seminário: alexandria

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1 UFSCar - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CURSO DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Fundamentos de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação Profª. Drª. Luciana de Souza Gracioso

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Seminário sobre Alexandria apresentado no dia 8 de maio para a turma 012 de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

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Page 1: Seminário: Alexandria

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UFSCar - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Fundamentos de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação

Profª. Drª. Luciana de Souza Gracioso

Page 2: Seminário: Alexandria

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Seminário

“BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA”

• Bernadete L.C.B. Figueiredo Filho• Driely Cristine Fernandes• Elisa Piedade Cassaro• José Ap. Augusto• Lays Garcia de Lima• Renata Gonçalves• Tatiane Ap. Carneiro Teixeira

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Cidade de Alexandria

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Fundada em 332 a.C. por Alexandre Magno para ser a melhor cidade portuária da Antiguidade.

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Biblioteca de Alexandria4

Fundada no início do século III a.C.

Saber

LivroSinônimos

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A história da biblioteca de Alexandria, que existiu por quase mil anos, porém, é ainda hoje obscura

Até mesmo os documentos relativos à sua destruição dão margem a dúvidas.

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Após a descoberta do templo de Amon, por Hecateu de Abdera, Ptolomeu I Sóter resolveu criar uma biblioteca, incentivado por Demetrius de Phalére.

TEMPLO DE AMON

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Famoso orador, poeta, filósofo sugeriu a Ptolomeu I que reunisse uma coleção de livros sobre a realeza e o exercício do poder, para seu próprio uso.

Tendo obtido o consentimento para isso, persuadiu o monarca de que uma biblioteca digna de um faraó deveria abrigar todas as obras já escritas.

Demétrius de Phalére

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Demétrius tinha plenos poderes na biblioteca.Por vezes o rei passava os rolos em revista.

A Biblioteca Universal

Eles estabeleceram a meta de recolher em Alexandria “os livros de todos os povos da terra”.

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Ptolomeu elaborou uma carta “a todos os soberanos e governantes da terra”, na qual pedia que “não hesitassem em lhe enviar as obras de todos os gêneros de autores...”

Demétrius informava habitualmente ao rei o acréscimo às coleções da biblioteca, os livros que ainda faltavam, bem como as restaurações necessárias em volumes defeituosos.

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Num destes relatórios, Demétrius ilustrou a conveniência de adquirir também “os livros da lei judaica”,

CANFORA, Luciano. A Biblioteca desaparecida - Pag.. 24 - Companhia das Letras. 1996)

assegurando ser “necessário que esses livros, sob forma

correta, tenham lugar em tua biblioteca...”

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Os sucessores Ptolomeu II e III atraíram para Alexandria as mentes mais brilhantes dos quatro cantos do mundo e realizaram uma intensa busca por papiros em todas as academias do Mediterrâneo e do Oriente Médio

FLOWER, D. A., Biblioteca de Alexandria, 2010

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A Biblioteca de Pérgamo também obtinha livros com métodos semelhantes aos praticados já há um século pelos Ptolomeus.

E falsários ofereciam rolos de textos antigos remendados ou até falsificados; era difícil recusá-los imediatamente se a falsificação não fosse visível...

A Biblioteca Rival

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Carl Sagan - série COSMOS

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O primeiro bibliotecário de que se tem registro era Zenodotus de Ephesus, que teve este trabalho até 245 a.C.

Seu sucessor foi Callimachus de Cyrene, talvez o bibliotecário mais famoso de Alexandria - criou um catálogo de 120.000 pergaminhos chamado “tabela de Pinakes”, que embora fosse de difícil compreensão, funcionava como um índice.

Bibliotecários de Alexandria

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Apolônio de Rhodes, escritor do notório épico “Argonautica”.

Erastóstenes de Cyrene (235 a.C.) geógrafo e matemático que compilou o “esquema das grandes estantes”.

Em 195 a.C., Aristófanes ganhou a posição e atualizou os Pinakes de Callimachus.

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O último registro de um bibliotecário foi Aristarchus de Samothrace, um astrônomo que ganhou a posição em 180 a.C. e foi destituído durante lutas dinásticas entre os Ptolomeus.

Enquanto a biblioteca e o museu continuaram existindo vários séculos depois, os sábios ficaram sendo chamados de “alexandrinos” e nenhum bibliotecário foi mencionado pelo nome.

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ORGANIZAÇÃO

Existem dúvidas de que a biblioteca tenha tido uma organização sistemática.

A partir de Callimachus, os Alexandrinos tentaram manter registros dos pertences da biblioteca através de um catálogo de assuntos.

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ALGUMAS ÁREAS DO SABER:

•Matemática•Astronomia•Mapas do Céu•Esquemas do Universo•Geometria•Mecânica (ciência aplicada)•Medicina

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A Septuaginta

Primeira tradução dos escritos do Antigo Testamento, do hebraico para o grego, produzida no século III a.C.

Este trabalho recebeu este nome pelo fato de ter sido realizado em 70 dias, por 72 rabinos, trazidos de Jerusalém exclusivamente para esta tarefa.

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O museu-biblioteca de Alexandria foi fundado num lugar e tempo únicos.

A localização de Alexandria como um centro comercial, e como o maior exportador de material para escrever, ofereceu vastas oportunidades para o contato entre diferentes culturas e formas de pensamento.

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Através dos séculos, com a sucessão de bibliotecários, o acervo aumentou cada vez mais, acumulando pergaminhos, papiros, gravuras.

A Biblioteca continha documentos inestimáveis. Colecionou, igualmente, documentos dos inimigos, notadamente de Roma.

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Estima-se que a biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000.

Foi destruída parcialmente inúmeras vezes.

Conta-se que um dos incêndios tenha sido provocado por Júlio César, na época em que a cidade de Alexandria era governada por Ptolomeu XII.

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A destruição de parte da Biblioteca teve efeito significativo sobre as escolas alexandrinas.

Destruição

Alexandria entrou em decadência durante o século I a.C., quando Roma passou a intervir nos assuntos egípcios.

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A última governante ptolomaica foi Cleópatra VII, que reinou graças ao apoio de seus dois amantes, primeiro Júlio César e depois Marco Antonio.

Com Cleópatra VII, rainha ambiciosa e inteligente, Alexandria viveu um último momento de esplendor ptolomaico.

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A NOVA ERA, a partir de Cleópatra

• As escolas filosóficas alexandrinas

• Astronomia

• Galeno: o maior médico da antiguidade

• Plutarco: escritor de “46 Vidas Paralelas”

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• Alexandria e a religião

• Os primeiros padres da Igreja

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UM SÉCULO DE PERSEGUIÇÕES

Século 3 d.C.: início de um período de cem anos de perseguições à comunidade cristã

Os primeiros Santos• Santa Catarina de Alexandria• Santo Antonio do Egito• São Pacônio

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• Os últimos matemáticos• Papo• Diofanto• Teão• Hipácia

•A controvérsia ariana

•O saque do Serapium e o Concílio de Constantinopla

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A lendária Biblioteca e Academia de Alexandria, o Lyceum de Aristóteles e a Biblioteca de Pérgamo, foram provavelmente os protótipos de monastérios e universidades medievais.

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Segundo algumas versões, a Biblioteca de Alexandria foi completamente destruída pelos árabes (642 d.C).

A palavra de ordem dos conquistadores era “não há necessidade de outros livros - senão o Livro” (Alcorão).

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Muitos dos métodos de pesquisa, estudo, armazenamento e organização da informação desenvolvidos na Biblioteca de Alexandria, ainda são os mesmos usados hoje em dia; apenas os pergaminhos lineares deram espaço para livros em estantes ou mídias eletrônicas.

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A INFORMAÇÃO CONTINUA A CIRCULAR E A TRANSFORMAR-SE, PROJETANDO O

FUTURO, SEMPRE...

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A nova Biblioteca de Alexandria

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A ideia de reerguer a mais formidável biblioteca de todos os tempos surgiu no final dos anos 70, na Universidade de Alexandria.

Em 1988 o governo egípcio assentou a pedra fundamental, tendo as obras começado em 1995.

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A nova biblioteca de Alexandria - que recebeu o nome de BIBLIOTHECA ALEXANDRINA - foi inaugurada em outubro de 2002, num belo edifício projetado e planejado com os mesmos propósitos da original.

UMA BIBLIOTECA À ALTURA DE

SEU PASSADO!

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É hoje um suntuoso edifício de 11 andares, que custou US$ 212 milhões, boa parte dos quais pagos pela Unesco e com a contribuição de diversos países.

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Só a sala de leitura da biblioteca principal tem

38.000 m²,

a maior do mundo, com acervo de cerca de 5 milhões de livros.

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Link da Bibliotheca Alexandrina

www.bibalex.org/

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Bibliografia:

AZEVEDO, Iago, QUEIROZ, Melissa. Historical Lineage. Disponível em http://ifbainfohistoria.blospot.com.br/2011/11/bibliodeca-de-alexandria. Acesso em 22/03/2012.

Biblioteca de Alexandria - http://www.bibalex.org/Home/Default_EN.aspx

CANFORA, Luciano. A Biblioteca Desaparecida. Companhia das Letras. 1996

FLOWER, Derek Adie. Biblioteca de Alexandria, as histórias da maior biblioteca da antiguidade. Editora Nova Alexandria, 2002.

PATERLINI, Roberto Ribeiro. Biblioteca Alexandrina. Disponível em www.dm.ufscar.br/hp/hp855001.html. Acesso em 20/04/2012

SAGAN, Carl. – Filme 1, Série Cosmos. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=fVqz-IRck1I - acesso em 03/05/2012

SAGAN, Carl. – Filme 2, Série Cosmos. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=z9qUrL3q8bg&feature=fvwrel - acesso em 03/05/2012

SAKAL, Sérgio. Alexandria. Disponível em http://www.girafamania.com.br/africano/materia_egitoalexandria.html - acesso em 22/03/2012

www.sdi.letras.up.pt/uploads/pdfs/alexandrina3.pdf - acesso em 20/04/2012