ao termo hidrxido o nome dos caties

    metlicos presentes.

    Exemplos: NaHO Hidrxido de sdio

    KHO Hidrxido de potssio

    Ca(HO)2 Hidrxido de clcio

    1.1.3 Factores que influenciam a velocidade de uma reaco

    As partculas que constituem uma dada substncia encontram-se em movimento,

    tendo assim energia cintica. Ao movimentarem-se num dado espao, colidem entre si. a

    Anio cido respectivo

    F- (fluoreto) HF (cido fluordrico)

    Cl- (cloreto) HCl (cido clordrico)

    I- (iodeto) HI (cido ioddrico)

    CN- (cianeto) HCN (cido ciandrico)

    S2- (sulfureto) H2S (cido sulfdrico)

    Anio cido respectivo

    ClO4- (perclorato) HClO4 (cido perclrico)

    ClO3- (clorato) HClO3 (cido clrico)

    SO42- (sulfato) H2SO4 (cido sulfrico)

    NO3- (Nitrato) HNO3 (cido ntrico)

    Anio cido respectivo

    ClO2- (clorito) HClO2 (cido cloroso)

    ClO- (hipoclorito) HClO (cido hipocloroso)

    SO32-(sulfito) H2SO3 (cido sulfuroso)

    NO2-(nitrito) HNO2 (cido nitroso)

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    energia envolvida nessas colises que utilizada na ruptura das ligaes existentes e no

    estabelecimento de novas ligaes. Mas nem todas as colises permitem a ruptura/formao

    de ligaes, assim d-se o nome de colises eficazes s que vo permitir a existncia de uma

    reaco qumica.

    A evoluo de uma reaco qumica depende do nmero de colises eficazes entre as

    partculas dos reagentes. Quanto maior for o nmero de colises eficazes, mais rapidamente

    evoluir a reaco. A eficcia das colises depende de trs parmetros fundamentais:

    - do nmero de partculas de reagente e, portanto, do nmero total de colises;

    - da energia envolvida nas colises;

    - da orientao das partculas intervenientes nessas colises.

    Existem assim alguns factores que favorecem a existncia de uma reaco qumica.

    Concentrao dos reagentes

    Em geral a velocidade de uma reaco tanto maior quanto maior for a concentrao

    dos reagentes. Sabe-se que a velocidade do sistema reaccional diminui medida que os

    reagentes se vo consumindo, ou seja, medida que a concentrao dos reagentes vai

    diminuindo, sendo igual a zero quando um dos reagentes consumido.

    Com o aumento da concentrao dos reagentes, cresce a probabilidade de colises

    eficazes entre as partculas destes e de se formarem novas substncias.

    Temperatura do sistema

    Para a generalidade das reaces, quanto maior for a temperatura, maior ser a

    velocidade da reaco. medida que a temperatura de um sistema reaccional aumenta,

    aumenta a sua energia cintica interna (energia cintica das partculas que compem o

    sistema), como consequncia, aumenta a energia das colises que se tornam, por isso, mais

    eficazes, assim a velocidade da reaco aumenta.

    A baixa temperatura, as reaces que esto na base da degradao dos alimentos so

    muito mais lentas, por isso que se utiliza o frigorfico.

    Estado de diviso dos reagentes (rea de contacto)

    Em geral, quanto maior for o estado de diviso dos reagentes, maior a velocidade da

    reaco. Quando temos um reagente slido se o partirmos em pedaos e o misturarmos com

    um reagente lquido, estamos a aumentar a rea de contacto entre os dois reagentes. Este

    facto leva ao aumento do nmero de colises entre as partculas, provocando um aumento da

    velocidade da reaco.

    Presso

    Em geral, quanto maior for a presso do sistema reaccional, maior ser a velocidade

    da reaco. Ao aumentar a presso a que se d a reaco, o espao entre as partculas

    diminui, aumentando a probabilidade de existncia de colises.

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    Luz

    A luz um factor cintico cuja influncia se explica pela adio de energia ao sistema

    reaccional. Essa energia usada para quebrar ligaes qumicas existentes, criando-se deste

    modo condies para a ocorrncia de outras, levando formao de produtos da reaco.

    Catalisadores

    Catalisadores so substncias que modificam a velocidade de uma reaco sem que

    sejam consumidos no processo.

    Inibidores

    Catalisadores cuja actuao se traduz pela diminuio da velocidade de uma reaco.

    Por exemplo, o azoto nos sacos de batatas fritas servem para retardar a oxidao dos

    leos utilizados.

    Importncia dos catalisadores na indstria qumica

    - Diminuem os tempos de reaco, baixam os custos de produo.

    - Reaces lentas a temperaturas relativamente baixas podem tornar-se rpidas e

    rentveis com o recurso a catalisadores.

    - Trabalhar a temperaturas baixas: economia de energia; evita a ocorrncia de

    reaces paralelas indesejveis (consumo desnecessrio de reagentes, formao de

    contaminantes)

    Enzimas

    Catalisadores biolgicos que aumentam a velocidade das reaces bioqumicas.

    Muitas reaces qumicas sem a presena de enzimas no aconteceriam. Praticamente todas

    as reaces que caracterizam o metabolismo celular so catalisadas por enzimas.

    Enzimas digestivas tais como a amilase, protease e lipase, reduzem os alimentos em

    componentes menores que so mais facilmente absorvidos no tracto digestivo.

    Uma aplicao industrial a produo de antibiticos em larga escala. Encontram-se

    tambm determinados tipos de enzimas em produtos de limpeza, para ajudar a digerir

    gorduras e protenas presentes em ndoas.

    Importncia ambiental dos catalisadores

    A combusto de gasolina nos motores dos automveis produz em maior quantidade

    dixido de carbono e vapor de gua. Como a combusto no completa, a gasolina no reage

    inteiramente com o oxignio. H ainda a produo de monxido de carbono, xidos de azoto e

    dixido de enxofre que so provenientes da combusto das impurezas presentes na gasolina,

    hidrocarbonetos que no foram queimados, etc. Estes compostos saem todos pelo tubo de

    escape do automvel, poluindo a atmosfera. Com excepo do CO2 e da H2O, os outros so

    altamente nocivos sade humana.

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

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    Uma das formas de reduzir a concentrao de substncias nocivas que saem pelo

    tubo de escape incorporar um catalisador no escape do automvel. O catalisador vai fazer

    com que a velocidade das reaces que transformam os gases nocivos em CO2 e H2O e azoto

    (N2) aumente.

    1.2 Aspectos Quantitativos das Reaces Qumicas

    Uma equao qumica no informa sobre o mecanismo envolvido, dinmica do

    processo e tempo de durao de uma reaco qumica, mas informa sobre a proporo em

    que os reagentes e os produtos envolvidos numa reaco.

    Para se compreender e usar a informao que obtida a partir de uma equao

    qumica necessrio ter em conta algumas leis.

    1.2.1 Leis a que obedecem as reaces qumicas

    Lei da conservao da massa (Lavoisier, sculo XVIII)

    Numa reaco qumica existe uma reorganizao das partculas que compem as

    substncias envolvidas. Assim, a massa dos produtos formados no final da reaco tem de ser

    igual massa dos reagentes que existiam no incio.

    Enunciado da lei: Numa reaco qumica a massa conserva-se porque no ocorre

    criao nem destruio de tomos. Os tomos so conservados, eles apenas se rearranjam.

    Os agregados atmicos dos reagentes so desfeitos e novos agregados atmicos so

    formados.

    Lei das propores definidas (Joseph Proust)

    Num dado composto qumico fixa a proporo (em massa) dos elementos que a

    compem, independentemente da origem do composto ou do processo de obteno. (Isto

    significa que, por exemplo, o cido sulfrico se representa sempre por H2SO4,

    independentemente do processo de obteno.)

    A hiptese de Avogadro (Amadeo Avogadro)

    Igual volume de diferentes gases contm igual nmero de partculas (nas mesmas

    condies de presso e temperatura).

    1.2.2 Processo para acerto de esquemas qumicos

    1. Contar o n. de tomos de cada espcie presente nos reagentes e nos produtos.

    2. Identificar os tomos que no esto em igual nmero nas duas colunas.

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    11

    3. Comear por acertar o tomo que parea ser o de mais simples acerto.

    4. Refazer a contagem de cada espcie de tomos tanto nos reagentes como nos

    produtos.

    Exemplo: Reaco do sdio com a gua

    Na (s) + H2O (l) NaOH (aq) + H2 (g)

    1.

    Reagentes Produtos Na 1 Na 1 H 2 H 3 O 1 O 1

    2. O hidrognio no est em igual nmero nos dois lados da equao, por isso, necessrio

    acertar o nmero de hidrognios.

    3. 2 Na (s) + 2 H2O (l) 2 NaOH (aq) + H2 (g) 4.

    Reagentes Produtos

    Na 2 Na 2 H 4 H 4 O 2 O 2

    A equao j est acertada.

    1.2.3 Reaces completas e incompletas

    Reagente limitante

    Nas reaces qumicas, raramente as quantidades relativas de reagentes obedecem

    s propores estequiomtricas. Nestas condies h sempre um dos reagentes que se

    esgota primeiro, a esse reagente d-se o nome de reagente limitante.

    O reagente limitante aquele que condiciona a quantidade possvel (terica) que se

    pode obter do(s) produto(s) e por isso o que existe em menor quantidade relativa.

    Se um dos reagentes o limitante, ento o(s) outro(s) ser(o) o(s) reagente(s) em

    excesso, uma vez que est(o) presentes na mistura reaccional em quantidades superiores s

    exigidas pela estequiometria da reaco qumica.

    A reaco termina quando o reagente limitante se esgota.

    No final da reaco sobra sempre uma parte do(s) reagente(s) que se encontram em

    excesso.

    Rendimento de uma reaco

    Na prtica, a(s) quantidade(s) de produto(s) que se forma(m) (so) inferior(res) s

    quantidades previstas teoricamente. O sucesso de uma reaco pode avaliar-se atravs do

    clculo do rendimento da reaco que se costuma designar por .

    O rendimento exprime-se, geralmente, em percentagem (%).

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    12

    Para gases:

    ou ou

    Mesmo que todos os reagentes estejam na proporo estequiomtrica (proporo

    indicada pelos coeficientes da equao qumica respectiva), o rendimento de uma reaco

    quase sempre inferior a 1 (ou a 100%), que se deve, fundamentalmente:

    reversibilidade de alguns processos (ocorrncia da reaco inversa, que pode

    conduzir ao equilbrio qumico);

    ocorrncia de reaces secundrias em que um dos reagentes comum

    reaco principal.

    Uma reaco diz-se completa, se pelo menos um dos reagentes se transforma quase

    integralmente nos produtos de reaco, ou seja, se o seu rendimento se aproxima muito de

    100% (ou 1). E diz-se incompleta se nenhum deles se esgota, sendo neste caso o rendimento

    inferior a 100% (ou 1).

    O aumento da rapidez de uma reaco s implica a diminuio do intervalo de tempo

    necessrio para se obter a mesma quantidade de produto; no h assim aumento na

    quantidade obtida e, consequentemente, aumento do rendimento.

    Grau de pureza dos componentes de uma mistura reaccional

    Geralmente, a quantidade de substncia (n), a massa (m) ou volume (gases) real de

    produto inferior quantidade, massa ou volume tericos devido existncia de impurezas

    nos reagentes.

    Nem os reagentes com o mais elevado grau de pureza so 100% puros.

    2. Aspectos Energticos de uma Reaco Qumica

    2.1 Energia envolvida numa reaco qumica

    Uma reaco qumica envolve sempre variaes de energia. Os sistemas qumicos

    so formados por enormes quantidades de partculas que possuem energia, essa energia

    constitui a energia interna do sistema.

    100produto do terico(gases) ou volume massa ,substncia de Quantidade

    produto de real (gases) ou volume massa ,substncia de Quantidade

    100xtericon

    realn

    )(

    )(100x

    tericom

    realm

    )(

    )(100x

    tericoV

    realV

    )(

    )(

    100impurezas) mais pura (substcia material do massa

    pura substncia da massa pureza(%) deGrau

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    13

    A energia interna do sistema constituda por dois tipos fundamentais de energia, a

    energia cintica associada ao movimento das partculas e a energia potencial que est

    associada interaco entre as partculas (foras intramoleculares e foras intermoleculares).

    Como j sabido numa reaco qumica h quebra das ligaes dos reagentes e

    formao de novas ligaes dando origem aos produtos da reaco. A nvel energtico este

    processo pode ser dividido em duas fases. Numa primeira fase, o sistema recebe energia de

    forma a quebrar as ligaes existentes entre as partculas dos reagentes. Numa segunda fase,

    h libertao de energia como consequncia da formao de novas ligaes.

    A energia que absorvida para ruptura de uma ligao sempre simtrica energia

    libertada na formao dessa mesma ligao.

    De seguida encontram-se alguns valores de energia mdia envolvidos na

    quebra/formao de ligaes:

    Por conveno, as energias que entram no sistema so positivas e as energias de

    sada so negativas.

    A energia da reaco (que a presso constante se designa por variao de entalpia e

    representa-se por H) corresponde ao saldo energtico entre a energia recebida no sistema

    para a quebra de ligaes (nos reagentes) e a energia libertada na formao de novas

    ligaes (nos produtos).

    A variao de entalpia, H, a quantidade de energia posta em jogo numa reaco

    qumica, a presso constante, e exprime-se em J.mol-1

    .

    Exerccio resolvido:

    A combusto completa do metano d origem a dixido de carbono e gua, segundo a equao

    qumica:

    CH4 (g) + 2 O2 (g) CO2 (g) + 2 H2O (g)

    Ligao Energia (kJ.mol-1) Ligao Energia (kJ.mol-1)

    HH 432 CC 346

    ClCl 243 C=C 610

    O=O 495 C=C 835

    N=N 945 C=O 745

    O=S 469 CH 413

    NH 391 CCl 338

    OH 460 CBr 284

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    14

    Calcule a energia envolvida nesta reaco.

    Balano energtico da reaco qumica, em sistema isolado:

    H = energia consumida + energia libertada = 2632 + (- 3434)

    H = - 802 kJ

    2.2 Reaces endotrmicas e exotrmicas

    Analisando uma situao simples em que um sistema troca energia sob a forma de

    calor com as suas vizinhanas. A reaco diz-se exotrmica, se o sistema cede energia s

    vizinhanas, aquecendo-as. o que acontece quando uma reaco exotrmica ocorre num

    copo de vidro ou vaso metlico: as paredes do recipiente e o ar em volta aquecem. Pelo

    contrrio, se a reaco for endotrmica, o sistema recebe energia das vizinhanas, que

    arrefecem.

    Concluso, se o sistema no for isolado, h aquecimento ou arrefecimento das

    vizinhanas e a temperatura do sistema, aps a transferncia de energia, permanece

    inalterada.

    Reagentes CH4 + 2 O2 Ruptura 4x(C-H) = 4 x 441 kJ = 1644 kJ Ruptura 2x(O-O) = 2 x 494 kJ = 988 kJ Energia total necessria para a ruptura de ligaes = 2632 kJ

    Produtos CO2 + 2 H2O Formao 2x(C=O) = 4 x 799 kJ = 1598 kJ Formao 4x(O-H) = 4 x 459 kJ = 1836 kJ Energia total necessria na formao de ligaes = 3434 kJ

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    15

    Nas reaces exotrmicas, a energia necessria para quebrar as ligaes dos

    reagentes menor do que a energia libertada na formao dos produtos. Neste caso, a

    variao de entalpia negativa ( H0).

    Ex: Dissoluo de alguns sais em gua

    Os produtos da reaco tm maior energia do que os reagentes pois, durante o

    processo, absorvem energia. Reagentes + Energia Produtos

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    16

    3. Reaces incompletas e equilbrio qumico

    3.1 Reversibilidade das reaces qumicas

    Como j foi referido anteriormente, uma reaco qumica diz-se completa, quando

    leva ao esgotamento de pelo menos um dos reagentes. Mas nem todas as reaces so

    completas. Quando nenhum dos reagentes se esgota, a reaco diz-se incompleta, ficando

    uma mistura de todos os reagentes e de todos os produtos da reaco.

    Uma reaco reversvel se h formao de produtos de reaco a partir da

    diminuio da concentrao dos reagentes, sem que estes se esgotem e, simultaneamente, os

    produtos de reaco reagem entre si originando os reagentes.

    Uma reaco reversvel representada por uma dupla seta, com sentidos opostos (

    ), visto que ocorrem simultaneamente duas reaces:

    - A reaco directa, em que os reagentes originam os produtos de reaco. Os

    reagentes desta reaco, por conveno, representam-se esquerda da seta.

    - A reaco inversa, em que os produtos da reaco directa reagem entre si para

    regenerar os reagentes que lhe deram origem. Por conveno, os reagentes desta reaco

    representam-se direita da seta.

    Um exemplo de uma reaco reversvel a sntese do amonaco, em sistema fechado:

    3.1.1 Equilbrio qumico. Equilbrio dinmico.

    As reaces reversveis tendem a um estado de equilbrio, que atingido quando os

    valores das velocidades das reaces directa e inversa se igualarem.

    A partir desse instante de tempo, as concentraes das espcies qumicas

    intervenientes na reaco permanecem constantes ao longo do tempo.

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    17

    Macroscopicamente, quando um sistema se encontra em equilbrio qumico, a uma

    dada temperatura, no se registam mudanas observveis de propriedades fsico-qumicas ao

    longo do tempo (cor, concentrao dos componentes, presso, volume, temperatura e outros).

    No entanto, a reaco no pra, os reagentes continuam a formar os produtos da reaco, e

    vice-versa.

    Da um estado de equilbrio qumico de um sistema ser um estado de equilbrio

    dinmico, em que a rapidez de variao de uma dada propriedade num sentido igual

    rapidez de variao da mesma propriedade no sentido inverso.

    O estado de equilbrio qumico pode ser identificado atravs de grficos.

    3.1.2Variao da concentrao em funo do tempo

    Em 1:

    - as concentraes dos reagentes

    diminuem

    - as concentraes dos produtos

    aumentam;

    - o sistema no atingiu um estado de

    equilbrio.

    Em 2:

    - as concentraes dos reagentes e dos produtos permanecem constantes;

    - o sistema atingiu um estado de equilbrio.

    3.1.3 Variao da velocidade de reaco em funo do tempo

    Em 1:

    - a velocidade de consumo dos reagentes

    (reaco directa) superior

    velocidade de regenerao dos

    reagentes (reaco inversa);

    - o sistema no atingiu um estado de

    equilbrio.

    Em 2:

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    18

    - a velocidade da reaco no sentido tempo directo (consumo de reagentes) igual velocidade de

    reaco no sentido inverso (regenerao dos reagentes);

    - o sistema atingiu um estado de equilbrio.

    Se os componentes de uma mistura reaccional se encontram todos na mesma fase,

    quando atingem um estado de equilbrio, este designado por equilbrio qumico

    homogneo.

    A sntese do amonaco, quando ocorre em sistema fechado, um exemplo de um

    equilbrio qumico homogneo.

    3.2 Aspectos quantitativos do equilbrio qumico

    3.2.1 Constante de equilbrio qumico - Lei de Guldberg e Waage

    Um sistema fechado atinge o equilbrio qumico quando as concentraes dos

    diferentes intervenientes permanecem constantes, independentemente das concentraes

    iniciais.

    Atravs da Lei de Guldberg e Waage (Lei da aco das massas ou Lei do equilbrio

    qumico) possvel determinar a constante de equilbrio Kc .

    Lei de Guldberg e Waage: Num sistema em equilbrio qumico e a temperatura constante,

    verifica-se que o quociente entre o produto das concentraes dos produtos de reaco, elevados aos

    respectivos coeficientes estequiomtricos, e o produto das concentraes dos reagentes, igualmente

    elevados aos respectivos coeficientes estequiomtricos, constante.

    Esse valor constante designado de constante de equilbrio (Kc) e s depende da

    temperatura a que decorre a reaco e da natureza dos reagentes. Considerando uma

    reaco genrica traduzida pela seguinte equao qumica

    a A + b B c C + d D

    (as substncias A, B, C e D encontram-se na fase gasosa e/ou aquosa) a constante de

    equilbrio para a reaco no sentido directo, traduzida por:

    b

    eq

    a

    eq

    d

    eq

    c

    eq

    cBA

    DCK

    ][][

    ][][

    em que [A]eq, [B]eq [C]eq [D]eq so as concentraes quando se atinge o estado de equilbrio e

    os expoentes a, b, c e d so os respectivos coeficientes estequiomtricos.

    As concentraes dos reagentes e dos produtos so expressas em mol.dm-3

    . No

    entanto, a constante de equilbrio adimensional (no tem unidades).

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    19

    3.2.2 Quociente de reaco

    O quociente de uma reaco, Q, determinado a partir de uma expresso idntica

    da constante de equilbrio da mesma reaco, mas as concentraes dos componentes da

    mistura reaccional so as existentes em situaes de no equilbrio.

    Para a reaco genrica: a A + b B c C + d D

    o quociente da reaco directa, Q, dado pela expresso: ba

    dc

    BA

    DCQ

    ][][

    ][][

    em que [A], [B], [C] e [D] so as concentraes dos intervenientes gasosos e/ou aquosos em

    situao de no equilbrio e a, b, c e d so os coeficientes estequiomtricos.

    3.2.3 Sentido dominante da progresso da reaco

    Um sistema qumico que no se encontra em equilbrio vai evoluir de modo a atingir

    um estado de equilbrio - para isso poder ocorrer predominantemente no sentido directo ou

    no sentido inverso.

    Comparando valores de Q com valores conhecidos de Kc, a uma dada

    temperatura, podemos prever o sentido da progresso da reaco relativamente a um

    estado de equilbrio.

    Se Sentido de progresso da reaco O estado de equilbrio atingido se: Q > Kc Sentido inverso - aumentar a concentrao dos reagentes e diminuir a

    concentrao dos produtos.

    - a velocidade da reaco no sentido inverso aumentar

    de modo a aumentar as concentraes dos reagentes.

    Q < Kc Sentido directo - aumentar a concentrao dos produtos e diminuir a

    concentrao dos reagentes.

    - a velocidade da reaco no sentido directo aumentar

    de modo a aumentar as concentraes dos produtos.

    Quando Q = Kc o sistema encontra-se num estado de equilbrio - no sistema, as

    reaces no sentido directo e no sentido inverso ocorrem com a mesma velocidade.

    3.2.4 Extenso de uma reaco

    A constante de equilbrio permite caracterizar uma reaco a uma dada temperatura,

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    20

    podendo ser relacionada com a extenso de uma reaco.

    Se o valor de Kc elevado (Kc >> 1)

    - concentrao dos produtos > concentrao dos reagentes, quando se atinge o

    equilbrio.

    - reaco muito extensa no sentido directo.

    Se o valor de Kc pequeno (Kc

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    21

    3.3.2 Efeito da variao da temperatura, da alterao da concentrao e da

    presso

    A variao de temperatura afecta os sistemas em equilbrio, uma vez que altera o valor

    da constante de equilbrio (esta s depende da temperatura).

    A influncia da temperatura no valor de Kc diferente conforme a reaco

    endoenergtica ou exoenergtica.

    Nas reaces endoenergticas - H > 0

    - um aumento de temperatura favorece a reaco no sentido directo, levando

    a um aumento do Kc.

    - uma diminuio de temperatura favorece a reaco no sentido inverso,

    levando a uma diminuio de Kc.

    Nas reaces exoenergticas - H < 0

    - um aumento da temperatura favorece a reaco no sentido do consumo de

    energia, isto , no sentido inverso, levando a uma diminuio de Kc.

    - uma diminuio de temperatura favorece a reaco no sentido da libertao

    de energia, isto , no sentido directo, levando a um aumento de Kc.

    Um aumento de temperatura favorece reaces endoenergticas. E uma diminuio

    de temperatura favorece reaces exoenergticas.

    Se um sistema sofre uma alterao da concentrao:

    Por exemplo, na reaco de sntese do amonaco

    N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g)

    - Se aumentarmos a concentrao de N2 (e/ou H2), o sistema reage a este aumento

    evoluindo no sentido directo at se atingir o equilbrio.

    - Se aumentarmos a concentrao de NH3, o sistema reage a este aumento

    evoluindo no sentido inverso at se atingir um novo estado de equilbrio.

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    22

    Um sistema reaccional, em equilbrio, s pode ser afectado pela variao de presso,

    quando nestes intervm componentes no estado gasoso, pois os slidos e os lquidos so

    praticamente incompressveis.

    A variao de presso de um sistema reaccional, em equilbrio, pode ser conseguida

    por variao de volume do sistema. A presso e o volume de um sistema gasoso so

    grandezas inversamente proporcionais. Quando se diminui o volume do sistema, aumenta-se a

    presso, e quando se aumenta o volume do sistema, diminui-se a presso. O sistema evoluir

    de acordo com as alteraes de presso.

    Se a proporo estequiomtrica dos reagentes for igual proporo estequiomtrica

    dos produtos, o aumento de presso no altera o estado de equilbrio. Por exemplo,

    I2 (g) + H2 (g) 2 HI (g)

    2 mol 2 mol

    Nesta reaco no h variao do nmero de moles de gases ( igual nos dois

    membros), a variao da presso (ou de volume) no altera a posio de equilbrio.

    3.3.3 Efeito do catalisador sobre o sistema reaccional

    Na produo de uma determinada substncia poder-se- aumentar a quantidade de

    produto controlando a presso e a temperatura do sistema ou atravs da presena de um

    reagente em excesso. Contudo, os processos podem ser lentos e para aumentar a sua

    velocidade utilizam-se os catalisadores.

    Os catalisadores so substncias que intervm no sistema reaccional, alterando, de

  • REACES QUMICAS.

    EQUILBRIO QUMICO HOMOGNEO.

    23

    igual modo, a velocidade da reaco directa e da reaco inversa, sem que afectem o estado

    de equilbrio e sem que sejam consumidos.

    A presena de um catalisador no influencia as quantidades produzidas, s permitindo

    um aumento da eficincia, em relao ao tempo de produo, uma vez que permite que o

    estado de equilbrio seja mais rapidamente estabelecido.