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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ
FELIPE BERNARDO CHUMAHJULIA SELESQUE COSTA
HELEN BASTOSKAROLINE SCHERECK KREITMEYER
Modificações do Organismo Materno
Modificações Genitais e MamáriasExpressam a adaptação à necessidade de
espaço e às exigências funcionais do embrião.
VULVA umidade: secreção.
Hiperpigmentação.
Modificações fibras mms:
- Hipertrofiadas, delgadas e estiradas.
Modificações epiteliais: Espessas
-Sinal de Jaquemier ou Chadwick. ( vascularização arroxeada.)
VAGINA
capacidade de distensão.
Intróito vaginal, toda mucosa, cérvix uterina: azulada em virtude da grande vascularização.
Paredes vaginais se tornam ásperas e com evidência das papilas.
pH do conteúdo vaginal: mais baixo.
-Sinal de Kluge. ( vasc.->arroxeada)-Sinal de Osiander. (pulso vaginal)
ÚTEROPeso: cerca de 20 vezes.
Tamanho: de 5 a 6 vezes.
Crescimento: aprox. 4cm por mês.
Hipertrofia e hiperplasia mms: estiramento das fibras.
Modificações epiteliais: mais espessas.
Consistência : amolecido.
Forma: piriformeglobosoovóide.
ÚTERO
É possível observar:
Sinal de Hegar.
Sinal de Piskacek.
Sinal de Noble-Budin.
Sinal de Holzapfel.
Sinal de Puzos.
a)b)
c)
COLO UTERINO comprimento.
Papilas hipertróficas e congestas – muco espesso, não filante, opaco.
Estratificação epitelial.
vascularização.
Embebição: altera a consistência e lhe permite sofrer a distensão e a dilatação, necessárias à passagem do feto.
-Sinal de Goodel (amolecimento)
OVÁRIOS:
Maior diâmetro: retenção hídrica e vascularização local.
Em 90%: superfícies irregulares, arroxeadas, parecidas com pequenos pólipos.
Coloração violácea: vascularização, embebição gravídica, congestão e edema de fímbrias.
TROMPAS:
MODIFICAÇÕES MAMÁRIASModificações em sua forma.Aumento (5º e 6º semana). Escurecimento da pele, das aréolas e dos
mamilos.Mamilos: proeminentes e erectos.Proliferação dos ductos e lóbulos.
MODIFICAÇÕES MAMÁRIASSintomas de probabilidade de gestação:
Sinal de Hunter: hiperpigmentação da aréola primitiva e aparecimento da aréola secundária.
Rede de Haller: aumento da rede venosa.
Hipertrofia dos tubérculos de Montgomery.
Alterações Hemodinâmicas Durante a Gravidez
Alterações Anatômicas:
Coração:Posição oblíqua (devido aumento volume uterino)
Deslocado para cima e esquerda (elevação do
diafragma).
Rotação em torno do seu eixo.
Ligeira hipertrofia do miocárdio.
Débito Cardíaco
Começa a em torno da 10ª a 12ª semana de gestação.
Pico máximo - 20ª e 24ª semanas.
A medida que a gravidez evolui a FC aumenta (final: 85 batimentos/min).
Níveis normais: aprox. 2 semanas após o parto.
Pressão Sanguínea
* Sistólica: pouco. *Diastólica: consideravelmente na metade
da gravidez.Voltam a nível normal antes do termo.
Trabalho de parto : *Sistólica: 15 - 25 mmHg *Diastólica: 10 -15 mmHg
RV sistêmica :progesterona, estrogênio, prolactina e baixa resist. circulatória.
Pressão Venosa e Volume Sanguíneo
Pressão das v. femorais : compressão da VCI.
Cada contração pode expulsar até 500ml de sangue do útero para circulação: pressão venosa central.
Ocorre aumento do volume sanguíneo materno lentamente até o termo.
Fluxo Sanguíneo Regional
Aumenta: DC e RP.
Fluxo sanguíneo renal: 30%.
Fluxo sanguíneo cutâneo: especialmente na mão, tornando-se 6x maior eritema palmar.
Ecocardiografia:• Estudo do dimensões VE ( massa da parede do VE e suas dimensões na diástole final).
Rx:
do tamanho da silhueta cardíaca.
ECG:Eixo elétrico com ligeiro desvio para esquerda
Sistema Cardio-Vascular
Alterações Metabólicas e Bioquímicas
GANHO DE PESO:Variação fisiológica: raça e massa corporal.Média: 12,5kg.
Metabolismo Protéico e Mineral necessidades básicas de proteínas: 25% total de
nutrientes ingeridos .
Cálcio e magnésio
Sódio :acumulando no organismo materno.
O depósito total de ferro aumente de 2,2g, para 3,2g.
ALTERAÇÕES METABÓLICAS:Pan-endocrinismo: atividades glandulares. do metabolismo geral.
Metabolismo Lipídico e de Carboidrato
Segunda metade da gravidez: lipídeos plasmáticos .
HPL (hormônio lactogênico placentário): interfere no metabolismo de carboidratos, que aumenta gradualmente - 12ª semana de gravidez, atingindo seu pico na gravidez a termo.
Modificações no trato urinário durante a gravidez
Cálices renais, pelve e ureter: dilatam-se.
Útero gravídico: compressão extrínseca dos ureteres na altura do cruzamento dos vasos ilíacos, na cintura pélvica.
Favorecimento da estase urinária: infecção urinária e formação de cálculos.
Alterações na Hemodinâmica RenalTFG: 40-50%.
Fluxo renal plasmático: 60-80%.
excreção: proteínas, glicose, a.a e vitaminas.
Hipercalciúria: da filtração de cálcio e da absorção intestinal.
Excreção renal de alguns fármacos: alteradas.
Progesterona e Trato UrinárioAntagoniza o efeito induzido por
estrógenos.
capacidade vesical e aumento da incidência de incontinência urinária.
Efeito relaxante sobre m. lisa do trato urinário.
PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
O VOLUME SANGUÍNEO NA GESTAÇÃO NORMAL
Grande acréscimo da volemia no 2 e 3 trimestre ( volume plasmático e volume das hemácias).
Volume plasmático: nível de aldosterona, placenta e outros hormônios.
Massa eritrocitária: estímulo da medula óssea pela eritropoietina.
PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
O VOLUME SANGUÍNEO NA GESTAÇÃO NORMAL
Hemodiluição: expansão da volemia e queda dos valores relativos da série eritrocitária.
“Anemia fisiológica da gravidez”
Administração profilática de ferro e de ácido fólico.
PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
ANEMIA FERROPRIVA
Carência de ferroA gestação demanda grande quantidade de ferro.Administração diária de 100-150mg de ferro, na
segunda metade da gestação
CARÊNCIA DE FOLATOS
Cofator essencial na síntese de ác. nucléicos.200 microgramas por dia de folato livre
Anemias na Gestação: Anemia aplástica.
PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
Hemoglobinopatias Leucocitose Trombocitopenia Púrpura Trombótica Trombocitopênica Coagulação Intravascular Disseminada Estados Hipercoaguláveis na Gestação Deficiência de Proteína C Deficiência de Antitrombina III Hemopatias desencadeadas por Drogas
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS NA GRAVIDEZ
Alterações Cutâneas Fisiológicas
Placenta: produção de vários e diferentes hormônios que influem nas várias patologias cutâneas.
Alterações cutâneas vasculares: capilares telangiectásicos; eritema palmar e varicosidades.
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS NA GRAVIDEZ
Alterações Cutâneas Fisiológicas
Alterações cutâneas pigmentares: aréolas mamárias, períneo, axilas, linha alba abdominal(linha negra)hiperpigmentadas: níveis elevados de estrogênio e progesterona(melanogênese).
Melasma: hiperpigmentação de localização na face.
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS NA GRAVIDEZ
Alterações cutâneas atróficasAlterações dos fânerosAlterações de mucosaPenfigóide GestationisErupção Polimórfica GravídicaPrurido GravídicoImpetigo HerpetiformeDermatite Auto-Imune à Progesterona na
Gravidez
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO
Cefaléia
Tensão, fadiga ou enxaqueca.Estresse psicológico: episódios de
cefaléias tensionais, melhorando com repouso, massagem ou analgésicos.
Epilepsia
Crise epilética:problema neurológico mais comum.
Curso da gravidez não é alterado.
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO
90% das mulheres com epilepsia têm filhos normais e saudáveis.
do risco de abortamento.Gestação de alto risco: implicações maternas e
malformações fetais devido às drogas antiepilépticas.
Há efeitos deletérios da convulsão sobre o feto.Receio materno,ansiedade e privação de sono a
frequência das crises.
Acidentes vasculares arteriais e venososTrombose venosa cerebral.
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO
Distúrbios do sistema nervoso periférico e desordens neuromusculares:
paralisia de Bellacroparestesias noturnassíndrome do túnel do carpo lombalgiaalterações posturaisherniação discal lombarendometriose ectópicalesões do plexo lombossacro
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO
Outras neuropatias: Meralgia parestésica. Distúrbio na biossíntese do heme. Miastenia. Infarto cerebral . Síndrome de Sheehan. Doença de Wilson. Esclerose múltipla. Neoplasias do sistema nervoso
ALTERAÇÕES NO SISTEMA NERVOSO
Distúrbios do movimento:
Corea aguda de Sydenham. Queimação, formigamento e sensação
dolorosa nas panturrilhas(necessidade de movimentar as pernas).
Tremor postural.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA OSTEOARTICULAR
Modificações do Sistema OsteoarticularSistema Ósseo:
Processo de adaptação.
Deposição insuficiente de sais de cálcio na matriz óssea.
Osteoporose e Osteomalácia
25g de cálcio retirados do organismo materno e depositados no sistema ósseo fetal.
Reposição diária: 1,5 a 2,0g
ALTERAÇÕES DO SISTEMA OSTEOARTICULAR
Modificações do Sistema OsteoarticularSistema Articular:
Maior vascularização e hidratação(estrógenos)
Maior grau de flexibilidade das articulações pélvicas(sínfise púbica).
Estrógeno: regula as propriedades físico-químicas da substância matriz do tecido conjuntivo(retenção hídrica)
ALTERAÇÕES DO SISTEMA OSTEOARTICULAR
Modificações do Sistema OsteoarticularSistema Articular:
Progesterona e relaxina(corpo lúteo; relaxamento articular)
Afastamento dos ossos púbicos e vários
níveis de mobilidade.
Modificação da estética corporal
ALTERAÇÕES DO SISTEMA OSTEOARTICULAR
Modificações do Sistema Osteoarticular
“Marcha anserina”: modificação da posição uterina, das mamas, do aumento de peso, e afrouxamento das articulações.
Cintura Pélvica: alojar e resguardar as vísceras pélvicas, posição adequada,sustentar o peso.
Alterações no Aparelho DigestivoMaior parte – hormônios nos dois
primeiros trimestres.
Principais: náuseas, vômitos, pirose, constipação.
-6 a 16 semanas.- Terminam por volta do 4º mês.
Náuseas e vômitos - Etiologia
Podem ser atribuídos: - de estrogênios no 1º trimestre - retardo do esvaziamento gástrico - fatores emocionais
Uso de anticoncepcionais
Náuseas e vômitos - AlimentaçãoEvitar carboidratos.
Evitar líquidos em quantidade, especialmente pela manha.
Soro caseiro, água de coco, coca-cola, dieta pastosa são úteis em certos momentos.
Pirose e esofagite de refluxo - etiologia da pressão do esfíncter interior do
esôfago - refluxo acido.
da atividade não propulsiva motora.
da amplitude e lentidão das ondas peristálticas do esôfago.
-Podem persistir até o parto.-Comum em multíparas.
Hérnia de hiato
20% das grávidas no último trimestre.
da pressão abdominal .
Deslocamento do estômago pelo útero.
Aspectos clínicos
Queimação: epigástrio, retroesternal, tórax anterior e área interescapular.
Dor: piora com alimentação (temperos fortes, gordurosos, café, álcool, sucos ácidos, chocolate) e refeições maiores à noite.
OrientaçãoAtividade física adequada
Vigilância ponderal
Alimentação em quantidade, horários e alimentos mais adequados
Não deitar-se/sentar-se após a refeição e sim fazer caminhadas
Colocação de calços na cabeceira da cama
Estômago
Deslocado para cima e para a esquerda
Horizontalizando-se no último trimestre
Retardo no tempo de esvaziamento gástrico e do trânsito digestivo
Estômago
Eructações repetitivas: diminuem/cedem com uso de tranqüilizantes, coca-cola e água bicarbonatada.
Doença ulcerosa gástrica/duodenal: raro o aparecimento ou reativação.
Intestino delgado
Retardo no funcionamento.
Má digestão de lactose.
Fisiose (50% do gás presente no delgado deve-se a ar deglutido).
CólonConstipação intestinal: último trimestre
Deve-se: - ação da progesterona nos m. lisos - maior absorção de líquidos - ressecamento das fezes - pouca quantidade de fibras ingeridas - compressão do útero no reto-sigmóide - pouca atividade física - ansiedade pela proximidade do parto
Cólon – queixas clínicas
Sensação de peso
Dor no flanco e FIE
Flatulência
Fezes duras, embolotadas tipo cabrito (comum)
Proctalgia fugaz (banhos de assento quente e antiespasmódicos)
Cólon – queixas clínicas
Hemorróidas: constipação, mais frequente em multíparas (aplicação de gelo moído e óleo de amêndoas no local).
Fissura anal, prolapso retal, fecaloma: constipação.
Exame do ânus + toque retal: obrigatório.
Pâncreas
Pouco estudado
Importante caso desenvolva pancreatite aguda (90% colecistite calculosa, libações alcoólicas e alimentação muito gordurosa)
incidência no 3º trimestre, de média intensidade e do tipo edematoso com evolução favorável.
Vesícula biliar
Formação de cálculos: - Estrogênio e progesterona
supersaturam a bile com colesterol e a síntese dos ácidos biliares e o fluxo da bile.
- 3º trimestre: lentidão e esvaziamento
incompleto da vesícula.
- Multiparidade e fatores genéticos.
Fígado
Aparecimento/acentuação eritema palmar e aranha vascular: dos estrogênios
Alterações pequenas no perfil protéico e enzimático
Variações de bilirrubina no fim da gravidez sugerem alterações hepáticas e prontamente revertem
Fígado
Fosfatase alcalina de origem placentária estará , com GT e 5´nucleotídase normais – excluem doença hepática.
Próprias da gravidez: - Colestase intra-hepática - Fígado gorduroso no último trimestre - Hiperemese gravídica - Toxemia da gravidez
O pulmão na gravidez
Influências hormonais - Progesterona influência sobre o sistema respiratório. Vias aéreas superiores: 3º trimestre
nos níveis da 6 até 37 semanas: hiperventilação crônica na gravidez.
:VC e FR – observado como aumento do
volume minuto.
Influências hormonais - Progesterona
Alcalose respiratória
Compensada na gravidez: excreção de bicarbonato pelos rins
Descompensada na parição: devido excessiva taquipnéia e inadequada excreção renal – alcalose respiratória severa.
PaO2: 1º trimestre – 106 – 108 mmHg 3º trimestre – 101 – 104 mmHgSaturação de oxigênio: 98-100%
Influências hormonais - Corticóides
Cortisol: afeta o calibre brônquico de modo positivo, aumenta labilidade.
de 2-3 vezes
Influências hormonais - EstrogênioMucosa nasal: congestão capilar,
hiperplasia e hipertrofia de glândulas mucosas.
Estímulo adicional: hiperresponsividade brônquica.
Interfere negativamente na função pulmonar.
Dispnéia na gravidez
Comum até 80% das grávidas.
Série de fatores que agem sobre a respiração aumentando o trabalho respiratório, percebido como dispnéia.
Sintomas e sinais na gravidez que não são atribuídos a doenças cardíacas/pulmonares:
Astenia: anemia e aumento do peso corporal.
Ortopnéia, dispnéia paroxística noturna e desconforto torácico mal caracterizado: efeito mecânico do útero sobre o diafragma.
Síncopes: síndrome da hipotensão supina por oclusão venosa uterina.
Sono e gravidez
Alterações fisiológicas e anatômicas: distúrbios do sono, podendo piorar as trocas gasosas e prejudicar a oxigenação fetal.
1º trimestre: necessidade de sono mais prolongado e cochilos durante o dia.
Sono e gravidez
Final: tempo de sono e despertar noturno (nictúria, pirose, movimentos fetais, câimbras, dor lombar, impossibilidade de mudança de decúbito).
Progesterona: protetora do desenvolvimento de distúrbios do sono através do da FR.
OBRIGADO!
Bibliografia:
BENZERCRY, R., et al.Tratado de Obstetrícia – FEBRASG. Rio de Janeiro Revinter, 2001.