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Seja bem vindo!

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Seja bem vindo!

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A Motivação no Tratamento da

Dependência Química

Ana Carolina Schmidt de Oliveira

Psicóloga CRO 06/99198

Especialista em Dependência Química UNIAD/UNIFESP

Mestranda UNIFESP

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Perguntas

Por que há pessoas com problemas com drogas e não quer ou não consegue parar?

Por que hora a pessoa quer parar de usar drogas e hora não quer?

Por que a pessoa quer parar de usar e não para de vez?

Como tratar um DQ que não vê problemas em usar drogas?

A recaída é o fim da linha?

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A Motivação

e a Entrevista Motivacional

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Motivação

• É um estado de prontidão ou ânsia para a

mudança.

• Não é inerente e estática. É variável ao

longo do tempo e das situações.

• É essencial para o sucesso do tratamento.

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Ambivalência

• A hesitação faz parte da natureza humana, nem todos estarão preparados, desejosos e habilitados para mudar.

• “Hora quer, Hora não quer”, “ Quero mas não quero”

• Atração e repulsão pela droga.

• A ambivalência é normal, aceitável e compreensível.

Ex: casamento, gravidez, mudança de emprego, de casa, dieta)

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Estágios Motivacionais

Pré Contemplação

Contemplação

PreparaçãoAção

Manutenção

Recaída

Recaída Prochaska e DiClemente

(1982)

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Pré Contemplação

• “Namoro com a

droga”

• Não percebe ou

nega prejuízos

• Não vê motivos

para mudar

• Não faz nada para

mudar

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Pré Contemplação

• Família:– Cuidar-se

– Colocar limites assertivamente

– Buscar informações/ ajuda

• O que fazer: – Diálogos Abertos

– Levantar dúvidas

– Assertividade

– Objetividade

• O que não fazer:– Confrontar

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Contemplação

• Já percebe algum

prejuízo

• Hora quer, hora

não quer parar –

Ambivalência

• Não faz nada para

mudar

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Contemplação

• Família– Fornecer informações

– Oferecer ajuda e tratamento sem confronto

• O que fazer:– Evocar razões para mudança

– Colocar os riscos de não mudar

– Fortalecer autoeficácia

– Entrevista Motivacional

– Balança decisória

• O que não fazer:– Impor ajuda especializada

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Balança decisória

Vantagens do uso Desvantagens do uso

Vantagens da abstinência Desvantagens da abstinência

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Preparação

• Já percebe os prejuízos decorrentes do uso de drogas

• Já está disposto a mudar

• Procura ajuda

• Ainda não fez nenhuma tentativa para parar

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Preparação

• Família:– Ajudar na mudança do comportamento

– Não sobrecarregar com “tudo o que ele precisa fazer” e perguntar o que ele acha

• O que fazer:– Oferecer ajuda imediata

– Acolher

– Gerenciamento de caso – decidir melhor linha de ação

• O que não fazer– Longas filas de espera

– Sobrecarregar de intervenções

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Ação

• Toma atitudes e

interrompe ou

diminui o consumo

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Ação

• Família:

– Ficar atenta a recaídas

– Não achar que “curou”

– Não boicotar o que for conquistado

• O que fazer:

– Acompanhamento regular

– Ajudar nos passos da mudança

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Recaída

• Não é um estágio

• Mais regra do que

exceção

• Não significa que

“não tem jeito”, mas

que faltou aprender

algo no processo

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Recaída

• Família:– Não recair junto

– Ajudar a se reerguer

– Reforçar autoestima

– Ser mais ativa no tratamento

• O que fazer:– Reforçar compromisso com o tratamento

– Avaliar a situação

– Ajudar a chegar na ação novamente

• O que não fazer:– Julgar

– Agir como codependente

– Não banalizar, nem supervalorizar

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Manutenção

• Abstinência mais

sólida

• Após 6 meses de

abstinência

• Não há cura

• Ainda há risco de

recaídas

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• Família:

– Fase mais fácil

– Ficar atenta a fatores de risco

– Não boicotar

• O que fazer:

– Planejamento de alta e encaminhamentos

– Prevenção da Recaída

• O que não fazer:

– Banalizar riscos de recaída

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Manutenção

• Família

• O que fazer:

– Prevenção da Recaída

– Lidar com “tédio”

• O que não fazer:

– “Só um pouco”

– Não encaminhar para rede

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Entrevista Motivacional

• William Miller e Stephen Rollnick

• Coloca fim em “Só se pode ajudar quem querparar”

• É um método de comunicação para ajudar oindivíduo a reconhecer e fazer alguma coisa sobreum problema

• Propõe-se ajudar a pessoa resolver suaambivalência

• Terapeuta suportivo

• Cliente ativo e responsável

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Princípios gerais

• Expressar empatia

– Essencial. Deve ser utilizada durante todo o processo. “Aceitação”, não julgar, não criticar, não culpar. Não significa concordar, nem aprovar. Parece libertá-las para a mudança.

• Desenvolver discrepância

– A mudança é motivada pela compreensão entre a discrepância do comportamento presente e a importância de valores e objetivos do cliente.

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Princípios gerais

• Estimular autoeficácia– A crença da pessoa na possibilidade de mudança é um

importante

– O cliente é responsável por optar e a realizar a mudança

– A própria convicção do profissional torna-se uma autoprofecia

• Fluir com a resistência– Evitar argumentação

– Resistencia não é sinônimo de oposição direta

– Novas perspectivas são sugeridas

– A resistência é um indicativo para reagir de forma diferente

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O que funciona?

• Metodologia da entrevista motivacional PARR• P: Perguntas abertas (como posso te ajudar? O que você

gosta na droga? O que você quer fazer quanto a bebida? Na sua opinião, o que considera importantes motivos para parar de fumar?)

• A: afirmar- reforço positivo (apoio, elogios, compreensão-obrigada por ter vindo! Essa é uma boa idéia! Você me parece bem disposto!)

• R: refletir (como o terapeuta responde ao que o cliente diz, de maneira autêntica e fiel.- simples, amplificada, dupla, de sentimentos)

• R: Resumir (conectar assuntos, mostrar que escutou, ajuda organizar idéias)

• 2:1 duas estratégias para cada pergunta, com preferência das reflexões.

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Estratégias Gerais de Motivação

• As 8 estratégias de Miller (1985)

– Oferecer Orientação

– Remover Barreiras

– Proporcionar Escolhas

– Diminuir Aspecto Desejável do Comportamento

– Praticar Empatia

– Proporcionar Feedback

– Esclarecer objetivos

– Ajudar ativamente

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O que não funciona?

• Armadilha da Pergunta-Resposta

• Armadilha Confronto-Negação

• Armadilha do Especialista

• Armadilha da Rotulação

• Armadilha do Foco Prematuro

• Armadilha da Culpa

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Convite

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OBRIGADA

/ (11) 4114-0019

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Referências

• Livro: Entrevista Motivacional: preparando as pessoas para a mudança de comportamentos adictivos. Miller e Rollnick.

• Livro: Dinâmicas de Grupo Aplicadas no Tratamento da Dependência Química. Figlie, Melo e Payá.

• Livro: Dependência Química: prevenção, tratamento e políticas públicas. Diehl, Cordeiro e Laranjeira.

• Livro: Aconselhamento em Dependência Química. Figlie, Bordin e Laranjeira.