seminário doutoral sobre ontologia_epistemologia_metodologia_monteiro de barros & siqueira_...
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SEMINÁRIO DOUTORAL: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
ONTOLOGIA | EPISTEMOLOGIA | METODOLOGIA
24 DE NOVEMBRO DE 2015
CYNTHIA SIQUEIRA MARGARIDA MONTEIRO DE BARROS
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 224 de Novembro de 2015
• ESTE DEVERIA SER O PRIMEIRO DE VÁRIOS SEMINÁRIOS SOBRE METODOLOGIA
• NESTE SEMINÁRIO VAMOS ABORDAR DE FORMA GERAL APENAS, OS DIFERENTES ELEMENTOS CONSTITUINTES DA “METODOLOGIA” E DISTINGUI-LOS.
• OUTROS SEMINÁRIOS DEVERIAM SER PLANIFICADOS
• CADA SEMINÁRIO FOCAR-SE-IA EM CADA UM DESTES ELEMENTOS DE FORMA MAIS PROFUNDA, RECORRENDO TAMBÉM A EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO PRÁTICA COM IMPLICAÇÃO DIRECTA NA INVESTIGAÇÃO DE CADA UM
N O T A
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 324 de Novembro de 2015
• INVESTIGAÇÃO DOUTORAL: O QUE SE PRETENDE E DE QUE DEPENDE• ONTOLOGIA• EPISTEMOLOGIA• METODOLOGIA• COMO SE RELACIONAM• COMPONENTES CHAVE DA METODOLOGIA E SUAS DEPENDÊNCIAS• TRIANGULAÇÃO
V A M O S F A L A R D E :
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 424 de Novembro de 2015
“atividade de natureza cognitiva que consiste num processo sistemático, flexível e objetivo de indagação e que contribui para
explicar e compreender os fenómenos (sociais)” de estudo
Coutinho, 2011: 7
“a ciência é uma abordagem sistemática para a descoberta de conhecimento a partir de um conjunto de regras que definem o
que é aceitável como conhecimento. Tal como existem regras para certo tipo de coisas como o tênis ou a diplomacia
internacional, existem regras para a ciência. E, tal como acontece no tênis ou na diplomacia internacional, nem toda a gente
opera necessariamente de acordo com o mesmo conjunto de regras”
Francis C. Dane, 2011:32
O Q U E É U M A I N V E S T I G A Ç Ã O D O U T O R A L
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 524 de Novembro de 2015
“atividade de natureza cognitiva que consiste num processo sistemático, flexível e objetivo de indagação e que contribui para
explicar e compreender os fenómenos (sociais)” de estudo
Coutinho, 2011:7
“a ciência é uma abordagem sistemática para a descoberta de conhecimento a partir de um conjunto de regras que definem o
que é aceitável como conhecimento. Tal como existem regras para certo tipo de coisas como o tênis ou a diplomacia
internacional, existem regras para a ciência. E, tal como acontece no tênis ou na diplomacia internacional, nem toda a gente
opera necessariamente de acordo com o mesmo conjunto de regras”
Francis C. Dane, 2011:32
O Q U E É U M A I N V E S T I G A Ç Ã O D O U T O R A L
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 624 de Novembro de 2015
IT [SCIENCE] IS NOT PERFECT.
IT IS ONLY A TOOL.
BUT IT IS BY FAR THE BEST TOOL WE HAVE, SELF-CORRECTING, ONGOING, [AND] APPLICABLE TO EVERYTHING.
IT HAS TWO RULES. FIRST: THERE ARE NO SACRED TRUTHS; ALL ASSUMPTIONS MUST BE CRITICALLY EXAMINED;
ARGUMENTS FROM AUTHORITY ARE WORTHLESS.
SECOND: WHATEVER IS INCONSISTENT WITH THE FACTS MUST BE DISCARDED OR REVISED.
Carl Sagan, 1980:333
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 724 de Novembro de 2015
IT [SCIENCE] IS NOT PERFECT.
IT IS ONLY A TOOL.
BUT IT IS BY FAR THE BEST TOOL WE HAVE, SELF-CORRECTING, ONGOING, [AND] APPLICABLE TO EVERYTHING.
IT HAS TWO RULES. FIRST: THERE ARE NO SACRED TRUTHS; ALL ASSUMPTIONS MUST BE CRITICALLY EXAMINED;
ARGUMENTS FROM AUTHORITY ARE WORTHLESS.
SECOND: WHATEVER IS INCONSISTENT WITH THE FACTS MUST BE DISCARDED OR REVISED.
Carl Sagan, 1980:333 M e t o d o l o g i a
O n t o l o g i aE p i s t e m o l o g i a
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 824 de Novembro de 2015
“conjunto de crenças, valores, técnicas partilhadas pelos membros de uma dada comunidade científica” ou ainda como “um modelo para o que e para o como investigar num dado e definido contexto histórico e social”
Kuhn, 1962. citado em Coutinho, 2011:9
O Q U E É P A R A D I G M A D E I N V E S T I G A Ç Ã O
• ENVOLVE A CONCORDÂNCIA QUANTO À NATUREZA DA INVESTIGAÇÃO E À CONCEÇÃO DO CONHECIMENTO (Coutinho, 2011)
• FUNÇÕES: a) UNIFICAÇÃO DE CONCEITOS, PONTOS DE VISTA, IDENTIDADE comum com questões teóricas e metodológicas;b) LEGITIMAÇÃO entre investigadores através da definição de um dado CONJUNTO DE CRITÉRIOS DE VALIDEZ E INTERPRETAÇÃO.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 924 de Novembro de 2015
E X E R C Í C I O
Como “atacariam” uma investigação sobre João + Bola
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1024 de Novembro de 2015
Ontologia
MetodologiaEpistemologia
C O N S I D E R A R
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1124 de Novembro de 2015
• “Diz respeito ao modo como se entende a natureza do mundo (social), aos componentes essenciais da realidade (social)”
Resende, 2009
• Pré-disposição / pré-conceito do investigador que impacta a forma como o mundo é abordado
Denzin and Lincoln (Eds.), 2003 – nova edição de 2011
CAMPO DA FILOSOFIA QUE REFLETE SOBRE A NATUREZA DO SER
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1224 de Novembro de 2015
REALIDADE OBJETIVA – ONTOLOGIA REALISTA. A realidade é única e estática (a-histórica);. A realidade é extrínseca ao indivíduo (objetiva);. A realidade é observável e apreensível.;. A realidade está sujeita a uma ordem regida por leis naturais;. Mundo social semelhante ao mundo físico.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1324 de Novembro de 2015
REALIDADE SUBJECTIVA – ONTOLOGIA RELATIVISTA. Múltiplas e dinâmicas realidades;. Realidade como uma construção social;. O que é possível apreender são as diversas interpretações sobre o mundo natural ou social, dado que a realidade é intrínseca à subjetividade humana.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1424 de Novembro de 2015
REALIDADE OBJECTIVA-SUBJECTIVA . ONTOLOGIA DIALÉTICA
. Realidade histórica e dialética;
. Múltiplas e dinâmicas realidades;
. Realidade em constante transformação;
. Realidade extrínseca e intrínseca;
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1524 de Novembro de 2015
(…) “os pressupostos ontológicos determinam as decisões de cunho
epistemológico e metodológico.” Ramalho e Resende, 2011:75
E s t á r e l a c i o n a d a c o m o q u e é c o n s i d e r a d o r e a l n a n a t u r e z a d a p e s q u i s a
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1624 de Novembro de 2015
Nojo! Delicioso! 4 flores! 4 flores!
E X E R C Í C I O
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1724 de Novembro de 2015
CAMPO DA FILOSOFIA QUE REFLETE SOBRE A NATUREZA DO CONHECIMENTO
• “o saber sobre a maneira como os saberes se constroem” Fourez, 2002:23
• Estuda a natureza e fundações do conhecimento dos domínios da investigação na especificação de um conjunto de perguntas
Guba, 1990; Denzin and Lincoln, 2011
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1824 de Novembro de 2015
Verdade Crenças
Conhecimento
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 1924 de Novembro de 2015
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2024 de Novembro de 2015
C O N S T R U Ç Ã O E V A L I D A Ç Ã O D O S A B E R
P O S I T I V I S M O• Conhecimento cientifico como único capaz de apreender a realidade;
• Neutralidade do saber científico para descobrir, prever e controlar os
fenómenos;
• Conhecimento passível de generalização ;
• Teoria como norma para a prática.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2124 de Novembro de 2015
C O N S T R U Ç Ã O E V A L I D A Ç Ã O D O S A B E R
P O S - P O S I T I V I S M O
P O S I T I V I S M O :
> Externo ao individuo
> Resultados são universais• Dados objetivos
• ESPELHA a realidade
• Usa dados para
DESENVOLVER teoria
• Investigador | investigação
P O S -P O S I T I V I S M O :
> Externo ao individuo
> Resultados são universais• Data objetiva
• NÃO ESPELHA a realidade
• Usa data para TESTAR teoria
• Investigador | investigação
• A verdade é o conhecimento cientifico
• A realidade é apreensível MAS a interpretação depende de pressuposições
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2224 de Novembro de 2015
C O N S T R U Ç Ã O E V A L I D A Ç Ã O D O S A B E R
I N T E R P R E TAT I V O
• Valorização de múltiplos conhecimentos;
• Não-neutralidade na construção do conhecimento (pressupostos);
• Cocriação de conhecimento;
• Inter-relação entre sujeito e objeto;
• Contextualização do conhecimento;
• Interdependência entre teoria e prática.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2324 de Novembro de 2015
C O N S T R U Ç Ã O E V A L I D A Ç Ã O D O S A B E R
S O C I O - C R Í T I C O
• Todo conhecimento é construído com base em pressupostos;
• Introdução explícita da ideologia na produção do saber científico;
• Contextualização do conhecimento;
• Crítica do status-quo; Identificação das condicionantes macro-estruturais
• Objetivo orientado à mudança das condições de opressão (emancipar);
• Prática é a teoria em ação – relação dialética e indissociável;
• Validade do conhecimento pela interpretação dos atores quanto ao seu potencial transformativo.
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2424 de Novembro de 2015
(…) “É onde a construção do objeto científico e a delimitação da problemática da investigação
se processam.” Lessard-Hébert, et al, 2008
E s t á r e l a c i o n a d a c o m o q u e é c o n s i d e r a d o v e r d a d e i r o / v e r d a d e n a n a t u r e z a d a p e s q u i s a
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2524 de Novembro de 2015
E X E R C Í C I O
Como é que um positivista e/ ou pós-positivista entenderia o João joga à bola ´?
Como é que a construção e validação do saber interpretativo entenderia o João joga à bola?
E o Socio-critico?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2624 de Novembro de 2015
CAMPO DA FILODOFIA QUE REFLETE A NATUREZA DA ABORDAGEM
• “um conjunto de diretrizes que orientam a investigação científica”
Herman, 1983 citado em Lessard-Hébert et al, 2008:15
• A ciência dos métodos, regras, procedimentos etc utilizados numa investigação Merriam-Webster dicionários
• Um conjunto de linhas orientadoras, princípios e regras seguidas numa investigação adaptado de Merriam-Webster dicionários
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2724 de Novembro de 2015
Ontologia
MetodologiaEpistemologia
O q u e é R E A L ?
O q u e é V E R D A D E ?
C O M O I N V E S T I G O ?
P a r a d i g m a
i n t e r p r e t a ti v o
que dita as escolhas
e decisões metodológicas
Natureza e fundações do conhecimento sobre os domínios da investigação, especificando de um conjunto de perguntas
Pressuposições do investigador – relacionado com a forma como o mundo é visto e abordado
A forma a qual o investigador vai examinar os domínios da investigação – determina o quadro da investigação
Monteiro de Barros, M. 2011:98
– adoptado de: Guba, 1990; Denzin and Lincoln, 2011, Hay, 2002)
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2824 de Novembro de 2015
ENTENDER METODOLOGIA É COMO DESCASCAR UMA CEBOLA, SÃO CAMADAS SOBRE CAMADAS E CADA CAMADA É PARTE INTEGRANTE DA OUTRA* (aparentemente parece que as camadas se repetem apesar de serem diferentes)
* E às vezes até nos faz chorar ;)
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 2924 de Novembro de 2015
QUE CAMADAS SÃO ESSAS ?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3024 de Novembro de 2015
METODOLOGIA
É o maest ro de vár ios e lementos
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3124 de Novembro de 2015
“atividade de natureza cognitiva que consiste num processo
sistemático, flexível e objetivo de indagação e que contribui para
explicar e compreender os fenómenos” estudados. Coutinho, 2011:7
Não confundir com processo metodológico
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3224 de Novembro de 2015
Questões de investigação
EPISTEMOLOGIA
Paradigma de investigação
ONTOLOGIA EPISTEMOLOGIA Propósito
de investigação
Perspetiva da investigação
DESIGN DA INVESTIGAÇÃO
Tipo de investigação
Estratégia de investigação
Recolha de dados
Analise de dados METODOLOGIA
Adoptado de: Monteiro de Barros, M. 2011:100
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3324 de Novembro de 2015
Questões de investigação
Paradigma de investigação
Propósito de investigação
Perspetiva da investigação
Tipo de investigação
Estratégia de investigação
Recolha de dados
Analise de dados METODOLOGIA
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO A SEREM CONSIDERADOS?
COMO ABORDAR OS OBJETIVOS DA INVESTIGAÇÃO?
QUAL A APROXIMAÇÃO APROPRIADA AO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO?
QUE ABORAGEM DEVERÁ SER FEITA?
QUE DADOS SÃO RELEVANTES OBTER? QUAL A FORMA DE OBTER OS DADOS APROPRIADA?
QUAL É A FORMA MAIS APROPRIADA DE ATRIBUIR/ ENCONTRAR SENTIDO AOS/NOS DADOS RECOLHIDOS?
Inspired by Robson, 2002; e Young, 2003
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3424 de Novembro de 2015
D E S C R I Ç Ã O T I P O D E P E R G U N T A S ( e x e m p l o )
P o s i t i v i s m o Foco em descobrir regras
Explica como e porque é que as coisas acontecem: Medição, Correlação, Estatística, VerificaçãoTesta com hipotesesExemplo: A violência na TV leva a Violência JuvenilO quê? / O que?(ex: o que é que funciona, o que reage, o que resulta,…)
I n t e r p r e t a ti v o
Foco no significado Compreende como e porque é que as coisas acontecem: Elucidar SignificadoConstrói teoriaPergunta: Quais são as causas da Violência JuvenilPorquê? / Como? (passivo)(ex: porque é que o comportamento? Como é que se faz/funciona?)
S o c i o -c r i t i c o
Foco revelar injustiças e/ou empoderamento
Como? (activo)(ex: como mudar a situação?)
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3524 de Novembro de 2015
5 10 25 50 100 250 500
CONSTRUÇÃO DE TEORIAQUALITATIVOFORTEMENTE INTERPRETATIVO
A. Raddon, Leicester University
5 entrevistas profundas (primeira fonte)Elevada taxa de resposta esperadaTrabalho analítico mais intenso
TESTAR A TEORIAQUANTITATIVOFORTEMENTE POSITIVISTA
500 inquéritos postais (fechados)Baixa taxa de resposta esperada
Trabalho mais intenso no design/implementação
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3624 de Novembro de 2015
P r o p ó s i t o : quais são os objetivos da investigação a serem considerados?
P e r s p e t i v a : Como abordar os objetivos da investigação?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3724 de Novembro de 2015
P r o p ó s i t o : quais são os objetivos da investigação a serem considerados?
P e r s p e t i v a : Como abordar os objetivos da investigação?
• EXPLORATÓRIO (explorar algo para gerar novos insights)
• DESCRITIVO (descrever algo – requere conhecimento prévio a fim de retratar um perfil correto de situações, eventos ou pessoas)
• EXPLICATIVO (explicar algo – identifica relações e explica padrões relacionados com o fenômeno, providenciando uma teoria)
• EMANCIPATÓRIO (agir sobre algo) - criar oportunidades e vontade de se envolver em ações sociais
Um estudo em particular pode estar preocupado com mais do que um propósito, possivelmente com todos os quatro (multi-prepósito), porém um poderá predominar. O propósito também pode mudar ao longo da investigação. Robson 2002:58
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3824 de Novembro de 2015
P r o p ó s i t o : quais são os objetivos da investigação a serem considerados?
P e r s p e t i v a : Como abordar os objetivos da investigação?
• DEDUTIVA (hipotética) -Gill e Johnson, 1991, Blaikie, 1993, Robson, 2002
>> Observador é independente e considera que o fenômeno pode ser medido e quantificado >> Tem o objetivo de formular e testar a hipótese ou uma teoria através da recolha de dados apropriados.>>A pesquisa é altamente estruturado e reduz a objeto de estudo a simples elementos
• INDUTIVA (fenomenológica) - Robson, 2002
>> O investigador é parte do que está a investigar - envolve-se nas situações para compreender os contextos da vida real. >> Explica o significado do fenómeno através da recolha de dados e compreensão social>> Uso de estrutura mínima na pesquisa é indicado, e a mente do investigador deve ser aberta e livre de preconceitos
Social (fenómenos sociais, culturais)
Tecnológica (fenómeno de processos de info)
Sistemas naturais (fenómenos naturais)
A relação entre a indução e dedução é debatida à cerca de cento e cinquenta anos, e a chave para entender a indução e dedução é vê-las como duas extremidades de uma mesma linha(Blaikie, 1993)
A ABORDAGEM/PERSPETIVA DE INVESTIGAÇÃO DETERMINA O TIPO DE ESTRUTURA: (1) ALTAMENTE ESTRUTURADA; (2) FLEXÍVEL/MINIMAMENTE ESTRUTURADA
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 3924 de Novembro de 2015
E s t e d i a l o g o e n t re i n d u ç ã o e d e d u ç ã o e s t á m u i t o re l a c i o n a d o c o m a perspet i va ABDUT IVANo pensamento abdutivo, os
dados são analisados pelos seus próprios padrões e conceitos que emergem dos próprios dados (sem o enquadramento de uma pré-teoria) . Em alguns casos pode relacionar-se com teorias existentes, noutros não. (DePoy e Gitlin, 2015)
Monteiro de Barros, M. 2011:104
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4024 de Novembro de 2015
T i p o : qual a aproximação apropriada ao objeto de investigação?
E s t r a t é g i a : que abordagem deverá ser feita?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4124 de Novembro de 2015
T i p o : qual a aproximação apropriada ao objeto de investigação?
E s t r a t é g i a : que abordagem deverá ser feita?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4224 de Novembro de 2015
QUANTITATIVA• Mede –quantidade• Expressa propriedades ou
quantidade em termos numéricos
• Ajuda:a)Precisão b)Conhecer tendências ou
mudanças c)Comparar tendências ou
unidades individuas
QUALITATIVA• Envolve e enfatiza –
quanlidades• Usa uma variedade de
materiais empíricos • Ajuda:
a)Compreende/conhecer problemas/casos através de momentos e significados
b)Abordar problemas/casos muito abrangentes
c)Particularizar/contextualizar
PRAGMÁTICA• Usa o tipo de investigação
mais apropriado a cada passo da investigação do problema
• Considera que os diversos tipos de investigação têm métodos e ferramentas associadas que se complementam
• Mistura diferentes abordagens
Adap
tado
de:
M. S
. Srid
har,
ISRO
EMPIRICA• Confia em –experiências
ou observações• Investigação alicerçada na
base de dados• Pode ser verificada por
observação ou experimentação
• Experiencias têm controlo sobre as variaveis:
CONCEPTUAL• Relacionada com –ideias
abstractas ou teoria (p.ex. filosofia)
• Fundamenta-se na literatura
PARTICIPATIVA• As abordagens existentes
não são apropriadas às necessidades de pessoas marginalizadas ou vulneráveis
• Abordagem emancipada – mudar positivamente uma situação
• Não é neutra – preconceitos/ predisposição do investigador é válida (p.ex. politica)
Mai
s usu
ais
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4324 de Novembro de 2015
T i p o : qual a aproximação apropriada ao objeto de investigação?
E s t r a t é g i a : que abordagem deverá ser feita?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4424 de Novembro de 2015
P R O F U N D O
A M P L O
S U P E R F I C I A L
Pequenas amostras
Grandes amostras
E S P E C Í F I C O
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4524 de Novembro de 2015
A S 4 E S T R A T É G I A S M A I S C O M U N S :
• Uso de experimentação como estratégia (apropriado, por
exemplo para estudos explicativos)
• Uso de inquéritos como estratégia (apropriado, por
exemplo para fins descritivos)
• Uso de Caso de Estudos como estratégia (apropriado, por
exemplo para investigações exploratórias)
• Uso de Teoria Fundamentada/de base como estratégia
(como estratégia é apropriada, por exemplo para encontrar
as áreas de investigação)
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4624 de Novembro de 2015
R E C O L H A D E D A D O S : que dados são relevantes obter? Qual a forma de obter os dados apropriada?
A N Á L I S E D E D A D O S : qual a forma mais apropriada de atribui/encontrar sentido aos/nos dados recolhidos?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4724 de Novembro de 2015
R E C O L H A D E D A D O S : que dados são relevantes obter? Qual a forma de obter os dados apropriada?
A N Á L I S E D E D A D O S : qual a forma mais apropriada de atribuir/encontrar sentido aos/nos dados recolhidos?
FONTES MÉTODOSFontes primárias (+ ricas*)Fontes secundárias (- ricas)
Qualitativos: Focus group; Entrevistas (in-depht); main/case-studies, workshops …Quantitativos: Experiências; Simulações; Inquéritos, …
• Fontes primárias têm um contexto de recolha que já contem muita informação (por exemplo local de entrevista), assim como momentos nos actos de recolha (por exemplo postura, tom de voz, e forma como o entrevistado nos faz sentir).
• Certas fontes primária aparentam ser fontes secundárias, porém são-o pelas mudanças circunstanciais, tais como: um artigo de jornal do tempo da 1ª grande guerra (artefacto histórico), será neste momento e passado estes anos (+85 anos) uma fonte primária, pois será difícil ter uma fonte mais próxima. No entanto, um artigo de jornal do mês passado com uma entrevista sobre a 1ª grande guerra, é uma fonte secundária
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4824 de Novembro de 2015
R E C O L H A D E D A D O S : que dados são relevantes obter? Qual a forma de obter os dados apropriada?
A N Á L I S E D E D A D O S : qual a forma mais apropriada de atribuir/encontrar sentido aos/nos dados recolhidos?QUANTITATIVO QUALITATIVO
Analises numéricas através da descrição ou estatística
Analises dos dados (palavras, objetos, imagens…) através de codificação descritiva, indexes, narrações, diagramas, analises temáticas, analises de conteúdo, codificação temática
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 4924 de Novembro de 2015
Questões de investigação
Paradigma de investigação
Propósito de investigação
Perspetiva da investigação
DESIGN DA INVESTIGAÇÃO
Tipo de investigação
Estratégia de investigação
Recolha de dados
Analise de dados METODOLOGIA
MODELO METODOLÓGICOProporciona
todos os elementos chave para gerar um MODELO
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5024 de Novembro de 2015
Objetivo 1
Objetivo 2
Objetivo 3
Entrevistas
Análise de conteúdo qualitativoCódigo
temático
Focus-group
Mapa conceptualAnálise de
conteúdo qualitativo
Caso de estudo
Observação
Registo fotográfico
Storytelling
Story-telling
Observação participativa
E X E M P L O I L U S T R A T I V OM O D E L O M E T O D O L Ó G I C O
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5124 de Novembro de 2015
Questões de investigação
Paradigma de investigação
Propósito de investigação
Perspetiva da investigação
DESIGN DA INVESTIGAÇÃO
Tipo de investigação
Estratégia de investigação
Recolha de dados
Analise de dados METODOLOGIA
MODELO METODOLÓGICO
PROCESSO METODOLÓGICOProporciona
todos os elementos chave para desenhar o PROCESSO
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5224 de Novembro de 2015
P R O C E S S O M E T O D O L Ó G I C O – E X P L E M P L O S I L U S T R A T I V O S
Questões da investigação principais
Design da investigação
Recolha de dados
Emergente interpretação dos dados
Analise e construção de teoria
Formular conclusões e escrever
Estabelecer standard metodológicos
PROCESSO INVESTIGAÇÃO QUANTITATIVA (perspetiva geral)
Questões da investigação principais
Design da investigação
Recolha de dados
Emergente interpretação dos dados
Analise e construção de teoria
Formular conclusões e escrever
Possível recolha de dados futura
Teoria fundamentada
Reformular Questões da investigação
PROCESSO INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA (perspetiva geral)
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5324 de Novembro de 2015
QUE MAIS É CHAVE PARA UMA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA?
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5424 de Novembro de 2015
T R A N S M I T I R C O N F I A N Ç A
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5524 de Novembro de 2015
CREDIBILIDADEValidade interna
TransferibilidadeValidade externa
DependabilidadeFiabilidade
ConfirmabilidadeObjetividade
R E F L E X I B I L I D A D E
Promove a compreensão do fenômeno de estudo e papel do investigador na procura de entender o sentido da sua influência - quer seja intencionalmente ou não - sobre o processo de pesquisa
TriangulaçãoVerificação pelos membros (ou peers)
Amostragem temporal
Amostragem orientada – não aliatóriaFornecer descrição espessa/grossa/ profunda
TriangulaçãoEstratégias de registo de codificação
Criar formas de “auditoria”
TriangulaçãoAnalise de casos “negativa”
Pratica reflexiva
T R A N S M I T I R C O N F I A N Ç A
Denzin, 2012
5624 de Novembro de 2015 Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia
O QUE É TRIANGULAÇÃO?O m e s m o a s s u n t o é e s t u d a d o d e s d e v á r i a s p e r s p e t i v a s q u e s e c o m p l e m e n t a m e s e v e r i fi c a m
Múltiplos Métodos
INVESTIGAÇÃO RESULTADOS
Múltiplas Teorias
Múltiplos Investigadores
Múltiplos Dados
Denzin, 2012
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5724 de Novembro de 2015
CUIDADOCOM ESTASGENERALI-ZAÇÕESApesar de muito úteis, são limitadas É impossível colocar numa matriz que seja ´de fácil utilização, todas as relações possíveis, pois estas são inúmeras, principalmente numa investigação de cariz qualitativo
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5824 de Novembro de 2015
• Coutinho, Clara Pereira 2011. Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Editora Almedina:343
• Francis C. Dane 2011. Evaluating Research: Methodology for People Who Need to Read Researchp. Sage publications USA.
• Sagan, Carl 1980. Cosmos. New York: Random House.
• Coutinho, Clara Pereira 2011. Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Teoria e Prática. Coimbra: Editora Almedina:343
• Resende, Viviane de Melo 2009. Análise de Discurso Crítica e Realismo Crítico: implicações interdisciplinares. Campinas, SP: Pontes Editores:93
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REFERENCIAS POR ORDEM DE APARECIMENTO NESTA APRESENTAÇÃO
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 5924 de Novembro de 2015
OUTRAS REFERENCIAS IMPORTANTES
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Sugestão de leituras sobre metodologia2) Flick, Uwe 2005. Métodos Qualitativos na Investigação Científica. 1ª Edição. Coleção: manuais de gestão. Lisboa: Monitor –
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2) Quivy, Raymond e Luc Van Campenhoudt 2008. Manual de Investigação em Ciências Sociais. 5º Edição. Lisboa: Gradiva:282
Monteiro de Barros, Margarida | Siqueira , Cynthia 6024 de Novembro de 2015
OBRIGADA