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Formação Pedagógica Inicial de
Formadores
Anysolutions, Formação Serviços de Consultadoria e Networking, Lda.
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Objetivos
No final deste sub-módulo de aprendizagem, o formando deverá ser capaz
de:
• Definir comunicação pedagógica;
•Identificar Métodos e Técnicas de Comunicação;
• Definir os estilos de comunicação (assertivo, manipulador, passivo,
agressivo)
• Definir os fatores inibidores/potenciadores do relacionamento interpessoal
e comunicacional)
• Caracterizar a eficácia e eficiência da comunicação: Estratégias de
atuação.
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
• Comunicação pedagógica;
•Métodos e Técnicas de Comunicação;
• Estilos de comunicação (assertivo, manipulador,
passivo, agressivo)
•Fatores inibidores/potenciadores do relacionamento
interpessoal e comunicacional)
• Eficácia e eficiência da comunicação: Estratégias de
atuação.
Conteúdos
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
A comunicação é da idade do homem. Ela
nasceu quando este, há muitos milénios, se
ergueu, olhou para o seu semelhante e,
procurando decifrar os seus pensamentos,
sentir as suas emoções e interpretar os seus
gestos, entrou em relação com ele (…)”
Paulo Ferreira, 2001
Introdução
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Comunicação Pedagógica
.
A capacidade de comunicar é uma
característica intrínseca ao ser humano
e no contexto da formação profissional
é primordial, uma vez que existem
formadores e formandos que se
relacionam entre si.
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Comunicação Pedagógica
.
O formador, enquanto elo de ligação entre os
conteúdos da formação e os formandos, é
uma figura essencial neste contexto, sendo
dele exigido uma boa capacidade de
comunicação e de relacionamento
interpessoal.
Cabe-lhe assim criar condições para que a
comunicação flua num clima de empatia,
entendimento e ajuda mútua. Para isso, deve
compreender todo o funcionamento deste
processo, bem como conhecer os princípios
básicos de uma boa comunicação e, claro,
saber comunicar.
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Comunicação Pedagógica
“ A comunicação pedagógica não se limita à comunicação de ideias, conhecimento,
valores...mas também de pessoas que reconhecem e aceitam mutuamente como tais.
Só assim o formando poderá adquirir o sentido da sua própria identidade e atingir a
maturidade psicológica. Se a relação formativa só se estabelece entre o personagem-
formador e o personagem-formando, mantém-se apenas relações secundárias que
produzem despersonalização e frustração”.
Ramirez,Maria
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Comunicação Pedagógica
É importante salientar a relação existente entre a situação pedagógica e o processo
comunicativo. Tanto na primeira como no segundo não se verifica uma transferência
unidirecional de informações, mas sim um conjunto ativo de transações, gerador de
novos comportamentos e de diferentes possibilidades a nível de ideias, dos
sentimentos e das emoções.
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Comunicação Pedagógica
Em toda a situação pedagógica – quer ela seja
de ensino, de aprendizagem ou de formação – o
formador- animador atua a partir três registos:
•Registo da especialização: enquanto alguém
conhecedor do objeto (conteúdos) da situação
pedagógica.
•Registo da pedagogia: enquanto alguém
entendido na prática pedagógica.
•Registo da afetividade: enquanto alguém
entendido no relacionamento humano.
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Métodos e Técnicas de Comunicação
Sendo a comunicação imprescínível
para assegurar o desempenho de
qualquer função, será absolutamente
necessário que o formador se aperceba
e tome conhecimento das verdadeiras
dificuldades que este processo por
vezes impõe.
Deste modo, antes de mais deverá se
preocupar com o seu planeamento e
controlo.
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Métodos e Técnicas de Comunicação
Em relação ao planeamento, convém que
tenha atenção os seguintes aspetos:
• Qual o objetivo a comunicação? Quais
as relações (monitor/participante;
participantes entre si)?
• Levar em conta o indivíduo ( que
personalidade tem; o que o sensibiliza,
que características possui que podem
servir de base para obter o seu apoio;
Qual a sua opinião a respeito do
assunto em causa.
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Métodos e técnicas de Comunicação
O controlo, consiste em:
• Conseguir a atenção do ouvinte;
• Fazer a comunicação de maneira lógica;
• Confirmar o que foi dito (perguntas,
recapitulações, etc)
• Prestar atenção;
• Acompanhar (verificar se a pessoa fez o que
devia).
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Métodos e Técnicas Pedagógicas
O cumprimentos destas duas opções de Planeamento e controlo da comunicação
pressupõe a atenção a determinadas regras, noemadamente os chamados 10
mandamentos da boa comunicação:
• Procurar tornar claras as ideias antes de comunicar; • Examinar a verdadeira finalidade da comunicação; • Examinar, sempre que tiver de comunciar, todos os aspetos materiais e humanos possíveis. • Ao planear as comunicações, quando for conveniente, consultar outros; • Ao comunicar, ter muito cuidado com o duplo sentido e com o conteúdo básico da mensagem; • Quando houver oportunidade, aproveitá-la para transmitir algo de útil ou valioso ao destinatário; • Acompanhar atualmente a comunciação que se faz; • Na comunicação, ter em vista o presente e o futuro; • É indispensável que os atos corroborem as comunicações; • Procurar não só ser compreendido mas também compreender.
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Métodos e Técnicas Pedagógicas
De forma a ser um bom ouvinte, o que se considera uma Regra de Ouro na
comunicação damos alguns conselhos que facilita o cumprimentos da mesma,
são eles:
• Pare de falar para poder ouvir o outro;
• Ponha à vontade quem fala;
• Mostre que quer escutar a mensagem;
• Afaste as distrações;
• Empatize com a pessoa;
• Seja paciente;
• Domine o seu feitio;
• Argumente;
• Pergunte.
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Estilos de Comunicação
Cada um dos estilos de comunicação poderá produzir efeitos positivos consoante o
momento, situação ou contexto em que é empregue, pois poderá haver momentos
em que tenhamos de comunicar agressivamente e outros em que tenhamos que ser
passivos e empáticos. No entanto, é necessária prudência e consciência na sua
aplicação, pois como sabemos, muitas das vezes, as pessoas dão mais importância
à forma como transmitimos a mensagem do que ao seu conteúdo. Assim, um bom
comunicador é aquele que ajusta o seu estilo comunicacional à situação, sabendo a
priori que o estilo assertivo é aquele que produz melhores resultados.
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Estilos de Comunicação
,
ESTILO PASSIVO Um indivíduo com estilo passivo é relativamente tímido e pacífico, tendo
dificuldades em se afirmar ou defender os seus pontos de vista. Nesta
passividade raramente entra em desacordo com alguém, evitando sempre o
conflito.
SINAIS DE PASSIVIDADE CAUSAS CONSEQUÊNCIAS Indivíduo pouco falador;
Mostra-se frequentemente ansioso;
Exprime sorriso tímido e voz trémula.
Educação muito severa;
Baixa auto-estima;
Representações da realidade adulteradas, uma vez que vê os outros com mais poder do que realmente têm.
Fraco conhecimento sobre os interesses e necessidades da pessoa em causa;
Fraco relacionamento interpessoal;
Sentimentos de injustiça fruto da falta de comunicação e expressão das suas ideias.
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Estilos de Comunicação
,
ESTILO MANIPULA
DOR
O indivíduo manipulador é aquele que interpreta as situações sempre do ponto
de vista pessoal, assumindo-se como uma pessoa indispensável. É hábil na
manipulação das situações e na criação de conflitos, nunca encarando as
responsabilidades, negando factos e inventando histórias.
SINAIS DE MANIPULAÇÃO CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
Mostra-se sempre cheio de boas intenções;
Mostra-se como um intermediário útil;
Fala muito usando a expressão “nós”.
Educação regida por intermédio de manipulações. Aprendeu que só consegue atingir os seus objetivos dessa forma;
Pessoa que não acredita na confiança. Não confia nos outros.
Dificuldade de relacionamento interpessoal uma vez que não se envolve, nem adquire responsabilidades;
Perda de credibilidade quando descoberta a manipulação;
Sentimentos de vingança quando descoberta a manipulação.
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Estilos de Comunicação
,
ESTILO ASSERTIV
O
O estilo assertivo é auto-afirmativo, isto é, o indivíduo é capaz de se afirmar
por palavras e actos, exprimindo calmamente aquilo que pensa e sente dando
também liberdade ao outro. Expõe as suas ideias e sentimentos de forma
aberta e franca, sendo uma pessoa verdadeira consigo próprio e com os
outros, estabelecendo relações de confiança.
SINAIS DE ASSERTIVIDADE CAUSAS CONSEQUÊNCIAS É verdadeiro, diz o que sente e
pensa;
Quando em desacordo tenta negociar procurando satisfazer os interesses de ambas as partes;
Estabelece relações de confiança.
Educação saudável e assertiva, fruto do respeito mútuo;
Consciência dos seus sentimentos, opiniões e necessidades;
Confiança em si próprio.
Estabelecimento de boas relações, fruto da clareza e transparência de sentimentos e ideias;
Este tipo de atitude suscita nos outros atitudes semelhantes, resultando em boas relações e boa comunicação;
Equilíbrio psicológico;
Bom clima de relacionamento.
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Estilos de Comunicação
,
ESTILO AGRESSIVO
Uma pessoa com um estilo agressivo, normalmente, tem uma visão egocêntrica de si
próprio, desvalorizando constantemente o trabalho dos outros e elevando o seu. Tem
uma grande necessidade de se mostrar superior, melhor do que os outros, sendo por
isso extremamente crítico. SINAIS DE AGRESSIVIDADE CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
Fala alto e interrompe constantemente;
Não emprega escuta ativa dos outros;
É hostil e de difícil cooperação;
Não olha diretamente para os outros;
Utiliza constantemente a palavra EU;
É sarcástico nos seus comentários;
Mostra expressões faciais irónicas e de desaprovação ou desprezo.
Normalmente a agressividade resulta de:
Sentimentos de vulnerabilidade e falta de auto-confiança;
Incapacidade de lidar com a frustração;
Desejos de vingança;
Uma situação stressante provocando uma reação.
Prejudica o relacionamento interpessoal;
Retira às relações a sinceridade e verdade;
É desgastante para as pessoas que o rodeiam, quer para o próprio.
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Fatores inibidores/potenciadores do relacionamento interpessoal e comunicacional.
A comunicação nem sempre é um processo fácil, exigindo algum esforço quer de
quem emite uma mensagem, quer de quem a recebe. Ao primeiro cabe-lhe enviar
uma mensagem clara e perceptível, ao segundo - receptor - compete-lhe escutar,
processar e descodificar, percebendo o ponto de vista do outro. Aquando deste
processo podem surgir algumas barreiras que impeçam ou dificultam a comunicação,
nomeadamente (Dias, 1997):
•AO NÍVEL DO EMISSOR E DO RECEPTOR
•AO NÍVEL DO CONTEXTO
•AO NÍVEL DO CANAL
•AO NÍVEL DO CÓDIGO
•AO NÍVEL DA MENSAGEM
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Barreiras à comunicação
AO NÍVEL DO EMISSOR E DO RECETOR
São várias as causas de ruído entre o emissor e o recetor. Estas podem estar
relacionadas com problemas de saúde, pois quando estamos doentes diminui a nossa
capacidade de concentração; com incapacidades físicas como a cegueira ou a surdez;
ou com questões psicológicas, isto é, diferenças de entendimento, preconceitos,
resistência à mudança, propensão para o contra, entre outros.
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Barreiras à comunicação
AO NÍVEL DO CONTEXTO
Estas barreiras são algo comum, pois não temos todos as mesmas vivências,
levando a divergências nas interpretações. Para além das barreiras ao nível das
representações, existem ainda barreiras ambientais que nos impedem de
comunicar, como por exemplo, não é conveniente fazer-se uma reunião de trabalho
num café ou bar!
A iluminação e o ruído são também factores importantes ao nível do contexto.
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Barreiras à comunicação
AO NÍVEL DO CANAL
O meio que utilizamos para transmitir a nossa mensagem nem sempre se encontra
nas melhores condições. Por exemplo, se estiverem várias pessoas a falar ao
mesmo tempo dificilmente estas se poderão entender. Para além disso, essas
mesmas pessoas irão produzir um ruído incomodativo e prejudicial à comunicação.
Existem ainda outras barreiras ao nível do canal, não sendo este, por vezes, o meio
mais adequado para transmitir determinada informação.
Por exemplo, será o mais adequado explicar como se muda um pneu através da
projecção de uma apresentação multimédia?!
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Barreiras à comunicação
AO NÍVEL DO CÓDIGO
A utilização do mesmo código por parte dos diferentes interlocutores é
fundamental, pois como poderão entender-se duas pessoas que fala línguas
diferentes?
Mesmo quando utilizado o mesmo código existem interpretações divergentes, fruto
da ambiguidade das palavras.
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Barreiras à comunicação
AO NÍVEL DA MENSAGEM
Mesmo a própria mensagem pode gerar dificuldades na comunicação sendo esta
demasiado complexa ou pouco pertinente para quem está a ouvir.
O entendimento de uma mensagem está sempre dependente dos quadros de
referência, das capacidades de expressão, das capacidades físicas e intelectuais,
do interesse ou motivação, da carga emocional, do tipo de contexto ou da sua
complexidade.
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
O saber escutar é essencial para uma boa
comunicação oral, tal como o saber interpretar
corretamente as palavras ou expressões escritas
pelo outro. Para comunicarmos é necessário
estarmos disponíveis à receção da(s) mensagem(ns)
do(s) outro(s), mostrando interesse em
compreender o seu ponto de vista e, desta forma,
ficar em condições de dar feedback.
Na formação profissional é essencial a prática de
uma escuta ativa e atenta de modo a
percecionarmos facilmente capacidades,
competências, conhecimentos ou dificuldades
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
Segundo os investigadores da comunicação existem diferentes modos de ouvir:
• OUVIR CÍNICO – neste modo de ouvir o interlocutor é visto como um adversário, sendo que o indivíduo assume uma postura silenciosa, falando pouco, pois receia que as suas palavras possam ser utilizadas pelo seu rival.
• OUVIR OFENSIVO – o indivíduo ouve o outro mas com o objetivo de encontrar nas suas
palavras alguma contradição. • OUVIR CORTÊS – este modo de ouvir é a forma delicada de não mostrarmos ao outro
que não estamos interessados na sua mensagem, ouvimos mecanicamente sem prestar grande atenção.
• OUVIR ATIVO – este é um modo de escuta ativo e interessado, implicando e
envolvendo o indivíduo na conversa.
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
Escutar o formando é fundamental pois através da sua mensagem conseguimos recolher
todo um conjunto de informações relevantes sobre a sua aprendizagem e, deste modo,
estabelecer uma relação pedagógica de empatia e confiança.
José Manuel Dias (1997) estabelece um conjunto de regras que promovem a escuta ativa,
as quais dispomos abaixo:
•“Saber deixar falar: o recetor não pode ouvir e falar ao mesmo tempo, pelo que é indispensável suspender o discurso para que o outro diga o que tem a dizer, e perceber claramente que está a ser escutado; •Colocar-se em empatia com o outro: para compreender o que o outro diz, o recetor deve esforçar-se por se pôr no lugar do emissor, isto é, assumir (ainda que provisoriamente) o seu quadro referencial, dado que cada sujeito dá um ‘seu sentido’ ao que diz e escreve; •Centrar-se no que é dito: toda a atenção do recetor deve estar concentrada no que o emissor diz – as suas palavras, as suas expressões, os seus silêncios, as suas hesitações;
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
“Manter os canais abertos: o recetor deve colocar-se de frente para o emissor, olhando-o com atenção e interesse, por forma que ele perceba que os canais de comunicação estão completamente disponíveis para que a mensagem seja recebida (e descodificada e interpretada); Eliminar qualquer juízo imediato: um juízo demasiado rápido pode provocar reações de defesa por parte do emissor, e interromper extemporaneamente o processo de comunicação; Não interromper o outro: o recetor deve resistir a antecipar o que julga que o emissor irá dizer, dando-lhe tempo para que diga tudo até ao fim, por muito morosa e desagradável que seja a sua capacidade de expressão; Não deixar transparecer as emoções pessoais: o recetor deve manter-se atento e interessado, controlando as exteriorizações de surpresa, de acordo ou desacordo, agrado ou desagrado. Estas expressões podem condicionar o emissor, que desenvolverá o processo de comunicação guiado pelo outro, deturpando, conscientemente ou inconscientemente a mensagem;
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
“Resistir ao efeito de halo: o recetor deve concentrar-se no que é dito, independentemente daquilo que pensa do emissor. Há tendência para considerar que as pessoas de quem não gostamos só dizem coisas desinteressantes, e que, pelo contrário, as pessoas de quem gostamos dizem sempre coisas muito interessantes (o que obviamente não é verdade); Reformular: sempre que a mensagem se torna ambígua, o receptor deve recapitular o que foi transmitido, por forma a certificar-se de que a mensagem recebida é a mesma que foi emitida; Utilizar as capacidades cerebrais: o ritmo médio de um sujeito falante é de cerca de 120 palavras por minuto, enquanto que a velocidade de pensamento é de aproximadamente 400 palavras por minuto. Esta diferença permite ao recetor ganhar um diferencial de tempo significativo que pode utilizar no ‘controlo’ do processo de
comunicação e na tarefa de compreensão.
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Eficácia e eficiênica da comunicação: estratégias e atuação
Após, ou mesmo durante, a escuta activa existe sempre o feedback que fornece um
conjunto de mensagens, sejam estas verbais ou não verbais. Verbalmente poderemos
colocar questões que nos ajudem a compreender melhor a mensagem do outro e, ao
mesmo tempo, promover a fluência e continuidade da conversação. Como também
podemos dar continuidade à mensagem expondo a nossa opinião. Por outro lado,
durante a conversação, embora não sejam emitidas mensagens verbais estamos
constantemente a comunicar através do nosso corpo, seja esta com acenos de cabeça,
reforçando a comunicação ou por expressões faciais, demonstrando interesse,
surpresa, acordo ou desacordo, enfim, passando as mais diversas mensagens.
O feedback é importante na medida em que é neste momento que estabelecemos a
comunicação e certificamos o outro de que a sua mensagem foi compreendida.