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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ -SEEDSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOCOORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
Professora PDE: TEREZINHA ANGELA GAZARINI Área PDE: Disciplinas Técnicas
NRE: Londrina
MÚSICA: UMA POSSIBILIDADE DE DESCOBRIR O SAGRADO
Produção Didático-Pedagógica - Caderno Pedagógico - apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob a orientação da professora Márcia Bastos de Almeida do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina.
LONDRINA2011
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professora PDE: Terezinha Angela Gazarini
Área PDE: Disciplinas Técnicas
NRE: Londrina
Professora Orientadora IES: Márcia Bastos de Almeida
IES vinculada: Universidade Estadual de Londrina
Escola de Implementação: Escola Estadual “Anastácio Cerezine” Ensino
Fundamental
Público objeto da intervenção: 5ª série e 6ª série
Material didático: Caderno Pedagógico
TÍTULO
MÚSICA: uma possibilidade de descobrir o Sagrado
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APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico se constitui em produção didática do projeto
de intervenção intitulado: Conhecer e refletir sobre a Pluralidade Religiosa no
Paraná e no Brasil, que visa apresentar procedimentos metodológicos que
façam a transposição dos conteúdos de forma mais acessível à compreensão
das crianças.
Os novos paradigmas educacionais apontam para modelo de uma
educação voltada para a diversidade que respeita a pluralidade cultural, étnica,
de gênero e religiosa, caminhando para promover uma convivência fraterna e,
consequentemente, a paz entre os seres humanos.
O Ensino Religioso, no currículo fundamental, consta como disciplina
que tem o mesmo nível de importância que as demais áreas do conhecimento,
devendo contribuir efetivamente para a formação integral do ser humano.
O Ensino religioso tem a especificidade de mediar didaticamente as
relações entre os alunos e o fenômeno religioso que se manifesta nas
diferentes práticas culturais religiosas dos diversos grupos existentes nas
sociedades, incentivando o respeito e a tolerância a toda e qualquer religião,
como prevê o preceito legal instituído pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional- LDB nº9394/96, e seu Art. 33 que determina:
O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte
integrante da formação básica do cidadão, constitui
disciplina dos horários normais das escolas públicas de
Ensino Fundamental, assegurado o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
quaisquer formas de proselitismo.
Acredita-se que a disciplina Ensino Religioso desempenha hoje papel
indispensável na educação para a cidadania universal. É preciso que a religião
deixe de significar opressão e se torne cada vez mais um pilar da constituição
de uma humanidade cidadã, em que todos se abracem, num amplo e profundo
abraço de paz.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................5
JUSTIFICATIVA..........................................................................................7
OBJETIVOS................................................................................................8
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO...................................................8
UNIDADE 1 – BRASIL TERRA DA FARTURA..........................................9
UNIDADE 2 - ÁGUA.................................................................................14
UNIDADE 3- NÓS TODOS.......................................................................21
UNIDADE 4- A BUSCA DA FELICIDADE................................................26
REFERÊNCIAS.........................................................................................35
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INTRODUÇÃO
O Brasil é um dos maiores símbolos mundiais da pluralidade, construída
no tempo por várias raças, culturas e religiões, permitindo que todos sejam
iguais mediante imensa variedade étnica.
Ao final da IX Conferência Nacional de Direitos Humanos (Brasília,
2004), representantes do diversos setores religiosos do Brasil assinaram o
seguinte documento: “declaramos a necessidade de se buscar, por meio do
diálogo inter-religioso, a valorização do ser enquanto sujeito de sua própria
história, independente de credo religioso. Somos unânimes em repudiar
qualquer ato de perseguição e intolerância religiosa”.
A Educação, no terceiro milênio, tem um grande desafio: assumir a
tarefa de formar seres humanos para os quais a criatividade, a tolerância, a
solidariedade e a ternura sejam, ao mesmo tempo, desejo e necessidade. É
necessário e indispensável pensar um futuro de afirmações de aprendizagem
com e nas diferenças.
A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural aprovada em 2001,
pela Unesco (Organização das Nações unidas para a Educação, Ciência e
Cultura), afirma que o diálogo intercultural é o caminho para a paz entre os
povos e as civilizações. A declaração sugere que as nações assumam critérios
comuns, de desenvolvimento e educação, capazes de humanizar as
sociedades, superar os fundamentalismos e resgatar o valor das diferenças
enquanto componentes indispensáveis na construção do mundo solidário.
Nessa perspectiva, o Ensino Religioso, reconhecido pelo Estado como
elemento da formação cidadã, tem na diversidade cultural e religiosa do Brasil
um espaço de estudo, reflexão e debate aos educandos. Estes,
independentemente de seus credos, poderão ser aceitos, respeitados, dialogar
em igualdade de condições e compartilhar com os colegas novos
conhecimentos, novas descobertas, compreendendo e contextualizando as
experiências culturais do fenômeno religioso.
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Todos os reinos da natureza são presenteados pela manifestação da
diversidade. A espécie humana não é diferente. Ela não se encontra apenas
imersa num mundo repleto de diversidade, como ela própria, embora sendo
única, é extremamente diversa, física e cultural.
O reconhecimento desta diversidade é um aspecto importante da
experiência humana e se evidencia em registros e manifestações presentes
entre os mais diferentes grupos humanos.
O desafio de conviver com a diversidade tem sido enfrentado de muitos
modos pela humanidade. Conflitos, alianças, acomodações são alguns deles. A
humanidade se mantém em função das diferenças. Ela não é uma massa
uniforme. É na diferença, não-padronização que se podem criar alternativas
novas, novos processos, novas concepções de mundo, de divindade, de vida, e
este é um exercício por excelência, humano.
A diversidade de religiões não deve ser reconhecida como expressão da
limitação humana ou fruto de uma realidade conjuntural passageira, mas como
todo traço de riqueza e valor. A diferença deve fazer brotar não o temor, mas a
alegria, pois desvela caminhos e horizontes para a afirmação e o crescimento
da identidade.
Uma das experiências mais enriquecedoras realizadas pela consciência
humana é o reconhecimento do valor da diversidade como traço e riqueza da
experiência humana.
As pessoas são diferentes. Elas são criações especiais que guardam
suas especificidades ao longo da construção das próprias experiências de vida.
A tolerância religiosa refere-se ao respeito diante das confissões de fé.
A Constituição Brasileira em seu Art. 5º, inciso VI destaca que: “ É
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e suas liturgias, e a aceitação dos diferentes tipos de religião
existente no mundo e na sociedade”.
Para que haja tolerância religiosa é necessário o diálogo inter-religioso,
um espaço de cura dos antagonismos entre as religiões. O diálogo entre elas
deve envolver os problemas do mundo de hoje, destacando a guerra, a
violência, a pobreza, a devastação ambiental, a injustiça de gênero, a violação
dos direitos humanos.
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As grandes religiões comungam muitos valores essenciais, como o
amor, a compaixão, a igualdade, a honestidade e o ideal de tratar bem a todos.
O objeto de estudo no Ensino Religioso é o Sagrado. A religião não é a
única forma de nos aproximarmos do Sagrado. É preciso buscá-lo onde quer
que esteja, nas formas capazes de propiciar ao homem e a mulher a
experiência da transcendência. Gestos, lugares, objetos, contemplação da
natureza, maneiras de fazer as coisas, dão conta que há ali a manifestação de
algo que transcende a experiência humana.
O Sagrado exerce sobre nós um poder fascinante, pois ao mesmo
tempo que atemoriza e amedronta, atrai, seduz e fascina. Surge no cotidiano
da vida e leva-nos à admiração, encantamento diante de grandes ou pequenos
fenômenos da natureza, acontecimentos significativos, experiências humanas
comoventes e inesquecíveis, detalhes marcantes que ultrapassam às
contingências e à transitoriedade do tempo.
O Ensino Religioso traz uma contribuição significativa para a
compreensão da religiosidade humana, do fenômeno religioso e seus inúmeros
desafios. A religiosidade é condição de realização de busca e de contato com o
Sagrado, sem um necessário vínculo institucional com uma religião. O
exercício dessa religiosidade se expressa na sacralidade da vida. E quando
isso acontece, diria o escritor moçambicano, Mia Couto,“o mundo se torna um
altar”. (www.marculus.net/textos/educ_religiosidade_livro_fragmento).
Pretendemos trabalhar nesse Caderno Pedagógico com quatro unidades
que envolvam músicas e ou poesias com a finalidade de resgatar, na
educação, o conhecimento religioso, não apenas como cultura, mas como
patrimônio cultural da humanidade, capaz de dar sentido, fascinar e encantar a
educação e a vida.
JUSTIFICATIVA
Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE, aponta os propósitos
da Secretaria de Estado da Educação em promover uma formação permanente
dos professores.
Este Caderno Pedagógico foi elaborado tendo como referências os
princípios político-pedagógicos explicitados nas Diretrizes Curriculares parta a
Educação Básica do Estado do Paraná.
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A Proposta deste material é que ele possa trazer mudanças positivas na
conduta dos alunos, estimulando o hábito de respeito às diferentes
manifestações religiosas, permitindo-lhes entendimento de seu cotidiano vindo
a contribuir com transformações sócio-culturais.
OBJETIVOS
_Destacar questões bem pontuais em relação ao sagrado.
_Proporcionar aos alunos subsídios que possibilitem a descoberta do sagrado.
_Compreender e interpretar por meio de atividades propostas que o sagrado
não necessita ter um vínculo institucional com uma religião.
_Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do
universo no cotidiano social-cultural que se contextualiza de inter-relação dos
diversos sujeitos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Cada unidade será desenvolvida obedecendo os seguintes critérios:
_Apresentação da letra da música.
_Audição da música
_Interpretação da Música
_Discussão e análise das idéias, relacionando-as com a realidade atual
_ Informações
_Produções
_Momentos de socialização
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UNIDADE1
BRASIL – TERRA DA FARTURA
1) Compartilhar informações
O Brasil, em área territorial é o maior país da América do Sul e o quinto
maior do mundo. O Brasil é uma das nações mais multiculturais e etnicamente
diversas do planeta, devido a grande imigração vinda de outros países.
Segundo um trecho da carta que Pero Vaz de Caminha enviou a Dom
Manuel, podemos observar que já se previa as grandiosidades das terras
brasileiras:
“Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até
à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista,
será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa.
Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas, e
outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.
De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos
pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não podíamos
ver senão terra e arvoredos -- terra que nos parecia muito extensa.
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de
metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares
frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo
d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal
maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa
das águas que tem!”
2) Compreender a música
Música: Brasil Nativo de Tom Jobim
http://letras.terra.com.br/tom-jobim/1821194/
2.1) Distribuir a letra da música.
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2.2) Tocar a música e pedir que os alunos expressem por meio de desenhos o
que a música inspirou para eles.
2.3) Organizar grupos de alunos que pesquisarão em fontes confiáveis as
riquezas que o nosso país produz.
2.4) Apresentar os resultados em cartazes para serem anexados na escola.
2.5) Debater sobre a importância das nossas riquezas para gerar divisas.
2.6) Solicitar uma reflexão escrita sobre o conteúdo da música e o
conhecimento adquirido nas outras atividades, sobre:
- Em sua opinião, a música fala sobre o quê?
- Na música aparece o trecho: “Eu não vi na terra inteira o que nessa terra dá”,
o que isso significa?
- Na música aparece a expressão: ”dá vontade de cantar”, o que o autor quer
expressar com isso?
- As riquezas produzidas em terras brasileiras contribuem para o crescimento
do país? Justifique sua resposta.
- Existe distribuição justa da riqueza produzida pelas nossas terras? Justifique
sua resposta.
- Quais os estados brasileiros que são os principais celeiros do Brasil?
3) A arte da música
Música: Cio da Terra de Chico Buarque
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86011/
3.1) Distribuir a letra da música.
3.2) Ouvir a música.
3.) Refletir por escrito sobre:
- O que o autor considera no texto ser um milagre?
- No trecho:
“Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, propícia estação
E fecundar o chão”
Qual é a analogia que o autor faz?
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4) Para refletir:
- A terra tem o suficiente para a necessidade de todos, mas não para a
ganância de uns poucos - Mahatma Ghandi
- Terra, tu és o mais bonito do planeta, estão te maltratando por dinheiro- Beto
Guedes e Ronaldo Bastos
5) Curiosidade:
A Carta da Terra
http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html
A carta da Terra, traduzida em 40 idiomas é resultado de mais de 20
anos de consultas e diálogos entre nações e culturas, em busca de
fundamentos para o desenvolvimento sustentável.
O texto da Carta da Terra é composto de:
- Preâmbulo
- Terra, nosso lar
- Situação global
- Desafios futuros
- Responsabilidade universal
- Princípios
- Caminho adiante
Num momento onde educação para o desenvolvimento sustentável
tornou-se essencial é urgente mudar a maneira como pensamos e vivemos, a
Carta da Terra nos desafia a examinar nossos valores e a escolher um melhor
caminho.
5.1) Pesquisa:
- Dividir os alunos em grupo para pesquisar na íntegra a Carta da Terra.
- Assinalar os pontos que consideraram mais interessantes.
5.2) Debater sobre os pontos mais importantes da carta.
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6) Momento de encantamento: Audição do Hino Nacional Brasileiro
Hino Nacional Brasileiro
Composição : Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada
I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
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Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
00:00
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UNIDADE 2
ÁGUA
1) Para maior interação com o tema.
“Se o homem está em movimento
a água é história
Se o homem é um povo
a água é o mundo
Se o homem está vivo
A água é a vida”. (José Manuel Serrat, 2002)
2) Compartilhar informações
A Terra é o único planeta do Sistema Solar no qual a água se apresenta
naturalmente em seus três estados: gasoso, sólido e líquido. A água vem se
tornando escassa, devido a inúmeros fatores, entre eles o crescimento da
população, o uso inadequado, a poluição e a contaminação que inviabilizam o
uso adequado dos recursos hídricos e a diminuição dos mananciais de água
doce no planeta.
Tales de Mileto primeiro filósofo do Ocidente, há mais de 2600 anos
disse: “a substância do mundo é a água”. Segundo ele, toda matéria se
movimenta e se conserva pela força de um princípio fundamental único, e este
só pode ser a água, pois ela é visível nos elementos vivos e a própria Terra
repousa sobe o oceano.
A água além de ser fonte de vida, um bem natural indispensável ela é
também uma manifestação divina, símbolo sagrado. A água é para o planeta
Terra, o que o sangue é para o corpo, sem ele nada funciona no corpo.
Portanto, é necessário uma educação e uma espiritualidade ecológica,
que se expressem em atitudes de amor e cuidado para com toda a criação, e
aqui particularmente com a água.
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E o que a água tem com a religião? A água tem uma mística própria, a
mística da vida. Vários líderes religiosos e grandes mestres de muitas tradições
religiosas utilizavam o símbolo da água para falar do Sagrado, de Deus.
Nas Escrituras Sagradas, Jesus é batizado por João Batista nas águas
do Rio Jordão, (Mt 3, 13-17).
No batismo cristão, a água é símbolo da vida nova, da purificação dos
pecados. Jesus promete a uma mulher samaritana uma água viva que sacia a
sede de eternidade, (Jo 4, 7-15).
No hinduísmo, o Rio Ganges é o símbolo maior da devoção de muitos
hindus, água que aproxima o ser humano da divindade.
Nas religiões afro-brasileiras, encontramos os orixás em perfeita
harmonia com toda a natureza. Iemanjá, figura feminina, protetora dos mares e
oceanos.
No budismo, no festival de Wesak, no qual se comemoram o
nascimento, a iluminação e morte de Buda, a celebração é marcada por muitos
símbolos, flores, velas, e um de seus pontos altos é a partilha da água.
3) Momento de ouvir e refletir
Música: Planeta Água (Guilherme Arantes)
http://letras.terra.com.br/guilherme-arantes/46315/
3.1) Distribuir a letra da música.
3.2) Tocar a música.
3.3) Pedir aos alunos que reflitam sobre:
- a finalidade da água
- os cuidados que devemos ter com a água
4) Momento de declamar
Água (Jeni Bertoni Nimtz)
(Disponível na revista Diálogo- ano VIII, nº 32, outubro de 2003)
Água que vem lá da serra
E escorre na terra,
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Saltando os espinhos...
Água que vem lá da cascata,
Nas sombras da mata,
Vencendo os caminhos!
Água que limpa as feridas
Da carne e da vida,
Tirando sinais...
Água que lava e refresca
Com cheiro de festa
Os meus ideais!
Água que pensa encontrar
Tão longe o mar
Que está à espera...
Água que planta esperanças
Em minhas andanças
De sonho e quimera!
Água que viu tanta gente
Nascer livremente
E crescer sempre mais...
Água que viu, de repente,
Morrer tanta gente
Em seus mananciais!
Água que Cristo bebeu
E, um dia, sorveu
Em forma de mel...
Água que, um dia, molhou
Os lábios do amor
Em forma de fel!
Água que nasce na serra
Do cio da terra
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Com vida fecunda...
Água que vem lá da mina,
Assim cristalina,
Raiz tão profunda!
Água que a nuvem rebenta
E cai doce e lenta
Por sobre a cidade...
Água que faz a enchente
Matar tanta gente
Sem dó, sem piedade!
Um dia, cantaste a canção
Da partilha do pão
Entre a humanidade...
Pra todos nasceste e jorraste
Jamais te esquivaste
De amar a verdade!
Água - fonte da vida
Água - fonte da vida
Água – momento de paz!
Da lida que enobrece,
Da vida que não empobrece
Água – descanso me traz
4.1) Distribuir a letra da poesia.
4.2) Fazer a leitura por todos.
4.3) Fazer a leitura alternando meninos e meninas.
4.4) Pedir aos alunos que ilustrem cada verso com um desenho.
4.5) Solicitar dos alunos que escrevam para cada estrofe uma palavra que a
caracterize.
5) Solicitar aos alunos que construam uma linha do tempo que mostre a
evolução das sociedades relacionada à tecnologia do manejo e utilização da
água, destacando aspectos como culturas agrícolas irrigadas, água encanada,
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esgoto, água tratada, construção da roda d'água, construção de hidrelétricas.
6) Propor uma pesquisa sobre invenções de máquinas movidas a água e sua
importância; a partir dessa pesquisa, sugerir a elaboração de desenhos,
pinturas, maquetes, protótipos relativos ao tema.
7) Desenvolver as seguinte atividades:
7.1) Solicitar aos alunos que tragam cópias das contas de água de suas
residências, para uma explicação sobre os campos onde estão registrados o
volume de água consumida, o período, o valor;
7.2) Realizar um trabalho de conscientização sobre a importância da água para
a preservação da vida.
7.3) Fazer um levantamento e registro de sugestões dos alunos para evitar o
desperdício de água;
7.4) Estimular, através da confecção de cartazes e elaboração de textos, o
combate ao desperdício da água na escola e nas residências.
8) Visitar a beira-lago que é um cartão-visita de nossa cidade, seguindo o
roteiro que sugerimos abaixo:
- Sinta o cheiro do ar perto do lago. Sente mau cheiro?
- Anote o que você vê boiando no lago junto às margens.
- Descreva o que há de cada lado do lago.
- Anote se há canos de esgotos que deságuam no lago.
- Observe se há aves junto ao lago.
- Escreva o que sente ao ficar à beira desse lago.
- Como esse lago poderia ser útil para os habitantes da cidade.
9) Flash informativo
A água, o primeiro elemento da natureza, forma três quartos do planeta Terra e
tem igual proporção nos vegetais e nos animais.
Habitat primordial do ser humano no ventre materno, a água é tida como
primeiro elemento de quase todos os mitos de criação, tanto nas tradições
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sagradas escritas como nas orais. É essencialmente terrestre, em
contraposição ao fogo que é ligado ao sol. Nos ritos das tradições religiosas, é
um dos principais símbolos de renascimento, purificação e fecundidade
espiritual. Na psicanálise, é o arquétipo da memória inconsciente.
10) Momento de ler e refletir
Hino às Águas da Vida - Hino recitado pelos fiéis hindus ao entrarem nas
águas do Ganges.
(Disponível na Revista de Ensino Religioso- Diálogo, Ano XV nº60, outubro/dezembro de 2010,
pág.22)
Águas, vós sois aquelas que nos trazem
a força da vida.
Pelo nosso bem-estar, que as deusas sejam
de ajuda para nós,
que elas causem saúde a verter sobre nós.
Governantes sobre todas as pessoas, as
Águas são aquelas
A quem eu peço cura.
O Soma contou-me que dentro das águas
Estão todas as curas.
Águas, fazei de vossa cura,
Como uma armadura parao meu corpo
Para que possa ver o sol por muito tempo.
Águas, levai para longe
Tudo que se tornou mau em mim,
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O que eu tenha feito de forma maliciosa
ou qualquer mentira que eu tenha jurado.
Eu procurei hoje as águas.
Oh, Agni, cheio de humildade,
Vinde e inundai-me de esplendor.
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UNIDADE 3
NÓS TODOS
1) Compartilhar Informações
Cada um de nós já passou, alguma vez na vida, pelo mal-estar e
desconforto de se sentir excluído de algo ou do convívio com alguém. É uma
sensação muito ruim!
A exclusão tornou-se um dos grandes problemas sociais da atualidade,
resultante de um tipo de organização das relações da produção e do comércio
e entre pessoas e povos que privilegia o lucro, o capital em detrimento do ser
humano, dos seus direitos e dignidade.
Nos grupos familiares e religiosos, no trabalho, no espaço das relações
sociais e mundiais, há sempre uma liderança que dirige, coordena e que
exerce poder sobre os outros.
Atualmente, o grande desafio é criar estruturas e estabelecer relações
que favoreçam a afirmação da humanidade das pessoas, sua dignidade,
liberdade e a participação responsável e criativa na construção de uma
sociedade cidadã.
2)Refletir a música
Música: Festa- Intérprete Ivete Sangalo
http://letras.terra.com.br/ivete-sangalo/46457/
2.1) Distribuir a letra da música.
2.2) Ouvir a música.
2.3) Por escrito refletir sobre:
- A música diz “tem gente de toda cor, tem raça de toda fé”, o que isso
significa?
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- Em sua opinião, a música fala sobre o preconceito racial? Justifique sua
resposta.
- Existe preconceito racial no Brasil? Justifique sua resposta.
3) Pesquisa:
3.1) Organizar grupos que pesquisarão na internet e em obras escrita, sobre a
diversidade de cultura, costumes, religiões, em cada região do País.
3.2) Promover a apresentação dos resultados e debater sobre a importância de
cada matriz cultural e religiosa para a identidade multicultural do povo
brasileiro.
3.3) Analisar por escrito os pontos:
- As diversas culturas contribuem para o crescimento do País? Justifique a
resposta.
- Quais os estados brasileiros onde a pluralidade cultural tem mais
destaque?
4) Ampliar informações:
Destaques da Declaração da Unesco
Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural 2002
A Conferência Geral,
Reafirmando que a cultura deve ser considerada como o conjunto dos
traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que
caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das
artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os
sistemas de valores, as tradições e as crenças;
Afirmando que o respeito à diversidade das culturas, à tolerância, ao
diálogo e à cooperação, em um clima de confiança e de entendimento
mútuos, está entre as melhores garantias da paz e da segurança
internacionais;
Proclama:
Artigo I – A diversidade cultural, patrimônio comum da humanidade.
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A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa
diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades
que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade.
Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural
é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para
a natureza.
Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser
reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras.
Os Estados membros se comprometem a tomar as medidas apropriadas
para:
4.1) Promover, por meio da educação, uma tomada de consciência do valor
positivo da diversidade cultural e aperfeiçoar, com esse fim, tanto a formulação
dos programas escolares como a formação dos docentes.
4.2) Incorporar ao processo educativo, tanto o quanto necessário, métodos
pedagógicos tradicionais, com o fim de preservar e otimizar, os métodos
culturalmente adequados para a comunicação e a transmissão do saber.
Acesso ao texto integral – www.unesdoc.unesco.org
5) Reflexão sobre a fábula:
A força dos pequenos
Conto africano: Em: Vivendo e aprendendo.
Editora Mundo e Missão. Florianópolis (SC).
O leão reuniu os animais da floresta e ordenou:
_ Todos os animais devem reconhecer o leão como rei.
Ouviu-se um murmúrio geral. Depois, uma pequena voz se fez ouvir. Era o
porta-voz das formigas guerreiras:
_ Nós não aceitamos. Os nossos antepassados nos deram uma rainha e
nós obedecemos a ela!
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_ Tereis a vossa punição! _ respondeu o leão.
Em seguida, todos se dispersaram. No fim da tarde, os filhos do leão
caçaram um porquinho e o esconderam numa moita. Enquanto foram
convidar o chefe para banquetear-se com o porquinho, as formigas se
reuniram. Eram tão numerosas que cobriram a savana. Devoraram o
porquinho e se puseram em ordem de batalha.
Ao pôr-do-sol, o leão chegou majestoso com sua família. Então, o exército
das formigas entrou em ação. Saíram aos montes das ervas e das folhas e
subiram pelas pernas dos azarados. Atacaram o focinho, as orelhas, os
olhos...
Os leões ungindo de dor, se jogavam às cegas contra as plantas, rolavam
no chão... inutilmente.
Na manhã seguinte, um abutre, passando em vôo rasante, viu aqui e ali a
ossada da família que havia pretendido impor-se com poder absoluto sobre
todos os animais. E o abutre concluiu: os poderosos nunca devem
desprezar a força dos pequenos unidos.
6) Apreciação e reflexão sobre a poesia:
Tenho Um sonho...
Citado em A civilização da ternura: novo estilo de vida para o terceiro milênio. Giuliana
Martirani. Paulinas Editora, 2001.
Sonho com um lugar
Em que meninos e meninas,
Negros e brancos,
Possam dar-se as mãos para
Caminharem juntos...
Tenho um sonho...
Sonho com um mundo em que
Conseguiremos
Trabalhar juntos, rezar juntos,
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Lutar juntos,
Ser presos juntos, para defender
A liberdade juntos,
Sabendo que um dia seremos
Libertados...
Tenho um sonho...
Sonho que um dia conseguiremos
Arrancar da montanha do desespero,
Uma pedra de esperança...
Martin Luther King
Questões:
1) Leitura da poesia.
2) Reflexão sobre:
- Qual é o seu sonho?
- Qual é o seu sonho para o mundo?
- O que significa: “arrancar da montanha do desespero, uma pedra de
esperança”?
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UNIDADE 4
A BUSCA DA FELICIDADE
1) Momento de leitura e interação
Passamos a vida em busca da felicidade.
Procurando o tesouro escondido.
E, assim, uns fogem de casa para serem felizes.
Outros fogem para casa em busca da felicidade.
Uns se casam pensando em serem felizes.
Outros se divorciam para serem felizes.
Uns desejam viver sozinhos para serem felizes.
Outros desejam possuir uma grande família a fim de serem felizes.
Uns fazem viagens caríssimas buscando serem felizes.
Outros trabalham além do normal
buscando a felicidade.
Uns desejam ser profissionais liberais
para comandar a sua própria vida e poder serem felizes.
Outros desejam ser empregados
para ter a certeza do salário no final do mês e,
assim, poderem ser felizes.
Outros, ainda, desejam trabalhar por comissão,
assegurando que o seu esforço
se transforme em melhor remuneração e assim serem felizes.
É uma busca infinita.
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Anos desperdiçados.
Nunca a lua está ao alcance da mão.
Nunca o fruto está maduro.
Nunca o carinho recebido é suficiente.
Mas, há uma forma melhor de viver!
A partir do momento em que decidirmos sermos felizes,
nossa busca da felicidade chegou ao fim.
É que percebemos que a felicidade não está na riqueza material, na casa nova,
no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa.
E jamais está à venda.
Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós mesmos, é inútil
procurar em outra parte.
Sempre que dependemos de fatores externos para ter alegria, estamos
fadados à decepção.
A felicidade não se encontra nas coisas exteriores.
A felicidade consiste na satisfação com o que temos e com o que não temos.
Poucas coisas são necessárias para fazer o homem sábio feliz, ao mesmo
tempo em que nenhuma fortuna satisfaz a um inconformado.
As necessidades de cada um de nós são poucas.
Enquanto nós tivermos algo a fazer, alguém para amar, alguma coisa para
esperar, seremos felizes.
Tenhamos certeza:
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A única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida.
Repartir nossas alegrias
é como espalhar perfumes sobre os outros:
Sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós mesmos.
Se chover, seja feliz com a chuva que molha os campos, varre as ruas e limpa
a atmosfera.
Se fizer sol, aproveite o calor.
Se houver flores em seu jardim, aproveite o perfume.
Se tudo estiver seco, aproveite para colocar as mãos na terra, plantar
sementes e aguardar a floração.
"O TEMPO É MUITO LENTO PARA OS QUE ESPERAM.
MUITO RÁPIDO PARA OS QUE TÊM MEDO.
MUITO LONGO PARA OS QUE LAMENTAM
MUITO CURTO PARA OS QUE FESTEJAM
MAS PARA OS QUE AMAM
O TEMPO É ETERNIDADE."
fonte: ANA KARINE DE ALMEIDA http://www.bethynha.com.br/busca-felicidade.htm
Tudo o que o ser humano faz, atrás de tudo o que ele corre, de todos os
desgastes que ele enfrenta tem um objetivo, a busca da felicidade.
O ser humano não mede esforços para tentar ser feliz neste mundo.
Abre mão de inúmeras coisas em troca de outra que ele acredita ser o caminho
que o levará à felicidade.
No entanto, à medida que vai conseguindo todas as coisas, percebe que
a tão sonhada felicidade não acontece. E nesse processo, de busca de
felicidade, ele sacrifica pessoas, animais, plantas e o seu próprio ambiente.
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A felicidade só poderia realmente existir se todas as pessoas, todos os
seres, pudessem participar dela. Se cada ser humano, cada animal, cada
planta, cada mineral, fazem parte de uma única Essência Cósmica, tudo o que
acontece a uma dessas partes, reflete no Todo.
Assim, se alguns seres promovem o bem somente para si, esquecendo
os demais, estão apenas acentuando o desequilíbrio da Grande Engrenagem
do Universo. Para que fosse possível a ocorrência da felicidade, esta deveria
abranger todos os seres, quando então não haveria qualquer tipo de
desequilíbrio ou desarmonia.
O que empurra a vida para frente é a busca da felicidade, pois a
felicidade em si é um estado em que não exige mudanças, tudo está bom. E
daí a vida estacionaria, acabariam os sonhos, as inquietações, o sentido da
vida.
Não existe receita pronta de felicidade, mas as grandes religiões
comungam valores que certamente deixariam as pessoas por momentos mais
felizes. Destacamos o amor.
1) Pesquisa
1.1) Sugerir aos alunos que façam uma pesquisa sobre o que significa o amor.
1.2) Socializar com a escola usando cartazes com palavras chaves.
2) Compreender a música.
Música: Monte Castelo (Legião Urbana)
Composição : Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22490/
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
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O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria
2.1) Distribuir a letra da música.
2.2) Ouvir a música.
2.3) Comentários sobre a música:
A letra da música une um texto da Bíblia _I Coríntios, capítulo 13_ e o soneto
de Camões...
Luíz Vaz de Camões, um dos maiores escritores em língua portuguesa em
todos os tempos...
Já no século XVI, o poeta afirmava que as pessoas que amam podem andar
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solitárias por entre a gente...
E de forma alguma ele foi incoerente ao definir o amor por meio de
contradições.
E o apóstolo Paulo aos Coríntios afirma que permanecerão a fé, a esperança
e o amor...sendo o maior destes porém o amor...
...estar-se preso por vontade...dor que desatina sem doer...dois lados da
mesma obsessão...
O desejo de proteção e de segurança é comum a homens e mulheres...
...seguir-te-ei sem tréguas...pode me beijar se quiser...
Fonte: http://pt.shvoong.com/society-and-news/news-items/1817958-monte-castelo/
2.4) De que tipo de amor fala Renato Russo?
2.5) Quais os “ tipos de amor” sugeridos e as relações comunitárias e pessoais
reveladas desde o início da era cristã aos dias de hoje?
2.6) Como podemos demonstrar amor aos nossos semelhantes?
3) Propor aos alunos, em grupos, que elaborem crônicas retomando o conceito
de amor universal, que inclui solidariedade, caridade, pilares essenciais para
uma sociedade justa.
4) Reunir os grupos e pedir que pensem juntos como tarefa final entre:
- selecionar e colar pedaços de textos que gerem um novo texto
- selecionar, parodiar ou musicar poemas
- fazer raps sobre textos dos próprios alunos ou de outros autores
- apresentar as produções em evento da escola
5) Apreciar a poesia:
Poesia: AMOR (K. Gibran)
(Extraído do livro Mensagens para o ano todo.Vol.2.Paulinas Editora, 2002).
Quando o amor bater à tua porta, segue-o,
mesmo que o caminho seja pedregoso
e difícil.
E, quando o amor quiser falar contigo,
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acredita nele,
ainda que sua voz possa fazer evaporar
teus sonhos,
como o vento forte que devasta o jardim.
Da mesma forma que te exalta,
o amor te crucifica,
e como te faz amadurecer,
assim te podará.
E te entregará ao seu fogo sagrado
a fim de que sejas o pão santo da
mesa de Deus.
É o amor que realiza em ti,
Para que possas tornar-te
Uma fração do coração da vida.
O amor nada dá a não ser a si mesmo,
e nada colhe, senão em si mesmo.
O amor não é possessivo,
tampouco gosta de sê-lo,
porque basta-se a si mesmo.
E não penses que poderás conduzi-lo,
Pois, se te achar digno, ele mesmo te
conduzirá.
O amor não quer senão consumir-se!
Se amas de verdade,
sejam estes teus desejos:
ao despontar do dia,
despertar com um coração alado
e agradecer por esse novo dia de amor;
à noite, adormecer com uma prece
ao amado
e um canto e louvor nos lábios.
5.1) Distribuir a poesia.
5.2) Declamar a poesia.
5.3) Propor aos alunos que façam uma poesia com o tema: Amor.
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5.4) Reunir todas as poesias em um espiral e levá-las para a biblioteca.
6) Recitar a oração:
Oração budista: Felicidade para todos
Que todos os seres de toda parte,
torturados pelo sofrimento
do corpo e do espírito, obtenham
um oceano de felicidade e de alegria.
Enquanto permanecem no ciclo
da existência, que a sua felicidade
neste mundo jamais diminua.
Que os aflitos pelo frio encontrem
o calor e que os oprimidos pelo calor
conheçam o frescor.
Que todos os animais sejam libertos
do medo de serem devorados
uns pelos outros.
Que todos os aterrorizados possam escapar
do medo e que se libertem os escravizados.
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Que os despossuídos encontrem a força.
Que todos os viajantes encontrem
a alegria onde quer que estejam.
Que nunca mais uma criatura viva
sofra ou cometa o mal, nem fique doente.
Que ninguém seja subjugado
nem desprezado e que jamais
o seu espírito seja abalado
( Disponível na Revista Diálogo – Revista do Ensino Religiosonº34 – maio/2004,pág50)
6.1) Distribuir a letra da oração.
6.2) Recitar a oração.
7) Construir um acróstico com a palavra: FELICIDADE.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: pluralidade cultural. Ensino de 5ª a 8ª série, Brasília/DF, 1997.
BRASIL, Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de Ensino
Religioso: o sagrado no ensino religioso. Caderno pedagógico do ensino
fundamental, Curitiba/PR, 2008.
CHARDIN, Pierre Teilhard de. O fenômeno humano. São Paulo. Editora
Cultrix, 1986.
FREIRE,Paulo. Educação e Mudança. 24 ed., Rio de Janeiro, 1979.
MONDIN, Battista. O homem, quem é ele? 3ª ed, Edições Paulinas,São
Paulo,1983.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessário à educação do futuro. 9
ed. São Paulo: Cortez, Brasília, 2001.
PAIVA, Geraldo J. Haverá futuro para a religião na educação do futuro?
Reflexões a partir da Psicologia. 1995. Perspectiva Teológica. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S010237722006000100008&script=sci_arttext
PIAZZA, S. J. , Pe. Waldomiro O. Religiões da Humanidade. Edições
Loyola, São Paulo, Brasil, 1991.
REVISTA DIÁLOGO. São Paulo: Paulinas, ano VIII, n.31, agosto 2003.
REVISTA DIÁLOGO. São Paulo: Paulinas, nº32, outubro.
REVISTA DIÁLOGO. São Paulo: Paulinas, nº34, maio de 2004.
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REVISTA DIÁLOGO. São Paulo: Paulinas, ano XIII, nº50, maio 2008.
REVISTA DIÁLOGO. São Paulo: Paulinas, nº60, dezembro de 2010.
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 1 ed..
Campinas: Autores Associados LTDA. 2008.