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y Identificação
A identificação do fármaco vegetal deve cumprir os critérios descritos nos seguintes ensaios da
Farmacopeia Portuguesa VIII: (1)
A. Os frutos de sene da Índia ou de Tinnevelly são constituídos por vagens achatadas,
ligeiramente reniformes, cuja cor varia de castanho amarelado a castanho, com zonas
castanho-escuras nos lugares correspondentes às sementes, geralmente com 35 mm a 60
mm de comprimento e 14 mm a 15 mm de largura. Uma das extremidades termina em
ponta saliente, correspondente ao estilete, e a outra num curto pedúnculo. As vagens
contém 5 a 8 sementes achatadas, obovadas, cuja cor varia de verde a castanho claro. O
tegumento apresenta uma rede sinuosa descontínua de cristais transversais.
B. Reduza a amostra a pó (355). O pó é castanho. Examine ao microscópico, utilizando
solução de hidrato de cloral R. O pó apresenta os elementos seguintes: epicarpo de
células poligonais, ocasionalmente com estomas do tipo anomocítico ou paracítico
(2.8.3), raros pêlos cónicos verrugosos, fibras entrecruzadas em 2 planos acompanhadasde uma fiada de células contendo prismas de oxalato de cálcio, células em paliçada
características das sementes, células estratificadas de albúmen, maclas e prismas de
oxalato de cálcio.
Fig. 2, Estrutura molecular dos senósidos

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C. Cromatografia em camada fina (2.2.27).
S olução problema. Aqueça à ebulição 0,5 g da amostra pulverizada (180) com 5 ml de
uma mistura de volumes iguais de álcool R e água R. Centrifugue. Utilize o líquido
sobrenadante.
S olução padrão. Dissolva 10 mg de extracto de sene SQR em 1 ml de uma mistura de
volumes iguais de álcool R e água R (persiste um pequeno resíduo).
Fase estacionária: gel de sílica G R.
Fase móvel : ácido acético glacial R, água R, acetato de etilo R e propanol R
(1:30:40:40 V/V/V/V ).
Aplicação: 10 l em «traços».
Desenvolvimento: no percurso de 10cm.
S ecagem: ao ar.
Detecção: pulverize com solução de ácido nítrico R a 20 por cento V/V e aqueça a120°C durante 10 min. Deixe arrefecer. Pulverize com solução de hidróxido de potássio
R a 50 g/l em álcool a 50 por cento V/V R , até aparecimento de bandas.
Resultados: as bandas principais do cromatograma obtido com a solução problema são
semelhantes, quanto à posição (senosidos B, A, D e C por ordem crescente de Rf),
coloração e dimensões, às bandas principais do cromatograma obtido com a solução
padrão. Entre as bandas correspondentes aos senosidos D e C pode ser visível uma banda
vermelha correspondente ao reína-8 -glucosido. As bandas correspondentes aos senosidos
D e C são pouco visíveis no cromatograma obtido com a solução problema.
D. Num matrás introduza cerca de 25 mg da amostra pulverizada (180) e junte 50 ml de
água R e 2 ml de ácido clorídrico R. Aqueça em banho de água durante 15 min.
Arrefeça e agite com 40 ml de éter R. Separe a camada etérea, seque-a sobre sulfato de
sódio anidro R e evapore 5 ml à secura. Ao resíduo arrefecido junte 5 ml de amónia
diluída R1. Desenvolve-se coloração amarela ou alaranjada. Aqueça em banho de água
durante 2 min. Desenvolve-se coloração violeta avermelhada.
y Ensaio Elementos estranhos (2.8.2): no máximo, 1 por cento deelementos estranhos.
Perda por secagem (2.2.32): no máximo, 12,0 por cento, determinada em 1,000 g da amostra
pulverizada (355), na estufa a 100-105°C durante 2 h.
Cinzas totais (2.4.16): no máximo, 9,0 por cento.
Cinzas insolúveis no ácido clorí drico: no máximo,2,0 por cento.

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2. EFICÁCIA
y Indicações Farmacêuticas
O Sene da Índia, fruto, é um fármaco de origem vegetal recomendado para tratamentos de curta
duração de obstipação ocasional. (6)
y Mecanismos Farmacológicos
Os efeitos do Sene da Índia, fruto, são devidos principalmente aos glucósidos
hidroxiantracénicos, em particular os senósidos A e B. Estes exercem uma acção promotora da
mobilidade do cólon, o que facilita o transito intestinal e torna este fármaco útil em situaçõesde obstipação ocasional.
Os senósidos referidos não são absorvidos no tracto intestinal superior, são metabolizados
pelas bactérias do intestino grosso e convertidos nos derivados activos, as reina-antronas.
O mecanismo de acção é duplo. Por um lado, exerce um efeito promotor da mobilidade
peristáltica no intestino grosso, o que acelera o trânsito intestinal e reduz deste modo a
absorção de líquidos. Adicionalmente, vai estimular as mucosas intestinais a produzir e libertar
mais secreções. (2, 3)
y Modo de administração
A dose diária máxima de fármaco recomendada é o equivalente a 30 mg de substancia activa.
A dose individual correcta deve ser a menor necessária para garantir um bom resultado.
Aconselha-se a toma uma vez por dia à noite. Normalmente é suficiente a sua administração 2
a 3 vezes por semana.
A utilização deste medicamento não deve exceder as 2 semanas sem acompanhamento médico.
(3, 6)
y Formas f armacêuticas
Este fármaco vegetal encontra-se disponível na sua forma vegetal bruta, como infusão oral e
em extractos. Deve ser conservado em recipiente fechado e estanque e manter ao abrigo da luz.
(6)

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3. SEGURANÇA
y Toxicidade
Os principais sintomas de uma overdose são uma diarreia grave com a consequente perda de
fluidos e electrólitos. O tratamento deve passar pela compensação com grandes quantidades de
líquidos, bem como variados electrólitos, especialmente caso se trate de crianças ou idosos. (2,
5)
y Contra indicações
Tal como outros fármacos de acção laxante estimulativa, este fármaco está contra-indicado emsituações de obstrução intestinal, estenose, fraqueza, colonopatias inflamatórias, apendicite,
dores abdominais de causa desconhecida, estado de desidratação grave ou obstipação crónica.
Não deve ainda ser administrado em crianças de idade inferior a 10 anos. O seu uso durante a
gravidez deve ser limitado a apenas situações em que alterações dietéticas ou fibras laxativas
não sejam eficazes. Não é recomendável a sua utilização durante o período de aleitamento,
visto a informação existente sobre a excreção de metabolitos no leite ser reduzida. Contudo
sabe-se que estes são excretados em pequenas quantidades no leite mas não se confirmou
qualquer efeito laxativo em bebes amamentados. (2, 5)
y Efeitos secundários
O Sene da Índia pode provocar um leve desconforto abdominal tal como cólicas. Foi reportado
um caso de hepatite resultante de um abuso crónico.
Um abuso laxativo de longa duração pode conduzir a distúrbios electrolíticos, acidose ou
alcalose metabólica, má absorção, perda de peso, albuminúria e hematúria. (2)

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Referencias bibliográficas
(1) FARMACOPEIA PORTUGUESA VIII. Lisboa: Infarmed - Ministério da Saúde, 2005.(2) WHO monographs on selected medicinal plants, volume 1, Geneva, World Health
Organization, 1999
(3) Witchtl M., H erbal Drugs and Phytopharmaceuticals: a handbook for practice on ascientific basis´. Trad. Josef A. Brinckmannand Michael P. Lindenmaier, 3rd Ed.Medpharm, 2004
(4) European Pharmacopeia, 6th Edition. Council of Europe(5) http://www.heilpflanzen-welt.de/buecher/BGA-Commission-E-Monographs/0337.htm(6) http://www.emea.europa.eu/pdfs/human/hmpc/sennae_fructus/5187106enfin.pdf

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Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa
Farmacognosia
Monografia do Sene da Índia (Sene de Tinnevelly), f ruto
Sennae f ructus acutifoliae
Trabalho realizado por:
Alexandre Guedes, nº 6671
Carla Fernandes nº 6161