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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL POLÍCIA MILITAR DO PARÁ AJUDÂNCIA GERAL ADITAMENTO AO BG Nº 195 05 DE NOVEMBRO DE 2018 Para conhecimento dos Órgãos subordinados e execução, publico o seguinte: I PARTE (SERVIÇOS DIÁRIOS) SEM REGISTRO II PARTE (ENSINO E INSTRUÇÃO) SEM REGISTRO III PARTE (ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS) 1 - ASSUNTOS GERAIS A) ALTERAÇÕES DE OFICIAIS SEM REGISTRO B) ALTERAÇÕES DE PRAÇAS ESPECIAIS SEM REGISTRO 100. ALTERAÇÕES DE PRAÇAS SEM REGISTRO D) ALTERAÇÕES DE INATIVOS SEM REGISTRO E) ALTERAÇÕES DE SERVIDORES CIVIS SEM REGISTRO PMPA/AJG Pág. 1

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁSECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA

E DEFESA SOCIALPOLÍCIA MILITAR DO PARÁ

AJUDÂNCIA GERAL

ADITAMENTO AO BG Nº 19505 DE NOVEMBRO DE 2018

Para conhecimento dos Órgãos subordinados e execução, publico o seguinte:

I PARTE (SERVIÇOS DIÁRIOS)

● SEM REGISTRO

II PARTE (ENSINO E INSTRUÇÃO)

● SEM REGISTRO

III PARTE (ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS)

1 - ASSUNTOS GERAIS

A) ALTERAÇÕES DE OFICIAIS

● SEM REGISTRO

B) ALTERAÇÕES DE PRAÇAS ESPECIAIS

● SEM REGISTRO

100. ALTERAÇÕES DE PRAÇAS

● SEM REGISTRO

D) ALTERAÇÕES DE INATIVOS

● SEM REGISTRO

E) ALTERAÇÕES DE SERVIDORES CIVIS

● SEM REGISTRO

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2 - ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS

● ATO DO COMANDANTE GERAL

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

SUMÁRIO

PREFÁCIO 071 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 091.1 ATIVIDADE FÍSICA 091.1.1 ATIVIDADE FÍSICA: UMA VISÃO INSTITUCIONAL 101.1.2 ATIVIDADE FÍSICA: NECESSIDADE ATUAL 111.1.3 TREINAMENTO FÍSICO MILITAR (TFM) 131.1.4 SÍNTESE HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA MILITAR 131.2 POLÍCIA MILITAR 161.2.1 O SERVIÇO POLICIAL MILITAR 161.2.2 O SERVIÇO POLICIAL MILITAR E A ATIVIDADE 171.3 QUALIDADE DE VIDA 182. CONCEITOS 212.1 ALONGAMENTO 212.2 APTIDÃO FÍSICA 212.3 AQUECIMENTO 222.4 ATIVIDADE FÍSICA 222.5 CAPACIDADE AERÓBICA 232.6 CAPACIDADE ANAERÓBICA 232.7 CONDICIONAMENTO AERÓBICO 242.8 CONDICIONAMENTO FÍSICO 242.9 EQUILÍBRIO 262.10 EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR 262.11 FORÇA MUSCULAR 272.12 MEMÓRIA MUSCULAR 282.13 POTÊNCIA 282.14 RESISTÊNCIA MUSCULAR 282.15 SAÚDE 292.16 SEDENTARISMO 302.17 VELOCIDADE 303 PRINCÍPIOS BÁSICOS 313.1 ADAPTAÇÃO 313.2 CONSCIENTIZAÇÃO 313.3 CONTINUIDADE 323.4 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA 323.5 RECUPERAÇÃO METABÓLICA 333.6 SOBRECARGA 33

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4 TESTE DE AVALIAÇÃO FÍSICA 344.1 AVALIAÇÃO FÍSICA 345 ORIENTAÇÕES MÉDICAS 366 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS 386.1 PLANEJAMENTO ALIMENTAR 386.2 FORMANDO SUA DIETA 397. ORIENTAÇÕES PSICOLÓGICAS 428. EDUCAÇÃO FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS 478.1 DIABETES 478.2 GESTANTE 498.3 HIPERTENSOS 508.4 OBESIDADE 519. MÉTODOS DE TREINAMENTO 539.1 CALISTENIA 539.2 CAMINHADA 549.3 CIRCUITO 559.4 CORRIDA 559.5 DESPORTIVO 569.6 LUTAS 569.7 MEIO LÍQUIDO 589.8 RESISTIDO 5910 PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO BÁSICO PARA O POLICIAL MILITAR 60

10.1 PLANILHA DE TREINAMENTO: ABDOMINAL (REMADOR EM 1MIN) 61

10.2 PLANILHA DE TREINAMENTO: CORRIDA (12MIN) 6210.3 PLANILHA DE TREINAMENTO: FLEXÃO DE BRAÇO NO SOLO 6310.4 PLANILHA DE TREINAMENTO: FLEXÃO DE BRAÇO NA BARRA FIXA (MASCULINO) 6410.5 PLANILHA DE TREINAMENTO: SUSTENTAÇÃO ESTÁTICA NA BARRA FIXA

(FEMININO)

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11. PROGRAMAS ESPECIAIS DE CORRIDA 6711.1. PARA CORRER 5KM 6811.2. PARA CORRER 10KM 6911.3. PARA CORRER 16KM 7012. CONSIDERAÇÕES FINAIS 7113. REFERÊNCIAS 7214. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 77

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RESOLUÇÃO Nº 043 de 09 de outubro de 2018 – EMG/PM3.

Dispõe sobre a aprovação do “Manual de Educação Física daPMPA: orientação para um bom condicionamento físico” noâmbito da Polícia Militar do Pará, como um instrumentofomentador da atividade física, qualidade de vida e saúde doPolicial Militar, e dá outras providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO PARÁ, no exercício de suasatribuições previstas no art. 8º, I da Lei Complementar nº 053/2006; e Considerando anecessidade de estabelecer um instrumento facilitador contendo informações dispostas deforma sistematizada para que possibilite a padronização de procedimentos com a finalidadede atender, direcionar e subsidiar o efetivo da Polícia Militar do Pará na busca pelocondicionamento físico e qualidade de vida, onde o produto final se traduzirá em ganhos alémpara a saúde do próprio policial, também para a Instituição Policial Militar, para a GestãoPolítica e para a Sociedade paraense.

Considerando que a construção de um manual também visa subsidiar os campos deconhecimento e atuação da Instituição, sendo ainda fundamentais fontes de consulta,pesquisa e direcionamento, neste caso sensibilizar o policial militar quanto a relevância daprática de atividade física para a sua saúde e vida profissional.

Considerando que as peculiaridades do serviço militar que exige dos policiaismilitares o permanente cuidado de seu condicionamento físico, inclusive após os cursos deformação no âmbito da Policial Militar;

RESOLVE:Art. 1° APROVAR o “Manual de Educação Física da PMPA: Orientação para um

bom condicionamento físico”, como um instrumento fomentador da atividade física,qualidade de vida e saúde do Policial Militar, nos termos do Anexo Único.

Art. 2° Está Resolução entrará em vigor na data de sua publicação;Registre-se, publique-se, cumpra-se.

Quartel em Icoaraci (PA), 09 de outubro de 2018.HILTON CELSON BENIGNO DE SOUZA – CEL QOPM RG 16217

COMANDANTE-GERAL DA PMPA(Of. nº 209/2018 – PM3/EMG).

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PREFÁCIO

Há 200 anos que a Polícia Militar do Pará (PMPA), tem promovido à segurançapública no Estado do Pará. Obedecendo aos alicerces constitucionais, esta instituiçãobicentenária, zela pela na Preservação da Ordem Pública através do Policiamento Ostensivo.

Pensando na qualidade de vida dos policiais militares da PMPA, compreendidaatravés do bom condicionamento físico e da estabilidade da saúde física e mental dessesagentes, foi que desenvolvemos este Manual de Educação Física. Acreditamos que o policialmilitar precisa estar bem físico e mentalmente para atender a sociedade paraense nas suasdiversas demandas.

Logo, esta Obra vem despertar e nortear a atividade física na PMPA, a fim de que opolicial militar entenda e se conscientize de que a manutenção de sua saúde perpassa pelacondicionante de ter um corpo e uma mente saudável.

E para isso, é fundamental que o militar estadual compreenda que o enfoque docondicionamento físico nesta literatura está relacionado diretamente com o seu bem-estar, oqual irá lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida no trabalho.

Entretanto, para que se consolide esta relação do condicionamento físico com ocumprimento das missões preventivas e repressivas inerentes à atividade policial militar, faz-se necessário o reconhecimento crescente do Profissional de Educação Física na PMPA, oqual figura como ator essencial para o desenvolvimento humano e do policial militar.

Sobre esta ótica, o Educador Físico estará norteando a prática da atividade física noseio da Corporação com o objetivo de proporcionar um bom condicionamento físico da tropa.

Por conseguinte, este profissional necessitará do apoio irrestrito e incondicional dosComandantes (Cmt) das Unidades Policial Militar (UPM), para que a atividade física sejadesenvolvida e executada na égide dos aspectos fundamentais do Treinamento Físico Militar(TFM). A atuação dos Comandantes (no sentido de incentivar, cobrar e fomentar a prática doTPM) é o pressuposto para o sucesso do Educador Físico na obtenção de um bomcondicionamento físico dos seus comandados.

Ainda sobre este processo de Treinamento Físico Militar, cabe ao Educador Físicorespeitar a individualidade biológica dos executantes, a fim de alcançar o objetivo principalque é a melhora da aptidão física. Esta, por sua vez, proporciona, ao profissional desegurança pública. Um bom preparado físico, aumentando assim a sua resistência à fadigaprovocada pelo estresse debilitante do bom combate.

Doravante, este treinamento deve ser contínuo, regular e disciplinado de modo que,com essa mudança de atitude, envolva toda a tropa, desde o Soldado ao Coronel,indistintamente, estando o policial militar lotado na atividade-meio ou fim da Corporação.

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Tendo em vista o bem-estar e a saúde do policial militar, este manual transversalizacom outras áreas do conhecimento, uma vez que o bom condicionamento físico éestabelecido, não somente pela prática da atividade física, mas também desta associada àsesferas biopsicossocial e nutricional, que influenciam diretamente na qualidade de vida, notrabalho e do mister da profissão policial militar.

Por todo esse cuidado com a qualidade física e de vida dos profissionais dasegurança pública e militar do Estado do Pará, é que este trabalho foi desenvolvido,envolvendo o conhecimento de Educadores Físicos pertencentes ao efetivo de nossaInstituição, bem como a colaboração de profissionais da saúde e entre outros colaboradores.

E através desse Manual de Treinamento Físico Militar, a Polícia Militar do Pará terána sua história um ponto de reflexão e ao mesmo tempo um divisor de águas para que osseus integrantes percebam a importância e o significado de um corpo e uma mente emestado de serenidade.

Portanto, subscrevo estas considerações iniciais destacando que nunca é tarde paracomeçar e enfrentar um novo desafio.

Prova disto aguardou-se dois séculos na Instituição para transpor a barreira doempirismo e substanciar neste estudo doutrinário e marcante, a sensibilidade de que o policialmilitar no seu rótulo de ser “operacional e/ou administrativo”, tem que aceitar a condição deque sua atividade profissional está intrinsicamente vinculada ao seu estado de equilíbriofísico, biopsicossocial e nutricional.

Encerro este prefácio com o seguinte pensamento atribuído à Ray Kroc: “Nenhumde nós é tão bom quanto todos nós juntos”, pois acredita-se que se cada policial militarcontribuir para a execução das propostas apresentadas nesse estudo, alcançaremos o bemcoletivo que é uma tropa com aptidões necessárias para encarrar os desafios enfrentadospela profissão policial militar.

Quartel em Icoaraci (PA), 21 de junho de 2018.EMMANUEL QUEIROZ LEÃO BRAGA – CEL PMCHEFE DO ESTADO-MAIOR GERAL DA PMPA

(Of. nº 209/2018 – PM3/EMG).

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAISÉ inquestionável o serviço da Polícia Militar dentro da sociedade, visando à

manutenção e preservação da Ordem Pública. Sabe-se que esta profissão acarretaconsequências como o desgaste físico, psicológico e mental para os militares, em virtude danobre missão que estes desempenham.

Diante da globalização da sociedade moderna e apesar das situações adversasexistente na labuta diária, torna-se necessário criar condições para a promoção da saúdebiopsicossocial dos policiais militares.

O Comando da Polícia Militar do Pará, visando disponibilizar para os integrantes daInstituição instrumentos que estimulem o cuidado com sua saúde física, o bem-estar e aqualidade de vida, implantou ações que refletem no cuidado com o ser humano.

Denota-se que a Instituição está engajada na mudança e sensibilização de suatropa, por isso elaborou-se este trabalho que propala a importância da relação existente entreo serviço policial militar e a prática da atividade física para o êxito da missão Constitucional,pois este aspecto refletirá no desempenho da prestação de serviço de segurança pública.

Desta forma, este Manual de Educação Física da PMPA: orientação para um bomcondicionamento físico, atende também a execução de uma das metas estabelecidas noPlano Estratégico da PMPA 2015/2025. Dentre tais metas destaca-se a necessidade de traçarmeios de preparação e aplicação de treinamento para que os policiais militares busquem umaprática regular da atividade física, visando à melhoria da saúde, a manutenção da qualidadede vida e o desempenho de suas funções, sendo que essas ações terão a retaguarda daoperacionalização do Plano “Polícia Militar do Pará 200 anos”.

Assim, busca-se a publicação deste Manual, considerado como importanteinstrumento para a constante busca do condicionamento físico dos policiais militares quecompõem a Polícia Militar do Pará, onde o principal objetivo é “cuidar das pessoas da PM,para construir a PM das pessoas”.

1.1 ATIVIDADE FÍSICAO policial militar não pode apenas conhecer seus equipamentos ou instruções de

ações contra distúrbios, ele também deve ter a atividade física evidente, como artifíciofundamental na luta contra a desordem pública.

Nesse contexto, a atividade física deve ser compreendida não só a partir de umavisão institucional, que exige sua prática para a prestação adequada dos serviços àcoletividade, mas como elemento essencial para que o próprio policial alcance melhorqualidade de vida.

1.1.1 Atividade Física: uma visão institucional

Na atividade Policial Militar, em particular, a aptidão físicatorna-se fundamental, pois, nas adversidades e suafunção, é necessário ao policial militar que ele tenha um

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bom nível de aptidão física para que possa agir de formaeficiente e eficaz na preservação da ordem pública1.

Bezerra (ano 2004) Filho é direto ao dissertar que a eficiência da execução dafunção policial militar depende de um bom nível de aptidão física por parte do policial. Estanova forma de se pensar a respeito do assunto em comento, demonstra à preocupação com ohomem, que é um ser formado por conhecimento intelectual, pelas habilidades comequipamentos, e que necessita de uma boa preparação psicológica e corporal para executarsuas atividades laborais.

Um bom nível de aptidão física é um bom aliado na luta contra as adversidadesencontradas no dia-a-dia, decorrentes das longas jornadas de trabalho. E estecondicionamento pode ser adquiro através de um Treinamento Físico Militar (TFM) regular eadequado.

A prática frequente do TFM é o caminho mais próximo para a resolução dosproblemas de saúde pessoal e organizacional decorrentes do ambiente de trabalho policial.Por esta razão, propõe-se através deste manual a realização do Treinamento Físico Militar emtodas as Unidades Policial a fim de proporcionar uma constante melhoria da atuação e odesempenho do efetivo Policial Militar durante o trabalho.

A boa condição física do policial faz com que ele seja menos suscetível às doençase lesões, deixando-o mais motivado, autoconfiante e mais forte na luta contra o estresse daprofissão. E este preparo, que vai além do técnico, faz com que ele também lute pela suapreservação, pela sua segurança e venha a ter sucesso neste combate diário, na missão parao qual foi designado.

Estas afirmações reportam à Marcineiro (1993), quando fala que “a qualificação dopolicial militar está amparada no seguinte tripé: preparo técnico profissional, íntegros valoresmorais e rigidez física mental”.

Além destas qualificações apontadas por Marcineiro (1993), a qualidade física dopolicial militar também é um fator condicionante, tendo em vista que através de umtreinamento adequado ele terá uma imensa vantagem em suas missões e atitudes diante dasdificuldades encontradas nas ocorrências que atende diariamente. O bom condicionamentofísico traz segurança tanto para ele, quanto para os que estão ao seu lado. É o que dizSharkey (1998, p.284), quando afirma: “trabalhadores que se mostram inaptos fisicamentepodem tornar-se um risco para a sua segurança e a dos que trabalham com eles”.

Portanto, tanto através de um aprimoramento técnico, quanto do condicionamentofísico, o profissional da segurança pública poderá, de forma considerável, minimizar ospossíveis insucessos em suas missões. Com aprimoramentos adquiridos; com treinamentosde armamento, equipamentos e ações; e com um forte aliado que é o trabalho físico, o qualbem desenvolvido servirá de escudo na execução dos conhecimentos apreendidos.

1 BEZERRA FILHA, Mª. José Alves. Níveis de Aptidão Física Relacionada à Saúde dos Policiais Militares que Trabalham noServiço de Rádio-patrulha do 5º Batalhão de João Pessoa, (Pág. 14). Monografia de Especialização em Segurança. João Pessoa,2004.

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1.1.2 Atividade Física: necessidade na atualidadeAtualmente, praticar uma atividade física é uma necessidade orgânica, pois o corpo

humano se movimenta no dia a dia, numa intensidade muito alta. Consequentemente, cabeao trabalhador adquirir um melhor e adequado preparo físico, a fim de estar sempre um passoà frente no mercado de trabalho.

Partindo do princípio que a atividade física é qualquer movimento que o corpoexerce, pode-se completar este pensamento dizendo que, quando o corpo está bempreparado para executar suas tarefas diárias, ele também está se preparando para obter umasaúde adequada para viver bem e melhor ao longo de sua vida.

Segundo Montti (2005), a atividade física envolve um conjunto de ações, dentre elaso movimento corporal e a atividade mental

Atividade física pode ser determinada como sendo oconjunto de ações que um indivíduo ou grupo depessoas praticam envolvendo gasto energético ealterações orgânicas, através de exercícios queenvolvam movimento corporal, com aplicação de uma oumais capacidades físicas, associado à atividade mental etambém social, onde este indivíduo terá como resultadobenefícios à sua saúde2. (p. 1)

É notória a complexidade de se conceituar atividade física, tendo em vista que elaenvolve ações, alterações orgânicas e capacidades físicas. Quando bem estruturadas eaplicadas ao indivíduo, através de uma boa e adequada orientação, seus benefícios serãovisíveis ao longo da vida deste homem. Este entendimento leva à aceitação de que nossapreservação depende deste movimento sistemático. E

Uma das motivações de se praticar uma atividade física, mesmo que seja de formamoderada (como 30 minutos diários, três vezes por semana), trazem benefícios para a vidatoda, tanto na conquista de uma boa aptidão física quanto na capacidade de o organismodiminuir a chance de adquirir algumas doenças, melhorando de forma significativa seussistemas imunológicos, assim com a saúde psíquica (NIEMAN, 1999).

A favor do que foi colocado acima, pode-se afirmar que qualquer atividade física ébem-vinda, pois seu objetivo final e mais importante, se assim pode-se dizer, quando bempraticado, é alcançado de uma forma ou de outra, que é a qualidade de vida. Assim comodisse Barbanti (1990, p. 112), “se atividade física prolonga ou não a vida, ainda é umaquestão de debate, mas que ela melhora a qualidade de vida das pessoas ativas não restadúvida (...)”.

Na correria dos tempos atuais, que só faz crescer há décadas, é necessário buscarsoluções que façam com que nossos corpos correspondam à intensa corrida pelasconquistas, assim como sobreviver aos anseios das etapas que devem ser cumpridas pelas

2 MONTTI, Marcello. Importância da Atividade Física, p. 1. 2005. Disponível em: ttp://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4772/-1/importancia-da-atividade-fisica.html. Acessado em 20 fev 2018.

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profissões, seja ela no interior de um escritório ou em ambientes abertos como o serviçopolicial militar.

Com isso, surge a atividade física, que se bem desenvolvida, pode proporcionar umadiminuição deste desgaste físico, através de um corpo mais bem preparado e apto ao dia-a-dia, ou seja, com aptidão física necessária a torná-lo resistente às pressões vividas noambiente de trabalho. Fica evidente então, a necessidade desta prática em nossas vidas,principalmente os exercícios aeróbicos, alcançando-se tantos os níveis de competência físicaquanto o bem-estar pessoal, COOPER (1972).

Falta aos profissionais e trabalhadores, de modo geral, iniciar suas práticas deatividades físicas diárias. Não importar que tipo de prática, apenas que seja selecionada deacordo com o gosto pessoal, conforme afirma Barbanti (1990, p. 63): “(...) A preferênciadeveria ser por atividades que permitissem as pessoas se ajustarem de acordo com suaaptidão, característica corporal e acima de tudo desejo pessoal (...) atividade física ideal éaquela que a pessoa gosta”.

Reiterando, uma atividade física bem desenvolvida só traz benefícios à saúde do serhumano, bem como promove a diminuição nas chances de adquirir doenças.

1.1.3 Treinamento Físico Militar (TFM)A ideia principal do Treinamento Físico Militar é padronizar para a tropa os aspectos

técnicos no momento de trabalhar o condicionamento físico, com o intuito de melhor prepará-la para as diversas missões, a qual está submetida. Para tal fim, utilizar os vários métodos detreinamento existentes, respeitando-se as individualidades biológicas dos executantes, assimcomo fornecer a todos, conhecimentos suficientes para que sejam utilizados quandoestiverem distantes de sua Unidade Militar, e possam dessa forma manter o condicionamentofísico.

Este treinamento deve sempre ter o acompanhamento de um profissional da área deeducação física, o qual desenvolverá programas de condicionamento físico padronizando osprocedimentos para serem seguidos durante as sessões de educação física. Com isso,buscam-se as melhorias das qualidades físicas que o militar deve alcançar, e que serãonecessários ao seu dia a dia durante o policiamento ostensivo ou repressivo.

É importante saber que o TFM, além de desenvolver o condicionamento, visatambém contribuir a manutenção da saúde, prevenção de patologias, diminuir o risco delesões, estimular a prática desportiva, assim como, proporcionar momentos de convívio entrepares e subordinados de forma lúdica.

1.1.4 Síntese Histórica da Educação Física MilitarA Educação Física entrou no território brasileiro através dos militares, onde conforme

afirma ARANTES (2008)(...) a história relata que a atividade fora introduzidapelos membros da guarda pessoal da Imperatriz D.Leopoldina, os quais praticavam a gymnastica,

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denominada de prática motora, sendo que em 1852 aginástica alemã foi implantada no Exército3. (p. 6)

Porém, somente na segunda metade do século XIX, é que se percebe maiordesenvolvimento desse tipo de atividade, quando em 1858 são tomadas inúmeras resoluçõespela Escola Militar. Dentre elas, a determinação de que em seus cursos de infantaria ecavalaria, além das instruções já previstas, fossem incluídas aulas de esgrima e natação.Nessa mesma época, a esgrima e a ginástica foram incluídas pela Escola da Marinha emsuas atividades semanais. Até que em 1860, no Depósito de Aprendizes Artilheiros, situadona Fortaleza de São João, ginástica, esgrima e natação se tornaram obrigatórias.

Um pouco antes, nos anos de 1850, a educação física iniciava um processo deintrodução na atividade escolar, se tornando obrigatória nas escolas primárias da Corte.Processo visto também em algumas províncias que a incluíram no currículo escolar(ARANTES, 2008, p.5). Vale citar que “aliado a esta difusão e um pouco mais a frente, houvetambém a introdução da educação física como prática social através do esporte com osurgimento de clubes onde eram praticadas diversas atividades físicas” (MARINHO, 1952,p.118).

Em 1882, o Colégio Naval previa exercícios ginásticos, militares e natação para seusalunos; em 1885 natação e esgrima. Mais à frente, em 1889 tornam-se atividades obrigatóriasno Imperial Colégio Militar, a natação, a ginástica, a esgrima, o tiro ao alvo e as evoluçõesmilitares. (MARINHO, 1952, p. 154).

De acordo com ARANTES (2008), no XIX, a educação física também começou aganhar espaço no meio civil:

(...) a Educação Física estava se difundindo no meiomilitar, também se encontrava fortalecendo, mesmo queainda muito tímida, no meio civil, como ainda no séculoXIX, em atividades civis no Colégio D. Pedro II, onde oprimeiro instrutor seria o capitão Guilherme Taube doExército brasileiro4. (p.4-5.)

Percebe-se, pois, a preocupação do Estado com a Educação Física, tanto para oensino civil como para o militar. Assim, em 1882, Rui Barbosa discursa sobre o Projeto 224 daCâmara dos Deputados, o qual intitulou de Reforma do Ensino Primário, onde elaborou umaproposta sistemática de educação física no ensino formal para as crianças. Além de umasimples inserção da atividade, haveria a classificação dos grupos por gênero e a atribuição dostatus de professor ao educador físico. Em 1886, foram introduzidos exercícios militares eginásticos para alunos de nove a doze anos (GUTIERREZ, 1980).

3 ARANTES, A. C. A História da Educação Física escolar no Brasil. Buenos Aires: Revista Digital, 2008. a.13, n.124, p.1-18. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd124/a-historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm >. Acessado em 02 fev.2018.4 ARANTES, A. C. A História da Educação Física escolar no Brasil. Buenos Aires: Revista Digital, 2008. a.13, n.124, p.1-18. Disponível

em: < http://www.efdeportes.com/efd124/a-historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm >. Acessado em 02 fev.2018.

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Daí em diante, houve várias iniciativas nesse sentido tais como decretos, resoluçõessobre a educação física, propostas de construção de escolas voltadas para a prática eformação, sendo que os maiores incentivos vieram dos militares. Na entrada do século XX,em 1906, a Força Pública de São Paulo cria a sua própria Escola de Educação Física. Em1922, o Exército fundou o Centro Militar de Educação Física, sendo que somente em 1929 foiministrado o primeiro curso provisório de formação. Por sua vez, a Marinha, em 1926, inicia aformação de monitores de educação física em curso de dois anos.

Discorrendo um pouco mais sobre a educação física, constata-se que o exercícioseria o movimento ou o conjunto de movimentos que são prescritos da mesma maneira paradiferentes pessoas que devem ou querem realizá-los para atingir objetivos pessoais ou não.

Para tanto, colocam homens aparentemente capazes de desenvolver todo tipo deesforço físico diante de seus músculos visíveis, servindo de exemplo, o que o diferencia dohomem militar, que para o Estado o que interessa é desenvolvimento militar, porém aindacapaz de empregar suas capacidades físicas, daí a necessidade de treiná-lo, aumentar suasqualidades e capacidades físicas para o deixar apto a realizar os objetivos a que ele édesignado. Além da preocupação em ter um soldado do Estado.

Com isso é inevitável dizer que os militares, e através das guerras, contribuíramhistoricamente para o desenvolvimento da educação física, pois a tropa era estimulada paratal, visto que deveriam estar preparados fisicamente para enfrentar o inimigo.

Com a intervenção de Getúlio Vargas na política de difundir a educação física para opaís, criou-se uma área específica dentro da estrutura do Ministério da Educação e Saúde.Em 1930, o Centro Militar de Educação Física passa à subordinação do Estado-Maior doExército e ao Ministério da Guerra, passando ser considerado um centro independente naestrutura da tropa em 1931.

Diante de todas essas mudanças, EM 1993, o referido centro foi transformado naconhecida e respeitada Escola de Educação Física do Exército – EsEFEx, a primeira escolade educação física regular do Brasil, que promoveu a sistematização de exercícios físicos noâmbito militar e civil, tornando-se cada vez mais conhecido na área da educação física, tantono seio acadêmico quanto no esportivo, produzindo e desenvolvendo diversos estudos atéhoje. Embora voltados para o condicionamento físico militar, servem de inspiração, fonte deconsulta e de formação de instrutores civis.

Fergitz (2007) reitera, ao afirmar que, em 1933 quando foi fundada a Escola deEducação Física do Exército, esta permaneceu durante um longo período como grandedisseminadora da atividade no país, devendo-se destacar que os primeiros profissionaisformados nessa área foram oriundos das instituições militares, as quais utilizando o métodofrancês levaram seus instrutores a incorporarem a filosofia do Manual de Campanha – Básico:Instrução Individual e Educação Física Militar conhecido como Manual de Campanha C 21-20.Em sua última edição passou a ser chamado Manual de Campanha – Treinamento FísicoMilitar - EB 20 – MC – 10.350, 4ª Edição 2015.

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1.2 POLÍCIA MILITARO atendimento às ocorrências que envolvem questões de segurança pública é um

dos serviços que, há qualquer momento, uma pessoa pode solicitar. Em suas mais diversassituações, de casos aparentemente corriqueiros aos mais graves. Nesses casos, quem éacionada para solucionar tais problemas é a Polícia. E o que vem a ser Polícia? SegundoFerreira (2009), este vocábulo grego entendido como “politeia", o qual derivou para o latim jácom o termo "politia", refere-se ao:

Conjunto de leis ou regras impostas aos cidadãosvisando à moral, à segurança pública, sendo umacorporação que engloba os órgãos e instituiçõesincumbidos de fazê-las e respeitá-las, sendo o policialútil a seus fins no ato de policiar em determinadomomento ou área, em cumprimento de leis eregulamentos. (p. 638-639)

A polícia, para melhor entendimento, é um órgão da administração pública cujafunção é a de combater o crime visando a manutenção da ordem pública, atravésprimeiramente da prevenção, e caso necessário com o uso da força, objetivando ocumprimento da lei.

De forma geral são as forças de segurança pública uniformizada das unidades dafederação, tendo como função primordial, conforme artigo 144 da Constituição Federal de1988, a polícia ostensiva nos Estados e no Distrito Federal e subordinadas aosGovernadores. Integra, assim, o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro. Eatravés do Art. 42 da CF, seus integrantes são denominados de militares estaduais (BRASIL,1988).

1.2.1 O Serviço Policial MilitarOrganizacionalmente, a polícia divide-se em dois quadros de trabalho, o de Praças

que são os soldados, cabos, sargentos e subtenentes; e o de Oficiais que são os aspirantes aoficiais, tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis, sendo esteshierarquicamente superiores aos primeiros.

As atribuições das diversas graduações e postos são distribuídas da seguintemaneira, segundo Brasil (2012).

a) Cabos e Soldados: realizam o policiamento ostensivo preventivo fardado eatendendo e solucionando ocorrências através de suas atividades operacionais,restabelecendo a ordem pública através do controle de distúrbios civis;

b) Subtenentes e Sargentos: comandam o grupo e a guarda do quartel eassessoram o comando, através da administração das atividades da unidade, e participam naformação de policiais, além da supervisão do policiamento ostensivo;

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c) Primeiro e Segundo-tenente: comandam pelotão e coordenam o policiamentoostensivo, reservado e velado, além de assessorar o comando e promoverem estudostécnicos e capacitação profissional;

d) Capitães: comandam operações de polícia ostensiva, planejando suas ações eassessorando o comando;

e) Coronéis, Tenentes-coronéis e Majores: comandam unidades de polícia militar eelaboram plano diretor da instituição, planejando ações estratégicas, através da definição deações táticas e execução das ações operacionais, além de gerenciar as atividadesadministrativas, os recursos humanos, mantendo a hierarquia e disciplina.

1.2.2 O Serviço Policial Militar e a Atividade FísicaO Serviço Policial Militar desempenhado por um homem ou por uma mulher deve

estar relacionado diretamente com a necessidade de está fisicamente preparado para o fielcumprimento de suas atividades cotidianas diante das diversas situações encontradascobrada pela sociedade. O condicionamento físico do policial militar constitui-se numa dasnecessidades básicas no exercício de sua profissão, revelando em situações do dia-a-dia suaimportância para estes profissionais.

A atividade-fim da polícia, dentro de qualquer perspectiva é vislumbrada para oserviço operacional, o qual lida diretamente no combate à criminalidade e violência, seja estaum ato isolado ou praticado por grupos de agressores, exigindo uma preparação adequadada tropa que vai além das instruções de armamento e doutrinas, devendo ser regularmentetambém dada uma atenção para uma preparação que lhes permitam agir em igualdade decondições físicas com aqueles que geram insegurança na sociedade, os criminosos.

Diante disso é que se deve perceber a necessidade para uma mudança, onde aEducação Física propriamente dita deva fazer parte também de uma formação continuada,para que o ser policial possa representar o Estado adequadamente. Esse perfil de formaçãocontinuada voltada para o condicionamento físico viria a desenvolver o enfrentamento maisclaro do fenômeno da violência e da segurança urbana, possibilitando uma mudança deatitude e de aceitação, diante das diversas experiências vividas cotidianamente na práticapolicial militar, além de reafirmar a função do Estado na prestação de serviços com pessoaladequadamente preparado para o enfrentamento da missão.

É notório que as polícias militares atuam em problemáticas sociais onde os fatoressão os mais diversos, que obrigam a atuação do ser policial na manutenção da ordempública, causando-lhe estresse e fadiga, estando aí, a necessidade de o homem estarconstantemente preparado. De acordo com Poncioni (2003):

[...] a atividade policial é exercida por um grupo socialespecífico, que compartilha um sentimento depertencimento e identificação com sua atividade,partilhando ideias, valores e crenças comuns baseadosnuma concepção do que é ser policial. Considera-se,ainda, a polícia como uma “profissão” pelos

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conhecimentos produzidos por este grupo ocupacionalsobre o trabalho policial – o conjunto de atividadesatribuídas pelo Estado à organização policial para aaplicação da lei e a manutenção da ordem pública –,como também os meios utilizados por este grupoocupacional para validar o trabalho da polícia comoprofissão. (p. 69)5

Conforme entendimento da autora, a profissão deve ser executada por homenspreparados e treinados adequadamente. Aliados a esse treinamento e para o fielcumprimento do exercício da profissão, os agentes da segurança fazem uso além do uniformeque o identifica, de armamentos e equipamentos, letais ou não-letais, e ainda de veículosterrestres, aquáticos e aéreos.

E para fazer uso de todo esse aparato, a formação técnica é de suma importância, eassim conseguir realizar um controle efetivo da violência, a qual em determinados momentosultrapassa os limites da razão e do suportável, alcançando todos os segmentos da sociedadeindistintamente. Violência que em parte é atribuída à Polícia Militar, porém ao mesmo tempovai além da suposta falta de ostensividade do policiamento.

Neste Manual, porém, não se buscará um entendimento das raízes do serviçopolicial militar. O foco é outro, no entanto, julgou-se importante tratar sobre este serviço que éo de controle e o combate à desordem pública, ignorando em muitas situações os riscos daprópria vida, pelo simples bem-estar das outras pessoas, na maioria desconhecidas dele.

1.3 QUALIDADE DE VIDAInicialmente deve-se entender que o conceito de saúde transcende a ausência de

enfermidades; de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definidacomo sendo o estado ideal de completo bem-estar físico, psicológico e social. Atualmente, asaúde é considerada um estado multidimensional de conforto, proveniente do equilíbriodinâmico do organismo psicossomático indivisível, na sua interação e interdependência emrelação às dimensões sociocultural e do meio ambiente (BARBANTI, 2011).

Tais acepções de saúde nos levam a contemplar questões relacionadas à qualidadede vida (QV), pois a mesma está intimamente ligada ao nível de bem-estar que um indivíduoou uma população podem desfrutar. Este sentimento positivo unânime e de admiração pelavida, abrangem aspectos da saúde física e mental, assim como, condições materiais, deinfraestrutura, de questões sociais e de interação com o meio ambiente.

A preocupação da administração pública e das empresas privadas, com aprodutividade e a qualidade do serviço oferecido, ocasionou com que o tema qualidade devida ganhasse um novo tópico, designado de “qualidade de vida no trabalho” (QVT), queenvolve fatores intrínsecos e extrínsecos do cargo ou função desempenhado por determinadoprofissional.

5 ARANTES, A. C. A História da Educação Física escolar no Brasil. Buenos Aires: Revista Digital, 2008. a.13, n.124, p.1-18. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd124/a-historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm >. Acessado em 02 fev.2018.

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Neste aspecto, a capacidade de trabalho se encontra diretamente ligada à qualidadede vida, ou seja, ao bem-estar físico e mental de qualquer trabalhador e a maneira como elepode desempenhar sua atividade da melhor forma. Em relação ao trabalho exercido pelospoliciais militares, podemos afirmar que o mesmo é complexo, demandando destes agentesuma imensa capacidade de trabalho, capaz de permitir o cumprimento das tarefas diárias compujança e resistência à fadiga, pois as adversidades não escolhem dia, hora e local(FERREIRA, 2009).

Portanto, o policial militar, pela natureza da profissão, precisa ser elementofundamental na formulação das políticas direcionadas para a segurança pública,especialmente no que tange a qualidade de vida, que propiciará suporte para a execução desua complexa missão. Deste modo, deslumbramos a atividade física como meio possível deproporcionar a este agente de segurança pública, a imprescindível destreza, desenvoltura,agilidade e habilidade no gerenciamento dos diversos tipos de ocorrências, além depossibilitar melhor condicionamento físico e saúde plena.

Na PMPA é notória a preocupação com a saúde biopsicossocial dos policiais, poisesforços são direcionados para atender o militar na sua plenitude como indivíduo nosprismas: intelectual, emocional, físico (biológico) e espiritual. Os gestores da corporaçãobuscam promover melhorias no aspecto social e interpessoal, para que o policial se aprimoretanto no aspecto físico e intelectual quanto no psicológico e no espiritual.

Destaca-se ainda a necessidade do preparo técnico e profissional, com a realizaçãode cursos militares, técnicos e de aperfeiçoamento, assim como formações nas diversasáreas de conhecimento, para a melhoria na qualidade de vida do policial quer no âmbitoinstitucional, quer no pessoal.

No quartel, o ambiente de trabalho além de preconizar a hierarquia e a disciplina,concomitantemente com o sentimento de respeito, camaradagem e de equipe, precisa enecessita ter um clima salutar, assim como ser equilibrado e leve. Além disso, há anecessidade de o policial aproveitar seu tempo de folga e descanso, para estimular o bomconvívio familiar com base em uma vida idônea e momentos de lazer.

Perceber-se-á com isso uma evolução na qualidade de vida familiar e profissional,pois o policial militar atuando de maneira eficaz e eficiente, também atenderá com excelênciao público externo a quem serve (sociedade paraense), e ao público interno (policias militar ecolaboradores diretos).

2 CONCEITOS2.1 ALONGAMENTO

A necessidade de alongar é muito importante, pois seja em uma vida sedentária,seja com a prática regular de atividade física, há o encurtamento das fibras musculares,gerando certa redução da flexibilidade. Para ilustrar, citamos um dos mais simples exemplosda inatividade muscular que vem a comprometer a flexibilidade, a imobilização de um membroapós uma fratura, visto que na retirada do gesso, se observa a perda quase completa dosmovimentos daquele membro.

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Mesmo atividades físicas através dos esportes de longa duração (aeróbicos) comocorrida, ciclismo, natação, entre outros, onde estão contribuindo para o fortalecimentomuscular, podem causar dores nas costas, coxas, e até mesmo enfraquecendo os músculosabdominais. Daí a importância que deve ser data ao alongamento, seja antes e após umaatividade física contribuindo para o relaxamento muscular, seja durante a execução dastarefas de trabalho dia a dia.

Conforme Dantas (2005, p.95), alongamento é a "forma de trabalho que visa àmanutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitudenormal com o mínimo de restrição física possível”, sendo, portanto, um “conjunto de técnicasutilizadas para se manter ou para se aumentar a amplitude de movimentos, pode ser utilizadocomo aquecimento ou após atividades físicas, evita a nodosidade muscular. Não tem risco dedistensão e não há aumento da mobilidade articular”.

2.2 APTIDÃO FÍSICA Conforme Matos (2000), aptidão física é a qualidade física de se realizar trabalhos

musculares de forma satisfatória, ratificando a capacidade que o indivíduo tem emdesenvolver ou não outras qualidades físicas, como resistir ao estresse físico a que ésubmetido, seja em um determinado teste de aptidão física, seja nas exigências do dia a diapor conta da profissão policial militar, levando o indivíduo muitas das vezes ao seu limite,fazendo-o com isso demonstrar suas habilidades relacionadas a resistênciacardiorrespiratória, muscular, de força, assim como outras.

Esta condição é conquistada pelo ser humano através de um treinamento regular ebem dirigido, o que também dependerá de outras circunstâncias como a dieta alimentar ehábitos relacionados a atividade física.

Nesse contexto, Guedes (1996) define aptidão física como um estado dinâmico deenergia e vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano,as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadigaexcessiva, mas, também, evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, enquantofuncionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver.

Percebe-se que este amplo conceito leva em consideração a agilidade, a velocidadee a coordenação motora, demonstrando a capacidade de adaptação do ser humano àsadversidades a que é submetido durante o serviço diário, seja de forma moderada ou deforma vigorosa. Porém, sem que o indivíduo seja levado ao seu limite máximo, o da fadigaexcessiva, garantindo-lhe uma rápida recuperação.

2.3 AQUECIMENTOO aquecimento pode ser utilizado antes de qualquer treinamento e consiste em duas

fases que ativam e mobilizam os músculos-alvo, além de envolver seu sistema nervosocentral, preparando seu corpo e sua mente para a tarefa a seguir, alertando para que casonão haja este aquecimento prévio poderá causar um rompimento do músculo ou ligamento.Em alguns casos de aquecimento bem elaborado, há inclusive a elevação da temperaturacorporal, o que ajuda na prevenção de lesões.

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2.4 ATIVIDADE FÍSICAAo praticar atividades físicas constituídas por exercícios planejados, e executados

de forma regular e principalmente respeitando os limites de seu esforço corporal, bem com acorreção de postura, obterão resultados melhores e consequentemente estarão seprevenindo e diminuindo possibilidades de adquirirem males, em comparação as pessoasconsideradas sedentárias.

O ser humano deve estar além da linha de sua profissão, Spencer apud Lovisolo(2000, p. 43) afirma que a atividade física deve ser tratada “(...) como um investimento nasaúde, na longevidade e na manutenção e alargamento da disposição física e mental (...)”.

Com a necessidade de se praticar uma atividade física, Caspersen et al (1985), sãotaxativos quando declaram que não importa qual atividade física é praticada, e sim obter ogasto energético necessário. Os autores fazem a seguinte afirmação: “a atividade física édefinida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos queresulta em um gasto enérgico maior do que os níveis de repouso”, portanto um simples varrera casa ou mesmo lavar algo, já se trataria de uma atividade física.

Verifica-se com isso a importância da necessidade da prática corporal, onde osbenefícios serão imensuráveis, sejam através de um condicionamento com atividadesaeróbicas e anaeróbicas, treinamentos resistidos, assim como as atividades desportivas,contribuindo para a diminuição de doenças, independente de idade, gênero, etnia, ou mesmoposto e graduação. Tal atividade deve ser praticada do soldado ao coronel, considerando-seque não haverá uma polícia preparada sem que seus agentes desfrutem de uma condiçãofísica compatível com a profissão, para cumprir as missões encontradas nas diversasocorrências no enfrentamento direto no combate à violência.

2.5 CAPACIDADE AERÓBICAPode-se afirmar que a capacidade aeróbica é a condição máxima que o indivíduo

tem de desenvolver uma atividade através de seu potencial na produção de oxigênio. ParaBompa (2005), “é potencial que o indivíduo possui de produzir energia corporal por meio dooxigênio”, ou seja, o indivíduo durante seu treinamento, seu exercício produz o oxigêniomáximo, o que chamamos de VO2max, que é a máxima capacidade que o organismo de umapessoa tem em captar e utilizar o oxigênio do ar que está inspirando para utilizar durante otrabalho físico.

O ser humano pode alcançar este VO2max, aprimorando-o através de treinamentocom o objetivo de melhorar esta resistência aeróbia (ou aeróbica?), a qual permitirá aoindivíduo uma melhor recuperação, o que mais à frente interferirá de forma pontual em suaperformance. E um forte aliado, conforme expressa Bompa (2005), é uma respiração onde oaproveitamento do oxigênio deve ser o maior possível, o qual implicará diretamente em seudesempenho final.

Heyward (2004), afirma que a capacidade aeróbia seria a capacidade do coração,dos pulmões e do sistema circulatório de fornecer oxigênio e nutrientes para um eficientetrabalho dos músculos, sendo assim quanto maior a capacidade de consumo e utilização

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deste oxigênio, mais capaz será o cidadão de desempenhar tarefas diárias com umaintensidade e capacidade maior.

2.6 CAPACIDADE ANAERÓBICAA capacidade anaeróbica é muito utilizada em corridas, por exemplo, de 100 metros

rasos e no trabalho resistido (musculação), principalmente a de alta intensidade. Dito isso,afirma-se que ela é “a capacidade do corpo de usar os sistemas sem necessidade deoxigênio”, notoriamente o contrário da capacidade aeróbica, que necessita de oxigênio para ofuncionamento dos sistemas. Em resumo, seria a execução de tarefas com escassez deoxigênio, onde o metabolismo da musculatura não necessita de oxigênio na troca de energia.Portanto, o indivíduo com maior capacidade poderá executar várias atividades intensas ounão sequencialmente, onde o mais treinado terá uma recuperação mais rápida do que o quefor menos treinado.

A alta capacidade anaeróbica também ajuda a realizar, em longo prazo, atividadesde resistência, pois uma maior capacidade anaeróbica aumenta sua capacidade parafuncionar a um nível anaeróbico durante um longo período. Um corredor com alta capacidadeanaeróbica pode correr mais rápido por períodos mais longos do que um corredor de altacapacidade aeróbica, porque seu corpo é mais eficiente na alimentação de seus músculosnos níveis mais elevados de intensidade.

2.7 CONDICIONAMENTO AERÓBICOO condicionamento aeróbico será alcançado quando o treinamento está direcionado

para tal. Vários autores citam diversos tipos de frequências de treino durante a semana,assim como o tempo que será disponibilizado para sua execução.

Para melhor entendimento cita-se Lopes (1987) e Fetter (1994), os quais afirmamque a intensidade, a frequência semanal, a duração das sessões e o tipo de programainfluenciam diretamente no efeito do treinamento aeróbico; Lopes (1987) complementasugerindo que não há diferenças significativas entre o treinamento contínuo e o treinamentocom intervalos de dias, em relação aos benefícios cardiorrespiratórios.

O condicionamento aeróbico deve possibilitar ao indivíduo realizar suas atividadesdiárias de forma que não sinta a fadiga em exaustão, assim como o policial militar, que emdeterminados serviços permanecem em pé durante horas.

2.8 CONDICIONAMENTO FÍSICOÉ a capacidade do indivíduo conquistada após os treinamentos físicos de forma

específica, podendo ele ter vários componentes tais como: a potência, a força, a velocidade, oequilíbrio, a agilidade, a coordenação motora, e resistência, que são as capacidades físicas.

Segundo Nahas (2010), o condicionamento físico está simplesmente associado aosprincípios do treinamento esportivo, onde a preocupação com a continuidade deve ser demodo progressivo, levando em consideração a sobrecarga e a individualidade.

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Essas palavras levam à reflexão sobre a importância do condicionamento físico parao policial militar desempenhar seu trabalho, quando em diversas oportunidades ele é o próprioinstrumento de trabalho, juntamente com seu armamento e equipamento, considerando-seque durante vários anos é colocado em situações extremas de estresse, utilização da suaforça física, exigindo de sua capacidade aeróbica. E este policial ainda tem que resolver asocorrências com plenas condições de raciocínio, como se não tivesse acabado de passar porum teste físico.

Com isso, a atuação de um Policial Militar também pode ser avaliada através de seuCondicionamento Físico, pois através dele poderá verificar se suas condições aeróbicas estãoem conformidade para a realização de sua atividade diária.

Para que esse profissional adquira um condicionamento físico adequado para aprofissão, deve-se verificar o que fundamenta Nieman (1999):

O exercício é a atividade física planejada, realizada deforma repetida para desenvolver ou manter ocondicionamento físico. Para tornar-se e manter-secondicionado, os indivíduos devem exercitar-seregularmente. Os exercícios fortalecem o coração,permitindo que ele bombeie uma maior quantidade desangue em cada batimento, o sangue então pode liberarmais oxigênio ao organismo, aumentando a quantidademáxima de oxigênio que o organismo consegue obter eutilizar. Essa quantidade, denominada captação máximade oxigênio, pode ser medida para se determinar o nívelde condicionamento de um indivíduo6. (p.15)

Sustentando o que foi citado acima e ainda reforçado pelo próprio Niemam (1999),vale salientar que essa importância deve ser de forma estruturada e regular, visando ofortalecimento de seus órgãos vitais necessários para sua sobrevivência, onde por vezespoderá perseguir suspeitos, imobilizar pessoas detidas que resistem a prisão, utilização daarma de fogo, pular, saltar, carregar um companheiro ou vítima, exigindo preparo físicosuficiente até que a normalidade retorne. E este condicionamento deve ser indiferente àunidade que está servindo, seja no operacional, seja no administrativo, sendo este último aretaguarda do serviço do primeiro, pois extraordinariamente também atuará naoperacionalidade.

Para melhor compreensão, destaca-se que o condicionamento físico é adquiridoatravés da prática da atividade física, com exercícios planejados e executados de formaregular, como afirma Montti (2005):

Atividade física pode ser determinada como sendo oconjunto de ações que um indivíduo ou grupo depessoas praticam envolvendo gasto energético e

6 NIEMAN, David C. Exercício e saúde: como se prevenir de doenças usando o exercício como seu medicamento. São Paulo: Manole, 1999.

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alterações orgânicas, através de exercícios queenvolvam movimento corporal, com aplicação de uma oumais capacidades físicas, associado à atividade mental etambém social, onde este indivíduo terá como resultadobenefícios à sua saúde7. (p. 1)

É um conceito com termos entrelaçados e atitudes tomadas pelo corpo, no entanto éum conceito bem estruturado que menciona as alterações sofridas pelo corpo parajustamente chegar ao desejado, o condicionamento físico.

Para alcançar esta capacidade, o treinamento físico é específico, e mais específicoainda quando for para determinada atividade física, como por exemplo, com o objetivo paraum teste de avaliação física, seja para promoção seja para uma seleção para determinadocurso, onde os testes físicos podem variar consideravelmente.

Desta forma, para alcançar esta qualidade física, pode-se entender o trabalho emconjunto de três sistemas do corpo humano: sistema cardiovascular (coração), sistemarespiratório (pulmão), e sistema músculo esquelético, os quais juntos produzirão energia parao desenvolvimento de determinada tarefa, fornecendo ao indivíduo menos dor e cansaço euma melhor recuperação.Conclui-se que um condicionamento físico contribui para a qualidade de vida com saúde,menor possibilidade de doenças, melhores relações interpessoais, ajudando o indivíduo alutar, a crescer e se desenvolver.

2.9 EQUILÍBRIOO equilíbrio é a qualidade física que representa a capacidade de executar os

movimentos de acordo com as tarefas motoras existentes. Pode ser estático ou dinâmico,sendo o estático quando o corpo se encontra em repouso e o dinâmico quando o corpo seencontra em movimento.

2.10 EXERCÍCIO FÍSICO REGULARO treinamento físico regular é a base para a melhoria de qualquer ganho em

condicionamento físico, quando trabalhado de forma ordenada, bem conduzido porprofissional da área, onde o ganho é progressivo, tanto na prevenção de diversas doenças,quanto nos aspectos emocionais, motores e musculares.

Estamos falando do exercício físico praticado de forma regular, onde o indicado é nomínimo três vezes por semana, o qual, se trabalhado de forma planejada fornecerá aoindivíduo uma progressão em seu condicionamento físico, fornecendo boas avaliações nostestes de avaliação física e contribuindo de forma taxativa na qualidade de vida.

Este exercício físico pode ser trabalhado a curto, médio e longo prazo, o que vaidiferenciá-los é o objetivo a ser alcançado. Para tanto devem ser traçadas as metas de forma

7 MONTTI, Marcello. Importância da Atividade Física, p. 1. 2005. Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4772/-1/importancia-da-atividade-fisica.html. Acessado em 20 fev 2018.

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adequada e com qualidade, levando em consideração a carga a ser trabalhada, o volume dotreino, assim como sua recuperação.

Portanto, seja com o objetivo da melhora da saúde, seja para um determinado testede avaliação física, qualquer exercício físico deve ser trabalhado seguindo uma determinadaplanilha de treinamento, de forma segura, progressiva, e utilizando a metodologia maisadequada ao perfil de cada pessoa, levando em consideração ainda a idade, o gênero e onível de condicionamento físico dele.

2.11 FORÇA MUSCULARConforme Fonteque et al. (2004, p. 8), a força muscular é definida como “a

capacidade de um músculo gerar tensão adequada para iniciar e controlar o movimento emanter a postura, quando cargas são superpostas ao sistema musculoesquelético nassituações da vida diária”, em outras palavras, é o máximo de força gerado por um músculoem um movimento e em determinada velocidade.

Prestes et al. (2010b) classifica a força muscular em vários tipos, e dentre estescitamos, a força absoluta, a resistência de força, a força explosiva e a força máxima.

A força absoluta é a máxima quantidade de força gerada pelo músculo quando todosos mecanismos inibitórios e de defesa são removidos. Em geral, ocorre em situaçõesextremas, principalmente em emergências. A resistência de força é a habilidade de manter aprodução de força por um tempo prolongado ou durante muitas repetições em determinadosexercícios tais como: as lutas, o ciclismo e a natação, sendo importante na realização dastarefas do dia a dia. A força explosiva é o produto da força e da velocidade do movimento[potência = (força x distância) / tempo], também considerada a habilidade de movimentar ocorpo e/ou um objeto no menor período, também conhecida como potência muscular. E aforça máxima é a quantidade máxima de tensão gerada por um músculo ou grupo musculardurante uma repetição de um determinado exercício, também definida como a capacidade deexercer força máxima na musculatura para dado movimento corporal.

Finalizando, vale salientar que os músculos esqueléticos são capazes de contrair erelaxar. O músculo contrai quando é estimulado; quando a contração cessa, ele relaxa. Pode-se descrever as formas como essa força pode ser manifestada no sistema biológico humanoonde os músculos exercem força sobre um sistema de alavancas composto por ossos earticulações quando se considera a biomecânica do exercício (UCHIDA et al., 2013).

2.12 MEMÓRIA MUSCULARA memória muscular é um termo utilizado para a “capacidade de recuperar a massa

muscular e força de forma mais rápida após períodos de inatividade e perda de músculo,mesmo depois de muito tempo”, (STARON, 1991 E TAAFFE, 1997). O que diferencia umindivíduo do outro é o seu grau de treinabilidade, pois uma pessoa mais treinada demoraráum pouco mais de tempo para perder sua condição, e ao retornar recuperará em menostempo seu condicionamento físico.

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Conforme Diedrichsen e Kornysheva (2015), o que tem sido cientificamentechamada de memória muscular até agora era sinônimo de aprendizagem motora, e estudossugerem a existência de uma forma de memória nas células musculares, explicando a rápidarecuperação da musculatura.

2.13 POTÊNCIAEsta qualidade física pode ser definir como a feição explosiva da força, resultante da

força e velocidade, de forma que a velocidade tem grande influência genética. No caso apotência, é aumentada quase que exclusivamente com os ganhos de força (TEXEIRA, 2017).

2.14 RESISTÊNCIA MUSCULARÉ a capacidade de poder executar, durante o maior tempo possível, um esforço

estático ou dinâmico, sem diminuir a qualidade do exercício. E dentre a resistência muscularpodemos citar Resistência Muscular Localizada, a Resistência Muscular Aeróbica eResistência Muscular Anaeróbica.

A primeira busca desenvolver uma melhor aptidão cardiovascular, visando dar umaresistência maior à fadiga, conseguido através do treinamento de fortalecimento muscular(tônus muscular).

A segunda pode ainda ser dinâmica e estática, onde a dinâmica utiliza gruposmusculares pequenos ou médios, como os braços ou as pernas, podendo ser utilizada deforma aeróbica, e a estática quando os pequenos grupos musculares não alcançam 15% daforça máxima de isometria, mantendo com isso uma boa circulação sanguínea do músculo,Hollmann (1980).

E a terceira, que também pode ser dinâmica e estática, fala que na dinâmica aexigência dos grupos musculares pequenos e médios é menos de 1/6 a 1/7 da massamuscular total, e a estática podendo ser trabalhada de duas formas, na sustentação de umpeso de mais de 15% da força máxima de trabalho, e na contração com mais de 50% da forçaisométrica, onde a duração da carga estática é tão longa que a participação do trabalhodinâmico pode ser desprezado.

2.15 SAÚDESegundo Nieman (1999, p. 4), a definição mais notável e, indubitavelmente a mais

convincente de saúde, é a da Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual surgiu nopreâmbulo da constituição da OMS no final de 1940: “um estado de completo bem-estarfísico, mental, social e espiritual, e não somente como ausências de doenças eenfermidades”.

Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humanacom dimensões física, social e psicológica, com características positivas e negativas. A saúdepositiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidianoe a saúde negativa associar-se-ia à morbidade e, no extremo, à mortalidade.

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Para muitos, saúde seria tão somente a ausência de doenças, no entanto estarsadio pode ser a relação simples de sentir-se bem e com o que faz no seu cotidiano.

Pinheiro apud Ferreira (2005) complementa afirmando:

(...) hoje, saúde não é uma questão de chances, é umaquestão de escolha. Ser uma pessoa saudável é tornar-se responsável pela sua saúde. Exercitando-seregularmente e praticando consistentemente outroshábitos positivos com relação ao estilo de vida, osbenefícios virão com certeza: saúde melhor, menor riscocom relação as doenças, inabilidades físicas e morteprematura, assim como, os tão almejados resultadosestéticos8. (p. 18)

A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela;abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceitopositivo. Citando a OMS, saúde seria seu ambiente físico, social e econômico, ou seja, seucomportamento é que definirá sua boa condição física e mental, chegando-se ou não a tãoalmejada qualidade de vida, determinando assim seu futuro quanto organismo humano.

2.16 SEDENTARISMOÉ a falta, ausência ou diminuição de atividade física, ou para melhor entender, são

gastos calóricos reduzidos de um determinado individuo, sendo chamadas de pessoassedentárias. Objetivamente, considera-se sedentária a pessoa que gasta menos de2.200 calorias por semana. Este estilo de vida é estimulado pela comodidade das novasdescobertas e tecnologias, dotando a vida moderna de facilidades.

De tal forma, o sedentarismo é um problema de saúde pública e o combate a elepode diminuir nacionalmente a incidência de doenças e mortes prematuras e elevar aqualidade de vida de praticantes de atividade física.

2.17 VELOCIDADEEsta qualidade física está dentre as mais importantes e exigidas dentre as outras,

onde em diversas situações o indivíduo é levado a executá-la. Com isso ela pode ser definidacomo a capacidade de executar atividades motoras no menor período possível. De acordocom Teixeira (2017), pode ser apresentada em diferentes tipos, como velocidade de reação,de execução, de aceleração e máxima.

A velocidade de reação pode ser dividida em simples e complexa; na primeira já sesabe qual reação deve ser executada (como uma corrida de 100 metros rasos, onde ocorre odisparo e o atleta inicia a reação), e na segunda não (como uma luta de boxe que deve reagirde acordo com o golpe de seu adversário. A velocidade de execução, que é a capacidade

8 FERREIRA, Júlio Ildefonso Damasceno. O entendimento da necessidade da prática da atividade física para o policial militar na companhia independente de policiamento turístico - CIPTUR. Monografia de graduação em Licenciatura Plena em Educação Física – UEPA. Belém, Pará. 2005.

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de executar movimentos em um só gesto, atingindo a contração máxima de um grupomuscular, como, por exemplo, golpes e lançamentos. A velocidade de aceleração, que é acapacidade de acelerar o mais rápido possível partindo de um ponto estático até que seobtenha o alcance da velocidade máxima. E ainda a própria velocidade máxima, que éa máxima velocidade alcançada para que se possa atingir um objetivo.

3 PRINCÍPIOS BÁSICOS3.1 ADAPTAÇÃO

O princípio da adaptação é importante a qualquer programa de condicionamentofísico tendo em vista os estímulos colocados no corpo do indivíduo. Deve ser elaborada deforma gradativa e sistemática para não causar danos ao policial militar.

A adaptação deve respeitar duas situações em especial: aquele que estáretornando, principalmente após uma lesão, e aquele que está saindo de uma situação desedentarismo, seja por muito tempo de inaptidão, seja por nunca ter tido estímulos através deuma atividade física.

Para que esta adaptação tenha resultados no treinamento, deve-se levar emconsideração a intensidade, a carga, a duração, o repouso, assim como estimular o corpo aosdiferentes tipos de atividades físicas. Desta forma, ocorrem as modificações necessárias eesperadas pelo indivíduo.

É válido consolidar o pensamento de que o ser humano é capaz de se adaptar avariados tipos de situações e isso também acontece no treinamento físico, como por exemplo,o próprio sedentário que no decorrer dos primeiros dias de treinamento sente dores e fadiga.Com a continuidade dos exercícios, o mesmo se adapta aos treinamentos e cargas aplicadas(TEIXEIRA, 2017).

3.2 CONSCIENTIZAÇÃOO princípio da conscientização, de acordo com Teixeira (2017), remete à ideia de

que a pessoa deve ter consciência da finalidade do exercício praticado, pois, com esseesclarecimento a busca pelos resultados com relação ao exercício é aprimorada. Sabendo oporquê e para que de sua realização, o executante procura conduzir esforços para o realobjetivo do exercício.

Partindo desse princípio usa-se como exemplo os exercícios do teste de avaliaçãofísica. Ou seja, o indivíduo sabendo do real objetivo do porquê estar praticando a atividadefísica, dessa forma terá maior capacidade de alcançar o condicionamento físico necessário,seja ele para a qualidade de vida, prevenção contra determinada patologia, ou mesmo paraum determinado Teste de Aptidão Física.

O interessante deste princípio, principalmente em se tratando dos exercícios básicosexigidos no teste de avaliação física, é que se deve ter a consciência de que todos podem,devem, e têm uma finalidade.

O teste de corrida em 12 minutos melhorará a capacidade e a resistência aeróbicado policial mantendo a estabilidade e a regularidade da frequência respiratória.

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O teste de flexão e sustentação de braço na barra fixa auxiliará o policial a escalarum muro ou subir em uma embarcação estando o indivíduo num rio, exigindo menosdesgaste físico.

Assim também se pode falar do teste de flexão de braço no solo fortalecendo osgrupos musculares dos membros superiores, muito utilizado pelos policiais em ocorrências. Oteste de abdominal remador, que além de trabalhar o fortalecimento dos grupos muscularesque auxiliam os três exercícios anteriores, melhorando a respiração e na estabilização dosmovimentos na utilização da força, pode facilitar para o indivíduo a necessidade de utilizaçãode movimentos rápidos, principalmente ao levantar-se do solo.

3.3 CONTINUIDADEO indivíduo deve se manter ativo para obter um ganho real em condicionamento

físico, devendo estimular o corpo a sessões de treinamento regulares, observando-se nestaregularidade, a questão da sobrecarga, da adaptação, respeitando sua progressãosistemática. Vale lembrar que o inverso também é verdadeiro, pois assim como há o ganho,também poderá haver a perda desse condicionamento quando o corpo deixar de serestimulado, ocorrendo a reversibilidade deste processo, mesmo que a interrupção sejamínima, no entanto suficiente para que isso ocorra.

3.4 INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICAOs fatores genéticos são individuais, onde cada ser humano nasce com fatores que

determinam a individualidade biológica como a composição corporal, peso, altura, e outros, eainda levando em consideração a experiência de vida resultarão na especificidade biológicade cada praticante durante a busca pelo condicionamento físico, ou mesmo durante otreinamento físico militar.

Essa individualidade biológica deve e tem que ser respeitada durante qualquertreinamento físico, para que haja um bom desenvolvimento das qualidades físicas de cadapessoa. Por isso importância em se proceder a uma avaliação da turma, antes de qualquerinício de trabalho físico, principalmente em se tratando de pelotão.

3.5 RECUPERAÇÃO METABÓLICADe forma generalista, pode-se dizer de maneira bem simples que a recuperação

metabólica está relacionada a recuperação de células musculares estruturais e periféricasque sofreram catabolismo durante o exercício físico.

A recuperação do metabolismo tem variações de acordo com o biótipo, tipo detreino, intervalo de descanso, tipo de alimentação e tempo de repouso (sono). A título deexemplificação, pessoas que praticam exercícios de forma regular, geralmente tem osseguintes resultados de recuperação:

a) exercício aeróbico de 24 horas; b) exercício anaeróbico de 48 a 72 horas; c) treino de velocidade de 36 a 48 horas;

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d) treino de força máxima (sobrecarga) de 48 a 72 horas; e) treino de flexibilidade de 24 horas para recuperação.

Vale salientar que os tempos de recuperação podem variar para indivíduos bemtreinados para os indivíduos menos treinados.

3.6 SOBRECARGAO princípio da sobrecarga deve levar em consideração a individualidade em relação

ao nível de condicionamento do indivíduo. Devem ser respeitadas as cargas durante ostreinamentos fazendo com que o policial tenha uma progressão no seu desenvolvimento,objetivando uma adaptação sistemática.

Porém, além de levar em consideração a individualidade durante os treinamentos,deve ser também ser observado o treinamento em pelotão, onde a atividade não deve levarem consideração apenas pelo melhor condicionamento de alguns, o que poderia vir a causarlesões naqueles com um condicionamento físico inferior aos demais.

4 TESTE DE AVALIAÇÃO FÍSICAO Teste de Avaliação Física – TAF, ou Teste de Aptidão Física – TAF, termos

utilizados em concursos públicos e internamente pelas forças de segurança de todo o Brasil,visa avaliar o nível de aptidão física individual do profissional da segurança pública, atravésde um conjunto de testes físicos constituídos nas instituições.

Para realizar os testes constantes do TAF, o indivíduo deverá estar bemcondicionado fisicamente, preparado através de programas de condicionamento físico, sejacom acompanhamento de instrutor da PMPA, seja com acompanhamento externo à políciamilitar. Vale salientar que a preocupação maior, com a saúde e condicionamento físico, épessoal.

O objetivo principal do TAF é verificar se o policial está apto a executar as missõespoliciais militares diariamente. Porém, além desse objetivo, o TAF serve ainda como critérioavaliativo para as promoções e para frequentar diversos cursos.

4.1 AVALIAÇÃO FÍSICAA avaliação física tratada aqui, diz respeito à avaliação que o indivíduo deve realizar

antes de qualquer programa de treinamento, seja em uma academia para treinamentoresistido e aeróbico, em meio líquido, de lutas, ou seja com qualquer outro objetivo, porémsempre direcionado ao condicionamento físico. Daí a necessidade tratada no capítulo sobreorientações médicas, da necessidade de se fazer um check-up anual através de exames deimagem e laboratoriais, pois esta avaliação também pode ser solicitada por indicação desteprofissional após alguma patologia encontrada, e assim direcionar o exercício.

A avaliação deve ser a mais completa possível, a fim de detectar alterações osteomusculares e doenças, assim como o nível de condicionamento, e desta forma impedirpossíveis agressões ao corpo, e prescrever as atividades mais propícias para alcançar seusobjetivos, fazendo com que a pessoa evolua naturalmente e prazerosamente.

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Existem diversos tipos de avaliação, da mais simples a mais completa. O indivíduopode simplesmente fazer uma avaliação clínica, ou uma avaliação física, ou apenas umaavaliação postural. Destas avaliações citadas acima temos:

a) a antropométrica, onde podem ser verificadas as circunferências, a massa (oupeso), porcentagem de gordura, massas magra e gorda, e outros;

b) o teste cardiorrespiratório, através do qual pode ser verificado a capacidade deconsumo máximo de oxigênio (VO2máx.), sendo essencial para melhorar o desempenho ematividades físicas como andar, correr, pedalar ou nadar;

c) o teste ergo espirométrico, a forma de determinar os limiares aeróbio eanaeróbio, que, também pode verificar os limiares ventilatórios da pessoa, com o objetivo dedeterminar as faixas de batimentos cardíacos que servem de referência para a prescriçãopersonalizada das intensidades ideais de treinamento;

d) a avaliação de flexibilidade que verifica o grau de amplitude do movimento deuma articulação ou conjunto de articulações;

e) de velocidade que verifica a capacidade que a pessoa responde a um estímulo omais rápido possível;

f) de potência, onde pode ser verificada a capacidade que a pessoa tem de realizaruma contração muscular máxima no menor tempo possível;

g) de equilíbrio que verifica a capacidade que o indivíduo tem em manter seusistema músculo – esquelético numa posição estática e postura eficiente quando emmovimento; e

h) de força, a qual verifica a capacidade de energia mecânica para vencerresistências.

Por fim, e talvez uma das mais importantes, há a avaliação postural, em que sepodem verificar os desvios posturais ou mesmo as atitudes posturais mantidas pelo indivíduo,tanto de patologias ocorridas na coluna vertebral, como possíveis alterações posturais nosjoelhos e nos pés.

Existem ainda, diversas outras formas de se fazer uma avaliação física, e todasessenciais para que a partir dessa avaliação a pessoa possa treinar de maneira segura a suasaúde e eficiente para alcançar o condicionamento almejado.

E como orientação final a qualquer indivíduo, assim como às pessoas possuidorasde algumas patologias retratadas neste manual, como os hipertensos, obesos e os diabéticos,assim como os cardíacos e com patologias de ordem osteomusculares devem sempreprocurar um especialista da área médica antes de iniciarem qualquer trabalho de atividadefísica.

5 ORIENTAÇÕES MÉDICASNas últimas décadas, a inatividade física tem contribuído para o aumento do

sedentarismo e de seus malefícios associados à saúde e ao bem-estar do indivíduo. Tudoisso é consequência de um novo padrão de vida da sociedade moderna (SAMULSKI, 2000)influenciada pelas inovações tecnológicas e maus hábitos alimentares (GUEDES, 2012).

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Essas mudanças de hábitos resultaram num ambiente propício para a inatividadefísica e, juntamente com alimentação excessiva e errônea, para adesão de estilo de vidaincorreto o qual também, infelizmente, atinge os Policiais Militares (PM).

Percebe-se assim a necessidade iminente da prática de atividade física regular porparte dos militares sendo vista como importante aliada contra as consequências dessesedentarismo, em especial, o combate ao aumento na probabilidade de desenvolver-sedoenças crônicas e degenerativas como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), DiabetesMellitus, Obesidade, Osteoartroses, dentre outras.

Entretanto, independente do perfil do militar quanto à prática de atividade física, achamada "avaliação clínica pré-participação (ACPP)", no caso dos Policiais Militares a"Inspeção Periódica de Saúde", é essencial antes de submeter-se a qualquer atividade física.Segundo o especialista em Medicina do Esporte, Lazzoli (2015, p. 1), "por meio do examemédico podem ser avaliados sintomas ou outras condições clínicas para as quais sejanecessário fazer alguma recomendação especial para a prática de exercícios".

Assim, tem-se que, somente por meio de Avaliação Médica (ou "Inspeção Periódicade Saúde"), podem ser avaliados o condicionamento físico, o histórico de doenças pessoaise/ou na família e a possibilidade do avaliado ter algum problema de saúde que até o torneimpedido de realizar alguma prática física. As consequências de não realizar esta etapapodem ser a aquisição de uma lesão ou agravamento de alguma condição clínica ainda nãodetectada a qual pode inclusive evoluir com morte súbita durante a atividade praticada.

Considerando que a legislação vigente preconiza a realização anterior de AvaliaçãoMédica, através da Junta Periódica de Inspeção de Saúde (JPIS) ou de Médico Perito Isolado(MPI), a todos os Policiais Militares submetidos a todo e qualquer Treinamento Militar que osexija fisicamente, torna-se imprescindível para essa Avaliação, a realização de todos osexames médicos previstos em Boletim Geral da corporação bem como a realização de outrosexames e/ou avaliações especializadas conforme a necessidade estipulada pelo médicoresponsável pela perícia.

Atualmente, todos os Policiais Militares submetidos à Perícia Médica da corporaçãodevem apresentar exames laboratoriais acompanhados de exames cardiológicos e radiografiade tórax, todos dentro da validade estipulada pelo Médico Perito, durante suas inspeções.

Dentre os exames laboratoriais, devem constar: 1) Hemograma Completo;2) Glicemia de Jejum;3) Colesterol Total e frações (HDL, VLDL, LDL);4) Triglicerídeos;5) Urina Rotina;6) Parasitológico das Fezes.

Tendo em vista que, ao realizar atividades físicas tem-se um aumento de trabalhocardiorrespiratório e, portanto, a necessidade real de avaliação destes sistemas, tambémdeve ser apresentada por todos os periciados outros exames exigidos em BG, a citar:

1) Teletórax PA (Radiografia de Tórax);

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2) Ecocardiograma;3) Teste Ergométrico.

Mais uma vez, torna-se importante enfatizar que, durante a perícia médica podem sersolicitados outros exames a critério do Perito, com objetivo de elucidação diagnóstica bemcomo o parecer de outro médico especialista para subsidiar o Parecer da Inspeção de Saúde.

6 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAISEnquanto uma alimentação correta e saudável pode proporcionar uma ótima

qualidade de vida, a ingestão corriqueira de alimentos ditos “errados” pode ser muito nociva àsaúde. No decorrer deste capítulo, tem-se como objetivo, levar ao leitor noções básicas arespeito dessas escolhas, bem como, suas consequências e impactos em seus corpos esaúde.

Essas boas escolhas que visam uma alimentação saudável, devem passar por umbom planejamento alimentar, ou uma boa nutrição, e com uma formação adequada desseplanejamento.

6.1 PLANEJAMENTO ALIMENTARA seguir serão consideradas as melhores escolhas diárias para um bom

planejamento alimentar através de três caracteres fundamentais.6.1.1 VariedadeQuanto mais diversos os alimentos, mais nutrientes estará consumindo.

Recomenda-se que no mínimo estejam presentes três tipos diferentes de alimentos em cadarefeição, onde um deles seja um vegetal.

6.1.2. QualidadeOs alimentos em seu estado natural, em geral, têm maior valor nutricional. Escolha

por cereais integrais ao invés de refinados; prefira preparações grelhadas ou cozidas compouco ou nada de óleo a preparações fritas ou assadas de brasa; escolha somente temperose molhos naturais ao invés de condimentos industrializados e use pouco sal, assim comcerteza você estará reduzindo a sua ingesta diária de sódio.

Evite ao máximo o consumo de alimentos processados, como: fast foods,embutidos, congelados, salgadinhos, sorvetes, bebidas industrializadas, etc.

6.1.3 ModeraçãoNão existem alimentos proibidos, mas sim os que devem aparecer em porções

menores e com menos frequência no dia a dia. Além de que, se pode compensar a ingestãode um alimento mais calórico ou gorduroso por alimentos mais leves e saudáveis nas outrasrefeições do dia.

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6.2 FORMANDO SUA DIETAUm dos principais pontos ao formar sua dieta, é evitar ficar com muita fome.

Evitando a fome você poderá controlar o desejo de comer guloseimas e cometer excessos.Quando estamos fazendo dietas para redução de peso, tendemos a ingerir menos calorias epor isso é preciso selecionar alimentos densos em nutrientes, que forneçam alto valornutricional em pequenas porções, mas este assunto será abordado com mais clareza,adiante.

Para isso, é de suma importância se conhecer alguns grupos alimentares,ressaltando suas importâncias e funções em nosso corpo, bem como a maneira de introduzircada um deles em nossas refeições.

6.2.1 CarboidratosOs carboidratos integrais são sem dúvida, as melhores opções para abastecer os

músculos e promover boa saúde, diferentemente dos carboidratos simples ou refinados(como o açúcar de mesa, pães brancos, etc..), os integrais são absorvidos mais lentamentena corrente sanguínea, evitando, portanto, a hipoglicemia durante os treinos e desequilíbriosna liberação do hormônio insulina, contribuindo assim também, para a prevenção do Diabetes2 ou complicações de um Diabetes já instalado.

As principais fontes de carboidratos integrais são: pães integrais, farinhas integraisde trigo, cevada, aveia, linhaça, quinoa, arroz integral, frutas “verdes” como a banana, entreoutras. Esses alimentos são a base de uma excelente dieta, inclusive de uma desportiva, poistambém são fontes de fibras e vitaminas do complexo B que evitam a fadiga muscular,reduzindo problemas intestinais, e prevenindo o aumento das gorduras sanguíneas comocolesterol e triglicerídeos.

Vale lembrar que não é o excesso de carboidrato que engorda, mas sim o excessode calorias.

6.2.2 ProteínasOs alimentos ricos em proteínas fornecem aminoácidos para formação e

conservação dos músculos, porém a proteína em excesso não é armazenada como músculosprotuberantes nem usada como combustível para estes. Qualquer excesso é queimado paragerar energia ou como último recurso, armazenado como glicogênio ou gordura.

Outro fator relacionado ao consumo excessivo de proteína é a desidratação pelasidas frequentes ao banheiro para eliminação de ureia através da urina, podendo acarretaruma sobrecarga aos rins.

Quanto ao uso de suplementos, a quantidade de aminoácidos nessas fórmulas, émuitas vezes menor do que a que você poderia obter de maneira fácil pelos alimentos, alémde serem muito mais caros e não terem a boa junção de vitaminas e minerais que contém osalimentos in natura. A recomendação de suplementos deve ser feita em casos de pacientessubnutridos, anoréxicos e atletas vegetarianos.

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Não esqueça que a proteína é somente uma parte do programa de desenvolvimentomuscular, você também necessita de carboidratos suficientes para abastecer os músculos,calorias suficientes para fornecer a energia para desenvolvê-los e exercícios suficientes demusculação para estimular o crescimento muscular.

6.2.3 GordurasConsiderando que 20 a 35% das calorias da sua dieta devem originar-se das

gorduras, apenas 7 a 10% devem ser de gorduras saturadas. Portanto devemos optar pelasmelhores fontes de gorduras insaturadas.

O consumo de alimentos fontes de gorduras saturadas deve ser reduzido em nossocardápio, já que estes são a principal causa de dislipidemias e têm grande influência noaumento da pressão arterial. As gorduras, mono e poli-insaturadas, por outro lado, estãoassociadas ao baixo risco de cardiopatias e câncer, além de participar da queima degorduras, viabilizar a utilização de vitaminas e formação de hormônios e melhorar oaproveitamento da insulina, evitando que a gordura fique acumulada (portanto sua presença éindispensável nas dietas de emagrecimento).

Para melhor compreensão, é importante explicar que as gorduras se dividem emsaturadas, mono e poli-insaturadas, e trans, onde, as saturadas são provenientes dasgorduras animais e as trans presentes principalmente em produtos industrializados, sendoestas as mais prejudiciais à saúde. Já as insaturadas, oriundas principalmente de óleosvegetais contribuem para os bons níveis de colesterol sanguíneo e pressão arterial.

6.2.4 Vitaminas e MineraisSão frequentes as dúvidas a respeito da necessidade de suplementos de vitaminas

e minerais em pessoas fisicamente ativas. Porém na maioria dos casos essa suplementaçãonão é necessária, o exercício não queima vitaminas e minerais, mas estes são catalisadorespara que os processos metabólicos ocorram. A maioria dos atletas consomem mais caloriasdo que pessoas sedentárias, portanto ingerem mais vitaminas e minerais, sendo menosprováveis as deficiências nestes.

É importante lembrar que as vitaminas e minerais não podem ser produzidos pelocorpo, por isso devem ser obtidos por uma dieta balanceada, rica principalmente em frutas,hortaliças e cereais integrais.

6.2.5 Alimentos Pré e Pró-bióticosSão alimentos não digeríveis, constituídos por bactérias vivas ou atuantes seletivos

na proliferação destes no cólon.Vários estudos revelaram que a correção da flora intestinal com a ingestão desses

alimentos aumenta a perda de peso em cerca de 30%, além de atuar na prevenção de câncerde cólon controle da hipertensão arterial e diminuição do colesterol sanguíneo.

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7 ORIENTAÇÕES PSICOLÓGICASA atividade policial militar em suas variadas funções, tais como o exercício da

atividade operacional, o emprego no serviço administrativo e funções de comando, envolvealto nível de estresse, o que acaba por comprometer a nossa saúde física e emocional.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS (2016), o impacto doestresse relacionado ao trabalho é conhecido por trazer consequências para a saúde quevariam de transtornos mentais a doenças cardiovasculares, músculo esqueléticas ereprodutivas, além de ser fator de risco para problemas comportamentais, abuso de álcool edrogas, aumento do tabagismo e distúrbios do sono. Tais problemas estão associados à faltade motivação, satisfação, comprometimento e desempenho no trabalho, entre outros fatores,e podem levar à diminuição da produtividade, qualidade do trabalho e inúmeros prejuízos àsorganizações.

Os principais sintomas iniciais do estresse, quando este ainda não representa umaameaça grave à saúde, são: esgotamento emocional, que pode se manifestar através daraiva ou de irritabilidade; ansiedade; tensões, dores de cabeça, dores nas costas e nasmandíbulas; azia, acidez no estômago, flatulência, diarreia, constipação e irritabilidade dointestino; arritmia, sudorese excessiva das mãos, palpitação, tontura, enxaqueca, frio nasmãos e pés, dores no peito e falta de ar (NUNOMURA, TEIXEIRA E CARUSO, 2004).

O nível de estresse entre policiais militares têm sido apontado como superior ao deoutras categorias profissionais por fatores relacionados à natureza das atividades realizadas,à jornada de trabalho diferenciada, à qualidade do relacionamento interpessoal no ambientede trabalho, entre outros. Os fatores citados têm relação com peculiaridades da atividadepolicial militar, quais sejam: a atuação no policiamento ostensivo e preservação da ordempública; o fato de se tratar de um serviço essencial, exigindo o emprego contínuo da tropa, oque interfere na jornada de trabalho; e a hierarquia e disciplina como base de organização, oque afeta as relações de trabalho. Destacam-se, ainda, como fontes geradoras de estresse,as relações, por vezes tensas e conflituosas, dos policiais com o Sistema de Justiça e com apopulação (SOUZA et al., 2012).

Outro elemento determinante para o elevado nível de estresse entre policiaismilitares é o constante risco a que estão expostos no exercício da atividade policial militar efora dela, o que os leva a temer pelas suas vidas e integridade física e ainda pelos familiarese companheiros de farda. É alto o risco de vitimização policial no desempenho da atividadepolicial militar e maior ainda nos períodos de folga, quando, no geral, nos encontramos emdesvantagem diante de possíveis ameaças (MINAYO, SOUZA e CONSTANTINO, 2008).

Embora haja a concepção de que certo nível de estresse no trabalho é positivo emprofissões que envolvem riscos, como a atividade policial militar, pois o estado de alerta éuma forma de defesa e autopreservação, a exposição contínua ao estresse favorece odesenvolvimento de problemas de saúde que podem se cronificar ao longo do tempo, se nãoreceberem atenção especial. Compreender esse processo e criar estratégias de prevenção eintervenção é fundamental para tornar o trabalho um fator de saúde e não de adoecimento(BRASIL, LOURENÇÃO, 2017; PINTO, FIGUEIREDO e SOUZA, 2013).

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Brasil e Lourenção (2017) realizaram um estudo que avaliou a qualidade de vidaentre policiais do estado de São Paulo e concluíram que há comprometimento na qualidadede vida dos participantes do estudo, relacionado a fatores como segurança física e proteção,condições ambientais do local de trabalho, recursos financeiros, transporte e relacionamentofamiliar. Segundo os autores, a insatisfação com vários aspectos da vida, entre os quais otrabalho, aumenta as chances de sofrimento psíquico dos policiais militares. Os achados doestudo são preocupantes e tais aspectos também estão presentes de forma marcante nanossa tropa.

Considerando o exposto e tendo em vista a importância de promover a melhoria daqualidade de vida dos policiais militares, é necessário avançar na compreensão dos aspectosambientais, psicológicos, sociais e físicos envolvidos nessa dinâmica. Dessa forma, torna-sepossível a elaboração de propostas de intervenção que visem promover a saúde física emental dos policiais militares, estimulando mudanças individuais/pessoais e institucionaisrelacionadas à organização do trabalho policial (BRASIL e LOURENÇÃO, 2017).

Uma vez que o foco do presente trabalho é abordar a importância da atividade físicana melhoria da qualidade de vida e combate ao estresse entre policiais militares, iremos nosconcentrar nesse ponto da discussão. De acordo com Nunomura, Teixeira e Caruso (2004),saúde e atividade física, assim como saúde e qualidade de vida, estão estreitamenterelacionadas. Nesse sentido, pode-se supor que existe também estreita relação entre aprática de atividade física e qualidade de vida.

A prática de atividade física é importante no tratamento dos sintomas de ansiedade,depressão e na redução do estresse nos indivíduos, tendo se mostrado tão efetiva quanto astécnicas tradicionais, com a vantagem de não envolver o uso de medicação (NUNOMURA,TEIXEIRA E CARUSO 2004). Steptoe (1994) conduziu um estudo que revelou que quantomaior era o condicionamento físico dos indivíduos, mais favoráveis eram as suas respostas asituações que envolviam estresse.

Estudos citados por Nunomura, Teixeira e Caruso (2004) apontam que realizarcaminhada/corrida com intensidade de 60% a 73% da frequência cardíaca máxima, de 3 a 5vezes por semana, com duração mínima de 30 minutos, provoca diminuição significativa nosníveis de estresse e melhoram a autoestima, a aparência e o humor; a prática regular deatividade física está associada a mudanças significativas nos estados psicológicos de humor,promovendo bem-estar psicológico e aumentando a resistência dos indivíduos diante doestresse psicossocial; e relacionam o início de um programa de exercícios aodesaparecimento de sintomas associados às tensões de natureza psicológica.

Tais resultados corroboram a hipótese de que a atividade física pode contribuirpositivamente na diminuição dos níveis de estresse e, consequentemente, melhorar aqualidade de vida em longo prazo.

Além dos benefícios à saúde, a prática regular de atividade física por policiaismilitares envolve ganhos diretos relacionados à qualidade da sua atuação profissional, umavez que o exercício da atividade policial marcadamente requer o emprego da força física e

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agilidade, e à carreira, pois é prática constante a realização de testes de aptidão física e aascensão na carreira está condicionada a um bom desempenho nesses testes.

Existe um número cada vez maior de estudos que comprovam e relatam osbenefícios da atividade física para a saúde, de forma que nas últimas décadas, o discursofavorável à prática frequente de atividade física saiu do ambiente dos consultórios médicos eganhou expressividade nos diversos meios sociais. No entanto, devido as variáveisrelacionadas aos nossos hábitos cotidianos, jornadas de trabalho, fatores socioeconômicos esegurança; ainda é baixa a prevalência da realização de atividade física regular pela maiorparte da população.

Ao analisar as variáveis comportamentais relacionadas à resistência à prática deatividade física, Pagoto (2014) afirma que a razão pela qual as pessoas com perfil sedentárionão se exercitam regularmente é o desejo de afastar qualquer sensação de desconforto.Segundo a autora o mais difícil seria conseguir superar a "rejeição psicológica" resultante desituações desconfortáveis vividas na própria experiência do exercício físico.

A autora supracitada aponta vários elementos citados como desconfortáveis naprática de atividade física e afirma que a prática contínua, ainda que sejam percebidos estesfatores no início de um programa de exercícios, faz com que, com o passar do tempo, asensação de desconforto não seja mais percebida e dê lugar a sensações de prazer, emvirtude da adaptação do organismo à atividade. Além disso, os ganhos obtidos a médio elongo prazo através da prática constante de exercícios também tem a função de manter essecomportamento.

A adesão a um programa de atividades físicas é um fenômeno complexo, pois,depende, por exemplo, de fatores pessoais (nível de conhecimento, interesse, aspectospsicológicos e morfológicos), e de fatores ambientais (segurança, distância do local deprática, aspectos econômicos). De acordo com Campos et al. (2006), barreiras ambientais epessoais podem dificultar a adesão das pessoas à prática de atividades físicas.

Apesar de o ambiente exercer influência nos níveis de atividade física, há fatorespsicossociais que influenciam as decisões das pessoas sobre os seus estilos de vida e assuas escolhas entre comportamentos saudáveis ou de risco.

Esses fatores psicossociais são classificados em positivos e negativos. Os primeirossão compreendidos como:

1) autoeficácia - acreditar na própria capacidade de ser ativo; 2) intenção para o exercício; 3) ter prazer no exercício; 4) nível percebido de saúde e aptidão física; 5) automotivação; 6) apoio social; 7) esperança de benefícios do exercício; 8) benefícios percebidos.

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Já os negativos podem ser classificados em:1) a percepção da falta de tempo; 2) a percepção de que não se é do tipo que pratica atividade física; 3) preocupações sobre a segurança pessoal; 4) sensação de cansaço e preferência de descansar e relaxar no tempo livre;5) autopercepções, como assumir que já é suficientemente ativo (CIAFEL, 2006).

Diante do exposto, é possível concluir que a prática regular de atividade física é umhábito que deve fazer parte do cotidiano do policial militar por estar relacionado à sua práticaprofissional e por ter influência positiva na qualidade de vida e na saúde dos indivíduos que ocultivam, sendo uma forma eficaz de prevenir e combater o estresse que envolve a atividadepolicial militar.

No entanto, é evidente que tornar a atividade física um hábito requercomprometimento pessoal e a compreensão dos diversos fatores que influenciam aocorrência desse comportamento a nível individual e o processo de adaptação, portanto exigeatenção profissional especializada.

8 EDUCAÇÃO FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAISHá evidências de que, partes das patologias crônicas hoje diagnosticadas estão

relacionadas à modernidade da vida atual, especialmente ao estresse, tabagismo,sedentarismo e má adequação dietética. No entanto, também é descrito na literatura científicaque várias destas patologias têm uma “pré-existência” familiar (pré-disposição genética,hereditariedade) onde o indivíduo deve buscar monitoramento de profissionais da área dasaúde tão logo apresente indícios das mesmas.

Nesse contexto, indivíduos portadores de doenças como a hipertensão arterialsistêmica (HAS), o diabetes mellitus (DM) e obesidade (e também o sobrepeso), cujascaracterísticas básicas são elucidadas de forma didática abaixo, podem ser consideradosintegrantes de um grupo de risco, o qual, infelizmente, vem afetando parte dos policiaismilitares (PM), merecendo com isso uma maior atenção no que cerne a prática da atividadefísica, a qual apresenta importante papel no tratamento destes militares, intervindopositivamente no acompanhamento destas doenças e, consequentemente melhorando aqualidade de vida dos mesmos.

A seguir serão apresentados alguns grupos especiais considerados de grandeincidência e que merecem cuidados adequados.

8.1 DIABETESO DM é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Em 1995, a

Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou uma prevalência de 4% da patologia napopulação mundial adulta e projetou que chegaria a 5,4% em 2025, podendo esse percentualvariar com a etnia e os hábitos de vida (alimentação, atividade física e prevalência deobesidade) da população em estudo (BRASIL, 2006; KING et al., 1998).

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Considerada uma doença metabólica devido aos elevados níveis de glicose nosangue (hiperglicemia) está intimamente associada a danos, disfunção e comprometimentode vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos (GROSS etal., 2002) se ocorrerem de forma crônica.

Didaticamente, o diabetes pode ser classificado nos tipos l e lI, diabetes gestacionale ainda outros tipos bem específicos, sendo o tipo II o mais comumente encontrado em toda apopulação (abrange 85% a 90% do total de casos, gerando altos custos econômicos e sociais(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2003; CRUZ FILHO et al., 2002).

De forma preocupante, dados encontrados em estudo feito com PM’s demonstramuma prevalência de DM superior ao supracitado e publicado pela OMS. Em pesquisarealizada com um grupo de PM’s do Piauí, 5,8% dos indivíduos foram diagnosticadosdiabéticos e 8,0% dos avaliados, com taxas de glicemia compatíveis com TolerânciaDiminuída à Glicose (estágio anterior ao DM propriamente dito).

8.1.1 Diabetes tipo lO diabetes tipo l é caracterizado pela destruição de células do pâncreas, que

eventualmente leva o organismo ao estágio de insuficiência de insulina. A destruição dessas células é causada por um processo autoimune. Esse tipo de

diabetes é mais frequentes em crianças, adolescentes e adultos, porém pode ocorrer emqualquer idade.

8.1.2 Diabetes tipo llO diabetes tipo ll é caracterizado por um defeito na ação e secreção de insulina, o

que interfere na regulação da produção hepática de glicose. Esse tipo de diabetes é maisfrequente em adultos acima de 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.

Tem como principais fatores de risco a obesidade, história familiar, HAS e aumentode colesterol e triglicerídeos, bem como sedentarismo, maus hábitos de vida e, como ditoanteriormente, idade superior a 40 anos.

Tal qual a HAS, é patologia atendida rotineiramente pela JRS e causa comum deafastamentos prolongados e até mesmo indicações de reforma do militar quando doaparecimento de complicações decorrentes do mau controle da doença.

8.1.3 Diabetes GestacionalO diabetes gestacional é caracterizado pela hiperglicemia durante a gravidez, que

normalmente se resolve após o parto, mas em grande parte dos casos pode voltar anosdepois. O diagnóstico pode ser feito nas primeiras consultas do pré-natal e deve serreavaliado de 4 a 6 semanas após o parto. Esse tipo de diabetes ocorre em 1 a 14% de todasas gestações.

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8.1.4 Atividade físicaA atividade física age na forma de controle metabólico no organismo, transportando

a glicose na célula muscular e aumentando no decorrer do exercício, e ainda na ação dainsulina nas células, onde há a melhora da regulação glicêmica no sangue. A atividade setorna tão importante para o indivíduo diabético quanto para aqueles que não possuem adoença.

É importante ao se programar a atividade física para pessoas com diabetes, ainclusão de exercícios aeróbicos, devendo-se levar em consideração as limitações e o grauda doença de cada indivíduo. Deve-se também considerar o nível de condicionamento domilitar como um fator preponderante na criação do plano indicado pelo Educador Físico.

8.2 GESTANTE

A gestação é um período de inúmeras mudanças eadaptações fisiológicas no corpo da mulher, requerendoassim atenção e cuidados especiais para uma gravidezsaudável. A maioria das mulheres grávidas experimentaalgum desconforto neste período, proveniente dosefeitos negativos das alterações físicas e psicológicas ea prática de atividade física tem proporcionado melhorqualidade de vida para a mãe e para o feto. Apesar denão haver estudos decisivos em relação ao padrão ótimode atividade física e exercícios durante a gestação háum consenso na literatura científica de que a atividadefísica regular e contínua, realizada com uma intensidadeleve a moderada proporciona inúmeros benefícios e

estes, sobrepõem substancialmente os riscos9.

Sabendo que “a gestação é o único fator existente de maior relevância, que em umpequeno espaço de tempo, muda a forma corporal e funcional da mulher” (SOUZA, 2002) éque se admite a prática regular de atividade física programada como sendo essencial na vidade uma gestante, desde que a mesma esteja em condições físicas e que tenha liberaçãomédica para tal atividade.

8.2.1 Atividade FísicaInúmeros relatos na literatura descrevem os benefícios do exercício físico durante a

gravidez. A prática física pode minimizar as consequências decorrentes da transformação docorpo da grávida quando feita de forma programada e trará para a mulher grávida inúmerosbenefícios como boa postura, redução de cãibras musculares, controle do diabetes tipo ll egestacional, prevenção do ganho excessivo de peso, melhora da função intestinal e daautoestima, diminuição da falta de ar, entre outros (GODOY, 2002).

9 SOUZA, E. R. et al . Fatores associados ao sofrimento psíquico de policiais militares da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 7, p. 1297-1311, 2012.

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Carvalhaes e cols (2013) acrescentam que a inatividade física na gestação é umfator de risco modificável. Mann e cols (2009), Matijasevich e Domingues (2010), Gomes eCosta (2013) afirmam que mulheres sedentárias podem começar um programa de exercícioleve a moderado durante a gravidez com o devido acompanhamento e prescrição.

Nesse sentido, tem-se que a prática regular de exercícios como caminhada,alongamento muscular, exercício resistido com intensidade ajustada, entre outros, sãoexemplos fundamentais para contribuir com a boa saúde da gestante. Quanto ao tempo,duração e intensidade deverão ser de forma individualizada, e sempre com acompanhamentode profissionais de saúde.

Contudo, é importante frisar que, caso a gestante venha a apresentar algumdesconforto ou sintoma atípico, se interrompa imediatamente os exercícios e procureorientação médica.

8.3 HIPERTENSOSA Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica multifatorial

configurada por elevados e sustentados níveis de pressão arterial. A pressão arterial é a forçaque o sangue exerce na parede das artérias sendo essa força medida por meio de duaspressões, a sistólica (que ocorre quando o coração se contrai), também usualmente chamada“pressão máxima”, e a pressão diastólica (a qual ocorre quando o coração se dilata),conhecida por “pressão mínima”.

De forma simplificada, o valor ideal de pressão arterial para se minimizar o risco deeventos cardiovasculares é abaixo de 120/80 mmHg, sendo consideradas hipertensaspessoas com pressão maior ou igual a 140/90 mmHg.

Trata-se de patologia de extrema relevância, pois, se não realizado corretamente otratamento, pode acarretar inúmeras consequências, inclusive o óbito. Segundo Tavares(2012) ‘’a HAS é o principal fator de risco para acidentes vasculares encefálicos (AVE) einfarto agudo do miocárdio (IAM)’’, patologias comumente vistas na Junta Regular de Saúde(JRS) como causas de afastamentos laborativos prolongados por integrantes da tropa.

Especialistas afirmam não se saber com exatidão a causa da pressão arterial (95%dos casos tem origem desconhecida), mas sabe-se que alguns fatores de risco contribuempara o surgimento desta doença tendo como exemplos a hereditariedade, idade maior que 60anos, excesso de peso, má alimentação, dieta rica em sal, tabagismo, consumo exagerado deálcool, estresse e falta de exercício físico, fatores estes infelizmente encontradosrotineiramente no dia a dia do policial militar.

8.3.1 Atividade FísicaNesse sentido, entende-se a necessidade de mudanças relacionadas à prática

regular da atividade física por parte dos PM tendo em vista que essa prática, quandorealizada de forma programada e associada à melhoria do padrão nutricional, torna-se degrande valia no tratamento dos hipertensos, contribuindo para redução dos níveis de pressãonas artérias inclusive durante e após a realização da atividade física, fato este comprovado

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por vários estudos que evidenciaram os benefícios do exercício físico para o controle dedoenças crônicas dentre elas a HAS.

Entretanto, é imprescindível que tal prática seja iniciada somente após liberação porparte de médico assistente do militar ou da Junta Periódica de Inspeção de Saúde (JPIS) daCorporação nos casos previstos em Regulamento. Além disso, a prática desportiva devesempre ser orientada por Educador Físico, profissional este capacitado para programar aintensidade dos exercícios ao público-alvo.

8.4 OBESIDADECom a evolução da espécie humana está evidente que o comportamento

inadequado do homem, como estilo de vida, os maus hábitos alimentares e inatividade, vêmaumentar o índice de pessoas sedentárias e consequentemente obesas em todo mundo.

A obesidade pode ser causada por um distúrbio metabólico ou mesmo nutricional,sendo considerada desta forma como uma doença crônica. Segundo McARDLE et al. (1990),esta patologia pode ser definida como um aumento excessivo da quantidade total de gorduracorporal. Desta forma, podem-se levar em consideração alguns agentes causadores para oindivíduo atingir a obesidade, como a questão hereditária, a hormonal, o distúrbio alimentarcom a ingestão excessiva de alimentos e ainda a falta de regularidade de uma atividadefísica, chegando inclusive ao sedentarismo.

O nível da obesidade poderá interferir e ser um facilitador na aquisição de váriaspatologias, principalmente as cardiovasculares e metabólicas, mas também contribuir para oaparecimento das doenças osteo musculares, em especial, lombalgias, dores articulares dejoelhos e tornozelos podendo ainda gerar outros distúrbios como o do sono e da funçãorespiratória.

Infelizmente, nesse contexto, o policial militar se insere de forma especial em funçãodo elevado nível de stress ao qual é rotineiramente submetido no exercício da função, alémda alimentação inadequada pela falta de tempo durante o serviço policial e ainda dosedentarismo, por trabalhar em média 12 horas sentado em uma viatura, o que pode vir agerar um transtorno ao perfeito equilíbrio físico e mental do militar, podendo inclusive serresponsável por uma atuação inadequada do mesmo diante das complexas situações com que se depara em seu dia a dia.

8.4.1 Atividade FísicaA atividade física regular seria um agente preponderante no combate à obesidade,

controlando os níveis de porcentagem de gordura no corpo humano, sendo ainda o trabalhoresistido como um grande aliado nesta diminuição, observando-se a duração, a intensidade ea frequência dos exercícios.

9 MÉTODOS DE TREINAMENTOQuando se aborda método de treinamento, deve-se falar em sistemas de

treinamentos que devem ser desenvolvidos para satisfazer as necessidades individuais de

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cada indivíduo, levando em consideração os diversos fatores já citados ao longo destemanual, tais como: gênero, idade, capacidades de força, de resistência, aeróbica, develocidade, e vários outros, devendo ser adaptado para a melhora daquele que necessitar deum melhor acompanhamento, e traçados para o objetivo do treinamento. Devendo ainda seobservar as instalações que serão utilizadas, assim como as variações ambientais.

Serão exemplificados neste capítulo alguns métodos que podem ser utilizados deforma simples para se trabalhar a busca pelo condicionamento físico. Estes programas devemestar apoiados em bases solidas. Além do plano de treino, também são importantes asorientações médicas, nutricionais e psicológicas.

Vale salientar que de forma individual e como cada praticante têm necessidadesdiferentes além de suas próprias individualidades, um mesmo programa ou método não seráadequado para todos.

Antes de iniciar qualquer treinamento físico recomenda-se realizar uma avaliaçãomédica e física para garantir a segurança durante a prática. O treino é de responsabilidadecompartilhada do instrutor/professor com o praticante, não sendo recomendado inicia-lo esegui-lo sem acompanhamento adequado.

9.1 CALISTENIAA origem da palavra calistenia vem do grego, onde kallos significa ‘’ belo’’ e

‘’sthenos’’ significa força. O treino calistênico é composto por exercícios que utilizam o própriopeso do indivíduo e em alguns casos alguns suportes simples como o solo, seu próprio pesocorporal e ainda uma barra, a qual pode ser instalada em sua casa ou mesmo encontrada emdiversos lugares.

Ao contrário dos exercícios praticados na academia de musculação, os exercícioscalistênicos abrangem uma ampla variedade de grupos musculares, fazendo com que o treinoseja altamente funcional ao dia a dia da realidade policial militar, como exemplo suportar opeso do equipamento, missões em terrenos acidentados e ainda escalar muros. Este métodode treinamento é de grande valia inclusive em lugares remotos do estado, pois podem serexecutados em vários tipos de ambientes, trabalhando assim, os componentes da aptidãofísicas relacionadas a saúde, as quais para Guedes (2007) são as qualidades de força, deresistência muscular, de flexibilidade e resistência anaeróbia cardiorrespiratória.

Os exercícios devem ser executados de forma vigorosa e principalmente com apostura correta, evitando-se assim possíveis lesões articulares e musculares. Como exemplosde exercícios calistênicos, seriam as possíveis variações de exercícios na barra fixa, de flexãode braço no solo, agachamento, as diversas variações de exercícios abdominais.

Assim como as estações utilizadas no método de treinamento em circuito, aalternância de exercícios no método calistênico deve ocorrer também visando oaprimoramento da aptidão física, dispondo ao corpo uma energia de forma gradativa esuficiente de estímulo para os diversos grupos musculares que devem trabalhados.

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9.2 CAMINHADAA caminhada é um dos métodos de treinamento mais simples, podendo desta forma

ser praticada por pessoas de todas as idades e gênero, com prazer e satisfação, inclusive é amais indicada para iniciantes, sendo este o primeiro passo ao criar suas metas e objetivos naprática da atividade física, buscando uma vida saudável nesta imprescindível decisão de sepraticar exercícios físicos.

Assim como qualquer início de uma atividade física, os motivos são semelhantes,como emagrecimento, mudança de comportamento após um adoecimento, ou simplesmentelimites pessoais. Deve ser observada a regularidade desta atividade física, a qual não deveser meramente por questões estéticas, e sim para manter a boa forma e obter com isso umasaúde de qualidade, salientando que essa melhoria ocorre nos sistemas cardiovascular,nervoso, muscular e respiratório.

Ao se decidir iniciar um programa de treinamento, saindo do sedentarismo, é sempreimportante o indivíduo estar com traje confortável, assim como um tênis adequado para seuspés. Mesmo que a atividade de caminhada pareça ser simples, lembre-se que hápossibilidade de ocorrerem dores musculares e cãibras, por isso faça um alongamento e umaquecimento antes.

É importante manter uma respiração ritmada, de forma agradável, com as passadasde forma mais rápida do que o andar natural, mantendo os braços alinhados. Dependendo donível de sedentarismo, inicie com caminhadas entre 20 e 30 minutos. Após a atividadereserve um tempo curto para alongar novamente os músculos, porém sem forçar muito, poisestes músculos estão desgastados devido à atividade.

Finalizando é importante frisar que a caminhada contribuirá, sim, para a melhoria docontrole da hipertensão, da própria respiração. E esta melhoria será verificada quando oindivíduo perceber que ele poderá acrescentar minutos ao seu tempo, assim como, apósorientação de um profissional de educação física, iniciar a corrida. Isto deve ocorrer de formanatural, e jamais pode ser prejudicial a sua saúde.

9.3 CIRCUITOEsse método de treino nasceu na Europa, motivado pelas características climáticas

e dificuldades de adaptação do treinamento intervalado. O método em circuito bemprogramado e direcionado pode desenvolver capacidades como a resistência, e a própriaresistência aeróbica, podendo também ser trabalhado de forma aeróbico ou anaeróbico.

O circuito aeróbico que tem como objetivo desenvolver a resistência aeróbica deveser realizado em ritmos moderados, sendo indicado para trabalhar a resistência muscularlocalizada. Já o circuito anaeróbico deve ser trabalhado a velocidade, sendo também idealpara trabalhar a potência muscular.

Alternar os grupos musculares que serão trabalhados: membros superiores,membros inferiores, abdominais, exercícios gerais e combinados. Os exercícios podem ser desimples execução, facilitando na troca de uma estação para outra ou de complexa execução,isso dependerá do nível de condicionamento físico do indivíduo.

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O circuito pode ter o número de estações variável, podendo ser determinadas portempo ou por números de repetições, e ainda aeróbico e ou anaeróbico, variando de acordocom as metas e objetivos a serem alcançados. E a intensidade do treino pode ser controladapela frequência cardíaca ou pela Escala de Borg (criada para verificar o nível da percepçãosubjetiva do esforço) entre as voltas.

O treinamento em circuito é indicado para praticamente todas as idades, semprevisando a melhorara do condicionamento físico. Além de apresentar vantagens quandocomparado ao exercício aeróbico ou exercício de força isoladamente, com esse método detreino é possível trabalhar o sistema aeróbico e a resistência muscular localizada em umaúnica sessão de treino.

9.4 CORRIDAA corrida é uma prática inclusiva onde se percebe que pessoas de todas as idades e

gênero, encontram nessa prática, prazer, bem-estar, satisfação e realização de metas eobjetivos. Muitos iniciam por diversos fatores, como emagrecimento, o próprio convívio social,ou mesmo para superar seus próprios limites. Todos, fatores de suas motivações.

Antes de se iniciar a corrida, o indivíduo deve estar preparado para esta atividade,pois um dos momentos mais importantes é a adaptação do corpo do andar, para o correr.Esta transição deve ser de forma tranquila e bem planejada, evitando-se sobrecargasdesnecessárias, evitando desta forma o risco de lesões nas articulações, assim como opróprio descontentamento com a atividade.

Esta mudança se completa quando o praticante ao deixar de caminhar para enfimfazer a corrida contínua, perceber que os efeitos estão positivos no que refere aocondicionamento, cedendo lugar quase que exclusivamente a corrida.

É importante salientar que correr aleatoriamente pode até trazer benefícios, porémserá apenas no início, ao contrário se for seguido uma programação. Somente desta maneiravocê conseguirá atingir suas metas e objetivos, obtendo benefícios através desta atividadefísica, reduzindo o risco de lesões e com isso afastamentos da própria atividade.

A seguir serão exemplificados dois métodos de trabalhar a atividade da corrida.

9.4.1 Corrida contínuaÉ caracterizado pela manutenção da intensidade durante todo o período de

treinamento, e possui duas subdivisões: “Contínuo extensivo” e “Contínuo intensivo”. Nocontínuo extensivo utiliza-se intensidade baixa e/ou moderada, com duração longa (de 40até 120 minutos), de 3 a 5 vezes (x) por semana. No método contínuo intensivo passa-se autilizar intensidade moderada/alta, com média duração (normalmente entre 20 e 40 minutos),com quantidade menor de treinos na semana devido a maior intensidade para os músculos earticulações (de 2 a 3x) em dias intercalados. Este tipo de treino utiliza principalmente osestoques de glicogênio e os ácidos graxos como fonte de energia.

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9.4.2 O treino intervaladoÉ bem simples de ser colocado em prática. O método consiste em intercalar corridas

curtas e/ou intensas usando medidas de tempo ou distância determinadas com descanso totalou parcial. Mas, dentro deste universo, é possível buscar variações. Veja abaixo algunsexemplos:

a) Exemplo 1Treino: 4 x 1.200m.Ritmo: forte (próximo ao almejado em uma prova curta).Descanso: 3 a 4 minutos de trote leve.

b) Exemplo 2Treino: 10 x 200m.Ritmo: muito forte.Descanso: caminhada por cerca de 2 minutos.

c) Exemplo 3Treino: 5 x 5 minutos em um ritmo 10 segundos mais rápido que o desejado naprova + 5 minutos em um ritmo 10 segundos mais lento.Ritmo: alternado (forte/moderado).Descanso: não há.

9.5 DESPORTIVOO treinamento desportivo é a prática de atividade física ou exercício físico que,

através de participação eventual ou estruturada um desporto, visa promover a saúde ouaprimorar a aptidão física e/ou mental, proporcionando ainda o divertimento, sendo umgrande aliado na qualidade de vida aos participantes.

Podendo ser competitivo ou não, com um único vencedor ou mais, ele pode sertrabalhado com graus variados de habilidade motora, exigidos de acordo com a modalidadepraticada, além de ser um grande aliado na busca do condicionamento físico, pois visatrabalhar atividades motoras diferentes das utilizadas em treinamentos como o resistido, nomeio líquido e na própria corrida.

O desporto é normalmente gerido por um conjunto de normas, que buscamresultados, podendo a alguns ter um julgamento por critérios bem objetivos e definidos. Noentanto, o objetivo aqui é retratá-lo como um método de treinamento na busca docondicionamento físico, informando ao indivíduo que as variadas modalidades esportivas, deforma bem elaborada, utilizando jogos ou modalidades, tende a uma melhora na condiçãofísica.

9.6 LUTASA luta surgiu da necessidade de um indivíduo ser mais forte do que outro, seja para

sobreviver, seja por necessidade de se defender contra ataques a sua moradia, ou mesmo

PMPA/AJG Pág. 46

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por ocupação territorial. Hoje a luta é tida como forma de entretenimento, porém também éuma forma muito bem-vista e recebida como um método de treinamento, e se bem orientadapode trazer grandes benefícios na qualidade de vida do indivíduo.

Além da qualidade de vida do indivíduo, o condicionamento físico mais apuradopode ser alcançado através destes diversos tipos de lutas, e que podem ser utilizadas deforma prática pelo policial militar durante o serviço, principalmente se vier a ter um combatecorpo a corpo, onde ao mesmo tempo em que deve defender-se de agressões, deverá fazer opossível para deter o opositor. Neste combate corpo a corpo, assim como ambos podem estardesarmados, pode o opositor se encontrar com uma arma branca em seu poder.

Um dos objetivos centrais deste método de treinamento, independente das diversastécnicas existentes no mundo, é a melhora do corpo e da mente, tornando o indivíduo mais“dono de seu próprio corpo”, tendo uma atitude corporal mais bem definida naquilo do que écapaz de fazer. E estas melhoras passam pelos aspectos da flexibilidade, da resistência, daagilidade, do equilíbrio, dentre outros.

Não há polícia no mundo, seja nos cursos de formação, seja nas ações de formaçãocontinuada, que não utilizam a luta como forma de preparação de sua tropa, dos diversosprofissionais de segurança pública, e com isso devendo ser considerado que a luta é umaatividade física.

9.7 MEIO LÍQUIDOEste método de treinamento talvez seja um dos mais importantes, justamente por se

tratar de água simplesmente, onde a locomoção e sobrevivência dependerá quase queexclusivamente do próprio indivíduo. Daí sua necessidade de treinamentos contínuos deforma segura, tanto no ambiente quanto na segurança e cuidados externos.

Quando se fala de treinamento, está se tratando com o objetivo de preparação dopolicial militar para sua atuação diária, tanto que faz parte dentre seus exercícios físicos,portanto de forma mais específica. No entanto, a natação, como é conhecida pode terdiversos objetivos, tais como de reabilitar o ser humano, de fornecer o lazer a pessoa, oumesmo como forma de condicionar fisicamente o indivíduo, dentre outros diversos benefícios.

Um dos grandes méritos deste método de treinamento são as reduzidas chances deocasionar lesões a pessoa, pois não tem o impacto, e com isso não sobrecarregando osossos e as articulações. No entanto, um trabalho físico bem direcionado dentro da água podeexigir mais das musculaturas, devido à densidade que a água possui.

O treinamento na água por ser bem intenso, devido a constante quebra dadensidade que é bem maior que a do ar, não tem necessidade de uma frequência tão grandequanto as outras atividades, podendo desta maneira ser um complemento do treinamentofísico.

9.8 RESISTIDO (COM PESOS)O treinamento com pesos, também conhecido como treinamento resistido, ou ainda

como treinamento de força, é a ativação voluntária de músculos específicos, contra a

PMPA/AJG Pág. 47

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resistência externa que pode ser com pesos livres (halteres, barras e anilhas), com peso dopróprio corpo, e uma infinidade de outros exercícios utilizando outros acessórios (elásticos,molas, máquinas, dentre outros).

Este método de treinamento, que pode ser utilizado como a única forma detreinamento da pessoa na busca do condicionamento físico, pode também, sendo neste casoo mais habitual, utilizado como complemento de outras atividades físicas. Ele pode seracrescentado na sua planilha de treinamento a partir de duas sessões semanais, de acordocom objetivo de seu treinamento.

Quando é praticado de forma consciente não requer o uso de pesos muito elevados,mas sim de movimentos controlados e de forma precisa para cada grupamento muscular.Desta forma ele terá efeito positivo sobre o músculo esquelético, servindo de prevenção paradiversas patologias, contribuindo na manutenção das funções orgânicas do corpo, diminuindodores na região lombar e ademais disfunções que envolvem a coluna.

Portanto, quando bem orientado, o treinamento com pesos pode afetar de formabenéfica alguns fatores de risco como a taxa de metabolismo basal, resistência à insulina, ometabolismo da glicose, a gordura corporal e a pressão arterial, que são associados comdoenças coronárias entre outras.

10 PROGRAMA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO BÁSICO PARA O POLICIALMILITAR

O Manual de Educação Física da PMPA destina-se a todos os policiais militares,independente de idade ou gênero. E como se tem dissertado ao longo de seus capítulos,entre conceitos das qualidades físicas, orientações médicas, psicológicas e nutricionais, ealgumas patologias citadas, estas por necessitarem de um maior cuidado, a atividade física éo ponto central, sendo o grande viés na prevenção destas patologias, no alcance do tãoalmejado condicionamento físico por parte do policial, e ainda um dos grandes aliados naconquista da qualidade de vida.

Pois bem, o presente manual não pode ficar alheio a um dos maiores objetivos dopolicial militar, seja para curso, seja para inspeção interna da Unidade Policial Militar, oumesmo para promoção, que é a aprovação no Teste de Aptidão Física – TAF. Com isso, estecapítulo visa trabalhar de forma generalista e objetiva, planilhas de treinamento voltadas aostestes obrigatórios que compõem o TAF: o teste de abdominal remador em 1 min, o teste deflexão de braço no solo, o teste de corrida em 12 minutos, o teste de flexão de braço na barrafixa (masculino), e o teste de sustentação estática na barra fixa (feminino).

A seguir, será quantificado através das planilhas de treinamento sobre cada testefísico que envolve o teste de aptidão física da PMPA, as quais têm por objetivo fazer com queo policial militar venha a ser APTO em sua menção final.

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

10.1 PLANILHA DE TREINAMENTO: ABDOMINAL REMADOR (em 1min)

PLANILHA DE TREINAMENTO A - TAF PMPAAbdominal Remador – teste em 01 min

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1

(Apf 10” + Asx10 + AoE x10+ AoD x10 +Rem x10 + 2’Dcs ps) x 3

Ser

Descanso/Musculação

(Apf 10” + As x10+ AoE x10 + AoDx10 + Rem x10 +2’ Dcs ps) x 3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 10” + Asx10 + AoE x10 +AoD x10 + Remx10 + 2’ Dcs ps)

x 3 Ser

Descanso/Musculação

OFF

2Descanso/

Musculação

(Apf 10” + As x10+ AoE x10 + AoDx10 + Rem x15 +

2’ Dcs ps) x 3Ser

Descanso/Musculação

(Apf 10” +As x10 +

AoE x10 +AoD x10 +Rem x15 +2’ Dcs ps) x

3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 10” + Asx10 + AoEx10 + AoDx10 + Rem

x15 + 2’ Dcsps) x 3 Ser

OFF

3

(Apf 20” + AoEx 10 + AoD x

10 + Rem x 20+ 1’30” Dcsps) x 3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 20” + AoE x10 + AoD x 10 +Rem x 20 + 1’30”Dcs ps) x 3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 20” + AoE x10 + AoD x 10 +

Rem x 20 +1’30” Dcs ps) x 3

Ser

Descanso/Musculação

OFF

4Descanso/

Musculação

(Apf 20” + AoE x10 + AoD x 10 +Rem x 20 + 1’30”Dcs ps) x 3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 20” +AoE x 10 +AoD x 10 +Rem x 20 +1’30” Dcs

ps) x 3 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 20” +AoE x 10 +AoD x 10 +Rem x 20 +

1’30” Dcs ps)x 3 Ser

OFF

5

(Apf 30” + AoEx 10 + AoD x

10 + Rem x 30+ 1’30” Dcsps) x 4 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 30” + AoE x10 + AoD x 10 +Rem x 30 + 1’30”Dcs ps) x 4 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 30” + AoE x10 + AoD x 10 +

Rem x 30 +1’30” Dcs ps) x 4

Ser

Descanso/Musculação

OFF

6Descanso/

Musculação

(Apf 30” + Rem x30 + 1’ Dcs ps) x

4 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 30” +Rem x 30 +1’ Dcs ps) x

4 Ser

Descanso/Musculação

(Apf 30” +Rem x 30 + 1’

Dcs ps) x 4Ser

OFF

7

Rmax de 1’(Rem) + (1’Dcs ps) x 4

Ser

Descanso/Musculação

Rmax de 1’ (Rem)+ (1’ Dcs ps) x 4

Ser

Descanso/Musculação

Rmax de 1’(Rem) + (1’ Dcs

ps) x 4 Ser

Descanso/Musculação

OFF

8

Rmax de 1’(Rem) + (1’Dcs ps) x 4

Ser

Descanso/Musculação

Rmax de 1’ (Rem)+ (1’ Dcs ps) x 4

Ser

Descanso/Musculação

Rmax de 1’(Rem) + (1’ Dcs

ps) x 4 SerOFF OFF

LEGENDA:1. Apf – Abdominalprancha frontal2. As – Abdominal supra3. AoE – AbdominalObliquo esquerdo4. AoD – AbdominalObliquo direito

5. Rem – Abdoninal remador6. Dcs ps – Descanso por serie7. Ser - SeriesOBS: Pode-se usar peso extra para melhorar odesempenho, no abdominal pracha como: cintosde 0,5 kg, 1 kg, 2kg, conforme orientação doprofissional da área.

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquerprograma de treinamento físico, faça um check up(avaliação médica), e procure um profissional deEducação Física; b) Para obter um melhor resultado,o indivíduo deverá procurar o acompanhamento deoutros profissionais da saúde, como o nutricionista,ortopedista, cardiologista, fisioterapeuta, dentreoutros se necessário.

Fonte: Autores.

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10.2 PLANILHA DE TREINAMENTO: CORRIDA (em 12min)

PLANILHA DE TREINAMENTO C - TAF PMPATeste de Corrida – em 12 minutos

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1

(Rmax) x 4 +2’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 2’Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 2’Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

2Descanso/

Musculação

(Rmax) x 4 + 2’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +2’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 2’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

OFF

3

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo / F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

4Descanso/

Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

Descanso/Musculação

OFF

5

(Rmax) x 4 +1’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)ps

Descanso/Musculação

OFF

6Descanso/

Musculação

(Rmax) x 4 + 1’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

OFF

7

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 45”Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

8

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 45”Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

OFF OFF

LEGENDA:1. Ca – Caminhada2. Cr – Caminhada Rápida3. TL – Trote Lento4. Cm – Corrida moderada

5. Spt – Sprint6. OFF – Descanso TotalOBS: Pode-se usar peso extra para melhorar odesempenho, no abdominal pracha como:cintos de 0,5kg, 1 kg, 2kg, conforme orientaçãodo profissional da área.

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programade treinamento físico, faça um check up (avaliaçãomédica), e procure um profissional de Educação Física;b) Para obter um melhor resultado, o indivíduo deveráprocurar o acompanhamento de outros profissionais dasaúde, como o nutricionista, ortopedista, cardiologista,fisioterapeuta, dentre outros se necessário.

Fonte: Autores.

PMPA/AJG Pág. 50

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

10.3 PLANILHA DE TREINAMENTO: FLEXÃO DE BRAÇO NO SOLO

PLANILHA DE TREINAMENTO B - TAF PMPAFlexão de Braço no Solo

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1(Rmax) x 4 + 2’

Dcs ps (M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +2’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 2’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

2DESCANSO/

MUSCULAÇÃO

(Rmax) x 4 +2’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +2’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 2’ Dcsps (M4Apo / F6Apo)

OFF

3

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

4Descanso/

Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’30” Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’30”Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)OFF

5(Rmax) x 4 + 1’

Dcs ps (M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’Dcs ps

(M4Apo /F6Apo)ps

Descanso/Musculação

OFF

6Descanso/

Musculação

(Rmax) x 4 +1’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +1’ Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 + 1’ Dcsps (M4Apo / F6Apo)

OFF

7(Rmax) x 4 + 45”Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

OFF

8(Rmax) x 4 + 45”Dcs ps (M4Apo /

F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

Descanso/Musculação

(Rmax) x 4 +45” Dcs ps(M4Apo /F6Apo)

OFF OFF

1. LEGENDA:2. M4Apo-Masculino 4 apoios3. F6Apo–Feminino 6 apoios4. Rmax–Repetição máxima5. Dcs os – Descanso por

serie

OBS: Pode-se usar peso extrapara melhorar o desempenho,como: cintos de 0,5kg, 1 kg,2kg, conforme orientação doprofissional da área.

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programa de treinamentofísico, faça um check up (avaliação médica), e procure um profissionalde Educação Física; b) Para obter um melhor resultado, o indivíduodeverá procurar o acompanhamento de outros profissionais da saúde,como o nutricionista, ortopedista, cardiologista, fisioterapeuta, dentreoutros se necessário.

Fonte: Autores.

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10.4. PLANILHA DE TREINAMENTO: FLEXÃO DE BRAÇO NA BARRA FIXA (Masculino)

PLANILHA DE TREINAMENTO D - TAF PMPATeste de Flexão de Braço na Barra Fixa (Masculino)

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1Ps (Rmax) x 4 +

3’ Dcs psDescanso/

MusculaçãoPs (Rmax) x 4 + 3’

Dcs psDescanso/

MusculaçãoPs (Rmax) x 4 +

3’ Dcs psDescanso/

MusculaçãoOFF

2Descanso/

Musculação

Ps (Rmax) x4 + 2’30”Dcs ps

DESCANSO/MUSCULAÇÃO

Ps (Rmax) x 4+ 2’30” Dcs ps

DESCANSO/MUSCULAÇÃO

Ps (Rmax) x 4 +2’30” Dcs ps

OFF

3

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds +Mep) x 1

(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Rmax) + 2’15”

Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Rmax) + 2’15” Dcsps

Descanso/Musculação

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds +Mep) x 1

(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Rmax) + 2’15”

Dcs ps

Descanso/Musculação

OFF

4Descanso/

Musculação

Ps (Rmax) x2 + Pm (Mds+ Mep) x 1(Rmax) +

Pm (Mdp +Mes) x 1

(Rmax) + 2’Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Rmax) x 2+ Pm (Mds +

Mep) x 1(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x1 (Rmax) + 2’

Dcs ps

DESCANSO/MUSCULAÇÃO

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds + Mep)

x 1 (Rmax) +Pm (Mdp + Mes)x 1 (Rmax) + 2’

Dcs ps

OFF

5

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds +Mep) x 1

(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Rmax) + 2’ Dcs

ps

Descanso/Musculação

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Rmax) + 2’ Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Rmax) x 2 +Pm (Mds +Mep) x 1

(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Rmax) + 2’ Dcs

ps

Descanso/Musculação

OFF

6Descanso/

Musculação

Pp (Rmax) x2 + Pm (Mds+ Mep) x 1(Rmax) +

Pm (Mdp +Mes) x 1(Rmax) +

1’30” Dcs ps

DESCANSO/MUSCULAÇÃO

Pp (Rmax) x 2+ Pm (Mds +

Mep) x 1(Rmax) + Pm(Mdp + Mes) x

1 (Rmax) +1’30” Dcs ps

Descanso/Musculação

Pp (Rmax) x 2 +Pm (Mds + Mep)

x 1 (Rmax) +Pm (Mdp + Mes)

x 1 (Rmax) +1’30” Dcs ps

OFF

7Pp (Rmax) x 4 +

1’30” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Rmax) x 4 +

1’30” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Rmax) x 4 +

1’30” Dcs psDescanso/

MusculaçãoOFF

8Pp (Rmax) x 4 +

1’15” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Rmax) x 4 +

1’15” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Rmax) x 4 +

1’15” Dcs psOFF OFF

1. LEGENDA:2. Ps – Pegadasupinada3. Rmax – Repetiçãomáxima4. Dcs ps– Descansopor serie5. Pm – Pegada mista6. Mds – Mão direitasupinada

7. Mep – Mão esquerda pronada8. Mdp – Mão direita pronada9. Mes – Mão esquerda supinada10. Pp – pegada pronada11. OBS: Pode-se usar peso extra

para melhorar odesempenho, como:caneleiras ou cintos de0,5kg, 1 kg, 2kg, etc.

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquerprograma de treinamento físico, faça um checkup (avaliação médica), e procure um profissionalde Educação Física; b) Para obter um melhorresultado, o indivíduo deverá procurar oacompanhamento de outros profissionais dasaúde, como o nutricionista, ortopedista,cardiologista, fisioterapeuta, dentre outros senecessário.

Fonte: Autores.

PMPA/AJG Pág. 52

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10.5. PLANILHA DE TREINAMENTO: SUSTENTAÇÃO ESTÁTICA NA BARRA FIXA (Feminino)

PLANILHA DE TREINAMENTO D - TAF PMPA

Teste de Sustentação Estática na Barra Fixa (Feminino)SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1Ps (Tsmax) x 4 +

2’ Dcs psDescanso/

MusculaçãoPs (Tsmax) x 4 + 2’

Dcs psDescanso/

MusculaçãoPs (Tsmax) x 4 + 2’

Dcs psDescanso/

MusculaçãoOFF

2Descanso/

MusculaçãoPs (Tsmax) x 4 + 2’

Dcs psDescanso/

MusculaçãoPs (Tsmax) x 4 +

2’ Dcs psDESCANSO/

MUSCULAÇÃOPs (Tsmax) x 4 +

2’ Dcs psOFF

3

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax) +

1’30” Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax)

+ 1’30” Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax)

+ 1’30” Dcs ps

Descanso/Musculação

OFF

4Descanso/

Musculação

Ps (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Tsmax) + 1’30” Dcsps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Tsmax) + 1’30”

Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1(Tsmax) + 1’30”

Dcs ps

OFF

5

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax) +

1’ Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax)

+ 1’ Dcs ps

Descanso/Musculação

Ps (Tsmax) x 2 + Pm(Mds + Mep) x 1

(Tsmax) + Pm (Mdp+ Mes) x 1 (Tsmax)

+ 1’ Dcs ps

Descanso/Musculação

OFF

6Descanso/

Musculação

Pp (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Tsmax) + 1’ Dcs ps

Descanso/Musculação

Pp (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Tsmax) + 1’ Dcs ps

Descanso/Musculação

Pp (Tsmax) x 2 +Pm (Mds + Mep) x

1 (Tsmax) + Pm(Mdp + Mes) x 1

(Tsmax) +1’ Dcs ps

OFF

7Pp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psDescanso/

MusculaçãoOFF

8Pp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psDescanso/

MusculaçãoPp (Tsmax) x 4 +

45” Dcs psOFF OFF

LEGENDA:1. Ps – Pegada supinada2. Tsmax – Tempo de sustentação máximo3. Dcs ps– Descanso porserie4. Pm – Pegada mista5. Mds – Mão direita supinada

6. Mep – Mão esquerda pronada7. Mdp – Mão direita pronada8. Mes – Mão esquerda supinada9. Pp – pegada pronada10.OBS: Pode-se usar peso extra para

melhorar o desempenho, como:caneleiras ou cintos de 0,5kg, 1kg, 2kg, etc.

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programade treinamento físico, faça um check up (avaliaçãomédica), e procure um profissional de Educação Física;b) Para obter um melhor resultado, o indivíduo deveráprocurar o acompanhamento de outros profissionais dasaúde, como o nutricionista, ortopedista, cardiologista,fisioterapeuta, dentre outros se necessário.

Fonte: Autores.

PMPA/AJG Pág. 53

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

a) Mãos Supinadas ou Supinação.

b) Mãos Pronadas ou Pronação.

PMPA/AJG Pág. 54

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

c) Pegada Mista: Mão direita supinada e mão esquerda pronada.

d) Pegada Mista: Mão direita pronada e mão esquerda supinada.

11. PROGRAMAS ESPECIAIS DE CORRIDA

O Manual de Educação Física da PMPA não poderia ficar alheio ao grande númerode policiais militares que praticam a atividade de corrida de rua, seja pela manutenção dasaúde pessoal, como forma de emagrecimento, pelo condicionamento físico ou mesmo para

PMPA/AJG Pág. 55

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prevenção de patologias, ou ainda como forma de prática de esporte de rendimento, paracompetição.

Assim como as orientações para a realização do TAF, e a busca da qualidade devida, o policial praticante da corrida de rua deve também seguir as orientações presentes noscapítulos de orientações médicas, psicológicas e nutricionais. Seguir estas orientações alémde necessárias, são também praticamente obrigatórias, tendo em vista o grande estresse quea prática da corrida traz ao corpo como um todo, principalmente nas articulações dosmembros inferiores.

Os guias de treinamento foram formulados de forma generalista, procurandoalcançar todos os policiais militares de ambos os gêneros, devendo serem respeitadas asindividualidades biológicas, conforme as orientações médicas e dos educadores físicos, osquais farão as devidas adaptações para um trabalho mais específico, na busca por um melhorresultado.

A seguir vamos quantificar através dos guias de treinamento sobre as distâncias de5km, 10km e 16km, as quais tem por objetivo auxiliar o policial militar na conquista destasdistâncias, assim como participar das diversas competições de corridas.

1.1 GUIA DE TREINAMENTO PARA CORRER 5km

GUIA DE TREINAMENTO A(Iniciante – para correr 5km)

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1

10’ Ca + 5’ TL+ 15’ Ca Descanso /

Musculação /Alongamento

10’ Ca + 5’ TL+ 15’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso

10’ Ca + 5’ TL+ 15’ Ca

OFF

2

5’ Ca + 5’ TL+ 5’ TMo + 15’ Ca Descanso /

Musculação /Alongamento

5’ Ca + 5’ TL+ 5’ TMo + 15’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso10’ Ca + 5’ CL+ 5’ TMo + 15’

CaOFF

3

5’ Ca + 10’ CL+ 5’ TMo + 10’ Ca Descanso /

Musculação /Alongamento

5’ Ca + 10’ CL+ 5’ TMo + 10’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso5’ Ca + 10’ CL

+ 10’ CMo + 15’Ca

OFF

4

5’ Ca + 15’ CL+ 5’ CMo + 10’ Ca Descanso /

Musculação /Alongamento

5’ Ca+ (5’ CL + 5’ CMo)

2x + 10’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso5’ Ca + 15’ CL

+ 10’ CMo + 15’Ca

OFF

55’ Ca + 5’ TL

+ (5’ CL + 5’ CMo)3x + 10’ Ca

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ Ca + 10’ CL+ 10’ CMo + 15’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso

5’ Ca ++ (5’ CL + 1’ CFo

+4’ CMo) 3x

+ 15’ Ca

OFF

6 5’ Ca + + (5’ CL + 3’CMo

Descanso /Musculação /

5’ Ca + + (5’ CL + 2’CMo + 3’ CFo + ) 2x

Descanso /

Descanso 5’ Ca + 15’ CL+ 20’ CMo + 15’

OFF

PMPA/AJG Pág. 56

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

+ 1’ CFo + ) 3x + 10’Ca

Alongamento + 15’ CL + 10’ CaMusculaç

ão /Pilates

Ca

75’ Ca + 10’ CMo

+ 5’ CFo + 10’CMo+ 10’ Ca

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ Ca + 30’ CMo+ 10’ Ca

Descanso /

Musculação /

Pilates

Descanso5’ CL + 25’ CMo+ 10’ CFo + 15’

CaOFF

8

5’ Ca + 5’ CL+ (10’ CMo + 5’

CFo) 2x+ 10’ Ca

Descanso /Musculação /Alongamento

45’ CMo/CFo 35’ CL Descanso DescansoProva5km

LEGENDA: Ca – Caminhada TL – Trote leve TMo – Trote

Moderado CL – Corrida Leve

CMo – CorridaModerada

CFo – CorridaForte

CMFo – CorridaMuito Forte

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programa detreinamento físico, faça um check up (avaliação médica), eprocure um profissional de Educação Física; b) Esta planilhadestina-se a pessoas que já se exercitam apenas através dacaminhada (30’); c) Para ter um melhor resultado, o atletadeverá procurar o acompanhamento de outros profissionais(nutricionista, ortopedista, cardiologista, fisioterapeuta,dentre outros).

Fonte: Maj Ferreira / SGT Sônia / SGT Bragança / CB Gaspar.

11.2 GUIA DE TREINAMENTO PARA CORRER 10km

GUIA DE TREINAMENTO B(Intermediário – para correr 10km)

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

110’ TL + 30’ CL

+ 5’ Ca

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ TL + 30’ CL+ 5’ Ca

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ TL + 20’ CL+ 10’ Mo + 15’ Ca

OFF

210’ TL + 25’ TMo

+ 10’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ TL + 25’ TMo+ 10’ CL

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ CL + 30’ CMo+ 10’ CL

OFF

3

10’ CL+ (3’ CMo + 2’ CFo)

6x+ 10’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ CL+ (3’ CMo + 3’ CFo)

5x+ 15’ CL

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ CL + 25’ CMo+ 10’ CFo + 10’ CL

OFF

4

10’ CL+ (10’ CFo + 5’

CMo) 2x+ 10’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ CL+ (6’ CFo + 2’ CL)

5x+ 10’ CL

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ CL+ (10’ CFo + 2’ Ca) 3x

+ 15’ CLOFF

5 40’ CL/Mo

Descanso /Musculação /Alongament

o

50’ CLDescanso /Musculação / Pilates

Descanso

50’Ritmo confortável

OFF

6

10’ CL+ (3’ CFo + 2’ CMo)

6x+ 20’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ CL+ (500m CFo + 30”

CL) 10x+ 10’ CL

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ CL + 8k CMo+ 15’ CL

OFF

7

10’ CL+ (200m CMFo + 1’

Ca) 10x+ 20’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

10’ CL+ (2k CMo + 3’ CL)

3x+ 10’ CL

Descanso /Musculação / Pilates

Descanso

10’ CL + 7kCMo/CFo+ 20’ CL

OFF

PMPA/AJG Pág. 57

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ADITAMENTO AO BG N° 195 – 05 NOV 2018

8

10’ CL+ (1’ CMFo + 3’

CMo) 10x+ 20’ CL

Descanso /Musculação /Alongament

o

45’ CMo/CFo 40’ CMoDescans

oDescanso

Prova10k

LEGENDA:1. Ca – Caminhada2. TL – Trote leve3. TMo – Trote Moderado4. CL – Corrida Leve

5. CMo – Corrida Moderada6. CFo – Corrida Forte

7. CMFo – Corrida Muito Forte

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programa detreinamento físico, faça um check up (avaliação médica), eprocure um profissional de Educação Física; b) Esta planilhadestina-se a pessoas que já se exercitam apenas através dacaminhada (30’); c) Para ter um melhor resultado, o atletadeverá procurar o acompanhamento de outros profissionais(nutricionista, ortopedista, cardiologista, fisioterapeuta, dentreoutros).

Fonte: Maj Ferreira / SGT Sônia / SGT Bragança / CB Gaspar.

11.3 GUIA DE TREINAMENTO PARA CORRER 16km

GUIA DE TREINAMENTO C - RUNNER’S PMPA(Intermediário – para correr 16K)

SEM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

110’ TL + 45’ CL

+ 5’ Ca

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ TL + 50’ CL+ 5’ Ca

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

10’ TL + 30’ CL+ 20’ CMo + 10’

CaOFF

210’ TL + 45’ CL

+ 05’ CL

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ TL + 50’ CL+ 5’ Ca

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

5’ TL + 20’ CL+ 20’ CMo + 20’

CLOFF

310’ TL + 50’ CL

+ 05’ Ca

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ TL + 10’ CL +30’ CMo + 20’ CL

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

5’ TL + 20’ CL+ 30’ CMo + 20’

CLOFF

4

10’ CL +(10’ CMo + 5’ CFo)

2x+ 10’ CL

Descanso /Musculação /Alongamento

10’ CL +(5’ CMo + 5’ CL)

4x+ 10’ CL

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

15’ CL +(10’ CFo + 10’

CMo) 3x+ 20’ CL

OFF

5 50’ CL/MoDescanso /

Musculação /Alongamento

60’ CMo/CFoDescanso /

Musculação / Pilates

Descanso90’

Ritmo confortávelOFF

6

5’ CL +(200m CFo + 60”

CL) 10x+ 10’ CMo

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ CL +(3’ CFo + 5’ CMo)

4x+ 20’ CL

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

10’ CL + 11k+ 10’ CL

OFF

7

5’ CL + 5K CMo +(100m CFo + 30”

CL) 10x+ 2k CFo

Descanso /Musculação /Alongamento

5’ CL+ 8k (3’ CMo + 2’

CL)+ 10’ CL

Descanso /Musculação

/ PilatesDescanso

10’ CL + 13k + 10’TL

OFF

810’ TL + 5k CMo +(200m CFo + 1’ TL)

+ 2k

Descanso /Musculação /Alongamento

60’ CMo/CFo 40’ CMo Descanso DescansoProva

16k

LEGENDA:1. Ca – Caminhada2. TL – Trote leve3. TMo – Trote Moderado

4. CL – Corrida Leve5. CMo – Corrida Moderada6. CFo – Corrida Forte7. CMFo – Corrida Muito

Forte

ORIENTAÇÃO: a) Antes de iniciar qualquer programa detreinamento físico, faça um check up (avaliação médica), eprocure um profissional de Educação Física; b) Esta planilhadestina-se a pessoas que já correm entre 10k e desejamaumentar os kilômetros percorridos.

Fonte: Maj Ferreira / SGT Sônia / SGT Bragança / CB Gaspar.

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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Manual de Educação Física da PMPA foi elaborado especialmente atodos os policiais militares do Estado do Pará, no entanto pode servir como fonte de consultaa outros profissionais da área da segurança pública, não só do Pará como dos demaisEstados da federação.

A organização dos capítulos teve como meta apontar caminhos para a melhoria daqualidade de vida. Assim, após as abordagens sobre aspectos conceituais, orientaçõesmédicas, nutricionais e psicológicas, apresentaram-se os métodos e planilhas detreinamentos dos exercícios básicos, referentes ao teste de avaliação física, exigidos pelaPMPA. Ressaltou-se, também, que esses exercícios devem ser executados com o devidoacompanhamento de profissionais da saúde, e ainda de um Educador Físico.

É importante deixar claro que o estado de boa saúde de qualquer indivíduo devepartir dele, se conscientizando que seus benefícios são para a vida toda, e que para alcançá-la, seus primeiros passos devem ser alimentação saudável, check up de rotina e atividadefísica regular. Após isto, é entender que o Treinamento Físico Militar – TFM ou EducaçãoFísica Militar – EFM, é uma ferramenta que busca desenvolver, manter ou recuperar a aptidãofísica necessária para o desempenho de suas funções, contribuindo, além disso, para oalcance da qualidade de vida.

Dentre o universo dos milhares de policiais militares, há aqueles que já possuem umexcelente nível de condicionamento físico, assim como aquele que está em completo estadode sedentarismo. Pois bem, neste manual qualquer um dos dois exemplos citados,encontrarão vários métodos de treinamentos, desde o de menor exigência por parte damusculatura envolvida quanto a outros mais intensos. É necessário frisar que, de qualquerforma esta exigência dependerá do nível de condicionamento físico do indivíduo.

O policial militar deve estar imbuído acerca da importância condicionamento físico,seja pela sua saúde, seja para estar apto ao pleno exercício da profissão. Deve estarsensibilizado para buscar a melhoria de sua qualidade de vida, a qual deveria ser digna aocompletar o tempo de efetivo serviço. Portanto é de extrema relevância o policial militaraceitar a importância da relação atividade física x qualidade de vida x serviço policial militar.

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13. REFERÊNCIAS

ARANTES, A. C. A História da Educação Física escolar no Brasil. Buenos Aires:Revista Digital, 2008. a.13, n.124, p.1-18. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd124/a-historia-da-educacao-fisica-escolar-no-brasil.htm >. Acessado em 02 fev.2018.

BARBANTI, Valdir José. Dicionário de educação física e esporte. 9° ed. Barueri,SP:Manole, 2011.

BARBANTI, V.J. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo: Manole, 1990.

BEZERRA FILHA, Mª. José Alves. Níveis de Aptidão Física Relacionada à Saúdedos Policiais Militares que Trabalham no Serviço de Rádio-patrulha do 5ºBatalhão de João Pessoa, (Pág. 14). Monografia de Especialização em Segurança.João Pessoa, 2004.

BOMPA. T.O. Periodização. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2002.

BOUCHARD, C.; et al. Exercise, Fitness and Health. Champaign, Illinois: HumanKinetics Books, 1990. Disponível em: <https://coreconpe.gov.br/eventos/iiienpecon/artigos/20enpecon2014.pdf>. Acessadoem 02 fev.2018.

______. Treinando Atletas de Desporto Coletivo. São Paulo: Phorte, 2005.

BRASIL. Ministério da saúde. Departamento de atenção Básica. Diabetes Mellitus.Brasília, 2006.

______. Sociedade Brasileira de Diabetes. Como Prescrever o Exercício noTratamento do Diabetes Mellitus. Brasil, 2014-2015.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Constituição da República Federativa doBrasil 1988. 6 ed. Brasília, 2006.

BRASIL, V. P.; LOURENÇÃO, L. G. Qualidade de vida de policiais militares dointerior do estado de São Paulo. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 24, n. 1, p. 81-85, 2017.

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CASPERSEN, Carl J. et al. Physical Activity, Exercise, and Physical Fitness:Definitions and Distinctions for Health-Related Research. Public Health Reports.March-April 1985, Vol. 100, n. 2, p. 126-131. Disponível em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1424733/pdf/pubhealthrep00100-0016.pdf. Acessado em: 23 dez 2017.

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COOPER, K. H. Capacidade Aeróbica. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército,Fórum Editora, 1972.

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FERGITZ, Andréia Cristina. Proposta de pontuação do teste de aptidão física nasfichas de promoção dos oficiais da polícia militar. Monografia de Graduação emSegurança Pública – PMSC, UNIVALI. Florianópolis, 2007.

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IV PARTE (JUSTIÇA E DISCIPLINA)

● SEM REGISTRO

ASSINA:

ROBERTO SILVA DA SILVEIRA JÚNIOR – CEL QOPM RG 113866AJUDANTE GERAL DA PMPA

CONFERE COM ORIGINAL:

MÁRCIO VALÉRIO DE SOUZA - MAJ QOPM RG 27436SECRETÁRIO DA AJUDÂNCIA GERAL DA PMPA

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