sem título de diapositivoapih.pt/seminario_lisboa_2016/02_prof_jaime_nina.pdf · multi-resistente...
TRANSCRIPT
Sessão 2
Mesa-Redonda
Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
na RLVT
Mesa-Redonda: Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde na RLVT
António Tavares moderador
Jaime Nina Ana Fonseca Carla Dias António Sousa Uva
Transmissão O papel do Gestão do Segurança do .
das Infecções Laboratório Risco Doente e dos .
não-clínico Profissionais
Mesa-Redonda: Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde na RLVT
Transmissão das Infecções
Jaime Nina
Jaime Nina
A H Graduado
Hospital Egas Moniz
(CHLO)
Professor
Universidade Nova de Lisboa
(IHMT & FCM)
T. Aidan Cockburn (antropólogo)
1912-1981
“We can look forward with
confidence to a considerable
degree of freedom from
Infectious Diseases at a time not too far in the
Future … It seems reasonable
to anticipate that within some
measurable time all the major
infections will have disappeared”
in The Evolution and Eradication
of Infectious Diseases. 1963.
US Surgeon General
William Stewart, 1969
“We can close the books on
infectious diseases”
US Surgeon General
David Satcher, 1999
“We are seeing a global resurgence of infectious diseases”
Em Portugal .
A % mortes em Portugal classificadas como por
“doenças infecciosas e parasitárias” (não incluindo HIV/Sida)
foi descendo ao longo do século XX
Atingiu o mínimo em 1992: 4 ‰
Após esta data, tem subido sempre, em 2009: 15 ‰
Mª JV Rosas & P Chitas. 2010.
Lisboa, FFMS, “Portugal: os Números”.
Prions
Viroídes
Vírus
Bactérias & Archea
Protistas
Fungos
Plantas
Animais
Tumores Transmissíveis
J Nina. 2010.
Prions
Viroídes
Vírus
Bactérias & Archea
Protistas
Fungos
Plantas (Algas)
Animais: (Helmintas)
(Artrópodes)
Tumores Transmissíveis J Nina. 2010.
Cada um de nós pensa em Si Próprio
como um Eu único e isolado …
J Nina. 2010.
Cada um de nós pensa em Si Próprio
como um Eu único e isolado … mas …
“No man is an island, entire of itself” John Donne
(1572-1631)
J Nina. 2010.
… mas de facto somos apenas mais um elo de uma rede gigante e intrincada
de uma enorme variedade de seres vivos
© Geographicae
J Nina. 2010.
Tipos de Relação
J Nina. 2011.
Tipos de Relação
3
J Nina. 2011.
Tipos de Relação
3
Comensalismo
Simbiose Parasitismo
J Nina. 2011.
Tipos de Relação
3
Comensalismo
Simbiose Parasitismo
Inter- Dependência Dependência
dependência / indiferença / prejuízo
J Nina. 2011.
Tipos de Relação
Simbiose interdependência Ex: Quer os ruminantes, quer as térmites, alimentam-se de erva, com enorme % de celulose – mas nem uns nem outras têm qualquer enzima que digira a celulose – quem o faz eficientemente, em ambos os casos, são as suas bactérias simbiontes “intestinais”
J Nina. 2013. adaptado de Yves Sciama. 2012. in Science & Vie 261(HS):24-31.
Tipos de Relação
Simbiose interdependência Ex: O leite materno humano é rico em açucares complexos que bebés e crianças são totalmente incapazes de digerirem, mas que promovem o crescimento de Bifidobacteria spp, que por sua vez protegem o hospedeiro de bactérias patogénicas e fabricam vitaminas importantes para o crescimento rápido deste
J Nina. 2013. adaptado de E Pennisi. 2013. in Science 340(6137):1159-1160.
© Diane Montpetit / Food Res Develop Cent Canada
Bifidobacterium longum
© Giorgio Scala Agilent Technologies. 2007.
Bifidobacterium adolescentis Homo sapiens
Tipos de Relação
Simbiose interdependência
Ex: célula eucariota, líquens
Comensalismo dependência / indiferença
Ex: Humanos ácaros das pestanas
J Nina. 2010.
Ácaro
© A Syred/Tony Stone Images/NGS. 1998.
Tipos de Relação
Simbiose interdependência
Ex: célula eucariota, líquens
Comensalismo dependência / indiferença
Ex: Humanos ácaros das pestanas
Parasitismo dependência / prejuízo
Ex: Humanos malária
J Nina. 2010.
P Picasso. Guernica.
Parasitismo dependência / prejuízo
Ex: Humanos malária
Simbiose Comensalismo Parasitismo
como modo de vida
J Nina. 2009.
Humano J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
Amiba J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
Amiba
Bactéria
© Photo Researchers, Inc.
J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
Amiba
Bactéria
© Photo Researchers, Inc.
Fagos
J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
Amiba
Bactéria
© Photo Researchers, Inc.
Fagos
from: www.bx.psu.edu
Transposons
J Nina. 2009.
© Manuel Luciano
da Silva. 2004.
Humano
Lombriga
Amiba
Bactéria
© Photo Researchers, Inc.
Fagos
from: www.bx.psu.edu
Transposons MITEs
© J González & D Petrov. 2009.
in Science 325(59-46):1352-1353.
J Nina. 2009.
(MITEs - Miniature Inverted repeat Transposable Elements)
± 10-20 % do peso de um adulto saudável é constituído por vírus, plasmídeos, bactérias, fungos, algas, protozoários, helmintas, etc, residentes na pele, boca, nasofarínge, orofarínge, intestinos, vagina, etc
J Nina. 2013.
adapted from N Silverman & N Paquette. 2008. in Science 319(5864):734-734.
Simbiose Comensalismo Parasitismo
como modo de vida
Táticas de Defesas do Hospedeiro
Tolerância Resistência
J Nina. 2007. adapted from L Råberg, D Sim & AF Read. 2007. in Science 318:812-814.
TRANSMISSÃO
de um hospedeiro para outro hospedeiro
J Nina. 2016.
© Mims et al. 2001.
Formas de
Contágio - 1
© Mims et al. 2001.
Formas de
Contágio - 1
HIV / Sida
CMV
HSV
VZV
Rubéola
Sífilis
Toxoplasmose
…
© BBC.Brasil
© Joselaine F Lopes /
Univ Federal Vitória
Retrovírus exógenos Retrovírus endógenos
Vírus “à boleia” de retrovirus1
Oncogenes Factores de crescimento Factores de regulação
Transposons …
© PF Nicolau /
Psiquiatria Geral
São Paulo
J Nina. 2008. 1 – MB Geuking et al. 2009. in Science 323(5912):393-396.
Simbiose Mutualismo Parasitismo
como modo de vida
Cerca de 90% da DNA constituinte do Genoma Humano são Transposons, incluindo MITESs, e retrovírus endógenos e exógenos ± degradados
J Nina. 2013.
adapted from: J González & D Petrov. 2009. in Science 325(5946):1352-1353.
© Mims et al. 2001.
Formas de
Contágio - 1
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
© LM Kriger.
NGS. 1998.
Espirro em
câmara de
nevoeiro
from: The Encyclopedia of Science
in www.daviddarling.info
Acesso de tosse visualizado pela técnica fotográfica de Schlieren
Rinorreia (“pingo no nariz”)
PA
JJRS
40 anos
UDIP
Jan 2012
HIV Clínica TB
J Nina.
2012.
Disseminação da Tuberculose
J Nina. 2016. adapted from:
© R Koenig. 2008. in Science 319(5865):894-897.
In the 1950s, Richard L. Riley of Johns Hopkins University in Baltimore, Maryland, and others, set up an innovative experiment at a Baltimore Veterans Administration Hospital: venting air exhaled by tuberculosis (TB) patients in a 6-bed ward into an “exposure chamber” housing 150 guinea pigs. They proved that TB can be transmitted by tiny airborne droplets and that individual patients vary greatly in how infectious they are to others.
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
VIAS DE TRANSMISSÃO
Geral
Fecal-Oral
J Nina. 1993, 2010, 2016.
VIAS DE TRANSMISSÃO
Geral
Fecal-Oral
Contacto com Animais
Contacto directo
Água
Alimentos
J Nina. 1993, 2010, 2016.
Doenças
da água e da
pobreza
J Nina. 2010.
Em hospitais, escolas, lares de 3ª idade, etc,
inúmeros surtos de doenças infecciosas foram
originados em bebedouros públicos
J Nina. 2016.
w
e
b
p
a
g
e
w
w
w
.
p
b
s
.
o
r
g
/
n
o
w
/
s
c
i
e
n
c
e
/
e
n
d
o
f
p
o
l
i
o
.
h
t
m
l
from: www.pbs.org/now/science/endofpolio.html
Poliomielite paralítica espinhal
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
VIAS DE TRANSMISSÃO contacto sexual:
via antiga, provada e eficiente …
J Nina.
2010.
VIAS DE TRANSMISSÃO
contacto sexual:
via antiga, provada e eficiente …
HIV / Sida Clínica Caquexia
from: www.bukisa.com
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
Dennis Juranek
Tifo e Pediculus hominis
Peters &
Gilles. 1991.
Dengue e
Aedes aegypti
VIAS DE TRANSMISSÃO artrópodes . Malária e Anopheles spp.
Peters & Gilles. 1991.
Surto de
Febre
Amarela
de
Angola
2016
Isolation-mosquito protected ward in Dafur for yellow fever patients
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
Zoonoses
J Nina. 2010.
© 2014 Indian Express
♂ 46 anos com raiva furiosa,
10 dias após ter sido mordido por um cão vadio desconhecido
– o doente teve de ser imobilizado após sofrer acesso furioso na sala de espera da Urgência e ter mordido outro doente.
Raiva
J Nina. 2014.
© Mims
et al. 2001.
Formas de
Contágio - 2
VIAS DE TRANSMISSÃO artrópodes e zoonoses
Peters & Gilles. 1997.
Febre Amarela,
macacos e
mosquitos
© Marahasta State Health Service
Peste, ratos e pulgas
© FS Kantor. 1994. in Sci Am 271(3):20-25
Borrelioses, carraças e ungulados
J Nina. 2010.
Microcefalia grave associada a infecção por vírus Zika - 2015
Resistência aos
Antibióticos e a outros
anti-microbianos
Disseminação da Tuberculose Multi-resistente (MDR TB) &
Extremamente-resistente (XDR TB) No surto alarmante no
Sanatório de Tugela Ferry,
África do Sul, 52 de 53 doentes
co-infectados HIV e XDR TB
faleceram em média 16 dias
após o diagnóstico.
No mesmo Sanatório, 8
membros do staff morreram de
TB nosocomial (4 de MDR TB
e os outros 4 de XDR TB), até
medidas de controle de
infecção nosocomial terem sido
implementadas e o sistema de
ventilação ter sido melhorado
© R Koenig. 2008. in Science 319(5865):894-897.
© Reuters / Mike Hutchings
Resistência aos Antibióticos
Principais Agentes Infecções Nosocomiais1
Enterococcus faecium Staphylococcus aureus Klebsiella pneumoniae Acinetobacter baumannii Pseudomonas aeruginosa Enterobacter spp
Outros
TB Streptococcus pneumoniae Escherichia coli …
J Nina. 2013. 1 – ESKAPE Project. Inf Dis Soc Am.
Velocidade
de
aparecimento
de
Resistências
a novos
Antibióticos,
no Mundo
adaptado de C Hancok. 2012. in Science & Vie 261(HS):68-75.
Ecologia das Resistências
adaptado de MJ Woolhouse & MJ Ward. 2013. in Science 341(6153):1460-1461.
Pathways to antimicrobial resistance Antimicrobial resistance may spread through
multiple direct and indirect pathways to humans and food animals (arrows). The relative strength of
these pathways will differ greatly not only for different bacteria and different kinds of resistance
but also in different locations and environments
Pressão de Selecção
Qualquer que seja o motivo
do seu aparecimento, na presença
de um Ab uma estirpe bacteriana
que lhe seja resistente acabará
por se tornar a predominante
J Nina. 2003
J Nina. 2003
J Nina. 2003
Que Fazer ?
Porquê insistir
num ataque frontal ?
J Nina. 2016.
Porquê insistir
num ataque frontal ?
Porque não atacar por
onde não se é esperado ?
J Nina. 2016.
Vacinas
Exantema da varíola, num bébé, com distribuição centrífuga das lesões
© RTD Emond. 1975 .
.
Varíola
Relatório Final da Erradicação
Mundial da Varíola
OMS 1980
* as of 2012; baseline years vary ** hospitalization *** reduction shown as average of three diseases
Impacto das
vacinas pediátricas na mortalidade das respectivas infecções, nos USA, 1914-2014
source: CDC graphic: L Parker / NGM
Vacinas:
o exemplo do
Tétano em Portugal
J Nina. 2013.
Em Portugal:
(casos notificados)
nos 10 anos 56-65: 3 923 casos 2 625 mortes
J Nina. 2012. from - P Valente. 2010. in Notíc Méd 11.02.2010
TÉTANO Epidemiologia . 3
Em Portugal:
(casos notificados)
nos 10 anos 56-65: 3 923 casos 2 625 mortes
nos 10 anos 91-00: 259 casos 113 mortes
J Nina. 2012. from - P Valente. 2010. in Notíc Méd 11.02.2010
TÉTANO Epidemiologia . 3
Em Portugal:
(casos notificados)
nos 10 anos 56-65: 3 923 casos 2 625 mortes
nos 10 anos 91-00: 259 casos 113 mortes
Impacto dos PNVs
J Nina. 2012. from - P Valente. 2010. in Notíc Méd 11.02.2010
TÉTANO Epidemiologia . 3
D. Estefânia,
esposa de D. Pedro V
e rainha de Portugal,
morta em 1860,
com apenas 22 anos, por
difteria
J Nina. 2010.
Impact of Ten-Valent Pneumococcal Conjugate Vaccination on Invasive Pneumococcal Disease in Finnish Children
from: J Jokinen et al. 2015. in PLuS One in http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0120290.
Not yet the
coffee brake?